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CONHECIMENTOS GERAIS
EDUCAÇÃO BRASILEIRA: TEMAS EDUCACIONAIS E PEDAGÓGICOS
1. As diferentes correntes do pensamento pedagógico brasileiro e as implicações na
organização do sistema de educação brasileiro.
- A prática escolar está sujeita a condicionantes de ordem sociopolítica;
* Leis, economia, justiça, cenário social
- O modo como os professores realizam o seu trabalho na escolar tem a ver com esses
pressupostos teóricos.
- José Carlos Libâneo:
* Liberais: preparação de indivíduos para o desempenho de papeis sociais; adaptação
do indivíduo aos valores e normas vigentes; desenvolvimento da cultural individual; não leva
em conta a desigualdade de condições.
- Tradicional: (João Amós Comenius) Ensino humanístico; cultura geral;
meritocracia; a prática não tem relação com o cotidiano do aluno; prepara para as práticas
sociais baseadas nos valores liberais burguesas (adaptação). Pressupostos de
aprendizagem: considera que a capacidade de assimilação da criança é igual a do adulto,
sem levar em conta as características da idade; o professor é uma autoridade. Ensino da
Língua Portuguesa: linguagem como expressão do pensamento; organização lógica do
pensamento: regras do bem falar e do bem escrever; gramática normativa. Metodologia:
generalização; avaliação de caráter coercitivo; ensino da gramática, exercícios repetitivos,
provas escritas e exercícios de casa. Contradição da educação atual, que ainda utiliza
métodos tradicionais: formação inicial e continuada baseada na teoria da democratização
do ensino, inclusão, etc. X realidade da escola brasileira, que é tradicional (muitos estudantes
por sala, poucos recursos, baixo salário dos docentes, falta de articulação do trabalho docente,
etc.).
- Renovada (início do sec. XX) Progressivista (diretiva): escola como
ambiente que deve ser favorável para a experiência dos alunos; acentua o sentido da cultura
no desenvolvimento das aptidões. Conteúdos: direcionam-se para a realidade do estudante;
a educação imita a vida: trabalho em grupo; pesquisa, tentativas experimentais, descobertas
(aprender fazendo; aprender a aprender). Pressupostos de aprendizagem: aprender é uma
atividade de descoberta; autoaprendizagem; o ambiente é um meio estimulador; tomada de
consciência (Piaget); a autoridade do professor decorre, agora, da sua mediação. Ensino da
Língua Portuguesa: sem maiores consequências. Brasil: Associação Brasileira de Educação
(ABE), déc. 20: Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Fernando Azevedo; Escola nova: educação
como direito de todos; reformulação da educação; escola pública; Manifesto dos pioneiros
da educação (1932).
- Renovada não-diretiva: (Carls Rogers) Centra-se na formação de atitudes;
preocupação com os problemas psicológicos. Pressupostos de aprendizagem: aprende-se o
que estiver significativamente relacionado com as próprias percepções; privilegia-se a
autoavaliação e a autoaprendizagem. Ensino da Língua Portuguesa: sem maiores
consequências.
- Tecnicista: (anos 60 e 70 no Brasil) articula-se com o sistema produtivo;
produz indivíduos competentes para o mercado de trabalho. Pressupostos de
aprendizagem: formação de hábitos; estudante como depositário passivo dos
conhecimentos; hábitos de uso correto da linguagem; Reforma do Ensino (Lei 5.692/71),
implantou a escola tecnicista no Brasil: estruturalismo linguístico e linguagem como
instrumento de comunicação. Ensino da Língua Portuguesa: trabalha com as estruturas
linguísticas separadas do ser humano no seu contexto social; modernização da escola
tradicional a partir de contribuições teóricas do estruturalismo; continuou centrado na
gramática normativa. Dualismo: tecnicismo é direcionado para a massa.
CONHECIMENTOS INTERDISCIPLINARES
Linguagem, texto e contexto nos signos verbais e não-verbais. A intermediação entre
linguagem verbal e não verbal no processo de constituição do texto/discurso. A linguagem
das ciências e das artes e seu entendimento como chaves à compreensão do mundo e da
sociedade. A linguagem das ciências humanas no processo de formação das dimensões
estéticas, éticas e políticas do atributo exclusivo do ser humano. A linguagem das ciências e
das artes e as implicações ao pensar filosófico, a partir do Renascimento. As linguagens das
ciências, das artes e da matemática: sua conexão com a compreensão/interpretação de
fenômenos nas diferentes áreas das relações humanas com a natureza e com a vida social. As
linguagens das ciências e das artes e sua relação com a comunicação humana. O significado
social e cultural das linguagens das artes e das ciências – naturais e humanas – e suas
tecnologias. As linguagens como instrumentos de produção de sentido e, ainda, de acesso ao
próprio conhecimento, sua organização e sistematização.
LÍNGUA PORTUGUESA I. LITERATURA BRASILEIRA E BAIANA.
A linguagem literária.
O Barroco no Brasil. O Arcadismo no Brasil. O Romantismo – a poesia e a prosa no Brasil.
