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Nome do Curso

EBSERH-Psicologia Hospitalar
Prof. Eliete Portugal / Lícia Madureira

Aula 03

EBSERH - PSICOLOGIA HOSPITALAR

TRABALHO EM EQUIPE INTERPROFISSIONAL: RELACIONAMENTO E


COMPETÊNCIAS.

PROFESSORAS: ELIETE PORTUGAL / LÍCIA MADUREIRA

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TÓPICOS DA AULA

1. TRABALHO EM EQUIPE INTERPROFISSIONAL: RELACIONAMENTO E


COMPETÊNCIAS.................................................................................03

2. QUESTÕES GABARITADAS ............................................................19

3. GABARITO.....................................................................................26

4. REFERÊNCIAS................................................................................27

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1. TRABALHO EM EQUIPE INTERPROFISSIONAL:


RELACIONAMENTO E COMPETÊNCIAS
Segundo Araújo e Galimbertti (2013), nossas vidas de
trabalho são organizadas em ambientes coletivos,
através de um processo constante de interação com
outras pessoas. Vivemos a maior parte de nossas
vidas nos relacionando por meio de organizações
sociais, trabalhando, aprendendo, consumindo e produzindo bens, serviços e
produtos. Essa relação entre sociedade e organizações do trabalho vem sendo
debatida sob várias perspectivas em várias disciplinas, como sociologia, filosofia,
economia, psicologia e administração, desde autores clássicos como Weber e
Marx.
Nessa perspectiva, as equipes, e não mais os indivíduos isoladamente, têm se
constituído como unidades básicas de trabalho, requerendo novas maneiras de
lidar com as pessoas e cuidar das organizações (Chiavenato, 2004).
CIAMPONE E PEDUZZI (2000), destacam que no processo de produção em saúde,
a denominação equipe sempre fará referência a uma situação de trabalho.
Segundo PEDUZZI (1998), a partir dos estudos de CAMPOS (1992), ressalta que
os serviços de saúde, que na sua organização tem como estratégia a estruturação
das equipes, devem considerar o rompimento da divisão do processo de trabalho
e responsabilizar cada equipe pela organização e planejamento de seu trabalho
assim como de problemas advindos da sua rotina.
Ainda Peduzzi (2001), equipe consiste em uma ação integrada, regida por normas
consensuais, baseada na intersubjetividade da compreensão e do
reconhecimento mútuo, isenta de coerção. A equipe possui um desempenho
coletivo, com associação gerencial de habilidade e talentos individuais em uma
habilidade coletiva, produzindo atividades e atuações de maneira mais eficiente
e efetiva, na qual o resultado é maior do que a soma das partes individuais.
No que diz respeito à constituição das equipes de saúde, MATUMOTO e outros
autores (2005) com base nas contribuições de CAMPOS (1997) e FORTUNA
(1999, 2003), alertam que as equipes não se processam pela simples presença
das diversas categorias profissionais, mas sim pela interação efetiva das diversas
disciplinas e saberes, agindo como elemento integrador de seus membros.

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No entanto, Scharaiber e outros autores (1999) ressaltam como importante fator


a ser considerado nessas equipes o fato de que os membros que as constituem
trazem uma autonomia técnica, com profissões cujas autoridades são desiguais,
o que podem gerar situações de poder, levando a tensões internas,
principalmente por parte de alguns profissionais.
Os processos interativos desenvolvem-se na vida cotidiana, compartilhada com
outros seres humanos. Cada indivíduo contribui decisivamente e singularmente
na “construção” de seus processos de interação social (Guesser, 2003). Essas
interações podem tomar diferentes formas, como, por exemplo, a colaboração
interprofissional.

Importante apontarmos que além da interdisciplinaridade, o trabalho


em equipe pode adquirir várias configurações, de acordo com o seu
modo de funcionamento, tais como: pluridisciplinar, multidisciplinar e
transdisciplinar. Assunto bastante cobrado em prova!

O trabalho em equipes na área da saúde é uma estratégia de trabalho coletivo


que visa minimizar o intenso processo de especialização (Campos, 1997, Peduzzi,
2001). Entretanto, através de um levantamento bibliográfico Peduzzi (2001)
observou a predominância da abordagem estritamente técnica, em que o
trabalho de cada área profissional é apreendido como conjunto de atribuições,
tarefas ou atividades, onde a articulação dos trabalhos especializados não é
problematizada. Vasconcelos, Gillo e Soares (2009) defendem que, não basta que
especialistas em saúde tenham domínio e apliquem isoladamente os seus saberes
profissionais específicos, é preciso somar saberes para dar respostas efetivas e
eficazes aos problemas complexos que envolvem a perspectiva de qualidade,
incluindo o ambiente de trabalho.

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No sentido de encontrar caminhos criativos e construtivos para equacionar as


