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Aos sete dias do mês de agosto de dois mil e dezessete, às dez horas, reuniu-se no Auditório
Senador Sérgio Guerra a Comissão de Saúde e Assistência Social da Assembleia Legislativa,
sob a presidência da Deputada Roberta Arraes, para discutir a situação da HEMOBRÁS no
Estado de Pernambuco. Presentes os Deputados Bispo Ossésio Silva, Augusto César
e__________. Havendo quórum regimental a Presidente declarou aberta a Audiência Pública,
convidando para compor a Mesa a Deputada Priscila Krause, autora do Requerimento
solicitando a esta Reunião, que tem o objetivo de discutir a situação da Empresa Brasileira de
Hemoderivados e Bio Tecnologia (HEMOBRÁS) no Estado de Pernambuco, o Doutor Flávio
Vormittag, Coordenador-Geral de Sangue e Hemoderivados, representando o Ministério da
Saúde, representando o Tribunal de Contas da União, Doutor Messias Alves Trindade, , o
Presidente da HEMOBRÁS Doutor Oswaldo Castilho, Deputado Federal João Fernando
Coutinho, representando a Secretaria de Saúde do Estado e o HEMOPE, Doutora Ieda Maia de
Albuquerque, representando a Federação Brasileira dos Hemofílicos, o Presidente Doutor
Alexandre de Mattos, Representando o Ministério Publico Federal, Doutor Marinos Máximos,
Prefeito em exercício de Goiana, Eduardo Honório, representando o Governador do Estado e o
Vice Governador, Presidente da AD Diper Leonardo Cerquinho e o Senador Humberto Costa. A
Presidente destacou que a CF de 1988 proíbe comércio de sangue e seus derivados no Brasil,
baseada nos aspectos políticos, econômicos, sociais e tecnológicos, aumentando ainda mais a
responsabilidade do Estado em garantir a entrega de medicamentos essenciais à população, em
especial ligados à hemofilia, o que representa alto custo para a saúde publica, principalmente
porque importamos grande parte de hemoderivados, o que levou vários governos e especialistas
a discutirem a viabilidade do País estruturar uma fabrica capaz de alcançarmos a
autossuficiência no setor, o País dispor de vários hemocentros estruturados, aptos a recolherem
grandes quantidades de plasma, matéria prima dos hemoderivados, sendo o HEMOPE uma
referência, razão que levou o Estado a ser escolhido para sediar a primeira fábrica. Ressaltou
que a fábrica da HEMOBRÁS já deveria está em pleno funcionamento, produzindo os seis
hemoderivados de maior consumo do mundo, no entanto as obras estão paralisadas e
exportamos matéria prima recebendo produtos acabados, com gastos de quase 800.000.000,00
por ano para o SUS. Ressaltou ainda que segundo o TCU as obras poderiam se estender até
2021, que não se justifica abandonar empreendimento que já custou mais de um bilhão de reais,
com 70% das instalações físicas executadas e 60% dos sistemas de tecnologias e
equipamentos adquiridos. Em seguida a Deputada Roberta Arraes passou a presidência dos
trabalhos da Audiência Pública para a Deputada Priscila Krause, que convidou o Senador
Armando Monteiro Neto, que não tem medido esforços no apoio a essa causa, para a mesa,
registrou a presença do deputado Federal Silvio Costa, Deputados Estaduais Rodrigo Novaes,
Teresa Leitão, Ricardo Costa, José Humberto, Silvio Costa Filho e Joel da Harpa.
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oeste e Norte. Seguinte, dentro de toda essa cadeia de captação e
utilização de sangue, nosso foco é justamente aquele pequeno círculo
direita embaixo que é o plasma que não é utilizado nas transfusões e que aí
é direcionado para o processamento. Então disso aqui falamos, quando
falamos o fracionamento sem esquecer que a Hemobrás foi inicialmente
criada para poder processar esse plasma que é o sangue doado em todo
País. Seguinte, essa também já foi comentada, pela nobre Deputada
Priscila Krause, de uma certa tecnologia onde quais são os principais
passos da implantação dessa questão da Hemobrás de ela tem essa
responsabilidade, até recentemente do gerenciamento do plasma no Brasil.
Então desde 2010, ela tem feito isso faz parte do processo de transferência
de tecnologia do fracionamento ou qualificação da rede de fornecedores da
Hemorrede, ela conseguiu recolher mais de 650 mil litros de plasma, 430
mil fone gás para fracionamento e ela também desenvolveu a área de
logística e Hemoderivados. É importante lembrar, que esse sangue que é
coletado nos diversos locais do país ele tem que ser coletado e
transportado a menos 20 graus vem até Goiana onde se faz um processo
de triagem e isso é enviado para França, para o processamento e depois
volta e novamente a Hemobrás distribui isso para todo País. Toda essa
cadeia de logística uma cadeia bastante sofisticado, bastante cara, porque
toda ela é feita a menos 20 graus, entre 20 menos 30 graus. Seguinte, eu
não vou falar da cronologia de todos os dados só destacando recentemente
que foi feito uma chamada pelo grupo do complexo industrial da saúde
para, foi feita uma chamada onde estavam entre os itens elencados para
essa chamada pública os hemoderivados também. Vou só pedir para trazer
o computador porque eu tenho uma dificuldade de enxergar de longe para
acompanhar melhor aqui, seguinte, por favor, uma rápida passada nos
contratos da LFB como foi mencionada, foram vários contratos, contratos de
transferências das tecnologias de fracionamentos depois ouve outro
contrato para que se pudesse fazer o fracionamento na França, todo esse
fracionamento que é feito na França volta os fatores de coagulação
(inaudível) globulina que são adquiridos pelo ministério da saúde, então
temos já diversos contratos e estamos fazendo o acompanhamento desses
contratos seguindo agora aqui. Basicamente só para ter uma ideia de
valores de cerca de 107 milhões no primeiro contrato 60 milhões no
segundo, houve diversas dificuldades para esse fracionamento, rendimento
etc. sendo que é muito importante para o Brasil que se faça esse
fracionamento do plasma brasileiro, não por todos os motivos além de
poder utilizar esse plasma que é doado, como também representa uma
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enorme economia do país. A produção da Hemobrás até o momento,
respondido por 13,25% da necessidade do Brasil em imunoglobulina 1.85%
da necessidade fator 8 e 5% de fator 9, então realmente demonstra que a
necessidade brasileira o custo da compra desses produtos no exterior ainda
é grande para o Ministério da Saúde. Isso é basicamente só para ter um
panorama que o contrato do Ministério da Saúde com a Hemobrás, e a
Hemobrás tem o seu contrato com a FLB onde ela todo esse
posicionamento. Entretanto devido a diversas dificuldades da Hemobrás
inclusive a proibição de funcionamento questões da própria LFD está no
momento interditada na Anvisa na França por questões de ??? de
fabricação existem cerca de 250 mil litros de plasma armazenado sem
destinação, sem processamento. O Ministério da Saúde está fazendo uma
licitação para 153 mil desses litros para tentar escoar esse estoque que
está dentro da Hemobrás e já existem 100 mil litros que estão na França
para o processamento, estou aqui com uma interdição de plasma brasileiro
está na França sem que se disponível ser utilizado.
