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Análise e interpretação de textos verbais e não verbais

Linguagem verbal: é uso da escrita ou da fala como meio de comunicação.

Linguagem não-verbal: é o uso de imagens, figuras, desenhos, símbolos, dança, tom


de voz, postura corporal, pintura, música, mímica, escultura e gestos como meio de
comunicação. A linguagem não-verbal pode ser até percebida nos animais, quando um
cachorro balança a cauda quer dizer que está feliz ou coloca a cauda entre as pernas
medo, tristeza.

Dentro do contexto temos a simbologia que é uma forma de comunicação não-verbal.

Exemplos: sinalização de trânsito, semáforo, logotipos, bandeiras, uso de cores para


chamar a atenção ou exprimir uma mensagem. É muito interessante observar que para
manter uma comunicação não é preciso usar a fala e sim utilizar uma linguagem, seja,
verbal ou não-verbal. Linguagem mista é o uso simultâneo da linguagem verbal e da
linguagem não-verbal, usando palavras escritas e figuras ao mesmo tempo.

Uma pintura. por exemplo é uma forma de linguagem não-verbal dentro da pintura. Para cada pessoa
será uma mensagem.

Soneto de Fidelidade

"De tudo ao meu amor serei atento


Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento


E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure


Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):


Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
(Até um dia meu anjo)"

O Soneto de Fidelidade de Vinícius de Morais corresponde a um belo exemplo de linguagem verbal,


através de palavras.
O semáforo também é um exemplo de linguagem não-verbal. Um objeto capaz de interferir na vida
do ser humano de forma tão extraordinária, onde o sentido das cores comanda o trânsito.

Compreensão geral do texto


Elementos que compõem uma narrativa - A narração consiste em arranjar uma
sequência de fatos na qual os personagens se movimentam num determinado espaço à
medida que o tempo passa. O texto narrativo é baseado na ação que envolve
personagens, tempo, espaço e conflito. Seus elementos são: narrador, enredo,
personagens, espaço e tempo. Dessa forma, o texto narrativo apresenta uma determinada
estrutura: Esquematizando temos:
- Apresentação;
- Complicação ou desenvolvimento;
- Clímax;
- Desfecho.

Protagonistas e Antagonistas

A narrativa é centrada num conflito vivido pelos personagens. Diante disso, a


importância dos personagens na construção do texto é evidente. Podemos dizer que
existe um protagonista (personagem principal) e um antagonista (personagem que atua
contra o protagonista, impedindo-o de alcançar seus objetivos). Há também os
adjuvantes ou coadjuvantes, esses são personagens secundários que também exercem
papéis fundamentais na história.

Narração e Narratividade

Em nosso cotidiano encontramos textos narrativos; contamos e/ou ouvimos histórias


o tempo todo. Mas os textos que não pertencem ao campo da ficção não são
considerados narração, pois essas não têm como objetivo envolver o leitor pela trama,
pelo conflito. Podemos dizer que nesses relatos há narratividade, que quer dizer, o modo
de ser da narração.

Os Elementos da Narrativa - Os elementos que compõem a narrativa são:


- Foco narrativo (1º e 3º pessoa);
- Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante);
- Narrador (narrador-personagem, narrador-observador).
- Tempo (cronológico e psicológico);
- Espaço.

TIPOS DE DISCURSO NA NARRATIVA

Discurso direto: o narrador apresenta a própria personagem falando diretamente,


permitindo ao autor mostrar o que acontece em lugar de simplesmente contar. Lavador
de carros, Juarez de Castro, 28 anos, ficou desolado, apontando para os entulhos: “Alá
minha frigideira, alá meu escorredor de arroz. Minha lata de pegar água era aquela. Ali
meu outro tênis.”

Discurso indireto: o narrador interfere na fala da personagem. Ele conta aos leitores
o que a personagem disse, mas conta em 3ª pessoa. As palavras da personagem não são
reproduzidas, mas traduzidas na linguagem do narrador. Dario vinha apressado, o
guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até
parar, encostando-se à parede de uma casa. Foi escorregando por ela, de costas, sentou-
se na calçada, ainda úmida da chuva, e descansou no chão o cachimbo. Dois ou três
passantes rodearam-no, indagando se não estava se sentindo bem. Dario abriu a boca,
moveu os lábios, mas não se ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, sugeriu que
ele devia sofrer de ataque.

Discurso indireto livre: é uma combinação dos dois anteriores, confundindo as


intervenções do narrador com as dos personagens. É uma forma de narrar econômica e
dinâmica, pois permite mostrar e contar os fatos a um só tempo.

Enlameado até a cintura, Tiãozinho cresce de ódio. Se pudesse matar o carreiro... Deixa
eu crescer!... Deixa eu ficar grande!... Hei de dar conta deste danisco... Se uma cobra
picasse seu Soronho... Tem tanta cascavel nos pastos... Tanta urutu, perto de casa... se
uma onça comesse o carreiro, de noite... Um onção grande, da pintada... Que raiva!...
Mas os bois estão caminhando diferente. Começaram a prestar atenção, escutando a
conversa de boi Brilhante.

SILVA, Marina Cabral Da. "Tipos de Discurso na Narrativa"; Brasil Escola. Disponível em .
Acesso em 21 de maio de 2016.
http://www.infoescola.com

Tipologia e gênero textuais


TIPOLOGIA TEXTUAL - Quando falamos em tipos de textos, normalmente nos
limitamos a tripartição, sob o enfoque tradicional: Descrição, Narração e Dissertação.
Vamos um pouco mais além no intuito de conhecer um pouco mais sobre este assunto.

