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CENTRO DE BIOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA CELULAR E GENÉTICA
DISCIPLINA DE BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR
Século XVII
Hooke
► termo “célula”
Leeuvenhoek
► descoberta dos microrganismos
Século XIX
Schleiden e Schwann
3.1 Microscópio de Hooke. O microscopista inglês Robert Ho
► “Teoria Celular” referindo-se às pequenas câmaras que ele observou em seçõe
microscópios construído por Hooke, por volta de 1670. A luz
Virchow esquerda) era direcionada para o espécime através de um glob
um condensador. O espécime era montado em um alfinete, log
► todas as células se originam de outras preexistentes
microscópio era focalizado pelo movimento de subida e descida
garra. B. Este desenho contendo duas seções de cortiça estava
em 1665.
Século XX
Palade A palavra “célula” foi usada pela primeira vez em sua
► microscopia eletrônica No século 17, o cientista inglês Robert Hooke, utilizando um
observou que a cortiça e outros tecidos vegetais são constit
a pequenas cavidades, separadas por paredes (Figura 3.1)
Robertson
3.1 Microscópio de Hooke. O microscopista inglês “células”, umafoipalavra
Robert Hooke queasignifica
o primeiro “pequeno
usar o termo compartim
“célula”,
► membrana celular às pequenas câmaras que ele observouadquiriu
referindo-se em seçõeso seu(Raven et
de significado
al., 2014)
atualampliadas.
cortiça, quando – a unidade
A. básica
Um dosda matér
EmA 1838,
microscópios construído por Hooke, por volta de 1670. Matthias Schleiden,
luz proveniente um botânico
de uma lamparina alemão,
de óleo (à relato
Níveis de organização em Biologia
Biosfera
↓
Ecossistemas
↓ Ecologia
Comunidades
↓
Populações
↓
Indivíduos Zoologia / Botânica
↓
Sistemas
↓ Anatomia
Órgãos Fisiologia
↓
Tecidos Histologia
↓
Células Biologia Celular / Microbiologia
↓
Moléculas Bioquímica / Biologia Molecular
mais adiante no capítulo estão marcados; eles são identificáveis pelo seu tamanho e forma. (B)
Uma pequena região do citoplasma com um maior aumento. As estruturas menores, claramente
visíveis, são os ribossomos, cada um é formado por cerca de 80-90 moléculas grandes indivi-
duais. (C) Porção de uma molécula longa de DNA em forma de cordão, isolada a partir de uma
célula e vista por microscopia eletrônica. (A e B, cortesia de Daniel S. Friend; C, cortesia de Mei
Lie Wong.)
20 mm 2 mm 0,2 mm
20 µm 2 µm 0,2 µm
20 nm 2 nm 0,2 nm
Citologia (Morfologia)
► tamanho, forma, localização e movimentos dos componentes celulares
Bioquímica e Biofísica 4 Alberts, Bray, Hopkin, Johnson, Lewis, Raff, Roberts &
► composição química e funcionamento das células (A)
100 µm
(B)
25 µm
Genética
Síntese do DNA As d
► consequências da perda ou ganho de função de genes (replicação)
ma desap
Biologia
934do Desenvolvimento
Lodish, Berk, Kaiser & Cols. DNA veis quan
► rotas de diferenciação e morte celular por dentr
um grau
Tipo selvagem Deficiência em Deficiência A evolução das moléculas de adesão multi
quinaria
colágeno li em perlecano Síntese de RNA
possibilitou a evolução da diversidade
(transcrição)
mesmosdos
Nucleotídeos
•
an1ma1s • cas (discu
Lodish et al., 2014 RNA – genes –
(C) As adesões célula-célula (D) e célula-matriz são re
10 µm 0,5 µm químico,
pela formação, composição, arquitetura e f
tadas ess
tecidos animais. Não é surpreendente que as
Síntese proteica
Alberts et al., de
2012 forma pa
adesão(tradução)
dos animais sejam evolutivament
as longas
estejam entre as proteínas
PROTEÍNA mais altamente c
..., monôme
dos organismos multicelulares. As esponjas,
• tes sequê
mos multicelulares
Aminoácidos mais primitivos, expressa
mações.
nadas CAMs e moléculas de ECM multiade
(E)
fundamento de estudos sobre a função e sobre a evolu- borada.
ção de genes e proteínas conservados e não conserva- As
dos encontrados em múltiplos organismos. Na seção a adjacen
Procariotos x Eucariotos
Espaço periplasmátº
Lodish et al., 2014
,
Procariotos parede celular
► bactérias, cianobactérias e
arqueobactérias
► organismos unicelulares de vida livre,
simbiontes ou parasitas (patógenos)
► núcleo primitivo (nucleoide)
► células desprovidas de sistemas •
Sendo uma molécula pequena, a hidrazina é ao mesmo Por enquanto, as bactérias anamox fornecem uma
tempo altamente tóxica e difícil de conter. Ela se difun- grande vantagem para o tratamento de rejeitos, reduzin-
de facilmente através de típicas membranas fosfolipí- do o custo da remoção da amônia em até 90% (os pas-
dicas. As bactérias anamox resolveram esse problema sos convencionais de desnitrificação são completamen-
sequestrando a hidrazina em uma organela especializa- te eliminados e os custos da aeração, associada com a
da, chamada de anamoxossomo. A membrana dessa nitrificação, são reduzidos) e diminuindo a liberação de
organela é constituída por lipídeos conhecidos como subprodutos poluentes. Claramente, uma maior familiari-
laderanos (Figura Q-2), nunca antes encontrados na dade com os alicerces bacterianos da biosfera pode tra-
biologia. Os anéis de ciclobutanos fundidos apresenta- zer bons resultados, à medida que os desafios ambientais
dos pelos laderanos empilham-se de forma compacta, do século XXI são enfrentados.
formando uma barreira muito densa e diminuindo muito
a liberação de hidrazina. Os anéis de ciclobutano apre-
sentam grande tensão e sua síntese é difícil; os mecanis-
Alberts
moset al., 2017
bacterianos para a síntese desses lipídeos ainda não
são conhecidos.