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isso não é uma questão de que esta se comprando demais pelo contrario se
compra no limite, mas que está vendo é uma maior necessidade, porque
uma maior necessidade? Que muitos pacientes que agora estão sendo
melhor atendidos tem que fazer elevadas uso Para lidar com estas
questões de resistência ou criação de anticorpos contra os fatores Isso é
uma questão de qualidade de vida para a possibilidade de vida, então hoje
o Ministério da Saúde está oferecendo para o Brasil inteiro esta
possibilidade de um tratamento mais adequado basicamente o projeto
recombinante Backster comissão de 2002 como foi falado, em 2012 foi feito
em cooperação pelo sistema único de saúde a partir de 2013 isso foi
incorporado no programa de coagulopatia do Ministério sendo que está
adquirindo todo esse produto produzido na Hemobrás. O projeto inicial
previa cinco anos para transferência completa da tecnologia o que inclui o
banco máster essa é a tecnologia que realmente deve acontecer, trazer
esse banco de células para que se possa ser produzido no solo brasileiro,
no solo de nosso país. Isso até hoje não aconteceu e não há uma previsão
para isso porque a Backster não nos vários ela foi até autuada no motivo de
analise do proprio TCU mostrando que a Backster não pretendeu e não
pretende transferir esse banco de células para, isso é o que realmente se
percebe da coisa. Foram vendidos cerca de 2 milhões de unidades ao
Ministério da Saúde o preço de venda estimado inicial era 70,00 reais, esse
preço é um preço cheio ele inclui tanto o preço do produto como o
pagamento da transferência de tecnologia que de forma clara e fática não
aconteceu, até hoje nós compramos produtos fabricados por Backster ou
pela Chair hoje da Irlanda e outros países sem que houvesse nenhum tipo
desse valor também que serviria de pagamento estaria prevista que uma
parte desse pagamento fosse revertido isso que é pago pela Hemobrás
revertida na construção da planta de hemoderivados que é uma planta
completamente diferente da de fracionamento uma parte dela talvez a final
que seja embalagem colocar no frasco e na caixinha pode ser aproveitada
para as duas porem a produção de fator recombinante é completamente
diversa. Esse aqui também é só como um outro mostrando o contrato do
ministério da Saúde com a Hemobrás e a Hemobrás tem seu contrato com
a Chair dentro de um PDP recentemente houve uma suspensão por 10
dias, dando 10 dias de prazo a Hemobrás para esclarecer alguns pontos
desse contrato o principal ponto é um atendimento o não atendimento a
essa questão da não transferência do banco de células, Hemobrás
tempestivamente respondeu está sendo analisado pelo Ministério. Só para
ter uma ideia das diversas fases desse tecnologia de fator recombinante
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deverá ser feito pela a primeira parte é a fase 2 como eu falei que é
acondicionamento é colocar o produto no frasco e depois na caixinha, a
seguir seria essa fase 3 que é envase localização isso aí já é uma parte
Industrial que tem que ser colocado, aí a fase 4 é a produção do Bur só que
o principal é começo do processo todo e transferência de células que não
faz parte da PDT. Então é preocupação do Ministério da Saúde, faz parte
de legislação das PDP que isso aconteça. Então esse é um dos aspectos
de grande preocupação do Ministério da Saúde. Essa fase que a Chair
propõe de fazer um investimento é nesses dois blocos aqui que é os blocos
de fracionamento, envaso e embalagem. Só estou repetindo alguns aspecto
desta transferência que estão sobre analise no momento eu vou deixar
como obvia essa apresentação para que depois seja documentado na Casa
eu vou passar um pouco mais rápido, aqui só alguns números importantes
que a proposta PDP era a 0,70 centavos por unidade isso foi acordado
quando da aprovação dessa parceria, ao longo do tempo esses preços
foram subindo quando a lógica da PDP é cair 5% ao ano o preço do produto
o que não aconteceu, diversos fatores, variações cambiais e outros. Então
na proposta da PDP havia a compra de 2 Bilhões e 17 milhões de unidades
efetivamente o Ministério comprou mais 2 bilhões e 75. Então esse é um
aspecto que é importante que seja conhecido que não houve compra
previsto na PDP, a PDP não pressupõe um contrato entre o Ministério da
Saúde e a Hemobrás é uma parceria que é baseada que é baseada em
algumas premissas, nesse caso as premissas que foram baseadas no PDP
do ponto de vista do Ministério da Saúde elas foram plenamente cumpridas
nunca houve compra menor do que estava previsto pelo o contrario houve
compra maior e em relação a valores estava previsto 1 bi e 400 de compra
e efetivamente como os aumentos de preços foram comprados da
Hemobrás, Chair mais de 2 bilhões de reais sendo que ainda resta uma
divida da Hemobrás com a Chair de 630 milhões além de se pagar 2 bilhões
ainda tem uma divida de quase 700 milhões de reais ao longo dos anos e a
transferência não aconteceu essa é a realidade dos fatos que o Ministério
da Saúde se debruça em cima para o poder continuar mesmo na
capacidade de entrega total da Hemobrás nessa questão de todo a
Hemobrás ainda assim alguns fatores não cobrem a necessidade do Brasil
nós sempre vamos ter que adquirir produtos no exterior. Aqui também eu
não vou entrar nos detalhes também fica para os anais Casa e só um rápido
eu estou já terminando um aspecto da tecnologia, hoje a tecnologia do
produto da Backster é um fator 8 chamado de terceira geração porque?
