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hospitais. A denominação “lixo hospitalar” tornou-se comumente utilizada, mesmo quando os resíduos
não eram gerados em unidades hospitalares. Atualmente, este termo foi substituído por Resíduos de
Serviços de Saúde (RSS), que engloba os resíduos produzidos por todos os tipos de
Porém, dentro de um hospital, nem todo lixo é hospitalar, já que invólucros de seringas, gases, luvas,
equipos de soros, os impressos, entre outros não são considerados “lixo hospitalar”.
Dessa forma, a identificação e separação dos resíduos devem ser feitas em seu local de origem
(unidade de internação e de apoio) e ainda ser classificadas entre resíduos perigosos e resíduos
comuns.
A seguir, a responsabilidade passa para o serviço de limpeza, que realiza a coleta interna nas salas
externa.
O destino final dos resíduos no ambiente hospitalar é administrado pelo serviço de engenharia, que
Todo gerador de RSS deve elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
O PGRSS deve orientar as medidas que direcionarão as ações dos funcionários dentro da instituição
humana. Inicialmente, o homem foi submetido às leis da natureza; Posteriormente, tentou entendê-
las e modificá-las.
O homem da Idade da Pedra simplesmente jogava seus restos de comida para fora da caverna,
juntamente com pedras e utensílios quebrados e também restos de seus inimigos. Sucessivas
culturas agrárias fizeram um pouco mais do que jogar seus lixos atrás de suas tendas, cabanas ou
barracas. Até mesmo as antigas poderosas civilizações chinesas, sul-americana, egípcia, grega e
romana fizeram um pouco mais do que jogar seus detritos ao final de cada vila ou cidade. Apesar de
manter a estratificação social que acompanha todas as civilizações, os cidadãos mais conscientes
com a saúde (neste caso os m a isabastecidos) puseram seus escravos para fazer o serviço sujo de
A medida em que foi "civilizando-se" a produção de lixo foi aumentando, mas ainda não havia
Em Londres, um edital publicado no ano de 1354, afirma que o lixo deveria ser removido da
frente de suas residências uma vez por semana. Embora algumas leis zelassem pelo recolhimento do
lixo, o método mais comum na época era a população jogá-lo nos rios. No ano de 1407, os londrinos
foram instruídos a manter o lixo no interior de suas residências até ser recolhido pelo coletor,
ignorando os apelos governamentais, com persistência, continuavam a jogar os resíduos nas ruas e
praças. Portanto, entre os anos de 1506 a 1608, a capital francesa ficou conhecida como a cidade
mais suja da Europa. A superação desse problema teve início a partir de 1919, quando 300 veículos
limpar a cidade. E Viena, até hoje, é conhecida como a cidade mais limpa da Europa, título
MACF ARLANE (2000), cita que o maior interesse público em saneamento urbano foi
liderado pelas mulheres, como resultado da mortalidade devido à enfermidade entre os soldados na
Guerra Civil (1861 - 1865). Mas, para aprimorar os serviços de saúde na cidade de New York, a
legislação instituída em 1866, não transformou o sistema privado pobremente conduzido em um bem
organizado sistema de serviço de coleta até o início de 1890. Chicago também conduziu reforma nos
serviços de coleta de lixo neste período e auxiliou a fixação do exemplo para outras cidades dos
Estados Unidos.
HARRISON (1994) apud MACFARLANE (2000), afirma que uma noção substancial da
autonomia sobre os assuntos locais foi concedida pelo governo inglês na Índia Colonial, em 1882.
Esta noção foi conduzida principalmente pelos administradores britânicos, a fim de aumentar a renda
local para os serviços municipais, mas foi também para fazer provisão para as populações indígenas
a serem eleitas pelo governo local. O saneamento urbano parece ter progredido vagarosamente no
período compreendido entre 1882 a 1912. Nas principais cidades, 30% dos orçamentos urbanos, em
encaravam-nas como muito dispendiosas, intrusivas nas individualidades ou como uma invasão nos
direitos de propriedade privada. Isto ocorreu principalmente porque algumas medidas incluíam a
O Rio de Janeiro iniciou sua formação como cidade, no século XVI, quando no Brasil, a
barra de melaço (forma beneficiada da cana de açúcar) era exportada para a Europa e predominava
o espírito mercantilista, ou seja, o mínimo de investimento para o máximo de lucro. Edificada sem
método e crescendo ao sabor das circunstâncias, sejam de ordem econômica ou outra do momento,
a cidade do Rio se desenvolveu sem preocupações que fossem além do futuro imediato. Segundo
COMLURB (2004), a cidade chegava aos 30 mil habitantes, em 1760, e a população atirava os lixos
por todas as partes. A população da região litorânea atirava os lixos nas praias e os moradores
A primeira postura da Câmara Municipal do Rio de Janeiro referente à limpeza, data de 1830.
Estas posturas eram basicamente normativas, isto é, definiam proibições e estabeleciam sanções
quanto ao despejo de lixo nas vias públicas.
Em 1885, o governo do Rio de Janeiro resolveu contratar Aleixo Gary, francês de origem,
para o serviço de limpeza das praias e remoção do lixo da cidade para a ilha de Sapucaia (bairro do
Caju) inaugurando, assim, uma nova era na história da limpeza pública do Rio de Janeiro, apoiada
marcas na história da limpeza urbana pública no Rio de Janeiro, e tão intensa foi a sua atuação, que
limpeza das ruas. Particularmente, o edital de 15 de outubro de 1722 referia-se textualmente aos
ciscos e aos lixos das casas, e que os mesmos deveriam obrigatoriamente ser colocados em covas
determinado deveria ser multado e pagar seis mil réis em cada infração, segundo FERRI (1976).
Conforme MACHADO (1996b), preocupações com o destino dos dejetos e sua relação com
a Saúde Pública tornaram-se mais intensas quando o sanitarista Osvaldo Cruz juntamente com o
urbanista Pereira Passos, tentou reverter o quadro alarmante do Rio de Janeiro, onde grassava a
NOVAES (1977) apud GAUZER (1996) observou que na década de 70 havia muita
setor, e constatou ainda a ocorrência da distribuição geográfica desordenada dos leitos hospitalares,
com profundas repercussões na saúde das populações que habitavam áreas rurais e na periferia de
para os trabalhadores que os manejam, como para a população e o ambiente em geral. Incluem-se
nestes resíduos sólidos, os chamados especiais, os Resíduos de Serviços de Saúde - RSS. Embora
constituam uma pequena parcela, em relação ao resíduo sólido total produzido, segundo MATTOSO
et aI. (2001), apresentam características específicas, com risco potencial no seu manejo rotineiro ou
ocupacional.
saúde produzindo esses resíduos e na maioria das cidades, a questão do manuseio e da disposição
final não está solucionada, e acrescenta que algumas unidades de saúde desconhecem a quantidade
A preocupação com o assunto não é recente e abrange uma grande parte do mundo. Na
década de 50, começam a introduzir nos Estados Unidos os primeiros incineradores e fornos
patológicos com tecnologia por excesso de ar, especialmente destinados para resíduos
Nottingham na Inglaterra em 1874, com a finalidade de queimar o lixo urbano. Nos estados
unidos o primeiro incinerador para RSS foi instalado em 1981, segundo MATTOSO (1996).