necessidades em saúde identificadas, surgem as equipes multidisciplinares,
que englobam a especificidade dos vários profissionais e as áreas comuns
sustentadas em práticas e saberes do domínio de todos (Veloso, 2005).
A atuação multiprofissional se configura como um trabalho coletivo organizado
por profissionais de diversas categorias, cuja contribuição individual ressoa no
produto final, atendendo às particularidades de cada área na solução de
problemas diagnosticados em conjunto pelos seus membros (Pereira & Harris,
1976). A interação da equipe de saúde propicia aos profissionais um
enriquecimento de sua prática, aprofundamento do saber, permitindo a
ampliação do conhecimento por meio da contribuição das diferentes categorias
profissionais, potencializando a atuação da equipe.
Conceitualmente, estas equipes definem-se como um conjunto de profissionais
com formações e/ou atribuições distintas, que visualizam o problema/objeto de
estudo ou intervenção sob ângulos diferentes, explorando-o e enriquecendo-o
(Santos et al, 2007). Incluem diferentes profissionais que trabalham juntos,
mantendo as suas atuações específicas, com troca de informações dentro de
áreas de interseção (Nogueira, 2004), articulando-se tendo como base a
consciência social e política que emerge no confronto com as práticas (Costa,
2007).
O trabalho em equipe exige uma construção coletiva das ações em saúde, em
que as dificuldades estão sempre presentes e precisam ser refletidas e superadas.
A formação de uma equipe permite a troca de informações e a busca de um
melhor plano terapêutico, colocando-se a cooperação como instrumento para
enfrentar o fazer em grupo.
Segundo Pinho (2006), a incorporação deste novo modelo no atendimento em
saúde capacita o profissional a ter uma percepção mais abrangente, dinâmica,
complementar, integrada e humanizada, tornando-o numa realidade insofismável
e necessária em todos os espaços onde se praticam ações que visam melhorar a
qualidade de saúde e de vida das populações.
A ampliação de intervenção além do setor individual e clínico demanda variações
na configuração de atuação e organização do trabalho, além de requerer alta
complexidade de saberes em que cada profissional é chamado a desempenhar
sua profissão em um processo de trabalho coletivo, cujo produto deve ser fruto
de um trabalho formado pela contribuição das diversas áreas profissionais,
esperando-se que os integrantes das equipes sejam capazes não só de conhecer
e analisar o trabalho verificando as atribuições específicas e do grupo na unidade,
no domicílio e na comunidade mas também de compartilhar conhecimentos e
informações.

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Robbins (2004) afirma que as equipes são capazes de melhorar o desempenho


dos indivíduos quando a tarefa requer múltiplas habilidades, julgamentos e
experiência, pelo fato de serem mais flexíveis reagindo melhor às mudanças.
Para o trabalho interprofissional a equipe passa a ter uma outra importância.
É necessário existir a construção de uma visão compartilhada. Segundo Senge
(1998), uma Visão Compartilhada não é uma ideia. Nem que essa ideia seja tão
importante quanto a liberdade. Pelo contrário, é uma força no coração das
pessoas, uma força de impressionante poder. Pode ser inspirada por uma ideia,
mas quando evolui - quando é estimulante o suficiente para obter o apoio de
mais de uma pessoa - deixa de ser uma abstração. Torna-se palpável. As pessoas
começam a vê-la como se existisse. Poucas forças, se é que existe alguma, nas
questões humanas, são tão poderosas quanto uma visão compartilhada.
O fato dos imperativos de saúde propagarem múltiplas dimensões demanda
ações que não podem se realizar por ações isoladas de um único agente,
necessitando-se de recomposição dos trabalhos especializados tanto no interior
de uma mesma área profissional como na relação interprofissional.
Segundo Ellery & Pontes (2013), no contexto da discussão da
interprofissionalidade, necessário se faz diferenciar os sufixos “disciplinar” e
“profissional”, amplamente empregados com os prefixos “multi”, “inter” e “trans”.
Disciplinar refere-se ao plano epistemológico, à vertente dos saberes, no nível
mais teórico do conhecimento; “profissional” refere-se às práticas concretas, ao
campo de atuação das equipes e dos serviços (D‟AMOUR, 1997; FURTADO,
2009). No campo da prática propriamente dito, parece-nos mais apropriado
falarmos de interprofissionalidade. No cotidiano da saúde, contudo, diferentes
“saberes” disciplinares estão envolvidos e se materializam em práticas
profissionais diversificadas; portanto, acreditamos que para analisarmos as
relações entre as disciplinas e os profissionais, os conceitos “interdisciplinar”
(nível epistemológico) e “interprofissional” (nível da prática) são indissociáveis.
Isto porque na ação concreta dos profissionais, os saberes também estão,
necessariamente, presentes. Furtado (2009) considera ser a
interprofissionalidade o correlato da interdisciplinaridade nas práticas de saúde.

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CONTINUE NO FOCO!

(AOCP-2014) Vivemos em uma realidade na saúde em que muitas vezes o


psicólogo não trabalha sozinho. A respeito dessas relações assinale alternativa
incorreta.
a) Chamamos de equipe INTERDISCIPLINAR quando alguns profissionais de
áreas diferentes discutem a situação de um paciente sobre aspectos comuns a
mais de uma área.
b) É considerada equipe MULTIDISCIPLINAR quando há vários profissionais
atendendo o mesmo paciente de forma independente entre si.
c) As equipes TRANSDISCIPLINARES trabalham e definem ações de forma
conjunta, independente da área de atuação.
d) Para o bom funcionamento da equipe, é importante que as outras áreas de
familiarizem e compreendam os termos da psicologia. Facilitando a comunicação.
e) Uma das dificuldades para o trabalho em equipe, no contexto hospitalar é a
falta de clareza em relação a atribuição de cada profissional.

ESSA QUESTÃO É BASTANTE RICA E NOS PERMITE


REVISÃO DE ALGUNS CONCEITOS ACERCA DA NOSSA
TEMÁTICA!

Comentários: Castro (2009), traz acerca do assunto em questão os seguintes


conceitos:
Multidisciplinar diz respeito ao trabalho com vários profissionais, cada um com
o seu saber, o que irá resultar na junção de conhecimentos.
Trata-se de uma justa posição dos recursos de várias disciplinas, em uma
determinada tarefa, sem implicar necessariamente em trabalho em equipe
coordenada.

