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Projeto de Estruturas de Edificações com Perfis Tubulares de Aço

ISBN: 978-85-921410-0-4

Autores:
Afonso Henrique Mascarenhas de Araújo
Arlene Maria Sarmanho
Eduardo de Miranda Batista
João Alberto Venegas Requena
Ricardo Hallal Fakury
Roberval José Pimenta

Prefácio:
Jeffrey A. Packer

Coordenação Editorial:
Alexander Xavier Filho
Karen Fleischer
Sarah de Andrade Luz

Ilustrações e fotografias:
Ver fontes nas páginas 597 e 598.

Revisão:
Fátima Campos

Colaboração:
Iara Mayor
Jenifer Viveiros

Projeto gráfico e diagramação:


Ideiário Design - Clara Gontijo

Patrocino:
Vallourec Tubos do Brasil S/A

Foto da capa:
Thiago Fernandes

Impressão:
Rona Editora LTDA.

Tiragem:
700 exemplares

Projeto de estruturas de edificações com perfis tubulares de aço /


P962 Araújo, Afonso Henrique Mascarenhas de...[et al.] -- Belo Horizonte:
Ed. do Autor, 2016.
598 p.

ISBN 978-85-921410-0-4

1. Estruturas - Aço - Mistas. 2. Tubos de aço - Ligações. 3. Construção


metálica e mista.
I. Sarmanho, Arlene Maria II. Batista, Eduardo de Miranda Patrocino:
III. Requena, João Alberto Venegas IV. Fakury, Ricardo Hallal
V. Pimenta, Roberval José.
CDD: 624.1821

Elaborado por Selma Soares Silva CRB-2402


Afonso Henrique Mascarenhas de Araújo
Arlene Maria Sarmanho
Eduardo de Miranda Batista
João Alberto Venegas Requena
Ricardo Hallal Fakury
Roberval José Pimenta

Belo Horizonte
Afonso Henrique Mascarenhas de Araújo
2016
ÍNDICE
1.7.1 - Generalidades__70
1.7.2 Aplicação e vantagens dos elementos mistos
tubulares__72
1.8. BIBLIOGRAFIA __ 75
PREFÁCIO ___________________ 8
CAPÍTULO 2 - AÇÕES, COMPOR-
TAMENTO, SEGURANÇA, MODELA-
CAPÍTULO 1 - CONSIDERA- GEM E ANÁLISE ESTRUTURAL ____77
ÇÕES GERAIS SOBRE ESTRUTURAS
TUBULARES______________________ 11 2.1. GENERALIDADES__77

1.1 HISTÓRICO__ 11 2.2. AÇÕES__77


2.2.1. Definição e classificação __77
1.2 APLICAÇÕES__ 21
2.2.2. Informações sobre os valores das ações per-
manentes e variáveis__78
1.3 - AÇOS ESTRUTURAIS__36
2.2.3. Significado dos valores das ações__78
1.4 - PROPRIEDADES GEOMÉTRI-
CAS DAS SEÇÕES TUBULARES __ 50 2.3. MÉTODO DOS
ESTADOS-LIMITES __ 79
1.4.1 - Propriedades geométricas dos tubos circu-
lares __51 2.3.1. Fundamento__79
1.4.2 - Propriedades geométricas dos tubos retan- 2.3.2. Estados-limites Últimos__79
gulares e quadrados__51
2.3.3. Estados-limites de Serviço__84

1.5 - TUBOS DE AÇO COM


E SEM COSTURA __ 53 2.4. ANÁLISE ESTRUTURAL__ 89
1.5.1 - Fabricação de tubos sem costura__54 2.4.1. Ideias Iniciais__89

1.5.2 - Fabricação de tubos com costura__57 2.4.2. Componentes Resistentes e Não Resisten-
tes a Ações Horizontais__89
1.5.3 - Fabricação de tubos retangulares__59
2.4.3. Análise de Segunda Ordem__91
1.5.4 - Classificação das seções tubulares segundo
as principais normas internacionais__59 2.4.4. Consideração dos Efeitos de Imperfei-
ções__94

1.6 - TOLERÂNCIAS
DIMENSIONAIS __ 61 2.5. MODELAGEM ESTRUTURAL __ 96
2.5.1. Ideias Gerais__96
1.7 - ELEMENTOS ESTRUTURAIS
MISTOS DE AÇO E CONCRETO__ 70 2.5.2. Condições de Extremidade das Barras__99
4
2.6. CONSIDERAÇÕES SOBRE A 3.1. GENERALIDADES__ 143
ANÁLISE DOS TRELIÇADOS ESPA-
CIAIS __ 103
3.2. BARRAS SUBMETIDAS A FORÇA
2.7. VERIFICAÇÃO AUTOMATIZADA AXIAL DE TRAÇÃO__ 143
DA SEGURANÇA ESTRUTURAL__105
3.2.1. Uso e Aplicação__143

2.8. ANÁLISE DE MEIOS CONTÍ- 3.2.2. Estados-limites últimos__144


NUOS PELO MEF__ 106
3.2.3. Limitação do Índice de Esbeltez__149

2.9. ANÁLISE ESTRUTURAL PARA


ESTADOS-LIMITES ÚLTIMOS__ 107 3.3. BARRAS SUBMETIDAS A FORÇA
AXIAL DE COMPRESSÃO__ 149
2.9.1. Classificação das Estruturas__107
3.3.1. Uso e Aplicação__149
2.9.2. Procedimentos__108
3.3.2. Estados-limites Últimos__150
2.9.3. Possibilidade de Análise de Primeira Or-
dem__109 3.3.3. Limitação do Índice de Esbeltez__159

2.10. ANÁLISE ESTRUTURAL PARA ES- 3.4. BARRAS SUBMETIDAS A


TADOS-LIMITES DE SERVIÇO __ 109 FLEXÃO __ 161
3.4.1. Uso e Aplicação__161
2.11. EXEMPLOS 3.4.2. Estados-limites Últimos__161
DE APLICAÇÃO __ 110
2.11.1. Esforços Solicitantes de Cálculo em Es- 3.5. BARRAS SUBMETIDAS
trutura de Dois Andares__110 A TORÇÃO__ 171
2.11.2. Análise de Sistema Treliçado como Subes- 3.5.1. Uso e Aplicação__171
trutura de Contraventamento__119
3.5.2. Estados-limites Últimos__171
2.11.3. Esforços Solicitantes e Verificação da Fle-
cha em Barra Birrotulada__122
2.11.4. Análise e Dimensionamento de Viga Tre- 3.6. BARRAS SOB COMBINAÇÃO DE
liçada de Planta Industrial__125 ESFORÇOS SOLICITANTES__ 172
2.11.5. Análise de Vigas Treliçadas 3.6.1. Uso e Aplicação__172
Invertidas de Passarela para Pedestres__134 3.6.2. Estados-limites Últimos__173
3.6.3. Força Axial e Flexão em Relação aos Dois
2.12. BIBLIOGRAFIA __ 142 Eixos Centrais de Inércia__174
3.6.4. Força Axial, Flexão em Relação a Um Eixo
Central de Inércia e Torção__175

CAPÍTULO 3 - DIMENSIONA-
3.7. EXEMPLOS DE APLICAÇÃO__176
MENTO DE BARRAS DE AÇO_____ 143
3.7.1. Dimensionamento de Diagonal de Treliça
Axialmente Tracionada com Perfil Tubular Circu-
lar Laminado__176 5
3.7.2. Verificação de Diagonal de Treliça Axial-
mente Comprimida com Perfil Tubular Circular
Laminado__178 CAPÍTULO 4 - DIMENSIONA-
3.7.3. Verificação de Barra de Treliça Axial- MENTO DE ELEMENTOS MISTOS
mente Tracionada e Comprimida com ___ 213
Perfil Tubular Circular Soldado__180
3.7.4. Dimensionamento de Viga com Perfil Tu- 4.1. GENERALIDADES__213
bular Retangular Soldado__181
3.7.5. Verificação ao Momento Fletor de Tramo 4.2. COMPORTAMENTO DA LIGA-
de Viga em Perfil Tubular Retangular Soldado ÇÃO AÇO-CONCRETO – CONEC-
com Mesa Contida Lateralmente e Momentos TORES DE CISALHAMENTO_____213
Negativos nas Extremidades__186
3.7.6. Verificação ao Momento Fletor de Tramo 4.3. VIGAS MISTAS__216
de Viga com Perfil Tubular Retangular Soldado 4.3.1. Vigas Mistas de Alma Cheia__216
com Mesas Livres e Momentos Negativos nas Ex-
tremidades__188 4.3.2. Vigas Mistas Treliçadas__217
3.7.7. Verificação de Viga com Perfil Tubular Cir-
cular Soldado__190 4.4. PILARES MISTOS__220
3.7.8. Verificação de Pilar Flexo-comprimido com 4.4.1. Comportamento dos pilares mistos__221
Perfil Tubular Quadrado Laminado__192
4.4.2. Dimensionamento dos pilares mistos tubu-
3.7.9. Verificação de Pilar Submetido a lares em temperatura ambiente__224
Compressão, Flexão e Torção, com Perfil
Tubular Quadrado Laminado__195 4.4.3. Dimensionamento dos pilares mistos tubu-
lares em temperatura elevada__236
3.7.10. Verificação de Banzo Flexocomprimido
de Treliça com Perfil Tubular Retangular Lamina- 4.4.4. Dispositivos especiais para introdução de
do__196 cargas__247
3.7.11. Verificação de Barra submetida a Flexão
em Relação aos Eixos x e y e a Forças Axiais de 4.5. LIGAÇÕES MISTAS__249
Tração e Compressão com Perfil Tubular Retan-
gular Laminado__201 4.5.1. Conceitos – Escopo__249
3.7.12. Verificação de Barra Submetida a Mo- 4.5.2. Método dos componentes – caracterização
mento Fletor e Torção com Perfil Tubular Circu- e comportamento__251
lar Laminado__209
4.5.3. Capacidade de rotação necessária__256

3.8. BIBLIOGRAFIA__212
4.6. EXEMPLOS DE
UTILIZAÇÃO __258

4.7. BIBLIOGRAFIA__400

6
5.5.1. Flanges circulares __573
CAPÍTULO 5 - LIGAÇÕES __ 403 5.5.2. Flanges retangulares __574
5.5.3. Combinação de força axial e momento fle-
5.1. INTRODUÇÃO__403 tor __576
5.5.4. Exercícios __577
5.2. LIGAÇÕES SOLDADAS –
SISTEMAS TRELIÇADOS__406
5.6. BIBLIOGRAFIA__595
5.2.1. Tipologia e geometria de ligações em perfis
tubulares__407
5.2.2. Modos de falha de ligações soldadas__409
5.2.3. Nomenclatura, parâmetros geométricos e
fatores relacionados ao estado de tensão nos ban- FONTES __ 597
zos__419
5.2.4. Condições de validade das equações__422
5.2.5. Equações de dimensionamento__427
5.2.6. Estratégias para o projeto de ligações __456
5.2.7. Exercícios__465

5.3. LIGAÇÃO DE BASE


DE PILARES__539
5.3.1. Definições e Considerações Gerais__539
5.3.2. Comportamento da Ligação __541
5.3.3.Dimensionamento da Ligação – Teoria e
Método de Cálculo __543
5.3.4. Dimensionamento da placa de base e dos
chumbadores __544
5.3.5. Dispositivos Especiais para Transmissão de
Força Cortante __551
5.3.6. Exercícios __556

5.4. LIGAÇÕES A MOMENTO POR


MEIO DE ANÉIS__569
5.4.1. Dimensionamento da ligação – teoria e
método de cálculo __570

5.5. LIGAÇÕES FLANGEADAS __572

7
PREFACE / PREFÁCIO

It is most pleasing to see this first Portuguese-lan- Through numerous visits to Brazil I have perso-
guage book on the topic of steel hollow structural nally seen the steady growth in technical know-
sections. Moreover, this group of authors are re- -how related to tubular steel design, as well as the
nowned personalities in the field of tubular struc- evolution of the manufactured products themsel-
tures in Brazil and expertly positioned to synthe- ves. This can largely be attributed to the nurturing
size contemporary knowledge in this field.  They of local R&D in Brazil by Vallourec (formerly
have been very active in the development and pu- V&M do Brasil) from their base in Minas Gerais. 
blication of the recent (2013) Brazilian standard, Indeed, international-level research on tubular
“Design of Steel and Composite Structures for steel structures in the remainder of South Ame-
Buildings using Hollow Sections”, ABNT NBR rica is almost non-existant.  The calibre and com-
16239, published by the Brazilian Technical Stan- mitment of Brazilian researchers was also recog-
dards Association, so this book is a perfect and nized when the venue for the 15th “International
timely complement to this national specification.  Symposium on Tubular Structures” (ISTS15) was
It will be an invaluable guide for practicing struc- chosen to be in Brazil by the International Institu-
tural engineers as well as an important resource te of Welding Sub-commission on Tubular Struc-
for academics, students and researchers. tures.  The success of this Symposium, held in Rio
de Janeiro in May 2015, is another testament to
The five chapters introduce and describe the pro- the influence of Brazilian work in the field of tu-
perties and behaviour of various types of manu- bular structures. 
factured tubing, delve into the modelling and
analysis of tubular structures, cover member and To all authors, congratulations on the compila-
importantly connection design, as well as tubular tion of this impressive text!éns pela compilação
steel-concrete composites.  It is very gratifying to deste texto impressionante!
see the inclusion of this latter topic (included as
well in the ABNT 2013 code) because this is a
rapidly evolving construction practice, yet most Jeffrey A. Packer, PhD, DSc, FCAE, PEng
Bahen/Tanenbaum Professor in Civil Engineering
design recommendations worldwide deal with
University of Toronto
this separately and focus on steel-only structures. Toronto, Canadá
Jan 2016

8
É muito gratificante ver este primeiro livro em Por meio de inúmeras visitas ao Brasil, eu vi pes-
português sobre estruturas tubulares de aço. Além soalmente o crescimento constante do conheci-
disso, os autores são personalidades de renome no mento técnico relacionado com o projeto de es-
campo de estruturas tubulares no Brasil e devida- truturas tubulares de aço, bem como a evolução
mente preparados para sintetizar o conhecimen- dos próprios produtos fabricados no país. Isso
to contemporâneo nessa área. Eles foram muito pode ser atribuído em grande parte aos trabalhos
ativos no desenvolvimento e publicação da recen- de P&D desenvolvidos no Brasil pela Vallourec
te  norma brasileira, “Projeto de estruturas de aço (antiga V & M do BRASIL) a partir de sua base
e de estruturas mistas de aço e concreto de edifi- em Minas Gerais. Na verdade, a pesquisa de ní-
cações com perfis tubulares”, ABNT NBR 16239, vel internacional em matéria de estruturas tu-
editada pela Associação Brasileira de Normas Téc- bulares de aço no restante da América do Sul é
nicas em 2013. Este livro é um complemento per- quase inexistente. A qualidade e o compromisso
feito e oportuno para essa norma nacional e será dos pesquisadores brasileiros foram também reco-
um guia inestimável para a prática de engenheiros nhecidos quando o Brasil foi escolhido para sediar
estruturais, bem como um importante recurso o 15º. “Simpósio Internacional de Estruturas Tu-
para acadêmicos, estudantes e pesquisadores. bulares” (ISTS15) pelo International Institute of
Welding Sub-commission on Tubular Structures.
Os cinco capítulos apresentam e descrevem as O sucesso desse Simpósio, realizado no Rio de Ja-
propriedades e o comportamento de vários tipos neiro em maio de 2015, é outra demonstração da
de tubos, aprofundam na modelagem e análise de influência do trabalho brasileiro na área de estru-
estruturas tubulares, cobrem o projeto de barras e turas tubulares.
atribuem grande importância ao projeto de liga-
ções tubulares, bem como aos elementos tubulares Para todos os autores, parabéns pela compilação
mistos de aço e concreto. É com satisfação que vejo deste texto impressionante!
a inclusão deste último tema (incluído também na
norma da ABNT de 2013), o qual representa uma
prática de construção que vem evoluindo rapida- Jeffrey A. Packer, PhD, DSc, FCAE, Peng
Bahen / professor Tanenbaum em Engenharia Civil
mente, apesar de a maioria das recomendações de
University of Toronto
projeto no mundo ainda lidar com as estruturas de Toronto, Canadá
aço e as estruturas mistas separadamente, focando Jan 2016
apenas nas estruturas de aço.

9
10
1 CONSIDERAÇÕES GERAIS
SOBRE ESTRUTURAS TUBULARES

garantia a vinda de produtos industrializados para


1.1 HISTÓRICO o Brasil. Nesse período, o aço utilizado nas constru-
ções no Brasil era importado e edifícios inteiros de
A história da construção brasileira se inicia no pe- “ferro pré-fabricado”, produzidos na Europa, aqui
ríodo colonial, quando as construções eram feitas chegavam. Esses edifícios ficaram conhecidos como
com madeira e barro. Esses eram os materiais mais “arquitetura metalúrgica”. As peças fundidas para
abundantes e de maior utilização, em função da construção de teatros, mercados, estações ferroviá-
pouca qualificação da mão de obra da construção rias, elementos urbanos e também para residências
nacional naquela época. Posteriormente foi intro- eram importadas e vistas como símbolo de pro-
duzido o tijolo de barro por sua facilidade de ma- gresso. Esse quadro só mudou depois da Primeira
nuseio, transporte e por se tratar de um material Guerra Mundial e da crise de 1929, quando a im-
relativamente leve. A matéria-prima abundante e portação de qualquer produto se tornou inviável, e
barata associada à facilidade da sua aplicação con- a indústria foi obrigada a se desenvolver.
sagrou o tijolo como sendo o material de constru-
ção dos brasileiros. A história dos tubos de aço advém da “segunda
revolução industrial”, iniciada na segunda metade
O concreto armado segue no mesmo contexto. do século XIX, a do aço e da eletricidade, quando
Composto por materiais baratos e fáceis de serem o rápido desenvolvimento da siderurgia abriu um
encontrados, tais como a areia e o pedrisco, o con- novo nicho de mercado: a transformação do aço
creto tornou-se um material moderno, que podia em tubos, perfis e estampados.

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


ser preparado na própria obra de forma artesanal.
Em 22 de agosto de 1886 os irmãos Reinhardt
O êxito do concreto no Brasil não pode ser ex- e Max, filhos do industrial Mannesmann conse-
plicado unicamente por razões econômicas, entre- guiram fabricar seu primeiro tubo sem costura na
tanto não se pode duvidar que esse foi um fator fábrica de limas e grosas em Remscheid, perto de
fundamental. Além disso, a preparação do concre- Düsseldorf. Esse processo de produção de tubos
to no próprio canteiro de obra sem exigir operá- de aço revolucionou a indústria de tubos. Como
rios qualificados também foi um dos motivos para relatado na sua patente de 1886, o processo con-
a disseminação dessa tecnologia, visto que esses siste “em uma laminação progressiva de um corpo
profissionais eram escassos. de aço furado, fixado numa armação adequada,
e animado de um movimento de vaivém que vai
A industrialização nacional foi retardada em fun- transformá-lo, aos poucos, em um tubo”.
ção da política alfandegária do período imperial,
que favorecia a exportação do café para os mer- Entre 1886 e 1888, com a ajuda da família Siemens
cados norte-americano e europeu e, em troca, e de grandes bancos alemães, os Mannesmann,
11
pai e filhos, construíram quatro fábricas de tubos
em Bous (Sarre), Komotau (Boêmia, atual Cho-
mutov), Landore (Grã-Bretanha) e Remscheid, per-
to da fábrica de limas e grosas da família. A empresa
Mannesmannröhren-Werke tem aí seu início.

Nessa época, tendo como fundo a corrida arma-


mentista, multiplicavam-se requisições de obuses,
navios de guerra, caldeiras, etc., e é nesse contexto
favorável que, na França, em 1896, inaugurava-se
uma fábrica de tubos soldados e de cilindros em aço.
Figura 1.1 - Palácio da Abolição - Fortaleza, CE
O início da indústria siderúrgica moderna no
Brasil aconteceu em 1946 com a construção da Mais recentemente outras obras significativas foram
Companhia Siderúrgica Nacional - CSN. Até en- executadas com a utilização de estruturas tubulares,
tão todas as obras com estruturas metálicas rea- tais como a Ópera de Arame, um dos principais
lizadas no país utilizavam material importado. A cartões-postais de Curitiba, Figura 1.2, inaugurado
partir de 1950, com o início da produção da Usi- em 1992, no Parque das Pedreiras. Sua estrutura é
na Presidente Vargas, em Volta Redonda, RJ, pela totalmente tubular. A transparência da obra é dada
falta de tradição de uso de estruturas metálicas, a por sua cobertura e suas fachadas em policarbonato
CSN teve dificuldade em comercializar seus pro- transparente. Possui palco de 400m² destinado a
dutos no mercado interno e, com a finalidade de apresentações artísticas e culturais, com capacidade
criar esse novo mercado, instalou uma fábrica de para 2.400 espectadores.
estruturas para consumir a própria produção de
laminados e incentivar a sua utilização, a Fábrica
de Estruturas Metálicas, FEM.

Em 12 de agosto de 1954, foi inaugurada a Usina


Integrada do Barreiro, em Belo Horizonte, pela
Mannesmannröhren-Werke, a pedido do governo
brasileiro, cujo objetivo era atender à demanda de
tubos de aço sem costura por parte da emergente
indústria petrolífera nacional.

Desde então, embora o tubo sem costura estivesse


disponível no mercado, sua utilização na constru-
ção civil era insignificante. Seu emprego passou
a ser identificado em algumas obras isoladas tal
como a construção do “Palácio da Abolição”, Fi-
gura 1.1, sede do Governo do Ceará, inaugurado
em 1970 e projetado pelo arquiteto carioca Sérgio
Bernardes. O Palácio seguiu o estilo modernista
em concreto e aço, com varandas circundando
todo o prédio principal, com jardins concebidos
por Fernando Chacel, que tem como inspiração o
modelo paisagístico de Burle Max. Figura 1.2 - Ópera de Arame - Curitiba, PR

12
Na mesma época, ainda em Curitiba, no Jardim
Botânico, foi construído o prédio da estufa de três
abóbadas, Figura 1.3, totalmente em estrutura tu-
bular, no estilo art nouveau, inspirada no Palácio
de Cristal de Londres do século XIX.

Figura 1.4 - Rua 24 Horas - Curitiba, PR

Outro modelo construtivo, frequentemente em-


pregado em coberturas de grandes vãos, são as
estruturas espaciais tubulares, as quais foram im-
pulsionadas no Brasil a partir da construção do
Centro de Exposições do Anhembi, em 1971,
Figura 1.5.
Figura 1.3 - Jardim Botânico - Curitiba, PR

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


A Rua 24 Horas com 120 metros de extensão e 12
metros de largura, coberta por 32 arcos, também
em estrutura tubular, é outra mostra, em Curiti-
ba, Figura 1.4, da potencialidade e graciosidade
propiciadas por essa modalidade construtiva.

Figura 1.5 - Centro de Exposições do Anhembi - São Paulo, SP

13
Esse sistema estrutural, desenvolvido na Euro-
pa e nos Estados Unidos após a Segunda Guer-
ra Mundial, provavelmente surgiu a partir do
desenvolvimento feito pelo escocês Alexander
Graham Bell (1847-1922), também conhecido
como “o pai do telefone”. Em 1907, aos 60 anos,
no Canadá, inventou o que foi, provavelmente,
a primeira estrutura em elementos modulares
tetraédricos, pré-fabricados em usina e unidos
no canteiro de obra. Tal estrutura gerou uma
torre de 30 metros de altura, utilizada como ob-
servatório para experiências com aeroplanos.
Figura 1.6 - Estruturas espaciais - Unicamp - Campinas, SP
As estruturas espaciais são normalmente compos-
As estruturas espaciais possuem como elemento
tas por malhas planas ou curvas, tridimensionais,
construtivo básico a forma geométrica da pirâmi-
sendo a malha superior comumente denominada
de (de base quadrada ou retangular) ou o tetrae-
“banzo superior” e a inferior “banzo inferior”, as
dro (com base triangular equilátero ou isósceles),
quais são interligadas por meio de barras, denomi-
Figura 1.7-a. Essa forma geométrica origina um
nadas diagonais, Figura 1.6.
módulo de malha piramidal formada por barras,
Figura 1.7-b. Os módulos posicionados lado a
lado, unidos pelo vértice, por meio de barras for-
mam um sistema estrutural de grande rigidez de-
nominado malha espacial, Figura 1.7-c.

Figura 1.7(a) Formas geométricas piramidais

Figura 1.7(b) Módulo em malha piramidal

14
Figura 1.7(c) Malhas espaciais planas e curvas Figura 1.8(a) Nó esférico rosqueável tipo “Mero”
Figura 1.7 - Malhas espaciais

Os componentes dessas malhas estruturais apresen-


tam alto grau de padronização em função da uni-
formidade modular, o que possibilita sua pré-fabri-
cação e, consequentemente, sua industrialização.

O uso das estruturas espaciais em coberturas de


grandes vãos como ginásios de esportes, obras in- Figura 1.8(b) Nós em chapa parafusada
dustriais, hangares, terminais rodoviários e aero-
viários despertou o interesse por pesquisas nessa
área, originando assim diversos sistemas paten-
teados que se diferenciam basicamente por seus
“nós”. Os elementos e dispositivos mais frequen-
temente empregados para formar os nós da estru-
tura são os apresentados na Figura 1.8.

Os nós esféricos caracterizam-se por convergir Figura 1.8(c) Nós com ponta amassada
para um mesmo ponto, no centro da esfera, os

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


Figura 1.8 - Nós empregados em estruturas espaciais
eixos de todas as barras que chegam ao nó, o que
lhes confere muita eficiência estrutural e bom as- Entre os tipos mencionados, o nó mais sofisticado
pecto estético, Figura 1.8-a (Nó Mero). e mais recomendado para aplicação em estruturas
espaciais é o nó esférico tipo “Mero”, no qual to-
Os conhecidos “nós cruzetas” são formados por das as barras têm sua linha de ação convergindo
chapas metálicas ligadas por solda, pertencentes para um mesmo ponto e que apesar de desper-
aos planos definidos pelas barras. Esse tipo de dis- tar grande interesse pela sua praticidade e aspec-
positivo estrutural apresenta menor custo de pro- to agradável, também teve disseminação restrita,
dução que os nós esféricos, Figura 1.8-b. provavelmente em função de seu custo.
Nós com ponta amassada são muito empregados É importante salientar que uma avaliação criterio-
em estruturas de menor responsabilidade devido sa na definição do nó a ser empregado na estrutu-
ao seu baixo custo, Figura 1.8-c. Deficiência de de- ra é fundamental por ser esse elemento de extrema
sempenho estrutural nesse tipo de nó tem origem responsabilidade no comportamento estrutural.
nas excentricidades nas extremidades das barras. 15
Adicionalmente, é possível perceber que as estru-
turas espaciais tubulares têm seu custo fortemente
dependente da solução adotada para os nós.

De uma forma geral, a partir do ano 2000, pô-


de-se observar um crescente impulso na utiliza-
ção das estruturas tubulares no Brasil. A Vallourec
desenvolveu uma linha de produtos voltada para
a construção civil, com aços compatíveis com os
mais frequentemente empregados na construção
metálica convencional, os quais possuem resis-
tência ao escoamento de 250, 300 e 350 MPa,
Figura 1.10(a) equipamento de conformação a frio de tubos
podendo ainda esses aços serem patináveis (mais
resistentes à corrosão), Figura 1.9.

Figura 1.10(b) curvamento por indução de tubos


Figura 1.10 - Processo de conformação a frio e
curvamento de tubos de aço por modulação

Além disso, buscou estimular o uso de máquinas


de última geração, Figura 1.11, para executarem
os cortes tridimensionais em “boca de lobo”, cor-
tes esses apropriados às ligações soldadas entre tu-
bos circulares, Figura 1.12.

Figura 1.9 - Passarelas com estruturas tubulares - Belo Horizonte , MG

A empresa Vallourec buscou ainda o desenvolvi-


mento de parceiros prestadores de serviços volta-
dos para a construção tubular, tendo estimulado os
mesmos a produzirem tubos de seção retangular e
quadrada, a partir dos tubos circulares laminados
a quente, Figura 1.10.

16
as condições necessárias ao progresso do setor. As
universidades muito contribuíram nesse avanço
tecnológico por meio dos programas de Pesqui-
sa e Desenvolvimento firmados com a Vallourec
Research Center do Brasil.

Dissertações de mestrado, teses de doutorado,


software e artigos técnicos e científicos envolven-
do pesquisas de novas soluções foram geradas nos
programas de P&D firmados, oriundos de análi-
ses numéricas e ensaios de laboratório, Figura 1.13.
Profissionais foram qualificados, gerando assim a
cultura de estruturas tubulares. Uma nova norma,
Figura 1.11 - Máquina da HGG para cortes tridimensionais de tubos
a ABNT NBR 16239: 2013, voltada para as ques-
tões particulares do dimensionamento das estru-
turas tubulares foi desenvolvida, através de amplo
apoio do meio acadêmico e dos profissionais. Além
da formação de novos profissionais aptos ao trabalho
com as estruturas tubulares, o apoio ao desenvolvi-
mento de profissionais do mercado propiciou maio-
res facilidades para a concepção de novos projetos,
tanto na arquitetura quanto na engenharia.

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


Figura 1.12 - Cortes tridimensionais de tubos circulares e ligação
com corte em “boca de lobo”

Enfim, buscou propiciar ambiente adequado ao


desenvolvimento desta nova tecnologia no país.
Visando a evolução da construção tubular, a
Vallourec não se restringiu ao desenvolvimento
do processo de produção. Em cooperação com di-
versas universidades, buscou desenvolver a tecno-
logia de estruturas tubulares, disseminando a cul-
tura da nova tecnologia, formando mão de obra
especializada, buscando criar um ambiente com Figura 1.13 - Ensaios em laboratório de estruturas
17
Estimulados pelo desafio da nova tecnologia, ar-
quitetos, fabricantes e projetistas criaram novas
oportunidades de desenvolvimento, e obras como
shopping centers, galpões industriais, ginásios,
centros de exposição, terminais de ônibus, está-
dios, aeroportos e passarelas foram concebidas
com o uso de tubos de aço, Figura 1.14.

Figura 1.15 - Galpão Açotubo - São Paulo, SP

A criatividade tem gerado formas exuberantes e


obras diferenciadas em estrutura tubular, concebi-
das por experientes arquitetos e engenheiros, permi-
tindo a combinação entre estética e arrojo de formas
e sistemas estruturais, Figura 1.16. Novas concep-
ções foram desenvolvidas com conceitos próprios
das estruturas tubulares, soluções para os projetos
complementares (instalações e acabamento) foram
bem trabalhadas e as obras bem solucionadas.

Figura 1.14 - Parque de Exposições da Festa da Uva - Caxias do Sul, RS

Investimentos diversos foram feitos buscando-se


melhorar o desenvolvimento profissional, adequar
projetos às possibilidades de execução dos fabri-
cantes nacionais, disseminar a tecnologia tubular,
desenvolver soluções junto aos projetistas, viabi-
lizando sua produção. É importante destacar que
esses fabricantes não estavam preparados para a
construção tubular, certamente pela falta de opor-
tunidades. Na Figura 1.15 é apresentada a solução
de adequação de fabricação de treliças tubulares
utilizando chapas como elemento do nó. Figura 1.16 - Estação BRT São Gabriel - Belo Horizonte, MG
18
À medida que a tecnologia do uso dos tubos de tubular treliçada, para a extensão da cobertura
aço na construção civil foi se disseminando, as das arquibancadas, trabalhando solidariamente
oportunidades começaram a surgir e a engenha- com a estrutura original de concreto armado,
ria nacional soube responder, tirando proveito da construída nos anos 60, propiciou uma solução
ocasião. A primeira aciaria do mundo em estrutu- mista extremamente econômica e de rápida exe-
ra tubular, Figura 1.17, foi desenvolvida em um cução, Figura 1.18.
projeto pioneiro e arrojado e a obra projetada e
fabricada por empresas nacionais.

Figura 1.17- Primeira aciaria do mundo em estrutura tubular -

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


VSB - Jeceaba, MG

Muito se caminhou nos últimos anos, grandes


Figura 1.18 - Cobertura do Mineirão em estrutura tubular -
obras foram executadas em estrutura tubular, pro- Belo Horizonte, MG
fissionais foram formados, fábricas foram adequa-
das para o trabalho com tubos, uma tecnologia
nacional foi desenvolvida, tornando a construção
tubular uma realidade no país, como ilustram as
obras apresentadas nas Figuras 1.18 a 1.25.

Destaca-se a obra da reforma do estádio Gover-


nador Magalhães Pinto, conhecido como Minei-
rão, que premiou a engenharia nacional com uma
solução pioneira. A adoção da nova estrutura
19
Figura 1.19 - Aeroporto Guararapes - Recife, PE

Figura 1.21 - Centro Administrativo Vallourec - Belo Horizonte, MG

Figura 1.22 - Arena Corinthians - São Paulo , SP

Apesar do muito que se fez para o desenvolvimento


das estruturas tubulares no Brasil, muito ainda há
que ser feito para a plena utilização desse sistema
construtivo que apresenta excelentes características
estruturais e plástica privilegiada, além de ser uma
solução econômica competitiva. A tecnologia das
Figura 1.20 - Galpão Vallourec - Belo Horizonte, MG estruturas tubulares continua em desenvolvimento
no Brasil em busca de sua excelência estrutural.
20
1.2 APLICAÇÕES
Como todos os produtos, os tubos têm característi-
cas que lhes são peculiares e tais características dire-
cionam sua melhor forma de aplicação. O emprego
correto da seção tubular conduz a soluções leves e,
por consequência, econômicas e competitivas.

No caso das seções circulares, a homogênea dis-


tribuição de sua massa em torno do eixo longitu-
dinal confere iguais propriedades geométricas em
relação a qualquer eixo que passe pelo centro geo-
métrico da seção transversal. Essa distribuição da
massa, para o caso de barras comprimidas, conduz
a iguais resistências em relação a quaisquer eixos,
otimizando assim a capacidade resistente da barra.
Por esse motivo, o momento de inércia do tubo de
seção transversal circular é cerca de 1,8 vez supe-
rior e o raio de giração cerca de 1,4 vez superior
aos equivalentes de um perfil H de mesma massa
(nessa comparação, buscou-se utilizar perfis sol-
Figura 1.23 - Arena Independência - Belo Horizonte, MG
dados compostos por chapas comerciais de mesma
dimensão que os tubos e cujas massas sejam as mais
próximas possíveis) e mesma dimensão em relação
ao eixo de menor inércia, Figura 1.26-a.

De forma semelhante, Figura 1.26-b, os tubos


com seções transversais quadradas apresentam
momentos de inércia cerca de 2,0 vezes superior
e raio de giração da ordem de 1,4 vez superior
ao eixo de menor inércia de seções H equivalen-
tes em massa.

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


Figura 1.24 - Pipe-rack - VSB, Jeceaba, MG

Figura 1.26(a) Seção transversal tubular circular/H de mesma


dimensão

Figura 1.25 - Terminal de metrô - São Paulo, SP


21
As Tabelas 1.1 e 1.2 apresentam comparação entre
os momentos de inércia e raios de giração em rela-
ção ao eixo y (Iy e ry ) de perfis tubulares circulares
laminados e perfis H soldados de mesma dimen-
são e peso semelhante e perfis tubulares quadrados
e perfis H soldados de mesma dimensão e peso
semelhante.

Figura 1.26(b) Seção transversal tubular quadrada/H de mesma


dimensão
Figura 1.26. Seções transversais tubulares circular e quadrada /
seção H de mesma dimensão

Tabela 1.1 - Comparação do momento de inércia e raio de giração entre perfis equivalentes, tubulares circulares e perfis H soldados

Tubo de Seção Circular H equivalente em peso


Relação Relação Relação
d tt At It rt h=b t tw AH IY ry
At/AH It/IH rt/rh
(mm) (mm) (cm2) (cm4) (cm) (mm) (mm) (mm) (cm2) (cm4) (cm)
25,0 300 54.702 13,5 406,4 31,5 12,5 299 35.244 10,8 1,00 1,55 1,25
406,4 16,0 196 37.449 13,8 406,4 19,0 12,5 200 21.261 10,4 0,98 1,76 1,33
10,0 125 24.476 14,0 406,4 12,5 6,3 126 13.984 10,6 0,99 1,75 1,32
25,0 260 35.677 11,7 355,6 31,5 12,5 261 23.612 9,54 1,00 1,51 1,23
355,6 16,0 171 24.663 12,0 355,6 19,0 12,5 175 14.244 9,13 0,98 1,73 1,32
10,0 109 16.223 12,2 355,6 12,5 8,00 115 9.369 9,29 0,94 1,73 1,32
25,0 152 7.298 6,92 219,1 31,5 9,50 153 5.523 6,02 1,00 1,32 1,15
219,1 16,0 102 5.297 7,20 219,1 19,0 9,50 100 3.332 5,71 1,02 1,59 1,26
10,0 65,7 3.598 7,40 219,1 12,5 8,00 70,3 2.192 5,78 0,93 1,64 1,28
12,5 35,0 354 3,18 101,6 16,0 4,75 35,8 280 2,83 0,98 1,27 1,13
101,6 8,00 23,5 260 3,32 101,6 8,00 8,00 23,1 140 2,44 1,02 1,85 1,36
4,00 12,3 146 3,45 101,6 4,75 3,00 12,4 83,0 2,60 0,99 1,76 1,33

Média
1,77 1,39

22
Tabela 1.2 - Comparação do momento de inércia e raio de giração entre perfis equivalentes, tubulares quadrados e perfis H soldados

Tubo de Seção Quadrada H equivalente em peso


Relação Relação Relação
b tt re ri At It rt h=b tf tw AH IY ry
At/AH It/IH rt/rH
(mm) (mm) (mm) (mm) (cm2) (cm4) (cm) (mm) (mm) (mm) (cm2) (cm4) (cm)
20,0 60,0 40,0 207 25.634 11,1 300 31,5 12,5 219 14.179 8,05 0,95 1,81 1,38
300
12,5 37,5 25,0 137 18.348 11,6 300 19,0 9,5 139 8.552 7,85 0,99 2,15 1,47
16,0 48,0 32,0 139 12.047 9,32 250 25,4 8,00 143 6.616 6,80 0,97 1,82 1,37
250 11,0 33,0 22,0 100 9.231 9,61 250 16,0 8,00 97,4 4.168 6,54 1,03 2,21 1,47
8,00 20,0 12,0 75,2 7.229 9,80 250 12,5 6,30 76,7 3.256 6,52 0,98 2,22 1,50
16,0 48,0 32,0 107 5.625 7,26 200 25,4 9,50 116 3.388 5,41 0,92 1,66 1,34
200
8,80 22,0 13,2 64,6 3.850 7,72 200 12,5 8,00 64,0 1.667 5,10 1,01 2,31 1,51
16,0 48,0 32,0 74,8 2.009 5,18 150 19,0 12,5 71,0 1.071 3,88 1,05 1,88 1,33
150
6,40 16,0 9,60 35,4 1.189 5,80 150 8,00 8,00 34,7 451 3,60 1,02 2,64 1,61
12,5 37,5 25,0 37,0 410 3,33 100 16,0 6,30 36,3 267 2,71 1,02 1,54 1,23
100
5,60 11,2 5,60 20,3 296 3,81 100 8,00 4,75 20,0 133 2,58 1,0 2,22 1,48
Média
2,04 1,43
Pelo até aqui exposto e considerando as peças com
o mesmo comprimento destravado em relação aos
seus eixos principais e observando que os tubos
têm, em média, um raio de giração cerca de 40%
superior aos perfis H equivalentes, pode-se concluir
que os tubos são elementos que possuem uma
seção transversal adequada para suportar esforços
de compressão axial e, quando comparados com
as seções abertas, são mais eficazes, conduzindo
a seções com menor consumo de aço. Por esse
motivo são largamente empregados como barras
axialmente comprimidas em estruturas tais como
pilares de edificações Figura 1.27-a, barras de

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


contraventamentos, Figura 1.27-b, treliças, Figura
1.27-c, entre outras.

Figura 1.27(a) Prédio Comercial - Taubaté, SP


Vallourec - Belo Horizonte, MG 23
Figura 1.27(b) Edifício garagem Aeroporto - Dusseldorf, Alemanha | Figura 1.27(c) Terminal Rodoviário - São Paulo, SP
Cobertura Largo do Batata - São Paulo, SP Vallourec Sumitomo - Jeceaba, MG

Figura 1.27 - Exemplos de barras axialmente comprimidas

24
Um caso particular das seções tubulares é o dos 3.000 mm e 6.000 mm, usando-se aços de mes-
tubos laminados a quente sem costura e resfria- ma resistência ao escoamento. As duas últimas
dos ao ar livre até a temperatura ambiente (ver colunas apresentam as relações entre a massa do
Item 1.5). Essa categoria caracteriza-se por possuir tubo laminado a quente (sem costura) e a do
baixo nível de tensão residual, o que, associado às perfil H soldado e entre as resistências das duas
vantagens advindas de suas propriedades geomé- seções equivalentes. Na última coluna observa-
tricas até aqui abordadas, torna-os imbatíveis na se que os dois produtos têm aproximadamente
resistência aos esforços de compressão axial. Esse a mesma resistência (relação aproximadamente
menor nível de tensão residual existente na seção igual a 1) enquanto a massa da seção tubular
transversal do tubo laminado a quente (tubos clas- pode ser até a metade (relação igual a 2,03) da
sificados como Hot Finished, conforme DIN EN massa do perfil H equivalente, dependendo da
10210-1 ou Classe “C” da norma CSA G40.20-04) esbeltez das barras.
faz com que seu comportamento a compressão
seja regido pela melhor classificação segundo a De uma forma geral, a diferença a favor dos tu-
curva de resistência à compressão (conforme clas- bos laminados a quente sem costura em relação às
sificação da Tabela 6.2: Selection of buckling cur- demais seções transversais fechadas e aos perfis H
ve for a cross-section da EN 1993-1-1:2010-12), pode ser observada nos gráficos apresentados na
garantindo assim um melhor desempenho à com- figura 1.28, os quais foram elaborados para aços
pressão da seção transversal tubular, conforme com resistência ao escoamento de 300MPa.
abordado no Capítulo 3. Essa mesma classificação
Os gráficos apresentados mostram as curvas de
pode ser obtida pelos tubos soldados ou pelos tu-
resistência à força axial (eixo das ordenadas) em
bos conformados a frio, quando esses tubos são
função do comprimento destravado (eixo das abs-
tratados termicamente, com o objetivo de obter
cissas), de barras comprimidas com seções trans-
condições metalúrgicas equivalentes às dos produ-
versais diferentes, onde pode-se observar a nítida
tos laminados a quente, reduzindo-se, assim, de
vantagem dos tubos conformados a quente e res-
forma significativa, os níveis de tensão residual. É
friados até a temperatura ambiente ao ar livre, de
importante destacar que, nesse caso, o fabricante
seção transversal quadrada ou circular em relação
pode ser solicitado a fornecer dados que demons-
às demais seções transversais.
trem que o tubo conformado a frio e posteriormen-
te tratado termicamente é comparável ao de igual Buscou-se nessa comparação, a partir dos perfis
seção, sem costura laminado a quente. abertos laminados existentes no mercado, obter
perfis H soldados e perfis tubulares de mesma
Esses diferenciais que as seções tubulares possuem

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


área de seção transversal do perfil W. Para diver-
a seu favor (geometria favorável e baixo nível de
sos comprimentos destravados foram calculadas
tensão residual), frente às demais seções transver-
as resistências à força axial de compressão dos di-
sais, podem gerar reduções de consumo de mate-
versos perfis, conforme normas vigentes no país,
rial nas barras comprimidas de até 50% em peso.
ABNT NBR 8800:2008 e ABNT NBR 16239:
Como ilustração, a Tabela 1.3 foi desenvolvida 2013, e dessa forma traçadas as curvas de resis-
para se comparar a massa requerida por duas tência das barras à compressão axial das diversas
seções transversais diferentes (perfil soldado H seções transversais.
conforme ABNT NBR 5884:2013 e tubo de
seção transversal circular laminado a quente)
para resistir a esforços de compressão axial de
aproximadamente mesmo valor, com dimensões
equivalentes e comprimentos destravados, rela-
tivos aos seus dois eixos principais de inércia de
25
Tabela 1.3(a) Comparação de peso entre Perfis Tubulares circulares e Perfis H equivalentes, para mesma força axial de compressão e mesmo
comprimento destravado (3.000 mm)

Designação
ao escoamento Tubo Sem Costura

Comprimento
Perfis Soldados CS conforme norma NBR 5884

Destravado
Resistência

Resistência
de Cálculo
Espessura
Diâmetro

da parede
Resistência Relação Relação
do aço

Massa
Altura x Massa de Cálculo mt/mcs Rd,t/Rd,CS

fy d t m Rd,t hw m Rd,CS
(mm)
(MPa) (mm) (mm) (kgf/m) (kN) (mm) (kgf/m) (kN)
300 3.000 153,7 5,00 18,3 586 PS 150 x 25,5 586 1,389 1,00
300 3.000 153,7 5,60 20,5 653 PS 150 x 28,9 676 1,411 1,04
300 3.000 153,7 8,00 28,7 912 PS 150 x 37,3 880 1,297 0,96
300 3.000 153,7 10,0 35,4 1119 PS 150 x 45,1 1087 1,272 0,97
300 3.000 204,0 6,40 31,2 1057 PS 200 x 38,8 1078 1,243 1,02
300 3.000 204,0 7,10 34,5 1168 PS 200 x 41,2 1129 1,195 0,97
300 3.000 204,0 8,80 42,4 1433 PS 200 x 50,2 1401 1,186 0,98
300 3.000 204,0 11,0 52,4 1769 PS 200 x 60,8 1716 1,161 0,97
300 3.000 244,5 7,10 41,6 1428 PS 250 x 48,7 1466 1,172 1,03
300 3.000 244,5 8,00 46,7 1603 PS 250 x 51,8 1545 1,110 0,96
300 3.000 244,5 10,0 57,8 1986 PS 250 x 65,8 1974 1,139 0,99
300 3.000 298,5 7,10 51,0 1765 PS 300 x 62,4 1828 1,223 1,04
300 3.000 298,5 12,5 88,2 3048 PS 300 x 95,3 3008 1,081 0,99
300 3.000 298,5 14,2 99,6 3442 PS 300 x 109 3452 1,095 1,00
Médias
1,21 0,994
Tabela 1.3(b) Comparação de peso entre Perfis Tubulares circulares e Perfis H equivalentes, para mesma força axial de compressão e mesmo
comprimento destravado (6.000 mm)

Designação
Tubo Sem Costura
Perfis Soldados CS conforme norma NBR 5884
ao escoamento

Comprimento
Destravado

Resistência
Resistência

de Cálculo
da parede
Espessura

Relação Relação
Diâmetro

Altura x Massa Resistência de Cálculo


do aço

Massa

mt/mcs Rd,t/Rd,CS

fy d t m Rd,t hw m Rd,CS
(mm) (mm) (kgf/m)
(MPa) (mm) (mm) (kgf/m) (kN) (kN)
300 6.000 141,3 4 13,5 190 PS 150 x 25,5 197 1,88 1,03
300 6.000 141,3 5 16,8 233 PS 150 x 28,9 234 1,72 1,00
300 6.000 153,7 5 18,3 295 PS 150 x 37,3 308 2,03 1,04
300 6.000 153,7 7,1 25,7 404 PS 150 x 45,1 394 1,76 0,97
300 6.000 177,8 6,4 27,1 542 PS 200 x 38,8 552 1,43 1,02
300 6.000 177,8 6,4 27,1 542 PS 200 x 41,2 554 1,52 1,02
300 6.000 193,7 7,1 32,7 733 PS 200 x 50,2 725 1,54 0,99
300 6.000 204,0 8 38,7 920 PS 200 x 60,8 920 1,57 1,00
300 6.000 235,0 6,4 36,1 997 PS 250 x 48,7 953 1,35 0,96
300 6.000 235,0 6,4 36,1 997 PS 250 x 51,8 977 1,44 0,98
300 6.000 244,5 8 46,7 1.323 PS 250 x 65,8 1.268 1,41 0,96
300 6.000 273,0 6,4 42,1 1.284 PS 300 x 62,4 1.358 1,48 1,06
300 6.000 298,5 10 71,1 2.248 PS 300 x 95,3 2.251 1,34 1,00
26 300 6.000 298,5 12,5 88,2 2.777 PS 300 x 109,0 2.611 1,24 0,94
Médias
1,55 0,998
Figura 1.28(a)

Figura 1.28(b)
Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares

27
Figura 1.28(c)

Figura 1.28(d)
28 Figura 1.28 - Gráficos comparativos de resistência à compressão axial entre perfis tubulares e perfis abertos
A Figura 1.28 ilustra de forma clara e objetiva a As propriedades geométricas das seções compostas
significativa redução de consumo de material que devem ser devidamente avaliadas quando passam
pode ser obtida com o adequado emprego dos a ter comportamento de conjunto. Sua geometria
produtos, especialmente quando se aplicam mate- irá influenciar de forma definitiva no adequado
riais com baixo nível de tensão residual, como os comportamento do elemento estrutural e na oti-
perfis laminados a quente e resfriados ao ar livre mização da obra. Todas essas opções são soluções
até a temperatura ambiente. que devem ser avaliadas conforme a necessidade
do projeto ou da obra, inclusive estética. É evi-
Além do até aqui exposto, as barras axialmente dente que envolvem custos de produção diferen-
comprimidas podem também ser empregadas tes, uma vez que são soluções diferenciadas, custos
como uma composição de tubos, Figura 1.29, estes que dependem também das especificidades
seja por necessidade de obtenção de maiores de cada fabricante para execução dos serviços.
resistências, seja por imposições arquitetônicas ou
outras. Além da composição entre tubos, podem
também ser empregadas composição de tubo
com outras seções transversais, gerando aí uma
infinidade de possibilidades construtivas.

Figura 1.29 - Composição de tubos de seção circular


Figura 1.30(a) Figura 1.30(b)
A ligação entre os dois componentes da seção
composta pode ser feita de forma contínua (como
através de chapa continuamente ligada aos tubos
formadores da seção composta, Figuras 1.30-
a e b ou de forma discreta, Figuras 1.30-c e d.
Essa ligação é fundamental para a definição do

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


comportamento estrutural da barra axialmente
comprimida, fabricada com perfis laminados a
quente, uma vez que nos casos de ligações por
processos contínuos esses irão introduzir tensões
residuais nas peças ligadas. Nesse caso, tais barras
deverão ser analisadas como seções conformadas
a frio e deverão ser dimensionadas como tais.
O mesmo não ocorre com as seções compostas
ligadas entre si de forma discreta. Nessa situação, a Figura 1.30(c) Figura 1.30(d)
barra composta será dimensionada como barra de Figura 1.30 - Composição de tubos de seção circular
baixo nível de tensão residual, e sendo, portanto,
adotado o fator de redução de barras comprimidas Outra associação muita empregada que conduz
prescrito pela ABNT NBR 16239:2013. a resultados vantajosos é a de tubos preenchidos
com concreto, conhecidos como pilares mistos
29
(Figura 1.31), nos quais o aço e o concreto traba- são constituídos de dois tubos circulares, e na pas-
lham solidariamente para resistir às forças axiais. sarela da Figura 1.32-b cada tirante é constituído
Os pilares mistos podem também conter arma- por um tubo.
duras em seu interior devidamente posicionadas,
que, além de favorecerem a resistência à compres-
são, irão prover melhor resistência ao fogo.

Os pilares mistos serão devidamente abordados


no Capítulo 4 deste livro.

Figura 1.32(a) Edifício garagem - Alemanha

Figura 1.32(b) Passarela Bairro Belvedere - Belo Horizonte, MG


Figura 1.32 - Barras tracionadas

O emprego das seções tubulares em barras fletidas,


especialmente as circulares e quadradas, pode, a
princípio, apresentar certa dificuldade na visualiza-
ção de sua aplicação de forma eficiente, uma vez
que seções abertas, tais como os perfis I, possuem
Figura 1.31 - Pilares mistos inércia bem superior que o tubo equivalente (de
mesma massa), seja ele de seção transversal circular,
Da mesma forma que nas barras comprimidas, quadrada ou retangular.
as seções tubulares são extremamente eficientes
quando tracionadas, uma vez que sua maior rigi- A comparação entre as inércias relativas ao eixo x
dez reduz a possibilidade de vibrações da estrutu- de perfis equivalentes, como a apresentada ante-
ra sob efeito de cargas cíclicas. Seu emprego em riormente, mostra isso. No entanto, não se pode
situações como as apresentadas na Figura 1.32 é perder de vista o fato de que algumas vezes os
muito vantajosa. tubos são usados como vigas de forma vantajosa,
principalmente em decorrência de razões estéticas
Observa-se que no edifício garagem da Figura ou em casos de flexão em torno de ambos seus
1.32-a, os tirantes externos que suportam os pisos eixos principais. Como exemplo de aplicação efi-
30
ciente e econômica dos tubos retangulares pode-se
citar as barras sujeitas a flexão oblíqua, tais como
terças de coberturas como a apresentada na Figura
1.33-a. Observe que tal característica permite a
eliminação das linhas de correntes, simplificando
de forma preponderante o trabalho de montagem
em altura.

A Figura 1.33-b mostra um perfil de seção retangu-


lar na cobertura de um aeroporto. A Figura 1.33-c
ilustra o emprego de tubo de seção circular como
barra fletida de uma passarela. A Figura 1.34 ilus-
tra a utilização de dois tubos de seção transversal
circular unidos, formando vigas da estrutura do Figura 1.34 - Viga tubular circular - Palácio da Abolição - Fortaleza , CE
Palácio da Abolição de Fortaleza.
O tubo empregado como barras de vigas treli-
çadas, onde os esforços de compressão e tração
predominam no dimensionamento, encontra
sua melhor condição de trabalho. Essas treliças
são frequentemente empregadas em estruturas de
grandes vãos, uma vez que, além de leves, propi-
ciam um agradável aspecto de leveza na estrutura,
Figura 1.35.

Figura 1.33 (a) Galpão da Laminação da VSB - Jeceaba, MG


A solução de treliças planas, devido à sua esbeltez,
necessita ter os banzos comprimidos contidos la-
teralmente por meio de contraventamentos (Figu-
ra 1.35-c). Entretanto, essa contenção lateral pode
ser mais espaçada nas obras com seções tubulares,
em função de seu melhor comportamento à com-
pressão. Essa redução de elementos de contenção
lateral das treliças simplifica os trabalhos de fabri-
cação e montagem, uma vez que reduz o número

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


de peças a serem utilizadas nessas operações.
Figura 1.33(b) Aeroporto de Confins - Belo Horizonte, MG

Figura 1.33(c) Shopping Dom Pedro - Campinas, SP


Figura 1.35(a) Vigas Treliçadas da Cobertura Aeroporto
Figura 1.33 - Barras fletidas Guararapes - Recife, PE
31
voltada para o menor comprimento destravado da
treliça, comprimento esse definido como sendo a
distância entre os nós do treliçamento. Observe na
Figura 1.36 que as diagonais comprimidas possuem
diâmetro superior ao das diagonais tracionadas, pro-
movendo assim o aproveitamento do material.

Figura 1.35(b) Vigas Treliçadas em Balanço da Cobertura estádio


Mineirão - Belo Horizonte, MG

Figura 1.36 - Viga treliçada com cordas compostas - Centro


Georges Pompidou - Paris

As treliças multiplanares ou espaciais apresenta-


das nas Figuras 1.37 propiciam uma maior es-
tabilidade lateral e por isso são frequentemente
Figura 1.35(c) Vigas Treliçadas da Cobertura Aciaria VSB - Jeceaba, MG
empregadas sem a necessidade de contenção la-
teral. Isso facilita significativamente o processo
de montagem da estrutura, tanto pela redução de
peças a serem montadas quanto pela facilidade
de movimentação do elemento.

Na Figura 1.37-c pode-se observar a treliça multi-


planar do estádio Independência, com 120 metros
de vão, sendo erguida por dois guindastes, sem ser
necessário cuidados especiais para estabilidade la-
Figura 1.35(d) Vigas Treliçadas Mistas do Prédio da Festa da Uva
teral da peça.
- Caxias do Sul, RS
Figura 1.35 - Vigas treliçadas

Nas treliças planas a composição de tubos também


se aplica. A Figura 1.36 mostra a solução empre-
gada nas treliças do Centro Georges Pompidou,
em Paris, onde o banzo superior comprimido é
constituído por dois tubos de seção circular, afas-
tados por meio de espaçadores. Essa geometria
propiciou maior inércia do conjunto na direção
do maior comprimento destravado, evitando a ne-
cessidade de travamento lateral do banzo compri- Figura 1.37(a) Viga Treliçada Multiplanar de Cobertura - Fábrica
de Luvas da VSB, Jeceaba, MG
mido enquanto a menor inércia do conjunto ficou
32
As vigas treliças tubulares podem também ser em-
pregadas como elemento de suporte de pisos, seja
como vigas treliçadas simples, seja como vigas tre-
liçadas mistas de aço e concreto. Tais elementos
fletidos suportam lajes de pisos e de coberturas,
podendo estas serem pré-moldadas ou maciças de
concreto armado, Figura 1.38.

Figura 1.37(b) Viga Treliçada Multiplanar de Cobertura - Galpão


VBR - Rio das Ostras, RJ

Figura 1.38(a)

Figura 1.37(c) Montagem Viga Treliçada Multiplanar de Cober-


tura - Estádio Independência - Belo Horizonte, MG

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


Figura 1.37(d) Viga Treliçada Multiplanar de Cobertura - Estádio
Independência - Belo Horizonte, MG

Figura 1.38(b)
Figura 1.38 - Sistema de vigas treliçadas mistas
Sede Vallourec - Belo Horizonte, MG
Figura 1.37(e) Fábrica de luvas da VSB, Jeceaba, MG
Figura 1.37 - Vigas treliçadas multiplanares
33
Quando empregadas para suportar lajes maciças
de concreto armado, podem trabalhar como mis-
tas onde o banzo superior trabalhará solidariamen-
te com a laje de concreto, resistindo aos esforços
de compressão, advindos da flexão. Nesse caso, os
conectores de cisalhamento são os elementos res-
ponsáveis por essa união e transmissão dos esforços,
Figura 1.39-c. Essa solução é muito interessante e
econômica para edifícios. Podem dispensar esco-
ramentos quando dimensionadas para suportar
as cargas da fase construtiva, Figura 1.39-a. Fica
evidente nas imagens a facilidade introduzida no
processo construtivo por ter dispensado qualquer Figura 1.39(b) Sistema de vigas treliçadas mistas - laje painel pré-
moldado - Sede Vallourec - Belo Horizonte, MG
escoramento. É também possível serem utilizados
painéis de concreto pré-moldados como pré-laje,
os quais servem como forma da laje maciça e após
concretagem, estarão incorporados à laje, fazendo
parte efetiva da mesma, Figura 1.39-b, ou decks
metálicos conhecidos como “steel deck” para a
confecção da laje fundida in loco. A limpeza da
obra é outro fator que deve ser destacado, possi-
bilitando trabalhos sem interferências e gerando
maior agilidade no processo construtivo.

A Figura 1.39-e dá uma visão final da obra, onde


se destacam os grandes vãos obtidos pela solução
Figura 1.39(c) Sistema de vigas treliçadas mistas - Conector de
tubular mista, propiciando flexibilidade aos am- cisalhamento “U” - Sede Vallourec - Belo Horizonte, MG
bientes. Os espaços no centro da treliça, entre suas
diagonais, foram utilizados para a passagem de du-
tos de utilidades, facilitando as instalações da edi-
ficação.

Figura 1.39(d) Sistema de vigas treliçadas mistas - Vista inferior


da laje - Sede Vallourec - Belo Horizonte, MG

Figura 1.39(a) Sistema de vigas treliçadas mistas - construção sem


escoramento - Sede Vallourec - Belo Horizonte, MG

34
Diversas outras soluções criativas podem ser em-
pregadas na flexão, como o ilustrado na Figura
1.41 da estrutura mista do piso do edifício gara-
gem. A flexão nessa solução é combatida pelo bi-
nário formado pela laje de concreto trabalhando
como mesa comprimida e pela barra de seção cir-
cular tubular trabalhando como mesa tracionada.
Esses elementos estão ligados entre si por intermé-
dio de consoles soldados nos tubos e conectados à
laje por meio de conectores de cisalhamento, for-
mando a seção mista, conforme apresentado na
Figura 1.39(e) Vista interna da obra em fase final Figura 1.41.
Sede Vallourec - Belo Horizonte, MG

Figura 1.39 - Treliça mista em sistema de piso com laje painel

A simplicidade para futuras modificações no


layout e o aspecto moderno inerente à solução
foram destaque para a arquitetura e para os em-
preendedores.

A viga mista executada com dois tubos circulares


unidos por chapa, empregada na obra do vestiário
da Vallourec, Figura 1.40, é outra opção constru- Figura 1.41 - viga mista executada com tubo circular e conectores
de cisalhamento soldados no console
tiva que conduz a baixo peso estrutural.
Nos casos das barras submetidas a momento fletor
e força axial, utilizados em pilares e vigas de um
sistema estrutural, a opção por treliças é certamen-
te uma solução eficiente e leve, o que certamen-
te conduz a soluções econômicas. A Figura 1.42
apresenta esse tipo de solução, onde os caminhos
de rolamento são suportados por pilares treliçados.
Na Figura 1.42-a os pilares treliçados da estrutura
possuem banzos constituídos por um único tubo.

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


Na Figura 1.42-b uma composição de quatro tubos
formam os banzos dos pilares treliçados.

Figura 1.40 - Viga mista tubular - Vestiário Vallourec


- Belo Horizonte, MG
Figura 1.42(a) Galpão Industrial Vallourec - Rio das Ostras, RJ
35
1.3 - AÇOS ESTRUTURAIS
O aço produzido para a fabricação dos tubos sem
costura ou para a fabricação das chapas é geral-
mente proveniente da redução do minério de
ferro nos altos-fornos, os quais são carregados ba-
sicamente com minério de ferro, carvão e calcá-
rio. Outros processos menos frequentes como os
que utilizam sucatas em fornos elétricos não serão
mencionados. A queima do carvão no interior do
Figura 1.42(b) Galpão Industrial VSB - Jeceaba, MG alto-forno, onde em sua parte inferior é injetado
ar quente, produz calor e monóxido de carbono
Figura 1.42 - Pilares flexocomprimidos
que reduzem o óxido de ferro a ferro líquido com
Outra solução adotada para as barras submetidas alto teor de carbono e impurezas, Figura 1.44.
a momento fletor e força axial é o sistema “Vie-
rendeel”, como o apresentado na Figura 1.43. Os
pilares foram constituídos por tubos de seção re-
tangular formando quadros rígidos. Essa é tam-
bém uma boa solução que tem como característica
o aspecto com menos interferências visuais.

Figura 1.44 - Corrida do alto-forno

O calcário converte o pó do carvão e os minerais


terrosos existentes no minério em escória. O pro-
duto final do alto-forno é denominado ferro-gusa
ou ferro fundido, o qual é transportado ainda em
Figura 1.43 - Galpão industrial em Dusseldorf - Alemanha estado líquido até a aciaria, através de carros torpe-
dos, onde o gusa será refinado em equipamentos
denominados conversores de oxigênio, transfor-
mando-se em aço, Figura 1.45. Esse refinamento
consiste em remover o excesso de carbono e redu-
zir as impurezas a limites prefixados, através da in-
jeção de oxigênio dentro da massa líquida de ferro
fundido. O oxigênio injetado retira o carbono na
forma de monóxido de carbono (CO) e dióxido
de carbono (CO2). O aço é analisado e nessa fase
são feitos ajustes em sua composição química até
se obter a composição desejada.

36
te, em um processo denominado lingotamen-
to contínuo, formando barras maciças de seção
transversal retangular ou circular, as quais são cor-
tadas por maçarico nas dimensões desejadas, Fi-
gura 1.46. Cada bloco é identificado pelo número
da corrida do aço.

Figura 1.45(a) Carro torpedo


Figura 1.46(a) Lingotamento contínuo

Figura 1.45(b) Aciaria

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


Figura 1.45 - Processo de produção do aço Figura 1.46(b) Corte do lingote por maçarico

Gases existentes no aço líquido, absorvidos da at-


mosfera e da escória podem, no resfriamento da
massa líquida, formar vazios indesejáveis no aço.
Para se minimizar esse problema, os aços, agora
em panelas, recebem a adição de elementos como
o alumínio e o silício, os quais promovem a deso-
xidação do aço.

Das panelas, o aço é depositado em formas me-


tálicas denominadas lingoteiras, onde irá se soli-
dificar formando os lingotes ou blocos que serão
Figura 1.46(c) Barras maciças de aço de seção circular
a matéria-prima das laminações. Nas usinas mais
modernas os lingotes são moldados continuamen- Figura 1.46 - Lingotamento contínuo
37
O processo de produção do aço, até a confecção Os aços-carbono são os mais comuns, possuem
dos blocos, é o mesmo, seja para a fabricação boa soldabilidade e normalmente possuem carbo-
de tubos sem costura, seja para a produção de no equivalente de no máximo 0,45%. O aumento
chapas de aço. do teor de carbono eleva a resistência e a dure-
za do aço, e reduz sua ductilidade, tornando-o
Define-se aço como sendo uma liga à base de fer- mais quebradiço e com considerável piora em sua
ro, com até cerca de 2% de carbono (a partir desse soldabilidade. Como exemplos de aço-carbono
valor a liga é denominada ferro fundido) que pos- para chapas podem ser citados o ASTM A-36 e
sui também em sua composição outros elementos o ASTM A-570 e para tubos laminados, os aços
provenientes das matérias-primas usadas na sua ASTM A500 e ASTM A501, assim como aços
fabricação (elementos contaminantes do aço) que com designação comercial, como os VMB250,
não puderam ser completamente eliminados e VMB300 e VMB350 produzidos pela Vallourec
elementos de liga, adicionados intencionalmente Tubos do Brasil S.A., entre outros.
durante a fabricação do aço, para otimização das
suas propriedades ou do processo produtivo. Os aços de baixa liga nada mais são que os aços-
carbono com adição de pequenas quantidades de
Entre os elementos que compõem o aço, o carbono elementos de liga, tais como nióbio, cobre, man-
é o elemento que exerce maior influência nas suas ganês, cromo, molibdênio e vanádio, entre outros.
propriedades. Também são frequentemente encon- A adição de ligas provoca a alteração da microes-
trados na composição dos aços elementos como o trutura para grãos finos, provocando um aumento
silício, enxofre, manganês, fósforo e outros (o enxo- de resistência. Pode-se obter uma resistência eleva-
fre e fósforo normalmente são elementos residuais da com um teor de carbono da ordem de 0,20% e
ou contaminantes, só sendo adicionados em algu- boa soldabilidade. Como exemplo desses aços po-
mas aplicações quando se busca melhoria da usina- dem ser citados para chapas os aços ASTM A 572
bilidade do aço). e ASTM A 441 e para tubos laminados os aços
Os aços estruturais combinam resistência me- ASTM A 595/A 595M, ASTM A 618/A 618M,
cânica, trabalhabilidade, disponibilidade e baixo ASTM A 714 e ASTM A 847 entre outros.
custo, sendo por isso um material de fundamental Os aços de baixa liga podem ser patináveis. Esses
importância para a construção civil. As principais aços com pequena variação na sua composição
características que o aço estrutural deve possuir química, através da adição de alguns componen-
para adequada aplicação são: boa ductibilidade tes como o vanádio, cromo, cobre, níquel e alu-
(capacidade de se deformar plasticamente antes mínio, têm sua resistência à corrosão atmosférica
de romper); elevada relação entre a resistência à aumentada de duas a quatro vezes. Como exem-
ruptura e a resistência ao escoamento (mínima plo desses aços pode-se citar para chapas o aço
de 1,18); boa soldabilidade (caracterizada por ASTM A588, e para tubos laminados a quente, o
possuir carbono equivalente Ceq não superior a aço ASTM A 847, dentre outros.
0,45%, conforme será apresentado posteriormen-
te) e possibilitar o corte por chama sem endureci- As normas especificam a composição química a
mento. Normalmente possuem teor de carbono ser adotada na fabricação dos aços e consequen-
inferior a 0,3%. temente definem suas propriedades mecânicas
como a resistência ao escoamento (fy), a resistên-
Os aços estruturais são normalmente classificados cia à ruptura (fu) e o alongamento percentual. Os
como aços-carbono não ligados ou aços de baixa certificados de inspeção de matéria-prima devem
liga ou microligados. acompanhar o produto produzido pela siderúrgi-
ca. Veja exemplos nas Figuras 1.47 e 1.48

38
Figura 1.47 - Parte do Certificado de Inspeção de Matéria-Prima - Tubo

Figura 1.48 - Parte do Certificado de Inspeção de Matéria-Prima - Chapa

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


Os principais elementos químicos de liga utiliza- aços estruturais é limitado a 0,3% ou menos,
dos na composição dos aços e as suas principais dependendo dos outros elementos presentes e
influências no aço estrutural são descritas a seguir, da soldabilidade e tenacidade desejadas;
ressaltando-se que a combinação de mais de um
• cobre (Cu) - aumenta, de forma eficaz, a resis-
elemento pode alterar o efeito de um elemento
isolado: tência à corrosão atmosférica do aço para adi-
ções de até 0,35%. Aumenta também a resis-
• carbono (C) - é o principal elemento para o tência à fadiga. Reduz pouco a soldabilidade, a
aumento de resistência e dureza do aço. Nor- ductilidade e a tenacidade;
malmente o acréscimo de 0,01% do teor de
• silício (Si) - é um desoxidante (a desoxidação
carbono conduz a um acréscimo de 0,35 MPa
na resistência ao escoamento, porém esse ganho tem por objetivo eliminar todo ou parte do oxi-
de resistência é acompanhado por uma redução gênio, dependendo da estrutura que se deseja ob-
da ductilidade, da tenacidade e da soldabilida- ter para o aço). Propicia o aumento da resistên-
de. Consequentemente, o teor de carbono dos cia à tração e a temperabilidade (a têmpera tem
39
como objetivo a obtenção de uma microestrutu- aumenta a resistência à deformação lenta. Aços
ra que proporcione propriedades de dureza e re- com adição de cromo são menos suscetíveis à re-
sistência mecânica elevadas - a peça a ser tempe- dução da resistência em temperaturas elevadas;
rada é aquecida e em seguida é submetida a um
resfriamento brusco); • molibdênio (Mo) - aumenta a resistência me-
cânica a quente, a resistência à corrosão e a tem-
• enxofre (S) - aumenta a fragilidade a quente do perabilidade. Diminui a fragilidade dos aços re-
aço. Teores elevados de enxofre podem causar venidos (O revenimento consiste em reaquecer
porosidade e fissuração a quente durante a sol- o aço temperado a temperaturas inferiores à
dagem. Podem causar retração a quente, como de transformação austenítica e resfriá-lo até a
resultado de inclusões de sulfito de ferro, as temperatura ambiente ao ar livre - aumenta a
quais se enfraquecem e podem romper quan- ductilidade do aço);
do aquecidas. Essas inclusões podem conduzir
à ruptura frágil, uma vez que funcionam como • níquel (Ni) - aumenta a resistência dos aços re-
pontos de concentração de tensões, a partir dos cozidos a tenacidade em temperaturas criogêni-
quais a ruptura pode se iniciar. É conveniente cas (criogenia é um ramo da físico-química que
que o teor de enxofre esteja abaixo de 0,05%; estuda tecnologias para a produção de tempe-
raturas muito baixas - abaixo de −150°C). Pro-
• manganês (Mn) - também é um desoxidante. move o refinamento de grão via aumento da
Aumenta a temperabilidade e a dureza. Con- temperabilidade;
trabalanceia a fragilidade a quente propiciada
pelo enxofre; • titânio (Ti) - reduz a dureza martensítica
(nome dado a um arranjo atômico do ferro) e a
• fósforo (P) - aumenta a fragilidade a frio do temperabilidade de aços médio Cr. Auxilia no
aço, porém favorece a usinabilidade. Aumenta controle de grãos a altas temperaturas;
as resistências ao escoamento e à ruptura e a
resistência à fadiga e reduz a soldabilidade. A • vanádio (V) - eleva a temperatura de cres-
adição de alumínio aumenta a tenacidade (ca- cimento do grão austenítico, promove o refi-
pacidade de suportar tensões ocasionais acima namento de grão, aumenta a temperabilidade
da tensão de escoamento sem se fraturar) dos (quando dissolvido), resiste ao revenido e pro-
aços que contêm fósforo; voca acentuado endurecimento secundário;

• alumínio (Al) - é um desoxidante eficiente no • nióbio (Nb) - quando empregado em pequenas


processo de fabricação do aço e auxilia no re- quantidades produz significativo aumento da
fino dos grãos. Quando adicionado a um aço resistência ao escoamento do aço, mas aumen-
acalmado com silício (aço acalmado é desoxi- tos menores da resistência à ruptura. Auxilia no
dado de tal modo que o desprendimento de controle do refino dos grãos a altas temperatu-
gás é evitado durante a solidificação), reduz a ras. Reduz de forma considerável a tenacidade
temperatura de transição e aumenta a tenacida- de elementos espessos.
de. Adições excessivas de alumínio dificultam O conhecimento das principais propriedades dos
a obtenção do grau de acabamento superficial aços estruturais tais como suas características de
desejado nos produtos laminados; elasticidade e inelasticidade, fadiga e fratura é de
• cromo (Cr) - aumenta a resistência à corrosão fundamental importância, sendo o diagrama ten-
atmosférica e a resistência mecânica à abrasão, são x deformação obtido do simples ensaio de tra-
além de auxiliar no refino dos grãos via aumen- ção, uma valiosa ferramenta para tal.
to da temperabilidade. Piora a soldabilidade e

40
O ensaio de tração consiste em submeter, através
de uma máquina de ensaio de tração, um dado
corpo de prova, de forma e dimensões padroni-
zadas, retirado do material a ser analisado, Figura
1.49, a um esforço uniaxial que tende a esticá-lo
ou alongá-lo, até a sua ruptura. As tensões apli-
cadas e respectivas deformações são registradas, a
cada estágio de carga aplicada, gerando o diagra-
ma tensão x deformação.

Figura 1.50(a) Esquema de máquina de ensaio


Figura 1.49(a) Corpo de Prova

Figura 1.49(b) Retirada de corpos de provas em tubos

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


Figura 1.49 - Retirada de corpo de prova

A máquina de tração, Figuras 1.50 e 1.51, dispõe


de dois dispositivos, dinamômetro e extensôme-
tro, os quais medem, respectivamente, a cada es- Figura 1.50(b) Foto máquina de ensaio
tágio de carga aplicada, a intensidade da carga e o
Figura 1.50 - Máquina de ensaio de tração
alongamento Dℓ, de um trecho de comprimento
inicial ℓ0 de referência.

41
Quando uma barra de aço é tracionada, sua seção
transversal diminui, Figura 1.52. Dessa forma, a
tensão real em cada estágio de carregamento é obti-
da dividindo-se a carga no estágio de carregamento
pela área da seção transversal naquele estágio. De
forma simplificada, define-se como sendo tensão
convencional a obtida pela razão entre a carga apli-
cada pela área inicial da seção transversal.
• Tensão convencional:
σ0 = P A0 (1.1)

onde:
σ0 = Tensão convencional
P = Carga aplicada
A0 = Área inicial do corpo de prova

e tensão verdadeira como a obtida pela razão


entre a carga aplicada e a área instantânea do
corpo de prova
• Tensão verdadeira:
Figura 1.51 - Detalhes do ensaio de tração
σi = P Ai (1.2)

onde:
σi = Tensão verdadeira
P = Carga aplicada
Ai = Área instantânea do corpo de prova

A deformação convencional ε é calculada em fun-


ção do comprimento inicial do corpo de prova ℓ0.
• Deformação convencional:

ℇ =(ℓ𝓁𝓁i - ℓ𝓁𝓁0 )/ℓ𝓁𝓁0 (1.3)

onde:
ℇ = Deformação convencional
ℓ𝓁𝓁0 = Comprimento inicial do corpo de prova
Figura 1.52 - Estricção e ruptura do corpo de prova ℓ𝓁𝓁i = Comprimento instantâneo do corpo
de prova
42
e a deformação verdadeira é calculada como a seguir: A parte inicial da curva típica tensão x deformação
de um aço estrutural é praticamente linear e cor-
• Deformação verdadeira: responde ao regime elástico (lei de Hooke), válido
εi = ℓn (ℓi - ℓ0 ) (1.4)
até determinada tensão. A tangente à curva tensão
x deformação desse trecho do diagrama é defini-
onde: da como sendo o módulo de elasticidade longi-
tudinal “E” do aço que, para os aços estruturais,
εi = Deformação verdadeira as normas brasileiras definem o valor de 200.000
MPa.
ℓ0 = Comprimento inicial do corpo de prova
Define-se como Elasticidade do aço a capacidade
ℓi = Comprimento instantâneo do corpo de prova
que possui de retornar à sua forma original, após su-
Dispondo no eixo das abscissas os valores dos cessivos ciclos de carregamento e descarregamento.
alongamentos unitários ε e no eixo das ordenadas A deformação elástica (regime elástico) é reversível,
os valores das tensões convencionais 𝜎𝜎!,   tem-se ou seja, desaparece quando a tensão é removida.
um diagrama tensão x deformação que representa
Após o regime elástico, o aço apresenta uma pro-
o comportamento do aço sob ação de cargas está-
priedade conhecida como escoamento, que se ca-
ticas, Figura 1.53.
racteriza pelo aumento das deformações com uma
tensão praticamente constante. A tensão que pro-
σ
voca o escoamento é conhecida como resistência
resistência à
ruptura - fu ao escoamento (fy) do aço. A resistência ao escoa-
resistência ao
mento é a mais importante propriedade dos aços
escoamento - fy patamar de estruturais e, para esses, seus valores mínimos são
escoamento
definidos pelas normas dos aços, variando nor-
Limite de malmente entre 250 a 450 MPa.
propocionali-
dade - fp
εn εy εS εt εu
A fase onde o aço deforma-se sem mudança apre-
ε ciável na tensão é conhecida como fase plástica.
regime regime rup-
elástico plástico encruamento tura Nessa fase escoamentos localizados ocorrem em
linear
diversas regiões do aço até que esses pontos en-
Figura 1.53(a) Representação gráfica do ensaio cruam. Outras seções começam sequencialmente
a escoar até que todas as seções elásticas se esgo-

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


tem totalmente, com deformações que variam de
quatro a dez vezes a deformação elástica. A partir
desse ponto a tensão começa a aumentar e um en-
cruamento geral ocorre.

No encruamento o material apresenta acréscimo


de tensões, porém, geralmente, tal acréscimo não
é considerado no cálculo, uma vez que ocorre após
grandes deformações. Durante a fase de encrua-
mento praticamente não há redução local na área
Figura 1.53(b) Diagrama obtido pela máquina de ensaio
da seção transversal do corpo de prova, até que a
Figura 1.53 - Diagrama de tensão x deformação carga máxima seja atingida. Nessa fase, o corpo de
prova experimenta então uma estricção local, co-
nhecida por “estrangulamento do corpo de prova”.
A tensão correspondente, baseada na área original
43
do corpo de prova, é denominada resistência à tensão de cisalhamento t x distorção g, ver Figura 1.55.
ruptura do aço à tração (fu) e também pode ser
observada no diagrama tensão x deformação.

Existem também aços que não possuem o pata-


mar de escoamento bem definido, tais como o
aço carbono tratado termicamente utilizado na
fabricação dos parafusos de alta resistência ASTM
A325 e o aço de baixa liga, também tratado ter-
micamente, utilizado na fabricação do parafuso
ASTM A490, os quais possuem diagrama tensão
x deformação similar ao apresentado na Figura
1.54. Esses aços sofrem tratamento térmico cujo
Figura 1.55 - Diagrama de tensão cisalhamento x distorção
principal objetivo é o aumento de sua resistência.

A resistência ao escoamento por cisalhamento


fvy, obtida através de ensaios de cisalhamento, é
proporcional à resistência ao escoamento fy. Expe-
rimentalmente obtém-se a relação:

fvy ≈0,6fy  
(1.5)

A inclinação do diagrama t x g é denominada mó-


dulo de elasticidade transversal do aço “G”. No
regime elástico o valor de G é dado por:

Figura 1.54 - Diagrama de tensão x deformação de aço sem


E
patamar de escoamento G= (1.6)
2 1+ν
Para esses aços, após o regime elástico, o descarre-
gamento de um ensaio de tração ocorre segundo onde ν é o coeficiente de Poisson do aço (coefi-
uma reta paralela à curva de carregamento (mes- ciente de deformação transversal do aço) igual a
mo módulo de elasticidade E) no diagrama tensão 0,3. Dessa forma, o valor do módulo de elastici-
x deformação, resultando assim em uma deforma- dade transversal do aço foi adotado pelas normas
ção residual permanente. nacionais como igual a 77000 MPa.

Nos aços cujo patamar de escoamento não é bem A ductilidade é a propriedade que o aço possui de
definido, denomina-se limite de escoamento con- se deformar plasticamente, sem sofrer fraturas. Os
vencional à tensão correspondente a uma defor- aços dúcteis, sob tensões locais elevadas, sofrem
mação residual permanente de 0,2% (fy0,2). deformações plásticas capazes de redistribuir essas
tensões. Tal propriedade conduz à ocorrência de
A tensão correspondente ao regime elástico, onde um mecanismo de falha, o qual é acompanhado
o material segue a lei de Hooke, é denominada de de grandes deformações. Em ligações parafusadas,
limite de proporcionalidade ou de elasticidade o comportamento plástico propicia a distribuição
do aço (fel). uniforme de esforços nos parafusos.
Semelhante ao ensaio de tração, através do ensaio O alongamento percentual é uma medida con-
de cisalhamento simples, obtém-se o diagrama de vencional da ductilidade obtida no ensaio de
44
tração e avaliada após a ruptura, com o compri-
mento final do corpo de prova. É expressa em per-
centagem e seu valor é informado nos certificados
de qualidade dos aços estruturais.

A% = (ℓf - ℓ0 )/ℓ0
(1.7) Figura 1.57(a)
onde:

A% = Alongamento percentual

ℓ0 = Comprimento inicial do corpo de prova

ℓf = Comprimento final do corpo de prova

O contrário da ductilidade é a Fragilidade. Os


materiais frágeis ou quebradiços quebram com
valores relativamente baixos de deformações, Fi-
gura 1.56. O concreto, o vidro e o ferro fundido
Figura 1.57(b)
são exemplos de materiais frágeis. Esses materiais
rompem de forma brusca, sem grandes deforma- Figura 1.57 - Ensaio de Charpy
ções, razão pela qual seu comportamento deve
ser bem conhecido. Em algumas circunstâncias, Avalia-se, nesse ensaio, a energia necessária para
por ação de agentes externos, os aços podem se romper os corpos entalhados a diferentes tem-
transformar em material frágil. Como exemplos peraturas. O ensaio consiste em soltar uma mas-
de agentes externos, podem ser citados a baixa tem- sa (martelo) de uma altura h, de maneira a bater
peratura ambiente e os efeitos térmicos locais pro- no corpo de prova e provocar o rompimento do
vocados por soldas, efeito de encruamento, etc. mesmo. Registra-se, então, a altura atingida pelo
pêndulo após a fratura e a energia absorvida será
fornecida pela máquina Charpy. Esses ensaios só
são solicitados quando as condições de serviço da
estrutura exigirem, como, por exemplo, estruturas
que irão trabalhar em baixa temperatura com carre-

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


gamentos cíclicos, tais como guindastes de navios.

Denomina-se Tenacidade à capacidade de um


material absorver energia, quando deformado
plasticamente, ou seja, é a capacidade de supor-
tar tensões ocasionais acima da resistência ao
Figura 1.56 - Diagrama de tensão x deformação típico de material frágil
escoamento sem fraturar. Em outras palavras, é
a capacidade de um material resistir a tensões
O ensaio de impacto Charpy, Figura 1.57, é empre- ocasionais sem se romper por fratura frágil. A te-
gado na avaliação da tendência à fratura frágil de nacidade também pode ser definida como a área
metais. Neste, submete-se um corpo de prova com sob a curva tensão x deformação correspondente
forma e dimensões padronizadas, no qual é efetua- ao regime plástico.
do um entalhe, a um esforço de flexão por impacto.
A Resiliência é a quantidade de energia elástica
que pode ser absorvida, quando o aço é deformado
45
elasticamente. Pode ser definida como a área sob É importante observar que a Norma brasileira
a curva tensão x deformação correspondente ao que estabelece os requisitos básicos que devem
regime elástico. ser obedecidos no projeto de estruturas de aço,
ABNT NBR 8800:2008, limita o valor da resis-
A resistência que um material oferece ao ser pun- tência ao escoamento máximo (fy) em 450 MPa e
cionado por outro corpo, de forma e dimensões ainda determina que a relação entre resistência à
apropriadas, denominado penetrador, causando- ruptura (fu) e ao escoamento (fy) deve ser igual ou
lhe deformação plástica localizada é denominada superior a 1,18.
Dureza. Nesse ensaio, a velocidade de aplicação
da carga é pequena e por isso o ensaio é dito está-
fu
tico. Os métodos mais frequentemente utilizados fy ≤ 450 MPa e ≥1,18
são o Brinell, Rockwell, Vickers e Knoop. Esses fy
se distinguem basicamente pela forma do pene-
trador, tempo de aplicação da carga e forma de As propriedades mecânicas dos aços estruturais que
determinar o valor da dureza no regime plástico. devem ser consideradas para fins de cálculo são as a
seguir relacionadas, conforme as normas nacionais:
Uma das principais características que os aços es-
truturais devem atender é quanto ao requisito de • massa específica
boa soldabilidade. Essa característica é função da pa= 7.850 kg/m3;
composição química do aço e uma das formas de
se avaliar esse quesito é através da determinação • módulo de elasticidade
da porcentagem de carbono equivalente do aço, E = Ea = 200.000 MPa;
onde a influência relativa de cada elemento quí-
mico que compõe o aço é expressa em termos de • coeficiente de Poisson
carbono equivalente, conforme a seguir: ν = 0,3;

Mn Cr+Mo+V Ni+Cu
• módulo de elasticidade transversal
%Ceq =% C+ + +   (1.8) G = 77.000 MPa;
6 5 15

• coeficiente de dilatação térmica


Nessa expressão, o teor de cada elemento é expres- βa = 1,2 × 10-5 oC-1.
so em porcentagem sendo que, quanto maior for
o carbono equivalente, pior é a soldabilidade do Para os tubos estruturais sem costura, produzi-
aço. Aços com carbonos equivalentes inferiores dos por laminação a quente, cujo aço é fabricado
a 0,45% são os mais recomendados. Aços com para a produção dos lingotes (barras) circulares
alto carbono e/ou carbono equivalente mais al- maciços, Figura 1.58, que serão laminados, estes
tos tendem a ter pior soldabilidade, requerendo devem atender às normas específicas de fabrica-
condições especiais para execução da solda, tais ção de tubos, tais como a ASTM A501, entre
como necessidade de préaquecimento da peça a outros, as quais fornecem a composição química
ser soldada e/ou controle do resfriamento da sol- dos aços, suas resistências mínimas ao escoamen-
da, de modo a torná-lo mais lento para diminuir to (fy) e à ruptura (fu).
a possibilidade de trincas na solda (trinca por hi-
drogênio); além disto, as propriedades mecânicas
da junta soldada de aços de alto carbono e/ou car-
bono equivalente tendem a ser piores (tendência
de ter dureza mais alta, com consequente maior
fragilidade e pior tenacidade).

46
Já os tubos estruturais com costura, os quais são
produzidos a partir de chapas conformadas e sub-
sequentemente soldadas, para atender às especifica-
ções de fabricação de tubos, deverão ser produzidos
com chapas que atendam às prescrições das nor-
mas específicas de fabricação de tubos com costura,
tais como a ASTM A500, entre outras.

É importante destacar que a norma ASTM A501


é aplicável a tubos com ou sem costura, confor-
mados a quente ou tratados termicamente.

As Tabelas 1.4 apresentam as especificações


normativas dos aços estruturais mais frequente-
mente utilizados em estruturas tubulares, suas
propriedades mecânicas e as principais caracte-
rísticas dimensionais.

Figura 1.58(a) Lingotes circulares no leito de resfriamento

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares

Figura 1.58(b) Lingotes estocados para posterior laminação

Figura 1.58 - Lingotes de seção transversal circular

47
Tabela 1.4(a) Especificações dos aços para tubos estruturais

Resistência ao es- Resistência


Espessura à ruptura do
Norma Título Grau coamento (fy) aço à tração (fu/fy)
(mm) (MPa) (MPa)
STANDARD SPECIFICATION A - 205 330 1,61
ASTM FOR PIPE, STEEL, BLACK AND
A53 HOT -DIPPED, ZINC-COATED, B - 240 415 1,73
WELDED AND SEAMLESS
STANDARD SPECIFICATION A - 205 330 1,61
ASTM FOR SEAMLESS CARBON STEEL B - 240 415 1,73
A106 PIPE FOR HIGH-TEMPERATURE
SERVICE C - 275 485 1,76
A - 230 310 1,35

Circular
B - 290 400 1,38
STANDARD SPECIFICATION C - 315 425 1,35
ASTM FOR COLD-FORMED WELDED
A500 AND SEAMLESS CARBON STEEL D - 250 400 1,60
STRUCTURAL TUBING IN
ROUNDS AND SHAPES B - 315 400 1,27

Perfiladas
Outras
Seções C - 345 425 1,23
D - 250 400 1,60
STANDARD SPECIFICATION A - 250 400 1,60
ASTM FOR HOT-FORMED WELDED
A501 AND SEAMLESS CARBON STEEL B - 345 483 1,40
STRUCTURAL TUBING

ASTM STANDARD SPECIFICATION FOR


A 595/A STELL TUBE, LOW-CARBON OR A - 380 450 1,18
595M HIGH-STRENGTH LOW-ALLOY,
TAPERED FOR STRUCTURAL USE
Ia, Ib e II ≤ 19 345 485 1,41
19 < t ≤ 38 315 460 1,46
STANDARD SPECIFICATION
ASTM FOR HOT-FORMED WELD- Para o Grau II, quando o material for normalizado, as resistências mínimas ao escoamen-
A618/ ED AND SEAMLESS HIGH- to e à ruptura requeridos devem ser reduzidas de 35 Mpa.
A618M STRENGTH LOW-ALLOY Os aços Graus Ia e Ib são patináveis e podem, quando apropriadamente expostos à
STRUCTURAL TUBING atmosfera, serem usados sem pintura em várias aplicações.
III - 345 450 1,30

Espes- Resistência ao Resistência à


escoamento (fy) ruptura do aço
Norma Título Grau sura à tração (fu) (fu/fy)
(mm) (MPa) (MPa)
I e II - 345 485 1,41
III - 345 450 1,30
IV - 250 400 1,60
Os aços Classe IV são patináveis e podem, quando apropriadamente
STANDARD SPECIFICATION FOR expostos à atmosfera, serem usados sem pintura em várias aplicações.
ASTM A HIGH-STRENGTH LOW ALLOY V (Tipo F) - 275 380 1,38
714 WELDED AND SEAMLESS STELL
PIPE V e VI
(Tipo E e S) - 315 450 1,43

VII ≤ 12,5 310 450 1,45


(Tipo E e S)
VIII - 345 485 1,41
(Tipo E e S)
STANDARD SPECIFICATION FOR
ASTM COLD-FORMED WELDED AND
A847/ SEAMLESS HIGH-SRENGTH, - - 345 485 1,41
LOW-ALLOY STRUCTURAL TUBING
A847M WITH IMPROVED ATMOSPHERIC
48 CORROSIN RESISTANCE
Tabela 1.4(b) Especificações dos aços em tubos estruturais

Resistência Resistência à
Espessura ao escoa- ruptura do aço
Norma Título Grau (mm) mento (fy) à tração (fu) (fu/fy)
(MPa) (MPa)

t≤3 235 1,53


3 < t ≤ 16 235 1,53
16 < t ≤ 40 225 1,60
360-510
S235JRH 40 < t ≤ 63 215 1,67
63 < t ≤ 80 215 1,67
80 < t ≤ 100 215 1,67
100 < t ≤ 120 195 350-500 1,85
t≤3 275 430-580 1,56
STANDARD SPECIFICATION FOR HOT 3 < t ≤ 16 275 1,49
FINISHED STRUCTURAL HOLLOW 16 < t ≤ 40 265 1,55
SECTIONS OF NON-ALLOY AND FINE
GRAIN STEELS. S275J0H 40 < t ≤ 63 255 410-560 1,61
EN10210 PART 1 : TECHNICAL DELIVERY CON- S275J2H
DITIONS 63 < t ≤ 80 245 1,67
PART 2: TOLERANCE, DIMENSIONS
AND SECTIONAL PROPERTIES. 80 < t ≤ 100 235 1,74
100 < t ≤ 120 225 400-540 1,78
t≤3 355 510-680 1,44
3 < t ≤ 16 355 1,32
16 < t ≤ 40 345 1,36
S355J0H
S355J2H 40 < t ≤ 63 335 470-630 1,40
S355K2H
63 < t ≤ 80 325 1,45
80 < t ≤ 100 315 1,49
100 < t ≤ 120 295 450-600 1,53
t<3 235 1,53
S235JRH 3 ≤ t ≤ 16 235 360-510 1,53
STANDARD SPECIFICATION FOR 16 < t ≤ 40 225 1,60
COLD FORMED WELDED STANDARD
SPECIFICATION FOR STRUCTURAL t<3 275 430-580 1,56
EN10219 HOLLOW SECTIONS OF NON-ALLOY S275J0H 3 ≤ t ≤ 16 275 1,49
AND FINE GRAIN STEELS - PART 1: S275J2H

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


410-560
TECHNICAL DELIVERY CONDITIONS 16 < t ≤ 40 265 1,55
PART 2: TOLERANCE, DIMENSIONS
AND SECTIONAL PROPERTIES. t<3 355 510-680 1,44
S355J0H
S355J2H 3 ≤ t ≤ 16 355 1,32
S355K2H 470-630
16 < t ≤ 40 345 1,36

49
europeias anteriormente mencionadas limitam os
1.4 - PROPRIEDADES raios de canto das seções retangulares em função
GEOMÉTRICAS DAS SEÇÕES da espessura da sua parede, conforme segue:
TUBULARES
Tubos estruturais cuja forma final é
As principais expressões empregadas para o cálcu- obtida por processo a quente:
lo das propriedades geométricas das seções tubu-
lares circulares e retangulares (as seções quadradas • Raio de canto externo máximo (re ):
são um caso particular das retangulares), para fins 3,0 t
de projetos estruturais, são apresentadas a seguir.
Para fins de cálculo das propriedades geométricas
As normas europeias EN10210-2 para tubos la- são adotados os seguintes valores para os raios de
minados a quente e a norma EN10219-2 para canto:
tubos conformados a frio apresentam as seguin-
• Raio de canto externo (re )
tes limitações de espessura de parede e dimensões
re = 1,5 t
máximas externas da seção transversal:
• Raio de canto interno (ri )
Tubos estruturais cuja forma final é obtida por
ri = 1,0 t
processo a quente:
Tubos estruturais cuja forma final é
• Espessura máxima de parede (t)
obtida por conformação a frio:
t ≤ 120 mm
• Raio de canto externo (re ):
• Seção circular - dimensão externa máxima

d ≤ 2.500 mm
Para t ≤ 6,3 mm
• Seção retangular - dimensões externas máximas re= 2,0 t
750 mm x 500 mm

Para 6,3 mm <t ≤ 9,5 mm
• Seção quadrada - dimensões externas máximas re = 2,5 t
800 mm x 800 mm
Para 9,5 mm <t ≤ 37,5 mm
Tubos estruturais cuja forma final é obtida por re = 3,0 t
conformação a frio:
• Raio de canto interno (ri ):
• Espessura máxima de parede (t)
t ≤ 40 mm Para t ≤ 6,3 mm
• Seção circular - dimensão externa máxima ri = 1,0 t
d ≤ 2.500 mm
Para 6,3 mm < t ≤ 9,5 mm
• Seção retangular - dimensões externas máximas ri = 1,5 t
500 mm x 300 mm
Para 9,5 mm < t ≤ 37,5 mm
• Seção quadrada - dimensões externas máximas ri = 2,0 t
500 mm x 500 mm
Observa-se que as espessuras das paredes dos tu-
As propriedades geométricas dos tubos retangula- bos obtidos por conformação a frio que limitam
res dependem dos raios de canto obtidos na lami- aos valores dos raios de canto foram adaptadas ao
nação ou na conformação a frio. Assim, as normas padrão brasileiro.
50
As fórmulas a serem empregadas na determinação • Módulo de Resistência Plástico:
das propriedades geométricas das seções retangulares
e quadradas, lembrando que esta última é um caso d 3 -(d - 2t )3
Zx = Z y = Z = (1.15)
particular da seção retangular, para fins de avaliação 6
da capacidade resistente, são apresentadas a seguir.
• Constante de Torção:
Tabelas contendo valores das propriedades geomé-
J=2  I   (1.16)
tricas de tubos sem costura e com costura de seção
transversal circular (TC), retangular (TR) ou qua- • Módulo de Resistência à Torção Elástico:
drada (TQ) são apresentadas no Apêndice A.
WT =2 W (1.17)

1.4.1 - Propriedades geométricas dos tubos


circulares (Figura 1.59) 1.4.2 - Propriedades geométricas dos tubos
retangulares e quadrados (Figura 1. 60)

Figura 1.59 - Tubo de seção transversal circular - TC

• Área da seção transversal:


Ag = π(d t-t2 )   (1.9)

• Área da superfície por unidade de


comprimento:
U=  π d (1.10)

• Massa por unidade de comprimento:


m = ρa Ag (1.11)

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


• Momento de Inércia:
π d 4 - (d - 2t )4  Figura 1.60 - Tubos de seção transversal retangular (TR) e quadrada (TQ)
Ix = I y = I = (1.12)
64
• Área da seção transversal:
• Raio de giração:
Ag =2t b+h-2t - 4-π re 2 -ri 2 ≅   (1.18)
I (1.13) 2t b+h-2t -0,858 re 2 -ri 2
rx = ry =r=
A
• Área de superfície por unidade de comprimento:
• Módulo de Resistência Elástico:
U=2(h+b-4re +πre )   (1.19)
2I
Wx = W y = W = (1.14)
d
51
• Massa por unidade de comprimento: hb2 (h-2t)(b-2t)2
m=ρa Ag   Zy = - - 4(Ar bg -Aξ bξ ) (1.28)
(1.20) 4 4

• Momentos de Inércia:
• Constante de Torção:
Em relação ao eixo x
u
bh3 (b-2t)(h-2t)3 J= t3 3 +2KAh (1.29)
Ix = - - 4(Ig +Ar hg 2 -Iξξ -Aξ hξ 2 )
12 12 • Módulo de Resistência à Torção Elástico:
(1.21)
J
• Em relação ao eixo y WT = (1.30)
k
3
hb (h-2t)(b-2t) 3 t+ t
Iy = - -  4(Ig +Ar bg 2 -Iξξ -Aξ bξ 2 )
12 12
onde:
(1.22)

• Raio de Giração: Ar = 1-
π
re 2   ≅ 0,215 r2e (1.31)
4
Em relação ao eixo x
π
Aξ = 1- ri 2   ≅ 0,215 r2i (1.32)
Ix 4
rx = (1.23)
A
1 π 1
Ig = - - r 4  ≅ 0,00755 r4e (1.33)
Em relação ao eixo y 3 16 3(12-3π) e

Iy 1 π 1
ry =     Iξ = - - r 4 ≅ 0,00755 r4i (1.34)
A 3 16 3(12-3π) i
(1.24)

u  =  2(b+h-2 t)-2rc (4-π)  ≅  2(b+h-2 t)-1,72 rc


• Módulo de Resistência Elástico: (1.35)
re +ri
Em relação ao eixo x rc = (1.36)
2
2 Ix
W x= (1.25)
Ah =(b-t)(h-t)-rc 2 (4-π)  ≅  (b-t)(h-t)-  0,858 r2c
h
(1.37)
Em relação ao eixo y 2 Ah t
2 Iy K= (1.38)
W y= (1.26) u
b
• Módulo de Resistência Plástico:
Em relação ao eixo x
Em relação ao eixo x
bh2 (b-2t)(h-2t)2 h 10-3π h
Z x= - - 4(Ar hg -Aξ hξ ) (1.27) hg = - re  ≅   -  0,223re (1.39)
4 4 2 12-3π 2

Em relação ao eixo y h-2t 10-3π h-2t


hξ = - ri ≅   -  0,223ri (1.40)
2 12-3π 2
52
Em relação ao eixo y

b 10-3π b
bg = -   re  ≅   - 0,223  re (141)
2 12-3π 2

b-2t 10-3π b-2t


b! = - ri  ≅   - 0,223  ri (1.42)
2 12-3π 2
re - ri
rc = (1.43)
2
Figura 1.61(b) Solda de composição do tubo com costura

1.5 - TUBOS DE AÇO COM


E SEM COSTURA
Os tubos estruturais de aço podem ser produzidos
de maneiras distintas tais como os tubos produ-
zidos por extrusão e os centrifugados (técnica de
fundição), porém dois processos de produção se
distinguem por serem os mais utilizados:
Figura 1.61(c) Tubo sem costura
• tubos sem costura laminados a quente, Figuras
1.61- a e c;
• tubos com costura, provenientes de chapas
devidamente conformadas e soldadas, Figuras
1.61- b e d.

Figura 1.61(d) Tubo com costura

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


Figura 1.61. Processo de fabricação de tubos

Figura 1.61(a) Laminação de tubo sem costura

53
1.5.1 - Fabricação de tubos
sem costura
Os tubos sem costura são provenientes da perfu-
ração por laminação a quente de blocos maciços
de aço de seção transversal circular, produzidos
pelo processo conhecido como Mannesmann,
Figura 1.62.

Figura 1.62(d) Vista do processo de laminação do tubo


Figura 1.62 - Processo de fabricação de tubos sem costura

No Brasil, existem duas usinas siderúrgicas que pro-


duzem tubos de aço sem costura laminados a quente.
Uma é a Vallourec Tubos do Brasil S.A. - VBR (an-
tiga Mannesmann) - e a outra é a recém-inaugura-
da Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil - VSB -,
Figura 1.62(a) Bloco circular maciço sob alta temperatura sendo cuja produção de tubos teve início no final de 2011.
conduzido para o laminador
A Vallourec Tubos do Brasil S.A., embora tenha se
instalado no país em 1954, com foco na produção
de tubos para o mercado de exploração e produ-
ção de petróleo, atualmente produz tubos para
várias aplicações, incluindo tubos para aplicação
estrutural, atendendo a várias normas nacionais e
internacionais.