Porque ele ainda é feito de a partir de células animais no seu processo de
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produção existem células animais, células de hamster-chinês do ovário de
hamster-chinês. Então é um produto de uma geração anterior que ela está
sendo substituída no mundo inteiro por esses produtos, isso não na questão
do fator 8 em todos os biológicos se procura sair a questão do uso de
células animais pelos os seus evidentes riscos que pode acontecer então
hoje se procura ir diretamente para células humanas. Então esse é um
ponto estratégico que sempre é procurado na evolução dos dados das
informações ir para frente. Então aqui mostra que além dos aspectos éticos,
existe um potencial risco pelo uso de células animais sempre se procura na
evolução da pesquisa ir a frente disso aqui é uma comparação dos fatores 8
hoje que está sendo comprada pela Hemobrás o que está sendo proposto
pela octafarma um deles é backster de terceira geração o da octafarma é de
quarta geração, os preços são menores embora hoje a Backster pratique
praticamente o mesmo preço, aqui não tem células não humanas apenas
células humanas e meios de cultura também são isentos de proteínas
animais ou não humanos. Então esse é o comparativo também técnico para
enxergarmos que nós estamos indo para o futuro, hoje a matriz atual que
existe hoje no Brasil é o fracionamento do plasma para obtenção de
hemoderivados e um fator 8 recombinante de terceira geração, se espera
que dez quinze anos é isso que nós temos que olhar, nós temos um
problema hoje para resolver mais temos outras possibilidades e outras
oportunidades, estão no futuro onde deve estar a tecnologia cada vez mais
dentro dos recombinantes e recombinantes de cada vez de melhoras
características, de melhor qualidade e mais confortáveis para o hemofílico
por exemplo novas fatores de coagulação e permitam menos aplicações por
semana, hoje ele chega às vezes aplique até 3 vezes por semana isso são
infusões é são uma aplicação endovenosa. Então existem agora já fatores
de coagulação que permitem às vezes a cada dois vezes por semana uma
vez por semana, uma vez a cada 9 dias tudo isso é o futuro é isso que nós
temos que buscar para o nosso paciente brasileiro o melhor produto sempre
para ele e não podemos fechar os olhos o que vem porque, porque não é o
que vem para o futuro longe isso já tem pesquisa, já está sendo colocado
em registro nos diversos países e mais importante ainda é a questão da
terapia gênica e terapia celular recentemente uma reportagem do que está
se fazendo de novos procedimentos nessa área. A questão das hemofilias
também passa existem diversos estudos nessa área e demanda de
imunoglobulina é importante está crescente no mundo então cada vez mais
uma necessidade que esse fracionamento não seja esquecido, ele é
importante o fracionamento que é tudo que está na Hemobrás construindo
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foi feito para o fracionamento, não podemos esquecer isso. Só rapidamente
uma comparação entre as propostas a Chair basicamente só fala do fator 8
recombinante a da octafarma contempla todos os produtos derivados,
hemoderivados, fatores de coagulação 8, 10, 7, 13 ao globulina, então, aí
para a gente percebe uma diferença das propostas, na proposta que hoje
tem Chair ela se propõe a investir 825 milhões de dólares só na planta de
recombinantes esse investimento requerera do Estado mais 600 milhões de
reais para acompanhar esse investimento e esse investimento também é
condicionado ao pagamento daquela dívida de são 175 milhões de dólares
que vai ser pago, e sendo reinvestido na verdade não há dinheiro novo
entrando é dinheiro que já é dado escritural mente como perda que vai ser
recuperado, no caso da octafarma também são 250 milhões de dólares para
a Hemobrás tinha 50 milhões de dólares para o Butantan e 200 milhões
com uma planta no Paraná de inativação processo viral que é outro
processo importante e para a questão do fator 8, onde se fará o núcleo a
transferência do banco mastercell ou seja o envazo toda essa parte feito
na Hemobrás continuará só que em vez dela importar para Irlanda, o fator
dos bancos etc, etc, ela vai trazendo do Paraná. Essa é basicamente uma
das grandes diferenças. Eu não vou entrar nos outros detalhes, também,
mas é só para ter uma ideia do que nós estamos falando. Os investimentos
só para resumir – tanto do privado como do público, como eu falei,
seiscentos e pouco ( inaudível ) isso está terminado, é... - eu vou só colocar
aqui, também não vou entrar nos detalhes, a questão de que o Instituto
Butantã está avançando de forma independente, ou seja, não há
obrigatoriedade nenhuma de que essa proposta seja aceita pela Hemobrás.
É uma decisão da Hemobrás. A Hemobrás é uma empresa, tem o seu
Conselho de Administração, tem os seus propósitos estratégicos. Na
verdade essa é uma proposta colocada que resolveria o problema do
fracionamento que é uma importante atividade da Hemobrás. A gente tem
que saber que a Hemobrás tem essa importante finalidade e precisa ser
resolvido. E também do fator 8. Sem que a parte de construção da parte
jurídica etc, tem que ser montada de modo que não haja prejuízo para a
Hemobrás. Não é esse objetivo, nunca foi. Então, só resumindo, a questão
da profissão da Hemobrás que têm uma série de dificuldades para resolver,
a potência é o PDP do Butantã, existe uma PDP em avaliação, houve
propostas de fracionamento etc, dentro do Ministério da Saúde, da
necessidade do Ministério da Saúde em garantir o abastecimento para os
cidadãos brasileiros que precisam hemofilia. A hemofilia é uma doença que
infelizmente ela é transmitida de forma hereditária, genética; a pessoa não
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tem como evitar e depende desse medicamento que são de altíssimo custo.
Como vocês viram o orçamento da área de sangue é cerca de um e meio
porcento do orçamento de todo o Ministério da Saúde. Então, por favor,
essa é uma das questões que nós temos que ter em mente. Muito obrigado.
