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Crónica dos Bons Malandros, do jornalista e escritor português

Mário Zambujal, editada em 1980, atingiu um grande êxito


editorial e literário, tendo tido umas das suas reedições mais
recentes em 2004.

Relato do quotidiano dos membros de uma quadrilha fora do


comum, que recusava o uso de armas de qualquer espécie, tendo,
simbolicamente, como chefe um homem com a alcunha de
pacifista, este livro é dividido em nove capítulos que se
estruturam do geral para o particular, recorrendo a uma "espécie"
de didascálias, para apresentar as personagens e alguns
pormenores da ação.

No primeiro capítulo, intitulado "Quadrilha", são apresentados


todos os seus membros que se reúnem pela primeira vez para
preparar um assalto que "iria espantar o mundo" - roubo de uma
coleção de joias de René Lalique da Fundação Calouste
Gulbenkian. Através de um narrador ausente, o leitor vai sendo
informado do encontro e das dificuldades criadas pelo
aparecimento repentino e pouco cauteloso de Silvino.

No segundo capítulo, é feita a apresentação da personagem Pedro,


rapazinho de aldeia, ignorante da História Pátria, mas reconhecido
lutador contra a "ditadura da Couve Lombarda" (a professora).
Conhecido como "o justiceiro" no submundo do crime, a alcunha
deve-se ao facto de ter respondido que D. Pedro mandou plantar o
pinhal de Leiria, quando a professora D. Glória lhe perguntou o
que fizera este que justificasse o cognome de "justiceiro". Esta
resposta provocou uma altercação entre ambos, que resultou na
sua expulsão da escola, lançando-o no mundo da delinquência.

O terceiro capítulo faz a apresentação de Flávio, que, embora


conhecido como "o doutor", nunca acabara o curso de Direito
porque foi preso, acusado de desfalque na empresa onde
trabalhava. Vergonha de toda a família, esta prisão constituiu um
suplício para Flávio, dado o desprezo que sua mulher Zinita lhe
devotou. Um reencontro procurado com Renato - companheiro de
cela - no bar japonês, introduziu-o no submundo do crime.

O quarto capítulo dá conta da evolução da personagem Arnaldo.


Conhecido como Arnaldo Figurante, a alcunha resulta da sua
participação como figurante numa produção cinematográfica
franco-portuguesa a rodar em Portugal. Sem emprego, vivia dos
trezentos escudos pagos por cada filmagem. Tendo sido preso por
envolvimento numa confusão com a polícia, identifica-se como
tendo a profissão de figurante, quando interpelado sobre o
assunto.

Quinto Capítulo - Adelaide - Esta personagem é apresentada


aquando da sua prisão (juntamente com Lina) decorrente da sua
profissão de prostituta. Num momento posterior, Adelaide
confessa a Lina a sua participação na quadrilha e a prisão do seu
companheiro Carlos, que conhecera num baile de bairro e por
quem se apaixonou.

Sexto Capítulo - Silvino - Apresentação desta personagem através


da narração de factos da sua vida desde a infância. Personagem
vocacionada para o roubo desde criança, "Ao que constava da
memória de família, o primeiro roubo de Silvino foi a chupeta do
irmão gémeo", Silvino, depois de várias tentativas do seu
padrinho espanhol, de Málaga, Alonso Gutierrez, para o
recuperar, nomeadamente o internamento num colégio interno em
Lisboa, foi o último a entrar na quadrilha, embora com a
contestação de alguns dos outros elementos.

Sétimo Capítulo - Renato e Marlene - Filha de uma família de


Acrobatas, Marlene vai, por força do destino, encontrar Renato,
filho de um feirante. Vivendo a infância no mesmo espaço - o da
feira, Renato e Marlene vêm a encontrar-se mais tarde num futuro
que também lhes trará dificuldades.
Oitavo Capítulo - Adiamento - Desaparecimento de Adelaide que
resolve mudar de vida, saindo do país com o seu amado Carlos,
que, entretanto, fora posto em liberdade. Este desaparecimento
provocou um movimento de solidariedade por parte de todo o
mundo da marginalidade.

Nono Capítulo - Glória e Morte - Concretização do assalto com


êxito. Contudo, e porque foram traídos por Silvino, a situação
evoluiu de forma trágica, obrigando-os a usar armas pela primeira
vez.

A quadrilha foi desmantelada. Renato foi assassinado e Marlene


morreu por não resistir à morte do seu amado. Como uma teia,
estas personagens, Renato, o Pacífico (chefe da quadrilha),
Marlene, Flávio (o doutor), Arnaldo Figurante, Pedro Justiceiro,
Adelaide Magrinha, Silvino Bitoque e o gaulês Lucieu Obelix que
têm em comum uma vivência marcada por um acontecimento que
os empurra para a marginalidade, vão urdindo uma série de ações
constituintes da unidade do texto.

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