Para ambas as empresas, a produção dos tubos


sem costura ocorre a partir de matéria-prima (car-
vão vegetal e minério de ferro) fornecida pelas
subsidiárias Vallourec Florestal Ltda e Vallourec
Mineração Ltda, sendo que o carvão utilizado na
Figura 1.62(b) Vista geral do laminador de tubos
produção do aço é carvão vegetal, proveniente de
reflorestamento.

A laminação dos tubos inicia-se com o aqueci-


mento dos blocos em forno rotativo, Figura 1.63,
ou de vigas caminhantes, normalmente a gás.
Para a laminação esses blocos devem estar a uma
temperatura final que varia de 1.200 a 1.300 °C.
Os blocos aquecidos são transportados automa-
ticamente, por rolos e transportadores rápidos, a
um laminador perfurador (conforme descrito an-
Figura 1.62(c) Visão esquemática interna do mandril de teriormente, Figura 1.62-d).
laminação do tubo

54
O processo de conformação a quente do tubo sem
costura começa por um laminador denominado per-
furador (processo Mannesmann), onde um pistão
empurra lentamente o bloco aquecido a ser perfura-
do contra a entrada do laminador. O bloco é forçado
pelo movimento de rotação oblíqua dos rolos contra
a ponta de um mandril (Figura 1.62.c), posicionado
no centro do bloco e dos rolos (Figura 1.64), geran-
do a forma tubular. Após a perfuração, outras etapas
de laminação são aplicadas até a obtenção do tubo
em sua forma final, através de diversos tipos de pro-
cessos de laminação de tubos sem costura (lamina-
ção contínua, laminação com mandris e outros).

Por exemplo, no caso do processo de laminação


automática, depois de perfurado, esse produto
inicial, denominado lupa, é movido rapidamente
por um transportador até um segundo lamina-
dor de mandril, no qual as dimensões finais de
espessura de parede são alcançadas. Os rolos de
trabalho do laminador, com seções semicircula-
res, usinados, giram de modo a dar uma forma
circular à lupa. Um mandril interno é usado para
conformar a lupa durante a laminação.
Figura 1.63 - Forno rotativo

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares

Figura 1.64 - Processo Mannesmann

55
As lupas são então imediatamente transporta-
das à entrada dos laminadores “reeler”, também
conhecido como laminador “alisador”. O movi-
mento de rotação dos rolos produzem pequenas
deformações nas lupas, melhorando a rugosidade
da superfície, tanto externa quanto internamen-
te. Após esse processo os tubos são reaquecidos
para homogeneização da temperatura, até cerca de
9000 C e então são submetidos à conformação fi-
Figura 1.65 - Leito de resfriamento
nal do diâmetro externo (laminador calibrador).

Ao final deste processo de conformação a quente, No leito de resfriamento, o tubo resfria-se até a tem-
os tubos são transportados para o leito de resfria- peratura ambiente, ao ar livre, de forma uniforme,
mento, Figura 1.65. conforme se pode observar na Figura 1.65. Essa for-
ma de resfriamento é responsável por uma das mais
importantes características dos tubos laminados a
quente, que possui baixo nível de tensões residu-
ais, conferindo-lhes assim melhores características
à compressão. De uma forma resumida, o esquema
apresentado na Figura 1.66 ilustra todo o processo
produtivo dos tubos sem costura.

Figura 1.66 - Processo de fabricação de tubos sem costura


56
No caso da VBR, por ser uma usina integrada, ou especificações internacionais tais como a ASTM
seja, que produz seu próprio aço, os tubos lami- A501 ou outras, as quais especificam limites de
nados a quente podem atender a quaisquer nor- composição química dos aços, suas resistências
mas nacionais ou internacionais. Normalmente mínimas ao escoamento (fy) e a ruptura (fu), Ta-
são também produzidos conforme especificação bela 1.5.
de aços proprietários, Tabela 1.6, ou atendem às

Tabela 1.5 - Propriedades mecânicas tubo estrutural ASTM A501

A501 “Standard Specification for Hot-Formed Welded and Seamless Carbon Steel StructuralTubing”
Grau do Aço fy (MPa) fu (MPa)
A 250 400
B 345 483

Tabela 1.6 - Propriedades mecânicas tubos estruturais VBR

Aços estruturais VMB EspecificaçõesASTM Similares aos Aços


VMB
Limite de Limite de Resistên-
Designação Escoamento (fy) cia à Tração (fu) Norma Grau
Comercial
(MPa) (MPa)
VMB 250 ≥ 250 ≥ 400 ASTM A501 A
VMB 300 ≥ 300 ≥ 415 EN10210 S275J2H
Laminados VMB 350 ≥ 350 ≥ 485 ASTM A501 B
(circulares) VMB 250cor ≥ 250 ≥ 400 ASTM A714 Grau IV
VMB 300cor ≥ 300 ≥ 415 - Ia, Lb e II
VMB 350cor ≥ 350 ≥ 485 ASTM A 618 III

1.5.2 - Fabricação de tubos com costura


Os tubos com costura são produzidos por confor-
mação mecânica, normalmente a frio, de chapas

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


ou tiras de bobina de aço e subsequente soldados,
efetuando a emenda contínua da chapa. Esses tu-
bos soldados podem ser conformados de forma
que a disposição da solda seja longitudinal, Figura
1.67-a, ou helicoidal, Figura 1.67-b. Eles também Figura 1.67(a) Tubo com costura - solda longitudinal
se distinguem quanto ao processo de soldagem
empregado, podendo ser esta solda por fusão com
adição de material (arco submerso “SAW”, ele-
trodo revestido “SMAW”, Plasma “PAW”, etc.)
ou a solda no estado sólido sem adição de ma-
terial (Solda por resistência elétrica “ERW” ou
indução “HFW”).

Figura 1.67(b) Tubo com costura - solda helicoidal


Figura 1.67 - Tubos com costura
57
No mercado nacional existem diversos fabricantes de tubos com costura, os quais adquirem as chapas
e bobinas de aço das siderúrgicas nacionais (tais como a Usiminas, ArcelorMittal, CSN e Cosipa) ou
outras, produzindo os tubos a partir desse material.

Os tubos estruturais com costura são produzidos a partir de chapas e essas devem atender, após conforma-
das, às prescrições das normas de fabricação de tubos tais como a ASTM A500 para ERW e a EN 10219
para SAW ou outras, as quais fornecem, além da composição química dos aços, suas resistências mínimas
ao escoamento (fy) e à ruptura (fu), Tabela 1.7.

Tabela 1.7 - Propriedades mecânicas tubo estrutural - EN 10219-1 e ASTM A500

EN 10219-1 - “Cold formed welded structural hollow section of non-alloy and fine grain steels -
Part 1: Technical delivery conditions”
Grau do Aço fy (MPa) fu (MPa)
Espessura especificada (mm) Espessura especificada (mm)
Nome Número
t ≤ 16 16 < t ≤ 40 <3 3 ≤ t ≤ 40
S235JRH 1.0039 235 225 360-510 360-510
S275J0H 1.0149
275 265 430-580 410-560
S275J2H 1.0138
S355J0H 1.0547
S355J2H 1.0576 355 345 510-680 470-630
S355K2H 1.0512
A500 “Standard Specification for Cold-Formed Welded and Seamless Carbon
Steel Structural Tubing in Rounds and Shapes”
Grau do Aço fy (MPa) fu (MPa)
A 230 310
Tubos de Seção B 290 400
Circular C 315 425
D 250 400
A 270 310
Tubos de Seção B 315 400
Retangular C 345 425
D 250 400

Assim, os aços das chapas a serem utilizados na Os processos de produção dos tubos conformados
fabricação dos tubos devem ser tais que após o a frio são especificados nas referidas normas e de-
processo de conformação e soldagem sejam garan- ve-se ter uma atenção especial nos procedimentos
tidas as propriedades mecânicas mínimas apresen- de soldagem recomendados. Existem restrições de
tadas nas normas de tubos. processos de soldagem e conformação do tubo que
devem ser observadas, atendendo às prescrições
É importante destacar que os tubos conformados constantes dos itens de Fabricação (“Manufactu-
a frio e produzidos segundo a ASTM A500, po- re”) dos itens de fabricação das referidas normas.
dem não ser adequados para aplicações sujeitas
a cargas dinâmicas ou que requeiram adequadas
propriedades de tenacidade à baixa temperatura.
58
1.5.3 - Fabricação de tubos retangulares Os tubos retangulares (com ou sem costura) que
foram conformados a frio podem na sequência
Os tubos retangulares e quadrados, Figura 1.68- passar por um tratamento térmico com o obje-
a, podem ser produzidos por laminação a quen- tivo de reduzir e uniformizar as tensões residuais
te, como acontece com produtos produzidos pela introduzidas no processo de conformação a frio.
Vallourec da Alemanha ou por conformação a frio Conforme a norma canadense G40.20-04 - “Ge-
de tubos circulares, como o que ocorre no Brasil, neral requirements for rolled or welded structural
onde as seções quadradas e retangulares são confor- quality steel”  esses tubos após tratamento térmi-
madas a frio através de equipamentos de perfilação co a temperaturas iguais ou superiores a 450 oC e
(quadradoras) como o apresentado na Figura 1.68- resfriados até a temperatura ambiente ao ar livre
b. Essa conformação pode ser feita tanto em tubos podem ser classificados como tubos conformados
sem costura como nos tubos com costura. a quente, sendo assim enquadrados na norma
ASTM A501.
Tubos circulares laminados a quente, sem costura
(ASTM A501), e que venham a ser conformados
a frio para obtenção de seções retangulares ou
quadradas passam a ser classificados como tubos 1.5.4 - Classificação das seções
conformados a frio, assim como os tubos soldados tubulares segundo as principais normas
internacionais
que passam por esse processo (ASTM A500).
Perfis tubulares estruturais usados em construções
on-shore são produzidos em diversos lugares do
mundo, utilizando uma variedade de normas que
abordam os processos de produção dos tubos, seja
por conformação a quente ou por conformação a
frio. Essas normas definem, além dos processos de
produção, tolerâncias dimensionais e proprieda-
des mecânicas, definições essas que interferem nas
propriedades geométricas das seções tubulares.

As implicações em usar um material produzido


Figura 1.68(a) por uma norma particular, para aplicações com
carregamento estático ou dinâmico, em diversas
situações não são consideradas, sendo, portanto,

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


uma preocupação o desempenho desses perfis.

No Brasil, as normas consideradas como de maior


relevância e de uso mais frequente são as normas
Europeias EN 10210-1:2006-07 e EN 10219-
1:2006-07, as americanas A500/A500M e A501,
a norma canadense G40.20-04.

De uma forma geral essas normas classificam os


tubos quanto ao processo de produção como con-
formados a quente ou conformados a frio, “Hot
Finished” ou “Cold Formed”, cuja principal dife-
Figura 1.68(b) rença para fins estruturais é o nível de tensões re-
Figura 1.68 - Tubos quadrados e perfiladora de tubos siduais existentes na seção transversal, no produto
final. Essa diferença irá implicar na definição da
59
curva de resistência à compressão a ser adotada no Já os tubos conformados a frio são produzidos à
dimensionamento de uma barra tubular. temperatura ambiente, a partir de seções com ou
sem costura. A norma ASTM A500, como nos
Para as normas europeias, os tubos estruturais casos anteriores, especifica os processos de pro-
“Hot Finished” são aqueles com seções transver- dução dos tubos, tolerâncias e propriedades me-
sais circulares, quadradas, retangulares ou elípti- cânicas requeridas nos diversos graus dos aços. É
cas, conformadas a quente ou as conformadas a importante destacar que, para o grau D, a norma
frio com subsequente tratamento térmico, que recomenda o tratamento térmico do tubo, à tem-
tenha como objetivo obter as condições metalúr- peratura de pelo menos 590 oC, por um tempo
gicas equivalentes às obtidas nos produtos lami- de uma hora por polegada de espessura de parede.
nados a quente.
A norma canadense G40.20-04 classifica como
A EN10210-1 é a atual norma europeia para seções tubulares classe “C” as seções tubulares
perfis tubulares laminados a quente, fabricados conformadas a frio provenientes tanto de um tubo
principalmente na Alemanha, França e Brasil. sem costura quanto por tubo com costura produ-
Esse material de granulação fina possui tensões zido por processo automático de solda elétrica
residuais baixas e está disponível em vários tama- continua. São classificados como seções classe H
nhos e espessuras, usando normalmente o grau os tubos sem costura ou os soldados produzidos
S355J2H, cujas propriedades mecânicas podem por solda contínua e processo automático de solda
ser encontradas na Tabela A3 do Anexo A da re- elétrica e conformados a quente para obtenção de
ferida norma. sua forma final, assim como os tubos sem costu-
ra ou os tubos soldados por processo contínuo de
Os tubos estruturais conformados a frio são os
solda e conformados a frio e posteriormente tra-
tubos estruturais com ou sem costura, circula-
tados termicamente a temperaturas de 450 0C ou
res, quadrados ou retangulares, cuja forma final é
superiores e resfriados no meio ambiente.
obtida à temperatura ambiente sem subsequente
tratamento térmico. A EN10219-1 é a atual nor- Salienta-se que, conforme a norma canadense
ma europeia para perfis tubulares estruturais for- G40.20-04, o fabricante pode ser solicitado a
mados a frio, feitos principalmente pelo processo fornecer dados representativos que mostrem que
ERW. As propriedades mecânicas e geométricas a relação entre a tensão média e a deformação
são muito parecidas com a EN10210. média, obtidas em um ensaio de compressão para
uma peça curta do tubo conformado a frio tratado
As dimensões, tolerâncias e propriedades geomé-
termicamente, é comparável à de igual seção de
tricas das seções são abordadas na Parte 2 dessas
tubo sem costura laminado a quente.
normas (EN 10210-2 e EN 10219-2).
Além das normas de tubos estruturais anterior-
Os processos de produção dos tubos estruturais
mente mencionadas, existem ainda a norma bra-
são descritos nas normas citadas anteriormente.
sileira ABNT NBR 8261:2010 para tubos estru-
Também as normas norte americanas classificam turais de seção transversal circular e retangular e as
os tubos estruturais por seu método de produ- normas ASTM A53, ASTM A106 e a API 5L, de
ção, como seções acabadas a quente cujos tubos tubos com seção transversal circular, destinadas a
estruturais devem ser produzidos por laminação dutos de condução (dutos que conduzem fluidos
a quente sem costura ou por um dos processos de sob pressão), que também são utilizados em apli-
soldagem especificados na norma ASTM A501. cações estruturais. As Tabelas 1.8 a 1.11 fornecem
as propriedades mecânicas mínimas dos principais
graus de aços utilizados.

60
Tabela 1.8 - Propriedades mecânicas dos tubos estruturais segundo a ABNT NBR 8261:2010

Propriedades Grau
Mecânicas A B C
TUBOS DE SEÇÃO CIRCULAR
fu (MPa) 310 400 427
fy (MPa) 228 290 317
TUBOS DE SEÇÃO RETANGULAR
fu (MPa) 310 400 427
fy (MPa) 269 317 345

Tabela 1.9 - Propriedades mecânicas dos tubos estruturais segundo a ASTM A53

Propriedades Grau
Mecânicas A B
fu (MPa) 330 415
fy (MPa) 205 240

Tabela 1.10 - Propriedades mecânicas dos tubos estruturais segundo a ASTM A106

Propriedades Grau
Mecânicas A B C
fu (MPa) 330 415 485
fy (MPa) 205 240 275

Tabela 1.11 - Propriedades mecânicas dos tubos estruturais segundo a API 5L

Propriedades Grau
Mecânicas A B X42 X46 X52 X56 X60 X65
fu (MPa) 335 415 415 435 460 490 520 535
fy (MPa) 210 245 290 320 360 390 415 450

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


1.6 - TOLERÂNCIAS os tubos quadrados e retangulares conformados a
DIMENSIONAIS frio e que não foram tratados termicamente para
alívio de tensões.
As dimensões, tolerâncias e propriedades geo-
métricas dos tubos estruturais são definidas por As normas ASTM que abordam as dimensões e
normas internacionais, sendo que na Europa as tolerâncias dos tubos estruturais são a A500 e a
normas que abordam esses assuntos são a EN A501. A ASTM A500 é aplicável aos tubos sol-
10210-2 e a EN 10219-2. dados por resistência elétrica (tubos “ERW”) ou
aos tubos sem costura (laminados a quente) e
A EN 10210-2 se aplica aos tubos produzidos a posteriormente conformados a frio para obtenção
quente, como os laminados no Brasil pela Vallou- de sua forma final quadrada, retangular ou outra,
rec e aos tubos tratados termicamente para alívio sem posterior tratamento térmico para alívio de
de tensões, enquanto a EN 10219-2 é aplicável aos tensões, exceto para o grau D. De acordo com a
tubos produzidos a frio como os tubos soldados e referida norma, os produtos produzidos conforme
61
esta especificação não devem ser empregados em ser solicitada a remoção de rebarbas do lado ex-
estruturas soldadas sujeitas a cargas dinâmicas, terno, do lado interno ou ambas;
etc., onde a tenacidade a baixa temperatura pode
ser importante. • certificado de conformidade do produto;

A ASTM A501 aplica-se aos tubos sem costu- • aplicação final do produto;
ra produzidos a quente como os laminados pela • condição de fornecimento (galvanizado ou não);
Vallourec ou soldados produzidos por solda con-
tínua executada em forno, sejam eles circulares, • outros requisitos especiais.
quadrados ou retangulares. Também se enqua-
dram nessa norma os tubos soldados por resistên- É importante destacar que pode ocorrer que nem
cia elétrica ou arco submerso produzidos a frio, todas as bitolas listadas nas normas EN 10210-2 e
e posteriormente conformados a quente para ob- EN 10219-2 são produzidas pelos fabricantes de
tenção de sua forma final, ou aqueles que após tubos, mesmo na Europa, e por esse motivo deve-
a conformação a frio são tratados termicamente se limitar aos produtos e respectivas características
para alívio de tensão. listadas nos catálogos dos fabricantes. Além disso,
seções especiais podem ser conformadas e nesses
O fornecimento de tubos estruturais deve atender casos as propriedades geométricas devem ser obti-
às especificações de compra fornecidas ao fabri- das pelas expressões fornecidas neste capítulo.
cante na colocação do pedido, especificações essas
que devem ser baseadas nas prescrições das refe- As características e imperfeições dimensionais e
ridas normas, ou outras similares, que atendam de forma dos tubos estruturais são apresentadas
aos requerimentos do projeto. Normalmente são na Figura 1.69 e devem estar limitadas às tolerân-
exigidas as seguintes informações mínimas para a cias apresentadas nas Tabelas 1.12 a e 1.12-b para
colocação do pedido: especificações conforme as normas EN 10210-2
e EN 10219-2 e Tabelas 1.12-c e 1.12-d para as
• quantidade (preferivelmente em metros); normas ASTM A501 e ASTM A500.
• designação do material: Para fins deste livro, adotar-se-á apenas a desig-
nação de tubo retangular (TR) sem mencionar os
»» norma de referência e respectivo grau do aço;
tubos quadrados (TQ), por serem estes um caso
• Processo de produção: particular dos tubos retangulares, onde a altura
“h” e a base “b” do tubo retangular são iguais.
»» tubo sem costura;
As dimensões externas dos tubos devem ser medi-
»» tubo com costura; das a uma distância mínima “d” da extremidade
da barra para as seções circulares e “h” para as se-
• dimensões (diâmetro externo e espessura de pa- ções retangulares, com um mínimo de 100 mm.
rede para seções circulares dimensões externas
e espessura de parede para seções quadradas e As medições de dimensões da seção transversal
retangulares); para os tubos circulares (diâmetro d) e dimensões
externas dos tubos quadrados e retangulares (b &
• comprimento (faixa, múltiplos ou fixos) - o so- h) devem ser feitas de forma direta com o uso de
licitante deve estabelecer na ordem de compra o paquímetro ou, para tubos de seção circular, com
tipo de comprimento do fornecimento; “circumference tape”- fita de aço graduada para di-
• condições de extremidade. Normalmente os
âmetro, a critério do fabricante.
tubos estruturais são fornecidos com corte reto
nas extremidades. Para tubos com costura pode
62
Seção Transversal Circular Retangular

Dimensões Externas

Espessura de Parede

Retilineidade

Ovalização

Perpendicularidade
dos Lados

re
Raio de Canto c2

c1

Concavidade/ Convexidade Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares

Torção

Figura 1.69 - Imperfeições de forma e retilineidade de tubos estruturais


63
Na Figura 1.70 encontram-se indicadas as posi-
ções recomendadas para a medição das dimensões
“b”, “h” e “t” dos tubos de seção transversal qua-
drada e retangular.

h,b
C1

C2
t
h,b

Figura 1.70 - Posição para medição das dimensões h, b & t para


as seções tubulares retangulares

A ovalização dos tubos estruturais de seção transver-


sal circular deve ser calculada pela equação a seguir
apresentada, expressa em termos de percentagem:
Figura 1.71 - Concavidade e convexidade

d max- d min A deformação da retilineidade “e” do tubo estrutural,


O(%) = × 100 (1.44)
d expressa em percentagem é calculada como a seguir
apresentado e deve ser medida do ponto de desvio
A concavidade (x1) e a convexidade (x2) das faces máximo até a linha que une as duas extremidades
dos tubos estruturais retangulares devem ser me- do tubo estrutural (ver Figura 1.69), sendo ℓ o com-
didas conforme apresentado na Figura 1.71 e ex- primento de fornecimento do tubo pelo fabricante.
pressa em porcentagem, calculada pelas expressões
ℯ (1.46)
a seguir apresentadas: ×100
ℓ𝓁𝓁
x1 x2 x1 x2 Os raios de canto externos dos tubos estruturais
x 100%;     x 100%;     x 100%;     x 100%
b b h h retangulares devem ser medidos com calibrador
(1.45) de raio (“radius gauge”) ou pela medida da distân-
cia entre a intersecção da face plana com o arco
Onde “b” e “h” são as dimensões dos lados que de canto e as projeções dos lados planos (C1 e C2),
contêm a concavidade x1 ou a convexidade x2. conforme Figuras 1.70 e 1.71.

A torção (V ) da seção transversal dos tubos estrutu-


rais de seção retangular deve ser determinada confor-
me apresentado na Figura 1.69, onde o tubo deve ser
colocado em uma superfície horizontal com um lado
de sua extremidade pressionado contra a superfície
plana. Na extremidade oposta do tubo a diferença de
altura dos dois cantos inferiores da superfície hori-
zontal (V ) deverá ser medida conforme Figura 1.69.
Alternativamente pode-se executar a referida medição
com o auxílio de nível de bolha (“spirit level”) confor-
me apresentado na EN 10210-2 e EN 10219-2.
64
Tabela 1.12(a) Tolerâncias dimensionais para tubos estruturais laminados a quente ou soldados e conformados a quente conforme EN
10210-2 (2006)

Seção Transversal

Tolerância Circular Retangular


(TC) (TR)
± 1% com mínimo de
Dimensões Externas
±0,5 mm e máximo de ± 1% com mínimo de ±0,5 mm
(d, b, h)
± 10 mm
A espessura mínima de parede não deverá estar, em nenhum ponto, mais que 12,5%
Espessura de Sem Costura abaixo da espessura nominal especificada, em área não superior a 25% da circunferência
Parede e limitada à tolerância positiva de peso.
(t) -10%
Com Costura
Desvios positivos são limitados pela tolerância de massa
Massa Sem Costura - 6% / +8%
(ma ) Com Costura ± 6% por tubo
Retilineidade (e) 0,002 L limitado a 3 mm em qualquer comprimento de 1m
Faixa
4.000 ≤ L ≤ 16.000 10% das seções fornecidas poderão estar abaixo do mínimo para o intervalo solicitado,
para uma variação de 2000 mas não menor do que 75% do comprimento mínimo do intervalo.
por item da encomenda
Compri- Aproximado
±500 mm
mento 4.000 ≤ L ≤ 16.000
(L)
Fixo
-0 / +10 mm
2.000 ≤ L ≤ 6.000 -0 / +15 mm
> 6.000

d
≤100→2%
Ovalização (O) t -
d
>100→ acordada
t
Perpendicularidade dos Lados (θ) - 90º ± 1º
Raio Externo (C1 , C2 ou re ) - Máximo 3t
Concavidade/Convexidade (x1 , x2 ) * - 1%
Torção (V) - 2mm + 0,5mm/m

(*) A tolerância na concavidade e convexidade é independente da tolerância da dimensão externa.

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares

65
Tabela 1.12(b) Tolerâncias dimensionais para tubos estruturais soldados conformados a frio conforme EN 10219-2 (2007)

Seção Transversal
Tolerâncias Circular Retangular
(TC) (TR)

h, b < 100 → ± 1% com mín. de ± 0,5mm


Dimensões Externas ±1% com mínimo de ±0,5mm
100 ≤ h, b ≤ 200 → ± 0,8%
(d, b, h) e máximo de ±10mm
h,b > 200 → ± 0,6%

Para d ≤ 406,4mm:
t ≤ 5mm→±10%
Espessura de Parede t > 5mm→±0,5mm t ≤ 5 mm → ± 10%
(t ) t > 5mm → ± 0,5 mm
Para d > 406,4mm:
±10 com máximo de ±2mm
Massa (ma ) ± 6% por tubo
0,002L limitado a 3mm em
Retilineidade ( e ) qualquer comprimento de 1 m 0,0015L limitado a 3 mm em qualquer comprimento de 1m

Faixa
4.000 ≤ L ≤ 16.000
10% das seções fornecidas poderão estar abaixo do mínimo para o intervalo solicitado, mas não
para uma variação
menor do que 75% do comprimento mínimo do intervalo.
de 2000 por item
da encomenda
Compri-
Aproximado
mento -0 / +50mm
L ≥ 4.000
(L)
Fixo (*)
-0 / +5mm
L < 6.000 -0 /+15mm
6.000 ≤ L ≤ 10.000 -0 / +5mm+1mm/m
L >10.000
d
≤100→2%
Ovalização (O ) t -
d
>100→ acordada
t
Perpendicularidade dos Lados
- 90° ± 1°
𝜃𝜃
Espessura Raio de canto
Raio Externo (C1 , C2 ou re ) - t ≤ 6mm 1,6t a 2,4t
6mm < t ≤ 10mm 2,0t a 3,0t
10mm > t 2,4t a 3,6t
Concavidade / Convexidade Máximo 8% com mínimo de 0,5mm
-
x1 ; x2 (**)
Torção V - 2 mm + 0,5mm/m de comprimento
(*) Comprimentos normalmente encontrados são de 6 m e 12 m
(**) A tolerância de concavidade e convexidade é independente da tolerância de dimensões externas.

66
Tabela 1.12(c) Tolerâncias dimensionais para tubos estruturais laminados a quente ou soldados e conformados a quente conforme ASTM A501 - 07

Tolerância Seção Transversal


Circular d ≤ 48,3mm → +0,4mm - 0,79mm
d ≥ 60,3mm → ± 0,01d
h ≤ 63,5mm → ± 0,51mm
Dimensões Externas
63,5mm < h ≤ 88,9mm → ± 0,64mm
(d, b, h) Retangular
88,9mm < h ≤ 139,7mm → ± 0,76mm
139,7mm < h ≤ 254mm → ± 0,01h
h > 254mm → 0,02h
Circular e
Espessura (t ) -
Retangular
Circular e
Massa (ma ) -3,5% do peso teórico
Retangular
Circular
Retilineidade (e ) 2,08mm/m
Retangular

Para Comprimentos Fixos:


Circular
Comprimento (L) L ≤ 6,7m → -6,4mm + 12,7mm
Retangular
6,7m < L ≤ 13,4m → -6,4mm + 19,0mm

Circular
Ovalização (O ) -
Retangular
Perpendicularidade dos
Retangular 90° ± 2°
Lados θ
Raio Externo
Retangular re ≤ 3t
(C1 , C2 ou re )

Concavidade e As variações de Dimensões Externas admissíveis incluem provisões


Retangular
Convexidade x1 ; x2 para convexidade e concavidade.

h ≤ 38,1mm → 1,39mm
38,1mm < h ≤ 63,5mm → 1,72mm
63,5mm < h ≤ 101,6mm → 2,09mm
Torção V Retangular
101,6mm < h ≤ 152,4mm → 2,42mm
152,4mm < h ≤ 203,2mm → 2,78mm
h ≥ 203,2mm → 3,11mm

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares

67
Tabela 1.12(d) Tolerâncias dimensionais para tubos estruturais laminados a quente ou soldados e conformados a quente conforme ASTM A500 -10a

Tolerância Seção Transversal


d ≤ 48,3 mm: ±0,5% (arredondamento 0,1mm)
Circular d ≥ 50 mm: ±0,75% (arredondamento 0,1mm)
As medidas devem ser feitas a pelo menos 5cm da extremidade do tubo
Dimensões Externas
h ≤ 65mm → ± 0,5mm
(d, b, h)
65mm < h ≤ 90mm → ± 0,6mm
Retangular
90mm < h ≤ 140mm → ± 0,8mm
(1)
h ≥ 140mm → ± 0,01h
As tolerâncias especificadas incluem a concavidade e convexidade
Circular
Espessura (t ) ±10 %
Retangular
Circular
Massa (ma ) -
Retangular
Circular
Retilineidade (e ) 2 mm/m
Retangular

Para Comprimentos Fixos:


Circular
Comprimento (L ) L ≤ 6,5m → - 6mm +13mm
Retangular
L > 6,5m → - 6mm +19mm
Circular
Ovalização (O ) -
Retangular
Perpendicularidade
Retangular 90° ± 2°
dos Lados Ɵ
Raio de Canto
Retangular re ≤ 3t
(C1 , C2 ou re )
As tolerâncias especificadas nesta tabela para “Dimensões Externas” contemplam à
Concavidade
Retangular concavidade e convexidade.
Convexidade x1 ; x2
h, b ≤ 40→1,3mm
40mm < h, b ≤ 65mm → 1,6mm
65mm < h, b ≤100mm → 1,9mm
Torção V Retangular
100mm < h, b ≤ 150mm → 2,2mm
150mm < h, b ≤ 200mm → 2,5mm
h, b ≥200mm → 2,8mm

(1) As tolerâncias para “Dimensões Externas” apresentadas na Tabela 1.12-d para tubos retangulares se aplicam também ao lado
h
menor dos tubos retangulares que possuem relação < 1,5 , incluindo-se ai os tubos quadrados. Quando esta relação for maior ou
b
igual a 1,5 a tolerância do lado menor deve ser conforme a seguir :
h
a) quando 1,5 < ≤ 3,0 aplicar para o lado menor a tolerância do lado maior multiplicada por 1,5
b
h
b) quando > 3,0 aplicar para o lado menor a tolerância do lado maior multiplicada por 2,0
b

Para os tubos estruturais retangulares conformados a frio, provenientes de tubos circulares laminados a quente,
como os produzidos pela Vallourec, as tolerâncias de parede e da massa a serem consideradas devem ser conforme o
produto que deu origem ao tubo, ou seja, conforme a EN 10210-2 e as demais tolerâncias conforme a norma EN
10219-2.

68
Tabela 1.12(e) Tolerâncias dimensionais para tubos de aço-carbono, formado a frio, com e sem solda, de seção circular, quadrada ou retan-
gular para usos estruturais - ABNT NBR 8261

Tolerância Seção Transversal


d ≤ 65 mm: ± 0,5mm
Circular 65mm< d ≤ 90 mm: ± 0,75%
(1) 90mm < d ≤ 140 mm: ± 0,75%
Dimensões Externas 140mm < d : ± 0,75%
(d, b, h) b, h ≤ 65 mm: ± 0,5mm
Retangular 65mm< b, h ≤ 90 mm: ± 0,6mm
(1) 90mm< b, h ≤ 140 mm: ± 0,8mm
140mm< b, h : ± 1%)
Circular
Espessura (t ) ±12,5 %
Retangular
A massa real do tubo não deve exceder a ±10% da massa teórica calculada pela expressão:
Circular
Massa (ma ) M=7,85 x 103 x St
Retangular
Onde M é a massa teórica em kg/m e St é a área da seção transversal, em mm2
Circular
Retilineidade (e ) 2,5 mm/m
Retangular

Circular
Comprimento (L ) -0 / +100mm
Retangular

Circular
Ovalização (O ) -
Retangular

Esquadros dos lados Retangular ±20 do ângulo reto

Raio de Canto
Retangular re ≤ 3t
(C1 , C2 ou re )

Concavidade
Retangular Incluída na tolerância das dimensões externas
Convexidade x1 ; x2
h, b ≤ 38mm → 1,3mm/m
38mm < h, b ≤ 63,5mm → 1,6mm/m
63,5mm < h, b ≤ 101,6mm → 1,9mm/m
Torção V Retangular
101,6mm < h, b ≤ 152,4mm → 2,2mm/m
152,4 < h, b ≤ 203,2mm → 2,5mm/m
h, b ≥ 203,2 → 2,8mm/m

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


(1) • As medições devem ser feitas em posições localizadas a pelo menos 100mm das extremidades;
• Excluindo os tubos de seção circular, as tolerâncias incluem a margem para abaulado, convexidade ou concavidade;
• Para tubos de seção retangular, as tolerâncias das dimensões do lado maior devem ser aplicadas também para o lado menor.

69
1.7 - ELEMENTOS ESTRUTURAIS
MISTOS DE AÇO E CONCRETO
1.7.1 - Generalidades
Denomina-se elemento misto de aço e concreto
aquele no qual um perfil de aço (laminado, solda-
do ou formado a frio) trabalha em conjunto com o
concreto armado, formando um pilar misto, uma
viga mista (tubular ou treliçada), uma laje mista
ou uma ligação mista. Os perfis tubulares podem
ser utilizados na formação de pilares mistos pre-
enchidos com concreto (com ou sem armadura) e
de vigas mistas, nas quais o componente de aço é
um tubo (viga mista tubular) ou uma treliça (viga
mista treliçada ou treliça mista), como se vê na
Figura 1.72.

Figura 1.72(b) Vigas mistas tubular e treliçada


Figura 1.72 - Elementos mistos de aço e concreto com perfis
tubulares
A interação entre o concreto e o perfil de aço pode
se dar por meios mecânicos, como conectores de
cisalhamento (por exemplo, nas vigas mistas - Fi-
gura 1.73), por atrito (por exemplo, na região de
introdução de carga de pilares mistos) ou, em al-
guns casos, por simples aderência e repartição de
cargas (como em pilares mistos sujeitos apenas à
força normal de compressão). Uma estrutura mis-
ta é formada por um conjunto de elementos mis-
tos e é normalmente empregada na construção de
edifícios e pontes.

Figura 1.72(a) Pilares mistos preenchidos com concreto de seção


circular e quadrada

70
Figura 1.74 - Concretagem da laje em viga mista tubular com
conectores tipo “U” laminado

Além da variedade de opções disponíveis e a possi-


bilidade de obtenção de benefícios arquitetônicos
e econômicos, os elementos mistos apresentam
outras vantagens, listadas a seguir.
• Com relação às contrapartidas em concreto
armado:
Figura 1.73 - Conectores de cisalhamento tipo “U” »» possibilidade de dispensa de fôrmas
e pino com cabeça
e escoramentos;
A utilização de elementos mistos amplia considera-
»» redução do prazo de execução da obra;
velmente o leque de soluções em concreto armado
e em aço. Para exemplificar, nos pilares mistos, a »» redução do peso próprio e do volume da
contribuição do aço na capacidade resistente total estrutura, com consequente redução dos
pode chegar a 90% (ABNT NBR 8800:2008), custos de fundação;
com a possibilidade de se utilizarem diferentes ti-
pos de perfis e de aços estruturais, bem como di- »» aumento da precisão dimensional
ferentes disposições construtivas, em comparação da construção.

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


com as estruturas de concreto armado (ABNT
NBR 6118:2014), onde essa contribuição não ul- • Com relação às contrapartidas em aço:
trapassa 60%. Nas vigas mistas, os perfis metálicos »» redução considerável do consumo de aço
têm sua capacidade resistente e rigidez aumentadas estrutural;
consideravelmente pela laje de concreto sobreposta
(Figura 1.74). »» redução das proteções contra incêndio e
corrosão;
Nos pilares tubulares preenchidos com concre-
to, outra vantagem adicional é a não utilização »» aumento da rigidez da estrutura.
de fôrmas com consequente dispensa da etapa de
desfôrma e redução da quantidade de armadura.

71
1.7.2 Aplicação e vantagens dos elemen-
tos mistos tubulares
O uso de elementos estruturais mistos vem ga-
nhando espaço no mercado da construção civil
no Brasil. Mesmo em edifícios cuja estrutura seja
construída primordialmente com aço, pode-se
afirmar que, em sua quase totalidade, as vigas são
projetadas e executadas como vigas mistas (desde,
evidentemente, que existam lajes de concreto). As
vigas mistas já são previstas em normas brasileiras
desde 1986, na primeira edição (em estados-limi-
tes) da ABNT NBR 8800.

Dado sua grande capacidade resistente ao fogo,


os pilares mistos e as vigas mistas de aço e con-
creto, tanto em temperatura elevada como em
temperatura ambiente, foram contemplados
na ABNT NBR 14323:1999. Posteriormente,
esses elementos, em temperatura ambiente, fo-
ram incorporados à ABNT NBR 8800:2008,
e na nova versão da NBR14323 (ABNT NBR
14323:2013) ficaram apenas os elementos em
temperatura elevada. Com a entrada em vigor da
nova norma brasileira ABNT NBR 16239:2013,
ampliou-se ainda mais a gama de soluções em
estrutura mista com indicações para cálculo de
vigas mistas com perfis tubulares, inclusive cir-
culares, e a incorporação de dispositivos especiais
para as regiões de introdução de cargas em pila-
res mistos tubulares (Figura 1.75).

Figura 1.75 - Dispositivos especiais para regiões de introdução de


carga em pilares mistos

Os pilares mistos tubulares possuem uma série


de vantagens em relação aos seus equivalentes
em aço, concreto armado ou mesmo outros tipos
de pilares mistos. Por estar situado no perímetro
externo da seção, portanto na posição de maior
distância em relação ao centro geométrico, o per-
fil de aço atua de forma mais eficaz na resistên-
cia a tensões de tração oriundas das imperfeições
72
geométricas iniciais (curvaturas e excentricidades) As vigas mistas com perfis tubulares são normal-
e do momento fletor solicitante, e contribui sig- mente utilizadas pelo seu apelo estético, muito
nificativamente para aumentar a rigidez do pilar. apreciado pelos arquitetos em edificações com
estrutura exposta. Além disso, reduz bastante a
O concreto, situado no interior do pilar, contribui área de pintura e de proteção contra incêndio,
bastante para resistir a tensões de compressão em comparativamente com as vigas construídas com
aplicações típicas e aumenta a capacidade de resis- perfis abertos. E, dada à sua grande rigidez à tor-
tência à flambagem local no perfil de aço, particu- ção, não é sujeita ao estado-limite de flambagem
larmente no de seção retangular. Adicionalmente, lateral com distorção, quando utilizada como
observa-se que o tubo de aço confina o núcleo de viga mista contínua ou semicontínua.
concreto, o que aumenta a resistência à compres-
são dos pilares com seção circular e a ductilida- As vigas mistas treliçadas com perfis tubulares
de daqueles com seção retangular, em contraste são normalmente as mais utilizadas, graças não
com os pilares de concreto, com armadura trans- apenas ao seu apelo estético, mas principalmente
versal, onde o lascamento (“spalling”) do concre- por razões de ordem econômica, pela facilidade
to é sempre uma possibilidade, particularmente de execução das ligações (em especial nas treliças
em situação de incêndio. Nos pilares mistos tubu- com banzo de seção retangular), pela menor área
lares esse fenômeno nunca ocorre por causa da pre- de pintura e pelo excelente comportamento es-
sença protetora do tubo de aço. trutural desse tipo de seção (Figura 1.77).

O uso de pilares mistos tubulares (Figura 1.76)


conduz ainda a outras vantagens econômicas. O
tubo serve de fôrma para o concreto, reduzindo os
custos de material e mão de obra. Em edifícios de
altura moderada a grande, a velocidade de cons-
trução é substancialmente maior que a de estru-
turas de concreto armado, considerando que os
elementos de aço são montados antecipadamente,
sendo seguidos pelos trabalhos em concreto, com
frente de serviço que engloba vários pavimentos.

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares

Figura 1.76 - Edifício com pilares mistos de seção Figura 1.77 - Edifício comercial com emprego de vigas treliçadas
quadrada e circular mistas - banzo de seção retangular
73
A seguir, nas Figuras 1.78 a 1.80, são apresentados
alguns edifícios que foram construídos utilizando-
se elementos tubulares mistos de aço e concreto.

Figura 1.78 - Edifício Porto Atlântico - Rio de Janeiro, RJ Figura 1.79 - Edifício comercial com emprego de vigas treliçadas
mistas - banzo de seção retangular

74
2.12. BIBLIOGRAFIA

A 500/A 500M – 07. Standard specification for


cold-formed welded and seamless carbon steel
structural tubing in rounds and shapes. West
Conshohocken, EUA: American Society for Test-
ing and Materials, 2007.

ABNT NBR 8261:2010. Tubos de aço-carbono,


formado a frio, com e sem solda, de seção
circular, quadrada ou retangular para usos
estruturais.Wardenier, J.; Packer, J. A.; Zhao,
X.-L.; van der Vegte, G. J. Hollow sections in
structural applications. Genova: CIDECT, 1010.

API 5L. Specification for line pipe upstream


segment. Dallas, EUA: American Petroleum
Institute, 2004.

ASTM A106/A106M – 15. Standard specification


for seamless carbon steel pipe for high-
temperature service. West Conshohocken, EUA:
American Society for Testing and Materials, 2015.

ASTM A501 – 07. Standard specification for


hot-formed welded and seamless carbon steel
structural tubing. West Conshohocken, EUA:
American Society for Testing and Materials, 2007.

ASTM A53/A53M – 12. Standard Specifica-


tion for Pipe, Steel, Black and Hot-Dipped,

Capítulo 1 - Considerações gerais sobre estruturas tubulares


Zinc-Coated, Welded and Seamless. West Con-
shohocken, EUA: American Society for Testing
and Materials, 2012.

ASTM A595/A595M – 06. Standard speci-


fication for steel tubes, low-carbon or high-
strength low-alloy, tapered for structural use.
West Conshohocken, EUA: American Society for
Testing and Materials, 2006.

ASTM A618/A618M – 04. Standard specifica-


Figura 1.80 - Edifício DHF - Taubaté, sp tion for hot-formed welded and seamless high-
strength low-alloy structural tubing. West Con-
shohocken, EUA: American Society for Testing
and Materials, 2006.
75
ASTM A714 – 99 (Reapproved 2009). Standard EN 10210-2:2006-07. Hot finished structural
specification for high- strength low-alloy hollow sections of non-alloy and fine grain
welded and seamless steel pipe. West Con- steels — Part 1: Tolerances, dimensions and
shohocken, EUA: American Society for Testing sectional properties. Bruxelas, Bélgica: European
and Materials, 2009. Committee for Standadization, 2007.

ASTM A847/A847M – 05. Standard specifi- EN 10219-1:2006. Cold formed structural


cation for cold-formed welded and seamless hollow sections of non-alloy and fine grain
high-strength, low-alloy structural tubing with steels — Part 1: Technical delivery conditions.
improved atmospheric corrosion resistance. Bruxelas, Bélgica: European Committee for
West Conshohocken, EUA: American Society for Standadization, 2006.
Testing and Materials, 2005.
EN 10219-2:2006. Cold formed structural
CSA G40.20-04/G40.21-04. General require- hollow sections of non-alloy and fine grain
ments for rolled or welded structural quality steels — Part 2: Tolerances, dimensions and
steel/Structural quality steel. Ontario, Canadá: sectional properties. Bruxelas, Bélgica: European
Canadian Standards Association, 2004. Committee for Standadization, 2006.

EN 10210-1:2006-07. Hot finished structural Packer, J. A.; Henderson, J. E. Hollow structural


hollow sections of non-alloy and fine grain sections – Connections and trusses – A design
steels — Part 1: Technical delivery conditions. guide. 2a. Ed. Ontario, Canadá: Canadian
Bruxelas, Bélgica: European Committee for Standards Association, 1997.
Standadization, 2007.

76
2
2.1. GENERALIDADES
AÇÕES, COMPORTAMENTO, SEGURANÇA,
MODELAGEM E ANÁLISE ESTRUTURAL

As ações variáveis se caracterizam por apresentar


valores que se modificam significativamente du-
Neste capítulo será fornecida uma visão geral rante a vida útil da estrutura, podendo ter natureza
elementar a respeito das ações que podem atuar e intensidade normais, ou natureza ou intensida-
nas estruturas e sobre comportamento, seguran- de especial. As de natureza e intensidade normais
ça, modelagem e análise estrutural, assuntos que possuem valores significativos durante uma parte
constituem a base para o desenvolvimento de importante da vida útil da estrutura, embora, em
qualquer projeto. No seu conteúdo, procurou se alguns períodos, possam ser até nulas. É o caso
referir às prescrições incluídas nas normas ABNT das ações devidas ao uso e ocupação da edifica-
NBR 8800:2008 e ABNT NBR 16239:2013, ção como sobrecargas em pisos e coberturas e as
com destaque para as estruturas treliçadas. decorrentes de equipamentos e divisórias móveis,
do vento usual e da variação da temperatura (cau-
sada pelo clima ou por equipamentos) e, ainda,
2.2. AÇÕES as ações truncadas (ações cuja superação do valor
máximo estipulado é restringida por um dispositi-
2.2.1. Definição e classificação vo físico, como a água das caixas d’água). As ações

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


As ações, definidas como quaisquer influências variáveis de natureza ou intensidade especial são
que produzam tensões, deformações ou movimen- transitórias, com tempo de duração diminuto em
tos de corpo rígido em uma estrutura, para efeito relação à vida útil da estrutura, e possuem valores
de projeto estrutural, são usualmente classificadas mais elevados que os das outras ações variáveis,
quanto à variabilidade com o tempo. Nesse modo como é o caso das ações originadas de sismos e de
de classificação, elas podem ser permanentes, vari- transporte de equipamentos de grande peso.
áveis ou excepcionais. As ações excepcionais possuem valores importantes
As ações permanentes se caracterizam por apresen- apenas durante uma fração muito pequena da vida
tar valores praticamente invariáveis durante a vida útil da estrutura e, além disso, têm baixa probabili-
útil da estrutura, podendo ser diretas ou indiretas. dade de ocorrência. É o caso das ações decorrentes
São ações diretas o peso próprio da estrutura e dos de explosões, de choques de veículos ou embarca-
componentes da construção como pisos, paredes ções, de ventos extraordinários (furacão, tornado),
permanentes, revestimentos e acabamentos, ins- de incêndio, de sismos excepcionais, etc.
talações, equipamentos fixos, etc., e os empuxos A Figura 2.1 exemplifica o comportamento com o
devidos ao peso próprio de terras não removíveis. decorrer do tempo das ações permanentes, variá-
São ações indiretas a protensão, os recalques de veis normais e especiais, e excepcionais.
apoio e a retração dos materiais.
77
Figura 2.1 - Variação das ações com o tempo

Neste livro não são abordadas as ações variáveis nece também os fatores de majoração das forças
especiais e as ações excepcionais (as ações variáveis gravitacionais e os valores das forças horizontais
citadas a partir de agora são as de natureza e inten- decorrentes de impactos do funcionamento de
sidade normais). equipamentos móveis, como elevadores, talhas e
pontes rolantes (essas solicitações são muitas vezes
fornecidas pelos fabricantes, mas não podem ser
2.2.2. Informações sobre os valores das adotados valores inferiores aos da norma).
ações permanentes e variáveis No caso do vento usual, uma ação variável tam-
As ações permanentes são obtidas a partir dos pe- bém bastante comum, para obtenção de suas for-
sos específicos dos materiais utilizados na edifica- ças sobre a estrutura, deve ser obedecida a norma
ção. A norma brasileira ABNT NBR 6120:1980 brasileira ABNT NBR 6123:1988.
fornece os valores de muitos materiais usuais.

As ações variáveis mais comuns são as sobrecargas 2.2.3. Significado dos valores das ações
nos pisos e coberturas das edificações, decorrentes
de pessoas, móveis, utensílios e veículos. As sobre- As normas e especificações, de modo geral, for-
cargas têm os seus valores mínimos previstos pela necem os valores característicos das ações. Para
já mencionada norma ABNT NBR 6120:1980. as ações permanentes, o valor característico AG,k
é o valor médio e, para as ações variáveis, o valor
A ABNT NBR 8800:2008 fornece, em seu Ane- característico AQ,k é aquele que tem entre 25%
xo B, prescrições complementares sobre as ações e 35% de probabilidade de ser ultrapassado no
variáveis, estabelecendo, por exemplo, valores sentido desfavorável durante a vida útil da edifi-
mínimos de sobrecarga nas coberturas comuns e cação, conforme ilustra, de modo simplificado,
nas lajes em fase de construção. Essa norma for- a Figura 2.2.

78
AG,k

Figura 2.2 - Valores das ações considerando a variação com o tempo

Nas ações variáveis definem-se ainda os valores 2.3.2. Estados-limites Últimos


frequente, AQ,fr, e quase permanente, AQ,qp, mos-
trados na Figura 2.2. O primeiro se repete cerca 2.3.2.1. Definição
de 105 vezes durante a vida útil da estrutura, po-
Os estados-limites últimos se relacionam com a
dendo, para fins práticos, ser tomado como igual
segurança estrutural. A ocorrência desse tipo de
ao produto do valor característico AQ,k pelo fator
estado-limite significa colapso, total ou parcial.
de redução y1 dado na Tabela 2.1, fornecida no
Subitem 2.3.2.3.1. O segundo se manifesta por

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


um tempo da ordem da metade da vida útil da
estrutura, podendo ser tomado como igual ao 2.3.2.2. Condição de Dimensionamento
produto do valor característico AQ,k pelo fator de
redução y2, também dado na Tabela 2.1. Na verificação dos estados-limites últimos, deve
ser atendida a relação:


2.3. MÉTODO DOS Sd
≤ 1,0 (2.1)
ESTADOS-LIMITES Rd
2.3.1. Fundamento
onde Sd é o esforço solicitante de cálculo (força
O Método dos estados-limites é um método de
axial de tração ou compressão, momento fletor ou
dimensionamento pelo qual uma estrutura é ve-
força cortante, ou ainda, em situações específicas,
rificada sob condições extremas, caracterizadas
uma tensão) que causa o estado-limite, e Rd o es-
pelos chamados estados-limites últimos e estados-
forço resistente de cálculo.
-limites de serviço.


79




Muitos estados-limites últimos podem também ser causados simultaneamente por mais de um esforço
solicitante, quando são empregadas expressões de interação do tipo:

k k2 kn 1 kn
 S d ,1  1 S   S d ,n 1   S d ,n 
1     2  d ,2   ...  n 1    n    1,0   (2.2)
R  R  R  R 
 d ,1   d ,2   d ,n 1   d ,n 

em que Sd,1 a Sd,n são os n esforços solicitantes de ações e, para as ações variáveis, também os valores
cálculo, Rd,1 a Rd,n os correspondentes esforços re- reduzidos. Observa-se que valores iguais ou su-
sistentes de cálculo e w1 a wn e k1 a kn fatores e periores ao característico não estão ocorrendo no
potências de ajuste oriundos de resultados de aná- mesmo intervalo de tempo para as ações variáveis.
lises numéricas e experimentais, respectivamente. Como são duas as ações variáveis, devem ser fei-
tas as duas combinações seguintes, uma para cada
ação variável considerada como principal:
2.3.2.3. Determinação dos Esforços Solicitantes - C1 = AG,k + AQ,sc,k + AQ,ve,red
de Cálculo
- C2 = AG,k + AQ,ve,k + AQ,sc,red
2.3.2.3.1. Fundamentos da Combinação de Ações
onde AG,k é o valor característico da ação perma-
Se apenas uma ação variável solicita a estrutura, a nente, AQ,sc,k e AQ,sc,red os valores característico e re-
combinação de ações a ser utilizada pode ser ob- duzido da sobrecarga, respectivamente, e AQ,ve,k e
tida pela soma do valor característico dessa ação AQ,ve,red os valores característico e reduzido da ação
com os valores característicos das ações perma- do vento. A combinação que fornece o maior efei-
nentes, que estão sempre presentes. to deve ser adotada e a outra desprezada.
Se atuar mais de uma ação variável, é imprová-
vel que todas estejam com valor igual ou superior
ao característico no mesmo intervalo de tempo,
durante a vida útil da edificação. Por essa razão,
considera-se que o efeito mais desfavorável do
conjunto de ações ocorre quando uma das ações
variáveis encontra-se com seu valor característico
e as outras com valores chamados de reduzidos
(inferiores ao característico em até 50%, depen-
dendo do tipo da ação). Deve-se considerar o
valor característico de cada ação variável, o que
conduz a tantas combinações diferentes quantas
forem as ações variáveis, sendo que a combinação
que produz o maior valor do efeito é adotada e as
demais desprezadas. A ação variável com o valor
característico na combinação é denominada ação
variável principal. A Figura 2.3 ilustra a atuação
ao longo do tempo da ação permanente, da sobre-
carga e do vento e os valores característicos dessas
80
Ações
variáveis

Figura 2.3 - Combinação de ações

Obtêm-se os valores reduzidos das ações variáveis efetuando-se o produto entre o valor característico e
o fator de combinação y0. O valor desse fator depende do tipo da ação, do local em que ela atua e, em
alguns casos, do elemento estrutural, e encontra-se na Tabela 2.1.

Tabela 2.1 - Fator de combinação das ações variáveis y0 e fatores de redução y1 e y2

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


Ações y0 y1 y2
Locais em que não há predominância de pesos e de equipamentos que perma-
necem fixos por longos períodos de tempo, nem de elevadas concentrações de 0,5 0,4 0,3
pessoas a)
Ações variáveis
causadas pelo uso e Locais em que há predominância de pesos e de equipamentos que perma-
necem fixos por longos períodos de tempo, ou de elevadas concentrações de 0,7 0,6 0,4
ocupação pessoas b)

Bibliotecas, arquivos, depósitos, oficinas e garagens e sobrecargas em coberturas 0,8 0,7 0,6

Vento Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral 0,6 0,3 0


Temperatura Variações uniformes de temperatura em relação à média anual local 0,6 0,5 0,3
Passarelas de pedestres 0,6 0,4 0,3
Cargas móveis e seus Vigas de rolamento de pontes rolantes 1,0 0,8 0,5
efeitos dinâmicos Pilares e outros elementos ou subestruturas que suportam vigas de rolamento
0,7 0,6 0,4
de pontes rolantes
a)
Edificações residenciais de acesso restrito.
b)
Edificações comerciais, de escritórios e de acesso público.

81
2.3.2.3.2. Consideração dos Coeficientes de Ponde- onde:
ração na Combinação de Ações
AGi,k são os valores característicos das ações per-
No dimensionamento estrutural, as ações par- manentes;
ticipantes de uma combinação devem ser majo-
radas por coeficientes de ponderação, para que AQ1,k é o valor característico da ação variável consi-
sejam consideradas incertezas quanto aos valores derada como principal na combinação, conforme
característicos. Além disso, como o que interessa definida em 2.3.2.3.1 (lembra-se aqui que deve
na verificação do colapso estrutural são os efeitos ser uma combinação para cada ação variável con-
das ações, os coeficientes de ponderação também siderada como principal);
levam em conta incertezas relacionadas à intensi- AQj,k são os valores característicos das demais ações
dade desses efeitos obtidos da análise estrutural, variáveis, consideradas secundárias, que podem
que utiliza um modelo idealizado, especialmente atuar concomitantemente com a ação variável
no que se refere às dimensões das peças estruturais principal;
e aos graus de rigidez das ligações entre as barras e
dos apoios. Assim, os efeitos das ações, por exem- ggi, gq1 e gqj são os coeficientes de ponderação das
plo, os esforços solicitantes de cálculo, Sd, devem ações permanentes, da ação variável principal e
ser obtidos a partir de análise estrutural feita com das demais ações variáveis, respectivamente, geral-
a seguinte combinação de ações, chamada de mente maiores que 1,0, dados na Tabela 2.2;
combinação última de ações:
y0j são os fatores de combinação das ações, já
mencionados em 2.3.2.3.1 e dados na Tabela 2.1.

(2.3)

Tabela 2.2 - Coeficientes de ponderação das ações

Ações permanentes (gg )

Diretas
Peso próprio de
Peso próprio
Combinações estruturas molda-
de elementos Peso próprio de ele-
Peso próprio Peso próprio de das no local e de Indiretas
construtivos mentos construtivos
de estruturas estruturas pré-mol- elementos cons-
industrializados em geral e equipa-
metálicas dadas trutivos industria-
com adições “in mentos
lizados e empuxos
loco”
permanentes
1,25 1,30 1,35 1,40 1,50 1,20
Normais
(1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (0)
1,15 1,20 1,25 1,30 1,40 1,20
De construção
(1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (0)

Ações variáveis (gq )


Combinações
Efeito da tem- Demais ações variáveis, incluindo as
Ação do vento Ações truncadas
peratura a) decorrentes do uso e ocupação

Normais 1,20 1,40 1,20 1,50

De construção 1,00 1,20 1,10 1,30


a)
O efeito de temperatura não inclui o gerado por equipamentos, o qual deve ser considerado como ação decorrente do uso e ocupação
da edificação.
82
As incertezas variam em função do tipo de ação. ponderação igual a 1,40, quando as ações variáveis
Assim, as incertezas relacionadas às ações per- decorrentes do uso e ocupação atuando em pisos
manentes são menores que as relacionadas às e coberturas forem iguais ou inferiores, em valores
ações variáveis, e mesmo entre estas, as incer- característicos, a 5 kN/m2. O coeficiente de pon-
tezas também não são as mesmas. Dessa forma, deração das ações permanentes pode ser reduzido
diferentes coeficientes de ponderação são pres- para 1,35 se as ações variáveis superarem 5 kN/m2.
critos para diferentes tipos de ações. Existem Nas combinações de construção e especiais, os co-
ainda coeficientes diferentes para as chamadas eficientes citados devem ser tomados iguais a 1,30
“combinações últimas normais”, que são aquelas e 1,25, respectivamente.
que devem ser usadas para os estados-limites úl-
timos que podem ocorrer durante a vida útil da Caso as ações permanentes diretas que aumentam
edificação, após a obra ter sido finalizada, e para o valor do efeito procurado tenham sido agrupadas,
as “combinações últimas de construção”, que de- as ações variáveis que aumentam o valor desse efei-
vem ser usadas para os estados-limites últimos to podem, também, ser agrupadas, com coeficiente
que podem ocorrer durante a construção. de ponderação igual a 1,40, quando as ações variá-
veis decorrentes do uso e ocupação forem iguais ou
As ações permanentes possuem dois coeficientes inferiores, em valores característicos, a 5 kN/m2, ou
de ponderação. Um desses coeficientes é maior 1,50 quando isso não ocorrer. Nas combinações de
que 1,0 e deve ser usado quando a ação perma- construção e especiais, esses coeficientes são iguais
nente aumenta o valor do efeito procurado (nesse a 1,20 e 1,30, respectivamente.
caso, a ação permanente é chamada de “desfavorá-
vel à segurança”). O outro, mostrado na Tabela 2.2 Evidentemente, quando se opta por agrupar as
entre parênteses, é igual a 1,0 ou nulo e deve ser ações variáveis, pode-se ainda, para simplificar os
usado quando a ação permanente reduz o valor do cálculos, conservadoramente, tomar todos os fato-
efeito procurado (nesse caso, a ação permanente é res de combinação dessas ações como 1,0. Nesse
chamada de “favorável à segurança”). A existência caso, a combinação de ações se torna ainda mais
desses dois coeficientes para as ações permanentes simples, bastando multiplicar todas as ações per-
é essencial para a segurança, pois esse tipo de ação manentes diretas que aumentam o valor do efeito
procurado por um único coeficiente de ponde-

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


não pode ser excluído das combinações.
ração, e todas as ações variáveis também por um
As ações variáveis que reduzem o efeito procurado único coeficiente (deixa de existir a ação variável
devem ser excluídas das combinações, até porque principal e, obviamente, a necessidade de se efetu-
esse tipo de ação pode ter intensidade nula em de- ar uma combinação para cada ação variável consi-
terminados intervalos de tempo. derada como principal).

2.3.2.3.3. Consideração de Ações Agrupadas 2.3.2.4. Determinação dos Esforços Resistentes


de Cálculo
Para combinar as ações de modo mais simples,
as ações permanentes diretas podem ser ponde- Um esforço resistente de cálculo é dado por:
radas por um único coeficiente, bem como as
ações variáveis. Rk
Rd    (2.4)
Nas combinações normais, as ações permanen- 
tes diretas que aumentam o valor do efeito pro-
curado (“desfavoráveis à segurança”) podem ser onde g é o coeficiente de ponderação da resis-
consideradas todas agrupadas, com coeficiente de tência, e Rk é o esforço resistente nominal para o
83
estado-limite último em consideração. A divisão 1975; Ellingwood et al., 1982; Galambos et al.,
do esforço Rk pelo coeficiente g permite levar em 1982; Ang e Tang, 1984; Haldar e Mahadevan,
conta o fato de que tal esforço pode ser menor que 2000; EN 1990:2002; ANSI/AISC 360-10), os
o previsto, devido à variabilidade das proprieda- coeficientes de ponderação da resistência, os co-
des mecânicas do aço, e ainda devido a incertezas eficientes de ponderação e os fatores de combi-
relativas ao comportamento das peças no colapso, nação das ações são estabelecidos de forma que a
à execução da estrutura, às dimensões das seções probabilidade de ocorrência de um estado-limite
transversais das peças, etc. seja extremamente reduzida, situando-se dentro
de limites considerados aceitáveis.
O coeficiente de ponderação da resistência do aço
dos perfis estruturais é desmembrado em dois ou-
tros coeficientes, ga1 e ga2, com ga1 aplicável aos es-
tados-limites últimos relacionados ao escoamento 2.3.3. Estados-limites de Serviço
e à instabilidade (incluindo a flambagem) e ga2 aos 2.3.3.1. Definição
estados-limites relacionados à ruptura, com os se-
guintes valores: Os estados-limites de serviço se relacionam à ca-
pacidade da estrutura de desempenhar satisfato-
a1 = 1,10  (2.5) riamente as suas funções. Sua ocorrência pode
prejudicar a aparência e a funcionalidade de uma
a2 = 1,35  (2.6) edificação, o conforto dos ocupantes e o funcio-
namento de equipamentos, além de causar racha-
duras e trincas em alvenarias e danos diversos a
No caso dos elementos estruturais mistos, adota-se:
portas, esquadrias, janelas, etc., e a materiais de
- para o concreto: acabamento.

c = 1,40  (2.7)
2.3.3.2. Condição de Dimensionamento

- para o aço das barras de armadura: Para que não ocorram estados-limites de servi-
ço, certos deslocamentos da estrutura, obtidos
a partir de uma combinação de ações de serviço
s = 1,15  (2.8)
(ver 2.3.3.3), não podem superar valores máxi-
mos permitidos, estabelecidos pela ABNT NBR
Observa-se que o coeficiente de ponderação do
8800:2008 com base em experiências pregressas
aço é menor que o do concreto, uma vez que as
(ver 2.3.3.4 e 2.3.3.5).
incertezas relacionadas ao primeiro, que é um ma-
terial homogêneo e praticamente isotrópico, são
inferiores às do segundo. 2.3.3.3. Determinação dos Deslocamentos
2.3.2.5. Segurança Estrutural 2.3.3.3.1. Combinações de Ações de Serviço
Os esforços solicitantes são grandezas probabilís- Os deslocamentos de uma estrutura, para verifi-
ticas e, conforme explicitado anteriormente, su- cação dos estados-limites de serviço, devem ser
jeitos a incertezas de diversas naturezas. Assim, determinados com base em combinações de ações
não existe garantia plena de que uma estrutura de serviço. Essas combinações, de acordo com seu
seja absolutamente segura. No entanto, via con- período de atuação na estrutura, são classificadas
ceitos e métodos da Confiabilidade Estrutural, em quase permanentes, frequentes e raras.
que não serão abordados aqui (ver Ang e Tang,
84
As combinações quase permanentes são aquelas danos aos fechamentos. Nessas combinações, as
que podem atuar da ordem da metade do período ações permanentes ficam com seus valores carac-
de vida útil da estrutura e devem ser usadas quan- terísticos AG,k, a ação variável principal é tomada
do se verifica apenas a aparência, o que é feito em com seu valor característico AQ1,k e as demais ações
situações nas quais os deslocamentos não provo- variáveis com seus valores frequentes y1AQ,k:
quem danos a componentes da construção. Nes-
sas combinações, as ações permanentes ficam com
 
m n
seus valores característicos AG,k e as variáveis com C ra ,ser  ∑ AGi ,k  AQ 1,k  ∑  1 j AQj ,k  
seus valores quase permanentes y2AQ,k (produto i 1 j 2
do valor característico pelo fator de redução y2): (2.11)

Os valores dos fatores de redução y1 e y2, que


 
m n
C qp ,ser  ∑ AGi ,k  ∑  2 j AQj ,k   (2.9) permitem chegar aos valores quase permanentes
i 1 j 1
e frequentes das ações variáveis, são fornecidos na
Tabela 2.1, em função do tipo de ação variável.
As combinações frequentes são aquelas que se re- Evidentemente, ações variáveis que reduzem o
petem por volta de 105 vezes no período de vida efeito procurado devem ser excluídas das combi-
útil ou que têm uma duração de aproximadamen- nações (por exemplo, caso se esteja calculando a
te 5% desse período e devem ser usadas quando flecha de uma viga, de sentido gravitacional, ações
se verificam estados-limites reversíveis, ou seja, que causam translações de baixo para cima não
que não causem danos permanentes à estrutura entram nas combinações).
ou a outros componentes da construção, incluin-
do os relacionados ao conforto dos usuários e ao Para diversas situações, a ABNT NBR 8800:2008
funcionamento de equipamentos, tais como vi- estabelece a combinação de ações ou, às vezes, até
brações excessivas, movimentos laterais excessivos mesmo uma ação específica, que deve ser utilizada
que comprometam a vedação, empoçamentos em na verificação de um determinado deslocamento.
coberturas e aberturas de fissuras. Nessas combi- Em outras situações, a norma brasileira deixa a
nações, as ações permanentes ficam com seus va- cargo do responsável técnico pelo projeto estrutu-

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


lores característicos AG,k, a ação variável principal é ral analisar criteriosamente o problema e decidir
tomada com seu valor frequente y1AQ1,k (produto que combinação deve ser adotada. Por exemplo,
do valor característico pelo fator de redução y1) e se o único aspecto relevante a ser levado em con-
as demais ações variáveis com seus valores quase ta é a aparência, deve-se usar a combinação quase
permanentes y2AQ,k: permanente. Se um elemento estrutural suportar
somente componentes da edificação não sujeitos
à fissuração e se seu comportamento em serviço
 
m n
C fr ,ser  ∑ AGi ,k  1 AQ 1,k  ∑  2 j AQj ,k   for elástico, pode-se considerar o deslocamen-
i 1 j 2 to excessivo como um estado-limite reversível e
(2.10) usar a combinação frequente. Por outro lado, se
o elemento suportar componentes da edificação
As combinações raras são aquelas que podem atuar sujeitos à fissuração ou se seu comportamento em
no máximo algumas horas durante o período de serviço levar à ocorrência de deformações plásti-
vida útil da estrutura e devem ser usadas quando cas, deve-se entender seu deslocamento excessivo
se verificam estados-limites irreversíveis, ou seja, como um estado-limite irreversível e usar a com-
que causem consequências permanentes à estru- binação rara.
tura ou a outros componentes da construção, e
aqueles relacionados ao funcionamento adequado
da estrutura, tais como a formação de fissuras e
85
2.3.3.3.2. Valores dos Deslocamentos longa duração das ações permanentes (se houver),
d3 é o deslocamento devido às ações variáveis, in-
O cálculo dos deslocamentos, usando as com- cluindo, se houver, os efeitos de longa duração de-
binações de ações de serviço, pode ser feito por vidos aos valores quase permanentes dessas ações,
procedimentos como a teoria da linha elástica dmax é o deslocamento máximo da viga no estágio
e o princípio dos trabalhos virtuais. Quando a final de carregamento levando-se em conta a con-
estrutura possui muitas barras ou alto grau de traflecha e dtot é a soma de d1, d2 e d3 (no cálculo
hiperestaticidade, é recomendável usar um pro- dos deslocamentos verticais a serem comparados
grama de computador. com os valores máximos dados na Tabela 2.3, po-
de-se deduzir o valor da contraflecha da viga até
o limite do valor da flecha proveniente das ações
2.3.3.4. Valores dos Deslocamentos Permitidos permanentes). Os efeitos de longa duração (fluên-
e Ações a Serem Consideradas cia e retração do concreto) devem ser levados em
conta utilizando-se uma norma brasileira aplicá-
Os valores máximos para os deslocamentos verti- vel ou, na sua ausência, uma norma internacional
cais (usualmente flechas) e horizontais são dados ou, ainda, simplificadamente, multiplicando-se a
na Tabela 2.3. No caso dos deslocamentos verti- razão modular (razão entre os módulos de elastici-
cais, tais valores têm como referência uma viga dade do aço e do concreto) por 3 e ignorando-se a
birrotulada, mostrada na Figura 2.4, na qual d0 participação do concreto na zona tracionada para
é a contraflecha da viga, d1 é o deslocamento de- determinação dos deslocamentos provenientes das
vido às ações permanentes, sem efeitos de longa ações permanentes e dos valores quase permanen-
duração, d2 é o deslocamento devido aos efeitos de tes das ações variáveis.

Figura 2.4 - Deslocamentos verticais a serem considerados

86
Tabela 2.3 - Deslocamentos máximos

a)
Descrição δ
L/180 b)
- Travessas de fechamento
L/120 c) d)
L/180 e)
- Terças de cobertura g)
L/120 f)

- Vigas de cobertura g) L/250 h)

- Vigas de piso L/350 h)

- Vigas que suportam pilares L/500 h)

Vigas de rolamento: j)
- Deslocamento vertical para pontes rolantes com capacidade nominal inferior a 200 kN L/600 i)
- Deslocamento vertical para pontes rolantes com capacidade nominal igual ou superior a 200 kN, exceto pontes
siderúrgicas L/800 i)
- Deslocamento vertical para pontes rolantes siderúrgicas com capacidade nominal igual ou superior a 200 kN
- Deslocamento horizontal, exceto para pontes rolantes siderúrgicas L/1000 i)
- Deslocamento horizontal para pontes rolantes siderúrgicas L/400
L/600
Galpões em geral e edifícios de um pavimento:
- Deslocamento horizontal do topo dos pilares em relação à base H/300
- Deslocamento horizontal do nível da viga de rolamento em relação à base H/400 k) l)
Edifícios de dois ou mais pavimentos:
- Deslocamento horizontal do topo dos pilares em relação à base H/400
- Deslocamento horizontal relativo entre dois pisos consecutivos h/500 m)

a)
L é o vão teórico entre apoios ou o dobro do comprimento teórico do balanço, H é a altura total do pilar (distância do topo à base) ou
a distância do nível da viga de rolamento à base, h é a altura do andar (distância entre centros das vigas de dois pisos consecutivos ou

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


entre centros das vigas e a base no caso do primeiro andar).
b)
Deslocamento paralelo ao plano do fechamento (entre linhas de tirantes, caso estes existam).
c)
Deslocamento perpendicular ao plano do fechamento.
d)
Considerar apenas as ações variáveis perpendiculares ao plano de fechamento (vento no fechamento) com seu valor característico.
e)
Considerar combinações raras de serviço, utilizando-se as ações variáveis de mesmo sentido que o da ação permanente.
f)
Considerar apenas as ações variáveis de sentido oposto ao da ação permanente (vento de sucção) com seu valor característico.
g)
Deve-se também evitar a ocorrência de empoçamento, com atenção especial aos telhados de pequena declividade.
h)
Caso haja paredes de alvenaria sobre ou sob uma viga, solidarizadas com essa viga, o deslocamento vertical também não deve exceder a
15 mm.
i)
Valor não majorado pelo coeficiente de impacto.
j)
Considerar combinações raras de serviço.
k)
No caso de pontes rolantes siderúrgicas, o deslocamento também não pode ser superior a 50 mm.
l)
O diferencial do deslocamento horizontal entre pilares do pórtico que suportam as vigas de rolamento não pode superar 15 mm.
m)
Tomar apenas o deslocamento provocado pelas forças cortantes no andar considerado, desprezando-se os deslocamentos de corpo
rígido provocados pelas deformações axiais dos pilares e vigas.

87
Embora os deslocamentos permitidos nas vigas se máximo do piso, desprezando as possíveis contra-
refiram a barras birrotuladas, eles podem ser usa- flechas das vigas, for menor que 20 mm;
dos em vigas com outras condições de contorno.
A única exceção diz respeito às vigas em balanço, b) nos pisos em que as pessoas saltam ou dan-
em que a flecha a ser limitada é o deslocamento çam de forma rítmica, como os de academias de
vertical na extremidade livre e o vão L a ser consi- ginástica, salões de dança, ginásios e estádios de
derado é igual a duas vezes o comprimento teórico esportes, a menor frequência natural não pode
do balanço (ver nota “a” da Tabela 2.3). ser inferior a 6 Hz, ou a 8 Hz se a atividade for
muito repetitiva, como ginástica aeróbica. Essas
Adicionalmente, para galpões em geral e edifícios condições ficam satisfeitas se o deslocamento
de um pavimento com paredes de alvenaria, deve vertical máximo, desprezando as possíveis con-
ser limitado o deslocamento horizontal (perpen- traflechas das vigas, for menor que 9 mm ou
dicular à parede) da estrutura, de forma que a 5 mm, respectivamente.
abertura da fissura que possa ocorrer na base da
parede não supere 1,5 mm, considerando a parede No cálculo do deslocamento vertical máximo do
como painel rígido (Figura 2.5). piso (nível mais baixo atingido pelo piso em rela-
ção ao nível antes de atuar o carregamento, consi-
derando os deslocamentos de vigas principais, se-
cundárias e apoios, conforme ilustra a Figura 2.6),
devem-se usar combinações frequentes de ações de
serviço, por se tratar de um estado-limite reversí-
vel, e considerar todas as vigas do piso como bir-
rotuladas (mesmo que possuam outras condições
de contorno). Além disso, pode-se excluir a parcela
dependente do tempo das ações permanentes.

Nível do piso
descarregado
Figura 2.5 – Deslocamento de parede como painel rígido

2.3.3.5. Limites para Vibrações em Pisos

Nos pisos de edifícios, deve-se efetuar análise di-


nâmica para verificar a possibilidade de ocorrência
de vibrações excessivas. Alternativamente, a ABNT dv,max= deslocamento vertical máximo
do piso, incluindo as contribuições
NBR 8800:2008 recomenda um método simplifi- das vigas principais e secundárias e
cado, advertindo que, eventualmente, seu emprego dos pisos
pode não levar a um resultado satisfatório. Esse mé-
todo é constituído pelas seguintes regras:
Figura 2.6 – Deslocamento vertical de pisos
a) nos pisos em que as pessoas caminham regular-
mente, como os de residências e escritórios, a fre-
quência natural não pode ser inferior a 4 Hz. Essa
condição fica satisfeita se o deslocamento vertical
88
A análise estrutural deve ser feita com um modelo
2.4. ANÁLISE ESTRUTURAL realista, levando-se em conta as deformações das
barras causadas por momento fletor e força axial
2.4.1. Ideias Iniciais e, quando for relevante, também a deformação
Denomina-se análise estrutural a obtenção das causada por força cortante. Quando necessário, a
respostas da estrutura, expressas usualmente em interação solo-estrutura e o comportamento das
termos de esforços solicitantes, tensões e desloca- ligações devem ser contemplados no modelo.
mentos, a uma combinação de ações, por meio do
De modo geral, são empregados programas com-
estabelecimento de relações de equilíbrio.
putacionais para a execução da análise estrutural,
A análise estrutural é classificada como elástica de pois permitem obter soluções numéricas para es-
primeira ordem se as relações de equilíbrio são es- truturas com alto grau de indeterminação. Esses
tabelecidas com base na geometria indeformada (ou programas, desenvolvidos com base em soluções
original) da estrutura, e os materiais dos elementos numéricas, são em geral associados a pré e pós
estruturais são considerados com comportamento processadores gráficos que facilitam sua interação
sempre elástico-linear. Esse tipo de análise é o mais com o usuário, tornando confortável o lançamen-
simples e bastante familiar dos profissionais que mi- to estrutural e a visualização dos resultados, esses
litam na área de engenharia de estruturas. últimos na forma de diagramas de distribuição dos
esforços solicitantes, escalas de cores das tensões e
Se as relações de equilíbrio são estabelecidas com da estrutura deformada. No entanto, eles exigem
base na geometria deformada da estrutura, com conhecimento e experiência de modo a permitir
os materiais considerados com comportamento uma avaliação criteriosa, distinguindo os resul-
sempre elástico, a análise é classificada como elás- tados válidos daqueles que não correspondem ao
tica de segunda ordem. Esse tipo de análise é mais comportamento real da estrutura.
complexo, pois como a geometria deformada da
estrutura não é conhecida durante a formulação
das relações de equilíbrio, é necessário o emprego 2.4.2. Componentes Resistentes e Não
de um procedimento incremental-iterativo. Nesse Resistentes a Ações Horizontais

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


procedimento, a geometria deformada, obtida de
um ciclo de cálculos anterior, é usada como base É possível identificar, dentro de uma estrutura, su-
para a formulação das relações de equilíbrio do bestruturas que, devido à grande rigidez lateral, su-
ciclo de cálculos seguinte. portam a totalidade ou a quase totalidade das ações
horizontais atuantes. Essas subestruturas, que esta-
Neste capítulo, será considerado que a análise bilizam a edificação, são denominadas subestruturas
elástica de primeira ordem já é conhecida. Assim, de contraventamento, e podem ser (Figura 2.7):
será dada ênfase à análise elástica de segunda or-
dem, com apresentação de alguns conceitos rele- - pórticos em forma de treliça, também chamados
vantes sobre a mesma e de um método simplifica- de sistemas treliçados ou, simplesmente, de con-
do para sua execução indicado pela ABNT NBR traventamentos;
8800:2008. Nesse contexto, como complemento
importante, procurar-se-á apresentar uma visão - pórticos nos quais a estabilidade é assegurada
geral do comportamento dos sistemas estruturais pela rigidez à flexão das barras e pela capacidade
no que tange à estabilidade lateral das edificações de transmissão de momentos das ligações, conhe-
e à necessidade de se efetuar análise elástica de se- cidos simplesmente como pórticos;
gunda ordem. Análises estruturais fora do regime
- paredes de cisalhamento, incluindo-se os núcleos
elástico não serão abordadas, uma vez que não são
de concreto.
utilizadas na maior parte dos projetos.
89
Figura 2.7 – Subestruturas de contraventamento e elementos contraventados

Observa-se que as estruturas são, na realidade, tri- horizontais e cargas gravitacionais. A Figura 2.8
dimensionais, e precisam dispor de subestruturas mostra uma barra engastada em uma extremidade
de contraventamento que as estabilizam nas duas e livre na outra (barra em balanço), uma barra bir-
direções principais. rotulada e uma barra engastada-rotulada, exem-
plos típicos de elementos isolados.
As estruturas podem apresentar também compo-
nentes com capacidade nula ou desprezável de re-
sistir às ações horizontais, cuja função básica é de
conduzir as cargas gravitacionais até as fundações.
Esses componentes são denominados elementos
contraventados e, na Figura 2.7, são os compo-
nentes verticais que não fazem parte das subestru-
turas de contraventamento. A estabilidade lateral
dos elementos contraventados é proporcionada
pelas subestruturas de contraventamento, ou seja,
as forças que tendem a desestabilizar os elementos
contraventados são transferidas para as subestru- Figura 2.8 – Exemplos de elementos isolados
turas de contraventamento, e precisam ser consi-
deradas no dimensionamento destas últimas.

Podem ainda existir elementos que não dependem


das subestruturas de contraventamento para sua
estabilidade lateral, e que também não são usados
para estabilizar outros componentes estruturais.
Esses elementos recebem a denominação de isola-
dos, possuem um comportamento independente
do restante da estrutura e podem suportar ações
90
2.4.3. Análise de Segunda Ordem
2.4.3.1. Efeitos Global e Local de Segunda Ordem

O efeito global de segunda ordem ou efeito P-D, conhecido vulgarmente como efeito “pê-deltão”, é ca-
racterizado pelas respostas aos deslocamentos horizontais relativos das extremidades das barras, obtidas
com o equilíbrio na configuração deformada da estrutura. Como exemplo, será tomada a estrutura de
dois andares da Figura 2.9, constituída por um pórtico e por um elemento contraventado, submetida a
um conjunto de forças horizontais e cargas verticais, cujos primeiro e segundo andares apresentam deslo-
camentos horizontais iguais a D1 e D2, respectivamente.

Figura 2.9 – Efeito global de segunda ordem

Quando se considera a carga gravitacional total As forças horizontais totais resultantes nos níveis
no primeiro andar deslocada de D1 e a carga gra- inferior e superior dos dois andares são as dife-
vitacional total no segundo andar deslocada de renças entre as forças H0 nesses níveis, conforme
D2 em relação à posição original, surgem nesses se vê na Figura 2.9. Essas forças podem alterar os

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


andares momentos de segunda ordem, respectiva- valores dos esforços solicitantes nas extremidades
mente iguais a: das barras, especialmente o momento fletor.

O efeito local de segunda ordem ou efeito P-d, co-


M0,1 = (P1,2 + P2,2 + P3,2 + P1,1 + P2,1 + P3,1) 1 
nhecido como efeito “pê-deltinha”, é caracteriza-
(2.12)
do pelas respostas decorrentes dos deslocamentos
transversais de cada barra da estrutura submetida
M0,2 = (P1,2 + P2,2 + P3,2) (2  1)  (2.13)
à força axial. A Figura 2.10 ilustra esse efeito para
barras com curvatura simples e curvatura reversa.
Esses dois momentos podem ser transformados A força axial de compressão P atuante na barra
nas forças horizontais equivalentes, de sentidos provoca um aumento do momento fletor nas se-
opostos, no primeiro e no segundo andar, respec- ções transversais situadas entre as duas extremida-
tivamente, dadas por: des dessa barra, cujo valor máximo é igual ao pro-
duto P vezes d, onde d é o máximo deslocamento
M 0,1
H 0,1    transversal provocado pela curvatura da barra (lo-
h1 (2.14) gicamente, o aumento do momento é nulo nas
M 0,2 extremidades e variável ao longo do comprimen-
H 0,2    to da barra). Se a força axial for de tração, ocorre
h2 (2.15) uma redução do momento fletor.
91
especializadas executam essa análise, fornecendo
resultados bastante precisos. Alternativamente, a
ABNT NBR 8800:2008 apresenta um método
simplificado, denominado Método da Amplifica-
ção dos Esforços Solicitantes (MAES), segundo o
qual a análise de segunda ordem é simulada, com
precisão aceitável, a partir de duas análises de pri-
meira ordem.

2.4.3.2.2. Método da Amplificação dos Esforços


Solicitantes
Figura 2.10 – Efeito local de segunda ordem, P-d, em barras com
curvaturas simples e reversa Usando-se o MAES, a estrutura analisada, chama-
da de Estrutura Original, é inicialmente substitu-
Obviamente, o efeito local de segunda ordem afe- ída pela soma de duas outras, conforme se vê na
ta exclusivamente o valor do momento fletor. Figura 2.11: uma estrutura com o carregamento
total e com nós impedidos de se deslocar lateral-
mente, pela colocação de contenções horizontais
fictícias em cada andar, chamada de Estrutura
2.4.3.2. Métodos de Execução
nt (“no translation”, ou seja, indeslocável lateral-
2.4.3.2.1. Ideia Geral mente), e uma estrutura submetida às reações das
contenções fictícias aplicadas em sentido contrá-
A análise estrutural de segunda ordem pode ser rio, nos mesmos pontos onde tais contenções fo-
feita por qualquer método que considere os efei- ram colocadas, chamada de Estrutura ℓt (“lateral
tos global P-D e local P-d. Muitos programas translation”, ou seja, deslocável lateralmente).
computacionais comercializados por empresas

Estrutura Original Estrutura nt Estrutura ℓt

Figura 2.11 – Estrutura Original decomposta na Estrutura nt e na Estrutura ℓt

92
Em qualquer ponto da estrutura analisada, o mo- sendo Mnt,Sd,1/Mnt,Sd,2 a relação entre o menor e o
mento fletor e a força axial solicitantes de cálculo, maior dos momentos fletores solicitantes de cál-
respectivamente MSd e NSd, são dados por: culo na Estrutura nt no plano de flexão, nas extre-
midades da barra, tomada como positiva quando
M Sd  B1 M nt ,Sd  B2 M t ,Sd   os momentos provocarem curvatura reversa e ne-
(2.16) gativa quando provocarem curvatura simples.

N Sd  N nt ,Sd  B2 N t ,Sd   Observa-se que valor de B1 é tanto maior quan-


(2.17)
to maior for o deslocamento d (ver Figura 2.10),
que depende do diagrama de momento fletor, re-
onde Mnt,Sd e Nnt,Sd são, respectivamente, o mo-
presentado pelo coeficiente Cm (notar, por exem-
mento fletor e a força axial solicitantes de cálculo,
plo, que Cm é maior na curvatura simples que na
obtidos por análise elástica de primeira ordem na
reversa), da força axial atuante, igual à soma de
Estrutura nt. Por sua vez, Mℓt,Sd e Nℓt,Sd são o mo-
Nnt,Sd e Nℓt,Sd (força maior provoca maior d), e da
mento fletor e a força axial solicitantes de cálculo,
rigidez da barra, representada pela força axial de
obtidos também por análise elástica de primeira
flambagem elástica Ne (quanto menor Ne, menor
ordem, na Estrutura ℓt.
a rigidez e maior d).
O coeficiente B1, que aparece na Equação (2.16),
O coeficiente B2, que aparece nas Equações (2.16)
tem o objetivo de considerar, em todas as barras
e (2.17), tem o objetivo de considerar, em todos
da estrutura (cada barra possui um B1), o efeito
os andares da estrutura (cada andar possui um B2),
local P-d no valor do momento fletor (a rigor,
o efeito global P-D nos valores do momento fletor
conforme foi explicitado anteriormente, esse efei-
e da força axial, e é dado por:
to é variável ao longo do comprimento da barra e
nulo nos nós, mas por simplicidade e conservado-
1
ramente, é considerado com sua intensidade má- B2 =
xima em toda a barra). Seu valor deve ser tomado 1 ∆ ∑  PSd
1- R   h  
como igual a 1,0 se a força axial que atua na barra S h ∑  HSd (2.20)
for de tração e, se essa força for de compressão,

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


como igual a: onde:

Dh é o deslocamento horizontal relativo entre


Cm
B1  ≥ 1,0   os níveis superior e inferior (deslocamento in-
N nt ,Sd  N t ,Sd terpavimento) do andar considerado, obtido na
1
Ne (2.18)
Estrutura ℓt (se Dh possuir valores diferentes em
um mesmo andar, deve ser tomado um valor
onde Ne é a força axial que provoca a flambagem ponderado para esse deslocamento, em função
elástica por flexão da barra no plano de atuação da proporção das cargas gravitacionais atuantes,
do momento fletor, calculada com o comprimen- ou ser assumido, de modo conservador, o maior
to real L da barra (Ne = p2EaI/L2) e Cm é um coe- valor);
ficiente de equivalência de momentos, igual a 1,0 Rs é um coeficiente que leva em conta a influ-
se houver forças transversais entre as extremidades ência do efeito local P-d na amplificação de Dh,
da barra no plano de flexão e, se não houver forças igual a 0,85 nas estruturas onde pelo menos
transversais, igual a: uma subestrutura de contraventamento seja
pórtico, e igual a 1,0 nas demais estruturas;
M nt ,Sd ,1
Cm  0,60  0,40  
M nt ,Sd ,2 h é a altura do andar;
(2.19)
93
SPSd é a carga gravitacional de cálculo total coeficientes B1 e B2 não entram em seu cálculo),
que atua no andar considerado, englobando as ou seja, igual ao da Estrutura Original ou igual a:
cargas atuantes nas subestruturas de contraven-
tamento e nos elementos contraventados (essa VSd = Vnt,Sd + Vt,Sd
carga é obtida da Estrutura Original ou da Es- (2.21)
trutura nt);
onde Vnt,Sd e Vℓt,Sd são, respectivamente, as forças
SHSd é a força cortante no andar, produzida cortantes solicitantes de cálculo na Estrutura nt e
pelas forças horizontais de cálculo atuantes na na Estrutura ℓt.
Estrutura ℓt (forças oriundas das reações das
contenções horizontais fictícias), usadas para
determinar Dh. 2.4.4. Consideração dos Efeitos
de Imperfeições
O valor de B2 é tanto maior quanto maiores
forem os deslocamentos D e as forças gravita- 2.4.4.1. Tipos de Imperfeições
cionais SPSd. Os deslocamentos D têm maiores
valores quando a rigidez da estrutura a desloca- Na análise estrutural, devem também ser consi-
mentos laterais é pequena, ou seja, quando as derados os efeitos das chamadas imperfeições ini-
relações Dh/h são elevadas. A força cortante no ciais. Essas imperfeições são de dois tipos: geomé-
andar, SHSd, não influi no resultado, uma vez tricas e de material.
que a relação Dh/SHSd é constante.
2.4.4.2. Imperfeições Geométricas
As deduções dos valores de B1 e B2, dados pelas
O efeito das imperfeições geométricas iniciais
Equações (2.18) e (2.20), respectivamente, po-
precisa ser considerado na análise da estrutura
dem ser obtidas em diversas publicações, entre as
por causa de possíveis desaprumos de monta-
quais Salmon et al. (2009).
gem. Para tal, considera-se, em cada andar, um
A força cortante solicitante de cálculo pratica- deslocamento horizontal relativo entre os níveis
mente não sofre influência dos efeitos de segunda inferior e superior (deslocamento interpavimen-
ordem, razão pela qual seu valor pode ser tomado to) de h/333, onde h é a altura do andar, confor-
igual ao da análise elástica de primeira ordem (os me ilustra a Figura 2.12.

Figura 2.12 – Imperfeições geométricas iniciais da estrutura


94
Para facilitar a consideração prática do efeito das imperfeições geométricas iniciais na análise estrutural, esse
efeito pode ser levado em conta por meio da colocação, em cada andar, de uma força horizontal fictícia, deno-
minada força nocional (Fnd), igual 0,3% das cargas gravitacionais de cálculo totais aplicadas no próprio andar,
incluindo as das subestruturas de contraventamento e dos elementos contraventados (Figura 2.13).

Figura 2.13 – Forças nocionais para consideração do efeito das imperfeições geométricas

O efeito das imperfeições geométricas iniciais deve 2.4.4.3. Imperfeições de Material


ser considerado em todas as direções relevantes da
estrutura, mas em apenas uma direção de cada vez. As barras que compõem a estrutura são normal-

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


Assim, em uma estrutura com comportamento tri- mente dimensionadas com suas propriedades
dimensional, se forem utilizadas as forças nocionais, plásticas. Por essa razão, podem sofrer plastifica-
essas forças devem ser aplicadas nas duas direções ho- ções parciais, exacerbadas pelas tensões residuais
rizontais principais, mas não simultaneamente. Em presentes no aço e pela não linearidade do diagra-
cada direção, as forças devem ser aplicadas nos dois ma tensão versus deformação do concreto, que não
sentidos, com objetivo de obter os esforços solicitan- são detectadas na análise elástica, e que causam um
tes de cálculo mais desfavoráveis em cada uma das aumento dos deslocamentos e, como consequên-
barras da estrutura. cia, alteração nos valores dos esforços solicitantes
na análise de segunda ordem. Esse efeito, chama-
Para se evitar uma condição excessivamente conser- do de efeito das imperfeições iniciais de material,
vadora, o efeito das imperfeições geométricas não deve ser levado em conta na análise estrutural.
precisa ser inserido em combinações de ações em Um procedimento simplificado para isso consis-
que existam forças horizontais, como as decorrentes te em efetuar a análise da estrutura reduzindo a
de vento e equipamentos. Esse efeito, quando consi- rigidez à flexão e a rigidez axial de todas as barras
derado, também não precisa ser levado em conta no para 80% dos valores originais. Assim, as barras
valor das reações horizontais de apoio para dimen- de aço devem ser consideradas com um módulo
sionamento das bases dos pilares e das fundações. de elasticidade reduzido, Ea,red, igual a 80% de

95
200000 MPa, ou seja, igual a 160000 MPa, valor A análise de estruturas de barras requer do pro-
que deve ser utilizado inclusive no cálculo Ne para fissional experiência não apenas no manuseio das
obtenção do coeficiente B1 (ver Subitem 2.4.4.2). ferramentas computacionais, mas, na mesma me-
No caso dos elementos mistos de aço e concreto, dida, experiência como projetista de estruturas de
a rigidez obtida conforme o Capítulo 4 deve ser modo a traduzir no modelo de análise, da forma
multiplicada por 0,8. a mais adequada possível, as condições reais da es-
trutura. Para isso, merecem destaque as condições
dos apoios da estrutura (vínculos externos) e as
2.5. MODELAGEM ESTRUTURAL condições de extremidade das barras nas juntas
soldadas ou parafusadas, de modo a traduzir no
modelo de análise as condições da estrutura real
2.5.1. Ideias Gerais decorrentes da tipologia dos elementos de ligação
entre as barras. Isso se refere aos efeitos da con-
Conforme explicitado anteriormente, a análise figuração (geometria) dos elementos de ligação,
das estruturas permite a determinação dos des- como parafusos e soldas, além dos elementos de
locamentos, esforços solicitantes e tensões nos chapa e cantoneiras que em geral constituem o
elementos estruturais, sejam barras ou superfícies projeto da ligação entre perfis de aço. Adicional-
(placas ou cascas) planas ou curvas. Em aplicações mente, é necessária atenção com possíveis desali-
típicas de estruturas de aço dirigidas à construção nhamentos entre os eixos das barras concorrentes
civil, as barras podem ser representadas nos mo- em uma junta, originados do projeto estrutural
delos de análise pelos seus eixos, e as superfícies e que podem gerar momentos fletores adicionais
pelos seus planos médios. As barras são os pilares, originados das excentricidades nas extremidades
as vigas, as escoras, os elementos de contraventa- das barras.
mento, as terças das coberturas, entre outras, en-
quanto as lajes dos edifícios são placas planas e as Embora as estruturas estejam, em sua maioria,
superfícies de silos e reservatórios metálicos de se- dispostas em três dimensões, é sabido que em
ção circular, por exemplo, placas ou cascas curvas. grande parte dos casos é possível isolar partes das
estruturas, por exemplo, partes principais e secun-
No presente contexto, voltado para estruturas for- dárias, que podem ser analisadas separadamente
madas por perfis de aço de seção tubular retangular de forma satisfatória adotando-se modelos planos
ou circular, será dado enfoque ao lançamento de (2D). A Figura 2.14 apresenta um caso de pórticos
modelos para análise de estruturas de barras, apor- resistentes de uma estrutura de edifício de anda-
ticadas ou treliçadas. Serão igualmente comentadas res múltiplos, na qual os pilares são constituídos
as possibilidades de análise mais refinada das ten- por perfis tubulares circulares (TC) e as vigas por
sões, dirigida à avaliação do comportamento loca- perfis tubulares retangulares (TR), e a Figura 2.15
lizado de estruturas de barras compostas por perfis mostra o caso de treliças principais de uma cober-
tubulares, por meio da discretização do meio con- tura em aço, ligadas por vigas transversais leves do
tínuo com auxílio do método dos elementos finitos tipo joist. Ambos os exemplos ilustram a possibi-
(MEF). Embora esse tipo de análise com base no lidade de o projetista destacar em um modelo 2D
MEF não seja usual na prática corrente de projeto os conjuntos estruturais responsáveis por garantir
de estruturas civis, cabe referir sobre a possibilidade resistência e rigidez ao conjunto estrutural.
de sua aplicação, desde que os procedimentos se-
jam acompanhados por profissional com afinidade
no manuseio de programas computacionais volta-
dos para esse método.

96
Figura 2.14(a) Estrutura de edifício aporticado: modelo 3D

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural

Figura 2.14(b) Pórtico resistente para análise: modelo 2D

Figura 2.14 - Modelos de análise de estrutura de edifício em representações 3D e 2D

97
Figura 2.15(a) Modelo 3D de estrutura de cobertura com duas vigas treliçadas principais ligadas por joists transversais

Figura 2.15(b) Modelo de análise 2D da viga treliçada principal

Figura 2.15 - Modelos de análise de estrutura de cobertura metálica em representações 3D e 2D.

98
2.5.2. Condições de Extremidade das Barras
A Figura 2.16 ilustra duas condições principais de ligação em estruturas aporticadas entre vigas em perfis
I com o pilar em perfil tubular circular (TC): rotações livres ou restringidas nas extremidades das vigas, o
que significa, respectivamente, nas Figuras 2.16-a e 2.16-b, com ou sem transferência de momentos fletores
entre as barras. Tal condição, conforme salientado anteriormente, deve ser definida pelo projetista de forma
adequada, de modo a garantir sintonia entre o modelo de análise e a estrutura de aço fabricada e montada.

Figura 2.16(a) Região nodal aporticada de ligação entre vigas e pilar, com transferência de momentos fletores entre as barras das vigas e do pilar

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural

Figura 2.16(b) Região nodal na ligação entre vigas e pilar com ligações flexíveis, sem transmissão de momento fletor
Figura 2.16 - Ligações entre vigas em perfis abertos e pilar em tubo de aço com distintas condições de comportamento estrutural da região nodal
99
Já a Figura 2.17 ilustra dois tipos de ligações em
estruturas de barras em perfis tubulares do tipo
treliça. A Figura 2.17-a mostra as ligações para-
fusadas das diagonais com o banzo, constituindo
assim uma condição de extremidade com rotações
de flexão livres no plano da estrutura, sendo, por-
tanto, adequado o modelo de barras apresentado
na Figura 2.17-b para a análise estrutural. A Figu-
ra 2.17-c mostra o tipo de ligação soldada “a toda
volta” nas extremidades das diagonais (e montan-
tes, se houver), permitindo assim a transferência
de momentos fletores entre o banzo e as diago-
nais. Embora seja essa, rigorosamente, a condição
Figura 2.17(a) Diagonais com ligação parafusada no banzo
de extremidade dessas barras soldadas, o que cor-
responde ao modelo de análise com transferência
de momentos na junta indicado na Figura 2.17-d,
esse efeito poderá ser desconsiderado no mode-
lo de análise, sendo usual e aceitável a adoção do
modelo ilustrado na Figura 2.17-e, desde que: (a)
no sistema estrutural em viga treliçada, banzos e
diagonais sejam suficientemente flexíveis (baixa
rigidez à flexão) de modo a tornar desprezável o
valor do momento fletor nessas barras; e (b) as
excentricidades nos nós obedeçam às seguintes li- Figura 2.17(b) Modelo de análise com ligação contínua entre
mitações geométricas, onde e é a excentricidade, diagonais e banzo
d0 é o diâmetro do banzo e h0 é a altura da seção
transversal do banzo no plano da treliça:
• -0,55 d0 ≤ e ≤ 0,25 d0, para tubos circulares;

• -0,55 h0 ≤ e ≤ 0,25 h0, para tubos retangulares.

Figura 2.17(c) Diagonais com ligação soldada no banzo

Figura 2.17(d) Modelo de análise com ligação continua entre


diagonais e banzo
100
Adicionalmente, mesmo que o comportamento
estrutural nas extremidades das diagonais condu-
za a combinações de forças axiais e momentos fle-
tores que resultem no desenvolvimento de regiões
plastificadas do aço, esse efeito será sempre loca-
lizado, não evoluindo ao longo do comprimento
do tubo e, como consequência, dará origem à for-
mação de rótula plástica na extremidade da diago-
nal. Tal ocorrência não afeta a segurança estrutu-
ral, resultando em uma limitação da capacidade
Figura 2.17(e) Modelo de análise de treliça ideal: Válida desde de absorção de momentos fletores por parte da
que L/d1 ≥ 6
diagonal que, em última instância, corresponde e
está de acordo com o modelo estrutural preconi-
zado na Figura 2.17-f.