Os anamoxossomos foram uma descobertaGemmata obscuriglobus
surpreen-
dente. Células bacterianas geralmente não apresentam
compartimentos, e a ausência de um núcleo(Nelson e Cox, 2014)
delimitado
por membranas costuma ser citada como a principal di-
ferença entre eucariotos e bactérias. A descoberta de NE
um tipo de organela em uma bactéria já foi bastante in- N
teressante, mas os planctomicetos também apresentam
núcleo: seu DNA cromossômico está contido dentro de
uma membrana (Figura Q-3). A descoberta dessa orga-
nização subcelular motivou novas pesquisas no sentido
de desvendar a origem dos planctomicetos e a evolução
do núcleo nos eucariotos. Os planctomicetos represen-
tam uma antiga linhagem bacteriana com múltiplos gê-
neros, três dos quais são conhecidos por desenvolverem Vibrio cholerae
reações anamox. Estudos posteriores desse grupo de
organismos poderão finalmente nos aproximar de um
(Alberts et al., 2017)
Cianobactéria
objetivo extremamente importante da biologia evoluti- 0.2 mm
va: a descrição do organismo afetuosamente chamado
FIGURA Q3 Micrografia eletrônica de transmissão de uma secção trans-
de LUCA – o último ancestral (Bresinsky
comum universal et (de
al.,Last
2012)versal de Gemmata obscuriglobus, mostrando o DNA em um núcleo (N)
Universal Common Ancestor) de toda a vida em nosso com envelope nuclear fechado (NE). Bactérias do gênero Gemmata (filo
planeta. Planctomycetes) não realizam reações anamox.
A célula eucariótica
Protozoários Alberts et al., 2017
O lisossomo degrada
restos intracelulares.
O transporte de vesículas faz o
trânsito de proteínas e lipídeos
entre o RE, o aparelho de Golgi e
a membrana plasmática.
O aparelho de Golgi processa, empacota e envia
proteínas para outras organelas ou para exportação.
(c) (d)
Levedura (Saccharomyces cerevisiae) Nematelminto ( Caenorhabditis elegans)
(e) (f)
Mosca-da-fruta (Drosophila Peixe-zebra
melanogaster)
Desenvolvimento de tecidos corporais
Desenvolvimento do plano corporal de vertebrados
Geração de linhagens celulares Formação e função do cérebro e do
diferenciadas sistema nervoso
Formação do sistema nervoso, Defeitos congênitos
coração e musculatura Câncer
Morte celular programada
Controle genético do comportamento
Genes de câncer e controle da
proliferação celular
Controle da polarização celular
Lodish et al., 2014
Efeitos de drogas, álcool, pesticidas
(g) (h)
Camundongo (incluindo cultura Vegetal (Arabidopsis thaliana)
de tecidos)
Desenvolvimento e segmentação
Desenvolvimento de tecidos corporais de tecidos
Função do sistema imune de mamíferos Genética da biologia celular
Formação e função do cérebro e Aplicações agrícolas
do sistema nervoso Fisiologia
Modelos de câncer e outras Regulação gênica
doenças humanas Imunidade
Regulação gênica e hereditariedade Doenças infecciosas
Doenças infecciosas
Classificação dos seres vivos
Cinco reinos
► Reino Monera
► Reino Protista
► Reino Fungi
► Reino Plantae
► Reino Animalia
Lodish
(a) et al., 2014 Animais EUCARIOTOS
Vegetais Fungos
._,..M
; icrospo rídeos
Micitozoários
..... Entamoeba
BACTÉRIAS Gram-positivas com baixo Apicomplexa
conteúdo de G + e (p. ex., Plasmodium)
Gram-positivas com alto ARQUEIAS
conteúdo de G + C Eug/ena
Euryarchaeota
Púrpuras 'ô/e Kinetoplasta
Korarchaeota Crenarchaeota (p. ex., Trypanosoma)
Púrpuras a
1 Parabasalia
Púrpuras -y/J3
.. Trichomonas)
Espiroquetas LAT?
" e Metamonada
Fusobactérias ,; "
Thermotogales ,,, "' (p. ex., Giardia)
Flexibacter/ ,, ,,,
Bacteroides
Cianobacténas - C/oroplastos
Thermus
Aquifes
,
Ultimo ancestral comum presumido de
eucariotos e arqueobactérias
Área Ambiental
► biorremediação
► microrganismos degradadores de petróleo
► controle biológico
Área da Saúde
► produção de vacinas
► desenvolvimento de fármacos
► mecanismos de ação de fármacos
► terapia gênica
► diagnóstico molecular
Referencial Bibliográfico
ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.;
WALTER, P. Biologia Molecular da Célula. 6. ed. Porto Alegre: Artmed,
2017.
LODISH, H.; BERK, A.; KAISER, C.A.; KRIEGER, M.; BRETCHER, A.;
PLOEGH, H.; AMON, A. SCOTT, M.P. Biologia Celular e Molecular. 7.
ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.