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No ano seguinte, deu-se uma guerra civil, entre o norte do país e a zona de Lisboa, pois
havia uma grande instabilidade governativa e bastantes atos de violência (como a
“Noite Sangrenta” onde assassinaram vários chefes do governo).
Em 1928, António de Oliveira Salazar foi nomeado para pasta das finanças,
apresentando pela 1ª vez, em 15 anos, saldo positivo no orçamento. Este sucesso fez
com que fosse nomeado para chefe do governo. Instaurou uma nova ordem politica:
criou estruturas institucionais, lançou as bases necessárias para a criação de um único
partido- União Nacional, fez um ato colonial, onde se consagrava a missão civilizadora
e publicou o Estatuto do Trabalho Nacional e extindiu os sindicatos livres e partidos
políticos. Com estas medidas, aprovou-se a constituição que consagrava a ditadura
civil, através do plebiscito, o Estado Novo.
Estado Novo
O Estado Novo era um estado autoritário (os poderes concentravam no Presidente do
Conselho), conservador e tradicionalista (pois o seu ideário assentava em valores
inquestionáveis como Deus, Pátria, família, autoridade, obediência, paz social, respeito
pelas hierarquias e austeridade), nacionalista, que repudia a democracia e o
parlamentarismo, impondo condicionamentos às liberdades individuais submetendo-
as aos “superiores interesses da nação”. Era considerado um “estado forte” e um dos
principios era “tudo pela nação, nada contra a nação”. Era uma ditadura apoiada por
grandes proprietários, alta burguesia, monárquicos, militares e pela igreja, baseou-se
nas formas e estruturas político-institucionais dos modelos fascistas.
Adotou também a política das obras públicas, que recebeu um forte impulso com a lei
da Reconstituição Económica (1930) e procurava combater o desemprego e dotar o
país das infraestruturas necessárias para o desenvolvimento económico. O ministro
das obras públicas, Duarte Pacheco, desempenhou o papel de relevo nesta política
atravé da construção de caminhos-de-ferro, de estradas (favorecendo uma maior
acessibilidade aos mercados externos), edificação de pontes, redes telegráficas e
telefónicas, obras de alargamento nos portos, aeroportos, construção de barragens,
hospitais, escolas, universidades, tribunais, prisões, monumentos, etc. No entanto, a
indústria não constituia uma prioridade ao estado, o pouco crescimento que tinha
estava associado ao âmbito rural. A política de condicionamento industrial traduzia-se
por o Estado definir as prioridades iniciais da industria, determinando que qualquer
industria necessitava de prévia autorização do Estado, este condicionamento visava
sobretudo industrias de exportação de produtos. Esta política refletia no dirigismo
económico onde o Estado Novo pretendia assegurar o controlo da indústria e regular a
atividade produtiva e concorrência, evitando a sobreprodução, queda de preços,
desemprego ou agitação social. Este condicionamento acabou por criar obstáculos à
modernização, nos setores que mobilizavam maiores capitais expandiu os monopólios,
limitando a concorrência.
A atitude adotada pela SDN e dos regimes democráticos, como França e Inglaterra, fez
com que o fascismo se expandisse ao longo dos anos 30. O japão invade a Manchúria
(1931) e abandona a SDN (1933), a Itália conquista a Etiópia (1935-36), que fazendo
parte da SDN teve que pagar pequenas sanções económicas. A Alemanha (com a ideia
do espaço vital) abandona a SDN em 1933 e consegue o território do Sarre, através de
um plebiscito, indo contra o tratado de Versalhes. Em 1936, Hitler remilitariza a
Renânia. Todas estas conquistas tinham o objetivo de criar uma Grande Alemanha. Em
1938, a França e a Inglaterra (através dos acordos de Munique) aprovaram à expansão
da Alemanha como forma de travar o comunismo. Desta forma, os italianos
pretendiam estender-se até ao Mediterrânio Ocidental e os alemães testar os novos
materiais bélicos, preparando-se para os futuros conflitos.
Esta política pacifista teve lugar nos Acordos de Munique, em 1936, quando o general
Francisco Franco criou um movimento militar (nacionalistas, grandes proprietários,
monárquicos, etc.) contra o comunismo da Frente Popular, apoiado pela Itália e
Alemanha (estes com a intenção de se expandirem pelo mediterrânio e testar os seus
materiais bélicos, respetivamente, preparando-se para o futuro conflito). Os
republicanos contavam com o apoio da URSS, fazendo com que a guerra civil em
Espanha fosse uma luta entre comunismo e fascismo. Tanto a França como a Inglaterra
não interviram (principio da SDN), facilitanto a vitória dos nacionalistas.
Posto isto, a Alemanha negociava um pacto pacífico com a URSS para que, em caso de
guerra, existisse partilha dos territórios. Desta forma, Hitler via-se cada vez mais perto
da expansão do seu “espaço vital”. A França e a Inglaterra acabam por intervir,
proclamando guerra à Alemanha, apoiados pela Polónia, Grécia, Roménia, Bélgica e
Países Baixos.
2ª Guerra Mundial
As causas da segunda guera mundial foram principalmente o falhanço da SDN e a
expansão do fascismo/nazismo, foi um conflito verdadeiramente mundial e total,
atingindo todos os continentes e matando milhões de pessoas. A alemanha queria-se
vingar dos países que tinham saído vencedores na 1ª Guerra Mundial ao expandir o
seu “Espaço Vital” e sair da SDN. Forma assim, uma aliança com Itália e Japão (Eixo
Berlim-Roma-Tóquio) e faz um acordo com a Rússia, na qual em caso de guerra,
dividiam a Polónia. De 1 de setembro de 1939 a 1942, as forças do eixo nazi-fascista
dominavam o mundo (França, URSS, Polónia, etc.) cometendo atrocidades. A França e
a Inglaterra declaram então guerra em 1939, quando Hitler invade a Polónia.
Posto isto, a Europa encontrava-se totalmente destruída e vão emergir duas grandes
potências vencedoras: os EUA e a URSS, separados por diversas divergências, vão dar
origem a um mundo bipolar.
Guerra Fria
Após a 2ª Guerra Mundial dá-se a criação da ONU (1945) e divide-se a Alemanha pela
Inglaterra, França, EUA e URSS e a cidade de Berlim em dois (muro de Berlim): o lado
capitalista (EUA e Europa Ocidental) e o lado comunista (URSS e Europa Oriental),
criando uma cortina de ferro.
A Guerra Fria foi caracterizada como uma guerra improvável e uma paz impossível,
pois foi uma guerra cheia de conflitos indiretos, onde no entanto ambas as duas
potências não se entendiam. Após o lançamento das duas bombas americanas sobre o
Japão, a URSS começa a investir também nessa vertente, no entanto, ambos os países
soubiam que se iniciassem uma guerra de bombas atómicas ninguém sobreviveria.
Começou então, uma corrida para ver qual seria mais desenvolvido.