Resenha do Debate de Tânia Bacelar das Perspectivas do Desenvolvimento
Regional Brasileiro
Em sua palestra Tânia Bacelar aborda de forma geral as heranças da diversidade
ambientais, econômicas e culturais do BRASIL, que é um país continental com vários biomas com uma grande diversidade de heterogeneidades. Tânia Bacelar vê o desenvolvimento regional no Brasil como consequência de um processo bastante complexo de articulação e integração das regiões a partir de uma região hegemônica. Analisa o contexto dos indicadores econômicos e sociais das regiões brasileiras, problematizando os aspectos da concentração/desconcentração culminando num quadro de grandes desigualdades regionais ressaltando a significativa ação governamental neste processo.
Duas concentrações (que são heranças da ocupação humana e econômica do
país) que ela cita em sua palestra é a concentração da população na área litorânea e a concentração de renda.
Alguns pontos importantes que Tânia Bacelar toca em sua palestra:
Dinamismo das cidades médias: cidades de 100mil a 500mil têm
elevadas taxas de crescimento da população e do PIB; Mudanças nas migrações internas (menos pessoas migram para Sudeste, mais para SUL – cidades – Centro Oeste e Norte) Nordeste retêm mais pessoas; Forte criação de empregos formais: criação de 15 milhões de postos de 2003 a nov./ 2010 e desemprego nas metrópoles cai quase 30%, segundo RAIS e IBGE com aumento e desconcentração da renda do trabalho: renda anual media cresce 14,3% de 2003 a janeiro 2010, segundo PNAD/IBGE; Mudança no mercado interno de consumo de massa com a classe C: de 37,5% das pessoas em 2003 para 50% 2008, vindas da D e E, segundo FGV. Com a forte criação de empregos formais: criação de 15 milhões de postos de 2003 a novembro de 2010 e desemprego nas metrópoles cai quase 30%, segundo RAIS e IBGE e o com aumento e desconcentração da renda do trabalho: renda anual media cresce 14,3% de 2003 a janeiro de 2010, segundo PNAD/IBGE com o impacto regional favorável ao nordeste e norte; Políticas Publicas que impulsionam o novo padrão de produção em massa com transferência de renda para os mais pobres como a Previdência Rural da Constituição Federal de 1988 e o Bolsa Família, o aumento real contínuo do salário mínimo (70% entre janeiro 2003 e novembro 2010 pelo INPC/IBGE e mais o impacto da baixa inflação, ampliação do credito (22% para 45% do PIB entre 2002 e 2010) apoio à agricultura familiar (Plano Safra de 2010/2011: R$ 16 Bi disponíveis x R$ 2,2Bi em 2002); Com Crescimento mais acelerado do PIB do Norte depois Nordeste, log após o Sul e o Centro-Oeste o com o menor crescimento a região sudeste. Uma expansão maior do emprego formal no Norte e Nordeste e a liderança deles no crescimento do consumo e a redução da pobreza nessas regiões; Aqueda do índice de analfabetismo na área rural da região nordeste ainda é muito baixa passou de 40% em 2000 para 30% da população analfabeta.
Segundo Tânia Bacelar a causa do atraso nordestino estava em sua formação
histórica e nas políticas econômicas nacionais. Para ela o Brasil passa da condição de país primário-exportador para a de país de base indústria.