O Realismo-Naturalismo no Brasil. O Parnasianismo no Brasil. O Simbolismo no Brasil. A
revolução artística do inicio do século XX. O Pré-Modernismo no Brasil. Modernismo no
Brasil – poesia e prosa. O Pós-Modernismo. Autores Baianos: Gregório de Matos, Frei
Francisco Xavier, Luís Gama, Castro Alves, Xavier Marques, Jorge Amado, Camilo de Jesus
Lima, Adonias Filho, Deoscóredes Maximiliano (Mestre Didi), Herberto Sales, Dias Gomes,
Ildásio Tavares, João Ubaldo, Antonio Torres, Aleiton Fonseca.
II. LINGUAGEM E INTERAÇÃO:
1. Comunicação e mensagem:
É a capacidade que o ser humano tem de interagir com outros por meio mensagens
constituídas de sinais verbais ou não verbais.
Emissão – transmissão – recepção
Compreender implica requisitos básicos de processamento de informações,
como estrutura, conhecimento e aspectos culturais, bem como época, localização
geográfica e modismos.
O emissor produz a mensagem, que é transmitida por meios específicos (canal –
revista, livro, jornal, ar, rádio, etc.) para o receptor.
Elementos da comunicação:
o Emissor
o Receptor
o Mensagem
o Código
o Canal
o Contexto
3. A intencionalidade do discurso
Intencionalidade discursiva são as intenções, explícitas ou implícitas, existentes
na linguagem dos interlocutores que participam de uma situação comunicativa –
é a natureza da interpretação de texto.
Depende não apenas da mensagem, mas do contexto sócio histórico do enunciado.
Compreensão (Intelecção, compreender literalmente o dito) x Interpretação (exige
conhecimento de mundo, percebendo a intenção discursiva ou argumentativa).
4. Funções da linguagem:
O uso da linguagem para a construção de um texto com intencionalidade para
alguém.
o Função referencial: o foco é a informação; trazer a informação de modo
direto, objetivo e rápido (texto jornalístico e científico)
Ênfase na informação, objetividade, conhecimento e
esclarecimento, linguagem denotativa, visão unilateral,
preferencia pela 3ª pessoa.
o Função emotiva ou expressiva: ênfase no emissor, primeira pessoa, uso
da pontuação para exprimir subjetividade.
Poemas, narrativas dramáticas ou românticas.
o Função conativa ou apelativa: objetiva influenciar, convencer o receptor
de algo por meio de ordem, sugestão, convite ou apelo.
Verbos no imperativo, comum em textos publicitários, discursos
políticos ou de autoridade.
o Função metalinguística: quando o emissor explica um código usando o
próprio código.
o Função fática: estabelecimento de uma relação com o emissor para
verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a conversar.
o Função poética: ênfase na mensagem, preocupa-se com ela e na forma
como é transmitida; usa palavras em sentido conativo ou figurado,
utilizando figuras de linguagem.
5. Figuras de linguagem
Figuras de palavras
o Metáfora
o Catacrese
o Antonomásia ou perífrase: substituição de uma ou mais palavras por outra
que a identifique.
o Comparação
o Sinestesia
Figuras de pensamento
o Hipérbole
o Eufemismo
o Ironia
o Prosopopeia ou personificação
o Antítese
Figuras de sintaxe
o Elipse
o Zeugma: tipo de elipse, evita repetição de verbo ou substantivo
o Polissíndeto: repetição de conectivos
o Assíndeto: omissão de conectivos
o Anacoluto: mudança repentina na estrutura da frase
o Pleonasmo
o Hipérbato ou inversão
o Silepse: concordância da ideia mas não do termo
Gênero: São Paulo é suja.
Número: Um bando de mulheres gritavam assustadas.
Pessoa: Todos os atletas estamos preparados para o jogo.
o Anáfora: repetição de termos no começo das frases: Se eu amasse, se eu
chorasse, se eu perdoasse...
Figuras de som
o Aliteração: repetição de sons consonantais
o Assonância: repetição de sons vogais vocálicos
o Onomatopeia
III. LEITURA:
1. Compreensão literal: A etapa da compreensão abrange níveis diferentes; ela pode ser:
literal (o leitor capta as informações principais de maneira explícita); inferencial
(captam-se informações que nem sempre estão em nível superficial, mas que são
possíveis de construção a partir das pistas textuais deixadas pelo autor); e inferencial
extratextual (o leitor articula informações do texto com informações de seus
conhecimentos prévios a respeito do tema tratado, dando origem a uma informação
que não está explícita no texto, mas que é plenamente pertinente à compreensão
textual) (MENEGASSI, 1995).
a. relações de coerência:
i. idéia de coerência
- um dos fatores de textualidade;
- é responsável pelo sentido do texto;
- está presente na criação, circulação e recepção do texto;
- Portanto, “[...] a coerência não está apenas nos textos nem só nos
usuários, mas no processo que coloca texto e usuário em relação numa
situação”. (KOCH; TRAVAGLIA, 1995, p.40).
- se dá nos níveis sintático, semântico, temático, ilocucional, e
pragmático.
ii. idéia principal;
iii. detalhes de apoio,
iv. relações de causa e efeito,
v. sequência temporal,
vi. sequência espacial,
vii. relações de comparação e contraste.
2. O processo de letramento.