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1 Parte
Torneamento
__________________________________________________________ Usinagem - 1
Torneamento
TORNO
Introdução
TORNEAMENTO
O processo que se baseia no movimento da peça em torno do seu próprio eixo chama-
se torneamento. O torneamento é uma operação de usinagem que permite trabalhar
peças cilíndricas movida por um movimento uniforme de rotação em torno de um eixo fixo.
O torneamento, como todos os demais trabalhos executados com máquinas-
ferramenta, acontece mediante a retirada progressiva do cavaco da peça a ser
trabalhada. O cavaco é cortado por uma ferramenta de um só gume cortante, que deve
ter uma dureza superior à do material a ser cortado.
No torneamento, a ferramenta penetra na peça, cujo movimento rotativo uniforme ao
redor do eixo A permite o corte continuo e regular do material. A força necessária para
retirar o cavaco é feita sobre a peça, enquanto ‘a ferramenta, firmemente presa ao porta-
ferramenta contrabalança a reação desta força.
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Para executar o torneamento, são necessários três movimentos relativos entre a peça
e a ferramenta. Elas são:
1º- Movimento de Corte: é o movimento principal que permite cortar o material. O
movimento é rotativo e realizado pela peça.
2º- Movimento de Avanço: é o movimento que desloca a ferramenta ao longo da
superfície da peça.
3º- Movimento de Penetração: é o movimento que determina profundidade de corte
ao empurrar a ferramenta em direção ao interior da peça e assim regular a profundidade e
espessura do cavaco.
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d) Perfilar superfícies.
Além dessas operações, também é possível furar, alargar, recartilhar, roscar com
machos ou cossinetes, mediante o uso de acessórios para a máquina-ferramenta.
A MÁQUINA DE TORNEAR
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O torno mais simples que existe é o torno universal. Estudando seu funcionamento é
possível entender o funcionamento de todos os outros por mais sofisticados que sejam.
Esse torno possui eixo e barramentos horizontais e tem a capacidade de realizar todas as
operações que já citamos.
Assim basicamente, todos os tornos respeitando-se suas variações de dispositivos ou
dimensões exigidas em cada caso, são compostos das seguintes partes:
Essas partes componentes são comuns em todos os tornos o que diferencia um dos
outros é a capacidade de produção, se é automático ou não, o tipo de comando: manual,
hidráulico, eletrônico, por computador etc.
Nesse grupo se enquadra os torno revólver, copiadores, automáticos, por comendo
numérico ou o comando numérico computadorizado.
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Antes de iniciar qualquer trabalho de torneamento, deve-se proceder a lubrificação das
guias, barramentos e demais partes da máquina conforme as orientações do fabricante.
Com isso, a vida útil da máquina é prolongada, pois necessitará apenas de manutenções
preventivas e não corretivas.
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Figura 1
A - Barramento 14 - Volante
B - Cabeçote fixo 15 - Manivela de carro superior
C - Carro 16 - Trava de carro principal
D - Cabeçote móvel 17 - Contraponta
1 - Pés 18 - Mangoti
2 - Caixa de acessórios 19 - Manipulo de fixação
3 - Caixa de câmbio ou Caixa Norton 20 - Volante do cabeçote móvel
4 - Caixa engrenagens da grade 21 - Cremalheira
5 - Alavanca de velocidade do fuso e da vara 22 - Fuso
6 - Alavanca de inversão de macha 23 - Bandeja
7 - Polia em degraus (em “V”) 24 - Alavanca de engate do fuso
8 - Eixo principal 25 - Alavanca de engate da vara
9 - Placa de castanha independentes 26 - Avental
10 - Mesa do carro principal 27 - Volante do carro principal
11 - Porta ferramenta 28 - Fundo da caixa
12 - Carro superior 29 - Vara
13 - Carro transversal 30 - Cava e calço da cava
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1 - Motor elétrico
2 - Polia em “V”
3 - Alavanca de afrouxamento de correia
4 - Engrenagem de dobrar o torno
5 - Alavanca de dobrar o torno
6 - Furo do eixo principal
7 - Alavanca de inversão da marcha
8 - Alavancas de velocidades do fuso e vara
9 - Bandejas
A figura abaixo mostra a vista lateral de outro torno, no qual o motor e a transmissão
se acham na caixa do pé, não havendo assim polias ou partes móveis salientes, que
constituem perigo para o operador.