Na década de 60, foram desenvolvidos fornos patológicos para uso hospitalar do tipo
pirolítico, os quais produziam menores quantidades de sólidos suspensos, já contavam com câmara
Em São Paulo, uma lei municipal de 1963, torna a incineração obrigatória para todos os
resíduos provenientes de estabelecimentos de saúde. Esta lei surgiu 4 anos após a instalação do
incinerador de Ponte Pequena, na região centro-norte de São Paulo, com capacidade de 300
Na década de 70, uma lei do Estado de New York recomenda a incineração como método de
tratamento de RSS, aprovado pelo Departamento de Saúde.
Em 1967, em São Paulo foi instalado o incinerador Vergueiro e três anos mais tarde a incineração do
RSS tornou-se obrigatória no Estado de São Paulo através de um Decreto Estadual, segundo ALVES
países europeus e os Estados Unidos estabelecem normas regulatórias. França em 1982 elaborou
um manual metodológico para a gestão e eliminação dos resíduos hospitalares. A Alemanha revisa
sua normatização em 1983, tornando obrigatória a incineração dos resíduos oriundos de locais de
administrativo, de cozinha ou lanchonetes deverá ter como disposição final o aterro sanitário
(MACHADO, 1996b). A United States Environmental Protection Agency (USEPA) dita suas normas
em 1982, com publicação de um guia (Guide for Infectious Waste Management), para o
gerenciamento de sistemas de RSS, a ser seguido pelos estabelecimentos de saúde (LIMA, 2001).
Todos estes códigos, com raras exceções, passaram a considerar como "resíduos sanitários
especiais" entre 10 e 25% do total dos resíduos hospitalares ou similares produzidos, o que
resíduos (1,5 a 2,0 kg/1eito/dia) na França, Bélgica e Inglaterra, segundo MACHADO (1996b).
normas, valorizando os riscos reais de infectividade e vários organismos oficiais recomendavam que
fossem adotados critérios mais restritivos. Entre esses órgãos estão: o Centro de Controle de
Conselho Nacional de Hospitais da Holanda. No entanto estas normas só foram aceitas parcialmente.
de avaliar o impacto dos resíduos infectantes na saúde pública e ambiente, concluindo que não
perigosos, conforme TRONCONE (1990) apud MATTOSO (1996). A autora ainda relata, que na
década de 70 nos Estados Unidos surgiu uma preocupação e discussão com a emissão de poluentes
grande quantidade de plásticos clorados incinerados. Também na Alemanha, mais de 50% desses
Em 1985, os RSS tornaram-se um dos temas mais arduamente discutidos na comunidade americana
e tema de campanha para prefeitura da cidade de New York, cujas leis estritas e altas multas
contribuíram para uma drástica redução de RSS inadequadamente dispostos. Entretanto, alguns
anos mais tarde, a ocorrência de vários incidentes relacionados com os perfurocortantes e outros
resíduos médicos acumulados nas praias do nordeste americano, foi responsável pela perda de
bilhões de dólares pelo setor turístico, conforme relatam RUTALA & MAYHALL (1992). O parecer de
várias agências federais como Environmental Protection Agency (EPA), Office of Technology
Assessment (OTA) e Centers of Disease Control (CDC), sobre os incidentes nos Estados Unidos,
apontaram os pequenos geradores como clínicas médicas, diabéticos e usuários de drogas como
sendo os principais responsáveis pela poluição nas praias, e que os RSS encontrados contribuíram
com menos de 0,2% dos resíduos totais e que não correspondiam aos resíduos gerados por
hospitais (RUTALA & MAYHALL, 1992). Entretanto, a opinião pública aliada à pressão da imprensa
culminou na aprovação do "Medical Waste Tracking Act" (MWTA) pelo Congresso Americano. Este
com objetivo de rastrear os resíduos de saúde gerados, da fonte até a disposição final, elaborando-
se, assim, guias para o seu gerenciamento (TRONCONE, 1990 apud MATTOSO, 1996; RUTALA &
A partir de 1989, em diversos países (Estados Unidos, Holanda, Alemanha, Espanha) foram
criados grupos de trabalho integrados por entidades públicas e privadas para avaliar a dimensão do
problema resultante do inadequado manejo dos resíduos de serviços de saúde para a saúde pública.
Segundo NAPIAS HARGAIN (2001), as conclusões são precisas: a maioria dos resíduos hospitalares
não implica em um risco progressivamente maior do que os resíduos urbanos. Somente um reduzido
CASTRO (1995), 77% de todos os estabelecimentos prestadores de serviços de saúde nos Estados
Assim, todo esse avanço vem sendo questionado por alguns países desenvolvidos, que se
tratamento do mundo. Porém, segundo BARELLA (2004), o país ecologicamente correto descobre
que sua política ambiental paralisa a economia, pois gastam 2,1 bilhões de dólares por ano para
reciclar 65% do lixo e os empresários reclamam que o excesso de leis ambientais prejudica a
produtividade industrial.
O Canadá está entre os maiores produtores de lixo/per capita no mundo. Os pacientes dos
serviços de saúde geram 11,35 kg de resíduos por dia. Assim, "repensar" o resíduo tem sido uma
preocupação com redução na produção do resíduo, reutilização do lixo e reciclagem dos materiais.
Desse modo, em alguns hospitais canadenses o processo de reeducação dos profissionais, com
formação de comitês multidisciplinares ambientais, fez alterar algumas condutas, como a abolição
acarretar um outro problema que é a geração de efluentes líquidos com alta concentração de
detergentes e desinfetantes.
internação e ambulatoriais, de um modo geral não foram projetadas com essa finalidade, e passam
por adaptações apresentando, portanto, instalações inadequadas para a realização das atividades a
que se propõem, afirma MACHADO (1996b). O local para o armazenamento dos resíduos, em geral,
é improvisado e não possui caminhos preferenciais para o fluxo coerente na remoção dos resíduos
gerados, nem meios de transporte apropriados. O manejo inadequado desses resíduos pode levar a
atividade comum nos locais de "depósito de lixo" - os catadores, sendo que os "lixões a céu aberto"
são bastante comuns nas cidades brasileiras, onde são depositados os resíduos domiciliares e os de
municipais e/ou regionais. Assim, é imprescindível a adoção de procedimentos que visa a controlar a
geração e disposição dos RSS, conclui MACHADO (l996b).
GAUZER (1996), manifesta-se na legislação brasileira, a lei Federal 4320/64, em seu anexo 5,
estabeleceu uma série de serviços que devem ser prestados à comunidade pela prefeitura, descritos
no referido diploma como atividades fins e incluindo: serviços de saúde e serviços urbanos (limpeza
pública, controle de produção e outros). Verifica-se ainda, no artigo 12 da Lei Federal 2312, de 03 de
setembro de 1954, que dispôs sobre normas gerais sobre a defesa e proteção da saúde, que diz: "a
coleta, o transporte e o destino final do lixo deverão processar-se em condições que não tragam
inconvenientes à saúde e ao bem estar público, nos termos da regulamentação baixada", que o país
tema RSS foi a Portaria 53 de 01 de março de 1979, do Ministério do Interior, que em seu artigo VI,
transporte especial nas condições estabelecidas pelo órgão estadual de controle e poluição e
Analogamente aos países europeus e Estados Unidos, em 1991, a Secretaria do Meio Ambiente, da
Presidência da República, propôs que o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) proibisse a
incineração do lixo hospitalar, em razão de riscos à saúde humana representados pela emissão de
dioxina.
A noção de "resíduo" não existe na natureza, declara BIDONE (2001). Esta afirmação é
Com base na origem antrópica do resíduo, este é definido sob diferentes pontos de vista,
significa assentado no fundo, segundo BUENO (1988), ou seja, resto, sobra, borra, sedimento, de
onde surge a conotação do termo atual, afirma BIDONE (2001). Já, a palavra lixo, em geral usada
como sinônimo de resíduo sólido pela maioria da população, origina-se do latim lix, que significa
cinza ou lixívia.
