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DIREITO TRIBUTÁRIO TEORIA E EXERCÍCIOS TRF-5ª REGIÃO

Prof. Alberto Macedo


Aula 01 – Natureza do Tributo; Espécies de Tributo

Conteúdo Direito Tributário

1. DEFINIÇÃO DE TRIBUTO .................................................................. 2

1.1. Prestação Pecuniária (em Moeda ou Cujo Valor Nela se Possa Exprimir) 3
1.2. Prestação Compulsória .................................................................... 4
1.3. Não Constitui Sanção de Ato Ilícito ................................................... 5
1.4. Prestação Instituída em Lei.............................................................. 8
1.5. Cobrada Mediante Atividade Administrativa Plenamente Vinculada ......10

2. CLASSIFICAÇÃO DE TRIBUTO – ESPÉCIES DE TRIBUTO ................. 16

2.1. Taxas ..........................................................................................19


2.2. Contribuição de Melhoria ................................................................33
2.3. Impostos ......................................................................................39
2.4. Empréstimos Compulsórios .............................................................55
2.5. Outras Contribuições Tributárias .....................................................62
2.6. Natureza Jurídica de Tributo ...........................................................64

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1. DEFINIÇÃO DE TRIBUTO

O art.3º do CTN é uma definição legal, e essas definições legais você tem
que ter na cabeça!

Segue o dispositivo:

Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou


cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.

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Podemos esquematizar essa definição assim:

Tributo é

toda prestação

pecuniária compulsória
e

em moeda
ou
cujo valor nela se
possa exprimir

que não constitua


sanção de ato ilícito

instituída em lei

e cobrada mediante
atividade administrativa
plenamente vinculada

Vamos destrinchar os elementos que compõem essa definição, o que ajuda a


entender a própria definição como um todo.

1.1. Prestação Pecuniária (em Moeda ou Cujo Valor Nela se Possa


Exprimir)
Prestação pecuniária é aquela paga em dinheiro, em moeda.

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Por exemplo, se eu sou criador de gado e devo tributo ao Estado, não posso
aparecer na repartição pública para entregar algumas cabeças para quitar
minha dívida tributária, porque tributo é prestação pecuniária,... e não
pecuária! (desculpe-me, não resisti! rsrs).

Também não posso, como contribuinte, pagar tributo em serviços prestados à


pessoa política. Assim, não posso pagar o Imposto de Renda (IR) que devo à
União com prestação de serviço militar.

A expressão “ou cujo valor nela se possa exprimir” pode se referir a


tributos cujo valor é dado não em reais, mas sim por indexadores, como a
extinta UFIR – Unidade Fiscal de Referência.

Assim, o valor do tributo devido vai sempre vir em reais ou em um índice de


atualização monetária, IPCA, por exemplo. [IPCA = Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo]

Coisa diferente é com que tipo de bem poderá ser pago esse tributo. Ou seja,
o valor do tributo vem em reais (ou indexado), mas se a lei o previr, poderá
ser pago em bens que não moeda.

Hoje isso pode ser feito com imóveis, possibilidade que surgiu com a Lei
Complementar nº 104/2001, que inseriu, no CTN, a dação em pagamento
em bens imóveis (art.156, XI) como mais uma das modalidades de extinção
do crédito tributário (= quitação do tributo), mas desde que lei específica da
pessoa política preveja as formas e condições para se implementar essa dação
em pagamento. [A extinção do crédito tributário será estudada na Aula 09]

1.2. Prestação Compulsória


Toda obrigação decorre da lei ou da vontade das partes.

A vontade das partes se revela num contrato. Por exemplo, num contrato
de prestação de serviço de advocacia, as duas partes, advogado e seu cliente,
combinam que o advogado se obrigará a defender seu cliente, e o cliente, por
sua vez, obrigar-se-á a pagar o preço do serviço do advogado.

A lei também cria obrigações. E a lei tributária cria, entre outras, a obrigação
de pagar o tributo, sempre que o indivíduo se encontrar em certas situações.

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Se a lei obriga, não podemos nos negar a pagar o tributo, mesmo que não
assinemos contrato algum. Por isso, tributo é prestação compulsória.

E nem podemos alegar que não conhecíamos a lei, porque há uma previsão em
lei (Decreto-Lei nº 4657/1942, antes chamado de Lei de Introdução ao Código
Civil, LICC, agora denominado Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro) que diz:

Art. 3º. Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a


conhece.

1.3. Não Constitui Sanção de Ato Ilícito

O fato gerador de um tributo é o fato que gera para o indivíduo o dever de


pagar o tributo. Por exemplo, o fato gerador do IPTU é, de forma
simplificada, possuir a propriedade de bem imóvel localizado na zona urbana
do Município.

Pois bem, o tributo não pode ter como fato gerador um ato ilícito. Se o ato é
ilícito, a sanção para alguém que cometer essa ilicitude pode ser a multa,
nunca o tributo, porque tributo não pode ser sanção de ato ilícito.

ATO ILÍCITO enseja PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA “MULTA”


FATO GERADOR DE TRIBUTO enseja PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA “TRIBUTO”

Coisa distinta é uma situação de riqueza, como auferir renda, por exemplo,
decorrer de um ato ilícito, e talvez até criminoso.

Por exemplo, se um receptador de jóias roubadas que vive da venda dessas


jóias (crime de receptação qualificada – art.180, §1º, Código Penal) for preso,
e o Estado descobrir, na conta bancária desse receptador, um montante
elevado de dinheiro, decorrente desse crime, a Receita Federal poderá autuá-lo
exigindo-lhe o imposto de renda (IR) correspondente.

Mas isso não quer dizer que o fato gerador do IR seja a receptação e venda de
coisa que foi produto de crime. Continua ele sendo a aquisição de
disponibilidade econômica ou jurídica de renda (art.43, CTN). Apenas não

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importa se essa disponibilidade econômica ou jurídica adveio de ato lícito ou


ilícito.

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Reclusão e
Multa

Receptação e venda de
objetos roubados (crime) ≠

Auferiu
renda Deve pagar o
(fato gerador IR
do IR)

O exposto acima é chamado na doutrina de Princípio Pecunia Non Olet


(dinheiro não tem cheiro) – esse princípio quer dizer que tributo não tem
cheiro. Surgiu na época do Império Romano, em que um imperador chamado
Vespasiano resolveu cobrar tributo dos romanos pelo uso das latrinas. Ao que
seu filho Tito não concordou com essa cobrança, Vespasiano respondeu-lhe
que tributo não tem cheiro.

01- (AFTM MUNICÍPIO SÃO PAULO FCC 2012) Um contribuinte deixou de


emitir o documento fiscal referente a uma prestação de serviço tributada pelo
ISS, tributo de competência municipal, e, como consequência, foi-lhe aplicada
penalidade pecuniária pelo descumprimento dessa obrigação acessória
(art.230, caput, inciso V, alínea "a" do Decreto Municipal 52.703/11) Essa
penalidade pecuniária
(A) é taxa, pois tem a finalidade de ressarcir o erário pelo dano causado pelo
descumprimento de uma obrigação acessória.
(B) é imposto, pois está prevista na legislação do ISS.
(C) não é imposto, mas é tributo, em sentido amplo, pois tem natureza
compulsória.
(D) é tributo, porque é cobrado por meio de atividade vinculada, conforme
estabelece o Código Tributário Nacional.
(E) não é tributo, pois sanção pelo cometimento de ato ilícito não pode ser
definida como tributo.

Resolução

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SÓ O FATO DE SER PENALIDADE PELO DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO JÁ


ENSEJA A APLICAÇÃO DO ART.3º, CTN:
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda
ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção
de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.

GABARITO: E

1.4. Prestação Instituída em Lei

Como dito acima, para o tributo poder ser exigido, tem que ser instituído por
lei.

Assim dispõe o art.5º, II, CF88:

Art.5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma


coisa senão em virtude de lei;

Mas a CF88 ainda reforça isso, quanto aos tributos, no Capítulo “Sistema
Tributário Nacional”:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte,


é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

Alguns doutrinadores chamam:


Art.5º, II, CF88, de Princípio da Legalidade;
Art.150, I, CF88, de Princípio da Legalidade Estrita.

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Mas essa lei que exige ou aumenta tributo deve ser lei ordinária ou lei
complementar? Vejamos no quadro abaixo:

Tributo Instituição por


Impostos já previstos na CF88 (arts.153, Lei Ordinária
155 e 156)
Taxas (art.145, II) Lei Ordinária
Contribuições de Melhoria (art.145, III) Lei Ordinária
Outras Contribuições Tributárias da União Lei Ordinária
(arts.149; 195; 212, §5º e 240)
Contribuições para Previdência Social dos Lei Ordinária
Servidores dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios (art.149, §1º)
COSIP (art.149-A) Lei Ordinária
Impostos Extraordinários (art.154, II) Lei Ordinária
Novos Impostos (art.154, I) Lei Complementar
Novas Contribuições (art.195, §4º) Lei Complementar
Empréstimos Compulsórios Lei Complementar

Dessa forma, todo e qualquer tributo tem que ser instituído por lei, sem
exceção.

ATENÇÃO: Tributo que pode ser instituído por lei ordinária (lei
complementar não), também pode ser instituído por Medida Provisória, se
houver relevância e urgência.

É o que prevê a CF88 em seu art.62, §1º, III:

Art.62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República


poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo
submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: [...]
III - reservada a lei complementar;

[Veremos esse tema de forma mais detalhada na Aula 02, em que falaremos
do Princípio da Legalidade]

ATENÇÃO: Apesar de não haver exceção ao princípio da legalidade no que


tange à instituição de tributo por lei, há exceção a esse princípio quanto à
alteração de alíquotas.

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Abaixo, os tributos em que há exceção ao princípio da legalidade para a


alteração de alíquotas:

Tributo Dispositivo normativo Alterável por


II, IE, IPI e IOF Art.153, §1º, CF88 Ato do Poder Executivo
CIDE Combustíveis Art.177, §4º, I, ‘b’, CF88 Ato do Poder Executivo
ICMS Monofásico Art.155, §4º, IV, CF88 c/c Convênios CONFAZ entre
Combustíveis LC nº 24/1975 Estados e Distrito Federal

OBSERVAÇÃO 1: CONFAZ – Conselho Nacional de Política Fazendária é o


órgão composto pelos representantes dos Estados e do Distrito Federal em que
esses celebram e ratificam convênios concedendo isenções, incentivos e
benefícios fiscais.

OBSERVAÇÃO 2: A alteração de alíquota que a CF88 permite para a CIDE


Combustíveis é mais restrita do que aquela prevista para o II, IE, IPI e IOF,
porque o art.177, §4º, I, ‘b’, fala em redução e restabelecimento de
alíquota, não propriamente em alteração. Ou seja, se a lei instituiu uma
alíquota de 15%, pode o Ato do Poder Executivo, por exemplo, reduzi-la a
10% e restabelecê-la, posteriormente, a 15%. Mas não pode elevá-la para
20%, senão por lei.

OBSERVAÇÃO 3: Como no caso do ICMS Monofásico Combustíveis a


própria definição inicial da alíquota pode ser feita por Convênio CONFAZ
(art.155, §4º, IV), a redução e restabelecimento de alíquota de que fala o
art.155, §4º, IV, ‘c’, tem efeito apenas para o princípio da anterioridade. Ou
seja, se esse restabelecimento for superior ao patamar original de alíquota, só
poderá ser cobrado no exercício financeiro seguinte. [VEREMOS O PRINCÍPIO
DA ANTERIORIDADE DETALHADAMENTE NA AULA 02]

1.5. Cobrada Mediante Atividade Administrativa Plenamente Vinculada

Isso quer dizer que o agente público (auditor-fiscal) não tem a possibilidade
de, vendo a ocorrência de um fato gerador de um tributo, escolher se quer
cobrar ou não cobrar o correspondente tributo. Ele não tem a
discricionariedade de efetuar o lançamento do tributo ou não.

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Sua atividade é vinculada à lei. Se a lei prevê que quem prestar serviço tem
que pagar o ISS, o auditor-fiscal, constatando que João prestou serviço, tem
que fazer o lançamento tributário. Senão, pode inclusive incorrer em crime de
prevaricação (art.319, Código Penal).

ATENÇÃO:
A palavra “VINCULADA”, no Direito Tributário, pode ser utilizada em 3
acepções diferentes:

(i) relacionada à atividade da autoridade administrativa, que é vinculada


à lei (art.3º, CTN).

(ii) relacionada a um critério de classificação dos tributos, conforme sua


hipótese de incidência, em vinculados e não vinculados.

Observação:
Hipótese de incidência = fato gerador em abstrato, ou seja, previsto
hipoteticamente na lei.

É a previsão na lei do fato gerador do tributo. Por exemplo, a lei federal


prevê que o fato gerador do ITR é, resumidamente, a propriedade de imóvel
por natureza, localizado fora da zona urbana do Município

Se ocorrer de João ter a propriedade de imóvel por natureza, localizado fora da


zona urbana do Município de Jundiaí, na estrada das Camélias, nº 4500, por
exemplo, esse é um fato gerador em concreto do ITR.

Nesse sentido, os tributos vinculados são as taxas e as contribuições de


melhoria, porque esses tributos têm, como fatos geradores, atividades
estatais específicas. No caso das taxas, o serviço público ou o exercício do
poder de polícia; no caso das contribuições de melhoria, a obra pública da qual
decorra valorização imobiliária.

Os não vinculados são os impostos, cujo fato gerador não é uma


atividade estatal específica relativa ao contribuinte, mas decorre sim
de um sinal de riqueza do contribuinte. Basta ver a definição legal de
imposto no art.16, CTN:

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Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte.

Sim, porque os fatos geradores dos impostos revelam sinais de riqueza


do contribuinte, elencados pela CF88, como: importar produtos estrangeiros
(II); exportar produtos nacionais ou nacionalizados (IE); auferir renda e
proventos de qualquer natureza (IR); ter a propriedade de veículo automotor
(IPVA); prestar serviço de qualquer natureza (ISS) etc.

