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Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC

Colegiado do Curso de Biologia EAD

Módulo IV
Crescimento e Desenvolvimento

Eixo Biológico – Unidade 3:

Desenvolvimento e evolução dos tecidos, órgãos e sistemas

Caderno de Atividade Presencial Prática


Profa. Ligia V.L. Santos
HISTOLOGIA ANIMAL

Quando estudamos os tecidos animais, observamos que qualquer tecido é


constituído por células e por substância extracelular, presente em maior ou menor
quantidade entre as células.
Assim, ao estudarmos um tecido, é preciso caracterizarmos as células que estão
presentes, sua estrutura e funções, além do material extracelular.
Neste caderno, vamos aprender a reconhecer os tipos de tecidos animais básicos
que são 4: Epitelial (de revestimento e glandular), Conjuntivo (que inclui o Adiposo,
Cartilaginoso e Ósseo), Muscular e Nervoso.
Este caderno pretende apenas orientar um estudo prático; assim, para mais
informações sobre características morfofuncionais dos tecidos, estude num livro de
histologia.

1- Tecido Epitelial

O tecido epitelial, caracteriza-se fundamentalmente por apresentar células justapostas,


fortemente unidas umas às outras, o que, por conseqüência, reduz a quantidade de
substância extracelular. Esta característica está associada á função dos epitélios, que é
revestir o corpo e protegê-lo de agentes agressivos externos e para formar unidades
secretoras (glândulas). Para manter as células aderidas, elas são dotadas de estruturas de
membrana chamadas de junções intercelulares (zônulas de adesão, zônulas de oclusão,
junções comunicantes, desmossomas e hemidesmossomas) que são visíveis apenas em
microscopia eletrônica, por isso não vamos evidenciá-las aqui.

Uma característica importante dos epitélios é que as células se prendem a uma


membrana basal que separa o epitélio do tecido subjacente.

Conforme sua estrutura e função, o Tecido Epitelial pode ser classificado como T. E. de
Revestimento ou T. E. Glandular. Vamos estudá-los separadamente porque as suas células
organizam-se de forma diferente, porém preservando a característica fundamental dos
epitélios.

1.1- Tecido Epitelial de Revestimento

O epitélio de revestimento, como o próprio nome explica, tem a função de revestir a


superfície externa do corpo e também cavidades internas, como trato digestivo,
respiratório, vias urinárias, circulatórias e muitas outras.

Recobrindo uma superfície, o epitélio pode ser formado por uma única camada de
células acima da membrana basal ou mais camadas, o que permite classificá-lo como
simples ou estratificado. Além disso, as células de revestimento podem ser de diferentes
formas: pavimentosas (ou escamosas), cúbicas, cilíndricas (ou prismáticas ou colunares).

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Assim, ao classificarmos um epitélio, é preciso identificar:

 Se é de revestimento ou glandular
 Se é simples ou estratificado
 Se é pavimentoso, cúbico ou cilíndrico
 A classificação correta é a combinação dessas observações, alem de ressaltar
estruturas eventualmente presentes como cílios, estereocílios, microvilosidades,
queratina).

OBS: Há também 2 tipos que não se enquadram nessa classificação: o epitélio


pseudoestratificado e o de transição.

 O epitélio pseudoestratificado é formado predominantemente por células colunares,


mas possui também células menores, de forma irregular ou globosas, porém todas
estão ligadas à membrana basal (veja figura 1).
 O epitélio de transição é um tipo especial de epitélio presente na bexiga urinária,
formado por células globosas que, dependendo do estado funcional do órgão (cheia
ou vazia), pode apresentar-se muito ou pouco estratificado (veja figura 1).

Vamos ver um esquema e em seguida, tente você!

Figura 1: T.E. de revestimento pavimentoso simples

Figura 2: T.E. de revestimento cúbico simples

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Figura 3: T.E. de revestimento cilíndrico simples

Figura 4: T.E. de revestimento pavimentoso estratificado

Figura 5: T.E. de revestimento pseudoestratificado colunar ciliado

Figura 5: T.E.de transição

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Agora, observa as lâminas, desenhe e classifique os epitélios:

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___________________________ _ ____________________________

___________________________ _ ____________________________
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1.2- Tecido Epitelial Glandular

O epitélio glandular surge de uma invaginação da superfície de revestimento (fig 6)


formando uma glândula, que especializou-se na produção e secreção se substâncias.
Neste processo, algumas glândulas mantêm a ligação com a superfície de origem, outras
perdem essa ligação. Desta forma, surge a primeira classificação das glândulas:

 Glândulas exócrinas (fig. 7): aquelas mantêm a comunicação com a superfície de


origem, liberando sua secreção através deste canal excretor (possuem ducto);
desta forma, o produto de secreção tem ação local. Exemplos: glândulas
salivares, sudoríparas; sebáceas, células caliciformes, etc.
 Glândulas endócrinas (fig.9): aquelas que perdem a comunicação com a
superfície e liberam sua secreção em um vaso sanguíneo, pois não possuem
canal excretor (não possuem ducto); desta forma, o produto de secreção, aqui
denominado hormônio, tem ação sistêmica. Exemplos: hipófise, tireóide e
paratireóide, adrenais, pâncreas (Ilhotas de Langerhans) e pineal.

Glândula exócrina:
Figura 6: observe
processoa
comunicação com a
de formação das
superfície através do ducto
glândulas
excretor. exócrinas e
endócrinas

Glândula endócrina:
observe que não há
comunicação coma
superfície de origem. A
secreção é liberada nos
vasos sanguíneos
adjacentes.

1.2.1. Glândulas exócrinas:

Uma vez observada a presença de ductos, a glândula é formada por uma porção
secretora (parte da glândula que produz a secreção) e outra excretora (parte da glândula
que apenas transporta a secreção). Assim, as glândulas exócrinas ainda podem ser
classificadas como (Fig. 7):

 Tubulosas: tem a porção secretora alongada, na de um tubo;


 Acinosas: tem a porção secretora arredondada;
 Túbulo-acinosas: associação das anteriores;
 Túbulo-alveolares: a porção tubular termina em uma ampla cavidade (alvéolo).

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OBS: há outras classificações para as glândulas exócrinas, se quiser conhecê-las,
pesquise num livro de histologia.

Figura 7: Tipos de glândulas exócrinas. Em todos os casos, a porção secretora


comunica-se com a superfície através de um ducto.

1.2.2- Glândulas Endócrinas

Como dito antes, as glândulas endócrinas não possuem ductos para liberação da
sua secreção. Assim, suas células organizam-se ao redor de vasos sanguíneos de
duas formas possíveis: formando cordões celulares ou formando vesículas
(folículos). Por isso, estas podem ser classificadas como:

 Cordonal (fig. 8): células se dispõem enfileiradas, formando cordões celulares ao


redor dos vasos sanguíneos. Exemplo: hipófise, adrenais, Ilhotas de Langerhans;
 Vesicular ou Folicular (fig. 9): as células formam folículos ou vesículas no interior
das quais fica armazenada a secreção (colóide), e os vasos sanguíneos ficam
externamente aos folículos. Exemplo: Tireóide.

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Figura 8: Glândula endócrina cordonal. Observe as células enfileiradas e as fileiras paralelas
umas às outras. Pequenos vasos sanguíneos ficam entre os cordões celulares.

Figura 9: Glândula endócrina vesicular. Observe os folículos e o colóide no interior. Os vasos


sanguíneos ficam externamente aos folículos.

A seguir, observe as lâminas histológicas de diferentes glândulas. Para identificá-


las como exócrinas ou endócrinas, é preciso verificar a presença ou não de ductos. Os
ductos, em cortes histológicos, ficam misturados às porções secretoras (veja figura 10),
mas são facilmente identificados por seu revestimento de epitélio cúbico simples e
lúmen amplo.

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Figura 10: esquema de um corte de
glândula exócrina. Observe que a
porção excretora (ductos) apresentam
parede fina de epitélio cúbico simples e
lúmen amplo, enquanto a porção
secretora (ácinos) é revestida por
células maiores, piramidais, com lúmen
reduzido.