No dicionário FERREIRA (on-line - 2000), lixo é: 1. aquilo que se varre da casa, do jardim, da
rua, e se joga fora, entulho; 2. tudo o que não presta e se joga fora; 3. sujidade, sujeira, imundice; 4.
coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor. A palavra resíduo significa: 1. aquilo que resta de qualquer
substância, resto; 2. o restante do que sofreu alteração de qualquer agente exterior, por processos
Atualmente, o lixo é identificado, por exemplo como basura em espanhol, refuse, solid
waste, garbage na língua inglesa, déchet, em francês e refiuti, spreco sólido, em italiano.
Sob a ótica econômica, resíduo é definido como uma matéria sem valor, isto é, os valores de
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define-o como "qualquer coisa que o proprietário
não quer mais, em um certo local e em certo momento e que não apresenta valor comercial corrente
ou percebido", afirma BIDONE (2001). Revela, ainda, que para Comunidade Européia (lei 75/442) de
15 de julho de 1975, o resíduo é definido como "toda substância ou todo objeto cujo detentor se
francesa considera como "todo rejeito de processo de produção, transformação ou utilização, toda
substância, material ou mais geralmente, todo bem móvel abandonado ou que seu detentor destina
A noção de resíduo deve ser considerada relativa tanto no tempo quanto no espaço: um
valor de uso ou utilidade nulo para um detentor pode corresponder a um valor de uso positivo para
outro. Assim, o status de resíduo é, portanto provisório, transitório, sendo dependente dos estados da
economia, da tecnologia e da informação. Porém, além das circunstâncias econômicas ou
tecnológicas do momento, o futuro do resíduo, seu abandono ou sua conservação pelo detentor, é
fortemente condicionado pelo contexto sociológico e psicológico, fatores que também evoluem no
tempo e no espaço.
A definição oficial de resíduos sólidos no Brasil adotada pela Norma Brasileira NBR - 10.004
Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes dos sistemas de tratamento da água, aqueles
cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de
água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia
Esta definição segundo TEIXEIRA et aI. (1999), é muito ampla e equivoca-se ao incluir
líquidos como resíduos sólidos. A norma poderia incluir os líquidos juntamente com os resíduos
sólidos para efeitos de tratamento e disposição, mas não simplesmente defini-los como resíduos
sólidos.
No entanto, a Lei japonesa 137, de 1970, sobre disposição de resíduos sólidos e limpeza
pública, tem um conceito de resíduo sólido mais amplo, abrangendo, segundo MACHADO (1996a),
refugo de pequeno e grande porte, cinza, lama, excreções humanas, resíduos de óleo, resíduos
estado sólido ou líquido (excluindo os resíduos radioativos ou aqueles que poluem pela
Sob a ótica técnica, SALVATO (1982) apud BARROS JUNIOR (2002) define resíduo sólido
como qualquer rejeito, lixo, lodos de estações de tratamento de esgoto, de tratamento de água ou
e da comunidade, mas não inclui sólidos dissolvidos nos esgotos domésticos ou sólidos dissolvidos
Segundo BAILIE et aI. (2000), o resíduo sólido é entendido como todo material sólido putrescível,
combustível, não-combustível, rejeitado pelas atividades industrial, comercial, agrícola e da
comunidade; aí não estão incluídos os materiais sólidos dissolvidos nos esgotos domésticos ou em
Sob a ótica gerencial, no capítulo 21 da AGENDA 21 (1992), os resíduos sólidos compreendem todos
os restos domésticos e resíduos não perigosos, tais como os resíduos comerciais e institucionais, o
lixo da rua e os entulhos de construção. Em alguns países, o sistema de gestão dos resíduos sólidos
também se ocupa dos resíduos humanos, tais como excrementos, cinzas de incineradores,
Uma vez apresentadas as definições de resíduo sólido sob inúmeras óticas, pode-se entender,
simplificadamente, que o resíduo é todo material ou resto deste cujo proprietário ou produtor não mais
todo aquele serviço que presta assistência médica ou paramédica e de apoio de nível
primário a terciário, aberto ou fechado, aos componentes da comunidade onde está inserido. Incluem-
saúde, cuja função é dispensar à comunidade uma assistência médica completa, preventiva e
curativa, incluindo serviços à família, em seu domicílio, e ainda um centro de treinamento médico e
Serviço de Saúde compreendem hospital, sanatório, clínica, centro clínica, centro médico,
animal, em qualquer nível, com fins de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação, inclusive os
O conceito acima é também compartilhado por MONGE (1997), que afirma ainda, que os
incluido-se além dos hospitais, clínicas, ambulatórios de indústrias, instituições de ensino e pesquisas
Efetuando-se uma análise extremista, afirma AKUTSU (1992), que além desses
contínua, apresentam-se ou constituem-se também como, fontes geradoras desses tipos de resíduos,
anticoncepcionais etc.
BERTUSSI FILHO (1997) apud BIDONE (2001) faz uma descrição completa, ampla e específica de
Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSSS), definindo-os como todos aqueles gerados por
pesquisas médicas, relacionado tanto à população humana quanto veterinária que, possuindo
Definição mais simplificadas são utilizadas tais como produto residual não utilizável resultante
Por sua vez, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) por meio da Resolução nº. 283/2001
de serviço de saúde, podendo-se citar como exemplos principais: lixo hospitalares, resíduos sólidos
Segundo MATTOSO (1996), os ternos lixo hospitalar ou resíduos hospitalar nos remetem à
idéia de lixo altemente contaminado principalmente sobre o ponto de vista microbiológico. Entretanto,
um hospital não gera apenas este tipo de resíduos, mas resíduos químicos constituídos de
medicamentos vencidos, drogas quimioterápicas etc., resíduos radioativo, como também resíduos
lixo hospitalar ou resíduos hospitalar deve-se ao fato dos hospitais serem os geradores maciços
desse tipo de resíduos. Cita, ainda, a autora que convém lembrar a existência de outros
de saúde etc., que também geram estes tipos de resíduos em menor quantidade que os hospitais
considera isoladamebte. Portanto, os ternos lixo hospitalar e resíduos hospitalar são impróprios
porque por um lado superestima a gerção de resíduos patogênicos por um hospital, e por outro lado
não inclui outros estabelecimentos de menor porte gerador deste tipo de resíduo, conclui MATTOSO
(1996).
produzido em ambiente hospitalar, que é descartado e não utilizado na atividade fim, podendo ser
administrativo, resíduos resultante de dietas e resíduos médicos propriamente dito. O terno Resíduos
Médico refere-se a todo material gerado como resultado de diagnóstico, tratamento ou imunização de
pacientes, podendo ser tecidos sujos ou tubos intravenosos ou mesmo material potencialmente
reaproveitável. O terno Resíduo Infeccioso destina-se a uma porção do resíduo médico que poderia
MACHADO (1996b) cita que em pssado bastante recente tentava-se classificar os resíduos
Técnicas (ABNT) em 1987, passando a denominar-se Resíduos de Serviço de Saúde (RSS), afirma
TAKAYNAGUI (1996).
