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1.1. Prestação Pecuniária (em Moeda ou Cujo Valor Nela se Possa Exprimir) 3
1.2. Prestação Compulsória .................................................................... 4
1.3. Não Constitui Sanção de Ato Ilícito ................................................... 5
1.4. Prestação Instituída em Lei.............................................................. 8
1.5. Cobrada Mediante Atividade Administrativa Plenamente Vinculada ......10
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DIREITO TRIBUTÁRIO TEORIA E EXERCÍCIOS TRF-5ª REGIÃO
Prof. Alberto Macedo
Aula 01 – Natureza do Tributo; Espécies de Tributo
1. DEFINIÇÃO DE TRIBUTO
O art.3º do CTN é uma definição legal, e essas definições legais você tem
que ter na cabeça!
Segue o dispositivo:
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Tributo é
toda prestação
pecuniária compulsória
e
em moeda
ou
cujo valor nela se
possa exprimir
instituída em lei
e cobrada mediante
atividade administrativa
plenamente vinculada
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Por exemplo, se eu sou criador de gado e devo tributo ao Estado, não posso
aparecer na repartição pública para entregar algumas cabeças para quitar
minha dívida tributária, porque tributo é prestação pecuniária,... e não
pecuária! (desculpe-me, não resisti! rsrs).
Coisa diferente é com que tipo de bem poderá ser pago esse tributo. Ou seja,
o valor do tributo vem em reais (ou indexado), mas se a lei o previr, poderá
ser pago em bens que não moeda.
Hoje isso pode ser feito com imóveis, possibilidade que surgiu com a Lei
Complementar nº 104/2001, que inseriu, no CTN, a dação em pagamento
em bens imóveis (art.156, XI) como mais uma das modalidades de extinção
do crédito tributário (= quitação do tributo), mas desde que lei específica da
pessoa política preveja as formas e condições para se implementar essa dação
em pagamento. [A extinção do crédito tributário será estudada na Aula 09]
A vontade das partes se revela num contrato. Por exemplo, num contrato
de prestação de serviço de advocacia, as duas partes, advogado e seu cliente,
combinam que o advogado se obrigará a defender seu cliente, e o cliente, por
sua vez, obrigar-se-á a pagar o preço do serviço do advogado.
A lei também cria obrigações. E a lei tributária cria, entre outras, a obrigação
de pagar o tributo, sempre que o indivíduo se encontrar em certas situações.
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Se a lei obriga, não podemos nos negar a pagar o tributo, mesmo que não
assinemos contrato algum. Por isso, tributo é prestação compulsória.
E nem podemos alegar que não conhecíamos a lei, porque há uma previsão em
lei (Decreto-Lei nº 4657/1942, antes chamado de Lei de Introdução ao Código
Civil, LICC, agora denominado Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro) que diz:
Pois bem, o tributo não pode ter como fato gerador um ato ilícito. Se o ato é
ilícito, a sanção para alguém que cometer essa ilicitude pode ser a multa,
nunca o tributo, porque tributo não pode ser sanção de ato ilícito.
≠
FATO GERADOR DE TRIBUTO enseja PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA “TRIBUTO”
Coisa distinta é uma situação de riqueza, como auferir renda, por exemplo,
decorrer de um ato ilícito, e talvez até criminoso.
Mas isso não quer dizer que o fato gerador do IR seja a receptação e venda de
coisa que foi produto de crime. Continua ele sendo a aquisição de
disponibilidade econômica ou jurídica de renda (art.43, CTN). Apenas não
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Reclusão e
Multa
Receptação e venda de
objetos roubados (crime) ≠
Auferiu
renda Deve pagar o
(fato gerador IR
do IR)
Resolução
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GABARITO: E
Como dito acima, para o tributo poder ser exigido, tem que ser instituído por
lei.
Mas a CF88 ainda reforça isso, quanto aos tributos, no Capítulo “Sistema
Tributário Nacional”:
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Mas essa lei que exige ou aumenta tributo deve ser lei ordinária ou lei
complementar? Vejamos no quadro abaixo:
Dessa forma, todo e qualquer tributo tem que ser instituído por lei, sem
exceção.
