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Uma pintura. por exemplo é uma forma de linguagem não-verbal dentro da pintura. Para cada pessoa
será uma mensagem.
Soneto de Fidelidade
Protagonistas e Antagonistas
Narração e Narratividade
Discurso indireto: o narrador interfere na fala da personagem. Ele conta aos leitores
o que a personagem disse, mas conta em 3ª pessoa. As palavras da personagem não são
reproduzidas, mas traduzidas na linguagem do narrador. Dario vinha apressado, o
guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até
parar, encostando-se à parede de uma casa. Foi escorregando por ela, de costas, sentou-
se na calçada, ainda úmida da chuva, e descansou no chão o cachimbo. Dois ou três
passantes rodearam-no, indagando se não estava se sentindo bem. Dario abriu a boca,
moveu os lábios, mas não se ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, sugeriu que
ele devia sofrer de ataque.
Enlameado até a cintura, Tiãozinho cresce de ódio. Se pudesse matar o carreiro... Deixa
eu crescer!... Deixa eu ficar grande!... Hei de dar conta deste danisco... Se uma cobra
picasse seu Soronho... Tem tanta cascavel nos pastos... Tanta urutu, perto de casa... se
uma onça comesse o carreiro, de noite... Um onção grande, da pintada... Que raiva!...
Mas os bois estão caminhando diferente. Começaram a prestar atenção, escutando a
conversa de boi Brilhante.
SILVA, Marina Cabral Da. "Tipos de Discurso na Narrativa"; Brasil Escola. Disponível em .
Acesso em 21 de maio de 2016.
http://www.infoescola.com
TEXTO DESCRITIVO
A descrição usa um tipo de texto em que se faz um retrato falado de uma pessoa,
animal, objeto ou lugar. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é
o adjetivo, pela sua função caracterizadora, dando ao leitor uma grande riqueza de
detalhes. A descrição, ao contrário da narração, não supõe ação. É uma estrutura
pictórica, em que os aspectos sensoriais predominam. Assim como o pintor capta o
mundo exterior ou interior em suas telas, o autor de uma descrição focaliza cenas ou
imagens, conforme o permita sua sensibilidade. Quanto à descrição de pessoas,
podemos atribuir-lhes características físicas ou psicológicas.
TEXTO NARRATIVO
Esta é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou real, ocorrido
num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de
anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Em geral,
a narrativa se desenvolve na prosa. O narrar surge da busca de transmitir, de comunicar
qualquer acontecimento ou situação. A narração em primeira pessoa pressupõe a
participação do narrador (narrador personagem) e em terceira pessoa mostra o que ele
viu ou ouviu ( narrador observador ). Na narração encontramos ainda os personagens (
principais ou secundários ), o espaço ( cenário) e o tempo da narrativa.
TEXTO DISSERTATIVO
Neste tipo de texto há posicionamentos pessoais e exposição de idéias. Tem por base
a argumentação, apresentada de forma lógica e coerente a fim de defender um ponto de
vista. Assim, a dissertação consiste na ordenação e exposição de um determinado
assunto. É a nossa conhecida “redação” de cada dia. É a modalidade mais exigida nos
concursos, já que exige dos candidatos um conhecimento de leitura do mundo, como
também um bom domínio da norma culta.
Está estruturada basicamente assim:
1. Idéia principal (introdução )
2. Desenvolvimento (argumentos e aspectos que o tema envolve )
3. Conclusão (síntese da posição assumida )
TEXTO EXPOSITIVO
Apresenta informações sobre determinados assuntos, expondo idéias, explicando e
avaliando. Como o próprio nome indica, ocorre em textos que se limitam a apresentar
uma determinada situação. As exposições orais ou escritas entre professores e alunos
numa sala de aula, os livros e as fontes de consulta, são exemplos maiores desta
modalidade.
TEXTO INJUNTIVO
Este tipo de texto indica como realizar uma determinada ação. Ele normalmente pede,
manda ou aconselha. Utiliza linguagem direta, objetiva e simples. Os verbos são, na sua
maioria, empregados no modo imperativo. Bons exemplos deste tipo de texto são as
receitas de culinária, os manuais, receitas médicas, editais, etc.
GÊNEROS TEXTUAIS
Muitos confundem os tipos de texto com os gêneros. No primeiro, eles funcionam
como modos de organização, sendo limitados. No segundo, são os chamados textos
materializados, encontrados em nosso cotidiano. Eles são muitos, apresentando
características sócio-comunicativas definidas por seu estilo, função, composição
conteúdo e canal. Assim, quando se escreve um bilhete ou uma carta, quando se envia
ou recebe um e-mail ou usamos o Orkut ou MSN, estamos utilizando diversos gêneros
textuais.