(1996b), define Resíduos Infeccioso como qualquer resíduos que possa ter a capacidade de produzir
uma doença infecciosa. Este é causda por um resíduos infeccioso, entretanto, o susceptível deve ser
No manual de “Gestão dos Resíduos Hospitalares”, BRION (2002) arfima que um Resíduos
Infcciosa, requerendo para tal a existência de certos fatores necessários para a indução da
enfermidade:
porta de entrada;
Cita o mesmo autor que há quatro viaspossíveis de transmissão de enfermidade infecciosas: através
da pele (por feridas, cortes), das membramas mucosas, por inalação (de aerossóis ou pós-
no nosso país. O país produz atualmente, cerca de 90.000 toneladas/dia de lixo, cuja destinação final
é a mais diversa sendo, na maioria das vezes, 80 a 90% deste percentual lançado a céu aberto, nos
conhecidos lixões.
Os resíduos sólidos hospitalares, apesar de representar uma pequena parcela do total de resíduos
sólidos produzidos por uma comunidade, são particularmente importantes tanto para a segurança dos
hospitais, para a saúde publica quanto para a qualidade do meio ambiente. A manipulação adequada,
segurança dos hospitais e da comunidade. Os resíduos sólidos hospitalares são produzidos por
determinados tipos de resíduos hospitalares nas redes publicas de esgoto. Os resíduos hospitalares,
Segundo pesquisa realizada pelo CETESB em diversos hospitais de São Paulo, são as seguintes as
porcentagens, em peso, das diversas unidades de um hospital, sobre o total de resíduos produzidos.
produzidos:
COZINHA 50%
ENFERMARIA 15%
MATERNIDADE 10%
ORTOPEDIA 9%
CENTRO-CIRURGICO 7%
ESCRITORIO 5%
OUTROS 4%
CARACTERIZACAO FISICO-QUIMICA DOS RESIDUOS HOSPITALARES
presente, com valor médio situado na faixa de 50 a 60%. Os maiores valores do teor de umidade dos
A importância do teor de umidade esta relacionada com o destino final dos resíduos. Por exemplo, na
Teor de Carbono – relaciona-se com o poder calorífico e dos sólidos voláteis, indicando ainda, o teor
Os maiores valores do teor de carbono são os encontrados nos resíduos oriundos da maternidade,
ficando os demais resíduos hospitalares com teores semelhantes aos resíduos domésticos, situando-
se na faixa de 30%.
Teor de hidrogênio – o teor de hidrogênio dos resíduos hospitalares, se aproxima dos teores
encontrados nos resíduos domésticos (Faixa 2,5 a 5%). Este valor se relaciona também com o teor
da matéria orgânica, indicando parcialmente, a quantidade de material plástico presente nos resíduos.
Teor de Enxofre – o enxofre presente nos resíduos, transforma-se em dióxido de enxofre quando
incinerado, gerando grave problema de poluição no ar. Do ponto de vista de proteção ambiental, não
se deve admititr valores acima de 2% de enxofre nos resíduos. Em relação aos resíduos hospitalares,
os valores encontrados ficaram na faixa de 0 a 0,5% com exceção dos provenientes da ortopedia,
com valores na ordem de 1,4%, provavelmente, pela presença de gesso, rico em sulfato.
Sólidos Voláteis – o teor de sólidos voláteis, indica a porcentagem em peso dos resíduos, podendo
após a incineração.
Poder calorífico – estes dados são importantes para o projeto e operação de incineradores de
resíduos sólidos, especialmente, os mais modernos, visando tambe a recuperação do calor gerado
são importantes por permitir o conhecimento da quantidade de acido clorídrico expelida pelas
bactérias patogênicas e vírus nos resíduos sólidos hospitalares, foi evidenciada por estudos
A associação dos resíduos hospitalares com o meio ambiente, pode propriciar condições favoraves
O contato com os microorganismos presentes nos resíduos, pode ser feito pelo manuseio direto dos
Característica microbiológicas
a avaliação de tais resíduos, reúnem imformação e dados gerais sobre o tema como forma de
SILVA (1995) apud ANDRADE (1997) diz que “não foram encotrados na literatura ensaios
que determinem, o grau de contaminação que um resíduo deva apresentar para ser considerado
infeccioso, nem quais seriam os microrganismos mais recomendados para indicadores”. Porém,
BIDONE (2001) arfirma que são diversos os microrganismos que podem ser encontrados nos
resíduos de serviços de saúde, alguns responsáveis pela infcção em pessoas que entrem em
contado com os mesmo. Destacam-se enterobactérias, como, Salmonella, Shigella spp., Vbrio
classificados, pela Resolução CONAMA nº.93, como “infectates cujo potencial de risco está
A Escherichia coli é um habitat normal da microbiota endógena dos seres humanos, com
TODAR (2001), o pH ótimo varia entre 6,0 e 7,0 sendo 4,4 e 9,0 os valores mínimo e máximo,
TRABULSI & SOUZA (2002) citam seis categorias das espécies que causam infecção
Escherichia coli é a bactéria mais versátil em termos de patogenicidade e segundo PELCZAR et al.
espécies de bactérias causadoras de infecção nosocomial que não pertencem à microbiota humana
de pessoas sadias. Segundo TODAR (1998), apesar da colonização preceder a infecção por
Segundo os relatos da MATTOSO (1996), a bactéria pode causar “infecções urinárias associada ao
uso de cateteres, infecções respiratórias como pneumonias em pacientes que usam respiradores
artificias contaminados, otites etc. Pode causar ainda meningite, após punções lombares e
endocardites após cirugias cardíacas.” Nos hospitais, os reservatórios de pseudomonas aeruginosa
são desinfetantes, respiradores, alimentos, água etc. E a bactéria é introduzida no hospital tanto
Em relação aos vírus pouco se “conhece sobre suas resistências nos resíduos de serviços de saúde,
resíduos segundo as suas características biológicas, físicas, químicas, estado da materia e origem,
Uma classificação adequada dos resíduos gerados em estabelecimento de saúde permite que seu
manuseio seja eficiente, econômico e seguro. A classificação facilita uma segregação apropriada dos
resíduos, reduzindo assim riscos sanitários e gastos desnecessários no seu manuseio, já que os
sistemas mais seguros e dispendiosos se destinarão apenas à fração de resíduos que os requeiram e
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas catacteristicas de maior
genética.
• Bolsas contendo sangue ou hemocomponentes com volume residual superior a 50ml; kits de
aférese.
• Peças anatômicas (tecidos, membros e órgãos) do ser humano, que não tenham mais valor
cientifico ou legal, e/ou quando não houver requisição previa pelo cliente ou seus familiares.
• Produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura
menor que 25 centimetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham
mais valor cientifico ou legal, e/ou quando não houver requisição previa pela família.
controle de zoonoses e de outros similares, assim como camas desses animais e suas
forrações.
Obs: cadáveres com suspeita de contaminação com proteína prionica não são considerados
resíduos.
GRUPO B (químicos)
Resíduos contendo substancias químicas que apresentam risco à saúde publica ou ao meio
toxicidade.
Resíduos dos medicamentos ou dos insumos farmacêuticos quando vencidos, contaminados,
apreendidos para descarte, parcialmente utlizados e demais medicamentos impróprios para consumo.
Divididos em:
• Produtos hormonais de uso tópico, quando descartados por serviços de saúde, farmácias,
imunomoduladores e anti-retrovirais.
• Desinfetantes e desinfectantes.
São considerados rejeitos radioativos quaiquer materiais resultantes de atividades humanas que
• Resíduos contaminados com radionuclideos. As fontes seladas não podem ser descartadas,
São todos os resíduos gerados nos serviços abrangidos por esta resolução que, por suas
identificação e tratamento, devendo ser considerados como resíduos solidos urbanos (RSU).
na classificação do grupo A.
similares, que tenham tido contato ou não com sangue, com tecidos ou com fluidos
• Bolsas transfundidas vazias ou que contenham menos de 50ml de produto residual (sangue
ou hemoderivados).
jardins.