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Interdisciplinar possibilita o relacionamento entre os profissionais. Há interação


entre os profissionais, em que se permite que cada profissional conheça o
discurso dos demais saberes.
Transdisciplinar favorece o atravessamento entre os saberes, o que irá permitir
que um profissional chegue a utilizar a linguagem de outro saber.
Análise das alternativas, lembrando que a questão solicita do candidato é a
alternativa incorreta.
“Chamamos de equipe INTERDISCIPLINAR quando alguns profissionais de
áreas diferentes discutem a situação de um paciente sobre aspectos comuns a
mais de uma área”. Como vimos a interdisciplinaridade favorece o
relacionamento entre profissionais de diversas áreas. A interação entre eles no
sentido de discutirem a situação de um paciente em aspectos comuns a mais de
uma área.
Dessa forma a alternativa a está correta.
“É considerada equipe MULTIDISCIPLINAR quando há vários profissionais
atendendo o mesmo paciente de forma independente entre si“. Na equipe
multidisciplinar ocorre uma justa posição dos saberes em uma determinada
tarefa, sem necessariamente haver um trabalho em equipe coordenado.
Diante do enunciado acima a alternativa b está correta.
“As equipes TRANSDISCIPLINARES trabalham e definem ações de forma
conjunta, independente da área de atuação”. Sabe-se que a transdisciplinaridade
favorece o atravessamento entre os saberes. Esse tipo de equipe trabalha e
define ações de forma conjunta, independente da área de atuação.
Dessa forma a alternativa c está correta.
“Para o bom funcionamento da equipe, é importante que as outras áreas de
familiarizem e compreendam os termos da psicologia. Facilitando a
comunicação”. Para Maldonado e Canela (2009) a saúde não seria de
competência de um único profissional, mas uma prática interdisciplinar em que
profissionais de diversas áreas, representantes de várias ciências, devem se
agregar em equipes de saúde, tendo como objetivos comuns estudar as
interações somáticas e psicossociais para encontrar métodos adequados que
propicie uma prática integradora, tendo com o enfoque a totalidade dos aspectos
inter-relacionados à saúde e a doença.
Sabe-se que para o bom funcionamento de uma equipe deve-se ter em mente
que o conhecimento não é algo isolado nem fragmentado, porém não se pode
exigir que as demais áreas se familiarizem e compreendam os termos da
psicologia nem o contrário. Após esse relato é evidente que a alternativa d está
incorreta.

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“Uma das dificuldades para o trabalho em equipe, no contexto hospitalar é a falta


de clareza em relação a atribuição de cada profissional”. Vários profissionais
apontam como dificuldade a carência de clareza no que tange às atividades
desenvolvidas por outros profissionais, bem como os limites de cada um em sua
atuação profissional. Entende-se nesse caso que a alternativa e está correta.
Diante dos relatos acima fica evidente que a única assertiva que traz uma
afirmativa incorreta é a alternativa d.
Gabarito: d

Segundo FERREIRA; VARGA; SILVA (2009), as relações


profissionais se dão através das diferentes interações
disciplinares, estabelecidas em níveis de agrupamento.
Multidisciplinaridade –Traz variadas disciplinas
propostas simultaneamente, contudo, sem deixar
transparecer diretamente as relações que podem existir
entre elas exemplificada com vários profissionais reunidos,
em que cada um trabalha isoladamente, sendo que a ausência de uma articulação
não significa, no entanto, uma ausência de relação entre estes profissionais. O
trabalho da equipe multidisciplinar visa avaliar o paciente de maneira
independente e executando seus planos de tratamento como uma “camada
adicional” de serviços. Logo, não há um trabalho coordenado por parte dessa
equipe e uma identidade grupal, ou seja, o médico, em geral, é responsável pela
decisão do tratamento, e os outros profissionais vão se adequar a demanda do
paciente e as decisões do médico referente a este (BRUSCATO et al, 2004).
Segundo Fossi e Guareschi (2004) a equipe multidisciplinar deve construir uma
relação entre profissionais, onde o paciente é visto como um todo, considerando
um atendimento humanizado. Dessa forma, foca-se nas demandas da pessoa, e
a equipe tem como finalidade de atender as necessidades globais da pessoa,
visando seu bem-estar.
A multidisciplinaridade pretende analisar cada elemento individualmente e
cada profissional busca exprimir o parecer específico de sua especialidade.
Diferente da transdisciplinaridade que procura identificar a interação e a
integração de todos os elementos, ou seja, como há essa integração uns com os
outros e como se afetam, buscando um conhecimento totalizante e único daquela
realidade particular e dinâmica (BRANDÃO, 2000).

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Leite e Vila (2005) frisam que a equipe multiprofissional vivencia momentos