Características
Os tornos modernos tendem a construir-se cada vez mais blindados, com quase todos
os mecanismos alojados no interior das estruturas do cabeçote fixo e do pé
correspondente (figuras 4 e 5).
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Figura 4 - Torno mecânico horizontal. Vista frontal
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Acessórios do Torno
Arrastadores
Ponta giratória
Placa arrastadora
Placa lisa
Placa universal
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Luneta fixa
Luneta móvel
Mandril
Porta ferramentas
Indicador de entradas
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Torno: Máquina-ferramenta para torneamento
Componentes mais Importantes: barramentos, cabeçote fixo, carro e cabeçote
móvel.
Características Principais: distância entre pontas, altura da ponta, diâmetro do furo
do eixo principal.
Acessórios Principais: placas, pontas, lunetas, porta- ferramentas.
Vocabulário técnico:
Cabeçote Fixo
É à parte do torno, cujo eixo principal recebe a rotação do motor elétrico, através de
um jogo de polias ou engrenagens. No eixo principal esta adaptada um jogo de
engrenagens ABCD (fig 6) a fim de obter as velocidades reduzidas para tornear o
material.
Na outra extremidade do eixo principal está disposto o mecanismo de inversão (F) (fig
6) do movimento de rotação ao jogo de engrenagem da grade, para realizar,
simultaneamente com a rotação do eixo principal, os diversos avanços do carro para a
ferramenta cortar o material.
Figura 6
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CONSTITUIÇÃO
Figura 7
Precauções:
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Figura 8
1) Caixa da grade
2) Mecanismo de inversão de marcha
3) Porca e contra porca
4) Bucha de bronze fosforoso
5) Anéis
6) Rolamento de incosto
7) Polia em degraus
8) Luva de acoplamento
9) Anéis
10) Mancal
11) Rosca para a fixação da placa
12) Encostos da placa
13) Mecanismo do redução de velocidade da árvore
A polia P gira livremente no eixo principal do torno e está fixada na roda A e à parte
esquerda da luva L de acoplamento. A parte direita desta luva se desloca
longitudinalmente, no eixo principal, o suficiente para que, ao acionar-se uma alavanca
exterior, ela se una à parte esquerda ou dela se afaste. A fig. 8 mostra a luva aberta.
As rodas B e C (ligada por uma bucha e deslizantes no seu eixo E) se desengrenam
das rodas A e D (deslocamento para a esquerda) quando a luva de acoplamento se
fecha. Neste caso, produz-se marcha direta.
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Caixa Norton
É o mecanismo que permite fazer várias mudanças rápidas, entre a grade e o fuso ou
vara, de avanços adequados do carro do torno.
É constituída de uma caixa de ferro fundido cinzenta, com um eixo no qual estão
fixadas diversas rodas dentadas (fig 32). Pelo manejo da alavanca exterior, estas rodas
se combinam com uma roda de outro eixo, produzindo mudanças diferentes ao avanço do
carro.
FUNCIONAMENTO:
A figura abaixo apresenta uma caixa norton que permite seis rotações diferentes
transmitidas individualmente pela alavanca de mudanças ao fuso e à vara do carro.
No eixo A de avanços estão montadas seis rodas dentadas diferentes. No eixo D,
paralelo ao eixo A e com rasgo de chaveta, está a roda R1 que, devido a chaveta
deslizante, desloca-se entre as posições de 1 a 6. A cada uma dessas posições
corresponde um pequeno encaixe no rasgo externo da caixa, por onde passa o punho da
alavanca de mudança.
