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UNIDADE 1
O E perdeu logo o pé
O A ficou à deriva no mar
O O afundou-se com o I
O U não sabia nadar...
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Será mesmo um esquilo?
Isabel Minhós Martins
O Natal é um coração
José Jorge Letria
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UNIDADE 4
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— O que é que rima com Pedro?
— «Rochedo» ou «mete medo»!
— E com Inês?
— «Japonês» ou «gato maltês».
— E com Estrela?
— Ah, para o meu nome tenho uma especial,
queres ouvir?
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UNIDADE 5
Pouco tempo depois, as duas zebras descobriram que Fedra não era
uma «ela». Era um «ele».
— Será que por ser macho me deveria chamar zebro?
— Não sejas tonto — disse a Flora. — Podes ser uma zebra macho,
mas talvez seja melhor chamar-te Fedro.
E assim foi. Fedro e Flora acabaram por ter muitos filhos e todos
eles nasceram com lindas listras negras e brancas.
Ou serão listras brancas e negras?
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UNIDADE 6
Querem ver?
quando
pequena
quiser
quem
enquanto
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A letra x era um pouco tímida e andava quase sempre sozinha:
X x X
Ela achava que tinha um desenho estranho e que não parecia bem
uma letra. Um dia, disse-lhe o q:
— Deixa-te disso! Então tu não pareces uma letra? O que dirá o k? E o w?
E aquele todo esticadinho, o y? Não existe isso de «pareceres» uma letra.
Basta seres. Claro que para formares palavras e andares acompanhada,
tens de te juntar a outras letras. São como pedaços de tecido que podemos
escolher e mudar todos os dias.
— Vê o exemplo dos outros:
— O k, para não andar sozinho, forma palavras como «karaté» ou «skate».
Com o w, que tem perninhas tão lindas, escreve-se «Waldir» ou «Willy».
E o y é bom para escrevermos «yoga» ou «Yuri».
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UNIDADE 7
Saudades da chuva
Isabel Minhós Martins
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UNIDADE 8
Ombela
A história das chuvas
Ondjaki
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— Não te esqueças de chorar — lembrou-lhe o pai.
— Ah, mas...
— Assim como a Lua tem muitas faces, também no
mundo, umas vezes faz inverno e outras vezes faz verão.
Também nós, os deuses, não podemos sempre estar felizes.
Ombela chorou durante algum tempo e assim se
encheram os oceanos dessa água tão salgada.
Vendo-a quieta, o pai de Ombela veio falar com ela.
— Minha filha, quero que saibas mais uma coisa: as
lágrimas não nascem dos olhos apenas quando eles estão
tristes. Existem também as lágrimas de felicidade. Quero
mostrar-te uma coisa.
O pai de Ombela pôs as suas mãos em concha e
mostrou-lhe as flores, as árvores, os animais e tudo o
que na Terra precisava de água doce. Com o seu dedo
desenhou alguns rios, com a palma da sua mão inventou
os lagos e as lagoas.
— Estes riscos que vês na Terra, e estes lugares que
parecem buracos vazios, esperam agora as tuas novas
lágrimas. São caminhos e lugares de água.
— Vamos chamar-lhes rios, lagos, lagoas — sorriu
Ombela. — Já não estou tão triste e ainda tenho lágrimas
comigo. Agora vou fazer chover sobre a terra: a lágrima da
tristeza vai chamar-se «água salgada». A nova lágrima será
a «água doce».
O pai de Ombela sorriu e retirou-se.
Dizem os mais velhos que a chuva é sinal de que
Ombela está a chorar.
Se essa chuva cai sobre o mar, Ombela está
triste. Se cai sobre a terra, sobre os rios, sobre
os lagos, Ombela está feliz...
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UNIDADE 9
Pequenino e Grandão
A história do gigante que queria ser anão
Ondjaki
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José Jorge Letria é jornalista,
poeta e dramaturgo. Também é autor
de vários programas de rádio e televisão.
Talvez já tenhas ouvido ou visto
alguns deles.
Nasceu em Cascais, em 1951, e é autor
de uma vasta obra para crianças e jovens.
Além dos poemas que espalha pelos
livros, também é autor de ficção narrativa
e de teatro e as suas obras já foram
traduzidas em mais de uma dezena
© Augusto Brázio
de países para crianças como tu.
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Isabel Minhós Martins
Desde pequena que Isabel se lembra
de «pôr o ouvido à espreita», à caça
de todas as histórias que por aí andam:
histórias cómicas, histórias dramáticas,
contadas pelos amigos, pelas tias
ou pela vizinha do lado. Desde que
fundou a editora Planeta Tangerina,
já escreveu vários livros para crianças,
muitos deles editados noutras línguas.
Bernardo Carvalho
Mesmo quando ainda não sabia ler,
Bernardo já devorava livros de banda
desenhada. Adorava as aventuras e,
sobretudo, observar os desenhos em
todos os seus detalhes. Depois de estudar
nas Belas-Artes, fundou a editora Planeta
Tangerina, onde faz ilustrações para livros
e revistas. As viagens, o mar e a fotografia
são as suas paixões. E quando as três se
podem conciliar... não podia ser melhor.
Em 2009, ganhou o Prémio Nacional
de Ilustração.
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