O SR. AUGUSTO COUTINHO – Bom dia á todos, eu vou ser muito breve,
inicialmente cumprimentando a Presidente da Comissão de Saúde a
Deputada Roberto Arraes, a Deputada autora do requerimento sobre essa
audiência pública minha querida Priscila Krause, cumprimentando ou
cumprimento a todos os presentes aqui na Mesa e de fato é um assunto
que tem preocupado muito a todos nós que vivenciamos os interesses do
Estado de Pernambuco. Primeiro dizer que Priscila que foi muito precisa
quando colocou tudo e relembrou todo o processo, toda a cadeia da
definição até quando chegamos a fazer e instalar aqui a Hemobrás, eu me
acordava e fui Deputado Estadual nessa Casa com muito orgulho e me
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lembrava que nós tomamos aqui muitas vezes iniciativas para que tudo
fosse consolidado, e na verdade o que eu quero dizer com isso aqui isso é
uma obra de várias mãos, isso é uma obra de vários governos essa é uma
obra de Pernambuco, não é uma questão política partidária e por isso é
importante que se diga que nós temos uma característica que nos
mobilizarmos e defendermos os interesses de Pernambuco. A bancada de
Pernambuco na Câmara Federal e no Senado é diferenciada e Pernambuco
tem essa característica, e nós estamos todos mobilizados, participei de
todas as reuniões que tiveram que fomos convocados para tratar esse
assunto, naturalmente entrar tecnicamente porque acho que já foi muito
bem forma lado aqui pelo Senador Armando Monteiro, pelo Senador
Humberto Costa e dizer que de fato não temos a menor dúvida que isso é
uma decisão indutora e política do Governo e nós não vamos aceitar, eu
tive a oportunidade de ir inclusive com a bancada de Pernambuco ao
Tribunal de Contas, questionar o Tribunal de Contas e ao Ministro relator da
Hemobrás como se pode um investimento de um bilhão de reais com
funcionários públicos contratados e trabalhando aqui, e o próprio Ministério
da Saúde desarticular toda essa estrutura para levar a fábrica, para levar
parte disso para a cidade por coincidência a cidade do Ministro da Saúde
Então não podemos na verdade aceitar passivamente,, tive a iniciativa e fui
ao Presidente Michel Temer para dizer a ele que nós não íamos aceitar que
Pernambuco não se curvaria a isso, e junto com o Ministro Mendonça Filho
ouvido o Presidente da República que não seria que os interesses de
Pernambuco seriam preservados, e foi isso que nós ouvimos a gente
mobilizou entendi mobilizar e aqui foi dito muito bem os quatro Ministros do
Estado de Pernambuco, Pernambuco tem quatro Ministros do Governo
Federal, nós precisamos nos mobilizar, não é questão se a favor de Temer
ou contra Temer, nós somos a favor de Pernambuco, isso é que importa e
por Pernambuco a gente vai lutar, nós não vamos aceitar definições
partidárias, definições de interesses pessoais para que a gente coloque em
risco investimento do povo brasileiro que não é irrelevante, volto a dizer de
mais de um bilhão de reais, é muito dinheiro público está envolvido. Temos
inclusive e aqui vai falar o representante do Ministério do Tribunal de
Contas, fomos pedir ao Ministro que fizesse uma liminar para que o
Governo nada pudesse fazer isso, não é uma contradição, isso precisa ser
muito bem explicado, isso precisa ser muito bem explicado. Uma coisa
inclusive muito difícil de se entender, mas é importante que a gente tenha
efetivamente essa união em torno dessa causa por Pernambuco, a causa
da Hemobrás de investimento de uma construção que foi feita por vários por
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vários governos uma construção que foi feita por vários Pernambucanos
relevantes e que a gente precisa agora finalizar, concordo quando diz aqui o
Senador Humberto Costa de que 600 milhões a gente consegue sim, a
gente consegue se mobilizar, a gente consegue fazer com que esse
recursos para finalização de toda essa obra ela seja consolidada. Então
Presidente Roberto Arraes, Priscila Krause, eu quero parabenizar é
importante a Assembleia Legislativa tomar essa iniciativa, dizer que nós de
Pernambuco não vamos emagrecer a esse assunto é um assunto muito
importante, e que não pode se colocar o dinheiro público por uma decisão
pessoal a gente colocar em dúvida isso porque não deixa de ser como bem
disse aqui o Senador Armando Monteiro o estado é que vai induzir
politicamente a solução dessa questão e nós não vamos aceitar
passivamente aqui seja de onde de que partido seja, a gente a gente aceitar
que isso seja tirado de Pernambuco. Era só isso e muito obrigado.
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A SRA. PRESIDENTE (PRISCILA KRAUSE) - Eu gostaria de agradecer a
presença e a fala do Deputado Sílvio Costa e a gente vai dar continuidade e
sempre lembrando o nosso objetivo e a nossa tentativa é fazer desse
debate, dessa discussão da Hemobrás uma bandeira, claro uma bandeira
pernambucana, porque ela é fundamental para o desenvolvimento de
Pernambuco, fundamental para o desenvolvimento do Nordeste dentro de
uma estratégia de descentralização; mas tem uma questão acima de todas
as outras, no nosso entendimento, no nosso entendimento a permanência
das atividades da Hemobrás de maneira completa aqui em Pernambuco,
seja através da produção de hemoderivados, seja através da fábrica de
biotecnologia dos recombinantes, ela atende claro e evidente e isso nos
move do ponto de vista da emoção e desse espírito patriótico que nós
temos, ela atende aos interesses de Pernambuco, mas atende também e,
principalmente, o interesse do qual nós não podemos nos afastar em nome
de absolutamente nada, nem do nosso sentimento patriótico, porque o
nosso primeiro país é Pernambuco, porque nós proclamamos a república
antes de qualquer outra coisa e a independência antes de qualquer outro
lugar, mas tem o interesse senhores que esse não pode ser abandonado e
que esse deve unir a todos nós - o interesse público, o interesse do país, a
Hemobrás está em Pernambuco, ela pertence a nós, mas ela é uma
empresa brasileira que precisa se viabilizar, que precisa se viabilizar como
tal e nós entendemos que a forma dela se viabilizar é com as duas
atividades aqui no mesmo lugar, na mesma sede e quem serão os nossos
parceiros essa é uma decisão que nem competência técnica para isso eu
tenho de dizer, agora a gente pode dizer com toda certeza que a viabilidade
passa pela permanência, seja da exploração de hemoderivados, seja de
biotecnologia dos recombinantes aqui em Pernambuco. Então nós vamos
seguir a despeito do posicionamento político partidário de cada um, nós
vamos seguir tendo como objetivo e como bandeira a viabilização da
Hemobrás aqui em Pernambuco, porque ela já está aqui em Pernambuco,
até porque e de certa forma como nós não somos, me permita eu sei do
adiantado da hora e das pessoas que querem falar e das pessoas que a
gente precisa ouvir, mas eu preciso dizer isso, porque o primeiro discurso
sobre a Hemobrás que eu fiz nesta Casa foi no início de março, a primeira
vez que eu botei os pés na Hemobrás foi em outubro de 2009, quando o
processo de construção dormia em berço esplêndido, dormia em berço
esplêndido, porque, infelizmente, a Hemobrás ficou reconhecida
nacionalmente e até internacionalmente por um capítulo da nossa história