Obs: cadáveres de animais errantes ou domésticos não são considerados RSS. A destinação final
destes deve ser feita de acordo com as normas municipais ou do Distrito Federal.
GRUPO E (perfurocortantes)
São os objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontos ou protuberâncias rígidas e agudas,
visitantes e doentes não contagiosos, devem ter sua coleta e disposição com as características dos
resíduos domésticos.
Resíduos procedentes do serviço e consumo de alimentos de doentes contagiosos, terão sua coleta e
apropriados;
IV – esterilização dos resíduos, quando o serviço de disposição final não for apropriado para este tipo
de resíduo.
Resíduos de escritório – podem ser manejados sem perigo. Recomenda-se uma coleta separada
Resíduos de obstetrícia – constituem-se de: gaze, algodão, placenta, seringas, ampolas, absorventes
recomendações.
recomenda-se os mesmo procedimentos dos itens III e IV acima enumerados e alguns especiais.
disposição, devem seguir a mesma orientação dos resíduos de alimentos correspondentes a resíduos
de laboratórios.
Em termos gerais, estes resíduos podem ser manejados, conjuntamente, com os resíduos de cozinha
em geral e escritórios.
Os procedentes das áreas de recuperação ou de doentes não contagiosos podem ser enquadrados
na mesma categoria.
Resíduos provenientes da radiologia e radioterapia – são constituídos por curativos, placas, material
I – Material Radioativo: deve ser manejado por pessoa habilitada. Não deve ser depositado com os
LEGISLAÇÃO
A legislação pertinente aos Resíduos de Serviço de Saúde, tanto a nível Federal, quanto Estadual, e
urbanos gerados diariamente por uma cidade. A problemática desses resíduos discutida até aqui
recursos físico, recursos materias e a capacitação de recurso humanos envolvidos no manejo dos
RSS.
identificar e classificar todos os tipos de resíduos por fonte geradora ou setores e serviço
envolvidos;
providenciar que o manuseio, coleta e tratamento sejam efetuados apemas por pessoas devidamente
preparadas.
cólera na grande maioria das cidades européias em meados do século XIX. Sistemas municipais
30 anos. O primeiro estágio focou na redução do impacto ambiental nas práticas de disposição
existentes. A parti dos meados dos anos 80, o passo inicial para se reduzir o impacto ambiental foi
mais desejada é a de evitar a geração de resíduos em primeiro lugar, porém se o lixo já foi gerado,
então a sua qualidade poderia ser minimizada, pela reciclagem ou reutilização dos materiais. A
seguir vem o tratamento para recuperar a energia ou para reduzir o volume ou grau de periculosidade
o da integração das medidas políticas com o controle técnico, em que vários instrumentos de política
para promover a prevenção de resíduos e a reciclagem surgem de diversas formas e podem ser
forçar o movimento para o tratamento dos resíduos e aparece o principal intrumento denominado de
“responsabilidade do produtor”.
ANDRADE (1997), tem sido cada vez mais considerado porque possibilita a preservação dos
recursos naturais, economia dos insumos e energia, reduzindo a poluição ambiental, traduzino-se,
Hoje no mundo, segundo REGO (1994) apud GAUZER(1996), são praticados planos de gestão de
resíduos sólidos do topo clássico e dotipo gestão avançada, cujos critérios são:
Gestão Clássica: a totalidade dos RSS é considerado especial (resíduos de pacientes com infecções
agentes infcciosos, de animais infecciosos, sangue humano e resíduos anatômicos), e é adotado nos
países como França, Bélgica e Reino unido. No caso do Brasil, que adota a gestão clássica, a
Gestão Avançada: somente uma pequena parcela dos RSS é considerada infectante e/ou especial,
O que é o PGRSS?
Documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas
Os benefícios que trará à saúde pública e ao meio ambiente valerá todo o empenho para a
Partindo do princípio que só uma pequena parte dos resíduos derivados da atenção à saúde
de RSS contaminados, impedindo a contaminação da massa total dos resíduos gerados e impedindo
Cada estabelecimento de saúde, de acordo com sua dimensão e complexidade, está organizado em
diferentes serviços para desenvolver as atividades específicas, que geram diferentes quantidades e
tipos de resíduos.
De acordo com estudos realizados na América Central, a quantidade de resíduos que merece
atenção especial representa aproximadamente 40% do total dos RSS gerados. Conclui-se então que
a maioria dos RSS gerados não representa maior risco para a saúde do que os resíduos domésticos.
O gerenciamento dos resíduos sólidos no Brasil ainda é falho, com grandes deficiências nos aspectos
de tratamento e disposição final. Isso tem acarretado riscos ambientais e de saúde consideráveis.
Pelo tamanho do problema, pode-se prever que as soluções devam ser graduais. Dessa forma, é
importante que qualquer solução de gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde – RSS –
procure apresentar propostas que melhorem a situação na localidade geradora dos resíduos de forma
integrada. O Sistema Único de Saúde – SUS tem gasto uma quantia considerável com doenças de
Ademais, mudanças nos hábitos que procurem reduzir ou minimizar a geração de resíduos têm um
impacto muito positivo no gerenciamento. Dessa forma, deve-se procurar adequar produtos,
de materiais dos resíduos sólidos comuns tem como objetivo principal à reciclagem de seus
componentes.
Outro aspecto que deve ser considerado é a complexidade e a diversidade dentro do sistema de
gerenciamento dos RSS. Primeiramente identificam-se duas situações distintas: o manejo interno –
dentro da unidade geradora, e o externo – coleta, transporte externo e disposição final que
O risco ocupacional existente no manejo interno do RSS é mais fácil de ser identificado. O nexo
causal entre a fonte geradora e o agravo ao trabalhador é mais fácil de ser determinado
metodologicamente, sendo possível realizar uma avaliação dos riscos do manejo inadequado do RSS
estação de tratamento é realizado por veículos apropriados e por pessoal treinado e com
equipamentos adequados. Tal desejável procedimento, no entanto, não faz parte da práxis dos
Cabe aos geradores de resíduos de serviço de saúde e ao responsável legal, o gerenciamento dos
resíduos desde a geração até a disposição final, de forma a atender aos requisitos ambientais e de
saúde publica e ocupacional, sem prejuízo de responsabilização solidária de todos aqueles, pessoas
físicas e jurídicas que, direta ou indiretamente, causem ou possam causar degradação ambiental, em
especial os transportadores e operadores das instalações de tratamento e disposição final, nor termos
Sim, mesmo os que atuam temporariamente, ou não estejam diretamente envolvidos nas atividades
conhecer a localização dos abrigos de resíduos, entre outros fatores indispensáveis à completa
integração ao PGRSS.
• Prevenção
• Precaução
• Poluidor pagador;
• Desenvolvimento sustentável
• Responsabilidade solidária;
• Responsabilidade sócio-ambiental.
Todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços
controles para diagnostico in vitro; unidades moveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura;
• Elaborar o PGRSS;
• Requerer aos órgãos públicos responsabeis pela coleta, transporte, tratamento ou disposição
O PGRSS deve ser elaborado por profissional de nível superior, habilitado pelo seu conselho de
1- Identificação do Responsável
Profissional, com registro ativo junto ao seu conselho de classe, com apresentação de Anotação de
quando couber, para exercer a função de Responsável pela elaboração e implantação do PGRSS.
2 - Implantação do PGRSS:
qualificações correspondentes.
- reuso;
- reaproveitamento;
- reciclagem;
- recuperação.