___________________________ _ ____________________________

___________________________ _ ____________________________

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2- Tecido Conjuntivo

O Tecido Conjuntivo (conectivo), como o nome define, é aquele que conecta


os diferentes tecidos e órgãos, preenchendo os espaços entre eles. De acordo com
suas características, ele tem funções de preenchimento, sustentação, defesa e
nutrição do organismo. Como tecido de ligação, o Conjuntivo é normalmente
ricamente inervado e vascularizado.
Os componentes do Tecido Conjuntivo são três: 1- células, 2- fibras e 3-
matriz extracelular. As células típicas do Conjuntivo são denominadas fibroblastos
(quando ativas) ou fibrócitos (quando inativas), mas observa-se também a
presença de outras células que podem ser encontradas em outros tecidos como
adipócitos, plasmócitos, linfócitos, macrófagos, mastócitos e outras. Estas células
ficam distantes umas das outras, separadas por grande quantidade de matriz
extracelular chamado de substância fundamental amorfa. Na substância
fundamental amorfa, são encontrados os componentes fibrosos do Conjuntivo,
denominadas fibras colágenas, elásticas ou reticulares.
As diferentes funções do Tecido Conjuntivo, descritas no primeiro parágrafo
dependem da organização e da combinação desses componentes, originando tipos
especiais de Tecido Conjuntivo e o Conjuntivo propriamente dito.

2.1- Tecido Conjuntivo propriamente dito


Tipo de Conjuntivo em que os três componentes estão presentes em
proporções aproximadamente semelhantes. Observe a divisão abaixo, que dá
detalhes da classificação do Conjuntivo propriamente dito (Fig.11):

Frouxo: os componentes (células, fibras e substancia


fundamental amorfa) estão presentes em igual
proporção, sem organização definida.
Encontrado logo abaixo da epiderme.

Denso não-modelado: na matriz extracelular, há


predomínio de fibras colágenas
Tecido Conjuntivo desorganizadas, formando uma malha
propriamente dito tridimencional. Encontrado na derme profunda.

Denso modelado: na matriz extracelular, predominam


fibras colágenas paralelas, organizadas em um
único sentido. Encontrado nos tendões.

OBS: A fibra colágena confere resistência à tração e a organização das fibras está
relacionada a esta função da fibra.

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T. E de Revestimento da pele

T. Conjuntivo frouxo

T. conjuntivo denso não-


modelado

T. Conjuntivo denso modelado

Fig. 11: Estrutura histológica dos T. conjuntivos frouxo, denso modelado e não-modelado. No
frouxo, observe a textura homogênea, com matriz extracelular homogeneamente corada; no
denso não-modelado, as fibras colágenas ficam evidentes e a matriz extracelular aparece
irregularmente corada; no denso modelado, o predomínio e organização paralela das fibras
colágenas é evidente.

Agora, observe as lâminas, identifique o tecido conjuntivo e classifique-o, apontando


as estruturas que forem evidentes.

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___________________________ _ ___________________________

OBS: Há outros tipos de Conjuntivo menos comuns como o elástico (quando


predominam fibras elásticas) e o reticular (quando predominam fibras reticulares). Se
desejar conhecer mais sobre eles, consulte um livro de Histologia.

2.2- Tipos Especiais de Conjuntivo


2.2.1- Tecido Adiposo
É formado predominantemente por adipócitos, células especializadas no
armazenamento de lipídeos, tornando-se células poliédricas e próximas umas das
outras. De acordo com a forma de armazenamento dos lipídeos, o Tecido Adiposo é
dividido em (Fig. 12):
 Tecido Adiposo Unilocular ou Amarelo: quando as células adiposas
maduras contem apenas uma gota lipídica que ocupa quase todo o
espaço do citoplasma; por isso, o núcleo da célula aparece achatado,
comprimido entre a gota lipídica e a membrana plasmática. É chamado
amarelo porque acumula o pigmento caroteno. Função principal: reserva
energética.
 Tecido Adiposo Multilocular ou Pardo: os adipócitos são menores e
armazenam inúmeras gotículas lipídicas no interior. É chamado de pardo
por ser ricamente vascularizado e pela grande presença de
mitocôndrias. Nestes adipócitos, o núcleo aparece esférico, no interior
da célula, entre as gotículas. Função principal: produção de calor.

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T. Adiposo Unilocular (TAU) T. Adiposo Multilocular (TAM)

TAU

TAM

Figura 12: Tecido Adiposo Unilocular e Multilocular. Observar a gota lipídica única do unilocular e as
inúmeras gotículas do multilocular; observar também os núcleos comprimidos do unilocular e
núcleos esféricos do multilocular.

Agora, observe as lâminas, identifique o tecido Adiposo e classifique-o, apontando as


estruturas que forem evidentes.