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CUIDADOS
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Figura 9
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CONDIÇÕES DE USO:
Para um bom funcionamento, um torno mecânico deve estar bem nivelado com os
apoios desta base ou pés bem assentados.
O torno e seus acessórios devem estar sempre limpos, ajustados e lubrificados para
que se obtenha um bom trabalho.
CUIDADOS A OBSERVAR:
Carro principal
Figura 10
É constituído de:
Sela Carro transversal
Avental Carro superior
SELA Porta-ferramentas
Sua estrutura é de ferro fundido cinzento, ajustado nas guias prismáticas externas do
barramento do torno; realiza o avanço longitudinal, aproximando ou afastando a
ferramenta para tornear o material e suporta o avental, o carro transversal e o carro
superior.
AVENTAL
É uma caixa de ferro fundido cinzento, fixa na parte dianteira do carro principal (fig 10).
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CARRO TRANSVERSAL
CARRO SUPERIOR
Figura 11
PORTA-FERRAMENTA
FUNCIONAMENTO GERAL
MECANISMO DO AVENTAL:
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1) Movimento manual do carro:
Estando o pinhão P1 desligado (alavanca A2), gira-se o volante V. A rotação do
pinhão P2 faz girar R1 e o pinhão P3, que, engrenado na cremalheira, produz o
deslocamento longitudinal do carro.
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CUIDADO:
a) As guias dos avanços e seus parafusos de comando dos carros devem ser
periodicamente limpos e constantemente lubrificados.
b) Ao tornear ferro fundido cinzento, proteja adequadamente os mecanismos dos
carros e do barramento do torno.
Cabeçote móvel
É a parte do torno deslocável sobre o barramento (fig 12) e oposta ao cabeçote fixo. A
contra-ponta esta situada na mesma altura da ponta do eixo principal e ambas
determinam o eixo de rotação da superfície torneada.
Cumprem as seguintes funções:
Figura 12
CONSTITUIÇÃO
Figura 13 Figura 14
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1 - Base
2 - Corpo
3 - Contraponta
4 - Trava do mangote
5 - Mangote
6 - Parafuso e deslocamento mangote
7 - Volante
8 - Manipulo
9 - Porca
10 - Parafuso de fixação
11 - Guia do barramento do torno
12 - Guia de deslocamento lateral do cabeçote
13 - Parafuso de deslocamento lateral do cabeçote
14 - Barramento do torno
15 - Buchas de aperto do mangote
16 - Placas de fixação
a) O cabeçote móvel pode ser fixado ao longo do barramento, seja por meio dos
parafusos, porcas e placas (fig. 14) ou por meio de uma alavanca com excêntrico.
b) A base é feita de ferro fundido cinzento, apoia-se no barramento e serve de apoio
ao corpo.
c) O corpo também de ferro fundido cinzento, onde se encontra todo o mecanismo do
cabeçote móvel, pode ser deslocado lateralmente a fim de permitir o alinhamento ou
desalinhamemto da contra-ponta (fig. 15).
Figura 15
CONDIÇÕES DE USO
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MEIOS DE FIXAÇÃO NO TORNO
Lunetas
As lunetas são acessórios que têm a finalidade de apoiar peças compridas a fim de
evitar curvatura ou flexão, sob a ação do esforço da ferramenta de corte.
LUNETA FIXA
Figura 16
Na usinagem de peças muito flexíveis, sobre tudo quando a flexão se da até pelo
próprio peso da peça, é aconselhável o uso de luneta fixa (Fig 16).
Por meio de um parafuso com porca de uma sapata, a luneta é fixada
transversalmente na mesa ou barramento. Pelo exame da figura 43 se compreende como
a luneta serve de apoio e de guia à peça a usinar. Deve haver centragem rigorosa; os
três contactos (ou castanhas), de bronze ou de ferro fundido, pode deslizar em ranhuras e
ter suas posições regulares por meio de parafuso. Para centrar com correção as
castanhas, é necessário tornear antes uma parte da peça, onde terão elas seus pontos de
contato. As extremidades das castanhas devem tocar levemente a peça e não apertá-la, a
peça tem que girar suavemente, mas sem folga, entre as castanhas.