ATENÇÃO: Tributo que pode ser instituído por lei ordinária (lei
complementar não), também pode ser instituído por Medida Provisória, se
houver relevância e urgência.
[Veremos esse tema de forma mais detalhada na Aula 02, em que falaremos
do Princípio da Legalidade]
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Isso quer dizer que o agente público (auditor-fiscal) não tem a possibilidade
de, vendo a ocorrência de um fato gerador de um tributo, escolher se quer
cobrar ou não cobrar o correspondente tributo. Ele não tem a
discricionariedade de efetuar o lançamento do tributo ou não.
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Sua atividade é vinculada à lei. Se a lei prevê que quem prestar serviço tem
que pagar o ISS, o auditor-fiscal, constatando que João prestou serviço, tem
que fazer o lançamento tributário. Senão, pode inclusive incorrer em crime de
prevaricação (art.319, Código Penal).
ATENÇÃO:
A palavra “VINCULADA”, no Direito Tributário, pode ser utilizada em 3
acepções diferentes:
Observação:
Hipótese de incidência = fato gerador em abstrato, ou seja, previsto
hipoteticamente na lei.
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Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte.
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Vinculação a Atividade
Tributos Hipótese de Incidência Estatal Específica do
Estado
Situação independente de
qualquer atividade estatal
Impostos Não Vinculados
específica, relativa ao
contribuinte
Exercício regular do poder
de polícia
Utilização, efetiva ou
Taxas potencial, de serviço
público específico e divisível,
Vinculados
prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição
Obras públicas de que
Contribuições de Melhoria decorra valorização
imobiliária
Não vinculados são os tributos que não podem ter destinação específica,
tendo de ser utilizados para as despesas gerais previstas em orçamento.
Exemplo clássico são os impostos, para os quais inclusive o art.167, IV, CF88,
prevê:
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Resolução
GABARITO: B
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Resolução
(A) ERRADA. moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, constitua
ou não CONSTITUA sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei (art.3º,
CTN).
(B) ERRADA. unicamente moeda corrente, OU CUJO VALOR NELA SE POSSA
EXPRIMIR, não constitua sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei (art.3º,
CTN).
(C) CORRETA. moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não
constitua sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei (art.3º, CTN).
(D) ERRADA. unicamente moeda corrente, OU CUJO VALOR NELA SE POSSA
EXPRIMIR, constitua ou não CONSTITUA sanção de ato ilícito e esteja instituída
em lei (art.3º, CTN).
(E) ERRADA. moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não
constitua sanção de ato ilícito e esteja instituída na legislação tributária EM LEI
(art.3º, CTN).
GABARITO: C
Resolução
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GABARITO: C
Resolução
(A) ERRADO. NÃO pode constituir sanção de ato ilícito (“que não constitua
sanção de ato ilícito” – art.3º, CTN).
(B) CORRETO. está submetido à reserva legal (“instituída em lei” – art.3º,
CTN).
(C) ERRADO. NÃO pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de
qualquer natureza (a expressão “ou cujo valor nela se possa exprimir” se
refere basicamente a indexadores – art.3º, CTN).
(D) ERRADO. deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente
discricionária VINCULADA (art.3º, CTN).
(E) ERRADO. é toda prestação pecuniária facultativa COMPULSÓRIA (Art.3º,
CTN).
GABARITO: B
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Da CF88:
Do CTN:
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De Seguridade
1. Impostos Social
(arts.145, I; 153; (art.195, I, II, III,
154; 155 e 156) IV)
Contribuições de
Iluminação Pública
(art.149-A)
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2.1. Taxas
Prevê a CF88, em seu art.145:
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições,
têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador
idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função
do capital das empresas.
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Por isso, as taxas não podem ter fato gerador idêntico ao dos impostos, como
inclusive prevê o parágrafo único do art.77, CTN.
