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Processo: 3369/10.5TBVIS-L.C1
Nº Convencional: JTRC
Relator: CATARINA GONÇALVES
Descritores: PRINCÍPIO DA IGUALDADE DOS CREDORES
PLANO DE INSOLVÊNCIA
Data do Acordão: 2013/06/25
Votação: UNANIMIDADE
Tribunal Recurso: 1º JUÍZO CÍVEL DE VISEU
Texto Integral: S
Meio Processual: APELAÇÃO
Decisão: REVOGADA
Legislação Nacional: 194º NºS 1 E 2 E 215º DO CIRE
Sumário: I – O princípio da igualdade dos credores – ao qual deverá
obedecer o plano de insolvência, salvo se os credores afectados
consentirem no seu tratamento mais desfavorável – impõe que
sejam tratados de forma igual os credores que se encontrem em
idênticas situações, não colidindo com o referido princípio o
tratamento diversificado que é dado a diversos credores, em
função da diferente categoria e natureza dos respectivos créditos
e em função de quaisquer outras razões objectivas que o
justifiquem.
II – Embora se admita – sem qualquer colisão com o princípio da
igualdade – que os créditos de diferente natureza e categoria
(garantidos, privilegiados e comuns) sejam tratados de modo
diverso (porque, na realidade, não estão em situação idêntica), tal
não significa que esses créditos tenham que merecer,
necessariamente, um tratamento diferenciado, em função da sua
natureza, sob pena de violação daquele princípio.
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II.
Questão a apreciar:
Atendendo às conclusões das alegações da Apelante – pelas quais se
define o objecto e delimita o âmbito do recurso – a questão a apreciar e
decidir consiste em saber se a alteração ao plano de insolvência que foi
aprovada na Assembleia de Credores realizada em 07/12/2012 viola ou
não o princípio da igualdade dos credores e se, em função disso, deve ou
não ser recusada a sua homologação.
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III.
Apreciemos, pois, a questão colocada no recurso.
Para justificar a não homologação da alteração ao plano, escreveu-se na
decisão recorrida o seguinte:
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IV.
Pelo exposto, concede-se provimento ao presente recurso e, revogando-
se a decisão recorrida, homologa-se a alteração ao plano de insolvência
que foi aprovada na Assembleia de Credores realizada em 07/12/2012.
Custas a cargo da Massa Insolvente.
Notifique.
Maria Catarina Gonçalves (Relatora)
Maria Domingas Simões
Nunes Ribeiro
[1] Neste sentido, Carvalho Fernandes e João Labareda, Código da
Insolvência e da Recuperação da Empresa Anotado, 2008, pág. 642.
[2] Colectânea de Jurisprudência, Ano XXXII, tomo III, pág.112.
[3] Ob. cit., pág. 641.