estressantes, tais como a dificuldade frente à morte e aos recursos materiais e
humanos insuficientes. Em suma, esse cenário promove tensões e interfere
negativamente na qualidade da assistência prestada ao usuário. Os autores
(2005) ressaltam, ainda, que a delimitação dos papeis profissionais dos membros
da equipe de saúde favorecem a diminuição da ansiedade e estimula o
profissional a se responsabilizar pelas suas atitudes. Desse modo, deve-se
incentivar o desenvolvimento do relacionamento da equipe por meio da
valorização do diálogo construtivo, da honestidade, da amizade e do respeito
mútuo, bem como impulsionar a motivação do grupo para a construção de uma
equipe articulada, harmoniosa, humana e comprometida com a assistência de
qualidade.
Pluridisciplinaridade se relaciona à justaposição de várias disciplinas situadas
geralmente no mesmo nível hierárquico e agrupadas de modo que apareçam as
relações existentes entre elas; há cooperação, contudo, sem coordenação, e pode
ser exemplificada por meio de um paciente que procura atendimento psiquiátrico
e, após receber orientação e prescrição psicofarmacológica, é encaminhado, pelo
próprio psiquiatra, a um psicólogo para um trabalho de psicoterapia; assim, a
cooperação não é automática, mas estabelece contatos entre os profissionais e
suas áreas de conhecimento.
Interdisciplinaridade tem-se que é comum um grupo de disciplinas conexas e
definidas em um nível hierárquico imediatamente superior – o que introduz a
noção de finalidade – em que há dois níveis e objetivos múltiplos com a
coordenação advinda de nível superior. A equipe é formada por um pediatra, um
psiquiatra, um psicólogo, um assistente social e uma enfermeira, contudo, o que
prevalece é o saber médico, cabendo a coordenação e a tomada de decisão a
estes profissionais. Busca integrar diferentes disciplinas, compreendidas como
campos específicos do conhecimento científico.
ANGERAMI-CAMON (2000), enfatiza que na interdisciplinaridade a equipe
trabalha de forma que todos os profissionais funcionem de maneira uniforme e
colaborativa, ou seja, os membros da equipe interagindo entre si, em busca de
uma melhor qualidade de vida para os pacientes.
O termo interdisciplinaridade de acordo com GOMES e DESLANDES (1994)
surgiu no século XIX, ou seja, não é um conceito contemporâneo diante do
surgimento do conhecimento da ciência, no entanto, somente no século XX
caráter interdisciplinar passou a ser efetivado dentro da ciência.

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Fortalecendo a premissa de que saúde é um assunto para muitos profissionais,


CAMPOS (1995), afirma que a abordagem em equipe deve ser comum a toda a
assistência à saúde. Isso porque o principal aspecto positivo da atuação em
equipe interdisciplinar é a possibilidade de colaboração de várias
especialidades que denotam conhecimentos e qualificações distintas.
Segundo MALDONADO e CANELLA (2009), a saúde não seria de competência de
um único profissional, mas uma prática interdisciplinar em que
profissionais de diversas áreas, representantes de várias ciências,
devem agregar-se em equipes de saúde, tendo como objetivos comuns
estudar as interações somáticas e psicossociais para encontrar métodos
adequados que propiciem uma prática integradora, tendo como enfoque
a totalidade dos aspectos inter-relacionados à saúde e à doença.
Transdisciplinaridade A transdisciplinaridade se preocupa com uma interação
entre as disciplinas, promove um diálogo entre diferentes áreas do conhecimento
e seus dispositivos, visa cooperação entre as diferentes áreas, contato entre
essas disciplinas (IRIBARYY, 2003).
A coordenação de todas as disciplinas e interdisciplinas centra-se em um sistema
de níveis e objetivos múltiplos, com sistemas comuns, exemplificado por uma
equipe formada por profissionais como psicólogos, psiquiatras, assistentes
sociais, que recebe pacientes com problemas mentais. O paciente chega para
uma avaliação e todos o assistirão, buscando formular um diagnóstico acerca do
caso. Dessa forma, para que haja configuração transdisciplinar, é necessário
que todos os profissionais estejam reciprocamente situados em sua área
de origem e na área de cada um dos colegas.
O trabalho multiprofissional numa perspectiva transdisciplinar requer
humildade e disponibilidade por parte de cada profissional, pois é, em suma, um
movimento de reconhecimento de posições diferentes em relação a um mesmo
objeto, e gerar novos dispositivos é a segunda meta para se iniciar um trabalho
transdisciplinar em que os profissionais possam se ajudar reciprocamente em
suas dificuldades.
No exercício do trabalho, os profissionais destas equipas têm como ponto fulcral
de intervenção - o ser humano, cujo processo de vida envolve diversas dimensões
complementares (biológica, psicológica, social, cultural, ética e política) (Matos,
Pires e Campos, 2009). A abordagem integral dos doentes/família é, desta forma,
facilitada pelos olhares dos distintos profissionais que compõem as equipas
multiprofissionais que atuam na dinâmica do trabalho em saúde (Paula, 2009).

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De acordo com PAUL (2005) a transdisciplinaridade, não se refere a uma


simples permuta de métodos, como encontramos na pluri ou na
interdisciplinaridade. Ela supõe não permanecer, mas passar além. Esse mesmo
autor salienta que a transdisciplinaridade não é para ser considerada como uma
super-disciplina. Ela
tenta apenas responder a uma nova visão de homem e da natureza pela
transposição e integração do paradigma atual. Ela visa uma relação diferente
entre objeto e sujeito, com matizes e mais ampla.

VAMOS PRATICAR!

(FCC-2012) A prática transdisciplinar significa:


a) Uma forma de trabalho isolada com uma coordenação apenas administrativa.
b) a apropriação de contribuições de outras disciplinas de forma subordinada.
c) diversos campos do saber atuando sem cooperação ou troca de informações.
d) a estabilização de um campo teórico, aplicado ou disciplinar, do tipo novo ou
mais amplo.
e) não ter preocupação com a criação de uma axiomática própria.

Comentários: Vamos falar um pouco sobre transdisciplinaridade. Segundo


Castro (2009), a prática transdisciplinar favorece o atravessamento entre os
saberes, permitindo, inclusive, que o profissional possa utilizar a linguagem do
outro saber. De acordo com o esquema Jaritsch-Vasconcelos-Bibeau (in FILHO,
1997), transdisciplinaridade se refere à integração das disciplinas de um campo
em particular sobre a base de uma axiomática geral compartilhada. Baseada em
um sistema de vários níveis e com objetivos diversificados, sua coordenação é
assegurada por referência a uma finalidade comum, com tendência à
horizontalização das relações de poder.
Vasconcelos (1996) nos assegura que a transdisciplinaridade significa uma
radicalização da interdisciplinaridade “com a criação de um campo teórico,
operacional ou disciplinar de tipo mais novo e mais amplo”.