Já para os banzos, embora seja facultado o uso do


modelo de treliça da Figura 2.17-e para o caso de
barras esbeltas (L/hi>6), adotá-los como contí-
nuos no modelo de análise representa uma prática
adequada em qualquer situação, conforme está
ilustrado nos modelos das Figuras 2.17-b, 2.17-d
e 2.17-f. Consequentemente, os banzos devem ser
Figura 2.17(f ) Modelo de análise com os banzos contínuos, dimensionados levando em conta a presença da
apoiados nas diagonais. Rotações liberadas nas extremidades das
diagonais desde que L/d2 ≥ 6 combinação entre forças axiais de compressão ou
de tração com momentos fletores, caso ocorram.
Figura 2.17 - Tratamento de estrutura treliçada sem excentricida-
des nos nós, com ligação parafusada ou soldada entre diagonais e Adicionalmente, as limitações das excentricidades
banzo, para modelagem e análise estrutural
nos nós citadas anteriormente e relacionadas às
dimensões dos tubos que formam os ban-

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


zos (-0,55 d0 ≤ e ≤ 0,25 d0, para tubos circulares;
A rigidez das diagonais, montantes e banzos em -0,55 h0 ≤ e ≤ 0,25 h0, para tubos retangulares)
sistemas de treliças com barras de seção tubular decorrem em última instância das condições de
pode ser representada de modo simplificado pela verificação da capacidade resistente das ligações
relação entre seu comprimento, L, e a altura da soldadas: ligações com excentricidades fora desses
seção transversal, hi ou di, para seções retangula- limites devem ser dimensionadas levando em conta
res ou circulares, respectivamente. Recomendação o momento fletor nos banzos. Para os casos em que
da ABNT NBR 16239:2013 indica que as diago- esses valores limites são respeitados não há necessi-
nais podem ser tomadas com extremidades rotu- dade de se considerar o efeito do momento fletor
ladas conforme indicado no modelo das Figuras na verificação da capacidade resistente das ligações.
2.17-e e 2.17-f, desde que L/hi ou L/di supere 6.
Nessa condição, pode-se considerar que as dia- Como se vê, a tipologia das ligações (geometria e
gonais com extremidades soldadas desenvolvem elementos de ligação empregados na junta) define
momentos fletores de pouca importância em suas as condições de transferência de esforços entre as
extremidades se comparados com as forças axiais extremidades das barras. A adequada consideração
de tração ou de compressão absorvidas por essas dessas condições no modelo de análise é crucial
barras e, consequentemente, seu dimensionamen- para que o projeto estrutural resulte em sintonia
to poderá considerar unicamente as forças axiais. com a estrutura a ser fabricada e montada.
101
Portanto, a presença de excentricidade na ligação (a rigidez nesse caso pode ser considerada como
entre diagonais e banzo acarreta no desenvolvi- EaI/L, proporcional ao módulo de elasticidade do
mento de momentos nas juntas, que devem se aço Ea e ao momento de inércia da seção transver-
distribuir para as barras concorrentes. Essa situ- sal I no plano de flexão da viga treliçada, e inver-
ação, ilustrada na Figura 2.18, embora indeseja- samente proporcional ao comprimento L de cada
da, ocorre com frequência em projetos de vigas barra concorrente no nó). Nesse caso, a adoção de
treliçadas com juntas soldadas em que a geome- um elemento auxiliar de ligação EL com a mesma
tria das barras concorrentes impede a solução da seção do banzo e módulo de elasticidade da or-
junta com a convergência dos eixos das barras dem de duas a três vezes o valor do módulo do aço
em um ponto de trabalho (PT) único. O mo- (E = 400 a 600 GPa) costuma atender na análise
delo para análise preconizado pela ABNT NBR da estrutura (considerando que a sua rigidez já é
16239:2013 para esses casos está indicado na muito elevada em comparação com as demais bar-
mesma Figura 2.18, pelo qual é possível consta- ras dado o seu pequeno comprimento L). Valores
tar a introdução de momentos fletores nos banzos do módulo de elasticidade muito maiores do que
na região da junta, ao mesmo tempo em que fica esses (ou valores de momento de inércia muito
mantida a condição descrita anteriormente para elevados) devem convergir para os mesmos resul-
as diagonais, com extremidades rotuladas. Nessa tados da análise, devendo-se, no entanto, evitar
solução, o elemento auxiliar de barra (fictício) adi- valores muito grandes da rigidez à flexão de modo
cionado na junta, aqui denominado elemento de a evitar problemas na solução numérica executada
ligação (EL), deve ser suficientemente rígido de pelo programa computacional de análise.
modo a garantir a introdução do momento no nó

Figura 2.18(a) Excentricidade positiva e modelo de análise com elemento de ligação EL

Figura 2.18(b) Excentricidade negativa e modelo de análise com elemento de ligação EL

Figura 2.18 - Viga treliçada com ligações soldadas e excentricidade nos nós
102
Outra possibilidade para a inclusão dos efeitos de tubulares de seção circular representa a solução
excentricidade nos nós de estruturas treliçadas é o mais adequada nesse caso.
recurso comumente designado nos programas co-
merciais como offset, que permite associar distin-
tos nós do modelo de análise, de modo a vincular
seus deslocamentos (graus de liberdade) tornan-
do-os comuns. A Figura 2.19 indica o modelo de
viga treliçada onde as excentricidades nos nós de-
vem ser consideradas pelo recurso offset: graus de
liberdade dos pares de nós ij devem ser vinculados
com auxílio do recurso de offset.

Figura 2.20 - Treliçado espacial

No projeto dessas estruturas formadas por bar-


ras tubulares de seção circular, o lançamento do
modelo de análise do reticulado espacial deve ser
realizado com o auxílio de recursos computacio-
nais com base na computação gráfica, permitin-
do a automatização do processo além de facilitar
modificações de geometria durante o desenvolvi-
mento da solução, com o objetivo de se obter
Figura 2.19 - Recurso offset disponível em programas comerciais uma configuração final adequada e competitiva.
de análise de estruturas vinculam os deslocamentos dos nós i e j Os recursos de computação gráfica são variados
e oferecidos por inúmeros aplicativos comerciais.
Os resultados da análise de vigas treliçadas com Sistemas computacionais identificados pela sigla
barras tubulares com excentricidades nos nós, CAD (computer aided design) são próprios para o
aplicando-se os dois tipos de soluções: (a) com desenvolvimento gráfico da estrutura e cobertos

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


elementos adicionais rígidos EL (Figura 2.18) ou por uma larga gama de aplicativos computacionais
(b) com a adoção do recurso offset (Figura 2.19), comerciais. Os programas baseados em sistemas
são praticamente iguais, podendo, portanto, serem CAD fornecem distintas facilidades e, em geral,
adotados indistintamente. oferecem uma gama bem maior de recursos do que
os pré-processadores encontrados nos programas
de análise de estruturas, identificados como siste-
2.6. CONSIDERAÇÕES SOBRE A mas CAE (computer aided engineering), podendo
ANÁLISE DOS TRELIÇADOS ser trabalhados pelo projetista para o lançamento
ESPACIAIS de estruturas do tipo treliçados espaciais, as quais
Coberturas para grandes áreas podem ser con- guardam regularidade e repetição que conduzem
cebidas com auxílio dos denominados treliçados à padronização. Portanto, seu lançamento poderá
espaciais, conforme apresentado na Figura 2.20. ser gerado a partir dos elementos geométricos de
Tais estruturas são em geral montadas no solo e um módulo básico a ser replicado. Recursos de
a seguir erguidas para serem conectadas aos pila- programação nos referidos sistemas computacio-
res. As estruturas treliçadas espaciais apresentam nais CAD podem ser de grande valia, como são
excelente desempenho para a cobertura de gran- os casos de recursos de programação interna em
des vãos, podendo resultar muito leves e suficien- macros, scripts e plug-ins, disponíveis no ambiente
temente rígidas, sendo que o emprego de barras desses programas, permitindo o desenvolvimento
103
da estrutura reticulada por meio da entrada dos axiais NSd nas barras de uma estrutura treliçada es-
parâmetros geométricos que definem a geração pacial, indicados por seus valores, com as unidades
automática do reticulado. A Figura 2.21 apresen- em kN. Já a Figura 2.22-b apresenta os resultados
ta um exemplo de estrutura de treliçado espacial do coeficiente de aproveitamento das barras, ou
gerada com auxílio de linguagem script programa- seja, a relação entre as forças axiais solicitante NSd
da no interior de uma ferramenta CAD. e resistente NRd das barras, NSd /NRd . Desse modo, é
possível avaliar rapidamente o desempenho estru-
tural das barras do treliçado espacial, onde valores
superiores à unidade na Figura 2.22-b indicam
que a segurança normativa foi violada. Embora
esse recurso esteja disponível em vários programas
computacionais do tipo CAE, o fato de serem fre-
quentemente desenvolvidos em outros países não
permite introduzir os parâmetros de resistência
adotados nas normas brasileiras (procedimentos
de design checking disponíveis nos programas de
análise CAE incluem normalmente as normas
Figura 2.21(a) Representação unifilar
mais conhecidas, americanas, europeias, japone-
sas, etc.), o que acaba estimulando os projetistas
a dispensarem o uso dos documentos da ABNT.
A solução para essa lacuna pode ser obtida com
o auxílio de planilhas auxiliares de cálculo, facil-
mente programáveis pelos engenheiros projetistas,
conforme será comentado no item a seguir.

Figura 2.21(b) ) Representação volumétrica das barras tubulares


Figura 2.21 - Treliçado espacial formado com barras tubulares
gerado com recurso CAD

Os sistemas de barras representados por unifilares


gerados em sistemas computacionais CAD são em
geral “lidos” e “compreendidos” pelos programas
de análise de estruturas, ficando, portanto, a cri-
tério do projetista se limitar às facilidades gráficas
oferecidas pelo pré-processador gráfico do sistema
de análise estrutural do tipo CAE ou se utilizar
dos recursos CAD para a geração do modelo.

O caso dos treliçados espaciais se destaca pelo


grande número de barras, sendo, portanto, es-
sencial o acesso a recursos de pós-processamento
gráfico para visualizar os resultados dos esforços
solicitantes no conjunto estrutural. A Figura 2.22-a
apresenta um exemplo de visualização das forças
104
Figura 2.22(a) Resultados das forças axiais solicitantes de cálculo NSd (kN), a partir de pós processamento gráfico

Figura 2.22(b) Resultados dos coeficientes de aproveitamento das barras (NSd/NRd), a partir de pós processamento gráfico

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


Figura 2.22 - Representação gráfica dos resultados da análise estrutural da estrutura espacial ilustrada na Figura 2.13, com auxílio de pro-
grama computacional (CAE)

2.7. VERIFICAÇÃO AUTOMATIZA- é possível de ser realizado) ou, ainda, extrair os


DA DA SEGURANÇA ESTRUTURAL resultados da análise de modo a confrontar os es-
forços solicitantes de cálculo Sd com os esforços
Conforme comentado anteriormente, dentro resistentes Rd prescritos nas normas nacionais.
da família de aplicativos comerciais CAE para a
análise de estruturas se destacam os recursos de Tendo como origem a análise computacional
verificação dos estados-limites últimos das bar- (CAE) de uma estrutura de barras tubulares de
ras formadas por perfis de aço, disponíveis em aço, a Figura 2.23 apresenta os resultados da ve-
vários desses programas com base em prescrições rificação da segurança estrutural individual das
de normas para o dimensionamento de estrutu- barras de uma estrutura em perfis tubulares retan-
ras. Levando em conta que muitos dos programas gulares com aço com resistência ao escoamento
de análise de estruturas usualmente adotados não igual a 300 MPa, em modelo 2D, onde se leem
incluem as normas nacionais da ABNT, fica com os esforços internos extraídos do programa com-
os projetistas de estruturas a tarefa de incluir tais putacional de análise (força axial NSd e momen-
prescrições nesses aplicativos (o que em geral não to fletor MSd), os respectivos esforços resistentes
105
(NRd e MRd) calculados segundo os critérios das vos do tipo texto com os resultados finais dos es-
normas ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR forços internos calculados) na planilha preparada
8800:2008, as respectivas razões entre esforços so- pelo projetista. Esse procedimento, de grande al-
licitantes e resistentes (NSd/NRd e MSd/MRd) e, final- cance para a racionalização do dimensionamento
mente, o resultado da segurança estrutural de cada estrutural, permite a dispensa dos procedimentos
barra segundo as equações de interação da norma do tipo “steel checking” incluídos nos programas
ABNT NBR 8800:2008 para o caso de combina- de análise com base em normas estrangeiras. Fi-
ção de esforços solicitantes (≤ 1 atende; > 1 não nalmente, como um recurso adicional para o
atende, conforme indicado na coluna identificada conforto do projetista, os resultados obtidos das
como Verificação na Figura 2.23, onde A significa equações de resistência das normas brasileiras, re-
atende e NA não atende). Trata-se, portanto, de lacionando esforços solicitantes e resistentes, po-
um recurso facilmente programável com auxílio dem ser lançados graficamente no reticulado ori-
de planilhas de cálculo, após a obtenção dos resul- ginalmente gerado em sistema CAD (gerado na
tados da análise da estrutura, bastando para isso a fase de pré-processamento gráfico do modelo da
importação dos resultados gerados no programa estrutura) conforme ilustrado anteriormente na
de análise (sistemas CAE em geral salvam arqui- Figura 2.22.

NSd MSd NRd MRd Eq de


Barra Tubo NSd/NRd MSd/MRd interação Verificação
(kN) (kN.m) (kN) (kN.m)
..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..............
110 TQ100 x 10 328,4 29,6 656,7 98,5 0,50 0,30 0,767 A
111 TQ100 x 10 525,4 39,4 656,7 98,5 0,80 0,40 1,156 NA
..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..............

Figura 2.23 - Resultados da análise e dimensionamento de estrutura formada por tubos de aço

2.8. ANÁLISE DE MEIOS (shell). Esse recurso se presta, por exemplo, para
CONTÍNUOS PELO MEF a análise de tensões em uma região de uma jun-
ta soldada conforme se pode observar na Figura
A análise das estruturas como um meio con- 2.24, onde estão apresentados os resultados da
tínuo em 3D não é aqui o enfoque principal. análise de tensões elásticas e o mecanismo de
Conforme comentado anteriormente, as estru- colapso elastoplástico (a escala de cores identifi-
turas regulares da construção civil se prestam à ca valores das tensões de von Mises em relação à
análise como estruturas de barras, exceto pela resistência ao escoamento do aço, svm/fy: em ver-
presença de lajes e paredes estruturais, as quais melho tensões da ordem de grandeza do escoa-
podem, sem dificuldades maiores, serem mode- mento do aço, indicando as regiões de avanço
ladas com elementos finitos de placa em geral da plastificação). Esse tipo de análise pode ser
disponíveis nos pacotes computacionais comer- aplicado na investigação dos fenômenos locali-
ciais para análise numérica de estruturas. No zados, incluindo as paredes dos perfis tubulares
caso de estruturas formadas por perfis tubula- e as regiões soldadas de ligação entre as barras,
res, a análise de um trecho da estrutura como permitindo a previsão do comportamento e da
contínuo pode ser realizada com base no MEF, capacidade resistente da junta.
106
utilizando para isso elementos finitos de casca
Figura 2.24 - Modelo de análise numérica de uma região nodal soldada formada por tubos de aço (corresponde à junta ilustrada na Figura
2.17) com auxílio do método dos elementos finitos

A Figura 2.25 apresenta um exemplo de colapso


de uma junta soldada formada por barras tubula- 2.9. ANÁLISE ESTRUTURAL PARA
res retangulares e circulares. A fratura no cordão ESTADOS-LIMITES ÚLTIMOS
de solda pode ser examinada com auxílio da aná-
lise pelo MEF comentada anteriormente, permi-
2.9.1. Classificação das Estruturas
tindo a identificação do mecanismo de falha. Esse O tipo de análise estrutural e os efeitos que devem
é um recurso muito útil na análise de acidentes ser considerados na determinação das respostas
estruturais desse tipo ou mesmo para auxiliar no para estados-limites últimos (essas respostas são
projeto de juntas especiais de barras tubulares, normalmente os esforços solicitantes) dependem

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


com tipologia não coberta nas normas de proje- da classificação das estruturas quanto à sensibili-
to de estruturas. No entanto, a aplicação desse dade a deslocamentos horizontais. Nesse contex-
tipo de análise numérica via MEF com programas to, as estruturas podem ser de:
computacionais comerciais requer habilitação e
experiência do profissional, de modo a adotar os - pequena deslocabilidade quando, em todos os
parâmetros de análise adequados e conduzir à so- seus andares, a relação entre o deslocamento la-
lução correta do problema. teral do andar relativo à base obtido na análise de
segunda ordem e aquele obtido na análise de pri-
meira ordem, em todas as combinações últimas de
ações possíveis, for igual ou inferior a 1,10;

- média deslocabilidade, quando a máxima relação


entre os deslocamentos supracitados for superior a
1,10 e igual ou inferior a 1,40;

- grande deslocabilidade, quando a máxima re-


lação entre os deslocamentos supracitados for
superior a 1,40.
Figura 2.25 - Ruptura de uma região nodal multiplanar soldada
formada por barras tubulares de seção quadrada e circular
107
Os limites de 1,10 e 1,40 são aplicáveis descon- binações de ações possíveis, não forem superiores a
siderando-se as imperfeições iniciais de material, 50% da força axial correspondente ao escoamento
ou seja, tomando as rigidezes originais da estrutu- (produto da área bruta da seção transversal pela resis-
ra. Se essas imperfeições são consideradas, o que tência ao escoamento do aço) dessas barras.
é feito usando-se as rigidezes reduzidas (80% das
rigidezes originais), os dois limites passam a ser A segunda opção é efetuar uma análise de segunda
1,13 e 1,55, respectivamente. ordem, como descrito no Subitem 2.4.4, levando
em conta o efeito das imperfeições geométricas, ex-
A relação entre os deslocamentos laterais da análise ceto nas combinações de ações em que atuem outras
de segunda ordem e da análise de primeira ordem forças laterais, como as devidas ao vento e a equipa-
pode ser aproximada, de maneira aceitável, pelo va- mentos (salienta-se que não é necessário colocar as
lor do coeficiente B2, dado pela Equação (2.20). imperfeições geométricas em combinações de ações
em que existam outras forças laterais), e desprezando
A classificação de uma estrutura depende da com- o efeito das imperfeições de material.
binação última de ações, o que significa que uma
mesma estrutura, sob uma combinação de ações, 2.9.2.2. Estruturas de Média Deslocabilidade
pode ser, por exemplo, de pequena deslocabilida-
de e, sob outra combinação, de grande deslocabi- Nas estruturas de média deslocabilidade, a determi-
lidade. Tal fato onera e dificulta substancialmente nação dos esforços solicitantes de cálculo deve ser
o cálculo estrutural. Para minimizar o problema, a feita como na opção de análise de segunda ordem
ABNT NBR 8800:2008 admite que a classificação das estruturas de pequena deslocabilidade, mas sem
da estrutura seja feita uma única vez, tomando a desprezar o efeito das imperfeições de material, que
combinação de ações que fornece os maiores valores deve ser considerado conforme descrito no Subitem
de B2, que é a combinação constituída pela maior 2.4.5.3, ou seja, utilizando as rigidezes reduzidas.
resultante de carga gravitacional.
2.9.2.3 Estruturas de Grande Deslocabilidade

Nas estruturas de grande deslocabilidade, deve-se


2.9.2. Procedimentos fazer uma análise rigorosa, levando-se em conta as
2.9.2.1. Estruturas de Pequena Deslocabilidade não linearidades geométricas e de material. Opcio-
nalmente, a critério do responsável técnico pelo pro-
Nas estruturas de pequena deslocabilidade, uma pri- jeto estrutural, pode ser utilizado o procedimento de
meira opção é a realização da análise estrutural sem análise apresentado em 2.9.2.2 para as estruturas de
levar em conta o efeito global de segunda ordem média deslocabilidade, mas adicionando os efeitos
P-D e o efeito das imperfeições de material. No caso das imperfeições geométricas iniciais às combina-
de se usar o Método da Amplificação dos Esforços ções últimas de ações em que atuem ações variáveis
Solicitantes (MAES - ver Subitem 2.4.3.2.2), basta devidas ao vento.
que seja feita uma análise convencional de primeira
ordem, com os momentos fletores obtidos multipli- 2.9.2.4. Procedimento Unificado para Estrutu-
cados pelo coeficiente B1, dado pela Equação (2.18), ras de Pequena e Média Deslocabilidades
para consideração do efeito N-d (no cálculo desse
Para fins práticos, é interessante unificar os proce-
coeficiente, na obtenção do valor de Cm, a relação
dimentos de análise para estruturas de pequena e
Mnt,Sd,1/Mnt,Sd,2 deve ser obtida da própria Estrutura
média deslocabilidades, uma vez que essas estruturas
Original, uma vez que não são criadas as Estrutu-
constituem a grande maioria das utilizadas na enge-
ras nt e ℓt). O efeito das imperfeições geométricas,
nharia civil. Assim, recomenda-se usar diretamente
como visto no Subitem 2.4.5.2, deve ser considera-
o procedimento descrito em 2.9.2.2 para estruturas
do em todas as combinações de ações. No entanto,
de média deslocabilidade, eliminando-se a etapa de
essa opção só pode ser utilizada se as forças axiais
108
classificação da estrutura.
solicitantes de cálculo das barras, em todas as com-
Com esse procedimento unificado, se a estrutura for Existem situações específicas em que pode ser feita
de pequena deslocabilidade, os resultados serão ligei- análise convencional de primeira ordem, sem ne-
ramente conservadores. No entanto, deve-se assegu- cessidade de se levar em conta os efeitos das imper-
rar que a estrutura não seja de grande deslocabilida- feições. É o caso das treliças birrotuladas de pisos e
de. Isso pode ser feito facilmente, observando-se os coberturas (Figura 2.26). Essas treliças, como são
valores dos coeficientes B2, que não podem superar, componentes estruturais horizontais (ou quase),
mesmo que uma única vez, 1,55 (valor que delimi- praticamente não sofrem influência do efeito global
ta as estruturas de média e grande deslocabilidades de segunda ordem e das imperfeições geométricas
quando se usam as rigidezes reduzidas). iniciais, e o efeito local de segunda ordem não existe,
pois as barras são sujeitas apenas à força axial. Con-
Em resumo, no procedimento unificado: sequentemente, não faz sentido considerar também
- efetua-se uma análise de segunda ordem, como as imperfeições iniciais de material.
descrito no Subitem 2.4.4, para cada uma das
possíveis combinações últimas de ações que pode
solicitar a estrutura (ver 2.3.2.3);

- leva-se em conta o efeito das imperfeições geo-


métricas por meio de forças nocionais, conforme
o Subitem 2.4.5.2, exceto nas combinações de
ações em que atuem outras forças laterais;

- leva-se em conta efeito das imperfeições de ma-


terial usando as rigidezes reduzidas dos compo-
nentes estruturais, conforme o Subitem 2.4.5.3;
Figura 2.26 – Treliças birrotuladas de pisos ou coberturas
- observa-se a máxima relação entre os desloca-
Deve-se observar que, na análise de primeira ordem,
mentos laterais obtidos nas análises de segunda e
é válido o princípio da superposição dos efeitos, o
primeira ordem, em todas as combinações últimas
que permite a opção de se obter isoladamente as res-

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


de ações (ou, caso se use o MAES, do máximo
postas da estrutura a cada ação e combinar posterior-
coeficiente B2), que não pode superar 1,55.
mente essas respostas.
É importante ainda frisar que as ações precisam ser
combinadas antes da análise de segunda ordem, pois
respostas da estrutura dependem da interação entre
essas ações.
2.10. ANÁLISE ESTRUTURAL PARA
2.9.2.5. Estruturas Indeslocáveis Lateralmente ESTADOS-LIMITES DE SERVIÇO

Se a estrutura for indeslocável lateralmente, somen- Para determinação das respostas da estrutura para
te precisa ser considerado o efeito local de segunda estados-limites de serviço (essas respostas são nor-
ordem P-d nos valores dos momentos fletores. Esse malmente os deslocamentos da estrutura), pode
tipo de estrutura possui, evidentemente, deslocabili- ser feita análise estrutural de primeira ordem, des-
dade nula e, por essa razão, como nas estruturas de de que a estrutura seja de pequena ou média des-
pequena deslocabilidade, não há necessidade de se locabilidade, usando-se as combinações de ações
considerar o efeito das imperfeições de material. de serviço (ver 2.3.3.3). Não é necessário conside-
rar os efeitos das imperfeições iniciais geométricas
2.9.3. Possibilidade de Análise de e de material.
Primeira Ordem
109
- forças características decorrentes de ações per-
2.11. EXEMPLOS DE APLICAÇÃO manentes, Pg,k,1, iguais a 24 kN;
- forças características decorrentes de sobrecarga,
2.11.1. Esforços Solicitantes de Cálculo Psc,k,1, iguais a 18 kN;
em Estrutura de Dois Andares
- forças características devidas ao vento, Fve,k,
A estrutura de dois andares mostrada a seguir per- iguais a 6 kN.
tence a uma edificação comercial e é constituída por
uma subestrutura de contraventamento formada No conjunto de elementos contraventados, são
por um pórtico, no qual os pilares têm perfil lamina- previstas:
do TQ 220 × 220 × 16 (Ag = 129 cm2; Ix = 7818 cm4)
e as vigas perfil laminado TR 400 × 200 × 12,5 - forças características decorrentes de ações per-
(Ag = 140 cm2; Ix = 27100 cm4), fletidos em rela- manentes, Pg,k,2, iguais a 400 kN;
ção ao eixo de maior momento de inércia (eixo x), - forças características decorrentes de sobrecar-
e por um conjunto de elementos contraventados. ga, Psc,k,2, iguais a 250 kN.
No pórtico prevê-se a atuação direta de:

Sabe-se que as vigas não se deformam axialmente, a) Tipo de análise e combinações de ações
uma vez que existem lajes de concreto ligadas me-
canicamente na face superior dessas vigas, como é Deve ser feita análise elástica de segunda ordem,
usual nos edifícios de andares múltiplos. para todas as combinações últimas de ações possí-
veis, levando-se em conta as imperfeições iniciais
Considerando as ações agrupadas e sabendo-se geométricas nas combinações sem a presença de
que as ações variáveis não superam 5 kN/m2, de- forças de vento e as imperfeições iniciais de mate-
terminar os esforços solicitantes de cálculo nas rial, por meio do MAES.
barras do pórtico para uso normal da estrutura,
usando o Método da Amplificação dos Esforços Algumas combinações últimas, possivelmente as
Solicitantes (MAES). que conduzem aos maiores esforços solicitantes
nas barras, com os coeficientes de ponderação das
Verificar ainda se os deslocamentos laterais encon- ações agrupadas conforme o Subitem 2.3.2.3.3,
tram-se dentro de limites permitidos, no que se são mostradas a seguir:
refere à ocorrência de danos permanentes a com-
ponentes da construção.
110
Hipótese 1: Carga permanente mais sobrecarga, com imperfeições geométricas e de material
(usar Ea,red = 160000 MPa)

Hipótese 2: Carga permanente mais vento, com imperfeição de material (usar Ea,red = 160000 MPa)

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


Hipótese 3: Carga permanente favorável à segurança, mais vento com imperfeição de material
(usar Ea,red = 160000 MPa)

111
Hipótese 4: Carga permanente mais sobrecarga (variável principal) mais vento, com imperfeição de
material (usar Ea,red = 160000 MPa)

Hipótese 5: Carga permanente mais vento (variável principal) mais sobrecarga, com imperfeição de
material (usar Ea,red = 160000 MPa)

112
b) Valores dos esforços solicitantes de cálculo Como ilustração, a seguir será apresentada, eta-
pa por etapa, a análise apenas para a hipótese 4,
Deve ser feita análise elástica de segunda ordem usando o MAES, observando-se que foi usado um
para as hipóteses de combinações últimas de ações programa computacional para obtenção das res-
apresentadas anteriormente, adotando o módulo postas das Estruturas nt e ℓt e que a área da seção
de elasticidade do aço igual a 160000  MPa, de transversal das vigas foi tomada com valor muito
modo a obter os valores dos máximos esforços so- elevado (10.000 vezes a área real) para impedir a
licitantes de cálculo em todas as barra da estrutura. deformação axial desses elementos:

Etapa 1: Decomposição da Estrutura Original na Estrutura nt e na Estrutura ℓt

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


Etapa 2: Análise estrutural da Estrutura nt

Na análise da Estrutura nt, basta que seja processada a subestrutura de contraventamento, no caso o pór-
tico, com os apoios fictícios colocados diretamente nele. As figuras seguintes mostram os diagramas de
força axial, força cortante e momento fletor obtidos. As reações nos apoios fictícios RSd,1 e RSd,2 são iguais
a 5,04 kN e 2,52 kN, respectivamente, ou seja, iguais às forças horizontais aplicadas, como era esperado
em decorrência de as vigas não se deformarem axialmente.

113
Etapa 3: Análise estrutural da Estrutura ℓt

Na análise da Estrutura ℓt processa-se o pórtico com as reações dos apoios fictícios colocadas diretamente
nele (os elementos contraventados podem ser excluídos). As figuras seguintes mostram o carregamento
com os deslocamentos obtidos e os diagramas de força axial, força cortante e momento fletor.

Etapa 4: Determinação dos valores do coeficiente B1

O coeficiente B1 deve ser obtido em cada uma das barras do pórtico, por meio da expressão:

Cm
B1  ≥ 1,0  
N nt ,Sd  N t ,Sd
1
Ne

onde Cm é igual a 1,0 se houver forças transversais entre as extremidades da barra e, se não houver essas forças

M nt ,Sd ,1
Cm  0,60  0,40  
M nt ,Sd ,2

Logo, vem:

114
 

Nnt,Sd +  2 E a ,red I x
Ne 
Barra Cm + Nt,Sd L2 B1
(kN) (kN)
2
Pilar -294,00 +   16000  7818
 30,45  = 0,43
esquerdo 1º. 0,6  0, 4    0,41 + 1,90 =
400
2
(Usar 1,0)
andar  62,67  = -292,10
= 7716
39,25 + 1,0
Viga 1,0
+ 2,52 = - (força axial
1º. andar (há forças transversais aplicadas)
= 41,77 de tração)
2
-294,00 +   16000  7818
Pilar direito  30,45  = 0,43
0,6  0, 4    0,41 + (-1,90) =
400
2
1º. andar (Usar 1,0)
 62,67  = -295,90
= 7716
2
Pilar -147,00 +   16000  7818
 120,60  = 0,29
esquerdo 2º. 0,6  0, 4    0,28 + 0,54 =
400
2
(Usar 1,0)
andar  149,67  = -146,46
= 7716
2
-70,09 +   16000  27100
Viga 1,0 =
+ 1,26 = 2 1,02
2º. andar (há forças transversais aplicadas) 1200
= -68,83
= 2972
2
-147,00 +   16000  7818
Pilar direito  120,60  = 0,29
0,6  0, 4    0,28 + (-0,54) =
400
2
2º. andar (Usar 1,0)
 149,67  = -147,54
= 7716
 
  Etapa 5: Determinação dos valores do coeficiente B2

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


O coeficiente B2 deve ser obtido em cada andar do pórtico, por meio da expressão:

1
B2 =
1−
1 Δh ∑ PSd
Rs h ∑ H Sd
onde Rs é igual a 0,85, pelo fato de a subestrutura de contraventamento ser um pórtico. Assim, pode ser
feita a tabela a seguir:

Andar Δi Δh = Δi − Δi-1 H ΣNSd ΣHSd B2


i (cm) (cm) (kN) (kN)
1 0,243 0,243 – 0 = 0,243 400 2408,00 (1) 7,56 (3) 1,295
(2) (4)
2 0,405 0,405 – 0,243 = 0,162 400 1204,00 2,52 1,295
(1)
ΣPSd = 2 [(58,8 × 5) + 910] = 2408 kN
(2)
ΣPSd = (58,8 × 5) + 910 = 1204 kN
(3)
ΣHSd = RSd,2 + RSd,1 = 2,52 + 5,04 = 7,56 kN
(4)
ΣHSd = RSd,2 = 2,52 kN
  115
 
 
Como o maior coeficiente B2 não supera 1,55 (no caso, os coeficientes dos dois andares foram iguais), o
procedimento utilizado na análise da estrutura, para o carregamento em consideração, é válido. Nota-se
ainda que B2, que foi determinado com Ea,red, situa-se entre 1,13 e 1,55, indicando que a estrutura é de
média deslocabilidade.

- Etapa 6: Determinação dos valores finais dos esforços solicitantes de cálculo

Os valores dos esforços solicitantes de cálculo, a serem usados na verificação dos estados-limites últimos
da estrutura, são dados nos diagramas de esforços solicitantes mostrados a seguir:

- Força axial

O diagrama de força axial na subestrutura de contraventamento é obtido usando-se a expressão


NSd = Nnt + B2 Nℓt em todas as suas seções transversais. O resultado pode ser visto a seguir:

- Força cortante

O diagrama de força cortante na subestrutura de contraventamento é obtido simplesmente somando-se


os valores obtidos nas Estruturas nt e lt, ou seja, usando-se a expressão VSd = Vnt + Vlt em todas as suas
seções transversais:

- Momento fletor

O diagrama de momento fletor na subestrutura de contraventamento é obtido pela expressão


MSd = B1 Mnt + B2 Mℓt em todas as suas seções transversais:
116
Observa-se que: exemplo, aos nós) e a variação andar por andar do
valor do coeficiente B2, que muitas vezes ocorre
- neste exemplo, como o coeficiente B1 é igual a (neste exemplo, essa variação não foi percebida);
1,0, ou muito próximo de 1,0, em todas as barras
e os valores da força axial e do momento fletor na - a análise estrutural, feita por meio de programa
Estrutura lt são muito menores que na Estrutura de computador, levou em conta a deformação por
nt, os esforços solicitantes da análise de segunda força cortante. Caso essa deformação tivesse sido
ordem ficaram próximos dos da análise de primei- desprezada, os deslocamentos D1 e D2 seriam ligei-
ra ordem. No entanto, em muitos outros casos, as ramente menores. Para se levar em conta a defor-
diferenças podem ser significativas; mação por força cortante, de modo geral os pro-
gramas solicitam apenas que seja fornecida a área
- em casos reais, especialmente quando a subestru- que trabalha ao cisalhamento nas barras, igual a:
tura de contraventamento não é simétrica, deve-se

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


considerar a ação do vento nos dois sentidos (da • no caso de perfil tubular retangular, a área das
esquerda para direita e da direita para a esquerda). almas (elementos perpendiculares ao eixo de
Nas combinações de ações apenas com cargas gra- flexão), tomada igual a duas vezes a altura da
vitacionais, as forças nocionais também devem ser parte plana desses elementos multiplicada pela
consideradas nos dois sentidos; espessura (situação do presente exemplo);

- os esforços solicitantes ficaram ligeiramente dese- • no caso de perfil tubular circular, metade da
quilibrados em alguns nós da estrutura, por exem- área bruta da seção transversal;
plo, no encontro entre a viga do 2º. pavimento e
o pilar do lado direito, o momento fletor na viga - se fosse feita uma análise de segunda ordem
é de -156,86 kN.m e, no pilar, de -153,87 kN.m. computacional mais precisa, usando um progra-
Esses desequilíbrios são decorrentes de se estar ma desenvolvido para tal, ao invés de se usar o
usando um método de análise de segunda ordem MAES, toda a estrutura da edificação, incluindo
aproximado (MAES) mas, para fins práticos, po- os elementos contraventados, deveriam participar
dem ser considerados aceitáveis. Entre as aproxi- do processo desde o seu início;
mações, destacam-se o uso do coeficiente B1 para - os elementos contraventados, embora usual-
os valores do momento fletor em todo o compri-
mente contínuos ao longo da altura da edificação,
mento da barra (ele não deveria ser aplicado, por
como mostra a Figura 2.7, neste exemplo foram
117
simulados rotulados entre o primeiro e segundo c) Verificação dos deslocamentos laterais
andar. Esse tratamento, que pode ser usado na
prática, faz com que os elementos contraventados Supondo que B2 não supera 1,55 na verificação dos
não absorvam qualquer parcela das forças horizon- estados-limites últimos em todas as combinações
tais, que ficam todas resistidas pela subestrutura últimas possíveis (na hipótese de carregamento
de contraventamento. Se os elementos contraven- processada, isso de fato foi verdade), para verifi-
tados fossem simulados contínuos, apresentariam cação dos estados-limites de serviço, pode ser feita
uma curvatura causada pela não linearidade dos análise elástica de primeira ordem, sem considerar
deslocamentos no topo dos dois andares, e assim as imperfeições iniciais geométricas e de material.
uma parte muito pequena das forças horizontais Como se quer verificar a ocorrência de danos per-
seria resistida por eles, como mostra a figura a manentes a componentes da construção, deve-se
seguir, que ficariam submetidos, além das forças usar a combinação rara de ações de serviço, dada
axiais de compressão, a momentos fletores. No pela Equação (2.11), reproduzida a seguir:
entanto, os momentos fletores seriam de pequena
 
m n
intensidade e poderiam ser desprezados. C ra ,ser  ∑ AGi ,k  AQ 1,k  ∑  1 j AQj ,k  
i 1 j 2

Como no caso da estrutura em questão, a ação


decorrente do vento é claramente a mais importante
para o deslocamento horizontal, a mesma deve ser
adotada como ação variável principal. Assim, a com-
binação frequente é dada pelos valores característicos
das ações permanentes e de vento, mais os valores
característicos da sobrecarga minorados pelo fator de
combinação y1 igual a 0,6. Logo, vem:

Elemento contraventado rotulado entre pavimentos deforma-se


como um conjunto de segmentos retos e não absorve forças ho-
rizontais

Os deslocamentos laterais obtidos nos níveis dos


dois andares, lembrando que para estados-limites
Elemento contraventado contínuo flete e absorve parte extrema- de serviço o módulo de elasticidade do aço pode
mente pequena das forças horizontais ser tomado como igual a 200000 MPa, e ainda le-
vando em conta a deformação por força cortante,
são mostrados a seguir:
118
barras da subestrutura de contraventamento têm
perfil laminado TC 168,3 x 7,1, que possui área
da seção transversal de 36  cm2, obter as forças
axiais solicitantes de cálculo nas barras dessa su-
bestrutura e nos elementos contraventados para
a combinação última de ações mais desfavorável,
considerando uso normal da edificação, usando o
MAES e avaliando-se a sua validade.

Esses deslocamentos são os deslocamentos totais


no nível dos dois andares, e não apenas os desloca-
mentos provocados pelas forças cortantes. No en-
tanto, por simplicidade, de forma conservadora,
serão usados esses mesmos deslocamentos totais
para comparação com o deslocamento horizon-
tal relativo entre pisos indicado, de h/500 (se essa
condição for atendida, automaticamente a condi-
ção de deslocamento no topo limitado a H/400
fica também atendida). Assim, têm-se os seguintes
deslocamentos horizontais relativos: a) Combinação última de ações
• no andar 1: (D1 - 0 = 0,232 – 0 = 0,232 cm) < A combinação última de ações mais desfavorável
(h1/500 = 400/500 = 0,8 cm) " Atende! é constituída pela carga permanente e pela sobre-
carga, e possui a seguinte resultante gravitacional
• no andar 2: (D2 - D1 = 0,386 – 0,232 = 0,154 cm) < nos nós, para uso normal da edificação:
(h2/500 = 400/500 = 0,8 cm) " Atende!

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


Pd = 1,35 (Pg,k) + 1,50 (Psc,k) =
1,35 (180) + 1,50 (120) = 423 kN
Salienta-se que essa verificação deve ser feita nas
prumadas dos dois pilares (em nenhuma prumada Como não atuam forças laterais, a essa resultante
os limites podem ser superados). No caso desse gravitacional deve ser acrescida a força nocional
exemplo, no entanto, os deslocamentos laterais Fnd, que simula as imperfeições iniciais geométri-
nas duas prumadas são praticamente iguais. cas, conforme se vê a seguir:

2.11.2. Análise de Sistema Treliçado como


Subestrutura de Contraventamento
A figura a seguir mostra a estrutura de uma edifi-
cação com uma subestrutura de contraventamen-
to, formada pelo sistema treliçado ABC, e com
dois elementos contraventados. Nessa estrutura,
Pg,k e Psc,k são forças características decorrentes ba-
sicamente de peso próprio de equipamentos fixos
e sobrecarga, respectivamente. Sabendo-se que as
119
b) Forças axiais solicitantes de cálculo nas barras da subestrutura de contraventamento

Deve ser feita a análise estrutural elástica de segunda ordem para a combinação última de ações apresentada
anteriormente por meio do MAES. Decompondo a Estrutura Original na Estrutura nt e na Estrutura ℓt, vem:

Estrutura nt

Estrutura Original

Estrutura nt

- Estrutura nt

Na Estrutura nt (basta que seja processado o sistema treliçado ABC, com o apoio fictício colocado dire-
tamente no mesmo), como as barras AC e BC têm o mesmo ângulo, em sentidos opostos, em relação a
uma linha vertical, RSd é igual a 3,81 kN, e apenas a carga gravitacional de 423 kN provoca forças axiais
nessas barras, conforme se vê a seguir:

120
Estabelecendo as condições de equilíbrio do nó C a forças horizontais e verticais, respectivamente, tem-se:

–Nnt,Sd,AC sen + Nnt,Sd,BC sen = 0  Nnt,Sd,BC = Nnt,Sd,AC


423
–Nnt,Sd,BC cos – Nnt,Sd,AC cos – 423 = 0  -2 Nnt,Sd,AC cos = 423  N nt ,Sd , AC  -  -208,71 kN
2  0,9868

Nnt,Sd,BC = –208,71 kN

- Estrutura ℓt

A Estrutura ℓt está submetida apenas à reação de apoio RSd de sentido contrário, como se vê a seguir:

Estabelecendo o equilíbrio do nó C a forças verticais e horizontais, respectivamente, tem-se:

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


–Nt,Sd,AC cos – Nt,Sd,BC cos= 0  Nt,Sd,AC = – Nt,BC

3,81
3,81 + Nt,Sd,BC sen – Nt,Sd,AC sen = 0  2 Nt,Sd,AC sen= 3,81  N t ,Sd , AC   11,58 kN
2  0,1645

Nt,Sd,BC = -11,58 kN

  - Valor do coeficiente B2

Com a força horizontal no nó C de 3,81 kN, deve-se calcular o deslocamento horizontal desse nó (DC)
tomando o módulo de elasticidade do aço como igual a Ea,red , ou seja, 16000 kN/cm2, para consideração
das imperfeições iniciais de material. Para isso será usado o Princípio dos Trabalhos Virtuais (PTV), se-
gundo o qual:
2
ni N i
C  ∑ Li  
E A
i 1 a ,red i

121
onde ni são as forças axiais nas barras AC e BC decorrentes de uma força horizontal unitária aplicada no
nó C (obviamente, essas forças axiais são iguais, respectivamente, a Nℓt,Sd,AC e Nℓt,Sd,BC divididas por 3,81)
e Ni são as forças axiais nas barras AB e BC decorrentes da força de 3,81 kN atuante no nó C (Nℓt,Sd,AC e
Nℓt,Sd,BC, respectivamente). Logo, tem-se:

Com h = 600 cm, Rs = 1,00, Dh = DC  = 0,074 cm, e com

SNSd = 3 × 423 = 1269 kN


SHSd = 3,81 kN
vem
1 1
B2    1,043  
1  h ∑ N Sd 1 0,074 1269
1 1
R s h ∑ H Sd 1,0 600 3,81

- Valores das forças axiais solicitantes de cálculo

Os valores das forças axiais solicitantes de cálculo, a serem usados na verificação dos estados-limites últi-
mos da subestrutura de contraventamento, são obtidos conforme segue:

NSd,AC = Nnt,Sd,AC + B2 Nlt,Sd,AC = - 208,71 + 1,043 × 11,58 = -196,63 kN

NSd,BC = Nnt,Sd,BC + B2 Nlt,Sd,BC = - 208,71 + 1,043 (-11,58) = -220,79 kN

c) Forças axiais solicitantes de cálculo nos ele- 2.11.3. Esforços Solicitantes e Verifica-
mentos contraventados ção da Flecha em Barra Birrotulada
Os elementos contraventados ficam submetidos A barra birrotulada mostrada, com 6  m de vão,
à força axial de compressão solicitante de cálculo funciona como viga de cobertura e está subme-
igual a 423 kN. tida às forças gravitacionais características uni-
formemente distribuídas qcp,k e qsc,k, decorrentes
d) Verificação da validade do procedimento de principalmente de peso próprio de elementos
análise estrutural utilizado construtivos industrializados com adições in loco
Como o coeficiente B2 é igual a 1,043, não supe- e de sobrecarga, iguais a 4 kN/m e 2 kN/m, res-
rando, portanto, 1,55, o uso do MAES é válido. pectivamente, e a uma força axial característica
Observa-se ainda que B2, calculado com o módu- de compressão, causada pelo vento, Nve,k, igual a
lo de elasticidade do aço igual a 160000 MPa, é 2000  kN. Sabe-se que a barra é constituída por
inferior a 1,13, o que significa que a estrutura é de um perfil laminado TR 320 × 200 × 10, fletido
pequena deslocabilidade. em relação ao eixo de maior inércia (eixo x), que
122
possui momento de inércia (Ix) igual a 13250 cm4. Pede-se:

- considerando a sobrecarga como ação variável principal, determinar os máximos esforços solicitantes
de cálculo;

- verificar se a flecha atende aos limites permitidos, para estados-limites de serviço reversíveis, sabendo-
se que foi dada uma contraflecha igual a 80% da flecha causada pela carga permanente.

a) Determinação dos Esforços Solicitantes de Cálculo Máximos

A combinação última de ações, com a sobrecarga como ação variável principal, é mostrada na figura seguinte:

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


Como os dois nós extremos da barra são indes- O momento fletor máximo ocorre na seção cen-
locáveis transversalmente, pode-se aplicar o dis- tral da barra e, na sua obtenção, como se afirmou
posto no Subitem 2.9.2.4 para estruturas com anteriormente, deve-se considerar o efeito local
deslocamentos laterais impedidos em que exis- P-d, ou seja, a influência da força axial no seu va-
tam momentos fletores. Assim, basta considerar lor. Pelo MAES, tem-se que:
na análise o efeito local P-d nos valores dos mo-
mentos fletores, sem levar em conta as imper- MSd = B1 M0
feições iniciais geométricas e de material. Dessa com
forma, a força axial de compressão solicitante q d L2 8,6  6 2
de cálculo máxima (Nc,Sd) é própria força axial M0    38,7 kN.m
8 8
de 1680 kN aplicada à barra e a força cortante
solicitante de cálculo máxima ocorre junto aos  e, como, nesse caso, Nnt,Sd mais Nℓt,Sd é igual a Nc,Sd,
apoios e é dada por:
Cm
B1  ≥ 1,0  
q d L 8,6 × 6 N c,Sd
VSd = = = 25,8kN 1
2 2 Ne
123

onde Cm é igual a 1,0 por existir forças transversais entre as extremidades da barra, Nc,Sd é a força axial de
1680 kN, e

 2 Ea I x  2  20000  13250
Ne    7265 kN
L2 600 2

Nota-se que neste cálculo  de Ne, como a imperfeição de material não precisa ser considerada, usou-se Ea
(igual a 20000 kN/cm2).
Finalmente:
1,00
B1   1,301  
1680
1
7265
e

MSd = 1,301 × 38,7 = 50,35 kNm

É interessante ainda destacar que, conforme a teoria apresentada, o valor de MSd calculado é a soma dos
momentos causados na seção central da barra pela carga distribuída qd e pela força axial de compressão
Nc,d, este último momento decorrente do efeito local P-d.
Se a força axial fosse de tração, o coeficiente de amplificação B1 deveria ser tomado como 1,0 e o momento
fletor seria apenas aquele causado pela carga transversal concentrada (M0), ou seja, igual a 38,7 kNm.
b) Verificação da Flecha

Inicialmente, devem ser obtidas as flechas máximas causadas pela carga permanente e pela sobrecarga, em
valores característicos. Essas flechas, que ocorrem no meio do vão, são iguais, respectivamente, a:

5  q cp ,k  L4 5  0,04  600 4
 cp    0,25 cm
384  E a  I x 384  20000  13250

5  q sc ,k  L4 5  0,02  600 4
 sc    0,13 cm
384  E a  I x 384  20000  13250

 
A contraflecha da viga será igual a:
dc = 0,80 × 0,25 = 0,20 cm
Como deve ser usada a combinação frequente de serviço, uma vez que o estado-limite é reversível, com
base na Equação (2.10), a flecha total será:
dt = 0,25 + 0,7 (0,13) – 0,20 = 0,14 cm

124
Comparando com a flecha máxima permitida (dp) para vigas de cobertura, igual a L/250, vem:

L 600
 t  0,14   p    2,40 cm
250 250
 
Portanto, a flecha da viga encontra-se dentro de limites aceitáveis. Observa-se, nesse caso, que mesmo que
não fosse dada contraflecha às vigas, não haveria problemas, pois a flecha total seria:
dt = 0,14 + 0,20 = 0,34 cm
valor ainda bastante inferior ao limite de 2,40 cm.

2.11.4. Análise e Dimensionamento de


Viga Treliçada de Planta Industrial
As estruturas de suporte para correia transporta-
dora são equipamentos típicos de plantas indus-
triais para o transporte de granulados (carvão,
minérios, grãos ou brita em usinas de concreto).
A figura a seguir apresenta dois exemplos de siste-
mas de transporte, o primeiro elevado e o segun-
do de uma retomadora de minério, a qual inclui
um sistema de correia transportadora no interior Lança de uma recuperadora de minério com correia trans-
da sua lança, fabricada em perfis tubulares de aço. portadora no seu interior
Nessa figura observa-se também a seção transver-
sal da lança com a correia transportadora e a junta
soldada multiplanar da lança formada por tubos
de aço.

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


Junta soldada multiplanar da lança formada por tubos de aço

Correia transportadora elevada

Seção transversal da lança com a correia transportadora 125


A estrutura a ser analisada é formada por duas treliças planas verticais laterais, que suportam o sistema
de correias transportadoras e demais equipamentos, sendo carregada nos nós superiores e inferiores. Esse
sistema implica em ligações no plano horizontal entre os banzos inferiores e superiores das duas treliças
principais verticais, garantindo desse modo a contenção lateral das vigas treliçadas verticais e aumentan-
do sua capacidade resistente à flambagem lateral. O modelo de análise adotado, que considera uma viga
treliçada isolada (2D), e o carregamento atuante, já em valores de cálculo, estão apresentados na figura
seguinte (Requena, 2013).

Geometria da treliça principal vertical lateral da transportadora (unidade: milímetro)

Geometria e dimensões da treliça principal vertical lateral da transportadora (unidade: milímetro)

Carregamento total em valor de cálculo, sem o peso próprio da treliça (unidade: tf )

126
Esses carregamentos correspondem às ações de cálculo (já majoradas). Nesses valores não está incluído o
peso próprio da treliça, porém, na análise da estrutura esse peso próprio foi levado em consideração pelo
programa computacional de análise, sendo majorado em 1,25.

As barras das treliças foram adotadas com aço estrutural VMB350, com resistência ao escoamento
fy=350 MPa e módulo de elasticidade Ea=200 GPa.
Serão explorados dois modelos de análise, conforme resumido na tabela a seguir:

Condições das ligações entre


Modelo de análise Excentricidades nos nós Tipo de ligação
diagonais e banzos
1) Treliçado ideal com as
As ligações com sobreposição ou com
diagonais concorrendo com os Sobrepostas ou com chapas
Inexistente chapa de ligação são mais complexas do
banzos no ponto de trabalho, de ligação
que as ligações com afastamento
PT
As ligações com afastamento podem ser
2) Treliça modelada
executadas com maior facilidade através
considerando as excentricidades Existente Com afastamento
de um único corte nas extremidades
das ligações
das diagonais
 
Será considerado inicialmente o modelo 1 sem excentricidades nos nós, sendo para isso necessário adotar
detalhe de ligação soldada sobreposta ou com chapas de ligação (passante ou de topo), conforme pode ser
observado na figura que segue (Requena, 2013).

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


Posteriormente, será considerado o modelo 2 para análise, com adoção de junta soldada com afastamento,
sem, no entanto, anular as excentricidades nos nós, conforme ilustrado na figura a seguir (Requena, 2013).

O modelo 1, sem excentricidades nos nós, considera os banzos como barras contínuas apoiadas nas diago-
nais que, por sua vez, encontram-se com as extremidades sem restrições a rotações (rotuladas). Observa-se
que a condição real das ligações de extremidade das diagonais não garante a liberação da rotação nessas
posições, mas, no entanto, a esbeltez elevada desses elementos torna o efeito de extremidades desprezável,
condição essa que pode ser assegurada pela relação geométrica L/h > 6, onde L é o comprimento da barra
e h a altura da seção transversal. Os resultados obtidos da análise e dimensionamento das barras estão
incluídos na figura seguinte, onde se observam: (a) os perfis tubulares adotados, considerando o aço es-
trutural com resistência ao escoamento fy = 350 MPa, (b) o coeficiente de aproveitamento (relação entre
127
esforços solicitante e resistente de cálculo) levando-se em conta o coeficiente de flambagem K = 1,0 para
o banzo comprimido e as diagonais, e (c) o coeficiente de aproveitamento considerando o coeficiente de
flambagem K = 0,9 para o todas as barras (Requena, 2013). Mais detalhes a respeito do dimensionamento
podem ser encontrados no Capítulo 3.

A numeração das barras adotada no modelo de análise está ilustrada a seguir. A análise da estrutura foi
excutada com auxílio de programa computacional.

Para o dimensionamento das barras comprimidas fo- Com relação às condições de extremidade das
ram adotados dois critérios distintos: (i) segundo a cur- barras, o banzo comprimido, tomado como con-
va de flambagem da norma ABNT NBR8800:2008 e tínuo e apoiado nos pontos de ligação com as dia-
(ii) segundo a curva de flambagem da norma brasi- gonais, permite o desenvolvimento do modo de
leira ABNT NBR 16239:2013, dirigida a tubos de flambagem por flexão, formando uma meia onda
aço laminados a quente, sem costura, ou tubos com senoidal. O efeito da continuidade da barra afe-
ou sem costura desde que tratados termicamente ta o modo de flambagem, o qual não reproduz
para alívio de tensões residuais de fabricação. (embora sua deformada pareça análoga) o caso
clássico da “coluna de Euler”, para a qual as ex-
O uso de procedimentos de verificação automática tremidades devem estar apoiadas em rótulas ide-
da segurança estrutural disponível em programas ais, com liberação completa das rotações. O efeito
de análise estrutural, como é o caso do recurso Steel da continuidade promove condições de extremi-
Checking disponibilizado no programa SAP2000 dade com restrição parcial das rotações nos nós
[CSI, 2015], por exemplo, pode ser realizado se- intermediários do banzo, sendo possível calcular
guindo os critérios acima referidos das normas o valor teórico da força crítica de flambagem des-
brasileiras, desde que o usuário tome as seguin- sa barra com apoios intermediários. No entanto,
tes precauções, considerando que as prescrições para fins práticos, é considerado aceitável que os
das normas ABNT não estão incluídas em mui- trechos sob compressão axial do banzo de viga
to desses programas de análise: (i) para o caso da treliçada formada por tubos de aço sejam dimen-
ABNT NBR 8800:2008, adotar as prescrições da sionados tomando o coeficiente de flambagem
norma norte americana ANSI/AISC360-10, cuja K = 0,9, conforme a ABNT NBR 16239:2013.
curva de flambagem na compressão é a mesma, (ii)
para o caso da ABNT NBR 16239:2013, adotar os Adicionalmente, conforme preconizado pela
critérios da norma canadense CAN/CSA-S16-01, to- ABNT NBR 16239:2013, as diagonais e mon-
mando o cuidado de especificar o valor adequado do tantes tubulares, desde que ligados por solda a
expoente da equação da curva de flambagem válida toda a volta aos banzos, devem ser dimensiona-
para tubos de aço laminados a quente, sem costura, ou dos levando em conta os seguintes coeficientes
tubos com ou sem costura desde que tratados termica- de flambagem, em função do valor do parâmetro
mente (1/2,24), conforme a equação a seguir. geométrico β (relação entre larguras ou diâmetros
de diagonais e banzos - mais detalhes encontram-
1 se no Subitem 3.3.2.2.4):
�� �⁄����
� ����
�1 � �����
� �
128
K = 0,9 para β >0,6;

K= 0,75 para β ≤ 0,6.

As seguir estão indicados os tubos de aço adotados (tubos quadrados TQ e retangulares TR) e os
coeficientes de aproveitamento resultantes da análise estrutural para as seguintes condições: (i) coe-
ficiente de flambagem K das barras dos banzos igual a 1,0 ou 0,9, (ii) dimensionamentos das barras
comprimidas segundo a curva de flambagem da norma ABNT NBR 8800:2008 ou ABNT NBR
16239:2013, que coincidem com aqueles das normas ANSI/AISC 360-10 e CAN/CSA-S16-01,
respectivamente, conforme referido anteriormente.

Coeficiente de aproveitamento, no dimensionamento das barras, considerando o coeficiente de flambagem K = 1,0 em todas as barras.

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


Segundo a norma ABNT NBR 8800:2008 (e ANSI/AISC 360-10).

Segundo a norma ABNT NBR 16239:2013 (e CAN/CSA-S16-01).

129
Coeficiente de aproveitamento, no dimensionamento das barras, considerando o coeficiente de flamba-
gem K = 0,9 em todas as barras.

Segundo a norma ABNT NBR 8800:2008 (e ANSI/AISC 360-10).

Segundo a norma ABNT NBR 16239:2013 (e CAN/CSA-S16-01).

Percebe-se dos resultados acima que a considera- de barra adicionais, rígidos (elementos de ligação
ção dos critérios da norma brasileira ABNT NBR EL, conforme apresentado na Figura 2.18), con-
16239:2013, combinados com o coeficiente de forme se observa na figura seguinte. Nesse caso,
flambagem K=0,9, conduz a uma verificação ade- os elementos adicionais são adotados com a seção
quada do dimensionamento (coeficiente de apro- dos tubos do banzo superior, módulo de elastici-
veitamento inferior a 1,0 em todas as barras), ao dade igual a 4 vezes o módulo convencional do
contrário das demais soluções apresentadas. aço Ea, ou seja, 800 GPa, e massa específica nula
(Requena, 2013).
Finalmente, comparando os resultados com a
adoção de K = 1,0 e K =0,9, confirma-se o bene- A consideração da treliça sem excentricidade re-
fício de se adotar uma restrição parcial na rotação sulta em ligações sobrepostas tanto no banzo
de extremidade dos banzos, resultando em uma superior quanto no banzo inferior. Para evitar a
redução dos coeficientes de aproveitamento. execução das ligações sobrepostas foi aplicado um
afastamento de 15 mm entre as barras das diago-
Já o Modelo 2, com ligações soldadas com afasta-
nais, tanto no banzo superior quanto no banzo
mento, certamente se beneficia da tipologia ado-
inferior. Esse afastamento resultou nas seguintes
tada para o processo de fabricação, mas resulta
excentricidades: banzo superior: 107,5 mm; e
em uma estrutura com excentricidades nos nós. A
banzo inferior: 82,5 mm.
análise dessa viga treliçada foi executada com a in-
clusão das excentricidades por meio de elementos
130
Coeficiente de aproveitamento, no dimensionamento das barras, considerando o coeficiente de flambagem K = 1,0 em todas as barras.

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


Segundo a norma ABNT NBR 8800:2008 (e ANSI/AISC 360-10).

Segundo a norma ABNT NBR 16239:2013 (e CAN/CSA-S16-01).


131
Coeficiente de aproveitamento, no dimensionamento das barras, considerando o coeficiente de flamba-
gem K = 0,9 em todas as barras.

Segundo a norma ABNT NBR 8800:2008 (e ANSI/AISC 360-10).

Segundo a norma ABNT NBR 16239:2013 (e CAN/CSA-S16-01).

Levando-se em conta as considerações anteriores e aplicando-se os mesmos critérios de análise descritos


para o Modelo 1, os resultados finais indicam algumas barras da treliça com aproveitamento superior a
1,0, ou seja, não compatíveis com os esforços atuantes. Portanto, para permitir a utilização da treliça com
excentricidades nos nós, foi necessário trocar algumas barras, conforme indicado a seguir.

Como apenas as duas barras das extremidades do banzo superior da treliça foram aprovadas com o perfil
TQ 150X150X8,2, considerando K = 1,0, foi adotado o mesmo perfil para todo o banzo superior da tre-
liça (TQ 150X150X12,7), de modo a uniformizar, resultando na estrutura ilustrada a seguir.

132
Nessa condição, as análises considerando todas as hipóteses dotadas (K=1,0 ou 0,9 e normas ABNT
NBR 8800:2008 ou ABNT NBR 16239:2013) resultaram sempre adequadas conforme ilustrado a seguir.

Coeficiente de aproveitamento, no dimensionamento das barras, considerando o coeficiente de flamba-


gem K = 1,0 em todas as barras.

Segundo a norma ABNT NBR 8800:2008 (e ANSI/AISC 360-10).

Segundo a norma ABNT NBR 16239:2013 (e CAN/CSA-S16-01).

Coeficiente de aproveitamento, no dimensionamento das barras, considerando o coeficiente de flamba-


gem K = 0,9 em todas as barras.

Segundo a norma ABNT NBR 8800:2008 (e ANSI/AISC 360-10). Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural

Segundo a norma ABNT NBR 16239:2013 (e CAN/CSA-S16-01).


133
Esses exemplos serviram para apresentar a se- 2.11.5. Análise de Vigas Treliçadas
quência usual na definição da estrutura (geome- Invertidas de Passarela para Pedestres
tria, tipologia das ligações e perfis estruturais),
análise, verificação do atendimento da segurança Este exemplo apresenta uma passarela projetada
e eventuais adaptações do sistema estrutural ori- em perfis tubulares com ligações soldadas, ilustra-
ginal até o atendimento da segurança requerida da na figura a seguir, com sete vãos de 22 m e dois
das barras. Além disso, apenas foram indicados os balanços extremos de 3,35 m cada. A estrutura
resultados das verificações da resistência das bar- foi concebida com duas vigas treliçadas do tipo
ras, não estando no seu escopo a verificação das Warren, invertidas e contínuas (sem juntas), sem
ligações propostas. Os procedimentos para di- contraventamento superior, com piso formado
mensionamento de barras de viga treliçada estão por laje mista de aço e concreto com fôrma de aço
detalhados no Capítulo 3 e os procedimentos para incorporada, sendo essa laje ligada às transversinas
dimensionamento de ligações estão no Capítulo 5. por conectores de cisalhamento pinos com cabeça.

A figura seguinte apresenta a vista lateral típica de um vão. Verifica-se que as ligações são projetadas com
afastamento, resultando nas seguintes excentricidades nos nós: diagonal-banzo superior e  =  59,8  mm;
diagonal-banzo inferior e = -30mm (convenção de sinais das excentricidades nos nós: para fora da treliça
e > 0, para dentro da treliça e < 0).

134
A seção transversal da passarela, no apoio e no vão, está ilustrada na próxima figura, com banzos superiores
e diagonais em tubos circulares, respectivamente TC 141,3 × 10,0 e TC 101,6 × 6,3, e banzos inferiores
em tubos retangulares TR 360 × 210 × 8,8. As transversinas que ligam os banzos inferiores são formadas
por tubos de seção quadrada TQ 150 × 6,3. As travessas de apoio são formadas por dois tubos retangulares
justapostos e ligados por solda. Os pilares são formados por tubos de aço de seção circular.

Seção transversal típica no apoio

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural

A seção transversal típica no vão caracteriza viga treliçada invertida do tipo pony truss. 135
Será examinada a condição julgada a mais desfa- O modelo de análise deve contemplar as excen-
vorável no presente caso, tomando o carregamen- tricidades nos nós seguindo o mesmo tipo de
to de multidão em vãos alternados. A ação variá- solução adotada no exemplo anterior. Na figu-
vel principal é, portanto, de QS =  5 kN/m2 sobre ra seguinte encontra-se a distribuição de for-
a laje, valor preconizado para o carregamento de ças axiais e momentos fletores nas barras (no
multidão em passarelas de pedestres pela ABNT plano da viga treliçada), com destaque para os
NBR 7188:2013. A combinação última de ações momentos no banzo superior, que deverão ser
para análise da flambagem inclui a ação perma- levados em conta nos cálculos da capacidade re-
nente de peso próprio da estrutura, GS, e a ação sistente das barras desses componentes de aço
variável de multidão: da treliça (flexocompressão). Adicionalmente,
percebe-se na mesma figura que o banzo in-
QS = 1,25GSa + 1,35GSc + 1,5QS ferior da viga treliçada, por servir de suporte
sendo GSa e GSc, respectivamente, as ações de peso para a laje através das transversinas (a laje se
próprio da estrutura de aço e do concreto lança- apoia sobre as transversinas, conforme referido
do no local para a execução da laje mista. Adicio- anteriormente), desenvolve momentos fletores
nalmente, como já explicitado, a ação variável QS muito importantes, devendo ser dimensionado
deve ser aplicada na condição mais desfavorável, de forma adequada como elemento estrutural
em vãos alternados. Outras combinações devem tubular sob efeitos combinados de flexotração
ser examinadas (incluindo o vento e efeito de va- ou flexocompressão, respectivamente na região
riação de temperatura), mas, a título de exemplo, central do vão ou sobre o apoio.
será tomada apenas essa condição de carregamen-
to da estrutura.

Resultado da análise estrutural: forças axiais NSd

Forças axiais NSd (kN) para combinação normal: 1,25GSa + 1,4 GSc + 1,5QS
Barra 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Nsd -5,5 -206,9 -376,7 -484,2 -532,6 -521,7 -451,6 -322,0 -133,7 119,3
136
Resultado da análise estrutural: momentos fletores MSd

No presente exemplo, no entanto, o interesse reside recurso permite a identificação dos modos de
na investigação da flambagem lateral do banzo supe- flambagem elástica de forma precisa, sendo
rior, que se encontra destravado lateralmente. Con- em muitos casos indispensável na análise de
forme Ziemian (2010), esse tipo de sistema treliçado estruturas metálicas;
é conhecido como pony truss, sendo a flambagem do
banzo comprimido um estado-limite último a ser 2. análise de forma aproximada da flambagem
verificado. Nesse caso, como se trata de viga treli- do banzo comprimido, utilizando para isso
çada contínua, os esforços de compressão no banzo procedimentos sugeridos na literatura por
superior na região central dos vãos podem conduzir Ziemian (2010) e outros autores para esses
à flambagem lateral do conjunto, cabendo às dia- casos, adotando-se modelos simplificados do
gonais contribuírem para a estabilidade dos banzos banzo como uma barra contínua e contida
comprimidos (no caso de treliça com montantes ver- lateralmente por apoios elásticos (como mo-
ticais esses elementos também devem ser considera- las de translação), que representam a ação das
dos na estabilização do banzo superior). As diagonais barras diagonais (e montantes, se houver).
encontram-se soldadas nos banzos inferiores, sendo Esse procedimento encontra-se atualmente
esses parcialmente impedidos de sofrerem torção bastante ultrapassado pelas soluções numéri-

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


pela sua própria rigidez à torção como elementos de cas de autovalor oferecidas por vários progra-
tubo, assim como pela contribuição das transver- mas computacionais de análise de estruturas
sinas, que atuam como elementos mistos de aço e (buckling analysis citado anteriormente).
concreto, condição essa garantida pelos conectores A figura a seguir apresenta o primeiro modo de
de cisalhamento. A eficiência desse sistema estrutural flambagem obtido do modelo completo de aná-
depende da rigidez à flexão do banzo comprimido, lise (3D), sendo possível identificar a flambagem
diagonais e transversinas mistas, de modo a evitar a lateral do conjunto das treliças planas. Esse mo-
ocorrência da flambagem lateral no banzo superior delo inclui as vigas treliçadas Warren (formada
comprimido. A verificação desse estado-limite de- por elementos de barra espaciais - seis graus de
pende fundamentalmente da análise da flambagem liberdade) e a laje (elementos de placa), essa úl-
elástica do sistema estrutural. Para isso, é possível tima devidamente conectada nas barras transver-
analisar o problema de duas formas distintas: sinas (elementos de barra). O valor calculado do
1. análise da flambagem do conjunto estrutu- autovalor para esse primeiro modo de flambagem
ral, adotando para isso o recurso de “análise é igual a 4,2. Esse resultado indica que o modo
de flambagem” (solução de autovalores na de flambagem lateral identificado na figura ocorre
opção buckling analysis) em geral disponível para um carregamento, nomeado como “crítico”1,
nos programas de análise de estruturas for- igual a 4,2 vezes a combinação de ações aplicada
madas por barras, placas e cascas (CAE). Esse originalmente na estrutura.
137
1 - Da teoria da estabilidade, “carregamento crítico” indica condição de equilíbrio neutro em uma estrutura sem imperfeições geométricas iniciais, ou seja, para carregamento imediatamente
inferior a condição é de equilíbrio estável e, ao contrário, para carregamento imediatamente superior a estrutura encontra-se em equilíbrio instável.
Esse resultado, embora indique carregamento dos resultados da análise de flambagem, sendo
crítico de flambagem superior ao da combinação essa a parcela da contribuição elástica na resis-
escolhida como exemplo de análise do presente tência, à qual deve ser adicionada a contribui-
caso, não garante a segurança estrutural, sendo ção da evolução da plasticidade que, em última
ainda necessário verificar o estado-limite último instância, vai definir a formação do mecanismo
de resistência do conjunto estrutural associado ao de colapso estrutural.
modo de flambagem lateral identificado.
A solução do problema acima descrito passa pelas
A capacidade resistente da estrutura (das barras seguintes opções para a verificação do estado-li-
do banzo superior que desenvolvem o modo de mite último:
flambagem ilustrado na figura anterior) depende
138
a) A verificação realista implica na análise não linear da estrutura, levando em conta:

i. o desenvolvimento do modo de flambagem (amplificação gradual dos deslocamentos, esforços inter-


nos e tensões);

ii. o comportamento elastoplástico da estrutura, introduzindo para isso o efeito da ductilidade do aço
com base no modelo idealizado do material elastoplástico.

b) A verificação aproximada da capacidade resistente, segundo a qual é possível considerar o modo de


flambagem calculado numericamente, conforme a figura anterior, ao qual estão associadas as forças axiais
solicitantes de cálculo NSd, vistas anteriormente, multiplicadas pelo coeficiente de flambagem (buckling
factor) igual a 4,2. Desse modo, o carregamento crítico de flambagem do banzo superior comprimido
ocorre para as forças axiais indicadas na tabela seguinte.

Forças axiais no banzo superior na configuração crítica de flambagem e coeficiente de flambagem igual a 4,2 (unidade kN).
Barra 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
NSd -23,1 -869,0 -1582,1 -2033,6 -2236,9 -2191,1 -1896,7 -1352,4 -561,5 501,1

A primeira opção, descrita na alínea “a”, deve per- é recomendado para o presente caso, pois permite
mitir a identificação do mecanismo de colapso, o cálculo da capacidade resistente de forma simpli-
desde que: ficada e aproximada. Desse modo, pode-se tomar a
força axial solicitante máxima no trecho considera-
1. o programa de análise (CAE) esteja habilitado do como a força crítica de flambagem elástica Ne 
para esse tipo de análise (em geral, programas = NSd = 532,6 x 4,2 = 2236,9 kN (ver tabela ante-
de análise dedicados a projetos de engenharia rior) e, a seguir, aplicar o fator de redução associado
civil não incluem a não linearidade do material à resistência à compressão preconizado nas normas
– plasticidade – com base em modelos realistas brasileiras ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


de plasticidade distribuída, apenas permitem 8800:2008 para estruturas formadas por tubos es-
a consideração dos efeitos de grandes desloca- truturais (ver esse assunto detalhadamente no Subi-
mentos em regime elástico na opção “análise tem 3.3.2.2 do Capítulo 3). Para os tubos laminados
incremental”). É necessário, portanto, o aces- a quente (sem costura), ou, ainda, laminados a frio
so a programas comerciais de análise mais ge- ou soldados e submetidos a tratamento térmico de
ral pelo método dos elementos finitos, como alívio de tensões residuais, o fator de redução apre-
o Ansys (Ansys Reference Manual, 2004) e o senta valores mais elevados do que para os tubos
Abaqus (Simulia Corp., 2013), entre outros; laminados a frio ou soldados sem tratamento para
2. o responsável pela análise esteja habilitado alívio de tensões residuais. Os resultados dos cálcu-
(tenha conhecimento e experiência) no ma- los da força de compressão resistente de cálculo do
nejo dessas rotinas computacionais. A análise banzo comprimido (TC 141,3 × 10,0) da viga treli-
não linear de estruturas, se implementada de çada, bem como do coeficiente de aproveitamento,
forma inadequada, pode levar a incorreções estão indicados na tabela seguinte para os dois casos
importantes, difíceis de serem identificadas comentados: (i) tubos laminados a quente e tubos
por usuários inexperientes. laminados a frio ou soldados com tratamento de
tensões residuais e (ii) tubos laminados a frio ou sol-
Já e segunda opção, descrita na alínea “b”, que dados sem tratamento de alívio das tensões residuais
considera as forças axiais associadas à flambagem, de fabricação.
139
Tubo laminado a quente Tubo soldado, sem alívio de tensões residuais

Ag = 4120 mm2 Ag = 4120 mm2


fy = 300 MPa fy = 300 MPa
Ne = 2236,9 kN Ne = 2236,9 kN
Q = 1,0 Q = 1,0
QAf y QAf y
λ0 = = 0,74 λ0 = = 0,74
Ne Ne
2

χ=
1
= 0,90 χ = 0,658λ = 0,79
0

(1 + λ0 )
4,48 1/2,24
Q χ Af y
Q χ Af y N cRd = = 891,6 KN
N cRd = = 1012,0 KN λa1
λa1 Coeficiente de aproveitamento:
Coeficiente de aproveitamento: N Sd 532,6
N Sd 532,6 = = 0,60
= = 0,53 N cRd 981,6
N cRd 1012,0


Viu-se, portanto, que a opção sugerida e comen- seguinte também ilustra a diferença entre os mo-
tada na alínea “a” (verificação realista) conduzem a dos de flambagem para as fases de serviço e cons-
cálculos fora da prática corrente em projeto de es- trutiva da estrutura, com destaque para a defor-
truturas, enquanto a opção sugerida na alínea “b” mação lateral das vigas treliçadas. Esses resultados
(verificação aproximada da capacidade resistente confirmam a importância da modelagem adequa-
do banzo superior) resultaram adequados no caso da do sistema estrutural com o objetivo de identi-
do presente exemplo. Essa última opção é julgada ficar, de forma realista, os modos de flambagem e
aproximada pelo fato de as forças axiais apresen- as respectivas combinações de carregamentos crí-
tarem variação no trecho considerado, sendo essa ticos em distintas fases construtivas.
a razão de se tomar a força solicitante máxima nas
barras 4, 5 e 6.

A figura seguinte mostra o resultado da análise de


flambagem elástica (buckling analysis) para com-
binação de ações na fase construtiva - primeiro
modo de flambagem da estrutura de aço para a
combinação de ações de construção quando do
lançamento do concreto da laje (1,15GSa+1,30GS-
c
+1,3QS ; QS=1KN/m2, em vãos alternados). O
autovalor calculado foi igual a 8,9, associado ao
modo de flambagem apresentado. Nessa condição
a estrutura de aço não conta com a contribuição
da laje mista e a flambagem lateral das vigas treli-
çadas conduz ao modo indicado na figura, sendo
evidente que a deformação lateral inclui o banzo
inferior das vigas treliçadas invertidas. A figura
140
Autovalor: 4,2
1,25GSa + 1,4GSc + 1,5QS Fase de serviço: estrutura mista
QS = 5KN/m2

A figura a seguir mostra a vista em planta dos distintos modos de flambagem da estrutura mista e da es-
trutura de aço, respectivamente nas fases de serviço e de construção durante o lançamento do concreto.

Autovalor: 8,9
1,15GSa + 1,3GSc + 1,3QS
QS = 1KN/m2

Fase de montagem e concretagem.


Estrutura de aço
Apoio

Capítulo 2 - Ações, comportamento, segurança, modelagem e análise estrutural


No caso estudado das vigas treliçadas Warren in- flambagem lateral do banzo superior, poderá ser
vertidas, para o caso da solicitação nas barras se considerada a troca por tubos de maior rigidez e
apresentar superior à capacidade resistente estima- resistência à compressão axial.
da, a solução deverá ser o aumento da rigidez dos
tubos que constituem as diagonais (e montantes Finalmente, conforme comentado anteriormente,
verticais, se houver) conferindo desse modo con- a estabilidade lateral das vigas treliçadas recebe im-
tenção lateral mais eficiente, com o consequente portante contribuição da rigidez à torção do banzo
aumento do carregamento crítico (buckling fac- inferior, sendo desse modo recomendado adotar
tor). Se, ainda assim, não for possível garantir a tubos de paredes mais espessas nessas barras.
segurança com relação ao estado-limite último de

141
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142
3
3.1. GENERALIDADES
DIMENSIONAMENTO
DE BARRAS DE AÇO

Neste capítulo serão apresentados procedimentos


para o dimensionamento de barras prismáticas
com seções tubulares de aço submetidas a força
axial de tração, a força axial de compressão, a fle-
xão, a torção e a atuação conjunta de dois ou mais
esforços solicitantes, admitindo-se que as ações
atuantes sejam estáticas.

3.2. BARRAS SUBMETIDAS A


FORÇA AXIAL DE TRAÇÃO Figura 3.1(b)Tesouras de cobertura treliçadas

3.2.1. Uso e Aplicação


As barras de aço com seções tubulares submetidas a
força axial de tração (barras tracionadas) aparecem
usualmente compondo treliças planas que funcio-
nam como vigas de piso e de cobertura (tesouras de
cobertura), pilares e contraventamentos (as barras
dessas treliças podem ser tracionadas ou comprimi-
das, dependendo do sentido das ações atuantes), e

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


ainda, como tirantes e pendurais (Figura 3.1).

Figura 3.1(c) Pilares treliçados


Figura 3.1(a) Vigas treliçadas de piso
143
Essas barras aparecem também com frequência
em algumas estruturas de grande vão, como são os
casos de passarelas de pedestres, onde funcionam
como elementos de treliças (no tabuleiro e nos pi-
lares) e como tirantes, e de treliças espaciais com
malha piramidal de cobertura, conforme mostram
as Figuras 3.2-a e 3.2-b, respectivamente.

Figura 3.1(d) Contraventamento

Figura 3.2(a) Passarela de pedestres

Figura 3.1(e) Tirantes

Figura 3.2(b) Treliça espacial com malha piramidal


Figura 3.2 – Casos de uso de barras axialmente tracionadas em
estruturas de grande vão

3.2.2. Estados-limites últimos


3.2.2.1. Identificação

Figura 3.1(f ) Pendurais Em uma barra tracionada podem ocorrer os se-


Figura 3.1 – Exemplos de sistemas com barras axialmente tracionadas guintes estados-limites últimos:

- escoamento da seção bruta (plastificação);

- ruptura da seção líquida.


144
3.2.2.2. Escoamento da Seção Bruta ga1 o coeficiente de ponderação da resistência, igual
a 1,10 para estados-limites últimos relacionados ao
Uma forma de colapso ocorre quando a força de escoamento, conforme visto no Subitem 2.3.2.4.
tração atuante em uma barra é igual à força axial
de escoamento da seção bruta, dada por:

Ny = Ag fy (3.1) 3.2.2.3. Ruptura da Seção Líquida


onde Ag é a área bruta da seção transversal e fy a resis- 3.2.2.3.1. Área Líquida Efetiva
tência ao escoamento do aço. Nessa circunstância, a
barra se encontra em situação de escoamento gene- Nas regiões de ligação das barras tracionadas a
ralizado (plastificação) e sofrerá um alongamento outros componentes da estrutura, muitas vezes se
excessivo, o que pode causar a ruína do sistema do tem uma área de trabalho inferior à área total da
qual faz parte. A esse estado-limite último dá-se o seção transversal, devido à presença de furos, no
nome de escoamento da seção bruta. Um exemplo caso de ligação parafusada, e também à distribui-
é apresentado na Figura 3.3, onde a diagonal tracio- ção não uniforme de tensões, causada por concen-
nada de uma treliça atingiu o escoamento por tração tração de tensões nas regiões por onde a força axial
e seu comprimento aumentou demasiadamente, al- é transmitida (nessas regiões se situam parafusos
terando a geometria da treliça e as forças axiais nas ou soldas e, muitas vezes, chapas de ligação, en-
barras para valores não previstos, o que precisa ser tre outros elementos). Nas barras tracionadas com
evitado, pois o resultado pode ser o colapso. perfis tubulares, por exemplo, uma ligação usual
consiste na colocação de uma chapa de ligação
soldada concêntrica, conforme um dos modelos
mostrados na Figura 3.4 (esses modelos podem
ser utilizados para perfis tubulares circulares e re-
tangulares). No primeiro modelo, o perfil tubular
é recortado e a chapa soldada longitudinalmente,
com folga entre sua extremidade e o final do re-
corte e, no segundo, a chapa é soldada também ao
longo da espessura, sem folga.

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


Figura 3.3 – Escoamento da seção bruta

Para que o escoamento da seção bruta não ocorra,


deve-se ter, conforme a ABNT NBR 8800:2008:

Ag f y
N t ,Sd ≤  
γ a1 (3.2)

onde Nt,Sd é a força axial de tração solicitante de cál-


culo, obtida com a combinação de ações de cálculo
apropriada (ver Subitem 2.3.2.3 no Capítulo 2), e
Figura 3.4(a) Tubo recortado e chapa com folga
145
nas barras com seção tubular retangular em que o
comprimento da ligação não seja inferior ao com-
primento total do lado paralelo à chapa concêntri-
ca, o coeficiente deve ser obtido pela seguinte ex-
pressão, fornecida pela ABNT NBR 8800:2008:

ec
C t = 1− ≤ 0,90   (3.4)
ℓc

onde ec é a excentricidade da ligação, igual à dis-


tância do centro geométrico G de cada uma das
duas partes da seção da barra separadas pela chapa
concêntrica ao plano de cisalhamento mais próxi-
mo, cujos valores são mostrados na Figura 3.5-b
Figura 3.4(b) Tubo recortado e chapa sem folga (a ABNT NBR 8800:2008, simplificadamente,
nas fórmulas mostradas nessa figura, suprime o
Figura 3.4 – Modelos de ligação entre chapa concêntrica e
perfil tubular termo tc/2).

Nessas ligações, as regiões da parede do tubo pró-


ximas da chapa concêntrica ficam submetidas a lc
uma tensão maior que outras mais distantes dessa
chapa. Por essa razão, considera-se uma área de
trabalho submetida a tensão constante, igual à
máxima atuante e, evidentemente, inferior à área
bruta da seção transversal. Essa área de trabalho é
denominada área líquida efetiva e dada por:
Ae = Ct Ag
onde Ct é um coeficiente de redução, no caso apli-
cado à área bruta Ag (chama-se aqui a atenção para Figura 3.5(a) Comprimento lc
o fato de que nas barras onde existem furos para
ligação parafusada, a redução da capacidade resis-
tente causada por esses furos precisa ser considerada
e, para tal, usa-se no lugar da área bruta uma outra
área, denominada área líquida e simbolizada An).
Para o tipo de ligação mostrado na Figura 3.4, nas
barras com seção tubular circular em que o com-
primento da ligação lc (comprimento da solda na
direção da força axial - ver Figura 3.5-a) seja su-
perior ou igual a 1,30 vez o diâmetro externo da
barra d, o coeficiente Ct deve ser tomado, confor-
me a ABNT NBR 8800:2008, igual a 1,0. Ainda
nas barras com seção tubular circular, com com-
primento da ligação superior ou igual ao diâme- Figura 3.5(b) Valores da excentricidade ec
tro externo e menor que 1,30 vez esse diâmetro, e
Figura 3.5 - Ligações com chapas concêntricas
146
A ABNT NBR 16239:2013, com base em pes- desde que comprimento da ligação não seja infe-
quisas mais recentes (ver, por exemplo, Packer, rior ao comprimento total dos lados paralelos às
2006 e Martinez-Saucedo e Packer, 2009), permi- chapas (ver Figura 3.6, na qual é fornecido o valor
te que nas barras com seções tubulares circular e da excentricidade ec a ser adotada).
retangular, o coeficiente Ct seja determinado por:

−10
' ! $3,2 *
e
C t = )1+ # c & ,   (3.5)
)( " ℓ c % ,+

Essa equação é aplicável desde que a ligação entre a


chapa concêntrica e o perfil tubular seja executada de
acordo com Figura 3.4, como é óbvio, e que, ainda:
- nos perfis circulares, a relação entre diâmetro
Figura 3.6 - Ligação de perfil tubular retangular por chapas solda-
externo e espessura (d/t) não supere 45 e que o das em dois lados opostos
comprimento da ligação lc seja superior ou igual
ao diâmetro externo d da seção transversal; É interessante observar que a Equação (3.5), da
ABNT NBR 16239:2013, contempla com maior
- nos perfis retangulares, a relação entre a altura precisão o comportamento dos perfis tubulares que
da seção transversal perpendicular à chapa de li- o procedimento geral fornecido pela ABNT NBR
gação e a espessura (h/t no caso da Figura 3.5-b) 8800:2008, que tem por base o ANSI/AISC 360-
não supere 45 e que o comprimento da ligação 05 (esse procedimento foi mantido no ANSI/AISC
lc não seja inferior ao comprimento total do 360-10). De fato, por esse último procedimento,
lado paralelo à chapa concêntrica (b no caso da quando a razão entre comprimento da ligação e o
Figura 3.5-b). diâmetro de um perfil tubular circular (lc/d) for
igual a 1,30, o valor do coeficiente Ct varia abrup-
Muitas vezes, as barras com seção tubular retangu-
tamente de 0,755 para 1,00, como mostra a Figura
lar são conectadas pelas extremidades por chapas
3.7, denotando uma clara inconsistência.
de ligação soldadas em dois lados opostos, situa-
ção em que Ct deve ser obtido pela Equação (3.4),

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço

Figura 3.7 - Procedimento para determinação do coeficiente Ct da ABNT NBR 8800:2008


147
A Figura 3.8, por sua vez, baseada em Packer (2006), mostra a boa concordância entre um conjunto de
resultados de ensaios laboratoriais e análises numéricas para determinados perfis tubulares circulares e
os resultados obtidos pela Equação (3.5) da ABNT NBR 16239:2013 (a rigor, os resultados da norma
brasileira são conservadores). Nessa figura se vê também como os valores obtidos com a Equação (3.4) da
ABNT NBR 8800:2008 ficam distantes dos resultados dos ensaios e análises numéricas na faixa em que
lc/d se situa entre 1,0 e 1,3.

Ct 1,1
1,0
0.9
0,8 ABNT NBR 8800:2008
0,7
0,6
0,5 faixa de resultados de
0,4 ensaios e análises
numéricas
0,3
0,2 ABNT NBR 1623:2013
0,1
0,0
0,5 1,0 1,3 2,0
lc /d
Figura 3.8 - Comparação entre procedimentos para determinação do valor do coeficiente Ct

Chama a atenção o fato de que quando lc/d está en- se caso, não há necessidade de se verificar o esta-
tre 1,0 e 1,3, os resultados dos estudos experimen- do-limite de ruptura da seção líquida, pois este
tais e numéricos e da ABNT NBR 16239:2013 fica automaticamente considerado no dimensio-
ficam bastante superiores aos da ABNT NBR namento da ligação, que deve ser feita de acordo
8800:2008 que, conforme já explicitado, são os com o Capítulo 5.
mesmos do ANSI/AISC 360-10. Isso pode ser
explicado considerando que o procedimento do
ANSI/AISC 360-10 baseou-se em ensaios de per-
fis tubulares circulares para lc/d próximo ou supe-
rior a 1,30 (possivelmente os únicos disponíveis
na época), nos quais se obteve Ct em torno de 1,0.
Assim, simplificadamente e conservadoramente,
para lc/d inferior a 1,30, acredita-se que o ANSI/
AISC 360-10 tenha optado por adotar o mesmo
procedimento desenvolvido e devidamente com-
provado para os perfis de seção aberta.

Também são utilizadas ligações em que se colo-


ca uma chapa de topo soldada na extremidade
do perfil tubular, como se vê na Figura 3.9. Nes- Figura 3.9 - Ligação de perfil tubular com chapa de topo soldada

148
3.2.2.3.2. Condição de Dimensionamento Essa recomendação tem o objetivo de evitar que as
barras tracionadas fiquem demasiadamente flexí-
Quando a tensão na área líquida efetiva alcança a veis e, como consequência, apresentem:
resistência à ruptura do aço (fu), a barra se rompe
junto à ligação, em um estado-limite último que - deformação excessiva causada pelo peso pró-
recebe a denominação de ruptura da seção líquida prio ou por choques durante o transporte e a
(Figura 3.10). montagem;

- vibração de grande intensidade quando atu-


arem ações variáveis, como fortes rajadas de
vento, ou quando existirem solicitações de
equipamentos vibratórios, como compresso-
res e peneiras, e equipamentos móveis, como
pontes rolantes, que podem transmitir vibração
para toda a edificação, causando sensações de
desconforto aos usuários.

3.3. BARRAS SUBMETIDAS A


Figura 3.10 - Ruptura da seção líquida em um perfil
tubular retangular FORÇA AXIAL DE COMPRESSÃO
Para que a ruptura da seção líquida não ocorra, 3.3.1. Uso e Aplicação
deve-se ter, conforme a ABNT NBR 8800:2008:
As barras com seções tubulares submetidas a força
axial de compressão (barras comprimidas), assim
Ae f u como as tracionadas (ver Subitem 3.2.1) aparecem
N t ,Sd ≤   (3.6)
γa2 usualmente compondo treliças planas que funcio-
nam como vigas de piso e de cobertura (tesouras
onde ga 2 é o coeficiente de ponderação da resis- de cobertura), pilares e sistemas de contraventa-
tência, igual a 1,35 para estados-limites últimos mento, e também na composição de treliças espa-
relacionados à ruptura, conforme visto no Subi- ciais com malhas piramidais. Pilares nos quais as
tem 2.3.2.4. vigas (ou outros elementos de cobertura ou piso)
se ligam por meio de rótulas são também barras
comprimidas que aparecem comumente nas es-
3.2.3. Limitação do Índice de Esbeltez truturas de aço (Figura 3.11).

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


O índice de esbeltez das barras tracionadas, to-
mado como a maior relação entre o comprimento
destravado Ld e o raio de giração r corresponden-
te, excetuando-se as barras que são montadas com
pré-tensão, não deve ser superior a 300, ou seja:

⎛ Ld ⎞
⎜ ⎟ ≤ 300 (3.7)
⎝ r ⎠ max

Figura 3.11 - Pilares axialmente comprimidos


149
3.3.2. Estados-limites Últimos 3.3.2.2.1. Descrição do Fenômeno

3.3.2.1. Identificação Considera-se que as barras sempre apresentem uma


curvatura inicial, com um deslocamento transversal
Em uma barra comprimida de seção tubular os v0 na seção central, proporcional ao comprimento L,
estados-limites últimos aplicáveis são: conforme se vê na Figura 3.12-a. Essas barras têm o
deslocamento transversal vt continuamente aumen-
- instabilidade global por flexão ou por torção;
tado com o acréscimo da força de compressão, até
- flambagem local. não conseguirem mais resistir às solicitações atuan-
tes, caracterizando um estado-limite último cha-
Se as dimensões da seção transversal e o compri- mado de instabilidade global por flexão. Em linhas
mento de flambagem por flexão e por torção da gerais, à medida que a força axial de compressão se
barra comprimida forem tais que esses estados-li- eleva, o deslocamento aumenta e, consequentemen-
mites não possam ocorrer, o colapso se dará por te, as tensões na barra. No caso de uma barra birro-
escoamento da seção bruta. Trata-se de um fenô- tulada, como a mostrada na Figura 3.12-a, a seção
meno de plastificação similar ao homônimo visto mais solicitada (seção central, que possui o maior
anteriormente no Subitem 3.2.2.2 para barras tra- momento atuante, igual ao produto da força axial
cionadas, com a barra comprimida sofrendo uma pelo deslocamento) sob ação da força axial Nr co-
redução excessiva de comprimento. meça a escoar (Figura 3.12-b), e esse escoamento vai
se propagando progressivamente (Figura 3.12-c) até
que se forme uma rótula plástica (o deslocamento
3.3.2.2. Instabilidade Global por Flexão transversal vt tende a infinito), o que caracteriza o
colapso (Figura 3.12-d).

Figura 3.12 – Comportamento de barra com curvatura inicial até o colapso

O início do escoamento na seção central (Figura 3.12-b), que se manifesta quando a máxima tensão de
compressão causada pela força axial e pelo momento provocado pela excentricidade desta somada à tensão
residual de compressão alcança a resistência ao escoamento do aço em alguma região, indica o final do
regime elástico. Quando isso ocorre, começa a redução de rigidez da barra, que antecede o colapso. Assim,
quanto maiores forem as tensões residuais, mais cedo começa o escoamento e também a redução de rigidez
150
da barra e, consequentemente, menor será a sua capacidade resistente, como ilustra a Figura 3.13.
Figura 3.13 - Diagrama da força axial versus deslocamento da seção central até o colapso

Além do valor das tensões residuais, influi também - para λ 0 ≤ 1,5  


na capacidade resistente a distribuição dessas ten-
sões. Se os seus maiores valores de compressão ocor- 2
λ
rerem nas regiões da seção transversal submetidas às χ = 0,658 0   (3.9-a)
máximas tensões normais de compressão aplicadas
pela força externa, a redução de rigidez se acentua. - para λ0 > 1,5  
Com base no exposto, a força axial de compressão
0,877
resistente nominal de uma barra, para instabilidade χ= 2   (3.9-b)
global por flexão (ver Figura 3.12-c), é dada por: λ0

Nessa expressão, l0 é o índice de esbeltez reduzi-


N c ,Rk ,g = χ Ag f y   (3.8) do da barra, dado por:

onde o produto Ag fy é a força de escoamento da seção Ag f y


bruta (como nas barras tracionadas), e c é um fator λ0 =   (3.10)
Ne
adimensional, menor ou igual a 1,0, que leva em con-
ta as influências das tensões residuais e da curvatura onde Ne é a menor força axial de flambagem elásti-
inicial da barra (influência das imperfeições iniciais). ca por flexão da barra, também chamada de carga
Esse fator, chamado de fator de redução associado à crítica de Euler, considerando os modos de flamba-
Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço
resistência à compressão, é obtido por meio de en- gem em relação aos eixos centrais de inércia x e y da
saios laboratoriais e análises numéricas sofisticadas, e seção transversal. Logo, Ne é o menor valor entre:
fornecido nos Subitens 3.3.2.2.1 e 3.3.2.2.2.
π 2 Ea I x
N ex = (3.11-a)
(KL )x2  
3.3.2.2.2. Equações Gerais do Fator c
O fator c para todas as barras axialmente com- e
primidas, o que implica que pode ser aplicado a
qualquer perfil tubular, conforme a ABNT NBR π 2 Ea I y
N ey = (3.11-b)
8800:2008, é igual a: (KL )y2   151
em que Ea é o módulo de elasticidade do aço, Ix e (KL)x são o momento de inércia da seção transversal e o
comprimento de flambagem por flexão da barra em relação ao eixo x, respectivamente, e Iy e (KL)y as mes-
mas grandezas em relação ao eixo y. Os comprimentos de flambagem são tratados no Subitem 3.3.2.2.3.

Para facilitar os cálculos, o fator c da ABNT NBR 8800:2008 é fornecido na Tabela 3.1 para valores de
l0 até 3,0.

Tabela 3.1 - Fator c para todos os perfis

λ0 0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 λ0
0,0 1,000 1,000 1,000 1,000 0,999 0,999 0,998 0,998 0,997 0,997 0,0
0,1 0,996 0,995 0,994 0,993 0,992 0,991 0,989 0,988 0,987 0,985 0,1
0,2 0,983 0,982 0,980 0,978 0,976 0,974 0,972 0,970 0,968 0,965 0,2
0,3 0,963 0,961 0,958 0,955 0,953 0,950 0,947 0,944 0,941 0,938 0,3
0,4 0,935 0,932 0,929 0,926 0,922 0,919 0,915 0,912 0,908 0,904 0,4
0,5 0,901 0,897 0,893 0,889 0,885 0,881 0,877 0,873 0,869 0,864 0,5
0,6 0,860 0,856 0,851 0,847 0,842 0,838 0,833 0,829 0,824 0,819 0,6
0,7 0,815 0,810 0,805 0,800 0,795 0,790 0,785 0,780 0,775 0,770 0,7
0,8 0,765 0,760 0,755 0,750 0,744 0,739 0,734 0,728 0,723 0,718 0,8
0,9 0,712 0,707 0,702 0,696 0,691 0,685 0,680 0,674 0,669 0,664 0,9
1,0 0,658 0,652 0,647 0,641 0,636 0,630 0,625 0,619 0,614 0,608 1,0
1,1 0,603 0,597 0,592 0,586 0,580 0,575 0,569 0,564 0,558 0,553 1,1
1,2 0,547 0,542 0,536 0,531 0,525 0,520 0,515 0,509 0,504 0,498 1,2
1,3 0,493 0,488 0,482 0,477 0,472 0,466 0,461 0,456 0,451 0,445 1,3
1,4 0,440 0,435 0,430 0,425 0,420 0,415 0,410 0,405 0,400 0,395 1,4
1,5 0,390 0,385 0,380 0,375 0,370 0,365 0,360 0,356 0,351 0,347 1,5
1,6 0,343 0,338 0,334 0,330 0,326 0,322 0,318 0,314 0,311 0,307 1,6
1,7 0,303 0,300 0,296 0,293 0,290 0,286 0,283 0,280 0,277 0,274 1,7
1,8 0,271 0,268 0,265 0,262 0,259 0,256 0,253 0,251 0,248 0,246 1,8
1,9 0,243 0,240 0,238 0,235 0,233 0,231 0,228 0,226 0,224 0,221 1,9
2,0 0,219 0,217 0,215 0,213 0,211 0,209 0,207 0,205 0,203 0,201 2,0
2,1 0,199 0,197 0,195 0,193 0,192 0,190 0,188 0,186 0,185 0,183 2,1
2,2 0,181 0,180 0,178 0,176 0,175 0,173 0,172 0,170 0,169 0,167 2,2
2,3 0,166 0,164 0,163 0,162 0,160 0,159 0,157 0,156 0,155 0,154 2,3
2,4 0,152 0,151 0,150 0,149 0,147 0,146 0,145 0,144 0,143 0,141 2,4
2,5 0,140 0,139 0,138 0,137 0,136 0,135 0,134 0,133 0,132 0,131 2,5
2,6 0,130 0,129 0,128 0,127 0,126 0,125 0,124 0,123 0,122 0,121 2,6
2,7 0,120 0,119 0,119 0,118 0,117 0,116 0,115 0,114 0,113 0,113 2,7
2,8 0,112 0,111 0,110 0,110 0,109 0,108 0,107 0,106 0,106 0,105 2,8
2,9 0,104 0,104 0,103 0,102 0,101 0,101 0,100 0,099 0,099 0,098 2,9
3,0 0,097 - - - - - - - - - 3,0

As Equações (3.9) da ABNT NBR 8800:2008 3.3.2.2.3. Fator c para Perfis Tubulares Laminados
são as mesmas do ANSI/AISC 360-05 (mantidas a Quente ou com Alívio de Tensões
no ANSI/AISC 360-10) e não levam em conta
as particularidades do comportamento dos per- Entre os perfis que apresentam tensões residuais
fis no que se refere à magnitude e à distribuição menos severas (com menor intensidade e distri-
das tensões residuais. Assim, essas equações, para buição mais favorável) encontram-se os tubulares
diversos tipos de perfis, levam a um dimensiona- laminados a quente. Também possuem tensões re-
mento com índice de confiabilidade superior ao siduais pouco severas perfis tubulares tratados ter-
necessário. micamente para alívio de tensões, mesmo aqueles
com costura ou que tenham sofrido algum traba-
lho a frio para mudança de forma após a lami-
nação. Para se levar tal fato em conta, a ABNT
152
NBR 16239:2013 prescreve, como opção, o uso do fator de redução c que tem como origem a norma
canadense CAN/CSA S16.1:2003 e que foi desenvolvido para perfis com pequena influência das tensões
residuais na redução da força axial de compressão resistente. Esse fator é dado por:
1
χ=
(1 + λ )
4 ,48 1 2 ,24
0  
(3.12)

onde o índice de esbeltez reduzido l0 é dado pela Equação (3.10).

Para facilitar os cálculos, o fator c da ABNT NBR 16239:2013 é fornecido na Tabela 3.2 para valores de
l0 até 3,0.

Tabela 3.2 - Fator c para perfis tubulares laminados a quente ou com alívio de tensões

λ0 0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 λ0
0,0 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 0,0
0,1 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 0,1
0,2 1,000 1,000 0,999 0,999 0,999 0,999 0,999 0,999 0,999 0,998 0,2
0,3 0,998 0,998 0,997 0,997 0,996 0,996 0,995 0,995 0,994 0,993 0,3
0,4 0,993 0,992 0,991 0,990 0,989 0,988 0,987 0,985 0,984 0,982 0,4
0,5 0,981 0,979 0,977 0,975 0,973 0,971 0,968 0,966 0,963 0,961 0,5
0,6 0,958 0,955 0,952 0,948 0,945 0,941 0,938 0,934 0,930 0,925 0,6
0,7 0,921 0,917 0,912 0,907 0,902 0,897 0,892 0,886 0,881 0,875 0,7
0,8 0,869 0,864 0,858 0,851 0,845 0,839 0,832 0,826 0,819 0,812 0,8
0,9 0,805 0,799 0,792 0,784 0,777 0,770 0,763 0,756 0,748 0,741 0,9
1,0 0,734 0,727 0,719 0,712 0,704 0,697 0,690 0,682 0,675 0,668 1,0
1,1 0,660 0,653 0,646 0,639 0,632 0,625 0,617 0,610 0,604 0,597 1,1
1,2 0,590 0,583 0,576 0,570 0,563 0,556 0,550 0,544 0,537 0,531 1,2
1,3 0,525 0,519 0,513 0,507 0,501 0,495 0,489 0,483 0,478 0,472 1,3
1,4 0,467 0,461 0,456 0,451 0,445 0,440 0,435 0,430 0,425 0,420 1,4
1,5 0,416 0,411 0,406 0,402 0,397 0,393 0,388 0,384 0,379 0,375 1,5
1,6 0,371 0,367 0,363 0,359 0,355 0,351 0,347 0,344 0,340 0,336 1,6
1,7 0,333 0,329 0,326 0,322 0,319 0,315 0,312 0,309 0,306 0,302 1,7
1,8 0,299 0,296 0,293 0,290 0,287 0,284 0,281 0,279 0,276 0,273 1,8
1,9 0,270 0,268 0,265 0,262 0,260 0,257 0,255 0,252 0,250 0,248 1,9
2,0 0,245 0,243 0,241 0,238 0,236 0,234 0,232 0,229 0,227 0,225 2,0
2,1 0,223 0,221 0,219 0,217 0,215 0,213 0,211 0,209 0,208 0,206 2,1
2,2 0,204 0,202 0,200 0,199 0,197 0,195 0,194 0,192 0,190 0,189 2,2
2,3 0,187 0,185 0,184 0,182 0,181 0,179 0,178 0,176 0,175 0,174 2,3
2,4 0,172 0,171 0,169 0,168 0,167 0,165 0,164 0,163 0,161 0,160 2,4

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


2,5 0,159 0,158 0,156 0,155 0,154 0,153 0,152 0,150 0,149 0,148 2,5
2,6 0,147 0,146 0,145 0,144 0,143 0,142 0,141 0,140 0,138 0,137 2,6
2,7 0,136 0,135 0,134 0,134 0,133 0,132 0,131 0,130 0,129 0,128 2,7
2,8 0,127 0,126 0,125 0,124 0,123 0,123 0,122 0,121 0,120 0,119 2,8
2,9 0,118 0,118 0,117 0,116 0,115 0,115 0,114 0,113 0,112 0,111 2,9
3,0 0,111 - - - - - - - - - 3,0

Como ilustração, a Figura 3.14 fornece os valores nados e soldados (curvas a e c dessa norma, res-
da razão entre o fator de redução associado à resis- pectivamente), em função do índice de esbeltez
tência à compressão, c, e o coeficiente de pondera- reduzido, l0. Lembra-se que ga1 é igual a 1,10 nas
ção da resistência, ga1, da ABNT NBR 8800:2008, duas normas brasileiras (ver Subitem 2.3.2.4 no
da ABNT NBR 16239:2013 e da norma europeia Capítulo 2) e seu correspondente na norma eu-
EN 1993-1-1:2007 para perfis tubulares lami- ropeia é igual a 1,0. O intuito de se mostrar aqui
153
a relação c/ga1 é proporcionar uma visão das di- de l0, em decorrência da diferença entre os valo-
ferenças entre os valores da força axial de com- res dos coeficientes de ponderação da resistência
pressão resistente de cálculo para o estado-limite dessas duas normas. Isso também ocorre com as
último de instabilidade global nessas normas, que forças axiais resistentes dos perfis tubulares sol-
dependem diretamente dessa relação. dados fornecidas pela ABNT NBR 8800:2008 e
pela curva c da norma europeia, mas nesse caso a
norma brasileira leva a valores superiores em até
cerca de 14% na faixa intermediária de l0 (entre
aproximadamente 0,6 e 2,0).