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Vinculação a Atividade
Tributos Hipótese de Incidência Estatal Específica do
Estado
Situação independente de
qualquer atividade estatal
Impostos Não Vinculados
específica, relativa ao
contribuinte
Exercício regular do poder
de polícia
Utilização, efetiva ou
Taxas potencial, de serviço
público específico e divisível,
Vinculados
prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição
Obras públicas de que
Contribuições de Melhoria decorra valorização
imobiliária

Quanto aos Empréstimos Compulsórios e às Outras Contribuições (essas


últimas, às vezes), não possuem fato gerador previamente eleito pela CF88,
mas somente as finalidades para as quais poderão ser criados esses tributos.
[Em relação às Outras Contribuições, veremos esse assunto com mais detalhes
na Aula 03].

(iii) relacionada à destinação específica do produto da arrecadação do


tributo.

Nessa acepção, vinculado é o tributo cujo valor arrecadado tem destinação


específica constitucionalmente prevista. Exemplo é o Empréstimo
Compulsório, em que o art.148, parágrafo único, CF88, prevê:

Art.148, Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de


empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou
sua instituição.

Não vinculados são os tributos que não podem ter destinação específica,
tendo de ser utilizados para as despesas gerais previstas em orçamento.
Exemplo clássico são os impostos, para os quais inclusive o art.167, IV, CF88,
prevê:

Art. 167. São vedados:

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IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,


ressalvadas [...].

02- (AGENTE TECNICO LEGISLATIVO FINANÇAS E ORÇAMENTO ALESP


2010 FCC) A situação definida em lei como necessária e suficiente à
ocorrência da obrigação tributária principal é denominada
(A) fato imponível.
(B) hipótese de incidência.
(C) lançamento.
(D) crédito tributário.
(E) fato gerador in concreto.

Resolução

VEJA O ART.114, CTN:


Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei
como necessária e suficiente à sua ocorrência.

ESSE “FATO GERADOR” É O FATO GERADOR IN ABSTRACTO, HIPÓTESE DE


INCIDÊNCIA PREVISTA NA LEI.

GABARITO: B

03- (AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL SÃO PAULO 2007 FCC)


Para que uma prestação pecuniária compulsória possa ser conceituada como
tributo, é preciso que, além de ser cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada, tenha como objeto
(A) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, constitua ou não
sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei.
(B) unicamente moeda corrente, não constitua sanção de ato ilícito e esteja
instituída em lei.
(C) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua
sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei.
(D) unicamente moeda corrente, constitua ou não sanção de ato ilícito e esteja
instituída em lei.
(E) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua
sanção de ato ilícito e esteja instituída na legislação tributária.

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Resolução

(A) ERRADA. moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, constitua
ou não CONSTITUA sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei (art.3º,
CTN).
(B) ERRADA. unicamente moeda corrente, OU CUJO VALOR NELA SE POSSA
EXPRIMIR, não constitua sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei (art.3º,
CTN).
(C) CORRETA. moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não
constitua sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei (art.3º, CTN).
(D) ERRADA. unicamente moeda corrente, OU CUJO VALOR NELA SE POSSA
EXPRIMIR, constitua ou não CONSTITUA sanção de ato ilícito e esteja instituída
em lei (art.3º, CTN).
(E) ERRADA. moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não
constitua sanção de ato ilícito e esteja instituída na legislação tributária EM LEI
(art.3º, CTN).

GABARITO: C

Vamos a mais duas questões sobre a definição de tributo.

04- (AUDITOR DO TCE SERGIPE 2002 FCC) Considera-se característica de


um tributo, entre outras, ser
(A) decorrente ou não de sanção pela prática de ato ilícito.
(B) pago em moeda, in natura ou in labore, mesmo sem lei específica.
(C) cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
(D) instituído por lei ou ato administrativo ou deles decorrente.
(E) facultativo em face do poder discricionário e à voluntariedade do
contribuinte.

Resolução

(A) ERRADA. decorrente ou não DECORRENTE de sanção pela prática de ato


ilícito (“que não constitua sanção de ato ilícito” – art.3º, CTN).
(B) ERRADA. pago em moeda, in natura ou in labore,(a expressão “ou cujo
valor nela se possa exprimir” se refere basicamente a indexadores – art.3º,
CTN) mesmo sem lei específica (“instituída em lei” – art.3º, CTN).
(C) CORRETA. (“cobrado mediante atividade administrativa plenamente
vinculada” – art.3º, CTN).

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(D) ERRADA. instituído por lei ou ato administrativo ou deles decorrente


(“instituída em lei” – art.3º, CTN).
(E) ERRADA. facultativo em face do poder discricionário (“cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada” – art.3º, CTN) e à
voluntariedade do contribuinte (“prestação pecuniária COMPULSÓRIA” – art.3º,
CTN).

GABARITO: C

05- (PROCURADOR DO ESTADO PGE – SERGIPE 2005 FCC) Sobre o


conceito de tributo construído a partir da definição do Código Tributário
Nacional, é correto afirmar que o tributo
(A) pode constituir sanção de ato ilícito.
(B) está submetido à reserva legal.
(C) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer
natureza.
(D) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente
discricionária.
(E) é toda prestação pecuniária facultativa.

Resolução

(A) ERRADO. NÃO pode constituir sanção de ato ilícito (“que não constitua
sanção de ato ilícito” – art.3º, CTN).
(B) CORRETO. está submetido à reserva legal (“instituída em lei” – art.3º,
CTN).
(C) ERRADO. NÃO pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de
qualquer natureza (a expressão “ou cujo valor nela se possa exprimir” se
refere basicamente a indexadores – art.3º, CTN).
(D) ERRADO. deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente
discricionária VINCULADA (art.3º, CTN).
(E) ERRADO. é toda prestação pecuniária facultativa COMPULSÓRIA (Art.3º,
CTN).

GABARITO: B

2. CLASSIFICAÇÃO DE TRIBUTO – ESPÉCIES DE TRIBUTO

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Vejamos os dispositivos abaixo:

Da CF88:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão


instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

Do CTN:

Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de


melhoria.

Dos dispostos acima, poderíamos afirmar que as espécies de tributos seriam


somente impostos, taxas e contribuições de melhoria. Mas, temos dispositivos
constitucionais que tratam de outras espécies tributárias.

E o Supremo Tribunal Federal (STF) já se pronunciou (RE 138.284, em


01.07.1992) pela existência da classificação em 5 espécies de tributo:

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DIAGRAMA DAS 5 ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS:

De Seguridade
1. Impostos Social
(arts.145, I; 153; (art.195, I, II, III,
154; 155 e 156) IV)

2. Taxas Contribuições Outras de


(art.145, II) Sociais Seguridade Social
(=Parafiscais) (art.195, §4º)
(art.149)
3. Contribuições
de Melhoria Contribuições
(art.145, III) Sociais Gerais
(art.212, §5º;
art.240)
4. Empréstimos
Compulsórios
Contribuições de
(art.148)
Intervenção no
Domínio Econômico
5. Outras Contribuições (art.149)
Contribuições Especiais
Tributárias (art.149)
Contribuições
Corporativas
(art.149)

Contribuições de
Iluminação Pública
(art.149-A)

Observação: Na verdade, quando do julgado em que o STF expressou que


são cinco as espécies tributárias (1992), ainda não existia a Contribuição para
o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP ou CIP), pois ela foi
inserida na CF88 pela Emenda Constitucional nº 39/2002. Mas, entendo ser
adequado o seu enquadramento como mais uma da espécie “Outras
Contribuições Tributárias”.

Vamos à análise das 3 primeiras espécies: Taxas, Contribuições de Melhoria e


Impostos.

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2.1. Taxas
Prevê a CF88, em seu art.145:

Art.145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão


instituir os seguintes tributos:[...]
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. [...]
§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Esse dispositivo constitucional tem bastante semelhança com o art.77, CTN,


que ainda está em vigor:

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições,
têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador
idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função
do capital das empresas.

2.1.1. Não Pode Ter FATO GERADOR Idêntico ao dos Impostos


As taxas são tributos cujo fato gerador é uma atividade realizada pelo
Estado, por isso, classificadas como tributo vinculado, ou seja, vinculado a
uma atividade do Estado. [Atenção: o termo “Estado” pode ser utilizado de
três maneiras: (i) como Estado-Nação, que é o caso da República Federativa
do Brasil; (ii) como pessoa política genericamente falando, quando abrange
União, Estados, Distrito Federal e Municípios; e (iii) como uma dessas pessoas
políticas, no caso os Estados-membros da Federação, por exemplo, Amazonas,
Maranhão, Mato Grosso, Santa Catarina, Ceará, Tocantins etc.]

Em oposição, os impostos são tributos cujo fato gerador é “uma situação


independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte” (art.16, CTN). Assim, são classificados como tributos não
vinculados.

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Por isso, as taxas não podem ter fato gerador idêntico ao dos impostos, como
inclusive prevê o parágrafo único do art.77, CTN.

2.1.2. Não Pode Ter BASE DE CÁLCULO Idêntica à dos Impostos


Também a taxa não pode ter base de cálculo própria da dos impostos. Se isso
fosse possível, o legislador poderia burlar facilmente a regra que veda que taxa
tenha fato gerador próprio do dos impostos.

Imaginemos um exemplo. Um Município cria taxa de fiscalização de


estabelecimentos comerciais dizendo que seu fato gerador é o serviço público
de fiscalização dos estabelecimentos comerciais, efetuado pelo Município, mas
que sua base de cálculo será o valor venal do imóvel. Ora, valor venal do
imóvel é base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial
Urbana, IPTU. Ficaria uma taxa que no nome é taxa, mas que na realidade
seria um imposto, IPTU, pela base de cálculo escolhida. Não pode!

Há Súmula do STF nesse sentido:

Súmula 595 – É inconstitucional a taxa municipal de conservação de


estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto
territorial rural.

Mas também há julgado no STF que entende que taxa de coleta de lixo
domiciliar com alíquota que varia em função da metragem da área construída
do imóvel não implica identidade com a base de cálculo do IPTU. Primeiro
porque esse é apenas um dos elementos que integram a base de cálculo do
IPTU; segundo porque é correta a presunção de que o imóvel de maior área
produzirá mais lixo que o de menor área, realizando-se a isonomia tributária e
o princípio da capacidade contributiva, cuja aplicação, na medida do possível,
não é vedada às taxas. (RE 232.393 SP)

Esse entendimento culminou na Súmula Vinculante (SV) do STF nº 29/2010:

SV nº 29 – É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de


um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado
imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base de
cálculo e outra.

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2.1.3. Não Pode Ser Calculada Em Função do CAPITAL DAS EMPRESAS


O capital das empresas é o seu patrimônio, toda a sua riqueza capaz de
produzir renda.

A vedação de a taxa não poder ser calculada em função do capital das


empresas, na verdade, é uma decorrência da vedação anterior (não poder ter
base de cálculo própria da dos impostos).

Isso porque o capital de uma empresa é “uma situação independente de


qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”,
enquadrando-se justamente no fato gerador de imposto (art.16, CTN).

Tanto assim o é que um dos fatos geradores do imposto de renda (art.43,


CTN) é justamente a “aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de
renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação
de ambos”.

Ou seja, a renda, que é calculada em função do capital das empresas


(produto do capital), é tributada pelo imposto de renda, não podendo ser
tributado pelas taxas.

2.1.4. Legitimação para Cobrar a Taxa


Quando o art.77, CTN, diz que as taxas são “cobradas pela União, pelos
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições”, já dá a dica que as essas pessoas políticas só
podem cobrar taxa relativa a atribuição que a Constituição Federal lhe tenha
conferido.

Assim, se a CF88 confere competência à União para “executar os serviços de


polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras” (art.21, XXII), só ela pode
cobrar taxa pela emissão de passaporte, e não os Estados ou os Municípios.

Da mesma forma, se a CF88 confere aos Municípios competência para


“organizar e prestar os serviços públicos de interesse local” (art.30, V), só eles
podem cobrar taxa sobre o serviço de coleta de lixo domiciliar (serviço público
de interesse local), e não a União ou os Estados.

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Veja esse diagrama das taxas:

Exercício
regular
do poder
de polícia
Taxas prestados ao
ou Efetiva
contribuinte
de serviços
Utilização públicos
ou específicos ou
e divisíveis
Potencial postos à sua
disposição

O próprio CTN traz as definições de “poder de polícia”, “utilização efetiva” e


“utilização potencial” de serviços públicos, bem como as definições de “serviço
público específico” e “serviço público divisível”. Vamos tratar delas.

2.1.5. Tipos de Taxa


2.1.5.1. Taxa-Poder de Polícia

Exercício Regular do Poder de Polícia

O exercício regular do poder de polícia é um dos dois fatos geradores da taxa.

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O CTN traz definição do que vem a ser poder de polícia:

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração


pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade,
regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse
público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público,
à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos.

Poder de
Polícia

Limitando regula
= ou
disciplinando

Atividade da direito, a prática de ato


administração interesse ou
pública que ou abstenção de fato
liberdade,

em razão de à segurança
interesse público à higiene
concernente à ordem
aos costumes
à disciplina da produção e do mercado
ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do
Poder Público
à tranqüilidade pública
ao respeito à propriedade
ao respeito aos direitos individuais ou coletivos

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E esse poder de polícia tem de ser exercido regularmente.

Segue o parágrafo único do art.78, CTN:

Art.78, Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de


polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da
lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de
poder.

Definição de regular:

Regular

desempenhado pelo nos limites da com observância e sem abuso ou


órgão competente lei aplicável do processo legal desvio de poder

O STF entende que o exercício do poder de polícia tem que ser efetivo, mas
isso não quer dizer a efetiva necessidade de comprovação de fiscalização e
diligências locais. Basta que exista o órgão competente para tal
fiscalização na estrutura do ente tributante que exercite o pertinente poder
de polícia e esteja em funcionamento permanente, não sendo necessário
que os estabelecimentos tenham sido efetivamente visitados pela fiscalização.

Algumas taxas consideradas constitucionais pelo STF:


Taxa de localização, instalação e funcionamento (RE 115.213 SP, 116.518 SP,
198.904 RS)
Taxa de fiscalização de anúncios (RE 216.207 MG)
Taxa de controle e fiscalização ambiental (RE 416.601 DF)
Taxa de fiscalização dos serviços de cartórios extrajudiciais (ADI 3.151 MT)

A Súmula 157 do STJ previa:


É ilegítima a cobrança de taxa, pelo município, na renovação de licença
para localização de estabelecimento comercial ou industrial.