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A alternativa a afirma que a prática transdisciplinar significa “uma forma de


trabalho isolada com uma coordenação apenas administrativa”. No entanto,
sabemos que, em uma transdisciplinaridade não pode haver uma forma de
trabalho isolada, pelo contrário, é uma integração entre os saberes. Podemos
descartar a alternativa a.
Na alternativa b temos que “ a apropriação de contribuições de outras
disciplinas de forma subordinada”. Já vimos que na prática transdisciplinar existe
uma tendência para a horizontalização das relações de poder, então, não
podemos afirmar que existirá uma subordinação entre as disciplinas. Alternativa
b incorreta.
A alternativa c traz que na prática transdisciplinar “diversos campos do saber
atuam sem cooperação ou troca de informações”. Também está errado, pois
como já vimos existe sim cooperação e troca de informações entre os diversos
campos do saber.
A alternativa d é nosso gabarito. Como vimos, a transdisciplinaridade envolve
a estabilização de um campo teórico, seja ele aplicado ou disciplinar, do tipo novo
ou mais amplo, conforme preceitua Vasconcelos (1996).
Por fim a alternativa e traz que a prática transdisciplinar “não tem preocupação
com a criação de uma axiomática própria”. Pelo contrário, deve haver sim uma
preocupação com validade do que está sendo postulado. Portanto, é
imprescindível a preocupação com a criação de uma axiomática própria que possa
validar as resultados e teorias.
Gabarito: d

De acordo Romano (1999), a equipe interdisciplinar busca humanizar as


condições do indivíduo no seu período de hospitalização. O trabalho do psicólogo,
atualmente, vem sendo reconhecido pela equipe de saúde. Isso faz com que a
psicologia, cada vez mais, esteja inserida na equipe interdisciplinar.

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CONTINUE PRATICANDO...

(CESPE-2010) Para que a interdisciplinaridade ocorra de fato e contribua para


aumentar a eficácia das intervenções, é importante não somente facilitar a
comunicação entre distintos especialistas e profissionais, como também montar
um sistema que produza um compartilhamento de responsabilidades pelos casos
e pela a ação prática e sistemática conforme cada projeto terapêutico específico.
Comentários: Já vimos que a interdisciplinaridade é marcada pela interação,
comunicação entre os profissionais, além disso deve haver entre os mesmos o
compartilhamento de responsabilidades entre os respectivos pares. Dessa forma,
esse enunciado está correto.

Gabarito: Certo

Aprofundando o tema da interdisciplinaridade, Araújo &


Galimbertti, (2013), relatam que a Colaboração
Interprofissional (CI) é um tópico bastante significativo no
contexto geral dos processos e organizações de
trabalho, apresentando-se como um construto
polissêmico, complexo, atual e emergente no sentido de
dar respostas às necessidades envolvidas no trabalho
em equipes, sobretudo nos serviços de saúde (D’Amour et al., 2005).
Danielle D’Amour et al. (2008), da Universidade de Montreal, Quebec, Canadá,
em um estudo sobre ação coletiva e CI no contexto da Atenção Primária à Saúde
(APS), desenvolveu um modelo que pode ser utilizado para analisar os níveis de
colaboração em sistemas complexos, com formas heterogêneas de interação
entre os diversos atores, e sugere que a CI pode ser analisada com base em
quatro dimensões, que são: Visão, Formalização, Internalização e
Governança.

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1) Visão: refere-se à existência de objetivos comuns e sua apropriação pela


equipe e à diversidade de definições e expectativas sobre a colaboração;
2) Internalização: refere-se a uma tomada de consciência dos profissionais de
sua interdependência, que se traduz em um sentimento de pertença e confiança
mútua;
3) Formalização: refere-se aos procedimentos documentados que comunicam
e esclarecem fluxos, expectativas e responsabilidades; e
4) Governança: refere-se à liderança e funções de apoio à colaboração, como o
apoio à implementação de inovações relacionadas com práticas colaborativas.

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/1998/res0287_08_10
_1998.html
A Resolução nº 287, de 1998, do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 1998)
ampliou a compreensão do conceito de saúde/doença, ressaltando a
importância das ações interdisciplinares no âmbito da saúde e reconheceu
que as ações realizadas pelos diferentes profissionais de nível superior
constituem um avanço no que tange à concepção de saúde e à integralidade da
atenção.

Dessa forma, a saúde deve ser pensada dentro de uma perspectiva global,
integrada às condições de vida e trabalho da comunidade, entendendo que a
conjunção e articulação de diferentes conhecimentos e ações, envolvendo um
trabalho em equipe, torna-se condição essencial à eficácia das práticas de saúde,
humanizando sua atuação.

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(FUNCAB- 2015) É fato reconhecido que a prática interprofissional aumenta a


eficiência e a eficácia da atenção à saúde. Para estimular essa prática, é usual
entre gerentes e gestores:
A) o compartilhamento claro do projeto institucional, particularmente a finalidade

do processo de trabalho e os objetivos do serviço.

B) exigir o compromisso das equipes com seu projeto pessoal de trabalho e com

as necessidades de saúde dos usuários e da população.

C) evitar que a equipe de saúde tenha adesão crítica ao projeto institucional.

D) promover a interação com os gerentes, evitando o contato direto com usuários

(indivíduos, famílias e população dos territórios de saúde).