Mas também há julgado no STF que entende que taxa de coleta de lixo
domiciliar com alíquota que varia em função da metragem da área construída
do imóvel não implica identidade com a base de cálculo do IPTU. Primeiro
porque esse é apenas um dos elementos que integram a base de cálculo do
IPTU; segundo porque é correta a presunção de que o imóvel de maior área
produzirá mais lixo que o de menor área, realizando-se a isonomia tributária e
o princípio da capacidade contributiva, cuja aplicação, na medida do possível,
não é vedada às taxas. (RE 232.393 SP)
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Exercício
regular
do poder
de polícia
Taxas prestados ao
ou Efetiva
contribuinte
de serviços
Utilização públicos
ou específicos ou
e divisíveis
Potencial postos à sua
disposição
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Poder de
Polícia
Limitando regula
= ou
disciplinando
em razão de à segurança
interesse público à higiene
concernente à ordem
aos costumes
à disciplina da produção e do mercado
ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do
Poder Público
à tranqüilidade pública
ao respeito à propriedade
ao respeito aos direitos individuais ou coletivos
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Definição de regular:
Regular
O STF entende que o exercício do poder de polícia tem que ser efetivo, mas
isso não quer dizer a efetiva necessidade de comprovação de fiscalização e
diligências locais. Basta que exista o órgão competente para tal
fiscalização na estrutura do ente tributante que exercite o pertinente poder
de polícia e esteja em funcionamento permanente, não sendo necessário
que os estabelecimentos tenham sido efetivamente visitados pela fiscalização.
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Por isso que a cobrança pelo serviço de iluminação pública teve que ser
viabilizada por alteração constitucional (EC 39/2002), por intermédio de
contribuição, inserindo-se o art.149-A na CF88:
Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir
contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de
iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
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06- (AFTM MUNICÍPIO SÃO PAULO FCC 2012) Admitindo-se que caiba
apenas aos Estados federados colocar à disposição da população um
determinado serviço público específico e divisível, e, admitindo-se, também,
que, em decorrência de omissão de alguns Estados, os municípios neles
localizados resolvam, fora do âmbito de suas respectivas atribuições, tornar
esse serviço disponível às suas respectivas populações, cobrando, em razão
disso, taxas pelos serviços que estão sendo colocados à sua disposição,
conclui-se que a instituição dessa taxa está em
(A) desconformidade com a legislação, pois as taxas só podem ser cobradas
em razão de serviços efetivamente prestados e não meramente colocados à
disposição do munícipe.
(B) desconformidade com a legislação, pois uma pessoa jurídica de direito
público não pode cobrar taxa por atividade que não esteja no âmbito de suas
respectivas atribuições.
(C) conformidade com a legislação, desde que o Estado delegue sua
competência tributária para o município.
(D) desconformidade com a legislação, pois a atividade desenvolvida pelo
município deve ser prestada gratuitamente, custeada pela receita geral de
impostos, já que os municípios não estão constitucionalmente autorizados a
cobrar taxa de espécie alguma.
(E) conformidade com a legislação, pois, se o Estado não exerceu sua
competência constitucional, o município deve fazê-lo, cobrando,
consequentemente, as taxas cabíveis.
Resolução
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GABARITO: B
No STF:
ADIMC 2.247 DF, Ministro Ilmar Galvão: [ADIMC = Medida Cautelar em Ação
Direta de Inconstitucionalidade]
Exercício de poder de polícia não pode ser remunerado por preço
público, e sim por taxa.
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RE 89.876 RJ:
Ministro Moreira Alves: “Nos casos em que é devida a taxa, não pode ele
[Poder Público] (...) esquivar-se destas, impondo, ao invés de taxa, preço
público.” “Sendo compulsória a utilização do serviço público de remoção
de lixo – o que resulta, inclusive, de sua disciplina como serviço essencial à
saúde pública – a tarifa de lixo instituída pelo (...) Município do Rio de
Janeiro é, em verdade, taxa”.
Esse critério da jurisprudência é o mais claro com relação ao que pode ser
remunerado por taxa ou por preço público.
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SE HOUVER VIA ALTERNATIVA para o usuário trafegar entre dois pontos sem
utilizar a via com pedágio, então o pedágio se caracteriza como um PREÇO
PÚBLICO, pela sua FACULTATIVIDADE.
Agora, SE NÃO HOUVER OUTRA OPÇÃO a não ser trafegar pela estrada com
pedágio, torna-se o pedágio uma TAXA, por sua COMPULSORIEDADE.