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No entanto, essa Súmula foi expressamente cancelada no julgamento do


REsp 261571 SP, em 2002, assim que os Ministros da Primeira Seção do STJ
constataram que o STF havia proclamado a constitucionalidade da taxa de
fiscalização de localização e funcionamento anualmente renovável, se a base
de cálculo não agredir o CTN.

A Taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários


pela CVM, julgada constitucional no RE 177.835 PE, foi inclusive objeto de
Súmula do STF:

Súmula 665: É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de


títulos e valores mobiliários instituída pela lei 7940/1989.

2.1.5.2. Taxa-Serviço Público


2.1.5.2.1. Utilização Efetiva ou Potencial do Serviço
Reza o art.79, CTN:

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-


se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam
postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo
funcionamento;

Exemplo de utilização potencial é a de um condomínio fechado de casas


que contratou empresa particular de coleta de lixo, a qual recolhe todo o lixo e
o leva até o aterro sanitário da Prefeitura, apesar de a Prefeitura disponibilizar,
em efetivo funcionamento, o serviço público de coleta de lixo domiciliar.

Não podem os moradores desse condomínio se recusar a pagar a taxa de


coleta de lixo alegando que não se utilizam efetivamente desse serviço. Como
ele é de utilização compulsória, por se tratar de questão de saúde pública,
basta ele estar em efetivo funcionamento para ser considerado de utilização
potencial por aqueles moradores, sendo cobrável a respectiva taxa. Ou seja,
podem até não o utilizar, mas vão ter de pagar a respectiva taxa.

2.1.5.2.2. Serviços Públicos Específicos e Divisíveis

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Ainda o art.79, CTN:


Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-
se: [...]
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades
autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades
públicas;
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por
parte de cada um dos seus usuários.

Não há maiores dificuldades em se verificar se o serviço é divisível. Se o


usuário pode utilizá-lo separadamente, podendo essa utilização individualizada
ser mensurada, é o serviço divisível.

Por isso que o STF entendeu inconstitucional a taxa de iluminação


pública, porque não havia como mensurar a utilização individualizada da
iluminação pública pelo contribuinte. Com razão, porque como o Município vai
querer cobrar taxa de iluminação pública de morador que na rua reside se não
dá para medir quanto da iluminação da rua é utilizada pelo morador, e quanto
é utilizada por aqueles que passam pela rua, mas nunca ali moraram?

O reiterado entendimento do STF a respeito (por exemplo, nos RE’s 233.332


RJ e 231.764 RJ) fez com que fosse aprovada a Súmula nº 670, que prevê:

Súmula nº 670: “O serviço de iluminação pública não pode ser


remunerado mediante taxa.”

Por isso que a cobrança pelo serviço de iluminação pública teve que ser
viabilizada por alteração constitucional (EC 39/2002), por intermédio de
contribuição, inserindo-se o art.149-A na CF88:
Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir
contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de
iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.

Outra taxa-serviço público considerada inconstitucional pelo STF, também por


não ser possível a mensuração da utilização individualizada do serviço público,
foi a Taxa de Limpeza Pública e Conservação de Vias e Logradouros
Públicos.

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Mas atenção! Não confundir essa taxa, que é inconstitucional, porque é de


caráter universal e indivisível – uti universi –, com a Taxa de Coleta de Lixo
Domiciliar (que é constitucional porque nela há a possibilidade de
individualização dos seus usuários – uti singuli). Para tal veja o AI-AgR
639.510 MG, julgado em 17.03.2009, que faz a distinção entre as duas. [AI-
AgR = Agravo Regimental no Agravo de Instrumento]. [Para quem não sabe, é
possível baixar os julgados do STF no seu site: www.stf.jus.br]

A constitucionalidade da Taxa de Coleta de Lixo Domiciliar está inclusive


confirmada com Súmula Vinculante:

Súmula Vinculante 19 – A taxa cobrada exclusivamente em razão


dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de
lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II,
da Constituição Federal.

Quanto à característica de o serviço público ter de ser específico, não há na


jurisprudência uma diferenciação clara dela em relação à divisibilidade. Não há
caso registrado, na prática, de serviço que seja divisível e não seja específico.
Por isso, quanto a serviço público específico, limite-se a decorar a
definição do que seja (art.79, II, CTN).

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06- (AFTM MUNICÍPIO SÃO PAULO FCC 2012) Admitindo-se que caiba
apenas aos Estados federados colocar à disposição da população um
determinado serviço público específico e divisível, e, admitindo-se, também,
que, em decorrência de omissão de alguns Estados, os municípios neles
localizados resolvam, fora do âmbito de suas respectivas atribuições, tornar
esse serviço disponível às suas respectivas populações, cobrando, em razão
disso, taxas pelos serviços que estão sendo colocados à sua disposição,
conclui-se que a instituição dessa taxa está em
(A) desconformidade com a legislação, pois as taxas só podem ser cobradas
em razão de serviços efetivamente prestados e não meramente colocados à
disposição do munícipe.
(B) desconformidade com a legislação, pois uma pessoa jurídica de direito
público não pode cobrar taxa por atividade que não esteja no âmbito de suas
respectivas atribuições.
(C) conformidade com a legislação, desde que o Estado delegue sua
competência tributária para o município.
(D) desconformidade com a legislação, pois a atividade desenvolvida pelo
município deve ser prestada gratuitamente, custeada pela receita geral de
impostos, já que os municípios não estão constitucionalmente autorizados a
cobrar taxa de espécie alguma.
(E) conformidade com a legislação, pois, se o Estado não exerceu sua
competência constitucional, o município deve fazê-lo, cobrando,
consequentemente, as taxas cabíveis.

Resolução

(A) ERRADO. desconformidade com a legislação, pois as taxas só podem ser


cobradas em razão de serviços efetivamente prestados e não meramente
colocados à disposição do munícipe. AS TAXAS - SERVIÇO PÚBLICO (E NÃO AS
TAXAS - PODER DE POLÍCIA) PODEM SER COBRADAS EM RAZÃO DE
SERVIÇOS POTENCIALMENTE POSTOS À DISPOSIÇÃO DO CONTRIBUINTE
(ART.77 C/C ART.79, I. “B’, CTN).
(B) CORRETO. desconformidade com a legislação, pois uma pessoa jurídica de
direito público não pode cobrar taxa por atividade que não esteja no âmbito de
suas respectivas atribuições. (ART.77, CAPUT, CTN, QUE DIZ “NO ÂMBITO DE
SUAS RESPECTIVAS ATRIBUIÇÕES”).
(C) ERRADO. conformidade com a legislação, desde que o Estado delegue sua
competência tributária para o município. A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA,

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INCLUSIVE DAS TAXAS (DE QUALQUER TRIBUTO), É INDELEGÁVEL (ART.7º,


CTN).
(D) ERRADO. desconformidade com a legislação, pois a atividade desenvolvida
pelo município deve ser prestada gratuitamente, custeada pela receita geral de
impostos, já que os municípios não estão constitucionalmente autorizados a
cobrar taxa de espécie alguma. OS SERVIÇOS QUE OS MUNICÍPIOS PRESTAM
PODEM SER REMUNERADOS POR TAXA, DESDE QUE OBEDEÇAM AOS
CRITÉRIOS DA CF88 (ART.145, II E §2º) E DO CTN (ART.77 A 80).
(E) ERRADO. conformidade com a legislação, pois, se o Estado não exerceu
sua competência constitucional, o município deve fazê-lo, cobrando,
consequentemente, as taxas cabíveis. A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA,
INCLUSIVE DAS TAXAS (DE QUALQUER TRIBUTO), É INDELEGÁVEL, MESMO
QUE O ENTE COMPETENTE NÃO A EXERÇA (ART.7º, CTN).

GABARITO: B

2.1.6. Diferença entre Taxa e Preço Público

Um serviço público pode ser remunerado por taxa (taxa-serviço público) ou


por preço público, mas nunca pelos dois ao mesmo tempo.

TAXA-Serviço Público PREÇO PÚBLICO


Regime jurídico de Direito Público Regime Jurídico de Direito Privado
(= Tributário) (= Contratual) (Autonomia da Vontade)
Receita decorrente é derivada Receita decorrente é originária
É prestação pecuniária compulsória É prestação pecuniária facultativa
Utilização potencial também enseja a taxa- O particular tem que utilizar efetivamente o
serviço público serviço, contratando-o
Não cabe rescisão Cabe rescisão
Obediência à legalidade, anterioridade e Não Obediência à legalidade, anterioridade e
anterioridade nonagesimal anterioridade nonagesimal
Sujeito ativo: só pessoa jurídica de direito Sujeito ativo: pode ser privado:
público Concessionária, Permissionária ou
Autorizatária

No STF:
ADIMC 2.247 DF, Ministro Ilmar Galvão: [ADIMC = Medida Cautelar em Ação
Direta de Inconstitucionalidade]
Exercício de poder de polícia não pode ser remunerado por preço
público, e sim por taxa.

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O serviço de inspeção realizado pelo IBAMA, em seu exercício de poder de


polícia, deve ser remunerado por taxa.

RE 89.876 RJ:
Ministro Moreira Alves: “Nos casos em que é devida a taxa, não pode ele
[Poder Público] (...) esquivar-se destas, impondo, ao invés de taxa, preço
público.” “Sendo compulsória a utilização do serviço público de remoção
de lixo – o que resulta, inclusive, de sua disciplina como serviço essencial à
saúde pública – a tarifa de lixo instituída pelo (...) Município do Rio de
Janeiro é, em verdade, taxa”.

RE 209.365 SP, o Ministro Carlos Velloso classificou:


(i) Serviço Público Propriamente Estatal – Estado atuando no exercício de
sua soberania. São serviços indelegáveis. Ex.: Emissão de passaportes, serviço
jurisdicional (custas judiciais).
(ii) Serviço Público Essencial ao Interesse Público – São serviços essenciais
à coletividade. Ex.: Coleta de lixo, distribuição de água, tratamento de esgoto,
serviço de sepultamento.
(iii) Serviço Público Não Essencial ao Interesse Público – São em regra
delegáveis. Ex.: Serviços de distribuição de energia, de gás, de telefonia,
serviço postal.

Esse critério da jurisprudência é o mais claro com relação ao que pode ser
remunerado por taxa ou por preço público.

2.1.7. Pedágio – Taxa ou Preço Público?

Discute-se até hoje se o pedágio tem natureza de tributo ou não. Há decisão


do STF no sentido de ser o pedágio um tributo (RE 181.475 RS, de 1999), mas
isso não deve ser considerado de forma absoluta, porque a própria lei que
criou a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Lei nº 10.233/01,
previu a competência de a ANTT – na confecção dos editais de licitação para o
cumprimento dos contratos de concessão – ter de compatibilizar a tarifa do
pedágio com as vantagens econômicas e o conforto de viagem.

Vamos considerar a jurisprudência do STF mais recente (AI-AgR 531.529 RS,


julgado em 2010), que entende que o pedágio pode ser uma taxa ou um preço
público, o que dependerá se a via com pedágio é a única maneira de se chegar
àquele outro local ou não.

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SE HOUVER VIA ALTERNATIVA para o usuário trafegar entre dois pontos sem
utilizar a via com pedágio, então o pedágio se caracteriza como um PREÇO
PÚBLICO, pela sua FACULTATIVIDADE.

Agora, SE NÃO HOUVER OUTRA OPÇÃO a não ser trafegar pela estrada com
pedágio, torna-se o pedágio uma TAXA, por sua COMPULSORIEDADE.

Essa questão aguarda solução mais definitiva na Repercussão Geral que está
para ser julgada, no RE 645.181 SC, conforme ementa abaixo:
EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PEDÁGIO. UTILIZAÇÃO DE
VIAS CONSERVADAS PELO PODER PÚBLICO. NÃO-DISPONIBILIZAÇÃO
DE ESTRADAS ALTERNATIVAS. LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS
OU BENS. PRESENÇA DA REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO
CONSTITUCIONAL DISCUTIDA.
Possui repercussão geral a questão constitucional alusiva à possibilidade
de cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder
público nos casos em que não são disponibilizadas estradas alternativas.

07- (JUIZ SUBSTITUTO TJPE FCC 2011) A importância paga pelos usuários
de nossas rodovias a título de pedágio qualifica-se como
(A) preço público.
(B) tributo.
(C) taxa de serviço público.
(D) contribuição de melhoria.
(E) preço compulsório.

Resolução

A FCC, em 2011, entendeu correta a alternativa “A”.

Entendimento distinto do exposto acima. E aí, você pergunta: o que eu


considero?

Acho que se a pergunta vier “seca” como a que vai acima, então PEDÁGIO =
PREÇO PÚBLICO, pois a questão não entrou no detalhe, se há alternativa à via
com pedágio ou não. Mas, se a pergunta vier mais elaborada, explicitando que
no caso não há disponibilização ou há disponibilização de vias alternativas, aí
deve ser considerado o que expus na teoria acima.

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GABARITO: A

08- (AGENTE TECNICO LEGISLATIVO FINANÇAS E ORÇAMENTO ALESP


2010 FCC) Segundo Geraldo Ataliba, “Não há possibilidade jurídica de
confusão entre taxa e preço. Nem há, como muitos supõem, liberdade do
legislador em converter uma na outra e vice-versa. Juridicamente, são coisas
reciprocamente repelentes e excludentes”. Partindo deste pressuposto, é traço
distintivo entre taxa e preço público o fato da taxa
(A) remunerar obra pública e o preço remunerar serviço público prestado pelo
Poder Público sem exclusividade.
(B) ser fixada contratualmente e o preço ser fixado por decreto.
(C) ser receita originária de natureza tributária e o preço ser receita derivada
de natureza não tributária.
(D) remunerar serviço público prestado pelo Poder Público e o preço remunerar
serviço público delegado a particular.
(E) remunerar poder de polícia e o preço remunerar serviço público indivisível.