que a gente não queria que fizesse parte dela, quando o que não pode ter
asa criou asa, só que a Hemobrás não se resume a isso, a Hemobrás não
se resume a dinheiro sendo voado pela janela não, a Hemobrás significa a
possibilidade de vida e vida com dignidade de milhões e milhões de
brasileiros! E como eu disse aqui, uma vez fazendo a fábrica de
recombinantes do mundo, do mundo, a Hemobrás significa isso e nós não
podemos deixar porque essa não deve ser a prática entranhada no poder
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público brasileiro, que uma empresa do tipo da Hemobrás se resuma no seu
nascedouro àquilo que ela não deve ser, um lugar de desmando. E é
exatamente nessa tentativa que vem e eu venho acompanhando de perto,
tentando enquadrar a gestão e faço questão de dizer, a gestão de Doutor
Osvaldo Castilho com todo o apoio de um corpo técnico competente que
pode andar em qualquer país de primeiro mundo, que pode trabalhar em
qualquer uma dessas empresas que detêm a tecnologia. Essa é a
qualidade do corpo técnico da Hemobrás. Então é importante que esses
tempos dormidos, esses anos dormidos onde se calou, onde não se lutou
pela Hemobrás, que ele tenha um fim e ele está tendo fim. Então a despeito
de todas as diferenças, a despeito de um inventário enorme que a gente
podia colocar aqui nós vamos lutar pela Hemobrás, porque nós estamos
lutando pelo interesse público e, consequentemente, nós estamos lutando
por Pernambuco. Essa de fato eu precisava colocar isso e dizer isso e esse
comprometimento nós temos dos 25 Deputados Estaduais desse Estado e
eu tenho certeza absoluta do que eu estou dizendo e a gente tem
Deputados de diferentes posicionamentos políticos e ideológicos, os 25
Deputados estão comprometidos, os quatro Ministros estão comprometidos,
os quatro Ministros e estão participando de todo o processo de conversa, de
negociação e de demover o Ministro Ricardo Barros do seu posicionamento
inicial. Cada um faz do seu modo, agora há uma união os 49 Deputados
Estaduais desta Casa, sejam eles de que partido for, de que corrente
ideológica, de que cor partidária tenham estão comprometidos sim, assim
como todas as lideranças políticas de Pernambuco que precisam, aquelas
que ainda não estão precisam acordar e eu posso dizer que os 49
Deputados estão acordados e estão lutando por isso; eu posso dizer que os
25 Deputados Estaduais também os Deputados Federais também estão e
que os nossos três senadores também estão e olhe que eu estou falando
aqui do Senador Humberto Costa, estou falando aqui do senador Armando
Monteiro, do Senador Fernando Bezerra que eu não precisava estar
fazendo isso do ponto de vista político, mas acho que a gente tem que dar a
César o que é de César. Então a Bancada Pernambucana, seja ela
estadual ou federal está unida em torno dessa questão e nós vamos nos
impor não por uma bravata pernambucana não, mas por um
posicionamento de vanguarda e porque nós temos sim os melhores
argumentos, porque nos preparamos Doutora Ieda ao longo de 40 anos, na
verdade mais, porque foi em 73 que o primeiro técnico fez o primeiro curso
em hematologia que trouxe para cá o que se plantou a Hemobrás. Então
nós nos preparamos há 40 anos ou mais de 40 anos para termos os
melhores argumentos e a consolidação de uma empresa como a Hemobrás
aqui em Pernambuco. Bom, eu gostaria de passar a palavra para Dr.
Messias, em seguida para Doutor Alexandre, Dra. Ieda, Dr. Leonardo, eu
vou precisar ser um pouquinho mais exigente com o tempo, inclusive em
relação a mim, mas eu estava me segurando e tentando ser o mais objetiva
possível, mas eu tenho que dizer que talvez a fala do Deputado Sílvio Costa
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tenha me provocado, porque a gente tava tentando até esse momento eu
acho que a gente vai conseguir de não politizar do ponto de vista partidário
essa questão da Hemobrás, porque aí sim vai ser um atraso para
Pernambuco e para o Brasil. Nós não precisamos disso e nós não podemos
nos render nem deixar nos levar por esse discurso, ele seria o mais fácil,
ele seria o que desse mais Ibope, mas é o que está mais distante da
solução.
O SR. SILVIO COSTA FILHO - O meu muito boa tarde; boa tarde a todos e
a todas eu serei muito breve eu não vou nem citar a Mesa toda para não
perder muito tempo, mas se sintam todos homenageados e citados na
pessoa da amiga Deputada Priscila Krause e quero Deputada aproveitar a
oportunidade para discordar peremptoriamente da forma que o Deputado
Federal Silvio Costa veio a esta Tribuna. Acho que isso não é um jogo de
perde-perde nem de ganha-ganha, isso tem que ser um jogo de ganha-
ganha. E nós não podemos misturar bandeiras partidárias, ideologias,
misturar a política com a unidade que nós precisamos ter para fazer com
que a Hemobrás permaneça em Pernambuco. Eu digo sempre que na vida
muitas vezes as pessoas misturam os CPFs. E é natural, é da vida. Mas eu
digo sempre que ninguém por fazer uma fala mais durou mais incisiva vai
conseguir fazer um movimento de convencimento. E acho que nós
precisamos fazer nesse momento, todos nós, sociedade pernambucana,
Deputados estaduais, todos, a todos os canais institucionais de participação
popular é nós buscarmos a unidade para fazer com que a Hemobrás
permaneça em Pernambuco. Porque nós estamos lidando com sonhos,
com sentimentos e de pessoas que lá atrás acreditaram na força e no
potencial da Hemobrás. Eu só lamento Deputada Priscila Krause, e eu
tenho que concordar com ele, é a falta testemunhal de liderança do
Governador Paulo Câmara. O chefe de Estado era para ele está liderando
essa agenda no nosso Estado, junto ao Ministério Público Federal, aos
canais institucionais de Participação Popular, à bancada Federal à Bancada
dos Senadores. Nós não vemos uma declaração do Governador nessa
direção. Eu não vou adentrar nas questões técnicas que já foram muito bem
abordadas, mas eu quero Deputada Priscila, em nome da Bancada da
Oposição aqui na Casa, ao seu lado poder ajudar aonde for preciso. Marcar
essa audiência com o Governador Paulo Câmara. Vamos fazer hoje, na
tarde de hoje, encaminhar um apelo subscrito pelos 49 deputados estaduais
para chegar ao conhecimento do próprio Ministro Ricardo Barros e que a
gente possa de fato buscar a unidade independente da coloração partidária,
até porque o que está em jogo são sonhos e acima de tudo é Hemobrás
que é tão importante para a economia do nosso Estado. E eu não tenho
dúvida que tem um potencial grande na agenda econômica e administrativa
do Estado. Eu acho que o nosso representante do Ministério Público foi
muito preciso nas suas colocações. E a sua fala até emocionada, falou ali
não um chefe de poder e um representante de órgão, mas falou ali um
cidadão brasileiro que entende a importância da Hemobrás para saúde,
para as pessoas e acima de tudo para o Estado de Pernambuco. O
momento não é de divisão, o momento é de unidade, de unirmos forças
para buscarmos, se Deus quiser, a permanência, sobretudo, da Hemobrás
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e mais do que isso, um plano estratégico de 10, 15, 20 anos que a gente
possa construir e fortalecer a Mata Norte de Pernambuco. Muito obrigado.