3.3.2.2.4. Comprimento de Flambagem por Flexão

O comprimento de flambagem por flexão é dado


pelo produto KL, onde K é o coeficiente de flam-
bagem e L o comprimento da barra. Na Tabela 3.3
são fornecidos os valores teóricos do coeficiente de
flambagem por flexão, K, para seis casos ideais de
Figura 3.14 - Valores da relação c/ga1 em função de l0 condições de contorno de elementos isolados (ver
Subitem 2.4.3 no Capítulo 2), nos quais a rotação
Pode-se notar que as forças axiais resistentes dos e a translação das extremidades são totalmente li-
perfis tubulares laminados fornecidas pela ABNT vres ou totalmente impedidas. Caso não se possa
NBR 16239:2013 e pela curva a norma europeia assegurar a perfeição do engaste, devem ser usados
se aproximam bastante, com diferenças maiores, os valores recomendados apresentados.
da ordem de 10%, para valores muito reduzidos

Tabela 3.3 - Coeficiente de flambagem por flexão de elementos isolados

154
Nas barras que integram as subestruturas de con- sem relação ao eixo x (flambagem no plano da tre-
traventamento e que fazem parte dos elementos liça), supondo que eles sejam formados por peças
contraventados (ver Subitem 2.4.3 no Capítulo contínuas, é igual a 0,90l, onde l é a distância
2), o coeficiente de flambagem por flexão pode ser entre dois nós adjacentes. Para flambagem em
tomado como igual a 1,0, tendo como justificati- relação ao eixo y (flambagem fora do plano), o
va o fato de que a análise estrutural, que deve ser comprimento de flambagem é igual a 0,90(2l),
feita conforme descrito no Item 2.9 do Capítulo ou seja, 1,80l, relacionado à distância entre dois
2, já leva em conta, quando necessário, os efeitos nós consecutivos aonde chega o sistema de con-
de segunda ordem. Nas barras que fazem parte dos traventamento.
elementos contraventados (ver Subitem 2.4.3 no
Capítulo 2), o coeficiente de flambagem por fle-
xão deve também ser tomado como igual a 1,0, a
menos que se demonstre que pode ser utilizado um
valor menor. O comprimento das barras, L, deve
ser considerado como igual à distância entre duas
seções com contenção contra translação no plano
em que a flambagem estiver sendo considerada.

Especificamente, nas treliças formadas apenas por


perfis tubulares, mesmo com a consideração de que
os nós sejam rotulados, de acordo com a ABNT
NBR 16239:2013, o comprimento de flambagem: Figura 3.15 - Comprimento de flambagem de banzos

- dos banzos constituídos por uma peça contínua Seria possível se ter o comprimento de flamba-
pode ser tomado como igual a 0,90 L (K = 0,9), gem em relação ao eixo y também igual a 0,90l,
no plano e fora do plano, onde L é o compri- introduzindo no sistema de contraventamento as
mento da barra, medido entre os nós no plano barras BKG e DMI (Figura 3.16-a), ligadas neces-
e o comprimento entre duas contenções laterais sariamente aos nós centrais K e M dos “Xs”, res-
fora do plano; pectivamente. Outra opção seria colocar as barras
BG e DI e substituindo os dois “Xs”, AH-FC e
- das diagonais e montantes ligados diretamente CJ-HE, por 4 novos, AG-FB, BH-GC, CI-HD
aos banzos por meio de solda em todo o seu perí- e DJ-IE. A introdução de barras horizontais que
metro pode ser tomado como igual a 0,90 L para não chegam a nós prévios do sistema de contra-
b maior que 0,60 ou 0,75 L para b inferior ou ventamento fora do plano, mesmo que ligadas às
igual a 0,60 (K = 0,9 ou 0,75), onde L é a dis- barras dos “Xs”, não reduz eficientemente o com-
tância entre nós e b é a relação entre o diâmetro primento de flambagem do banzo, pois as barras
Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço
médio ou largura das diagonais e montantes que que constituem os “Xs” teriam que resistir parte
chegam ao nó e o diâmetro ou largura do banzo da força desestabilizante do banzo por flexão e es-
(ver Capítulo 5), no plano e fora do plano. sas barras usualmente têm rigidez a flexão muito
reduzida (Figura 3.16-b). Nesse caso o compri-
No sistema com duas treliças paralelas mostrado
mento de flambagem fora do plano continuaria
na Figura 3.15 travadas entre si por um sistema
igual a 1,80l.
de contraventamento (barras AF, CH, EJ, AKH,
FKC, CMJ e HME) unindo seus banzos superio-
res, o comprimento de flambagem desses banzos

155
(a) Travamento para reduzir
o comprimento de
flambagem fora do plano

Barras sem
eficiência

Barras sem
eficiência
(b) Introdução de barras sem
eficiência para redução
do comprimento de
flambagem fora do plano

Figura 3.16 - Avaliação de outros arranjos para travamento de banzos fora do plano da treliça

3.3.2.3. Instabilidade Global por Torção Face ao valor elevado da constante de torção dos
perfis tubulares, dificilmente a força de flambagem
3.3.2.3.1. Descrição do Fenômeno elástica por torção é inferior à força de flambagem
por flexão, o que significa que a instabilidade glo-
As barras axialmente comprimidas podem flambar
bal por torção raramente prevalece.
por torção. Para esse modo de colapso, deve ser
usado a mesmo procedimento dado em 3.3.2.2,
apenas substituindo-se a força axial de flamba-
gem elástica por flexão pela força axial de flam- 3.3.2.4. Flambagem Local
bagem elástica por torção, Nez, dada por (no caso
dos perfis tubulares retangulares, essa fórmula é 3.3.2.4.1. Descrição do Fenômeno
conservadora, pois despreza a influência da rigidez Sob ação da força axial de compressão, pode ocorrer
ao empenamento, assunto que não será abordado a flambagem de um ou mais lados que compõem
neste livro): um perfil tubular retangular ou da parede de um
perfil tubular circular. Esse tipo de flambagem,
Ga J nos perfis tubulares retangulares, é caracterizado
N ez = (3.13)
ro2   pela formação de diversas semiondas longitudinais,
como se vê na Figura 3.17-a. Nos perfis tubulares
onde Ga é o módulo de elasticidade transversal do circulares usualmente utilizados, tendo em vista
aço da barra, J a constante de torção da seção trans- suas dimensões (comprimento, diâmetro e espes-
versal, dada no Item 1.4 do Capítulo 1 para os perfis sura), a flambagem se caracteriza inicialmente pela
tubulares, e ro o raio de giração polar da seção trans- formação de semiondas nas direções longitudinal e
versal. Esse raio, nos perfis tubulares, é igual a: radial, em uma configuração conhecida como “xa-
drez” atingindo, depois, outra forma de instabilida-
de associada a uma energia de equilíbrio menor de-
ro = rx2 + ry2 (3.14) signada “diamante” (Ferreira et al.,2004; Kobayashi
 
e Mihara, 2009), conforme ilustra a Figura 3.17-b.

156
Modo
“xadrez“
Modo
(inicial)
“diamante“
(final)

(a) Retangulares (b) Circulares

Figura 3.17 - Flambagem local de perfis tubulares

A força axial de compressão resistente nominal de


bp,2
uma barra, para o estado-limite de flambagem lo-
cal, é dada por:

N c ,Rk ,local = Q Ag f y (3.15)


  re
bp,1 t
onde Q é um fator de redução total para levar em
consideração o fenômeno em foco. Seu valor é ob-
tido de maneira distinta para perfis retangulares e
circulares, conforme os subitens seguintes.

Figura 3.18 - Dimensões bp e t dos elementos componentes da


3.3.2.4.2. Fator de Redução Total Q para Perfis Tu- seção tubular retangular
bulares Retangulares
Se a relação bp/t ultrapassar o limite definido na
Se todos os elementos componentes da seção tu- Equação (3.16) em algum elemento plano, esse
bular retangular obedecerem à condição: elemento pode sofrer flambagem local. Nesse fe-
nômeno, no entanto, deve-se levar em conta que
bp Ea (3.16) o elemento, por ser apoiado nas duas bordas lon-
≤ 1,40
t fy gitudinais (elemento tipo AA, ou seja, apoiado-
-apoiado, conforme a ABNT NBR 8800:2008),
Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço
possui grande resistência pós-flambagem, o que
onde bp é a largura da parte plana do elemento, igual
significa que o início da flambagem não implica em
à largura total menos duas vezes o raio de canto ex-
colapso. Assim, por exemplo, em uma parte plana
terno e t sua espessura (Figura 3.18 - a parte plana de
de um elemento suposta rotulada nas duas bordas,
maior comprimento é designada por bp,1 e a de me-
de largura bp e espessura t, submetida a uma força
nor comprimento por bp,2), a flambagem local não
de compressão distribuída crescente qx (Figura 3.19),
ocorre e toma-se o fator de redução total Q igual a
são observadas as seguintes fases de comportamento:
1,0. Como a espessura t é constante, basta verificar se
o elemento com maior largura da parte plana atende - a tensão no elemento, s, causada por qx, é cons-
à Equação (3.16). O valor do raio de canto externo tante na largura bp, enquanto seu valor for inferior
depende do processo de fabricação do tubo e é for- à tensão que causa o início da flambagem, sfl;
necido no Item 1.4 do Capítulo 1.
157
- quando s atinge a tensão sfl, o elemento co- adicionais, e o aumento de tensão é resistido
meça a deformar-se, mas as fibras transversais pelas regiões próximas dos apoios longitudi-
tornam-se tracionadas e passam a se opor ao au- nais. Assim, a tensão na largura bp torna-se não
mento das deformações, sendo esse o fenômeno uniforme, com maiores valores junto aos apoios
que proporciona a resistência pós-flambagem; longitudinais e menores valores na região cen-
tral, onde a tensão pode até se reduzir, ficando
- a influência das fibras transversais tracionadas com valores inferiores a sfl;
é grande junto às bordas longitudinais do ele-
mento e desprezável na região central. Por isso, - o colapso ocorre quando a tensão máxima nas
ao se aumentar mais ainda a força qx, acima bordas longitudinais, smax, atinge a resistência
do valor que dá início à flambagem, a região ao escoamento do aço, fy.
central fica sem condições de suportar tensões
espessura t
σmax = σfy
qx (colapso)

σ = σfl

σ < σfl

qx
b

Figura 3.19 - Resistência pós-flambagem de um elemento AA

Na prática, o que se faz é substituir a tensão não uniforme que atua no elemento por uma tensão uni-
forme, igual à tensão máxima nas bordas, σmax, atuando em uma largura bp,ef, chamada de largura efetiva,
menor que bp, conforme mostra a Figura 3.20.

bp bp,ef /2 bp,ef /2

σmax

tensão
não uniforme

região central
ignorada

Figura 3.20 - Largura efetiva


158
Tendo em vista as dificuldades de se obter o va-
lor preciso da largura efetiva bp,ef, que depende
( )
Aef = Ag − ∑ ⎡⎣ b p − b p,ef t ⎤⎦ (3.18)

de smax, a ABNT NBR 8800:2008 prescreve que


pode ser usado o seguinte valor empírico: com o somatório estendendo-se a todos os ele-
mentos citados.

Ea ⎡ 0,38 Ea ⎤ Finalmente, obtém-se o fator de redução total da


b p,ef = 1,92 t ⎢1− ⎥ ≤ bp força axial de compressão resistente para conside-
σ ⎢⎣ b p / t σ ⎥⎦
ração da flambagem local por meio da equação:
(3.17)
Aef
onde s é a máxima tensão que atua no elemento Q= (3.19)
analisado, podendo ser tomada, conservadora- Ag
 
mente, igual à resistência ao escoamento do aço fy.
Com essa expressão, obtêm-se as larguras efetivas Como ilustração, a Figura 3.21 mostra a largu-
de todos os elementos da seção transversal cuja ra efetiva das almas de um perfil tubular sujeitas
relação bp/t ultrapassa o limite estabelecido pela à flambagem local e sua área efetiva e as larguras
Equação (3.16), e chega-se à área efetiva da seção efetivas das almas e das mesas de um perfil tubular
transversal, Aef, pela expressão: sujeitas à flambagem local e sua área efetiva.

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço

Figura 3.21 - Ilustrações de determinação de largura e área efetivas

159
3.3.2.4.3. Fator de Redução Total Q para Perfis Tu- 3.3.2.6. Dimensionamento
bulares Circulares
Considerando os dois estados-limites últimos supra-
Se, na seção tubular circular, for obedecida a con- citados, a força axial de compressão resistente de cál-
dição: culo das barras axialmente comprimidas é dada por:

d E χ Q Ag f y
≤ 0,11 a (3.20) N c, Rd = (3.23)
t f y   γa1  
onde d é o diâmetro externo da seção e t a espes- onde o numerador representa a força axial resis-
sura da parede, a flambagem local não ocorre e tente nominal, incluindo os fatores de redução da
toma-se o fator de redução total Q igual a 1,0. instabilidade global e da flambagem local, e ga1 o
coeficiente de ponderação da resistência para esta-
Se a relação d/t ultrapassar o limite definido na
dos-limites últimos relacionados ao escoamento e
Equação (3.20), mas não 0,45Ea/fy, deve ser usado
à instabilidade, igual a 1,10.
o seguinte valor para o fator de redução total da
flambagem local que, a exemplo dos perfis tubu- No dimensionamento, deve ser satisfeita a seguin-
lares retangulares, considera uma parcela de resis- te relação:
tência pós-flambagem:
N c ,Sd ≤ N c ,Rd   (3.24)
0,0379 Ea 2
Q= + (3.21)
d fy 3 onde Nc,Sd é a força axial de compressão solicitante
t   de cálculo, obtida com a combinação de ações de
cálculo apropriada, e Nc,Rd a força axial de com-
Não são previstos perfis em que d/t supere 0,45Ea/fy.
pressão resistente de cálculo, fornecida pela Equa-
ção (3.23).

3.3.2.5. Interação entre Instabilidade Global e


Flambagem Local 3.3.3. Limitação do Índice de Esbeltez
Como se viu em 3.3.2.4.1, pela Equação (3.15), O índice de esbeltez das barras comprimidas é
o fator de redução Q provoca uma diminuição do dado por:
valor da força de escoamento da seção transversal.
Essa força assim diminuída deve ser utilizada na
KL
determinação do índice de esbeltez reduzido para λ= (3.25)
efeito de instabilidade global, que passa a ser: r  

onde o produto KL é o comprimento de flamba-


Q Ag f y (3.22) gem e r o raio de giração da seção transversal. O
λ0 =
Ne valor máximo desse índice não pode ser superior
 
a 200. Essa exigência se justifica pelas mesmas ra-
zões anteriormente mencionadas para as barras
Essa equação, portanto, deve ser empregada no
tracionadas (ver Subitem 3.2.3) e, adicionalmen-
dimensionamento no lugar da Equação (3.10).
te, pelo fato de que barras comprimidas muito
esbeltas são bastante sensíveis a variações nas im-
perfeições iniciais.

160
O índice de esbeltez pode ser também obtido com
base na força axial de flambagem elástica Ne, subs-
tituindo-se na Equação (3.25) o raio de giração r
por seu valor I Ag  

KL
λ=   (3.26)
I / Ag

Como Ne = p2EaI/(KL)2, consequentemente


I = (KL)2Ne/p2Ea, e assim, substituindo-se essa ex-
pressão de I na Equação (3.26), chega-se a

Ea Ag (3.27)
Figura 3.22(b) ) Vigas de cobertura em perfil circular
λ=π  
Ne Figura 3.22 - Vigas constituídas por perfis tubulares

Usando nessa equação a menor força de flamba- 3.4.2. Estados-limites Últimos


gem elástica da barra, obtém-se seu índice de es-
beltez máximo (lmax). 3.4.2.1. Identificação

Nas barras fletidas de seção tubular podem ocor-


3.4. BARRAS SUBMETIDAS A FLEXÃO rer estados-limites últimos decorrentes da atuação
do momento fletor e da força cortante.
3.4.1. Uso e Aplicação
Na presença de momento fletor, nas seções tubu-
Os perfis tubulares podem ser empregados como lares retangulares, os estados-limites aplicáveis,
vigas (barras fletidas em relação a um dos eixos causados por tensões normais, são:
centrais de inércia da seção transversal) suportan-
do pisos ou coberturas, proporcionando à edifica- - flambagem lateral com torção (FLT);
ção um aspecto estético limpo e agradável, como
- flambagem local da mesa comprimida (FLM);
se vê na Figura 3.22 (na Figura 3.22-b, a curvatura
que se vê nas vigas é proposital e tem o objetivo de - flambagem local das almas (FLA).
atender ao projeto arquitetônico da edificação).
As seções tubulares circulares, por sua vez, são
axissimétricas e possuem capacidade resistente

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


muito elevada a torção, razões pelas quais não
sofrem flambagem lateral com torção e, assim, o
único estado-limite aplicável a elas é a flambagem
local da parede (FLP).

Na presença de força cortante, nas seções tu-


bulares circulares, o estado-limite aplicável é a
flambagem da parede causada por tensões de ci-
salhamento e, nas seções tubulares retangulares,
a flambagem das almas também causada por
Figura 3.22(a) Vigas de cobertura em perfil retangular
tensões de cisalhamento.
161
Se as dimensões da seção transversal e, no caso A FLT só se manifesta se o eixo de flexão for o de
dos perfis retangulares, também o comprimento maior momento de inércia da seção transversal.
destravado da viga forem tais que os estados-li- Portanto, os perfis tubulares retangulares subme-
mites últimos relacionados ao momento fletor tidos à flexão em relação ao eixo de menor mo-
supracitados não possam ocorrer, o colapso se dá mento de inércia e os perfis tubulares quadrados
por plastificação total da seção transversal (for- não estão sujeitos a esse modo de colapso.
mação de rótula plástica). Da mesma forma, se as
dimensões da seção transversal forem tais que os Para FLT, o momento fletor resistente nominal
estados-limites supracitados relacionados a força para flexão em relação ao eixo x (ver Figura 3.23),
cortante não possam ocorrer, o colapso se dá é dado por:
por plastificação da parte da área da seção trans- - para l ≤ lp:
versal que trabalha à cisalhamento (área efetiva
de cisalhamento).
M x ,Rk = M x , pl = Z x f y (3.28)
 
- para lp < l ≤ lr:
3.4.2.2. Efeito do Momento Fletor
⎡ λ − λ p ⎤
3.4.2.2.1. Seções Tubulares Retangulares M x ,Rk = Cb ⎢M x ,pl − (M x , pl − M r ) ⎥ ≤ M x , pl
⎢⎣ λr − λ p ⎥⎦
· Flambagem Lateral com Torção (FLT)  
(3.29)
Para determinados valores das ações aplicadas,
uma barra com seção tubular retangular sub- - para l > lr:
metida a momento fletor em relação ao eixo
de maior momento de inércia pode se tornar 2 Cb Ea
instável lateralmente. Tudo se passa como se a M x ,Rk = M x ,cr = J Ag ≤ M x ,pl
λ  
zona comprimida se comportasse como uma (3.30)
barra comprimida, restringida de forma contí-
nua pela zona tracionada, que exerce um efeito onde l é o parâmetro de esbeltez da barra, lp o
estabilizante. Dessa forma, o modo de flamba- parâmetro de esbeltez correspondente à plastifi-
gem envolve uma flexão em relação ao eixo de cação, lr o parâmetro de esbeltez correspondente
menor momento de inércia, representada pelo ao início do escoamento, Mr o momento fletor
deslocamento m(z) e uma torção, representada correspondente ao início do escoamento, Zx o
pela rotação f(z). Esse fenômeno, denominado módulo de resistência plástico em relação ao eixo
flambagem lateral com torção (FLT), é ilustra- x e J a constante de torção da seção transversal. As
do na Figura 3.23. duas últimas grandezas são dadas no Capítulo 1 e
as demais têm os seguintes valores:

Lb
λ= (3.31)
ry

0,13E a
λp = J Ag (3.32)
Zx f y

2 Ea
Figura 3.23 - Flambagem lateral com torção (FLT) de seção λr = J Ag (3.33)
tubular retangular Mr
162
translação lateral e a outra mesa encontra-se livre
M r = 0,7 f y Wx (3.34) para se deslocar lateralmente, com existência de
 
compressão em algum trecho da mesa livre. Nes-
onde Lb é o comprimento destravado da viga (dis- sas condições, deve-se tomar como comprimento
tância entre duas seções com contenção à flam- destravado Lb a distância entre duas seções com as
bagem lateral com torção) e Wx o módulo de re- duas faces impedidas de se deslocar lateralmente
sistência elástico da seção transversal, cujo valor é e, se as forças transversais atuantes, que podem
dado no Capítulo 2. possuir qualquer distribuição, tiverem sentido da
mesa travada para a mesa livre e existir momento
Nas Equações (3.29) e (3.30), Cb é o fator de mo-
que comprime a mesa livre (momento negativo)
dificação para diagrama de momento fletor não
em pelo menos uma extremidade do comprimen-
uniforme, e tem a função de levar em conta no
to destravado (Figura 3.25), usa-se:
valor do momento resistente a influência da varia-
ção de momento fletor ao longo do comprimento
2 M1 8 M2
destravado Lb, sendo dado por: Cb = 3,0 − −   (3.36)
(
3 M 0 3 M 0 + M 1* )
12 ,5 M max
Cb = ≤ 3,0 onde
2,5 M max + 3M A + 4 M B + 3MC  
(3.35) - M0 é o valor do maior momento fletor solicitan-
te de cálculo que comprime a mesa livre nas ex-
onde Mmax, MA, MB e MC são, em módulo, os va- tremidades do comprimento destravado, tomado
lores dos momentos fletores máximo no compri- com sinal negativo;
mento destravado, na seção situada a um quarto
do comprimento destravado, na seção central do - M1 é o valor do momento fletor solicitante de
comprimento destravado e na seção situada a três cálculo na outra extremidade do comprimento
quartos do comprimento destravado, respectiva- destravado, tomado com sinal negativo se com-
mente, conforme ilustra a Figura 3.24. primir a mesa livre, ou com sinal positivo se tra-
cionar a mesa livre;

- M*1 é igual a M1, mas tomado como igual a zero


se tracionar a mesa livre;

- M2 é o momento fletor na seção central do com-


primento destravado, tomado com sinal positivo
se tracionar a mesa livre, ou com sinal negativo se
comprimir essa mesa.

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


Figura 3.24 - Ilustração dos valores dos momentos para cálculo
do fator Cb

É interessante notar que Cb tem um valor mínimo


de 1,0, que ocorre quando o momento fletor é
constante ao longo do comprimento destravado,
uma vez que essa situação é a mais desfavorável
possível (a mesa comprimida fica com a máxima
tensão em todo o comprimento destravado).

Uma situação particular ocorre quando uma das


Figura 3.25 - Barra com mesa travada e forças com sentido dessa
mesas encontra-se continuamente travada contra mesa para a mesa travada
163
Se a barra estiver submetida a uma força trans-
versal uniformemente distribuída, com sentido
da mesa livre para a mesa travada (Figura 3.26),
deve-se usar:

- se os momentos nas duas extremidades traciona-


rem a mesa livre ou forem nulos (caso A da Figura
3.26)

Cb = 2,0 −
(M 0 + 0,6M1 )
(3.37)
M2  
- se o momento comprimir a mesa livre em apenas Caso A: momentos nas extremidades tracionando a mesa livre
(positivo) ou nulos
uma extremidade (caso B da Figura 3.26)
Caso B: momento comprimindo a mesa livre em apenas uma
extremidade (negativo)
Cb =
(0,165M 0 + 2,0M1 − 2,0M 2 )  
(3.38) Caso C: momento comprimindo a mesa livre em duas extremida-
(0,5M1 − M 2 ) des (negativo)
Figura 3.26 - Barra com mesa travada e forças com sentido da
- se os momentos nas duas extremidades compri- mesa livre para essa mesa
mirem a mesa livre (caso C da Figura 3.26)
Em todos os outros casos em que uma das mesas
encontra-se continuamente travada contra trans-
⎛ 1 M 1 ⎞ (M 0 + M 1 )
Cb = 2,0 − ⎜⎜ 0,165 + ⎟   (3.39) lação lateral, deve-se tomar Cb igual a 1,0.
⎝ 3 M 0 ⎟⎠ M2
Para as situações citadas em que uma das mesas
onde da viga possui contenção lateral contínua, na ve-
rificação da FLT, deve-se tomar como momento
- M0 é o valor do menor momento fletor que fletor solicitante de cálculo o maior momento que
traciona a mesa livre, tomado com sinal positivo comprime a mesa livre.
(caso A), ou do momento fletor que comprime a
mesa livre, tomado com sinal negativo (caso B), Adicionalmente, em trechos em balanço entre uma
ou do maior momento fletor que comprime a seção com restrição à translação lateral e à torção e a
mesa livre, tomado com sinal negativo (caso C), extremidade livre, deve-se tomar Cb igual a 1,0.
nas extremidades do comprimento destravado;
É interessante mencionar que, nas vigas supor-
- M1 é o valor do maior momento fletor que tra- tadas nas duas extremidades, o impedimento do
ciona a mesa livre, tomado com sinal positivo (caso deslocamento lateral da mesa comprimida torna a
A), ou do momento fletor que traciona a mesa livre, seção contida lateralmente. Caso se deseje conter
tomado com sinal positivo, ou momento nulo (caso uma seção nas vizinhanças do ponto de inflexão
B), ou do menor momento fletor que comprime a de vigas sujeitas à curvatura reversa, por medida
mesa livre, tomado com sinal negativo (caso C), nas de segurança, as duas mesas devem ter o desloca-
extremidades do comprimento destravado; mento lateral impedido. As vigas em balanço, por
sua vez, apresentam um comportamento diferen-
- M2 é o momento fletor na seção central do te na FLT, com a mesa tracionada tendendo a se
comprimento destravado, tomado com sinal instabilizar e apresentando deslocamentos laterais
positivo se tracionar a mesa livre ou negativo se maiores que os da mesa comprimida, como se vê
comprimir essa mesa. na Figura 3.27. Nessas vigas, deve-se impedir o
164
deslocamento lateral das duas mesas para se as- · Flambagem Local da Mesa Comprimida (FLM)
segurar que uma seção seja contida lateralmente.
A flambagem local da mesa comprimida (FLM)
de uma seção tubular retangular é um modo de
colapso caracterizado pela formação, nesse ele-
mento, na parte do comprimento da viga onde os
momentos fletores são maiores, de semiondas lon-
gitudinais, em decorrência da tensão normal de
compressão atuante (Figura 3.28). Essas semion-
das vão se atenuando e desaparecendo à medida
que o momento fletor diminui, bem como a ten-
são de compressão atuante na mesa provocada por
esse momento. Trata-se de um fenômeno similar à
flambagem local de elementos AA de barras axial-
mente comprimidas (ver Subitem 3.3.2.4).

Figura 3.27 - FLT de viga em balanço

O procedimento apresentado para determinação do


valor do momento fletor resistente nominal é válido
apenas para cargas transversais aplicadas no nível da
semialtura da seção transversal. Se as cargas, supostas
gravitacionais, estiverem aplicadas acima desse nível,
o movimento de torção é agravado e a capacidade
resistente da viga se reduz. Ao contrário, se as cargas
estiverem aplicadas abaixo do nível da semialtura, a
capacidade resistente da viga aumenta (é claro que, Figura 3.28 - Flambagem local da mesa comprimida (FLM) de
nesse caso, o uso do procedimento fornecido conduz seção tubular retangular

a valores conservadores).
Para a FLM, considerando uma seção com altura
Observa-se que a FLT é um estado-limite último total h e largura total b fletida em relação ao eixo
que dificilmente prevalece, dada à grande capa- central de inércia paralelo à largura, o momento
cidade resistente à torção que os perfis tubulares fletor resistente nominal é dado por:
possuem, em decorrência do valor elevado da
- para l ≤ lp
constante de torção J. Pela Equação (3.32), o valor

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


de lp é alto e, pelas Equações (3.33) e (3.34), veri-
fica-se que lr é muito superior a lp (25 a 32 vezes) M Rk = M pl = Z f y   (3.40)
e, assim, quando l é maior que lp, a queda da
capacidade resistente em relação ao momento de
plastificação Mpl, fornecida pela Equação (3.29), é - para lp < l ≤ lr
extremamente lenta, atingindo cerca de 10% ape-
nas para l igual a sete vezes lp, desprezando-se o λ − λp
fator Cb. Como na maioria das situações práticas, M Rk = M pl − (M pl − M r )   (3.41)
l não supera sete vezes lp e, ainda, Cb é maior que
λr − λ p
a unidade, o momento fletor resistente para FLT
raramente é inferior a Mpl.
165
- para l > lr

Wef2
M Rk = M cr = f y   (3.42)
W

onde l é o parâmetro de esbeltez da mesa com-


primida, lp o parâmetro de esbeltez correspon-
dente à plastificação, lp o parâmetro de esbeltez
correspondente ao início do escoamento e Mr o
momento fletor correspondente ao início do es-
coamento. Essas grandezas são dadas por:

bp
λ=   (3.43)
t
Ea Figura 3.29 – Ilustração das grandezas b, h, bp, bp,ef e hp
λ p = 1,12   (3.44)
fy
• Flambagem Local das Almas (FLA)
Ea
λr = 1,40   (3.45) A flambagem local das almas (FLA) de uma se-
fy ção tubular retangular é um modo de colapso
caracterizado pela formação, nesses elementos,
M r = f y Wef   (3.46) de semiondas longitudinais na parte do compri-
mento da viga onde os momentos fletores são má-
ximos, decorrente da presença de tensão normal
onde bp é a largura da parte plana da mesa e t a de compressão na sua semialtura (Figura 3.30).
espessura da seção transversal (Figura 3.27). As semiondas têm maior amplitude na semialtura
comprimida das almas e vão se atenuando e desa-
Nas Equações (3.42) e (3.46), Wef é o módulo de
parecendo à medida que o momento fletor - e a
resistência elástico mínimo em relação ao eixo de
tensão de compressão atuante - diminui.
flexão de uma seção que tem a mesa comprimi-
da de largura igual a bp,ef (Figura 3.29) dada pela
Equação (3.17). Na Equação (3.40), Z é o módulo
de resistência plástico e, na Equação (3.42), W é o
módulo de resistência elástico da seção transversal
em relação ao eixo de flexão, dados no Capítulo 1.

Figura 3.30 – Flambagem local de uma alma (FLA) de seção


tubular retangular
166
Para a FLA, considerando uma seção com altura Chama-se ainda a atenção para o fato de que, nos
total h e largura total b fletida em relação ao eixo perfis tubulares quadrados, a mesa comprimida e
central de inércia paralelo à largura, o momento as almas têm iguais valores de largura plana e es-
fletor resistente nominal é dado por: pessura, mas a mesa encontra-se submetida a uma
solicitação mais rigorosa (apenas compressão ver-
- para l ≤ lp sus compressão e tração das almas). Por essa razão,
nesses perfis, não é necessário verificar a flamba-
M Rk = M pl = Z f y   (3.47) gem local das almas, mas apenas verificar se o pa-
râmetro de esbeltez desses elementos não supera
lr , dado pela Equação (3.51).
- para lp < l ≤ lr • Dimensionamento considerando FLT, FLM e
FLA
λ − λp
M Rk = M pl − (M pl − M r )   No dimensionamento, deve ser atendida a seguin-
λr − λ p
(3.48) te condição:
onde l é o parâmetro de esbeltez das almas, lp M Sd ≤ M Rd   (3.53)
o parâmetro de esbeltez correspondente à plastifi-
cação, lr o parâmetro de esbeltez correspondente
onde MSd é o momento fletor solicitante de cálculo,
ao início do escoamento e Mr o momento fletor
obtido com a combinação última de ações apropria-
correspondente ao início do escoamento. Essas
da, e MRd o momento fletor resistente de cálculo.
grandezas são dadas por:
O momento fletor resistente de cálculo é dado por:
hp
λ=   (3.49) M Rk
t M Rd = (3.54)
γa1  
Ea
λ p = 2,42   (3.50)
fy onde MRk é o momento fletor resistente nominal,
fornecido anteriormente, em função do estado-li-
Ea mite último em consideração, e ga1 o coeficiente
λr = 5,70   (3.51)
fy de ponderação da resistência para estados-limites
últimos relacionados ao escoamento e à instabili-
M r = f y W   (3.52) dade, igual a 1,10.

Para flambagem lateral com torção, a condição ex-

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


onde hp é a largura da parte plana das almas e t a
pressa pela Equação (3.53) deve ser satisfeita em to-
espessura da seção transversal (Figura 3.27).
dos os comprimentos destravados da viga. Para FLM
Na Equação (3.47), Z é o módulo de resistência plás- e FLA, basta verificar o atendimento da condição na
tico e, na Equação (3.52), W é o módulo de resistên- seção de momento fletor máximo da viga.
cia elástico, ambos em relação ao eixo de flexão, cujas
expressões são fornecidas no Capítulo 1.
3.4.2.2.2. Seções Tubulares Circulares
Observa-se que não é prevista a situação em que
o parâmetro de esbeltez das almas, l, supera lr, Como explicitado em 3.4.2.1, o colapso das vigas
condição em que a flambagem ocorreria em regi- com seção tubular circular ocorre por flambagem
me elástico. local da parede. Trata-se de um fenômeno no qual
167
a parede da seção transversal sofre flambagem,
0,07 Ea
causada pelas tensões normais de compressão, λp =   (3.59)
conforme ilustra a Figura 3.31. Os deslocamentos fy
na parede causados pela flambagem se atenuam e
desaparecem à medida que o momento fletor, e 0,31 Ea
λr =   (3.60)
consequentemente a tensão de compressão atuan- fy
te, diminui.
onde d é o diâmetro externo da seção transversal e
t a espessura da parede.

Se l ≤ lp, não ocorre flambagem da parede, mas


sim escoamento total da seção transversal (o mo-
mento resistente é o momento de plastificação
Figura 3.31 - Flambagem local da parede de seção tubular circular
sob ação de momento fletor Mpl), se lp < l ≤ lr, ocorre flambagem em regime
inelástico e, se l > lr, ocorre flambagem em regi-
Para esse estado-limite último, o momento fletor me elástico (o momento resistente é o momento
resistente nominal é dado por: crítico elástico Mcr).
- para l ≤ lp No dimensionamento, a condição expressa pela
Equação (3.53) deve ser satisfeita na seção de mo-
M Rk = M pl = Z f y   (3.55)
mento fletor máximo da viga.

- para lp < l ≤ lr 3.4.2.3. Efeito da Força Cortante

3.4.2.3.1. Seções Tubulares Retangulares


⎛ 0 ,021 Ea ⎞
M Rk = ⎜ + f y ⎟W   (3.56) Para ilustrar os estados-limites últimos causados
⎝ λ ⎠
pela força cortante, será abordada uma viga birrotu-
- para l > lr lada constituída por perfil tubular retangular, sub-
metida a uma força concentrada P na seção central.
0,33Ea O diagrama de força cortante é constante e igual a
M Rk = M cr = W   (3.57)
P/2 em cada metade do vão L, conforme a Figura
λ
3.32. As almas são os elementos que mais sofrem a
onde l é o parâmetro de esbeltez da seção transver- ação da força cortante, onde as tensões de cisalha-
sal, lp o parâmetro de esbeltez correspondente à plas- mento (t) provocam compressão (C) e tração (T)
tificação, lr o parâmetro de esbeltez correspondente nas direções principais dos semivãos da viga.
ao início do escoamento, Z o módulo de resistência
plástico, cuja expressão é dada no Capítulo 1, e W o
módulo de resistência elástico da seção transversal,
cuja expressão também é dada no Capítulo 1. As de-
mais grandezas são iguais a:

d
λ=   (3.58)
t

168
Figura 3.32 - Tensões de cisalhamento e flambagem das almas por cisalhamento

A compressão em uma das direções principais pode - para l > lr


causar a ondulação das almas (Figura 3.33) nos
2
dois comprimentos L/2, que se constitui em um ⎛ λ ⎞ (3.63)
estado-limite último denominado flambagem por VRk =1,24⎜⎜ p ⎟⎟ V pl  
cisalhamento. Em resumo, quando esse fenômeno ⎝ λ ⎠
ocorre, as almas deixam de cumprir suas funções
adequadamente, caracterizando colapso estrutural. onde l é o parâmetro de esbeltez das almas, lp o
parâmetro de esbeltez correspondente à plastifica-
ção, lp o parâmetro de esbeltez correspondente ao
início do escoamento, Aw a área efetiva de cisalha-
mento do perfil e Vpl a força cortante correspon-
dente à plastificação das almas por cisalhamento.
Essas grandezas são dadas por (ver Figura 3.32):

hp (3.64)
λ=  
Figura 3.33 - Flambagem das almas por cisalhamento t

O valor da força cortante resistente nominal re- Ea


λ p = 2,46   (3.65)
lacionado a esse estado-limite último é dado por: fy

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


- para l ≤ lp Ea
λr = 3,06   (3.66)
fy
V Rk = V pl = 0 ,60 Aw f y   (3.61)
Aw = 2 h p t   (3.67)

V pl = 0 ,60 Aw f y   (3.68)
- para lp < l ≤ lr
A Equação (3.61) indica que se as almas têm o
λp (3.62) parâmetro de esbeltez l reduzido, não superior a
VRk = V pl   lp, a flambagem não se manifesta e o colapso se dá
λ
169
por deformação excessiva desses elementos, que se 3.4.2.3.2. Seções Tubulares Circulares
plastificam por tensões de cisalhamento. A Equa-
ção (3.62) indica, por sua vez, que se as almas têm Nos perfis tubulares circulares fletidos em relação
l superior a lp, mas não superior a lr, a flamba- a um eixo central de inércia, a área efetiva de cisa-
gem desses elementos ocorre em regime inelástico lhamento é igual a 50% da área bruta e, assim, a
e, finalmente, a Equação (3.63), que se l é maior força cortante resistente nominal, VRk, é dada por:
que lr, a flambagem ocorre em regime elástico.
VRk = 0,5 τ cr Ag   (3.71)
A Figura 3.34 ilustra a variação da força cortante re-
sistente nominal das vigas com seção tubular retan- Nessa equação, tcr é a tensão de flambagem elás-
gular em função do parâmetro de esbeltez das almas. tica por cisalhamento da parede da seção tubular
circular, dada pelo maior dos seguintes valores:

1,60 Ea
τ cr = 5/ 4
≤ 0 ,60 f y  
Lv ⎛ d ⎞
⎜ ⎟⎟
d ⎜⎝ t d ⎠ (3.72)

0 ,78 E a
τ cr = 3/ 2
≤ 0 ,60 f y  
⎛ d ⎞
⎜⎜ ⎟⎟
Figura 3.34 - Força cortante resistente nominal VRk em função de l ⎝ td ⎠ (3.73)

No dimensionamento, deve ser atendida a seguin-


te condição: onde d é o diâmetro externo da seção transversal,
td a espessura de cálculo da parede da seção trans-
versal, tomada igual a 0,93 vez a espessura nomi-
VSd ≤ VRd   (3.69)
nal t para tubos com costura e igual à espessura
nominal para tubos sem costura, e Lv a distância
onde VSd é a força cortante solicitante de cálculo entre as seções de forças cortantes máxima e nula.
máxima na viga, obtida com a combinação última
de ações apropriada, e VRd a força cortante resis- Observa-se que quando a Equação (3.72) ou
tente de cálculo. a Equação (3.73) fornece valor igual ou supe-
rior a 0,60fy, o colapso ocorre por escoamento
A força cortante resistente de cálculo é dada por: e, quando ambas fornecem valores inferiores a
0,60fy, por flambagem.
VRk
VRd =   (3.70)
γ a1 No dimensionamento, a condição expressa pela
Equação (3.69) deve ser satisfeita em todos os
onde VRk é o momento fletor resistente nominal, comprimentos entre seções de forças cortantes
fornecido anteriormente, em função do estado-li- máxima e nula, tomando VSd igual à força cortan-
mite último em consideração, e ga1 o coeficiente te solicitante de cálculo máxima.
de ponderação da resistência para estados limites
últimos relacionados ao escoamento e à instabili-
dade, igual a 1,10.

170
- para lr < l ≤ 260
3.5. BARRAS SUBMETIDAS A TORÇÃO 0,46 π 2 Ea WT
TRk = 2
  (3.76)
⎛ a p ⎞
3.5.1. Uso e Aplicação ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ t ⎠
Os perfis tubulares possuem elevada capacidade
resistente ao momento de torção e, por essa razão, onde ap é o maior comprimento entre as partes
constituem uma solução natural quando esse tipo planas hp e bp (ver Figura 3.29), t a espessura da
de solicitação não pode ser evitado. parede e WT é o módulo elástico de resistência à
torção da seção transversal, cuja expressão é for-
necida no Capítulo 1. Os valores do parâmetro
3.5.2. Estados-limites Últimos de esbeltez l, do parâmetro de esbeltez correspon-
dente à plastificação lp e do parâmetro de esbeltez
3.5.2.1. Identificação correspondente ao início do escoamento lr são
dados por:
O momento de torção provoca nos perfis tubu-
lares circulares tensões de cisalhamento e nos ap (3.77)
perfis tubulares retangulares tensões de cisa- λ=  
lhamento e tensões normais, mas estas últimas t
geralmente possuem pequena intensidade e po-
Ea (3.78)
dem ser desprezadas. λ p = 2,45  
fy
O estado-limite último causado pelas tensões
de cisalhamento é a flambagem local da parede
Ea (3.79)
da seção tubular, que pode ocorrer em regime λr = 3,07  
elástico ou inelástico. fy

Observa-se que se l ≤ lp, não ocorre flambagem


3.5.2.2. Dimensionamento
da parede, mas sim escoamento total da seção
3.5.2.2.1. Seções Tubulares Retangulares transversal, se lp < l ≤ lr, ocorre flambagem em
regime inelástico e, se l > lr, ocorre flambagem
Conforme 3.5.2.1, o colapso das barras com se- em regime elástico. Observa-se ainda que o proce-
ção tubular retangular submetidas a momento de dimento apresentado se limita às seções tubulares
torção ocorre por flambagem local da parede. Para retangulares nas quais l não supere 260.
esse estado-limite último, o momento de torção
No dimensionamento, deve ser atendida a seguin-
Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço
resistente nominal é dado por:
te condição:
- para l ≤ lp
TSd ≤ TRd   (3.80)
TRk = 0,60WT f y   (3.74)

onde TSd é o momento de torção solicitante de


- para lp < l ≤ lr cálculo, obtido com a combinação última de ações
apropriada, e TRd o momento de torção resistente
⎛ E ⎞ de cálculo.
0,60 WT f y ⎜ 2,45 a ⎟
⎜
⎝ f y ⎟⎠
TRk =   (3.75)
ap
171
t
O momento de torção resistente de cálculo é
dado por:
3.6. BARRAS SOB COMBINAÇÃO
TRk DE ESFORÇOS SOLICITANTES
TRd =   (3.81)
γa1

onde TRk é o momento de torção resistente no- 3.6.1. Uso e Aplicação


minal, fornecido anteriormente, e ga1 o coeficiente
As barras de aço sob combinação de esforços so-
de ponderação da resistência para estados-limites
licitantes tratadas aqui são aquelas submetidas si-
últimos relacionados ao escoamento e à instabili-
multaneamente a:
dade, igual a 1,10.
- força axial de tração ou compressão e flexão (mo-
mento fletor e força cortante) em relação aos dois
3.5.2.2.2. Seções Tubulares Circulares eixos centrais de inércia da seção transversal;

Para as barras com seção tubular circular, o mo- - força axial de tração ou compressão, flexão
mento de torção resistente nominal é dado pelo (momento fletor e força cortante) em relação a
maior dos valores a seguir: apenas um dos dois eixos centrais de inércia da
seção transversal e momento de torção.
1,23 WT Ea
TRk = 5/ 4
≤ 0,60 WT f y   (3.82) Barras em que atuam simultaneamente força
⎛ d ⎞ L axial e flexão aparecem com frequência, por
⎜ ⎟
⎝ t ⎠ d exemplo, compondo pórticos rígidos planos ou
espaciais, arcos (Figura 3.35-a) e as chamadas
vigas Vierendeel. Muitas vezes também, prin-
0,60 WT Ea cipalmente por razões econômicas ou constru-
TRk = 3/ 2
≤ 0,60 WT f y   (3.83)
⎛ d ⎞ tivas, vigas de cobertura ou de piso são consti-
⎜ ⎟
⎝ t ⎠ tuídas por trechos em treliça e trechos em viga
Vierendeel, como se vê na Figura 3.35-b. Ban-
onde d é o diâmetro externo e t a espessura da zos contínuos de treliças também podem estar
parede da seção transversal, L o comprimento da sujeitos à combinação entre força axial e mo-
barra e WT o módulo de resistência à torção elásti- mento fletor (ver Item 2.5 no Capítulo 2).
co da seção transversal, cuja expressão é fornecida
no Capítulo 1.

Observa-se que, se na Equação (3.82) ou na


Equação (3.83), o valor obtido superar o limite
de 0,60WT fy, não ocorre flambagem da parede,
mas sim escoamento total da seção transversal. Ao
contrário, se o valor obtido nas duas equações não
atingir esse limite, ocorre flambagem em regime
inelástico ou elástico.

Figura 3.35(a) Arco


172
b) flambagem lateral com torção causada pelo
momento fletor associada com a instabilidade
por flexão em relação ao eixo y causada pela for-
ça axial (a rotação f é causada pelo momento
fletor e o deslocamento lateral m pelo momento
fletor e pela força axial – Figura 3.36-b);

c) flambagem local, da mesa ou da alma, causa-


da pela tensão de compressão nesses elementos
devido à atuação conjunta da força axial e do
Figura 3.35(b) Vigas de cobertura com trechos em treliça e viga momento fletor (Figura 3.36-c);
Vierendeel
Figura 3.35 - Exemplos de barras submetidas a força axial e flexão d) se nenhum dos estados-limites citados ante-
riormente, ligados à flambagem e instabilidade,
Algumas vezes, os perfis tubulares são utilizados puder ocorrer, o colapso se dará pela formação
para suportar algum momento torção, que se ma- de rótula plástica no plano de flexão (plano yz),
nifesta em conjunto com flexão, e eventualmente causada pela atuação conjunta do momento fle-
também com força axial. Existem também as si- tor e da força axial (Figura 3.36-d).
tuações em que torção ocorre em decorrência da
atuação de forças transversais cuja linha de ação
não passa pelo centro de cisalhamento da seção
transversal, nesses casos sendo acompanhada usu-
almente de flexão.

Figura 3.36(a) Instabilidade em relação ao eixo x

3.6.2. Estados-limites Últimos


Quando atuam simultaneamente em uma barra
de aço diversos esforços solicitantes, podem ocor-
rer todos os estados-limites últimos decorrentes da
atuação de cada um dos esforços solicitantes iso-
lados, vistos nos itens precedentes, potencializados Figura 3.36(b) Flambagem lateral com torção
ou atenuados pelos outros esforços solicitantes. Em
algumas situações, estados-limites semelhantes de
dois ou mais esforços solicitantes se associam em

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


um só estado-limite resultante. Por exemplo, em
uma barra com seção tubular retangular sujeita si-
multaneamente a força axial de compressão e mo- Figura 3.36(c) Flambagem local
mento fletor em relação ao eixo de maior momento
de inércia (eixo x), os estados-limites últimos são:

a) instabilidade em relação ao eixo x, ou seja,


no próprio plano de flexão (plano yz), causada
pela força axial e potencializada pelo momento
fletor (Figura 3.36-a); Figura 3.36(d) Formação de rótula plástica
Figura 3.36 - Estados-limites últimos para força axial de compres-
são e momento fletor
173
Se a força axial fosse de tração, poderiam ocorrer N Sd
os estados-limites últimos a seguir: - para ≥ 0,2  
N Rd
a) escoamento da área bruta, causado pelaNforça N 8 ⎛ M M y ,Sd ⎞
Sd
axial e possivelmente potencializado pelo momen-≥ 0,2 :   Sd + ⎜ x ,Sd + ⎟ ≤ 1,0   (3.84-a)
N Rd N Rd 9 ⎜⎝ M x ,Rd M y ,Rd ⎟
⎠
to fletor;

b) ruptura da área líquida, também causada pela


força axial e possivelmente potencializada pelo N Sd
momento fletor; - para < 0,2  
N Rd
c) flambagem lateral com torção, causadaN pelo N ⎛ M x ,Sd M y ,Sd ⎞
momento fletor e atenuada pela força axial; Sd < 0,2 :   Sd + ⎜⎜ + ⎟ ≤ 1,0   (3.84-b)
N Rd 2 N Rd ⎝ M x ,Rd M y ,Rd ⎟⎠
d) flambagem local de mesa e ou alma, causada
pelo momento fletor e atenuada pela força axial; onde NSd e NRd são as forças axiais solicitante e re-
sistente de cálculo de tração ou de compressão, res-
e) se nenhum dos estados-limites citados anterior-
pectivamente, determinadas conforme o Item 3.2 ou
mente ocorrer, o colapso se dará pela formação de
3.3, o que for aplicável, Mx,Sd e Mx,Rd são os momen-
rótula plástica no plano de flexão, causada pelo
tos fletores solicitante e resistente de cálculo em rela-
momento fletor e pela força axial.
ção ao eixo x da seção transversal, respectivamente,
determinados conforme o Item 3.4, e My,Sd e My,Rd
são os momentos fletores solicitante e resistente de
3.6.3. Força Axial e Flexão em Relação cálculo em relação ao eixo y, respectivamente, deter-
aos Dois Eixos Centrais de Inércia minados também conforme o Item 3.4.

A Figura 3.37 mostra o “sólido de colapso” pro-


3.6.3.1. Consideração Geral jetado pelas Expressões (3.84-a) e (3.84-b). Se a
No dimensionamento, as barras submetidas à soma dos três termos do primeiro membro dessas
combinação de esforços solicitantes devem ser ve- expressões for inferior a 1,0, tem-se um ponto si-
rificadas simultaneamente, por meio de uma ex- tuado no interior do sólido, indicando uma con-
pressão de interação, aos estados-limites últimos dição segura. Se a soma for igual a 1,0, o ponto
causados por força axial e momento fletor e, iso- se situa em uma face do sólido, indicando ainda
ladamente, aos estados-limites últimos causados uma situação segura, mas no limite. Se a soma for
pela força cortante. superior a 1,0, o ponto se situa fora do sólido,
indicando uma situação não segura.

3.6.3.2. Estados-limites Causados por Força


Axial e Momentos Fletores

Estudos teóricos e experimentais mostram que to-


dos os estados-limites possíveis de ocorrer em bar-
ras submetidas a força axial e momentos fletores
ficam atendidos caso seja obedecida a limitação
fornecida pelas seguintes expressões de interação:

Figura 3.37 - “Sólido de colapso” das barras submetidas à combi-


174 nação de esforços
3.6.3.3. Estados-limites Causados pela
Força Cortante VSd = Vx2,Sd + Vy2,Sd   (3.85)

3.6.3.3.1. Seções Tubulares Retangulares

O dimensionamento das barras com seções tubu-


lares retangulares à força cortante deve ser feito
conforme o Subitem 3.4.2.3.1. Assim, para forças
cortantes na direção do eixo y, Vy,Sd (Figura 6.38-a),
esse subitem deve ser seguido rigorosamente. Para
forças cortantes na direção do eixo x, Vx,Sd (Figura
6.38-b), esse subitem também deve ser seguido ri-
gorosamente, apenas substituindo-se a largura da
parte plana hp por bp.
Figura 3.39 - Soma vetorial entre Vx,Sd e Vy,Sd para obtenção de VSd

3.6.4. Força Axial, Flexão em Relação a


Um Eixo Central de Inércia e Torção
Estudos teóricos e experimentais mostram que,
para efeito de dimensionamento, todos os esta-
dos-limites possíveis de ocorrer em barras subme-
Figura 3.38(a) Força cortante na direção do eixo y tidas a força axial, flexão em relação a um eixo
central de inércia, envolvendo momento fletor e
força cortante, e momento de torção, ficam aten-
didos caso seja obedecida a limitação fornecida
pela seguinte expressão de interação:
2
N Sd M Sd ⎛ VSd TSd ⎞ (3.86)
+ + ⎜ + ⎟ ≤ 1,0  
N Rd M Rd ⎜⎝ VRd TRd ⎟⎠

Figura 3.38(b) Força cortante na direção do eixo x


onde NSd e NRd são as forças axiais solicitante e re-
Figura 3.38 - Forças cortantes em seção tubular retangular sistente de cálculo de tração ou de compressão, res-
pectivamente, determinadas conforme o Item 3.2 ou

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


3.3, o que for aplicável, MSd e MRd são os momentos
3.6.3.3.2. Seções Tubulares Circulares fletores solicitante e resistente de cálculo em relação
ao eixo de flexão da seção transversal, respectivamen-
O dimensionamento das barras com seções tu-
te, determinados conforme o Item 3.4, VSd e VRd são
bulares circulares a força cortante deve ser feito
as forças cortantes solicitante e resistente de cálcu-
conforme o Subitem 3.4.2.3.2. Apenas, tendo em
lo em relação ao eixo de flexão da seção transversal,
vista a axissimetria da seção transversal, deve-se
respectivamente, determinadas também conforme
utilizar como força cortante solicitante de cálculo
o Item 3.4, e TSd e TRd são os momentos de torção
a resultante da soma vetorial das forças cortantes
solicitante e resistente de cálculo, respectivamente,
nas direções dos eixos y e x, Vy,Sd e Vx,Sd, respectiva-
determinados conforme o Item 3.5.
mente (Figura 3.39), dada por:

175
Se o momento de torção solicitante de cálculo, verificada apenas aos estados-limites causados pela
TSd, for inferior ou igual a 20% do momento de força axial e pelo momento fletor de acordo com
torção resistente de cálculo, TRd, o efeito da tor- o Subitem 3.6.3.2 e pela força cortante de acordo
ção pode ser desprezado e a Equação (3.86) não com o Subitem 3.6.3.3.
precisa ser utilizada. Nesse caso, a barra deve ser

3.7. EXEMPLOS DE APLICAÇÃO

3.7.1. Dimensionamento de Diagonal de Treliça Axialmente Tracionada com Perfil


Tubular Circular Laminado
A figura a seguir mostra parte de uma treliça Warren sem montantes. As diagonais têm 2,5 m de comprimento
e são ligadas aos banzos por meio de solda a uma chapa concêntrica de nó (essa chapa penetra nas diago-
nais 1,2 vez o diâmetro delas) com espessura, tc, de 8 mm. Considerar que os banzos já foram dimensio-
nados e têm como perfil o tubo laminado circular TC 323,8 x 17,5, fabricado pela Vallourec do Brasil
com aço estrutural VMB 300. Pede-se que seja dimensionada agora a diagonal tracionada mais solicitada,
usando também perfil tubular circular laminado da Vallourec do Brasil fabricado com aço VMB 300,
sabendo-se que nela a força de tração solicitante de cálculo é igual a 2000 kN.

a) Aço estrutural

VMB 300 → fy = 300 MPa = 30 kN/cm2; fu = 415 MPa = 41,5 kN/cm2

b) Pré-dimensionamento pelo escoamento da seção bruta

Ag f y Ag × 30 1,10 × 2000
N t ,Sd = 2000 kN ≤ N t ,Rd = = → Ag ≥ → Ag ≥ 73,33cm 2
γ a1

1,10 30

Tentar usar o perfil TC 168,3 x 16, que possui área bruta (Ag) igual a 76,6 cm2 e raio de giração (r) igual
a 5,41 cm.

176
c) Ruptura da seção líquida

Ae f u
N t ,Sd = 2000 kN ≤ N t ,Rd =  
γ a2
com Ae =Ct Ag

Como a relação entre diâmetro externo e espessura (d/t) do tubo é igual a 168,3/16 = 10,52, não superan-
do 45, e o comprimento da ligação lc é superior a d, pode-se usar a seguinte equação para obtenção de Ct:
−10
⎡ ⎛ e ⎞ 3,2 ⎤
C t = ⎢1+ ⎜ c ⎟ ⎥
⎢⎣ ⎝ ℓ c ⎠ ⎥⎦

d t c 16,8 0,8
ec = − = − = 4,95cm
π 2 π 2

ℓ c = 1,2d = 1,2 × 16,8 = 20,16cm

−10
⎡ ⎛ 4,95 ⎞ 3,2 ⎤
C t = ⎢1+ ⎜ ⎟ ⎥ = 0,89
⎣ ⎝ 20,16 ⎠ ⎦

Ae = 0,89 × 76,6 = 68,17 cm 2

Ae f u 68,17 × 41,5
N t ,Sd = 2000kN< N t ,Rd = = = 2096kN → Atende!
γ a2 1,35

Esbeltez
d)

⎛ Ld ⎞ = 250 = 250 = 46,21 < 300 → Atende!



⎝ r ⎠ max r 5,41

e) Conclusão Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço

Usar o perfil TC 168,3 x 16 da Vallourec do Brasil com aço VMB 300.

f ) Considerações complementares

Se a diagonal fosse ligada diretamente ao banzo por meio de solda (sem a chapa de nó), bastaria efetuar a
verificação do escoamento da área bruta.
Se fosse usada a expressão da ABNT NBR 8800:2008 para determinar o coeficiente Ct, viria:
177

d 16,8
ec = = = 5,35cm
π π

ec 5,35
C t = 1− ≤ 0,90 → C t = 1− = 0,73
ℓc 20,16

Ae = 0,73 × 76,6 = 55,92 cm 2

Ae f u 55,92 × 41,5
N t ,Sd = 2000 kN>N t ,Rd = = = 1719kN → Não Atende!
γ a2 1,35

Portanto, com o coeficiente Ct calculado conforme a ABNT NBR 8800:2008, perfil TC 168,3 × 16 deveria ser
substituído por outro com maior área da seção transversal ou ter o comprimento da ligação aumentado, para
elevar o valor desse coeficiente.

3.7.2. Verificação de Diagonal de Treliça Axialmente Comprimida com Perfil Tubular


Circular Laminado
Verificar a diagonal comprimida mais solicitada da treliça Warren do exemplo do Subitem 3.7.1, na qual
a força axial de compressão solicitante de cálculo é igual a 2000 kN, tentando-se usar para essa barra o
mesmo perfil tubular da diagonal tracionada (TC 168,3 x 16 da Vallourec do Brasil com aço VMB 300),
visando à padronização.

a) Aço estrutural

VMB 300 → fy = 300 MPa = 30 kN/cm2

b) Dimensões e propriedades geométricas importantes da seção transversal da barra

Ag = 76,6 cm2
Ix = Iy = 2244 cm4
rx = ry = 5,41 cm
J = 4488 cm4

c) Flambagem local

d 168,3 E 20000
= = 10,52 < 0,11 a = 0,11 = 73,33 →Q = 1,0
t 16 fy 30

178
d) Instabilidade global e esbeltez

- Força de flambagem por flexão em relação aos eixos x e y:

π 2 E a I π 2 × 20000× 2244
N ex = N ey = = = 7087 kN
( K L )2 (1,0 × 250 )2

Notar que o coeficiente de flambagem foi considerado igual a 1,0, tendo em vista que a diagonal não está
ligada diretamente aos banzos por meio de solda.

- Força de flambagem por torção:

Ga J
N ez =
ro2

ro = rx2 + ry2 = 5,412 + 5,412 = 7 ,65 cm

Ga J 7700 × 4488
N ez = = = 590501kN
ro2 7,65 2

- Valores de Ne, lmax, l0 e c



N e = 7087 kN

E a Ag 20000× 76,6
λmax = π =π = 46,19 < 200 → Atende!
Ne 7087

Q Ag f y 1,0× 76,6× 30
λ0 = = = 0,57 → Tabela 3.2 ( perfil laminado ) → χ = 0,966
Ne 7087

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço

e) Verificação final

χ Q Ag f y 0,966 × 1,0 × 76,6 × 30
N c ,Sd = 2000 kN < N c ,Rd = = = 2018kN → Atende!
γ a1 1,10

Logo, pode ser usado o perfil TC 168,3 × 16 da Vallourec do Brasil com aço VMB 300 como diagonal
comprimida da treliça.

179
f ) Considerações complementares

Se as diagonais da treliça fossem ligadas diretamente ao banzo por meio de solda (sem a chapa de nó),
haveria um aumento da força axial de compressão resistente de cálculo, pois o comprimento de flam-
bagem poderia ser reduzido. Assim, inicialmente, determina-se a relação entre o diâmetro médio das
diagonais que chegam ao nó e o diâmetro do banzo, dada por (ver Capítulo 5):

d1 + d 2 168,3 + 168,3
β= = = 0,52
2d 0 2 × 323,8

Como o valor de b é menor que 0,60, o comprimento de flambagem da diagonal comprimida pode ser
tomado como:

KL = 0,75L = 0,75 × 250 = 187,5 cm

π 2 E a I π 2 × 20000× 2244
N e = N ex = N ey = = = 12599kN
( K L )2 187,52

Q Ag f y 1,0× 76,6× 30
λ0 = = = 0,43 → Tabela 3.2 ( perfil laminado ) → χ = 0,990
Ne 12599

χ Q Ag f y 0,990 × 1,0 × 76,6 × 30


N c ,Rd = = = 2068kN
γ a1 1,10

Esse valor é cerca de 2,5% superior à força resistente da situação anterior, obtida no tópico “e”.

3.7.3. Verificação de Barra de Treliça Axialmente Tracionada e Comprimida com


Perfil Tubular Circular Soldado
Suponha que as diagonais tracionada e comprimida dos exemplos dos Subitens 3.7.1 e 3.7.2, respectiva-
mente, fossem executadas com um perfil tubular circular soldado com as mesmas dimensões e aço estru-
tural que, após conformação e soldagem, tenha resistência ao escoamento assegurada de 300MPa, sem
alívio de tensões residuais. Determinar as suas forças axiais de tração e compressão resistentes de cálculo.

a) Força axial de tração resistente de cálculo

A determinação da força axial de tração resistente de cálculo do perfil soldado segue exatamente o mesmo
procedimento empregado para o perfil laminado. Assim, tem-se que Nt,Rd = 2089 kN.

180
b) Força axial de compressão resistente de cálculo

A determinação da força axial de compressão resistente de cálculo do perfil soldado segue o mesmo proce-
dimento empregado para o perfil laminado, apenas alterando-se o cálculo do fator de redução associado à
resistência à compressão, que passa a ser feito com o uso da Equação (3.9) no lugar da Equação (3.12), ou
da Tabela 3.1 no lugar da Tabela 3.2. Assim, vem:

λ00 == 0,57
0,57 → Tabela3.1
⇒Tabela 3.1(perfil
(perfilsoldado)
soldado)→
⇒χχ==0,873
0,873

χ Q Ag f y 0,873 ×1,0 × 76,6 × 30


N c, Rd = = = 1824 kN
γa1 1,10

Esse valor é cerca de 13% inferior ao obtido para o perfil laminado com as mesmas dimensões da seção trans-
versal. Como a força solicitante de cálculo é igual a 2000 kN, o perfil tubular circular soldado com diâmetro
externo de 168,3 mm e espessura de 16 mm fabricado com aço com resistência ao escoamento de 300 MPa
não poderia ser utilizado. Pode-se, no entanto, tentar usar um perfil com dimensões diferentes, por exemplo,
com maior diâmetro externo e menor espessura de parede, com área de seção transversal equivalente, que
possua força axial resistente de cálculo no mínimo igual a 2000 kN.

3.7.4. Dimensionamento de Viga com Perfil Tubular Retangular Soldado


Dimensionar a viga de piso birrotulada mostrada a seguir, usando perfil tubular retangular fabricado a partir
da conformação a frio de um tubo circular soldado com aço ASTM A572-Grau 50. Sabe-se que essa viga
tem vão de 8 m e que está submetida a uma força uniformemente distribuída de cálculo (qd) de sentido
gravitacional igual a 22 kN/m. Para efeito de obtenção da flecha, supor que a força distribuída de serviço é
igual 52% da força distribuída de cálculo.

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


a) Aço estrutural

ASTM A572-Grau 50 → fy = 345 MPa = 34,5 kN/cm2 (valor assegurado após as operações de confor-
mação e soldagem)

b) Esforços solicitantes de cálculo

Os diagramas de momento fletor e força cortante solicitantes de cálculo são mostrados na figura a seguir:

181
c) Pré-dimensionamento

Na situação mais favorável possível, o perfil escolhido atingirá o momento de plastificação Mpl. Assim,
deve-se ter:

M Rk M pl Z x f y
M Sd ,max ≤ M Rd = = =
γ a1 1,10 1,10

34,5 Z x
17600 ≤ → Z x ≥ 561cm 3
1,10

Tentar-se-á, inicialmente, usar um perfil com 300 mm de altura e 220 mm de largura, com espessura de
6,3 mm. Nesse perfil, tendo em vista a espessura, os raios de canto externo e interno são:

re = 2 t = 2 × 6,3 = 12,6 mm
ri = t = 6,3 mm

A área bruta e o módulo plástico em relação ao eixo x são:

Ag = 2t (b + h − 2t ) − 0,858 (re2 − ri 2 ) = 2 × 0,63 ( 22+ 30 − 2 × 0,63) − 0,858 (1,262 − 0,632 ) = 62,91cm 2


b h 2 (b − 2t ) ( h − 2t )
2

Zx =
4

4
(
− 4 Ar hg − Aε hε )
Ar = 0,215re2 = 0,215 × 1,262 = 0,34cm 2

h 30
hg = − 0,223re = − 0,223 × 1,26 = 14,72cm
2 2

Aε = 0,215ri 2 = 0,215 × 0,632 = 0,085cm 2

h − 2t 30 − 2 × 0,63
hε = − 0,223ri = − 0,223 × 0,63 = 14,23cm
2 2


22 × 302 ( 22 − 2 × 0,63) ( 30 − 2 × 0,63)
2

Zx = − − 4 ( 0,34 × 14,72 − 0,085 × 14,23) = 652cm 3 (> 561cm 3 )


4 4

182
d) Verificação do perfil TR 300 x 220 x 6,3 ao momento fletor

• FLM

bp b − 2re 200 − 2 × 12,6 194,8


λ= = = = = 30,92
t t 6,3 6,3

Ea 20000
λ p = 1,12 = 1,12 = 26,96
fy 34,5

Ea
λ = 30,92 > λ p = 26,96 → λr = 1,40 = 33,71
fy

λ − λp
λ p = 26,96 < λ = 30,92 < λr = 33,71 → M Rk = M pl − M pl − M r ( )λ −λ r p

M pl = Z x f y = 65234,5 = 222494 kN.cm

M r = f y Wef

b h 3 (b − 2t ) ( h − 2t )
3

I x =
12

12
(
− 4 I g + Ar hg2 − I ε − Aε hε2 )


I g = 0,00755re4 = 0,00755 × 1,264 = 0,019cm 4

I ε = 0,00755ri 4 = 0,00755 × 0,634 = 0,0012cm 4




22 × 303 ( 22 − 2 × 0,63) ( 30 − 2 × 0,63)
3

Ix = − − 4 ( 0,019 + 0,34 × 14,72


-4(0,019+0,34×14,72 2 2
14,232 ) =4 8245cm 4
− 0,0012 − 0,085 2×)=8245cm
-0,0012-0,085×14,23
12 12

8245 Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


Wx = = 550cm 3
15

Ea ⎡ 0,38 Ea ⎤ 20000 ⎛ 0,38 20000 ⎞


b p,ef = 1,92 t ⎢1− ⎥ = 1,92 × 0,63 1− = 24,50cm
fy ⎢⎣ b p / t f y ⎥⎦ 34,5 ⎜⎝ 30,92 34,5 ⎟⎠

183
Esse valor de bp,ef é menor que bp, que é igual a 19,48 cm. Logo, não há redução da largura da mesa, e:

Wx , ef = Wx = 550 cm3

M r = f y Wx,ef = 34,5 × 550 = 18975 kN.cm


λ − λp 30,92 − 26,96
M Rk = M pl − (M pl − M r ) = 22294 − (22294 − 18975) = 20442 kN.cm
λr − λ p 33,71 − 26 ,96

• FLA

hp h − 2re 300 − 2 × 12,6 274,8


λ= = = = = 43,62
t t 6,3 6,3

Ea
λ p = 2,42 = 58,27
fy

λ = 43,62 < λ p = 58,27 → M Rk = M pl = 22494kN.cm

• FLT

Lb
λ=
ry

h b 3 ( h − 2t ) (b − 2t )
3

I y =
12

12
(
− 4 I g + Ar bg2 − I ε − Aε bε2 )


b 22
bg = − 0,223re = − 0,223 × 1,26 = 10,72cm
2 2

b − 2t 22 − 2 × 0,63
bε = − 0,223ri = − 0,223 × 0,63 = 10,23cm

2 2

30 × 223 ( 30 − 2 × 0,63) ( 22 − 2 × 0,63)
3

Iy = − − 4 ( 0,019 + 0,34 × 10,72


- 4(0,019+0,34×10,72 2 2
× 10,232 )4 = 5133cm 4
− 0,0012 − 0,0852)=5133cm
-0,0012-0,085×10,23
12 12

I y 5133
ry = = = 9,03cm
Ag 62,91

800
λ= = 88,59
184 9,03

0,13E a
λp = J Ag
Zx f y
0,13E a
λp = J Ag
Zx f y

u
J = t3 + 2k Ah
3
u = 2 (b + h − 2t ) − 1,72rc
r − r 1,26 − 0,63i
rc = e i = = 0,315cm
2 2

u = 2 ( 22 + 30 − 2 × 0,63) − 1,72 × 0,315 = 101cm

A = (b − t ) ( h − t ) − 0,858r 2 = ( 22 − 0,63) ( 30 − 0,63) − 0,858 × 0,3152 = 628cm 2


h c

2Ah t 2 × 626 × 0,63


k= = = 8,83cm 2
u 101


101
J = 0,633 + 2× 8,83 × 628 = 9843cm 4
3

0,13 × 20000
λp = 9843 × 62,91 = 90,96
652 × 34,5

λ = 88,59 < λ p = 90,96 → M Rk = M pl = 22494 kN.cm

• Resumo

M Rk = 20442 kN.cm ( menor valor entre FLM, FLA e FLT )

M Rk = 20442 kN.cm < 1,5W x f y = 1,5 × 550 × 34,5 = 28463 kN.cm → M Rk = 20442 kN.cm

M Rk 20442
M Sd ,max = 17600 kN.cm < M Rd = = = 18584kN.cm → Atende!
γ a1 1,10

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


e) Verificação do perfil TR 300 x 220 x 6,3 à força cortante

hp
λ= = 43,62 ( já calculado na FLA )
t
Ea 20000
λ p = 2,46 = 2,46 = 59,22
fy 34,5
( )

λ = 43,62 < λ p = 59,22 → V Rk = V pl = 0,60 Aw f y = 0,60 2h p t f y = 0,60 × 2 × 27,48 × 0,63 × 34,5 = 717 kN
V Rk 717
VSd ,max = 88kN < V Rd = = = 652kN → Atende! 185
γ a1 1,10
= 43,62 ( já calculado na FLA )
p
λ=
t
Ea 20000
λ p = 2,46 = 2,46 = 59,22
fy 34,5
( )
λ = 43,62 < λ p = 59,22 → V Rk = V pl = 0,60 Aw f y = 0,60 2h p t f y = 0,60 × 2 × 27,48 × 0,63 × 34,5 = 717 kN
V Rk 717
VSd ,max = 88kN < V Rd = = = 652kN → Atende!
γ a1 1,10

f ) Verificação da flecha

A flecha máxima, lembrando que a força distribuída de serviço é igual 52% da força distribuída de
cálculo, é igual a:

5 ( 0,52q d ) L4 5 ( 0,52 × 22 × 10-2 ) 8004


δt = = = 3,70cm
384 E a I x 384× 20000×8245
5 ( 0,52q d ) L4 5 ( 0,52 × 22 × 10-2 ) 8004
δt =
Comparando = com a flecha máxima permitida
esse valor = 3,70cm(dp), igual a L/350 para vigas de piso, conforme
384 E a I x L 384×800
20000×8245
oδ tSubitem
= 3,70 cm >δp =
2.3.3.4, vem: = = 2,29cm
350 350

L 800
δ t = 3,70 cm > δ p = = = 2,29cm
350 350


Portanto, a flecha da viga encontra-se além do limite aceitável, sendo necessária a execução de uma contra-
flecha de pelo menos 1,41 cm (esse valor não pode ser superior à flecha provocada pela carga permanente).

g) Conclusão

O perfil tubular retangular escolhido (TR 300 × 220 × 6,3) atendeu às exigências de dimensionamento


com uma folga pequena (a pior condição encontrada se deu na verificação ao momento fletor, com a rela-
ção entre os momentos resistente e solicitante de cálculo igual a 1,06), havendo a necessidade de se efetuar
uma contraflecha de pelo menos 1,41 cm.

3.7.5. Verificação ao Momento Fletor de Tramo de Viga em Perfil Tubular Retan-


gular Soldado com Mesa Contida Lateralmente e Momentos Negativos nas Extre-
midades
Verificar ao momento fletor um tramo interno de 10 m de comprimento de uma viga que tem o perfil
tubular retangular soldado selecionado do exemplo do Subitem 3.7.4 (TR 300 × 220 × 6,3), fabricado
com o mesmo aço (ASTM A572-Grau 50). Esse tramo possui a mesa superior contida lateralmente ao
longo de todo o seu comprimento e encontra-se submetido a uma força gravitacional uniformemente
distribuída de 22 kN/m e a momentos negativos nas extremidades (momentos que comprimem a mesa
livre) iguais a 140 kNm e 60 kNm, em valores de cálculo, conforme mostra a figura a seguir:

186
a) Diagrama de momento fletor e valores dos momentos solicitantes de cálculo

O diagrama de momento fletor solicitante de cálculo no tramo de 10 m é mostrado a seguir:

Para verificação da flambagem local da mesa comprimida (as duas mesas estão comprimidas) e da flamba-
gem local da alma, o momento fletor solicitante de cálculo, MSd, é o maior momento no tramo, indepen-
dentemente de esse momento ser positivo ou negativo. Assim, seu valor é 17645 kNcm.

Para verificação da flambagem lateral com torção, o momento fletor solicitante de cálculo, MSd, é o maior
momento que comprime a mesa livre (momento negativo), no caso igual a 14000 kNcm.

b) Verificação da flambagem local da mesa comprimida (FLM) e das almas (FLA)

• FLM

MRk = 20442 kNcm (valor já determinado no tópico “d” de 3.7.4)

• FLA

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


MRk = 22494 kNcm (valor já determinado no tópico “d” de 3.7.4)

• Resumo

M Rk = 20442kN.cm ( menor valor entre FLM e FLA )

M Rk ≤ 1,5W x f y = 1,5 × 550 × 34,5 = 28463 kN.cm → M Rk = 20442kN.cm m

M Rk 20442
M Sd = 17645 kN.cm < M Rd = = = 18584kN.cm → Atende!
γ a1 1,10 187
c) Verificação da flambagem lateral com torção (FLT)

No tramo em análise, em que uma das mesas encontra-se continuamente travada contra translação lateral
e a outra mesa livre e com compressão em determinados trechos, deve-se tomar o comprimento destrava-
do Lb como igual a 10 m. Assim:

Lb 1000
λ= = = 110,74
ry 9,03

λ = 110,74 > λ p = 90,96 → λr =


2 Ea
Mr
(
J Ag λ p determinado no tópico "d" de 3.7.4 )

M r = 0,7 f y W x = 0,7 × 34,5 × 550 = 13283kN.cm


λr =
2 Ea
Mr
J Ag =
2× 20000
13283
(
9843 × 62,91 = 2370 J e Ag determinados em 3.7.4 )

⎡ λ − λp ⎤
⎢⎣
(
λ p = 90,96 < λ = 110,74 < λr = 2370 → M Rk = C b ⎢ M pl − M pl − M r ) ⎥ ≤ M pl
λr − λ p ⎥⎦

O fator Cb, para a situação do tramo em estudo, com a mesa superior contida lateralmente ao longo de
todo o seu comprimento, é dado pela Equação (3.36):

2 M1 8 M2 2 −60 ⎞ 8 175
Cb = 3,0 − − = 3,0 − ⎛ − = 5,62
3 M 0 3 ( M 0 + M1 )
*
3 ⎝ −140 ⎠ 3 ( −140 − 60 )

⎡ λ − λp ⎤ ⎡ 110,74 − 90,96 ⎤
⎢⎣
(
M Rk = C b ⎢ M pl − M pl − M r ) ⎥ = 5,62 ⎢ 22494 − ( 22494 − 13283)
λr − λ p ⎥⎦ ⎣ 2370 − 90,96 ⎥⎦
= 125967 kN.cm


(
Como esse valor supera M pl : M Rk = M pl = 22494 kN.cm menor que 1,5W x f y = 28463 kN.cm )
M Rk 22494
M Sd = 14000kN.cm < M Rd = = = 20449kN → Atende!
γ a1 1,10

3.7.6. Verificação ao Momento Fletor de Tramo de Viga com Perfil Tubular Retangular
Soldado com Mesas Livres e Momentos Negativos nas Extremidades
Verificar ao momento fletor o mesmo tramo interno do exemplo do Subitem 3.7.5, mantendo as mesmas
ações, mas eliminando a contenção lateral contínua da mesa superior.
188
Solução

Para a flambagem local da mesa comprimida e a flambagem local da alma, a verificação é a mesma do exemplo
do Subitem 3.7.5 (essas flambagens não sofrem influência de eventual contenção de mesa à translação lateral).

Para a flambagem lateral com torção, com l, lp e lr determinados como em 3.7.5, vem:

⎡ λ − λp ⎤
⎢⎣
(
λ p = 90,96 < λ = 110,74 < λr = 2370 → M Rk = C b ⎢ M pl − M pl − M r ) ⎥ ≤ M pl
λr − λ p ⎥⎦

O fator Cb, para a presente situação, em que as duas mesas estão livres para se deslocar lateramente, é dado
pela Equação (3.35):

12 ,5 M max
Cb = ≤ 3,0
2,5 M max + 3 M A + 4 M B + 3 M C

Os valores de Mmax, MA, MB e MC são mostrados no diagrama a seguir:

MA = 86,25kNm
MB = 175kNm Mmax = 176,45 kNm
140 kNm
60 kNm

Mc = 126,25 kNm
2,5 m
5m
7,5 m

Logo:

12,5× 176,45
Cb = = 1,24
2,5× 176,45 + 3× 86,25 + 4× 175 + 3× 126,25

⎡ λ − λp ⎤ ⎡ 110,74 − 90,96 ⎤
M Rk ( )
= C b ⎢ M pl − M pl − M r ⎥ = 1,24 ⎢ 22494 − ( 22494 − 13283)
2370 − 90,96 ⎥⎦
= 27793kN.cm

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


⎢⎣ λr − λ p ⎥⎦ ⎣

Como esse valor supera Mpl : MRk = Mpl = 22494 kN.cm (menor que 1,5 Wx fy = 28463 kN.cm)

O momento fletor solicitante de cálculo, MSd, agora é o máximo momento no tramo, independentemente
do sinal, portanto igual a 17645 kNcm. Dessa forma:

M Rk 22494
M Sd = 17645kN.cm < M Rd = = = 20449kN.cm → Atende!
γ a1 1,10

189
3.7.7. Verificação de Viga com Perfil Tubular Circular Soldado
Verificar se, alterando a seção transversal da viga do exemplo do Subitem 3.7.4 para um perfil tubular
circular soldado com diâmetro de 320 mm e espessura de 6,3 mm, mostrado na figura a seguir, mantendo
como aço estrutural o ASTM A572-Grau 50 e assegurando, após as operações de conformação e solda-
gem, uma resistência ao escoamento de 345MPa, a viga continua resistindo às ações atuantes.

a) Verificação ao momento fletor

O único estado-limite último é a flambagem local da parede do tubo. Na verificação da viga a esse esta-
do-limite, faz-se:

d 600
λ= = = 50,79
t 8

0,07E a 0,07 × 20000
λp = = = 40,58
fy 34,5

0,31E a 0,31× 20000
λ = 50,79 > λ p = 40,58 → λr = = = 179,71
fy 34,5

0,021E a
λ p = 40,58 < λ = 50,79 < λr = 179,71 → M Rk = ⎛ + f y ⎞W
⎝ λ ⎠

π ⎡⎣ d 4 − ( d − 2 t ) ⎤⎦ π ⎡⎣324 − ( 32 − 2 × 0,63) ⎤⎦
4 4

W = = = 478cm 3

32d 32× 32

0,021E a ⎛ 0,021× 20000 ⎞
M Rk = ⎛ + f y ⎞W = ⎜ + 34,5⎟ 478 = 20444kN.cm
⎝ λ ⎠ ⎝ 50,79 ⎠

M Rk ≤ 1,5Wf y = 1,5 × 478 × 34,5 = 24737 kN.cm → Adotar M Rk = 20444kN.cm
M Rk 20444
M Sd ,max = 17600 kN.cm < M Rd = = = 18585kN.cm → Atende!
γ a1 1,10

190
b) Verificação à força cortante

VRk = 0,5 τ cr Ag

Ag = π ( d t − t 2 ) = π ( 32 × 0,63− 0,632 ) = 62,09cm 2

1,60 E a
τ cr = 5/4 ≤ 0,60 f y
Lv ⎛ d ⎞
d ⎜⎝ t d ⎟⎠
   Lv = 400 cm ( distância entre as seções de força cortante máxima e nula )    
   t d = 0,93t = 0,930,63 = 0,586cm ( valor para perfil soldado )

1,60 Ea 1,60 × 20000


τ cr = 5/4 = 5/4 = 60,97 kN/ cm
2

Lv ⎛ d ⎞ 400 ⎛ 32 ⎞
⎜ ⎟
d ⎜⎝ td ⎟⎠ 32 ⎝ 0,586 ⎠

0,78 E a 0,78× 20000


τ cr = 3/2 = 3/2 = 38,66kN/ cm
2

⎛ d⎞ ⎛ 32 ⎞
⎜⎝ t ⎟⎠ ⎜⎝ ⎟
d
0,586 ⎠

Adota-se o maior valor de tcr, ou seja, 60,97 kN/cm2. No entanto, esse valor não pode superar 0,60 fy, que
no caso é igual a 0,60 × 34,5 = 20,7 kN/cm2. Assim, assume-se que tcr = 20,7 kN/cm2, e:

V Rk = 0,5 × 20,7 × 62,09 = 643kN



V Rk 643
VSd,max = 88kN < V Rd = = = 585kN → Atende!
γ a1 1,10

c) Verificação da flecha

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


A flecha máxima é igual a:

5 ( 0,52q d 1 ) L4
δt =
384 E a I x

π ⎡⎣ d 4 − ( d − 2 t ) ⎤⎦ π ⎡⎣324 − ( 32 − 2 × 0,63) ⎤⎦
4 4

I x = = = 7640cm 4
64 64

5 ( 0,52q d ) L4 5 ( 0,52 × 22 × 10-2 ) 8004


δt = = = 3,99cm
384 E a I x 384× 20000× 7640
191
A flecha máxima permitida (dp) é igual a 2,29 cm, o que significa que é necessário efetuar uma contrafle-
cha de 1,70 cm.

3.7.8. Verificação de Pilar Flexo-comprimido com Perfil Tubular Quadrado Laminado


No pórtico rígido do Subitem 2.11.1 do Capítulo 2, verificar aos estados-limites últimos o pilar do 1º.
andar, da prumada da direita, com a hipótese de carregamento 5. Considerar que o pilar é rotulado na
base no plano perpendicular ao do pórtico e que, nesse plano perpendicular, o pilar é travado à translação
no nível do nó de ligação com a viga. Supor aço estrutural VMB 350.

a) Aço estrutural

VMB 350 → fy = 350 MPa = 35 kN/cm2

b) Dimensões e propriedades geométricas importantes da seção transversal

De acordo com o Subitem 2.11.1, no pilar em estudo foi usado o perfil laminado TQ 220 × 16, cuja seção
transversal possui as seguintes dimensões e propriedades geométricas:

Ag = 129 cm2
Ix = Iy = 7812 cm4
Wx = Wy = 710 cm3
Zx = 881 cm3
rx = ry = 7,78 cm
J = 13970 cm4

c) Esforços solicitantes de cálculo


Conforme o Subitem 2.11.1, a força axial de compressão e o momento fletor solicitantes de cálculo no
pilar, após a análise de segunda ordem, têm os seguintes valores:

192
d) Força axial de compressão resistente de cálculo

d1) Flambagem local

Como o raio de canto externo (re), para fins de cálculo, é igual a uma vez e meia a espessura, vem:

bp b − 2re b − 2 (1,5t ) 220 − 3 × 16 172


= = = = = 10,75
t t t 16 16

⎛ bp ⎞ E 20000
⎜ ⎟ = 1,40 a = 1,40 = 33,47
⎝ t ⎠ lim fy 35

bp b
= 10,75 < ⎛ ⎞ = 33,47 → Q = 1,0
t ⎝ t ⎠ lim

d2) Instabilidade global e esbeltez

- Força de flambagem por flexão em relação aos eixos x e y:

π 2 E a I π 2 × 20000× 7812
N ex = N ey = = = 9638kN
( K L )2 (1,0 × 400 )2

Notar que o coeficiente de flambagem no plano do pórtico (plano yz) foi considerado como igual a 1,0,
tendo em vista que foi feita análise de segunda ordem. No plano perpendicular ao do pórtico (plano xz),
o comprimento de flambagem é igual à distância entre as seções com translação impedida nesse plano.

- Força de flambagem por torção:

Ga J
N ez =
ro2

ro = rx2 + ry2 = 7,782 + 7,782 = 11,00cm

Ga J 7700 ×13970

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


N ez = = = 889000kN
ro2 112

N e = 9638kN

E a Ag 20000×129
λmax = π =π = 51,40 < 200 → Atende!
Ne 9638

Q Ag f y 1,0 x129 × 35 193


λ0 = = = 0,68 → Tabela 3.2 ( perfil laminado ) → χ = 0,930
Ne 9638
G J 7700 ×13970
Nroez == rxa22 + r=y2 = 7,78 2 = 889000kN
+ 7,78 2
= 11,00cm
ro 112

Ga JNe, 7700 ×13970


- Valores
N ez = de 2
= λmax, λ0 2e χ = 889000kN
ro 11
N e = 9638kN

E a Ag
N e == 9638kN 20000×129
λ max π =π = 51,40 < 200 → Atende!
Ne 9638

E a Ag 20000×129
λmax = πQ A f =π = 51,40 < 200 → Atende!
g Ny 1,0 x129 × 35
9638
λ0 = e = = 0,68 → Tabela 3.2 ( perfil laminado ) → χ = 0,930
Ne 9638

Q Ag f y 1,0 x129 × 35
λ0 = = = 0,68 → Tabela 3.2 ( perfil laminado ) → χ = 0,930
9638
χNQe Ag f y 0,930×1,0×129 × 35
N c ,Rd = = = 3817 kN
d3) Valor de γNa1c,Rd 1,10

χ Q Ag f y 0,930×1,0×129 × 35
N c ,Rd = = = 3817 kN
γ a1 1,10

e) Momento fletor resistente de cálculo

No caso de perfil tubular quadrado, na obtenção do momento fletor resistente de cálculo, conforme o Subitem
3.4.2.2.1, basta considerar a flambagem local da mesa comprimida (FLM), lembrando que o parâmetro de es-
beltez l não pode superar lr dado pela Equação (3.49), ou seja, 5,7 E a f y = 5,7 20000 35 = 136,26 . Assim:

bp
λ= = 10 ,75 (valor já determinado no tópico “d” e menor que 136,26)
t

Ea 20000
λ p = 1,12 = 1,12 = 26 ,77
fy 35

λ = 10 ,75 < λ p = 26 ,77 ⇒ M x ,Rk = M x , pl = Zx fy = 881 × 35 = 30835 kN.cm

(< 1,5 Wx fy = 1,5 × 710 × 35 = 37275 kN.cm)

M x ,Rk 30835
M x ,Rd = = = 28032 kN.cm
γ a1 1,10

194
f ) Efeitos combinados de Nc,Rd e Mx,Rd

N c ,Sd 296, 46 N M
= = 0,08 < 0,20 → c ,Sd + x ,Sd ≤ 1,0
N c ,Rd 3817 2 N c ,Rd M x ,Rd

296, 46 7092
+ = 0,04 + 0,25 = 0,29 < 1,0 → Atende!
2 × 3817 28032

Como o valor obtido pela expressão de interação foi muito inferior a 1,0, a seção transversal utilizada
poderia ser substituída por outra com menor massa.

g) Efeito da força cortante

hp 220 − 3 × 16 172
λ= = = = 10,75 (já calculado no tópico “d” e igual a bp/4)
t 16 16

Ea 20000
λ p = 2,46 = 2,46 = 58,81
fy 35

( )
λ = 10,75 < λ p = 58,81→ V Rk = V pl = 0,60 Aw f y = 0,60 2h p t f y = 0,60 ( 2 × 17,2 × 1,6 ) 35 = 1156kN

V Rk 1156
VSd = 27,06kN < V Rd = = = 1051kN → Atende!
γ a1 1,10

3.7.9. Verificação de Pilar Submetido a Compressão, Flexão e Torção, com Perfil


Tubular Quadrado Laminado
Verificar novamente o pilar do Subitem 3.7.8 aos estados-limites últimos, supondo que ele esteja submeti-
do também a um momento de torção solicitante de cálculo, TSd, constante ao longo de seu comprimento
e igual a 160 kNm. A seção transversal desse pilar possui módulo elástico de resistência à torção (WT)

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


tabelado igual a 1129 cm3.

195
Solução:

ap bp b − 2re b − 2 (1,5t ) 220 − 3 × 16 172


λ= = = = = = = 10,75
t t t t 16 16

Ea 20000
λ p = 2,45 = 2,45 = 58,57
fy 35

λ = 10,75 < λ p = 58,57 →TRk = 0,60WT f y = 0,60 × 1129 × 35 = 23709 kN.cm



T 23709
TRd = Rk = = 21554kN.cm
γ a1 1,10

TSd 16000
= = 0,74 → Atende!
TRd 21554

Como a relação TSd/TRd supera 0,2, deve ser verificada a interação entre força axial, momento fletor, força
cortante e momento de torção, por meio da seguinte expressão:

2
N Sd M Sd ⎛ VSd TSd ⎞
+ + ⎜ + ⎟ ≤ 1,0
N Rd M Rd ⎜⎝ VRd TRd ⎟⎠

Logo, considerando os valores dos esforços solicitantes e resistentes de cálculo do exemplo do Subitem
3.7.8, vem:

2
296,46 7092 ⎛ 27,06 ⎞
+ +⎜ + 0,74⎟ = 0,08 + 0,25 + 0,60 = 0,93 < 1,0 → Atende!
3817 28032 ⎝ 770 ⎠

3.7.10. Verificação de Banzo Flexo-Comprimido de Treliça com Perfil Tubular Retan-


gular Laminado
A figura a seguir mostra duas treliças paralelas Warren com montantes, com seus banzos superiores consti-
tuídos por peças contínuas e interligados por um sistema treliçado de travamento. Nesses banzos foi usado
perfil tubular retangular laminado TR 200 × 150 × 8, fabricado pela Vallourec com alívio de tensões, e
com aço VMB 350. Verificar esse perfil sabendo-se que o trecho mais solicitado desses banzos apresenta
força axial de compressão solicitante de cálculo igual a 1450 kN e momento fletor solicitante de cálculo
igual a 10 kNm (a análise estrutural das treliças foi efetuada considerando os banzos contínuos e as dia-
gonais e os montantes rotulados).

196
a) Aço estrutural

VMB 350 → fy = 350 MPa = 35 kN/cm2

b) Dimensões e propriedades geométricas importantes da seção transversal

Ag = 53,1 cm2 Iy = 1816 cm4


Ix = 2829 cm4 Wy = 242 cm3
Wx = 283 cm3 Zy = 283 cm3
Zx = 233 cm3 ry = 5,85 cm
rx = 7,30 cm J = 3665 cm4

c) Força axial de compressão resistente de cálculo

c1) Flambagem local

- Lado de 200 mm (maior comprimento)

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


Como o raio de canto externo (re), para fins de cálculo, é igual a uma vez e meia a espessura da parede
do tubo, vem:

bp 200 − 2 (1,5t ) 200 − 3 × 8 176


= = = = 22
t t 8 8

⎛ bp ⎞ Ea 20000
⎜⎝ t ⎟⎠ = 1,40 f = 1,40 35
= 33,47
lim y

bp ⎛ bp ⎞
= 22< ⎜ ⎟ = 33,47 → Não há redução da largura da parte plana do lado.
t ⎝ t ⎠ lim
197

- Lado de 150 mm (menor comprimento)

Mais favorável que o lado de maior comprimento → não há redução da largura da parte plana do lado.

- Fator de redução total Q

Q = 1,0

c2) Instabilidade global e esbeltez

- Força de flambagem por flexão em relação ao eixo x:

π 2 E a I x π 2 ×20000× 2829
N ex = = = 5320kN
( K x Lx )2 (0,90 × 360)2

Notar que foi usado para o coeficiente de flambagem K o valor de 0,90, conforme o Subitem 3.3.2.2.3.

- Força de flambagem por flexão em relação ao eixo y:

π 2 Ea I y π 2 ×20000×1816
N ey = 2 = = 13659kN
(K L )
y y
( 0,90 × 180 )2

Notar que foi usado, novamente, para o coeficiente de flambagem K o valor de 0,90, conforme o Su-
bitem 3.3.2.2.3.

- Força de flambagem por torção:

Ga J
N ez =
ro2

ro = rx2 + ry2 = 7,302 + 5,852 = 9,35cm



Ga J 7700 × 3665
N ez = = = 322806kN
ro2 9,352

- Valores de Ne, lmax,l0 e c

N e = N ex = 5320 kN

E a Ag 20000 × 53,1
λmax = λ x = π =π = 44,39 < 200 → Atende!
Ne 5320

198 Q Ag f y 1,0× 53,1× 35


λ0 = = = 0,59 → Tabela 3.2 → χ = 0,961
Ne 5320
E a Ag 20000 × 53,1
λmax = λ x = π =π = 44,39 < 200 → Atende!
Ne 5320

Q Ag f y 1,0× 53,1× 35
λ0 = = = 0,59 → Tabela 3.2 → χ = 0,961
Ne 5320

c3) Valor de Nc,Rd

χ Q Ag f y 0,961×1,0 × 53,1 × 35
N c ,Rd = = = 1624 kN
γ a1 1,10

d) Momento fletor resistente de cálculo em relação ao eixo de flexão (eixo y)

• FLM

A mesa comprimida, para momento em relação ao eixo y, é constituída por um elemento de largura
plana igual a 176 mm (ver tópico “c”). Logo:

176
λ= = 22
8

Ea 20000
λ p = 1,12 = 1,12 = 26 ,77
fy 35

λ = 22 < λ p = 26,77 ⇒M y ,Rk = M y , pl = Z y f y = 283 × 35 = 9905 kN.cm

• FLA

As almas, para momento em relação ao eixo y, são constituídas pelos elementos de largura plana igual a
150 - 2(1,5 × 8) = 126 mm. Logo:

hp 126
λ= = = 15,75
tw 8
Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço
Ea
λ p = 2,42 = 57 ,85
fy

λ = 15,75 < λ p = 57 ,85 ⇒ M y ,Rk = M y , pl = 9905 kN.cm

199
• FLT

Como o eixo y é o de menor inércia:

M y , Rk = M y , pl = 9905 kN.cm

- Conclusão

My,Rk = 9905 kN.cm (< 1,5 Wy fy = 1,5 x 242 x 35 = 12705 kN.cm)


- Valor de My,Rd

M y , Rk 9905
M y , Rd = = = 9005 kN.cm
γ a1 1,10

e) Efeitos combinados de Nc,Rd e My,Rd

N c ,Sd 1450 N 8 ⎛ M y ,Sd ⎞


= = 0,89 > 0,20 → c ,Sd + ⎜ ≤ 1,0
N c ,Rd 1624 N c ,Rd 9 ⎝ M y ,Rd ⎟⎠

8 ⎛ 1000 ⎞
0,89 + ⎜ ⎟ = 0,89 + 0,10 = 0,99 < 1,0
9 ⎝ 9005 ⎠

como o valor da expressão de interação não supera 1,0, o perfil atende aos estados-limites últimos rela-
Logo,

cionados à atuação conjunta da força axial de compressão e dos momentos fletores. Observa-se também que o
coeficiente de aproveitamento (também conhecido como taxa de utilização) é muito alto (99%), indicando que
o dimensionamento foi feito praticamente sem folga e que a economia foi preservada.

f ) Considerações sobre a posição da seção transversal e o travamento fora do plano

Nota-se que a seção transversal foi disposta na posição que permitiu o melhor aproveitamento da barra no
que se refere à capacidade resistente à força axial de compressão, pois o maior comprimento de flambagem
foi relacionado ao maior momento de inércia e, consequentemente, o menor comprimento de flambagem
ao menor momento de inércia. Caso a posição da seção transversal fosse invertida, ficando o eixo y no
plano da treliça, viria:

π 2 E a I x π 2 ×20000× 2829
N ex = = = 21272kN
( K x Lx )2 (0,90 × 180)2

π 2 Ea I y
π 2 ×20000×1816
N ey = 2 = = 3415kN
200
(
K y Ly )( 0,90 × 360 )2

N e = N ey = 3415kN
π 2 E a I x π 2 ×20000× 2829
N ex = = = 21272kN
( K x Lx )2 (0,90 × 180)2

π 2 Ea I y
π 2 ×20000×1816
N ey = 2 = = 3415kN
(
K y Ly ) ( 0,90 × 360 )2

N e = N ey = 3415kN

E a Ag 20000 × 53,1
λmax = λ x = π =π = 55,40 < 200 → Atende!
Ne 3415

Q Ag f y 1,0× 53,1× 35
λ0 = = = 0,74 → Tabela 3.2 → χ = 0,902
Ne 3415

χ Q Ag f y 0,902 × 1,0× 53,1 × 35


N c ,Rd = = = 1524kN
γ a1 1,10

Esse valor é cerca de 7% inferior ao valor obtido anteriormente no tópico “c”. Com o perfil nessa nova
posição, a equação de interação do tópico “e” não seria atendida.

3.7.11. Verificação de Barra submetida a Flexão em Relação aos Eixos x e y e a Forças


Axiais de Tração e Compressão com Perfil Tubular Retangular Laminado
Na figura a seguir, vê-se um pilar, em perfil laminado TR 320 × 200 × 7,1, produzido com aço VMB 350,
com suas condições de contorno, solicitado pela combinação última de ações mais desfavorável (são mos-
trados os momentos atuantes, que flexionam o pilar em relação aos eixos x e y, e a força axial de compres-
são, com os diagramas de momento fletor, força axial e força cortante), sem consideração dos efeitos de
segunda ordem. Verificar se esse pilar resiste aos estados-limites últimos relacionados à atuação conjunta
da força axial e dos momentos fletores e, também, se resiste à força cortante.

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço

201
a) Aço estrutural

VMB 350 → fy = 350 MPa = 35 kN/cm2

b) Dimensões e propriedades geométricas importantes da seção transversal

Ag = 70,6 cm2 Iy = 4818 cm4


Ix = 9898 cm4 Wy = 482 cm3
Wx = 619 cm3 Zy = 544 cm3
Zx = 749 cm3 ry = 8,26 cm
rx = 11,8 cm J = 10430 cm4

c) Esforços solicitantes de cálculo

Como as extremidades do pilar são indeslocáveis, não se leva em conta na análise estrutural o efeito global
de segunda ordem (P-D), nem as imperfeições geométricas e de material. No entanto, o efeito local de se-
gunda ordem (efeito P-d) precisa ser considerado. Assim, a força axial de compressão solicitante de cálculo
(Nc,Sd) é o próprio valor da análise de primeira ordem, igual a 800 kN. Os momentos fletores solicitantes
de cálculo são:

- Em relação ao eixo x:

Mx,Sd = B1 Mx,1a,Sd

Cm
B1 = ≥ 1,0
N + N lt ,Sd
1− nt ,Sd
N ex

⎛M ⎞ ⎛ 0 ⎞
Cm = 0,60 − 0,4 ⎜ x ,nt ,Sd ,1 ⎟ = 0,60 − 0,4 ⎜ = 0,60
⎝ M x ,nt ,Sd ,2 ⎠ ⎝ 79,2 ⎟⎠

π 2 E a I x π 2 ×20000× 9898
N ex = = = 7815kN
L2 5002

0,60
B1 = = 0,670 < 1,0 → Usar B1 = 1,0
800 + 0
1−
7815

Logo, os momentos fletores em relação ao eixo x são os da análise de primeira ordem.

202
- Em relação ao eixo y:

My,Sd = B1 My,1a,Sd

• Tramo superior

Cm
B1 = ≥ 1,0
N + N lt ,Sd
1− nt ,Sd
N ey

⎛ M y ,1a ,Sd ,1 ⎞ ⎛ 9,9 ⎞


Cm = 0,60 − 0,4 ⎜ = 0,60 − 0,4 ⎜ = 0,504

⎝ M y ,1a ,Sd ,2 ⎠ ⎝ 41,25 ⎟⎠

π 2 E a I y π 2 × 20000× 4818
N ey = = = 15217 kN (L = 250cm, entre travamentos)
L2 2502

0,504
B1 = = 0,532 < 1,0 → Usar B1 = 1,0
800 + 0
1
15217

• Tramo inferior

⎛ M y ,1a ,Sd ,1 ⎞ ⎛ 0 ⎞
Cm = 0,60 − 0,4 ⎜ = 0,60 − 0,4 ⎜ = 0,60

⎝ M y ,1a ,Sd ,2 ⎠ ⎝ 9,9 ⎟⎠

0,60
B1 = = 0,633 < 1,0 → Usar B1 = 1,0
800 + 0
1−
15217

Portanto, os momentos fletores em relação ao eixo y são, também, os da análise de primeira ordem.

