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Introdução à Ciência Política

HIRSCHMAN, Albert O. De consumidor a cidadão: atividades privadas e


participação na vida pública. São Paulo: Brasiliense, 1993. pp. 84-129.

Em seu texto, Hirschman apresenta-nos as relações entre os fenômenos


das vidas pública e privada e como a participação em uma interfere na outra e
os obstáculos que prejudicam a ação coletiva na esfera pública. Para tanto, o
autor nos familiariza com o conceito de efeito “carona” (pp. 85), que consiste na
abstenção do cidadão em realizar alguma ação coletiva para o ganho da
sociedade, como o voto, por motivos de ter convicção de que outros o farão em
seu lugar, e sua participação não geraria interferências no resultado final, que
seria o ganho social.

Os produtos da ação coletiva, tais como a busca da comunidade, a


sabedoria e a salvação, apresentam uma compreensão diferente daquelas
oferecidas pelo ganho privado, que está focado numa lógica consumista, uma
visão do prazer e do desejo implacável, que está sempre em busca de novas
formas de ser satisfeita. Até mesmo grandes decisões políticas são
ridicularizadas em relação a simples ações corriqueiras (pp. 91), o que explicita
ainda mais a falta de consciência sobre as questões coletivas e o surgimento
das “caronas”, fenômenos extremamente egoístas.

Apesar disto, o autor mostra as concepções dos prazeres da atividade


pública. A primeira noção da percepção do “eu posso mudar a sociedade” (pp
97) e as ações para realizar esta mudança já oferecem uma satisfação pessoal
forte, o autor John Mill considera “a participação em questões públicas como
um bem em si” (pp. 98). Mostrando que os cidadãos que “pegam carona” estão
se desvencilhando deste prazer tão grande.

Em contrapartida, essa participação pode nos levar a diversas frustrações


acerca dos resultados, às vezes, criamos expectativas muito altas, e, quando
não realizadas, sentimo-nos incapazes, mas isso só se deu pois não
imaginamos algo mais palpável e modesto (pp. 103), a alta expectativa por
reviravoltas incríveis, em vez de mudanças mais equilibradas, podem ser o que
leva ao desencanto com a atividade pública (pp. 110). As realizações coletivas
se encontram entre paradoxos recorrentes no quesito participação: ou se
participa excessivamente, ou muito pouco, restringindo a atuação à simples
questão do voto. A consciência individual acerca desta questão molda a
convicção da política que alguém pode vir a ter, estando ciente de que estaria
“fadada a ser decepcionante de uma forma ou outra” (pp. 129).

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