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Módulo IV
Crescimento e Desenvolvimento
1- Tecido Epitelial
Conforme sua estrutura e função, o Tecido Epitelial pode ser classificado como T. E. de
Revestimento ou T. E. Glandular. Vamos estudá-los separadamente porque as suas células
organizam-se de forma diferente, porém preservando a característica fundamental dos
epitélios.
Recobrindo uma superfície, o epitélio pode ser formado por uma única camada de
células acima da membrana basal ou mais camadas, o que permite classificá-lo como
simples ou estratificado. Além disso, as células de revestimento podem ser de diferentes
formas: pavimentosas (ou escamosas), cúbicas, cilíndricas (ou prismáticas ou colunares).
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Assim, ao classificarmos um epitélio, é preciso identificar:
Se é de revestimento ou glandular
Se é simples ou estratificado
Se é pavimentoso, cúbico ou cilíndrico
A classificação correta é a combinação dessas observações, alem de ressaltar
estruturas eventualmente presentes como cílios, estereocílios, microvilosidades,
queratina).
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Figura 3: T.E. de revestimento cilíndrico simples
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Agora, observa as lâminas, desenhe e classifique os epitélios:
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1.2- Tecido Epitelial Glandular
Glândula exócrina:
Figura 6: observe
processoa
comunicação com a
de formação das
superfície através do ducto
glândulas
excretor. exócrinas e
endócrinas
Glândula endócrina:
observe que não há
comunicação coma
superfície de origem. A
secreção é liberada nos
vasos sanguíneos
adjacentes.
Uma vez observada a presença de ductos, a glândula é formada por uma porção
secretora (parte da glândula que produz a secreção) e outra excretora (parte da glândula
que apenas transporta a secreção). Assim, as glândulas exócrinas ainda podem ser
classificadas como (Fig. 7):
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OBS: há outras classificações para as glândulas exócrinas, se quiser conhecê-las,
pesquise num livro de histologia.
Como dito antes, as glândulas endócrinas não possuem ductos para liberação da
sua secreção. Assim, suas células organizam-se ao redor de vasos sanguíneos de
duas formas possíveis: formando cordões celulares ou formando vesículas
(folículos). Por isso, estas podem ser classificadas como:
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Figura 8: Glândula endócrina cordonal. Observe as células enfileiradas e as fileiras paralelas
umas às outras. Pequenos vasos sanguíneos ficam entre os cordões celulares.
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Figura 10: esquema de um corte de
glândula exócrina. Observe que a
porção excretora (ductos) apresentam
parede fina de epitélio cúbico simples e
lúmen amplo, enquanto a porção
secretora (ácinos) é revestida por
células maiores, piramidais, com lúmen
reduzido.
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2- Tecido Conjuntivo
OBS: A fibra colágena confere resistência à tração e a organização das fibras está
relacionada a esta função da fibra.
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T. E de Revestimento da pele
T. Conjuntivo frouxo
Fig. 11: Estrutura histológica dos T. conjuntivos frouxo, denso modelado e não-modelado. No
frouxo, observe a textura homogênea, com matriz extracelular homogeneamente corada; no
denso não-modelado, as fibras colágenas ficam evidentes e a matriz extracelular aparece
irregularmente corada; no denso modelado, o predomínio e organização paralela das fibras
colágenas é evidente.
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T. Adiposo Unilocular (TAU) T. Adiposo Multilocular (TAM)
TAU
TAM
Figura 12: Tecido Adiposo Unilocular e Multilocular. Observar a gota lipídica única do unilocular e as
inúmeras gotículas do multilocular; observar também os núcleos comprimidos do unilocular e
núcleos esféricos do multilocular.
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2.2.2- Tecido Cartilaginoso
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Cartilagem Hialina Cartilagem Elástica Cartilagem Fibrosa
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As células do Tecido Ósseo são denominadas osteoblastos/osteócitos
(dependendo do seu estado funcional), e osteoclastos. Já a substância fundamental
amorfa (matriz extracelular do Conjuntivo) passa a ser denominada matriz óssea.