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço

d) Força axial de compressão resistente de cálculo

d1) Flambagem local

- Lado de 320 mm (maior comprimento)

Como o raio de canto externo (re) para fins de cálculo é igual a uma vez e meia a espessura do perfil, vem:

203
b p,1 320 − 2 (1,5t ) 320 − 3 × 7,1 298,70
= = = = 42,07
t t 7,1 7,1

⎛ bp ⎞ Ea 20000
⎜⎝ t ⎟⎠ = 1,40 f = 1,40 35
= 33,47
lim y

b p,1 ⎛ bp ⎞ Ea ⎡ 0,38 Ea ⎤
= 42,07 > ⎜ ⎟ = 33,47 → b p,ef ,1 = 1,92t ⎢1− ⎥ ≤ b p,1
t ⎝ t ⎠ lim f y ⎢⎣ b p,1 / t fy ⎥⎦

20000 ⎡ 20000 ⎤
b p,ef ,1 = 1,92× 0,71
35 ⎢1−
0,38
35 ⎥⎦
(
= 25,55cm < b p,1 = 29,87 cm )
⎣ 42,07

- Lado de 200 mm (menor comprimento)

b p,2 200 − 2 (1,5t ) 200 − 3 × 7,1 178,7


= = = = 25,17
t t 7,1 7,1

b p,2 ⎛ bp ⎞
= 25,17 < ⎜ ⎟ = 33,47 → b p,ef ,2 = b p,2 = 17,87 cm
t ⎝ t ⎠ lim

- Fator de redução total Q

( )
Aef = Ag − ∑ ⎡⎣ b p − b p,ef t ⎤⎦ = 70,6 − 2 ( 29,87 − 25,55) 0,71 = 64,47 cm 2

Aef 64,47
Q= = = 0,91
Ag 70,6

d2) Instabilidade global e esbeltez

- Força de flambagem por flexão em relação ao eixo x:

Nex = 7815 kN (valor já obtido no tópico “c”)

- Força de flambagem por flexão em relação ao eixo y:

Ney = 15217 kN (valor já obtido no tópico “c”)

- Força de flambagem por torção:

204
Ga J
N ez =
ro2

ro = rx2 + ry2 = 11,82 + 8,262 = 14,40cm



Ga J 7700 ×10430
N ez = = = 387302kN
ro2 14,402


- Valores de Ne, lmax, l0 e c

Ne = Nex = 7815 kN (menor força de flambagem)



E a Ag 20000 × 70,6
λmax = π =π = 42,23 < 200 → Atende!
Ne 7815

Q Ag f y 0,91× 70,6 × 35
λ0 = = = 0,54 → Tabela 3.2 → χ = 0,973
Ne 7815


d3) Valor de Nc,Rd

χ Q Ag f y 0,973 × 0,91× 70 ,6 × 35
N c ,Rd = = = 1989 kN
γ a1 1,10

e) Momento fletor resistente de cálculo em relação ao eixo x


• FLM

A mesa comprimida, para momento em relação ao eixo x, é constituída por um elemento de largura

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


plana igual a 178,7 mm (ver tópico “d”). Logo:

178,7
λ = = 25,17
7,1

Ea 20000
λ p = 1,12 = 1,12 = 26,77
fy 35

λ = 25,17 < λ p = 26,77 → M x ,Rk = M x , pl = Z x f y = 749 × 35 = 26215kN.cm

205
• FLA

As almas, para momento em relação ao eixo x, são constituídas pelos elementos de largura plana igual
a 298,7 mm (ver tópico “d”). Logo:

hp 298,7
λ = = = 42,07
tw 7,1

Ea
λ p = 2,42 = 57,85
fy

λ = 42,07 < λ p = 57,85→ M x ,Rk = M x , pl = 26215kN.cm

• FLT

Lb
λ=
ry

Lb = 250 cm (elementos impedem a translação do pilar na direção do eixo y na seção central)

Lb 250
λ= = = 30,27
ry 8,26

0,13E a 0,13 × 20000


λp = J Ag = 10430 × 70,6 = 85,10
Zx f y 749 × 35

λ = 30,27 < λ p = 85,10→ M x ,Rk = M x , pl = 26215kN.cm

- Conclusão

Mx,Rk = 26215 kNcm (< 1,5 Wx fy = 1,5 × 619 × 35 = 32393 kNcm)

- Valor de Mx,Rd

M x ,Rk 26215
M x ,Rd = = = 23832 kN.cm
γ a1 1,10

206
f ) Momento fletor resistente de cálculo em relação ao eixo y

• FLM

A mesa comprimida, para momento em relação ao eixo y, é constituída por um elemento de largura
plana igual a 298,7 mm (ver tópico “d”). Logo:

298,7
λ= = 42,07
7,1

Ea 20000
λ p = 1,12 = 1,12 = 26,77
fy 35

Ea
λ = 42,07 > λ p = 26,77 → λr = 1,40 = 33,47
fy

298,7 W y2,ef
λ = 42,07 >= λ42,07
r = 33,47 → M y ,Rk = M y ,cr = fy
7,1 Wy

Ea
bef = 25,55cm
λ p = 1,12 ( igual
= 1,12
20000
tópico=“d” )
26,77
fy 35
0,712
30,58 × + 2 × 20 × 0,71× 10 + ( 32 − 4,32 ) 0,71× 19,645
E
yGλ≅= 42,07 > λ2p = 26,77 → λr = 1,40 a = 33,47 = 9,72cm
30,58 × 0,71+ 2 × 20 × 0,71+ f y ( 32 − 4,32 ) 0,71

W y2,ef ⎛ 0,71⎞
70,6 (→ )M− (y 4,32 f y) 20 − 9,72 −
2
I y ,ef = >4818
λ = 42,07 λr =+33,47 10 −M9,72
y ,Rk = ,cr = × 0,71 = 4793cm 4
Wy ⎝ 2 ⎠

4793
befW=y ,ef25,55cm
= ( igual=tópico
7962 “d”)
= 466cm 3
20 − 9,72 10,18
0,712
× 2
30,58466 + 2 × 20 × 0,71× 10 + ( 32 − 4,32 ) 0,71× 19,645
yGM≅y ,Rk = 482 35
2 = 15769kN.cm = 9,72cm
30,58 × 0,71+ 2 × 20 × 0,71+ ( 32 − 4,32 ) 0,71

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço


0,71⎞
I y ,ef = 4818 + 70,6 (10 − 9,72 ) − ( 4,32 × 0,71) ⎛ 20 − 9,72 −
2
= 4793cm 4
⎝ 2 ⎠

4793 7962
W y ,ef = = = 466cm 3
20 − 9,72 10,18

4662
M y ,Rk = 35 = 15769kN.cm
482

207
• FLA

As almas, para momento em relação ao eixo y, são constituídas pelos elementos de largura plana igual a
178,7 mm (ver tópico “d”). Logo:

hp 178,7
λ = = = 25,17
tw 7,1

Ea
λ p = 2,42 = 57,85
fy

λ = 25,17 < λ p = 57,85→ M y ,Rk = M y , pl = Z y f y = 544 × 35 = 19040kN.cm

• FLT

Como o eixo y é o de menor inércia:


M y , Rk 
M y , pl 19040 kNcm


M y , Rk M y , pl 19040 kNcm
My,Rk = 15769 kNcm ( 1,5 Wy fy = 1,5 × 482 × 35 = 25305 kNcm)
- Conclusão
My , Rk 
M y , pl 19040 kNcm
My,Rk = 15769 kNcm ( 1,5 Wy fy = 1,5 × 482 × 35 = 25305 kNcm)
M  M 19040
15769 kNcm
MM 
y , Rk
y,Rk = 15769
y , Rd 
y , Rk
pl
kNcm  ( 1,514335
Wy fy =kNcm 1,5 × 482 × 35 = 25305 kNcm)
 a1 1,10
- Valor de M My,Rdy ,Rk 15769
M    14335 kNcm
My,Rk y , Rd= 15769
 kNcm 1,10( 1,5 Wy fy = 1,5 × 482 × 35 = 25305 kNcm)
M y ,aRk1 15769
M   14335 kNcm 
N c ,Sdy ,Rd 800  a1 1,10 N 8 M M y ,Sd 
 0,39  0,20  c ,Sd   x ,Sd    1,0
N c ,Rd 2033 M y ,Rk 15769 N c ,Rd 9  M x ,Rd M y ,Rd 
NM c,Sdy , Rd 800   14335 NkNcm8  M M y ,Sd 
  a10,391,10  0,20  c ,Sd   x ,Sd   1,0
N c ,Rd 8 2033 7920 4125 N 9  M x ,Rd M y ,Rd 
N deNc,Rd,N M
e 8My,Rd M 
c , Rd
g) ,Sd  800
c Efeitos
0,39 combinados   0,20 Mc,x,Rd
0,39 Sd0,55 x ,Sd  1,0 y ,Sd
0,94
9  23832 0,39 14335        1,0
N c ,Rd 2033 N c ,Rd 9  M x ,Rd M y ,Rd 
8  7920 4125 
0,39 
N c ,Sd 9 800    0,39Nc ,Sd0,558 0,94 M x ,Sd 1,0M y ,Sd 
23832
 79200,39 14335
 0,20
N c ,Rd 8 2033 4125  N  
9 0,94
   1,0
M x ,Rd 1,0M y ,Rd 
0,39    0,39 c ,0,55 Rd
9  23832 14335 
8  7920 4125 
0,39      0,39  0,55  0,94  1,0
9  23832 14335 

Logo, como o valor da expressão de interação não supera 1,0, o perfil atende aos estados-limites últimos
relacionados à atuação conjunta da força axial de compressão e dos momentos fletores.

208
h) Verificação à força cortante na direção do eixo y

A força cortante na direção do eixo y (causada pela flexão em relação ao eixo x), Vy,Sd, igual a 15,84 kN, deve
ser resistida pelos elementos de largura plana igual a 298,7 mm do perfil TR 300 × 200 × 7,1. Assim, faz-se:

hp 298,7
λ= = = 42,07 (já calculado no tópico “d”)
t 7,1

Ea 20000
λ p = 2,46 = 2,46 = 58,81
fy 35

( )
λ = 42,07 < λ p = 58,81 → V Rk = V pl = 0,60 Aw f y = 0,60 2h p t f y = 0,60 ( 2 × 29,87 × 0,71) 35 = 891kN

V Rk 891
VSd = 15,84kN < V Rd = = = 810kN → Atende!
γ a1 1,10

i) Verificação à força cortante na direção do eixo x

A força cortante na direção do eixo x (causada pela flexão em relação ao eixo y), Vx,Sd, igual a 20,46 kN,
deve ser resistida pelos elementos de largura plana igual a 178,7 mm do perfil TR 300 × 200 × 7,1. Assim:
hp 178,7
λ= = = 25,17 (já calculado no tópico “d”)
t 7,1

λ p = 58,81 (mesmo valor determinado no tópico “h”)

( )
λ = 25,17 < λ p = 58,81 → V Rk = V pl = 0,60 Aw f y = 0,60 2h p t f y = 0,60 ( 2 × 17,87 × 0,71) 35 = 533kN

V Rk 533
VSd = 20,46kN < V Rd = = = 485kN → Atende!
γ a1 1,10

3.7.12. Verificação de Barra Submetida a Momento Fletor e Torção com Perfil Tubular
Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço
Circular Laminado
Uma barra com comprimento L igual a 8 m, constituída por um perfil laminado TC 355,6 × 10 pro-
duzido com aço VMB 300, encontra-se submetida a um momento fletor solicitante de cálculo igual a
100 kNm e a um momento de torção solicitante de cálculo igual a 240 kNm. Verificar se essa barra resiste
aos estados-limites últimos relacionados a esses esforços solicitantes.

a) Aço estrutural

VMB 300 → fy = 300 MPa = 30 kN/cm2


209
b) Dimensões e propriedades geométricas importantes da seção transversal da barra

Ag = 109 cm2
I = 16223 cm4
W = 912 cm3
Z = 1195 cm3
rx = 12,2 cm
J = 32447 cm4
WT = 1825 cm3

c) Verificação ao momento fletor

O único estado-limite último é a flambagem local da parede. Na verificação do perfil a esse estado-limite, faz-se:

d 355,6
   35,56
t 10

0,07 E a 0,07  20000


p   46,67
fy 30

  35,56   p  46,67  M Rk  M pl  Z f y  1195  30 35850 kNcm

M Rk  1, 5Wf y  1,5  912  30  41040 kNcm  Adotar M Rk  35850 kNcm

M Rk 35850
M Sd  10000 kNcm  M Rd    32591  Atende!
 a1 1,10

d) Verificação ao momento de torção

Usando as Equações (3.82) e (3.83):

1,23 WT E a 1,23 1825  20000


TRk  5/4
 109001 kNcm
5/4
d  L  35,56  800
   
t  d  1  35,56
0,60 WT E a 0,60  1825  20000
TRk  3/2
 3/2
103276 kNcm
d   35,56 
   
t   1 

210 0,60WT f y  0,60 1825  30 32850 kNcm

TRk  32850 kNcm


  5/4
Rk   5/4
 d  W EL 0,60
0,60  35,56
   20000
1825 800
  T a 
t d 1  35,56
TRk  t  3/2 d  1 35,56   35,56 103276 kNcm
3/2
 d  
0,60 W  T E a 0,60 1825 20000
 
TRk 0,60  tW 3/2
T E a 0,60   1
1825 20000 103276 kNcm
3/2
TRk   d  3/2  35,56  103276 kNcm
Adota-se odmaior
 valor de T35,56
Rk
, ou seja, 109001 kNcm. No entanto, esse valor não pode superar:
3/2
 t   1 
t   1 
0,60WT f y  0,60 1825  30 32850 kNcm

T f y  0,60
0,60Wassume-se
Assim, 1825  30 32850 kNcm
que:
Rk W
T0,60 32850 kNcm
T f y  0,60  1825  30 32850 kNcm

TRk  32850 kNcm


TRk  32850 kNcm
TRk 32850
TSd  24000 kNcm  TRd 
Finalmente:   29864 kNcm  Atende!
 a1 1,10
T 32850
TSd  24000 kNcm  TRd  TRk  32850  29864 kNcm  Atende!
TSd  24000 kNcm  TRd   aRk1  1,10  29864 kNcm  Atende!
 a1 1,10

e) Verificação da atuação conjunta do momento fletor e do momento de torção

TSd 24000
= = 0,80
TRd 29864
T 24000 2
ComoM
Sd
=a relação
⎛ TSd ⎞ =T0,80
Sd
/TRd supera 0,2, deve ser verificada a interação entre momento fletor e momento de
TRd Sd por
torção, +29864
meio ≤
da 1,0
seguinte expressão:
T ⎜
24000 ⎟
MSdRd= ⎝ TRd ⎠ = 0,80
TRd 29864 2
M ⎛T ⎞
10000Sd
+ ⎜ Sd24000 ≤ 1,02
M Rd +⎝ ⎛TRd ⎟⎠ 2 ⎞ = 0,31+ 0,65 = 0,96 <1,0 → Atende!
M Sd ⎛ ⎝TSd ⎞ ⎠
32591+ ⎜ 29864 ⎟ ≤ 1,0
M Rdvem:
Logo, ⎝ TRd ⎠ 2
10000 ⎛ 24000 ⎞
+ = 0,31+ 0,65 = 0,96 <1,0 → Atende!
32591 ⎝ 29864 ⎠ 2
10000 ⎛ 24000 ⎞
+ = 0,31+ 0,65 = 0,96 <1,0 → Atende!
32591 ⎝ 29864 ⎠

Capítulo 3 - Dimensionamento de barras de aço

211
FERREIRA, B.; GORDO, J.; SOARES, C. G.
Resistência ao colapso de membros tubulares
3.8. BIBLIOGRAFIA não reforçados. In: MÉTODOS COMPUTA-
CIONAIS EM ENGENHARIA. Lisboa, Portugal,
ABNT NBR 16239:2013. Projeto de estruturas 2004. Anais do..., Lisboa: APMTAC, 2004. p.1-14.
de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de KOBAYASHI, T.; MIHARA, Y. Postbuckling
edificações com perfis tubulares. Rio de Janeiro: analyses of elastic cylindrical shells under axial
Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2013. compression. In: SIMULIA CUSTOMER
ABNT NBR 8800:2008. Projeto de estruturas CONFERENCE. 2009. Anais do..., Simulia,
de aço e de estruturas mistas de aço e concreto 2009. p.1-15.
de edifícios. Rio de Janeiro: Associação Brasileira MARTINEZ-SAUCEDO, G.; PACKER, J.A.
de Normas Técnicas, 2008. Static design recommendations for slotted end
ANSI/AISC 360-05. Specification for structural HSS connections in tension. Journal of Con-
steel buildings. Chicago, EUA: American Insti- structional Engineering, ASCE, Vol. 135, No. 7,
tute of Steel Construction, 2005. p.797-805, July 2009.

ANSI/AISC 360-10. Specification for structural PACKER, J.A. Tubular brace member con-
steel buildings. Chicago, EUA: American Insti- nections in braced steel frames. In: SYM-
tute of Steel Construction, 2010. POSIUM ON TUBULAR STRUCTURES,
XI, 2006, Quebec. Anais do…, Londres: CRC
CAN/CSA S16.1:2003. Steel structures for Press, 2006. p. 3-11.
buildings – Limit states design. Ontario,
Canadá: Canadian Institute of Steel Construc-
tion, 2003.

EN 1993-1-1:2007 - EUROCODE 3. Design


of steel structures-Part 1.1: General rules and
rules for buildings. Bruxelas, Bélgica: European
Committee for Standardization, 2007.

212
4
4.1. GENERALIDADES
DIMENSIONAMENTO DE
ELEMENTOS MISTOS

volvam-se forças longitudinais de cisalhamento. A


aderência natural entre os dois materiais, embora
possa atingir valores bastante elevados, não é nor-
Neste capítulo, tratar-se-á do dimensionamen- malmente levada em conta no cálculo, devido a
to dos seguintes elementos mistos de aço e con- sua baixa ductilidade e confiabilidade. Portanto,
creto utilizando-se perfis tubulares: vigas mistas exceto em alguns casos, como de pilares mistos
com perfis de seção retangular e circular, pilares tubulares, torna-se necessário o uso de conectores
mistos preenchidos, também de seção retangular de cisalhamento, conforme disposto na ABNT
e circular (em temperatura ambiente e em situa- NBR 8800:2008. Mesmo nesses casos, na região
ção de incêndio), e ligações mistas. Serão aborda- de introdução de cargas, pode ser necessário o uso
dos também detalhes construtivos, tais como os de conectores ou de outros dispositivos especiais –
dispositivos especiais de introdução de carga nos veja-se adiante.
pilares mistos. Inicialmente serão apresentados al-
guns conceitos e aspectos relacionados à ligação O comportamento misto é desenvolvido quando
na interface entre o aço e o concreto e aos conec- dois elementos estruturais são interconectados de
tores de cisalhamento. Considera-se que o leitor tal forma a se deformarem como um único elemen-
já esteja familiarizado com a teoria, o projeto e a to. Tome-se, por exemplo, o sistema da Figura 4.1,
execução dos demais elementos mistos, normal- formado por uma viga de aço biapoiada, suportan-
mente utilizados na indústria da construção civil. do uma laje de concreto em sua face superior.
São utilizadas no texto recomendações das normas
brasileiras ABNT NBR 8800:2008, ABNT NBR
6118:2014, ABNT NBR 14323:2013 e ABNT
NBR 16239:2013, assim como das seguintes pu-

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


blicações: “Elementos das estruturas mistas” (Queiroz
et al., 2001) e “Manual de Construção em Aço - Es-
truturas Mistas, Vols.1 e 2” (Queiroz et al., 2010).

Figura 4.1(a) sem ação mista Figura 4.1(b) com ação mista
4.2. COMPORTAMENTO DA
LIGAÇÃO AÇO-CONCRETO – Figura 4.1 - Comparação de vigas fletidas com e sem ação mista
CONECTORES DE CISALHAMENTO
Não existindo qualquer ligação ou atrito na in-
O comportamento de estruturas mistas é baseado terface, os dois elementos se deformarão inde-
na ação conjunta entre o perfil de aço e o con- pendentemente, sem qualquer interação, cada
creto armado. Para que isso ocorra, é necessário qual suportando um quinhão da carga imposta.
que na interface entre o aço e o concreto desen- Ao se deformar, cada superfície da interface estará
213
submetida a diferentes tensões longitudinais: enquanto a superfície superior da viga apresenta tensões de
compressão e, portanto, se encurta a superfície inferior da laje está sujeita a tensões de tração e se alonga;
haverá, portanto, um deslizamento relativo entre as superfícies na região de contato. Nota-se a formação
de dois eixos neutros independentes, um no centro de gravidade do perfil de aço e outro no centro de
gravidade da laje de concreto, como se observa na Figura 4.2-a. O momento total resistente é dado pela
soma das resistências individuais:
(4.1)
∑ M isol = M laje + M viga
 
 
 
   

Figura 4.2(a) Nenhuma interação Figura 4.2(b) Interação completa Figura 4.2(c) Interação parcial

Figura 4.2 - Sistema misto – variação de deformação na viga

Considerem-se agora os dois elementos interliga- Essa situação é conhecida como interação com-
dos por conectores de rigidez e resistência infinitas pleta ou ação mista total. Mesmo que a resistên-
para que possam se deformar como um único ele- cia e a rigidez dos conectores não sejam infinitas,
mento. Desenvolvem-se então forças horizontais pode-se ainda considerar a interação completa se
que encurtam a face inferior da laje e alongam a tanto uma como a outra forem de valores suficien-
face superior da viga, de forma que não haja des- tes a não permitir que haja deslizamento relativo
lizamento relativo entre o aço e o concreto. Assu- significativo na interface. Define-se então como
mindo-se que as seções planas permanecem pla- interação completa a situação em que o aumento
nas, o diagrama de deformações apresenta agora do número de conectores não aumenta mais a re-
apenas uma linha neutra – Figura 4.2-b. O mo- sistência da viga.
mento resistente torna-se:
Porém, quando a interligação não for suficiente-
mente rígida e resistente, ter-se-á um caso inter-
∑ M mis = Te = Ce > ∑ M isol   (4.2) mediário onde haverá ainda duas linhas neutras,
porém não independentes; sua posição dependerá
214
do grau de interação entre os dois sistemas,
Figura 4.2-c. Haverá também deslizamento re-
lativo entre as superfícies, todavia menor que o
ocorrido na situação não mista. Esse caso é deno-
minado interação parcial ou ação mista parcial e
é o mais utilizado na prática em vigas mistas, por
razões de ordem econômica.

Além das forças de cisalhamento longitudinais,


nas vigas mistas, os conectores estão também su-
jeitos a forças verticais que tendem a separar os
dois elementos componentes do sistema misto.
Essas forças são, todavia, muito inferiores às forças
de cisalhamento longitudinais, não sendo necessá-
rio calculá-las na prática, pois os conectores usu-
ais possuem dispositivos que garantem resistência
suficiente a essa solicitação (Queiroz et al., 2001). Figura 4.4 - Conectores tipo U

Os tipos usuais de conectores previstos na ABNT A principal e mais relevante característica do com-
NBR 8800:2008 são os pinos com cabeça (Figura portamento dos conectores de cisalhamento é a re-
4.3) e os perfis U, laminados ou formados a frio lação entre a força de cisalhamento transmitida e o
(Figura 4.4). O primeiro tipo é o mais utilizado deslizamento relativo entre as superfícies de contato
na prática e consiste de um pino especialmente dos elementos componentes de um sistema misto.
projetado para funcionar como um eletrodo de Essa relação é normalmente determinada por meio
solda por arco elétrico e, após a soldagem, como de ensaios padronizados pelas normas técnicas (EN
conector de cisalhamento. 1994:2010) e permite classificar o comportamento
dos conectores quanto à ductilidade. Conectores
dúcteis são aqueles com capacidade de deformação
suficiente para justificar a suposição de compor-
tamento plástico ideal da ligação ao cisalhamento
longitudinal do elemento misto considerado e são
normalmente os únicos tipos utilizados na prática.
Conforme a ABNT NBR 8800:2008, um conec-
tor tipo pino com cabeça é considerado dúctil se
seu comprimento não for inferior a quatro vezes

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Figura 4.3 - Conectores tipo pino com cabeça
seu diâmetro – há ainda outras exigências para vigas
mistas com interação parcial, vejam-se ABNT NBR
8800:2008 e Queiroz et al., 2010.

Para que não haja perdas na resistência dos conecto-


res tipo pino com cabeça e a ocorrência de estados
limites não previstos, devido à flexão local da mesa
superior, a relação entre o diâmetro do pino e a es-
pessura da parede do tubo deve ser sempre igual ou
superior a 2,5. Como o diâmetro usual desse tipo de
conector é de 19 mm, na prática não se pode utilizar
perfis tubulares com espessura inferior a 8 mm.
215
mesmas formulações apresentadas no Anexo O da
4.3. VIGAS MISTAS ABNT NBR 8800:2008 para perfis I laminados e
soldados, observando-se as seguintes adaptações:
4.3.1. Vigas Mistas de Alma Cheia
• para os perfis retangulares, deve-se substituir d
Esta seção aplica-se a vigas mistas de edificações,
por h, bf por b, tw por 2t e tf por t, onde h, b e t
formadas por um perfil tubular e uma laje de
são a altura, a largura e a espessura da parede do
concreto moldada no local, apoiada na face su-
perfil tubular, respectivamente, e d, bf, tf e tw são
perior do perfil, havendo ligação mecânica por
a altura, a largura das mesas e as espessuras das
meio de conectores de cisalhamento entre o per-
mesas e da alma do perfil I, respectivamente;
fil e a laje, de forma que ambos funcionem como
um conjunto para resistir à flexão no plano que • para os perfis circulares, na falta de cálculos
passa pelo centro geométrico do perfil – ver Fi- mais precisos, pode-se considerar um perfil re-
gura 4.5. O concreto pode ter densidade normal tangular equivalente com a mesma espessura da
ou leve. Não constituem escopo desta seção vigas parede, em que a altura total h e a largura b
de pórticos, vigas sujeitas a fadiga e vigas em si- sejam tomadas iguais a d e 0,55d, respectiva-
tuação de incêndio. mente, onde d é o diâmetro do tubo.
São previstas vigas biapoiadas, contínuas ou se- Para os perfis retangulares em vigas biapoiadas,
micontínuas. No caso de vigas semicontínuas, para a classificação da seção como compacta, de-
abordam-se apenas os casos onde a continuidade ve-se
  ter, segundo a ABNT NBR 16239:2013:
é obtida por meio das ligações mistas de resistên-
cia parcial descritas neste capítulo. Na região de he E
momento positivo podem ocorrer duas situações ≤ 2,42
relacionadas à interação entre o perfil de aço e o t fy
(4.3)
concreto: interação completa e interação parcial.
Para a região de momento negativo, só é prevista onde he é a distância entre as faces internas das me-
interação completa, ou seja, a resistência de cál- sas, subtraída de duas vezes o raio de concordância
culo dos conectores situados nessa região deve ser entre a mesa e a alma, e t é a espessura da parede
igual ou superior à resistência de cálculo das bar- do perfil. Com isso, aplicam-se as prescrições de
ras de armadura que fazem parte da viga mista. O.2.3.1.1 da ABNT NBR 8800:2008, ou seja,
podem-se utilizar as propriedades plásticas da
seção mista. Porém, se:

E h E
2,42 ≤ e ≤ 5,70   (4.4)
fy t fy

aplicam-se as prescrições de O.2.3.1.2, em que se


utilizam as propriedades elásticas da seção e, caso
a viga seja escorada, a superposição de tensões
Figura 4.5 – Viga mista com perfil tubular antes e depois do endurecimento do concreto.
Para as vigas contínuas e semicontínuas, a ABNT
Com base nas exigências apresentadas acima, em NBR 8800:2008 exige, para que se possa utilizar a
especial as relacionadas ao plano de flexão e si- análise rígido-plástica, que a seção seja compacta,
metria da seção de aço, para a determinação do isto é:
momento resistente de cálculo de vigas mistas, a
ABNT NBR 16239:2013 permite se utilizar as
216
Igualando as duas expressões anteriores e utilizan-
hp E do a igualdade das áreas, chega-se às relações hm =
≤ 2,42   (4.5)
t fy dm e bm =(π/2 – 1) dm – simplificadamente, h = d
e b = 0,55d. Pode-se demonstrar que essa simplifi-
cação conduz a erros inferiores a 3%.
be E
≤ 1,12   (4.6)
t fy

onde o termo hp deve ser tomado como o dobro


da altura da parte comprimida da alma, subtraído
de duas vezes o raio de concordância entre a mesa
e a alma, e be é a largura da mesa inferior, subtraí-
da de duas vezes o raio de concordância.

Para os perfis circulares, para que se possam con-


siderar as expressões da ABNT NBR 8800:2008,
com as adaptações apresentadas, a seção deve ser Figura 4.6 - Viga mista com perfil circular - simplificação
compacta, ou seja:
Ressalta-se que, tanto para o perfil retangular
d E quanto para o circular, não se aplica o estado-li-
≤ 0,07   (4.7)
t fy mite de flambagem lateral com distorção, dada a
elevada resistência a torção dos perfis tubulares.
A simplificação de cálculo para os perfis circulares
baseia-se na consideração de que a área e o mo-
mento estático do perfil circular e do retangular 4.3.2. Vigas Mistas Treliçadas
equivalente, em relação ao eixo que passa pelo cen-
tro da espessura da mesa superior, sejam iguais – Para as vigas mistas treliçadas, nenhuma adap-
veja-se a Figura 4.6. A área do perfil circular pode tação é necessária, uma vez que esse tipo de
ser dada por πdmt, onde dm é o diâmetro médio do elemento com perfis tubulares já é previsto na
tubo, e a do perfil retangular equivalente pode ser ABNT NBR 8800:2008. Chama-se apenas a
dada, sem erro apreciável, por 2(bm + hm )t, onde atenção para que o dimensionamento das pe-
bm e hm são, respectivamente, a altura e a largura ças componentes, ou seja, os banzos, diagonais
médias do perfil. O momento estático em relação e montantes, assim como das ligações entre
ao eixo que passa pelo centro da espessura da mesa elas, seja realizado conforme a ABNT NBR

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


superior do perfil retangular equivalente pode ser 16239:2013.
dado pelas expressões abaixo, para o perfil circular Segundo a norma brasileira, as treliças mistas
(Msc) e retangular (Msr), respectivamente: devem ser biapoiadas e ainda atender aos se-
guintes requisitos:
2
d
M sc = π m t   (4.8) • interação completa com a laje de concreto;
2
• linha neutra situada na laje de concreto;
M sr = hm (bm + hm )t   (4.9) • a área do banzo superior deve ser desprezada na
determinação, tanto do momento fletor resis-
tente de cálculo quanto da flecha.
217
Em consequência do disposto acima, a força cor- creto e de todos os revestimentos, demais ações
tante solicitante de cálculo a ser resistida pelos co- permanentes aplicáveis e todas as ações variáveis
nectores de cisalhamento deve ser determinada em pertinentes. Deve-se utilizar a combinação última
função do banzo inferior. Ou seja, o somatório das normal de ações.
forças resistentes de cálculo individuais dos conec-
tores de cisalhamento deve ser igual ou superior à Para a análise de vigas mistas treliçadas, tanto na
força resistente de cálculo do banzo inferior. fase inicial quanto na fase final, pode-se utilizar
o modelo conforme apresentado na Figura 4.7.
Por razões de economia, embora o projeto como Neste, o banzo superior é tomado igual à seção de
escorada seja também possível, as treliças mistas aço nas análises da fase inicial e igual à seção efe-
são projetadas invariavelmente como não escora- tiva da laje de concreto nas da fase final. As barras
das. Dessa forma, há a necessidade de se dividir fictícias, utilizadas para simular a excentricidade,
o dimensionamento desses elementos estruturais devem ser tomadas com rigidez muito grande em
em duas fases: a fase inicial, ou de construção, an- comparação com as demais barras. Caso não haja
tes de o concreto atingir uma resistência igual a excentricidade nas ligações, faz-se o comprimento
0,75fck, e a fase final. e igual a zero – veja-se o Capítulo 2. Chama-se a
atenção para o fato de que no banzo superior sem-
Na fase inicial, consideram-se os seguintes carre- pre haverá alguma excentricidade, a depender da
gamentos: peso próprio da estrutura e da laje de locação da linha de trabalho – Figura 4.8. Se esta
concreto e uma carga acidental (sobrecarga de for coincidente com o eixo do perfil de aço, have-
construção), normalmente igual a 1,0 kN/m2, re- rá excentricidade em relação à laje de concreto na
ferente ao peso dos operários e equipamentos de fase final – Figura 4.8-a; se for coincidente com a
montagem e construção. Caso a situação exija, seção efetiva da laje de concreto, haverá excentri-
deve-se utilizar uma sobrecarga de construção de cidade em relação ao perfil de aço, na fase inicial
valor superior. Na combinação de ações, pode-se – Figura 4.8-b. Para projeto, recomenda-se a se-
adotar a combinação última de construção – veja- gunda opção, para facilitar o cálculo da laje – caso
se o Capítulo2. se utilize a primeira opção, a excentricidade deve
Na fase final, devem-se utilizar os carregamentos ser levada em conta no dimensionamento da laje.
totais: peso próprio da estrutura, da laje de con-

Banzo superior de concreto ou de aço


(usar I e A transformados)
Valores fictícios I e A
C.G. da laje
e
1 3 6 8 10 13 15 17 20 22 24 27 29 31 34 36 38 41 43
2 4 7 11 14 16 18 21 23 25 28 32 35 44
9 30 37 39 42
5 12 19 26 33 40
Banzo inferior de aço C.G. do banzo de aço

Figura 4.7 –-Modelo de análise de viga mista treliçada

218
Banzo superior de aço
C.G. da laje
1 3 6 8 10 13 15 17 20 22 24 27 29 31 34 36 38 41 43
2 4 7 11 14 16 18 21 23 25 28 32 35 44
9 30 37 39 42

5 12 19 26 33 40
C.G. do banzo de aço
Banzo inferior de aço

Figura 4.8(a)

Banzo superior de concreto


(usar I e A transformados)
C.G. da laje
1 3 6 8 10 13 15 17 20 22 24 27 29 31 34 36 38 41 43
2 4 7 11 14 16 18 21 23 25 28 32 35 44
9 30 37 39 42

5 12 19 26 33 40
C.G. do banzo de aço
Banzo inferior de aço

Figura 4.8(b)

Figura 4.8 - Excentricidade em vigas mistas treliçadas

Chama-se ainda a atenção para o cálculo das De acordo com a ABNT NBR 8800:2008, o mo-
diagonais e montantes da treliça mista, respon- mento fletor resistente de cálculo é dado por (veja-
sáveis por resistir à totalidade da força cortante se a Figura 4.9):
de cálculo, conforme a ABNT NBR 8800:2008,

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


ou seja, o modelo estrutural adotado deve ser tal M Rd = Tad d 2   (4.10)
que não permita a transmissão de forças cortantes
pelo banzo superior na fase final, no caso, a se- onde Tad e d2 são, respectivamente, a força axial de
ção efetiva da laje de concreto – veja-se a Figura tração resistente de cálculo do banzo inferior e a
4.8-b, onde o banzo superior é rotulado nos nós. distância entre as forças de tração e compressão da
Além disso, para se evitar complicações adicionais treliça mista, dadas por:
no cálculo, referentes a carregamentos parciais,
recomenda-se que a força cortante solicitante de Tad = Abi f yd   (4.11)
cálculo para dimensionamento de quaisquer dia-
gonais ou montantes não seja inferior a 25% da
maior força cortante solicitante de cálculo – veja- d2 = d1 + (h ou d)/2 + hf + tc - a/2 (4.12)
se o exemplo adiante.
219
Figura 4.9 - Distribuição de tensões nas treliças mistas

Nas expressões acima, Abi é a área do banzo infe-


rior, fyd é a resistência ao escoamento de cálculo 0,85 f cd bt c ≥ Abi f yd   (4.14)

do aço do banzo inferior, d1 é a distância entre


os eixos dos banzos inferior e superior da treliça ΣQ Rd ≥ Abi f yd   (4.15)
(banzo superior da fase inicial), h ou d é a altura
da seção retangular ou o diâmetro da circular, hF
é a altura da fôrma de aço ou da pré-laje, tc é a
espessura da laje (acima da altura da fôrma ou da 4.4. PILARES MISTOS
pré-laje), e a é a espessura da região comprimida
da laje, dada por: Pilar misto tubular é um elemento estrutural su-
jeito a compressão ou à combinação de compres-
Tad são e flexão, formado por tubo de aço (circular ou
a=   (4.13) retangular) preenchido com concreto, construído
0,85 f cd b de forma que aço e concreto trabalhem em con-
junto, sem escorregamento relativo significativo
em que fcd é a resistência à compressão de cálculo na superfície de contato.
do concreto da laje e b é a largura efetiva da laje
(determinada conforme as expressões do Anexo O Nesta seção serão apresentados conceitos básicos
da ABNT NBR 8800:2008). do comportamento de pilares mistos em tempe-
ratura ambiente, com ênfase nos de seção tubular,
Vale lembrar que, para que sejam atendidas as os métodos adotados pelas normas brasileiras para
condições de validade das expressões apresentadas, seu dimensionamento e detalhes construtivos
segundo a norma brasileira, a linha neutra deve se usualmente utilizados em projeto. Serão apresen-
situar na laje de concreto e a interação deve ser tados também métodos de cálculo de pilares mis-
completa, isto é: tos tubulares em temperatura elevada (situação de
220
incêndio), tanto os métodos simplificados apre- mesmo impede o lascamento do concreto. Além
sentados na norma brasileira ABNT NBR disso, a presença do concreto restringe a possibi-
14323:2012, quanto métodos mais avançados. lidade de flambagem local das paredes do tubo.
Para tubos retangulares sem preenchimento de
concreto, a flambagem local ocorre com a for-
4.4.1. Comportamento dos pilares mistos mação de ondas consecutivas e alternadas que se
aproximam e se afastam do eixo longitudinal do
Mesmo quando se considera um pilar como pu- tubo – veja-se a Figura 4.10-a.
ramente comprimido, ele é sujeito a momentos
fletores oriundos de imperfeições iniciais (cur- A presença do núcleo de concreto impede a defor-
vaturas e excentricidades) não previstas. Esses mação das paredes para dentro do tubo, reduzindo
momentos fletores e também os já previstos na a possibilidade de flambagem local pela mudança
análise (associados a translações dos nós ou a para um modo superior de flambagem, ou seja, do
cargas transversais ao eixo do pilar) são alterados modo de flambagem de tubo puramente de aço
pelos efeitos de segunda ordem (efeitos da força [Figura 4.10-a] para o modo de tubo preenchi-
normal de compressão na estrutura deformada) do [Figura 4.10-b, Han, 2002]. A diferença nas
– veja-se o Capítulo 2. De maneira geral, o co- condições de contorno das paredes deformadas
lapso de um pilar sujeito à ação combinada de conduz à maior carga de flambagem associada ao
compressão e flexão dá-se por plastificação da se- modo do tubo preenchido. Para os tubos circula-
ção transversal crítica devida ao efeito combina- res o efeito é semelhante, embora menos pronun-
do da força axial de compressão e do momento ciado, dada a diferença nos modos e formas das
fletor (com efeitos de imperfeições iniciais e de deformadas (Leon et al., 2007; Ziemian, 2010).
segunda ordem incluídos).
O comportamento estrutural de pilares preen-
No início do carregamento, as tensões são pro- chidos com concreto é consideravelmente afeta-
porcionais às deformações até o limite de pro- do pela diferença entre os coeficientes de Poisson
porcionalidade dos materiais. A partir daí, o au- do tubo de aço e do núcleo de concreto – Figura
mento nas tensões provoca um aumento superior 4.11. No estágio inicial de carregamento, o coefi-
nas deformações até que seja atingido um estado ciente de Poisson do concreto (νc ≈ 0,15 a 0,20)
próximo ao de distribuição plástica de tensões. O é menor que o do aço (νa ≈ 0,3), não havendo,
estado-limite último da maioria das seções reves- portanto, qualquer efeito de confinamento do
tidas com concreto é atingido pelo esmagamento núcleo de concreto. À medida que a deformação
ou lascamento do revestimento. Antes de atingir o longitudinal avança, quando a tensão no concreto
esmagamento ou o lascamento, o revestimento de ultrapassa um valor em torno de 0,5fck, inicia-se
o comportamento de dilatação do concreto pela

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


concreto restringe ou mesmo impede a flambagem
tanto da armadura longitudinal quanto das partes progressão das microfissuras e o valor aparente
comprimidas da seção de aço (flambagem local). do coeficiente de Poisson torna-se gradualmente
A perda da eficácia do revestimento é seguida de superior ao do aço. Essa expansão do concreto é
flambagem da armadura longitudinal, fratura da restringida pelo tubo de aço que fica submetido
armadura transversal, flambagem local pós-esco- a tensões radiais de tração. O núcleo de concreto
amento da seção de aço e, consequentemente, do fica submetido a um estado triaxial de tensão e o
colapso total da seção mista (Viest et al., 1997). tubo de aço, a um estado biaxial. Sob esse estado
biaxial, de compressão na direção longitudinal e
Nas seções preenchidas com concreto, a situação tração na direção perpendicular, o aço não é capaz
é um pouco diferente. Como já comentado na In- de sustentar um valor de tensão correspondente à
trodução, a presença do tubo de aço restringe ou resistência ao escoamento uniaxial.

221
Figura 4.10(a) Modo de flambagem do tubo sem preenchimento Figura 4.10(b) Modo de flambagem para tubo preenchido

Figura 4.10 - Mudança do modo de flambagem

(a) νa > νc

(b) νa < νc

Figura 4.11 – Estados de tensão no aço e no concreto


222
No estágio inicial, a maior parte da carga é sus- Onde M2 é o momento fletor, incluindo os efeitos
tentada pelo tubo, até que seja atingida a resis- locais de segunda ordem, M1 é o momento fletor
tência ao escoamento do aço (em estado biaxial). obtido da análise estrutural, N é a força axial soli-
Nesse momento, inicia-se a transferência de carga citante e Ne é a carga crítica de Euler. Para cada par
do tubo para o núcleo e o aumento subsequente N-M1, obtém-se um novo par N-M2, por meio de
da carga é sustentado apenas pelo núcleo de con- equação anterior, e, repetindo-se o procedimento
creto, até que este atinja a máxima resistência à para um número suficiente de pontos e dividindo-
compressão. Após esse estágio, inicia-se um pro- -os pelos valores de plastificação, obtém-se a curva
cesso de redistribuição de carga do concreto para completa do carregamento gradativo (curva a),
o aço, que já se encontra na fase de encruamento, ou de solicitação, do pilar. De maneira similar,
bastante similar à do estado uniaxial. pode-se obter a curva para outras condições de
contorno e de solicitação do pilar.
A resistência de uma seção mista pode ser repre-
sentada pelo diagrama de interação momento 1,1

1,0
fletor versus força axial, similar ao apresentado 0,9
b
na Figura 4.12. O método de compatibilidade 0,8
a
de deformações é utilizado para gerar as curvas 0,7

momento-curvatura para diferentes níveis de for- 0,6

N/Npl
0,5
ça axial atuante na seção mista. Alternativamen- 0,4

te, por simplicidade, pode-se utilizar também o 0,3

método plástico – de uma maneira geral, ambos 0,2

0,1
os métodos são aceitos pelas normas técnicas que 0,0
0,0
tratam de estruturas mistas. O momento fletor
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3
M/Mpl
máximo obtido para uma dada força axial de-
Figura 4.12 – Diagrama de interação momento fletor versus
fine um ponto da curva de interação momento força axial
fletor-força axial. Repetindo-se o procedimento
até que pontos suficientes sejam obtidos, obtém- Geralmente, no método de compatibilidade de
se o diagrama completo. deformações, as seguintes hipóteses são adotadas:

Na Figura 4.12, a curva a representa o carrega- • as seções planas permanecem planas e as deforma-
mento gradativo do pilar (levando-se em conta ções nos elementos são proporcionais à distância
os efeitos locais de segunda ordem) até o colapso ao eixo neutro (hipótese de Bernoulli-Euler);
por plastificação da seção transversal crítica, que
• não há escorregamento relativo entre o perfil de
é representado pela interseção das duas curvas,
aço, a armadura e o concreto (interação completa);
considerando que não haja tensões residuais no

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


perfil de aço. A curva tracejada b representa o car- • as tensões são calculadas em função das defor-
regamento do pilar sem levar em conta os efeitos mações.
locais de segunda ordem.
Além disso, os seguintes efeitos também são fre-
Considere-se inicialmente um pilar birrotula- quentemente considerados, principalmente em
do nas extremidades, submetido a força axial procedimentos numéricos pelo método dos ele-
de compressão e momento fletor, provocando mentos finitos:
curvatura simples.Tem-se que (Timoshenko e
Gere, 1961): • tensões residuais nos perfis de aço;

• confinamento do concreto proporcionado pe-


⎛ π N ⎞
M 2 = M 1 sec⎜⎜ ⎟  
⎟ (4.16) los estribos e pelo perfil de aço.
⎝ 2 Ne ⎠ 223
A hipótese de não haver escorregamento relativo g. o projeto das armaduras, incluindo espaça-
entre os elementos componentes da seção mista, mento, cobrimento de concreto, distância
ou seja, a de haver continuidade de deformação, livre entre as barras e o perfil, contenção con-
o que simplifica sobremaneira a análise, não foi tra flambagem das barras, etc. deve atender
comprovada em muitos ensaios experimentais às prescrições da ABNT NBR 6118:2014;
onde a interface entre os materiais foi monitora-
da. Porém, os erros introduzidos foram insigni- h. a flambagem local de elementos da seção do
ficantes no cálculo da resistência última e muito perfil de aço, devido à força normal ou ao mo-
pequenos na determinação da rigidez. mento fletor, não pode ser motivo de falha do
pilar, devendo ser atendidas as condições:
Como se pode perceber, o processo de determi-
nação da capacidade de resistência de uma seção Para seções retangulares
mista é análogo ao de uma seção de concreto ar-
mado. É evidente a complexidade envolvida e a h b E
e ≤ 2,26   (4.17)
necessidade de se adotarem métodos mais simpli- t t fy
ficados para projeto.
Para seções circulares
4.4.2. Dimensionamento dos pilares mis- d E
tos tubulares em temperatura ambiente ≤ 0 ,15   (4.18)
t fy
Nesta subseção, serão apresentados os métodos de
cálculo de pilares mistos tubulares utilizados pe- Veja-se que as condições acima refletem a restrição
las normas brasileiras em temperatura ambiente. à flambagem local proporcionada pelo concreto,
Para que os procedimentos aqui indicados sejam pois esses valores limites para os tubos sem pre-
válidos é necessário que as hipóteses e limitações a enchimento seriam 1,40 (E/fy)0,5 e 0,11E/fy, para
seguir sejam atendidas: seções retangulares e circulares, respectivamente.
Isso significa um aumento superior a 60% para os
a. a interação entre o concreto e o perfil deve
tubos retangulares e de cerca de 35% para os cir-
ser completa;
culares, confirmando o efeito mais pronunciado
b. o concreto deve ter densidade normal; para as seções retangulares.

c. a relação entre a maior e a menor dimensões


externas da seção deve ser inferior a 5; 4.4.2.1. Propriedades principais
dos pilares mistos
d. o fator de contribuição do aço, δ (veja-se o
item 4.4.2.1), deve ficar entre 0,2 e 0,9; O módulo de elasticidade do concreto em perfis
tubulares preenchidos não necessita ser reduzido pe-
e. a maior esbeltez relativa do pilar, λ0,m (veja-se los efeitos de retração e deformação lenta, de acor-
o item 4.4.2.1), não deve ser maior que 2,0; do com a ABNT NBR 8800:2008. O módulo de
elasticidade do aço deve ser tomado igual a 200000
f. para que uma armadura longitudinal seja MPa e 210000 MPa para o tubo e a armadura, res-
considerada na resistência da seção, sua área pectivamente, conforme as normas ABNT NBR
deve ficar entre 0,3% e 4% da área de con- 8800:2008 e ABNT ABNT NBR 6118:2014.
creto (telas soldadas não podem ser usadas
para essa finalidade); As rigidezes efetivas das seções mistas tubulares
são dadas por:
224
a. Rigidez efetiva à compressão axial (para utili-
zação em análise elástica): Aa f yd
δ= (4.22)
N pl ,Rd
(EA)e = EaAa + EcAc + EsAs (4.19)
A esbeltez relativa do pilar λ0,m é definida pela ex-
b. Rigidez efetiva à flexão (para utilização em pressão abaixo:
análise elástica e determinação da força axial
de flambagem elástica) segundo a ABNT N pl , R
NBR 8800:2008 (veja-se 4.4.2.4 adiante): λ0 , m = (4.23)
Ne
(EI)e = EaIa + 0,6Ec Ic + EsIs (4.20)
onde
Nessas expressões:
Npl,R é a resistência à plastificação total por força
Ea, Ec e Es são os módulos de elasticidade do aço axial de compressão, calculada de forma análoga a
do perfil, do concreto e do aço da armadura, Npl,R, sem os coeficientes de segurança:
respectivamente;
Npl,R = Aafy + Ac(αfck) + Asfys (4.24)
Aa , Ac e As são as áreas das seções do perfil, do
concreto não fissurado e da armadura, respec-
tivamente; Ne é a força de flambagem elástica, dada por:

Ia , Ic e Is são os momentos de inércia das seções π 2 (EI )e


do perfil, do concreto não fissurado e da arma- Ne = (4.25)
(KL )2
dura, respectivamente, em relação ao eixo de
simetria considerado; (EI)e é a rigidez efetiva à flexão em relação ao eixo
o coeficiente 0,6 refere-se aos efeitos de fissura- de simetria perpendicular ao plano de flambagem
ção do concreto e à calibração com resultados considerado;
experimentais. (KL) é o comprimento de flambagem do pilar no
A resistência de cálculo da seção à plastificação to- plano de flambagem considerado, determinado
tal por força axial de compressão é dada por: conforme a ABNT NBR 8800:2008.

O momento fletor resistente de plastificação de cál-


N pl ,Rd = Aa f yd + Ac (α f cd ) + As f sd (4.21) culo, Mpl,Rd, em relação ao eixo x ou ao eixo y (respec-
tivamente Mpl,x,Rd e Mpl,y,Rd) pode ser calculado por:

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


onde
M pl,Rd, = f yd (Z a − Z an ) + 0,5α f cd (Z c − Z cn ) + f sd (Z s − Z s
a é um coeficiente igual a 0,95 para seções cir-
Mepl,0,85
culares f yd (Z
Rd, =para a − Zretangulares;
seções an ) + 0 ,5α f os
cd (Z c − Z cn ) + f sd (Z s − Z sn )
demais
(4.26)
termos têm os significados usuais.
O momento fletor máximo resistente de plastifi-
Observa-se que o fator a maior para as seções cir-
cação de cálculo, Mmax,pl,Rd, em relação ao eixo x ou
culares reflete o maior confinamento do núcleo
ao eixo y (respectivamente Mmax,pl,x,Rd e Mmax,pl,y,Rd)
de concreto proporcionado por esse tipo de perfil.
pode ser calculado por:
O fator de contribuição do aço, δ, definido como
a razão entre a resistência plástica da seção de aço M max, pl,Rd, = f yd Z a + 0,5α f cd z c + f sd Z s (4.27)
e a da seção mista, é dado pela seguinte expressão:
225
onde:
Za é o módulo de resistência plástico da seção do perfil de aço;
Zs é o módulo de resistência plástico da seção da armadura do concreto;
Zc é o módulo de resistência plástico da seção de concreto, considerado não fissurado;
Zan, Zcn e Zsn são módulos de resistência plásticos definidos abaixo.
a. Para seção retangular [Figura 4.13-a]:
- eixo x:

(4.28)

(4.29)

(4.30)

(4.31)

(4.32)

(4.33)

- eixo y:
Neste caso devem ser utilizadas as equações relativas ao eixo x, permutando-se entre si as dimensões
h e b, bem como os índices subscritos x e y. Então:

(4.34)

(4.35)

(4.36)

(4.37)

(4.38)

(4.39)

226
b. Para seção circular [Figura 4.13-b]: Neste
caso podem ser utilizadas as equações relati-
vas às seções tubulares retangulares, com boa
aproximação, substituindo-se h e b por d e r
por (d/2 - t). Então:

(4.40)

(4.41)

(4.42)

Figura 4.13(a) retangular


(4.43)

(4.44)

(4.45)

Nas expressões acima, Asn é a soma das áreas das


barras da armadura na região de altura 2hn, Asni é a
área de cada barra da armadura na região de altura
2hn, eyi e exi são as distâncias dos eixos das barras
da armadura aos eixos x e y, respectivamente, hn é
a posição da linha neutra plástica em relação aos
eixos x ou y, o que for aplicável, e r é o raio de con-
cordância das paredes dos tubos retangulares. A Figura 4.13(b) circular
posição da linha neutra foi determinada por equi- Figura 4.13 - Dimensões das seções mistas
líbrio entre as forças resistentes de cálculo de com-
pressão e de tração, considerando-se as seguintes

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


tensões de cálculo:
4.4.2.2. Procedimento de cálculo
fyd para áreas tracionadas e comprimidas do perfil;
As solicitações de cálculo devem ser determina-
fsd para áreas tracionadas e comprimidas da ar- das por meio de análise elástica de segunda ordem
madura (por simplicidade, a seção de cada bar- (global e local) com a devida consideração das
ra da armadura pode ser considerada com seção imperfeições da estrutura (item 4.9.7 da ABNT
quadrada); NBR 8800:2008) – veja-se o Capítulo 2 e o Mo-
delo de Cálculo II adiante. Devem ser considera-
a fcd para áreas comprimidas do concreto (a resis- dos os estados limites últimos dados a seguir.
tência à tração do concreto deve ser desprezada).

227
a. Falha por plastificação ou instabilidade N Sd 8 ⎛ M x,Sd M y,Sd ⎞ N
devida à força axial de compressão + ⎜ + ⎟⎟ ≤ 1,0 para Sd ≥ 0,2
N Rd 9 ⎜⎝ M x,Rd M y,Rd ⎠ N Rd
Quando o pilar for sujeito apenas a força
axial de compressão, deve-se ter (4.49-a)
N Sd M M y,Sd N
+ x,Sd + ≤ 1,0 para Sd < 0,2
NSd ≤ NRd (4.46) 2 N Rd M x,Rd M y,Rd N Rd
(4.49-b)
onde
Mx,Sd e My,Sd são os momentos fletores solicitan-
NSd é a força axial de compressão solicitante tes de cálculo em relação aos eixos x e y da seção
de cálculo; transversal, respectivamente;
NRd é a força axial de compressão resistente Mx,Rd e My,Rd são os momentos fletores resisten-
de cálculo, dada por: tes de cálculo em relação aos eixos x e y da se-
ção transversal, respectivamente, iguais a Mpl,x,Rd
NRd = χNpl,Rd (4.47) e Mpl,y,Rd determinados conforme o item anterior.

Npl,Rd é determinada como no item anterior;


- Modelo de Cálculo II:
c é um fator de redução determinado em
A verificação dos efeitos da força axial de com-
função de λ0,m, conforme item 5.3.3 da
pressão e dos momentos fletores pode ser feita por
ABNT NBR 8800:2008, ou seja:
meio das seguintes inequações de interação:
2
para λ0,m ≤ 1,5 χ = 0,658λ 0,m
(4.48-a) N Sd ≤ N Rd
0,877
para λ0,m > 1,5 χ= (4.48-b)
M x ,tot ,Sd M y ,tot ,Sd (4.50)
λ 2 + ≤ 1,0
0,m µ x M c,x µ y M c, y
Vale dizer que nas expressões acima já estão onde:
sendo consideradas, de forma indireta, as im-
perfeições locais do pilar, geométrica e física µx é um coeficiente igual a:
– veja-se o item 4.4.3.2 adiante.
1. Para NSd ≥ Npl,c,Rd
b. Falha devido à ação conjunta de força axial
de compressão e momento fletor N Sd − N pl ,c ,Rd
µx = 1−
A verificação deve ser feita por um dos mode- N pl ,Rd − N pl ,c ,Rd (4.51-a)
los apresentados na ABNT NBR 8800:2008
– veja-se também em 4.4.3.4 o modelo suge- N pl ,c ,Rd
2. Para ≤ N Sd < N pl ,c ,Rd
rido pela ABNT NBR 16239:2013. 2
- Modelo de Cálculo I: ⎛ M ⎞⎛ 2 N ⎞ M
µ x = ⎜⎜1 − d ,x ⎟⎟⎜ Sd
− 1⎟ + d ,x (4.51-b)
⎜
M c ,x ⎠⎝ N pl ,c ,Rd ⎟ M c ,x
O pilar deve obedecer às seguintes inequa- ⎝ ⎠
ções de interação:

228
N pl ,c ,Rd onde Ne,x e Ne,y são as forças de instabilidade
3. Para N Sd < elástica do pilar (cargas de Euler) dadas no
2
item 4.3.2.1, tomando-se Kx = Ky = 1,0. Ao
2 N Sd ⎛ M d ,x ⎞ (4.51-c)
se entrar com os valores de Mx,tot,Sd e My,tot,Sd na
µx = 1+ ⎜ M − 1⎟
⎜ ⎟ inequação de interação, deve-se considerar o
N pl ,c ,Rd ⎝ c ,x ⎠ momento devido às imperfeições ao longo
do pilar em relação apenas a um dos eixos, o
μy é um coeficiente calculado da mesma forma que que levar ao resultado mais desfavorável. Isso
μx, trocando-se as grandezas referentes a x por y; implica que se Mx,i,Sd for considerado com seu
Npl,c,Rd é a força axial resistente de cálculo da seção valor diferente de zero, My,i,Sd deve ser toma-
de concreto à plastificação, tomada igual a Acαfcd; do igual a zero, e vice-versa.

Npl,Rd é a força axial resistente de cálculo da É evidente que, para seções circulares, não faz
seção transversal à plastificação total, dada no sentido a diferenciação de eixos e podem-se uti-
item anterior; lizar sempre as expressões para o eixo x. Tam-
bém para seções retangulares, pode-se mostrar
Mc,x e Mc,y são dados, respectivamente, por que não há razão para diferenciar as imperfei-
0,9Mpl,x,Rd e 0,9Mpl,y,Rd ; ções em função do eixo de flambagem, poden-
do-se tomar as expressões referentes ao eixo x
Md,x e Md,y são dados, respectivamente, por (mutatis mutandis), para ambos os eixos.
0,8Mmax,pl,x,Rd e 0,8Mmax,pl,y,Rd, onde Mmax,pl,x,Rd e
Mmax,pl,y,Rd são os momentos fletores máximos re- c. Falha da seção mista devido à força cortante
sistentes de plastificação de cálculo em relação aos
eixos x e y. Caso Md,x seja menor que Mc,x, então De acordo com a ABNT NBR 8800:2008,
Md,x deve ser tomado igual a Mc,x; mutatis mutan- as forças cortantes que agem segundo os ei-
dis para Md,y e Mc,y. xos de simetria da seção mista podem ser as-
sumidas como atuando apenas no perfil de
Mx,tot,Sd e My,tot,Sd são os momentos fletores solici- aço. Embora não esteja explícito na ABNT
tantes de cálculo totais, dados por: NBR 8800:2008, é óbvio que se pode assu-
mir também que as forças cortantes sejam
M x,tot ,Sd = M x,Sd + M x,i ,Sd resistidas apenas pela seção de concreto. As-
(4.52-a)
sim, conservadoramente, a força cortante re-
M y ,tot ,Sd = M y ,Sd + M y ,i ,Sd (4.52-b) sistente de cálculo da seção mista pode ser
tomada como o maior valor entre a da seção
onde Mx,i,Sd e My,i,Sd são os momentos devido às de aço (determinada conforme o item 5.4.3

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


imperfeições ao longo do pilar (veja-se o item da ABNT NBR 8800:2008) e a da seção
4.2.2.3), respectivamente em relação aos eixos x de concreto (determinada conforme o item
e y, dados por: 17.4.2 da ABNT NBR 6118:2014).

Porém, a norma brasileira ABNT NBR


N Sd Lx
M x ,i ,Sd = (4.53-a) 16239:2013, assim como a estadunidense
⎛ N ⎞ ANSI/AISC 360-10 (especificação do AISC,
200⎜⎜1 − Sd ⎟
⎟ versão de 2010), permite considerar como força
⎝ N e ,x ⎠
cortante resistente de cálculo o maior valor entre:
N Sd L y
M y ,i ,Sd = (4.53-b) - a soma das forças resistentes da seção de aço
⎛ N ⎞ (Va,Rd) e da armadura transversal da seção
150⎜1 − Sd ⎟
de concreto (Vs,Rd);
⎜ N e ,y ⎟
⎝ ⎠ 229
- a força resistente do concreto ao cisalha- de cálculo, sendo essa tensão calculada com
mento (Vc,Rd). coeficientes de ponderação das ações iguais
a 1,0. MSd,max é o maior momento fletor so-
Assim sendo, a força resistente de cálculo dos licitante de cálculo do trecho em análise do
pilares mistos tubulares pode ser dada pelo pilar. Conservadoramente e por simplicida-
maior dos dois valores abaixo: de, pode-se considerar Vc,Rd = Vc0. As demais
grandezas são definidas abaixo:
VRd 1 =Va,Rd +V s ,Rd (4.54-a)

VRd 2 =Vc ,Rd (4.54-b)


(4.58-a)
onde (conforme as normas brasileiras):
(4.58-b)
!2hetf yd
# (4.55-a)
Va,Rd = " 0,5τ cr A
# γ
$ a1 (4.55-b)

(4.59)
!0,27αv 2 f cd bw d c (4.56-a)
V s ,Rd = menor entre "
#( As s ) 0,9d c f sd (4.56-b)
(4.60)

! M0 $
Vc ,Rd =Vc 0 #1+ & ≤ 2Vc 0 (4.57) (4.61)
" M Sd ,max %
Observa-se que as resistências relativas ao con-
Nas expressões acima, he é a distância entre
creto armado, mostradas acima, foram obti-
as faces internas do tubo subtraída de duas
das de acordo com o Modelo de Cálculo I da
vezes o raio de concordância; A é a área do
ABNT NBR 6118:2014. É claro que essas re-
perfil circular; bw é a largura efetiva da se-
sistências também podem ser obtidas de acor-
ção de concreto, podendo ser tomada igual a
do com o Modelo de Cálculo II, fazendo-se as
(b – 2t) para seções retangulares e a (d – 2t)
adaptações adequadas.
para seções circulares (conforme ANSI/ACI
318-11); dc é a altura útil da seção, devendo d. Cisalhamento das superfícies de contato en-
ser tomada igual à distância da borda com- tre o concreto e o perfil de aço nas regiões de
primida do núcleo de concreto ao centro de introdução de cargas
gravidade da armadura de tração para seções
retangulares e podendo ser tomada igual a A base do pilar, as regiões de emenda do pilar e
0,8(d – 2t) para seções circulares (conforme as regiões onde o pilar é ligado a vigas são deno-
ANSI/ACI 318-11); As é a área da armadura minadas regiões de introdução de cargas. Em
transversal (seção transversal dos estribos); s é tais regiões deve-se evitar a ocorrência de escor-
o espaçamento dos estribos, medido segundo regamento relativo entre o concreto e o perfil
o eixo longitudinal do pilar. M0 é o valor do de aço que prejudique a ação conjunta entre
momento fletor que anula a tensão normal os dois componentes. Considera-se o compri-
de compressão na borda da seção, provocada mento de introdução de carga igual a duas ve-
pelas forças normais de diversas origens con- zes a menor dimensão da seção do pilar ou um
comitantes com a força cortante solicitante terço da distância entre as seções onde ocorre a
introdução, o que for menor.
230
Na base e nas regiões de emenda pode haver
Vll,,Sd =V Sd (δ
VSd δ) (4.64)
descontinuidade de algum componente do V Sd =
pilar, por exemplo, a armadura longitudinal. M plpl,,aa,,Rd
⎛⎛⎜ M Rd ⎞⎞⎟
Assim, quando essa armadura for considera- M ll,,Sd
M =M
Sd = M Sd
Sd ⎜ ⎟⎟ (4.65)
⎜⎜ M M Rd ⎟⎠
da na resistência do pilar, deve haver outro ⎝⎝ plpl,,Rd ⎠
mecanismo de transmissão dos esforços que
compense a referida descontinuidade. Uma em que:
solução possível é a instalação de conecto-
res (ou outros dispositivos similares, veja-se VSd é a força cortante solicitante de cálculo
adiante) capazes de transmitir os esforços so- na ligação;
licitantes de cálculo das barras da armadura
para elementos de aço adicionais que restaurem d é o fator de contribuição do aço;
a resistência de cálculo total do pilar misto. O MSd é o momento fletor solicitante de cálculo
comprimento dentro do qual devem ser insta- na ligação;
lados os conectores é igual ao comprimento de
introdução de carga, já definido, respeitando-se Mpl,a,Rd é a contribuição do perfil de aço para
o comprimento de ancoragem das barras da ar- Mpl,Rd em relação ao eixo de simetria consi-
madura, determinado conforme as prescrições derado, levando em conta a posição da linha
da ABNT NBR 6118:2014. neutra plástica. Utilizando-se o item P.5.4.1
da ABNT NBR 8800:2008, o valor de Mpl,a,Rd
Nas regiões de ligação do pilar com vigas, é igual a fyd (Za - Zan);
as tensões de cisalhamento na interface en-
tre o aço e o concreto, no comprimento de Mpl,Rd é o momento fletor resistente de plasti-
introdução de carga, obtidas com base nos ficação de cálculo do pilar misto.
esforços solicitantes de cálculo Vl,Sd e Ml,Sd,
não podem superar os valores de tRd dados na e. Cisalhamento das superfícies de contato
Tabela P1 da ABNT NBR 8800:2008. Esses entre o concreto e o perfil de aço entre re-
valores são iguais a 0,40 MPa e 0,55  MPa, giões de introdução de cargas
respectivamente, para as seções retangulares
Devem ser usados conectores (ou outros dis-
e circulares. Caso essas tensões sejam excedi-
positivos similares) nos trechos entre regiões
das, devem ser usados conectores de cisalha-
de introdução de cargas para garantir o fluxo
mento (ou outros dispositivos similares) para
de cisalhamento longitudinal entre o perfil
resistir à totalidade dos efeitos de Vl,Sd e Ml,Sd.
de aço e o concreto, sempre que as tensões
Os valores de Vl,Sd e Ml,Sd devem ser determi- na interface ultrapassarem os valores de tRd.

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


nados pelas seguintes expressões: Se forem necessários, devem ser dimensiona-
dos para a totalidade do fluxo. As tensões na
- quando a viga estiver ligada apenas ao perfil interface devem ser determinadas com base
de aço do pilar nas forças cortantes solicitantes de cálculo,
considerando-se o concreto não fissurado e
Vl , Sd == V
V VSd ((11 −− δδ )) (4.62) comportamento elástico.
l , Sd Sd

⎛⎛ M pl ,a , Rd ⎞⎞⎟ Não é necessário prever conectores nos tre-


M l , Sd == M
M M Sd ⎜⎜11 −− M pl ,a , Rd ⎟⎟ (4.63) chos entre regiões de introdução de cargas
l , Sd ⎜
Sd ⎜ M pl , Rd ⎟⎠
⎝⎝ M ⎠
pl , Rd
quando a relação entre a força axial de com-
pressão solicitante de cálculo e a força axial
- quando a viga estiver ligada apenas ao con- de compressão resistente de cálculo à plastifi-
creto do pilar cação total da seção for superior a 0,3. 231
f. Falha do pilar tubular de aço na fase de peia EN 1994-1-1:2010 (Eurocode 4) e que deriva
construção do método rígido-plástico de interação entre força
axial e momento fletor, bastante mais simples que o
Caso a concretagem do pilar misto seja fei- método da compatibilidade de deformação.
ta após a montagem do perfil de aço (caso
mais usual na prática), este deve resistir a A Figura 4.14, ilustra a metodologia do Modelo de
todas as ações de cálculo aplicadas antes Cálculo II, para flexão uniaxial. A curva contínua,
do endurecimento do concreto. A verifica- de linha mais espessa, representa o lugar geométrico
ção deve ser feita de acordo com a ABNT dos pares M e N capazes de plastificar completamen-
NBR 8800:2008 ou com a ABNT NBR te a seção transversal do pilar misto (em valores de
16239:2013, onde aplicável. A aplicação cálculo). Foi obtida variando-se a posição da linha
das cargas de construção depende do mé- neutra plástica e obtendo-se o equilíbrio da seção,
todo construtivo e do cronograma da obra. relativo à força axial e ao momento fletor. Conside-
Usualmente, consideram-se a carga perma- ra-se que a seção transversal esteja completamente
nente (peso próprio da estrutura e da laje) plastificada, sendo a seção de aço sujeita à tensão
e a acidental (sobrecarga de construção, fyd (tração ou compressão, dependendo da posição
normalmente igual a 1,0 kN/m2) referente de cada elemento em relação à linha neutra plásti-
a quatro pavimentos simultaneamente. Vale ca) e a seção de concreto, à tensão αfcd (despreza-se
lembrar que pode ser usada a combinação a resistência à tração do concreto). A integração das
última de construção. tensões na área mista total conduz ao valor da força
axial (N), e o momento estático das tensões, integra-
das nas áreas acima e abaixo do eixo que passa pelo
4.4.2.3. Comentários sobre os procedimentos centro geométrico da seção, ao valor do momento
de cálculo da ABNT NBR 8800:2008 fletor (M). Variando-se adequadamente a posição da
linha neutra plástica ao longo da seção, obtém-se a
Os modelos de cálculo de pilares mistos à flexo- curva completa.
compressão da ABNT NBR 8800:2008 são base-
ados em duas filosofias distintas. O modelo I ba- Os pontos denominados A, B, C e D na Figura
seia-se no modelo de cálculo de pilares de aço, de 4.14 correspondem a pares convenientemente es-
acordo com as prescrições da própria norma brasi- colhidos da curva de interação. Os pontos A e C
leira, que por sua vez é derivado do mesmo mode- referem-se à plastificação total da seção, somente
lo adotado pela norma estadunidense ANSI/AISC pela força axial (0, Npl,Rd) e somente pelo momen-
to fletor (Mpl,Rd , 0), respectivamente. O ponto D
360-10. É um modelo bastante simples e que con-
corresponde à posição da linha neutra onde a se-
duz a resultados a favor da segurança. Porém, em
ção é capaz de suportar o momento fletor máximo
muitos casos é um modelo extremamente conser-
(Mmax,pl,Rd) e o ponto B, àquela em que a seção é ca-
vador, podendo levar a resultados antieconômi-
paz de suportar a máxima força axial em conjun-
cos. Mas, nas situações em que o momento fletor
to com o momento fletor de plastificação, Mpl,Rd.
solicitante for de pequena monta – geralmente
Observa-se que os valores da força axial, corres-
quando a relação entre MSd e Mpl,Rd não supera 0,3
–, o modelo I pode ser convenientemente aplica- pondentes aos pontos B e D, são iguais a Npl,c,Rd e
0,5Npl,c,Rd, respectivamente.
do, obtendo-se resultados seguros e econômicos,
de forma simples e adequada. Por razões de calibração com resultados ex-
perimentais e para evitar resultados contra a
Já o modelo II assemelha-se ao modelo de cálculo
segurança (quando a força axial for inferior a
adotado pelas principais normas de concreto ar-
0,5Npl,c,Rd), os valores Mpl,Rd e Mmax,pl,Rd foram
mado, inclusive a norma brasileira ABNT NBR
multiplicados por fatores de redução iguais a
6118:2014. É um modelo com base na norma euro-
232
0,9 e 0,8, respectivamente, dando origem aos misto, deve-se ter, além de NSd ≤ NRd,, Mtot,Sd ≤ µMc.
pontos B’ (0,9Mpl,Rd, Npl,c,Rd), C’(0,9Mpl,Rd, 0) e Considerando os dois eixos, chega-se, portanto, às
D’(0,8Mmax,pl,Rd, 0,5Npl,c,Rd). inequações apresentadas na norma brasileira:
Por simplicidade, a norma brasileira adota então N Sd ≤ N Rd
como curvas de interação (ou superfície, consi-
derando os dois eixos x e y) aquelas ligando os M x ,tot ,Sd M y ,tot ,Sd (4.50)
+ ≤ 1,0
pontos A e B’, B e D’ e D’ e C’, correspondentes µ x M c,x µ y M c, y
respectivamente aos intervalos 1, 2, 3 do méto-
do de cálculo II, apresentado na alínea b do item Esse procedimento conduz a resultados menos
4.4.2.2. Vale lembrar que, caso 0,8Mmax,pl,Rd seja conservadores – e mais próximos dos resultados
menor que 0,9Mpl,Rd, o ponto D’ deve ser tomado experimentais – que os obtidos pelo Modelo de
igual a (0,9Mpl,Rd, 0,5Npl,c,Rd). Cálculo I, mas apresenta algumas inconsistências,
1,1
como mostrado a seguir.
A 1,0
0,9 Considere-se um pilar birrotulado com seção
0,8 transversal tubular quadrada (300x10), compri-
S
0,7
µMc mento de 4000 mm, aço com fy igual a 350 MPa,
B
N/Npl, Rd

0,6

0,5
B’ concreto com fck de 40 MPa, sem armaduras. Ini-
0,4 cialmente, considere-se que esteja submetido ape-
0,3
D’ D nas à força de compressão axial. De acordo com
0,2

0,1
a norma brasileira, a força de compressão axial
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3
resistente de cálculo é igual a 4930 kN. Suponha-
M/Mpl, Rd C’ C se então que esse mesmo pilar esteja submetido a
Figura 4.14 – Curva de resistência de pilares mistos um momento fletor solicitante de cálculo igual a
(método rígido-plástico) 100 kN.m. Conforme o Modelo de Cálculo II,
a força de compressão axial resistente de cálculo,
Na Figura 4.14, o ponto S representa o par agindo em conjunto com esse momento é igual a
Mtot,Sd-NSd, respectivamente o momento fletor 3825 kN.m. Considere-se agora, ainda de acor-
solicitante de cálculo total (considerando os do com o modelo II, que o momento fletor so-
efeitos de imperfeição e de segunda ordem) e a licitante de cálculo seja reduzido até atingir um
força axial de compressão solicitante de cálcu- valor muito pequeno, no limite igual a zero. A
lo. O valor µMc (ou µxMcxe µyMcy, considerados força axial de compressão, nessa situação é igual a
eixos x e y), apresentado na figura, corresponde 4545 kN, diferente da obtida anteriormente (cer-
ao máximo momento que o pilar misto con- ca de 8% inferior), considerando apenas a presen-

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


segue suportar em conjunto com a força axial ça da força axial. Ou seja, o modelo II, no limite,
de compressão solicitante de cálculo, NSd. Ou, não conduz aos mesmos valores obtidos com a
em outras palavras, é o momento fletor resis- formulação dos pilares submetidos à compressão
tente de cálculo do pilar misto na presença de axial, o que denota inconsistência dos modelos. A
NSd. Vale dizer que as expressões para cálculo razão dessa inconsistência é apresentada a seguir.
de µ, dadas no item 4.4.2.2, foram obtidas por
simples geometria, considerando a interseção Conforme apresentado na alínea a do item 4.4.2.2,
da reta horizontal que contém o par Mtot,Sd-NSd a força de compressão resistente de cálculo é obtida
com as retas que ligam os pontos A, B’, D’ e C’. por meio do fator de redução c. Esse fator de redu-
ção conduz à curva reduzida de resistência à força
Portanto, para evitar que seja ultrapassado o es- de compressão axial, em função da esbeltez redu-
tado-limite de falha por flexocompressão do pilar zida do pilar, λ0,m (λ0, no caso de pilares de aço).
233
Determinada por meio de estudos teóricos, nu- Pode-se demonstrar também que L/250 é um va-
méricos e experimentais em pilares constituídos lor adequado para representar a curva da ABNT
por perfis de aço, essa curva de resistência leva em NBR 8800:2008 em relação ao eixo de menor
conta imperfeições físicas e geométricas, inevitá- inércia (eixo y). Portanto, para aços com resistên-
veis e inerentes ao processo de execução, como cia ao escoamento igual ou inferior a 450 MPa,
por exemplo, as tensões residuais na seção trans- pode-se dizer que L/350, para o eixo de maior
versal e a falta de retilineidade do eixo dos pilares. inércia e L/250, para o eixo de menor inércia, são
De um modo geral, os efeitos dessas imperfeições valores da imperfeição geométrica equivalente
também podem ser considerados – dentro de uma que conduzem a uma boa representação da curva
precisão razoável – por meio de uma imperfeição de resistência da ABNT NBR 8800:2008.
geométrica equivalente.
Pelo mesmo método apresentado acima, pode-se
Tome-se, por exemplo, o pilar birrotulado com se- mostrar que um valor de κ em torno de L/250 para
ção transversal W-200x46,1 (laminado), aço com pilares mistos preenchidos, independentemente
resistência ao escoamento igual a 450 MPa (máxi- do eixo de flambagem, também é adequado, con-
mo permitido pela norma brasileira), submetido a forme se observa na Figura 4.16 (pilar retangular
força de compressão axial (N), com possibilidade de dimensões 400x200x10, aço com resistência
de flambagem em torno do eixo de maior inércia ao escoamento igual a 450 MPa, concreto com fck
(eixo x) e com uma imperfeição inicial geométrica igual a 50 MPa, sem armaduras e flambagem em
equivalente (ei = L/κ, onde κ é um número con- torno do eixo de maior inércia).
venientemente escolhido). O pilar então estará
1,10
submetido também ao momento fletor, M, igual 1,00

a Nei. Considerando que a imperfeição geométri- 0,90

ca equivalente seja representada por uma senoide, 0,80

pode-se demonstrar que o valor de segunda or-


0,70
N/Npl, Rd

0,60
dem da imperfeição (valor final ef) é dado por: 0,50

0,40

ei 0,30

ef = (4.66) 0,20

N 0,10
1−
Ne
0,00
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 2,00
λ0 NBR
Eqv

onde Ne é a carga de Euler. Figura 4.15 – Comparação entre a curva da ABNT NBR
8800:2008 e a com imperfeição de L/350

Assim sendo, para cada comprimento do pilar, e Observou-se, nos estudos, que o valor de κ não
consequentemente para cada λ0, pode-se determi- é muito sensível às dimensões do perfil, mas é
nar a força de compressão axial resistente (utili- afetado pela resistência ao escoamento do aço de
zando-se um modelo similar ao Modelo de Cál- maneira similar ao dos pilares de aço. Os estudos
culo II, para perfis de aço). Variando-se λ0, tem-se mostraram ainda que, em pilares de seção tubular
a curva de resistência à compressão axial completa retangular, o valor de κ para flambagem em tor-
do perfil para um dado valor de κ, como mostrado no do eixo de menor inércia é ligeiramente maior
na Figura 4.15 (traço intermitente). Observa-se que que o valor para flambagem em torno do eixo de
o valor de κ em torno de L/350 conduz a uma boa maior inércia e intermediário para seções quadra-
representação da curva de resistência da ABNT NBR das e circulares. Além disso, constatou-se que o
8800:2008 (traço contínuo). Estudos mostram que aumento da resistência à compressão do concreto
o valor de κ não é sensível às dimensões do perfil, reduz de maneira pouco significativa o valor de κ.
mas é afetado pelo valor de fy do aço: quanto menor Vale lembrar que no EN-1994:2010 o valor da
o valor de fy, maior é o valor de κ.
234
imperfeição para esse tipo de seção, com taxa de
armadura não superior a 3%, é de L/300, corres- M x ,Sd M y ,Sd
pondente à curva a, ligeiramente inferior à curva + ≤ 1,0 (4.67-a)
da ABNT NBR 8800:2008. M x ,Rd M y ,Rd

Conclui-se, portanto, que os valores da imperfei-


ção geométrica equivalente adotada pela norma - Para NSd > Nc,Rd
brasileira, para cálculo de pilares mistos no mode-
lo II, não são adequados para reproduzir a curva N Sd − N c .Rd M x ,Sd M y ,Sd
de resistência à compressão axial de pilares mistos + + ≤ 1,0 (4.67-b)
tubulares e esse é o motivo da inconsistência en- N Rd − N c .Rd M x ,Rd M y ,Rd
contrada. Vale dizer que essa inconsistência ocorre
também para as demais seções mistas previstas na Onde Nc,Rd é a força axial de compressão de cál-
ABNT NBR 8800:2008. culo referente apenas à parcela do concreto, dada
1,10
pelo produto cNpl,c,Rd. As demais grandezas são
1,00 como já definidas anteriormente.
0,90

0,80
O diagrama de interação dado pelas expressões
0,70
acima pode ser visualizado na Figura 4.17 – li-
N/Npl, Rd

0,60

0,50 nha tracejada. Observa-se que, por simplicidade,


0,40 o ponto D não foi considerado.
0,30

0,20 1,1

0,10 A 1,0
0,00 0,9
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 2,00
λ0,m NBR
0,8 NRd = cNpl,Rd
Eqv 0,7
Figura 4.16 – Comparação entre a curva da ABNT NBR B
N/Npl, Rd

0,6
8800:2008 e a com imperfeição de L/250 B’
0,5
NC,Rd = cNpl,c,Rd
0,4

0,3
D
4.4.2.4. Procedimentos de cálculo à flexocom- 0,2

pressão da ABNT NBR 16239:2013 0,1

0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3
M/Mpl, Rd C’ C
A norma brasileira ABNT NBR 16239:2013 pro-
põe uma alternativa interessante para cálculo da Figura 4.17 – Representação gráfica do método da NBR 16239
força resistente à flexocompressão de cálculo de
Outro ponto a destacar é que a ABNT NBR

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


pilares tubulares mistos, que envolve a filosofia de
ambos os modelos da ABNT NBR 8800:2008. 16239:2013 permite ainda a utilização de uma
Assim como o modelo de cálculo II, o modelo da expressão alternativa para o cálculo da rigidez efetiva
ABNT NBR 16239:2013 utiliza o diagrama de à flexão, dada por:
interação entre força axial e momento fletor obti-
do pelo método rígido-plástico, porém reduzido (EI)e = EaIa + 0,7Ec Ic + EsIs (4.68)
pelo fator c, de maneira similar ao modelo I.
Vale observar que o método da ABNT NBR
A verificação da ação combinada de força axial de 16239:2013 não possui a inconsistência apresen-
compressão e dos momentos fletores pode então tada pelo modelo de cálculo II da ABNT NBR
ser feita pela utilização das seguintes expressões: 8800:2008, já que na ausência de momento fle-
tor, as expressões acima conduzem exatamente ao
- Para NSd ≤ Nc,Rd
mesmo valor da força axial resistente de cálculo 235
(NRd = cNpl,Rd), desde que, evidentemente, seja um incêndio nominal (incêndio-padrão, com uma
utilizada a mesma expressão para o cálculo da ri- curva de elevação da temperatura dos gases forneci-
gidez efetiva à flexão. da nas normas técnicas) com períodos de resistên-
cia ao incêndio definidos, no qual os parâmetros
citados são considerados implicitamente.
4.4.3. Dimensionamento dos pilares mis- A Norma Brasileira ABNT NBR 14432:2000, “Exi-
tos tubulares em temperatura elevada gências de Resistência ao Fogo de Elementos Construti-
Nesta subseção, serão apresentados os métodos de vos de Edificações”, estabelece as condições, relativas
cálculo de pilares mistos tubulares utilizados pela aos elementos estruturais, que devem ser atendidas
norma brasileira NBR 14323:2013,“Dimensio- pelas edificações para que, na ocorrência de incên-
namento de estruturas de aço e de estruturas mistas dio, seja evitado o colapso da estrutura. Os critérios
de aço e concreto de edifícios em situação de incên- estabelecidos nessa norma baseiam-se na elevação de
dio”. Será apresentado também um programa de temperatura dos elementos estruturais consideran-
computador para dimensionamento de pilares do as condições de exposição ao incêndio-padrão. O
mistos tubulares e abordados alguns conceitos dos incêndio-padrão, de acordo com a norma, é a elevação
métodos avançados de dimensionamento utiliza- padronizada de temperatura em função do tempo,
dos por ele. Pressupõe-se que o leitor tenha co- proposta pela ISO 834, dada pela seguinte expressão:
nhecimento suficiente dos conceitos relativos ao
fenômeno de incêndio em uma edificação, à se- θ g = θ 0 + 345log(8t +1)   (4.69)
gurança das estruturas e ao dimensionamento de
estruturas de aço e mistas em situação de incên- onde:
dio. Recomenda-se a leitura e o estudo de Silva,
2000: “Estruturas de Aço em Situação de Incêndio” t= tempo, em minutos;
e Queiroz et al., 2001: “Elementos das Estruturas
qo= temperatura do ambiente antes do início do
Mistas Aço-Concreto”.
aquecimento, tomada igual a 20 ºC;
qg= temperatura dos gases no instante t.
4.4.3.1. Generalidades
Na ocorrência de um incêndio, o aumento de tem-
Os procedimentos de projeto em situação de in-
peratura, em consequência da ação térmica, provoca
cêndio devem levar em conta parâmetros como
em todos os materiais uma redução de resistência e
o comportamento da estrutura em temperatura
rigidez, bem como o aparecimento de solicitações
elevada, a exposição ao calor e os benefícios dos
adicionais àquelas normalmente presentes em tem-
meios de proteção ativa e passiva, juntamente com
peratura ambiente. Segundo Silva, 2000: “ação tér-
as incertezas associadas e a importância da estru-
mica é a ação na estrutura descrita por meio do fluxo
tura, como disserta Caldas, 2008. Segundo ele, no
de calor, por radiação e por convecção, provocada pela
momento atual do conhecimento da engenharia de
diferença de temperatura entre os gases quentes do am-
incêndios, já estão disponíveis os chamados proce-
biente em chamas e os componentes da estrutura”.
dimentos com base em desempenho com os quais
é possível determinar de forma adequada, com base A exposição dos elementos estruturais aos gases
nos parâmetros citados, o desempenho de uma es- quentes e à radiação, provenientes do incêndio, pro-
trutura ou de seus componentes em um incêndio voca uma queda de resistência e de rigidez da estru-
real (simulado a partir de modelos analíticos ou via tura pela degenerescência das propriedades de seus
modelagem computacional utilizando dinâmica materiais componentes quando sujeitos a altas tem-
dos fluídos). Entretanto, o mais usual é o denomi- peraturas. As propriedades mecânicas tanto do aço
nado procedimento prescritivo, que tem por base quanto do concreto reduzem-se progressivamente
236
com a elevação de temperatura. A ABNT NBR cionado, são fornecidos requisitos mínimos que
14323:2013 fornece tabelas de fatores de redução devem ser atendidos: dimensões da seção trans-
para cálculo das propriedades mecânicas dos aços versal e do cobrimento de concreto da armadura e
e do concreto em função da temperatura. De uma taxas de armadura em relação à área de concreto.
maneira geral, a verificação em situação de in- Além disso, o pilar misto deve ser executado obe-
cêndio baseia-se em métodos tabulares, modelos decendo-se aos detalhes construtivos fornecidos
analíticos simplificados e avançados de cálculo e pela norma. O método tabular fornece resultados
ensaios experimentais. do lado da segurança quando comparados com os
resultados de ensaios ou de modelos avançados de
O método tabular tem por base ensaios experi- cálculo. É um método simples e de fácil aplicação,
mentais e numéricos, com os quais são construídos mas que conduz a resultados excessivamente con-
ábacos e tabelas. Nestes, a partir do TRRF (tempo servadores em grande parte dos casos.
requerido de resistência ao fogo, fornecido em nor-
mas específicas, como a ABNT NBR 14432:2000), As hipóteses adotadas para a elaboração da Tabela
são exigidas dimensões mínimas da seção transversal, 4.1 são:
do cobrimento de concreto do perfil e da armadura,
assim como taxas mínimas de armadura em relação • o incêndio é limitado a somente um pavimento;
à área de concreto. Os modelos simplificados de ve- • o pilar está submetido a temperatura uniforme ao
rificação à temperatura elevada seguem os mesmos longo do comprimento, entendido aqui como a
princípios de verificação à temperatura ambiente altura interpavimento;
modificando-se as propriedades mecânicas dos ma-
teriais de acordo com a temperatura de cada elemen- • o pilar é contínuo, rigidamente ligado aos pilares
to da seção transversal. Os modelos avançados de imediatamente acima e abaixo (incluindo a liga-
cálculo, em geral, têm por base modelos numéricos ção à fundação) do pavimento em consideração;
para solução do problema e são fundamentados no
comportamento mais realístico da estrutura e do • o comprimento de flambagem do pilar, em
cenário do incêndio. Normalmente são utilizados temperatura elevada, é tomado igual à metade
modelos térmicos, fundamentados nos princípios do comprimento de flambagem em temperatu-
da transferência de calor, e modelos mecânicos, com ra ambiente.
base nos princípios da mecânica do contínuo.
Os requisitos são apresentados em função do
A ABNT NBR 14323:2013 trata do dimensiona- TRRF (dado na ABNT NBR 14432:2000) e do
mento de estruturas de aço e mistas de aço e con- nível de carga em situação de incêndio (hfi), defi-
creto em temperatura elevada, utilizando o método nido como sendo a relação entre o valor da força
tabular e o analítico (simplificado e avançado). Per- axial solicitante de cálculo em situação de incên-

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


mite também a verificação por meio de ensaios ou dio no pilar, Nfi,Sd, calculada com as combinações
uma combinação entre ensaios e métodos analíticos. de ações da ABNT NBR 14323:2013 (veja-se o
Essa norma fornece ainda as combinações de ações Capítulo 2), e o valor da força axial resistente de
que as estruturas devem suportar na ocorrência de cálculo em temperatura ambiente,NRd, calculada
um incêndio, conforme apresentado no Capítulo 2. conforme a ABNT NBR 8800:2008, desconside-
rando taxas de armadura As/(Ac+As) maiores que
3% (mesmo que na tabela se exijam taxas superio-
4.4.3.2. Dimensionamento de pilares res) e menores que 1%. Ou seja:
mistos tubulares
N fi,Sd
O método tabular para dimensionamento de pila- η fi =   (4.70)
res mistos tubulares da ABNT NBR 14323:2013 N Rd
consiste da Tabela 4.1 em que, conforme já men- 237
Os resultados são válidos tanto para forças axiais como para forças aplicadas excentricamente no pilar.
Neste caso, NRd deve ser substituída por NRd,µ, definida como a máxima força axial que pode atuar no pilar
em temperatura ambiente, levando em conta a influência do momento fletor de acordo com o Anexo P
da ABNT NBR 8800:2008.

Tabela 4.1 - Requisitos para pilares mistos preenchidos com concreto

TRRF
(min)

30 60 90 120

1 Requisitos para o nível de carga hfi≤ 0,3

1.1 Dimensões mínimas de dc e bc ou diâmetro mínimo d (mm) 160 200 220 260

1.2 Distância mínima da face interna do perfil de aço ao eixo das barras da armadura us (mm) - 30 40 50

1.3 Taxa mínima da armadura As/(Ac+As) em % 0 1,5 3,0 6,0

2 Requisitos para o nível de carga hfi ≤ 0,5


2.1 Dimensões mínimas de dc e bc ou diâmetro mínimo d (mm) 260 260 400 450
2.2 Distância mínima da face interna do perfil de aço ao eixo das barras da armadura us (mm) - 30 40 50
2.3 Taxa mínima da armadura As/(Ac+As) em % 0 3,0 6,0 6,0
3 Requisitos para o nível de carga hfi ≤ 0,7
3.1 Dimensões mínimas de dc e bc ou diâmetro mínimo d (mm) 260 450 550 -
3.2 Distância mínima da face interna do perfil de aço ao eixo das barras da armadura us (mm) 25 30 40 -
3.3 Taxa mínima da armadura As/(Ac+As) em % 3,0 6,0 6,0 -

Além disso, as seguintes exigências adicionais para • os pilares não poderão ter comprimento maior
a utilização das tabelas devem ser observadas: que 30 vezes a menor dimensão externa da se-
ção transversal escolhida;
• a estrutura deve ser de pequena ou média deslo-
cabilidade, conforme a ABNT NBR 8800:2008; • é permitida a interpolação linear entre todos os
parâmetros físicos das tabelas apresentadas, ex-
• no caso dos pilares do último pavimento, na ceto os marcados com um traço (-);
determinação de NRd (ou deNRd,µ, ), somente
para cálculo de hfi, deve-se tomar como compri- • independentemente das características mecâni-
mento de flambagem 1,4 vez o comprimento cas do aço dos perfis tubulares, deve ser consi-
de flambagem utilizado no dimensionamento derado para a resistência ao escoamento o valor
do pilar em temperatura ambiente; máximo de 250 MPa;
238
• a espessura t da parede do perfil tubular retangu-
N fi,pl,Rd = ∑ ( Aa f y,θ ) + ∑ ( As f ys,θ ) + ∑ ( Ac f ck,θ )
lar não pode exceder 1/25 de h ou b, o que for
menor, e a do perfil tubular circular, 1/25 de d; j k m
(4.75)
• o aço da armadura deve ser o CA-50 ou equi-
valente. π 2 (E I ) fi ,ef
N fi ,e = (4.77)
Como já comentado, o método tabular conduz L2e , fi
a resultados muito conservadores na maioria dos
casos. Para resultados melhores e mais econômi- onde:
cos, a ABNT NBR 14323:2013 permite o cálculo
via métodos analíticos simplificados e avançados
de dimensionamento, utilizando-se os conceitos ∑ (Aa f y ,θ ) é o somatório dos produtos da área
∑ (Aresistência
a f y ,θ ) ao escoamento dos elementos com-
da engenharia estrutural e térmica. O método de j
pela
cálculo analítico, dado no Procedimento Geral da j
ponentes do perfil de aço em situação de incêndio;
ABNT NBR 14323:2013, é apresentado a seguir.
∑ as ysy ,θ,θ ))
( A f
kj
A força axial resistente de cálculo dos pilares mis- ∑ (As f ys ,θ ) é o somatório dos produtos da área
tos em situação de incêndio é dada por: k

pela
∑ ((AAresistência
cs ff ck θ )) ao escoamento do aço das barras
ys ,,θ
N fi ,Rd = χ fi N fi , pℓ,Rd dak armadura
m
(A f ) em situação de incêndio;
(4.71) ∑ c ck ,θ
m
onde: ∑ (Ac f ck ,θ ) é o somatório dos produtos dos ele-
m
cfi é o fator de redução associado à curva de di- mentos de área do concreto pela resistência carac-
mensionamento à compressão, dado por: terística à compressão desses elementos em situa-
ção de incêndio;
1
χ fi = (4.72) Le,fi é o comprimento de flambagem do pilar em
ϕ 0 , fi + ϕ 02, fi − λ20 , fi situação de incêndio, determinado como no di-
mensionamento à temperatura ambiente. Entre-
com tanto, para pilares contínuos que se comportam
como elementos contraventados, o comprimen-
ϕ 0,fi = 0,5[1 + α (λ0, fi − 0,2) + λ20, fi ] (4.73)
to de flambagem pode ser tomado igual a 0,5
vezes o comprimento de flambagem do pilar em

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


e a igual a 0,49 e l0,fi dado por: temperatura ambiente, exceto para pilares do úl-
timo pavimento, onde deve ser tomado igual a
0,7 vez o comprimento de flambagem – veja-se
N fi , pℓ ,Rd a Figura 4.18. Para os pilares do primeiro pavi-
λ o , fi = (4.74)
N fi ,e mento, caso sejam engastados na base, pode-se
considerar também o fator igual a 0,5; caso con-
Nfi,pl,Rd é a força axial de plastificação de cálculo trário, deve-se tomar 0,7;
em situação de incêndio e Nfi,e é a carga de flam-
(EI)fi,ef é a rigidez efetiva do pilar misto à flexão,
bagem elástica em situação de incêndio, calcula-
dada por:
das respectivamente pelas expressões:

239
(EI ) fi,ef = ∑ (ϕa,θ Ea,θ I a ) + ∑ (ϕ s,θ Es,θ I s ) + ∑ (ϕc,θ Ecu ,θ I c ) (4.77)
j k m

onde: onde ecu,q é a deformação do concreto de densida-


de normal correspondente a fck,q.
Ea,q, Es,q e Ecu,q (para cálculo dessa propriedade,
veja-se a observação abaixo) são os módulos de As propriedades mecânicas dos materiais
elasticidade da cada parte da seção transversal em ( fy,q , fys,q ,fck,q ,Ea,q , Es,q e ecu,q ) devem ser calculadas
situação de incêndio (o índice a relaciona-se ao conforme as tabelas fornecidas na ABNT NBR
perfil de aço, o índice s, à armadura e o índice com 14323:2013.
a primeira letra c, ao concreto);
A interpretação do que pode ser considerado um
Ia, Is e Ic são os momentos de inércia de cada parte elemento contraventado fica a critério do res-
da seção transversal para flexão em torno do eixo ponsável técnico pelo projeto. Como indicação,
de maior ou menor momento de inércia, o que pode-se considerar que os pilares contraventados
estiver sendo considerado; conforme definidos na ABNT NBR 8800:2008 e
os pilares da subestrutura de contraventamento,
ja,q, js,q e jc,q são coeficientes de redução que de- caso a estrutura seja de pequena deslocabilidade,
pendem dos efeitos das tensões térmicas, podendo comportam-se como elementos contraventados.
ser tomados iguais a 0,8 para seções preenchidas Nas demais situações, o comprimento de flamba-
com concreto; gem em incêndio deve ser determinado como em
Ecu,q deve ser calculado para a temperatura q pela temperatura ambiente. Vale observar que o compor-
seguinte expressão: tamento de um pilar pode ser diferente conforme o
eixo em que ocorre a flambagem. Por exemplo, um
mesmo pilar pode ser considerado contraventado
f ck ,θ
E cu ,θ = (4.78) numa direção e de contraventamento em outra.
ε cu ,θ

Figura 4.18 - Comprimentos de flambagem de pilares contínuos

240
Para o caso de pilares submetidos a força axial com No caso de um modelo para análise térmica, esta
excentricidade (ou com força axial e momento fle- deve ser baseada em princípios reconhecidos e hi-
tor), a norma brasileira não dá quaisquer indica- póteses da teoria de transferência de calor. Além
ções no procedimento geral. Torna-se necessário, disso, o modelo de resposta térmica utilizado deve
portanto, o uso de normas ou procedimentos es- considerar:
trangeiros simplificados ou de métodos avançados
de cálculo – veja-se o método do Anexo H da EN • as ações térmicas relevantes;
1994-1-2:2005 apresentado adiante. • a variação das propriedades térmicas dos ma-
Observa-se ainda que o método analítico apresen- teriais com a temperatura, conforme previsto
tado na ABNT NBR 14323:2013 para pilares mis- na norma, ou de forma mais realística, caso os
tos tubulares também não fornece indicações para dados estejam disponíveis;
cálculo da temperatura dos elementos componentes • os efeitos da exposição térmica não uniforme
da seção em função do TRRF – deve-se, portanto, e da transferência de calor a componentes de
recorrer aos modelos de análise térmica dos méto- edifícios adjacentes, quando forem relevantes;
dos avançados de dimensionamento, permitidos
pela norma. • a influência de umidade ou migração de umida-
de no material de revestimento contra fogo (con-
Segundo a norma brasileira, “os métodos avançados servadoramente, porém, pode ser desprezada).
de dimensionamento são aqueles que proporcionam
uma análise realística da estrutura e do cenário do Os mecanismos básicos de transferência de calor
incêndio e podem ser usados para elementos estrutu- são: condução, convecção e radiação. Na condu-
rais individuais com qualquer tipo de seção trans- ção, o calor é transferido no nível molecular, sem
versal, incluindo elementos estruturais mistos, para a ocorrência de quaisquer movimentos de porções
subconjuntos ou para estruturas completas, internas, macroscópicas do material. Em geral, os elementos
externas ou pertencentes a elementos de comparti- submetidos à transferência de calor por condução
mentação. Eles devem ter por base o comportamento têm como condições de contorno transferências de
físico fundamental de modo a levar a uma aproxi- calor por convecção e radiação (Caldas, 2008).
mação confiável do comportamento esperado dos
componentes da estrutura em situação de incêndio”. A convecção refere-se à transferência de calor na
Ainda de acordo com a norma, os métodos avan- interface entre um fluido e as superfícies de um
çados podem incluir modelos separados para: sólido. A transferência é devida ao movimento
do fluido, que pode ser causado por forças exter-
• o desenvolvimento e a distribuição de tempera- nas ou pelo gradiente de temperatura no fluido,
tura nas peças estruturais (análise térmica); dando origem respectivamente às denominadas

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


convecções forçada ou natural. Em um comparti-
• o comportamento mecânico da estrutura ou de
mento incendiado têm-se correntes de convecção
alguma de suas partes (análise estrutural).
de direções aleatórias e altas velocidades devido ao
Quaisquer modos de ruína potenciais que não se- aumento de volume proporcionado pela combus-
jam cobertos pelo método empregado (incluindo tão, configurando uma convecção forçada.
instabilidade local e colapso por cisalhamento)
A radiação é a transferência de calor através de on-
devem ser impedidos de ocorrer por meio de um
das eletromagnéticas que podem ser absorvidas,
projeto estrutural adequado. Os métodos avança-
transmitidas ou refletidas pelas superfícies. Dife-
dos podem ser usados em associação com qual-
rentemente da condução e da convecção, a radia-
quer curva de aquecimento, desde que as proprie-
ção não necessita de um meio entre a fonte de
dades do material sejam conhecidas para a faixa de
calor e o receptor.
temperatura considerada.
241
Somente em casos simples é possível encontrar TEMPERATURAS ºC
soluções analíticas para o problema da transfe-
rência de calor. Portanto, em análises em situa-
ção de incêndio, os problemas de transferência
de calor são normalmente tratados experimen-
tal ou numericamente (Caldas, 2008).

O programa PilarMisto v.3.04.11, cujas bases


de desenvolvimento podem ser encontradas nos
trabalhos de Caldas et al., 2005, 2011 e Caldas,
2008, é capaz de calcular de forma adequada,
fundamentado nos princípios apresentados de
análise térmica, a distribuição de temperatura
em pilares mistos preenchidos de concreto, com
seção retangular e circular.