O SR. VICENTE DE PAULA – Boa tarde para todos, eu sou pai de dois
hemofílicos hemofilia a grave sem sequela já com mestrado, em tecnologia
da informação e oceanografia e fez curso de mergulho sem equipe do meu
Hemocentro autorizar com outro autorizar. Quero agradecer uma pessoa
que foi fundamental da minha formação, que chama a médica de Brasília
que foi citada aí, quando ela disse que o hemofílico não é para tá dentro do
hemocentro é para estar na faculdade no colégio do seu trabalho, e eu
conseguiu com a articulação política na década de 90, trazer Luís Alerdote
uma das maiores autoridades do mundo o americano do memorial de Nova
York monte sinal de Nova York, para dar uma palestra e essa palestra para
um privilégio para o Hemope recebeu que era a famosa de (DDU) dose
domicílio de urgência, quando nós Hemofílico tivessem hemorragia na noite,
pode aplicar de imediato aquela dose para ir para o centro de referência,
nesse tempo o Hemope em Pernambuco 820 paciente, fazia o treinamento
da (DDU) para 20, que tem um problema também de grau de instrução dos
seus familiares e ele disse uma patologia não depende do grau de formação
eles são capazes de compreender e fazer a dose qualquer grau de
instrução que tenha e esse Luís Alerdote uma contribuição muito grande
para nós, hemofílicos e para os técnicos dos homocêntricos, quando é
publicada por uma pesquisa que ele tinha era da dose de (DDU) e a
bandeira que a Priscila tá, eu peguei uma moto em vir aqui com
chikungunya e tudo vim, porque essa luta, acima de tudo é do usuário, do
contribuinte independente, seja de Pernambuco e da fábrica, mas foi
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autorizado e planejada para cá e o recombinante não tem derivado do
sangue então, só do plasma, logo, logo muitas coisas vai ser substituído,
mas é o dinheiro do contribuinte que foi gasto, que foi citado aqui 800
milhões e simplesmente se para, colocar no outro canto que o dinheiro é do
povo, não é do pessoal do povo de Pernambucano é do Brasil, que vem do
Ministério e se brincar com dinheiro do povo ou ministério não tem dinheiro
sobrando para tá fazendo pendura cai no lugar, começa e se teve erro,
corrija-se fala do Ministério Público foi muito importante, Doutor Marino,
quando ele disse, ela está cumprindo com determinado critério Jurídico que
a lei faculta, então Priscila, Deputada Priscila, não é só de Pernambuco
não, é o dinheiro do brasileiro que está sendo jogado fora, 800 milhões
quer dizer se tem algo para corrigir corrija-se, mais vá para frente e outra
essa briga Jurídica que for quebrado o contrato assim: Quem vai sofrer
somos nós os hemofílicos, quem é que vai fornecer o produto para nós,
por interferência política, por que política é uma coisa, e eu vim aqui
independente da coisa eu desde 72 que eu trabalho voluntário com uma
causa da saúde que eu vim do interior para quem não é acesso e eu
consegui ir na faculdade de medicina, médico para atender aqueles dos
meus conterrâneos do interior, e eu luto eu já viajei esse Brasil quase todo,
sobre a causa é hemofílico, eu estive no Acre, eu estive no Amazonas em
quase todo o Brasil e causa Hemofílica é tremenda para nós é impensável a
quantidade de hemofílicos Sequelados por falta da medicação que não
tinha, a vontade dos profissionais saúde, mas não tinha medicação e nós
lutamos pelas as medicação e é o dinheiro do contribuintes eu vim aqui
para somar, o nosso colega aqui em Pernambuco, que o usuário está mais
politizado e operação vampiro em 1900 em 2002, foi eu que provoquei, por
que tinha uma licitação combinada para octapharma e essa octapharma
está sendo punida em Portugal, contrato não cumprido, então todas elas
precisam uma transparência do contrato que o Governo brasileiro passa
através do Ministério da Saúde e a presença do Ministério Público, é uma
presença da ação política de vocês e é aqui não é política partidária como
uma Priscila bem frisou é uma política de saúde uma política de
investimento de um planejamento que quando chega X anos feito, vamos
acabar e começar de novo, é isso que eu tinha para dizer, estamos
solidários nessa briga obrigado a todos.
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represente os trabalhadores da Hemobrás e que recebam novamente o
cumprimento extremamente respeitoso por parte de nós Deputados. Por
que a gente sabe o trabalho de vocês e a luta de vocês diária cotidiana.
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declaração desse tipo ela é infeliz porque quando a gente vê o Doutor
Osvaldo, aí falando uma pessoa do mais alto gabarito e conhecimento
técnico falando ai, gente por inferência a gente vai ver que essa fala do
Ministro vai torná-lo um mero organizador de fila do almoço, mas não é
assim os trabalhadores da Hemobrás tem dignidade, tem trabalhado lá com
eficácia com eficiência mesmos em meio a tantos problemas alheios, a
função deles, Hemobrás tem acontecido, a Hemobrás tem evoluído, esse
tá parado é por conta desse Governo que não quer saber do Nordeste não
quer saber do povo Pernambucano, e não quer saber dos Nordestinos,
vamos lutar Deputada vamos lutar incansavelmente, levantando essa
bandeira de um Hemobrás 100% Pernambucanas e eu encerro com minha
fala pedindo uma salva de palmas trabalhadores da Hemobrás que estão
aqui que dão sangue, suor e lagrimas dentro daquela empresa.
