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FACULDADE DE LETRAS
CURSO DE LICENCIATURA EM LINGUA E LITERATURA JAPONESA
Manaus,2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
FACULDADE DE LETRAS
LICENCIATURA EM LINGUA E LITERATURA JAPONESA
Manaus
2017
TRADUÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado pelo discente Julian Chateaubriand Mello
Tribuzy como requisito para obtenção do título de licenciado em Letras-Língua e
Literatura japonesa pela Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Ciências
Humanas e Letras, Departamento de Línguas e Literaturas Estrangeiras.
Banca Examinadora: Formatted: Centered
___________________________________________________________________
Profa. Me. Cristina Rosoga Sambuichi
___________________________________________________________________
Profa. Me. Linda Midori Nishikido
___________________________________________________________________
Prof. Me. Ernesto Atsushi Sambuichi
Conceito:______________________________________________________________
_
CESSÃO DE DIREITOS
TÍTULO A tradução do conto Majutsu de Ryûnosuke Akutagawa Uma explicação do
processo de tradução
Grau Licenciado ANO 2017
Este trabalho tem como enfoque analisar uma obra acima do processo de
tradução e verificar os aspectos semânticos dos trechos da obra. Comparando com a
tradução do Shintaro Hayashi a fim de verificar qual seria forma mais adequada e quais
procedimentos seriam utilizados para produzir uma boa tradução futuramente. Será
dado uma definição e analisará as estruturas que fazem parte da classificação das
orações modificadoras de substantivos posta por Iori Isao por meio de tabelas. Além
disso, será focado na linguagem honorifica e analisará suas estruturas semânticas. Por
fim, na obra Majutsu sera colocado as possíveis palavras relacionadas ao Giongo e
Gitaigo e expressões idiomáticas que o autor utilizou.
Formatted: Left
Abstract
本稿は、芥川芥川龍之助の『魔術』という短編の翻訳プロセスを分析し、短編から抜粋さ
れた例をもとに、その意味的な側面を調べることを目的としている。Hayashi S
hintaroの翻訳と比較して、どちらがより適切な形式であり、どの手順が将来的に
良い翻訳を生み出すのかを表を使って検証する。翻訳の定義を調べたうえで、訳しにくいと
思った部分を文法の側面から分析する。まず、Iori Isaoの名詞修正文の分
類にもとづいて分析する。さらに、敬語に焦点を当て、その意味構造を分析する。最後に、
『魔術』における擬音語と擬態語と著者が使用した慣用表現が分析される。
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO…………………………………………………………................................. p. 9
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE
TRADUÇÃO……………………………………………………………………..................... p. 12
1.1 O QUE É TRADUÇÃO, DE GEIR CAMPOS.....................................................................p. 12
5.CONSIDERAÇÕES
FINAIS....................................................................................................................................... p. 37
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................p. 38
7. ANEXOS..................................................................................................................................p. 39
Introdução
1
Nesta pesquisa será utilizada a grafia japonesa dos nomes com o nome de família primeiro.
2
Coletânea de contos compilada no fim do período Heian (798 – 1185)
3
Escrito no período Kamakura (1192 – 1333) em meados do século 13.
9
com as residências coloniais inglesas da Índia do início do sec. XX, e abrange
elementos relacionados a magia como o “djin” e a “lâmpada mágica” emprestados da
obra literária árabe “Mil e Uma Noites”, bem como a imagem do mágico poderoso e
encantador de serpentes/hipnotista indiano, imagem utilizada para um dos personagens
principais do conto. O narrador autodiégetico, cujo o nome não é destacado e que tinha
curiosidade sobre a magia/mágica, conta sua história de aprendizagem com o indiano
Misra, e os efeitos que a avareza teve sobre esta aprendizagem.
A versão em português brasileiro deste conto foi publicada no ano de 2010, na
coletânea Kappa e o Levante Imaginário de Akutagawa Ryûnosuke, a tradução sendo
feita por Shintaro Hayashi, tradutor residente em São Paulo que provém de uma família
fortemente ligada as atividades literárias e de tradução. Entre os livros que Shintaro
Hayashi traduziu temos Kappa e o Levante Imaginário de Akutagawa Ryûnosuke (2010),
O Pavilhão Dourado (2010) de Mishima Yukio, Uma Questão Pessoal (2014) de Ôe
Kenzaburô, e A Fórmula Preferida do Professor (2017) de Ogawa Yoko.
A tradução do conto Majutsu pelo autor desta pesquisa foi iniciada em fevereiro
de 2017 e concluída em abril de 2017, para a realização desta tradução foram utilizadas
as seguintes ferramentas: dicionário Michaellis (2012), além de dicionários da internet
como dictionary.goo.ne.jp, e o Jisho.org. A tradução foi revisada aproximadamente 13
vezes e corrigidas. Porém a tradução do autor desta pesquisa não foi publicada. O mais
difícil de traduzir foi a questão gramatical e algumas palavras sobre quais o autor ainda
não tinha conhecimento pois tem vários significados. Entre elas se destacaram as
orações subordinadas modificadoras de substantivos e as expressões idiomáticas e
miméticas, bem como o uso de linguagem honorifica. O texto foi traduzido parágrafo
por parágrafo e foi realizado uma tradução literal, sendo consultado o dicionário cada
vez que surgia uma palavra desconhecida. Em casos de expressões gramaticais
desconhecidas, foi procurado o sentido de uma palavra ou de uma estrutura menor no
dicionário e a partir dos exemplos e as explicações encontradas no dicionário, o autor
tentou deduzir o sentido da expressão gramatical inteira. Porém, em alguns casos foi
difícil de deduzir o sentido correto da expressão. Observou-se também entre os
sinônimos que o dicionário oferecia como opções de tradução de certas palavras nem
sempre foi escolhido o vocábulo mais adequado dentro do contexto em português,
gerando frases de difícil de compreensão, quando se realizou a leitura da tradução final.
Porém, a falta de experiência impediu que o autor dessa pesquisa pudesse corrigir e
10
substituir por uma palavra mais adequada por medo de se distanciar do sentido original
em japonês.
Depois da revisão do texto traduzido para a realização do projeto do Trabalho de
Conclusão de Curso I, observaram-se várias falhas na tradução e tentou-se realizar uma
classificação destas falhas, destacando os tipos mais recorrentes. O uso das virgulas para
separar nas orações subordinadas modificadoras substantivais foi um dos elementos que
mais se destacou como dificuldade na realização da tradução.
Para se realizar uma boa tradução é necessário um conhecimento não somente da
língua de origem e da língua alvo, mas também das duas culturas relacionadas as duas
línguas, bem como do estilo do autor. De acordo com Henrique Britto, a tradução
literária é “a tradução que visa recriar em outro idioma um texto literário de tal modo
que sua literariedade seja, na medida do possível, preservada” (BRITTO, 2012, pag. 47)
Milton (2010) citando John Dryden indica existem três tipos de tradução:
metáfrase (tradução palavra por palavra, linha por linha), paráfrase (respeita o estilo do
autor, porém suas palavras não são seguidas tão estritamente quanto seu sentido) e a
imitação (O tradutor assume a liberdade de variar as palavras e os sentidos retirando
somente a ideia geral do original) (MILTON, 2010, p. 50). Devido ao conhecimento
insuficiente do idioma, o autor desta pesquisa somente conseguiu realizar uma tradução
do tipo metáfrase apesar da indicação de Dryden que “ é quase impossível, ao mesmo
tempo, traduzir literalmente e bem. ” (MILTON, 2010, p.50). Depois da iniciação da
sua tradução, o autor desta pesquisa de deparou com o fato de que já existe uma
tradução publicada do mesmo conto e ao comparar sua versão com o texto do Shintaro
Hayashi, sentiu a necessidade de refletir acima do processo de tradução do conto.
No primeiro capítulo deste trabalho serão apresentados elementos de teoria da
tradução, por meio de resumos dos livros O Que É Tradução de Geir Campos, Oficina
de Tradução: Teoria na Prática, de Rosemary Arrojo, A Tradução Literária de Paulo
Henrique Britto, e Tradução: Teoria e Prática, de John Milton, que nortearam a
reflexão sobre o processo de tradução. No segundo capítulo trata-se sobre as
dificuldades de tradução relacionadas às orações subordinadas modificadoras de
substantivo (meishi shûshoku bun). O terceiro Capítulo, tratará sobre as dificuldades de
tradução com relação a linguagem de tratamento em japonês (Taigû Hyôgen). O quarto
Capítulo terá como foco as expressões idiomáticas (Kanyôku) e miméticos (Giongo-
Gitaigo) que aparecem no texto, e como estas devem ser traduzidas de forma natural
sem perder o sentido original.
11
1. Fundamentação teórica sobre tradução
Neste capítulo serão apresentados textos teóricos sobre tradução, tendo em vista
salientar as características de uma boa tradução e os critérios nos quais será embasada a
análise da tradução feita pelo autor desta pesquisa.
12
modulação, equivalência, adaptação. (Campos,1986, p. 43). Ele também acrescenta a
amplificação, condensação, a explicitação, a omissão, e a compensação.
Existem ao todo 12 tipos diferentes de procedimentos para se realizar uma
tradução, a tradução literal é um método pelo qual a pessoa traduz de acordo como se
pronuncia quando no caso as palavras ou textos são escritas em forma de caracteres. O
empréstimo é adaptar palavras estrangeiras sem fugir muito da sua pronúncia e da
escrita. O decalque, ele pode ser considerado uma abreviação de palavras para
simplificar o nome ou objeto estando este associado ao empréstimo e a tradução literal.
A transposição é a tradução de uma frase ou texto por palavras e frases não literal,
porém, os sentidos das mesmas permanecem. A modulação tem haver com traduzir
moldando a conversação ou o texto utilizando todas as normas gramaticais tornando a
língua-meta aceitável pois se encontra dentro do contexto original. A Equivalência vem
a ser o equilíbrio na tradução ou na interpretação da língua-fonte para a língua-meta.
Adaptação é aplicada de acordo com a linguagem regional e cultural. A amplificação é
o aumento de palavras e frases para justificar textos que são escritos em poucas palavras.
Condensação, ao contrário da amplificação, não há necessidade de acrescentar palavras
na tradução. Explicitação é um suporte dado ao leitor em determinada situação no texto.
Omissão é fazer com que o texto ou frase fique compreensível ou fácil de interpretar. E
a compensação é quando no processo de traduzir o tradutor mantém um elemento do
texto original para continuar dando sentido a tradução.
No capítulo “Normais Gerais De Tradução”, ele destaca a importância de se
conhecer, ler de se familiarizar com a história, com o texto para se pode ter uma ideia de
como traduzir a mensagem a ser passada, sugere também a leitura em voz alta, para que
se tenha a noção, do ritmo e do estilo da linguagem que será traduzida. (CAMPOS,
1986, p. 52-55). O autor desta pesquisa seguiu essas indicações e notou um papel das
palavras miméticas dentro do texto e a mudança do efeito estilístico quando precisa ser
traduzida por uma expressão inteira ao invés de uma palavra mimética do mesmo
comprimento.