___________________________ ____________________________

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2.2.2- Tecido Cartilaginoso

Tipo especial de Conjuntivo cujas células foram denominadas


condroblastos/condrócitos e a substância fundamental amorfa foi denominada
matriz cartilaginosa, rica em fibras. Na matriz cartilaginosa, os condrócitos estão no
interior de espaços denominados lacunas; dentro de uma lacuna pode haver um ou
até 8 condrócitos, formando um grupo isógeno (irmão).
Outra característica das cartilagens, com exceção da Fibrosa, é a presença de
um pericôndrio que é uma membrana conjuntiva que envolve a cartilagem,
responsável pelo crescimento e manutenção da mesma.
Conforme haja predomínio de um tipo de fibra, a cartilagem é classificada de
acordo com o esquema a seguir (Fig. 13):

Cartilagem Hialina: tipo de cartilagem onde, na matriz


cartilaginosa, há predomínio de fibras
colágenas do tipo II. A matriz cartilaginosa é
homogênea, sem fibras visíveis. Encontrada na
traqueia, nariz, brônquios, articulações.

Cartilagem Elástica: há predomínio de fibras elásticas na


matriz, que aparecem coradas; encontrada no
Tecido Cartilaginoso pavilhão auditivo, epiglote e na cartilagem
cuneiforme da laringe.

Cartilagem Fibrosa: na matriz cartilaginosa predominam


fibras colágenas do tipo I. Os condrócitos
formam fileiras na matriz. Encontrada na sínfise
púbica e discos intervertebrais.

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Cartilagem Hialina Cartilagem Elástica Cartilagem Fibrosa

condrócitos matriz cartilaginosa fibras elásticas

Figura 13: Tipos de Cartilagem. As cartilagens se distinguem porque, na Hialina, a matriz


cartilaginosa é homogênea, na Elástica as fibras elásticas são evidentes na matriz e, na Fibrosa, os
condrócitos formam fileiras.

Agora, observe as lâminas, identifique o Tecido Cartilaginoso e classifique-o,


apontando as estruturas que forem evidentes.

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2.2.3- Tecido Ósseo

O Tecido Ósseo é um tipo especial de Conjuntivo com a propriedade de ser


resistente e rígido devido ao processo de mineralização (calcificação) da matriz
extracelular. Esta propriedade permite a sustentação do corpo do animal.

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As células do Tecido Ósseo são denominadas osteoblastos/osteócitos
(dependendo do seu estado funcional), e osteoclastos. Já a substância fundamental
amorfa (matriz extracelular do Conjuntivo) passa a ser denominada matriz óssea.
Os osteoblastos são células ósseas que produzem ativamente a matriz óssea
não calcificada ainda, chamada de osteóide. Após o processo de calcificação, os
osteoblastos ficam aprisionados no osso, e reduzem a sua atividade sintética e
metabólica, passando a denominar-se osteócito. Portanto, osteoblastos e osteócitos
são denominações que definem o estado funcional da célula óssea. Já os
osteoclastos são células móveis, gigantes e multinucleadas, pois são originárias da
fusão de macrófagos. Estas células atuam nos processos de reabsorção e
remodelagem do osso.
A matriz óssea é formada por um componente orgânico, representado pelas
fibras colágenas, glicoproteínas e proteoglicanas ,e por um componente inorgânico,
principalmente cálcio e fosfato que formam cristais.
Como vimos, a matriz óssea, logo que é produzida pelos osteoblastos, ela
ainda não é calcificada. Somente após a sua produção é que haverá a mineralização
da matriz. Com isso, o Tecido Ósseo é classificado histologicamente em 2 tipos:
 Tecido Ósseo Primário ou Imaturo (Fig. 14): apresenta fibras colágenas
desorganizadas, osteoblastos estão presentes e a pouca quantidade de
minerais;
 Tecido Ósseo Secundário ou Maduro ou Lamelar (Fig. 15): as fibras
colágenas se organizam concentricamente (lamelas) ao redor de um
canal por onde passa um vaso sanguíneo (Canal de Havers); os canais
de Havers se comunicam por canais transversais denominados canais
de Volkman. Esse arranjo é denominado Sistema de Havers (veja
esquema da fig. 15).

Figura 13: Tecido Ósseo Primário ou


Imaturo. Observar a presença de
grande quantidade de osteoblastos
presentes. Os osteócitos estão
localizados na parte que já está
sofrendo calcificação.

Osteóide

Matriz calcificada

Figura 14: Tecido Ósseo Secundário ou Lamelar.


Observe os Canais de Havers e as lamelas
concêntricas com osteócitos aprisionados. Canal de
Volkman também está visível.