Tipos Textuais
Descrição
Narração
Dissertação
Exposição
Injunção
Gêneros Textuais
Bilhete
Carta pessoal, comercial
Diário, agenda, anotações
Romance
Blog, e-mail,Orkut, MSN
Aulas
Reuniões
Entrevistas
Piadas
Cardápio
Horóscopo
Telegrama, telefonema
Lista de compras, etc.
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Função fática
Centraliza-se no canal. Tem o objetivo de estabelecer um contato ou comunicação,
não necessariamente com uma carga semântica aparente. É utilizada em saudações,
cumprimentos do dia a dia, expressões idiomáticas, marcas orais, etc.
Função poética
Caracteriza-se basicamente pelo uso de linguagem figurada, metáforas e demais
figuras de linguagem, rima, métrica, etc. É semelhante à linguagem emotiva, sendo que
não necessariamente revela sentimentos ou impressões a respeito do mundo. Como
pode-se constatar essa função é aplicada em poesias, músicas e algumas obras literárias.
Função metalinguística
Esta última função está presente principalmente em dicionários.
Caracteriza-se por trazer consigo uma explicação da própria língua. Pode ocorrer
também em poesias, obras literárias, etc.
Homonímia
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que, embora possuam significados
diferentes, apresentam a mesma estruturafonológica, ou seja, os homônimos. Os
homônimos subdividem-se em palavras homógrafas, homófonas e perfeitas:
Homógrafas: São as palavras iguais na escrita, porém diferentes
napronúncia. Exemplos: gosto (substantivo) – gosto (1ª pessoa do singular do presente
indicativo) / conserto (substantivo) conserto (1ª pessoa do singular do presente
indicativo);
Homófonas – São as palavras iguais na pronúncia, porém diferentes na escrita.
Exemplos: cela (substantivo) – sela (verbo) / cessão (substantivo) – sessão
(substantivo);
Perfeitas: São as palavras iguais tanto na pronúncia como na escrita.
Exemplos: cura (verbo) – cura (substantivo); cedo (verbo) – cedo (advérbio).
Paronímia
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que possuem significados
diferentes, porém são muito semelhantes na pronúncia e na escrita, ou seja, os
parônimos. Exemplos: emigrar – imigrar; cavaleiro – cavalheiro; comprimento –
cumprimento.
Polissemia
A polissemia caracteriza-se pela propriedade que uma mesma palavra possui de
apresentar vários significados. Exemplos: Hidrate as suas mãos (parte do corpo
humano) – Ele abriu mão dos seus direitos (desistir).
Hiperônimo
É uma palavra pertencente ao mesmo campo semântico de outra, mas com o sentido
mais abrangente. Exemplo: A palavra “flor”, que está associada aos diversos tipos de
flores, como rosa, violeta etc.
Hipônimo
O hipônimo é um vocábulo mais específico, possui o sentido mais restrito que os
hiperônimos. Exemplo: “Observar”, “olhar”, “enxergar” são hipônimos de “ver”.
Conotação e denotação
Na conotação, a palavra é empregada com um significado diferente do original,
criado pelo contexto, diferente do que está no dicionário da língua, utilizado no sentido
figurado. Exemplo: Ela tem um coração de pedra! Já na denotação, a palavra é
empregada em seu sentido original, com o significado que encontramos quando
consultamos o dicionário, o sentido literal. Exemplo: O voo dos pássaros é admirável.
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Emprego dos pronomes demonstrativos
Pronomes Demonstrativos
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa
palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de
espaço, tempo ou discurso.
No espaço: Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da
pessoa que fala. Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da
pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala. Compro aquele carro (lá). O
pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem
falo.
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de
correspondência, que é uma modalidade escrita de fala), são particularmente
importantes o este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o
segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade.
Exemplos: Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações
sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade destinatária). Reafirmamos a
disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da
universidade que envia a mensagem). No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano
presente. Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado
próximo. Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um
passado distante.
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).
Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Também aparecem como pronomes demonstrativos: o (s), a (s): quando estiverem
antecedendo o que e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo. Por
exemplo: Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) Essa rua não é a que
te indiquei. (Esta rua não é aquela que te indiquei.) mesmo (s), mesma (s):
Por exemplo: Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem. próprio (s),
própria (s):
Por exemplo: Os próprios alunos resolveram o problema. semelhante (s): Por exemplo:
Não compre semelhante livro. tal, tais: Por exemplo: Tal era a solução para o problema.