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LUNETA MÓVEL
Figura 17
Figura 18
Constituição
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Figura 19 Figura 20
FUNCIONAMENTO
No interior da placa esta encaixada um disco, em cuja parte anterior existe uma
ranhura de secção quadrada, formando uma rosca espiral. Nesta se adaptam os dentes
das bases das castanhas. Na parte posterior do disco há uma coroa cônica, na qual se
engrenam três pinhões, cujo giro é dado por uma chave.
O giro da chave determina a rotação do pinhão que, engrenado na coroa, produz giro
do prato. Como a ranhura da parte anterior do prato é em espiral e os dentes das
castanhas estão encaixados nela, esta faz com que as castanhas sejam conduzidas para
o centro da placa, simultânea e gradualmente quando se gira no sentido dos ponteiros do
relógio.
Para desapertar, gira-se em sentido contrario. As castanhas são numeradas segundo
a ordem, 1, 2 e 3; cada castanha deve ser encaixada unicamente na sua ranhura
respectiva (fig 21).
Figura 21
Para isso, é necessário girar o pinhão até aparecer o inicio da rosca espiral no
alojamento 1.
Introduza a castanha no alojamento nº 1, procede-se de igual modo para alojar as
castanhas nº 2 e 3.
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CONDIÇÕES DE USO
Figura 22 Figura 23
e) A parte saliente da peça (fig 23) deverá ser igual ou menor o triplo do diâmetro (A ≤
3d)
f) O barramento ou mesa deve ser protegido com calço de madeira, ao montar e
desmontar a placa.
CONSERVAÇÃO
Serve para possibilitar a fixação de peças com formato circular, prismático ou irregular,
por meio de aperto individual de suas castanhas.
Constituição e Funcionamento
a) Corpo – de ferro fundido cinzento, em forma circular, com rosca para fixar na
extremidade do eixo principal (fig 24) e na outra face tem canaletas que se cruzam a
90º para orientar o deslocamento das quatro castanhas. Possui, também, rasgos
radiais para a fixação de peças com parafusos (fig 25). Algumas placas possuem, na
face, circunferências concêntricas para facilitar a centragem aproximada das peças
cilíndricas.
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Figura 24 Figura 25
b) Castanhas – feitas de aço temperado ou cementado e sua base tem dentes com o
perfil igual ao da rosca do parafuso, possibilitando assim o seu deslocamento. Na
outra face, possui degraus para a fixação de peças. Pode-se inverter a posição das
castanhas para possibilitar a fixação de peças de dimensões maiores; em ambos os
casos a ação de fixar as castanhas pode ser em direção ao centro ou em direção à
periferia da placa, conforme fig 26 e 27.
Figura 26
Precauções
São acessórios do torno que servem para transmitir o movimento de rotação do eixo
principal em peças a serem usinadas entrepontas (Fig. 27)
Figura 27
Constituição e Funcionamento
Sua construção tem forma de disco, de ferro fundido cinzento, com uma rosca interior
para sua fixação no eixo principal do torno. O arrastador é feito de aço é fixado na placa a
ser usinada.
Tipos
Placa com ranhuras (fig. 28), para ser usado arrastador com haste curva (fig. 29).
Figura 28 Figura 29
Placa de pino (fig. 30), para ser usado arrastador de haste reta (fig. 31).
Figura 30 Figura 31
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Placa de segurança (fig. 32), que permite alojar o arrastador para proteger o operador.
Figura 32
Arrastador de dois parafusos, indicados para realizar passes profundos (fig. 33).
Figura 33
Arrastador conjugado (fig. 34), utilizado para fixação de peças de grandes diâmetros.
Figura 34
Recomendações
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Placa Lisa
Possibilita a fixação de peças de formatos especiais que não possam ser torneadas
com o emprego das placas com castanhos, mas sim por meio de cantoneiras, chapas
ranhuras, grampos, calços e parafuso.