E) reforçar a fragmentação do trabalho em equipe para que os profissionais,

pares ou de diferentes áreas, possam somar procedimentos, lado a lado,

garantindo a qualidade integral da atenção à saúde.

Gabarito: a

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Queiroz e Araújo (2009) apresentam, que a atuação do trabalho em equipe visa


um atendimento integral, fortalecendo a autonomia e a qualidade de vida do
paciente. Entretanto, para que a assistência prestada favoreça a compreensão do
paciente acerca do seu estado de saúde e instigue o exercício de sua autonomia,
faz-se necessário uma melhor integração da equipe, bem como uma atuação
articulada e coesa. Para a integração da equipe, é de vital importância à
clarificação, entre todos os seus integrantes, das suas atribuições, papéis,
limitações e possibilidade de intervenção.
Neste aspecto, pode-se asseverar que um bom relacionamento entre equipe-
paciente-família beneficia todos os envolvidos, visto que a inclusão do paciente e
da família no trabalho da equipe, contribuindo para uma postura ativa e
participativa, proporciona maior confiança, segurança, acolhimento do paciente,
refletindo em um melhor enfrentamento do processo de saúde-doença (Santos &
Sebastiani, 1996).
Galván (in Gomes e Deslandes, 2007) expõem que a interdisciplinaridade leva
a uma reflexão profunda a respeito do conceito de ciência, possibilitando o
resgate da unidade do seu objeto de estudo, no caso o paciente.
Dessa forma, a equipe interdisciplinar trabalha com foco nas necessidades
do paciente, favorecendo a integração dos profissionais de saúde, com o
intuito de satisfazer as necessidades globais da pessoa, visando seu
bem-estar. As dificuldades e situações inesperadas vivenciadas pelos usuários
do serviço de saúde nos hospitais ressoam no trabalho da equipe, demonstrando
que uma única categoria profissional não consegue abarcar todos os fatores
intrínsecos ao processo de saúde e doença e à hospitalização (Fossi & Guareschi,
2004).
Santo e Sebastiani (1996) destacam que as disputas e as divergências estão
vinculadas a uma formação profissional geradora de sentimentos onipotentes,
centralizadores e individualistas, os quais estimulam as barreiras da relação entre
os profissionais e, consequentemente, acabam interferindo nas relações da
equipe com os pacientes e seus familiares.
O desconhecimento do saber do outro propicia a hegemonia de
determinadas profissões sobre as outras, favorecendo tanto a
desvalorização, quanto a subordinação indevida, dentro equipe (Fossi &
Guareschi, 2004). Podem-se constatar, também, dificuldades institucionais
expressas na falta de espaço e horários comuns para reuniões, comprometendo
a comunicação da equipe.

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Abreu et al.(2005) expõem em seus estudos que o fator que mais interfere na
ação integrada, acarretando insegurança e insatisfação, é o relacionamento
interprofissional. O respeito e a comunicação se configuram como
fundamentais para um processo de trabalho, atuando na amenização dos
conflitos.
É importante ressalvar, contudo, que a conformação de trabalho em equipe ainda
encontra se em construção, possuindo inúmeras limitações e barreiras. (Queiroz
&Araújo, 2009).
Trazendo como referência a Silva, Scapin e Batista (2001), a convivência e a
formação interprofissional alteram atitudes e percepções negativas entre os
membros da equipe de saúde prevenindo falhas na confiança e na comunicação.

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FOCO, FORÇA, FÉ!

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TEORIA NA PRÁTICA

2. QUESTÕES GABARITADAS

1. (AOCP-2015) O modo de organização dos profissionais no trabalho em equipe


possibilita maior ou menor probabilidade de sucesso do tratamento hospitalar.
Em relação à organização da equipe, a que melhor atende os serviços de saúde
é denominada equipe
a) multiprofissional.
b) multidisciplinar.
c) interdisciplinar.
d) de apoio matricial.
e) hierárquica.

2. (FCC-2012) A Medicina Psicossomática, inicialmente inspirada no movimento


psicanalítico brasileiro, tomou outros rumos por conta de algumas importantes
transformações na estrutura assistencial decorrentes da intervenção maciça do
Estado, com a mobilização maior de atividades paramédicas e a formação de
equipes:
a. transdisciplinares.
b. disciplinares.
c. multidisciplinares.
d. unidisciplinares.
e. reflexivas.

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3. (IADES–2013) As relações interpessoais desenvolvem-se em decorrência do


processo de interação. Em situação de trabalho, compartilhadas por duas ou mais
pessoas, como nas equipes multiprofissionais de saúde, há atividades
predeterminadas a serem executadas, bem como interações e sentimentos
recomendados, tais como comunicação, cooperação, respeito, amizade. À medida
que as atividades e as interações prosseguem, é correto afirmar que os
sentimentos despertados podem ser
a) diferentes dos indicados inicialmente e então – inevitavelmente – os
sentimentos não influenciarão as interações e as próprias atividades.
b) negativos de simpatia e atração e provocarão aumento de interação e
cooperação, repercutindo favoravelmente nas atividades e ensejando maior
produtividade.
c) positivos de antipatia e rejeição e tenderão à diminuição das interações, ao
afastamento nas atividades, com provável queda de produtividade.
d) contraditórios, tanto positivos e negativos, que farão com que o trabalho em
equipe multiprofissional seja impossível de se concretizar na prática, em função
dos conflitos profissionais, provocados por sentimentos ambivalentes.
e) cíclicos, pois o ciclo atividade-interação- sentimentos não se relaciona
diretamente com a competência técnica de cada pessoa. Profissionais
competentes individualmente podem render muito abaixo de sua capacidade por
influência do grupo e da situação de trabalho.

