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resenha do livro
137.02
sinopses
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original: português
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137
Centro de São Paulo [Foto Nelson Kon] 137.01
Do projeto urbano ao
detalhe construtivo
“A Pattern Language”
O livro Morte e vida de grandes cidades, de Jane Jacobs, se baseia em finalmente traduzida
questionar o desenvolvimento do planejamento urbano nas cidades e os Raquel Barros e Doris
princípios de reurbanização em contrapartida às questões de natureza Kowaltowski
sócio-econômicas. O seu foco principal decorre do indispensável 137.03
conhecimento sobre o funcionamento e necessidades das cidades para, com O campo ampliado da
isso, acumular informações em prol das diretrizes coerentes para o arquitetura de Kate
planejamento urbano. Nesbitt
Joana Mello
A cidade é um grande cenário de vivências, das relações de poder,
diferenças sociais, arquitetônicas, de paisagens e da falta de respeito
com o principal personagem, o indivíduo enquanto cidadão. No seu relato,
há uma crítica evidente em relação à função, uso e ocupação das
construções, atrelado a infra-estrutura, que não valoriza a escala
humana, com um crescimento urbano indiferente às necessidades de cunho
social.
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16/02/2018 resenhasonline 137.02: A cidade de Jane Jacobs e o planejamento urbano | vitruvius
habitações ou bairros precários são considerados parte integrante das
cidades, os órgãos superiores desenvolvem uma prática de reurbanização
que ainda não suprem as necessidades mais urgentes da população.
O contato transmite mais vida às ruas e calçadas e este contato não deve
ter limites físicos. As pessoas que vivem em determinadas ruas e calçadas
não devem esquecer que fazem parte de um bairro e conseqüentemente de uma
cidade. As relações devem ser muito maiores e ter compromisso com as
causas e representar bem àquela comunidade, para quando necessário
derrubar as barreiras invisíveis criadas pela própria sociedade.
Quem nunca passou por uma rua, destinada à passagem de carros, fechada,
no sentido figurado, por pedaços de pau formando espécies de traves em um
final de semana agradável e se deparou com crianças correndo de um lado a
outro atrás de uma bola na busca incessante do gol?! São situações como
essa que o planejamento urbano deveria se basear para desenvolver
projetos que supram à necessidade e demandas de determinadas áreas.
notas
1
Adaptado de José Carlos C. Lopes. Pelas ruas da cidade: a construção do espaço
urbano e da cidadania, p. 5-6
sobre a autora
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16/02/2018 resenhasonline 137.02: A cidade de Jane Jacobs e o planejamento urbano | vitruvius
Natássia Gavazza é arquiteta e urbanista formada pela Universidade Salvador,
com especialização, em curso, em Planejamento Urbano e Gestão de Cidades.
comentários
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Jussara Rocha
Essa resenha resume exatamente o que penso sobre o assunto, embora
eu não seja da área. Em verdade, todas as grandes capitais urgem por
socorro imediato, pois elas precisam ser repensadas à ótica das
necessidades atuais. Parece que o crescimento das cidades se deu em
medida totalmente contrária ao da preparação dos especialistas e
governantes. É preciso mais do que nunca estratégia, se não o
crescimento das cidades continuará desordenado e sem atender às
necessidades das pessoas. Contudo, uma sugestão boa do texto que
nunca tinha parado para pensar é que uma solução inteligente seria
fazer estudos microrregionais ou por bairros de quais seriam as
necessidades daquela população e implementar. Certamente, com o
tempo, as soluções micro se tornariam macro. Bem proposto, bem
pensado, falta só os governantes terem interesse. Isso talvez resolvesse
a questão.
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Bruno Almeida
Essa obra foi publicada originalmente em inglês com o título "The death
and life of great American cities" copyright 1961. Na época, não foi
levado em consideração o que viria a ser a globalização e a rede
mundial de computadores. Quando se fala "As ruas e calçadas, segundo
Jacobs, são os órgãos vitais de uma cidade, pois é nelas que se dá
TODA a integração e convivência de uma sociedade...", descarta a
premissa que a maior interação da economia e das relações sociais são
feita on line. O mundo mudou. As características dessas relações, hoje
em dia, são integrações muito mais complexas do que simples encontros
tridimensionais nas rua e calçadas.
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