O corpo da placa lisa é feita de ferro fundido cinzento, com forma de disco, cujo o raio
máximo é menor que a distância entre o eixo principal e o barramento. É fixada no eixo
principal do trono que possui, na face oposta, uma superfície plana com diversas ranhuras
radiais que permitem deslocar os parafusos de fixação.
Figura 35
Constituição:
A ponta (fig. 36) tem a forma de cones duplos de aço temperado e retificado, ajustado
na bucha de redução (fig. 35) e no cone do eixo principal. A contraponta mantém-se no
mangote do cabeçote móvel, para o torneamento entrepontas (fig. 63) ou entre placa e
ponta (fig. 37). A haste tem cone “Morse” padronizado e, a ponta, um ângulo de 60º, que
corresponde ao ângulo de escarear da broca de centrar.
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Figura 36
Figura 37
Tipos:
1 Contraponta rebaixado
Este tipo de contraponta serve para facilitar o completo faceamento do toco das peças
montadas entrepontas. Somente nos casos de faceamento, aconselha-se o uso da
contraponta rebaixada.
É um acessório cuja ponta, por suas medidas reduzidas quebra facilmente em
trabalhos mais pesados.
2 Ponta rotativa
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Neste tipo de ponta, é adaptado no mangote do cabeçote móvel, ele gira com a peça.
É montada dentro de uma bainha, cuja parte superior é um cone “Morse”, para se
adaptar no furo do mangote. Entre a bainha e a haste da ponta rotativa se estala três
rolamentos, um dos quais de imposto. Assim, a ponta gira suavemente suportando
esforços radiais e axiais ou longitudinais é utilizada para desbastes profundos em peças
seriadas.
A peça bem montada entre a ponta e contraponta deve girar sem folga, mas também
sem estar pressionada ao ser desbastada, porém, a peça se aquece, quer pelo atrito da
ponta da ferramenta, quer, no centro, pelo atrito com a contraponta. O calor produz a
dilatação da peça.
Estando ela sem folga, resulta pressão sobre as pontas, capaz de provocar
deformação da peça e danificar a contraponta do torno.
Figura 38 Figura 39
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Perfis e aplicações:
Ferramenta de Desbastar
É utilizada para remover cavaco mais grosso possível (cavaco de maior secção),
tendo-se em conta a resistência da ferramenta e a potencia da máquina.
As figuras 40, 41, 42 e 43 mostram exemplos de ferramentas de aço rápido e a figura
44 mostra a ferramenta de carboneto metálico.
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Figura 42 – Ferramenta curva de desbastar à direita.
Ferramentas de Facear
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Figura 45 – Ferramenta reta de facear à direita.
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Figura 48 – Ferramenta curva de facear à esquerda.
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Figura 51 – ferramenta para facear.
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Ferramentas para sangrar e cortar
As ferramentas para roscar são preparadas de acordo com o tipo de rosca que se
deseja executar a peça. As figuras abaixo mostram algumas ferramentas mais usadas em
roscas triangular, quadrada e trapezoidal.
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Ferramenta para roscar triangular externa.
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Ferramenta para rosca quadrada.
Ferramenta de forma
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Figura 55 – Ferramentas de formas.
Figura 56
Figura 57
__________________________________________________________ Usinagem - 41
Figura 58
Figura 59
Figura 60
Figura 61
__________________________________________________________ Usinagem - 42
Figura 62
Figura 63
Figura 64
Para que uma ferramenta seja fixada rigidamente é necessário que sobressaia o
menos possível do porta-ferramentas ( balanço – figuras 65 a 66).
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Figura 65
Figura 66
É necessário ainda observar se a placa de aperto esta nivelada para que haja
completo contato na sua base inferior e face superior da ferramenta.
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Importância: Um dos fatores capitais no rendimento e trabalho das maquinas
operatrizes esta no formato da ponta da ferramenta que deve variar conforme a natureza
do trabalho e do próprio material a ser usinado.