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Colocação pronominal
Colocação Pronominal (próclise, mesóclise, ênclise). É o estudo da colocação dos
pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao
verbo. Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no
meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise).
Esses pronomes se unem aos verbos porque são “fracos” na pronúncia.
PRÓCLISE
Usamos a próclise nos seguintes casos:
(1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem,
de modo algum.
- Nada me perturba.
- Ninguém se mexeu.
- De modo algum me afastarei daqui.
- Ela nem se importou com meus problemas.
(2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora,
logo, que.
- Quando se trata de comida, ele é um “expert”.
- É necessário que a deixe na escola.
- Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros.
(3) Advérbios
- Aqui se tem paz.
- Sempre me dediquei aos estudos.
- Talvez o veja na escola.
OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o
pronome.
- Aqui, trabalha-se.
(4) Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos.
- Alguém me ligou? (indefinido)
- A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)
- Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)
(5) Em frases interrogativas.
- Quanto me cobrará pela tradução?
ÍNDICE
Análise Sintática
Frase
1- FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO
Frase
Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavra ou por
várias, podendo ter verbos ou não. A frase exprime, através da fala ou da escrita:
ideias emoções ordens apelos
A frase se define pelo seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de, num
intercâmbio linguístico, transmitir um conteúdo satisfatório para a situação em que é utilizada.
Exemplos:
O Brasil possui um grande potencial turístico.
Espantoso!
Não vá embora.
Silêncio!
O telefone está tocando.
Observação: a frase que não possui verbo denomina-se Frase Nominal.
Na língua falada, a frase é caracterizada pela entoação, que indica nitidamente seu início e seu
fim. A entoação pode vir acompanhada por gestos, expressões do rosto, do olhar, além de ser
complementada pela situação em que o falante se encontra. Esses fatos contribuem para que
frequentemente surjam frases muito simples, formadas por apenas uma palavra. Observe:
Rua!
Ai!
Essas palavras, dotadas de entoação própria, e acompanhadas de gestos peculiares, são suficientes
para satisfazer suas necessidades expressivas.
Na língua escrita, a entoação é representada pelos sinais de pontuação, os quais procuram
sugerir a melodia frasal. Desaparecendo a situação viva, o contexto é fornecido pelo próprio texto, o
que acaba tornando necessário que as frases escritas sejam linguisticamente mais completas. Essa
maior complexidade linguística leva a frase a obedecer as regras gerais da língua. Portanto, a
organização e a ordenação dos elementos formadores da frase devem seguir os padrões da língua.
Por isso é que:
As meninas estavam alegres. constitui uma frase, enquanto: Alegres meninas estavam
as. não é considerada uma frase da língua portuguesa
Tipos de Frases
Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser integralmente captados
se atentarmos para o contexto em que são empregadas. É o caso, por exemplo, das
situações em que se explora a ironia. Pense, por exemplo, na frase "Que educação!",
usada quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de pedestres. Nesse caso,
ela expressa exatamente o contrário do que aparentemente diz.
A entoação é um elemento muito importante da frase falada, pois nos dá uma ampla
possibilidade de expressão. Dependendo de como é dita, uma frase simples como "É
ela." pode indicar constatação, dúvida, surpresa, indignação, decepção, etc. Na língua
escrita, os sinais de pontuação podem agir como definidores do sentido das frases. Veja:
Balõezinhos
Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou menos previsível, de acordo
com o sentido que transmitem. São elas:
a) Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é feita pelo emissor da
mensagem. São empregadas quando se deseja obter alguma informação. A interrogação
pode ser direta ou indireta.
Você aceita um copo de suco? (Interrogação direta)
Desejo saber se você aceita um copo de suco. (Interrogação indireta)
b) Frases Imperativas: ocorrem quando o emissor da mensagem dá uma ordem, um
conselho ou faz um pedido, utilizando o verbo no modo imperativo. Podem ser
afirmativas ou negativas.
Faça-o entrar no carro! (Afirmativa)
Não faça isso. (Negativa)
Dê-me uma ajudinha com isso! (Afirmativa)
c) Frases Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor exterioriza um estado afetivo.
Apresentam entoação ligeiramente prolongada.
Por Exemplo:
Que prova difícil!
