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A tema principal da minha apresentação é o regime da tutela, que está previsto nos
arts.1921º a 1966ºCC. A tutela é o meio subsidiário para administrar os bens e dirigir
e proteger o menor. Significa que só aplica o regime da tutela quando as
responsabilidades parentais não podem, absolutamente, ser exercidas.
As situações que dão origem à tutela estão previstas no art.1921ºCC, aplica a tutela
quando os pais do menor morreram, ou os pais estão inibidos do poder paternal, ou
os pais estão impedidos de exercer o poder paternal há mais de seis meses ou
ninguém sabem quem são os pais do menor.
Depois vou falar a quem é que compete exercer o cargo do tutor. Nos termos do
art.1927ºCC, seja tutor a pessoa designada pelos pais ou pelo tribunal de menores.
Há, pois, dois tipos de tutor. Um é tutor designado pelos pais, ou por apenas um
progenitor se só a que pertence o poder paternal. A designação é feita através de
determinação no testamento ou no documento autêntico ou autenticado, quando os
pais vão morrer ou se tornar incapazes. Ainda esta designação pode ser revogada
pelos progenitores ou por apenas um dos progenitores após a morte de outro. Outro
tipo é tutor designado por tribunal judicial, isto é o meio subsidiário da designação
pelos pais; o tribunal vai ouvir o conselho de família em nomeação de um tutor entre
os parentes ou afins do menor ou entre as pessoas que de facto tenham cuidado ou
estejam a cuidar do menor ou tenham por ele demonstrado afeição. Ainda deve ,
antes do procedimento da nomeação, o tribunal ouvir o menor que tenha
completado 14 anos.
Mas há pessoas que são inibidos de ser tutor, como os menores não emancipados, os
interditos, os inabilitados e os notoriamente dementes ainda que não estejam
interditos ou inabilitados. Ainda os pais que foram inibidos ou se encontram total ou
parcialmente suspensos do poder parental. Aqui há uma nota importante, no nº2
deste artigo, que diz que os inabilitados por prodigalidade, os falidos ou insolventes,
os inibidos ou suspensos do poder paternal ou removidos da tutela à administração
de bens, podem ser nomeados tutores, desde que sejam encarregados da guarda e
regência da pessoa do menor. Quando na questão da possibilidade de recusar ser
tutor, a lei diz que as pessoas previstas no art.1934ºCC podem.
Temos de saber, ainda, diferente da responsabilidade parental, a instituição da tutela
depende de decisão judicial, sendo que o tribunal pode declará-la oficialmente.