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FICHAMENTO

“CARTA A UM JOVEM PROMOTOR DE JUSTIÇA - PAULO DE QUEIROZ”


Em substituição à atividade “Carreiras Jurídicas relacionadas ao Direito Penal:
cada parte no seu lugar constitucionalmente demarcado. Promotor de Justiça.” Realizada
em 07/12/2017”

O autor Paulo Queiroz, ao escrever o texto “Carta a um jovem Promotor de


Justiça”, de forma brilhante, apresentou dicas de como deve ser a atuação de um
Promotor de Justiça em uma das suas principais funções que é acusar.
A primeira grande dica é a de que o Promotor de Justiça nunca deve esquecer que
todo aquele rotulado como “réu”, “criminoso”, “acusado”, é um homem igual a todos os
homens, igual, inclusive, ao próprio Promotor, e que por isso, não devem ser tratados
como patifes e, por isso, a acusação deve ser digna, justa e humana.
A segunda dica é que esse dever de acusar não pode ser exercido de forma
implacável, excessiva, irresponsável, mas sim seguindo a Constituição Federal,
defendendo a ordem jurídica e o regime democrático, conforme disposto no artigo 127 da
Carta Magna: “O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”.
E essa defesa incumbe também a defesa intransigente dos direitos e garantias do
acusado, pois ele deverá garantir a não violação constitucional, defendendo a liberdade e
o direito de todos, culpados e inocentes, criminosos e não criminosos. Exemplos dessa
defesa que foram trazidos pelo autor estão impetrar um habeas corpus em favor do
condenado que precise e deva estar em liberdade, endossar as razões do réu, não se
aproveitando “da eventual deficiência técnica do teu (suposto) oponente: luta, antes, pela
Justiça! Lembra, enfim, que és Promotor de Justiça, e não de injustiça”!
Assim, a terceira dica é que nos casos em que for convencido da inocência do réu,
não poderá ser vaidoso, não poderá pensar apenas na sua carreira profissional, e deverá
prontamente pugnar pela sua absolvição. Da mesma deve agir se houver dúvida quanto à
culpa, não esquecendo que in dubio pro reo. Isso porque, como bem o autor colocou: “é
preferível absolver um culpado a condenar um inocente”.
A quarta dica é a de que o Promotor de Justiça deve ser a sua própria verdade, a
sua consciência, sem ceder à pressão da imprensa ou de qualquer outra pessoa “pois
quem é fiel a si mesmo não trai a ninguém (Shakespeare), porque não cria falsas
expectativas nem ilusões”.
A quinta dica é com relação ao tratamento dado a todos: deve tratar a todos com
respeito, com urbanidade.
A sexta dica é com relação ao próprio comportamento: deve ser sereno, discreto,
prudente, por não é um artista.
A sétima dica é que não pode ser acomodado, deve estudar sempre, ler, analisar
as leis criticamente com discussões ideológica, sem se esquecer que “teu compromisso
fundamental é com o Direito e a Justiça e não só com a Lei”.
A oitava dica é no sentido que o Promotor de Justiça não deve se julgar melhor que
ninguém, nem qualquer ocupante de outras carreiras, como advogados, servidores,
policiais, juízes e partes, nem melhor do que teus pares.
A nona dica é que deve ser sempre ético.
A décima dica é:

Vigia a ti mesmo, continuamente, mesmo porque onde houver uso de


poder haverá sempre a possibilidade do abuso, para mais ou para menos;
antes de denunciar o argueiro que se oculta sob olhos dos outros, atenta
bem para a trave que te impede de te ver a ti mesmo e a teus erros;
lembra que as convicções são talvez inimigas mais perigosas da verdade
que as mentiras, e que a dependência patológica da sua óptica faz do
convicto um fanático (Nietzsche).

Por fim, ao encerrar o seu texto, Paulo de Queiroz deixa um grande conselho que
um Promotor nunca deve esquecer, grifos acrescidos:

Não te esqueças de que, por mais relevantes que sejam as tuas


funções, és servidor público, nem mais, nem menos, por isso sê
diligente, sê probo, sê forte, sê justo!

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