-local
2.5 identificacao das normas reguladoras locais de coleta e destinação dos RSS:
-vigilancia sanitária;
- limpeza urbana;
- meio ambiente;
- esgotamento sanitário;
- – Biosseguranca;
- profissionais de saúde;
- funcionários administrativos
2.8 sensibilizacao/treinamento/capacitação
radioativos;
- disposição final.
- segregação;
- acondicionamento e identificação;
- coleta;
- armazenamento temporário;
- tratamento prévio;
- armazenamento externo;
- emergências e acidentes;
- coleta de dados;
- construção de indicadores;
- claros e objetivos;
- auto explicativos;
- confiáveis.
2.12 indicadores
GRUPO A GRUPO B
GRUPO C GRUPO D
GRUPO E
O modelo atual de gerenciamento dos RSS envolve o manejo dos resíduos que é entendido
como a ação de gerenciá-lo em seus aspectos intra e extra estabelecimento, desde a geração até a
disposição final. O manejo interno dos RSS é o conjunto de operações desenvolvidas no interior do
Antes de qualquer plano exeqüível para dos RSS é importante considerar dois pontos
imprescindíveis: o primeiro, qual seria a classificação adotada e atualmente tem-se como referencial
que existe uma diversidade quanto ao rigor da classificação, principalmente em relação ao risco
biológico;o segundo ponto importa é sempre considerado o tratamento eo destino final que serão
atribuídos aos resíduos gerados, pois é o que determina as fases anteriores do manejo, em especial
Geração e segregação
A ABNT (1993) por meio da norma 12.807, define a geração como a “transformação de
resíduos ,
NBR12.808/93, e Resolução CNEN 6.05 e reconhecer os símbolos de risco pela NBR 7.500/94,
Acodicionamento
O acondicionamento devará ser o ato contínuo à sua geração, em recipientes que não
Para os resíduos não infectantes poderão ser utilizados sacos plástico de qualquer cor,
deverão ser acondicionamento no local de geração em recipientes específico para cada tipo
de material reciclado. As cores dos recipientes devem estar de acordo com a resolução
resíduos: vidro (cor verde), plástico (cor vermelha), metal (cor amarela), papel ( cor azul).
Para os resíduos ifectantes ou para totalidade dos resíduos gerados, quando não for segura a
separação por grupo, serão utilizado sacos plástico de cor branca leitosoa.A ABNT-NBR-
Observar que o preechimento dos sacos alcance somente 2/3 de sua capacidade.
capacidade e com a naturezaquímica do produto a ser contido, para tanto observa o Apêndice III da
data.
leitosa, de acordo com a NBR 9.190/85, identificado de acordo com a norma NBR7.500/94 (PROSAB,
2001) e encaminhamente à coleta e tratamento, verificando-se, no entanto, a compatilidade entre sua
Os rejeitos radioativos devem ter acondicionamento de acordo com a norma CNEN NE 6.05,
identificados com a simbologia universal de substância radioativa, baseado na norma NBR 7.500/94,
recomenda que os resíduos radioativos que apresentarem níveis de radiação acima dos
determinados pelo ógão, deverão ser acondicionados em recipientes adequados, etiquetado, datados
Segundo MACHADO (1996b) o material radioativo era usado em diagnóstico desde o início
do século XX, em forma de Raio-X. Entretanto hoje são usados para diagnóstico, terapia e em
tipo de doença e dose necessária para cada paciente. São usadas substâncias como Iodo 125, Césio
137, Irídio 192 e Fósforo 32, mais freqüentes em terapias de câncer.São substâncias com meia-vida
e, em geral, quando estocadas para decaimento, ficam por um tempo compatível com 10 meia-vidas.
Se este resíduo, além de radioativo, também estiver com alto grau de contaminação, existe a
Coleta interna
As operações de coleta interna podem ser dividas em duas etapas: coleta interna I e coleta
interna II. A primeira corresponde ao recolhimento dos recipientes que contêm os resíduos no local
em que estão acodicionados, dentro da unidade geradora. Na coleta interna II os resíduos são
uma coleta interna, com remoção dos locais de garação para o local de armazenamento externo.
coleta, a NBR 12.809/93 menciona algumas situações de transporte e a NBR 12.810/93 complemente
trazendo norma sobre as específicações dos EPIs, dos equipamentos de tranporte e dos
Armazenamento interno
encaminhamendas, por intermédio da coleta interna II e do transporte interno II, para o tratamento
e/ou para o armazenamento externo. A NBR 12.809/93 menciona que para os pequenos geradores
(estabecimentos cuja produção semanal não excede 700 litros e cuja produção diária não ultrapassa
(ANDRADE,1997).
acondicionamento temporário de RSSS em sala de utilidade (expurgo), desde que acrescidas de uma
área de, no mínimo 2m², reservada para esta finalidade e que os resíduos permaneçam em
Transporte interno II
externo ou diretamento para o tratamento e/ou destino final. Este transporte, ao qual se aplicam as
mesmas determinações do transporte interno I, deve ser planejado com o menor percuso, sempre no
mesmo sentido, sem provocar ruídos, evitando coincidência com o fluxo de pessoas, alimentos,
roupas limpas e medicamentos e outras atividades. O transporte nesta fase, deve ser sempre
realizado pelos carros de coleta interna II, com volume máximo de transporte de até 500 litros,
Armazenamento externo
de coleta externa. Os resíduos têm que ser armazenados de acordo com a norma de segregação e
de forma que garanta as condições de higiene e segurança para todos . O local de armazenamento
externo deve ter as especificações da NBR 12.810/93 da ABNT (ANDRADE, 1997) também, descritas
coletar, dos resíduos do abrigo externo para o local onde sofrerão tratamento específico e/ou destino
final. A coleta externa dos RSSS deve ser diferenciada dos resíduos domiciliares e industriais,
merecendo veículo especial com rota e freqüência específica e pessoal treinado adequadamente.
tratamento ou destino final, deverá receber cuidados específicos, com observância absoluta da
RSSS.
Tratamento
RDC 33/2003 da ANVISA consiste em aplicação de método, técnica ou processo que modifique as
características biológica ou a composição dos RSS, que leve à redução ou eliminação do risco de
causa doença. O tratamento pode ser aplicado no próprio estabelecimento geradorou em outro
estabelecimento gerador e o local de tratamento e os sistemas para tratamento de RSS devem ser
objeto de licenciamento ambiental, por órgão do meio ambiente e são passívies de fiscalização e de
Segundo GANDOLA (1997) apud REFORSUS (BRASIL, 2001), pode -se afirmar que
para outra instalação de tratamento. Nesse processo não há modificação fundamental das massas e
segura no meio ambiente, por isso conhecido como “inertização físico-química”. Neste categoria de
tratamentos que são geralmente do tipo rérmico, alcançando temperaturas entre 800ºC e 1200ºC,
esterilização do fluxo de sída (como por exemplo sangue, restos da sala de cirurgia etc.). Em
tóxico ou perigosos;
destruição das moléculas responsáveis pelo efeito curativo dos medicamentos gerlmente
Alguns medicamentos, como por exemplo antibióticos utlizados para cura de doenças
especiais como turbeculose, podem perder rapidamente a maioe parte de sua eficácia devido
que seja o procedimento utlizados, só há esterilização quando há contato efeitivo entre o agente
Disposição final
A disposição final coresponde a última do manejo dos RSSS e segundo a resolução RDC
33/2003 da ANVISA consiste “na separação dos resíduos no solo, previamente preparado para
ambiental competente”.
adequada dos resíduos em consonância com as exigências dos ógãos ambientais competentes”.