Essa questão aguarda solução mais definitiva na Repercussão Geral que está
para ser julgada, no RE 645.181 SC, conforme ementa abaixo:
EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PEDÁGIO. UTILIZAÇÃO DE
VIAS CONSERVADAS PELO PODER PÚBLICO. NÃO-DISPONIBILIZAÇÃO
DE ESTRADAS ALTERNATIVAS. LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS
OU BENS. PRESENÇA DA REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO
CONSTITUCIONAL DISCUTIDA.
Possui repercussão geral a questão constitucional alusiva à possibilidade
de cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder
público nos casos em que não são disponibilizadas estradas alternativas.
07- (JUIZ SUBSTITUTO TJPE FCC 2011) A importância paga pelos usuários
de nossas rodovias a título de pedágio qualifica-se como
(A) preço público.
(B) tributo.
(C) taxa de serviço público.
(D) contribuição de melhoria.
(E) preço compulsório.
Resolução
Acho que se a pergunta vier “seca” como a que vai acima, então PEDÁGIO =
PREÇO PÚBLICO, pois a questão não entrou no detalhe, se há alternativa à via
com pedágio ou não. Mas, se a pergunta vier mais elaborada, explicitando que
no caso não há disponibilização ou há disponibilização de vias alternativas, aí
deve ser considerado o que expus na teoria acima.
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GABARITO: A
Resolução
GABARITO: D
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O STF entendeu que nada mudou com a CF88. Nesse sentido, basta ver o
AI-AgR 694.836 SP, em que a decisão diz: “Esta Corte consolidou o
entendimento no sentido de que a contribuição de melhoria incide sobre o
quantum da valorização imobiliária.” E cita vários precedentes nesse
sentido. [AI-AgR = Agravo Regimental no Agravo de Instrumento]
Afinal, não é qualquer obra que gera melhoria aos imóveis circunvizinhos.
Aliás, há obras que desvalorizam nosso imóvel. Se houvesse contribuição
nesse caso, deveria se chamar “contribuição de pioria”!
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Resolução
(A) ERRADA. NÃO BASTA HAVER OBRA PÚBLICA; DESTA OBRA PÚBLICA DEVE
DECORRER VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA (art.81, CTN).
(B) ERRADA. devida, porque o Município tem direito a se reembolsar das obras
públicas que beneficiam os moradores, sob pena de enriquecimento sem causa
destes. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA = OBRA PÚBLICA + VALORIZAÇÃO
IMOBILIÁRIA (art.81, CTN)
(C) ERRADA. indevida, porque deveria ter sido cobrada antes da realização da
obra. SE FOSSE CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA, PODERIA TER SIDO COBRADA
DURANTE A OBRA, MAS NÃO ANTES.
(D) ERRADA. indevida, porque obra de calçamento público não pode ser
cobrada dos moradores. A OBRA DE CALÇAMENTO PODE SER COBRADA DOS
MORADORES POR INTERMÉDIO DE CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA, MAS
DESDE QUE HAJA VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA CORRESPONDENTE (art.81,
CTN)
(E) CORRETA. indevida, porque não está sendo cobrada de maneira
individualizada em razão da valorização imobiliária, deixando de considerar o
quantum que cada imóvel teve de valorização em razão da obra pública
(arts.81 e 82, CTN).
GABARITO: E
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Exercício do poder de
polícia
Taxa
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Resolução
GABARITO: C
11- (AUDITOR TCE CEARÁ 2006 FCC) Um dos atributos que diferenciam as
taxas das contribuições de melhoria é o fato de que as taxas
(A) são facultativas, enquanto que as contribuições de melhoria remuneram
serviços públicos específicos e indivisíveis, ainda que somente postos à
disposição do usuário.
(B) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que
as contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade.
(C) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as
contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e divisíveis.
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(D) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que somente
postos à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições
de melhoria é facultativo.
(E) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria
têm como contrapartida a valorização imobiliária decorrente da realização de
obras públicas.
Resolução
GABARITO: E
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2.3. Impostos
Novos Impostos
União
(art.154, I)
(arts.153 e 154)
Impostos Extraordinários de
Guerra
(art.154, II)
Estados
1. Impostos
(art.155)
(arts.145, I, 153,
ITCMD, ICMS, IPVA
154, 155 e 156)
(art.155)
Distrito Federal
(arts.147 e 155)
IPTU, ITBI, ISS
(art.156)
Municípios
(art.156)
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Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte.