4. (IADES-2013) Sobre o trabalho em equipe, assinale a alternativa correta.


a) No trabalho em equipe, cada indivíduo é ativamente responsável pelo projeto
comum e comprometido com sua realização.
b) A presença de uma necessidade ou interesse, em cada indivíduo, não constitui
condição para o trabalho em equipe.
c) A tomada de consciência de uma finalidade comum deve ser característica
individual de cada elemento da equipe. Esta atitude não interfere nos resultados
do trabalho.
d) Gozar de certa margem de autonomia prejudica e torna deficitário o trabalho
proposto à equipe.
e) Os membros devem ser autônomos para a realização da missão coletiva,
estando desvinculados de seus pares.

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5. (IADES-2014) Assinale a alternativa que apresenta a diferença primordial


entre trabalho em grupo e trabalho em equipe.
a) No grupo, o trabalho e as decisões são sempre realizados em conjunto,
enquanto, nas equipes, o trabalho é sempre individual e as decisões são tomadas
somente pelo líder.
b) Nos grupos, a responsabilidade por resultados é individual e, nas equipes, as
responsabilidades são coletivas.
c) Os grupos têm objetivos de trabalho compartilhados, ainda que cada um tenha
metas específicas, enquanto, nas equipes, os objetivos de trabalho são
individuais.
d) Nos grupos, o desempenho medido é coletivo e, nas equipes, só existe o
compartilhamento de informação.
e) Não existem diferenças entre o trabalho em grupo ou em equipe, o que importa
para a organização é a produção dos indivíduos.

6. (AOCP 2010) De acordo com o artigo 12 do Código de Ética do Psicólogo,


assinale a alternativa correta. Nos documentos que embasam as atividades em
equipe multiprofissional o psicólogo:
(A) registrará todas as informações necessárias para o cumprimento dos
objetivos do trabalho sem o caráter confidencial das comunicações.
(B) poderá registrar todas as informações necessárias para o cumprimento dos
objetivos do trabalho sendo conivente com erros e faltas da equipe.
(C) registrará apenas as informações necessárias para o cumprimento dos
objetivos do trabalho.
(D) registrará informações necessárias para o cumprimento dos objetivos do
trabalho, induzindo as pessoas a recorrer a seus serviços.
(E) registrará todas as informações que forem necessárias para a tomada de
decisões que afetem a equipe multiprofissional.

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7. (AOCP-2014) Hoje, temos na realidade da saúde o profissional da psicologia


ganhando espaço e compondo as equipes. Considerando essa relação, assinale a
alternativa correta.
(A) O psicólogo, na equipe de saúde, deve sempre informar aos outros
componentes da equipe informações sobre os pacientes, independente do sigilo
profissional.
(B) Na comunicação verbal ou escrita, termos técnicos e palavras difíceis sempre
acrescentam autoridade, promovendo maior respeito dos outros profissionais
pelo psicólogo.
(C) A integração da equipe de saúde é imprescindível para que o atendimento e
o cuidado atinjam a amplitude do conceito de saúde.
(D) Os psicólogos não devem interferir na relação entre médicos e paciente.
(E) O psicólogo busca comprometer-se com questões ligadas apenas à qualidade
de vida dos usuários eximindo-se das questões relacionadas aos profissionais da
equipe de saúde.

8. (AOCP-2014) A evolução em prontuário interdisciplinar de procedimentos


específicos da psicologia, além de promover a comunicação na instituição,
também registra o estado emocional do paciente para que o mesmo possa ser
percebido e avaliado em sua totalidade. Para tanto, em busca de uma “boa
evolução” algumas atitudes devem ser evitadas.
Assinale a alternativa INCORRETA sobre o que evitar.
(A) Falta de clareza ou linguagem inadequada para compreensão da equipe
composta por várias áreas.
(B) Informações desnecessárias ou irrelevantes para a conduta da equipe.
(C) Escrever com objetividade.
(D) Quebra de sigilo.
(E) Ausência de síntese.

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9. (AOCP-2015) A medicina promove saúde. No hospital, os profissionais


vinculados aos cuidados com a saúde buscam desenvolver um trabalho
sustentado em valores, alicerçado em uma ética. Equipes interdisciplinares
trabalham com princípios éticos que sejam aplicáveis à pesquisa e à prática
clínica.
Novas tecnologias, novos conhecimentos humanos e cuidados com a saúde
inseridos num processo de globalização levam os profissionais a uma escolha que
pode ser desenvolvida
(A) pela Bioética.
(B) pelo Código de Ética Médica.
(C) pelo Código de Ética do Psicólogo.
(D) pela Religião.
(E) pela Moral.

QUESTÃO 39
10. (IADES-2015) Em relação ao trabalho em equipe e às estratégias de ensino
interprofissional em saúde, assinale a alternativa incorreta:
a) Acredita-se que a educação interprofissional pode reforçar as atitudes para o
trabalho em equipe e colaboração, proporcionando melhor assistência ao
paciente, após a formatura.
b) O objetivo fundamental da educação interprofissional é a formação de
estudantes de graduação na área da saúde mais preparados para a prática
interprofissional.
c) A proposta do ensino interprofissional em saúde, pode ser considerada um
estilo de educação que prioriza o trabalho em equipe, a integração e a
flexibilidade da força de trabalho que deve ser alcançada com um amplo
reconhecimento e respeito às especificidades de cada profissão.

d) A compreensão e a definição clara dos papéis profissionais associados a


determinada tarefa são indispensáveis nas instituições de saúde. Principalmente
porque a indefinição e a ambiguidade relativa ao papel profissional podem gerar
conflitos na equipe ao acumular-se expectativas inadequadas ou mal delimitadas
entre seus membros.

e) A competência de cada profissional, isoladamente, dá conta da complexidade


do atendimento das necessidades de saúde, portanto é desnecessário
flexibilidade nos limites das competências para proporcionar uma ação integral.