TEXTO DESCRITIVO
A descrição usa um tipo de texto em que se faz um retrato falado de uma pessoa,
animal, objeto ou lugar. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é
o adjetivo, pela sua função caracterizadora, dando ao leitor uma grande riqueza de
detalhes. A descrição, ao contrário da narração, não supõe ação. É uma estrutura
pictórica, em que os aspectos sensoriais predominam. Assim como o pintor capta o
mundo exterior ou interior em suas telas, o autor de uma descrição focaliza cenas ou
imagens, conforme o permita sua sensibilidade. Quanto à descrição de pessoas,
podemos atribuir-lhes características físicas ou psicológicas.

TEXTO NARRATIVO
Esta é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou real, ocorrido
num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de
anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Em geral,
a narrativa se desenvolve na prosa. O narrar surge da busca de transmitir, de comunicar
qualquer acontecimento ou situação. A narração em primeira pessoa pressupõe a
participação do narrador (narrador personagem) e em terceira pessoa mostra o que ele
viu ou ouviu ( narrador observador ). Na narração encontramos ainda os personagens (
principais ou secundários ), o espaço ( cenário) e o tempo da narrativa.

TEXTO DISSERTATIVO
Neste tipo de texto há posicionamentos pessoais e exposição de idéias. Tem por base
a argumentação, apresentada de forma lógica e coerente a fim de defender um ponto de
vista. Assim, a dissertação consiste na ordenação e exposição de um determinado
assunto. É a nossa conhecida “redação” de cada dia. É a modalidade mais exigida nos
concursos, já que exige dos candidatos um conhecimento de leitura do mundo, como
também um bom domínio da norma culta.
Está estruturada basicamente assim:
1. Idéia principal (introdução )
2. Desenvolvimento (argumentos e aspectos que o tema envolve )
3. Conclusão (síntese da posição assumida )

TEXTO EXPOSITIVO
Apresenta informações sobre determinados assuntos, expondo idéias, explicando e
avaliando. Como o próprio nome indica, ocorre em textos que se limitam a apresentar
uma determinada situação. As exposições orais ou escritas entre professores e alunos
numa sala de aula, os livros e as fontes de consulta, são exemplos maiores desta
modalidade.

TEXTO INJUNTIVO
Este tipo de texto indica como realizar uma determinada ação. Ele normalmente pede,
manda ou aconselha. Utiliza linguagem direta, objetiva e simples. Os verbos são, na sua
maioria, empregados no modo imperativo. Bons exemplos deste tipo de texto são as
receitas de culinária, os manuais, receitas médicas, editais, etc.

GÊNEROS TEXTUAIS
Muitos confundem os tipos de texto com os gêneros. No primeiro, eles funcionam
como modos de organização, sendo limitados. No segundo, são os chamados textos
materializados, encontrados em nosso cotidiano. Eles são muitos, apresentando
características sócio-comunicativas definidas por seu estilo, função, composição
conteúdo e canal. Assim, quando se escreve um bilhete ou uma carta, quando se envia
ou recebe um e-mail ou usamos o Orkut ou MSN, estamos utilizando diversos gêneros
textuais.

Tipos Textuais
Descrição
Narração
Dissertação
Exposição
Injunção

Gêneros Textuais
Bilhete
Carta pessoal, comercial
Diário, agenda, anotações
Romance
Blog, e-mail,Orkut, MSN
Aulas
Reuniões
Entrevistas
Piadas
Cardápio
Horóscopo
Telegrama, telefonema
Lista de compras, etc.
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Funções da linguagem - Infoescola


Toda linguagem tem um objetivo. A linguagem verbal, por sua vez, tem alguns
objetivos muito claros e por isso devem ser estudados para que possamos melhor
entendê-la e utilizá-la. Vejamos primeiramente como funciona o sistema de
comunicação, utilizando a linguagem verbal. Aquele que emite a mensagem,
codificando-a em palavras chama-se EMISSOR. Quem recebe a mensagem de a
decodifica, ou seja, apreende a idéia, é chamado de RECEPTOR. Aquilo que é
comunicado, o conteúdo da comunicação é chamado de MENSAGEM. CÓDIGO é o
sistema linguístico escolhido para a transmissão e recepção da mensagem.
REFERENTE, por sua vez, é o contexto em que se encontram o emissor e o receptor. O
meio pelo qual esta mensagem é transmitida é nomeado CANAL. São seis as funções
básicas da linguagem verbal:

Função Emotiva / Expressiva


É centralizada no emissor. Como o próprio nome já diz, tem o papel de exprimir
emoções, impressões pessoais a respeito de determinado assunto. Por esse motivo ela
normalmente vem escrita em primeira pessoa e de forma bem subjetiva. Em textos que
utilizam a função emotiva há uma presença marcante de figuras de linguagem,
mensagens subentendidas, elementos nas entrelinhas, etc. Os textos que mais
comumente se utilizam desse tipo de linguagem são as cartas, as poesias líricas, as
memórias, as biografias, entre outros.
Função Referencial / Denotativa

Contrariamente à emotiva, esse tipo de linguagem é centralizada no referente. Como


seu foco é o de transmitir a mensagem da melhor maneira possível, a linguagem
utilizada é objetiva, recorrendo a conceitos gerais, vocabulário simples e claro, ou,
dependendo do público alvo, vocabulário que melhor se adeque a ele. É chamada de
denotativa devido à objetividade das informações, à clareza das idéias. Há uma
prevalência do uso da terceira pessoa, o que torna o texto ainda mais impessoal.
Os textos que normalmente fazem uso dessa função são os textos jornalísticos e os
científicos.