O programa, inicialmente, calcula a força axial


de compressão resistente de cálculo do pilar
misto em temperatura ambiente, conforme as Figura 4.19 – Exemplo de distribuição de temperatura
recomendações da ABNT NBR 8800:2008,
em função da seguinte entrada de dados: tipo Um ponto interessante que merece destaque é o
e dimensões da seção transversal, disposição e uso de pilares preenchidos com concreto sem ar-
quantidade das barras da armadura, compri- madura. Embora a norma brasileira (assim como
mentos de flambagem nas direções x e y, resis- a europeia) não restrinja seu uso, Pimenta et al.,
tência ao escoamento do aço do perfil e da ar- 2013, perceberam que, a menos que sejam pro-
madura e resistência à compressão característica tegidos externamente contra incêndio, a dimen-
do concreto. são máxima da seção transversal desses pilares não
deve ser superior a 360 mm e não devem ser uti-
A determinação da distribuição de temperatu- lizados em carregamento excêntrico, independen-
ra na seção transversal do pilar é feita a partir temente da dimensão da seção transversal, para
da curva-padrão de elevação da temperatura TRRF superior a 30 min. Nas demais situações,
dos gases em incêndio, apresentada pela ABNT os autores sugerem que os pilares sejam armados
NBR 14323:2013, em função do TRRF da edi- com taxa (r) igual ou superior a 1%.
ficação ou de parte dela, conforme as exigências
da ABNT NBR 14432:2000. Na Figura 4.19 é Para o caso de pilares sujeitos à compressão ex-
mostrado um exemplo de distribuição de tem- cêntrica, pode ser adotado o modelo de cálculo
peratura obtido com o programa. do Anexo H da EN 1994-1-2:2005, apresentado
a seguir (ver também Pimenta et al., 2013). Ob-
Uma vez determinada a distribuição de tem- serve-se que para a determinação da força axial re-
peratura, calculam-se as propriedades neces- sistente de cálculo, sem excentricidade, o método
sárias da seção transversal e a força resistente apresentado no Anexo H é diferente do apresen-
de cálculo em situação de incêndio, N fi,Rd, uti- tado no Procedimento Geral. Conforme Lennon
lizando as formulações do método analítico et al., 2007, o procedimento geral deve ser prio-
simplificado apresentadas. Vale lembrar que ritariamente utilizado em projeto, haja vista que
os comprimentos de flambagem nesta fase de- o método do Anexo H conduz a resultados ex-
vem ser aqueles em situação de incêndio, con- cessivamente conservadores, para pilares de baixa
forme apresentado.
242
esbeltez, e contra a segurança, para pilares esbeltos
(Aribert et al., 2008; Wang e Orton, 2008). N fi ,Sd
N fi ,eq ,Sd = (4.79)
φ sφδ
O método de cálculo para cargas excêntricas foi
desenvolvido por Grimauld, 1983. Dadas a excen-
M fi ,Sd onde fs e fd são parâmetros relacionados à taxa de
tricidade de carga δ = , a taxa de armadura armadura do pilar tubular e da excentricidade de
N fi ,Sd carga, dados pelas Figuras 4.20 e 4.21, respectiva-
r e a esbeltez do pilar, uma força axial equivalente mente. A armadura do pilar deve ser considerada
solicitante de cálculo em incêndio (Nfi ,eq ,Sd ) pode distribuída igualmente nas quatro faces.
ser determinada pela seguinte expressão:
Parâmetros fs

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Taxa de armadura do pilar - r(%)

Figura 4.20 – Parâmetro fs

243
Parâmetros fd

Parâmetro d/b ou d/d


Figura 4.21 – Parâmetro fd

Podem-se considerar as seguintes expressões para cálculo do parâmetro fs, modificadas a partir das desen-
volvidas por Grimault, 1983, que apresentam algumas inconsistências:

- para r ≤ 1,2 (expressão modificada)


               
(4.80-a)
   

- para r > 1,20 (expressão idêntica à de Grimault, 1983)


             (4.80-b)

Observa-se que o parâmetro fd é dado em função da excentricidade da carga (d) e do comprimento de


flambagem em incêndio (Le,fi), ambos relativos à dimensão externa da seção transversal do pilar misto, b
ou d, para seções tubulares quadradas ou circulares, respectivamente.

Também neste caso o parâmetro pode ser calculado por meio das seguintes expressões, diferentes das
apresentadas por Grimault, 1983, mas com o mesmo grau de aproximação:
244
- para Le,fi/b ou Le,fi/d = 40
φδ = −2,524δ 03 + 3,187δ 02 − 1,882δ 0 + 1,000 (4.80-c)

- para Le,fi/b ou Le,fi/d = 35


φδ = 6,881δ 04 − 11,045δ 03 + 7,176δ 02 − 2,718δ 0 + 1,000 (4.80-d)

- para Le,fi/b ou Le,fi/d = 30


φδ = 14,582δ 04 − 20,616δ 03 + 11,379δ 02 − 3,491δ 0 + 1,000 (4.80-e)

- para Le,fi/b ou Le,fi/d = 25

φδ = 21,823δ 04 − 29,695δ 03 + 15,281δ 02 − 4,165δ 0 + 1,000 (4.80-f )

- para Le,fi/b ou Le,fi/d = 20

φδ = −57 ,115δ 05 + 99,521δ 04 − 68,011δ 03 + 23,458δ 02 − 4,860δ 0 + 1,000 (4.80-g)

- para Le,fi/b ou Le,fi/d≤ 10

φδ = −41,822δ 05 + 81,267δ 04 − 60,838δ 03 + 22,607δ 02 − 4,926δ 0 + 1,000 (4.80-h)

onde d0 é igual a d/b ou d/d, para seções quadradas essa formulação, permite o uso de perfis retangulares.
ou circulares, respectivamente. Para valores inter-
mediários, pode-se fazer interpolação linear. O método do Anexo H da norma europeia possui
algumas exigências e limitações que devem ser
Então, para que um pilar tubular preenchido com atendidas para sua aplicação:
concreto, submetido à compressão excêntrica ou
ao efeito combinado de compressão axial e mo- • a excentricidade d não pode ser superior a 0,5

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


mento fletor, seja adequadamente dimensionado vez a dimensão externa do pilar;
em situação de incêndio, deve-se ter: • o comprimento de flambagem em situação de
incêndio não pode ser superior a 4,5m;
N fi ,eq ,Sd ≤ N fi ,Rd (4.81)
• a dimensão externa do pilar não pode ser infe-
O método acima pode ser aplicado a pilares tu- rior a 140 mm nem superior a 400 mm;
bulares de seção quadrada ou circular – embo- • a resistência característica do concreto não pode
ra não haja proibição explícita, a EN 1994-1- ser inferior a 20 MPa nem superior a 40 MPa;
2:2005 não é clara se o método abrange também
os pilares de seção retangular. Todavia, o progra- • a taxa de armadura do pilar não pode ser supe-
ma de computador PotFire V-2 do CIDECT rior a 5%;
(http://www.cidect.org/en/Software/), que usa
245
• o TRRF não pode ser superior a 120 min.
∑( A a f y,θ ) + ∑ ( As f ys,θ ) + ∑ ( Ac f ck,θ ) = 0 (4.83)
Nas situações em que for necessário se calcular a re- j k m

sistência de pilares que não se enquadrem nas exi-


gências e limitações apresentadas acima, devem-se onde as tensões são consideradas positivas para
utilizar os conceitos da engenharia estrutural e de tração e negativas para compressão, desprezan-
incêndio ou partir para outros métodos, inclusive do-se a resistência do concreto à tração. Obser-
os avançados de cálculo.Uma opção interessante é va-se que a posição da linha neutra é obtida por
o método do “Design Guide for SHS Concrete Filled tentativa, a partir de uma posição arbitrária –
Columns” (Hicks et al., 2002), apresentado a seguir. geralmente o eixo de simetria do pilar – até que
a equação seja atendida;
De acordo com Hicks et al., 2002, os pilares sub-
metidos à combinação dos esforços solicitantes • cálculo do momento fletor de plastificação de
força axial e momento fletor devem ser verificados cálculo, por meio da seguinte expressão:
pela seguinte expressão de interação:
M
MM
MxM
x, ,xfi,
fi,
x, fi,
,xplpl
fi,
, ,Rd
pl
fi,
,Rd
pl,Rd ===∑
pl,Rd
,Rd =∑∑(∑
=∑ (A(A(Aa(aAaAfafy,afy,fθy,θfy,θyyy,θ)yθ)y+)+y)+)∑
+∑∑(∑
+∑ (A(A(As(sAfsAfsys,fys,sfys,θfθys,θyys,yθ)yθ)y+)+y)+)∑
+∑
+∑
∑(∑
(A(A(Ac(cAfcAfcck,fck,cfck,θfck,θck,θyyθ)yθ)y)y))
N fi ,Sd M x , fi ,Sd M y , fi ,Sd jj j j j kk kk k mmmmm
+Kx +Ky ≤ 1,0 (4.82) (4.84)
N fi ,Rd M x , fi ,Rd M y , fi ,Rd
onde y é a distância de cada elemento ao eixo
Onde Kx e Ky são fatores de amplificação dos mo- neutro. O momento relativo ao eixo y é obtido
mentos, relativos aos eixos x e y, para levar em pela mesma expressão, “mutatis mutandis”.
conta os efeitos de segunda ordem em pilares es-
Uma opção que também pode ser utilizada é a apre-
beltos, devendo ser calculados em temperatura
sentada no Anexo Nacional Francês da EN 1994-
elevada, ou seja, são os mesmos fatores B1 dados
1-2 (FNA FNA EN 1994-1-2:2007), mas que é
no Anexo D da ABNT NBR 8800:2008,“mutatis
válida apenas para seções circulares e quadradas.
mutandis” para temperatura elevada.
Vale lembrar que a temperatura de cada elemento da
De acordo com o método, não se podem tomar
seção transversal deve ser obtida por análise térmica,
valores para os momentos fletores solicitantes
a partir da curva-padrão de elevação da temperatura
de cálculo inferiores a 0,03hNfi, Sd (ou 0,03bNfi,
dos gases em incêndio, de acordo com os métodos
Sd) e 0,03dN fi, Sd, para seções retangulares e cir-
avançados da ABNT NBR 14323:2013, como, por
culares, respectivamente. Além disso, a razão
exemplo, a distribuição de temperatura do programa
entre o momento fletor solicitante de cálculo
PilarMisto v.3.04.11 – veja-se a Figura 4.19.
e o momento fletor resistente de cálculo não
pode ser superior a 0,67.
4.4.3.3. Disposições construtivas
A determinação dos momentos fletores resisten-
tes de cálculo em temperatura elevada (iguais As seguintes disposições construtivas devem ser
aos momentos fletores de plastificação de cálcu- obedecidas no projeto:
lo) é feita de maneira similar à das forças axiais
resistentes de cálculo, já apresentada. Duas eta- • as dimensões e espaçamento dos estribos ao longo
pas são necessárias: do comprimento deverão ser conforme o recomen-
dado pela ABNT NBR 6118:2014, porém adotan-
• determinação da posição da linha neutra plástica do-se um máximo de 15 vezes o menor diâmetro
para cada eixo de referência, de forma tal que a das barras da armadura longitudinal do concreto;
seguinte equação seja atendida:
• deverão ser executados furos de no mínimo 20
246
mm de diâmetro em faces opostas, localizados
no topo do pilar em cada andar, respeitando-se comprimento de introdução de carga, conforme
um espaçamento máximo de 5,0 m entre eles; definido em 4.3.2.2.
• as ligações das vigas aos pilares mistos, caso No dispositivo tipo 1 são usados parafusos (co-
sejam usadas sem material de proteção, de- muns ou de alta resistência) cujo espaçamento en-
vem obedecer aos requisitos da ABNT NBR tre eixos, em qualquer direção, não pode ser infe-
14323:2013. rior a seis vezes o seu diâmetro. Podem ser usados
furos padrão ou ajustados. A cabeça dos parafusos
Os furos exigidos têm a função de deixar escapar o pode ser ponteada com solda na face externa do
vapor d’água produzido durante o incêndio, pelo perfil tubular, para evitar que esses se desloquem
aquecimento da água intersticial do concreto. É durante a concretagem do pilar. De acordo com a
um detalhe muito importante e imprescindível, norma brasileira, a força resistente de cálculo de
pois sua ausência pode causar efeitos catastróficos, cada parafuso deve ser tomada como o menor va-
pela possibilidade de explosão devido à pressão lor obtido das seguintes expressões:
exercida pelo vapor.

Quanto às ligações, a norma brasileira apresenta VRd = ℓ b d bσ c ,Rd ≤ 5d b2σ c ,Rd (4.85-a)
alguns tipos sem material de proteção, mas que
são de execução trabalhosa e dificultam ou mesmo d b2 f ub f
impedem a colocacao das armaduras. Por isso, por V Rd = 0 ,4π ≤ 2 ,4d b t u (4.85-b)
4 γ a2 γ a2
facilidade de execução, recomenda-se que as liga-
ções das vigas aos pilares sejam projetadas e exe-
cutadas de maneira convencional e recebam pro- onde:
teção contra incêndio, com a mesma especificação lb e db são o comprimento líquido (descontando-
da proteção das vigas. Além disso, toda a região se a espessura da parede do tubo) e o diâmetro dos
nodal dos pilares deve receber também a mesma parafusos, respectivamente;
proteção, até uma altura de 150 mm abaixo da
maior viga a eles ligados (na realidade, 150 mm t é a espessura da parede do tubo;
abaixo da ligação).
fu e fub são, respectivamente, a resistência à ruptura
do aço do tubo e do parafuso;
4.4.4. Dispositivos especiais para intro-
dução de cargas σc,Rd deve ser obtido do item 6.6.5 da ABNT
NBR 8800:2008 (veja-se também o Capítulo 5),
Conforme apresentado em 4.2.2.2(d), nas situa- tomando-se A2/A1 igual a 4.

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


ções em que as tensões de cisalhamento na inter-
face entre o aço e o concreto, no comprimento de A primeira expressão refere-se à resistência ao es-
introdução de carga, obtidas com base nos esfor- magamento do concreto sob os parafusos, na área
ços solicitantes de cálculo Vl,Sd e Ml,Sd, superarem correspondente ao produto do diâmetro do para-
os valores de tRd dados na Tabela P1 da ABNT fuso pelo seu comprimento, limitado a um valor
NBR 8800:2008, devem ser instalados conecto- máximo igual a cinco vezes o diâmetro. A segunda
res de cisalhamento ou outros dispositivos simi- expressão é a força de cisalhamento resistente de
lares para resistir à totalidade dos efeitos de Vl,Sd e cálculo de um parafuso, limitada pela força resis-
Ml,Sd. A ABNT NBR 16239:2013 apresenta dois tente de cálculo à pressão na parede do furo. Com
dispositivos especiais para transmitir essas ten- a limitação de o espaçamento ser no mínimo igual
sões: o tipo 1 e o tipo 2, apresentados na Figura a seis vezes o diâmetro, não é necessário conside-
4.22 e Figura 4.23, respectivamente. Vale lembrar rar sobreposição de tensão na primeira expressão e
que esses dispositivos devem estar situados no rasgamento entre furos consecutivos na segunda.
247
Figura 4.22 - Dispositivo tipo 1

Figura 4.23 - Dispositivo tipo 2


248
No dispositivo tipo 2 são feitas aberturas nas pa- ligação. Esse fator, ared, é dado por:
redes do perfil tubular de aço, nas quais soldam-
se chapas com conectores de cisalhamento tipo Ac (α f cd )
pino com cabeça. A força resistente de cálculo α red = 1 − 1,2ξ
Aa f yd + Ac (α f cd ) + As f sd
de cada conector de cisalhamento deve ser ob-
(4.86)
tida de O.4.2.1.1 do Anexo O da ABNT NBR
8800:2008, tomando-se Rg e Rp iguais a 1,0 . Para VSd
isso, o espaçamento entre os eixos dos conectores, ξ= (4.87)
N Sd
em qualquer direção, não pode ser inferior a seis
vezes o seu diâmetro e a solda entre a chapa e o
tubo deve ser adequadamente dimensionada con- onde VSd e NSd são respectivamente a força solici-
forme os critérios da ABNT NBR 8800:2008 e tante de cálculo transmitida ao pilar por todas as
ABNT NBR 16239:2013, onde aplicáveis. ligações do andar e a força solicitante de cálculo
do pilar imediatamente abaixo das ligações. Os
Por ser de mais fácil execução, recomenda-se, demais termos já foram definidos anteriormente.
sempre que possível, o uso do dispositivo tipo 1.

Uma alternativa de verificação da introdução de


4.5. LIGAÇÕES MISTAS
carga bastante atraente é a apresentada em Ku-
robane et al., 2004. Esse modelo de cálculo, de- 4.5.1. Conceitos – Escopo
senvolvido por Dunberryet al., 1987, permite
que se utilizem ligações convencionais (em chapa Uma ligação é denominada mista quando a laje
simples e perfis T) sem a necessidade de disposi- de concreto participa da transmissão de momento
tivos especiais para se transmitirem as cargas do fletor de uma viga mista para um pilar ou para ou-
aço para o concreto na região de introdução de tra viga mista adjacente. Quando o momento na
carga. Nessas ligações, uma rotação, mesmo que viga for negativo, a armadura da laje é tracionada,
modesta, é sempre esperada que aconteça, provo- e quando for positivo, a laje é comprimida (por
cando uma espécie de “amassamento” do aço con- exemplo, devido ao efeito do vento em pórticos).
tra o concreto, que contribui para a transmissão
de carga de um material para o outro. Segundo As ligações mistas podem ser usadas em vigas mis-
Kurobane et al., 2004, a transmissão de carga é tas contínuas e semicontínuas. Nas vigas mistas
afetada basicamente pelo comportamento da liga- contínuas, a ligação mista deve assegurar conti-
ção à rotação (e consequentemente a habilidade nuidade total, tanto do componente de aço quan-
de produzir forças laterais no concreto), seu com- to da laje de concreto nos apoios. Porém, uma li-
primento e a excentricidade da carga. Entretan- gação mista é geralmente classificada, com base na

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


to, torna-se improvável que a interação comple- rigidez, como semirrígida e, com base na resistên-
ta entre os dois materiais seja mantida, podendo cia, como de resistência parcial – para definições e
haver escorregamento relativo significativo entre esclarecimentos, veja-se Queiroz et al., 2001. As-
eles. Nessa situação, segundo os ensaios e estudos sim sendo, deve-se demonstrar experimentalmen-
realizados, a transmissão de cargas do aço para o te, ou por uma combinação adequada de análise
concreto ocorre numa região compreendida entre teórica e ensaios, que a ligação possui capacidade
3,5b e 2,0b, respectivamente abaixo e acima da de rotação suficiente para que se formem as ró-
ligação, sendo b a menor dimensão do pilar, bas- tulas plásticas previstas nas barras, mantendo sua
tante superior à região de introdução de carga pre- resistência ao momento fletor até que se desenvol-
conizada pelas normas. Os autores sugerem então va o mecanismo final de colapso (por exemplo,
um fator de redução a ser aplicado na resistência formação de rótulas plásticas nas ligações mistas
do núcleo de concreto, imediatamente abaixo da e desenvolvimento de momento próximo ao de
249
plastificação total no vão da viga mista). Não po- mista, resistência ao escoamento do aço do perfil,
dem ser atingidos estados limites não dúcteis como, tipo de carregamento da viga, se a viga é escorada
por exemplo, flambagens locais, instabilidades glo- ou não escorada, momento fletor resistente da li-
bais ou rupturas de parafusos e de armaduras. gação mista, etc.

Infelizmente, porém, as ligações mistas usualmen- Pelo exposto, torna-se necessária a definição pre-
te utilizadas na prática não possuem capacidade cisa do tipo de viga e da ligação para que sejam
de rotação suficiente para que seja atingida a re- válidas as prescrições de cálculo e projeto. Neste
sistência plástica total da viga mista a momento trabalho serão apresentadas somente ligações de
positivo no meio do vão. Por isso, a ABNT NBR vigas com perfis tubulares retangulares, sujeitas a
8800:2008 exige que o momento fletor resistente momento negativo, que não participam do siste-
de cálculo da viga mista na região de momentos ma de estabilidade lateral da edificação e com a
positivos seja reduzido pelo coeficiente βvm, caso tipologia apresentada na Figura 4.24. Quando o
se utilize ligação mista no apoio da viga, ou, em apoio da viga for um pilar (misto ou não, de se-
outras palavras, se a viga for semicontínua. Esse ção circular ou retangular), este pode participar da
coeficiente depende de vários fatores, dentre eles: distribuição de momentos no nó.
relação entre o vão da viga e a altura total da seção

Figura 4.24 - Tipologia da ligação mista

250
As propriedades fundamentais das ligações mistas validados por resultados de ensaios e simula-
são a rigidez inicial, o momento fletor resistente ções numéricas. A resistência última, a rigi-
de cálculo e a capacidade de rotação e que podem dez inicial e a capacidade de deformação são
ser obtidas da relação momento-rotação. Segundo as propriedades mais importantes;
Queiroz et al., 2001, as características da relação
momento-rotação de uma ligação mista podem ser c. combinação das propriedades dos componen-
determinadas de diversas maneiras, entre elas: tes para a determinação das características da
ligação como um todo, obtidas com a associa-
• ensaios; ção, em série ou em paralelo, das molas repre-
sentativas de cada componente ou grupo de
• cálculos por elementos finitos; componentes, levando-se em conta o equilíbrio
• métodos analíticos aproximados;
e a compatibilidade de deslocamentos.

• combinação dos métodos anteriores.


4.5.2.1.Componente armadura
Dentre os diversos métodos analíticos aproxima-
dos, cita-se o modelo dos componentes, adotado A quantidade de barras da armadura que partici-
pela ABNT NBR 8800:2008 e que conduz a re- pam da ligação mista é determinada pela largura
sultados bastante satisfatórios. Esse modelo será efetiva da laje de concreto na região de momento
apresentado e comentado a seguir. negativo, de acordo com as prescrições da ABNT
NBR 8800:2008. Adicionalmente, caso o elemen-
to suporte seja um pilar, as barras da armadura
4.5.2. Método dos componentes – carac- devem ser dispostas de forma tal que o centro geo-
terização e comportamento métrico das barras situadas do mesmo lado da linha
de centro das vigas apoiadas fique a uma distância de
O método dos componentes, de acordo com
0,7bc a 2,5bc dessa linha de centro, sendo bc a largura
Queiroz et al., 2001, consiste em dividir a ligação do pilar na direção transversal às barras.
em seus componentes básicos, como, por exem-
plo, as armaduras, os conectores de cisalhamento A força resistente de cálculo das barras da arma-
e a ligação metálica (do perfil de aço). O procedi- dura é dada por:
mento pode ser expresso em três passos, como a
seguir: Fs ,Rd = f sd Asl (4.88)
a. identificação dos componentes básicos re-
levantes da ligação, definidos como aqueles A rigidez inicial proporcionada pelas barras da ar-
que contribuem e influenciam efetivamen- madura da laje de concreto é dada por:

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


te no comportamento da ligação. Uma vez
onde Asl é a área da armadura longitudinal que
identificados, devem ser agrupados confor-
participa da ligação e ha é a largura do apoio na
me sua resposta à solicitação: tração, com-
direção paralela à viga. Nessa expressão, conside-
pressão, flexão e cisalhamento. Cada um des-
ra-se apenas o trecho mais solicitado da armadu-
tes componentes ou grupo de componentes
ra, entre o eixo do apoio e o primeiro conector
é representado por uma mola translacional
(observa-se que a distância entre a face do apoio e
(ou, em certos casos, rotacional);
o primeiro conector foi tomada igual a zero na ex-
b. determinação das propriedades estruturais de pressão), desprezando-se o efeito de enrijecimento
cada um dos componentes, com base em cur- da armadura proporcionado pelo concreto que a
vas força-deslocamento derivadas de modelos envolve (efeito tension stiffening). Esse efeito, po-
mecânicos de diferentes níveis de sofisticação, rém, deve ser levado em conta na determinação da
251
capacidade de deformação das barras da armadura aumento da deformação da armadura, com pouco
e será apresentado a seguir. ou nenhum aumento da tensão, ou seja, há um sal-
to (Δεsr) na deformação da armadura – região B. O
A Figura 4.25 apresenta o comportamento ideali- valor de Δεsr é influenciado pela dispersão da resis-
zado da armadura envolvida pelo concreto sob tra- tência à tração do concreto, pela taxa de armadura
ção, de acordo com o modelo do CEB-FIP, 1990, e pelo comportamento da aderência entre a arma-
adotado pela ABNT NBR 8800:2008, em conjun- dura e o concreto. Na seção da fissura, a deforma-
to com o comportamento da armadura isolada. ção do concreto é zero e a da armadura é máxima.
Afastando-se da fissura, a deformação da armadura
vai se reduzindo e a do concreto, aumentando, até
que a uma certa distância, denominada comprimen-
to de introdução (Lt), não haja mais qualquer de-
formação diferencial entre os dois materiais – Figura
4.26 (da Mata, 2005). Esse estágio de fissuração é
denominado de formação inicial de fissura. A par-
tir daí (região C), diminui a taxa de deformação da
armadura com aumento significativo da tensão. Ao
contrário do estágio de formação inicial de fissura,
essa fase é caracterizada pela diferença de deformação
entre o concreto e a armadura ao longo de todo o
comprimento do elemento. Novas fissuras poderão
surgir apenas se a aderência da armadura for sufi-
ciente para induzir tensões no concreto superiores à
resistência à tração do concreto. Esse estágio é deno-
minado de formação estabilizada de fissura – Figura
Figura 4.25 - Diagrama tensão-deformação idealizado da armadu- 4.26. A região D é denominada estágio pós-escoa-
ra isolada e da armadura envolvida pelo concreto
mento e é influenciada pela falha local da aderência
A região A descreve o comportamento da seção não fis- da armadura, o alongamento sob carga máxima e a
surada, em que as tensões e deformações podem ser cal- relação entre as resistências ao escoamento e à tração
culadas por meio da teoria elástica fundamental. Após da armadura (Hanswille, 1997).
o atingimento da resistência à tração do concreto
(σsrl), inicia-se o processo de fissuração da seção e o

Figura 4.26 - Distribuição de deformação na armadura e no concreto fissurado


252
Como se pode facilmente notar na Figura 4.25, a fctm, resistência média à tração do concreto, igual
rigidez da armadura é aumentada pelo concreto a 0,3(fck)2/3;
sob tração (daí o termo tension stiffening), mas sua
ductilidade é reduzida significativamente. Torna- kc, coeficiente que leva em conta o equilíbrio e a
se necessário, portanto, considerar esse efeito na distribuição das tensões na laje de concreto ime-
determinação da capacidade de deformação da ar- diatamente antes da ocorrência das fissuras, toma-
madura, conforme apresentado a seguir. do igual a 1,0 de forma conservadora ou de forma
mais precisa, usando-se a seguinte expressão:
A capacidade de deformação das barras da arma-
dura, que devem ser de aço CA-50 com diâmetro 1
kc = + 0,3 ≤ 1,0 (4.94)
mínimo de 12,5 mm, é dada por: tc
1+
2 y0
Δ us = Lε smu (4.90)
onde:
onde
tc é a espessura da laje acima da fôrma e y0 é a dis-
L é o comprimento de introdução (na ABNT tância entre os centros geométricos da laje de con-
NBR 8800:2008, é chamado de comprimento de creto e da seção mista homogeneizada na região
referência), podendo, simplificadamente e a favor de momentos negativos (veja-se a Figura 4.27).
da segurança, ser tomado igual a 200 mm, sendo
que as distâncias do primeiro conector até a face e
até o centro do elemento de apoio não podem ser
inferiores a 100 mm e 200 mm, respectivamente;
εsmu é a deformação da armadura envolvida pelo
concreto, correspondente ao limite de resistência
(veja-se a Figura 4.25), igual a:

# σ &
ε smu = ε sy − βt Δε sr + δ0 %%1− srl (( (ε su − ε sy ) (4.91)
$ f ys '
Figura 4.27- Definição dos termos para cálculo de Kc
Com βt e δo iguais a 0,4 e 0,8, respectivamente, e:
A seção mista homogeneizada compreende o per-
f ctm K c fil de aço e a laje de concreto com sua largura efe-

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Δε sr = (4.92)
tiva dividida pela razão modular αE = E/Ec , sendo
δ s Es
E e Ec os módulos de elasticidade do aço e do con-
f ctm K c ⎞ ⎛ δ s E s ⎞ creto, respectivamente, considerando o concreto
σ srl = ⎛⎜ ⎟ ⎜1 + ⎟ (4.93) não fissurado. A posição da linha neutra deve ser
⎝ δ ⎠⎝ Ec ⎠ obtida admitindo distribuição linear de tensões na
seção homogeneizada.
δs igual à taxa de armadura (relação Asl/Ac), onde
Acé igual à área da mesa de concreto, isto é, a área Como se pode facilmente verificar, a capacidade
da laje efetiva de concreto transversal à viga; de deformação da armadura depende fundamen-
talmente dos seguintes fatores:
εsy e εsu iguais às deformações correspondentes à
resistência ao escoamento e à resistência máxima à • taxa de armadura da laje;
tração da armadura isolada, respectivamente;
253
• deformação correspondente à resistência máxi- Kr é igual a 1000kN/cm para conectores com
ma à tração da armadura isolada; 19 mm de diâmetro, em lajes maciças ou em lajes
com forma metálica para as quais o produto RpRg
• resistência do concreto à tração. seja igual ou superior a 0,75;
O aumento da taxa de armadura e da deformação
conduz ao aumento da capacidade de deformação v − (v −1) ( d − 0,5t + y ) (4.97)
α=
da armadura. Sabe-se que, quanto maior o diâme- d s (ξ +1)
tro da barra, maior sua capacidade de deformação I
sob carga máxima. Por isso, a norma brasileira exi- ξ = 2a (4.98)
d s Asl
ge que as barras da armadura de ligações mistas
tenham, no mínimo, 12,5 mm de diâmetro e se- ! (ξ +1) nksc L1d s2 $
1/2

ν =# (4.99)
jam de aço CA-50. Por outro lado, quanto maior &
" Ea I a %
a resistência à tração do concreto, menor será a
capacidade de deformação da armadura. Reco-
menda-se, portanto, que o concreto da laje não d, t e y são a altura da viga, a espessura do tubo e
seja especificado com resistência superior à míni- a distância da armadura à face superior da viga,
ma permitida pelo cálculo estrutural. respectivamente, como mostrado na Figura 4.25;

Ea é o módulo de elasticidade do aço da viga;


4.5.2.2. Componente conector
L1 é o comprimento da viga na região de momento
A rigidez inicial deste componente, Ksc, depende negativo, podendo ser tomado igual a 15% do vão;
do número de conectores na região de momento
negativo e de suas características. Vale lembrar que ds é a distância do centro geométrico do perfil de
a interação deve ser completa na região de mo- aço ao centro geométrico da armadura;
mento negativo, isto é, o número de conectores Ia é o momento de inércia do perfil de aço.
deve ser suficiente para que possa ser desenvolvida
plenamente a força de tração resistente de cálculo A capacidade de deformação dos conectores de
da armadura. Dessa forma, tem-se: cisalhamento na região de momento negativo é
dada pela seguinte expressão:
Fcs,Rd = ∑Q Rd ≥ Fs,Rd (4.95)
Fs ( B )
s (B )
= 2s ( A) (4.100)
nk Fs ( A )
kcs = r (4.96)
α
onde:
onde:
0,7QRK
Fcs,Rd e QRd são respectivamente a força resistente s( A) = (4.101)
Kr
de cálculo dos conectores de cisalhamento e a for-
ça resistente de cálculo de um conector, obtida da
Fs ( A ) = K cs s ( A ) (4.102)
ABNT NBR 8800:2008;

Fs,Rd é a força resistente de cálculo da armadura, Fs ( B ) = Asl f ys (4.103)


conforme item 4.5.2.1;
QRK é a força resistente nominal de um conector,
n é o número de conectores na região de momen- igual a 1,25QRd.
to negativo;
254
Essas expressões foram obtidas da relação momen- 4.5.2.3. Componente ligação metálica
to-rotação dos conectores, Figura 4.28. Na figura,
o ponto A corresponde ao início do escoamento A ABNT NBR 8800:2008 permite que se des-
do conector de cisalhamento mais solicitado. O preze a contribuição da ligação da alma da viga
valor correspondente da força na armadura, Fs(A), apoiada para a rigidez e a resistência a momento
e o escorregamento entre a extremidade da laje e da ligação mista com chapa de extremidade, con-
a extremidade da viga, s(A), podem ser calculados, siderando-se essa ligação apenas para a transmis-
uma vez que as rigidezes iniciais Kr de um conec- são da força cortante. Para isso, é necessário que
tor e Kcs do grupo de conectores são conhecidas. a espessura da chapa de extremidade não seja su-
O trecho elástico da origem até o ponto A é con- perior à metade do diâmetro dos parafusos (que
siderado válido até um valor máximo da força no devem ser de alta resistência). Adicionalmente,
conector mais solicitado igual a 0,7QrK , obtendo- devem ser obedecidas as disposições e limitações
se assim a expressão para s(A). Com a rigidez Kcs apresentadas na Figura 4.24, a saber:
do conjunto de conectores na região de momento • a resistência da solda da mesa inferior da viga tu-
negativo, obteve-se a expressão para Fs(A). bular com a chapa de extremidade deve ser igual
O ponto B corresponde à força máxima na arma- ou superior à da mesa inferior; o mesmo se aplica
dura, que para interação completa é igual à força à região da curva de concordância do tubo;
de tração resistente da armadura. O escorrega- • a distância da face superior da viga à primeira
mento s(B) da extremidade, devido ao comporta- linha de parafusos deve ser igual ou superior a
mento elastoplástico dos conectores de cisalha-
4db, onde db é o diâmetro dos parafusos;
mento entre A e B, foi obtida com a consideração
de que a rigidez secante do ponto B (Fs(B)/s(B)) é • as distâncias da linha vertical dos furos à alma do
igual a metade da rigidez inicial (FsA)/s(A). O es- tubo e à extremidade da chapa devem ser iguais
corregamento s(B) é considerado como valor limite ou superiores a 3db e 1,5db, respectivamente;
para os conectores, determinando, assim, sua ca-
pacidade de deformação. • a resistência ao escoamento da chapa de extre-
midade deve ser menor ou igual a 350 MPa.
Momento
D Considerando que haja enrijecedores na alma do
B pilar (interno ou externo ao tubo), no nível da
mesa inferior da viga, pode-se considerar que a ri-
gidez inicial da ligação da mesa inferior seja infini-
A ta e a capacidade de deformação seja igual a zero:

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Ki = ∞, ∆ui = 0 (4.104)

A força resistente de cálculo é baseada na resis-


tência ao esmagamento da mesa inferior da viga
e deve ser igual ou superior à da armadura. Logo:
0
Rotação
Figura 4.28 - Curva momento-rotação dos conectores
Fi ,Rd = 1,25 f yd A fi ≥ Fs ,Rd (4.105)

Na expressão acima, pode-se tomar para Afi a área


da mesa inferior e da região da curva de concor-
dância do tubo.

Caso não haja tais enrijecedores, devem-se alterar 255


adequadamente a rigidez, a resistência e a capaci- a mesma rotação θ, apesar do escorregamento, s,
dade de deformação da ligação da mesa inferior. na região dos conectores (Figura 4.27):
Essas situações, porém, estão fora do escopo deste
livro. Para cálculo, recomendam-se duas publi- M (d − 0,5t + y )2 (d − 0,5t + y )2
cações: “Joints in Steel Construction – Composite Si = = =
θ ⎛ 1 1 1 ⎞ ⎛ 1 1 ⎞
Connections” (Couchman e Way, 1998) e “Design ⎜ + + ⎟ ⎜ + ⎟
of Composite Joints for Buildings” (Anderson et ⎝ K s K cs K i ⎠ ⎝ K s K cs ⎠
(4.106)
al., 1999), fazendo-se as devidas adaptações para
adequar suas recomendações às situações especí- A expressão acima foi determinada fazendo-se a
ficas das estruturas tubulares. Entretanto, para associação em série das molas dos componentes,
pilares tubulares preenchidos com concreto, o en- com rigidezes iguais a Ks, Ki (lembrando-se de que
genheiro responsável pelo projeto, utilizando os Ki é igual a infinito) e Kcs. Com Δs, Δi e s iguais ao
conceitos estruturais aplicados a estruturas mistas alongamento da armadura, deslocamento na liga-
(engineering judgement), pode considerar também ção inferior e escorregamento entre a laje e o perfil
os mesmos valores para a rigidez inicial e a capa- metálico, respectivamente, tem-se:
cidade de deformação da ligação da mesa inferior
apresentados acima, dado o enrijecimento local Fs F F
proporcionado pelo concreto de preenchimento. Δs = , Δi = i , s = cs (4.107)
Ks Ki K cs

4.5.2.4. Ligação mista completa

A rigidez inicial da ligação, Si, definida como a A rotação das seções extremas da viga e da laje,
relação entre o momento solicitante e a rotação da consideradas paralelas, é dada por:
ligação, é dada pela expressão seguinte, desprezan-
do-se a contribuição da ligação da alma e admitin- Δ s + Δi + s (4.108)
θ=
do-se que as extremidades da viga e da laje sofram d − 0,5t + y

Figura 4.29 - Modelo para a rigidez da ligação mista


256
Considerando que o momento fletor é dado por 4.5.3. Capacidade de rotação necessária
(lembrando-se de que a resistência da ligação da
alma foi desprezada): Como a resistência última da ligação mista é me-
nor que o momento plástico da viga mista, a pró-
M = Fs (d − 0,5t + y) (4.109) pria ligação tem que garantir a rotação necessária
para o desenvolvimento do máximo momento
positivo da viga, normalmente inferior ao mo-
e que
mento plástico. A capacidade de rotação necessá-
ria é dada nas tabelas R.1 a R.3 da ABNT NBR
Fs = Fi = Fcs (4.110)
8800:2008, com base nos trabalhos de Li et al.,
1996, e Couchman& Way, 1999, aqui reproduzi-
(por definição, as forças na mesa inferior e nos das nas Tabelas 4.2 a 4.4. Nessas tabelas:
conectores são limitadas pela força na armadura),
chega-se, dividindo o momento fletor pela rota- • L/dt é a relação entre o comprimento do tramo
ção, à expressão da rigidez inicial da ligação. e a altura total da viga mista, isto é, a altura do
perfil de aço somada à altura da laje;
O momento fletor resistente de cálculo é dado
apenas pela força na armadura, ou seja: • DL significa carga uniformemente distribuída;

• 1CL significa uma carga concentrada no centro


M Rd = Fs ,Rd ( d − 0,5t + y ) = f sd Asl ( d − 0,5t + y ) da viga;
(4.111)
• 2CL significa duas cargas concentradas nos ter-
A capacidade de rotação da ligação é determinada ços do vão da viga.
atribuindo-se aos deslocamentos dos componen-
tes seus valores limites: Observa-se que a capacidade de rotação necessária
é dada em função de bvm, ou seja, quanto menor
Δ us + Δ ui + s (B ) Δ + s (B ) for o valor de bvm escolhido, menor a capacidade
θu = = us (4.112) de rotação necessária.
d − 0,5t + y d − 0,5t + y
Para que as tabelas sejam aplicáveis é necessário que:
(lembrando-se de que Δui é igual a zero).
a. o momento fletor resistente de cálculo da liga-
Ressalta-se que esse modelo de cálculo foi desen- ção seja igual ou superior a 30% do momento
volvido considerando que a viga seja mista em to- fletor resistente da viga mista no meio do vão;
das as etapas do carregamento, isto é, a viga seja
escorada. No caso de vigas não escoradas, parte b. cada tramo da viga tenha ligações mistas em

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


significativa do carregamento é aplicada apenas à ambas as extremidades ou tenha uma extre-
viga de aço, modificando completamente o mode- midade perfeitamente rotulada e outra com
lo de cálculo. Porém, estudos (Couchman & Way, ligação mista.
1999, Li et al., 1996) mostra – e a ABNT NBR
8800:2008 permite – que a capacidade de rotação As tabelas R.1, R.2 e R.3 podem ser usadas para
para vigas não escoradas pode, a favor da segu- outras situações, fazendo-se os seguintes ajustes:
rança, ser determinada como apresentado acima, a. para aços estruturais com resistência ao esco-
aumentando o valor em 10%. amento, fy, entre 275 MPa e 350 MPa, pode-
se interpolar linearmente na tabela (não são
previstos aços com resistência ao escoamento
maior que 350 MPa);
257
b. para aços com fy = 250 MPa, podem ser usa- Tabela 4.4 - Capacidade de rotação necessária (mrad) – bvm = 0,85
dos, do lado da segurança, os valores indica-
dos para fy = 275 MPa. fy = 350 MPa fy = 275 MPa
L/dt
No caso de construções escoradas, as rotações ne- DL e 1CL 2CL DL e 1CL 2CL
cessárias são inferiores aos valores tabelados, po- 15 15 22 14 20
dendo ser tomadas iguais a 70% desses valores. 20 23 32 19 26
25 29 40 23 32
Tabela 4.2 - Capacidade de rotação necessária (mrad) – bvm = 0,95
30 34 48 27 37

fy = 350 MPa fy = 275 MPa


L/dt Em Queiroz et al., 2001 apresenta-se um resumo
DL e 1CL 2CL DL e 1CL 2CL do processo de obtenção dos valores das tabelas.
15 29 43 28 39 O processo apresentado em Queiroz et al., 2001
20 46 64 38 52 considera que há interação completa entre a laje
25 57 80 46 63 e o perfil metálico na região de momento positi-
30 67 95 54 74 vo. Porém, afirma-se que, quando se utiliza inte-
ração parcial, a capacidade de rotação necessária
da ligação é inferior à que se obteria na interação
Tabela 4.3 - Capacidade de rotação necessária (mrad) – bvm = 0,90
completa. Assim, as tabelas podem, a favor da se-
fy = 350 MPa fy = 275 MPa
gurança, ser usadas também para vigas com inte-
L/dt ração parcial na região de momento positivo.
DL e 1CL 2CL DL e 1CL 2CL
15 22 32 21 29
20 35 48 29 39
25 43 60 35 47
30 50 71 41 56

4.6. EXEMPLOS DE UTILIZAÇÃO

EXEMPLO 1
Dimensionar a viga V1 como mista biapoiada, considerando perfis tubulares de seção retangular e circular.

258
Considere os seguintes dados construtivos e dos materiais:

Pé-direito: 4,0m

Laje Mista: Steel Deck MF-75; 0,80mm; altura total de 150mm (tc = hf = 75mm)

Revestimento: CP1 = 1,0kN/m²

Divisórias: CP2 = 1,0kN/m²

Sobrecarga: SC1 = 5,0kN/m²

Peso próprio da estrutura (perfis de aço mais laje de concreto):

⎛ hf ⎞ ⎛ 0,075 ⎞
CP3 = 0,25kN/ m2 + ⎜ + tc ⎟ × γ conc = 0,25 + ⎜ + 0,075 ⎟ × 24 = 2,95kN/ m 2
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠

Sobrecarga antes da cura: SC2 = 1,0kN/m²

Perfil de aço Concreto Conectores de cisalhamento

fy = 350MPa fck = 20MPa fucs = 415MPa

Ea = 200000MPa *Ec = 21287MPa f 19,0mm - Acs = 2,85cm2


*Para concreto de densidade normal: Ec = 0,85×5600×(fck)0,5

Carga Linear na Viga:

qCP 1 = 1,0 × (1,5 + 1,5) = 3,0kN/m

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


qCP 2 = 1,0 × (1,5 + 1,5) = 3,0kN/m
qCP 3 = 2,95 × (1,5 + 1,5) = 8,85kN/m
qSC 1 = 5,0 × (1,5 + 1,5) = 15,0kN/m
qSC 2 = 1,0 × (1,5 + 1,5) = 3,0kN/m

259
Cálculo do momento fletor máximo para os casos de carregamento:
qCP 1L2 3,0 × 9,02
MCP 1 = = = 30,375 kNm = 3037,5 kNcm
8 8
qCP 2 L2 3,0 × 9,02
MCP 2 = = = 30,375 kNm = 3037,5 kNcm
8 8
q L2 15,0 × 9,02
M SC 1 = SC 1 = = 151,875 kNm = 15187,5 kNcm
8 8
q L2 8,85 × 9,02
MCP 3 = CP 3 = = 89,610 kNm = 8961,0 kNcm
8 8
qSC 2 L2 3,0 × 9,02
M SC 2 = = = 30,375 kNm = 3037,5 kNcm
8 8

Cálculo do momento fletor solicitante de cálculo:

- Depois da cura:
MSddc = 1,5( MCP1 + MCP 2 + MSC 1 ) + 1,35( MCP 3 )
∴ MSddc = 1,5 × (3037,5 + 3037,5 + 15187,5) + 1,35 × (8961) = 43991kNcm

- Antes da cura:
M Sdac = 1,25( MCP 3 ) + 1,30( M SC 2 )
∴ M Sdac = 1,25 × (8961) + 1,30 × (3037,5) = 15150 kNcm

Cálculo da força cortante máxima para os casos de carregamento:


q L 3,0 × 9,0
VCP 1 = CP 1 = = 13,50 kN
2 2 q L 8,85 × 9,0
VCP 3 = CP 3 = = 39,83 kN
qCP 2 L 3,0 × 9,0 2 2
VCP 2 = = = 13,50 kN
2 2 q L 3,0 × 9,0
VSC 2 = SC 2 = = 13,50 kN
qSC 1L 15,0 × 9,0 2 2
VSC 1 = = = 67,50 kN
2 2

Cálculo da força cortante solicitante de cálculo:


VSd = 1,5(VCP 1 + VCP 2 + VSC 1 ) + 1,35(VCP 3 )
∴VSd = 1,5(13,50 + 13,50 + 67,50) + 1,35(39,83) = 195,52 kN

Verificação das combinações de carregamentos para verificação dos deslocamentos:

Segundo o Anexo C da ABNT NBR 8800:2008,


260
δmax = δ1 + δ 2 + δ 3 − δ 0 ≤ δ lim = L 350

δmax corresponde aos deslocamentos que afetam a aparência da estrutura e são obtidos por meio de com-
binações quase permanentes de serviço;

δ A = δ2 + δ3 ≤ δlim = L
350

δA corresponde aos deslocamentos que afetam elementos não estruturais e são obtidos por meio de com-
binações raras de serviço;

onde:
δ1 é o deslocamento vertical devido às ações permanentes sem considerar os efeitos de longa duração;
δ2 é o deslocamento vertical devido somente aos efeitos de longa duração das ações permanentes;
δ3 é o deslocamento vertical devido à parcela quase permanente das ações variáveis considerando os efeitos
de longa duração;
δ0 é a contra flecha especificada para a viga.

PERFIL TUBULAR DE SEÇÃO RETANGULAR:

Propriedade geométricas:

Tubo Estrutural V&M 300x180x8 mm


Comprimento: L = 9000mm
Altura: h = 300mm
Largura: b = 180mm

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Espessura: t = 8mm
Massa por metro: P = 57,3kg/m
Área da seção: Aa = 73,0cm2
Momento de Inércia: Ia = 8707cm4
Módulo Elástico a flexão: Wa=580cm³
Módulo Plástico a flexão: Za=710cm³

261
Perfil I equivalente utilizado no cálculo da viga mista:

PS 300x180/180x8,0/8,0x16,0mm
Comprimento: L = 9000mm
Altura: h = 300mm
Largura: b = 180mm
Espessura da mesa: t = 8mm
Espessura da alma: t = 16mm
Massa por metro: P = 58,28kg/m
Área da seção: Aa = 74,24cm2
Momento de Inércia: Ia = 9195cm4
Módulo Elástico a flexão: Wa=612,98cm³

Verificação da esbeltez do Perfil:


Como informado anteriormente, para que a seção do perfil tubular retangular seja considerada compacta,
deve ser atendida a seguinte condição:

he E
≤ 2,42
t fy

Cálculo do
de hee::

he = h − 2(rc ) = 300 − 2 × 24 = 252mm


he = h - 2rc = 300 - 2 × 24 = 252mm
 

Onde rc é o valor do raio de concordância do perfil tubular retangular, que, nesse caso, equivale a oito vezes
a espessura do perfil.

Não há necessidade de diminuir também a parcela relativa à espessura do perfil, pois o raio de concordân-
cia é externo.

Portanto:

262
he 252
= = 31,5
t 8,0

20000
2,42 × = 57,85
35

he E
≤ 2, 42 × → Seção compacta → Ok!
t fy

- Verificação da viga mista considerando interação completa:


hi = 1,0
- Largura efetiva da laje:
⎧⎧ ⎛1⎞ ⎛1⎞
⎧⎜⎛⎜⎛ 11 ⎟⎞⎟⎞ LL == ⎛⎜⎛⎜ 11 ⎞⎟⎞⎟××9000
9000 == 1125mm
1125mm

bbb ≤ ⎪⎪⎪⎝⎜⎝ 88 ⎟⎠⎠ L = ⎝⎜⎝ 88 ⎠⎟⎠ × 9000 = 1125mm
≤≤ ⎨⎨⎝ 81 ⎠ ⎝8⎠
22 ⎨ ⎛ 1 ⎞⎞ ⎛1⎞
⎪ ⎛
2 ⎪⎪⎜⎜⎛ 1 ⎟⎟⎞(vão (vão laje)laje) == ⎛⎜⎛ 11 ⎞⎟⎞××3000
3000 = 1500mm
⎪⎪⎝⎜⎝ 22 ⎠⎟⎠ (vão laje) = ⎝⎜⎝ 22 ⎟⎠⎟⎠ × 3000 ==1500mm
⎜ 1500mm
⎩⎩

⎩⎝ 2 ⎠ ⎝2⎠
∴bb == 2250mm
∴ 2250mm = 225cm
∴b = 2250mm == 225cm 225cm

- Força de cisalhamento de cálculo entre a laje e o perfil:


35
⎧⎧
⎧ A f = 74,24 × 35
35 == 2362,18kN
2362,18kN
⎪ A f = 74,24
⎪ Aa f yd = 74,24 × 1,10
a yd × = 2362,18kN
⎪ 1,10
≤≤ ⎨⎪
a yd
FF ⎨ 1,10
hd ≤ ⎨
Fhdhd 2,0
⎪⎪0,85
0,85 ff bt
bt =
= 0,85
0,85 ×× 2,0
2,0 ×× 225
225×× 7,5
7,5 == 2049,1kN
2049,1kN
⎪0,85 fcdcd btcc = 0,85 × 1,


cd c
4 × 225 × 7,5 = 2049,1kN

⎩⎪ 1, 4
1, 4

∴∴FFhd == 2049,1kN
2049,1kN
∴ Fhdhd = 2049,1kN

- Resistência e distribuição dos conectores:

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos



⎧⎧⎧11 A Acs ff ckEEc
⎪⎪⎪ 12 Acs γ f ck Ec →
cs ck c → Esmagamento
Esmagamento do concreto
concreto
⎪ 2 γ → Esmagamento dodo concreto
QRd ≤≤ ⎨⎪⎨ 2R R Aγcscs f
cs
Q
Rd ≤ ⎨
QRd
⎪⎪⎪RRggg RRppp A
Acscscs ffucs
ucs
→ Cisalhamento
→ Cisalhamento do conector
conector
⎪ → Cisalhamento do
ucs
⎪⎩⎪⎩ γγγcscs do conector

⎩ cs

- Conector do tipo “pino com cabeça”:


⎧φ19,0mm → → A Acs == 2,85cm
2,85cm222
⎪⎧⎪⎨⎪⎧φφ19,0mm
19,0mm → Acs = 2,85cm cs
⎨⎨ f = 415MPa = 41,5kN cm222

⎪⎩⎩⎪ fucs
f ucs = 415MPa = 41,5kN // cm
⎩ ucs = 415MPa = 41,5kN / cm
263
1AAcs ff ckEEc 11 2,85 2,85 × 2,0×× 2128,7
2128,7
Q QRd ((cc)) = 1
( c ) = 1 Acs
cs fckck Ecc == 1 ×× 2,85×× 2,02,0 × 2128,7 == 74,
74, 4kN == 7438,
7438, 4kgf
Q Rd = 22
Rd
γ cs
γ = 22 × 1,25
1,25 = 74,4kN
4kN = 7438,4kgf
4kgf
2 γcscs 2 1,25

⎪⎧φ19,0mm → Acs = 2,85cm
2


⎪⎩ f ucs = 415MPa = 41,5kN / cm
2

- Esmagamento
do concreto:
1 Acs f ck Ec 1 2,85 × 2,0 × 2128,7
(c )
Q Rd = = × = 74, 4kN = 7438, 4kgf
2 γ cs 2 1,25

- Ruptura do conector:

Neste caso, deve-se considerar o número de conectores e sua distribuição ao longo da viga (steel deck per-
pendicular à viga).
»» Hipótese 1: considerando 1 conector por canaleta
1,0 × 0,75 × 2,85 × 41,5
(1)
Q Rd = = 71,0kN = 7096,5kgf
1,25
(conector 1,0 × 0,75 × 2,85 de×maior 41,5 resistência)
Q Rd(1)
= 1,0na posição
× 0,75 × 2,85 × 41,5 = 71,0kN = 7096,5kgf
Q Rd(1)
=∑ Q Rd η1,25 i Fhd 1,0 × 2049,1
= 71,0kN = 7096,5kgf
nc =
Número de conectores: = 1,25 = = 28,9 → 29 conectores
Q Rd Q Rd 71,0
(1) ∑ 1,0Q × 0,75 η ×F2,851,0 × 41,5
× 2049,1
QncRd= = Q Rd = ηi Fhd = 1,0 × 2049,1 = 71,0kN = 28,9 = 7096,5kgf
→ 29 conectores
nc = Q
∑[(RdLRd/ 2)= −Q1,25 = ]×=41,571,0
(9000 / 2 − 350mm)→ 29 conectores
=
i hd
e× 0,75(pilar)
Rd 28,9
n = Q1,0 Q × 2,85 71,0 = 15,1 → 15 canaletas
Rd = = 71,0kN = 7096,5kgf
(1)
Qcan Rd
l
Rd
274
Número ∑1,0Qde× 0,75
nncRd=== [( Le Rd/ 2)=−1,25
Q (1)
(canaleta
η1,25

canaletas × 2,85
MF75)
i Fhd
(pilar) entre× 41,5
=] = (9000
1,0 ×os2049,1
pontos
= 71,0kN de momento
/ 2 −=350mm)
28,9= 7096,5kgf máximo e de momento nulo:
→= 15,129 conectores
can [
Q( LRdle / 2) −Q (pilar) ] (9000
71,0 / 2274 − 350mm) → 15 canaletas
ncan(2)= 0,85 = = → 15 canaletas
∑QRd ×=0,75 15,1
Rd
(canaleta
ηi Fhd× 2,85
− MF75)
1,0××41,5
2049,1 0,85 × 0,60 × 2,85 × 41,5
nQc Rd= = l(canaleta − MF75) = + 274 = 28,9 → 29 = 108,6kN = 10857,6kgf
conectores
Como ∑Q(LcRd>n
nc (2)= [n0,85
Q Rd , deve
e / can 2)
η
−Q
=0,75
1,25
F
(pilar)
i Rd 1,0
hd ser feita71,0
=] ×(9000
× 2049,1
outra/ 2distribuição
−=350mm)
28,9
1,25
→dos conectores.
29 conectores
n = Q × Q × 2,85 = 41,5
71,0 0,85 × 0,60 ×=2,85
15,1 × 41,5
→ = 108,6kN
15 canaletas
Qcan =
Rd (1)0,85 Rd
× 0,75 ×
Rd
2,85 × 41,5 + 0,85 × 0,60 × 2,85 × 41,5 = 10857,6kgf
ncRdQ=Rd + (canaleta
(1) l nc Q Rd (2) (2)1,25
= ηi Fhd 274 1,25
Q (2) − MF75)
+ = 108,6kN = 10857,6kgf
»» Hipótese [ ( L2: e / 2) − (pilar)
1,25
considerando ] (9000 / 2 com
canaletas − 350mm)
1 ou1,25
2 conectores
(1)( can 2)) −(2)−Rd
ncan n= − n(2) Q (1) + n(2)Q=(2) = η F = 15,1 → 15 canaletas
(1)[( Lle (canaleta c ] Rd
∴ c/(2) (pilar) (9000i / hd2274− 350mm)
nccan(2)Q=Rd 0,85 + nc ×Q0,75 Rd =×
MF75) η2,85
i F(2) hd=× 41,5 0,85 × 0,60 ×=2,85 → 15 canaletas
15,1× 41,5
n∴c(1)Rd(Q
Q 15= −
(1) l(2)
+n n )
(2) (2)
×
Q 70,1 = +
η nF × 108,6 +=2741,0 × 2049,11 = 108,6kN = 10857,6kgf
∴ ( ncan − ncc )QRdRd1,25
(canaleta − MF75) 1,25
+ nic hdQ Rd = ηi Fhd
Rd c (2) (1) (2) c (2)

∴∴((2)
(1 nccan= =−0,85
(2)
nconector 26,2
n(2)c(2)na ×)Q 0,75(1) × 2,85
→ (2)27
Rd + nc (2)
posição ×canaletas
(2)
deRd
Q 41,5 com× 0,60
0,85
= ηi F+resistência
maior 1×na de ×menor
2,85
2 econectores 41,5 resistência)
Q (Q (1) 0,85
∴(1)Rd 15 − n )×Q0,75
× 70,1
(2) 1,25 + n
×η2,85 × 108,6 =hd
1,0
× 41,5 0,85 × 0,601,25 × 2049,11 × 2,85 × 41,5
= 108,6kN = 10857,6kgf
(n15 (2)=− ncde )conectores:
+ =
c (2) c
n

Qc Rd(2)
Rd n
(2) c × 70,1 Rd F
+ inc hd ×108,6+= 1,0 × 2049,11
(2)
= 108,6kN = 10857,6kgf
Número
∴ = 26,2 →1,25(2) 27 (2) canaletas com 2 conectores 1,25
∴(1)(nn(2)can(1)=−26,2

c
nc (2))Q(2)
(2)
→=+ηncF27
(1)
Rd = ηi Fhd com 2 conectores
Q Rdcanaletas
nc Q c + n Q
( )
Rd c Rd i hd
∴ 15 − +nc(2) ⎛ × 70,1
0,70 (1)= +
(2) × 0,75 nF c ××
(2)
108,6
2,85 = 1,0⎞× 2049,11
× 41,5 0,70 × 0,60 × 2,85 × 41,5
(n(2)canRd= 2−×nc⎜⎝c )QRdRd + ni c(2)1,25 η
(1) (1) (2)
n
∴ Qc Rd Q
(3) n (2) Q (2)
Q Rd
hd = ηi Fhd ⎟ + = 139,1kN = 13909,1kgf
⎠ 1,25


∴(3) ((n15
n c =
can−−nn
26,2
c )×Q
(2)
(2)
c ⎛ 0,70 )

Rd ++
(1)
70,1 × 0,75
27
(2)
nnc (2)
c××
canaletas
(2)
Q Rd108,6
2,85 × i41,5
com 2
= η F=hd1,0 × 2049,11 conectores
⎞ 0,70 × 0,60 × 2,85 × 41,5
QRd = 2 ×(2)⎜ 0,70 × 0,75(2)× 2,85 × 41,5 ⎟ + 0,70 × 0,60 × 2,85 × 41,5 = 139,1kN = 13909,1kgf

∴Rd
Q (nc = =2 ×26,2
(3) 15
(2) − n c ⎝)


× 70,1 +
→ 1,25 n 27
c × 108,6 =
canaletas com 1,0 ⎞⎠ × 2049,11
⎟ + 2 conectores
1,25 = 139,1kN = 13909,1kgf
⎝ 1,25 ⎠ 1,25
∴ ncncQRd=nc26,2
(2)
+>n → η 27 canaletas com 2 conectores
Rd =feita
(2) (2) (3) (3)
Como nccanQ , será i Fhdoutra distribuição para os conectores.
⎛ 0,70 × 0,75 × 2,85 × 41,5 ⎞ 0,70 × 0,60 × 2,85 × 41,5
Q (3)
∴(2)
Rd
nc QRd
( n= can
(2)
2−×n⎜c(3) )QRd
+ n⎝c(3)Q Rd
(2)
(3)
+ n
= ηi1,25
(3) (3)
c
Fhd
Q Rd = ηi Fhd ⎟ +
⎠ 1,25
= 139,1kN = 13909,1kgf

nQ

((nQ15=Rd(2)−2−+n×nc3:(3)n(3)⎛⎜c(3)0,70
»» Hipótese
∴c(2)(3)
Rd
)considerando
× (3)× 0,75 ×
Q108,6
) Q Rd
+ n
+Fnhdc(3)2,85
(2) = ηi(3)
Q
canaletas
(3)
=
× 41,5
×139,1
η F
=com1,0
⎟ +
22049,11
⎞ ×0,70ou×30,60
conectores
× 2,85 × 41,5
= 139,1kN = 13909,1kgf
⎛ 0,70(2) × 0,75 × 2,85 × 41,5com ⎞ 0,70 × 0,601,25
× 2,85 × 41,5
((15 = 2−×n(3)⎜c )QRd + nc Q
⎝ 1,25 ⎠
can c Rd c Rd i hd
∴∴
QRd (3)n (3)
nccan = 13,8 (3)
→ 14
(3) (3)
= ηi Fhd ⎟ +
canaletas 3 conectores = 139,1kN = 13909,1kgf
∴(2) − nc ⎝ (3) ) ×108,6 +1,25 nc(3)Rd×139,1 = 1,0 ⎠ × 2049,11 1,25
Rd = η
(2 (nconectores c ) na posição
nc 15
∴ QRd− n+(3)nc ×Q108,6
(2) (3)
+i Fnhdc(3)de×139,1
∴ (3)
= 13,8 → 14(3) canaletas
maior=resistência
1,0 × 2049,11
com 3 conectorese 1 na de menor resistência)
264

∴ ( c
n(3)
ncQcan(2) − n
= 13,8
(3)
c (3) (3) ) Q (2)
→ 14
Rd + n c Q (3)
= η
canaletas
Rd F
i hdcom 3 conectores
nc(2) Rd + nc Q Rd = ηi Fhd
nc(2)((15
∴ − nc (3)(3) ) ×Q108,6 +(3) ×139,1 = 1,0 × 2049,11
(3) (3)
nc (3)
Rd −+nnc )Q
(2) η
Rd =
(2) (3)
Q i Fhd
∴ ncan c Rd + nc Q Rd = ηi Fhd
∴ n(3) = 13,8 (3) → 14
(2) (3) canaletas
(3) com 3 conectores
⎛ 0,70 × 0,75 × 2,85 × 41,5 ⎞ 0,70 × 0,60 × 2,85 × 41,5
(3)
QRd = 2×⎜ ⎟+ = 139,1kN = 13909,1kgf
⎝ 1,25 ⎠ 1,25

Número de conectores:
nc(2)QRd
(2)
+ nc(3)Q Rd
(3)
= ηi Fhd
∴ ( ncan − nc(3) )QRd
(2)
+ nc(3)Q Rd
(3)
= ηi Fhd
∴ (15 − nc(3) ) ×108,6 + nc(3) ×139,1 = 1,0 × 2049,11
∴ nc(3) = 13,8 → 14 canaletas com 3 conectores

Com isso, para a interação completa, tem-se:


(1 canaleta com 2 conectores) + (14 canaletas com 3 conectores)
Nesse caso, por simplificação, podem ser adotadas todas as 15 canaletas com 3 conectores de
cisalhamento.

- Momento fletor resistente de cálculo da viga mista (depois da cura):

Interação completa:

∑Q Rd = ηi Fhd = 2049,1kN ⎫

∑QRd ≥ 0,85 f cd btc
Aa f yd = 2362,18kN ⎬ Aa f yd ≥ 0,85 f cd bt c
∑ QRd = ηi Fhd = 2049,1kN⎪⎫
0,85 f cd bt c = 2049,1kN
∑ QRd ≥ 0,85 f cd bt c
⎪ → LNP passa no perfil de aço

∑ ∑Aa Q f yd ==2362,18kN
η F = 2049,1kN ⎫⎬
QRdRd = ηiiFhdhd = 2049,1kN ⎫⎪ ∑AaQQfRdydRd ≥≥≥0,85

0,85
0,85ffcdcdbt
btc
f cd bt cc
0,85 c = 2049,1kN
A f ydf cd=bt2362,18kN
Cacda f yd= 0,85 f cd b t c = 2049,11kN ⎪⎬⎭ → LNP A passa
f ≥ 0,85 no perfil
f bt de aço
A = 2362,18kN ⎬⎪ Aaa f ydyd ≥ 0,85 f cdcdbt cc
0,85 f bt = 2049,1kN ⎪⎭ → → LNP passa no perfil de aço
0,85 f cdcdbt cc = 2049,1kN ⎭ LNP passa no perfil de aço
Ccd = 0,85 1 f cd b t c = 2049,11kN 1
Ccdad = 0,85
( )
C = Aa f yd − Ccd = × (2362,18 − 2049,11) = 156,54kN
2 f cd b t c = 2049,11kN 2
Ccd = 0,85 1 f cd b t c = 2049,11kN 1
( )
C ad = Aa f yd − Ccd = × (2362,18 − 2049,11) = 156,54kN
Tad = C12cd + Cad = 2049,1112+ 156,54 = 2205,65kN

Tad = C (( ))
C = 1 A f − C = 1 × (2362,18 − 2049,11) = 156,54kN
C adad = 2 Aaa f ydyd − Ccdcd = 2× (2362,18 − 2049,11) = 156,54kN
2 cd + Cad = 2049,11 2 + 156,54
35 = 2205,65kN
af f yd =da
-APosição b f tLNP f f yd a =partir
18 × 0,8
do×topo = 458,18kN
Tad = Ccd + Cad = 2049,11 + 156,54 1,10 do=perfil:
2205,65kN
Tad = Ccd + Cad = 2049,11 + 156,54 35 = 2205,65kN
Aaf f yd = b f t f f yd = 18 × 0,8 × = 458,18kN
C ad 156,54 1,10

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


y p =f = b t t ff = = 18 × 0,8 × 8,0 35
= 2,73mm = 0,273cm
A × 35 = 458,18kN
Aafaf f ydydAaf= bf fydft ff f ydyd =458,18
18 × 0,8 × 1,10 = 458,18kN
Como C 156,54 1,10
y p = Cadad≤ Ataff f=yd , a LNP×cai 8,0na= mesa
2,73mm do perfil.
= 0,273cm
AC f
af ad yd 458,18
156,54
y dc= C ad ⎡ t f =156,54 × 8,0 = 2,73mm ⎛ tc = 0,273cm ⎞⎤
= =Aafβvmf yd C
yMpp Rd t fad=( d458,18 c ) + C cd ⎜
− yt −×y8,0 = 2,73mm + hF=+0,273cmd − yt ⎟ ⎥
Aaf f yd⎣ ⎢ 458,18 ⎝2 ⎠⎦
⎡ ⎛ tc ⎞⎤
Rd = βvm ⎢C ad ( dresistente
− yt − yc )de+ Ccálculo +será:
hF + d − yt ⎟ ⎥
dc
O Mmomento fletor cd ⎜
⎡⎣ ⎛⎝ t2 ⎞⎠⎤⎦
MdcRddc =y pβvm2,73⎡⎢C ad ( d − yt − yc ) + Ccd ⎛⎜t cc + hF + d − yt ⎞⎟⎤⎥
M yc Rd= = βvm = C (=d1,365mm − yt − yc )=+0,1365cm
Ccd ⎜⎝ 2 + hF + d − yt ⎟⎠⎥⎦
2 ⎢⎣⎣2ad ⎝2 ⎠⎦
y p 2,73
yc = = 8 × 4 +=284 1,365mm = 0,1365cm
βyvm==180 2p ×(viga
1,0
y 2,73 2 biapoiada) × 16 × 150 + 180 × 5,27 × 294,635
= 139,5mm = 13,95cm
yc = y p = 2,73180
t
= 1,365mm
× 8 + 284 =16
× 0,1365cm
+ 180 × 5,27
yc = 180 2 =× 8 2 = 1,365mm = 0,1365cm
yt = 2 2× 4 + 284 ×16 ×150 + 180 × 5,27 × 294,635 = 139,5mm = 13,95cm 265
dc 180 × 8 × ⎡ 4180
+ 284 × 8×+16
284150 ×16++180180××5,27 5,27× 294,635 ⎛ 7,5 ⎞⎤
M = 180
yt Rd = 1,0× 8××⎢156,544 + 284××(16 30××−150
13,95 − 0,365
+ 180 × 5,27 ) +×2049,11
294,635× ⎜= 139,5mm + 7,5 +=3013,95cm
− 13,95 ⎟ ⎥
yt = ⎣ 180 × 8 + 284 ×16 + 180 × 5,27 =⎝ 139,5mm
2 = 13,95cm ⎠ ⎦
dc dc ⎡ 180 × 8 + 284 × 16 + 180 × 5,27 ⎛ 7,5 ⎞⎤
af yd

⎡ ⎛t ⎞⎤
M Rddc = βvm ⎢C ad ( d − yt − yc ) + Ccd ⎜ c + hF + d − yt ⎟ ⎥
⎣ ⎝2 ⎠⎦
Cálculo de yt e yc

yp 2,73
yc = = = 1,365mm = 0,1365cm
2 2

180 × 8 × 4 + 284 × 16 × 150 + 180 × 5,27 × 294,635


yt = = 139,5mm = 13,95cm
180 × 8 + 284 ×16 + 180 × 5,27

⎡ ⎛ 7,5 ⎞⎤
dc
M Rd = 1,0 × ⎢156,54 × ( 30 − 13,95 − 0,365 ) + 2049,11× ⎜ + 7,5 + 30 − 13,95 ⎟ ⎥
⎣ ⎝ 2 ⎠⎦
∴ M Rd = 58432kNcm
dc

M Sddc 43991
dc
= = 0,75 → Ok!
M Rd 58432

Como a viga mista passou com certa folga nas verificações para interação completa, pode-se reduzir seu o
grau de interação e, com isso, encontrar uma solução mais econômica.

Obs.: o desenvolvimento dos cálculos necessários à verificação dos demais Estados Limites será apresenta-
do somente para o dimensionamento da viga com interação parcial, conforme mostrado a seguir.

Verificação da viga mista considerando interação parcial:

Neste caso, o objetivo é reduzir o número de conectores de cisalhamento até que se atinja o menor valor
de hi para o qual sejam atendidos todos os Estados Limites Últimos e de Serviço da viga.
Como estratégia, pode-se partir do grau de interação mínimo:
E
ηi = ηi ,mín = 1 − a ( 0,75 − 0,03Le ) ≥ 0, 40
578 f y
Ea
η∴i η= η=i ,mín =20000
1− (0,75 − 0,03Le ) ≥ 0, 40
i 1− 578×f y( 0,75 − 0,03 × 9,0 )
578 × 35
∴ηηii ==10,53 20000
∴ − × ( 0,75 − 0,03 × 9,0 )
578 × 35
Oηgrau
∴ i = 0,53
de interação não altera os valores da largura efetiva (b) e da força de cisalhamento entre a laje e o
Fhd =(F
perfil 2049,1kN
hd
= 204911kgf e b = 2250mm = 225cm
), portanto:

Fhd = 2049,1kN = 204911kgf e b = 2250mm = 225cm

266
- Resistência e distribuição dos conectores:

»» Hipótese 1: considerando 1 conector por canaleta

nc =
∑Q = η F = 0,53 × 2049,1 = 15,3 → 16 conectores
Rd i hd
Q Q 71,0
=

nPorém,
Q
=
ηF
o número
Rd
0,53 × 2049,1
Rd
de=canaletas disponíveis
Rd
= 15,3é igual
i hd
→ a 15
16(nconectores
>n ).
c c can
Q Q 71,0
n (1)
Q (1) Rd (2) (2) Rd
»» Hipótese
c Rd + n Q = η
c2: considerando
Rd F
i hd canaletas com 1 ou 2 conectores
∴n ( Qcan + nc )Q Rd = ηc F Rd = ηi Fhd
− +
(2) (1) (2) (2)
n
(1) (1) n (2) Q (2) n Q
c Rd c Rd i hd
∴∴((15ncan−∑ ) × Q70,1
Rd ) η
(1) + n(2) ×(2) = 0,53 × 2049,11
(2) (2)
n 108,6
−cQnc(2) Rdi F+hdncc Q0,53
Rd =×η2049,1
i Fhd

= = 0,6
nc (2) =→ apenas = = 15,32 conectores
→ 16 conectores
∴n(c15 −QncRd
(2)
) × 171,0
canaleta
Q Rd+ nc(2) ×108,6 = com
×
nc =
∑ (2)Rd = ηi Fhd = 0,53 × 2049,1 = 15,3 → 16 conectores
Q 70,1 0,53 2049,11
∴QncRd = 0,6Q Rd → apenas 71,0 1 canaleta com 2 conectores
n (1) (1)
Como
c Q + n
Rd n <n
(2) (2)
c Q → = η
Rd Ok!i hd F
c can

n Q(∴ n +( n− − n)Q=)Q η+iRdFnhdc+ Q Rdηi=Fη


(2) (2)n (2) (1) (2) (2)
cRdQ= F
(2)(2) (2) (1)
(1)
c
(1)
n nQcan
Rdcan c c Rd Rd
c hdi hd
Com isso, para a interação parcial mínima, é necessário:
∴ ( n∴ ∴(
((14−(
1515n −−
n canaletas
can
can
c))
n
(2)
Q ×
− n )Q com
1 )
70,1
(2)c
c
×
(2)
+
(1)
Rdn +
70,1 1
(2)
Q ×+
+c n1c Rd
(1)
Rd
(2) n (2)
108,6
(2)
(2)η
=
conector)
c × =
F η
108,6 × = 0,53 × 2049,11
2049,11
QRd =i ηhdi+Fhd(1canaleta com 2 conectores)
i

∴ (15∴∴ η = 0,54
∴−(nn15 −)=1×)0,6
Nesse caso,
(2)
i c(2) 70,1 por
+→ n+simplificação,
(2) apenas 1 canaleta
×108,6
108,6 ==η0,53 poderiam ser adotadas
com
× 2049,11 todas as 15 canaletas com apenas 1 conector
2 conectores
c × 70,1 c 1× × 2049,11
de cisalhamento. i

∴ nc(2)∴=η0,6i = 0,54 → apenas 1 canaleta com 2 conectores


Recalculando o grau de interação:
∑nQRd−=nη(2)i FQhd (1)= 1106,52kN ⎫ ∑QRd < Aa f yd
(Aa fcanyd = 2362,18kN
c ) Rd + n (2) (2)
c Q Rd = η

⎬⎫
F
i hd
∑Q∑RdQ<Rd0,85 f bt

(ncan0,85
∴ Q
(
− nc f cd)Q
15
(2) Rd− =1 η
) ×
i F
70,1
hd = 1106,52kN
(2) +(2) 1 × 108,6 =⎪ η × 2049,11
nc QRd = ηi Fhd ⎭⎪ i Interação parcial → Ok!
btRdc =+2049,1kN
(1)
< Aa fcdyd c
A f
∴η = 0,54
a yd = 2362,18kN
∴ (15 − 1)i × 70,1 + 1×108,6 = ηi × 2049,11
⎬ ∑QRd < 0,85 f cd bt c

0,85 f cd bt c = 2049,1kN ⎭ Interação parcial → Ok!
∴ηi C=cd0,54 ∑
= QRd = 1106,52kN
- Momento fletor resistente de cálculo da viga mista (depois da cura):
C∑ =Rd
cd Q ∑
1 =QηRdi Fhd= 1106,52kN
= 1106,52kN1 ⎫ ∑QRd < Aa f yd
C ad = ( Aa f yd − Ccd ) = × (2362,18 − 1106,52) = 627,83kN

A f = 2362,18kN
∑QRd a= ηyd2i1Fhd = 1106,52kN2⎫⎪1 ⎬⎪ Interação ∑Q∑RdQ<RdA<a f0,85
yd
f cd bt c
C0,85
yd = =
Aa f T ( Aca =f 2049,1kN
= f cd bt
ad 2362,18kN
C2cd + C yd − C cd ) =

× (2362,18 parcial → Ok!
⎭ ∑Q−Rd1106,52)
< 0,85 f cd=bt627,83kN
ad = 1106,522+ 627,83 = 1734,35kN
c
ad

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


0,85 f cd bt c = 2049,1kN ⎭ Interação parcial → Ok!
TCad ==Ccd +
cd ∑
C = 1106,52
Q ad= 1106,52kN Rd
+ 627,83 = 1734,35kN

Ccd = ∑QRd1 = 1106,52kN 1 ⎛ ⎞


C ad = ( Aa ⎛f C yd − C cd ) = ×⎞(2362,18 −⎜1106,52)
627,83 −= 458,18
627,83kN

ad − Aaf f2yd
y p1= t f 2+ hw ⎜ 1 ⎟ = 8 + 284 ⎜ ⎛ ⎟⎞= 41,32mm = 4,132cm
C ad = ( Aa f yd − C ⎜ )A =
⎝⎛cdC ad aw f
× (2362,18⎟ −
−2 Aafyd f yd+⎠627,83
⎞ 1106,52) = 627,83kN
⎜⎜⎜ 627,83
28, 4 ×1,6 ×
35 ⎟⎟⎟
− 458,18
y2ad==t Ccd+ h+ Cad = 1106,52
T ⎜⎜ ⎟⎟ ⎝⎜ = 1734,35kN
= 8 + 284 ⎠⎟ 1,1 = 41,32mm = 4,132cm
p
A
f
f
w
⎜ 35 ⎟
⎝ aw
Tad = Ccd + Cad = 1106,52
yd
+ 627,83⎠ = 1734,35kN
⎜ 28, 4 ×1,6 × ⎟
⎝ 1,1 ⎠

⎛ ⎞
Como Cad >Aaf fyd , a⎛ linha
C ad −neutra
Aaf f ydestá ⎜ 627,83
⎞ na alma do perfil. − 458,18 ⎟
y p = t f + hw ⎜ ⎟⎟ = 8 +⎛ 284 ⎜ ⎞ 35 ⎟ = 41,32mm = 4,132cm
⎜ 267
⎛ C ad ⎝− AafAaw
f yd f ⎞
yd ⎠ ⎜ ⎜
627,83 4 ×1,6 ×⎟
− 458,18
⎜ 28, ⎟⎟
y p = t f + hw ⎜ ⎟ = 8 + 284 ⎜ ⎝ ⎟ =
1,141,32mm
⎠ = 4,132cm
⎜ Aaw f yd ⎟ 35 ⎟
⎝ ⎠ ⎜
⎜ 28, 4 ×1,6 × ⎟
⎝ 1,1 ⎠
C ad =
2
(A a f yd − Ccd ) = × (2362,18 − 1106,52) = 627,83kN
2

Tad = Ccd + Cad = 1106,52 + 627,83 = 1734,35kN

- Posição da LNP a partir do topo do perfil:

⎛ ⎞
⎛ C ad − Aaf f yd ⎞ ⎜ 627,83 − 458,18 ⎟
y p = t f + hw ⎜ ⎟⎟ = 8 + 284 ⎜ ⎟ = 41,32mm = 4,132cm
⎜ Aaw f yd 35 ⎟
⎝ ⎠ ⎜
⎜ 28, 4 ×1,6 × ⎟
⎝ 1,1 ⎠

O momento fletor resistente de cálculo será:


⎡⎡ ⎛⎛ aa ⎞⎞⎤⎤
MRdRddc ==ββvmvm⎢⎢CCadad ((dd−−yyt t −−yyc c))++CCcdcd ⎜⎝⎜ttc c −−2 ++hhFF ++dd−−yyt t ⎟⎠⎟⎥⎥
dc
M
⎣⎣⎡ ⎝⎛ 2a ⎠⎞⎦⎦⎤
M Rddc = βvm ⎢Cad ( d − yt − yc ) + Ccd ⎜ tc − + hF + d − yt ⎟ ⎥
β = 1,0 (viga ⎣ biapoiada) ⎝ 2 ⎠⎦
vm

Cálculo
180de× 8y× ,y
4 +e 33,32
a: ×16 × 24,66
yyc == 180 × 8 t× 4c + 33,32 ×16 × 24,66 ==9,58mm
9,58mm==0,958cm
0,958cm
c 180
180 ××88++33,32
33,32××16
16
180 × 8 × 4 + 33,32 ×16 × 24,66
yc = = 9,58mm = 0,958cm
180 × 8180
× 4 ×
+ + 33,32
8250,68 × ×16
16 × 133,34
yyt == 180 × 8 × 4 + 250,68 ×16 × 133,34 ==99,17mm
99,17mm==9,917cm
9,917cm
t 180 × 8 + 250,68 × 16
× 4×+8250,68
180 × 8180 + 250,68
×16× 16
× 133,34
yt = = 99,17mm = 9,917cm
C cd 180 × 8 +110652
250,68 × 16
aa== C cd == 110652 ==4,05cm
4,05cm
0,85 f b 200
200
C cdf cd b 0,85
0,85 cd ×
110652 × 225
a= = 0,85 ×1, 44 × 225 = 4,05cm
0,85 f cd b 0,85 × 1, 200
× 225
1, 4

Então,
⎡ ⎛ 4,05 ⎞⎤
dc = 1,0 × ⎡627,83 × ( 30 − 9,917 − 0,958 ) + 1106,52 × ⎛7,5 − 4,05+ 7,5 + 30 − 9,917 ⎞ ⎤
dc
M
MRdRd = 1,0 ×⎢⎢627,83 × ( 30 − 9,917 − 0,958) + 1106,52 ×⎜⎝⎜ 7,5 − 2 + 7,5 + 30 − 9,917⎟⎠⎟⎥⎥
⎣⎣⎡ ⎝⎛ 2
4,05 ⎠⎞⎦⎦⎤
dc= 1,0 × 627,83 × ( 30 − 9,917 − 0,958 ) + 1106,52 × 7,5 − + + −
dc
∴M Rd dc = 48587kNcm
⎢ ⎜ 7,5 30 9,917 ⎟⎥
∴MM Rd = 48587kNcm
Rd ⎣ ⎝ 2 ⎠⎦
∴ M Rd = 48587kNcm
dc

dc
M
MSdSddc = 43991
43991= 0,91 → Ok!
dc = = 0,91 → Ok!
M
MRdRdSddc 48587
M dc
48587
43991
dc
= = 0,91 → Ok!
M Rd 48587

- Verificação quanto à Limitação de Tensão (validade da análise elástica):


(itens O.2.3.2 e O.1.2.3-2°§ da ABNT NBR 8800:2008)

Para seção compacta:

⎛ MGa ,Sn ⎞ ⎛ M L ,Sn ⎞ ⎛ M L′ ,Sn ⎞


σ =⎜ ⎟+⎜ ⎟⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟ ≤ f y
268
⎝ Wa ⎠ ⎝⎜ Wef ⎠ ⎝ Wef′ ⎠

MGa,Sn = MCP 3 = 8960,6kNcm

onde:

- MGa, Sn é o momento fletor solicitante nominal devido às ações atuantes antes do concreto atingir 0,75fck;

- ML,Sn é o momento fletor solicitante nominal devido às ações atuantes depois do concreto atingir 0,75fck,
sem considerar
⎛M ⎞os ⎛efeitos
M de ⎞ longa
⎛ M ′ duração;

σ = ⎜ Ga ,Sn ⎟ + ⎜ L ,Sn ⎟ + ⎜ L ,Sn ⎟ ≤ f y
- M’L,Sn ⎝ éW ⎠ ⎝⎜ Wfletor
o momento
a
⎟ ⎜ Wef′ ⎟
ef ⎠ solicitante
⎝ ⎠ nominal
devido às ações atuantes depois do concreto atingir 0,75fck,
⎛ M L ,Snde⎞ longa
⎛ M duração.
′ ⎞
σ = ⎜⎛ MGa ,Sn os
considerando ⎞ efeitos
⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜⎜
L ,Sn
⎟ ≤ fy
MGa,⎝Sn =WM Wef ⎠ ⎝ Wef ′ ⎠⎟
a CP⎠3 =⎝8960,6kNcm


MMLGa,Sn,Sn==(1M−CP
ψ32 )=M SC 1 = (1 − 0,6 )15187,5 = 6075,0kNcm
8960,6kNcm

MML′L,,SnSn ==ψ(12−MψSC21)+MM 1 =
SCCP (1M−CP0,6
1+ )15187,5
2 = 0,6 ×15187,5 + 3037,5 + 3037,5 = 15187,5 kNcm
= 6075,0kNcm

M ′ = ψ 2 M SC 1 + MCP 1 + MCP 2 = 0,6 ×15187,5 + 3037,5 + 3037,5 = 15187,5 kNcm
L ,Sn

- Propriedades
b da225 seção mista:
b tr = = = 23,94 cm
Sem osαefeitos E ⎛ 20000
de longa ⎞ duração (αE):
⎜ ⎟
b ⎝ 2128,7 225 ⎠
btr = = = 23,94 cm
α E ⎛ 20000 ⎛⎞ tc ⎞ h
btr c ⎜⎟ + h f +
t h ⎟ + Aa
ytr =
∑ yi A⎝i 2128,7

= ⎝⎠ 2⎠ 2
∑ Ai ⎛ btr t c + A t a⎞ h
btr t c ⎜ h + h f + c ⎟ + Aa
∑ i i ×= 7,5 ×⎝⎛⎜ 30 + 7,52+⎠ ⎞⎟ +274,24 × 30
ytr = 23,94
y A 7,5
∴ ytr =∑ Ai ⎝ btr t c + Aa 2 ⎠ 2
⎛ × 7,5 + 74,24
23,94 7,5 ⎞ 30
∴ ytr = 33,57 cm23,94 × 7,5 × ⎜ 30 + 7,5 + ⎟ + 74,24 ×
∴ ytr = ⎝ 2 ⎠ 2
23,94 × 7,5 + 74,242 2
btr t c 3 ⎛ tc ⎞ ⎛ h⎞
∴I tr y=tr = 33,57 + btrcm
t c ⎜ h + h f + t c − ytr − ⎟ + I a + Aa ⎜ ytr − ⎟
12 ⎝ 2⎠ ⎝ 2⎠
2 2

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


b tc 3 ⎛3 tc ⎞ ⎛ h⎞
I tr = tr23,94+ btr×t7,5
c ⎜ h + h f + t c − ytr −
⎛ ⎟ + I a + Aa ⎜ ytr − ⎟ 7,5 ⎞
2
⎛ 30 ⎞
2

∴ I tr =12 ⎝ + 23,94 × 7,5 ⎜ 30 2 ⎠+ 7,5 + 7,5 −⎝ 33,572 −⎠ ⎟ + 9195 + 74,24 ⎜ 33,57 − ⎟


12 ⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
2 2
23,94 × 7,53 ⎛ 7,5 ⎞ ⎛ 30 ⎞
∴ I tr = + 23,94 × 7,5 ⎜ 30 + 7,5 + 7,5 − 33,57 − ⎟ + 9195 + 74,24 ⎜ 33,57 − ⎟
∴ I tr = 46228cm
12
4
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠

∴ tr =
I ef I =
∑QRd4 ( I − I ) = 36705cm4
I a 46228cm
+ tr a
Fhd
∑QRd ( I − I ) = 36705cm4
I ef = I Ia tr+ 46228 tr a
Wtri = = Fhd = 1377,07 cm3
ytr 33,57
269
I 46228
Wtri = tr = = 1377,07 cm3
∑ Q
Wef = Wytra + 33,57Rd (Wtri − Wa ) = 612,98 + 0,54 × (1377,07 − 612,98 ) = 1174,5cm 3
Fhd
I ef = I a +
∑Q ( I Rd
− I a ) = 36705cm 4
tr
F hd

I tr 46228
Wtri = = = 1377,07 cm3
ytr 33,57

Wef = Wa +
∑Q (W Rd
− Wa ) = 612,98 + 0,54 × (1377,07 − 612,98 ) = 1174,5cm 3
tri
F hd


Com os efeitos de longa duração (αE / 3):

Realizando os mesmos cálculos (porém, com a razão modular dividida por 3 para a consideração simpli-
ficada dos efeitos de longa duração - αE / 3), tem-se:

btr′ =b7,98cm I tr′ =I32309cm 4
4 = 1209,2cm
Wtri′ W 3
3
tr′ = 7,98cm tr′ = 32309cm tri′ = 1209,2cm
ytr′ =y26,7cm
′ = 26,7cm I ef′ =I26366cm 4
′ = 26366cm 4 Wef′ W= 1051,1cm 3
3
′ = 1051,1cm
tr ef ef

Com isso, calcula-se a tensão atuante na face inferior do perfil de aço:
⎛M ⎞ ⎛M⎛M ⎞ ⎛ ⎞M L,Sn
′⎛ M⎞ ′ ⎛⎞8960,6 ⎞ ⎛ 6075,0 ⎞ ⎛ 15187,5 ⎞
σ = ⎜σ =Ga⎛ ,SnM⎟Ga+,Sn⎜ ⎞ +L,Sn +
⎟ ⎜ ⎟W
L,Sn
+ ⎜′ ⎟ L,Sn ⎟⎠ + ⎜⎝ ⎞⎟ + ⎛⎜ ⎟⎠ + ⎜⎝ ⎞⎟ + ⎛⎜
= ⎜ = ⎛ 8960,6 6075,0 15187,5 ⎞
⎟⎠ ⎟
⎝ W⎜⎝a W ⎠ ⎝ ⎟⎠ Wef⎜⎝ W ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎟ ⎜
580
⎝ 1174,5
⎠ ⎝ ⎠ 1051,1
⎝ ⎠
a ef ⎠ W
⎝ ef ⎠
ef ′ 580 1174,5 1051,1
∴σ ∴ = 35,07kN / cm 2/ cm 2
σ = 35,07kN

σ σ35,0735,07
= = = 1,002 ≅ 1,00
= 1,002 → →
≅ 1,00 Ok! Ok!
f y f 35,0 35,0
y

- Esforço cortante resistente de cálculo:


(item 5.4.3.2 da ABNT NBR 8800:2008)

hw 300 − 2 × (3 × 8)
λ= = = 31,5
tw 8
Kv E 5 × 20000
λ p = 1,10 = 1,10 × = 58,80
fy 35

Vp
Como λ ≤ λ p , VRd =
γ a1

V pl = 0,6 Aw f y = 0,6 × 2 × hw × t w × f y = 0,6 × 2 × (30 − 2 × 2,4 ) × 0,8 × 35 = 846,72kN

846,72
VRd = = 769,74kN
1,10
270
VSd 195,52
= = 0,25 → Ok!
VRd 769,74
Vp
Como λ ≤ λ p , VRd =
γ a1

V pl = 0,6 Aw f y = 0,6 × 2 × hw × t w × f y = 0,6 × 2 × (30 − 2 × 2,4 ) × 0,8 × 35 = 846,72kN

846,72
VRd = = 769,74kN
1,10

VSd 195,52
= = 0,25 → Ok!
VRd 769,74

-Momento fletor resistente de cálculo da viga de aço isolada (antes da cura):


(item G.1.1 da ABNT NBR 8800:2008)

Como a seção é compacta, é necessário verificar apenas o momento de plastificação.


M pℓ Z a f y 710 × 35
M Rdac = = = = 25591kNcm
γ a1 γ a1 1,1

1,50Wa f y 1,50 × 580 × 35


ac
M Rd ≤ = = 27682kNcm → Ok!
γ a1 1,10

∴ M Rd
ac
= 25591kNcm

M Sdac 15150
= = 0,59 → Ok!
M Rdac 25591

- Verificação dos deslocamentos (flechas):


(item O.1.2 e Anexo C da ABNT NBR 8800:2008)

Para o cálculo dos deslocamentos, a ABNT NBR 8800:2008 permite que se faça análise elástica. Com
isso, o deslocamento máximo para vigas biapoiadas com carga linearmente distribuída é dado por:

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


5qL4
δ=
5qL4
δ = 384 EI
384 EI
Flecha
limite:
L 900
δlim = = = 2,57cm = 25,7mm
L
350 900
350
δlim = = = 2,57cm = 25,7mm
350 350

δmax = δ1 + δ2 + δ3 − δ0 ≤ δlim
- δCombinação
max = δ1 + δ2 + δ3 − δ0 ≤ δlim
Quase-Permanente:
δ1 = δ1, AC + δ1,DC que
(Deslocamentos = 4,34
podem + 0,70 = 5,04cm
afetar = 50,da4mm
a aparência edificação)
δ1 = δ1, AC + δ1,DC⎛ 5(= q4,34)L+4 0,70
⎞ = 5,04cm = 50,
⎛ 5 × 8,85 ×104mm
−2
× 9004 ⎞ 271
δ1, AC = 1,0 ⎜ CP 3 4 ⎟ = 1,0 × ⎜ = 4,34cm
⎛⎝ 5( qCPE3a)ILa ⎞⎠
384 ⎛⎝ 5384
× 8,85
× 9004 ⎟⎞⎠
×10−2××8707
20000
δ1, AC = 1,0 ⎜ ⎟ = 1,0 × ⎜ ⎟ = 4,34cm
384 E a I a ⎠
⎝⎛ 5( 4 ⎞ ⎝ 384 × 20000 × 8707 −2 ⎠
qCP 1 + qCP 2 )L ⎛ 5 × (3,0 ×10 + 3,0 ×10 ) × 900 ⎞
−2 4

δ 1,0 1,0 = 0,70cm
δδ == 384EI
384EI L 900
δlim = = = 2,57cm = 25,7mm
350 350
L 900
δδlim = L = 900 = 2,57cm = 25,7mm
lim = 350 350 350
= 350 = 2,57cm = 25,7mm
δmax = δ1 + δ2 + δ3 − δ0 ≤ δlim

δδδmax
1 ==
= δ1,δ ++δ
δAC11 + +DCδ
δδ221,+ δ33=− δδ0 ≤
−4,34 +δlim
0,70 = 5,04cm = 50, 4mm
max 0 ≤ δlim
⎛ 5(qCP 3 )L4 ⎞ ⎛ 5 × 8,85 ×10−2 × 9004 ⎞
δδ1 = δδ1,1,ACAC + =δ1,0 ⎜ = 4,34 + 0,70 ⎟ = 1,0 ×⎜
= 5,04cm = 20000
50, 4mm ⎟ = 4,34cm
1 = δ1, AC + δ1, DC⎝ = E a I+a 0,70 ⎠ = 5,04cm ⎝ 384 × = 50, 4mm × 8707 ⎠
1, DC 384 4,34
⎛⎛ 5(qCP 3 )L44 ⎞ 4 ⎞ ⎛ 5 × 8,85 × 10 −2 × 900
−2
4 ⎞
4
δδ1, AC = 1,0 ⎛ 5( 5(qqCP31 )+L qCP ⎞⎟ =2 )1,0
L × ⎛ 5 × 8,85⎛ 5×10(3,0 ×10900 +⎞⎟3,0
−2
×10 ) × 900 ⎞

= 4,34cm2 4
= 1,0 ⎜⎜ 384CP
DC = 1,0⎜ E I ⎟ = 1,0 ⎟×=⎜⎜ 1,0
384××⎜ 20000 × 8707 ⎟ = 4,34cm ⎟ = 0,70cm
1,
1,AC ⎝⎜ 384384
⎝⎝ E aa IEaa a⎠⎠I ef ⎟ ⎝⎝ 384 ×⎝ 20000384 × 8707
× ⎠ × 36705
20000
⎠ ⎠

⎛ 5(qCP 1 + qCP 2 )L44 ⎞ ⎛ 5 × (3,0 × 10 −2 −2
−2 + 3,0 × 10 −2 ) × 900 4
4

δδ1,DC = ⎛ ⎞
1,0 ⎜ 5(qCP 1 + qCP 2 )L ⎟ = 1,0 × ⎛⎜ 5 × (3,0 ×10 + 3,0 ×10 ) × 900 ⎞⎟ = 0,70cm

1, DC = 1,0 ⎜
⎜ 384 E I ef ⎟ = 1,0 × ⎜ 384 × 20000 × 36705 ⎟⎠ = 0,70cm
δ2 = δ1,′ DC − δ1,DC⎝⎝ = 0,97 384 E−aa 0,70 I ef =⎟⎠⎠0,27cm⎝⎝= 2,7mm 384 × 20000 × 36705 ⎠
⎛ 5(qCP 1 + qCP 2 )L4 ⎞ ⎛ 5 × (3,0 ×10−2 + 3,0 ×10−2 ) × 9004 ⎞
δδ2 = δ ′1,DC
DC − =δ1,0 ⎜ = − = ⎟ = 1,0 × = 2,7mm ⎟ = 0,97cm
= δ ′ − δ1,DC⎜ = 0,97 − 0,70 = ⎟0,27cm ⎜= 2,7mm
0,97 0,70 0,27cm
⎝ 384 E a I ef′
1,
2 1, DC 1, DC ⎠ ⎝ 384 × 20000 × 26366 ⎠
⎛ 5(qCP 1 + qCP 2 )L44 ⎞ ⎛ 5 × (3,0 × 10 −2
+ 3,0 × 10 −2
) × 900 4

1,0 ⎜⎛ 5(qCP 1 + qCP 2 )L ⎟⎞ = 1,0 × ⎛⎜ 5 × (3,0 ×10 + 3,0 ×10 ) × 900 ⎞⎟ = 0,97cm
−2 −2 4
δδ1,′′ DC =
1, DC = 1,0 ⎜ E a I ef′′ ⎟ = 1,0 × ⎜⎝ 384 × 20000 × 26366 ⎟⎠ = 0,97cm
⎝⎜ 4 384384 E I ⎟⎠ ⎝ 384 × 20000 × 26366 ⎠
⎛ 5(qSC 1⎝)L ⎞ a ef
⎛ 5⎠×15 ×10−2 × 9004 ⎞
δ3 = ψ 2 ⎜⎜ 384 E I ′ ⎟⎟ = 0,60 × ⎜ 384 × 20000 × 26366 ⎟ = 1, 46cm = 14,6mm
⎝ a ef ⎠ ⎝ ⎠
⎛ 5(qSC 1 )L44 ⎞ ⎛ 5 × 15 × 10 −2
× 900 4

⎛ 5( q )L ⎞ ⎛ × × −2
× 4

δδ33 ==ψ
ψ 2 ⎜ SC 1 ⎟ = 0,60 × ⎜
⎜⎜ 384 E a I ef′ ⎟⎟(δ= 0,60
5
× ⎝⎜ 384 NBR
15 10
× 20000
900 ⎟= 1, 46cm = 14,6mm
= 1, 46cm
× 26366 ⎠⎟(item = 14,6mm
Para a 2contraflecha
⎝ 384 E I ′ ⎠ ), a ABNT 384 × 20000 8800:2008
× 26366 C.3.2) permite que se calcule seu valor em
função da ⎝ flecha proveniente
⎠ 0 ⎝ ⎠
das ações permanentes (δ1). Dessa forma, será adotada, então, contraflecha
a ef

de δ0 aproximadamente
= 0,85 × δ1 = 0,85 ×85% 5,04de= δ4,28cm
1
. → δ0 = 4,50cm = 45,0mm

δδ00 = 0,85 ×
= 0,85 × δδ11 = 0,85 ×
= 0,85 5,04 =
× 5,04 4,28cm →
= 4,28cm → δδ00 = 4,50cm =
= 4,50cm 45,0mm
= 45,0mm
δmax = 5,04 + 0,27 + 1, 46 − 4,50 → δmax = 2,27cm = 22,7mm
Assim, a flecha no meio do vão é igual a:
δδ⎛max = 5,04 + 0,27 0,27 + + 1, 46 −
1, 46 4,50 →
− 4,50 → δδmax = 2,27cm = 22,7mm
δmax= ⎞5,04 +2,27 max = 2,27cm = 22,7mm

⎜ δ ⎟ = 2,57 = 0,88 → Ok!
max

⎝ lim ⎠QP
⎛ max ⎞⎞
⎛⎜ δδmax ⎟ = 2,27 2,27 = 0,88 → Ok!
⎜ ⎝ δlim ⎟⎠QP = 2,57 = 0,88 → Ok!
⎝ δlim ⎠QP 2,57

- Combinação Rara:
(Deslocamentos que podem provocar danos aos elementos construtivos não estruturais)

δ A = δ2 + δ3 ≤ δlim

δ2 = δ1,′ DC − δ1,DC = 0,27cm = 2,7mm

272 δ3 = δ 3′ + δ 3′′ = 0,70 + 1, 46 = 2,16cm = 21,6mm
⎛ 5(qSC 1 )L4 ⎞ ⎛ 5 ×15,0 × 10−2 × 9004 ⎞
δ 3′ = (1 −ψ 2 ) ⎜ ⎟⎟ = (1 − 0,60 ) × ⎜ ⎟ = 0,70cm
⎜ 384 E a I ef ⎝ 384 × 20000 × 36705 ⎠
⎝ ⎠
δ A = δ2 + δ3 ≤ δlim

δ2 = δ1,′ DC − δ1,DC = 0,27cm = 2,7mm

δ3 = δ 3′ + δ 3′′ = 0,70 + 1, 46 = 2,16cm = 21,6mm
⎛ 5(qSC 1 )L4 ⎞ ⎛ 5 ×15,0 × 10−2 × 9004 ⎞
δ 3′ = (1 −ψ 2 ) ⎜ ⎟ = (1 − 0,60 ) × ⎜ ⎟ = 0,70cm
⎜ 384 E a I ef ⎟ ⎝ 384 × 20000 × 36705 ⎠
⎝ ⎠
⎛ 5(q )L4 ⎞ ⎛ 5 ×15,0 ×10−2 × 9004 ⎞
δ 3′′ = ψ 2 ⎜ SC 1 ⎟ = 0,60 × ⎜ ⎟ = 1, 46cm
⎜ 384 E a I ef′ ⎟ ⎝ 384 × 20000 × 26366 ⎠
⎝ ⎠

Assim, a flecha no meio do vão é igual a:

δ A = 0,27 + 2,16 → δ A = 2, 43cm = 24,3mm

⎛ δA ⎞ 2, 43
⎜ ⎟ = = 0,95 → Ok!
⎝ δlim ⎠Rara 2,57

PERFIL TUBULAR DE SEÇÃO CIRCULAR:


Visando comparar os resultados, o cálculo da viga com o perfil tubular de seção circular será feito pelos
métodos “exato” e simplificado.