Resolução

(A) ERRADO. remunerar obra pública e o preço remunerar serviço público


prestado pelo Poder Público sem exclusividade. A TAXA REMUNERA SERVIÇO
PÚBLICO ESPECÍFICO E DIVISÍVEL E O EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA
(ARTS.77 A 80, CTN) E O PREÇO PÚBLICO REMUNERA SERVIÇOS PÚBLICOS
NÃO ESSENCIAIS E QUE SÃO, DE REGRA, DELEGÁVEIS.
(B) ERRADO. ser fixada contratualmente e o preço ser fixado por decreto.
PREÇO PÚBLICO É FIXADO CONTRATUALMENTE, E TAXA, POR LEI.
(C) ERRADO. ser receita originária DERIVADA de natureza tributária e o preço
ser receita derivada de natureza não tributária DECORRENTE DE OBRIGAÇÃO
CONTRATUAL EM CONTRAPRESTAÇÃO A SERVIÇO PÚBLICO NÃO ESSENCIAL E,
EM REGRA, DELEGÁVEL.
(D) CORRETO. remunerar serviço público prestado pelo Poder Público e o preço
remunerar serviço público delegado a particular.
(E) ERRADO. remunerar poder de polícia e o preço remunerar serviço público
indivisível. PREÇO PÚBLICO REMUNERA SERVIÇO PÚBLICO NÃO ESSENCIAL E,
EM REGRA, DELEGÁVEL.

GABARITO: D

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2.2. Contribuição de Melhoria

2.2.1. Fato gerador da Contribuição de Melhoria


O CTN, desde 1966, prevê que a contribuição de melhoria é instituída para
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização
imobiliária (art.81); enquanto a Constituição, de 1988 prevê que a
contribuição de melhoria é decorrente de obras públicas (art.145, III).

Mediante essa distinção, pergunta-se: com a CF88, para a instituição de


contribuição de melhoria bastaria a realização de obra pública, não se
necessitando a valorização do imóvel? NÃO!

O STF entendeu que nada mudou com a CF88. Nesse sentido, basta ver o
AI-AgR 694.836 SP, em que a decisão diz: “Esta Corte consolidou o
entendimento no sentido de que a contribuição de melhoria incide sobre o
quantum da valorização imobiliária.” E cita vários precedentes nesse
sentido. [AI-AgR = Agravo Regimental no Agravo de Instrumento]

Afinal, não é qualquer obra que gera melhoria aos imóveis circunvizinhos.
Aliás, há obras que desvalorizam nosso imóvel. Se houvesse contribuição
nesse caso, deveria se chamar “contribuição de pioria”!

09- (DEFENSOR PÚBLICO PARÁ 2009 FCC) Município institui contribuição


de melhoria no valor de trezentos reais, para todos os contribuintes, em razão
de obra pública de calçamento de vias públicas municipais realizada no
exercício de 2008. Esta contribuição de melhoria é
(A) devida, por ter por fato gerador obra pública.
(B) devida, porque o Município tem direito a se reembolsar das obras públicas
que beneficiam os moradores, sob pena de enriquecimento sem causa destes.
(C) indevida, porque deveria ter sido cobrada antes da realização da obra.
(D) indevida, porque obra de calçamento público não pode ser cobrada dos
moradores.
(E) indevida, porque não está sendo cobrada de maneira individualizada em
razão da valorização imobiliária, deixando de considerar o quantum que cada
imóvel teve de valorização em razão da obra pública.

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Resolução

(A) ERRADA. NÃO BASTA HAVER OBRA PÚBLICA; DESTA OBRA PÚBLICA DEVE
DECORRER VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA (art.81, CTN).
(B) ERRADA. devida, porque o Município tem direito a se reembolsar das obras
públicas que beneficiam os moradores, sob pena de enriquecimento sem causa
destes. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA = OBRA PÚBLICA + VALORIZAÇÃO
IMOBILIÁRIA (art.81, CTN)
(C) ERRADA. indevida, porque deveria ter sido cobrada antes da realização da
obra. SE FOSSE CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA, PODERIA TER SIDO COBRADA
DURANTE A OBRA, MAS NÃO ANTES.
(D) ERRADA. indevida, porque obra de calçamento público não pode ser
cobrada dos moradores. A OBRA DE CALÇAMENTO PODE SER COBRADA DOS
MORADORES POR INTERMÉDIO DE CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA, MAS
DESDE QUE HAJA VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA CORRESPONDENTE (art.81,
CTN)
(E) CORRETA. indevida, porque não está sendo cobrada de maneira
individualizada em razão da valorização imobiliária, deixando de considerar o
quantum que cada imóvel teve de valorização em razão da obra pública
(arts.81 e 82, CTN).

GABARITO: E

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Aula 01 – Natureza do Tributo; Espécies de Tributo

2.2.2. Diferença entre Contribuição de Melhoria e Taxa-Serviço Público

As duas espécies tributárias decorrem de atividade estatal específica


relativa ao contribuinte, mas obra pública não se confunde com serviço público
específico e divisível.

Exercício do poder de
polícia
Taxa

Serviço público específico


Atividade
e divisível
estatal
específica
Contribuição de Obra pública +
Melhoria Valorização imobiliária

Nesse sentido o STF já entendeu que simples recapeamento asfáltico de rua já


asfaltada é serviço público de manutenção e conservação, e não obra
pública (como pavimentação nova, por exemplo) suscetível de ensejar
benefício direto a imóvel determinado, com possível acréscimo de valor. Não
cabível, no recapeamento asfáltico, portanto, a cobrança de contribuição de
melhoria (RE’s 116.148 SP, e 115.863 SP).

10- (PROCURADOR DO ESTADO PGE – SERGIPE 2005 FCC) Um dos


elementos que diferenciam as taxas das contribuições de melhoria é o fato de
que as taxas
(A) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as
contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e divisíveis.
(B) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que
as contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade.
(C) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria
têm como contrapartida a realização de obras públicas e a conseqüente
valorização imobiliária.
(D) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que apenas postos
à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições de
melhoria é facultativo.
(E) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria
têm como contrapartida apenas a valorização imobiliária.

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Resolução

(A) ERRADA. remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo


que as contribuições de melhoria remuneram serviços públicos OBRAS
PÚBLICAS específicos e divisíveis DAS QUAIS DECORRE VALORIZAÇÃO
IMOBILIÁRIA (arts. 77 e 81, CTN).
(B) ERRADA. não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao
passo que as contribuições de melhoria apresentam o atributo da
referibilidade. REFERIBILIDADE = CONTRAPRESTAÇÃO EM SERVIÇO PÚBLICO
AO VALOR PAGO PELA TAXA OU EM OBRA PÚBLICA AO VALOR PAGO PELA
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA (art.77, CTN).
(C) CORRETA. remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de
melhoria têm como contrapartida a realização de obras públicas e a
conseqüente valorização imobiliária (arts. 77 e 81, CTN).
(D) ERRADA. são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que
apenas postos à disposição do usuário (PARA O CASO DE UTILIZAÇÃO
POTENCIAL DO SERVIÇO PÚBLICO), ao passo que o pagamento das
contribuições de melhoria é facultativo (É OBRIGATÓRIO, POIS É TRIBUTO)
(arts. 77 e 81, CTN).
(E) ERRADA. remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de
melhoria têm como contrapartida apenas a valorização imobiliária
DECORRENTE DE OBRA PÚBLICA (arts. 77 e 81, CTN).

GABARITO: C

Mais sobre distinção entre taxa e contribuição de melhoria:

11- (AUDITOR TCE CEARÁ 2006 FCC) Um dos atributos que diferenciam as
taxas das contribuições de melhoria é o fato de que as taxas
(A) são facultativas, enquanto que as contribuições de melhoria remuneram
serviços públicos específicos e indivisíveis, ainda que somente postos à
disposição do usuário.
(B) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que
as contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade.
(C) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as
contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e divisíveis.

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Aula 01 – Natureza do Tributo; Espécies de Tributo

(D) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que somente
postos à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições
de melhoria é facultativo.
(E) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria
têm como contrapartida a valorização imobiliária decorrente da realização de
obras públicas.

Resolução

(A) ERRADA. são facultativas COMPULSÓRIAS, COMO QUALQUER TRIBUTO,


enquanto que as contribuições de melhoria remuneram serviços públicos
específicos e indivisíveis, ainda que somente postos à disposição do usuário
OBRAS PÚBLICAS QUE ENSEJARAM VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA (art.145,
CF88; arts.3º, 77 e 81, CTN).
(B) ERRADA. não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao
passo que as contribuições de melhoria apresentam o atributo da
referibilidade. REFERIBILIDADE = CONTRAPRESTAÇÃO OBRA PÚBLICA
(SERVIÇO PÚBLICO) DA QUAL DECORREU VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA
VERSUS PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA.
(C) ERRADA. remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo
que as contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e
divisíveis, MAS ESTES SOMENTE OBRAS PÚBLICAS DAS QUAIS DECORRA
VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA (arts.77 e 81, CTN).
(D) ERRADA. são cobradas pela prestação de serviços públicos ESPECÍFICOS E
DIVISÍVEIS, ainda que somente postos à disposição do usuário, ao passo que
o pagamento das contribuições de melhoria é facultativo COMPULSÓRIO
(art.77 e 81, CTN).
(E) CORRETA. remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de
melhoria têm como contrapartida a valorização imobiliária decorrente da
realização de obras públicas (arts.77 e 81, CTN).

GABARITO: E

2.2.3. Limites Total e Individual

Prevê a parte final do art.81, CTN:

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Art.81. [...] tendo como limite total a despesa realizada e como


limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada
imóvel beneficiado.

Assim, o máximo que pode ser cobrado de contribuição de melhoria é o menor


valor entre o acréscimo de valor (valorização do imóvel) resultante da obra
pública e o custo total da obra pública rateado pelos imóveis envolvidos.

Nada melhor que exemplos para esclarecer esses critérios:

EXEMPLO 1 (CUSTO DA OBRA POR IMÓVEL > VALORIZAÇÃO


INDIVIDUAL DE CADA IMÓVEL):

CUSTO TOTAL DA OBRA PÚBLICA: R$ 5.000.000


Nº DE IMÓVEIS VALORIZADOS: 100 imóveis
VALORIZAÇÃO INDIVIDUAL DE CADA IMÓVEL R$ 10.000

O custo da obra por imóvel foi de R$ 500.000 ÷ 100 = R$ 50.000 por


imóvel

Comparando-se custo da obra por imóvel (R$ 50.000) com valorização


individual (R$ 10.000), a contribuição de melhoria máxima a ser cobrada será
R$ 10.000, que é a menor das duas.

EXEMPLO 2 (VALORIZAÇÃO INDIVIDUAL DE CADA IMÓVEL > CUSTO


DA OBRA POR IMÓVEL):

CUSTO TOTAL DA OBRA PÚBLICA: R$ 5.000.000


Nº DE IMÓVEIS VALORIZADOS: 100 imóveis
VALORIZAÇÃO INDIVIDUAL DE CADA IMÓVEL R$ 60.000

O custo da obra por imóvel foi de R$ 500.000 ÷ 100 = R$ 50.000 por


imóvel

Comparando-se custo da obra por imóvel (R$ 50.000) com valorização


individual (R$ 60.000), a contribuição de melhoria máxima a ser cobrada será
R$ 50.000, que é a menor das duas.

2.2.4. Momento da Cobrança

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A contribuição de melhoria não pode ser cobrada antes de iniciada a obra


pública. Até pode ter início a sua cobrança durante a obra, mas desde que
já confirmada, no caso concreto, a valorização prevista na legislação em que
constar os requisitos mínimos (para esses requisitos mínimos, ler o art.82,
CTN).

2.3. Impostos

Atualmente, são os seguintes os impostos previstos constitucionalmente:

II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF


(art.153)

Novos Impostos
União
(art.154, I)
(arts.153 e 154)

Impostos Extraordinários de
Guerra
(art.154, II)

Estados
1. Impostos
(art.155)
(arts.145, I, 153,
ITCMD, ICMS, IPVA
154, 155 e 156)
(art.155)
Distrito Federal
(arts.147 e 155)
IPTU, ITBI, ISS
(art.156)

Municípios
(art.156)

2.3.1. Impostos São Não-Vinculados Quanto à Hipótese de Incidência

Quanto à HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA:

IMPOSTOS TRIBUTOS NÃO-VINCULADOS, SEMPRE

Prevê o art.16, CTN:

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Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte.

Sim, porque os fatos geradores dos impostos revelam sinais de riqueza


do contribuinte, elencados pela CF88, como: importar produtos estrangeiros
(II); exportar produtos nacionais ou nacionalizados (IE); auferir renda e
proventos de qualquer natureza (IR); ter a propriedade de veículo automotor
(IPVA); prestar serviço de qualquer natureza (ISS) etc.

Acima, no tópico 1.5., vimos que existem três acepções de vinculação no


Direito Tributário. A de que tratamos agora é a relacionada a critério de
classificação dos tributos, conforme sua hipótese de incidência, em
vinculados e não vinculados.

Nesse sentido, os tributos vinculados são as taxas e as contribuições de


melhoria, porque esses tributos têm, como fatos geradores, atividades
estatais específicas. No caso das taxas, o serviço público ou o exercício
do poder de polícia; no caso das contribuições de melhoria, a obra
pública da qual decorra valorização imobiliária.

Os não vinculados são os impostos, cujo fato gerador não pode ser
atividade estatal específica relativa ao contribuinte, mas decorre sim
de um sinal de riqueza do contribuinte. Basta ver a definição legal de
imposto no art.16, CTN:

2.3.2. Impostos São Não-Vinculados Quanto à Destinação do Produto


da Arrecadação

Quanto à DESTINAÇÃO DO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO:

IMPOSTOS TRIBUTOS NÃO-VINCULADOS, EM REGRA

Além de, no tocante à sua hipótese de incidência, os impostos serem tributos


não-vinculados, os impostos também são não-vinculados quanto à destinação
específica do produto da arrecadação do tributo.

É o que determina o art.167, IV, CF88:

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Art. 167. São vedados:


IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que
se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e
serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do
ensino e para realização de atividades da administração tributária, como
determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de
receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste
artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

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Esquematizando esse dispositivo, temos:

Regra geral, é vedada...

de receita Órgão
...a vinculação de Fundo
impostos a Despesa

Ressalvada...