Função Apelativa / Conativa


Como sugere a nomenclatura, essa função serve para fazer apelos, pedidos, para
comover ou convencer alguém a respeito do que se diz. Centralizada no receptor,
procura influenciá-lo em seus pensamentos ou ações. É bastante frequente o uso da
segunda pessoa, dos vocativos e dos imperativos.
Essa função é aplicada particularmente nas propagandas ou outros textos
publicitários, e também em campanhas sociais, com o objetivo de comover o leitor.

Função fática
Centraliza-se no canal. Tem o objetivo de estabelecer um contato ou comunicação,
não necessariamente com uma carga semântica aparente. É utilizada em saudações,
cumprimentos do dia a dia, expressões idiomáticas, marcas orais, etc.
Função poética
Caracteriza-se basicamente pelo uso de linguagem figurada, metáforas e demais
figuras de linguagem, rima, métrica, etc. É semelhante à linguagem emotiva, sendo que
não necessariamente revela sentimentos ou impressões a respeito do mundo. Como
pode-se constatar essa função é aplicada em poesias, músicas e algumas obras literárias.

Função metalinguística
Esta última função está presente principalmente em dicionários.
Caracteriza-se por trazer consigo uma explicação da própria língua. Pode ocorrer
também em poesias, obras literárias, etc.

Semântica: sinonímia e antonímia; homonímia e paronímia; conotação


e denotação; ambiguidade; polissemia.
Semântica
A semântica, palavra derivada do grego, é o estudo do significado, do sentido e da
interpretação do significado de uma palavra, signo, frase ou de uma expressão. Neste
campo de estudo da Linguística, também são analisadas as mudanças de sentido que
podem ocorrer nas formas linguísticas devido a alguns fatores, como, por exemplo, o
tempo e o espaço geográfico.
As atribuições da Semântica
Na Língua Portuguesa, o significado das palavras leva em consideração os conceitos
descritos a seguir
Sinonímia
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados iguais
ou semelhantes, ou seja, os sinônimos. Exemplos:bondoso – caridoso; distante –
afastado; cômico – engraçado.
Antonímia
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados
diferentes, contrários, ou seja, os antônimos. Exemplos:bondoso – maldoso; bom –
ruim; economizar – gastar.

Homonímia
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que, embora possuam significados
diferentes, apresentam a mesma estruturafonológica, ou seja, os homônimos. Os
homônimos subdividem-se em palavras homógrafas, homófonas e perfeitas:
Homógrafas: São as palavras iguais na escrita, porém diferentes
napronúncia. Exemplos: gosto (substantivo) – gosto (1ª pessoa do singular do presente
indicativo) / conserto (substantivo) conserto (1ª pessoa do singular do presente
indicativo);
Homófonas – São as palavras iguais na pronúncia, porém diferentes na escrita.
Exemplos: cela (substantivo) – sela (verbo) / cessão (substantivo) – sessão
(substantivo);
Perfeitas: São as palavras iguais tanto na pronúncia como na escrita.
Exemplos: cura (verbo) – cura (substantivo); cedo (verbo) – cedo (advérbio).
Paronímia
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que possuem significados
diferentes, porém são muito semelhantes na pronúncia e na escrita, ou seja, os
parônimos. Exemplos: emigrar – imigrar; cavaleiro – cavalheiro; comprimento –
cumprimento.
Polissemia
A polissemia caracteriza-se pela propriedade que uma mesma palavra possui de
apresentar vários significados. Exemplos: Hidrate as suas mãos (parte do corpo
humano) – Ele abriu mão dos seus direitos (desistir).
Hiperônimo
É uma palavra pertencente ao mesmo campo semântico de outra, mas com o sentido
mais abrangente. Exemplo: A palavra “flor”, que está associada aos diversos tipos de
flores, como rosa, violeta etc.
Hipônimo
O hipônimo é um vocábulo mais específico, possui o sentido mais restrito que os
hiperônimos. Exemplo: “Observar”, “olhar”, “enxergar” são hipônimos de “ver”.
Conotação e denotação
Na conotação, a palavra é empregada com um significado diferente do original,
criado pelo contexto, diferente do que está no dicionário da língua, utilizado no sentido
figurado. Exemplo: Ela tem um coração de pedra! Já na denotação, a palavra é
empregada em seu sentido original, com o significado que encontramos quando
consultamos o dicionário, o sentido literal. Exemplo: O voo dos pássaros é admirável.
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Emprego dos pronomes demonstrativos
Pronomes Demonstrativos
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa
palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de
espaço, tempo ou discurso.
No espaço: Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da
pessoa que fala. Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da
pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala. Compro aquele carro (lá). O
pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem
falo.
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de
correspondência, que é uma modalidade escrita de fala), são particularmente
importantes o este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o
segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade.
Exemplos: Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações
sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade destinatária). Reafirmamos a
disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da
universidade que envia a mensagem). No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano
presente. Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado
próximo. Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um
passado distante.
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).
Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Também aparecem como pronomes demonstrativos: o (s), a (s): quando estiverem
antecedendo o que e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo. Por
exemplo: Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) Essa rua não é a que
te indiquei. (Esta rua não é aquela que te indiquei.) mesmo (s), mesma (s):
Por exemplo: Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem. próprio (s),
própria (s):
Por exemplo: Os próprios alunos resolveram o problema. semelhante (s): Por exemplo:
Não compre semelhante livro. tal, tais: Por exemplo: Tal era a solução para o problema.
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Colocação pronominal
Colocação Pronominal (próclise, mesóclise, ênclise). É o estudo da colocação dos
pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao
verbo. Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no
meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise).
Esses pronomes se unem aos verbos porque são “fracos” na pronúncia.
PRÓCLISE
Usamos a próclise nos seguintes casos:
(1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem,
de modo algum.
- Nada me perturba.
- Ninguém se mexeu.
- De modo algum me afastarei daqui.
- Ela nem se importou com meus problemas.
(2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora,
logo, que.
- Quando se trata de comida, ele é um “expert”.
- É necessário que a deixe na escola.
- Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros.
(3) Advérbios
- Aqui se tem paz.
- Sempre me dediquei aos estudos.
- Talvez o veja na escola.
OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o
pronome.
- Aqui, trabalha-se.
(4) Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos.
- Alguém me ligou? (indefinido)
- A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)
- Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)
(5) Em frases interrogativas.
- Quanto me cobrará pela tradução?