Os não vinculados são os impostos, cujo fato gerador não pode ser
atividade estatal específica relativa ao contribuinte, mas decorre sim
de um sinal de riqueza do contribuinte. Basta ver a definição legal de
imposto no art.16, CTN:
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de receita Órgão
...a vinculação de Fundo
impostos a Despesa
Ressalvada...
...
(i) a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts.158 e 159
(REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS)
(ii) a destinação de recursos para as AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE, que
constituem um sistema único (art.198, § 2º)
(iii) a destinação de recursos para MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO
(art.212)
(iv) a destinação de recursos para realização de ATIVIDADES DA ADMINISTRAÇÃO
TRIBUTÁRIA, essenciais ao funcionamento do Estado (art.37, XXII)
(v) a vinculação para PRESTAÇÃO DE GARANTIAS ÀS OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR
ANTECIPAÇÃO DE RECEITA, eventualmente previstas na lei orçamentária anual (art. 165, §
8º)
(vi) a vinculação para prestação de GARANTIA OU CONTRAGARANTIA À UNIÃO (art.167,
§4º)
(vii) a vinculação para PAGAMENTO DE DÉBITOS PARA COM A UNIÃO (art.167, §4º)
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DIAGRAMA DA REPARTIÇÃO
100% do IRfonte Retido (art.157, I)
CONSTITUCIONAL DE RECEITAS
TRIBUTÁRIAS
30% do IOF Ouro (art.153, §5º, I)
U para E, DF
29% da CIDE-Combustível (art.159, III)
50% do ITR
Direta U para M (100%, se M fiscalizar e cobrar)
(art.158, II e 153, §4º, III)
3/4, no mínimo,
valor adicionado no M
25% do ICMS
E para M
(art.158, IV)
Até 1/4, lei estadual
Repartição de
Receitas de
Impostos 25% do Repasse CIDE-Combustível
+ (art.159, §4º)
CIDE-
Combustível
21,5% para FPE (art.159, I, ‘a’)
22,5%, entrega na
23,5% forma da lei
48% do
para FPM complementar
(IPI
(art.159, I, ‘b’ e
+
‘d’) 1%, entrega 1º
IR – IRfonte)
decêndio de dezembro
3/4, no mínimo,
10% do IPI 25% para M valor adicionado no M
para E, DF (art.159, §3º)
(art.159, II)
Até 1/4, lei estadual
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Como o Distrito Federal não pode ser dividido em Municípios (art.32, CF88),
não há que se falar em repartição das receitas de seus impostos ITCMD, ICMS
e IPVA.
Resolução
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GABARITO: E
Resolução
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Analisemos as alternativas:
GABARITO: A
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III. até um quarto do que é destinado aos Municípios será creditado conforme
dispuser lei estadual.
IV. lei estadual poderá utilizar-se de critérios a serem preenchidos pelos
Municípios para realizar a repartição de receita do ICMS.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I, II e III.
(C) I e III.
(D) II, III e IV.
(E) II e IV.
Resolução
GABARITO: D
15- (AUDITOR FISCAL DO TCE PIAUÍ 2002 FCC) Pertencem aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios
(A) o produto de arrecadação de todos os tributos da União recolhidos por
esses entes políticos, por suas autarquias e pelas fundações que instituírem e
mantiverem.
(B) o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de
qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer
título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e
mantiverem.
(C) vinte por cento do produto da arrecadação das contribuições que a União
pode instituir no exercício de sua competência residual.
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GABARITO: B
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22,5%, entrega na
23,5% forma da lei
48% do
para FPM complementar
(IPI
(art.159, I, ‘b’ e
+
‘d’) 1%, entrega 1º
IR – IRfonte)
decêndio de dezembro
GABARITO: D
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17- (AUDITOR TCE SP 2008 FCC) O tributo cuja receita não se submete a
repartição de natureza constitucional é o imposto sobre
(A) circulação de mercadorias e serviços.
(B) produtos industrializados.
(C) importação de produtos estrangeiros.