...
(i) a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts.158 e 159
(REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS)
(ii) a destinação de recursos para as AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE, que
constituem um sistema único (art.198, § 2º)
(iii) a destinação de recursos para MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO
(art.212)
(iv) a destinação de recursos para realização de ATIVIDADES DA ADMINISTRAÇÃO
TRIBUTÁRIA, essenciais ao funcionamento do Estado (art.37, XXII)
(v) a vinculação para PRESTAÇÃO DE GARANTIAS ÀS OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR
ANTECIPAÇÃO DE RECEITA, eventualmente previstas na lei orçamentária anual (art. 165, §
8º)
(vi) a vinculação para prestação de GARANTIA OU CONTRAGARANTIA À UNIÃO (art.167,
§4º)
(vii) a vinculação para PAGAMENTO DE DÉBITOS PARA COM A UNIÃO (art.167, §4º)

Falando em Repartição Constitucional de Receitas Tributárias, vamos ao tema.

2.3.3. REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS


Resolvi tratar desse tema dentro do ponto “Impostos” porque a repartição
constitucional de receitas tributárias é praticamente uma exclusividade dos
impostos.

Não é cabível aplicar essa repartição às Taxas e às Contribuições de


Melhoria porque as receitas decorrentes desses tributos são para cobrir
custos dos serviços ou obras efetuados pelo próprio ente político competente
para instituí-los e cobrá-los (TRIBUTOS VINCULADOS QUANTO À HIPÓTESE
DE INCIDÊNCIA).

Também não é cabível aplicar essa repartição aos Empréstimos


Compulsórios e às Outras Contribuições Tributárias (Contribuições
Sociais, Contribuições Especiais e Contribuições de Iluminação Pública)
porque há uma destinação específica para o produto da arrecadação desses

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tributos (TRIBUTOS VINCULADOS QUANTO À DESTINAÇÃO DO PRODUTO


DA ARRECADAÇÃO).

A única exceção é a CIDE-Combustíveis, que apesar de ter destinação


específica (art.174, §4º, II), terá 29% do produto de sua arrecadação
entregue aos Estados e ao Distrito Federal (art.159, III). Desse montante,
os Estados entregam 25% aos seus Municípios (art.159, §4º).

A repartição é sempre da pessoa política maior para a pessoa política menor.

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DIAGRAMA DA REPARTIÇÃO
100% do IRfonte Retido (art.157, I)
CONSTITUCIONAL DE RECEITAS
TRIBUTÁRIAS
30% do IOF Ouro (art.153, §5º, I)
U para E, DF
29% da CIDE-Combustível (art.159, III)

20% do Imp. Residual (art.157, II)

100% do IRfonte Retido (art.158, I)

50% do ITR
Direta U para M (100%, se M fiscalizar e cobrar)
(art.158, II e 153, §4º, III)

70% do IOF Ouro (art.153, §5º, II)

50% do IPVA (art.158, III)

3/4, no mínimo,
valor adicionado no M
25% do ICMS
E para M
(art.158, IV)
Até 1/4, lei estadual
Repartição de
Receitas de
Impostos 25% do Repasse CIDE-Combustível
+ (art.159, §4º)
CIDE-
Combustível
21,5% para FPE (art.159, I, ‘a’)

22,5%, entrega na
23,5% forma da lei
48% do
para FPM complementar
(IPI
(art.159, I, ‘b’ e
+
‘d’) 1%, entrega 1º
IR – IRfonte)
decêndio de dezembro

3% N, NE e CO Do NE, 1/2 para o


Indireta
(art.159, I, ‘c’) semi-árido

3/4, no mínimo,
10% do IPI 25% para M valor adicionado no M
para E, DF (art.159, §3º)
(art.159, II)
Até 1/4, lei estadual

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U: II, IE, IGF, I.Extr.

Impostos que não E: ITCMD


têm suas receitas
repartidas: DF: ITCMD, ICMS, IPVA
IPTU, ITBI, ISS

M: IPTU, ITBI, ISS

Como o Distrito Federal não pode ser dividido em Municípios (art.32, CF88),
não há que se falar em repartição das receitas de seus impostos ITCMD, ICMS
e IPVA.

12- (ANALISTA JUDICIARIO - ÁREA JUDICIARIA TRF 2ª REGIÃO FCC


2012) Analise:
I. 20% (vinte por cento) do produto da arrecadação do imposto que a União
pode instituir no exercício de sua competência tributária residual.
II. 25% (vinte e cinco por cento) do produto da arrecadação do imposto do
Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação.
Para os fins da repartição das receitas tributárias, esses percentuais são
pertencentes, dentre as esferas de organização político-administrativa,
respectivamente,
(A) ao Distrito Federal e à União.
(B) aos Estados e à União.
(C) aos Municípios e ao Distrito Federal.
(D) aos Municípios e à União.
(E) aos Estados e aos Municípios.

Resolução

Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:


[...]
II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União
instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I
[IMPOSTOS RESIDUAIS].

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Art. 158. Pertencem aos Municípios:


[...]
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do
Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação [ICMS].

GABARITO: E

13- (AGENTE FISCAL DE RENDAS ESTADO SÃO PAULO - DIREITO


TRIBUTÁRIO II - FCC 2009) Em relação às prescrições constitucionais
insertas na seção ‘Da repartição das receitas tributárias’, é INCORRETO
afirmar:
(A) É permitida a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos
recursos atribuídos aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, advindos
de receitas tributárias.
(B) Pertence ao Estado e ao Distrito Federal o produto da arrecadação do
imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na
fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e
pelas fundações que instituírem e mantiverem.
(C) Pertence aos Municípios o produto da arrecadação do imposto da União
sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre
rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas
fundações que instituírem e mantiverem.
(D) Pertence aos Municípios a totalidade do produto da arrecadação do
Imposto da União sobre a Propriedade Territorial Rural, relativamente aos
imóveis neles situados quando, nos termos da Constituição Federal, os
Municípios optarem, na forma da lei, por fiscalizar e cobrar o referido imposto,
desde que não implique em sua redução ou qualquer outra forma de renúncia
fiscal.
(E) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, até o
último dia do mês subsequente ao da arrecadação, os montantes de cada um
dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores de origem
tributária, entregues e a entregar, e a expressão numérica dos critérios de
rateio.

Resolução

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Analisemos as alternativas:

(A) INCORRETA. É permitida VEDADA a retenção ou qualquer restrição à


entrega e ao emprego dos recursos atribuídos aos Estados, ao Distrito Federal
e aos Municípios, advindos de receitas tributárias (art.160, caput, CF88).
(B) CORRETA. Pertence ao Estado e ao Distrito Federal o produto da
arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer
natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por
eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem (art.157,
I, CF88).
(C) CORRETA. Pertence aos Municípios o produto da arrecadação do imposto
da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte,
sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas
fundações que instituírem e mantiverem (art.158, I, CF88).
(D) CORRETA. Pertence aos Municípios a totalidade do produto da arrecadação
do Imposto da União sobre a Propriedade Territorial Rural, relativamente aos
imóveis neles situados quando, nos termos da Constituição Federal, os
Municípios optarem, na forma da lei, por fiscalizar e cobrar o referido imposto,
desde que não implique em sua redução ou qualquer outra forma de renúncia
fiscal (art.158, II, e art.153, §4º, III, CF88).
(E) CORRETA. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
divulgarão, até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação, os
montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os
valores de origem tributária, entregues e a entregar, e a expressão numérica
dos critérios de rateio (art.162, CF88).

GABARITO: A

Outras questões a respeito de repartição de receitas tributárias.

14- (AGENTE FISCAL DE RENDAS ESTADO SÃO PAULO - DIREITO


TRIBUTÁRIO I - FCC 2009) A Constituição Federal de 1988 cuida da
repartição de receitas tributárias do ICMS da seguinte forma: [Aula 01 –
Conceito e Classificação de Tributos]
I. cinquenta por cento do produto da arrecadação pertencem aos Municípios.
II. três quartos, no mínimo, do que é destinado aos Municípios será devido na
proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de
mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios.

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III. até um quarto do que é destinado aos Municípios será creditado conforme
dispuser lei estadual.
IV. lei estadual poderá utilizar-se de critérios a serem preenchidos pelos
Municípios para realizar a repartição de receita do ICMS.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I, II e III.
(C) I e III.
(D) II, III e IV.
(E) II e IV.

Resolução

I. ERRADO. cinquenta VINTE E CINCO por cento do produto da arrecadação


pertencem aos Municípios (art.158, IV, CF88).
II. CORRETO. três quartos, no mínimo, do que é destinado aos Municípios será
devido na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação
de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios
(art.158, parágrafo único, I, CF88).
III. CORRETO. até um quarto do que é destinado aos Municípios será creditado
conforme dispuser lei estadual (art.158, parágrafo único, II, CF88).
IV. CORRETO. lei estadual poderá utilizar-se de critérios a serem preenchidos
pelos Municípios para realizar a repartição de receita do ICMS (art.158,
parágrafo único, II, CF88).

GABARITO: D

15- (AUDITOR FISCAL DO TCE PIAUÍ 2002 FCC) Pertencem aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios
(A) o produto de arrecadação de todos os tributos da União recolhidos por
esses entes políticos, por suas autarquias e pelas fundações que instituírem e
mantiverem.
(B) o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de
qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer
título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e
mantiverem.
(C) vinte por cento do produto da arrecadação das contribuições que a União
pode instituir no exercício de sua competência residual.

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(D) o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de


qualquer natureza incidente no final do exercício.
(E) apenas o produto de arrecadação dos tributos de sua competência
tributária. Isto porque, não há tributo da União que incida sobre qualquer fato
gerador tributado por esse ente político.

Resolução

(A) ERRADA. o produto de arrecadação de todos os tributos da União DO


IMPOSTO DA UNIÃO SOBRE RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA,
INCIDENTE NA FONTE, recolhidos por esses entes políticos, por suas
autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem (arts.157, I, e 158,
I, CF88).
(B) CORRETA. o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e
proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos,
a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e
mantiverem (arts.157, I, e 158, I, CF88).
(C) ERRADA. vinte por cento do produto da arrecadação das contribuições DE
IMPOSTO que a União pode instituir no exercício de sua competência residual.
MUNICÍPIOS NÃO. (art.157, II, CF88).
(D) ERRADA. o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e
proventos de qualquer natureza incidente no final do exercício NA FONTE,
SOBRE RENDIMENTOS PAGOS, A QUALQUER TÍTULO, POR ELES, SUAS
AUTARQUIAS E PELAS FUNDAÇÕES QUE INSTITUÍREM E MANTIVEREM
(arts.157, I, e 158, I, CF88).
(E) ERRADA. NÃO apenas o produto de arrecadação dos tributos de sua
competência tributária. Isto porque, não há tributo da União que incida sobre
qualquer fato gerador tributado por esse ente político (arts. 153, 157 a 159,
CF88).

GABARITO: B

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Aula 01 – Natureza do Tributo; Espécies de Tributo

16- (AUDITOR DO TCE SERGIPE 2002 FCC) Conforme previsão


constitucional, a União entregará 47% do produto da arrecadação dos
impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos
industrializados ao Fundo de Participação dos Estados e Distrito Federal; ao
Fundo de Participação dos Municípios; e para aplicação nos Fundos
Constitucionais de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, respectivamente, nas seguintes proporções:
(A) 3% - 21,5% e 22,5%
(B) 3% - 22,5% e 21,5%
(C) 21,5% - 3% e 22,5%
(D) 21,5% - 22,5% e 3%
(E) 22,5% - 21,5% e 3%

Resolução

NA VERDADE, HOJE, APÓS A EC nº 55/2005, SÃO 48%, DISTRIBUÍDOS DA


SEGUINTE FORMA:
21,5% para FPE (art.159, I, ‘a’)

22,5%, entrega na
23,5% forma da lei
48% do
para FPM complementar
(IPI
(art.159, I, ‘b’ e
+
‘d’) 1%, entrega 1º
IR – IRfonte)
decêndio de dezembro

3% N, NE e CO Do NE, 1/2 para o


(art.159, I, ‘c’) semi-árido

GABARITO: D

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17- (AUDITOR TCE SP 2008 FCC) O tributo cuja receita não se submete a
repartição de natureza constitucional é o imposto sobre
(A) circulação de mercadorias e serviços.
(B) produtos industrializados.
(C) importação de produtos estrangeiros.
(D) propriedade territorial rural.
(E) propriedade de veículos automotores.

Resolução

U: II, IE, IGF, I.Extr.

Impostos que não E: ITCMD


têm suas receitas
repartidas: DF: ITCMD, ICMS, IPVA
IPTU, ITBI, ISS

M: IPTU, ITBI, ISS

GABARITO: C

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18- (PROCURADOR TCE PIAUÍ 2005 FCC) Em nosso sistema tributário as


parcelas da receita do ICMS devidas aos Municípios deverão ser distribuídas
(A) segundo critérios previstos na lei municipal.
(B) segundo critérios previstos em lei complementar.
(C) em sua totalidade, na proporção de valor adicionado nos territórios de cada
Município.
(D) três quartos proporcionais ao valor adicionado nos Municípios e um quarto
segundo critérios da lei estadual.
(E) em sua totalidade, de acordo com o que dispuser a lei estadual.

Resolução

3/4, no mínimo,
valor adicionado no M
25% do ICMS
E para M
(art.158, IV)
Até 1/4, lei estadual

GABARITO: D

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19- (PROCURADOR PGM MANAUS 2006 FCC) Os Municípios NÃO


participam, direta ou indiretamente, da arrecadação
(A) da contribuição de intervenção no domínio econômico – CIDE.
(B) do imposto sobre operações financeiras – IOF.
(C) do ICMS.
(D) do IPVA.
(E) do IR arrecadado na fonte.
100% do IRfonte Retido (art.158, I)
Resolução
50% do ITR
Direta U para M (100%, se M fiscalizar e cobrar)
(art.158, II e 153, §4º, III)

70% do IOF Ouro (art.153, §5º, II)

50% do IPVA (art.158, III)

3/4, no mínimo,
valor adicionado no M
25% do ICMS
E para M
(art.158, IV)
Até 1/4, lei estadual
Repartição de
Receitas de
Impostos 25% do Repasse CIDE-Combustível
+ (art.159, §4º)
CIDE-
Combustível
22,5%, entrega na
23,5% forma da lei
48% do
para FPM complementar
(IPI
(art.159, I, ‘b’ e
+
‘d’) 1%, entrega 1º
IR – IRfonte)
decêndio de dezembro

Indireta

3/4, no mínimo,
10% do IPI 25% para M valor adicionado no M
para E, DF (art.159, §3º)
GABARITO: B
(art.159, II)
Até 1/4, lei estadual

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Outras questões a respeito de taxas, impostos e contribuições de melhoria.