No Brasil, apesar da existências das leis que obrigam o tratamento e a disposição
adequada dos RSSS, sabe-se que na prática, poucos são os mubicípios e geradores que
efetivamente cumprem tal exigência, o que foi constatado prla Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico (PNSB), divulgado pelo IBGE em 2000, que revelou uma situação dramática:
dos 5507 municípios brasileiro, 3466 municípios coletam lixo hospitalar (63%) e deste, 1193
apenas 539 enviam para locais de tratamento ou aterros sanitários e valas sépticas.
Curitiba, que é considerado referência na área de resíduos, encaminhamento-os para uma vala
séptica, localizada na Cidade Industrial, com uma área de 92.200m², segundo o DEPATAMENTO DE
financeiras, que determinam sua viabilidade ou a extensão de sua aplicabilidade. Assim, as unidades
disposição final são indispensáveis a qualquer sistema de RSSS, devendo, portanto, receber a
maxíma atenção dos reponsáveis pelo gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde.
Segundo oMinistério da saúde (BRASIL, 2002), as técnicas mais comumente utilizadas para
a disposição de resíduos sólidos são: atrro sanitário (para resíduos não perigosos, domiciliar ou
RSSS do grupo D, resíduoscomum); atrro de resíduos perigosos (para resíduos perigosos de classr I
ou II) e valas sépticas (para resíduos biológicos, infectantes e alguns resíduos do grupo B). Qualquer
que seja o sistema adotado, deverão ser assegurados as condições de proteção ao ambiente, à
Ainda, de acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2002), as medidas acima descritas
diferenciam das instalações regulares dos chamados “lixões”, que são bastante freqüentes no Brasil.
dos aspectos sanitários e ambientais envolvidos, o despreparo técnico ea falta de recursos humanos
e econômicos dos hospitais para enfrentarem o problema.
aterro sanitários e vice-versa, também, há situações em que os aterros sofrem críticas injustas por
parte dos moradores que temem conseqüências danosas dos lixões próximo de suas residências,
Segundo BIDONE (2001) o terno aterro sanitário refere-se a um local de disposição dos
resíduos no solo, ocupando o menor espaço possível, proporcionando o confinamento seguro dos
evitando danos ou risco à saúde pública e ao ambiente. O projeto de aterro sanitário deve contemplar
fundo para a coleta do lixiviado, de tratamento de lixiviado drenado e de drenagem e queima dos
O lançamento a céu aberto também é uma forma de disposição final de resíduos urbanos,
na qual estes são simplesmente descarregados sobre o solo, sem nenhuma medida de priteção à
saúde pública, facilitando a proliferação de vetores (moscas, mosquitos, baratas, ratos) e geração de
Pra BIDONE (2001) o aterro controlado é outra forma de disposição final de resíduos sólidos
recobrimento dos resíduos com argila, aumentam a segurança do local, minimizando os risco de
impactos oa ambiente e à saúde pública. Embora seja uma técnica preferível ao lançamento a céu
que optem por soluções alternativas. Uma delas é o uso de valas sépticas, usadas principalmente em
pequenos serviços, hospitais de poucos leitos e com baixa produçã de resíduos de risco, segundo
MACHADO (1996b). Para a autora, em casos emergenciais, as valas sépticas podem ser
construídas em lugares iolados, sem acsso de pessoas ou animais, com o solo de baixa
permeabilidade e bastante acima do lençol freático, aproximadamente 5 metros. A cada descarga dos
emprego de combinação mais adequada de tratamento e destinação final que possibilite o melhor
controle desses riscos. Assim, a forma de disposição adequeda para cada grupo de RSSS é discutida
resolução 283/2001 do CONAMA que dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos
dos RSSS. Ademais há outras resoluções da ABNT já discutidas anteriormente que completamentam
as já citadas, que poderão ser consultadas para adequada disposição final bem como o
I – Parte Interna do Hospital – observa-se uma grande variedade de soluções no manejo do resíduo
Na maioria dos nosocômios, uma simples orientação técnica aos responsáveis pela limpeza das
satisfatório.
• os resíduos do centro cirúrgico, salas de parto, anatomia patológica e outros, devem ser
• o carrinho de coleta, terá portas, permitindo sua vedação e facilitando a rotina de operação,
limpeza e desinfecção;
• programar uma rotina para a coleta nas unidades, de forma ao lixo coletado ser de
• não permitir a entrada do carrinho nas unidades, para evitar contaminação cruzada de
ambientes;
objetivo de obter-se um custo menor para viabilizar uma instalação deste tipo.
ACONDICIONAMENTO DO RSS
O acondicionamento adequado do RSS deve ser feito logo após a produção nas unidades geradoras,
e tem como requisito a previa separação, de acordo com sua classificação. Não se recomenda a
separação posterior por ocasionar aumento dos riscos ocupacionais e de contaminação dos demais
resíduos.
• Todo RSS deve ser identificado de acordo com suas características e após seu
acondicionamento com os termos: resíduo biológico, resíduo tóxico, rejeito radioativo, resíduo
anatômicas de animais.
• As lixeiras, recipientes utilizados para conter os sacos, devem ser laváveis, com cantos
deve permanecer fechada e ter sistema de abertura sem contato manual, e o recipiente
RSS:
final.
• Os resíduos líquidos do grupo B deverão estar contidos em frascos plásticos de ate dois
litros, resistentes, com tampa rosqueada e vedante; os resíduos sólidos dessa categoria
serão depositados em embalagem rígida adequada para cada tipo de substancia química e
destinados ao lixo domiciliar de acordo com o serviço de limpeza urbana, podendo ser
dos recipientes próximos ao local de uso do material para viabilizar o descarte imediato. A falta de
considerada um motivo para o descarte e manuseio inadequado dos resíduos, assim como para o
reencape de agulhas. As agulhas e seringas devem ser descartadas sem que haja a sua separação
Na rotina ads unidades, os resíduos são produzidos pelos profissionais e clientes, e ambos devem
ser preparados quanto ao local apropriado para o descarte dos resíduos produzidos. Alertamos para
alguns resíduos dos grupos A, B ou C, ou mesmos resíduos comuns que possam ser fonte de
Tais resíduos devem ser retirados com freqüência do local ou ser imediatamente encaminhados para
Como exemplo, podemos citar: curtativos, equipamentos utilizados nas técnicas, restos de soro,
Caso não haja separação dos resíduos nos recipientes recomendados, todos serão considerados
influencia direta da unidade geradora de resíduos, na qual o enfermeiro pode intervir em caso de
inadequação na coleta. Portanto, enfatizaremos alguns critérios para a coleta interna dos resíduos,
A coleta de RSS é realizada em 3 etapas; a coleta interna é seguida da coleta e/ou especial. Para
sala da utilidade (expurgo) para o local onde será transportado pela coleta municipal
3. Coleta Especial – esse tipo de coleta é designado ao material de alto risco do grupo
A, e não segue coleta convencional. Sendo separada, o seu recolhimento deve ser
concentrado.
Após a coleta dos resíduos acondicionados nas lixeiras (fixas) da unidade geradora de resíduos,
estes são encaminhados para um local adequado, determinado pelo PGRSS, onde aguardara a
coleta externa. Este local é denominado Armazenamento Temporário ou sala de utilidade (expurgo).
• Pia;
• Ventilação adequada;
• Ficar próximo a ponto de geração de resíduos, visando agilidade da coleta interna e facilitar o
transporte externo;
• Conter local para armazenar os sacos de resíduos para não serem colocados diretamente no
piso.