No capítulo de “Limites De Traduzibilidade”, Campos (1986) indica também
algumas palavras que não se podem traduzir literalmente como por exemplo a palavra
saudade que não tem qualquer semelhança com outra língua. (CAMPOS, 1986, p. 56).
O autor desta pesquisa observou neste sentido as expressões idiomáticas em japonês que
não podem ter o mesmo sentido em português e precisa ser substituída por outras
expressões que carregam a mesma informação em palavras diferentes.
13
1.2 Oficina de Tradução – A Teoria na Prática, de Rosemary Arrojo
14
traduzido e o tradutor não tem conhecimento suficiente para adaptar para uma língua na
sua compreensão
Toda a teoria da tradução de ficção está relacionada com a adaptação e com a
simplificação para a leitura, ou seja, buscar facilidades ou meios de prender o leitor
De acordo com John Milton, ele não dá o parecer dele sobre o que é tradução
mas evoca tradutores de vários séculos.
De acordo com Ítalo Silva Bernardes, ele cita em seu trabalho de conclusão do
curso, a relação do tempo na história da literatura com o tempo verbal na língua
japonesa de um modo geral e identificando aspectos linguísticos atuais, focando numa
tradução contemporânea baseada no tempo da literatura japonesa em que foi escrito.
15
De acordo com todos os autores citados acima, é correto afirmar que muitos
deles têm opiniões diversas, baseadas em outros autores para comprovar sobre o que é
tradução.
Primeiro, Geir Campos usou todas as ferramentas básicas para se começar uma tradução
tendo enfoque todos os procedimentos técnicos, abordando toda a história da tradução.
Segundo, a autora Rosemary Arrojo visa compreender o real sentido da palavra
Tradução e quais mecanismo ou técnicas podem ser usadas para se traduzir de um
idioma ao outro considerando o sentido das palavras e seus valores. Terceiro, Henrique
Britto, enfatiza a tradução na literatura abordando a literariedade, visa recriar fazendo
comparação com textos literários, textos poéticos, se preocupando sempre com a
originalidade, o que para ele servia um texto literário na sua forma mais elegante e
poética, ou seja, buscava nas suas traduções manter o caráter linguístico a ser traduzido
ou interpretado. Quarto, John Milton, trouxe consigo uma bagagem de informações
tendo enfoque dentro dos autores alemães, franceses sobre a tradução, fazendo
comparações de vários autores desde tempos antigos aos contemporâneos.
O autor desta pesquisa observou à princípio erros gramaticais quanto a língua
portuguesa pois não tinha conhecimento suficiente para traduzir da língua japonesa para
a língua portuguesa, se preocupava em traduzir de forma literal, palavra por palavra,
porém, em pesquisas sobre o processo de tradução foi bastante esclarecedor o livro de
Rosemary Arrojo, onde ela reafirma as palavras de Alexandre Fraser Tyler no princípio
de que para se ter uma boa tradução é necessário que o texto a ser traduzido ela deve
reproduzir a ideia do texto original, o estilo deve ter o mesmo do original e a tradução
deve ter toda a fluência e naturalidade do texto original. Já ítalo em seu trabalho de
conclusão se preocupou em buscar a fundo o contexto histórico do conto Rashômon
focando na teoria dos verbos de Shuichi Kato analisando a parte estilística dos verbos
na literatura japonesa.
16
Capítulo 2 – Dificuldades de tradução das orações subordinadas modificadoras de
substantivo meishi shûshoku bun
2.1 Definição
Um substantivo pode ser modificado por um adjetivo, mas também por uma
oração inteira, chamada de oração subordinada modificadora substantival, ou meishi
shûshoku setsu. A oração, colocada sempre antes do substantivo modificado, pode
conter uma predicação verbal, adjetival ou por meio de cópula, e pode apresentar dois
tipos de relações de sentido com o substantivo modificado.
Primeiro, o substantivo modificado pode ser relacionado, semanticamente e
gramaticalmente, a um dos componentes da oração modificadora, neste caso
oração. Trata-se por exemplo, de orações como “a pessoa que corre no corredor ”rôka
wo hashiru hito 廊下を走る人4 etc. Por outro lado, o substantivo modificado pode não
ter nenhuma relação de sentido com a oração modificadora, neste caso estabelecendo-se
4
IORI, 2001, p. 384
17
uma relação externa soto no kankei 外の関係, assim como “um trabalho que se trata
estes dois tipos de relação, a primeira existe também em português, enquanto que a
segunda é expressa por outros meios gramaticais do que uma oração subordinada
modificadora, fato que dificulta a tradução.
飾 (Ex. 2)
Ex1.ペットとして飼われている動物を守ろう。
Ex. 2 隣に住んでいる田中さんは神戸出身らしい。
5
IORI, 2001, p. 387
18
uma oração subordinada modificadora, enquanto que no segundo caso, utiliza-se uma
aposição, fato que dificulta a tradução.
A tradução da língua japonesa para a língua portuguesa não é nada simples pois
deve se analisar as estruturas de cada frase, o tradutor precisa ter conhecimento
suficiente para traduzir pois na língua portuguesa existem várias estruturas sintáticas
que são diferentes das estruturas da língua japonesa. Para traduzir, é necessário observar
a frase em japonês e traduzir do final para o começo, ou seja, começar do verbo para o
sujeito, mas em algumas situações não funciona assim, precisa também observar o uso
De acordo com Yamada Yoshio (pag. 85), quando uma oração modifica um
certo substantivo conjunto modificador é substantivo modificado, desempenha um papel
de um nome, a importância da semântica da oração modificadora faz com que o
substantivo modificado pareça uma conjunção no meio de duas orações. Os
substantivos em geral, tem a função de exercer funções de sujeito, complemento verbal,
adjunto adverbial da oração. Então dentro disso, o autor da pesquisa apresentará
exemplos de frases com esses atributos e predicadores revelando a categoria
morfológica de cada um, ou seja, ser substantivo, adjetivos, advérbios.
Temospenki no hagekakatta, semagurushii genkan ペンキの剥げかかった、狭苦しい玄
関 (AKUTAGAWA, 2011, p. 265). Nesta frase pode-se identificar o uso da virgula que
frase.
A frase (penki no hagekakatta, semagurushii genkan) é mais parecida com a
frase exemplificada no Bunpô Handbook, rouka wo hashitteiru hito , pois genkan tem
função de sujeito, assim como um substantivo modificado, assim como hito também
tem função de sujeito e é modificado pela oração de fora.
19
No caso do substantivo modificado hito (人), substantivo modificado de dentro:
1, pois ficaria assim: (rouka wo hashitteiru hito), usando a partícula ga, muda a
estrutura da frase, mas o sentindo continua o mesmo.
一番狡猾という評判のあるのが、鼻の先で、せせら笑いながら。。。 (AKUTAGAWA,
2011, p.274 – 275)
(...) Fato que há um boato que diz que é mais astuto,
na ponta do nariz, enquanto ria com gozação (...)
(tradução nossa)
(...) ...o mais esperto da turma, disse com uma risada
desdenhosa (...) (tradução do Shintaru Hayashi) (p.283)
Caso número 1 mostra claramente o uso expressando pensamento, pois hyôban
seria a o substantivo modificado pela oração.
20
Há um outro de substantivo modificado que tem parecido com a informação
anterior, usando os casos 「の」e 「こと」, que desempenha um papel de “fato”, parecido
com 「という」:
ジンなどという精霊があると思ったのは、もう何百年も昔のことです。
( AKUTAGAWA, 2011, p. 267)
(...)- Acreditava-se que existisse um espirito chamado Jin, mas
isso foi a muito tempo, coisas de cem anos atrás...(...)
(tradução do Shintaru Hayashi) (p. 277)
(...) – A pessoa que achava que tem o espirito que se chamava
Jin e outros é uma coisa de centenas de anos. (...) (tradução
nossa)
Pode-se ver claramente o uso do 「の」para dá ideia de fato, nesse caso dá ideia do
tempo de antigamente. Por tanto pode-se dizer que este keishikimeishi seria um tipo de
substantivo modificado.
また実際ランプの蓋が風を起して廻る中に、黄いろい焔がたった一つ、瞬
きもせずにともっているのは、何とも言えず美しい、不思議な見物だったの
です。(AKUTAGAWA, 2011, p. 268)
Observe que o uso do 「の」mais uma vez se faz presente como uma ‘’coisa”.
Então, uma coisa que é iluminada sem brilhar uma labareta de cor amarela. A ideia aqui
é ter um assunto que não seja limitado e sim que geralmente complementa a partícula
「の」
21
ペンキの剥げかかった、狭苦しい玄関 (AKUTAGAWA,
2011, p. 265)
(...) - Na pequena e apertada entrada da casa, cuja pintura
acinzentada estava desbotada. ( AKUTAGAWA, 2011, p.
275)
(...) - Um hall de entrada apertado, descartável de cor
acinzentado (Tradução Nossa)
22
住んでいた、寂しい大森の町 Aos confins do bairro Uma vizinhança triste
de Ômori onde Misra do bairro Ômori,
はずれ Sundeita, sabishii vivia. (HAYASHI, morando numa...
Õmori no machi hazure 2010, p. 275)
(AKUTAGAWA, 2011, p.
265)
23
計っているカルカッタ生れの愛 Um patriota nascido Um patriota nascido
em Calcutá, que em Calcutá, que
国者 trabalha há muitos trabalha há muitos
Hakatteiru karukatta umare anos pela anos pela
no aikokusha independência da independência
(AKUTAGAWA, 2011, p. Índia (HAYASHI, da Índia.
265) 2010, p. 275)
24
shinsetsu na Permaneci com o O seu Mishra
mirasukun(AKUTAGAWA, olhar bondoso de aparentemente gentil, e
2011, p. 271) Misra... (HAYASHI, banhado pela luz.
2010, p. 280)
見るから精霊でも出て来そう
な、ミラス君の部屋 miru
6-Adj な kara seiyô demo detekisô . Em nada se parecia Uma sala do seu
+S+S na, mirasu kun no heya com aquela casa de Mishra, aparentemente
(AKUTAGAWA, 2011 p. Misra, mais propicia qualquer espirito...
272) sob todos os aspectos
a aparições
sobrenaturais....
テーブルの上に積んである、山 (HAYASHI, 2010, p.
280)
7-V+S+ のような金貨 teeburu no ue ..De entregar a esse
な+S ni tsunde aru, yama no amigo não apenas a Moedas de ouro que
youna montanha de moedas parecem montanhas,
ginka(AKUTAGAWA, de ouro como estando empilhadas em
2011, p. 276) também a fortuna que cima da mesa...
ganhara até aquele
momento.