Dimensionamento da viga mista pelo método “exato”:

Propriedades geométricas

Tubo Estrutural V&M 323,8x8,4mm


Comprimento: L = 9000mm
Diâmetro externo: D = 323,8mm
Espessura: t = 8,4mm

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Peso: P = 65,2kg/m
Área da seção: Aa = 83,0cm2
Momento de inércia: Ia = 10330cm4
Módulo de resistência elástico: Wa = 638cm3
Módulo de resistência plástico: Za = 834cm3

273
- Verificação da esbeltez do perfil:

Para que a seção do perfil tubular circular seja considerada compacta, deve ser atendida a seguinte condição:

D 323,8
= = 38,5
t 8, 4
Ea 20000
0,07 = 0,07 × = 40,0
fy 35

D E
< 0,07 a → Seção compacta → Ok!
t fy

- Verificação da viga mista considerando interação completa:
ηi = 1,0

Largura efetiva da laje:


⎧⎛ 1 ⎞ ⎛1⎞
⎪ ⎜ ⎟ L = ⎜ ⎟ × 9000 = 1125mm
b ⎪⎝ 8 ⎠ ⎝8⎠
≤⎨
2 ⎪⎛ 1 ⎞ ⎛1⎞
⎜ ⎟ (vão laje) = ⎜ ⎟ × 3000 = 1500mm

⎩⎝ 2 ⎠ ⎝2⎠
∴b = 2250mm = 225cm

- Força de cisalhamento de cálculo entre a laje e o perfil:


⎧ 35
⎪⎪ Aa f yd = 83,0 × 1,10 = 2640,9kN
Fhd ≤ ⎨
⎪0,85 f cd bt c = 0,85 × 2,0 × 225 × 7,5 = 2049,1kN
⎩⎪ 1, 4
∴ Fhd = 2049,1kN

- Resistência e distribuição dos conectores:

Neste caso, como Fhd é igual ao valor obtido para o perfil tubular retangular, a distribuição de conectores
será a mesma calculada anteriormente.

Com isso, para a interação completa, tem-se:

(1 canaleta com 2 conectores) + (14 canaletas com 3 conectores)

Por simplificação, podem ser adotadas todas as 15 canaletas com 3 conectores de cisalhamento.

- Momento fletor resistente de cálculo da viga mista (depois da cura):

Para seções compactas, o cálculo pode ser feito considerando a plastificação total da seção mista:
274
∑QRd = ηcompleta:
Interação i Fhd = 2049,1kN ⎫

⎛ 35 ⎞ ⎪
∑ ηi Fhd× ⎜= 2049,1kN
f ydRd ==83,0
Aa Q ⎟ = 2640,9kN⎫⎬

⎝ 1,10 ⎠
35 ⎞
⎪⎪

∑Q ≥ 0,85 f bt
Rd cd c
0,85 c = 2049,1kN
Aa f ydf cd=bt83,0 ×⎜ ⎟ = 2640,9kN ⎬⎪⎭ A f ≥ 0,85 f bt
⎝ 1,10 ⎠ ⎪ ∑ Q ≥ 0,85 f bt
a yd
Rd
cd
cd
→ LNP passa no perfil de aço
c
c
0,85 cd c = 2049,1kN
f bt ⎪ Aa f yd ≥ 0,85 f cd bt c

→ LNP passa no perfil de aço
Ccd = 0,85 f cd btc = 2049,1kN

Ccd = 0,85 f cd btc = 2049,1kN


1 1 ⎛ 35 ⎞
C ad = ( Aa f yd − C cd ) = × ⎜ 83,0 × − 2049,1⎟ = 295,9kN
2 2 ⎝ 1,10 ⎠
1 1 ⎛ 35 ⎞
C ad = ( Aa f yd − C cd ) = × ⎜ 83,0 × − 2049,1⎟ = 295,9kN
2 2 ⎝ 1,10 ⎠
Tad = Ccd + Cad = 2049,1 + 295,9 = 2345,0kN

Tad = Ccd + Cad = 2049,1 + 295,9 = 2345,0kN

- Posição da LNP:
- Posição da LNP:
- Posição da LNP:
π R2 ⎡

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


⎛ r ⎞⎤
Aaf = − ⎢r R 2 − r 2 + R 2 arcsen ⎜ ⎟ ⎥ = 5,80cm 2
2 ⎣ ⎝ R ⎠⎦
π R2 ⎡ ⎛ r ⎞⎤
Aaf = ⎧ − ⎢rD R − r + R arcsen ⎜ ⎟ ⎥ = 5,80cm 2
2 2 2

2⎪R = = 161,9mm ⎝ R ⎠⎦
onde: ⎨ ⎣ 2
⎧⎪r = RD− t = 161,9 − 8, 4 = 153,5mm
⎪⎩R = = 161,9mm
onde: ⎨ 2
C ad 295,9
= ⎪⎩r = R − t==9,30cm
161,9 −2 8, 4 = 153,5mm
f yd (35 /1,10)
C ad 295,9
Como = A < (C / =f 9,30cm 2
) → LNP está entre o centroide e o raio interno do perfil de aço.
f yd (35 af /1,10)
ad yd
Como Aaf< (Cad / fyd) → LNP está entre o centroide e o raio interno do perfil de aço.
Assim, a posição (d1) da LNP pode ser obtida por meio da seguinte equação:
Como Aaf< (Cad / fyd) → LNP está entre o centroide e o raio interno do perfil de aço.
Assim, a posição (d1) da LNP pode ser obtida por meio da seguinte equação: 275

Assim, a posição (d1) da LNP pode ser obtida por meio da seguinte equação:
Aa ⎡ ⎛ d ⎞⎤ ⎡ ⎛ d ⎞⎤ C
− ⎢d1 R 2 − d12 + R 2 arcsen ⎜ 1 ⎟ ⎥ + ⎢d1 r 2 − d12 + r 2 arcsen ⎜ 1 ⎟ ⎥ = ad
2 ⎣ ⎝ R ⎠⎦ ⎣ ⎝ r ⎠⎦ f
Assim, a posição (d1) da LNP pode ser obtida por meio da seguinte equação:

Aa ⎡ ⎛ d ⎞⎤ ⎡ ⎛ d ⎞⎤ C
− ⎢d1 R 2 − d12 + R 2 arcsen ⎜ 1 ⎟ ⎥ + ⎢d1 r 2 − d12 + r 2 arcsen ⎜ 1 ⎟ ⎥ = ad
2 ⎣ ⎝ R ⎠⎦ ⎣ ⎝ r ⎠ ⎦ f yd

Resolvendo a equação (por meio de algum processo iterativo), chega-se ao valor de d :


Resolvendo a equação (por meio de algum processo iterativo), chega-se ao valor de d11:
d1 = 148mm < r → OK!
d = 148mm < r → Ok!
- 1Momento fletor resistente:
C 295,9
Aac = ad = = 9,30cm2
f yd (35 /1,10)
Aat = Aa − Aac = 83,0 − 9,30 = 73,7cm 2

Como d1 < r:

2 ⎡ 2 2⎤
( ) ( )
3 3
e ac = ⎢ R − d 1
2 2
− r 2
− d 1
2
⎥⎦ − d1
3 Aac ⎣
2 ⎡ 16,192 − 14,82 3 2 − 15,352 − 14,82 3 2 ⎤ − 14,8
∴ e ac =
3 × 9,30 ⎢⎣
( ) ( ) ⎥⎦
∴ e ac = 0,63cm = 6,3mm
Aac 9,30
e at = ( e ac + d1 ) + d1 = ( 0,63 + 14,8 ) + 14,8
Aat 73,7
∴ e at = 16,75cm = 167,5mm
tc D 7,5 32,38
ecc = + h f + − d1 = + 7,5 + − 14,8
2 2 2 2
∴ ecc = 12,64cm = 126, 4mm

Assim:
dc
M Rd = βvm (Tad e at + C ad e ac + C cd ecc ) = 1,0 × ( 2345,0 ×16,75 + 295,9 × 0,63 + 2049,1 ×12,64 )

∴ M Rd
dc
= 65366kNcm

M Sddc 43991
dc
= = 0,67 → Ok!
M Rd 65366

Como a viga mista passou com certa folga nas verificações para interação completa, pode-se reduzir o seu
grau de interação e, com isso, encontrar uma solução mais econômica.

Obs.: o desenvolvimento dos cálculos necessários à verificação dos demais Estados Limites será apresenta-
do somente para o dimensionamento da viga com interação parcial, conforme mostrado a seguir.
276
- Verificação da viga mista considerando interação parcial:

Neste caso, o objetivo é reduzir o número de conectores de cisalhamento até que se atinja o menor valor
de ηi para o qual sejam atendidos todos os Estados Limites Últimos e de Serviço da viga.
Como estratégia, pode-se partir do grau de interação mínimo:
E
ηi = ηi ,mín = 1 − a ( 0,75 − 0,03Le ) ≥ 0, 40
578 f y
Ea
η = η
∴iηi =i1,mín
− =20000
1 − ( − 0,03 × 9,0
0,75
× ( 0,75 − 0,03 Le ))
≥ 0, 40
35 f y
578 ×578
∴ η = 0,53 20000

∴ηii = 1 − × ( 0,75 − 0,03 × 9,0 )
578 × 35
∴ηgrau
O i = 0,53

de interação não altera os valores da largura efetiva (b) e da força de cisalhamento entre a laje e o
Fhd = (F
perfil 2049,1kN e b = 2250mm = 225cm
), portanto:
hd

Fhd = 2049,1kN e b = 2250mm = 225cm



(ncan − nc(2) ) ×QRd(1) + nc(2) ×QRd(2) = ηi Fhd
∴ (15 − 1(2) ) × 70,1(1)+ 1×108,6 = η × 2049,11
(- Resistência
ncan − nc ) ×eQdistribuição
Rd + n (2)
c × Q (2) i
ηi Fhd
Rd =conectores:
dos
∴ηi = 0,54 Ea
de ηf i e( de F=hdηsão
ηi (15 Le ) ≥ 0, 40
os1)valores
∴ = η−i ,mín ×=70,11 − + 1×108,6 0,75 − 0,03i × 2049,11
Como 578 iguais àqueles obtidos para o caso do perfil tubular retangular sob in-
y
teração parcial,
∴ηi = 0,5420000 a distribuição de conectores será a mesma calculada anteriormente.
Ea
∴η η= η − = 1 − × ( 0,75
=i1,mín (0,75−⎫0,03
− 0,03 ×L e ))
9,0 ≥ 0, 40
∑i Qi Rdisso,
Com = ηpara
i Fhd ×
578 a=578
1106,5kN
fy
interação
35 parcial mínima, é necessário:

∴Aaηf iyd==0,53
2640,9kN

20000 ⎬
∴ηQ
(14 canaletas
= 1=−η Fcom
∑ fRdcd bt c 578
i =
hd × 35
(
1 ×conector)
1106,5kN0,75 −⎪⎫0,03 × 9,0∑
+ (1canaleta ) Q com<2Aconectores)
f
0,85 =i 2049,1kN
⎭⎪
Rd a yd

Nesse
∴ =0,53
Aaηf yd=caso,2640,9kN
por
simplificação, ⎬ poderiam ∑Qser Rd < 0,85 f cd bttodas
adotadas as 15 canaletas com apenas 1 conector de

c
i
cisalhamento. ⎪ Q < A f
0,85 bt c = 2049,1kN
Fhd =f cd2049,1kN e b = 2250mm ⎭ Interação = 225cm parcial → Ok!
Rd a yd

∑ Q Rd < 0,85 f cd bt c
Recalculando o grau de interação:
Fhd = 2049,1kN e b = 2250mm Interação
= 225cm parcial → Ok!

C(ncd =−∑ Q)Rd×Q = 1106,5kN (2)
nc(2) Rd + nc × QRd = ηi Fhd
(1) (2)
can

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


∴ (15 − 1 1) × 70,1 + 1×108,6 1 ⎛= ηi × 2049,11 35 ⎞
CCnadcd =−∑ ( Q
(2) )
AaRdf yd= −1106,5kN
(1)C cd (2)= × (2)
( can 2nc ) ×QRd + nc ×2QRd⎝ = ηi Fhd1,10 ⎜ 83,0 × − 1106,5 ⎟ = 767,2kN

∴ηi =10,54
1 ⎛ 35 ⎞
T ∴ ( =
15C− ( 1 )
+ × C 70,1 )
= +1106,5
1 ×
Cadad = cd Aa fadyd − C cd = × ⎜ 83,0
2
+
108,6
2 ⎝
767,2
= η i ×= 1873,7kN
2049,11
×
1,10
− 1106,5 ⎟ = 767,2kN

∴ηi = 0,54
Tad = Ccd + Cad = 1106,5 + 767,2 = 1873,7kN
-∑ Q Rd = ηi fletor
Momento Fhd = 1106,5kN
resistente de ⎫ cálculo da viga mista (depois da cura):

Aa f yd = 2640,9kN ⎬
∑QfRdcd bt= cη=i F2049,1kN
0,85 hd = 1106,5kN
⎪⎫ ∑ Q Rd < A a f yd
⎭⎪
Aa f yd = 2640,9kN ⎬ ∑QRd < 0,85 f cd bt c
0,85 f cd bt c = 2049,1kN ⎪ Interação ∑Qparcial
Rd < Aa f→ yd Ok!

∑QRd < 0,85 f cd bt c 277
Interação parcial → Ok!
Ccd = ∑QRd = 1106,5kN
1 1 ⎛ 35 ⎞
Fhd = 2049,1kN e b = 2250mm = 225cm

(n can − nc(2) ) ×QRd


(1)
+ nc(2) ×QRd
(2)
= ηi Fhd
∴ (15 − 1) × 70,1 + 1×108,6 = ηi × 2049,11
∴ηi = 0,54

∑Q = ηi Fhd = 1106,5kN ⎫
Rd

Aa f yd = 2640,9kN ⎬
0,85 f cd bt c = 2049,1kN ⎪ ∑QRd < Aa f yd

∑Q < 0,85 f cd bt c
Rd

Interação parcial → Ok!

Ccd = ∑QRd = 1106,5kN


1 1 ⎛ 35 ⎞
C ad =
2
( Aa f yd − C cd ) = × ⎜ 83,0 ×
2 ⎝ 1,10
− 1106,5 ⎟ = 767,2kN

Tad = Ccd + Cad = 1106,5 + 767,2 = 1873,7kN

- Posição da LNP que passa no perfil:


πR2 ⎡ r ⎤
Aaf = − ⎢r R 2 − r 2 + R 2 arcsen ⎛ ⎞ ⎥ = 5,80cm 2
π 2R ⎡⎣2 ⎝Rr ⎠ ⎤⎦
Aaf = − ⎢r R 2 − r 2 + R 2 arcsen ⎛ ⎞ ⎥ = 5,80cm 2
π 2R⎧⎪2R =⎣⎡D = 161,9mm ⎝R ⎠
A = − r R 2
− r 2
+ R 2
arcsen ⎛ r ⎞ ⎦⎤ = 5,80cm 2
onde: 2⎧⎨ ⎢⎣D 2 ⎝ R ⎠ ⎥⎦
af
⎪⎪rR==R − =t = 161,9mm
161,9 − 8,4 = 153,5mm
onde: ⎧⎨⎩ D2
R = = 161,9mm
onde: ⎪⎩⎨r = R2− t = 161,9 − 8,4 = 153,5mm
C ad = ⎪⎩767,2 r = R − t = 161,9 −2 8,4 = 153,5mm
= 24,1cm
C f
ad =
yd (35 /1,10)
767,2
= 24,1cm 2
C adf yd (35 /1,10)
767,2
= = 24,1cm 2
Comof yd (35 (Cad / fyd) → LNP está entre o centroide e o raio interno do perfil de aço.
Aaf</1,10)

Assim, a posição (d1) da LNP que passa no perfil de aço é dada por:
Aa ⎡ d ⎤ ⎡ d ⎤ C
− ⎢ d1 R 2 − d12 + R 2 arcsen ⎛ 1 ⎞ ⎥ + ⎢ d1 r 2 − d12 + r 2 arcsen ⎛ 1 ⎞ ⎥ = ad
A2a ⎡⎣ ⎝ dR ⎠ ⎤⎦ ⎡⎣ ⎝ dr ⎠ ⎤⎦ Cf yd
− ⎢ d1 R 2 − d12 + R 2 arcsen ⎛ 1 ⎞ ⎥ + ⎢ d1 r 2 − d12 + r 2 arcsen ⎛ 1 ⎞ ⎥ = ad
A2a ⎣⎡ ⎝ dR ⎠ ⎦⎤ ⎣⎡ ⎝ dr ⎠ ⎦⎤ Cf yd
− ⎢ d1 R 2 − d12 + R 2 arcsen ⎛ 1 ⎞ ⎥ + ⎢ d1 r 2 − d12 + r 2 arcsen ⎛ 1 ⎞ ⎥ = ad
d21 = 96,8mm
⎣ < r → Ok! ⎝ R ⎠ ⎦ ⎣ ⎝ r ⎠ ⎦ f yd
Resolvendo a equação (por meio de algum processo iterativo), chega-se ao valor de d1:
d1 = 96,8mm < r → Ok!
C cd
da 1== 96,8mm 1106,5
=< r → Ok!
a = 0,85 C cdf cd b 0,85 × (2,0 /1,40) × 225
1106,5
=
278 ∴a = C cdf cd b =0,85
4,05cm
0,85 × (2,0
40,5mm /1,40) × 225
1106,5
a= =
∴a = 4,05cm
0,85 f cd b =0,85
40,5mm
× (2,0 /1,40) × 225
∴a = 4,05cm = 40,5mm
Aa ⎡ d ⎤ ⎡ d ⎤ C
− ⎢ d1 R 2 − d12 + R 2 arcsen ⎛ 1 ⎞ ⎥ + ⎢ d1 r 2 − d12 + r 2 arcsen ⎛ 1 ⎞ ⎥ = ad
2 ⎣ ⎝ R ⎠⎦ ⎣ ⎝ r ⎠ ⎦ f yd


d1 =da96,8mm
- Posição LNP que< passa
r → Ok!
na laje:

C cd 1106,5
a= =
0,85 f cd b 0,85 × (2,0 /1,40) × 225
∴a = 4,05cm = 40,5mm

- Momento fletor resistente:

C ad
Aac = = 24,1cm 2
f yd
Aat = Aa − Aac = 83,0 − 24,1 = 58,9cm 2

Como d1<r:

2 ⎡ 2 2⎤
( ) ( )
3 3
e ac = ⎢ R − d 1
2 2
− r 2
− d 1
2
⎥⎦ − d1
3 Aac ⎣
2
× ⎡⎢(16,192 − 9,682 ) 2 − (15,352 − 9,682 ) 2 ⎤⎥ − 9,68
3 3
∴ e ac =
3 × 24,1 ⎣ ⎦
∴ e ac = 4,01cm = 40,1mm
Aac 24,1
e at = ( eac + d1 ) + d1 = × ( 4,01 + 9,68 ) + 9,68
Aat 58,9
∴ e at = 15,28cm = 152,8mm
a D 4,05 32,38
ecc = t c − + h f + − d1 = 7,5 − + 7,5 + − 9,68
2 2 2 2
∴ ecc = 19, 49cm = 194,9mm

Assim:

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


dc
M Rd = βvm (Tad e at + C ad e ac + C cd ecc ) = 1,0 × (1873,7 ×15,28 + 767,2 × 4,01 + 1106,5 ×19, 49 )

∴ M Rd
dc
= 53272kNcm
M Sddc 43991
dc
= = 0,83 → Ok!
M Rd 53272

279
- Verificação quanto à Limitação de Tensão (validade da análise elástica):
(itens O.2.3.2 e O.1.2.3-2°§ da ABNT NBR 8800:2008)

Para seção compacta:

      
         
      

Onde:

MGa,Sn - é o momento fletor solicitante nominal devido às ações atuantes antes do concreto atingir 0,75fck ;

ML,Sn - é o momento fletor solicitante nominal devido às ações atuantes depois do concreto atingir 0,75fck,
sem considerar os efeitos de longa duração;

M'L,Sn - é o momento fletor solicitante nominal devido às ações atuantes depois do concreto atingir 0,75fck,
considerando os efeitos de longa duração.

MGa,Sn = MCP 3= 8960,6 kNcm


ML,Sn = (1-ψ2) MSC 1 = (1-0,6) 15187,5 = 6075,0 kNcm

M'L,Sn = ψ2MSC 1 + MCP 1 + MCP 2 = 0,6 × 15187,5 + 3037,5 + 3037,5 = 15187,5 kNcm

- Propriedades da seção mista:

Sem os efeitos de longa duração (αE):

  
  
 
 




   
  
 
       
              
       

 
       

  

 
       
280
Com os efeitos de longa duração (αE / 3):

Realizando os mesmo cálculos (porém, com a razão modular dividida por 3 para a consideração simplifi-
cada dos efeitos de longa duração - αE / 3), tem-se:

    Wtri  1328,3cm3
    Wef  1145,3cm3

Com isso, calcula-se a tensão atuante na fibra inferior do perfil de aço:

            
             
            
 


  

- Esforço cortante resistente de cálculo:


(item 5.4.3.6 da ABNT NBR 8800:2008)



 

 
    
    
   
  

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


 
 
   
   
    
    

 

 
 281

 
 

Assim:

 

 

  

- Momento fletor resistente de cálculo da viga de aço isolada (antes da cura):


(item G.2.7 da ABNT NBR 8800:2008)

Como a seção é compacta (λ<λp), tem-se:


   
 

 
   

 

  

- Verificação dos deslocamentos (flechas):


(item O.1.2 e Anexo C da ABNT NBR 8800:2008)

Para o cálculo dos deslocamentos, a ABNT NBR 8800:2008 permite que se faça análise elástica. Com
isso, o deslocamento máximo para vigas biapoiadas com carga linearmente distribuída é dado por:



Flecha limite:

   

282
- Combinação Quase-Permanente:
(Deslocamentos que podem afetar a aparência da edificação)

       

   

      
       
 
    
     
      
  
 
 
   
     

       
      
    
 
    
      

     
 
       
      

Para a contra-flecha (δ0), a ABNT NBR 8800:2008 (item C.3.2) permite que se calcule seu valor em
função da flecha proveniente das ações permanentes (δ1). Dessa forma, será adotada, então, contra-flecha
de aproximadamente 85% de δ1.

       

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Assim, a flecha no meio do vão é igual a:

        

 
 
  
 

283
- Combinação Rara:
(Deslocamentos que podem provocar danos aos elementos construtivos não estruturais)

     

  

    

          
     
 
   
 
  
   
     
       
  
    
      

      

 
 
  
 

Dimensionamento da viga mista pelo método aproximado:

Dados da seção utilizada:

Pelo método aproximado o perfil tubular circu-


lar é substituído por um perfil retangular equi-
valente com a mesma espessura da parede,onde
a altura total H e a largura b são tomadas iguais
a D e 0,55D, respectivamente, onde D é o diâ-
metro do tubo:

Perfil retangular equivalente


284
Perfil I equivalente utilizado no cálculo da viga mista:

PS 323,8 × 178/178 × 8,4/8,4 ×16,8 mm

Comprimento: L = 9000mm

Altura: H = 323,8mm

Largura: b = 178mm

Espessura da mesa: tf =8,4mm

Espessura da alma: tw =16,8mm

Massa por metro: P = 63,96Kg/m

Área da seção: Aa =81,48cm4


Momento de Inércia: Ia =11489cm4

Módulo Elástico: Wa =709,67cm3

Verificação da Esbeltez do Perfil:

Conforme verificado anteriormente, o perfil tubular circular adotado possui seção compacta e, portanto,
atende às exigências normativas.

-Verificação da viga mista considerando interação completa:


hi = 1,0

- Momento fletor resistente de cálculo da viga mista (depois da cura):

Interação completa:

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


  

 
 
  

 

     

    
285
- Posição da LNP a partir do topo do perfil:

    

Cad  Aaf f yd

    

O momento fletor resistente de cálculo será:

  
           
  

 

Cálculo de yt e yc

  

       

    

  
          
  
 

  

Novamente, a viga mista passou com folga nas verificações para interação completa. Dessa forma, será
reduzido o grau de interação de forma semelhante ao que foi feito no método “exato”, partindo-se do grau
de interação mínimo.

-Verificação da viga mista considerando interação parcial:

Dos cálculos realizados anteriormente, tem-se:


hi = 0,54
286
Momento fletor resistente de cálculo da viga mista (depois da cura):

    

  
 

 
     

    

- Posição da LNP a partir do topo do perfil:

 
     

   
   

     
 

O momento fletor resistente de cálculo será:

  a 
  C d  y  y   C  t   h  d  y 
  

 

     Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos



  

    

  

  
 

287

  
           
  
  
 

  
           
  
 

  

- Verificação quanto à Limitação de Tensão (validade da análise elástica):


(itens O.2.3.2 e O.1.2.3-2°§ da ABNT NBR 8800:2008)

- Para seção compacta:

      
         
      

 

  
   
 

 
       

- Propriedades da seção mista:

Sem os efeitos de longa duração (αE):

  
  
 
 
 
   


  
 
 
     
   
 
 
288
   
            
   
    
     
   
 
 

   
            
   
    

             
   
 

 
   

  

 
       

Com os efeitos de longa duração (αE / 3):

Realizando os mesmo cálculos (porém, com a razão modular dividida por 3 para a consideração simplifi-
cada dos efeitos de longa duração - αE / 3), tem-se:

     
     

Com isso, calcula-se a tensão atuante na fibra inferior do perfil de aço:

            
             
            

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


 


  

Esforço cortante resistente de cálculo:

Para a verificação do esforço cortante, considera-se somente o perfil de aço no cálculo da resistência, despre-
zando-se a contribuição da laje. Portanto, o esforço cortante resistente de cálculo corresponde àquele calcu-
lado pelo método “exato”, que, como visto, resultou maior do que o esforço cortante solicitante de cálculo.
289
Momento fletor resistente de cálculo da viga de aço isolada (antes da cura):

A verificação do momento fletor antes da cura do concreto é igual àquela realizada anteriormente no
método “exato”, uma vez que, nessa situação, o perfil tubular circular de aço resiste sozinho aos esforços
oriundos das ações atuantes na fase de construção da estrutura.

- Verificação dos deslocamentos (flechas):


(item O.1.2 e Anexo C da ABNT NBR 8800:2008)

Para o cálculo dos deslocamentos, a ABNT NBR 8800:2008 permite que se faça análise elástica. Com
isso, o deslocamento máximo para vigas biapoiadas com carga linearmente distribuída é dado por:

 

Flecha limite:


 
 
 

- Combinação Quase-Permanente:
(Deslocamentos que podem afetar a aparência da edificação)

       

      
       
 
    
     
      
  
 
 
   
     

      
      
    
 
    
      

     
 
       
      

290
Para a contra-flecha (δ0), a ABNT NBR 8800:2008 (item C.3.2) permite que se calcule seu valor em
função da flecha proveniente das ações permanentes (δ1). Dessa forma, será adotada, então, contra-flecha
de aproximadamente 85% de δ1.
       
       

Assim, a flecha no meio do vão é igual a:

        
        

 
    
    
 
- Combinação Rara:
(Deslocamentos que podem provocar danos aos elementos construtivos não estruturais)

     

    

          
     
 
   
 
  
   
     
       
  
    
      

Assim, a flecha no meio do vão é igual a:

      

  Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


 
  
 

291
EXEMPLO 2
Dimensionar as vigas V1 e V2 como semicontínuas, utilizando tubos retangulares. Considerar que o momento
fletor resistente da ligação mista seja igual a 30% do momento fletor solicitante da viga considerada biapoiada.

Área de influência das vigas

Sistema semicontínuo

Utilizando os mesmos dados de carregamento do exercício 1, tem-se que o carregamento de cálculo será:

qd = 1,50CP1 + 1,50CP 2 +1,35CP 3 +1,50SC1


qd = 4344,75kg/m = 0,4345kN/cm

Como−
se deve considerar que o momento fletor resistente da ligação mista é igual a 30% do momento
M = 0,30M maxda= viga
fletor solicitante
Rd × 43993,13 biapoiada,
0,30considerada = 13197kNcmentão:
m n

{
qd = ∑ (γ gi FGi ,k ) + γ q1FQ 1,k + ∑ γ qjψ 0 j ,ef FQj ,k
i =1 j =2
}
qd = 1,25 × 0,0885kN/cm + 1,30 × 0,03kN/cm = 0,1496kN/cm


qd L2 0,1496 × 9002
M Sdac = = = 15147kNcm
8 8

Diagrama de momento fletor da viga considerada biapoiada

292
qd = 1,50CP1 + 1,50CP 2 +1,35CP 3 +1,50SC1
qd = 4344,75kg/m = 0,4345kN/cm
qd = 1,50CP1 + 1,50CP 2 +1,35CP 3 +1,50SC1
qd = 4344,75kg/m = 0,4345kN/cm
M Rd− = 0,30M max = 0,30 × 43993,13 = 13197kNcm

m − é
Rd = 0,30 M max = 0,30 × 43993,13 = 13197kNcm
onde, M o momento fletornresistente de cálculo da ligação mista.
i =1
( ) {
qd = ∑ γ gi FGi ,k + γ q1FQ 1,k + ∑ γ qjψ 0 j ,ef FQj ,k
j =2
}
m n
qd =×∑
qd = 1,25 (γ gi FGi,k ) + γ +q1F1,30
0,0885kN/cm { }
Q 1,k + ∑ γ qjψ 0 j ,ef FQj ,k
× 0,03kN/cm = 0,1496kN/cm
i =1 j =2

qd = 1,25 × 0,0885kN/cm + 1,30 × 0,03kN/cm = 0,1496kN/cm


q L 0,1496 × 900
2 2
M Sdac = d = = 15147kNcm
8 8
qd L2 0,1496 × 9002
M Sdac = = = 15147kNcm
8 8
Momentos fletores solicitantes de cálculo com a transferência de momento dada pela ligação mista

qd = 1,50CP1 + 1,50CP 2 +1,35CP 3 +1,50SC1


qqdd =
= 1,50CP1 + 1,50CP
4344,75kg/m 2 +1,35CP 3 +1,50SC1
= 0,4345kN/cm
qd = 4344,75kg/m = 0,4345kN/cm
Força cortante solicitante de cálculo na viga mista semicontínua
M Rd−− =da0,30
Antes M max
cura, = 0,30 × 43993,13
o carregamento = 13197kNcm
de cálculo é dado por:
M Rd = 0,30M max = 0,30 × 43993,13 = 13197kNcm
m n
qd = ∑ m (γ F { }
gi Gi ,k ) + γ q1 FQ 1,k + ∑ γ qjψ 0 j ,ef FQj ,k
n
qd = ∑ {
i =1 (γ gi FGi ,k ) + γ q1 FQ 1,k + ∑ }
j =2 γ qjψ 0 j ,ef FQj ,k

qd = 1,25 i =1
× 0,0885kN/cm + 1,30 j =2
× 0,03kN/cm = 0,1496kN/cm
dq = 1,25 × 0,0885kN/cm + 1,30 × 0,03kN/cm = 0,1496kN/cm
Assim, podemos obter o momento fletor solicitante de cálculo antes da cura do concreto:

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


q L2 0,1496 × 9002
M Sdacac = qd L2 = 0,1496 × 9002 = 15147kNcm
M Sd = d8 = 8 = 15147kNcm
8 8

293
VIGA MISTA SEMICONTÍNUA (VIGA V1):
Propriedades geométricas:

Tubo Estrutural V&M 300x150x8 mm

Comprimento: L = 9000 mm

Altura: h = 300mm

Largura: b = 150mm

Espessura: t = 8,0mm

Massa por metro: P = 54,0kg/m

Área da seção: Aa = 68,80cm2

Momento de Inércia: Ia = 8010cm4

Módulo Elástico a flexão: Wa = 534cm3

Módulo Plástico a flexão: Za = 663cm3

Perfil I equivalente utilizado no cálculo da viga mista:

PS 300x150/150x8,0/8,0x16 mm

Comprimento: L = 9000mm

Altura: h = 300mm

Largura: b = 150mm

Espessura da mesa: t = 8mm

Espessura da alta: t = 16mm

Massa por metro: P = 54,51kg/m

Área da seção: Aa = 69,44cm2

Momento de Inércia: Ia = 8171,29cm4

Módulo Elástico a flexão: Wa = 544,75cm3

Módulo Plástico a flexão: Za = 673,02cm3

294
-Verificação da viga mista considerando interação completa:

ηi = 1,0

- Largura efetiva da laje:

De acordo com o item O.2.2.2 da ABNT NBR8800:2008, nas regiões de momento positivo de vigas con-
tínuas e semicontínuas, a largura efetiva, para cada lado da linha de centro da viga, pode ser determinada
tomando-se no lugar dos vãos da viga as distâncias entre ponto de momento nulo.
⎧⎛ 1 ⎞ 4 L ⎛ 1 ⎞ 4 × 9000
⎪ ⎜ ⎟ = ⎜ ⎟× = 900mm
b ⎪⎝ 8 ⎠ 5 ⎝ 8 ⎠ 5
≤ ⎨ ⎧ 1 4 L ⎛ 1 ⎞ 4 × 9000
2 ⎪⎛⎪1⎜⎛ ⎞ ⎟⎞ = ⎜ ⎟ ⎛×1 ⎞ = 900mm
b ⎪⎜⎪⎝ 8⎟ (vão ⎠ 5 laje) ⎝ 8=⎠ ⎜ ⎟ ×53000 = 1500mm
≤⎩⎝⎧⎨2⎛ 1⎠ ⎞ 4 L ⎛ 1 ⎞ ⎝ 24 ⎠× 9000
2
∴bb =⎪⎪1800mm ⎜⎛ 1 ⎟⎞ (vão==laje) ⎟×
⎜180cm ⎛1⎞ = 900mm
= ⎜ ⎟5× 3000 = 1500mm
⎝⎜ 8 ⎠⎟ 5 ⎝ 8 ⎠
≤ ⎨⎩⎪⎝ 2 ⎠ ⎝2⎠
2
∴ b⎪=⎜ 1800mm ⎛ 1 ⎞ = 180cm⎛ 1⎞
⎟ (vão laje) = ⎜ ⎟ × 3000 = 1500mm
⎪⎩⎝ 2 ⎠ ⎝2⎠
⎧0,85 f cd bt c = 1639,30kN

hd ≤ ⎨
-FForça b =de 1800mm
cisalhamento = 180cm de cálculo entre a laje e o perfil:
f y = 2209,45kN
⎩ A⎧a0,85 f cd bt c = 1639,30kN
∴Fhdhd ≤= 1639,30kN ⎨ A f = 2209,45kN
⎧⎩0,85 f cd bt c = 1639,30kN
a y

∴ FhdFhd≤ ⎨= 1639,30kN
Aa f y = 2209,45kN
⎧⎩1 A f ck Ec
∴ Fhd⎪= 1639,30kN → Esmagamento do concreto
cs

⎪2 γ
QRd ≤ ⎨ ⎧ 1 Acs cs f ck Ec
- Resistência ⎪ R⎪g2R peAdistribuição
cs f ucs →dos Esmagamento
conectores: do concreto
⎪ γ → Cisalhamento do conector
QRd ≤⎪⎩ ⎧⎨1 Aγcscs f ck Ec cs

⎪ R g R p Acs f ucs → Esmagamento do concreto


⎪⎪2 γ cs → Cisalhamento do conector
QRd ≤ ⎨⎩ do tipo
Conector γ cs “pino com cabeça”:
⎪ R g R p Acs f ucs → Cisalhamento do conector
⎪⎩
⎧⎪φConector
19,0mm doγ→ tipo
cs “pino com cabeça”:
Acs = 2,85cm 2


f ucs = 415MPa = 41,5kN/cm

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


2
⎪⎩Conector
⎧⎪φ19,0mm do tipo → “pino Acs =com cabeça”:
2,85cm 2



⎩ f ucs = 415MPa = 41,5kN/cm 2 2
⎧⎪φ19,0mm → Acs = 2,85cm
Esmagamento do concreto:

⎪⎩ f ucs = 415MPa
Esmagamento
= 41,5kN/cm 2
1 Acs f ck Ec concreto:
do 1 2,85 × 2,0 × 2128,7
Q Rd (c )
= = × = 74,38kN
Esmagamento 2 γ 2 1,25
1 Acs fdo concreto:
cs
ck E c 1 2,85 × 2,0 × 2128,7
Q Rd (c )
= = × = 74,38kN
2 γ cs 2 1,25
1 Acs f ck Ec 1 2,85 × 2,0 × 2128,7
Q Rd (c )
= = × = 74,38kN
2 γ cs 2 1,25

295
Ruptura do conector:

Neste caso, deve-se considerar o número de conectores e sua distribuição ao longo da viga (steel deck per-
pendicular à viga).

Hipótese 1: considerando 1 conector por canaleta

R g = 1,0 (1 conector por onda da forma, a princípio)


R p = 0,75 ( conector na posição forte )
1,0 × 0,75 × 2,85 × 41,5
(1)
Q Rd = = 70,96kN
1,25
∴Q Rd = 70,96kN

R g = 1,0 de
Número (1 conector
conectores:por onda da forma, a princípio)
R =∑ 0,75 Q Rd( conector
η F na1,0 forte )
× 1639,30
posição
ncp = = i hd = = 23,1 → 24 conectores
Q1,0Rd × 0,75 70,96
Q×Rd 2,85 × 41,5
Q Rd =
(1)
= 70,96kN
1,25
Número
∴Q de canaletas entre os pontos de momento máximo e de momento nulo:
Rd = 70,96kN
Le / 2 7200 / 2
ncan = = = 13,1 → 13 canaletas
Número l (canaleta−MF
de conectores:
75) 274
∑ Q Rd ηi Fhd = 1,0 × 1639,30 = 23,1 → 24 conectores
nc = nR>nR =A
Como g p , cs f ucs ser1,0
deve × 0,75
feita outra× distribuição
2,85 × 41,50dos conectores.
RC ,1cs =QcRd can Q Rd = 70,96 = 70,96kN
γ cs 1,25
Número de canaletas entre os pontos de momento máximo e de momento nulo:
Hipótese
Resistência 2:
Lede considerando 7200canaletas
/ 2uma canaleta com 1 ou 2 conectores
/ 2com 2 conectores:
ncan = =
0,85 × 0,75 = 13,1 → 13 canaletas
conector l (canaleta−MF
Resistência forte:
de uma 274 ×com
75) canaleta
2,85 × 41,50
1 conector:= 60,32kN
1,25
0,85 × 0,60 × 2,85 × 41,50
conectorRfraco:g R p Acs f ucs 1,0 × 0,75 × 2,85 × 41,50
= 48,25kN
RC ,1cs = = 1,25 = 70,96kN
γ cs 1,25
RC ,2cs = 60,32 + 48,25 = 108,57kN
Resistência de uma canaleta com 2 conectores:
0,85 × 0,75 × 2,85 × 41,50
conector
Resistênciaforte: = 60,32kN
de uma canaleta com 3 conectores:
1,25
0,70 × 0,75 × 2,85 × 41,50
conector forte: 0,85 × 0,60 × 2,85 × 41,50 = 49,68kN
conector fraco: 1,25 = 48,25kN
1,25
0,70 × 0,60 × 2,85 × 41,50
conector fraco: = 39,74kN
1,25
RC ,2cs = 60,32 + 48,25 = 108,57kN
RC ,3cs = 2 × 49,68 + 39,74 = 139,10kN
Resistência de uma canaleta com 3 conectores:
0,70 × 0,75 × 2,85 × 41,50
conector
Força forte:
a ser = 49,68kN
resistida pelos conectores de cisalhamento:
1,25
ηi Fhd = 1,0 × 1639,3kN = 1639,3kN
0,70 × 0,60 × 2,85 × 41,50
296 conector N C ,3cs ( RC ,3cs − RC 1,25
13RC ,2cs +fraco: ,2cs ) ≥ ηi Fhd
= 39,74kN

13 ×108,57 + N C ,3cs (139,09 −108,57 ) ≥ 1639,29kN


RCC,3cs
N = 2 × 49,68 + 39,74 = 139,10kN
,3cs ≥ 7,46 → N C ,3cs = 8
Resistência de uma canaleta com 3 conectores:
0,70 × 0,75 × 2,85 × 41,50
conector forte: = 49,68kN
1,25
0,70 × 0,60 × 2,85 × 41,50
conector fraco: = 39,74kN
1,25

RC ,3cs = 2 × 49,68 + 39,74 = 139,10kN

Força a ser resistida pelos conectores de cisalhamento:


ηi Fhd = 1,0 × 1639,3kN = 1639,3kN
13RC ,2cs + N C ,3cs ( RC ,3cs − RC ,2cs ) ≥ ηi Fhd
13 ×108,57 + N C ,3cs (139,09 −108,57 ) ≥ 1639,29kN
N C ,3cs ≥ 7,46 → N C ,3cs = 8

Resistência total das canaletas:


RTot = 5RC ,2cs + 8RC ,3cs = 5 × 108,57 + 8 × 139,10 = 1655,65kN ≥ 1639,29kN → Ok!

Conforme exposto anteriormente, para que a força de cisalhamento de cálculo entre o componente de
aço e a laje seja transmitida, são necessários 34 conectores de cisalhamento distribuídos em 13 canale-
tas, sendo 8 canaletas com 3 conectores (2 na posição forte e 1 na posição fraca) e 5 canaletas com 2
conectores (1 na posição forte e 1 na posição fraca).

- Momento fletor resistente de cálculo positivo da viga mista (depois da cura):

Interação completa:

∑QQ = ηi Fhd = 1639,29kN ⎫



Rd
= ηi Fhd = 1639,29kN ⎫

A f Rd
= 2209, 45kN ⎬

∑QQ
a yd
Aa f yd = 2209, 45kN ⎬
⎪ ≥ 0,85 f cd bt c
0,85 f cd bt c = 1639,30kN ∑
Rd

⎪ ≥ 0,85 f bt
0,85 f cd bt c = 1639,30kN ⎭ a A f ≥ 0,85 f cdcdbt c c
Rd
yd
A f yd ≥ 0,85 f cd bt c
→ LNPa passa no perfil de aço
→ LNP passa no perfil de aço
Ccd = 0,85 f cd btc = 1639,30kN

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Ccd = 0,85 f cd btc = 1639,30kN
1
C ad = 1 × ( 2209, 45 − 1639,30 ) = 285,10kN
C ad = 2 × ( 2209, 45 − 1639,30 ) = 285,10kN
Tad = C2cd + Cad = 1639,30 + 285,10 = 1924,40kN
Tad = Ccd + Cad = 1639,30 + 285,10 = 1924,40kN

- Posição da LNP a partir do topo do perfil:


- Posição da LNP a partir do 35topo do perfil:
Aaf f yd = btf yd = 15 × 0,8 × 35 = 381,82kN
Aaf f yd = btf yd = 15 × 0,8 × 1,1 = 381,82kN
1,1
Como C ad ≤ Aaf f yd , a LNP cai na mesa do perfil.
Como C ad ≤ Aaf f yd , a LNP cai na mesa do perfil.
297
C 285,1
y p = C ad t = 285,1 × 0,8 = 0,60cm
y p = Aaf adf yd t = 381,8 × 0,8 = 0,60cm
Aaf f yd 381,8
af yd yd
1,1

Como C ad ≤ Aaf f yd , a LNP cai na mesa do perfil.

C ad 285,1
yp = t= × 0,8 = 0,60cm
Aaf f yd 381,8

onde, y p é a posição da linha neutra plástica (LNP) na seção de aço.

yt = d − t −
⎛t ⎞
( h
)
bt fst ⎜ fst 2 ⎟ + t w hw w 2 + t fst
⎝ ⎠ = 12,80cm
bt fst + t w hw + bt
t fsc
yc = 2 = 0,30cm

onde:

tfst é a parcela tracionada da espessura da mesa inferior do perfil I equivalente;

tfsc é a parcela tracionada da espessura da mesa superior do perfil I equivalente;

b é a largura da mesa do perfil I equivalente;

tw é a espessura da alma do perfil I equivalente;

hw é a altura da alma do perfil I equivalente;

t é a espessura da mesa do perfil I equivalente;

298
O momento fletor resistente de cálculo será:

⎡ ⎛t ⎞⎤
dc = βvm ⎡
dc
M Rd C ad ( h − yt − yc ) + Ccd ⎛⎜ t cc + hF + h − yt ⎞⎟ ⎤⎥
M Rd = βvm ⎢⎣C ad ( h − yt − yc ) + Ccd ⎜⎝ 2 + hF + h − yt ⎟⎠ ⎦⎥

⎣ ⎝2 ⎠⎦
⎡ ⎛ 7,5 ⎞⎤
dc = 0,85 × ⎡
dc
M Rd ⎢ 285,1(30 − 12,8 − 0,3 ) + 1639,3 × ⎛⎜ 7,5 + 7,5 + 30 − 12,8 ⎞⎟ ⎤⎥ = 43737,3kNcm
M Rd = 0,85 × ⎣⎢285,1(30 − 12,8 − 0,3 ) + 1639,3 × ⎝⎜ 2 + 7,5 + 30 − 12,8 ⎠⎟ ⎦⎥ = 43737,3kNcm
⎣ dc
⎝ 2 ⎠⎦
M dc
M Sddc = 37642kNcm → M Sddc = 0,86 → Ok!
dc Sd
M Sd = 37642kNcm → M Rd dc
= 0,86 → Ok!
M Rd
Verificação quanto à Limitação de Tensão (validade da análise elástica):
- Verificaçãoquanto
Verificação quanto à Limitação
à Limitação de Tensão
de Tensão (validade
(validade da análise
da análise elástica):
elástica):
(itens O.2.3.2 e O.1.2.3-2°§ da ABNT NBR 8800:2008)
(itens O.2.3.2 e O.1.2.3-2°§ da ABNT NBR 8800:2008)
Para seção compacta:
Para seção compacta:

⎛M ⎞ ⎛M ⎞ ⎛ M′ ⎞
σ = ⎜⎛ MGa ,Sn
⎞ + ⎛⎜ M LL ,,Sn
Ga ,Sn ⎟
⎞ ⎛ L′ ,Sn ⎞
Sn ⎟ + ⎜ M L ,Sn ⎟ ≤ f y
σ = ⎝⎜ Wa ⎟⎠ + ⎜ Wef ⎟ + ⎜ Wef′ ⎟ ≤ f y
⎝⎜
⎝ Wa ⎠ ⎝ Wef ⎠ ⎝ Wef ⎠ ⎠⎟ ⎝⎜ ′ ⎠⎟

MGa,Sn = 1,0MCP 3 = 8960,62kNcm


MGa,Sn = 1,0MCP 3 = 8960,62kNcm
ML,Sn = (1 −ψ 2 ) MSC 1 = 0,4 ×12990 = 5196,00kNcm
ML,Sn = (1 −ψ 2 ) MSC 1 = 0,4 ×12990 = 5196,00kNcm
M L′ ,Sn = 1,0MCP1 + 1,0MCP 2 +ψ 2 M SC 1
M L′ ,Sn = 1,0MCP1 + 1,0MCP 2 +ψ 2 M SC 1
= 1,0 × 2600 + 1,0 × 2600 + 0,6 ×12990 = 12994,00kNcm
= 1,0 × 2600 + 1,0 × 2600 + 0,6 ×12990 = 12994,00kNcm
Obs.: Resultados obtidos da viga semicontínua.

- Propriedades da seção mista:

Sem os efeitos de longa duração (αE):

E 20000
αE = = = 9, 40

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Ec 2128,74

b 180
btr = = = 19,15cm
αE 9, 4
⎛ t ⎞ h
btr t c ⎜ h + hF + c ⎟ + Aa
ytr =
∑ yi Ai = ⎝ 2⎠ 2 6966,13
= = 32,70cm
∑ iA b t
tr c + Aa 213,06
2 2
⎛ h ⎞ b t3 ⎡t ⎤
I tr = I a + Aa ⎜ ytr − ⎟ + tr c + btr t c ⎢ c + hF − ( ytr − h )⎥ = 41098,74cm 4
⎝ 2⎠ 12 ⎣2 ⎦
I ef = I a + ηi ( I tr − I a ) = 8171,29 + 1 × ( 41098,74 − 8010 ) = 41098,74cm4
299
I 41098,74
Wtri = tr = = 1256,84cm3
ytr 32,7
Wef = Wa + ηi (Wtri − W ) = 534 + 1 × (1256,84 − 534 ) = 1256,84cm3
E 20000
αE = = = 9, 40
Ec 2128,74
E 20000
α E = E = 20000 = 9, 40
b = 180
αbtrE == Ec = 2128,74= 19,15cm = 9, 40
αEEc 9, 2128,74
4
b 180 b t ⎛ h + h + t c ⎞ + A h
btr = b =y 180 c ⎜
=tr19,15cm ⎟ a
bytrtr ==α∑ i Ai
F
E = 9, 4 = ⎝
19,15cm 2⎠ 2 6966,13
= = = 32,70cm
α E =α∑
EE =A9,
20000
4 t c + tAa⎞
i ⎛= 9,btr40 h 213,06
Ec y A2128,74 btr t c ⎛⎜ h2 + hF +3 t c ⎞⎟ + Aa h
Iytr = I∑
∑+yiAAi ⎛=y btr−tch⎝⎜⎞h ++ hbFtr t+c +2c b⎠⎟ +t A⎡atc2+=h 6966,13 − ( y − =
h ) ⎤
2

= 41098,74cm 4
32,70cm
i ai ⎜ tr ⎟ tr c ⎢ 2 F6966,13 ⎥
ytr = ∑ Ai ⎝= 2 ⎠ btr t12 ⎝ ⎠
a 2 tr
c + Aa ⎣ 2 = 213,06 = 32,70cm ⎦
b∑ A180 2 btr t c + A 213,06
bItref == I a += η⎛i ( I=tr19,15cm
i
−h I⎞a2 ) =b8171,29 3
tr t c3
a
+⎡ t c1 × ( 41098,74 − ⎤8010 2
) = 41098,74cm 4
I tr = I aE+ Aa ⎜⎛ ytr − h ⎟⎞ + b t + btr t c ⎡⎢ t + hF − ( ytr − h )⎤⎥ = 41098,74cm
α 9, 4 2 4

I tr = =I a I+tr A=a ⎝⎜41098,74


ytr − 2 ⎠⎟ + =
12
tr c
+ btr t c ⎣⎢32c h+ hF − ( ytr − h )⎦⎥ = 41098,74cm 4
t
W ⎝ 32,7 ⎛ 1256,84cm c ⎞
( btr t−c2⎜I⎠h)+=h8171,29
12
F + ⎟ + A⎣ a2 ⎦
2 ⎠ + 12× ( 41098,74 6966,13 − 8010 ) = 41098,74cm4
tri
I ef = I∑ y+
a yi Ai i
tr η I ⎝
4

Iy = I a + ηi =( I tr − I a ) = 8171,29 + 1 ×=( 41098,74 =− 8010


tr a

ηi (Wtri − W 32,70cm) = 41098,74cm


Weftref = W I tra A+ 41098,74
∑ btr t)c =+534Aa + 31 × (1256,84 213,06− 534 ) = 1256,84cm
3
Wtri = I = 41098,74 = 1256,84cm
i
Wtri = ytrtr = ⎛ 32,7h ⎞2 = 1256,84cm b t 3

3
tc ⎤
2
Com Aa ⎜ y32,7
I tr = Iosay+trefeitos de − longa +duração
tr c
+ b(αt
Wef = Wa + ⎝ηitr(W2tri ⎟⎠− W )12= 534tr+cE⎢⎣12× (1256,84
/ +
3): hF − ( tr − 534
y − h )⎥ ) == 1256,84cm
41098,74cm 3
4


Wef = Wa +osηmesmo i (Wtri − W ) = 534 + 1 ×com ( 534 ) = 1256,84cm
−modular 3
Realizando cálculos (porém, 1256,84
a razão dividida por 3 para a consideração simplifi-
I ef == I aE+ =ηi ( I20000
α tr − I a ) = =
8171,29
3,13 + 1 × ( 41098,74 − 8010 ) = 41098,74cm 4
cadaE dos efeitos de longa duração - α / 3), tem-se:
3 × 2128,74
3IEc 41098,74 E

Wtri = tr = = 1256,84cm3
E
y 20000
32,7
α E = Ebtr′ == 6,38cm 20000 = 3,13 I tr′ = 27916cm 4 Wtri′ =3 1086,22cm 3
α = 3 E tr
c = 3 ×
WEef = Wa + ηi (Wtri − W ) = 534 + 1 × (1256,84 − 534
2128,74 = 3,13 ) = 1256,84cm
× 2128,74
3Eytr′c = 325,7cm I ef′ = 27916cm4 Wef′ = 1086,22cm3
btr′ = 6,38cm I tr′ = 27916cm 4 Wtri′ = 1086,22cm 3
btr′ = 6,38cm I tr′ = 27916cm 4 4
Wtri′ = 1086,22cm 33

ytr = 25,7cm I ef′ = 27916cm Wef′ = 1086,22cm
⎛ Eytr′ = 25,7cm
8960,62 20000
⎞ ⎛ 5196 ⎞ ⎛ 12994 I ′ = ⎞
27916cm 4
Wef′ = 1086,22cm3
α
σE==⎜ = ⎟+⎜ = 3,13 +
⎟ ⎜
ef
⎟ = 32,85kN/cm 2

Com⎝isso,3E534 3 ×⎠2128,74
c calcula-se ⎝ 1256,94
a tensão ⎠atuante ⎝ 1086,22
na fibra ⎠ inferior do perfil de aço:
8960,62 ⎞ ⎛ 5196 ⎞ ⎛ 12994 ⎞
σσ = ⎛⎜⎛ 8960,62
′ = 6,38cm
32,85
btr534 ⎟⎞ + ⎛⎜ 5196 ⎞⎟ + ⎛⎜ 12994 I ⎟ = 32,85kN/cm
′ = 27916cm

4
2
Wtri′ = 1086,22cm 3
σ ==⎝⎜ = 0,94 → Ok!
⎠⎟ + ⎝⎜ 1256,94 ⎠⎟ + ⎝⎜ 1086,22 ⎠⎟ = 32,85kN/cm
tr 2
f y ⎝ 35,0 ′
tr = 25,7cm
y534 ⎠ ⎝ 1256,94 ⎠ ⎝ 1086,22 I ef′ = 27916cm
⎠ 4
Wef′ = 1086,22cm3
σ 32,85
σ =h32,85 300=−0,94 6 × 8,0→ Ok!
λf y== e35,0
= = 0,94 → = 31,50 Ok!
f y ⎛t8960,62
35,0 8,0 ⎞ ⎛ 5196 ⎞ ⎛ 12994 ⎞
σ =⎜ ⎟ +20000
⎜ ⎟+⎜ ⎟ = 32,85kN/cm
2

⎝he 534 5 ×
λλ p==h1,10= 300× −⎠6 ×⎝8,0
300 1256,94
= =31,50
58,80⎠ ⎝ 1086,22 ⎠
− 6 × 8,0
8,035 = 31,50
λ = te =
σ t 32,85 58,0 × 20000
=
-λEsforço × =50,94
cortante →= 58,80
resistente de cálculo:
Ok!
f p = 1,10
35,0 × 20000 V
(item 5.4.3.2
λ py = 1,10λ≤ × λ pda, V ABNT
35 NBR 8800:2008)
p
Como Rd = = 58,80
35 γ a1
h 300
λ = =e 0,60=≤λ Aw −f y6 × 8,0 1,20V=hpe31,50
tf y
V
Como Rd t λ ,
p 8,0 RdV= = Vp = 769,75kN
Como λ ≤γ aλ1 p , VRd = γγaa11
0,60 Aw5f×y 20000 1,20Vγha1tf
λ = 1,10 ×
= 210,20kN =Sde 58,80
=→ 1,20Vhe tf =
VSd = y 0,273 →
V p
Rd 0,60 Aw f y 35 = 769,75kNOk!
VRd = γ a1 = γ aRd 1
y
= 769,75kN
300 γ a1 γVa1
VSd = 210,20kN → V VSdp = 0,273 → Ok!
Como λ
VSd = 210,20kN ≤ λ p , V =
→ γ Rd
Rd V Sd
= 0,273 → Ok!
VRda1
0,60 A f 1,20h tf
λ= = = 31,50
t 8,0
5 × 20000
λ p = 1,10 × = 58,80
35

Vp
Como λ ≤ λ p , VRd =
γ a1
0,60 Aw f y 1,20he tf y
VRd = = = 769,75kN
γ a1 γ a1
VSd
VSd = 210,20kN → = 0,273 → Ok!
VRd

- Momento fletor resistente de cálculo da viga de aço isolada (antes da cura):


(item G.1.1 da ABNT NBR 8800:2008)

Flambagem local da mesa:

be = 150 − 6t = 102,0mm
be −102,0
bλe == 150
= 6t = 102,0mm
= 12,75
bt 8,0
102,0
λ = e = E = 12,75 20000
λ p =t1,12 8,0 = 1,12 × = 26,77
Ef y 35
20000
λ p = 1,12 = 1,12 × = 26,77
fy 35
Como λ ≤ λ p :
Como λM≤plλ p : Z x f y 1,50Wx f y
M Rd = = ≤
γ apl1 Zγx af1 y 1,50γWa1x f y
M
M Rd = 663 ×=35 ≤ 1,50 × 534 × 35
M Rd = γ γ a1 γ
=a1 21095, 45kNcm
a1 ≤ = 25486, 40kNcm → Ok!
6631,1
× 35 1,50 ×1,1
534 × 35
MRdRd == 21095,45kNcm
M = 21095, 45kNcm ≤ = 25486, 40kNcm → Ok!
1,1 1,1
MRd = 21095,45kNcm
Flambagem local da alma:
Flambagem local da alma:
he = h − 6t = 252,0mm

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


hλe == hhe −=6t252,0
= 252,0mm
= 31,50
t
he 252,0 8,0
λ = = E = 31,50 20000
λ p =t2, 42 8,0 = 2, 42 × = 57,85
Ef y 35
20000
λ p = 2, 42 = 2, 42 × = 57,85
fy 35
Como λ ≤ λ p :
Como λM≤plλ p : Z x f y 1,50Wx f y
M Rd = = ≤
Mγ apl1 Zγx af1 y 1,50γWa1x f y
M = =
MRdRd = 21095,45kNcm ≤
γ γ
a1 a1 γ a1
MRd = 21095,45kNcm
Assim, 301

Assim,
ac
M Rd = 21095, 45kNcm
ac
Mac = 21095,
M 1514745kNcm
M pl Zx f y 1,50Wx f y
M Rd = = ≤
γ a1 γ a1 γ a1
MRd = 21095,45kNcm

Assim,

ac
M Rd = 21095, 45kNcm
M Sdac 15147
ac
= = 0,72 → Ok!
M Rd 21095,45

- Verificação dos deslocamentos (flechas):


(item O.1.2 e Anexo C da ABNT NBR 8800:2008)

Flecha limite:

L 900
δlim = = = 2,57cm = 25,7mm
350 350
L 900
δlim = = = 2,57cm = 25,7mm
350 350
- Combinação Quase-Permanente:
δmax = δ1 + δ2 + δque
(Deslocamentos 3 −δ 0 ≤ δlimafetar a aparência da edificação)
podem

δ1max= δ=1,δAC1 ++δδ21,DC


+ δ3=−4,72
δ0 ≤+δ0,51
lim
= 5,23cm = 52,3cm

= δδ2′′ −+δ2δ′ = 0,75


δδ2 = − 0,51 = 0,24cm = 2,40mm
1 1, AC 1,DC = 4,72 + 0,51 = 5,23cm = 52,3cm

δ2′′ − δ2′==11,3cm
δ32 = 1,13cm 0,75 − 0,51 = 0,24cm = 2,40mm

δmax
3 == δ1 + δ2=+11,3cm
1,13cm δ3 − δ0 = 5,23 + 0,24 + 1,13 − 4,50 = 2,10cm = 21mm

⎛δδmaxmax=⎞δ1 + δ2,10
2 + δ 3 − δ 0 = 5,23 + 0,24 + 1,13 − 4,50 = 2,10cm = 21mm
⎜ δ ⎟ = = 0,82 → Ok!
⎝ lim ⎠QP 2,57
⎛ δmax ⎞ 2,10
⎜ ⎟ = = 0,82 → Ok!
⎝ δ lim ⎠QP 2,57

OBS: observar que a contra flecha aplicada é de 85% do valor dos deslocamentos antes do endurecimento
do concreto.

- Combinação Rara:
(Deslocamentos que podem provocar danos aos elementos construtivos não estruturais)

δ A = δ2 + δ3 ≤ δlim

δ2 = δ1,′DC − δ1,DC = 0,24cm = 2,4mm


302
δ3 = δ3′ + δ3′′ = 0,51 + 1,13 = 1,64cm = 16,4mm

δ A = δ2 + δ3 = 0,24 + 1,64 = 1,88cm = 18,8mm


δ A = δ2 + δ3 ≤ δlim

δ2 = δ1,′DC − δ1,DC = 0,24cm = 2,4mm

δ3 = δ3′ + δ3′′ = 0,51 + 1,13 = 1,64cm = 16,4mm

δ A = δ2 + δ3 = 0,24 + 1,64 = 1,88cm = 18,8mm



⎛ δA ⎞ 1,88
⎜ ⎟ = = 0,73 → Ok!
δ
⎝ lim ⎠Rara 2,57

OBS.: Resultados obtidos da viga semicontínua.

VIGA MISTA SEMICONTÍNUA (VIGA V2):


Propriedades geométricas:

Tubo Estrutural V&M 300x100x8,8mm

Comprimento: L = 9000 mm

Altura: h = 300mm

Largura: b = 100mm

Espessura: t = 8,8mm

Massa por metro: P = 52,2kg/m

Área da seção: Aa = 66,50cm2

Momento de Inércia: Ia = 6840cm4

Módulo Elásticoa flexão: Wa = 456cm3

Módulo Plásticoa flexão: Za = 594cm3

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Perfil I equivalente utilizado no cálculo da viga mista:
PS 300x100/100x8,8/8,8x17,6 mm

Comprimento: L = 9000mm

Altura: h = 300mm

Largura: b = 100mm

Espessura da mesa: t = 8,8mm

Espessura da alta: t = 17,6mm

Massa por metro: P = 52,83kg/m


303
Área da seção: Aa = 67,30cm2

Momento de Inércia: Ia = 7035,35cm4

Módulo Elástico a flexão: Wa = 469,00cm3

Módulo Plástico a flexão: Za = 607,15cm3

- Verificação da viga mista considerando interação completa:

ηi = 1,0

Largura efetiva da laje:


⎧⎛ 1 ⎞ 7 L ⎛ 1 ⎞ 7 × 9000
⎜ ⎟ = ⎜ ⎟× = 787,5mm
b ⎪⎪⎝ 8 ⎠ 10 ⎝ 8 ⎠ 10
≤⎨
2 ⎪⎛ 1 ⎞ ⎛1⎞
⎜ ⎟ (vão laje ) = ⎜ ⎟ × 3000 = 1500mm
⎪⎩⎝ 2 ⎠ ⎝2⎠
∴ b = 1575mm = 157,5cm

Força de cisalhamento de cálculo entre a laje e o perfil:


⎧0,85 f cd bt c = 1434,38kN
Fhd ≤ ⎨
⎩ Aa f y = 2141,40kN
∴ Fhd = 1434,38kN

- Resistência e distribuição dos conectores:

⎧ 1 Acs f ck Ec
⎪ → Esmagamento do concreto
⎪2 γ cs
QRd ≤⎨
⎪ R g R p Acs f ucs → Cisalhamento do conector
⎪⎩ γ cs

Conector do tipo “pino com cabeça”:

⎧⎪φ19,0mm → Acs = 2,85cm 2



⎪⎩ f ucs = 415MPa = 41,5kN/cm
2

Esmagamento do concreto:

1 Acs f ck Ec 1 2,85 × 2,0 × 2128,7


304 (c )
Q Rd = = × = 74,38kN
2 γ cs 2 1,25

Ruptura do conector:
⎧⎪⎧φφ19,0mm
19,0mm →→ A
Acs =
= 2,85cm
2,85cm
2
2

⎧⎪⎨φ19,0mm → Acscs = 2,85cm 2
⎨ = 415MPa = 41,5kN/cm 22
⎪⎨⎩⎪⎩ ffucs = 415
ucs = MPa == 41,5kN/cm
415MPa 41,5kN/cm2
⎪⎩ f ucs
Esmagamento
Esmagamento do
do concreto:
concreto:
Esmagamento do concreto:

Q
11 A
(c ) = 1
(c ) Acscs
A
ffck EEc 11 2,85 2,85×
f ckckEcc == 1 ×× 2,85 ×× 2,0×
2,0
2,0
2128,7
×× 2128,7
2128,7 = 74,38kN
c) =
Q == 74,38kN
74,38kN
Rd
Q Rd = 22 cs
(Rd
γγcs = 22 × 1,25
1,25
2 γ cscs 2 1,25
Ruptura do conector:
Ruptura do conector:
Ruptura do conector:
Neste
Neste caso,
caso, deve-se
caso, deve-seconsiderar
deve-se considerarooonúmero
considerar númerode
número dedeconectores ee sua
conectores
conectores distribuição
e sua
sua ao
ao longo
distribuição
distribuição da
da viga
ao longo
longo da viga (steel deck
viga
Neste
(steel caso, deve-se considerar o número de conectores e sua distribuição ao longo da viga
(steel deck
(steel deck perpendicular
perpendicular
deck
à viga). àà viga).
perpendicular
perpendicular viga).
à viga).
RRg ==1,01,0 (1
(1 conector
conector por
por onda
onda da
da forma,
forma, aaa princípio)
princípio)
R gg = 1,0 (1 conector por onda da forma, princípio)
0,75 ((conector
RRp == 0,75 conector na
na posição forte))
posição forte
R pp = 0,75
1,0
( conector
××0,75
na
×× 2,85
posição
×× 41,5
forte )
Q (1) 1,0 0,75 2,85 41,5
(1) = 1,0 × 0,75 × 2,85 × 41,5 = 70,96kN
QRdRd = == 70,96kN
70,96kN
Rd =
(1)
Q 1,25
1,25
1,25

∴Q = 70,96kN
∴ QRdRd = 70,96kN
Q Rd = 70,96kN

Número de
Número conectores:
Número de
Número de conectores:
de conectores:
conectores:

nnc == ∑∑QQRdRd == ηηηiiiFFFhdhdhd == 1,0
Q Rd 1,0××1434,38
1434,38 = 20,2 → 21
ncc = Q = Q =
1,0 × 1434,38
70,96 == 20,2
20,2 →
→ 21 conectores
21 conectores
conectores
Q Rd
Q Rd
Rd Q
Q Rd
Rd
Rd 70,96
70,96
Número
Número de de canaletas
canaletas entre
entre os
os pontos
pontos de
de momento
momento máximo
máximo eee de
de momento
momento nulo:
nulo:
Número de canaletas
LLe // 22 entre
7200 /os
2 pontos de momento máximo de momento nulo:
nncan == Lee / 2 7200 // 22 = 13,1 → 13 canaletas
== 7200
can = l = = 13,1 → 13 canaletas
ncan
ll((canaleta
( canaleta − MF 75)
canaleta − MF 75) 274 = 13,1 → 13 canaletas
274
274
− MF 75)

- Momento fletor resistente de cálculo positivo da viga mista (depois da cura):

Interação completa:

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


∑Q Rd = ηi Fhd = 1434,38kN ⎫

Aa f yd = 2141, 40kN ⎬
0,85 f cd bt c = 1434,38kN ⎪ ∑Q Rd ≥ 0,85 f cd bt c
⎭ Aa f yd ≥ 0,85 f cd bt c
→ LNP passa no perfil de aço

Ccd = 0,85 f cd btc = 1434,38kN


1
C ad = × ( 2141, 40 − 1434,38 ) = 353,50kN
2
Tad = Ccd + Cad = 1434,38 + 353,50 = 1787,87kN
305
- Posição da LNP a partir do topo do perfil:

35
Aaf f yd = btf yd = 10 × 0,88 × 35 = 280kN
Aaf f yd = btf yd = 10 × 0,88 ×1,1 = 280kN
1,1
Como C C >>AA f f, a, LNP caicai
a LNP nana
alma dodo
alma perfil.
perfil.
Como Cadadad > afAafaf ydf ydyd , a LNP cai na alma do perfil.
⎛ ⎞
⎛ C ad − Aaf f yd ⎞ ⎜⎛ 353,5 − 280 ⎟⎞
y p = t f + hw ⎜⎛ C ad − Aaf f yd ⎟⎞ = 0,88 + 28,24 × ⎜⎜ 353,5 − 280 ⎟⎟ = 2,192cm
y p = t f + hw ⎜ Aaw f yd ⎟ = 0,88 + 28,24 ×⎜⎜ 35 ⎟⎟ = 2,192cm
⎝⎜ Aaw f yd ⎠⎟ ⎜ 49,7 × 35 ⎟
⎝ ⎠ ⎝⎜⎜ 49,7 ×1,1 ⎠⎟⎟
⎝ 1,1 ⎠
onde, y p é a posição da linha neutra plástica (LNP) na seção de aço.
onde, y p é a posição da linha neutra plástica (LNP) na seção de aço.

yt = 12,17cm
y = 12,17cm
yct = 0,672cm
yc = 0,672cm

O momento fletor resistente de cálculo será:


O momento fletor resistente de cálculo será:
⎡ ⎛t ⎞⎤
dc
M Rddc = βvm ⎢ ⎡C ( d − y − y ) + C ⎛ tc + h + d − y ⎞ ⎤
M Rd = βvm ⎣⎢Cadad ( d − ytt − ycc ) + Ccdcd ⎜⎝⎜ 2c + hff + d − ytt ⎟⎠⎟⎥⎦⎥
⎣ ⎝2 ⎠⎦
⎡ ⎛ 7,5 ⎞⎤
M Rddc = 0,85 × ⎢⎡353,5 (30 − 12,168 − 0,672 ) + 1434,38 × ⎜⎛ 7,5 + 7,5 + 30 − 12,168 ⎟⎞⎥⎤
dc
M Rd = 0,85 × ⎣⎢353,5 (30 − 12,168 − 0,672 ) + 1434,38 ×⎝⎜ 2 + 7,5 + 30 − 12,168⎠⎟⎦⎥
⎣ ⎝ 2 ⎠⎦
dc
M Rd = 40613, 40kNcm
M Rddc
= 40613, 40kNcm
M dc
M Sddcdc = 30800kNcm → MSddcSddc = 0,76 → Ok!
M Sd = 30800kNcm → M Rddc = 0,76 → Ok!
M Rd

306
yt = 12,17cm
yc = 0,672cm

O momento fletor resistente de cálculo será:


⎡ ⎛t ⎞⎤
dc
M Rd = βvm ⎢C ad ( d − yt − yc ) + Ccd ⎜ c + h f + d − yt ⎟ ⎥
⎣ ⎝2 ⎠⎦
⎡ ⎛ 7,5 ⎞⎤
M Rddc = 0,85 × ⎢353,5 (30 − 12,168 − 0,672 ) + 1434,38 × ⎜ + 7,5 + 30 − 12,168 ⎟ ⎥
⎣ ⎝ 2 ⎠⎦
M Rd = 40613, 40kNcm
dc

M Sddc
M = 30800kNcm →
dc
Sd = 0,76 → Ok!
M Rddc

Como a viga mista passou com folga nas verificações para interação completa, é possível encontrar uma
solução mais econômica reduzindo o grau de interação, conforme mostrado a seguir.

- Verificação da viga mista considerando interação parcial:

Grau de interação mínimo:


Grau de interação mínimo:
Grau de interação mínimo:
de interação mínimo: E
ηi = 1 − E ( 0,75 − 0,03Le ) ≥ 0, 40 para Le ≤ 25m

E η = 1 −
(0,75i − 0,03578 (0,75
Le ) ff≥y 0, − 0,03
40 para Le L ) ≥ 0, 40 para Le ≤ 25m
≤e 25m
578 f y 578 y
20000
20000 η i = 1−
20000 × ( 0,75 − 0,03 × 630 ) = 0, 445 ≥ 0, 40
− × (η0,75
i = 1−− 0,03
578 ××35
578 × 35 630× )( 0,75 − 0,03
= 0, 445 630 ) = 0, 445 ≥ 0, 40
≥ 0,×40
578 × 35
Lembrando que Fhd é igual ao menor entre Aa f yd e 0,85 f cd btc :
rando que FhdLembrando que Fhdentre
é igual ao menor é igual
Aa ao
f ydmenor f cd btc :Aa f yd e 0,85 f cd btc :
e 0,85entre
∴ Fhd = 1434,38kN
= 1434,38kN∴ Fhd = 1434,38kN
Número mínimo de conectores:
ro mínimo deNúmero mínimo de conectores:
conectores:
ηi Fhd 0, 445 ×1434,38
ηF η
= i Fhd = 0, 445 ×1434,38 = 9
ncs ,min×1434,38
0, 445
= i hd = ncs ,min = Q Q Rd
== 9 70,96
70,96
=9
Q Rd 70,96 Rd

Número de conectores a ser utilizado na interação parcial:


Número
ro de conectores de conectores a ser utilizado
parcial:na interação parcial:
n =a15
serconectores
utilizado na interação

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


ncscs = 15 conectores
15 conectoresQ
Rd = 70,96kN
70,96kN QRd = 70,96kN
Ccd = ∑QRd = 15 × 70,96 = 1064,40kN
∑Q cd = ∑
= 15 ×C70,96 =Q Rd = 15 × 70,96 = 1064,40kN
1064,40kN
Rd

Para que
Para que aa viga
viga mista
mistaseja
sejaconsiderada
consideradacomcominteração
interaçãoparcial, deve
parcial, serser
deve respeitada a seguinte
respeitada a condição:
Para que a viga mista seja considerada com interação parcial,
ue a viga mista seja considerada com interação parcial, deve ser respeitada a deve ser respeitada a
∑ ∑
seguinte condição: QRd ≤ Aa f yd e QRd ≤ 0,85 f cd bt c

te condição: seguinte
Q ≤condição:
Rd a yd ∑∑
A f e QQRd≤≤0,85 Rd cd

e QRd ≤ 0,85 f cd bt c
Aa f ydf bt
c

Dessa forma, o grau de interação alcançado ao se utilizar 15 conectores de cisalhamento é


forma, o grauDessa forma, o grau de interação alcançado ao se utilizar 15 conectores de cisalhamento é de:
de:de interação alcançado ao se utilizar 15 conectores de cisalhamento é
de:
15 × 70,96
5 × 70,96 η η i = 15 × 70,96 = 0,74 (74%)
= 1434,38 = 0,74 (74%)
= 0,74
i (74%)
1434,38
1434,38 307
Número de canaletas entre os pontos de momento máximo e de momento nulo:
Número
ro de canaletas depontos
entre os canaletas entre os pontos de momento máximo e de momento nulo:
Le / 2 de 6300
momento
/ 2 máximo e de momento nulo:
Le / 2 n = /2e
6300 L / 2 = 6300 / 2 = 11,5 → 11 canaletas
can = l
n=can = 11,5 = →27411 canaletas
= 11,5 → 11 canaletas
Dessa forma, o grau de interação alcançado ao se utilizar 15 conectores de cisalhamento é
Dessa forma, o grau de interação alcançado ao se utilizar 15 conectores de cisalhamento é
de:
de: 15 × 70,96
ηi = 15 × 70,96 = 0,74 (74%)
ηi = 1434,38 = 0,74 (74%)
1434,38
Número de canaletas entre os pontos de momento máximo e de momento nulo:
Número de canaletas entre os pontos de momento máximo e de momento nulo:
Número de Le /canaletas
2 entre/os
6300 2 pontos de momento máximo e de momento nulo:
ncan = L /2 = 6300 / 2 = 11,5 → 11 canaletas
ncan = l( canaletae −MF 75) = 274 = 11,5 → 11 canaletas
l( canaleta −MF 75) 274
Sendo assim,
Sendo assim, deve-se
deve-se distribuir
distribuir15
15conectores
conectoresde
decisalhamento
cisalhamentoem
em1111canaletas
canaletasdedemodo
modo que o grau de
Sendo
que assim,
o grauηde
interação i
deve-se
= interação distribuir
0,74 seja alcançado. 15 conectores de
ηi = 0,74 seja alcançado. cisalhamento em 11 canaletas de modo
que o grau de interação ηi = 0,74 seja alcançado.
Resistência de uma canaleta com 1 conector:
Resistência de uma canaleta com 1 conector:
Resistência de uma canaleta com 1 conector:
RR A f 1,0 × 0,75 × 2,85 × 41,50
RC ,1cs = Rgg Rpp Acscs fucsucs = 1,0 × 0,75 × 2,85 × 41,50 = 70,96kN
RC ,1cs = γ cs = 1,25 = 70,96kN
γ cs 1,25
Resistênciade
Resistência deuma
umacanaleta
canaletacom
com22conectores:
conectores:
Resistência de uma canaleta com 2 conectores:
0,85 × 0,75 × 2,85 × 41,50
conector forte: 0,85 × 0,75 × 2,85 × 41,50 = 60,32kN
conector forte: 1,25 = 60,32kN
0,85 × 0,60 1,25
× 2,85 × 41,50
conector fraco: 0,85 × 0,60 × 2,85 × 41,50 = 48,25kN
conector fraco: 1,25 = 48,25kN
1,25
RC ,2cs = 60,32 + 48,25 = 108,57kN
RC ,2cs = 60,32 + 48,25 = 108,57kN
RC ,2cs = 60,32 + 48,25 = 108,57kN
Força a ser resistida pelos conectores de cisalhamento:
Força
Força
ηi Fhd a=ser
0,74resistida pelos conectores
×1434,38kN de cisalhamento:
= 1061,44kN
Força a ser resistida pelos conectores
η F = 0,74 ×1434,38kN = 1061,44kN de cisalhamento:
cs ( RC ,2cs − RC=
+ NC×,21434,38kN
η11FRC ,1=cs 0,74 ) ≥ ηi Fhd
i hd
,1cs1061,44kN
11i RhdC ,1cs + NC ,2cs ( RC ,2cs − RC ,1cs ) ≥ ηi Fhd
11R× 70,96 + NC ,2cs (108,57 − 70,96 ) ≥ 1061,44kN
11 C ,1cs + NC ,2cs ( RC ,2cs − RC ,1cs ) ≥ ηi Fhd
11 ×
NC ,2cs ≥ 7,5N→
70,96 + C ,2 csN(108,57 − 70,96 ) ≥ 1061,44kN
C ,2cs = 8− 70,96 ≥ 1061,44kN
11 × 70,96 + N
NC ,2cs ≥ 7,5 →C ,2N cs (108,57 )
C ,2cs = 8
NC ,2cs ≥ 7,5 → NC ,2cs = 8
Resistência total das canaletas:
Resistência
RTot = 3RC ,1total das canaletas:
cs + 8RC ,2cs = 3 × 70,76 + 8 ×108,57 = 1081,46kN ≥ 1061,44kN → Ok!
Resistência
R = 3R + 8Rdas canaletas:
total = 3 × 70,76 + 8 ×108,57 = 1081,46kN ≥ 1061,44kN → Ok!
Tot C ,1cs C ,2cs
RTot = 3RC ,1cs + 8RC ,2cs = 3 × 70,76 + 8 ×108,57 = 1081,46kN ≥ 1061,44kN → Ok!
Conforme exposto, para que a força ηiFhd entre o componente de aço e a laje de concreto
Conforme
seja transmitida, sãopara
exposto, que a força
necessários ηiFhd entrede
19 conectores o componente
cisalhamentodedistribuídos
aço e a lajeem
de 11
concreto
Conforme
seja exposto,
transmitida,
canaletas, sendo são para que a
necessários
8 canaletas força
com19 η
η F F
2 conectores
i
i hd hd entre
entre o
o componente
componente
de na
(1 cisalhamento de
deaço
açoeeaalaje
laje
distribuídos
posição forte de
deconcreto
fraca) e seja
concreto
em 11
e 1 na posição 3 transmitida,
são necessários
seja sendo119
transmitida,
canaletas, conectores
são necessários
8conector
canaletas de19
2cisalhamento
conectores distribuídos
de posiçãoem
cisalhamento 11 ecanaletas,
distribuídos sendo
em 11 8 canaletas com 2 co-
canaletas com nacom conectores
posição forte. (1 na forte 1 na posição fraca) e3
nectores (1
canaletas,
canaletas na 1posição
sendo
com forte
8 canaletas
conector eposição
nacom1 na2 posição
forte. fraca)
conectores e 3posição
(1 na canaletas com
forte e 11 na
conector
posiçãona posição
fraca) e 3 forte.
canaletas
Grau de com 1 conector
de interação
interação na posição forte.
alcançado:
Grau alcançado:
Grau de interação alcançado:
Grau Rde interação
1081, 46alcançado:
ηi = R Tot = 1081, 46 = 0,754
1434,38 = 0,754
ηi = RFTothd = 1081, 46
ηi = FTot
hd = 1434,38 = 0,754
Fhd 1434,38

308
- Momento fletor resistente de cálculo da viga mista (depois da cura):

∑Q Rd = ηi Fhd = 1081,46kN ⎫ ∑Q < A f Rd a yd



Aa f yd = 2141,40kN ⎬ ∑ Q < 0,85 f
Rd cd bt c
0,85 f cd bt c = 1434,38kN ⎪
⎭ Interação parcial → Ok!

C cd = ∑ Q Rd = 1081,46kN
C ad = 529,95kN
Tad = C cd + C ad = 1611,41kN

Como C ad > Aaf f yd , a linha neutra cai na alma do perfil.


y p = 5,34cm
C cd
a= = 5,655cm
0,85 f cd b

Assim,
dc
M Rd = 36954,68kNcm

M Sddc
M Sddc = 30800kNcm → = 0,83 → Ok!
M Rddc

Verificação quanto à Limitação de Tensão (validade da análise elástica):


(itens O.2.3.2 e O.1.2.3-2°§ da ABNT NBR 8800:2008)

Para seção compacta:

⎛M ⎞ ⎛ M ⎞ ⎛ M′ ⎞
σ = ⎜ Ga ,Sn ⎟ + ⎜ L,Sn ⎟ + ⎜ L,Sn ⎟ ≤ f y
⎝ Wa ⎠ ⎝ Wef ⎠ ⎝ Wef′ ⎠

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


MGa ,Sn = 1,0MCP 3 = 8960,62kNcm
M L,CD = (1− ψ 2 ) M SC 1 = 0,4 ×10630 = 4252,00kNcm
′ = 1,0M SnCP1 + 1,0MCP 2 + ψ 2 M SC 1 = 1,0 × 2130 + 1,0 × 2130 + 0,6 × 10630 = 10638,00kNcm
M L,Sn

Obs.: Resultados obtidos da viga semicontínua.


OBS.: Resultados obtidos da viga semicontínua.

309
- Propriedades da seção mista:

Sem os efeitos de longa duração (αE):


II aa = I a = 7035,35cm
= 7035,35cm
44 4
II ef = I ef = 33775,40cm
33775,40cm 44 4
7035,35cm ef = 33775,40cm

II trtr = I tr = 37831cm
= 37831cm
37831cm
44 4
Wef =
W Wef = 1085,10cm
= 1085,10cm
1085,10cm
44 4
ef

Com os efeitos de longa duração (αE / 3):


II a = I a = 7035,35cm
= 7035,35cm
7035,35cm
44 4
II ef′′ = I ef′ = 22624,40cm
= 22624,40cm
22624,40cm
44 4
a ef

II trtr′′ = I tr′ = 24988,80cm


= 24988,80cm
24988,80cm
44 4
Wefef′′ =
W Wef′ = 926,20cm
= 926,20cm
926,20cm
33 3

Com
Com isso, Com
isso, isso, calcula-se
calcula-se
calcula-se tensãoa atuante
aa tensão tensão atuante
atuante na fibrana
na fibra fibra inferior
inferior
inferior do perfildode
do perfil deperfil
aço: de aço:
aço:
⎛⎛ 8960,62⎛ 8960,62
⎛⎛ 4252 ⎞ ⎛ ⎞⎞4252 ⎞ ⎛ ⎞⎞10638 ⎞
⎛⎛ 10638
σ
σ== ⎜⎝⎜ σ456 = ⎜ ⎞⎞⎟ +
8960,62
+ ⎜
4252
⎟ +⎜ ⎟ + + ⎜
10638
⎟ +⎜⎟ = = = 35,05kN/cm
35,05kN/cm

35,05kN/cm
22 2

⎝ 456⎝ ⎠⎟⎠ 456 ⎝⎜⎝ 1085,10 ⎠⎟⎠ ⎝⎜⎝ 926,20


⎠ ⎝ 1085,10
1085,10 ⎠⎟⎠
⎠ ⎝ 926,20
926,20 ⎠

σ
σ = 35,05σ 35,05
35,05
= == 1,00
1,00 = → →
1,00 Ok! Ok!
ff y f y = 35,0
35,0
35,0
→ Ok!
y

- Esforço cortante resistente de cálculo:


(item 5.4.3.2 da ABNT NBR 8800:2008)

he 300 − 6 × 8,8
λ= = = 28,10
t 8,8
5 × 20000
λ p = 1,10 × = 58,80
35
Vp
Como λ ≤ λ p , VRd =
γ a1
0,60 Aw f y 1,20he tf y
VRd = = = 830,60kN
γ a1 γ a1
VSd
VSd = 210,20kN → = 0,253 → Ok!
VRd

- Momento fletor resistente de cálculo da viga de aço isolada (antes da cura):


(item G.1.1 da ABNT NBR 8800:2008)

Flambagem local da mesa:

be = 100 − 6t = 47,2mm
be 47,2
λ= = = 5,36
t 8,8
E 20000
λ p = 1,12 = 1,12 × = 26,77
fy 35
310
Como λ ≤ λ p :
M pl Zx f y 1,50Wx f y
M Rd = = ≤
E 20000
λ p = 1,12 = 1,12 × = 26,77
fy 35

be = 100λ−≤6λt p=: 47,2mm


Como
be M47,2 Z f y 1,50Wx f y
λM=Rd = = pl = = x5,36≤
t γ 8,8 γ γ a1
a1 a1
E
594 × 35= 1,12 × 20000 1,50 × 456 × 35
λMp Rd= 1,12
= = 18900kNcm ≤= 26,77 = 21763,64kNcm → Ok !
fy
1,1 35 1,1
MRd = 18900,00kNcm
Como λ ≤ λ p :
M pl Zx f y 1,50Wx f y
M Rd =
Flambagem = da alma:
local ≤
γ a1 γ a1 γ a1
he = h=−594 × 35
6t = 247,2mm 1,50 × 456 × 35
M Rd = 18900kNcm ≤ = 21763,64kNcm → Ok !
1,1
he 247,2 1,1
λ = = 18900,00kNcm
M = = 28,09
Rd t 8,8
E 20000
λ p = 2, 42 = 2, 42 × = 57,85
fy 35
Flambagem local da alma:

he = h −λ6≤
Como t =λ p247,2mm
:
h M247,2Z f y 1,50Wx f y
λM=Rd =e = pl = =x 28,09 ≤
t γ 8,8 γ γ a1
a1 a1
E
= 19318,40kNcm 20000
λMp Rd= 2, 42 = 2, 42 × = 57,85
fy 35
Assim,
ac
M Rd
Como =λ ≤ λp :
18900,00kNcm
M Sdac M 15147 Z x f y 1,50Wx f y
M Rdac == = = 0,80≤ → Ok!
pl
M Rd 18900γ a1 γ a1 γ a1
L 900
δ Rd == 19318,40kNcm
M
lim = = 2,57cm = 25,7mm
350 350
Assim,
- Verificação dos deslocamentos (flechas):
M Rdac
=O.1.2
18900,00kNcm

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


(item e Anexo C da ABNT NBR 8800:2008)
M ac 15147
Flecha
Sd
ac
=limite: = 0,80 → Ok!
M Rd 18900
L 900
δlim = = = 2,57cm = 25,7mm
350 350

Combinação Quase-Permanente:
(Deslocamentos que podem afetar a aparência da edificação)

δmax = δ1 + δ2 + δ3 − δ0 ≤ δlim

δ1 = δ1, AC + δ1,DC = 5,53 + 0,49 = 6,02cm = 60,2mm


311

δ2 = δ2′′ − δ2′ = 0,73 − 0,49 = 0,24cm = 2,4mm


δmax = δ1 + δ2 + δ3 − δ0 ≤ δlim

δ1 = δ1, AC + δ1,DC = 5,53 + 0,49 = 6,02cm = 60,2mm

δδ2 = δ=2δ′′ −+δδ2′ = 0,73 − 0,49 = 0,24cm = 2,4mm


max 1 2 + δ3 − δ0 ≤ δlim

δδ3 =
=δ1,09cm = 10,9mm
1 1, AC + δ1,DC = 5,53 + 0,49 = 6,02cm = 60,2mm

δmax = δ1 + δ2 + δ3 − δ0 = 6,02 + 0,24 + 1,09 − 5,0 = 2,35cm = 23,5mm


δ2 = δ2′′ − δ2′ = 0,73 − 0,49 = 0,24cm = 2,4mm

⎛δδ3 max ⎞
= 1,09cm = 10,9mm
2,35
⎜ ⎟ = = 0,91 → Ok !
δ
⎝ lim ⎠QP 2,57
δmax = δ1 + δ2 + δ3 − δ0 = 6,02 + 0,24 + 1,09 − 5,0 = 2,35cm = 23,5mm
Obs.: observar que a contraflecha aplicada é de 85% do valor dos deslocamentos antes do endurecimento
do concreto.
⎛δ ⎞ 2,35
δ⎜ A max
= δ⎟2 + δ=3 ≤ δlim= 0,91 → Ok !
⎝ δ lim ⎠QP 2,57
δ2 = δ1,′DC − δ1,Rara:
Combinação DC = 0,24cm = 2,4mm
(Deslocamentos que podem provocar danos aos elementos construtivos não estruturais)
δ3 = δ3′ + δ3′′ = 0,49 + 1,09 = 1,58cm = 15,8mm
δ A = δ2 + δ3 ≤ δlim
δ A = δ2 + δ3 = 0,24 + 1,58 = 1,82cm = 18,2mm
δ2 = δ1,′DC − δ1,DC = 0,24cm = 2,4mm
⎛ δA ⎞ 1,82
⎜δ3 = δ⎟3′ + δ=3′′ = 0,49
= +0,71
1,09 =→ Ok!= 15,8mm
1,58cm
δ
⎝ lim ⎠Rara 2,57
δ A = δ2 + δ3 = 0,24 + 1,58 = 1,82cm = 18,2mm

⎛ δA ⎞ 1,82
⎜ ⎟ = = 0,71 → Ok!
⎝ δ lim ⎠Rara 2,57

EXEMPLO 3
Dimensionar a viga V3 com treliça mista utilizando perfis tubulares.

Considere as seguintes ações atuantes:

CP1 = 1,0kN/m2 SC1 = 5,0kN/m2


CP2 = 1,0kN/m2 SC2 = 1,0kN/m2

CP3 = peso próprio da laje de concreto + peso próprio da estrutura metálica


MF-75 ( t = 0,80mm ); t c = 75mm ; hF = 75mm
Concreto de densidade normal: ρck = 2400kg/m3 ( f ck = 20MPa)
312
⎛ 0,075 ⎞
Peso próprio da laje de concreto: 2400 × ⎜ + 0,075 ⎟ = 270kg/m 2
⎝ 2 ⎠
2
Peso próprio da estrutura metálica: 25kg/m
CP1 = 1,0kN/m2 SC1 = 5,0kN/m2
Disposição do concreto na laje – obtenção2 do peso próprio.
CP2 = 1,0kN/m2 SC2 = 1,0kN/m

CP3 = peso próprio da laje de concreto + peso próprio da estrutura metálica


MF-75 ( t = 0,80mm ); t c = 75mm ; hF = 75mm
Concreto de densidade normal: ρck = 2400kg/m3 ( f ck = 20MPa)
⎛ 0,075 ⎞
Peso próprio da laje de concreto: 2400 × ⎜ + 0,075 ⎟ = 270kg/m 2
⎝ 2 ⎠
2
Peso próprio da estrutura metálica: 25kg/m
∴CP3 = 270 + 25 = 295kg/m 2 = 2,95kN/m 2

Área de influência:

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos

Área de influência dos nós da treliça. 313


Cargas distribuídas uniformemente nas vigas:

CP1 = 1,0kN/m2 × 3,0m = 3,0kN/m


CP2 = 1,0kN/m2 × 3,0m = 3,0kN/m
CP3 = 2,95kN/m 2 × 3,0m = 8,85kN/m
SC1 = 5,0kN/m × 3,0m = 15,0kN/m
SC2 = 1,0kN/m2 × 3,0m = 3,0kN/m

Cargas aplicadas em cada nó da treliça:


L = 18000mm
L 18000 Viga adjacente 1
h≅ = = 1200mm
15 15

Sd = 1,5 (CP1 + CP2 + SC1 ) + 1,35CP3 = 1,5 × ( 27 + 27 + 135) + 1,35 × 79,65 = 391kN
Viga adjacente 2
5Sd 5 × 391
Rd = = = 977,5kN
2 2
MSd = Rd × 9 − Sd × 6 − Sd × 3 = Rd × 9 − Sd × 9 = 977,5 × 9 + 391× 9 = 5278,5kNm
Vigas adjacentes aos nós da treliça
Largura efetiva:
Cargas nos nós da treliça.

⎧1 1
Tipo ⎪ L
de = ×18000 = (q)
carregamento (kN/m)= 225cm
2250mm Vão (L/2) (m) R1 (kN) R2 (kN) RTot (kN)
⎪8 8
b′ ≤ ⎨ ∴b′ = 225cm
⎪ 1 × 9000CP=14500mm
= 3,0 = 450cm 4,5 13,5 13,5 27,0

⎩2 CP2 = 3,0 4,5 13,5 13,5 27,0
bCP
ef 1==2b ′ =
1,0kN/m
2 × 2
225 × =
3,0m
CP3 = 8,85 =
450cm3,0kN/m 4,5 39,825 39,825 79,65
CP2 = 1,0kN/m 2
× 3,0m
SC1 = 15,0 = 3,0kN/m 4,5 67,5 67,5 135,0
CP3 = 2,95kN/m SC2 =×3,0
2
3,0m = 8,85kN/m 4,5 13,5 13,5 27,0
SC1 = 5,0kN/m × 3,0m = 15,0kN/m
Sendo RTot = R1 + R2, a carga total em cada nó da treliça para cada tipo de carregamento.
SC2 = 1,0kN/m2 × 3,0m = 3,0kN/m
Características da treliça:

L = 18000mm
L 18000
h≅ = = 1200mm
314 15 15

Sd = 1,5 (CP1 + CP2 + SC1 ) + 1,35CP3 = 1,5 × ( 27 + 27 + 135) + 1,35 × 79,65 = 391kN
CP1 = 1,0kN/m2 × 3,0m = 3,0kN/m
Momento fletor solicitante de cálculo:
CP2 = 1,0kN/m2 × 3,0m = 3,0kN/m
CP3 = 2,95kN/m 2 × 3,0m = 8,85kN/m
SC1 = 5,0kN/m × 3,0m = 15,0kN/m
SC2 = 1,0kN/m2 × 3,0m = 3,0kN/m

L = 18000mm
L 18000
h≅ = = 1200mm
15 15

Sd = 1,5 (CP1 + CP2 + SC1 ) + 1,35CP3 = 1,5 × ( 27 + 27 + 135) + 1,35 × 79,65 = 391kN
5Sd 5 × 391
Rd = = = 977,5kN
2 2
MSd = Rd × 9 − Sd × 6 − Sd × 3 = Rd × 9 − Sd × 9 = 977,5 × 9 + 391× 9 = 5278,5kNm

Largura efetiva:

⎧1 1
⎪ L = ×18000 = 2250mm = 225cm

b′ ≤ ⎨ 8 8 ∴b′ = 225cm
1
⎪ × 9000 = 4500mm = 450cm

⎩2
bef = 2b′ = 2 × 225 = 450cm

- Momento fletor resistente de cálculo:

Chama-se a atenção nesta etapa do dimensionamento da treliça para o fato de que no banzo superior sem-
pre haverá alguma excentricidade, a depender da locação da linha de trabalho. Se esta for coincidente com

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


o eixo do perfil de aço, haverá excentricidade em relação à seção efetiva da laje de concreto na fase final
(após o endurecimento do concreto); se for coincidente com a seção efetiva da laje de concreto, haverá
excentricidade em relação ao perfil de aço, na fase inicial (antes do endurecimento do concreto). Para pro-
jeto, recomenda-se sempre a segunda opção, para evitar complicações de cálculo na seção efetiva da laje.

M Rd = Tad d 2
Tad = Abi f yd
d 2 = d1 + h 2 + hF + t c − a 2

315
Propriedades geométricas do perfil de aço adotado para o banzo superior:

Tubo Estrutural V&M 250x250x10 mm

Comprimento: L = 18000 mm

Altura: h = 250 mm

Largura: b = 250 mm

Espessura: t = 10,0 mm

Massa por metro: P = 74,5 kg/m

Área da seção: Aa = 94,9 cm2


Momento de Inércia: Ia = 9060 cm4

Módulo Elástico a flexão: Wa = 724 cm3

Módulo Plástico a flexão: Za = 851 cm3

Constante de torção: J= 14110 cm4

Propriedades geométricas do perfil de aço adotado para o banzo inferior:

Tubo Estrutural V&M 350x250x11 mm

Comprimento: L = 18000 mm

Altura: h = 350 mm

Largura: b = 250 mm

Espessura: t = 11,0 mm
Massa por metro: P = 98,8 kg/m

Área da seção: Aa = 126,0 cm2

Momento de Inércia: Ia = 21860 cm4

Módulo Elástico a flexão: Wa = 1250 cm3

Módulo Plástico a flexão: Za = 1500 cm3

316
Propriedades geométricas do perfil de aço adotado para as diagonais:

Tubo Estrutural V&M 152,4x12,5 mm

Altura: h = 152,4 mm

Largura: b = 152,4 mm

Espessura: t = 12,5 mm

Massa por metro: P = 43,1 kg/m

Área da seção: Aa = 54,9 cm2

Momento de Inércia: Ia = 1350 cm4


Módulo Elástico a flexão: Wa = 178 cm3

Módulo Plástico a flexão: Za = 245 cm3

35
Tad = 126 × = 4009kN
1,1
2,0
0,85 f cd bt c = 0,85 × × 450 × 7,5 = 4098kN
1, 4
∴085 f cd btc > Tad → LNP na laje de concreto
Tad 4009
a= = ≅ 7,3cm
0,85 f cd b 0,85 × 2,0 × 450
1, 4

- Cálculo da excentricidade (e):

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


h a 250 73
e= + hF + t c − = + 75 + 75 − = 238,5mm = 23,85cm
2 2 2 2

25 7,3
d 2 = 120 + + 7,5 + 7,5 − = 143,85cm
2 2
MRd = 4009 ×1,43 = 5732,8kNm
M Sd 5278,5
∴ = = 0,92
M Rd 5732,8
Excentricidade em relação ao perfil de aço – fase inicial 317
h a 250 73
e= + hF + t c − = + 75 + 75 − = 238,5mm = 23,85cm
2 2 2 2

25 7,3
d 2 = 120 + + 7,5 + 7,5 − = 143,85cm
2 2
MRd = 4009 ×1,43 = 5732,8kNm
M Sd 5278,5
∴ = = 0,92
M Rd 5732,8

- Verificação do banzo superior:

Devido à presença da excentricidade, ocasionada pelo estabelecimento da linha de trabalho na seção efe-
tiva de concreto, o banzo superior está sujeito à flexocompressão.

Treliça com excentricidade – ligação com afastamento

Combinações de ações:

Os esforços solicitantes de cálculo nas barras da treliça foram obtidos por meio de combinações últimas
das ações de construção para a fase inicial (antes do endurecimento do concreto) e por meio de combina-
ções últimas das ações normais para a fase final (após o endurecimento do concreto).
m n

( )
Fd = ∑ (γ gi FGi ,k ) + γ q1FQ 1,k + ∑ γ qjψ oj ,ef FQj ,k (combinação última de construção)
i =1 j =2
m n

( )
Fd = ∑ (γ gi FGi ,k ) + γ q1FQ1,k + ∑ γ qjψ oj FQj ,k (combinação última normal)
i =1 j =2

Esforços solicitantes de cálculo (fase inicial):


⎧N Sd ,max = 1356kN (compressão)

⎩MSd ,max = 98kNm (momento fletor devido à excentricidade)

Comprimento L considerado no comprimento de flambagem KL:

Lx = 300cm (travado pelas vigas secundárias fora do plano)


Ly = 300cm (travado pelas diagonais no plano)
Lb = 300cm (travado pelas vigas secundárias fora do plano)
318

χQAg f y
N c ,Rd =
Comprimento L considerado no comprimento de flambagem KL:

Lx = 300cm (travado pelas vigas secundárias fora do plano)


OBS: nas treliças
Ly = 300cm formadas
(travado apenas pornoperfis
pelas diagonais tubulares, mesmo com a consideração de que os nós sejam
plano)
rotulados, o comprimento de flambagem dos banzos pode ser tomado igual a 0,9L, onde L é o compri-
Lb = 300cm
mento (travado
da barra medido pelas vigas
entre nós secundárias
no plano e ofora do plano) entre duas contenções laterais fora do plano.
comprimento

Força axial de compressão resistente de cálculo (Nc,Rd):

χQAg f y
N c ,Rd =
γ a1
π 2 EI π 2 × 20000 × 9060
Ne = = = 24531kN
( KL )2 (0,9 × 300 )2
b ( 250 − 6 ×10 )
λ= = = 19,0
t 10
b E 20000
λlim = ⎛⎜ ⎞⎟ = 1, 40 = 1, 40 × = 33, 47
⎝ t ⎠lim fy 35
λ ≤ λlim → Q = 1,0
QAg f y 1,0 × 94,9 × 35
λ0 = = = 0,368
Ne 24531
2 2
λ0 ≤ 1,5 → χ = 0,658λ = 0,6580,368 = 0,94
0

1
χ= = 0,995
(1 + λ ) 4,48 1 2,24
0

0,995 ×1,0 × 94,9 × 35


N c ,Rd = = 3004kN
1,1
N c ,Sd 1356
∴ = = 0, 45 → Ok!
N c ,SRd 3004

Momento fletor resistente (MRd ):

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Flambagem Lateral por Torção

Lb 300
λ= = = 30,7
ry 9,77
0,13 × E 0,13 × 20000
λp = JA = 14110 × 94,9 = 101,01
M pl 851× 35
∴ λ ≤ λ p → elemento compacto → cálculo plástico
M pl Zf y 851× 35
M Rd = = = = 27077kNcm
γ a1 γ a1 1,1

319
Flambagem Local da Mesa

b ( 250 − 6 ×10 )
M pl Zf y 851× 35
M Rd = = = = 27077kNcm
γ a1 γ a1 1,1

Flambagem Local
Flambagem Local da
da Mesa
Mesa

b ( 250 − 6 ×10 )
λ= = = 19,0
t 10
E 20000
λ p = 1,12 = 1,12 × = 26,77
fy 35
∴ λ ≤ λ p → elemento compacto → cálculo plástico
M pl Zf y 851× 35
M Rd = = = = 27077kNcm
γ a1 γ a1 1,1
Flambagem Local da Alma

h ( 250 − 6 ×10 )
λ= = = 19,0
tw 10
E 20000
λ p = 2, 42 = 2, 42 × = 57,85
fy 35
∴ λ ≤ λ p → elemento compacto → cálculo plástico
M pl Zf y 851× 35
M Rd = = = = 27077kNcm
γ a1 γ a1 1,1
Sendo assim, MRd = 27077kNcm
M 9800
∴ Sd = = 0,36
M Rd 27077

Inequação de interação:

N Sd N 8 M Sd
≥ 0,2 → Sd + ≤ 1,0
N Rd N Rd 9 M Rd
1356 8 9800
+ × = 0,77 ≤ 1,0 → Ok!
3004 9 27007

∴ o perfil adotado resiste aos esforços solicitantes de cálculo para a fase inicial (antes do endurecimento do concreto).