A unidade geradora de RSS que tiver planta física inferior a 80m² não necessita de sala de
interno para armazenar o lixo até ser encaminhado para coleta externa.
desinfetante (hipoclorito de sódio 1%), coletado com uma pá, e desinfetar o chão também
trabalhadores, bem como impactos no meio ambiente. Como fator indireto, os resíduos
sólidos podem contribuir para a poluição biológica, física e química do solo, e do ar,
duas doenças associadas à má disposição dos RSS, dentre elas, o tifo, o cólera, a
riscos causados pelos RSS à saúde da população, por meio da lixiviação dos elementos
que entre 5% e 8,5% dos leitos são ocupados por pacientes que contraíram alguma
de gestão de resíduos. Por em prática essa nova forma de gerenciamento dos RSS é o
grande desafio e exige mudança tanto na compreensão quanto nos hábitos dos
envolvidos.
resíduo sólido;
RSS são:
nos recipientes limpos e coleta o lixo; os mecânicos e técnicos que dão manutenção aos
da planta de tratamento (fluxo do resíduo sólido desde a sua origem até o descarte
estabelecidos.
competência para emitir a Licença Ambiental, tanto ao órgão federal, que no caso é o
nível de competência.
impacto ambiental local, ou seja, o impacto resultante da atividade, via de regra, está
restrito ao território do município onde está localizado, não ocorrendo a evasão para a
circunvizinhança.
(Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação) que têm validade fixada
de Operação, deve ser requerida a sua renovação. Tais licenças são exigíveis aos
estabelecimentos de saúde.
estaduais e municipais.
Os microrganismos presentes nos resíduos de serviços de saúde não tratados são potentes
fontes de contaminação da saúde humana e ambiental, uma vez que sobrevivem por tempo
MICRORGANISMOS
PESQUISADOS
(EM DIAS)
• Entamoeba histolytica
• Leptospira interrogans
• Larvas de verme
• Salmonella typhi
• Poliovírus
• Mycobacterium tuberculosis
8 a 12
15 a 43
25 a 40
29 a 70
20 a 170
150 a 180
2.000 a 2.500
para aumentar ainda mais o risco de infecções, como respiradores mecânicos (entubação), catéter
Todos estes mecanismos invasivos passam a ser vias de acesso direto dos microrganismos
resíduos hospitalares mal gerenciados, que podem infectar especialmente os profissionais das
de infecção cruzada.
de Controle de Infecção Hospitalar, na qual 10% dos casos mais comuns de ocorrência de
Além dos parâmetros microbiológicos dos RSS, como a presença de bactérias, vírus,
hidrogênio, enxofre, sólidos, voláteis, poder calorífico, cloro e cloretos, com possível ação
que despertam a atenção de profissionais da área, que são os resíduos radioativos, químicos
parte dos resíduos de serviços de saúde ainda é impróprio, sendo que a maioria dos
municípios utiliza-se de lixões para como destino final de seus resíduos (SEGURA-MUNOZ,
2002), e apenas em uma pequena parcela de municípios estes resíduos acabam recebendo
tratamento adequado e destino final em aterro sanitário. Os lixões são ambientes insalubres, e
facilitam a contaminação de rios e outros corpos d’água pelo liquido percolado dos RSS, a
proliferação de insetos vetores, a contaminação direta dos catadores de lixo, e outras tragédias
poucos municípios brasileiros, podem prevenir muitos desses problemas, muito embora,
ambiental com o líquido percolado e gases metano e carbônicos formados pela decomposição
dos resíduos. Ainda existe controvérsia sobre a possibilidade do chorume dos RSS em aterros
sanitários atingirem os depósitos de água nos lençóis freáticos, e também o meio ambiente
através da formação de gás metano e outros gases inflamáveis do chorume (COLLINS, 1991).
infeccioso contra a saúde humana, os resíduos de serviços de saúde exigem atenção especial e
técnicas corretas de manejo e gerenciamento. Isto envolve desde a etapa de geração até o
além, uma vez que o correto gerenciamento dos RSS pode, com eficiência, proteger a
ao ciclo infectante dos RSS ao meio ambiente, para que este possa ser preservado de danos e
da poluição. Uma vez que a saúde pública depende, direta e constantemente, da saúde
de gerenciamento rigoroso de resíduos que aos poucos vai tomando maiores proporções.
O responsável pelo gerenciamento e aqueles que lidam com os RSS devem garantir a
implementação e o cumprimento dos procedimentos definidos para o PGRSS, para cada etapa
do manejo dos resíduos, uma vez que o manejo adequado dos resíduos de serviços de saúde e
funcionários e pacientes.
desenvolvimento da ciência médica, onde a cada dia novas tecnologias são incorporadas aos
Esse processo, assim como ocorre em outros setores, reflete-se na composição dos resíduos
gerados, que também se tornam mais complexos e, em alguns casos, mais perigosos para o
O meio ambiente e a população podem sofrer exposição aos riscos biológicos dos
resíduos de serviços de saúde, caso estes estejam mal acondicionados, sem tratamento prévio
e/ou tenham um destino final inadequado. Portanto, as medidas adequadas de manejo dos
RSS contribuem em muito para a preservação da saúde ambiental e humana, uma vez que a
segregação dos RSS no momento e local de sua geração (na fonte), permite reduzir o volume
O acondicionamento dos RSS é outra etapa do manejo, e serve como barreira física,
sanitariamente seguras até o momento de sua coleta externa. O tratamento prévio atua na
impedem seu contato direto com o solo permeável, prevenindo a contaminação dos lençóis de
água subterrânea. Se não atentarmos seriamente para preservação da água com precauções já
O manejo eficiente dos RSS envolve técnicas de proteção que funcionam como
reciclagem dos resíduos de serviços de saúde gerados. São uma forma de evitar o esgotamento
troca benefícios que somente a natureza pode oferecer quando está devidamente preservada.
visam reduzir o montante de geração dos RSS e dos custos de seu processamento e manejo,
proporcionar a recuperação dos resíduos não infectantes para uso duradouro, e possibilitar a
coleta seletiva e o uso dos resíduos recicláveis como matéria-prima de outras atividades.
conseqüente disposição em aterro sanitário, o que gera economia de custos para o gerador,
aumento do tempo de vida útil do aterro sanitário e menos poluição ao meio ambiente. A
ambientais e hábitos de preservação dos recursos naturais, renováveis ou não. Toda medida
serviços de saúde.
vez que os resíduos contaminados não devem ser reutilizados. Nestes casos, a reutilização se
torna inadequada não só pelos agentes infectantes, mas também por uma questão de respeito
A reciclagem dos resíduos de serviços de saúde é possível, uma vez que dentre os
resíduos há aqueles do grupo D, classificados como comuns, que podem e devem ser
reciclados.
Desde 1992 a OMS e a OPAS consideram que os papéis, caixas, garrafas e recipientes
não receberem nenhum tratamento, ainda são deixados a céu aberto, e até mesmo lançados em
lagos e rios.
infeccioso, por serem locais a céu aberto, onde convivem pessoas e animais vetores, além de
acumularem chorume na superfície do solo, que acaba sendo absorvido até as camadas
resíduos de serviços de saúde lançados nos lixões podem facilmente ser transportados pelas
Há autores que sugerem o uso de valas sépticas para disposição final de RSS, quando a
pesquisadores REGO et al. (1993), o uso da cal em valas sépticas para eliminação de
significativa destes nos ensaios por ele realizado, não apresentando atuação significativa no
tratados (CETESB, 1978; CVS, 1989; WHO, 1983,BRASIL, 2004; CONAMA, 2005).