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11. (FUNCAB–2015) Uma das principais ferramentas para o desenvolvimento


de equipes interprofissionais é a comunicação. Esta pode ser entendida por um
lado em uma concepção monológica de comunicação como transferência de
informações, e por outro em uma concepção dialógica como:
A) a emissão de comunicados internos que facilitam a circulação de informações
e garantem o êxito das ações realizadas pelas equipes.
B) o conjunto de ações de comunicação institucional em vistas a fortalecer o
diálogo entre os trabalhadores e pesquisadores externos.
C) interação social que busca o entendimento entre os sujeitos envolvidos, isto
é, como ação comunicativa em que conhecimento, autoconhecimento e ação são
frutos da interação.
D) dinâmica de grupo voltada à interação entre as pessoas por meio da
verbalização de seus erros e acertos.
E) ação instrumental que corresponde a um esforço para informar determinações
de ordem normativa e conteúdos necessários para o bom funcionamento das
equipes.

12. (IDECAN-2016) As contribuições do psicólogo atuais nas equipes


multiprofissionais e interdisciplinares de saúde têm por objetivo facilitar a
comunicação entre a equipe e os pacientes e/ou familiares, visando, inclusive,
conscientizar os membros da equipe acerca da subjetividade do paciente, do seu
cuidador e da família. A referida atuação é possível:
I.Devido à transformação de sua formação, a qual passou a ser pautada em
aprendizagem teórica, técnica, mas, sobretudo, comprometido socialmente, de
modo a estar preparado para lidar com os problemas de saúde de sua região e
ter condições de atuar em equipe com outros profissionais. PORQUE
II.A inserção do psicólogo em equipes de saúde interdisciplinares em interlocução
com os diversos saberes seria a maneira de oferecer um cuidado mais completo,
eficaz e de acordo com as necessidades da população de um determinado
contexto, história e cultura. PORTANTO
III.Para que o psicólogo esteja capacitado a trabalhar em saúde, é imprescindível
a constante reflexão acerca de sua formação e se esta fornece as bases
fundamentais e necessárias a essa prática.

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Assinale a alternativa correta quanto a relação entre as proposições.


a) As afirmativas I, II e III são verdadeiras, mas são desprovidas de quaisquer
relações entre si.
b) As afirmativas II e III são verdadeiras e a relação é de consequência conforme
a conclusão evidenciada em III.
c) As afirmativas I e II são verdadeiras e a relação é de causalidade, mas não
guardam relação com a afirmativa III.
d) As afirmativas I e II são verdadeiras e guardam relação de causalidade
explicitada pela conclusão observada em III.

13. (CESPE-2010) Com relação a trabalho em equipe e relações humanas,


assinale a opção correta.
a) Na constituição de equipe interprofissional, a afinidade entre os membros é o
único parâmetro a ser utilizado para avaliar a adequação do trabalho em equipe.
b) A despersonalização, comportamento defensivo no local de trabalho, consiste
em tratar as pessoas como objetos, distanciarse dos problemas, não considerar
as idiossincrasias de determinadas pessoas ou o impacto dos eventos sobre elas.
c) O trabalho em equipe gera conflitos de relações interpessoais, denominados
conflitos disfuncionais, que ocorrem estritamente porque os indivíduos possuem
percepções, crenças e valores diferentes, os quais são naturalmente
incompatíveis com o trabalho em conjunto.
d) No trabalho em equipe interprofissional, a presença de diversas
especializações contribui para a diluição de competências e atribuições
profissionais.
e) Para que sejam evitados os conflitos de relacionamento interpessoal nas
equipes, os indivíduos devem trabalhar em lócus diferenciados e apresentar
atitudes de lealdade, obediência, dedicação, disciplina e colaboração para com os
superiores

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3. GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13

C C E A B C C C A E C D B

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4. REFERÊNCIAS

GALVAN, Gabriela Bruno. Equipes de saúde: o desafio da integração


disciplinar. Rev. SBPH, Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, p. 53-61, dez. 2007 .
Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
08582007000200007&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 19 mar. 2016.
Interdisciplinaridade, Multidisciplinaridade ou Transdisciplinaridade:
TAVARES, Suyane Oliveira 2; VENDRÚSCOLO, Cláudia Tomasi; KOSTULSKI,
Camila Almeida; GONÇALVES, Camila dos Santos
http://www.scielo.br/pdf/psoc/v25n2/23.pdf A COLABORAÇÃO
INTERPROFISSIONAL NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
INTERPROFESSIONAL COLLABORATION IN THE FAMILY HEALTH
STRATEGY Eliezer Magno Diógenes Araújo e Percy Antonio Galimbertti
Universidade Federal do Ceará, Sobral, Brasi.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/1998/res0287_08_10_1998.htm
l acess em 18 jun de 2016.
AGUILAR-DA-SILVA, Rinaldo Henrique; SCAPIN, Luciana Teixeira; BATISTA, Nildo
alves. Avaliação da formação interprofissional no ensino superior em
saúde: aspectos da colaboração e do trabalho em equipe. Avaliação
(Campinas), Sorocaba , v. 16, n. 1, p. 165-184, Mar. 2011 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
40772011000100009&lng=en&nrm=iso>. access
on 06 July 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-40772011000100009.

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