Os osteoblastos são células ósseas que produzem ativamente a matriz óssea
não calcificada ainda, chamada de osteóide. Após o processo de calcificação, os
osteoblastos ficam aprisionados no osso, e reduzem a sua atividade sintética e
metabólica, passando a denominar-se osteócito. Portanto, osteoblastos e osteócitos
são denominações que definem o estado funcional da célula óssea. Já os
osteoclastos são células móveis, gigantes e multinucleadas, pois são originárias da
fusão de macrófagos. Estas células atuam nos processos de reabsorção e
remodelagem do osso.
A matriz óssea é formada por um componente orgânico, representado pelas
fibras colágenas, glicoproteínas e proteoglicanas ,e por um componente inorgânico,
principalmente cálcio e fosfato que formam cristais.
Como vimos, a matriz óssea, logo que é produzida pelos osteoblastos, ela
ainda não é calcificada. Somente após a sua produção é que haverá a mineralização
da matriz. Com isso, o Tecido Ósseo é classificado histologicamente em 2 tipos:
Tecido Ósseo Primário ou Imaturo (Fig. 14): apresenta fibras colágenas
desorganizadas, osteoblastos estão presentes e a pouca quantidade de
minerais;
Tecido Ósseo Secundário ou Maduro ou Lamelar (Fig. 15): as fibras
colágenas se organizam concentricamente (lamelas) ao redor de um
canal por onde passa um vaso sanguíneo (Canal de Havers); os canais
de Havers se comunicam por canais transversais denominados canais
de Volkman. Esse arranjo é denominado Sistema de Havers (veja
esquema da fig. 15).
Osteóide
Matriz calcificada
Canal de Volkman
Canais de Havers 16
Canal de Havers
Vaso sanguíneo
Canal de Volkman
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3- Tecido Muscular
O Tecido Muscular é formado por células fortemente unidas, dotadas da
capacidade de contração. São células alongadas, fusiformes ou cilíndricas,
denominadas fibras musculares, que se agrupam em feixes e a junção de inúmeros
feixes forma um músculo.
Para adquirirem a capacidade de contração, as fibras musculares são dotadas
de miofibrilas, proteinas contráteis denominadas actina, miosina, troponina (Tn) e
tropomiosina (Tm). A organização das miofibrilas forma um arranjo denominado
sarcômero, unidade funcional da contração que se repete ao longo da fibra. A
repetição dos sarcômeros na fibra muscular aparece como estriações transversais
visíveis ao microscópio óptico. Veja no esquema da figura 17 abaixo a organização
das miofibrilas em um sarcômero.
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Músculo Estriado Esquelético: neste músculo, a fibra muscular é
cilíndrica, muito alongada e multinucleada, mostrando
estrias transversais devido a organização das miofibrilas
em sarcômeros. Funcionalmente, sua contração é rápida,
vigorosa e voluntária.
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Figura 19. Esquema do mecanismo de contração
da fibra muscular lisa que não apresenta
sarcômeros. Assim, a contração da fibra é
irregular.
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Figura 22: Músculo Liso. Em , note as
fibras fusiformes uninucleadas, vistas em
corte longitudinal. Em
4- Tecido Nervoso
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Essa divisão anatômica será importante na composição da neuróglia, que difere conforme
a localização.
4.1- Neurônios
OBS: há uma classificação para diferentes tipos de neurônios, que podem apresentar
alguma variação na forma e na função. Para saber mais, consulte um livro de histologia.
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4.2- Neuróglia
A Neuróglia é formada por diferentes tipos de células acessórias, que se distribuem diferentemente
no Sistema Nervoso, conforme demonstra a tabela abaixo:
Características
Célula da Neuróglia
Estrutura Função
Produzem a bainha de
Célula de Schwann Idem anterior
mielina do SNP
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Astrócitos: Observe os inúmeros prolongamentos
citoplasmáticos que formam pés vasculares
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Figura 25: Neurônio. A seta branca
indica uma ramificação dendrítica e a
ponta da seta indica um axônio.
A B
A B
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Agora, observe as lâminas, observe o Tecido Nervoso e identifique as células,
apontando as estruturas que forem evidentes.
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