20- (PROCURADOR MUNICÍPIO DE SANTOS 2005 FCC) Considere as


seguintes características:
I. O fato gerador independe de qualquer atividade estatal específica, relativa
ao contribuinte.
II. A materialidade do seu fato gerador consiste na atuação estatal
diretamente referida ao contribuinte, em forma de contraprestação de serviço.
III. A materialidade do fato gerador é a atuação do Estado, em sentido amplo,
em forma de obras públicas.
No que tange aos tributos, I, II e III referem-se, seqüencialmente, a
(A) tributo vinculado (taxa), tributo não-vinculado (imposto) e contribuição de
melhoria.
(B) tributo vinculado (imposto), contribuição de melhoria e tributo não-
vinculado (taxa).
(C) contribuição de melhoria, tributo vinculado (taxa) e tributo não-vinculado
(imposto).
(D)) tributo não-vinculado (imposto), tributo vinculado (taxa) e contribuição de
melhoria.
(E) tributo não-vinculado (taxa), contribuição de melhoria, e tributo vinculado
(imposto).

Resolução
I. O fato gerador independe de qualquer atividade estatal específica, relativa
ao contribuinte (= IMPOSTO – art.16, CTN).
II. A materialidade do seu fato gerador consiste na atuação estatal
diretamente referida ao contribuinte, em forma de contraprestação de serviço
(= TAXA – art.77, CTN).
III. A materialidade do fato gerador é a atuação do Estado, em sentido amplo,
em forma de obras públicas (= CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA – art.145, III,
CF88, e arts.81 e 82, CTN).

GABARITO: D

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2.4. Empréstimos Compulsórios


Quase tudo que precisamos saber sobre empréstimo compulsório é apreendido
com a leitura do art.148, CF88:

Art.148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir


empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de
relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III,
"b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua
instituição.

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A União pode instituir Empréstimos Compulsórios por dois fundamentos


distintos:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência; ou
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional.

ou
Despesas Calamidade Guerra Externa Não se aplicam
Extraordinárias Pública ou sua Iminência as anterioridades
Empréstimo
Compulsório
Investimento de Caráter Urgente e
Público de Relevante Interesse Nacional

Não considerar, nos seus estudos, a leitura do art.15, e seus incisos, CTN, cujo
texto difere, até certo ponto, do texto do art.148, CF88, particularmente o
inciso III. A CF88 prevalece. Do art.15, aproveita-se seu parágrafo único:

Art.15. Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do


empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for
aplicável, o disposto nesta Lei.

1º) É de competência privativa da União.


2º) Tem que ser por lei complementar (logo, não pode ser por medida
provisória).
3º) O Empréstimo Compulsório é tributo vinculado, quanto à destinação
específica do produto de sua arrecadação (“vinculado à despesa que
fundamentou sua instituição”).
4º) As anterioridades (genérica – mesmo exercício financeiro; e nonagesimal
– 90d da publicação) não são aplicáveis ao empréstimo compulsório –
despesas extraordinárias, mas somente ao empréstimo compulsório –
investimento público.
5º) Tem que ser restituível, e a restituição deve ser na mesma espécie em
que recolhido. E como é tributo, a restituição deve ser em dinheiro. Assim
entendeu o STF no RE 175.385 CE.

21- (AGENTE FISCAL DE RENDAS ESTADO SÃO PAULO - DIREITO


TRIBUTÁRIO II - FCC 2009) Os Empréstimos Compulsórios

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Aula 01 – Natureza do Tributo; Espécies de Tributo

(A) poderão ser instituídos para atender às despesas extraordinárias


decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, não
sendo necessária, nesses casos, a observância ao princípio da anterioridade.
(B) poderão ser instituídos no caso de investimento público de caráter urgente
e de relevante interesse nacional, não sendo
necessária, nesse caso, a observância ao princípio da anterioridade.
(C) são de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, observando-se a competência material de cada um desses
entes políticos.
(D) têm sua cobrança suprimida, gradativamente, quando cessadas as causas
de sua criação.
(E) têm, em decorrência das razões de urgência e de relevância para sua
instituição, a aplicação dos recursos provenientes do Empréstimo Compulsório
desvinculada da despesa que fundamentou sua instituição.

Resolução

(A) CORRETA. poderão ser instituídos para atender às despesas extraordinárias


decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, não
sendo necessária, nesses casos, a observância ao princípio da anterioridade
(Art.148, I, CF88).
(B) ERRADA. poderão ser instituídos no caso de investimento público de
caráter urgente e de relevante interesse nacional, não sendo necessária, nesse
caso, a observância ao princípio da anterioridade (Art.148, II, CF88).
(C) ERRADA. são de competência comum PRIVATIVA da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, observando-se a competência material de
cada um desses entes políticos (Art.148, CF88).
(D) ERRADA. OS IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS têm sua cobrança suprimida,
gradativamente, quando cessadas as causas de sua criação (Art.154, II,
CF88), E NÃO OS EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS.
(E) ERRADA. têm, em decorrência das razões de urgência e de relevância para
sua instituição, a aplicação dos recursos provenientes do Empréstimo
Compulsório desvinculada da despesa que fundamentou sua instituição. A
APLICAÇÃO DOS RECURSOS PROVENIENTES DE EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
SERÁ VINCULADA À DESPESA QUE FUNDAMENTOU SUA INSTITUIÇÃO
(Art.148, parágrafo único, CF88).

GABARITO: A

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Mais uma sobre empréstimo compulsório:

22- (PROCURADOR DE CONTAS TCE CEARÁ 2006 FCC) Diante de situação


de excepcional calamidade pública de âmbito nacional, reconhecida mediante
decreto presidencial, o Presidente da República, para fazer frente à despesa
extraordinária, editou Medida Provisória instituindo Empréstimo Compulsório
sobre o consumo de combustíveis. É correto afirmar que o empréstimo
compulsório instituído é [Aula 01 – Conceito e Classificação de Tributos]
(A) inconstitucional porque não tem a finalidade de gerar receita para fazer
frente a despesa extraordinária decorrente de calamidade pública.
(B) ilegal, porque a hipótese de incidência tem que ser a calamidade pública e
não o consumo de combustíveis.
(C) inconstitucional, porque só pode ser instituído por lei complementar e
jamais, portanto, por medida provisória.
(D) legal, porque não se admite vinculação de receita do empréstimo
compulsório a qualquer órgão fundo ou despesa, salvo para despesa
extraordinária.
(E) constitucional, porque um dos motivos justificadores para a instituição
deste tributo é despesa extraordinária decorrente de calamidade pública.

Resolução

(A) ERRADA. inconstitucional porque não tem a finalidade de gerar receita para
fazer frente a despesa extraordinária decorrente de calamidade pública
(art.148, I, CF88).
(B) ERRADA. ilegal, porque a hipótese de incidência tem que ser a calamidade
pública e não PODE SER o consumo de combustíveis. A CALAMIDADE PÚBLICA
É A MOTIVAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DO EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO, PARA
CUJAS DESPESAS SEUS RECURSOS SERÃO APLICADOS (art.148, CF88).
(C) CORRETA. inconstitucional, porque só pode ser instituído por lei
complementar e jamais, portanto, por medida provisória (art.148, c/c art.62,
§1º, III, CF88).
(D) ERRADA. legal, porque não se admite vinculação de receita do empréstimo
compulsório a qualquer órgão fundo ou despesa, salvo para despesa
extraordinária. O EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO É VINCULADO QUANTO À
DESTINAÇÃO DOS RECURSOS (art.148, parágrafo único, CF88).
(E) ERRADA. constitucional, porque um dos motivos justificadores para a
instituição deste tributo é despesa extraordinária decorrente de calamidade

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pública. MAS SUA INSTITUIÇÃO TEM QUE SE DAR POR LEI COMPLEMENTAR
(art.148, CF88).

GABARITO: C

23- (JUIZ SUBSTITUTO TJ-GO 2012 FCC) Analise os itens a seguir:


I. Pavimentação asfáltica é fato gerador de taxa de serviço específico e
divisível; deve ter valor fixo para todos os beneficiários da obra.
II. Serviço de coleta de lixo domiciliar é fato gerador de taxa de serviço
específico e indivisível; deve ter valor fixo para todos os beneficiários do
serviço, desde que haja efetiva fruição.
III. A concessão de alvará de construção pode ser remunerada por taxa de
polícia, pois se trata de exercício regular do poder de polícia.
IV. O imposto pode ter por fato gerador serviços públicos indivisíveis, assim
como o serviço de iluminação pública.
V. A destinação do produto da arrecadação é irrelevante para definir a
natureza jurídica do tributo como imposto.
É correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) III e V.
(E) IV e V.

Resolução

I. ERRADO. Pavimentação asfáltica NÃO é fato gerador de taxa de serviço


PORQUE NÃO É específico e NEM divisível, SIMPLESMENTE PORQUE NÃO HÁ
COMO MENSURAR A UTILIZAÇÃO INDIVIDUALIZADA DESSE SERVIÇO PELOS
QUE DELE SE APROVEITAM (NÃO SÓ OS QUE MORAM EM FRENTE AO
ASFALTO, MAS TAMBÉM AQUELES QUE POR ELE PASSAM); deve ter valor fixo
para todos os beneficiários da obra.
II. ERRADO. Serviço de coleta de lixo domiciliar é fato gerador de taxa de
serviço específico e indivisível; NÃO NECESSARIAMENTE deve ter valor fixo
para todos os beneficiários do serviço, desde AINDA que haja efetiva fruição
APENAS POTENCIAL.
III. CORRETO. A concessão de alvará de construção pode ser remunerada por
taxa de polícia, pois se trata de exercício regular do poder de polícia. COM O

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VALOR DESSA TAXA, É QUE SE CUSTEIA A ATIVIDADE DE FISCALIZAÇÃO


(EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA).
IV. ERRADO. O imposto NÃO pode ter por fato gerador serviços públicos
indivisíveis, assim como o serviço de iluminação pública. FATO GERADOR DO
IMPOSTO É UMA SITUAÇÃO INDEPENDENTE DE QUALQUER ATIVIDADE
ESTATAL ESPECÍFICA, RELATIVA AO CONTRIBUINTE (ART.16, CTN).
V. CORRETO. A destinação do produto da arrecadação é irrelevante para
definir a natureza jurídica do tributo como imposto.

GABARITO: D

24- (AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS RONDÔNIA 2010


FCC) Sobre as características das espécies de tributos, é correto afirmar que
(A) imposto é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma
atividade estatal.
(B) taxa é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma obra
pública.
(C) contribuição de melhoria é uma espécie de tributo vinculado a uma prévia
atividade estatal, qual seja, obra pública.
(D) o empréstimo compulsório é um tributo de competência comum e pode ser
instituído por medida provisória em caso de investimento urgente.
(E) a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é de
competência exclusiva dos Estados e Distrito Federal.

Resolução

(A) ERRADO. imposto é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador
uma atividade estatal UMA SITUAÇÃO INDEPENDENTE DE QUALQUER
ATIVIDADE ESTATAL ESPECÍFICA, RELATIVA AO CONTRIBUINTE (art.16, CTN).
(B) ERRADO. taxa é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador
uma obra pública O EXERCÍCIO REGULAR DO PODER DE POLÍCIA, OU A
UTILIZAÇÃO, EFETIVA OU POTENCIAL, DE SERVIÇO PÚBLICO ESPECÍFICO E
DIVISÍVEL, PRESTADO AO CONTRIBUINTE OU POSTO À SUA DISPOSIÇÃO
(art.77, CTN).
(C) CORRETO. contribuição de melhoria é uma espécie de tributo vinculado a
uma prévia atividade estatal, qual seja, obra pública. É INSTITUÍDA PARA
FAZER FACE AO CUSTO DE OBRAS PÚBLICAS DE QUE DECORRA
VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA (art.81, CTN).

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(D) ERRADO. o empréstimo compulsório é um tributo de competência comum


PRIVATIVA e NÃO pode ser instituído por medida provisória em caso de
investimento urgente, POIS É VEDADO À MEDIDA PROVISÓRIA TRATAR DE
MATÉRIA RESERVADA À LEI COMPLEMENTAR (arts.148 e 62, §1º, III, CF88).
(E) ERRADO. a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é
de competência exclusiva dos Estados MUNICÍPIOS e Distrito Federal (art.149-
A, CF88).

GABARITO: C

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2.5. Outras Contribuições Tributárias

NÃO FAZ PARTE DO PROGRAMA DO CONCURSO.

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Outra questão sobre espécies tributárias:

25- (AGENTE FISCAL DE RENDAS ESTADO SÃO PAULO - DIREITO


TRIBUTÁRIO II - FCC 2009) Sobre as espécies tributárias, é correto
afirmar:
(A) As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas a
contribuições sociais para a Seguridade Social constarão dos respectivos
orçamentos e integrarão o orçamento da União.
(B) Na iminência ou no caso de guerra externa, a União, os Estados e os
Municípios poderão instituir impostos extraordinários.
(C) A taxa é espécie de tributo vinculado a uma atividade estatal globalmente
considerada, bem como à capacidade econômica do contribuinte.
(D) O tributo vinculado que tem por fato gerador a valorização de imóvel do
contribuinte, decorrente de obra pública, é a contribuição de melhoria.
(E) A União, mediante lei ordinária, tem competência privativa residual para
instituir novos impostos, desde que sejam não cumulativos e não tenham por
fato gerador ou base de cálculo próprios dos demais impostos discriminados na
Constituição Federal.