(D) propriedade territorial rural.
(E) propriedade de veículos automotores.
Resolução
GABARITO: C
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3/4, no mínimo,
valor adicionado no M
25% do ICMS
E para M
(art.158, IV)
Até 1/4, lei estadual
GABARITO: D
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3/4, no mínimo,
valor adicionado no M
25% do ICMS
E para M
(art.158, IV)
Até 1/4, lei estadual
Repartição de
Receitas de
Impostos 25% do Repasse CIDE-Combustível
+ (art.159, §4º)
CIDE-
Combustível
22,5%, entrega na
23,5% forma da lei
48% do
para FPM complementar
(IPI
(art.159, I, ‘b’ e
+
‘d’) 1%, entrega 1º
IR – IRfonte)
decêndio de dezembro
Indireta
3/4, no mínimo,
10% do IPI 25% para M valor adicionado no M
para E, DF (art.159, §3º)
GABARITO: B
(art.159, II)
Até 1/4, lei estadual
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I. O fato gerador independe de qualquer atividade estatal específica, relativa
ao contribuinte (= IMPOSTO – art.16, CTN).
II. A materialidade do seu fato gerador consiste na atuação estatal
diretamente referida ao contribuinte, em forma de contraprestação de serviço
(= TAXA – art.77, CTN).
III. A materialidade do fato gerador é a atuação do Estado, em sentido amplo,
em forma de obras públicas (= CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA – art.145, III,
CF88, e arts.81 e 82, CTN).
GABARITO: D
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ou
Despesas Calamidade Guerra Externa Não se aplicam
Extraordinárias Pública ou sua Iminência as anterioridades
Empréstimo
Compulsório
Investimento de Caráter Urgente e
Público de Relevante Interesse Nacional
Não considerar, nos seus estudos, a leitura do art.15, e seus incisos, CTN, cujo
texto difere, até certo ponto, do texto do art.148, CF88, particularmente o
inciso III. A CF88 prevalece. Do art.15, aproveita-se seu parágrafo único:
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GABARITO: A
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(A) ERRADA. inconstitucional porque não tem a finalidade de gerar receita para
fazer frente a despesa extraordinária decorrente de calamidade pública
(art.148, I, CF88).
(B) ERRADA. ilegal, porque a hipótese de incidência tem que ser a calamidade
pública e não PODE SER o consumo de combustíveis. A CALAMIDADE PÚBLICA
É A MOTIVAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DO EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO, PARA
CUJAS DESPESAS SEUS RECURSOS SERÃO APLICADOS (art.148, CF88).
(C) CORRETA. inconstitucional, porque só pode ser instituído por lei
complementar e jamais, portanto, por medida provisória (art.148, c/c art.62,
§1º, III, CF88).
(D) ERRADA. legal, porque não se admite vinculação de receita do empréstimo
compulsório a qualquer órgão fundo ou despesa, salvo para despesa
extraordinária. O EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO É VINCULADO QUANTO À
DESTINAÇÃO DOS RECURSOS (art.148, parágrafo único, CF88).
(E) ERRADA. constitucional, porque um dos motivos justificadores para a
instituição deste tributo é despesa extraordinária decorrente de calamidade
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pública. MAS SUA INSTITUIÇÃO TEM QUE SE DAR POR LEI COMPLEMENTAR
(art.148, CF88).
GABARITO: C
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GABARITO: D
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(A) ERRADO. imposto é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador
uma atividade estatal UMA SITUAÇÃO INDEPENDENTE DE QUALQUER
ATIVIDADE ESTATAL ESPECÍFICA, RELATIVA AO CONTRIBUINTE (art.16, CTN).
(B) ERRADO. taxa é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador
uma obra pública O EXERCÍCIO REGULAR DO PODER DE POLÍCIA, OU A
UTILIZAÇÃO, EFETIVA OU POTENCIAL, DE SERVIÇO PÚBLICO ESPECÍFICO E
DIVISÍVEL, PRESTADO AO CONTRIBUINTE OU POSTO À SUA DISPOSIÇÃO
(art.77, CTN).