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que é importante até falo também em respeito ao Doutor Flávio, também
trouxe uma posição do Ministério da Saúde, mas é muito crucial que a
gente entenda a situação da empresa hoje, a Hemobrás ela tem um avanço
bastante importante na implantação da fábrica de hemoderivados e do fator
8 recombinante. A gente já tem aí 70% das obras feitas e muito da estrutura
que já está posta vai ser usada também para fabricação de fator 8
recombinante. Sobre essa questão da viabilidade da PDP está sendo
avaliada na quitina, eu também gostaria de esclarecer que a gente tem uma
PDP que tem 10 anos de vigência, se passaram 05, mas a gente está agora
na metade do caminho fazendo uma reestruturação desse processo e
propondo isso para o Ministério da Saúde. Acho que todos os termos já
foram colocados, à biotecnologia faz parte do objeto social da Hemobrás e
a gente não pode permitir que um esvaziamento do objeto social, da função
social da empresa e eu acho que mesmo que haja uma contraproposta,
eventualmente, de se ter mais de uma planta de fator 8 recombinante, eu
não vejo bem como isso seria possível, haja vista, que a gente não está
tendo recurso para concluir uma planta, que dirá duas. Então eu não sei
bem se isso seria factível na realidade que a gente tem hoje. A questão do
fracionamento do plasma no LFB, que também é uma coisa que vem sendo
colocado, o LFB é um parceiro tecnológico, foi o primeiro parceiro
tecnológico da Hemobrás, para implantação da fábrica de hemoderivados, o
contrato se derivou de uma concorrência pública, daí que veio a parceria
depois com a LFB, é a gente teve mudanças nesse contrato ao longo do
tempo que permitiram que o beneficiamento do plasma fosse feito, através
de Hemobrás, LFB, e hoje a gente tem um cenário que está, realmente,
ensejando um esforço, uma dedicação nossa para que a gente consiga
pensar em soluções para esse volume de plasma que está na França, como
Dr. Flávio falou, mas o LFB ele continua produzindo hemoderivados,
continua fornecendo hemoderivados para França e a gente vem estudando
as maneiras possíveis para quê eles obtenham a recertificação das linhas
de produção e que possa, que os hemoderivados possam retornar depois
do beneficiamento. Além disso, essa questão da situação do Butantã que foi
colocada, eu acho que também fazendo coro as palavras da doutora Ieda e
é importante a gente entender que essa situação do sangue, ela precisa ser
vista sobre uma perspectiva Nacional, se cada Estado no Brasil começar a
emitir decretos colocando que o sangue vai ser usado só pelo seu Estado,
que sentido faz a gente falar em política nacional de sangue e
hemoderivados, não faz sentido nenhum. Então eu acho que é importante a
gente ter isso em mente. Em relação à proposta da octapharma a gente
vem fazendo um estudo bastante extenso e detalhado na Hemobrás a
respeito dessa proposta e aqui eu não vou nem me deter as questões, mas,
de como a gente romperia um contrato hoje, que a gente tem com a baxalta
Shaiya, no que a gente tem obrigações e tem consequências contratuais de
um eventual distrato, principalmente considerando o passivo, milionário,
dolarizado, que a gente tem com essa empresa, não vou nem fazer esse
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tipo de observação; olhando apenas a proposta em si e considerando essa
questão do tecpar, fabricar o fator 8 recombinante, a própria proposta, na
realidade, ela contradiz a pertinência detectar participar do consórcio como
produtor de fator 8 recombinante, porque na proposta o tempo de gestão do
parceiro privado é maior com o tecpar fabricando o fator 8 recombinante.
Então a gente por aí já vê as incongruências, as inconsistências e é
importante que... eu gostaria trouxe isso para que a gente fique atento e
faça um estudo mais detalhado; eu acho que, claro, o intuito maior de todos
nós e do Ministério da Saúde tem que ser sim no fortalecimento da política
nacional, no fortalecimento do acesso a medicamentos da população, isso
inclui o fator 8 recombinante, que é essencial para o tratamento de hemofilia
A, mas a gente tem sim também que fazer o estudo técnico-econômico
financeiro muito detalhado dessas propostas, assim para o erário, prejuízos
para a população e acho que esse é o papel aqui de todos nós, no debate,
realmente, de trazer mais elementos e trazer situações que possam nos
fazer estudar melhor e entender melhor as questões. Em relação ao banco
de células mestre. Eu queria também fazer um apontamento, já que foi um
tema trazido aqui na Mesa, quando o contrato da Hemobrás foi firmado em
2012 com a empresa, com a então Baxter, a gente ainda não tinha o Marco
Legal das PDPS que veio depois em 2014. Então esse contrato previa, de
fato, só o acesso ao banco de células de trabalho, que faz com que a
Hemobrás produz assim o IPHAN que é o ingrediente farmacêutico ativo,
que é o concentrado da proteína aqui no Brasil da mesma maneira. Mas de
toda forma para atender o Marco Legal Hemobrás está negociando com a
empresa para que a gente tenha também o banco de células mestre. Então
isso é um ponto que está sendo negociado com parceiro privado, para que
a gente possa também atender esse ponto. Bom, eu acho que era
basicamente isso, também não estou aqui para defender A B ou C. Eu acho
que a gente precisa colocar em perspectiva todas as suas propostas que
estão sendo feitas para, realmente, ter um entendimento amplo de todas
elas, fazer uma discussão aprofundada, dá a possibilidade da palavra a
população, como está sendo feita aqui por esta audiência e por isso
também eu agradeço a deputada Priscila Krause por essa oportunidade. É
isso, eu acho que a gente precisa prosseguir ainda muito, acho que esse é
o primeiro encontro de, possivelmente, outros que ainda virão e que a gente
saia mais fortalecido e com mais informações para ter condições de lutar e
batalhar pelo interesse público do Brasil. Obrigada.