大森の竹藪にしぶくような、も (HAYASHI, 2010, p.
284)
のさびしい音 Ômori no
8- Adj な
takeyabu ni shibuku youna, Ali, em pleno centro Um som solitário,
+Adj い+S monosabishii oto de Tóquio, a chuva aparentemente
(AKUTAGAWA, 2011, p. não soava tão respingada pelo
271) melancólica como bambuzal do
naquela que fustigara bairro de Ômori.
os bambus em
Omori. (HAYASHI,
2010, p. 280)
poética. Shintaro traduziu a palavra 「森」por bairro Ômori, o que interessante pois, ele
25
Para o autor da pesquisa levou tempo fazer essa tabela, pois o mesmo teve
dificuldade sem saber quais são as orações que eram modificadoras de substantivos.
Neste Capítulo, foi analisado as orações modificadoras de substantivos e as
dificuldades relacionadas a elas. Foi feita uma definição da mesma e foram dados
exemplos. Foi feita uma tradução comparando com a tradução do Shintaro Hayashi.
Além disso, foi feita uma tabela com todas as possíveis frases encontradas como
orações modificadoras de substantivos e a tradução do Shintaro Hayashi com a tradução
do autor desta pesquisa. Acima foi feita de que classe pertence, trechos da obra em
japonês, rômaji, a tradução do Shintaro Hayashi e a tradução do autor desta pesquisa
26
Capítulo 3- Dificuldades hierárquicas com relação a língua de tratamento
Neste capítulo trata se sobre orações envolvendo linguagem honorifica, será feita
uma definição e uma tabela com frases envolvendo keigo e a tradução do Shintaro
Hayashi e a tradução do autor desta pesquisa. E análise das frases em que grupo se
encaixam e como traduzir esses tipos de frases dentro de contextos diferentes. Então na
tabela haverá o trecho da obra em japonês, tradução do Shintaro Hayashi e a tradução
do autor desta pesquisa.
hierárquica dos personagens da obra, como traduzir o さん, existem diversas formas
27
それともあなたが御望みなら、 Se o senhor quiser, posso Ou também se você
desejar, vamos mostrar
もう一つ何か御覧に入れまし lhe mostrar algo mais. uma outra coisa
ょ う 。 Soretomo anata ga (HAYASHI, 2010, p. 278)
onozominara, mô hitotsu
nani ka go ran ni iremashô
(AKUTAGAWA, 2011, p.
268 – 269)
「いや、兼ね兼ね評判はうか - Realmente, ouvi muitas ...não, olhei a
vezes falarem do senhor, reputação/fama por um
がっていましたが、あなたのお mas não pensei que sua tempo agora, mas, a magia
使いなさる魔術が... Iya, kane mágica fosse tão que você usa, pensei o
espantosa! mais próximo de verdade
kane hyôban wa
(HAYASHI, 2010, p. 279) que poderia ser uma coisa
ukagatteimashita ga, anata
tão estranha
no otsukai nasaru majutsu
ga
(AKUTAGAWA, 2011, p.
270)
「 ど う も い ろ い ろ 恐 れ 入 り ま Muito agradecido por Me desculpe muito por
tudo! várias coisas
す。」 (HAYASHI, 2010, p. 280)
Dômo iroiro osore irimasu.
(AKUTAGAWA, 2011, p.
271)
Senhorita. 御出で é uma expressão honorifica que pode significar “estar”, “vir” e etc.
é a partícula interrogativa.
No texto, pode se observar que a narrador, que utiliza a frase apresentada acima,
atende de forma como se já tivesse conhecido servente do Seu Mishra, e por isso usa
uma forma com mais familiaridade.
28
O autor da pesquisa traduziu a seguinte estrutura “先ほどから” como “desde de
alguns tempos atrás”, onde 先ほど é o modo mais polido de expressar a ideia que algo
aconteceu antes do momento da fala. Existem outras expressões para indicar essa ideia,
mas Akutagawa escolheu esta expressão por se tratar de um discurso com um convidado
aonde devem ser utilizadas expressões mais polidas. A palavra ほど foi inserida nesta
colocou expressão polida “あなた様” indicando “Você”, mas utilizada ao falar com o
Esta frase foi dita pelam velha servente do Seu Mishra para o narrador da
história que é seu convidado. O autor da pesquisa acredita que o uso de 様, seria pelo
fato da velhinha o tratar como superior de forma educada, por se tratar de convidado,
pode ser que ele quis usar essa forma de tratamento.
como “ter esperado por um bom tempo”, mas o autor da pesquisa não sabia desse uso
do 兼ね. Embora essa forma 兼ね ter um sentido negativo, mas na tradução do Shintaro
Hayashi ela tem uma informação positiva. Não deixando de ser uma forma Keigo.
analisa-la, nota-se um sufixo polidez 「お」para mostrar mais respeito com convidado e
vista”, mas soa estranho então Shintaro decidiu não traduzir ao literalmente mas
deixando a entender no sentido de “mostrar”.
「いや、兼ね兼ね評判はうかがっていましたが、あなたのお使いなさる魔術が...」.
Neste trecho da obra é um pouco confuso pois dá a impressão que ele está fazendo uma
negação usando いや mas na verdade não está.A tradução para este tipo de sentença
29
seria ouvi boatos pois 伺う pode significar ouvir, perguntar, visitar e faz parte da classe
30
para essas classes e uma tabela com as onomatopeias encontradas em trechos da obra de
Majutsu, junto com a tradução do Shintaro Hayashi e a tradução do autor desta pesquisa.
A seguir uma tabela com gitaigo que foram encontradas no conto Majutsu e suas
traduções, de acordo com Shintaro Hayashi e na tradução realizada pelo autor desta
pesquisa:
6
Machado, 2015, p. 5
7
Luyten, 2001, p. 6
31
p.267)
32
じろじろ(AKUTAGAWA, alternando o olhar ladino Fixamente
entre meu rosto e as
2011, p. 275) moedas sobre a mesa,
prosseguiu sorrindo,
zombeteiro...(HAYASHI,
2010p. 283)
どんどん(AKUTAGAWA, ....incrivelmente, eu Intensamente
ganhava uma jogada após
2011, p. 276) a outra. (p. 284)
A partir dessa tabela pode-se observar que o tradutor Shintaro Hayashi não
traduz palavra por palavra, enquanto o autor da pesquisa traduz para o adverbio em
língua Portuguesa. Isso devido falta de experiência do autor da pesquisa sente
insegurança.
sentir arrepio e どんどん pode ser traduzido como intensamente, um barulho faz “boom”.
33
Neste Capítulo serão abordadas dificuldades de tradução relacionadas as
expressões idiomáticas focando numa tradução mais adequada para cada contexto, e
além disso, analisar o aspecto semântico da linguagem dos trechos da obra comparando
a tradução do Shintaro Hayashi com a tradução do autor desta pesquisa.
34
(AKUTAGAWA, 2011, p.
268 )
No caso de hyôshi pode ser uma metáfora, mas dá ideia de batida, pode até ser
ritmo, a ideia do autor pode ser ou foi usado por estilo por se tratar de uma obra literária.
observar que 「度」significa grau, degrau e tempo, outro kanji「胸」 pode significar peito
35
analisar essa expressão pode ser algo quando você por acaso esta atarefado ou esta em
uma situação difícil ao ponto amassar o fígado.
拍子 pode ter vários significados, é uma base métrica que forma o ritmo da
música, pode ter um significado de batida, ao observar os kanjis, pode perceber que
seria uma “criança que bate palma”. Tem um significado de estilo poético em obras
literárias relacionado com o tempo.
胸を躍らす pode significar peito e fazer dançar, mas o sentido é que faz palpitar
mas isso não faz o menor sentido para este tipo de tradução, pois não se deve nesse caso
dizer ao pé da letra. Precisa-se analisar o sentido da frase.
Foi feita uma definição para Giongo e Gitaigo baseado em pesquisas, foi
colocado uma tabela para fazer uma comparação entre a tradução do Shintaro Hayashi
com o a tradução do autor desta pesquisa. Com relação as expressões idiomáticas, foi
feita também uma tabela fazendo uma comparação da tradução do Shintaro Hayashi
com a tradução do autor da pesquisa, abordando as expressões em seus aspectos
linguísticos e semânticos.
5. Considerações Finais
De acordo com o texto acima, pode se dizer que tradução é uma comunicação
que se dá pelo aspecto cultural e informativo em outra língua, tendo que vasculhar a
36
fundo informações sobre como traduzir determinado texto, não há tradução perfeita, o
que há é uma tradução quase perfeita.
Os autores aqui utilizados nessa pesquisa foram para provar que toda tradução
precisa de uma análise retórica e coerente, além disso não perdendo o sentido do
aspecto semântico da tradução.
As orações modificadoras de substantivos no conto Majutsu acompanha
substantivos mas ficam isoladas por conta das virgulas e da inserção de mais um
elemento geralmente um adjetivo o que dificulta a compreensão e a tradução. O autor
Iori Isao buscou outros tipos de modificadores de substantivos que exercem essas
funções. O autor da pesquisa fará o uso de todo Capítulo, mas só explicará as funções
existentes na obra.
Os sufixos de polidez e algumas expressões polidas são difíceis de traduzir não
Referências bibliográficas:
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AKUTAGAWA, Ryûnosuke. Yondeokitai Besuto Shû! Tóquio: Editora Takara Jima
Sha. Ano 2011.
CAMPOS, Geir. O que é tradução. (2. Ed.) São Paulo: Editora Brasiliense, 2004.
MILTON, John. Tradução Teoria e Prática. 3º edição. São Paulo: Ed. São Paulo 2010.
SHINMURA, Izuru. Kôjien. (5. Ed.) Editora: Iwanami shôten. Tóquio, 1998
Anexos:
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Anexo 1 TEXTO ORIGINAL
AKUTAGAWA, Ryûnosuke. Yondeokitai Besuto Shû! Tóquio: Editora Takara Jima
Sha. Ano 2011.