(C) CORRETO. contribuição de melhoria é uma espécie de tributo vinculado a
uma prévia atividade estatal, qual seja, obra pública. É INSTITUÍDA PARA
FAZER FACE AO CUSTO DE OBRAS PÚBLICAS DE QUE DECORRA
VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA (art.81, CTN).
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GABARITO: C
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GABARITO: D
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26- (AFTM MUNICÍPIO SÃO PAULO FCC 2012) Projeto de lei estadual, no
intuito de fiscalizar a pesca esportiva no rio Piracicaba, foi enviado à
Assembleia Legislativa, propondo a criação da Taxa de Fiscalização de Pesca do
Rio Piracicaba, como meio de custear aparato fiscalizador estadual das
atividades de pesca do referido rio. Tendo em vista que os benefícios trazidos
por tal fiscalização atingiriam toda a população das cidades ribeirinhas, o
projeto de lei em questão propunha que a base de cálculo da taxa pelo
exercício do poder de polícia sobre a pesca esportiva fosse o valor venal dos
imóveis localizados no perímetro urbano das cidades, desde que esses imóveis
se encontrassem na zona limítrofe do rio Piracicaba, até a distância máxima de
10 km. O projeto de lei não foi aprovado pela Assembleia Legislativa, tendo
sido arquivado, sob o fundamento de inconstitucionalidade. Com base na
situação descrita acima, é correto afirmar:
(A) Nas circunstâncias descritas e pela relevância social do projeto de lei
proposto, somente a União teria competência para instituir um imposto
extraordinário, com a mesma finalidade e com a mesma base de cálculo do
IPTU.
(B) Como a competência para instituir taxas pelo exercício do poder de polícia
é exclusiva dos municípios, o projeto de lei deveria ser municipal.
(C) A taxa não pode ter base de cálculo idêntica à que corresponda a imposto.
(D) A espécie tributária a ser criada deveria ser uma contribuição de melhoria,
e não uma taxa pelo exercício do poder de polícia, tendo em vista os benefícios
trazidos pela fiscalização da pesca às cidades ribeirinhas.
(E) A espécie tributária a ser criada deveria ser um imposto estadual com base
de cálculo idêntica à do IPTU, e não uma taxa pelo exercício do poder de
polícia.
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(C) CORRETO. A taxa não pode ter base de cálculo idêntica à que corresponda
a imposto. (ART.145, §2º, CF88).
(D) ERRADO. A espécie tributária a ser criada deveria ser uma contribuição de
melhoria, e não uma taxa pelo exercício do poder de polícia, tendo em vista os
benefícios trazidos pela fiscalização da pesca às cidades ribeirinhas.
(E) ERRADO. A espécie tributária a ser criada deveria ser um imposto estadual
com base de cálculo idêntica à do IPTU, e não uma taxa pelo exercício do
poder de polícia. OS BENEFÍCIOS QUE PODERIAM ENSEJAR A COBRANÇA DA
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA SÃO A VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA
DECORRENTE DE OBRA PÚBLICA (ART.81, CTN), O QUE NÃO É O CASO.
GABARITO: C
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GABARITO: E
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GABARITO: D
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(E) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua
sanção de ato ilícito e esteja instituída na legislação tributária.
06- (AFTM MUNICÍPIO SÃO PAULO FCC 2012) Admitindo-se que caiba
apenas aos Estados federados colocar à disposição da população um
determinado serviço público específico e divisível, e, admitindo-se, também,
que, em decorrência de omissão de alguns Estados, os municípios neles
localizados resolvam, fora do âmbito de suas respectivas atribuições, tornar
esse serviço disponível às suas respectivas populações, cobrando, em razão
disso, taxas pelos serviços que estão sendo colocados à sua disposição,
conclui-se que a instituição dessa taxa está em
(A) desconformidade com a legislação, pois as taxas só podem ser cobradas
em razão de serviços efetivamente prestados e não meramente colocados à
disposição do munícipe.
(B) desconformidade com a legislação, pois uma pessoa jurídica de direito
público não pode cobrar taxa por atividade que não esteja no âmbito de suas
respectivas atribuições.
(C) conformidade com a legislação, desde que o Estado delegue sua
competência tributária para o município.
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07- (JUIZ SUBSTITUTO TJPE FCC 2011) A importância paga pelos usuários
de nossas rodovias a título de pedágio qualifica-se como
(A) preço público.