Resolução

(A) ERRADA. As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios


destinadas a contribuições sociais para a à Seguridade Social constarão dos
respectivos orçamentos e NÃO integrarão o orçamento da União (art.195, §1º,
CF88 – VEREMOS ESSE TEMA MELHOR NA AULA 04 – CONTRIBUIÇÕES
SOCIAIS).
(B) ERRADA. Na iminência ou no caso de guerra externa, a União, os Estados e
os Municípios poderão PODERÁ instituir impostos extraordinários (art.154, II,
CF88).
(C) ERRADA. A taxa é espécie de tributo vinculado a uma atividade estatal
globalmente considerada ESPECÍFICO E DIVISÍVEL, bem como à capacidade
econômica do contribuinte. GRADUAÇÃO SEGUNDO A CAPACIDADE
ECONÔMICA DO CONTRIBUINTE É ATRIBUTO DOS IMPOSTOS, E NÃO DAS
TAXAS (art.77, CTN; art.145, §1º, CF88).
(D) CORRETA. O tributo vinculado que tem por fato gerador a valorização de
imóvel do contribuinte, decorrente de obra pública, é a contribuição de
melhoria (art.81, CTN).

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Aula 01 – Natureza do Tributo; Espécies de Tributo

(E) ERRADA. A União, mediante lei ordinária LEI COMPLEMENTAR, tem


competência privativa residual para instituir novos impostos, desde que sejam
não cumulativos e não tenham por fato gerador ou base de cálculo próprios
dos demais impostos discriminados na Constituição Federal (art.154, I, CF88).

GABARITO: D

2.6. Natureza Jurídica de Tributo

Prevê o art.4º CTN:

Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo


fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para
qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela
lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.

Por esse dispositivo, basta conhecer o fato gerador (= hipótese de incidência)


para se identificar qual é a espécie tributária de que se trata:
(i) se o fato gerador for uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte => IMPOSTO
(ii) se o fato gerador for (ii.1) o exercício regular do poder de polícia, ou (ii.2)
a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição => TAXA
(iii) se o fato gerador for a realização de obras públicas de que decorra
valorização imobiliária => CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

Um problema: e as diversas Contribuições Sociais e os Empréstimos


Compulsórios, em que, se não fosse a destinação legal específica, não seriam
nem distinguíveis dos Impostos e das Taxas?

Há discussão na doutrina até se esse inciso II teria sido recepcionado pela


Constituição de 1988, na medida em que as Contribuições Sociais e os
Empréstimos Compulsórios têm como característica relevante a destinação
legal do produto de sua arrecadação. Fiquemos na literalidade do dispositivo.

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26- (AFTM MUNICÍPIO SÃO PAULO FCC 2012) Projeto de lei estadual, no
intuito de fiscalizar a pesca esportiva no rio Piracicaba, foi enviado à
Assembleia Legislativa, propondo a criação da Taxa de Fiscalização de Pesca do
Rio Piracicaba, como meio de custear aparato fiscalizador estadual das
atividades de pesca do referido rio. Tendo em vista que os benefícios trazidos
por tal fiscalização atingiriam toda a população das cidades ribeirinhas, o
projeto de lei em questão propunha que a base de cálculo da taxa pelo
exercício do poder de polícia sobre a pesca esportiva fosse o valor venal dos
imóveis localizados no perímetro urbano das cidades, desde que esses imóveis
se encontrassem na zona limítrofe do rio Piracicaba, até a distância máxima de
10 km. O projeto de lei não foi aprovado pela Assembleia Legislativa, tendo
sido arquivado, sob o fundamento de inconstitucionalidade. Com base na
situação descrita acima, é correto afirmar:
(A) Nas circunstâncias descritas e pela relevância social do projeto de lei
proposto, somente a União teria competência para instituir um imposto
extraordinário, com a mesma finalidade e com a mesma base de cálculo do
IPTU.
(B) Como a competência para instituir taxas pelo exercício do poder de polícia
é exclusiva dos municípios, o projeto de lei deveria ser municipal.
(C) A taxa não pode ter base de cálculo idêntica à que corresponda a imposto.
(D) A espécie tributária a ser criada deveria ser uma contribuição de melhoria,
e não uma taxa pelo exercício do poder de polícia, tendo em vista os benefícios
trazidos pela fiscalização da pesca às cidades ribeirinhas.
(E) A espécie tributária a ser criada deveria ser um imposto estadual com base
de cálculo idêntica à do IPTU, e não uma taxa pelo exercício do poder de
polícia.

Resolução

(A) ERRADO. Nas circunstâncias descritas e pela relevância social do projeto de


lei proposto, somente a União teria competência para instituir um imposto
extraordinário, com a mesma finalidade e com a mesma base de cálculo do
IPTU. IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS SÓ CABEM NO CASO DE GUERRA
EXTERNA OU SUA IMINÊNCIA (ART.154, II, CF88).
(B) ERRADO. Como a competência para instituir taxas pelo exercício do poder
de polícia é exclusiva dos municípios, o projeto de lei deveria ser municipal. A
COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR TAXAS É COMUM AOS ENTES FEDERADOS, E
RESIDUAL PARA OS ESTADOS (VIDE PÁGINAS 16 E 17 DA AULA 00).

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(C) CORRETO. A taxa não pode ter base de cálculo idêntica à que corresponda
a imposto. (ART.145, §2º, CF88).
(D) ERRADO. A espécie tributária a ser criada deveria ser uma contribuição de
melhoria, e não uma taxa pelo exercício do poder de polícia, tendo em vista os
benefícios trazidos pela fiscalização da pesca às cidades ribeirinhas.
(E) ERRADO. A espécie tributária a ser criada deveria ser um imposto estadual
com base de cálculo idêntica à do IPTU, e não uma taxa pelo exercício do
poder de polícia. OS BENEFÍCIOS QUE PODERIAM ENSEJAR A COBRANÇA DA
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA SÃO A VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA
DECORRENTE DE OBRA PÚBLICA (ART.81, CTN), O QUE NÃO É O CASO.

GABARITO: C

27- (PROCURADOR DO ESTADO PGE – SERGIPE 2005 FCC) A natureza


jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva
obrigação, sendo
(A) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características
formais adotadas pela lei.
(B) relevante para qualificá-la apenas a destinação legal do produto da sua
arrecadação.
(C) relevantes para qualificá-la a denominação e demais características formais
adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação.
(D) relevante para qualificá-la apenas a correta destinação do valor
arrecadado.
(E) irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características
formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação.

Resolução

(A) ERRADA. IRrelevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais


características formais adotadas pela lei (art.4º, CTN).
(B) ERRADA. IRrelevante para qualificá-la apenas a destinação legal do
produto da sua arrecadação (art.4º, CTN).
(C) ERRADA. IRrelevantes para qualificá-la a denominação e demais
características formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua
arrecadação (art.4º, CTN).
(D) ERRADA. IRrelevante para qualificá-la apenas a correta destinação do valor
arrecadado (art.4º, CTN).

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Aula 01 – Natureza do Tributo; Espécies de Tributo

(E) CORRETA. irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais


características formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua
arrecadação (art.4º, CTN).

GABARITO: E

Mais uma sobre natureza jurídica do tributo:

28- (AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS RONDÔNIA 2010


FCC) Para se identificar a natureza jurídica específica de um tributo considera-
se, em regra,
(A) a validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes.
(B) os efeitos dos atos jurídicos efetivamente ocorridos.
(C) a denominação e demais características formais adotadas pela lei.
(D) o fato gerador da respectiva obrigação tributária.
(E) a destinação legal do produto de sua arrecadação.

Resolução

(A) ERRADA. ABSTRAINDO-SE Da validade jurídica dos atos efetivamente


praticados pelos contribuintes (art.118, I, CTN).
(B) ERRADA. ABSTRAINDO-SE Dos efeitos dos atos jurídicos efetivamente
ocorridos (art.118, II, CTN).
(C) ERRADA. a denominação e demais características formais adotadas pela lei
SÃO IRRELEVANTES (art.4º, I, CTN).
(D) CORRETA. o fato gerador da respectiva obrigação tributária (art.4º, caput,
CTN).
(E) ERRADA. a destinação legal do produto de sua arrecadação SÃO
IRRELEVANTES (art.4º, II, CTN).

GABARITO: D

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Questões Comentadas e Resolvidas Nesta Aula

01- (AFTM MUNICÍPIO SÃO PAULO FCC 2012) Um contribuinte deixou de


emitir o documento fiscal referente a uma prestação de serviço tributada pelo
ISS, tributo de competência municipal, e, como consequência, foi-lhe aplicada
penalidade pecuniária pelo descumprimento dessa obrigação acessória
(art.230, caput, inciso V, alínea "a" do Decreto Municipal 52.703/11) Essa
penalidade pecuniária
(A) é taxa, pois tem a finalidade de ressarcir o erário pelo dano causado pelo
descumprimento de uma obrigação acessória.
(B) é imposto, pois está prevista na legislação do ISS.
(C) não é imposto, mas é tributo, em sentido amplo, pois tem natureza
compulsória.
(D) é tributo, porque é cobrado por meio de atividade vinculada, conforme
estabelece o Código Tributário Nacional.
(E) não é tributo, pois sanção pelo cometimento de ato ilícito não pode ser
definida como tributo.

02- (AGENTE TECNICO LEGISLATIVO FINANÇAS E ORÇAMENTO ALESP


2010 FCC) A situação definida em lei como necessária e suficiente à
ocorrência da obrigação tributária principal é denominada
(A) fato imponível.
(B) hipótese de incidência.
(C) lançamento.
(D) crédito tributário.
(E) fato gerador in concreto.

03- (AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL SÃO PAULO 2007 FCC)


Para que uma prestação pecuniária compulsória possa ser conceituada como
tributo, é preciso que, além de ser cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada, tenha como objeto
(A) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, constitua ou não
sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei.
(B) unicamente moeda corrente, não constitua sanção de ato ilícito e esteja
instituída em lei.
(C) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua
sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei.
(D) unicamente moeda corrente, constitua ou não sanção de ato ilícito e esteja
instituída em lei.

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(E) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua
sanção de ato ilícito e esteja instituída na legislação tributária.

04- (AUDITOR DO TCE SERGIPE 2002 FCC) Considera-se característica de


um tributo, entre outras, ser
(A) decorrente ou não de sanção pela prática de ato ilícito.
(B) pago em moeda, in natura ou in labore, mesmo sem lei específica.
(C) cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
(D) instituído por lei ou ato administrativo ou deles decorrente.
(E) facultativo em face do poder discricionário e à voluntariedade do
contribuinte.

05- (PROCURADOR DO ESTADO PGE – SERGIPE 2005 FCC) Sobre o


conceito de tributo construído a partir da definição do Código Tributário
Nacional, é correto afirmar que o tributo
(A) pode constituir sanção de ato ilícito.
(B) está submetido à reserva legal.
(C) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer
natureza.
(D) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente
discricionária.
(E) é toda prestação pecuniária facultativa.

06- (AFTM MUNICÍPIO SÃO PAULO FCC 2012) Admitindo-se que caiba
apenas aos Estados federados colocar à disposição da população um
determinado serviço público específico e divisível, e, admitindo-se, também,
que, em decorrência de omissão de alguns Estados, os municípios neles
localizados resolvam, fora do âmbito de suas respectivas atribuições, tornar
esse serviço disponível às suas respectivas populações, cobrando, em razão
disso, taxas pelos serviços que estão sendo colocados à sua disposição,
conclui-se que a instituição dessa taxa está em
(A) desconformidade com a legislação, pois as taxas só podem ser cobradas
em razão de serviços efetivamente prestados e não meramente colocados à
disposição do munícipe.
(B) desconformidade com a legislação, pois uma pessoa jurídica de direito
público não pode cobrar taxa por atividade que não esteja no âmbito de suas
respectivas atribuições.
(C) conformidade com a legislação, desde que o Estado delegue sua
competência tributária para o município.

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(D) desconformidade com a legislação, pois a atividade desenvolvida pelo


município deve ser prestada gratuitamente, custeada pela receita geral de
impostos, já que os municípios não estão constitucionalmente autorizados a
cobrar taxa de espécie alguma.
(E) conformidade com a legislação, pois, se o Estado não exerceu sua
competência constitucional, o município deve fazê-lo, cobrando,
consequentemente, as taxas cabíveis.

07- (JUIZ SUBSTITUTO TJPE FCC 2011) A importância paga pelos usuários
de nossas rodovias a título de pedágio qualifica-se como
(A) preço público.
(B) tributo.
(C) taxa de serviço público.
(D) contribuição de melhoria.
(E) preço compulsório.

08- (AGENTE TECNICO LEGISLATIVO FINANÇAS E ORÇAMENTO ALESP


2010 FCC) Segundo Geraldo Ataliba, “Não há possibilidade jurídica de
confusão entre taxa e preço. Nem há, como muitos supõem, liberdade do
legislador em converter uma na outra e vice-versa. Juridicamente, são coisas
reciprocamente repelentes e excludentes”. Partindo deste pressuposto, é traço
distintivo entre taxa e preço público o fato da taxa
(A) remunerar obra pública e o preço remunerar serviço público prestado pelo
Poder Público sem exclusividade.
(B) ser fixada contratualmente e o preço ser fixado por decreto.
(C) ser receita originária de natureza tributária e o preço ser receita derivada
de natureza não tributária.
(D) remunerar serviço público prestado pelo Poder Público e o preço remunerar
serviço público delegado a particular.
(E) remunerar poder de polícia e o preço remunerar serviço público indivisível.

09- (DEFENSOR PÚBLICO PARÁ 2009 FCC) Município institui contribuição


de melhoria no valor de trezentos reais, para todos os contribuintes, em razão
de obra pública de calçamento de vias públicas municipais realizada no
exercício de 2008. Esta contribuição de melhoria é
(A) devida, por ter por fato gerador obra pública.
(B) devida, porque o Município tem direito a se reembolsar das obras públicas
que beneficiam os moradores, sob pena de enriquecimento sem causa destes.
(C) indevida, porque deveria ter sido cobrada antes da realização da obra.

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(D) indevida, porque obra de calçamento público não pode ser cobrada dos
moradores.
(E) indevida, porque não está sendo cobrada de maneira individualizada em
razão da valorização imobiliária, deixando de considerar o quantum que cada
imóvel teve de valorização em razão da obra pública.