魔術
芥川龍之介
ある時雨の降る晩のことです。私を乗せた人力車は、何度も大森界隈の険しい坂を上
ったり下りたりして、やっと竹藪に囲まれた、小さな西洋館の前に梶棒を下しました。もう鼠色
のペンキの剥げかかった、狭苦しい玄関には、車夫の出した提灯の明りで見ると、印度人マ
ティラム・ミスラと日本字で書いた、これだけは新しい、瀬戸物の標札がかかっています。
マティラム・ミスラ君と云えば、もう皆さんの中にも、御存じの方が少くないかも知れません。
ミスラ君は永年印度の独立を計っているカルカッタ生れの愛国者で、同時にまたハッサン・カ
ンという名高い婆羅門の秘法を学んだ、年の若い魔術の大家なのです。私はちょうど一月ば
かり以前から、ある友人の紹介でミスラ君と交際していましたが、政治経済の問題などはい
ろいろ議論したことがあっても、肝腎の魔術を使う時には、まだ一度も居合せたことがありませ
ん。そこで今夜は前以て、魔術を使って見せてくれるように、手紙で頼んで置いてから、当時
ミスラ君の住んでいた、寂しい大森の町はずれまで、人力車を急がせて来たのです。
私は雨に濡れながら、覚束ない車夫の提灯の明りを便りにその標札の下にある呼鈴の釦
を押しました。すると間もなく戸が開いて、玄関へ顔を出したのは、ミスラ君の世話をしている、
背の低い日本人の御婆さんです。
「ミスラ君は御出でですか。」
「いらっしゃいます。先ほどからあなた様を御待ち兼ねでございました。」
御婆さんは愛想よくこう言いながら、すぐその玄関のつきあたりにある、ミスラ君の部屋へ私
を案内しました。
「今晩は、雨の降るのによく御出ででした。」
色のまっ黒な、眼の大きい、柔な口髭のあるミスラ君は、テエブルの上にある石油ランプの
心を撚りながら、元気よく私に挨拶しました。
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「いや、あなたの魔術さえ拝見出来れば、雨くらいは何ともありません。」
私は椅子に腰かけてから、うす暗い石油ランプの光に照された、陰気な部屋の中を見廻し
ました。
ミスラ君の部屋は質素な西洋間で、まん中にテエブルが一つ、壁側に手ごろな書棚が一
つ、それから窓の前に机が一つ――ほかにはただ我々の腰をかける、椅子が並んでいるだけ
です。しかもその椅子や机が、みんな古ぼけた物ばかりで、縁へ赤く花模様を織り出した、派
手なテエブル掛でさえ、今にもずたずたに裂けるかと思うほど、糸目が露になっていました。
私たちは挨拶をすませてから、しばらくは外の竹藪に降る雨の音を聞くともなく聞いていま
したが、やがてまたあの召使いの御婆さんが、紅茶の道具を持ってはいって来ると、ミスラ君は
葉巻の箱の蓋を開けて、
「どうです。一本。」と勧めてくれました。
「難有う。」
私は遠慮なく葉巻を一本取って、燐寸の火をうつしながら、
「確かあなたの御使いになる精霊は、ジンとかいう名前でしたね。するとこれから私が拝見す
る魔術と言うのも、そのジンの力を借りてなさるのですか。」
ミスラ君は自分も葉巻へ火をつけると、にやにや笑いながら、※(「均のつくり」、第 3 水準
1-14-75)の好い煙を吐いて、
「ジンなどという精霊があると思ったのは、もう何百年も昔のことです。アラビヤ夜話の時代の
こととでも言いましょうか。私がハッサン・カンから学んだ魔術は、あなたでも使おうと思えば使
えますよ。高が進歩した催眠術に過ぎないのですから。――御覧なさい。この手をただ、こう
しさえすれば好いのです。」
ミスラ君は手を挙げて、二三度私の眼の前へ三角形のようなものを描きましたが、やがて
その手をテエブルの上へやると、縁へ赤く織り出した模様の花をつまみ上げました。私はびっく
りして、思わず椅子をずりよせながら、よくよくその花を眺めましたが、確かにそれは今の今ま
で、テエブル掛の中にあった花模様の一つに違いありません。が、ミスラ君がその花を私の鼻
の先へ持って来ると、ちょうど麝香か何かのように重苦しい※(「均のつくり」、第 3 水準 1-
14-75)さえするのです。私はあまりの不思議さに、何度も感嘆の声を洩しますと、ミスラ君は
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やはり微笑したまま、また無造作にその花をテエブル掛の上へ落しました。勿論落すともとの
通り花は織り出した模様になって、つまみ上げること所か、花びら一つ自由には動かせなくな
ってしまうのです。「どうです。訳はないでしょう。今度は、このランプを御覧なさい。」
ミスラ君はこう言いながら、ちょいとテエブルの上のランプを置き直しましたが、その拍子にど
ういう訳か、ランプはまるで独楽のように、ぐるぐる廻り始めました。それもちゃんと一所に止っ
たまま、ホヤを心棒のようにして、勢いよく廻り始めたのです。初の内は私も胆をつぶして、万
一火事にでもなっては大変だと、何度もひやひやしましたが、ミスラ君は静に紅茶を飲みなが
ら、一向騒ぐ容子もありません。そこで私もしまいには、すっかり度胸が据ってしまって、だんだ
ん早くなるランプの運動を、眼も離さず眺めていました。
また実際ランプの蓋が風を起して廻る中に、黄いろい焔がたった一つ、瞬きもせずにともっ
ているのは、何とも言えず美しい、不思議な見物だったのです。が、その内にランプの廻るのが、
いよいよ速になって行って、とうとう廻っているとは見えないほど、澄み渡ったと思いますと、い
つの間にか、前のようにホヤ一つ歪んだ気色もなく、テエブルの上に据っていました。
「驚きましたか。こんなことはほんの子供瞞しですよ。それともあなたが御望みなら、もう一つ
何か御覧に入れましょう。」
ミスラ君は後を振返って、壁側の書棚を眺めましたが、やがてその方へ手をさし伸ばして、
招くように指を動かすと、今度は書棚に並んでいた書物が一冊ずつ動き出して、自然にテエ
ブルの上まで飛んで来ました。そのまた飛び方が両方へ表紙を開いて、夏の夕方に飛び交う
蝙蝠のように、ひらひらと宙へ舞上るのです。私は葉巻を口へ啣えたまま、呆気にとられて見
ていましたが、書物はうす暗いランプの光の中に何冊も自由に飛び廻って、一々行儀よくテエ
ブルの上へピラミッド形に積み上りました。しかも残らずこちらへ移ってしまったと思うと、すぐに
最初来たのから動き出して、もとの書棚へ順々に飛び還って行くじゃありませんか。
が、中でも一番面白かったのは、うすい仮綴じの書物が一冊、やはり翼のように表紙を開
いて、ふわりと空へ上りましたが、しばらくテエブルの上で輪を描いてから、急に頁をざわつかせ
ると、逆落しに私の膝へさっと下りて来たことです。どうしたのかと思って手にとって見ると、これ
は私が一週間ばかり前にミスラ君へ貸した覚えがある、仏蘭西の新しい小説でした。
「永々御本を難有う。」
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ミスラ君はまだ微笑を含んだ声で、こう私に礼を言いました。勿論その時はもう多くの書物
が、みんなテエブルの上から書棚の中へ舞い戻ってしまっていたのです。私は夢からさめたよう
な心もちで、暫時は挨拶さえ出来ませんでしたが、その内にさっきミスラ君の言った、「私の魔
術などというものは、あなたでも使おうと思えば使えるのです。」という言葉を思い出しましたか
ら、
「いや、兼ね兼ね評判はうかがっていましたが、あなたのお使いなさる魔術が、これほど不思
議なものだろうとは、実際、思いもよりませんでした。ところで私のような人間にも、使って使え
ないことのないと言うのは、御冗談ではないのですか。」
「使えますとも。誰にでも造作なく使えます。ただ――」と言いかけてミスラ君はじっと私の顔を
眺めながら、いつになく真面目な口調になって、
「ただ、欲のある人間には使えません。ハッサン・カンの魔術を習おうと思ったら、まず欲を捨て
ることです。あなたにはそれが出来ますか。」
「出来るつもりです。」
私はこう答えましたが、何となく不安な気もしたので、すぐにまた後から言葉を添えました。
「魔術さえ教えて頂ければ。」
それでもミスラ君は疑わしそうな眼つきを見せましたが、さすがにこの上念を押すのは無躾だ
とでも思ったのでしょう。やがて大様に頷きながら、
「では教えて上げましょう。が、いくら造作なく使えると言っても、習うのには暇もかかりますから、
今夜は私の所へ御泊りなさい。」
「どうもいろいろ恐れ入ります。」
私は魔術を教えて貰う嬉しさに、何度もミスラ君へ御礼を言いました。が、ミスラ君はそん
なことに頓着する気色もなく、静に椅子から立上ると、
「御婆サン。御婆サン。今夜ハ御客様ガ御泊リニナルカラ、寝床ノ仕度ヲシテ置イテオクレ。」
私は胸を躍らしながら、葉巻の灰をはたくのも忘れて、まともに石油ランプの光を浴びた、
親切そうなミスラ君の顔を思わずじっと見上げました。
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× × ×
私がミスラ君に魔術を教わってから、一月ばかりたった後のことです。これもやはりざあざあ
雨の降る晩でしたが、私は銀座のある倶楽部の一室で、五六人の友人と、暖炉の前へ陣
取りながら、気軽な雑談に耽っていました。
何しろここは東京の中心ですから、窓の外に降る雨脚も、しっきりなく往来する自働車や
馬車の屋根を濡らすせいか、あの、大森の竹藪にしぶくような、ものさびしい音は聞えません。
勿論窓の内の陽気なことも、明い電燈の光と言い、大きなモロッコ皮の椅子と言い、ある
いはまた滑かに光っている寄木細工の床と言い、見るから精霊でも出て来そうな、ミスラ君の
部屋などとは、まるで比べものにはならないのです。
私たちは葉巻の煙の中に、しばらくは猟の話だの競馬の話だのをしていましたが、その内に
一人の友人が、吸いさしの葉巻を暖炉の中に抛りこんで、私の方へ振り向きながら、
「君は近頃魔術を使うという評判だが、どうだい。今夜は一つ僕たちの前で使って見せてくれ
ないか。」
「好いとも。」
私は椅子の背に頭を靠せたまま、さも魔術の名人らしく、横柄にこう答えました。
「じゃ、何でも君に一任するから、世間の手品師などには出来そうもない、不思議な術を使
って見せてくれ給え。」
友人たちは皆賛成だと見えて、てんでに椅子をすり寄せながら、促すように私の方を眺め
ました。そこで私は徐に立ち上って、
「よく見ていてくれ給えよ。僕の使う魔術には、種も仕掛もないのだから。」
私はこう言いながら、両手のカフスをまくり上げて、暖炉の中に燃え盛っている石炭を、無
造作に掌の上へすくい上げました。私を囲んでいた友人たちは、これだけでも、もう荒胆を挫
がれたのでしょう。皆顔を見合せながらうっかり側へ寄って火傷でもしては大変だと、気味悪
るそうにしりごみさえし始めるのです。
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そこで私の方はいよいよ落着き払って、その掌の上の石炭の火を、しばらく一同の眼の前
へつきつけてから、今度はそれを勢いよく寄木細工の床へ撒き散らしました。その途端です、
窓の外に降る雨の音を圧して、もう一つ変った雨の音が俄に床の上から起ったのは。と言うの
はまっ赤な石炭の火が、私の掌を離れると同時に、無数の美しい金貨になって、雨のように
床の上へこぼれ飛んだからなのです。
友人たちは皆夢でも見ているように、茫然と喝采するのさえも忘れていました。
「まずちょいとこんなものさ。」
私は得意の微笑を浮べながら、静にまた元の椅子に腰を下しました。
「こりゃ皆ほんとうの金貨かい。」
呆気にとられていた友人の一人が、ようやくこう私に尋ねたのは、それから五分ばかりたった
後のことです。
「ほんとうの金貨さ。嘘だと思ったら、手にとって見給え。」
「まさか火傷をするようなことはあるまいね。」
友人の一人は恐る恐る、床の上の金貨を手にとって見ましたが、
「成程こりゃほんとうの金貨だ。おい、給仕、箒と塵取りとを持って来て、これを皆掃き集めて
くれ。」
給仕はすぐに言いつけられた通り、床の上の金貨を掃き集めて、堆く側のテエブルへ盛り
上げました。友人たちは皆そのテエブルのまわりを囲みながら、
「ざっと二十万円くらいはありそうだね。」
「いや、もっとありそうだ。華奢なテエブルだった日には、つぶれてしまうくらいあるじゃないか。」
「何しろ大した魔術を習ったものだ。石炭の火がすぐに金貨になるのだから。」
「これじゃ一週間とたたない内に、岩崎や三井にも負けないような金満家になってしまうだろ
う。」などと、口々に私の魔術を褒めそやしました。が、私はやはり椅子によりかかったまま、悠
然と葉巻の煙を吐いて、
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「いや、僕の魔術というやつは、一旦欲心を起したら、二度と使うことが出来ないのだ。だから
この金貨にしても、君たちが見てしまった上は、すぐにまた元の暖炉の中へ抛りこんでしまおう
と思っている。」
友人たちは私の言葉を聞くと、言い合せたように、反対し始めました。これだけの大金を元
の石炭にしてしまうのは、もったいない話だと言うのです。が、私はミスラ君に約束した手前も