É uma delícia esse bolo!
d) Frases Declarativas: ocorrem quando o emissor constata um fato. Esse tipo de frase
informa ou declara alguma coisa. Podem ser afirmativas ou negativas.
Oração
Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é necessário:
- que o enunciado tenha sentido completo;
- que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal).
Por Exemplo:
Camila terminou a leitura do livro.
Obs.: Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como partes de um conjunto
harmônico: elas são os termos ou as unidades sintáticas da oração. Assim, cada termo
da oração desempenha uma função sintática.
Atenção:
Nem toda frase é oração. Por Exemplo:
Que dia lindo!
Esse enunciado é frase, pois tem sentido.
Esse enunciado não é oração, pois não possui verbo.
Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são orações, frases como:
Socorro! - Com Licença! - Que rapaz ignorante!
Por Exemplo:
As crianças brincavam despreocupadas.
Sujeito Predicado
Observação: não se deve confundir sujeito simples com a noção de singular. Diz-se
que o sujeito é simples quando o verbo da oração se refere a apenas um elemento, seja
ele um substantivo (singular ou plural), um pronome, um numeral ou uma oração
subjetiva.
Por Exemplo:
Os meninos estão gripados.
Todos cantaram durante o passeio.
Sujeito Predicado
-Havia formigas na casa.
-Nevou muito este ano em Nova Iorque.
É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura
e absoluta de um fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a
nenhum ser, a mensagem centra-se no processo verbal. Os casos mais comuns de
orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem com:
a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza:
Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc.
Por Exemplo:
Choveu muito no inverno passado.
Amanheceu antes do horário previsto.
Observação: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito
determinado.
Por Exemplo:
Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças=sujeito)
Já amanheci cansado. (eu=sujeito)
b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou
fenômenos meteorológicos:
Ser:
É noite. (Período do dia)
Eram duas horas da manhã. (Hora)
Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão numérica que o
acompanha. (É uma hora/ São nove horas)
Hoje é (ou são) 15 de março. (Data)
Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a palavra
dia, ou então irá para o plural, concordando com o número de dias.
Estar:
Está tarde. (Tempo)
Está muito quente.(Temperatura)
Fazer:
Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
Fez 39° C ontem. (Temperatura)
Haver:
Não a vejo há anos. (Tempo decorrido)
Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir)
Atenção: Com exceção do verbo ser, os verbos impessoais devem ser usados SEMPRE
NA TERCEIRA PESSOA DO SINGULAR. Devemos ter cuidado com os verbos fazer
e haver usados impessoalmente: não é possível usá-los no plural.
Por Exemplo:
Faz muitos anos que nos conhecemos.
Deve fazer dias quentes na Bahia.
Veja outros exemplos:
Há muitas pessoas interessadas na reunião.
Houve muitas pessoas interessadas na reunião.
Havia muitas pessoas interessadas na reunião.
Haverá muitas pessoas interessadas na reunião.
Deve ter havido muitas pessoas interessadas na reunião.
Pode ter havido muitas pessoas interessadas na reunião.
Predicado
Predicado é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Nele é obrigatória a presença
de um verbo ou locução verbal. Quando se identifica o sujeito de uma oração,
identifica-se também o predicado. Em termos, tudo o que difere do sujeito (e do
vocativo, quando ocorrer) numa oração é o seu predicado. Veja alguns exemplos:
A natureza é bela.
Predicado
OS VERBOS NO PREDICADO
Em todo predicado existe necessariamente um verbo ou uma locução verbal. Para
analisar a importância do verbo no predicado, devemos considerar dois grupos distintos:
os verbos nocionais e os não nocionais.
Os verbos nocionais são os que exprimem processos; em outras palavras,
indicam ação, acontecimento, fenômeno natural, desejo, atividade mental:
Acontecer – considerar – desejar – julgar – pensar – querer – suceder – chover – correr
fazer – nascer – pretender – raciocinar
Esses verbos são sempre núcleos dos predicados em que aparecem.
Os verbos não nocionais exprimem estado; são mais conhecidos comoverbos de
ligação.
Fazem parte desse grupo, entre outros:
Ser – estar – permanecer – continuar – andar – persistir – virar – ficar – achar-se -
acabar – tornar-se – passar (a)
Os verbos não nocionais sempre fazem parte do predicado, mas não atuam
como núcleos.
Para perceber se um verbo é nocional ou não nocional, é necessário considerar o
contexto em que é usado. Assim, na oração:
Ela anda muito rápido.
O verbo andar exprime uma ação, atuando como um verbo nocional. Já na oração:
Ela anda triste.