Canal de Volkman

Canais de Havers 16

Osteócitos (setas brancas)


Vaso sanguíneo
Figura 15: Esquema da diáfise de um
Lamelas osso longo, mostrando a organização
do osso maduro em Sistemas de
Sistema de Havers
Havers. Observar o vaso sanguíneo no
Canal de Havers em torno do qual as
lamelas se organizam. Os canais de
Havers se comunicam
transversalmente através dos canais de
Volkman.

Canal de Havers

Vaso sanguíneo

Canal de Volkman

Agora, observe as lâminas, identifique o Tecido Ósseo e classifique-o, apontando as


estruturas que forem evidentes.

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3- Tecido Muscular
O Tecido Muscular é formado por células fortemente unidas, dotadas da
capacidade de contração. São células alongadas, fusiformes ou cilíndricas,
denominadas fibras musculares, que se agrupam em feixes e a junção de inúmeros
feixes forma um músculo.
Para adquirirem a capacidade de contração, as fibras musculares são dotadas
de miofibrilas, proteinas contráteis denominadas actina, miosina, troponina (Tn) e
tropomiosina (Tm). A organização das miofibrilas forma um arranjo denominado
sarcômero, unidade funcional da contração que se repete ao longo da fibra. A
repetição dos sarcômeros na fibra muscular aparece como estriações transversais
visíveis ao microscópio óptico. Veja no esquema da figura 17 abaixo a organização
das miofibrilas em um sarcômero.

Figura 17: representação de um Sarcômero.


Na fibra muscular relaxada (A) há pouca
sobreposição dos filamentos de actina sobre
os de miosina. Na fibra contraída (B), ocorre
Actina Miosina + Tn + Tm um deslizamento das miofibrilas,
aumentando a zona de sobreposição da
actina sobre a miosina, encurtando o
sarcômero. Encurtando o sarcômero, diminui
o tamanho da fibra e, conseqüentemente, de
todo o músculo.

A organização das miofibrilas em sarcômeros permite o deslizamento de umas


sobre as outras, o que encurta o tamanho da célula e, conseqüentemente, do
músculo, desencadeando a contração muscular.
Há 3 tipos de músculo (fig. 18), caracterizados conforme o esquema abaixo:

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Músculo Estriado Esquelético: neste músculo, a fibra muscular é
cilíndrica, muito alongada e multinucleada, mostrando
estrias transversais devido a organização das miofibrilas
em sarcômeros. Funcionalmente, sua contração é rápida,
vigorosa e voluntária.

Músculo Estriado Cardíaco: no músculo cardíaco, a fibra muscular


Tecido é cilíndrica mais curta, uni ou binucleada, com estrias
transversais e mostram discos intercalares (estruturas de
Muscular adesão e comunicação). Apresentam contração vigorosa,
rítmica e involuntária.

Músculo Liso: a fibra muscular lisa é fusiforme, uninucleada e não é


estriada (as miofibrilas não formam sarcômeros). Sua
contração é lenta e involuntária. Veja na figura 19 como a
fibra lisa se contrai.

Figura 18: Esquema dos diferentes tipos de Tecido


Muscular. Observe as fibras cilíndricas e estriadas dos
músculos estriados esquelético e cardíaco e as fibras
fusiformes nas estriadas do músculo liso.

19
Figura 19. Esquema do mecanismo de contração
da fibra muscular lisa que não apresenta
sarcômeros. Assim, a contração da fibra é
irregular.

Em cortes histológicos, os tecidos musculares são observados conforme as figuras


abaixo.

Figura 20: Músculo Estriado


Esquelético. Observe a fibra muscular
cilíndrica mostrando estrias
transversais.

Figura 21: Músculo Estriado Cardíaco.


Observe as fibras cilíndricas estriadas e
os discos intercalares, presentes
apenas neste tipo de músculo,
apontados pelas setas brancas.

20
Figura 22: Músculo Liso. Em , note as
fibras fusiformes uninucleadas, vistas em
corte longitudinal. Em

as fibras musculares lisas estão em corte


transversal.

Agora, observe as lâminas, identifique o Tecido Muscular e classifique-o, apontando


as estruturas que forem evidentes.

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4- Tecido Nervoso

O Tecido Nervoso é constituído de células que adquiriram a capacidade sensorial,


recebendo e propagando estímulos, e desencadeando respostas a eles. Para essa função,
as células se especializaram e morfológica e fisiologicamente e são denominadas
neurônios.

Além dos neurônios, existem as células da neuróglia que também compõem o


tecido Nervoso, mas não tem função sensorial; atuam na nutrição, sustentação e proteção
do tecido.