ありますから、どうしても暖炉に抛りこむと、剛情に友人たちと争いました。すると、その友人た
ちの中でも、一番狡猾だという評判のあるのが、鼻の先で、せせら笑いながら、
「君はこの金貨を元の石炭にしようと言う。僕たちはまたしたくないと言う。それじゃいつまでた
った所で、議論が干ないのは当り前だろう。そこで僕が思うには、この金貨を元手にして、君
が僕たちと骨牌をするのだ。そうしてもし君が勝ったなら、石炭にするとも何にするとも、自由
に君が始末するが好い。が、もし僕たちが勝ったなら、金貨のまま僕たちへ渡し給え。そうすれ
ば御互の申し分も立って、至極満足だろうじゃないか。」
それでも私はまだ首を振って、容易にその申し出しに賛成しようとはしませんでした。所がそ
の友人は、いよいよ嘲るような笑を浮べながら、私とテエブルの上の金貨とを狡るそうにじろじ
ろ見比べて、
「君が僕たちと骨牌をしないのは、つまりその金貨を僕たちに取られたくないと思うからだろう。
それなら魔術を使うために、欲心を捨てたとか何とかいう、折角の君の決心も怪しくなってく
る訳じゃないか。」
「いや、何も僕は、この金貨が惜しいから石炭にするのじゃない。」
「それなら骨牌をやり給えな。」
何度もこういう押問答を繰返した後で、とうとう私はその友人の言葉通り、テエブルの上の
金貨を元手に、どうしても骨牌を闘わせなければならない羽目に立ち至りました。勿論友人
たちは皆大喜びで、すぐにトランプを一組取り寄せると、部屋の片隅にある骨牌机を囲みな
がら、まだためらい勝ちな私を早く早くと急き立てるのです。
ですから私も仕方がなく、しばらくの間は友人たちを相手に、嫌々骨牌をしていました。が、
どういうものか、その夜に限って、ふだんは格別骨牌上手でもない私が、嘘のようにどんどん勝
つのです。するとまた妙なもので、始は気のりもしなかったのが、だんだん面白くなり始めて、も
のの十分とたたない内に、いつか私は一切を忘れて、熱心に骨牌を引き始めました。
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友人たちは、元より私から、あの金貨を残らず捲き上げるつもりで、わざわざ骨牌を始めた
のですから、こうなると皆あせりにあせって、ほとんど血相さえ変るかと思うほど、夢中になって
勝負を争い出しました。が、いくら友人たちが躍起となっても、私は一度も負けないばかりか、
とうとうしまいには、あの金貨とほぼ同じほどの金高だけ、私の方が勝ってしまったじゃありませ
んか。するとさっきの人の悪い友人が、まるで、気違いのような勢いで、私の前に、札をつきつ
けながら、
「さあ、引き給え。僕は僕の財産をすっかり賭ける。地面も、家作も、馬も、自働車も、一つ
残らず賭けてしまう。その代り君はあの金貨のほかに、今まで君が勝った金をことごとく賭ける
のだ。さあ、引き給え。」
私はこの刹那に欲が出ました。テエブルの上に積んである、山のような金貨ばかりか、折角
私が勝った金さえ、今度運悪く負けたが最後、皆相手の友人に取られてしまわなければなり
ません。のみならずこの勝負に勝ちさえすれば、私は向うの全財産を一度に手へ入れることが
出来るのです。こんな時に使わなければどこに魔術などを教わった、苦心の甲斐があるのでし
ょう。そう思うと私は矢も楯もたまらなくなって、そっと魔術を使いながら、決闘でもするような
勢いで、
「よろしい。まず君から引き給え。」
「九。」
「王様。」
私は勝ち誇った声を挙げながら、まっ蒼になった相手の眼の前へ、引き当てた札を出して
見せました。すると不思議にもその骨牌の王様が、まるで魂がはいったように、冠をかぶった頭
を擡げて、ひょいと札の外へ体を出すと、行儀よく剣を持ったまま、にやりと気味の悪い微笑
を浮べて、
「御婆サン。御婆サン。御客様ハ御帰リニナルソウダカラ、寝床ノ仕度ハシナクテモ好イヨ。」
と、聞き覚えのある声で言うのです。と思うと、どういう訳か、窓の外に降る雨脚までが、急
にまたあの大森の竹藪にしぶくような、寂しいざんざ降りの音を立て始めました。
ふと気がついてあたりを見廻すと、私はまだうす暗い石油ランプの光を浴びながら、まるで
あの骨牌の王様のような微笑を浮べているミスラ君と、向い合って坐っていたのです。
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私が指の間に挟んだ葉巻の灰さえ、やはり落ちずにたまっている所を見ても、私が一月ば
かりたったと思ったのは、ほんの二三分の間に見た、夢だったのに違いありません。けれどもそ
の二三分の短い間に、私がハッサン・カンの魔術の秘法を習う資格のない人間だということ
は、私自身にもミスラ君にも、明かになってしまったのです。私は恥しそうに頭を下げたまま、し
ばらくは口もきけませんでした。
「私の魔術を使おうと思ったら、まず欲を捨てなければなりません。あなたはそれだけの修業が
出来ていないのです。」
ミスラ君は気の毒そうな眼つきをしながら、縁へ赤く花模様を織り出したテエブル掛の上に
肘をついて、静にこう私をたしなめました。
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Anexo 2 TRADUÇÂO POR SHINTARO HAYASHI
MAJUTSU (1920)
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Misra, um homem de pele escura, olhos grandes e bigodes macios, recebeu-
me animado enquanto torcia o pavio da lâmpada de querosene sobre a mesa.
- Se for para assistir à sua arte mágica, a chuva não é obstáculo.
Tomando assento em uma cadeira, eu circulei o olhar pela sala ensombrecida,
iluminada pela luz obscura da lâmpada de querosene.
A sala, mobiliada em estilo ocidental, era modesta: uma mesa por centro,
uma estante de tamanho conveniente encostada à parede e outra mesa defronte à
janela – nada mais afora isso, a não ser as cadeiras que ocupávamos. Tanto as
mesas como as cadeiras estavam velhas e usadas. A toalha de mesa, verde com
estampas de flores vermelhas, estava tão puída que parecia prestes a rasgar-se
em pedaços.
Trocados os cumprimentos, permanecemos durante algum tempo em
silêncio, ouvindo distraidamente o ruído da chuva sobre os bambus. Então, a
criada idosa entrou trazendo um serviço de chá preto. Misra abriu a caixa de
charutos e perguntou:
- Posso lhe oferecer um?
- Muito obrigado – respondi e, apanhando um deles, o acendi.
- O espiríto que o senhor emprega em sua magia se chama Jin, não é? A
magia que vou presenciar também usará a força desse espírito?
Misra também acendeu seu charuto e sorriu soltando a fumaça perfumada.
- Acreditava-se que existisse um espírito chamado Jin, mas isso foi há muito
tempo, coisa de cem anos atrás, na época dos contos árabes das mil e umas
noites, digamos. A mágica que aprendi de Hassan Khan não é isso, até o senhor
pode praticá-la se assim desejar. Ela não passa de hipnotismo avançado. Veja,
basta fazer apenas isto com a mão.
Misra levantou a mão e descreveu como ela, duas ou três vezes, algumas
linhas que me pareceram triângulos. Logo depois, colocou a mão sobre a mesa e
ergueu entre os dedos uma das flores, que estava até aquele momento estampada
no pano. Mas quando Misra e pôs diante do meu nariz, ela tinha até perfume: um
odor almiscarado e forte. Maravilhado, soltei diversos gritos de espanto. Misra,
ainda sorrindo, deixou a flor cair sobre a mesa. Imediatamente ela voltou a ser
uma estampa tecida no pano. Não havia mais como apanhá-la ou mover uma só
de suas pétalas.
- Simples, não é mesmo? E agora veja esta lâmpada. Dizendo isso, Misra
mudou um pouco a posição da lâmpada sobre a mesa. Então, por alguma razão
inexplicável, a lâmpada começou a girar feito pião. Girava velozmente sobre si
mesma sem sair do lugar, tendo por eixo o pavio aceso. Assustei-me no começo,
pois aquilo podia provocar um incêndio, e me mantive em suspense o tempo
todo. Mas Misra tomava calmamente o chá sem demonstrar preocupação alguma.
Por fim me acalmei e me deixei absorver pelo movimento da lâmpada, que
girava cada vez mais veloz.
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Mesmo porque o aspecto da chama amarelada, só ela perfeitamente estática e
imóvel enquanto a lâmpada rodopiava agitando o ar com o quebra-luz, oferecia
um espetáculo indescritível, ao mesmo tempo belo e misterioso. Enquanto isso, a
lâmpada girava com velocidade cada vez maior, tanto que por fim se giro era
quase imperceptível. Então, de repente, lá estava ela estática novamente sobre a
mesa, sem sequer balançar a chama.
- Surpreso? Tudo isso é apenas um truque infantil. Se o senhor quiser, posso lhe
mostrar algo mais.