O verbo exprime um estado, atuando como verbo não nocional.
Por Exemplo:
O avião caiu. O verbo cair é intransitivo, pois encerra um significado completo. Se
desejar, o falante pode acrescentar outras informações, como:
local: O avião caiu sobre as casas da periferia.
modo: O avião caiu lentamente.
tempo: O avião caiu no mês passado.
Essas informações ampliam o significado do verbo, mas não são necessárias para que
se compreenda a informação básica.
2) Verbo Transitivo É o verbo que vem acompanhado por complemento: quem sente,
sente algo; quem revela, revela algo a alguém. O sentido desse verbo transita, isto é,
segue adiante, integrando-se aos complementos, para adquirir sentido completo. Veja:
S. Simples Predicado
As crianças precisam de carinho.
1 2
1= Verbo Transitivo
2= Complemento Verbal (Objeto)
O verbo transitivo pode ser:
a) Transitivo Direto: é quando o complemento vem ligado ao verbo diretamente, sem
preposição obrigatória.
Por Exemplo:
Nós escutamos nossa música favorita.
1
1= Verbo Transitivo Direto
b) Transitivo Indireto: é quando o complemento vem ligado ao verbo indiretamente,
com preposição obrigatória.
Por Exemplo:
Eu gosto de sorvete.
2
2 = Verbo Transitivo Indireto
de= preposição
c) Transitivo Direto e Indireto: é quando a ação contida no verbo transita para o
complemento direta e indiretamente, ao mesmo tempo.
Por Exemplo:
Ela contou tudo ao namorado.
3
3= Verbo Transitivo Direto e Indireto
a= preposição
3) Verbo de Ligação - É aquele que, expressando estado, liga características ao sujeito,
estabelecendo entre eles (sujeito e características) certos tipos de relações.
O verbo de ligação pode expressar:
a) estado permanente: ser, viver.
Por Exemplo:
Sandra é alegre.
Sandra vive alegre.
b) estado transitório: estar, andar, achar-se, encontrar-se
Por Exemplo:
Mamãe está bem.
Mamãe encontra-se bem.
c) estado mutatório: ficar, virar, tornar-se, fazer-se
Por Exemplo:
Júlia ficou brava.
Júlia fez-se brava.
d) continuidade de estado: continuar, permanecer
Por Exemplo:
Renato continua mal.
Renato permanece mal.
e) estado aparente: parecer
Por Exemplo:
Marta parece melhor.
Observação: a classificação do verbo quanto à predicação deve ser feita de acordo com
o contexto e não isoladamente. Um mesmo verbo pode aparecer ora como intransitivo,
ora como de ligação. Veja:
1 - O jovem anda devagar.
anda = verbo intransitivo, expressa uma ação.
2 - O jovem anda preocupado.
anda= verbo de ligação, expressa um estado
A natureza é bela.
Sujeito Predicado
No exemplo acima, o nome bela se refere, por intermédio do verbo, ao sujeito da
oração. O verbo agora atua como elemento de ligação entre sujeito e a palavra a ele
relacionada. O núcleo do predicado é bela. Veja o próximo exemplo:
O dia amanheceu ensolarado.
Sujeito Predicado
Percebemos que as duas palavras que formam o predicado estão diretamente
relacionadas ao sujeito: amanheceu (verbo significativo) e ensolarado (nome que se
refere ao sujeito). O predicado apresenta, portanto, dois núcleos: amanheceu e
ensolarado. Tomando por base o núcleo do que está sendo declarado, podemos
reconhecer três tipos de predicado: verbal, nominal e verbo-nominal.
Predicado Verbal - Apresenta as seguintes características:
a) Tem um verbo como núcleo;
b) Não possui predicativo do sujeito;
c) Indica ação.
Por exemplo:
Eles revelaram toda a verdade para a filha.
Predicado Verbal
Para ser núcleo do predicado verbal, é necessário que o verbo seja significativo, isto
é, que traga uma ideia de ação. Veja os exemplos abaixo:
O dia clareou. (núcleo do predicado verbal = clareou)
Chove muito nos estados do sul do país. (núcleo do predicado verbal =Chove)
Ocorreu um acidente naquela rua. (núcleo do predicado verbal =Ocorreu)
A antiga casa foi demolida. (núcleo do predicado verbal = demolida)
Obs.: no último exemplo há uma locução verbal de voz passiva, o que não impede o
verbo demolir de ser o núcleo do predicado.