(6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).


- Deus o abençoe!
- Macacos me mordam!
- Deus te abençoe, meu filho!
(7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.
- Em se plantando tudo dá.
- Em se tratando de beleza, ele é campeão.
(8) Com formas verbais proparoxítonas
- Nós o censurávamos.
MESÓCLISE
Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – amarei, amarás, ...)
ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu – amaria, amarias, ...)
- Convidar-me-ão para a festa.
- Convidar-me-iam para a festa.
Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.
- Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa.
ÊNCLISE
Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada.
- Tornarei-me....... (errada)
- Tinha entregado-nos..........(errada)
Ênclise de verbo no infinitivo está sempre certa.
- Entregar-lhe (correta)
- Não posso recebê-lo. (correta)
Outros casos:
- Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as camisas.
- Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportem-se.
- Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes.
- Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe tudo.
OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, ocorrerá
a próclise:
- Em se tratando de cinema, prefiro o suspense.
- Saiu do escritório, não nos revelando os motivos.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS
Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou
particípio.
AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver
palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar.
- Havia-lhe contado a verdade.
- Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.
AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome
oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.
Infinitivo
- Quero-lhe dizer o que aconteceu.
- Quero dizer-lhe o que aconteceu.
Gerúndio
- Ia-lhe dizendo o que aconteceu.
- Ia dizendo-lhe o que aconteceu.
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do
verbo principal.
Infinitivo
- Não lhe quero dizer o que aconteceu.
- Não quero dizer-lhe o que aconteceu.
Gerúndio
- Não lhe ia dizendo a verdade.
- Não ia dizendo-lhe a verdade.
Sintaxe da oração e do período -
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SINTAXE - DEFINIÇÃO
A Sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das
frases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si. Ao emitir uma
mensagem verbal, o emissor procura transmitir um significado completo e
compreensível. Para isso, as palavras são relacionadas e combinadas entre si. A sintaxe
é um instrumento essencial para o manuseio satisfatório das múltiplas possibilidades
que existem para combinar palavras e orações.

ÍNDICE
Análise Sintática
Frase
1- FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO
Frase
Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavra ou por
várias, podendo ter verbos ou não. A frase exprime, através da fala ou da escrita:
ideias emoções ordens apelos

A frase se define pelo seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de, num
intercâmbio linguístico, transmitir um conteúdo satisfatório para a situação em que é utilizada.
Exemplos:
O Brasil possui um grande potencial turístico.
Espantoso!
Não vá embora.
Silêncio!
O telefone está tocando.
Observação: a frase que não possui verbo denomina-se Frase Nominal.
Na língua falada, a frase é caracterizada pela entoação, que indica nitidamente seu início e seu
fim. A entoação pode vir acompanhada por gestos, expressões do rosto, do olhar, além de ser
complementada pela situação em que o falante se encontra. Esses fatos contribuem para que
frequentemente surjam frases muito simples, formadas por apenas uma palavra. Observe:
Rua!
Ai!
Essas palavras, dotadas de entoação própria, e acompanhadas de gestos peculiares, são suficientes
para satisfazer suas necessidades expressivas.
Na língua escrita, a entoação é representada pelos sinais de pontuação, os quais procuram
sugerir a melodia frasal. Desaparecendo a situação viva, o contexto é fornecido pelo próprio texto, o
que acaba tornando necessário que as frases escritas sejam linguisticamente mais completas. Essa
maior complexidade linguística leva a frase a obedecer as regras gerais da língua. Portanto, a
organização e a ordenação dos elementos formadores da frase devem seguir os padrões da língua.
Por isso é que:

As meninas estavam alegres. constitui uma frase, enquanto: Alegres meninas estavam
as. não é considerada uma frase da língua portuguesa
Tipos de Frases
Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser integralmente captados
se atentarmos para o contexto em que são empregadas. É o caso, por exemplo, das
situações em que se explora a ironia. Pense, por exemplo, na frase "Que educação!",
usada quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de pedestres. Nesse caso,
ela expressa exatamente o contrário do que aparentemente diz.
A entoação é um elemento muito importante da frase falada, pois nos dá uma ampla
possibilidade de expressão. Dependendo de como é dita, uma frase simples como "É
ela." pode indicar constatação, dúvida, surpresa, indignação, decepção, etc. Na língua
escrita, os sinais de pontuação podem agir como definidores do sentido das frases. Veja:
Balõezinhos
Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou menos previsível, de acordo
com o sentido que transmitem. São elas:
a) Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é feita pelo emissor da
mensagem. São empregadas quando se deseja obter alguma informação. A interrogação
pode ser direta ou indireta.
Você aceita um copo de suco? (Interrogação direta)
Desejo saber se você aceita um copo de suco. (Interrogação indireta)
b) Frases Imperativas: ocorrem quando o emissor da mensagem dá uma ordem, um
conselho ou faz um pedido, utilizando o verbo no modo imperativo. Podem ser
afirmativas ou negativas.
Faça-o entrar no carro! (Afirmativa)
Não faça isso. (Negativa)
Dê-me uma ajudinha com isso! (Afirmativa)
c) Frases Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor exterioriza um estado afetivo.
Apresentam entoação ligeiramente prolongada.
Por Exemplo:
Que prova difícil!
É uma delícia esse bolo!
d) Frases Declarativas: ocorrem quando o emissor constata um fato. Esse tipo de frase
informa ou declara alguma coisa. Podem ser afirmativas ou negativas.