Misra voltou-se para a estante às suas costas, estendeu a mão em direção a ela
e fez um sinal com o dedo, como se chamasse os livros que se achavam
enfileirados nas prateleiras. Eles então saíram voando de lá, um por um, para vir
pousar naturalmente em cima da mesa. Com as capas estendidas para ambos os
lados, eles subiam aos ares e esvoaçavam como morcegos em tardes de verão.
Estupefato, eu observava com o charuto na boca enquanto os livros voavam com
liberdade na semiobscuridade da luz da lâmpada e pousavam educadamente
sobre a mesa, empilhados em forma de pirâmide. E após terem vindo todos eles
da estante para a mesa, não é que começavam agora a voar de volta a estante?
O mais interessante, entretanto, foi o que fez um livro fino, precariamente
encadernado: como os outros, ele levantou voo batendo as capas como se fossem
asas e permaneceu certo tempo voando em círculos sobre a mesa, mas de repente
projetou-se sobre os meus joelhos, farfalhando as folhas. Curioso, apanhei-o, e
vi que se tratava de uma nova obra em francês que havia emprestado a Misra
uma semana antes.
- Obrigado por me haver emprestado o livro por tanto tempo! – Obrigado por
me haver emprestado o livro por tanto tempo! – agradeceu Misra, divertido. A
essa altura, todos os outros livros já estavam, é claro, de volta à estante. Atônito,
como se houvesse despertado naquele momento de um sonho, perdi por alguns
instantes a fala, e nem pude responder a seu agradecimento. Entretanto, recordei-
me de que Misra dissera que até eu poderia, se quisesse, aprender os segredos de
sua mágica.
- Realmente, ouvi muitas vezes falarem do senhor, mas não pensei que sua
mágica fosse tão espantosa! O senhor me disse que até eu, se quisesse, poderia
praticá-la. Não teria sido brincadeira?
- Mas claro que pode! Qualquer pessoa pode, e com facilidade! Apenas...-
Neste ponto, Misra fitou meu rosto e disse, dando a voz uma seriedade inusitada:
- ...os gananciosos não podem. Aqueles que se propõem a aprender a mágica de
Hassam Khan devem, antes de tudo, deixar a ganância. O senhor seria capaz
disso?
- Creio que sim – respondi, mas acrescentei, por me sentir um pouco inseguro:
- Desde que o senhor me ensina sua mágica...
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Misra me observou por algum tempo com dúvida no olhar, mas depois, por
certo julgando ser indelicado questionar-me mais, inclinou generosamente a
cabeça em sinal de concordância.
- Pois bem, então vou lhe ensinar. Mas, por mais simples que seja, isso leva
algum tempo. Por isso, peço-lhe que passe a noite nesta casa.
- Muito agradecido por tudo!
Expressei meus agradecimentos diversas vezes a Misra, feliz como estava
aprender mágica. Mas Misra, despreocupado, levantou-se da cadeira.
- Senhora! Senhora! Nosso visitante pousará hoje em nossa casa. Prepare seu
leito, por favor!
Com o coração palpitante, permanecei com o olhar preso no rosto bondoso de
Misra, esquecido até de bater a cinza do charuto.
Cerca de um mês depois de ter aprendido a arte da mágica com o senhor Misra,
eu estava reunido com um grupo de cinco ou seis amigos em uma sala de um clube em
Ginza, numa noite também chuvosa. Estávamos ao redor de uma lareira e
conversávamos sobre trivialidades.
Ali, em pleno centro de Tóquio, a chuva não soava tão melancólica como
aquela fustigara os bambus em Omori, quem sabe porque ao cair molhasse os tetos de
carruagens e automóveis cujo tráfego era intenso.
E também, a sala onde nos encontrávamos – alegre, bem iluminada por
lâmpadas elétricas, provida de cadeiras confortáveis revestidas de couro marroquino,
assoalhada com lustrosos tacos de madeira finamente ajustados – em nada se parecia
com aquela da casa de Misra, mais propícia, sob todos os aspectos, a aparições
sobrenaturais.
Em meio a baforadas de charuto, conversávamos sobre caçadas e corridas de cavalo
quando um de meus amigos voltou-se para mim e disse, lançando ao fogo da lareira o
toco do charuto que fumava:
- Ouvi dizer que você anda praticando mágica estes dias. Não quer mostrá-la esta
noite para nós? O que nos diz? – Com prazer! – respondi, mantendo-me sentado com a
cabeça apoiada no encosto da cadeira, com a arrogância de um mestre.
- Muito bem. Escolha então a seu critério algo sobrenatural, que os prestigiadores
comuns não possam realizar.
Os outros pareciam concordar, pois arrastaram suas cadeiras e se aproximaram,
fitando-me com expectativa nos olhos. Eu me levantei vagarosamente.
- Observem então com bastante atenção. Não uso truques em minha mágica.
Enquanto respondia, tirei as abotoaduras, arregacei as mangas da camisa, apanhei
casualmente alguns carvões em brasa que ardiam na lareira e os coloquei sobre a palma
da mão. Só isso bastou para impressionar os companheiros ao meu redor. Eles se
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entreolharam assustados e até recuaram, com receio de serem queimados caso se
aproximassem inadvertidamente.
Cada vez mais calmo, levei os carvões em brasa que tinha sobre a palma da mão até
diante de seus olhos para depois esparramá-los de súbito sobre o piso de tacos. Nesse
instante, ergueu-se do piso da sala o ruído de outra chuva, que abafou o que entrava pela
janela. Acontecia que os rubros pedaços de carvão assim que saíam de minhas mãos se
transformavam em inúmeras e belas moedas de ouro e despencavam e chuva sobre o
assoalho, saltando em todas as direções.
Estupefatos como se sonhassem, meus amigos se esqueciam até das palmas.
- Aí está. É apenas uma pequena demonstração.
Voltei a me sentar na cadeira, exibindo nos lábios um sorriso de orgulho.
- São moedas de verdade? – Cinco minutos depois, saindo do encantamento,
finalmente um deles conseguia perguntar.
- Claro que são. Se dúvida, experimente pegar uma delas.
- Está certo de que não vai me queimar, não é?
Ele estendeu medrosamente a mão e apanhou uma das moedas espalhadas sobre o
assoalho.
- Tem razão, são moedas de ouro verdadeiras! Ei, servente! Traga vassoura e pá, e
recolha todas essas moedas!
Atendendo de imediato à ordem, um servente recolheu com a vassoura todas as
moedas e as empilhou alto sobre a mesa de canto. Todos os companheiros rodearam a
mesa.
- Estimo que haja aqui cerca de vinte mil ienes.
- Que nada, há muito mais! Ainda bem, que a mesa não é frágil, porque se fosse, iria
ao chão!
- Que mágica estupenda! As brasas se transformaram de repente em Iwasaki!
Eles não cessavam de elogiar minha arte, mas eu conservava indiferente, sentado na
cadeira, apoiando-me no encosto. E lhes disse entre baforadas do charuto:
- Nada disso! Se eu me comportar de forma gananciosa, que seja por uma só vez,
estarei impedido de usar novamente a minha arte. Por isso, vou jogar todas estas
moedas de volta à lareira assim que vocês as examinarem.
Mal acabei de dizer isso e eles começaram a protestar em uníssono como se
houvessem combinado previamente. Alegavam ser um desperdício deixar que todas
aquelas moedas virassem brasa como eram antes. Mas eu devia cumprir a promessa
feita a Misra e, por isso, discuti obstinadamente com eles, mantendo, irredutível, a
decisão de lançar as moedas de volta à lareira. Então, um de meus companheiros, com
fama de ser o mais esperto da turma, disse com uma risada desdenhosa:
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- Você quer transformar as moedas em carvão outra vez. Nós não queremos isso.
Assim, claro está que nunca chegaremos a um acordo. Eu proponho o seguinte: você
aposta todo esse dinheiro em uma cartada de jogo conosco. Se vencer, transforme-o em
carvão ou faça dele o que quiser. Entretanto, se nós ganharmos, você nos dará todo o
dinheiro assim como está. Acredito que isso satisfaça a todos, não?
Mesmo assim, continuei meneando negativamente a cabeça, sem concordar com a
proposta. Mas esse amigo, alternando o olhar ladino entre meu rosto e as moedas sobre
a mesa, prosseguiu sorrindo, zombeteiro:
- Você não quer jogar cartas conosco porque não quer perder dinheiro para nós. Assim,
você nos deixa em dúvida quanto às suas nobres intenções de abandonar a a ganância
para se dedicar aos segredos da mágica.
- Não estou dizendo que quero transformar o dinheiro em carvão só para não dá-lo a
ninguém!
- Então, por que não vamos jogar?
Argumentos como esses foram trocados repetidas vezes, até que, enfim, me vi
encurralado e levado a enfrentar o jogo de cartas apostando o dinheiro sobre a mesa.
Entusiasmados, meus amigos se apressaram em pedir um baralho e afoitos me
convidaram, ainda relutante, à mesa de carteado em um canto da sala.
E assim, sem alternativas, por algum tempo joguei a contragosto com os amigos. Não
possuo lá grandes qualidades como jogador, mas naquela noite, incrivelmente, eu
ganhava uma jogada após a outra. Então – outra coisa estranha – comecei a me
entusiasmar cada vez mais com o jogo, quando de início nem sequer me interessara por
ele. Decorridos menos de dez minutos, eu já puxava as cartas totalmente compenetrado,
esquecido de tudo mais.
Meus amigos, haviam iniciado o jogo com o único intuito de me tornar todo o dinheiro,
se desesperavam cada vez mais, perdendo a cor do rosto na ânsia de vencer. Mas, não
perdia uma só aposta, como acabei por fim ganhando uma fortuna quase idêntica à pilha
de moedas de ouro. Então, aquele amigo mal intencionado empurrou ensandecido
algumas cartas diante de meu nariz:
- Vamos, retire uma! Eu aposto toda a minha fortuna agora: terras, produtos, cavalos,
automóvel – tudo, sem excluir nada, contra suas moedas e mais o que você ganhou até
agora! Vamos, retire uma carta!
Nesse instante, a ganância se apoderou de mim. Se a sorte não me favorecesse, eu
teria de entregar a esse amigo não apenas a montanha de moedas de ouro como também
a fortuna que ganhara até aquele momento. Se, por outro lado, eu vencesse a aposta,
ganharia toda a sua fortuna. De que me valeria tamanho esforço despendido em
aprender a arte da mágica se não aproveitasse esta chance? Pensando assim perdi o juízo
e, lançando a mão da mágica em segredo, respondi, como se o desafiasse para um dulo:
- Muito bem, retire você primeiro.
- Nove!
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- Rei! – anunciei, vitorioso, e pus a carta que acabara de puxar diante do rosto
terrivelmente empalidecido do amigo. Então, para minha enorme surpresa, a figura do
rei do baralho ergueu a cabeça coroada, como se tivesse vida, saltou para a fora da carta
e, mantendo ainda a espada nas mãos de modo comportado, lançou-me um sorriso
arrepiante.