Se a ponta da ferramenta não esta de acordo com a técnica, alem de por em risco a
ferramenta, não se obtém o rendimento máximo.
Observando o desenho abaixo, vemos que a parte cortante da ferramenta é a ponta A,
a que vamos dar o nome de ângulo de cunha.
Quando o material é macio, o ângulo de cunha pode ser menor. A ferramenta resiste
porque o material é mole. O ângulo de saída deve ser grande para dar vazão à saída do
cavaco (fig. 67).
Quando se trabalha material duro, o ângulo de cunha deve ser grande para que a
ferramenta possa resistir. Saindo o cavaco, também a necessidade de ângulo de saída
grande.
Penetrando e cortando o material, o ângulo de cunha faz desprender o que na oficina
chamamos de cavaco.
Mas o ângulo de cunha cortando o material precisa deixar espaço ou saída para o
desprendimento do material cortado, isto é, do cavaco.
Essa saída do cavaco se faz então pelo ângulo de saída que é o espaço deixado para
esse fim.
Figura 67
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Os três ângulos que vimos acima: ângulo de saída, ângulo de cunha, ângulo de folga,
juntos e somados formam o ângulo reto ou de 90º. Já a soma do ângulo de ataque e do
ângulo de folga forma juntos o ângulo de corte, como vemos na figura.
Nas figuras seguintes, podemos observar que conforme vamos trabalhando com
material cada vez mais duro, o corpo da ferramenta, isto é, a ponta a que damos o nome
de ângulo de cunha vai aumentando.
__________________________________________________________ Usinagem - 46
Aço fundido – Aço duro – Latão e Bronze médios
Mas esta orientação geral não basta. Para cada material e cada tipo de trabalho,
esses ângulos devem variar, para trabalhos dentro desta técnica precisamos saber
consultar a tabela.
Além dos ângulos mostrados e explicados acima, a ferramenta ainda tem os ângulos
laterais, que dependem da função ou operação que se vai fazer. No caso de abertura de
rosca, são os ângulos laterais que determinam o formato dos filetes das mesmas.
pc = Profundidade de corte
a = Avanço
R = Ângulo de rendimento
C = Parte cortante
Diminuindo o ângulo de rendimento, aumenta a parte cortante da ferramenta sobre a
peça.
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Aumentando a parte cortante, melhora o esforço de corte e a distribuição do calor,
obtendo maior duração na ferramenta.
No caso de peças finas e compridas aconselha-se limitar o ângulo de rendimento ao
mínimo de 60º para não forçar a peça à flexão (arqueamento)
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O que significa “24 kg/mm2”
Observe que nas fileiras referentes a aço encontramos indicações como esta: “Aço
macio até 24kg/mm2 (1º fileira)”, ou então já na 2º fileira vemos: aços de 24 kg/mm 2 a 35
kg/mm2. Essas indicações correspondem à resistência que o material suporta quando
puxado pelos dois extremos, sem se romper. Na tecnologia chama-se resistência à
tração.
Assim, se a indicação: aço até 24kg/mm2 significa que cada 1 mm2 de secção da peça
suporta até 24kg de esforço ao ser puxado.
Em todas as tabelas de ângulo de corte e de velocidade de corte, é comum
aparecerem estas indicações, pois tanto o ângulo da ferramenta como a velocidade de
corte varia em função da resistência a atração do material que se vai trabalhar. Daí a
necessidade de se conhecer ou de se ter à resistência à tração do material para se dar
um ângulo ou velocidade correta no trabalho. As grandes indústrias possuem maquinas
que testam esta resistência à tração. As oficinas pequenas, neste caso, devem servi-se
de indicações dadas pelo próprio fabricante ou fornecedor do aço para um trabalho
correto.
Sendo impossível obter, recorre-se à prova de chispa pelo esmeril, baseando-se na
dureza do material.
Assim como a porcentagem de carbono é importante para uma têmpera correta, no
ângulo e na velocidade a resistência à tração adquire valor.
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