Obrigaram o rapaz a sair. (Afirmativa)


Ela não está em casa. (Negativa)
e) Frases Optativas: são usadas para exprimir um desejo.
Por Exemplo:
Deus te acompanhe!
Bons ventos o levem!
De acordo com a construção, as frases classificam-se em:
Frase Nominal: é a frase construída sem verbos.
Exemplos:
Fogo!
Cuidado!
Belo serviço o seu!
Trabalho digno desse feirante.
Frase Verbal: é a frase construída com verbo.
Por Exemplo:
O sol ilumina a cidade e aquece os dias.
Os casais saíram para jantar.
A bola rolou escada abaixo.

Estrutura da Frase: Oração


As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a partir de dois
elementos essenciais: sujeito e predicado. Isso não significa, no entanto, que tais frases
devam ser formadas, no mínimo, por dois vocábulos. Na frase "Saímos", por exemplo,
há um sujeito implícito na terminação do verbo: nós.
O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É
normalmente o "ser de quem se declara algo", "o tema do que se vai comunicar".
O predicado é a parte da frase que contém "a informação nova para o ouvinte".
Normalmente, ele se refere ao sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao
sujeito. É sempre muito importante analisar qual é o núcleo significativo da
declaração: se o núcleo da declaração estiver no verbo, teremos um predicado
verbal (ocorre nas frases verbais); se o núcleo da declaração estiver em algum nome,
teremos um predicado nominal (ocorre nas frases nominais que possuem verbo de
ligação).
Observe:
O amor é eterno.
O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é "O amor". A declaração referente a
"o amor", ou seja, o predicado, é "é eterno". É umpredicado nominal, pois seu núcleo
significativo é o nome "eterno". Já na frase: Os rapazes jogam futebol.
O sujeito é "Os rapazes", que identificamos por ser o termo que concorda em número
e pessoa com o verbo "jogam". O predicado é"jogam futebol", cujo núcleo significativo
é o verbo "jogam". Temos, assim, um predicado verbal.

Oração
Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é necessário:
- que o enunciado tenha sentido completo;
- que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal).
Por Exemplo:
Camila terminou a leitura do livro.
Obs.: Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como partes de um conjunto
harmônico: elas são os termos ou as unidades sintáticas da oração. Assim, cada termo
da oração desempenha uma função sintática.
Atenção:
Nem toda frase é oração. Por Exemplo:
Que dia lindo!
Esse enunciado é frase, pois tem sentido.
Esse enunciado não é oração, pois não possui verbo.
Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são orações, frases como:
Socorro! - Com Licença! - Que rapaz ignorante!

A frase pode conter uma ou mais orações. Veja:


Brinquei no parque. (uma oração)
Entrei na casa e sentei-me. (duas orações)
Cheguei, vi, venci. (três orações)

Período: Período Simples, Período Composto


Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com
sentido completo. O período pode ser simples ou composto.
Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de
oração absoluta.
Exemplos:
O amor é eterno.
As plantas necessitam de cuidados especiais.
Quero aquelas rosas.
O tempo é o melhor remédio.
Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais orações.
Exemplos:
Quando você partiu minha vida ficou sem alegrias.
Quero aquelas flores para presentear minha mãe.
Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que acontece ao anoitecer.
Cheguei, jantei e fui dormir.
Saiba que:
Como toda oração está centrada num verbo ou numa locução verbal, a maneira
prática de saber quantas orações existem num período é contar os verbos ou
locuções verbais.

Objetivos da Análise Sintática / Estrutura de um Período / Termos da


Oração
A análise sintática tem como objetivo examinar a estrutura de um período e das
orações que compõem um período.
Estrutura de um Período Observe:
Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando.
Ao analisarmos a estrutura do período acima, é possível identificar duas orações:
Conhecemos mais pessoas e quando estamos viajando.
Termos da Oração - No período "Conhecemos mais pessoas quando estamos
viajando", existem seis palavras. Cada uma delas exerce uma determinada função nas
orações. Em análise sintática, cada palavra da oração é chamada de termo da oração.
Termo é a palavra considerada de acordo com a função sintática que exerce na oração.

Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, os termos da oração podem ser:


1) Essenciais
Também conhecidos como termos "fundamentais", são representados pelo sujeito e
predicado nas orações.
2) Integrantes
Completam o sentido dos verbos e dos nomes, são representados por:
complemento verbal - objeto direto e indireto;
complemento nominal;
agente da passiva.
3) Acessórios
Desempenham função secundária (especificam o substantivo ou expressam
circunstância). São representados por:
adjunto adnominal;
adjunto adverbial;
aposto.
Obs.: O vocativo, em análise sintática, é um termo à parte: não pertence à estrutura da
oração.

Termos Essenciais da Oração


Sujeito e Predicado
Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os termos
essenciais. A oração possui dois termos essenciais, o sujeito e o predicado.
Sujeito: termo sobre o qual o restante da oração diz algo.
Por Exemplo: As praias estão cada vez mais poluídas.
Sujeito
Predicado: termo que contém o verbo e informa algo sobre o sujeito.
Por Exemplo: As praias estão cada vez mais poluídas.
Predicado

Posição do Sujeito na Oração - Dependendo da posição de seus termos, a oração pode


estar: Na Ordem Direta: o sujeito aparece antes do predicado.