Vale lembrar que, anatomicamente, o Sistema Nervoso é divido em Sistema Nervoso


Central (encéfalo e medula espinhal) e Sistema Nervoso Periférico (gânglios e nervos).

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Essa divisão anatômica será importante na composição da neuróglia, que difere conforme
a localização.

Na unidade 3 do Módulo de Crescimento e Desenvolvimento, o autor apresenta a


evolução das células sensoriais primitivas até a organização mais complexa do Tecido
Nervoso. Ele partiu da capacidade sensorial que as células da superfície externa do corpo
passaram a apresentar, o que permitiu que o organismo pluricelular primitivo reagisse aos
estímulos do meio externo, favorecendo a alimentação, a fuga de predadores e,
conseqüentemente, a evolução desta característica.

Vejamos, agora, as características dos neurônios e da neuróglia.

4.1- Neurônios

O neurônio ou célula nervosa é uma célula com uma características distintaas


das demais estudadas. Possui um corpo celular (ou pericário) dotado de inúmeros
prolongamentos finos, chamados dendritos, além de um único prolongamento mais longo
chamado axônio. No pericário estão o núcleo da célula e a maior porção citoplasmática
com as organelas. As ramificações dendríticas são responsáveis pela percepção dos
estímulos e a ramificação tem a finalidade de aumentar a área de recepção do neurônio. O
axônio possui um envoltório protéico chamado bainha de mielina, produzida por uma das
células da neuróglia e tem a finalidade de propagar o estímulo recebido pelos dendritos e
pericário. Veja na figura 23 um esquema da estrutura de um neurônio, identificando suas
estruturas.

Figura 23: Desenho esquemático de um


neurônio identificando: 1. Pericário ou corpo
celular, 2- dendritos, 3- axônio envolvido pela
bainha de mielina e 4- terminal axônico
ramificado.

OBS: há uma classificação para diferentes tipos de neurônios, que podem apresentar
alguma variação na forma e na função. Para saber mais, consulte um livro de histologia.

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4.2- Neuróglia

A Neuróglia é formada por diferentes tipos de células acessórias, que se distribuem diferentemente
no Sistema Nervoso, conforme demonstra a tabela abaixo:

Características
Célula da Neuróglia
Estrutura Função

Forma pés vasculares que


Célula estrelada, com
auxiliam na sustentação e
Astrócito Protoplasmático inúmeros prolongamentos
na composição iônica do
grossos e curtos.
tecido nervoso.

Célula estrelada, com


Astrócito Fibroso inúmeros prolongamentos Idem anterior
finos e longos.

Células com poucas Produzem a bainha de


Oligodendrócitos
ramificações presentes mielina do SNC

Produzem a bainha de
Célula de Schwann Idem anterior
mielina do SNP

Células pequenas com São células fagocitárias


Micróglia inúmeros prolongamentos (macrófagos) que fazem a
finos e curtos proteção do tecido nervoso.

São células epiteliais Revestem os ventriculos


Células Ependimárias colunares, algumas vezes cerebrais e o canal central
dotadas de cílios. da medula espinhal.

Para ilustrar, veja a figura 24, que esquematiza as células da neuróglia.

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Astrócitos: Observe os inúmeros prolongamentos
citoplasmáticos que formam pés vasculares

Célula de Schwann: os poucos prolongamentos


citoplasmáticos abraçam o axônio de um neurônio do
SNC, formando a bainha de mielina.

Oligodendrócitos: semelhantemente às células de


Schwan, os poucos prolongamentos citoplasmáticos
abraçam o axônio de um neurônio do SNP, formando a
bainha de mielina.

Micróglia: célula com


inúmeras ramificações curtas
que fazem a fagocitose de
Células Ependimárias: são células colunares com eventuais patógenos e restos
função de revestimento, portanto, ficam unidas umas celulares.
às outras.

Figura 24: Células da Neuróglia

Observe agora algumas fotografias de neurônios e das células da neuróglia.

24
Figura 25: Neurônio. A seta branca
indica uma ramificação dendrítica e a
ponta da seta indica um axônio.

A B

Figura 26: A- Micróglia e B- Oligodendrócito (setas brancas)

A B

Figura 27: A- Astrócito fibroso e B- Astrócito protoplasmático

25
Agora, observe as lâminas, observe o Tecido Nervoso e identifique as células,
apontando as estruturas que forem evidentes.

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