(B) tributo.
(C) taxa de serviço público.
(D) contribuição de melhoria.
(E) preço compulsório.
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(D) indevida, porque obra de calçamento público não pode ser cobrada dos
moradores.
(E) indevida, porque não está sendo cobrada de maneira individualizada em
razão da valorização imobiliária, deixando de considerar o quantum que cada
imóvel teve de valorização em razão da obra pública.
11- (AUDITOR TCE CEARÁ 2006 FCC) Um dos atributos que diferenciam as
taxas das contribuições de melhoria é o fato de que as taxas
(A) são facultativas, enquanto que as contribuições de melhoria remuneram
serviços públicos específicos e indivisíveis, ainda que somente postos à
disposição do usuário.
(B) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que
as contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade.
(C) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as
contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e divisíveis.
(D) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que somente
postos à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições
de melhoria é facultativo.
(E) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria
têm como contrapartida a valorização imobiliária decorrente da realização de
obras públicas.
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15- (AUDITOR FISCAL DO TCE PIAUÍ 2002 FCC) Pertencem aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios
(A) o produto de arrecadação de todos os tributos da União recolhidos por
esses entes políticos, por suas autarquias e pelas fundações que instituírem e
mantiverem.
(B) o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de
qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer
título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e
mantiverem.
(C) vinte por cento do produto da arrecadação das contribuições que a União
pode instituir no exercício de sua competência residual.
(D) o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de
qualquer natureza incidente no final do exercício.
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17- (AUDITOR TCE SP 2008 FCC) O tributo cuja receita não se submete a
repartição de natureza constitucional é o imposto sobre
(A) circulação de mercadorias e serviços.
(B) produtos industrializados.
(C) importação de produtos estrangeiros.
(D) propriedade territorial rural.
(E) propriedade de veículos automotores.
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(C) do ICMS.
(D) do IPVA.
(E) do IR arrecadado na fonte.
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(E) IV e V.
26- (AFTM MUNICÍPIO SÃO PAULO FCC 2012) Projeto de lei estadual, no
intuito de fiscalizar a pesca esportiva no rio Piracicaba, foi enviado à
Assembleia Legislativa, propondo a criação da Taxa de Fiscalização de Pesca do
Rio Piracicaba, como meio de custear aparato fiscalizador estadual das
atividades de pesca do referido rio. Tendo em vista que os benefícios trazidos
por tal fiscalização atingiriam toda a população das cidades ribeirinhas, o
projeto de lei em questão propunha que a base de cálculo da taxa pelo
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exercício do poder de polícia sobre a pesca esportiva fosse o valor venal dos
imóveis localizados no perímetro urbano das cidades, desde que esses imóveis
se encontrassem na zona limítrofe do rio Piracicaba, até a distância máxima de
10 km. O projeto de lei não foi aprovado pela Assembleia Legislativa, tendo
sido arquivado, sob o fundamento de inconstitucionalidade. Com base na
situação descrita acima, é correto afirmar:
(A) Nas circunstâncias descritas e pela relevância social do projeto de lei
proposto, somente a União teria competência para instituir um imposto
extraordinário, com a mesma finalidade e com a mesma base de cálculo do
IPTU.
(B) Como a competência para instituir taxas pelo exercício do poder de polícia
é exclusiva dos municípios, o projeto de lei deveria ser municipal.
(C) A taxa não pode ter base de cálculo idêntica à que corresponda a imposto.
(D) A espécie tributária a ser criada deveria ser uma contribuição de melhoria,
e não uma taxa pelo exercício do poder de polícia, tendo em vista os benefícios
trazidos pela fiscalização da pesca às cidades ribeirinhas.
(E) A espécie tributária a ser criada deveria ser um imposto estadual com base
de cálculo idêntica à do IPTU, e não uma taxa pelo exercício do poder de
polícia.
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01-E 02-B 03-C 04-C 05-B 06-B 07-A 08-D 09-E 10-C
11-E 12-E 13-A 14-D 15-B 16-D 17-C 18-D 19-B 20-D
21-A 22-C 23-D 24-C 25-D 26-C 27-E
79