Por Exemplo:
As crianças brincavam despreocupadas.
Sujeito Predicado

Na Ordem Inversa: o sujeito aparece depois do predicado.

Brincavam despreocupadas as crianças.


Predicado Sujeito

Sujeito no Meio do Predicado:

Despreocupadas, as crianças brincavam.


Predicado Sujeito Predicado

Classificação do Sujeito: Sujeito Determinado


Classificação do Sujeito - O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser
determinado ou indeterminado. Existem ainda as orações sem sujeito.
1 - Sujeito Determinado: é aquele que se pode identificar com precisão a partir da
concordância verbal. Pode ser:
a) Simples - Apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo.
Por Exemplo:
A rua estava deserta.

Observação: não se deve confundir sujeito simples com a noção de singular. Diz-se
que o sujeito é simples quando o verbo da oração se refere a apenas um elemento, seja
ele um substantivo (singular ou plural), um pronome, um numeral ou uma oração
subjetiva.
Por Exemplo:
Os meninos estão gripados.
Todos cantaram durante o passeio.

b) Composto - Apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo.


Tênis e natação são ótimos exercícios físicos.

c) Implícit - Ocorre quando o sujeito não está explicitamente representado na oração,


mas pode ser identificado.
Por Exemplo:
Dispensamos todos os funcionários. Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado,
pois está indicado pela desinência verbal -mos.
Observação: o sujeito implícito também é chamado de sujeito elíptico, subentendido ou
desinencial. Antigamente era denominado sujeito oculto.
Sujeito Indeterminado
Sujeito Indeterminado: é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem
pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras
diferentes de indeterminar o sujeito de uma oração:
a) Com verbo na 3ª pessoa do plural:
O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo
identificado anteriormente (nem em outra oração):
Por Exemplo:
Procuraram você por todos os lugares.
Estão pedindo seu documento na entrada da festa.
b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome se:
O verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice de indeterminação
do sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto
(verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica
na terceira pessoa do singular.
Exemplos:
Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)
Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto)
No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação)
Entendendo a Partícula Se
As construções em que ocorre a partícula se podem apresentar algumas dificuldades
quanto à classificação do sujeito.
Veja:
a) Aprovou-se o novo candidato.
Sujeito
Aprovaram-se os novos candidatos.
Sujeito

b) Precisa-se de professor. (Sujeito Indeterminado)


Precisa-se de professores. (Sujeito Indeterminado)
No caso a, o se é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética,
concordando com o sujeito. Observe a transformação das frases para a voz passiva
analítica:
O novo candidato foi aprovado.
Sujeito
Os novos candidatos foram aprovados.
Sujeito

No caso b, se é índice de indeterminação do sujeito e o verbo está na voz ativa. Nessas


construções, o sujeito é indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.
c) Com o verbo no infinitivo impessoal:
Por Exemplo:
Era penoso estudar todo aquele conteúdo.
É triste assistir a estas cenas tão trágicas.
Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a elementos
explícitos em orações anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado.
Por Exemplo:
Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras.
Nesse caso, o sujeito de compraram é eles (Felipe e Marcos). Ocorre sujeito oculto.

Oração Sem Sujeito


Oração Sem Sujeito: é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um
verbo impessoal. Observe a estrutura destas orações:

Sujeito Predicado
-Havia formigas na casa.
-Nevou muito este ano em Nova Iorque.
É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura
e absoluta de um fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a
nenhum ser, a mensagem centra-se no processo verbal. Os casos mais comuns de
orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem com:
a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza:
Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc.
Por Exemplo:
Choveu muito no inverno passado.
Amanheceu antes do horário previsto.
Observação: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito
determinado.
Por Exemplo:
Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças=sujeito)
Já amanheci cansado. (eu=sujeito)
b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou
fenômenos meteorológicos:
Ser:
É noite. (Período do dia)
Eram duas horas da manhã. (Hora)
Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão numérica que o
acompanha. (É uma hora/ São nove horas)
Hoje é (ou são) 15 de março. (Data)
Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a palavra
dia, ou então irá para o plural, concordando com o número de dias.
Estar:
Está tarde. (Tempo)
Está muito quente.(Temperatura)
Fazer:
Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
Fez 39° C ontem. (Temperatura)
Haver:
Não a vejo há anos. (Tempo decorrido)
Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir)
Atenção: Com exceção do verbo ser, os verbos impessoais devem ser usados SEMPRE
NA TERCEIRA PESSOA DO SINGULAR. Devemos ter cuidado com os verbos fazer
e haver usados impessoalmente: não é possível usá-los no plural.

Por Exemplo:
Faz muitos anos que nos conhecemos.
Deve fazer dias quentes na Bahia.
Veja outros exemplos:
Há muitas pessoas interessadas na reunião.
Houve muitas pessoas interessadas na reunião.
Havia muitas pessoas interessadas na reunião.
Haverá muitas pessoas interessadas na reunião.
Deve ter havido muitas pessoas interessadas na reunião.
Pode ter havido muitas pessoas interessadas na reunião.

Predicado
Predicado é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Nele é obrigatória a presença
de um verbo ou locução verbal. Quando se identifica o sujeito de uma oração,
identifica-se também o predicado. Em termos, tudo o que difere do sujeito (e do
vocativo, quando ocorrer) numa oração é o seu predicado. Veja alguns exemplos:

As mulheres compraram roupas novas.


Predicado

Durante o ano, muitos alunos desistem do curso.