10- (PROCURADOR DO ESTADO PGE – SERGIPE 2005 FCC) Um dos


elementos que diferenciam as taxas das contribuições de melhoria é o fato de
que as taxas
(A) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as
contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e divisíveis.
(B) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que
as contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade.
(C) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria
têm como contrapartida a realização de obras públicas e a conseqüente
valorização imobiliária.
(D) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que apenas postos
à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições de
melhoria é facultativo.
(E) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria
têm como contrapartida apenas a valorização imobiliária.

11- (AUDITOR TCE CEARÁ 2006 FCC) Um dos atributos que diferenciam as
taxas das contribuições de melhoria é o fato de que as taxas
(A) são facultativas, enquanto que as contribuições de melhoria remuneram
serviços públicos específicos e indivisíveis, ainda que somente postos à
disposição do usuário.
(B) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que
as contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade.
(C) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as
contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e divisíveis.
(D) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que somente
postos à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições
de melhoria é facultativo.
(E) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria
têm como contrapartida a valorização imobiliária decorrente da realização de
obras públicas.

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12- (ANALISTA JUDICIARIO - ÁREA JUDICIARIA TRF 2ª REGIÃO FCC


2012) Analise:
I. 20% (vinte por cento) do produto da arrecadação do imposto que a União
pode instituir no exercício de sua competência tributária residual.
II. 25% (vinte e cinco por cento) do produto da arrecadação do imposto do
Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação.
Para os fins da repartição das receitas tributárias, esses percentuais são
pertencentes, dentre as esferas de organização político-administrativa,
respectivamente,
(A) ao Distrito Federal e à União.
(B) aos Estados e à União.
(C) aos Municípios e ao Distrito Federal.
(D) aos Municípios e à União.
(E) aos Estados e aos Municípios.

13- (AGENTE FISCAL DE RENDAS ESTADO SÃO PAULO - DIREITO


TRIBUTÁRIO II - FCC 2009) Em relação às prescrições constitucionais
insertas na seção ‘Da repartição das receitas tributárias’, é INCORRETO
afirmar:
(A) É permitida a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos
recursos atribuídos aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, advindos
de receitas tributárias.
(B) Pertence ao Estado e ao Distrito Federal o produto da arrecadação do
imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na
fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e
pelas fundações que instituírem e mantiverem.
(C) Pertence aos Municípios o produto da arrecadação do imposto da União
sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre
rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas
fundações que instituírem e mantiverem.
(D) Pertence aos Municípios a totalidade do produto da arrecadação do
Imposto da União sobre a Propriedade Territorial Rural, relativamente aos
imóveis neles situados quando, nos termos da Constituição Federal, os
Municípios optarem, na forma da lei, por fiscalizar e cobrar o referido imposto,
desde que não implique em sua redução ou qualquer outra forma de renúncia
fiscal.

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Aula 01 – Natureza do Tributo; Espécies de Tributo

(E) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, até o


último dia do mês subsequente ao da arrecadação, os montantes de cada um
dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores de origem
tributária, entregues e a entregar, e a expressão numérica dos critérios de
rateio.

14- (AGENTE FISCAL DE RENDAS ESTADO SÃO PAULO - DIREITO


TRIBUTÁRIO I - FCC 2009) A Constituição Federal de 1988 cuida da
repartição de receitas tributárias do ICMS da seguinte forma: [Aula 01 –
Conceito e Classificação de Tributos]
I. cinquenta por cento do produto da arrecadação pertencem aos Municípios.
II. três quartos, no mínimo, do que é destinado aos Municípios será devido na
proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de
mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios.
III. até um quarto do que é destinado aos Municípios será creditado conforme
dispuser lei estadual.
IV. lei estadual poderá utilizar-se de critérios a serem preenchidos pelos
Municípios para realizar a repartição de receita do ICMS.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I, II e III.
(C) I e III.
(D) II, III e IV.
(E) II e IV.

15- (AUDITOR FISCAL DO TCE PIAUÍ 2002 FCC) Pertencem aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios
(A) o produto de arrecadação de todos os tributos da União recolhidos por
esses entes políticos, por suas autarquias e pelas fundações que instituírem e
mantiverem.
(B) o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de
qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer
título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e
mantiverem.
(C) vinte por cento do produto da arrecadação das contribuições que a União
pode instituir no exercício de sua competência residual.
(D) o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de
qualquer natureza incidente no final do exercício.

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(E) apenas o produto de arrecadação dos tributos de sua competência


tributária. Isto porque, não há tributo da União que incida sobre qualquer fato
gerador tributado por esse ente político.

16- (AUDITOR DO TCE SERGIPE 2002 FCC) Conforme previsão


constitucional, a União entregará 47% do produto da arrecadação dos
impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos
industrializados ao Fundo de Participação dos Estados e Distrito Federal; ao
Fundo de Participação dos Municípios; e para aplicação nos Fundos
Constitucionais de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, respectivamente, nas seguintes proporções:
(A) 3% - 21,5% e 22,5%
(B) 3% - 22,5% e 21,5%
(C) 21,5% - 3% e 22,5%
(D) 21,5% - 22,5% e 3%
(E) 22,5% - 21,5% e 3%

17- (AUDITOR TCE SP 2008 FCC) O tributo cuja receita não se submete a
repartição de natureza constitucional é o imposto sobre
(A) circulação de mercadorias e serviços.
(B) produtos industrializados.
(C) importação de produtos estrangeiros.
(D) propriedade territorial rural.
(E) propriedade de veículos automotores.

18- (PROCURADOR TCE PIAUÍ 2005 FCC) Em nosso sistema tributário as


parcelas da receita do ICMS devidas aos Municípios deverão ser distribuídas
(A) segundo critérios previstos na lei municipal.
(B) segundo critérios previstos em lei complementar.
(C) em sua totalidade, na proporção de valor adicionado nos territórios de cada
Município.
(D) três quartos proporcionais ao valor adicionado nos Municípios e um quarto
segundo critérios da lei estadual.
(E) em sua totalidade, de acordo com o que dispuser a lei estadual.

19- (PROCURADOR PGM MANAUS 2006 FCC) Os Municípios NÃO


participam, direta ou indiretamente, da arrecadação
(A) da contribuição de intervenção no domínio econômico – CIDE.
(B) do imposto sobre operações financeiras – IOF.

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(C) do ICMS.
(D) do IPVA.
(E) do IR arrecadado na fonte.

20- (PROCURADOR MUNICÍPIO DE SANTOS 2005 FCC) Considere as


seguintes características:
I. O fato gerador independe de qualquer atividade estatal específica, relativa
ao contribuinte.
II. A materialidade do seu fato gerador consiste na atuação estatal
diretamente referida ao contribuinte, em forma de contraprestação de serviço.
III. A materialidade do fato gerador é a atuação do Estado, em sentido amplo,
em forma de obras públicas.
No que tange aos tributos, I, II e III referem-se, seqüencialmente, a
(A) tributo vinculado (taxa), tributo não-vinculado (imposto) e contribuição de
melhoria.
(B) tributo vinculado (imposto), contribuição de melhoria e tributo não-
vinculado (taxa).
(C) contribuição de melhoria, tributo vinculado (taxa) e tributo não-vinculado
(imposto).
(D)) tributo não-vinculado (imposto), tributo vinculado (taxa) e contribuição de
melhoria.
(E) tributo não-vinculado (taxa), contribuição de melhoria, e tributo vinculado
(imposto).

21- (AGENTE FISCAL DE RENDAS ESTADO SÃO PAULO - DIREITO


TRIBUTÁRIO II - FCC 2009) Os Empréstimos Compulsórios
(A) poderão ser instituídos para atender às despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, não
sendo necessária, nesses casos, a observância ao princípio da anterioridade.
(B) poderão ser instituídos no caso de investimento público de caráter urgente
e de relevante interesse nacional, não sendo
necessária, nesse caso, a observância ao princípio da anterioridade.
(C) são de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, observando-se a competência material de cada um desses
entes políticos.
(D) têm sua cobrança suprimida, gradativamente, quando cessadas as causas
de sua criação.

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(E) têm, em decorrência das razões de urgência e de relevância para sua


instituição, a aplicação dos recursos provenientes do Empréstimo Compulsório
desvinculada da despesa que fundamentou sua instituição.

22- (PROCURADOR DE CONTAS TCE CEARÁ 2006 FCC) Diante de situação


de excepcional calamidade pública de âmbito nacional, reconhecida mediante
decreto presidencial, o Presidente da República, para fazer frente à despesa
extraordinária, editou Medida Provisória instituindo Empréstimo Compulsório
sobre o consumo de combustíveis. É correto afirmar que o empréstimo
compulsório instituído é [Aula 01 – Conceito e Classificação de Tributos]
(A) inconstitucional porque não tem a finalidade de gerar receita para fazer
frente a despesa extraordinária decorrente de calamidade pública.
(B) ilegal, porque a hipótese de incidência tem que ser a calamidade pública e
não o consumo de combustíveis.
(C) inconstitucional, porque só pode ser instituído por lei complementar e
jamais, portanto, por medida provisória.
(D) legal, porque não se admite vinculação de receita do empréstimo
compulsório a qualquer órgão fundo ou despesa, salvo para despesa
extraordinária.
(E) constitucional, porque um dos motivos justificadores para a instituição
deste tributo é despesa extraordinária decorrente de calamidade pública.

23- (JUIZ SUBSTITUTO TJ-GO 2012 FCC) Analise os itens a seguir:


I. Pavimentação asfáltica é fato gerador de taxa de serviço específico e
divisível; deve ter valor fixo para todos os beneficiários da obra.
II. Serviço de coleta de lixo domiciliar é fato gerador de taxa de serviço
específico e indivisível; deve ter valor fixo para todos os beneficiários do
serviço, desde que haja efetiva fruição.
III. A concessão de alvará de construção pode ser remunerada por taxa de
polícia, pois se trata de exercício regular do poder de polícia.
IV. O imposto pode ter por fato gerador serviços públicos indivisíveis, assim
como o serviço de iluminação pública.
V. A destinação do produto da arrecadação é irrelevante para definir a
natureza jurídica do tributo como imposto.
É correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) III e V.

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(E) IV e V.

24- (AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS RONDÔNIA 2010


FCC) Sobre as características das espécies de tributos, é correto afirmar que
(A) imposto é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma
atividade estatal.
(B) taxa é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma obra
pública.
(C) contribuição de melhoria é uma espécie de tributo vinculado a uma prévia
atividade estatal, qual seja, obra pública.
(D) o empréstimo compulsório é um tributo de competência comum e pode ser
instituído por medida provisória em caso de investimento urgente.
(E) a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é de
competência exclusiva dos Estados e Distrito Federal.

25- (AGENTE FISCAL DE RENDAS ESTADO SÃO PAULO - DIREITO


TRIBUTÁRIO II - FCC 2009) Sobre as espécies tributárias, é correto
afirmar:
(A) As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas a
contribuições sociais para a Seguridade Social constarão dos respectivos
orçamentos e integrarão o orçamento da União.
(B) Na iminência ou no caso de guerra externa, a União, os Estados e os
Municípios poderão instituir impostos extraordinários.
(C) A taxa é espécie de tributo vinculado a uma atividade estatal globalmente
considerada, bem como à capacidade econômica do contribuinte.
(D) O tributo vinculado que tem por fato gerador a valorização de imóvel do
contribuinte, decorrente de obra pública, é a contribuição de melhoria.
(E) A União, mediante lei ordinária, tem competência privativa residual para
instituir novos impostos, desde que sejam não cumulativos e não tenham por
fato gerador ou base de cálculo próprios dos demais impostos discriminados na
Constituição Federal.

26- (AFTM MUNICÍPIO SÃO PAULO FCC 2012) Projeto de lei estadual, no
intuito de fiscalizar a pesca esportiva no rio Piracicaba, foi enviado à
Assembleia Legislativa, propondo a criação da Taxa de Fiscalização de Pesca do
Rio Piracicaba, como meio de custear aparato fiscalizador estadual das
atividades de pesca do referido rio. Tendo em vista que os benefícios trazidos
por tal fiscalização atingiriam toda a população das cidades ribeirinhas, o
projeto de lei em questão propunha que a base de cálculo da taxa pelo

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exercício do poder de polícia sobre a pesca esportiva fosse o valor venal dos
imóveis localizados no perímetro urbano das cidades, desde que esses imóveis
se encontrassem na zona limítrofe do rio Piracicaba, até a distância máxima de
10 km. O projeto de lei não foi aprovado pela Assembleia Legislativa, tendo
sido arquivado, sob o fundamento de inconstitucionalidade. Com base na
situação descrita acima, é correto afirmar:
(A) Nas circunstâncias descritas e pela relevância social do projeto de lei
proposto, somente a União teria competência para instituir um imposto
extraordinário, com a mesma finalidade e com a mesma base de cálculo do
IPTU.
(B) Como a competência para instituir taxas pelo exercício do poder de polícia
é exclusiva dos municípios, o projeto de lei deveria ser municipal.
(C) A taxa não pode ter base de cálculo idêntica à que corresponda a imposto.
(D) A espécie tributária a ser criada deveria ser uma contribuição de melhoria,
e não uma taxa pelo exercício do poder de polícia, tendo em vista os benefícios
trazidos pela fiscalização da pesca às cidades ribeirinhas.
(E) A espécie tributária a ser criada deveria ser um imposto estadual com base
de cálculo idêntica à do IPTU, e não uma taxa pelo exercício do poder de
polícia.

27- (PROCURADOR DO ESTADO PGE – SERGIPE 2005 FCC) A natureza


jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva
obrigação, sendo
(A) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características
formais adotadas pela lei.
(B) relevante para qualificá-la apenas a destinação legal do produto da sua
arrecadação.
(C) relevantes para qualificá-la a denominação e demais características formais
adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação.
(D) relevante para qualificá-la apenas a correta destinação do valor
arrecadado.
(E) irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características
formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação.

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DIREITO TRIBUTÁRIO TEORIA E EXERCÍCIOS TRF-5ª REGIÃO
Prof. Alberto Macedo
Aula 01 – Natureza do Tributo; Espécies de Tributo

Gabarito das Questões

01-E 02-B 03-C 04-C 05-B 06-B 07-A 08-D 09-E 10-C
11-E 12-E 13-A 14-D 15-B 16-D 17-C 18-D 19-B 20-D
21-A 22-C 23-D 24-C 25-D 26-C 27-E

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