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apenas, apenas não, com esses atores que estiveram aqui hoje a gente
conseguiu juntar muita gente, pessoas comprometidas com questão da
Hemobrás, com a questão da política de sangue Nacional, eu acho que foi
muito bem colocado; claro, que a gente sabe que tem peculiaridades
jurídicas em relação ao monopólio, a hemoderivados a recombinantes. A
questão é que a política de sangue nacional não consegue eu não consigo
colocar na minha cabeça que ela funcione com uma divisão tão objetiva e
lógica desses fatores e desses componentes de produção. Não tem como
eles andarem separados, inclusive do ponto de vista da viabilidade, não da
viabilidade técnica, mas da viabilidade financeira e de atendimento à
população, por isso que existe o Sistema Nacional de Sangue, é claro que,
o que é produzido dentro de biotecnologia está dentro dessa lógica da
política de sangue e é sim componente que atende ao que seria feito
tempos atrás e antes do desenvolvimento tecnológico apenas da derivação
do humano, então essa é a consequência do avanço tecnológico. Tem
algumas coisas que são importantes que nós coloquemos; isso foi posto
aqui por várias pessoas e finalmente por Doutora Laura, ninguém aqui está
defendendo a empresa A B ou C, não é isso que acontece, a gente
defender a viabilidade de uma empresa pública da magnitude da Hemobrás,
essa discussão, ela precisa ser feita, agora a gente não pode ignorar que
existem contratos firmados e que estão em seu pleno curso, se precisa de
um ajustamento aqui, de um ajustamento ali ou de acelerar uma
contrapartida do próprio governo brasileiro, seja através da Hemobrás, do
Ministério da Saúde, enfim, que isso seja adequado, se isso foi fruto de uma
má gestão lá atrás, se isso foi fruto de um descaminho, essas coisas
precisam ser ajustados, precisam ser corrigidas e precisa se colocar no
rumo de que se viabilize a política de sangue de maneira sustentável num
país da dimensão como o Brasil, aliás, graças a dimensão do Brasil é que
nós podemos ter uma indústria de sangue, de hemoderivados, de
recombinantes, enfim, que a gente luta para se ter. É claro que tem
problemas pontuais, não é culpa da Hemobrás, que é LFB tenha perdido o
seu certificado; na verdade, quando se vê o plasma que é entregue a LFB,
ele é de altíssima qualidade dentro dos padrões estabelecidos e dos
padrões internacionais. Então essa responsabilidade não é da Hemobrás,
mas a gente precisa buscar uma solução para isso, para que a gente não
desperdice o plasma que já foi coletado a um custo altíssimo para os
hemocentros, Dra. Ieda, nós estávamos conversando sobre isso, enfim, nós
vamos continuar na nossa luta, na nossa batalha a despeito da
competência de Dr. Flávio, nós não saímos convencidos, Doutor Flávio, de
que o caminho apresentado é o melhor caminho para o Brasil, volto a dizer,
não apenas para Pernambuco, para Pernambuco também, mas não apenas
para Pernambuco para o Brasil no que diz respeito aos rumos da política de
sangue, até porque lá atrás foram portarias do Ministério da Saúde que
garantiu que a Hemobrás teria sim o plasma suficiente para o seu
funcionamento, foram para a portaria sim do ministério que garantiram e o
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próprio objeto social da Hemobrás, muito bem lembrado por Doutora Laura,
que trata de hemoderivados e biotecnologia. Então nós não podemos
esvaziar esse objeto social da Hemobrás e não podemos permitir que
portarias também do Ministério esvazie, revoguem as portarias que
garantiram funcionamento da Hemobrás, no que diz respeito ao volume de
plasma e a fabricação dos fatores recombinantes, que essas mesmas
portarias revoguem uma política que foi pensada lá atrás, uma política de
médio e de longo prazo para a autossuficiência do Brasil e para colocar o
Brasil definitivamente e de uma vez por todas no mercado internacional de
sangue, de maneira transparente, com tecnologia adequada, com
tecnologia de ponta e sim, com parceiros privados, porque nós precisamos
desses parceiros privados; seja para o investimento na construção das
fábricas, seja para transferência de tecnologia, porque nós temos que deter
essa tecnologia sim, num dado momento seja de fracionamento do plasma,
seja a tecnologia de recombinantes e daremos sim seguimento aqui dentro
da Assembleia Legislativa, cobraremos da nossa Bancada Federal,
cobraremos dos nossos Ministros, cobraremos, enfim, do governo brasileiro
uma postura transparente, uma postura republicana, que atenda ao
interesse público. Esse é o nosso grande objetivo e é nesse sentido que
nós vamos trabalhar. Agradeço a presença de todos, a resistência daqueles
que fizeram, que ficaram até aqui, quero mais uma vez abraçar o corpo
técnico de excelência da Hemobrás, que é o que da vida aquela empresa,
que cumpre o seu papel dentro da limitação que lhe é imposta, não por
vontade própria, mas pelas políticas adotadas hoje dentro do Ministério da
Saúde e no governo brasileiro e dentro dos descaminhos que aconteceram
e que estão voltando para o trilho. Então todo o meu respeito, todo meu
apoio a um corpo técnico que vai para Hemobrás trabalhar, trabalhar muito,
não vai fazer refeição não, vai trabalhar e leva a sua quentinha; essa é o
respeito que merece e esse corpo técnico dedicado. Devolvo a palavra para
Presidente Roberto Arraes, agradecendo o espaço na Comissão de Saúde,
dessa Casa, que em momento nenhum se furtou ao seu papel de promover
essa audiência e aí todo o meu agradecimento. Muito obrigada.
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bons olhos e agradecer também a todos que estiveram aqui, a Leonardo
Cerquinho, que tão bem representou o nosso Governador, tenho certeza,
Leonardo, que você disse as palavras certas, no momento certo , nós não
podemos politizar Hemobrás. A Hemobrás é de todos, a Hemobrás já dos
quarenta e nove Deputados desta Casa, dos vinte e cinco Deputados
Federais, dos Senadores, dos Ministros a que pertencente a Pernambuco e
aproveitar Doutor Flávio e pedir desculpa em público com Presidente da
Comissão de Saúde, pelo que aconteceu aqui, o excesso de..., eu não sei
nem como dirigir, pelo excesso, realmente, que foi feito aqui, num momento
indelicado, aonde nós em nenhum momento, Zé Maurício, a gente politizou
aqui este debate. Então Priscila, parabéns, um bom debate é feito desta
forma, escutando a todos, eu tenho certeza que nós vamos colher bons
frutos e aproveito, Priscila, agora, nesse momento que eu falei com você,
disse que era importantes, Zé Maurício, que nós, como deputados,
fossemos fazer uma visita a Doutora Laura. A Hemobrás, nós vamos
marcar sim, para que a gente possa ir enloco, para a gente ver a riqueza do
que nós temos em Pernambuco. Então declaro encerrada a sessão, uma
boa tarde a todos, fiquem com Deus. Obrigada.
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