Predicado Predicado

A natureza é bela.
Predicado

OS VERBOS NO PREDICADO
Em todo predicado existe necessariamente um verbo ou uma locução verbal. Para
analisar a importância do verbo no predicado, devemos considerar dois grupos distintos:
os verbos nocionais e os não nocionais.
Os verbos nocionais são os que exprimem processos; em outras palavras,
indicam ação, acontecimento, fenômeno natural, desejo, atividade mental:
Acontecer – considerar – desejar – julgar – pensar – querer – suceder – chover – correr
fazer – nascer – pretender – raciocinar
Esses verbos são sempre núcleos dos predicados em que aparecem.
Os verbos não nocionais exprimem estado; são mais conhecidos comoverbos de
ligação.
Fazem parte desse grupo, entre outros:
Ser – estar – permanecer – continuar – andar – persistir – virar – ficar – achar-se -
acabar – tornar-se – passar (a)
Os verbos não nocionais sempre fazem parte do predicado, mas não atuam
como núcleos.
Para perceber se um verbo é nocional ou não nocional, é necessário considerar o
contexto em que é usado. Assim, na oração:
Ela anda muito rápido.
O verbo andar exprime uma ação, atuando como um verbo nocional. Já na oração:
Ela anda triste.
O verbo exprime um estado, atuando como verbo não nocional.

Predicação Verbal: Verbo Intransitivo, Verbo Transitivo, Verbo de


Ligação
Predicação Verbal - Chama-se predicação verbal o resultado da ligação que se
estabelece entre o sujeito e o verbo e entre os verbos e os complementos. Quanto à
predicação, os verbos podem ser intransitivos, transitivos ou de ligação.
1) Verbo Intransitivo É aquele que traz em si a ideia completa da ação, sem necessitar,
portanto, de um outro termo para completar o seu sentido. Sua ação não transita.

Por Exemplo:
O avião caiu. O verbo cair é intransitivo, pois encerra um significado completo. Se
desejar, o falante pode acrescentar outras informações, como:
local: O avião caiu sobre as casas da periferia.
modo: O avião caiu lentamente.
tempo: O avião caiu no mês passado.
Essas informações ampliam o significado do verbo, mas não são necessárias para que
se compreenda a informação básica.
2) Verbo Transitivo É o verbo que vem acompanhado por complemento: quem sente,
sente algo; quem revela, revela algo a alguém. O sentido desse verbo transita, isto é,
segue adiante, integrando-se aos complementos, para adquirir sentido completo. Veja:
S. Simples Predicado
As crianças precisam de carinho.
1 2
1= Verbo Transitivo
2= Complemento Verbal (Objeto)
O verbo transitivo pode ser:
a) Transitivo Direto: é quando o complemento vem ligado ao verbo diretamente, sem
preposição obrigatória.
Por Exemplo:
Nós escutamos nossa música favorita.
1
1= Verbo Transitivo Direto
b) Transitivo Indireto: é quando o complemento vem ligado ao verbo indiretamente,
com preposição obrigatória.
Por Exemplo:
Eu gosto de sorvete.
2
2 = Verbo Transitivo Indireto
de= preposição
c) Transitivo Direto e Indireto: é quando a ação contida no verbo transita para o
complemento direta e indiretamente, ao mesmo tempo.
Por Exemplo:
Ela contou tudo ao namorado.
3
3= Verbo Transitivo Direto e Indireto
a= preposição
3) Verbo de Ligação - É aquele que, expressando estado, liga características ao sujeito,
estabelecendo entre eles (sujeito e características) certos tipos de relações.
O verbo de ligação pode expressar:
a) estado permanente: ser, viver.
Por Exemplo:
Sandra é alegre.
Sandra vive alegre.
b) estado transitório: estar, andar, achar-se, encontrar-se
Por Exemplo:
Mamãe está bem.
Mamãe encontra-se bem.
c) estado mutatório: ficar, virar, tornar-se, fazer-se
Por Exemplo:
Júlia ficou brava.
Júlia fez-se brava.
d) continuidade de estado: continuar, permanecer
Por Exemplo:
Renato continua mal.
Renato permanece mal.
e) estado aparente: parecer
Por Exemplo:
Marta parece melhor.
Observação: a classificação do verbo quanto à predicação deve ser feita de acordo com
o contexto e não isoladamente. Um mesmo verbo pode aparecer ora como intransitivo,
ora como de ligação. Veja:
1 - O jovem anda devagar.
anda = verbo intransitivo, expressa uma ação.
2 - O jovem anda preocupado.
anda= verbo de ligação, expressa um estado

Classificação do Predicado: Predicado Verbal


Classificação do Predicado - Para o estudo do predicado, é necessário verificar se seu
núcleo significativo está num nome ou num verbo. Além disso, devemos considerar se
as palavras que formam o predicado referem-se apenas ao verbo ou também ao sujeito
da oração. Veja o exemplo abaixo:
Os animais necessitam de cuidados especiais.
Sujeito Predicado
O predicado, apesar de ser formado por muitas palavras, apresenta apenas uma que se
refere ao sujeito: necessitam. As demais palavras ligam-se direta ou indiretamente ao
verbo (necessitar é, no caso, de algo), que assume, assim, o papel de núcleo
significativo do predicado. Já em:

A natureza é bela.
Sujeito Predicado
No exemplo acima, o nome bela se refere, por intermédio do verbo, ao sujeito da
oração. O verbo agora atua como elemento de ligação entre sujeito e a palavra a ele
relacionada. O núcleo do predicado é bela. Veja o próximo exemplo:
O dia amanheceu ensolarado.
Sujeito Predicado
Percebemos que as duas palavras que formam o predicado estão diretamente
relacionadas ao sujeito: amanheceu (verbo significativo) e ensolarado (nome que se
refere ao sujeito). O predicado apresenta, portanto, dois núcleos: amanheceu e
ensolarado. Tomando por base o núcleo do que está sendo declarado, podemos
reconhecer três tipos de predicado: verbal, nominal e verbo-nominal.
Predicado Verbal - Apresenta as seguintes características:
a) Tem um verbo como núcleo;
b) Não possui predicativo do sujeito;
c) Indica ação.
Por exemplo:
Eles revelaram toda a verdade para a filha.
Predicado Verbal
Para ser núcleo do predicado verbal, é necessário que o verbo seja significativo, isto
é, que traga uma ideia de ação. Veja os exemplos abaixo:
O dia clareou. (núcleo do predicado verbal = clareou)
Chove muito nos estados do sul do país. (núcleo do predicado verbal =Chove)
Ocorreu um acidente naquela rua. (núcleo do predicado verbal =Ocorreu)
A antiga casa foi demolida. (núcleo do predicado verbal = demolida)
Obs.: no último exemplo há uma locução verbal de voz passiva, o que não impede o
verbo demolir de ser o núcleo do predicado.

Predicado Nominal / Predicativo do Sujeito


Predicado Nominal - Apresenta as seguintes características:
a) Possui um nome (substantivo ou adjetivo) como núcleo;

b) É formado por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito;


c) Indica estado ou qualidade.
Por Exemplo:
Leonardo é competente.
Predicado Nominal
No predicado nominal, o núcleo é sempre um nome, que desempenha a função de
predicativo do sujeito. O predicativo do sujeito é um termo que caracteriza o sujeito,
tendo como intermediário um verbo de ligação. Os exemplos abaixo mostram como
esses verbos exprimem diferentes circunstâncias relativas ao estado do sujeito, ao
mesmo tempo que o ligam ao predicativo.Veja:
Ele está triste. (triste = predicativo do sujeito, está = verbo de ligação)
A natureza é bela. (bela = predicativo do sujeito, é = verbo de ligação)
O homem parecia nervoso. (nervoso = predicativo do sujeito, parecia = verbo de
ligação)
Nosso herói acabou derrotado. (derrotado = predicativo do sujeito, acabou = verbo de
ligação)
Uma simples funcionária virou diretora da empresa. (diretora = predicativo do sujeito,
virou = verbo de ligação)
Predicativo do Sujeito - É o termo que atribui características ao sujeito por meio de um
verbo. Todo predicado construído com verbo de ligação necessita de predicativo do
sujeito. Pode ser representado por:
a) Adjetivo ou locução adjetiva:
Por Exemplo:
O seu telefonema foi especial. (especial = adjetivo)
Este bolo está sem sabor. (sem sabor = locução adjetiva)
b) Substantivo ou palavra substantivada:
Por Exemplo:
Esta figura parece um peixe. (peixe = substantivo)
Amar é um eterno recomeçar. (recomeçar = verbo substantivado)
c) Pronome Substantivo:
Por Exemplo:
Meu boletim não é esse. (esse = pronome substantivo)
d) Numeral:
Por Exemplo:
Nós somos dez ao todo. (dez = numeral)

Predicado Verbo-Nominal / Estrutura do Predicado Verbo-Nominal


Predicado Verbo-Nominal - Apresenta as seguintes características:
a) Possui dois núcleos: um verbo e um nome;
b) Possui predicativo do sujeito ou do objeto;
c) Indica ação ou atividade do sujeito e uma qualidade.
Por Exemplo:
Os alunos saíram da aula alegres.
Predicado Verbo-Nominal
O predicado é verbo-nominal porque seus núcleos são um verbo (saíram - verbo
intransitivo), que indica uma ação praticada pelo sujeito, e um predicativo do sujeito
(alegres), que indica o estado do sujeito no momento em que se desenvolve o processo
verbal. É importante observar que o predicado dessa oração poderia ser desdobrado em
dois outros, um verbal e um nominal. Veja:
Os alunos saíram da aula. Eles estavam alegres.

Estrutura do Predicado Verbo-Nominal - O predicado verbo-nominal pode ser


formado de:
1 - Verbo Intransitivo + Predicativo do Sujeito
Por Exemplo:
Joana saiu contente.
Sujeito Verbo Intransitivo Predicativo do Sujeito
2 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto
Por Exemplo:

A despedida deixou a mãe aflita.


Sujeito Verbo Transitivo Objeto Direto Predicativo do Objeto
3 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Sujeito
Por Exemplo:
Os pais observaram emocionados aquela cena.
Sujeito Verbo Transitivo Predicativo do Sujeito Objeto Direto
Saiba que:
Uma maneira de reconhecer o predicativo do objeto numa oração é transformá-la na
voz passiva. Na permutação, o predicativo do objeto passa a ser predicativo do
sujeito. Veja:
Voz Ativa:
As mulheres julgam os homens insensíveis.
Sujeito Verbo Significativo Objeto Direto Predicativo do Objeto
Voz Passiva:
Os homens são julgados insensíveis pelas mulheres.
Verbo Significativo Predicativo do Sujeito
O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis).
Essa relação se evidencia quando passamos a oração para a voz passiva.
Observação: o predicativo do objeto normalmente se refere ao objeto direto. Ocorre
predicativo do objeto indireto com o verbo chamar. Assim, vem precedido de
preposição.
Por Exemplo:
Todos o chamam de irresponsável.

Chamou-lhe ingrato. (Chamou a ele ingrato.)

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