- Senhora! Senhora! O nosso visitante irá nos deixar! Portanto, não precisa mais
preparar seu leito! – dizia ele, numa voz conhecida. E então, até a chuva que caía lá fora
tinha inexplicavelmente um ruído melancólico, como se fustigasse os bambus em
Omori.
De repente, eu me recobrei. Olhando ao redor, percebi que estava ainda diante de
Misra, sentado sob a luz fraca da lâmpada de querosene. Flutuava no rosto de Misra um
sorriso semelhante ao do rei da carta de baralho.
As cinzas do charuto entre meus dedos nem mesmo haviam caído, mostrando que o
sonho não durara mais que dois ou três minutos, quando eu julgara ter decorrido um
mês. No entanto, bastaram esses breves dois ou três minutos para deixar claro, tanto
para mim quanto para Misra, que eu não estava apto a aprender a mágica de Hassam
Khan. Envergonhado, curvei por instantes a cabeça sem ter o que dizer.
- Se quiser aprender minha arte é preciso antes de tudo abandonar a cobiça. De fato, o
senhor ainda não esta preparado para isso.
Misra me observava com um olhar apiedado, apoiando o cotovelo sobre a toalha de
mesa verde com bordados de flores vermelhas e, serenamente, assim me repreendeu.
魔術 A magia
Ao cair da noite uma certa garoa. O riquexó que me apanhava subia, descia a ladeira
perigosa da vizinhança da grande floresta e finalmente coberto pelo bambuzal, abaixava
na frente de uma casa de estilo ocidental. Uma tinta de cor de cinza já descartável, num
hall apertado, vendo na luz de uma lanterna de papel que é de homem riquexó, escrita
numa letra japonesa chamada (induista matiramu Mishra), apenas isto é novo, e está
pendurado uma placa de identificação da cerâmica.
Se eu me chamo matiramu Mishra, entre todas as pessoas, já não pode ser poucos
conhecidos seus. Seu Mishra é patriota nascido de Calcutá que carrega a independência
dos longos anos da Índia, enquanto aprendia uma formula secreta de Brahma famosa
que se chama hassakan, é porque é um dono de uma magia jovem do ano. Eu estava
associando com o Mishra na apresentação de um certo amigo depois de antes
exatamente um mês mas, ainda que argumentei coisas de problemas da política
econômica, na ocasião de usar uma magia essencial, nunca ainda estive presente. Assim
anteriormente esta noite para me mostrar usando a magia, depois de deixar pedido com
carta, nesse tempo estava morando o seu Mishra, até o fim da cidade da grande floresta
triste, porque apressou se o riquexó.
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Eu enquanto a chuva me molhava, pressionei o botão de um sino que está embaixo
dessa placa de identificação contando com uma luz da lanterna de papel do riquexó
homem duvidoso. Então de repente a porta se abre, uma pessoa que apareceu ao hall é
uma mulher japonesa de estatura baixa, que está cuidando do seu Mishra.
O seu Mishra está?
Esta. Depois de algum tempo esperei você muito. Enquanto a velhinha dizia
cordialmente assim me guio imediatamente a sala do seu Mishra que está no fim desse
hall.
Esta noite, apesar da chuva cair eu fiquei bem. O seu Mishra que tem/de bigode macio,
olhos grandes e cor muito escura, enquanto se contorcia sobre a lâmpada óleo que está
em cima da mesa de bom agrado. Não, se consigo ver sua magia, então não haverá nada
de chuva. Depois de ter sentando numa cadeira, olhei ao redor por dentro da sala
melancólica iluminada pela luz de lâmpada óleo escura.
A sala do seu Mishra é uma sala de estilo ocidental, que tem uma mesa no centro, uma
estante de livros moderada ao lado da parede e depois disso uma escrivaninha em frente
da janela. Além de sentamos as cadeiras apenas estão enfileiradas. Além disso essa
cadeira e escrivaninha e outros são apenas objetos que parecem velhos, tecer as
estampas de flores vermelhas conectadas, mesmo uma mesa de assento chamativa, e
nesse momento estava se tornando exposto um fio de linha ao pensar se fatia em
pedacinhos.
Depois de nós concluímos a saudação, estávamos ouvindo se ouvimos um som de chuva
que cai no bambuzal lá fora por algum momento, mas, breve a velhinha de novo
daquela servente, segurando ferramentas do chá preto o seu Mishra abriu uma tampa da
caixa de charuto. Me avisou é. Um charuto. Obrigado.
Pego um charuto sem cerimonias, enquanto acendo o fogo do fósforo, o seu espirito que
eu uso era um nome chamava de jin e outros. Então a partir de agora se eu dizer que a
magia que eu vejo poderia tomar emprestado a força desse jin? Seu Mishra quando
acendeu o fogo ao charuto próprio também, enquanto dava risadas respirei uma fumaça
boa.
A pessoa que achava que tem espirito que se chamava jin e outros é uma coisa de
centenas de ano. Quer que eu diga que é um fato de uma era de conto de noite das
arábias? A magia que aprendi a partir de Hassankan, pode ser usada pensando em tentar
usar em qualquer um. Porque não passa de hipnotismo que avançou apenas. Mostre. É
bom entrelaçar só estas mãos.
Seu Mishra levanta a mão e pintou uma coisa que parece triangulo a frente dos meus
olhos duas, três vezes mas, breve se eu dar para cima da mesa essas mãos, tomou um
beliscão da flor de estampas que tecia vermelho conectada. Tomei um susto, enquanto
fossei a cadeira sem pensar, vislumbrei essa flor excessivamente mas sem dúvidas isso é
até agora uma estampa de flores que estava dentro da cadeira de assento. Mas, quando o
seu Mishra traz para frente do meu nariz essa flor, sinto um cheio pesado como de algo
como almíscar. Tanta estranheza, se eu vazar a voz de de admiração muitas vezes, o seu
Mishra deixou cair para cima da mesa essa flor descuidada deixando risos também. Se
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cair claro, a flor como era antes fica uma estampa tecida. Passou a não se movimentar
mais livremente uma pétala de longe da coisa que toma um beliscão. É sim. Será que
não há uma razão. Desta vez, mostre esta lâmpada. Enquanto o seu Mishra assim diz,
colocou uma lâmpada em cima da mesa por um minuto, mas, por uma razão desse
tempo, a lâmpada parecida como um peão começava a girar dando voltas. Isso também
começou a girar fortemente como um bastão de lâmpada de chaminé parada num local.
Dentro da primeira eu também esmaguei o fígado, tornando qualquer incêndio é difícil
sentido nervoso muitas vezes mas, enquanto bebia chá preto silenciosamente, não tem
absolutamente nenhum barulho. Assim eu finalmente, sentei a coragem completamente,
gradativamente vislumbrei sem se distrair os olhos também, pelos exercícios da
lâmpada que se torna cedo. De novo na verdade durante de acordar e girar o vento da
tampa de lâmpada, uma apenas labareda amarela, uma coisa que está junto sem piscar,
lindo sem dizer nada, era um espetáculo estranho. Mas, enquanto isso gira se a lâmpada
realizasse tornando rápida mais e mais, se penso que está perfeitamente claro ao não
consigo ver se está girando, de repente, sentei em cima da cadeira sem paisagem que
distorceu uma fumaça de chaminé para frente. Se assustou? Este tipo de pessoa é uma
criança patife. Ou também se você desejar, vamos mostrar uma outra coisa. Mishra
olha para trás e olhou uma estante de livros ao lado da parede, mas, breve estendo as
mãos para esse lado, quando movimento o dedo para perguntar, começava se mover
estantes de livros uma de cada que estavam enfileirados na estante desta vez, voei até
em cima da mesa naturalmente. Esse modo de voar novamente abre a capa para ambos
os lados como um morcego que esvoaçava sobre o entardecer do verão, e voou para o
céu bruxuleante. Via perplexo deixando segurado a boca do cigarro mas, a estante
voava girando livremente dentro da luz da lâmpada escura e empilhava no formato de
pirâmide para cima da mesa em boa maneira um por um. Além disso, se pensa que
acabei de me mover para cá inteiramente comecei a mover imediatamente desde da
primeira vinda, e voou de volta ordenadamente para a origem da estante dos livros, não
é? Mas, especialmente a coisa que era mais interessante, uma estante de livros fina
encapada, também abri uma capa como uma asa e subi aos céus brandamente, depois de
pintar a roda em cima da mesa por um instante, quando faz as páginas ficar barulhentas
repentinamente, é o fato de ter abaixado rapidamente meus joelhos embaixo de um
precipício. Quando vi tomei pensando o que aconteceu, isto tem uma memória que
emprestei para seu Mishra antes de um período de uma semana, era uma novela nova da
França.
Obrigado pelo livro da eternidade.
O seu Mishra agradeceu a mim com uma voz que continha risos ainda. Porque claro
que nesse tempo já muitos instantes de livros vieram de volta para dentro do instante de
cima de todas as mesas. Eu não consegui nem saudar por um curto momento com
sentimentos que parecia despertar do sonho, mas, eventualmente agora pouco disse o
seu Mishra, porque lembrava das palavras que significa (o fato que minha magia entre
outros, se eu tentar usar com qualquer pessoa posso usar pensadamente, não, olhei a
reputação/fama por um tempo agora, mas, a magia que você usa, pensei o mais próximo
de verdade que poderia ser uma coisa tão estranha. A propósito, para os humanos
também como eu não há brincadeira se dizer que não usa ou usa. Enquanto o seu Mishra
vislumbrou o meu rosto estático dizendo claro que consigo usar. Posso usar sem
dificuldade com qualquer pessoa, fique com um timbre serio extraordinariamente. Mas
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não pode usar para certos humanos avarentos, se pensar em tentar aprender a magia de
hassankan primeiro jogue fora a avareza. Você consegue fazer isso? Pretendo
conseguir...respondi assim, mas, fiquei com uma preocupação insegura por alguma
razão ou outra e imediatamente imitei as palavras de novo depois. Pode ensinar a magia.
Mesmo assim mostrei um olhar que parecia duvidoso, mas, além do mais ainda chamar
atenção pode ser maneiras ruins. Logo enquanto concordei generosamente. Então vamos
ensinar. Mas ainda mesmo que digo se eu consegui usar sem dificuldade nenhuma,
passa o tempo livre para aprender por isso esta noite fique no meu lugar. Me desculpe
muito por várias coisas.
Eu contentemente recebi o benefício de ensinar a magia, agradecendo ao seu Mishra,
mas quando o seu Mishra subiu da cadeira silenciosamente sem humor que estando
preocupado com esse fato. Vovó, vovó. O visitante esta noite me deixou fazer a
preparação da cama e se hospedar. Enquanto eu estava ansioso esquecendo de também
de remover o cinzero do charuto, honestamente olhei para cima o rosto fixadamente do
seu Mishra parecia gentil, tomando banho de luz da lâmpada óleo.
Depois de ter me ensinado a magia é o fato de após somente um mês. Isto também era
uma noite que chovia intensamente também, mas eu estava obcecado por conversas
animadas enquanto formava acampamento a frente da lareira com 56 amigos numa sala
de um certo clube de Ginza. Como você sabe aqui é o centro de Toukyou, por isso a
intensidade da chuva que cai fora da janela também, conseguia ouvir um som triste de
algo como respingar no bambuzal daquela grande árvore deve ser porque molha o
telhado do carro, da carroça e outros que vem e vai sem ter apenas feito.
Um fato contente de dentro da janela claro, digo luz da lâmpada clara, digo uma cadeira
de pele grande de Marrocos, ou novamente digo que um piso de trabalho de mosaico de
madeira que está brilhando suavemente, porque dizer que é um quarto do seu mirasu
que parece que vai emergir qualquer espirito em uma olhada como não passa de um
comparativo.
Nós, dentro de uma fumaça de charuto, por um momento nós estávamos em uma
conversa de corrida de cavalos e conversa sobre caças, mas, além disso um amigo
enquanto virava na minha direção jogando um charuto meio tragado, (você é uma fama
que quer dizer que usa uma magia hoje em dia, mas o que que ta acontecendo)
Por que você não me mostra usando na nossa frente a magia, bom amigo). Eu respondia
assim grosseiramente como de verdade um mestre da magia deixando inclinado a
cabeça na costa da cadeira.
Então, tenho a confiança em você pra qualquer coisa, por isso por favor me mostre
usando a técnica estranha que muito improvavelmente que não consiga fazer para o
mundo dos magistas.
Os amigos conseguem ver todo o acordo, enquanto forçava a cadeira separadamente
olhava a minha direção para exortar. Assim, eu subo de repente, e por favor veja para
mim. Para a magia que nós usamos, porque não há nada de truque.
Enquanto eu digo assim, recubro as algemas das ambas mãos, retirei para cima da palma
das mãos inapropriadamente o carvão que chamejava dentro da lareira. Amigos que me
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cercavam tanto, já provavelmente desanimava a coragem. Se é árduo fazer uma
queimadura passando para o lado por um tris enquanto olhava toda cabeça, começo a
fazer mesmo que recuo aparentemente causar uma má sensação.
Assim minha direção vai acalmando mais e mais, depois de lançar fogo do carvão de
cima dessas palmas para frente dos olhos de todos nós por um momento, desta vez
espargi o para o leito de trabalho de mosaico de madeira vigorosamente. Neste
momento, pressionei o som da chuva que cai fora da janela, já aconteceu desde de cima
do piso de repente mais um som da chuva transformada. Porque quer dizer que o fogo
do carvão vermelho claro voou e transbordou para cima do leito como uma chuva
tornando se inúmeras lindas moedas de ouro ao mesmo tempo que se separam as
minhas palmas.
Os amigos estavam esquecendo mesmo que também aclamavam perplexo para todos
estarem vendo mesmo sonho.
(primeiro lugar por um momento este tipo de coisa)
Eu abaixei a cintura na cadeira de origem de novo calmamente enquanto expressava
risos.
(Isto é todos não são moedas de ouro)
Um amigo que está sendo admirada perguntava pra mim assim finalmente, depois disso
é o fato de depois ter passado 5 minutos.
São moedas de ouro de verdade. Se achar que é mentira por favor olhe e obtenha.
Não me diga que não tem algo que parece ferir.
Um amigo timidamente, olhava obtendo moedas de ouro em cima do piso mas, eu
entendo que isto são moedas de ouro. Ei, garçom traga a vassoura e a pá de lixo, e varre
tudo isso pra mim. O garçom varreu as moedas de ouro de cima do piso como foi
pedido imediatamente, amontou para cima da mesa. Enquanto todos os amigos cobrem
ao redor dessa mesa, parecia ser mais ou menos 2200000 ienes.
(Não parece ter mais. No dia que estava a mesa grácil tem ao menos que acaba sendo
esmagado, não é?
De qualquer maneira é um fato que aprendi a grande magia. Porque o fogo de carvão se
torna imediatamente moedas de ouro.
Então enquanto não bate um período de semana acaba se tornando um milionário que
parece que não perde para Iwasaki e sanjo também e etc; e elogiou a minha magia
severamente. Mas, eu vomitei a fumaça do charuto calmamente, deixando reclinado
também na cadeira, (não, o cara que fiz que minha magia se acordar a ganancia por um
momento, não vai aparecer algo que use duas vezes. Por isso mesmo que prefiro estas
moedas de ouro, agora que vocês acabaram de ver, estão planejando acabar de jogar
para dentro da origem da lareira imediatamente de novo.
Se os amigos ouvirem minhas palavras começou a se opor por ter predisposto. Acabar
de ter preferido o carvão de origem por esta grande quantia de dinheiro apenas é dizer
que é uma fala desperdiçada. Mas, eu tenho também antes de ter cumprido ao seu
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mirasu. De todas as maneiras se jogar na lareira, competi com amigos obstinadamente.
E então, entre esses amigos tem a fama de astuto número um, enquanto rio
sarcasticamente na ponta do nariz.
Você diz que preferimos carvão de origem por estas moedas de ouro. Nós dizemos que
não queremos fazer novamente. Então a propósito até quando, é evidente que não
enxuga os argumentos. Assim, para eu pensar, prefiro estocar moedas de ouros, porque
você joga cartas japonesas tradicionais conosco. E se você ganhar, claro que se preferir
o que ou carvão, é bom você administrar livremente. Mas, se nos vencemos, por favor
entregue a nós deixando as moedas de ouro. E então levanto 5 objeções, provavelmente
não muita satisfação não é?
Mesmo assim aceno o pescoço ainda, e não supus que íamos fazer um acordo nessa
proposta facilmente. Mas, esses amigos, enquanto expressão risos como zomba mais e
mais, olham fixamente comparando as moedas de ouro de cima da mesa comigo
aparentemente ardiloso, (você que joga baralho tradicional japonês conosco,
provavelmente em outras as palavras é porque acham que não queremos ser tirados
essas moedas de ouros. Além disso para usar a magia, diz que ter jogado a ganancia ou
o que, não é a razão que se vai se tornar desconfiado as suas determinações com
problemas?
Não, nada eu, prefiro carvão porque estas moedas de ouro regraveis.
Nesse caso por favor dá me os baralhos.
Depois de repetido tantas vezes estes tipos de arqueado de palavras, finalmente eu passo
as palavras desses amigos, no estoque de moedas de ouros de cima da mesa, por todas
essas razões fiquei sério em uma situação difícil que tinha que mandar atacar as cartas.
Claro que os amigos com grande alegria, se pedir uma fila de cartas logo, enquanto
cobria escrivaninhas que estão no cantinho da sala, ainda me apressa rapidamente com
ganhos hesitados. Por isso sem jeito, estava jogando cartas indesejavelmente com
companhia dos amigos por um momento. Mas, desta maneira eu não tem hábil nas
cartas particulares, porque ganha intensamente como uma mentira. Então, novamente
com coisas estranhas no começo tinha interesse também, mas, começa a se tornar
interessante gradativamente, enquanto não passa de 5 minutos, esqueci algum dia um
pedaço porque comecei a consultar as cartas esforçadamente.
Os amigos, do começo a partir de mim, pretendo rolar sem sobrar aquelas moedas de
ouro, iniciei as cartas expressamente, por isso juntei toda a impaciência, comecei a a
disputar a vitória ou a derrota tornando um delírio aproximadamente ao acho que se
mudar quase tudo mesmo as expressões. Mas, mesmo que os amigos se tornem uma
desesperança, finalmente eu apenas nunca perdi, acabou de ganhar na minha direção
apenas uma quantia quase igual daquelas moedas de ouro não é? Feito isso, um amigo
ruim da pessoa de agora pouco, como, até um momento que parece uma loucura,
enquanto lançam a escrivaninha na minha frente, bem, por favor consulte a. eu aposto
completamente minha fortuna; acabo de apostar tudo chão, casas, cavalos, e bicicletas
também. Ao invés de você exceto aquelas moedas de ouro, até agora aposto no total de
dinheiro que eu ganhei. Bem, por favor consulte.
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Eu tive um momento de ganancia. Tem empilhado em cima da mesa. Mesmo que o
dinheiro que eu ganhei com problemas, no final de ter perdido afortunadamente desta
vez, temos que ser tomados pelos amigos de todos companheiros. Além disso, se apenas
ganhar esta vitória ou perda, consigo colocar toda fortuna paras as mãos tudo de uma
vez só que eu enfrento. Provavelmente sou efetivo de dor tendo ensinado magia ou
outros em algum lugar quando uso neste momento. Quando penso assim eu até um
momento que duelar enquanto uso a magia secretamente quando não passa ser
intolerável a flecha e o escudo também.
Bom. Em primeiro lugar por favor consulte a partir de você
9.
Rei.
Eu enquanto ergo a voz que triunfou, mostrei retirando notas que foram sacadas para
frente dos olhos dos meus parceiros que ficaram muito pálidos. Então o rei dessas cartas
estranhamente também, parecia que entrou como se fosse um espirito, se retirar o corpo
pra fora da nota por acaso, erguendo a cabeça que tinha uma coroa, expressei risos
maldosos deixando segurado a espada com boas maneiras,
Vovó. Vovó. Não precisa fazer os preparativos da cama por que ouvir dizer que os
hospedes voltam.
Diz que com voz que encontra se familiar. Se achar, por alguma razão até intensidade
da chuva que cai fora da janela, comecei a erguer o som de volta da que caia
intensamente triste que parecia respingar repentinamente no bambuzal daquela floresta
grande novamente.
De repente percebo olhando ao redor do sucesso, enquanto banho luz de lâmpada de
óleo escura ainda, sentei de cara a cara com o seu Mishra como se fosse esta
expressando risos que parecia de rei daquelas cartas.
Mesmo que o cinzeiro do charuto interposto entre os dedos, também mesmo que vi o
lugar que está coletando sem deixar cair. O caso que pensei que era apenas um mês,
olhei entre 2,3 minutos sobre o livro. Sem dúvidas ter sido um sonho. Porém, enquanto
esses 2,3 minutos sejam curtos, o fato que quero dizer que um ser humano que não tem
qualidade de aprender a formula secreta da magia de hassakan, para o seu Mishra e eu
próprio também acabamos ficando alegres, não conseguimos escutar a fala também por
um momento deixando a cabeça abaixada que parecia estamos envergonhados.
Se planejamos usar a minha magia, primeiro lugar temos que jogar a avareza. Porque
você não está apto apenas a essas aprendizagens.
Enquanto o seu Mishra fazia expressão com olhos deploráveis, fiquei com os cotovelos
em repouso em cima da mesa que tecia uma estampa floral conectadas, e reprenderam
mim silenciosamente.
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