- Verificação das diagonais:

Recomenda-se que a força cortante solicitante de cálculo para dimensionamento de quaisquer diagonais não seja
inferior a 25% da maior força cortante solicitante de cálculo.

Esforços solicitantes de cálculo (fase final):

320
⎧ N t ,Sd = 1638kN (tração)

⎩ N c ,Sd = 1532kN (compressão)
⎧ N t ,Sd = 1638kN (tração)
⎨Comprimento de flambagem KL:
⎩ N c ,Sd = 1532kN (compressão)
⎧Se• as
0,90 L para βforem
diagonais > 0,60
ligadas aos banzos por meio de solda, em todo o seu perímetro, o comprimento de
⎨flambagem dessas barras, no plano e fora do plano, pode ser tomado igual a:
⎩• 0,75L para β ≤ 0,60
⎧• 0,90L para β > 0,60

⎩• 0,75L para β ≤ 0,60
d1 + d 2
Para
Ondeligações entre nós e β éβum
K com afastamento→
L é a distância = parâmetro
2b que depende do tipo de ligação, definido a seguir.
0
d +d
0, 4 ≤ 1 2 ≤ 0,8 d +d
Para ligações2b0 K com afastamento→ β = 1 2
2b0
Para o dexemplo+ d em questão tem-se que:
0, 4 ≤ 1 2 ≤ 0,8
⎧ N t ,Sd =21638kN
b0 (tração)

Banzo superior: b0 = 250mm
= 1532kN (compressão)
⎩ N c o,Sdexemplo
Para
Diagonais: d1 =emd 2 =questão
152, 4mmtem-se que:
(152, 4 + 152, 4 )
β = superior: b0 = 250mm
Banzo = 0,6096
2 × 250
Diagonais:
⎧• 0,90L para d1 = βd 2>=0,60
152, 4mm
⎨ (152, 4 + 152, 4 )
β⎩•=0,75 L para β ≤ 0,60 = 0,6096
Banzo inferior: b0 = 250mm
2 × 250
Diagonais: d1 = d 2 = 152, 4mm
Ligação K com afastamento.
( 152, 4 + 152, 4 )
β = inferior: b0 = 250mm
Banzo = 0,6096
2 × 250 d +d
Diagonais:
Para ligações d1K= com
d 2 = afastamento→
152, 4mm β= 1 2
2b0
( 152, 4 + 152, 4 )
β KL
∴ = =d0,90 + dL2 = 0,6096
0, 4 ≤ 1 2 × 250 ≤ 0,8
2b0

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Força
∴ KLo= axial
0,90 deL tração resistente de cálculo (Nt,Rd):
Para exemplo em questão tem-se que:
D
Banzo≤ 50superior: b = 250mm
t
Força axial de tração 0
resistente de cálculo (Nt,Rd):
Diagonais:
152, 4 d1 = d 2 = 152, 4mm
D (152, = 12,19 ≤ 50 → Ok!
12,5
≤ 50 4 + 152, 4 )
βt = = 0,6096
A2g ×f y25054,9 × 35
152,
N t ,Rd4== 12,19=≤ 50 → Ok!= 1746kN
12,5 γ a1 1,1
0 = 250mm
Banzo
N t ,Sdinferior:
A 1638 b54,9
∴ = g fy = × 35
→4mm
Diagonais:
N tN,Rd =
d1 == d 20,94
= 152, =Ok!
1746kN
t ,Rd γ 1746 1,1
(152, 4 + 152, 4 )
a 1
321
βN = 1638 = 0,6096
∴ t ,Sd =2 × 250= 0,94 → Ok!
N t ,Rd 1746
∴ KL = 0,90L
Diagonais: d1 = d 2 = 152, 4mm
(152, 4 + 152, 4 )
β= = 0,6096
2 × 250

Banzo inferior: b0 = 250mm


Diagonais: d1 = d 2 = 152, 4mm
(152, 4 + 152, 4 )
β= = 0,6096
2 × 250

∴ KL = 0,90L

Força axial de tração resistente de cálculo (Nt,Rd):


D
≤ 50
t
152, 4
= 12,19 ≤ 50 → Ok!
12,5
Ag f y 54,9 × 35
N t ,Rd = = = 1746kN
γ a1 1,1
N t ,Sd 1638
∴ = = 0,94 → Ok!
N t ,Rd 1746
Força axial de compressão resistente de cálculo (Nc,Rd):
Força axial de compressão resistente de cálculo (Nc,Rd):

χQAg f y
N c ,Rd =
γ a1
π 2 EI π 2 × 20000 ×1350
Ne = = = 10866kN
( KL )2 ( 0,9 ×174 )2
D E
≤ 0,05
t fy
152, 4 20000
≤ 0,05 × = 28,57 → OK!
12,5 35
152, 4 20000
= 12,19 ≤ 0,06 × = 34,28 → Ok!
12,5 35
∴Q = 1,0
QAg f y 1,0 × 54,9 × 35
λ0 = = = 0, 4205
Ne 10866
1
χ= = 0,991
(1 + λ )
4,48 1 2,24
0

0,991 ×1,0 × 54,9 × 35


N c ,Rd = = 1731kN
1,1
322 N c ,Sd 1532
∴ = = 0,89 → Ok
N c ,SRd 1731
χ= = 0,991
(1 + λ04,48 )
1 2,24

0,991 ×1,0 × 54,9 × 35


N c ,Rd = = 1731kN
1,1
N c ,Sd 1532
∴ = = 0,89 → Ok
N c ,SRd 1731

Conectores de cisalhamento:

Força resistente de cálculo (QRd):



⎧ 1 Acs f ck Ec
⎪QRd = (esmagamento do concreto)
⎪ 2 γ cs

⎪Q = R g R p Acs f ucs (ruptura do concetor)
⎪⎩ Rd γ cs
Dados: - Deck perpendicular ao perfil de aço
R g = R p = 1,0
⎧⎪φcs = 19,05mm → Acs = 2,85cm 2
− conector: ⎨
⎪⎩ f ucs = 415MPa = 41,5kN/cm
2

⎧⎪ f ck = 20MPa = 2,0kN/cm 2
− concreto : ⎨
⎪⎩ Ec = 0,85 × 5600 × f ck = 0,85 × 5600 × 20 = 21287MPa = 2128,7kN/cm
2


Esmagamento do concreto:
Esmagamento do concreto:
1,0 ×1,0 × 2,85 × 41,5
Q Rd = 1,0 ×1,0 × 2,85 × 41,5 = 94,62kN
Q Rd = 1,25 = 94,62kN
1,25

Ruptura do conector:
Ruptura do conector:
1 2,85 × 2,0 × 2128,7
QRd = 1 2,85 × 2,0 × 2128,7 = 74,38kN
QRd = 2 1,25 = 74,38kN
2 1,25
∴QRd = 74,38kN → (esmagamento do concreto)
∴QRd = 74,38kN → (esmagamento do concreto)

Número de conectores necessários: Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Número de conectores necessários:
Por definição, as treliças mistas de aço e concreto devem atender o requisito de interação completa,
Por definição,
sendo assim: as treliças mistas de aço e concreto devem atender o requisito de interação completa,
sendo assim:
∑QQ
∑ Rd
≥F
≥ Fhdhd
Rd
35
Fhd = Abi f yd = 126 × 35 = 4009kN
Fhd = Abi f yd = 126 × 1,1 = 4009kN
1,1
ηi Fhd 1,0 × 4009
n = η F = 1,0 × 4009 = 54 conectores
ncscs = Qi Rdhd = 74,38 = 54 conectores
Q Rd 74,38 323

Localização e espaçamento de conectores de cisalhamento:


Localização e espaçamento de conectores de cisalhamento:
Espaçamento mínimo entre linhas de centro de conectores de cisalhamento:
hd bi yd
1,1
ηF 1,0 × 4009
ncs = i hd = = 54 conectores
Q Rd 74,38
Localização e espaçamento de conectores de cisalhamento:
Localização e espaçamento de conectores de cisalhamento:
Espaçamento mínimo entre linhas de centro de conectores de cisalhamento:
Espaçamento mínimo entre linhas de centro de conectores de cisalhamento:
⎧longitudinal = 6φcs = 6 ×19,05 ≅ 115mm
emin = ⎨
⎩transversal = 4φcs ≅ 30mm

Espaçamento máximo entre linhas de centro de conectores de cisalhamento:


emax = {longitudinal = 8 × (t c + hF ) = 8 × ( 75 + 75) = 1200mm

Espaçamento disponível:
Ldisp = 9000mm − 350mm = 8650mm (o desconto é devido a presença do pilar)
Ldisp 8650
edisp = = ≅ 160mm
( ncs − 1) (54 − 1)

Distribuição dos stud bolts na treliça mista.

324
EXEMPLO 4
Dimensionar a viga V4 como semicontínua, utilizando tubos retangulares. Considerar que o momento fle-
tor resistente da ligação mista seja igual a 40% do momento fletor solicitante da viga considerada biapoiada.

Considerando que os vãos da extremidade não interferem no comportamento do vão interno, pode-se
adotar o seguinte sistema estrutural para a viga V4:

A força concentrada P representa as reações das vigas secundárias que são apoiadas pela viga V4.
O momento de extremidade M refere-se ao momento fletor resistente da ligação mista.

Determinação das reações das vigas secundárias

A viga V4 recebe ao todo quatro vigas secundárias.


Reações nominais das lajes nas vigas secundárias:

RCP1 = 1,0 × 3,0 = 3,0kN/m


= 1,0 × 3,0 = 3,0kN/m
CP12 = 1,0 × 3,0 = 3,0kN/m
RCP
RCP
CP23
= 1,0 ××
2,95 3,0==3,0kN/m
3,0 8,85kN/m
RCP
SC31
= 2,95
5,0 ××3,0
3,0==15,0kN/m
8,85kN/m
= 5,0 × 3,0 = 15,0kN/m
SC12 = 1,0 × 3,0 = 3,0kN/m
RSC
RSC 2 = 1,0 × 3,0 = 3,0kN/m
Reações nominais das vigas secundárias na viga V4:
PCP1 = 3,0 × 9,0 = 27,0kN/m

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


= 3,0 × 9,0 = 27,0kN/m
CP12 = 3,0 × 9,0 = 27,0kN/m
PCP
PCP
CP23
= 3,0
8,85××9,0
9,0==27,0kN/m
79,65kN/m
PCP
SC31
= 15,0
8,85× 9,0 = 135,0kN/m
79,65kN/m
= 15,0 × 9,0 = 135,0kN/m
SC12 = 3,0 × 9,0 = 27,0kN/m
PSC
PSC 2 = 3,0 × 9,0 = 27,0kN/m

PSddc = 1,50PCP 1 + 1,50PCP 2 + 1,35PCP 3 + 1,50 PSC 1


PPSddcdc ==1,50 1 + 1,50
1,50P×CP27,0 PCP 2×+27,0
+ 1,50 1,35+PCP 3 +×
1,35 1,50 PSC 1+ 1,50 × 27,0
79,65
Sd
PPSdSddcdc ==1,50 × 27,0 + 1,50 × 27,0 + 1,35 × 79,65 + 1,50 × 27,0
391kN
PSd = 391kN
dc
325

L
M Sd = PSd
L3
M Sd = PSd
CP11 = 1,0 × 3,0 = 3,0kN/m
RCP
CP22 = 1,0 × 3,0 = 3,0kN/m
RCP
CP33 = 2,95 × 3,0 = 8,85kN/m
RCP
SC11 = 5,0 × 3,0 = 15,0kN/m
RSC
SC22 = 1,0 × 3,0 = 3,0kN/m
RSC

CP11 = 3,0 × 9,0 = 27,0kN/m


PCP
CP22 = 3,0 × 9,0 = 27,0kN/m
PCP
CP33 = 8,85 × 9,0 = 79,65kN/m
PCP
SC11 = 15,0 × 9,0 = 135,0kN/m
PSC Carregamento das vigas secundárias
SC22 = 3,0 fletor
PSC
Momento × 9,0 = 27,0kN/m
solicitante de cálculo considerando a viga como biapoiada

Força concentrada solicitante de cálculo:


PSdSddcdc = 1,50PCP
CP11 + 1,50 PCP
CP22 + 1,35PCP
CP33 + 1,50 PSC
SC11

PSdSddcdc = 1,50 × 27,0 + 1,50 × 27,0 + 1,35 × 79,65 + 1,50 × 27,0


PSdSddcdc = 391kN

Momento fletor solicitante de cálculo:


L
M SdSd = PSdSd
3
900
M SdSd = 391 ×
3
MSdSd = 117300kNcm
326
−−
Rd = 0, 4 M Sd
M Rd Sd = 46920kNcm
CP 3
PPSC
CP13 ==15,0
8,85××9,0
9,0==135,0kN/m
79,65kN/m
PPSC = 15,0
SC21 = 3,0 ××9,0
9,0==27,0kN/m
135,0kN/m
RPSC 2 ==1,0
CP1
3,0××3,0
9,0==3,0kN/m
27,0kN/m
RCP1 ==1,0
R 1,0××3,03,0 ==3,0kN/m
3,0kN/m
CP
dc 2
PR =
RSdCPdc 2 = 1,50
= 1,0 P
×CP×3,0
2,95 +
13,0 1,50 PCP 2 + 1,35PCP 3 + 1,50 PSC 1
==3,0kN/m
8,85kN/m
PCP 3
= 1,50
=1,50 P ×27,0 + 1,50 + 1,35+P1,35
PCP×2 27,0
=15,0kN/m CP 3 +×1,50 PSC+1 1,50 × 27,0
3== ×
PR dc
Sd 2,95 CP 13,0 + 8,85kN/m
1,50 79,65
RSdCP
SCdc 1
5,0 × 3,0 =
dc = 1,50
RPSdSd ×3,027,0=+15,0kN/m
1,50 × 27,0 + 1,35 × 79,65 + 1,50 × 27,0
PR SC 1== = 5,0
391kN
1,0 ×
× 3,0 = 3,0kN/m
SC 2
dc
= 391kN
SC 2 = 1,0 × 3,0 = 3,0kN/m
RPSd

P = 3,0 ×L9,0 = 27,0kN/m


MCPSd1 = PSd L
PCP1 = 3,0 ×× 9,0 = 27,0kN/m
PM
CPSd 2 = PSd 3 9,0 = 27,0kN/m
= 3,0
PCP 2 =
P = 3,0 ×3×9,09,0==27,0kN/m
900 Diagrama de momentos fletores da viga biapoiada
MCP 3 = 8,85391 × 900 79,65kN/m
P Sd
CP 3 =
PM = 8,85
391 ××9,0 3 ==135,0kN/m
9,0 79,65kN/m
SCSd 1 =15,0
Sd1 = 15,0
3 = 135,0kN/m
M
P
SC 2 = 3,0 fletor
PSC
Momento ××9,0
117300kNcm
9,0 = 27,0kN/m
resistente de cálculo da ligação mista
M = 117300kNcm
PSC 2 = 3,0 × 9,0 = 27,0kN/m
Sd
Assumindo que a ligação mista resiste a 40% do momento fletor solicitante de cálculo de uma viga biapoiada:

PSddcRd− ==1,50
M 0, 4PM Sd +=1,50
46920kNcm
PCP 2 + 1,35PCP 3 + 1,50 PSC 1
M = 0, 4 CP 1
M
PSddcRd= 1,50PCP 1Sd+ 1,50
dc = 46920kNcm
PCP 2 + 1,35PCP 3 + 1,50 PSC 1
PSddc = 1,50 ×
Momento + 1,50
27,0positivo
fletor ×solicitante
27,0 + 1,35de× cálculo
79,65 +após
1,50 a× cura
27,0do concreto
M dc = 0,6 M = 70380kNcm
P Sd = 1,50
Sd dc= 391kN
PMdc × 27,0
Sd + 1,50 × 27,0 + 1,35 × 79,65 + 1,50 × 27,0
Sd = 0,6 M = 70380kNcm
PSddcSd= 391kNSd

PSdac = 1,25PCP 3 + 1,30PSC 2


PSdacacSd===1,25
1,25 L + 1,30P
PM PSd ×PLCP
79,65
3 + 1,30
SC 2× 27,0
ac = P 3
Sd
M
PPSdSdac ==135kN
1,25 ×3 79,65 + 1,30 × 27,0
Sd Sd
900
M ac = 391 ×
PSdSd = 135kN900
M Sd = 391 × 3
MSd ac L 3
ac = 117300kNcm
M Sd = PSd L
M = 117300kNcm
MSdSdac = PSdac 3
3 900
M Sdac− = 135 × 900
M ac = 0, 4 M 3 = 46920kNcm
MRd Sd

= 135 × Sd
M SdRd == 40500kNcm
M ac 0, 4 M Sd3 = 46920kNcmDiagrama de momentos fletores da viga V4
dc = 40500kNcm
ac
M Sd
M Sd = 0,6 M Sd = 70380kNcm
Momento
M Sddc = 0,6 M fletor=positivo
70380kNcm solicitante de cálculo antes da cura do concreto
Sd
V Sd = P Sd = 391kNsolicitante de cálculo:

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Força concentrada
VSdac = PSd = 391kN
PSd = 1,25PCP 3 + 1,30PSC 2
PSdacac = 1,25PCP 3 + 1,30PSC 2
PSd = 1,25 × 79,65 + 1,30 × 27,0
PSdac = 1,25 × 79,65 + 1,30 × 27,0
ac
PSd = 135kN
PSdac = 135kN
Momento fletor
L solicitante de cálculo antes da cura:
M Sdac = PSdac L
M Sdac = PSdac 3
3 900
M Sdac = 135 × 900
M Sdac = 135 × 3
M Sdac = 40500kNcm 3
M Sd = 40500kNcm
ac

327

VSd = PSd = 391kN


VSd = PSd = 391kN
PSdac = 135kN

L
M Sdac = PSdac
Força cortante 3 solicitante de cálculo
900
M Sdac = 135
Pode-se obter× a força solicitante de cálculo por meio da sobreposição de efeitos de uma viga biapoia-
3
da accom duas cargas concentradas e uma viga biapoiada com momentos aplicados nas extremidades.
M Sd = 40500kNcm
Como as reações da viga com momentos nas extremidades são nulas, a força cortante solicitante de
cálculo fica igual a PSd.

VSd = PSd = 391kN

Diagrama de força cortante

Propriedades geométricas do perfil de aço:

Tubo Estrutural V&M 360x210x12,5 mm

Comprimento: L = 9000 mm

Altura: h = 360mm

Largura: b = 210mm

Espessura: t = 12,5mm

Massa por metro: P = 106,0kg/m

Área da seção: Aa = 135cm2

Momento de Inércia: Ia = 21530cm4

Módulo Elástico a flexão: Wa = 1196cm3

Módulo Plástico a flexão: Za = 1493cm3

328
Propriedades geométricas do perfil I equivalente utilizado no cálculo da viga mista:

360x210/210x12,5/12,5x25 mm

Comprimento: L = 9000mm

Altura: h = 350mm

Largura: b = 210mm

Espessura da mesa: t = 12,5mm

Espessura da alta: t = 25mm

Massa por metro: P = 106,96kg/m

Área da seção: Aa = 136,25cm2


Momento de Inércia: Ia = 23688,46cm4

Módulo Elástico a flexão: Wa = 1316,03cm3

Módulo Plástico a flexão: Za = 1613,59cm3

- Verificação da viga mista considerando interação completa:

ηi = 1,0

Largura efetiva da laje


⎧⎛ 1 ⎞ 7 L ⎛ 1 ⎞ 7 × 9000
⎜ 1 ⎟ 7 L = ⎜ 1 ⎟ × 7 × 9000 = 787,5mm
b ⎪⎪⎧⎝⎜⎛ 8 ⎠⎟⎞ 10 = ⎛⎝⎜ 8 ⎞⎠⎟ × 10 = 787,5mm

b ≤ ⎪⎨⎝ 8 ⎠ 10 ⎝ 8 ⎠ 10
2 ≤ ⎨⎪⎛ 1 ⎞ ⎛1⎞
2 ⎪⎜⎛ 1 ⎟⎞ (vão laje) = ⎜⎛ 1 ⎟⎞ × 3000 = 1500mm

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


⎩⎝⎜ 2 ⎠⎟ (vão laje) = ⎝⎜ 2 ⎠⎟ × 3000 = 1500mm
∴b =⎩⎪⎝1575mm
2⎠ = 157,5cm ⎝2⎠
∴b = 1575mm = 157,5cm

Força de cisalhamento de cálculo entre a laje e o perfil


Força de cisalhamento de cálculo entre a laje e o perfil
⎧ 35
⎧⎪⎪ Aa f yd = 136,25 1,10 35 = 4335,23kN
Fhd ≤ ⎨⎪⎪ Aa f yd = 136,25 = 4335,23kN
1,102,0
Fhd ≤ ⎨⎪0,85 f bt = 0,85 ×
2,0 ×157,5 × 7,5 = 1434,38kN
⎪⎩0,85 f cdcd bt cc = 0,85 × 1, 4 ×157,5 × 7,5 = 1434,38kN


∴ Fhd = 1434,38kN 1, 4
∴ Fhd = 1434,38kN
329
Resistência e distribuição dos conectores:
Resistência
⎧ 1 Aecs distribuição dos conectores:
f ck Ec
⎧⎪ 1 Acs f ck Ec → Esmagamento do concreto
⎪2 γ → Esmagamento do concreto
⎪⎩⎪ cd c 1,
1, 4
4 entre a laje e o perfil
Força
∴ F ⎩=de1434,38kN
cisalhamento de cálculo

Força
∴ F
Fhd
hd = 1434,38kN
de1434,38kN
= cisalhamento de cálculo entre a laje e o perfil
hd ⎧ 35
⎧⎪⎪ a f yd = 136,25 1,10
A 35 = 4335,23kN
A f = 136,25 = 4335,23kN
Fhd ≤ ⎨⎪⎪ a yd
1,10
Resistência
Fhd ≤ ⎨⎪0,85eef distribuição
Resistência e distribuição
distribuição dos
2,0 conectores:
dos conectores:
conectores:
Resistência dos
cd bt c = 0,85 × 2,0 × 157,5 × 7,5 = 1434,38kN
⎪⎩⎧⎧0,85 A f E
1 Acsf cd btf ckc E=c 0,85 × 1, 4 ×157,5 × 7,5 = 1434,38kN
⎪⎪ 1
⎪⎩⎧ 1 Acscs f ckck Ecc →
→ 1, 4Esmagamento do concreto
∴ Fhd =⎪1434,38kN
⎪ 2
2 γγ cs → Esmagamento
Esmagamento dodo concreto
concreto
Q

Q Fhd≤
Rd ≤ =⎨⎪
⎨ 1434,38kN
2 γ cs
QRd Rd ≤ ⎪
cs
⎨R g Rp A cs f ucs
⎪R R gg R
R pp A
Acscs ff ucs →
→ Cisalhamento
Cisalhamento do
do conector
conector
⎪⎪⎩ γ
ucs
→ Cisalhamento do conector
Resistência ⎪⎩⎩ eγγdistribuição
cs
cs dos conectores:
Resistência e distribuição dos conectores: cs
⎧ 1 Acs f ck Ec
Conector ⎧⎪ 1 doAcs tipo f E“pino → Esmagamento do concreto
com cabeça”:
cabeça”:
Conector
Conector do
⎪ 2 do tipo
tipo “pino
γ csck “pino c com

com cabeça”:
Esmagamento do concreto
cabeça”:
Q
⎧ φ ≤ ⎪⎨ 2
19,0mm γ → A = 2,85cm 2
⎧⎧⎪⎪φ
Q
Rd

19,0mm ⎨ R R A →cs
f Acs = 2,85cm 2
2
⎨⎪⎨φ19,0mm
Rd ⎪ R R A→f Acs →
g p cs ucs cs = 2,85cm
Cisalhamento do conector
⎪⎨⎩⎪ ff ucs =
= ⎪415
415
g MPap cs =
γ
MPa =
ucs 41,5kN/cm 22

41,5kN/cm Cisalhamento do conector
⎩⎪⎩ f ucs =⎪415MPa ⎩ cs = 41,5kN/cm 2
ucs
⎩ γ cs

Esmagamento
Esmagamento
Conector do tipo do “pino
do concreto:
concreto: com cabeça”:
Esmagamento
Esmagamento do concreto:
do “pino
concreto:
Conector do tipo com cabeça”:
⎧⎪φ(( 19,0mm 1 A f → E A 1 = 2,85
2,85cm×
×
2
2,0 × 2128,7
c) = 1 A ff ck E c = cs1 × 2,85 2,0 ×
2 2,0 × 2128,7
2128,7 =
c) cs ck c
Q
Q⎧⎨ φ =
19,0mm 1 A cs
→ E =A 1 =× 2,85
2,85cm× = 74,38kN
74,38kN

Q Rd
Rd
(
Rd
c )
= 2 cs
γ ck c
= 2
cs × 1,25 = 74,38kN
⎨⎪⎩ f ucs =22415MPa γγ cscs = 41,5kN/cm 2
2
2
1,25
1,25
R f
⎩⎪ ucs= R = 415
= 1,0MPa cs = 41,5kN/cm 2

R ggg =
R
Ruptura =R =
= 1,0
R ppp do 1,0 conector:
Esmagamento 1,0 ×
× 1,0 ×
do
× 2,85 ×
concreto:
× 41,5
(1) = 1,0 1,0 2,85 41,5
41,5 =
(1)
Q
Q
Esmagamento
Rd = 1,0 × 1,0 ×
do 2,85 ×
concreto: = 94,62kN
94,62kN
Rd = 1 A =
Neste
Q Rd (1)
caso, deve-se 1,25
1,25 considerar o número de conectores e sua distribuição ao longo da viga (steel deck pa-
94,62kN
f E
1,25 1 2,85 × 2,0 × 2128,7
ralelo
Q Rd
Assim,
(c )
=à1viga).A f E = 1 × 2,85 × 2,0 × 2128,7 = 74,38kN
cs ck c
Assim,
Q Rd
Assim,
(c )
= 2 cs γ csck c = 2 × 1,25 = 74,38kN
Q
Q Rd = = 74,38kN
2
74,38kN γ 2 1,25
Q Rd==R74,38kNp = 1,0
cs
R gRd
R g = R p = 1,0
Número
Número 1,0de×1,0 × 2,85 × 41,5
conectores:
Q Rd
Número
(1)
= 1,0de de×1,0 conectores:
× 2,85 × 41,5 = 94,62kN
conectores:
Q Rd =∑ Q Rd η
(1)
1,25 = 94,62kN
n
nncc =
Assim, = ∑ Q
Q Rd = η iF
∑ Rd == Qi hd == 74,38 === 19,3
1,25
η i F
F
hd
hd =
1,0
1,0
1,0
×
×
×
1434,38
1434,38
1434,38 19,3 →
→ 20
20 conectores
conectores
Assim,c = Q Q Rd Q Rd 74,38 19,3 → 20 conectores
QRd = Q 74,38kN
Rd
Rd Q RdRd 74,38
Número
QRd = 74,38kN
Número de
de conectores entre seção com carga concentrada e seção de momento nulo:
Número de conectores
conectores entre entre seção
seção com
com carga
carga concentrada
concentrada ee seção
seção de
de momento
momento nulo:
nulo:
Número de conectores:
Número ⎛⎛ M Sd −
dePP ,,conectores: M a ,Rd ⎞

M Sd − M
n =∑
n p = n
n ⎜ ⎛
n ⎜⎜⎝ QM
M
Q − M
RdP ,Sd ηi Fhda ,Rd ⎟
a ,Rd ⎟ ⎞1,0 ×1434,38
ncpp == ∑ M Sd=− − η M
M F a ,Rd= ⎟ ⎠1,0 ×1434,38 = 19,3 → 20 conectores
nc = Q ⎝⎝ RdM Sd
Rd
Sd=− Q Mi ahd,Rd ⎠
Rda , Rd= ⎠ 74,38 = 19,3 → 20 conectores
Q Rd Q Rd 74,38
Número de conectores entre seção com carga concentrada e seção de momento nulo:
Número de conectores entre seção com carga concentrada e seção de momento nulo:
Número de conectores entre seção com carga concentrada e seção de momento nulo:
⎛ M − M a ,Rd ⎞
n p = n ⎜⎛ M PP ,,Sd − M ⎟⎞
n p = n ⎜⎝ M SdSd − M aa,Rd,Rd ⎟⎠
⎝ M Sd − M a ,Rd ⎠

onde:

MP,Sd é o momento fletor solicitante de cálculo na seção da carga concentrada;

Ma,Rd é o momento fletor resistente de cálculo da viga de aço isolada, para FLA;

330
MSd é o momento fletor solicitante de cálculo máximo;

n é o número de conectores de cisalhamento a serem colocados entre a seção de momento fletor positivo
solicitante de cálculo máximo e a seção adjacente de momento nulo.

Como MP,Sd = MSd todos os conectores devem ser posicionados entre o ponto de aplicação da carga con-
centrada e o ponto de momento nulo.

Espaçamento entre os conectores:

A região entre o ponto de aplicação da carga concentrada e o ponto de momento nulo possui aproximada-
mente 1650 mm de comprimento (considerando que a região de momento negativo corresponda a 15%
do vão). Assim, o espaçamento entre os conectores ficaria igual a:
1650
ee == 1650 ≈≈ 85mm
20
20 −−11 85mm
1650
e= ≈ 85mm
20 − 1
Espaçamento máximo:
Espaçamento máximo:
Espaçamento máximo:
⎧⎧88ttcc == 88××75
75 == 600mm
600mm
Espaçamento
max ≤
eemax ⎨ c máximo:
max ≤ ⎨915mm
⎩⎧⎩8915mm
t c = 8 × 75 = 600mm
eeemax ≤ 600mm
= ⎨
max = 600mm
max
max ⎩915mm
emax = 600mm
Espaçamento
Espaçamento mínimo:
mínimo:
Espaçamento mínimo:
min =
eemin 4φ = 4 ×19
min = 4φ = 4 ×
Espaçamento 19
mínimo:
eemin = 76mm
min = 76mm
min 4φ = 4 ×19
O = 76mm adotado respeita os limites estabelecidos pela ABNT NBR 8800:2008.
eminespaçamento

Momento fletor resistente de cálculo da viga mista (depois da cura):



∑QQRdRdRd ==ηηcompleta:
Interação ii F hd = 1434,38kN ⎫
i Fhd = 1434,38kN⎪
hd ⎫
Aaa fQydyd ==4335,23kN ⎪
∑ ηi Fhd = 1434,38kN⎬⎬⎫
Aa f ydRd= 4335,23kN
0,85 cc =
⎪⎪ ∑
∑QQ ≥ 0,85 f cdcdbt cc
Rd
Rd≥ 0,85 f cd bt c
Aa f ydffcdcdcd=bt 1434,38kN ⎭⎪

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


c = 1434,38kN
bt4335,23kN Rd
0,85 ⎬
⎭ A f ≥ 0,85 f cdcdbt cc
0,85 f cd bt c = 1434,38kN ⎪ ∑ yd ≥
Rd ≥0,85
A Qf
aa yd
a yd 0,85ffcdcdbt
btc c
⎭ → LNP passa no perfil de aço
→ LNP f yd ≥ 0,85
Aa passa no perfil
f cd bt cde aço
→ LNP passa no perfil de aço
C = 0,85 f b t
Ccd = 0,85 f cd b t c = 1434,38kN
cd
cd cd
cd c
c = 1434,38kN
11 f b t = 1434,38kN 1
Ccd =
C adad
= 0,85( Aaa f
cd
yd
yd − c C ) = 1 × (4335,23 − 1434,38) = 1450,43kN
C ad = 2 ( Aa f yd − Ccd ) = 2 × (4335,23 − 1434,38) = 1450,43kN
cd
cd
12 12
Cadadad ==Ccdcd( A
T + aCfad =− C )
1434,38= +×1450,43
(4335,23=−2884,81kN
1434,38) = 1450,43kN
Tad = C2cd + Cad ad = 1434,38
yd cd
2 + 1450,43 = 2884,81kN
Tad = Ccd + Cad = 1434,38 + 1450,43 = 2884,81kN

331
- Posição da LNP a partir do topo do perfil:

35
Aaf f yd = btf yd = 21×1,25 × = 835,23kN
1,10
Como C ad > Aaf f yd , a LNP cai na mesa do perfil.

⎛ C ad − Aaf f yd ⎞ ⎛ 1450,23 − 835,23 ⎞


y p = t + ( h − 2t ) ⎜ ⎟⎟ = 1,25 + ( 36 − 2 ×1,25 ) × ⎜ ⎟
⎜ Aaw f yd ⎝ 2664,77 ⎠
⎝ ⎠
y p = 8,98cm

bt 2 ⎛ h − yp −t ⎞
+ 2t ( h − y p − t ) ⎜ +t ⎟
2 ⎝ 2 ⎠ = 10,22cm
yt =
bt + 2t ( h − y p − t )
bt 2 ⎛ yp −t ⎞
+ 2t ( y p − t ) ⎜ +t ⎟
2 ⎝ 2 35 ⎠ = 2,53cm
Ayafc =f yd = btf yd = 21×1,25 × = 835,23kN
bt + 2t ( y p − t ) 1,10
Como C ad > Aaf f yd , a LNP cai na mesa do perfil.

⎛ C ad − Aaf f yd ⎞ ⎛ 1450,23 − 835,23 ⎞


y p = t + ( h − 2t ) ⎜ = 1,25 + ( 36 − 2 ×1,25 ) × ⎜
⎜ Aaw f yd ⎟⎟ 2664,77

⎡ ⎝ ⎠ ⎛ tc ⎞⎤ ⎝ ⎠
M Rd = βvm ⎢C ad ( h − yt − yc ) + Ccd ⎜ + hF + h − yt ⎟ ⎥
dc
y p = 8,98cm ⎣ ⎝2 ⎠⎦
⎡ ⎛ 7,5 ⎞⎤
M Rddc = 0,85 × ⎢1450,43 × (36 − 10,22 − 2,53 ) + 1434,38 × ⎜ + 7,5 + 36 − 10,22 ⎟ ⎥
Cálculo de yt e⎣yc: ⎝ 2 ⎠⎦
M Rd = 73812kNcm
dc

2
M Sddc bt 70380 ⎛ h − yp −t ⎞
= + 2t ( h=−0,95
y p − t ) ⎜→ Ok! + t ⎟
dc 2 2
yM 73812 ⎝ ⎠ = 10,22cm
t =
Rd
bt + 2t ( h − y p − t )
bt 2 ⎛ yp −t ⎞
+ 2t ( y p − t ) ⎜ +t ⎟
2 ⎝ 2 ⎠ = 2,53cm
yc =
bt + 2t ( y p − t )

⎡ ⎛t ⎞⎤
332
dc
M Rd = βvm ⎢C ad ( h − yt − yc ) + Ccd ⎜ c + hF + h − yt ⎟ ⎥
⎣ ⎝2 ⎠⎦
⎡ ⎛ 7,5 ⎞⎤
M Rddc = 0,85 × ⎢1450,43 × (36 − 10,22 − 2,53 ) + 1434,38 × ⎜ + 7,5 + 36 − 10,22 ⎟ ⎥
⎣ ⎝ 2 ⎠⎦
2 ⎝ 2 ⎠ = 2,53cm
yc =
bt + 2t ( y p − t )

O momento fletor resistente de cálculo será:

⎡ ⎛t ⎞⎤
dc
M Rd = βvm ⎢C ad ( h − yt − yc ) + Ccd ⎜ c + hF + h − yt ⎟ ⎥
⎣ ⎝2 ⎠⎦
⎡ ⎛ 7,5 ⎞⎤
M Rddc = 0,85 × ⎢1450,43 × (36 − 10,22 − 2,53 ) + 1434,38 × ⎜ + 7,5 + 36 − 10,22 ⎟ ⎥
⎣ ⎝ 2 ⎠⎦
M Rd = 73812kNcm
dc

M Sddc 70380
dc
= = 0,95 → Ok!
M Rd 73812

- Verificação quanto à Limitação de Tensão (validade da análise elástica):


(itens O.2.3.2 e O.1.2.3-2°§ da ABNT NBR 8800:2008)

- Propriedades da seção mista:

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos

333
Sem os efeitos de longa duração (αE):

E 20000
αE = = = 9,40
E c 2128,74
E 20000
α E = b = 157,5 = 9,40
btr = E c = 2128,74 = 16,76cm
αE 9,4
b 157,5
btr = = = 16,76cm
⎛ t ⎞ h
α E y A9,4btr t c ⎝ h + hF + c ⎠ + Aa
ytr =
∑ i i= 2 2 8391,83
= = 32,04cm
t h
∑ Ai b t ⎛ h +
∑ yi Ai = ⎝ 2 3 2 ⎠ 2 = 8391,83 = 32,04cm
tr c
c ⎞
btrhtFc + Aa + Aa 261,95
ytr = ⎛ h ⎞ btr t c ⎡ tc ⎤
2

I tr = I a∑ + Aai ytr − − ( ytr − h ) ⎥ = 80215cm 4


+btr t c + +Aabtr t c ⎢ + hF 261,95
⎝ 2 ⎠ 2 123 ⎣2 ⎦2
⎛ h ⎞ btr t c 4⎡ t c
I tref == IIaa ++ Aaηi y(trI tr−− I a ) += 80215cm + btr t c ⎢ + hF − ( ytr − h ) ⎤⎥ = 80215cm 4
⎝ 2 ⎠ 12 ⎣2 ⎦
I tr 80215
I eftri==I a + = ηi ( I tr −=I a2504cm
W ) = 80215cm 3 4

ytr 32,04
I 80215
W
Wtrief = = Wtra + = ηi (Wtri= −W 2504cm ) = 2504cm3
3

ytr 32,04
Wef = Wa + ηi (Wtri −W ) = 2504cm 3
Com os efeitos de longa duração (αE / 3):

Realizando os mesmos cálculos (porém, com a razão modular dividida por 3 para a consideração simpli-
E efeitos
ficada dos de longa duração - αE / 3), tem-se:
20000
αE = = = 3,13
3E c 3 × 2128,74
E 20000
αE = = = 3,13
3E c 3 × 2128,74
btr′ = 5,59cm I tr′ = 51314cm 4 Wtri′ = 2062cm 3
ytr′ = 24,88cm I ef′ = 51314cm 44 Wef′ = 2062cm 33
btr′ = 5,59cm I tr′ = 51314cm Wtri′ = 2062cm
ytr′ = 24,88cm I ef′ = 51314cm 4 Wef′ = 2062cm 3


Assegurando a análise elástica (M Rd ≥ 2 / 3M Sddc ) , é possível calcular as flechas e a tensão no flange infe-
rior após a cura do concreto através da sobreposição dos efeitos de duas vigas biapoiadas: uma com duas
cargas concentradas e a outra com momentos aplicados nas extremidades. Os deslocamentos e momentos
solicitantes devem ser obtidos por meio da subtração dos resultados do primeiro modelo pelo segundo.

Para que o momento atuante na ligação seja obtido em função de sua rigidez inicial e da rigidez da viga,
pode-se novamente considerar a sobreposição de efeitos no cálculo das rotações das extremidades, ou seja:

Para que o momento atuante na ligação seja obtido em função de sua rigidez inicial e da rigidez da viga,
pode-se novamente considerar a sobreposição de efeitos no cálculo das rotações das extremidades, ou seja:
334
M
φ0 = φ1 − φ2 =
S
PL2
φ1 =
9EI
ML
φ2 =
2EI

onde:
PL2 ML M
φ0 é a−rotação = real na extremidade da viga;
9EI 2EI S
φ1 é a rotação
⎛ na extremidade
⎞ da viga biapoiada com duas cargas concentradas;
2PL ⎜ 1 ⎟
φM2 é=a rotação
⎜ na extremidade
M2EI ⎟ da viga biapoiada com momentos aplicados nas extremidades;
φ0 = φ1 9− φ⎜2 1+
= ⎟
⎝ SLS ⎠
M é o momento
2
de extremidade;
PL
φ1 =
S é a 9EI
rigidez inicial da ligação mista, obtida no exemplo 6.
ML
φ2 =
2EI
Assim,

PL2 ML M
− =
9EI 2EI S
⎛ ⎞
2PL ⎜ 1 ⎟
M=
9 ⎜ 1+ 2EI ⎟
⎜⎝ ⎟⎠
LS

Momentos solicitantes nominais para cada caso de carregamento:

CP1

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


L
M1,CP 1 = PCP 1 × = 27 × 300 = 8100kNcm = 81kNm = 8100kNcm
3
⎛ ⎞
2 × 27 × 900 ⎜ 1 ⎟
M 2,CP 1 = ×⎜ ⎟ = 4763kNcm
⎜1+ ×
9 2 20000 × 51314

⎝ 900 ×17049750 ⎠

MCP1 = M1,CP1 − M2,CP1 = 8100 − 4763 = 3337kNcm

335
L
M1,CP 2 = PCP 2 × = 27 × 300 = 8100kNcm
3
⎛ ⎞
M 2,CP 1 = × ⎜⎝ 900 ×17049750 ⎠ = 4763kNcm
9 ⎛ 2 × 20000 × 51314 ⎞⎟
⎜ ⎟
2 × 27 × 900 ⎜⎝ 1 + 900 ×117049750 ⎟⎠
M2,CPCP1 1==M1,CP1 − M2,CP×1 ⎜= 8100 − 4763 = 3337kNcm
M = 4763kNcm
2 20000 × 51314 ⎟
9 ⎜1+ × ⎟
MCP1 = M1,CP1 − M2,CP1 ⎝= 8100 ×17049750
− 4763
900 ⎠
= 3337kNcm
CP2
MCP1 = M1,CP1 −LM2,CP1 = 8100 − 4763 = 3337kNcm
M1,CP 2 = PCP 2 × = 27 × 300 = 8100kNcm
3
L
M1,CP 2 = PCP 2 × = 27 ×⎛300 = 8100kNcm ⎞
3
2 × 27 × 900 ⎜ 1 ⎟
M 2,CP 2 = L × ⎜⎛ = 4763kNcm
20000 × 51314 ⎟⎞
M1,CP 2 = PCP 2 ×9 = 27 × 300 2=×8100kNcm
2 × 273× 900 ⎜ ⎜ 1 + 1 ⎟

M 2,CP 2 = × ⎜⎝ 900 ×17049750 ⎠ = 4763kNcm
⎛ 2 20000 × 51314 ⎞⎟
9 ⎜⎜ 1 + × ⎟
2 × 27 × 900 ⎝ 900 ×117049750 ⎟⎠
M2,CPCP2 2==M1,CP 2 − M2,CP×2 ⎜= 8100 − 4763 = 3337kNcm
M = 4763kNcm
2 20000 × 51314 ⎟
9 ⎜1+ × ⎟
MCP 2 = M1,CP 2 − M2,CP 2 ⎝= 8100 ×17049750
− 4763
900 ⎠
= 3337kNcm
ψ2SC1
ψMCPSC1 2 = M1,CP 2 − M2,CP 2 = 8100 − 4763 = 3337kNcm
L
ψ
2

1,SC 1 = ψ 2 PSC 1 ×
M2SC1 = 0,6 ×135 × 300 = 24300kNcm
3
L

1,SC 1 = ψ 2 PSC 1 × = 0,6 ×135 ⎛ × 300 = 24300kNcm ⎞
ψM2SC1 3 × 900 ⎜ ⎟
2 × 0,6 ×135 1
M 2,′ SC 1 = L × ⎛⎜ = 14289kNcm
M1,′ SC 1 = ψ 2 PSC 1 × 9 = 0,6 ×135 × 300 2 ×=20000 × 51314 ⎞⎟
24300kNcm

2 × 0,6 ×3135 × 900 ⎜ 1 + 900 ×17049750
1 ⎟

M 2,′ SC 1 = × ⎝⎜ ⎠ = 14289kNcm
9 ⎛ 2 × 20000 × 51314 ⎞⎟
⎜ ⎟
2 × 0,6 ×135 × 900 ⎜⎝ 1 + 900 ×117049750 ⎟⎠
M2,′SCSC1 1==M1,′SC1 − M2,′ SC1 = 24300
M × ⎜ −14289 = 10011kNcm = 14289kNcm
9 2 × 20000 × 51314 ⎟
⎜1+ ⎟
MSC′ 1 = M1,′SC1 − M2,′ SC1 = 24300 900 ×=
⎝ −14289 17049750
10011kNcm⎠
(1 – ψ2) SC1
′ 1 = M1,′SC1 − M2,′ SC1 = 24300 −14289 = 10011kNcm
MSC
L
M1,–′′SCψ1 2=
(1 (1 −ψ 2 )PSC 1 × = (1 − 0,6) ×135 × 300 = 16200kNcm
) SC1
3
(1 – ψ2) SC1 L
M–1,′′SCψ1 )=SC1
(1 (1 −ψ 2 )PSC 1 × = (1 − 0,6)⎛×135 × 300 = 16200kNcm ⎞
2 3 × 900 ⎜
2 × (1 − 0,6) ×135 1 ⎟
M 2,′′SC 1 = L × ⎛⎜ = 8932kNcm
M1,′′SC 1 = (1 −ψ 2 )PSC 19× = (1 − 0,6) ×135 2 × 300 × 80215 ⎞⎟
= 16200kNcm
20000
2 × (1 − 0,6) ×135 ⎜
3 × 900 ⎜ 1 + 1 ⎟

M 2,′′SC 1 = × ⎜⎝ 900 ×17049750 ⎠ = 8932kNcm
9 ⎛ 2 × 20000 × 80215 ⎞⎟
⎜ ⎟
2 × (1 − 0,6) ×135 × 900 ⎜⎝ 1 + 900 ×117049750 ⎟⎠
′′′′ = ′′
M 2,SCSC1 1 = 1,SC1
M M − M ′′ = 16200 −
×⎜8932 = 7268kNcm = 8932kNcm
2 20000 × 80215 ⎟
⎜1+ ×
2,SC 1
9 ⎟
MSC ′′ 1 = M1,′′SC1 − M2,′′SC1 = 16200 − 8932
⎝ =900 ×17049750 ⎠
7268kNcm

′′ 1 = M1,′′SC1 − M2,′′SC1 = 16200 − 8932 = 7268kNcm


MSC

336
Para seção compacta:

⎛ MGa ,Sn ⎞ ⎛ M L ,Sn ⎞ ⎛ M L′ ,Sn ⎞


σ =⎜ ⎟+⎜ ⎟+⎜ ⎟ ≤ fy
⎝⎛ MWa ⎠⎞ ⎛⎝⎜ M Wef ⎠⎟ ⎝⎜ Wef′ ⎠⎟
⎞ ⎛ M L′ ,Sn ⎞
σM= ⎜ =GaM ,Sn
⎟ +=⎜23895kNcm
L ,Sn
⎟⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟ ≤ f y
Ga ,Sn W CP 3 ⎜ W W ′
⎝ a ⎠ ⎝ ef ⎠ ⎝ ef ⎠
ML,Sn = MSC ′′ 1 = 7268kNcm
MGa,Sn = MCP 3 = 23895kNcm
ML′ ,Sn =
M
L,Sn =M
MCP ′′ 1 += M
SC 1 7268kNcm ′
CP 2 + M SC 1 = 16685kNcm

M L′ ,Sn = MCP 1 + MCP 2 + M SC ′ 1 = 16685kNcm


⎛ 23895 ⎞ ⎛ 7268 ⎞ ⎛ 16685 ⎞
σ =⎜ ⎟+⎜ ⎟+⎜ ⎟ = 31,0kN/cm
2

⎝ 1196 ⎠ ⎝ 2504 ⎠ ⎝ 2062 ⎠


23895 ⎞ ⎛ 7268 ⎞ ⎛ 16685 ⎞
σ = ⎛⎜ ⎟+⎜ ⎟+⎜ ⎟ = 31,0kN/cm
2

σ ⎝ 31,0 1196 ⎠ ⎝ 2504 ⎠ ⎝ 2062 ⎠


= = 0,89 → Ok !
f y 35,0
σ 31,0
= = 0,89 → Ok !
f y 35,0
Esforço cortante resistente de cálculo:
(itemhe5.4.3.2 360 da− 3ABNT
× (2 ×12,5)
NBR 8800:2008)
285
λ= = = = 22,8
t 12,5 12,5
h 360 − 3 × (2 ×12,5) 285
λ = e = 5E 5 × 20000
= = 22,8
λ p = t1,1 = 1,1 ×
12,5 = 58,8
12,5
f 35
5Ey 5 × 20000
λ p = 1,1 5E= 1,1× = 58,8
λr = 1,37 f y = 73,2 35
f
5Ey
λr = 1,37 = 73,2
fy
Área da alma:
Aw = 2he t = 2 × 28,5 ×1,25 = 71,25cm 2
Área da alma:
Aw = 2cortante
Força he t = 2 ×de28,5 ×1,25 = 71,25cm 2
plastificação:
V pl = 0,6 Aw f y = 0,6 × 71,25 × 35
Força cortante de plastificação:
V pl = 1496kN
V pl = 0,6 Aw f y = 0,6 × 71,25 × 35

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


V pl = 1496kN
Como λ<λp:
V pl 1496
VRd = λ<λ=p:
Como
γ 1,10
Vapl1 1496
VRd =
= 1360kN
γ a1 1,10
V
VRd = 1360kN
391
Sd
= = 0,29 → Ok!
VRd 1360
VSd 391
= = 0,29 → Ok!
VRd 1360

337
- Momento fletor resistente de cálculo da viga de aço isolada (antes da cura):
(item G.1.1 da ABNT NBR 8800:2008)

Flambagem
bb 135135local da mesa:
λλ = =b= = 135 = = 10,8
10,8
λ = tt = 12,5
12,5 = 10,8
t 12,5 E
λλpp = E = 1,12 × 20000
20000 26,8
= 1,12
1,12 E = 1,12 × 20000 =
= 26,8
λ pp = 1,12 ff yyy = 1,12 × 35
p 35 = 26,8
f yy 35
E
E
λλrr == 1, 40 E =
1, 40 = 33,
33, 47
47
λrrr = 1, 40 ff yyy = 33, 47
f yy

Como λ<λp:
M 1493××35
M plplpl = 1493 35 = 47505kNcm
M
MRd =
= M = 1493 × 35 = 47505kNcm
= γγ aaa111 = 1,1
Rd pl
1,1 = 47505kNcm
pl
M Rd
Rd
Rd
γ aa11 1,1
Flambagem local da alma:
hhe 285285 22,8
λλ = = heee =
= 285 = = 22,8
t 12,5
λ = t = 12,5 = 22,8
e
t 12,5 E
λλpp = E = 2, 42 × 2000020000 57,8
= 2,
2, 42
42 E = 2, 42 × 20000 == 57,8
λ pp = 2, 42 ff yyy = 2, 42 × 35
p
35 = 57,8
f yy 35
E
E 20000
20000
λλrr = 5,70 E =
= 5,70 5,70 ×
= 5,70 × 20000 = = 136,26
136,26
λrrr = 5,70 ff yyy = 5,70 × 35 35 = 136,26
f yy 35
Como λ<λp:
M 1493××35
M plplpl = 1493 35 = 47505kNcm
M
MRd =
= M = 1493 × 35 = 47505kNcm
= γγ aaa111 = 1,1
Rd pl
1,1 = 47505kNcm
pl
M Rd
Rd
Rd
γ aa11 1,1
Assim,
M ac = 47505kNcm
ac
ac
M Rd
Rd = 47505kNcm
ac
M Rd
Rd
ac
Rd
= 47505kNcm
ac
M ac
MSdac 40500
Sd
MacacSdacSdacac
Sd == 40500
40500 == 0,85
0,85 →
→ Ok!
Ok!
M Rd = 47505
47505 = 0,85 → Ok!
MRdac
Rd
Rd
Rd
ac
47505

338
- Verificação dos deslocamentos (flechas):
(item O.1.2 e Anexo C da ABNT NBR 8800:2008)

Flecha limite:
L 900
δlim = = = 2,57cm = 25,7mm
350
L 350
900
δlim = = = 2,57cm = 25,7mm
350 350
Combinação Quase-Permanente:
(Deslocamentos que podem afetar a aparência da edificação)
δmax = δ1 + δ2 + δ3 − δ0 ≤ δlim
δmax = δ1 + δ2 + δ3 − δ0 ≤ δlim
δ1 = δ1, AC + δ1,DC = 4,8 + 0,3 = 5,1cm = 51mm
3
δ1 = δ1, AC + δ23 P = 4,8
L + 0,323=×5,1cm
79,65 × = 900
51mm
3
δ1, AC = 1,DC CP 3 3 = = 4,8cm
648
23 PCPEI Lx 648
23 × 20000
79,65 ×
× 21530
900 3
δ1, AC = 3
= = 4,8cm2
δ1,DC =
23 ×
648EI( PCP + PCP 2 ×) L20000
x 1 648
3

( CP 1 + M 2,CP 2 ) L
M×2,21530
23 × ( P648 EI efCP 2 ) L ( M 2,CP 1 8+EIMef2,CP 2 ) L
CP 1 + P
3 2

δ1,DC = −3
23 × (648 27 +EI27 ef ) × 900 ( 47638EI + 4763 ) × 9002
= − ef
= 0,3cm
648
23 ×× ( 27 + 27×) ×80215
20000 9003 ( 4763 8 × 20000
+ 4763 ) × 9002
× 80215
= − = 0,3cm
648 × 20000 × 80215 8 × 20000 × 80215
δ2 = δ1,′DC − δ1,DC = 0,4 − 0,3 = 0,1cm = 1mm
2 ) =(0,1cm
δ2 = δ1,′DC − δ23 ( P= 1+P
CP0,4 −CP0,3 M 2,CP 1=+1mmM 2,CP 2 ) L2
δ1,′ DC = 1,DC

δ1,′ DC =
23 ( 648
PCP 1 EI +Pef CP 2 )


( M 2,CP 1 8+EIMef′2,CP 2 ) L2
23 ×648 ( 27EI+ef′ 27 ) × 9003 ( 84763 EI ef′ + 4763 ) × 9002
= − = 0, 4cm
648
23 ×× ( 27 + 27×) ×51314
20000 9003 ( 4763 8 × 20000
+ 4763 ) × 9002
× 51314
= − = 0, 4cm
648 × 20000 × 51314 8 × 20000 × 51314
23 × (ψ 2 PSC 1 ) L3 M 2,′ SC 1L2
δ3 = −
δ3 =
23 ×648 (ψ ×2 PEI ′
SC 1ef) L3
M8′EI ef′L2
− 2,3SC 1
23648× ( 0,6 ×135
× EI ′ ) × 900 8EI ef′ 14289 × 9002
= ef
− = 0,6cm
23648 × (×0,6 ×135×)51314
20000 × 9003 8 ×14289 20000××900 513142

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


= − = 0,6cm
648 × 20000 × 51314 8 × 20000 × 51314
δ0 = 0,85 (δ1, AC + δ1,DC ) = 0,85 × ( 4,8 + 0,3) = 4,34cm → δ0 = 4,5cm
δ0 = 0,85 (δ1, AC + δ1,DC ) = 0,85 × ( 4,8 + 0,3) = 4,34cm → δ0 = 4,5cm
δ max = 5,1 + 0,1 + 0,6 − 4,5 → δmax = 1,3cm = 13mm
δ max = 5,1 + 0,1 + 0,6 − 4,5 → δmax = 1,3cm = 13mm
⎛ δmax ⎞ 1,3
⎜ ⎟ = = 0,51 → Ok!
δ
⎛⎝ δmax
lim ⎞ 2,57
⎠QP 1,3
⎜ ⎟ = = 0,51 → Ok!
⎝ δlim ⎠QP 2,57

Obs.: observar que a contraflecha aplicada é de 85% do valor dos deslocamentos antes do endurecimento
do concreto. 339
Combinação Rara:
(Deslocamentos que podem provocar danos aos elementos construtivos não estruturais)

δ A = δ2 + δ3 ≤ δlim

δ2 = δ1,′DC − δ1,DC = 0,4 − 0,3 = 0,1cm = 1mm

δ3 = δ3′ + δ3′′ = 3 + 6 = 9mm


23 (1 −ψ 2 ) PSC 1L3 MSC
′′ 1L2
δ 3′ = −
648EI ef 8EI ef
23 (1 − 0,6 )135 × 9003 8932 × 9002
= − = 0,3cm
648 × 20000 × 80215 8 × 20000 × 80215
23 (ψ 2 PSC 1 ) L3 M 2,′ SC 1L2
δ 3′′ = − = 0,6cm
648EI ef′ 8EI ef′

δ A = 0,1 + 0,9 → δ A = 1,0cm = 10mm

⎛ δA ⎞ 1,00
⎜ ⎟ = = 0,39 → Ok!
⎝ δlim ⎠Rara 2,57

Pelos resultados obtidos, observa-se que a estrutura possui reserva de resistência e permite a utilização de
interação parcial. Considerando os resultados obtidos no exercício 6, conclui-se que é possível adotar 14
conectores de cisalhamento, conforme indicado a seguir.

Verificação da viga mista considerando interação parcial:

Grau de interação
nQRd 14 × 74,38
η = Rd = = 0,73
nQ Rd F 14 × 74,38
i
i
ηi = = hd
hd 1434,38
= 0,73
Fhd 1434,38
Grau de interação mínimo
E
ηii = 1E− (0,75 − 0,03Lee ) ≥ 0, 40
ηi = 1 − ( y − 0,03Le ) ≥ 0, 40
578 f
0,75y
578 f y 20000
ηii =20000
1− × ( 0,75 − 0,03 × 6,3 ) = 0, 45 > 0, 4 → Ok!
ηi = 1 − 578××(350,75 − 0,03 × 6,3 ) = 0, 45 > 0, 4 → Ok!
578 × 35
Propriedades geométricas I = 71985cm4 I ′ = 47292cm4
ef ef
I ef = 71985cm4 I ef′ = 47292cm4
Wef = 2331cm3 Wef′ = 1954cm3
Wef = 2331cm 3
Wef′ = 1954cm3
340

C cdcd = 1041kN
C cd =C1041kN
ad = 1647kN
ad
C = 1647kN
f y × ( 0,75 − 0,03 6,3 ) = 0, 45 > I0,ef′ 4=→
I ef =×71985cm 4 4
ηi = 1 − 578
20000 47292cm
Ok!
ηi = 1 − 578 × 35
20000 × ( 0,75 − 0,03 × 6,3 ) = 0, 45 > 0, 4 → Ok!
ηi = 1 − 578 × 35 × ( 0,75 − 0,03 × 6,3 ) = 0,345 > 0, 4 → Ok! 3
578 × 35 W = 2331cm Wef′ = 1954cm 4
I ef ef= 71985cm4 I ef′ = 47292cm
I ef = 71985cm44
Resistência após a cura do concreto I ef′ = 47292cm44
I ef = 71985cm3 I ′ = 47292cm
C cd = 1041kN Wef = 2331cm Wef ef′ = 1954cm3
C ad = 1647kN Wef = 2331cm33 Wef′ = 1954cm33
Wef = 2331cm Wef′ = 1954cm
Tad = 2688kN
C cd = 1041kN
a = 5,44cm
C cdad == 1041kN
C 1647kN
C y
C ad == 2688kN p
cd
== 11,39cm
1041kN
1647kN
T
C
T y ad
= = 1647kN
3,42cm
c = 2688kN
ad
a ad = 5,44cm
T ayyad =9,11cm
t ==5,44cm
2688kN
p = 11,39cm
aM ==5,44cm
dc
= 67526kNcm ≅ MSddc = 67606kNcm → Ok!
yycp Rd 11,39cm
= 3,42cm
y = 11,39cm
yycp = 3,42cm
t = 9,11cm
δy1c dc= 5,1cm
Flechas y = 3,42cm
9,11cm
δyt2 Rd M t = 67526kNcm ≅ MSddc = 67606kNcm
= 9,11cm
0,2cm → Ok!
Combinação MRd dc
= 67526kNcm ≅ MSddcdc = 67606kNcm
quase permanente: → Ok!
δM3 = 0,7cm dc
= 67526kNcm ≅ MSd = 67606kNcm → Ok!
δ 1 Rd = 5,1cm
δδ 0 == 5,1cm 4,5cm
δ 12 = 0,2cm
δδ 1max== 5,1cm = 1,5cm
δ 32 = 0,2cm 0,7cm
δδ⎛ δ2 = = 0,2cm⎞
0,7cm 1,5
δ⎜ 03 max = 4,5cm
⎟ = = 0,58 → Ok!
δδ δ = 0,7cm
3δ 4,5cm 2,57
⎝ max 0 = lim=⎠1,5cmQP
δ 0 = 4,5cm
δ⎛ max =
δmax=⎞1,5cm1,5 1,5cm
δδ⎜⎛ max = 0,2cm
δ2δmax ⎟⎞ = 1,5 = 0,58 → Ok!
lim ⎠QP = 2,57 = 0,58
δ⎜⎝⎛ δ 3δmax= 1,0cm ⎟⎞ 1,5 → Ok!
⎜⎝ lim ⎟⎠QP = 2,57 = 0,58 → Ok!
δ⎝ δlim
Combinação
= 1,2cm ⎠QP < 2,57
2,57cm → Ok!
rara:
δ 2A = 0,2cm
δδ⎛ 32δ= ⎞
=A 1,0cm
0,2cm =
1,20
= 0,47 → Ok!
⎜δ⎝ 2δ = 0,2cm ⎟⎠ 2,57
δδ 3 = lim 1,0cm
= 1,2cm Rara < 2,57cm → Ok!
δδ 3A ==1,0cm 1,2cm <1,20
2,57cm → Ok!
δ⎛⎜23895
Aδ ⎞
=A 1,2cm < 2,57cm
= 1,20 → Ok!
= 0,47 → Ok! 2
⎛⎝ δAδ A ⎞⎟⎠ + 7107 2,57
+
16463
= 31,5kN/cm
lim Rara = = 0,47 → Ok!
⎛⎜1196 ⎞ 2331
⎝ δδlim A ⎟ ⎠ Rara = 1,202,57 1954
= 0,47 → Ok!
⎜⎝ δ ⎟⎠ 2,57
lim Rara
23895
σ 31,5 7107 16463
Limite 23895 = + 7107
de tensão
= + na
0,90 mesa
16463→ =inferior:
31,5kN/cm
Ok!
2

f1196 + 2331 + 16463 1954 = 31,5kN/cm 2

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


23895 35,0
1196 + 7107
y
2331 + 1954 = 31,5kN/cm 2
σ119631,52331 1954
σf = 35,0 31,5 = 0,90 → Ok!
y =
σf 31,5 = 0,90 → Ok!
y = 35,0 = 0,90 → Ok!
f y 35,0

341
EXEMPLO 5
Fazer uma análise comparativa entre os métodos “exato” e simplificado de cálculo de vigas mistas com
tubos circulares para a viga V1. Considerar a variação da posição da linha neutra plástica entre o centro
geométrico do tubo e o eixo da laje.

A análise comparativa será feita com base no perfil tubular circular dimensionado no Exercício 1, admi-
tindo-se interação completa e LNP variando ao longo da seção mista. Para isso, serão desconsiderados os
vãos fornecidos inicialmente para as lajes e para a viga em questão.

A estratégia adotada para os cálculos foi a seguinte:

1. Fixar a posição da LNP em um determinado ponto (d1) da seção mista do perfil tubular circular e
calcular o momento resistente;

2. Com as propriedades do perfil de aço e com o valor de d1, obter a largura efetiva (b) da laje;
3. A partir do valor de b, calcular a posição da LNP e o momento resistente para a viga mista conside-
rada com o perfil tubular retangular equivalente.

A tabela a seguir apresenta os momentos resistentes de cálculo da viga mista obtidos com base nos méto-
dos “exato” e simplificado de cálculo em função da posição da LNP (d1). Na última coluna são informadas
as diferenças percentuais entre os valores de momento resistente.

Seção circular Seção retangular equivalente Desvio

d1 Aac Aat ecc eac eat Cad Tad Ccd b MRd d1 Aac Aat ecc eac eat Cad Tad Ccd MRd
(%)
(mm) (cm2) (cm2) (mm) (mm) (mm) (kN) (kN) (kN) (cm) (kNm) (mm) (cm2) (cm2) (mm) (mm) (mm) (kN) (kN) (kN) (kNm)
40 34,7 48,5 234 76 124 1105 1543 438 48 377,1 41 33,9 47,6 233 83 129 1078 1515 438 387,2 -2,675

65 30,4 52,8 210 61 137 967 1681 713 78 438,3 67 29,5 52,0 208 67 143 940 1653 713 448,0 -2,233

89 25,7 57,5 185 45 149 818 1830 1012 111 497,1 95 24,9 56,6 180 50 158 791 1802 1012 505,8 -1,754

113 20,4 62,9 161 29 160 648 2000 1352 148 555,9 126 19,5 62,0 148 27 175 620 1973 1352 561,6 -1,016

138 13,5 69,7 137 13 167 430 2219 1789 196 620,7 155 12,6 68,9 120 4 184 402 2191 1789 618,2 0,400

162 0,0 83,2 113 0 162 0 2648 2648 291 726,7 162 0,0 81,5 113 0 162 0 2593 2593 711,5 2,087

Obs.:

Valores Negativos: resultados contra a segurança (momento resistente com o perfil retangular equivalente
é maior do que com o perfil circular);

Valores Positivos: resultados a favor da segurança (momento resistente com o perfil retangular equivalente
é menor do que com o perfil circular).

Momento resistente de cálculo da viga mista para o perfil tubular circular: primeiramente, fixa-se d1 na
posição desejada para a LNP.

342
- Se d1 ≥ r:
π
π R
R
2
2 ⎡⎡ ⎛ d1 ⎞⎞ ⎤⎤
= πR2 − 2 − d 12 + R 2 arcsen ⎛ d
2 2 2
A
A = − ⎡
⎢ dd1 R R − d + R arcsen ⎛ d11 ⎞⎠ ⎤⎥
− ⎣⎢⎣⎢ d11 R − d11 + R arcsen ⎝⎝ R
ac
Aacac = 2 2 2 2
⎠ ⎦⎥
2
2 ⎣ ⎝R R ⎠ ⎦⎦⎥
2
2 (( R 2 − d 12 )3 2 − d 1
3
2
2 − d 12 ) 2 − d 1
ee ac = 2 2 32

e ac = 3Aac ( R − d1 ) − d1
ac = 3A R
3Aacac




- Se d1 ≥ r:

A
A ⎡⎡ ⎛ d1 ⎞⎞ ⎤⎤ + ⎡⎡ d r 22 − d 22 + r 22 arcsen ⎛⎛ dd1 ⎞⎞ ⎤⎤
= a −⎡ 2 − d 12 + R 2 arcsen ⎛ d
a 2 2 2
A A d R
a − ⎢ d 1 R 2 − d 12 + R 2 arcsen ⎝ d ⎛ 1 ⎤
1⎞ + ⎡⎢⎣⎢ dd11 rr 2 − ⎛⎝ dr11 ⎞⎠ ⎤⎥⎥
Aacac =
A ac
= 2 − ⎢
⎣ d
1
R − d + R arcsen ⎝ R ⎠⎠ ⎥⎦⎥ + − dd112 +
+ rr 2 arcsen
arcsen ⎦
2 ⎢⎣⎣
2 1 1
⎝R R ⎠ ⎥⎦⎦ ⎢⎣⎣
1 1
⎝⎝ rr ⎠⎠ ⎥⎦⎦
2
( 12 )3 2 − (r 2 − d 12 )3 2 ⎤ − d 1
⎡⎡ R 22 − d 22 3 22 − r 22 − d 22 3 22 ⎤⎤ − d
3 3
2
ee ac = =
e acac = 3A
2
ac ⎣

⎢ ( R 2 − d ) (
⎢( R − d11 ) − (r − d11 ) ⎦⎦⎥ − d11 ) ⎥
3Aacac ⎣⎢⎣
3A ⎥⎦



A partir dos valores de A e e obtêm-se A e e :
ac ac at at

A at = A a − A
Aatat =
A =A Aaa − −A
ac
Aacac
A
ee at = A ac ( e ac + d1 ) + d1
ac

e atat = A= A ac ( e + d1 ) + d1
at ( e ac + d1 ) + d1
ac
A
Aatat
tt c dd
eecc = = t cc ++ hh f + +d − − dd1
ecccc = 22 + h ff + 22 − d11
2 2


Momento resistente de cálculo:


C ad ==A Aacac ff ydyd T = Aat f yd
C Tad ad = Aat f yd
C ad ad = Aac f yd Tad = Aat f yd
β (T − C ) e ⎤
M Rd = vm ⎡ T ad e at + C ad e ac +
+ ((T
β ⎣ ad − C ad ) ecc ⎦
MRd = βvm ⎣⎡⎣Tad eat + Cad eac +
M Rd = vm ⎡ T ad e at + C ad e ac
ad − C ad ) ecc ⎤
Tad ad cc ⎤⎦⎦

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos



Cálculo da largura efetiva da laje:


C cdcd =
C =T Tad − −C C ad ad

C cd = Tad ad − C ad
C
C
bb = cd
C cdcd
b = 0,85=
0,85 ff cd tt c
0,85 f cdcd t cc


Momento resistente de cálculo da viga mista para o perfil tubular retangular equivalente:

Calculado conforme a ABNT NBR 8800:2008.

343
EXEMPLO 6

Dimensionar as ligações mistas das vigas V1, V2 e V4.

Solução das vigas V1 e V2:

Características das vigas de aço e da laje de concreto analisadas:

Viga V1 (vão extremo):

Perfil V&M300x150x8,0mm → (54kg/m)

Altura total da viga mista (dt): 450mm

Vão da viga (L): 9000mm


βvm = 0,85

L
d t = 20

f y = 350 MPa
βvm = 0,85
acordo com a Tabela R.3 do Anexo R da ABNT NBR 8800:2008, tem-se que:
De
L = 20
d t 23mrad (capacidade de rotação necessária)
θθnec
nec ==23mrad (capacidade de rotação necessária)
f = 350 MPa
y

Viga
β =V2 (vão interno):
0,85
vm

Perfil V&M300x100x8,8mm → (52,2kg/m)
θLnec = 23mrad (capacidade de rotação necessária)
d t =total
Altura
20
da viga mista (dt): 450mm

Vão
f y =da viga
350 (L): 9000mm
MPa
βvm = 0,85

L = 20
θnecdt= 23mrad (capacidade de rotação necessária)
f = 350 MPa
y

( )
acordo com a Tabela
De φ R.3 do Anexo R da ABNT NBR 8800:2008, tem-se que:
y = h f + 51 − 9,5 − s 2
θθnecnec==23mrad
23mrad(capacidade
(capacidadedederotação
rotaçãonecessária)
necessária)

344

(
y = h f + 51 − 9,5 −
φs
2 )

βvm = 0,85

L = 20
d t construtivas para conectores de cisalhamento e armadura longitudinal na laje de concreto:
Disposições

»» fdeve-se ter pelo menos 10mm de concreto acima da superfície superior da cabeça do conector;
y = 350 MPa

»» a face inferior da cabeça dos pinos, que resiste às forças verticais que tendem a separar o concreto do
perfil de aço, deve estar acima da armadura de concreto;

»»θoneccomprimento
= 23mrad (capacidade de rotação
do pino acima necessária)
da forma de aço deve ser de no mínimo 40mm;

»» a redução do comprimento do conector de cisalhamento devido à soldagem deve ser levada em


conta no cálculo de y, sendo que para esse exemplo de cálculo

(
y = h f + 51 − 9,5 −
φs
2 )

Redução do comprimento do conector de cisalhamento devido à soldagem

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos

345
Disposição do conector e da armadura longitudinal na laje

f y 35
f yd = f y = 35
f yd = γfay1 = de
Resistência 1,1cálculo do aço do perfil:
35
γ
f yd = fa1y = 1,1
35
f yd = γ a1 = 1,1
γ a1 1,1 2 = 318,2 MPa
f y = 31,82kN/cm
f y = 31,82kN/cm 2 = 318,2 MPa
f y = 31,82kN/cm 22 = 318,2 MPa
f y = 31,82kN/cm = 318,2 MPa
fsy 50
f sd = f = de
Resistência 50cálculo do aço da armadura:
f sd = γf = 1,15
sy
s
50
f sd = γf = 1,15
sy
50
ssy
γ = 1,15 2
ffysd==43,48kN/cm
γ 1,15 2 = 434,8MPa
s

f y = 43,48kN/cm 2 = 434,8MPa
s

f y = 43,48kN/cm 2 = 434,8MPa
f y = 43,48kN/cm = 434,8MPa
Resistência
f de
20cálculo do concreto:
f cd = f ck = 20
f cd = γfckc = 1,20 4
f cd = γfckcck = 1,20
4
ff cd ==1,γ43kN/cm
c = 1, 4 2 = 14,3 MPa
cd γ c 1, 4 2
f cd = 1, 43kN/cm = 14,3 MPa
f cd = 1, 43kN/cm 22 = 14,3 MPa
f cd = 1, 43kN/cm = 14,3 MPa
Módulo de elasticidade do concreto:
Ec = 4760 f ck = 4760 20
Ec = 4760 f ck = 4760 20
E = 4760 f ck = 4760 20
EEccc ==21287,
4760 4f ckMPa = 2128,74kN/cm
= 4760 20
2

346 Ec = 21287, 4 MPa = 2128,74kN/cm 2


Ec = 21287, 4 MPa = 2128,74kN/cm 22
Ec = 21287, 4 MPa = 2128,74kN/cm
1 L +L 1 9000 + 9000
f 20 2 = 14,3 MPa
ffcdcd == 1,ck43kN/cm
=
γ c 1, 4

f cd = 1, 43kN/cm
Características
2
= 14,3da
principais MPaviga mista – região de momento fletor negativo (laje tracionada)
Ec = 4760 f ck = 4760 20
Largura efetiva da laje:
Ec =acordo
De 21287,com4 MPa = 2128,74kN/cm
o critério
2
apresentado no item O.2.2.2 da ABNT NBR 8800:2008, a distância entre os
Ec = 4760
pontos f ck = 4760
de momento nulo20pode ser tomada igual à 1/4 da soma dos vãos adjacentes à região de momento
negativo. Assim, a largura efetiva de cada lado da linha de centro da viga é igual a:
Ec = 21287, 4 MPa = 2128,74kN/cm 2
⎧ 1 ⎛ L1 + L2 ⎞ 1 ⎛ 9000 + 9000 ⎞
⎪⎪ 8 ⎜ 4 ⎟ = 8 × ⎜ ⎟ = 562,5mm
b′ ≤ ⎨ ⎝ ⎠ ⎝ 4 ⎠ → b′ = 562,5mm
⎪ a 3000
⎧⎪⎩12 ⎛=L1 +2L2 ⎞= 1500mm
1 ⎛ 9000 + 9000 ⎞
⎪⎪ 8 ⎜ 4 ⎟ = 8 × ⎜ ⎟ = 562,5mm
b′ ≤ ⎨ ⎝ ⎠ ⎝ 4 ⎠ → b′ = 562,5mm
Nesse⎪ acaso, 3000
a largura
== 1125mm efetiva
= 1500mm total da mesa de concreto é igual ao dobro da largura efetiva de cada lado da
b =
ef ⎪
linha ⎩de2 b ′
2 centro
2 da viga, ou seja:
onde:
bef = 2b′ = 1125mm

L1 é o vão da viga adjacente situada à esquerda da região de momento negativo;

L2 é o vão da viga adjacente situada à direita da região de momento negativo;

a é igual à distância entre a linha de centro da viga analisada e a linha de centro da viga adjacente.

Área necessária de armadura longitudinal nos apoios:

Obs.: partindo da condição estabelecida pela ABNT NBR 8800:2008, para que as tabelas de capacidade
de rotação necessária sejam aplicáveis, admite-se que o momento fletor resistente de cálculo da ligação seja
igual ou superior a 30% do MRd da viga mista para regiões de momento positivo. Admite-se também que
o MRd seja, no limite, igual a MSd para uma viga biapoiada, dessa forma tem-se que:

0, 4345 × 9002
M Rd = MSd = 0,30 = 13197,0kNcm

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


8
⎯ Viga V1: ⎯ Viga V2:

MRd = f sd Asl ( d − 0,5 + yest ) MRd = f sd Asl ( d − 0,5 + yest )


13197 ×1,15 13197 ×1,15
Asl = = 7,476cm2 Asl = = 7,484cm2
50 × (30 − 0,5 × 0,8 + 11) 50 × (30 − 0,5 × 0,88 + 11)

f sy = 500MPa = 50kN/cm2
347
ε su = 8% = 0,08 (CA − 50 )
φs = 12,5mm (diâmetro da barra de aço)
A = 0,25 × π ×1,252 = 1,227cm 2 (área de uma barra)
MRd = f sd Asl ( d − 0,5 + yest ) RdM = f A ( d − 0,5 + y
sd sl est )
0, 4345 × 9002
M Rd = MSd 13197
= 0,30×1,15 = 13197,0kNcm 13197 ×1,15
Asl = 8 = 7,476cm2 Asl = = 7,484cm2
50 × (30 − 0,5 × 0,8 + 11) 50 × (30 − 0,5 × 0,88 + 11)
⎯ Viga V1: ⎯ Viga V2:
Armadura negativa:
sd sl (
M = f A d − 0,5 + y
AçoRdCA-50 est ) sd sl (
M = f A d − 0,5 + y
Rd est )

13197 ×1,15 13197 ×1,15


Asl = = 7,476cm2 Asl = = 7,484cm2
f sy = 500MPa =
50 × (30 − 0,5 × 0,8 + 11)
50kN/cm 2
50 × (30 − 0,5 × 0,88 + 11)
ε su = 8% = 0,08 (CA − 50 )
φs = 12,5mm (diâmetro da barra de aço)
Ab = 0,25 × π ×1,252 = 1,227cm 2
(área de uma barra)
f sy = 500MPa = 50kN/cm 2
Asl 7, 484
εnbar = = ≅ 6 (número de barras necessárias)
su = 8% 1,227(CA − 50 )
Ab = 0,08
φs = 12,5mm (diâmetro da barra de aço)
Abadotar
∴ π ×1,25
= 0,256×barras 2
= 1,227cm
de 12,5mm
2
para (área
se terde uma barra)
simetria no apoio.
Asl 7,2484
nAbar ==7,36cm
= ≅ 6 (número de barras necessárias)
sl A
b 1,227
⎯ Espaçamento horizontal disponível ( ah , disp ):
∴ adotarbef6 −barras
nbarφs de
−D12,5mm
112,5para
− 6 ×se1,25
ter simetria
− 35,5 no apoio.
ah ,disp = = ≅ 13,9cm
(n − 1)
Asl = 7,36cmbar2
( 6 − 1)
Onde, ⎯ DEspaçamento
é o diâmetrohorizontal
do perfil tubular circular
disponível utilizado
( ah , disp ): no pilar.
ah = 50mm (espaçamento horizontal adotado)
bar φs − D
bef − ntransversal
Espaçamento das barras
112,5 − 6 ×(ABNT NBR 6118:2014):
1,25 − 35,5
canom = =25mm (cobrimento= utilizado, assumindo ≅ 13,9cm
classe de agressividade ambiental II)
h ,disp
Respeitando (nbar 1)
os −espaçamentos ( 6 − 1) máximos e os cobrimentos mínimos, a depender da classe de
mínimos,
agressividade ambiental, estabelecidos pela ABNT NBR 6118:2014, tem-se que:

ah = 50mm (espaçamento horizontal adotado)


cnom = 25mm (cobrimento utilizado, assumindo classe de agressividade ambiental II)

348
Distribuição das barras da armadura longitudinal na laje

Método dos componentes


Componente armadura

Força resistente:
50
Fs ,Rd = f sd Asl = × 7,36 = 320,0kN
1,15
50
Fs ,Rd 2 = AfslsdEAs sl =2 × 7,36 × 7,36 = 320,0kN
× 21000
ks = inicial:
Rigidez = 1,15 = 8707,6kN/cm
h 50 35,5
Fs ,Rd 2=AslfasdEA = ×
2 × 7,36 × 21000
7,36 = 320,0kN
kΔs == Lε s sl= 1,15 = 8707,6kN/cm
us ha smu 35,5
2 Asl E s (valor 2 × 7,36 × 21000
ΔkLsus===200mm
Lε smu = mínimo normativo)
= 8707,6kN/cm
h 35,5

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Capacidade a de deformação: ⎛ σnormativo)⎞
LεΔsmu= 200mm
us
=
= Lε ε − β
sysmu t
(valor
Δ ε sr +mínimo
δ 0⎜ 1− (srl

⎝ σf ys ⎞⎠
)
⎟ ε su − ε sy

εLsmu= = 200mm
fεyssy − βt 50
(valor
Δε sr +mínimo (
δ 0 ⎜ 1− normativo)
⎝ f
srl

−3 ⎠
)
⎟ ε su − ε sy
ε sy = = = 2,38x10
⎛ σ ⎞ ys
ε smu =E fεysssy − 21000 (
βt Δε sr + δ 0 ⎜ 1− srl ⎟ ε su − ε sy
50 ⎝ f−3ys ⎠
)
εβsy = = 0,40= = 2,38x10
t E 21000
f yss 50
εβΔtsyε==0,40 f ctm
= kc = 2,38x10−3
sr =E
sδ E 21000

βεt sr= =0,40 f ctms ksc


Δ 2
f ctm = 0,3 δ s Ef s 3 = 0,221kN/cm 2
f kck
Δε sr = ctm 2c
slδ s E
=A0,3 7,36
=f cks = 0,221kN/cm = 8,80 x10−3
2
δf ctm
3
s =
349
Ac 112,5 2 × 7,5 − 7,36
A 7,36
δfsctm= = 0,3 = 2
sl
1 = f 3
ck 0,221kN/cm = 8,80 x10−3
kc = Ac 112,5 + 0,3× ≤ 1,0− 7,36
7,5
Asl t c 7,36
δ = 1+ = = 8,80 x10−3
s

βt = 0,40
f ctmkc
Δε sr =
δ sEs
2
f ctm = 0,3 f ck3 = 0,221kN/cm 2
Asl 7,36
δs = = = 8,80 x10−3
Ac 112,5 × 7,5 − 7,36
1
kc = + 0,3 ≤ 1,0
t
1+ c
2 y0
t c = 7,50cm
E c = 4760 f ck = 2128,74kN/cm 2
Es 20000
αE = = ≅ 9,40
E c 2128,74
bef 112,5
btr = = = 11,97cm
αE 9,4

Coeficiente kc:

Viga V1:

Propriedades elásticas da seção homogeneizada (sem considerar a presença da armadura longitudinal)

⎛d ⎞ ⎛t ⎞
M s ,tr = AI ,equiv ⎜ ⎟ + btr t c ⎜ c + h f + d ⎟
⎝2⎠ ⎝2 ⎠
M s ,tr = 4744,80cm 3
Atr = btr t c + AI ,equiv
Atr = 159,22cm 2
M s ,tr
ytr = = 29,80cm
Atr
tc
y0 = d − ytr + h f + = 11,45cm
2
1
kc = + 0,3 ≤ 1,0 → kc = 1,05
7,5
1+
2 ×11, 45

∴ kc = 1,0


⎛d ⎞ ⎛t ⎞
M s ,tr = AI ,equiv ⎜ ⎟ + btr t c ⎜ c + h f + d ⎟
⎝2⎠ ⎝2 ⎠
350 M s ,tr = 4712,75cm 3
Atr = btr t c + AI ,equiv
Atr = 157,08cm 2
2
1
kc = + 0,3 ≤ 1,0 → kc = 1,05
17,5
kc = 1 + + 0,3 ≤ 1,0 → kc = 1,05
2 × 7,5
11, 45
1+
2 ×11, 45
Viga V2:
∴ kc = 1,0
kc = 1,0 elásticas da seção homogeneizada (sem considerar a presença da armadura longitudinal)

Propriedades

⎛d ⎞ ⎛t ⎞
M s ,tr = AI ,equiv ⎜ ⎟ + btr t c ⎜ c + h f + d ⎟
⎛⎝ d2 ⎞⎠ ⎛⎝ t2c ⎞
M s ,tr = AI ,equiv ⎜ ⎟ + btr t c ⎜ + h f + d ⎠⎟
M = 4712,75cm ⎝2⎠3 ⎝2 ⎠
s ,tr

Atrs ,tr= =
3
M btr4712,75cm
t c + AI ,equiv
A = btr t c + AI ,equiv
Atrtr = 157,08cm 2

Atr = 157,08cm
M s ,tr
2

ytr = = 30,00cm
MAtrs ,tr
ytr = = 30,00cm
t c Atr
y0 = + h f − ( ytr − d ) = 11,25cm
t2
y0 = c + h f − ( ytr − d ) = 11,25cm
2 1
kc = + 0,3 ≤ 1,0 → kc = 1,05
17,5
kc = 1 + + 0,3 ≤ 1,0 → kc = 1,05
2 × 7,5
11,25
1+
2 ×11,25
∴kc = 1,0
∴k
c = 1,0

Dessa
Δε sr =forma 1,20x10 tem-se
−3 que:

δΔε =
0
sr =
0,801,20x10−3
δ 0 = 0,80
⎛ f k ⎞⎛ δ E ⎞
σ sr ,l = ⎜ ctm c ⎟ ⎜ 1+ s s ⎟ = 27,29kN/cm 2
⎛ f δ k ⎞ ⎛ δEE ⎞
σ sr ,l = ⎝⎜ ctms c ⎠⎟ ⎝⎜ 1+ s c s ⎠⎟ = 27,29kN/cm 2
⎝ δs ⎠ ⎝
ε smu = 0,030 Ec ⎠
ε smu
∴ Δ = =0,030
6,00mm
us
∴ Δ us = 6,00mm

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Componente conector

Força resistente:
F ,Rd = ∑ Q Rd ≥ Fs ,Rd = Tds
Fcscs,Rd = ∑ Q Rd ≥ Fs ,Rd = Tds
Tem-se que:
Q Rd = 70,96kN
Q Rd = 70,96kN
F 320,0
n = F s ,Rd = 320,0 ≅ 5,0
ncscs = Qs ,Rd = 70,96 ≅ 5,0
Q Rd
Rd
70,96
F Rd = 5 × 70,96 = 354,80kN
Fcscs,,Rd = 5 × 70,96 = 354,80kN
351
nk
k = nk r
kcscs = αr
α
kr = 1000kN/cm
k = 1000kN/cm
nQcscs ,Rd

F F=s ,Rd Q320,0
= Rd
= = 70,96kN
≥ Fs ,Rd = Tds
≅ 5,0
Rd Q 70,96
Rd
F5 320,0
F
nQcscsRd= ==s70,96kN
,Rd
,Rd× 70,96
= = 354,80kN
≅ 5,0
Q Rd 70,96
Rigidez F ,Rd 320,0
inicial:
ncscs,Rd= =s 5
F ×= ≅ 5,0
70,96 = 354,80kN
nk
Q rRd 70,96
kcs =
Fcs ,Rd = α 5 × 70,96 = 354,80kN
kr = 1000kN/cmnk
kcs = r
α (υ − 1) ( d − 0,5t + y )
nk
αkk ===υ1000kN/cm−r
rcs d s (ξ + 1)
α
I−a (υ − 1) ( d − 0,5t + y )
ξαkr===υ1000kN/cm
d s2 Asl(υ − 1d) s d(ξ−+0,5t
1)
α = υ I−a
( + y)
ξ = ⎡ (2ξ + 1) nkdLs (dξ2 +⎤ 12 )
1

ν = ⎢d s Asl r 1 s

I
ξ = ⎣ 2 a Ea Ia ⎦1

νL1 == ⎢0,15L
d(s sl )= 1350mm
ξ A + 1 nk r 1 s ⎤
L d 2 2

Ea Ia ⎥1
⎣ 2⎦2
⎡ (ξ + 1) nkr L1d s ⎤
O νL1 =comprimento
= ⎢0,15L = 1350mm L deve ser suficiente para instalar 5 conectores, sendo um conector por canaleta.
⎣d E a I a 1 ⎥⎦
d s = + y = 260,0mm
Distância
L1 = 0,15L2 do= centro 1350mm geométrico do perfil de aço ao centro geométrico da armadura.
d
d s = + y = 260,0mm
⎯2d Viga V1: ⎯ Viga V2:
d s = + y = 260,0mm
28010 6840
ξ = ⎯ 2Viga V1: = 1,61 ξ = ⎯ 2Viga V2: = 1,37
Cálculo 26 de 7,36
kcs 26 7,36
8010
⎡ (1,61 ) 6840
⎡ (1,37
ξ = ⎯
ν = ⎢262 7,36
Viga + 1V1: ×1000 ×135 × 262 ⎤
×=71,61
= ξ =⎯ )=71,37
+ 1V2:
Viga ×1000 ×135 × 262 ⎤
⎥ 2,727 ν = ⎢26 7,36
2
⎥ = 2,814
⎣ 8010 20000 × 8010 ⎦ ⎣ 6840 20000 × 6840 ⎦
ξ = ⎡ (1,61 + 1) ×=71,61×1000 ×135 × 262 ⎤ ξ = ⎡ (1,37 + 1 =71,37
) × 1000 × 135 × 26 2

ν = ⎢26 7,36 ν = ⎢26 7,36( 2,814 − 1) × ( 30 − 0,5 ×⎥ 0,88 + 11)
2 2
⎥ = 2,727 α = 2,814
⎣⎡ 1,61 + (12,72720000−×18010 ) × ( 30 − 0,5 ×2 ⎦⎤0,8 + 11) = ⎣2,814 − 20000 × 6840
α = 2,727 ( − ) × 7 ×1000 ×135 × 26 ⎡ (1,37 + 1) 7 ×100026×135 × 26+21⎦⎤)
× (1,37
ν =⎢ = ν
20000 × 8010(
26 × 1,61 + 1) ⎥ 2,727
α
= ⎢
== 1,620 (20000 = 2,814
2,814 − 1) × ( 30 − 0,5 ×⎥ 0,88 + 11)
⎣ ⎦ α ⎣
2,814 − × 6840 ⎦
α ( 2,727 − 1 ) × ( 30 − 0,5 × 0,8 + 11) 26 × (1,37 + 1)
α == 1,694 2,727 −
26 × (1,61 + 1) ( 2,814 − 1) × (30 − 0,5 × 0,88 + 11)
( 2,727 − 1) × ( 30 − 0,5 × 0,8 + 11) kαcs ==1,620 5 ×1000
2,814 −
= 3086,0kN/cm
26 × (1,37 + 1)
α = 1,694 5 ×1000
2,727 − 1,620
kcs = = 2951,0kN/cm26 × (1,61 + 1)
1,694 α = 1,6205 ×1000
α = 1,694 5 ×1000 k cs = = 3086,0kN/cm
kcs = = 2951,0kN/cm 1,620
1,694 5 ×1000
5 ×1000 kcs = = 3086,0kN/cm
kcs = = 2951,0kN/cm 1,620
1,694

Capacidade de deformação:

Fs ( B )
s ( B ) = 2s ( A )
Fs ( A )
352

0,7Q Rk
s ( A) =
kr
Fs ( B )
s ( B ) = 2s ( A )
Fs((BA))
F
s (( BB )) = 2s (( AA )) Fs(( BA))
Escorregamento
s = 2s Fss( A ) entre a extremidade da laje e a extremidade da viga.
0,7QFRks
s ( A) =
kr ( B )
((BA)) ( A ) FRk
0,7Q
s ( ARk) ===2s
sQ s
1,25QRk(RdA ) = 1,25 × 70,96 = 88,70kN
0,7Q
s ( A ) = kr Fs
s = 0,062cm k
QRk = 1,25rQRd = 1,25 × 70,96 = 88,70kN
Q( ARk) = 1,25QRd = 1,25 × 70,96 = 88,70kN
s = 0,7Q 0,062cm
ssF((AA())B=)==0,062cm Rk
Força s f kysr sl =na
máxima A 368,0kN
armadura
QFRk(B )==1,25 QRd= =368,0kN
f ys A 1,25 × 70,96 = 88,70kN
s (B ) sl
F = fVigaA =
ys sl V1:
s ( As ) = 0,062cm 368,0kN Viga V2:

Fs ( A) = kViga
Capacidade ( Adeformação
)
cs s V1:
dos conectores
= 2951× 0,062 = 183,0kN Fs ( A) = kViga ( A)
cs s V2: = 3086 × 0,062 = 191,3kN
(B ) Viga
= 2,49mm
Fss( B( A) )= V1:
f ys A(slA)= 368,0kN (B ) Viga V2:
Fs ( A) = kcs s ( A) = 2951× 0,062 = 183,0kN Fs s (( AA))==2,38mm
kcs s (( AA)) = 3086 × 0,062 = 191,3kN
F(sB ) = kcs s = 2951× 0,062 = 183,0kN F(sB ) = kcs s = 3086 × 0,062 = 191,3kN
s B = 2,49mm s B = 2,38mm
sF(i ,Rd
) Viga fV1:A ≥ F
==2,49mm
1,25 yd fi s ,Rd
s ( ) = 2,38mm
Viga V2:

FFs ( A) == k1,25 ( A)
cs s f = A ≥ F× 0,062 = 183,0kN
2951 Fs ( A) = kcs s ( A) = 3086 × 0,062 = 191,3kN
i ,Rd yd fi s ,Rd
sF ==2,49mm
)
Componente A fi ≥ Fmetálica
1,25 f ydligação
( Bi ,Rd s ,Rd s ( B ) = 2,38mm
Força resistente:
Fi ,Rd = 1,25 f yd A fi ≥ Fs ,Rd

Viga V1:

Área da mesa inferior e da região da curva de concordância


⎛ 5π ⎞
Afifi = ⎜ − 6⎟ t 22 + bfifi t = 13,20cm22
⎝ 2 ⎠
35
Rd = 1,25 ×
Fii,,Rd ×13,2 = 525,0 kN ≥ Fss,,Rd
Rd = 320,0kN → Ok!
1,1

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos



Afifi = ⎛⎜ − 6⎞⎟ t 22 + bfifi t = 13,20cm22
⎝ 2 ⎠

35 ×13,2 = 525,0kN ≥ F = 320,0kN → Ok!


Rd = 1,25 ×
Fii,,Rd ss,,Rd
Rd
1,1
Resistência mínima da solda na mesa inferior do perfil tubular:
p = 102 + 75,4 = 177,4mm (perímetro da solda)
Fii,,Rd 525
,min = = ≅ 29,59kN/cm
Rd
Fww,min
p 17,74

353

Afifi = ⎛⎜ − 6⎞⎟ t 22 + bfifi t = 10,24cm22
⎝ 2 ⎠
35
A Rd= − 6 ⎟ t= 177,4mm
+ b t = 13,20cm
pi ,fi= p⎜⎝ =2+102
102 75,4 (perímetro da solda)
s , Rd
+⎠ 75,4 =fi 177,4mm
1,1 (perímetro da solda)
F Rd F =525
Fpw=,min102 = +i ,75,4 =
35 i ,Rd 177,4mm525 (perímetro da solda)
= ≅=29,59kN/cm
F
= ,minp= × × ≅ 29,59kN/cm
≥ Fs ,Rd
Fpi ,= Rd 102 +
w1,25
Fi ,75,4
17,74
Rd 1,1 525
13,2
17,74525,0kN
p= 177,4mm (perímetro da =solda)
320,0kN → Ok!
Fw ,min = = ≅ 29,59kN/cm
Viga V2:Fip,Rd 17,74 525
Fw ,min = = ≅ 29,59kN/cm
⎛ 5π p 5π⎞ 17,74
p fi==102 + 75,4
⎛ = 177,4mm ⎞ (perímetro da
2 solda)
A⎜⎝ fi 2= ⎜− 6 ⎟⎠ t− 6+⎟btfi2t +=b10,24cm
2 2
A
fi t = 10,24cm
⎛ 5πF ⎝ 2⎞ 2525 ⎠
FAwfi,min= ⎜= i ,Rd − 6=⎟ t +35
35 b fi t≅=29,59kN/cm
10,24cm 2
Fi ,Rd = 5 π
⎛⎝ p 1,25
2
1,25 × ×
⎞⎠ 17,74 10,24 = 407,1kN 2 ≥ Fs ,Rd = 320,0kN → Ok!
A fi =F⎜i ,Rd = ⎟ t ×+1,1
− 61,1 2
b fi×t 10,24
= 10,24cm = 407,1kN ≥ Fs ,Rd = 320,0kN → Ok!
⎝ 2 35⎠
Fi ,Rd = 1,25 × × 10,24 = 407,1kN ≥ Fs ,Rd = 320,0kN → Ok!
Resistência 1,1
35 mínima da solda na mesa inferior do perfil tubular:
Fpi ,= Rd 47,2 5π+ 82,9
=⎛ 1,25 × ⎞ 2× =+10,24
130,1mm = 407,1kN 2 ≥ Fsda
(perímetro = 320,0kN → Ok!
,Rd solda)
A fi = p⎜ = 47,2 − 61,1
⎟+t 82,9 = 10,24cm
b fi=t 130,1mm (perímetro da solda)
⎝ 2F ⎠
407,1
Fpw=,min47,2
F=w1,25
i+ F
,Rd82,9
=
35 i ,Rd= 130,1mm
407,1 (perímetro da solda)
= ≅ 31,29kN/cm
Fpi ,= = ,minp= × ×
13,01
10,24 ≅ 31,29kN/cm
= 407,1kN ≥ Fsda = 320,0kN → Ok!
Rd 47,2 Fi+,Rd82,9
1,1 p = 130,1mm
407,1 13,01 (perímetro ,Rd solda)
Fw ,min = = ≅ 31,29kN/cm
Fip,Rd 13,01 407,1
F = = ≅ 31,29kN/cm
kiw ,=min∞k = ∞ p 13,01
p = 47,2
Rigidez + 82,9 = 130,1mm (perímetro da solda)
i inicial:

ki = ∞ Fi ,Rd 407,1
F = = ≅ 31,29kN/cm
kΔiwui,=min=∞Δ0 =p0 13,01
ui

Δui = 0
Capacidade de deformação:
( d − 0,5 y t) + y 2
2
Δ =
ki ui= ∞ 0 t +0,5
Si = S = ( d − )
i ⎛ 1 1 ⎞
( d − 0,5+⎛t 1+ ⎟y ) 1 ⎞
2

Si = ⎜⎝ ks ⎜ kcs + 2 ⎟
Δui =( d0⎛−mista
Ligação +s ⎠⎞y )kcs ⎠
10,5⎝t k1completa
Si = ⎜ + ⎟
⎯ ⎝⎛Viga
Rigidez k1 V1: k1cs ⎠⎞ ⎯ Viga V2: V2:
⎜inicial:
⎯s +Viga ⎟ V1: ⎯ Viga
k k
⎯( d ⎝Viga
(30 −−0,5
s
0,5V1: ⎠y )2
t ×+cs 0,8 11)+ 11)2
+0,8
2
⎯( 30Viga
−(0,5V2:
×0,5
0,88 + 11)+ 11)2
2
SSi == ( 30 − 0,5 × S2 =S = 30 − × 0,88
1 = 1 1 V1:
⎯S1⎛ ⎛Viga 1 ⎞ 1 ⎞2 ⎯ 2 ⎛Viga1V2:
( 30
⎜ ⎜ − 0,5⎛+ × + ⎟ ++11⎟)1 ⎞
10,8 ( 30⎜ − 0,5 1+ 1+ 11⎞⎟)12 ⎞
⎛ × 0,88
ks ⎜ kcs ⎠ 2951
S1 = ⎝ ⎝8707,6 ⎠ 2 ⎟⎠ S2 = ⎝ 8707,6 ⎜ + ⎠2 ⎟
3086
( 30
⎛ − 0,5 1⎝ 8707,6
× 0,8 +
+
⎞)
1 112951 ( 30⎛ − 0,5
1⎝ 8707,6
× 0,881+ 11
+
⎞) ⎠
3086
S1 = 3633066,0kNcm/rad
S⎜ = 3633066,0kNcm/rad ⎟ S2 = 3748382,0kNcm/rad
S ⎜ = 3748382,0kNcm/rad ⎟
⎯1⎛⎝ Viga 1 V1: 2951
8707,6 1 ⎞⎠ ⎯ 2 ⎛⎝Viga 1V2: 3086
8707,6 1 ⎞⎠
⎜ + ⎟ ⎜ + ⎟
S1 = 3633066,0kNcm/rad
⎝ 8707,6 2951 ⎠ 2 S2 = 3748382,0kNcm/rad
⎝ 8707,6 3086 ⎠ 2
( 30 − 0,5
S1 = 3633066,0kNcm/rad
× 0,8 + 11 ) S2
( 30 − 0,5 × 0,88
= 3748382,0kNcm/rad
+ 11 )
⎛ 1 1 ⎞ ⎛ 1 1 ⎞
⎜ + ⎟ ⎜ + ⎟
⎝ 8707,6 2951 ⎠ ⎝ 8707,6 3086 ⎠
S1 = 3633066,0kNcm/rad S2 = 3748382,0kNcm/rad

354
Momento fletor resistente de cálculo:
MRd ,LM = Fs ,Rd ( d − 0,5t + y ) = f sd Asl (d − 0,5t + y )
⎯ Viga V1: ⎯ Viga V2:
MRd ,LM = F50 s ,Rd ( d − 0,5t + y ) = f sd Asl ( d − 0,5t + y ) 50
M Rd ,LM = × 7,36 × ( 30 − 0,5 × 0,8 + 11) M Rd ,LM = × 7,36 × ( 30 − 0,5.0,88 + 11)
1,15 1,15
⎯ Viga V1: ⎯ Viga V2:
M Rd ,LM = 12992,0kNcm
MRd ,LM = Fs ,Rd ( d − 0,5t + y ) = f sd Asl (d − 0,5tM + Rdy ),LM = 12979,2kNcm
50 50
M Rd ,LM = × 7,36 × ( 30 − 0,5 × 0,8 + 11) M Rd ,LM = × 7,36 × ( 30 − 0,5.0,88 + 11)
⎯ Viga 1,15 V1: ⎯ Viga 1,15
V2:
Obs.: observe que o momento resistente de cálculo
M Rd ,LM = 12992,0kNcm
da ligação mista é aproximadamente igual a 30% do
M Rd ,LM = 12979,2kNcm
momento fletor
50 positivo de uma viga biapoiada. 50
M Rd ,LM = × 7,36 × ( 30 − 0,5 × 0,8 + 11) M Rd ,LM = × 7,36 × ( 30 − 0,5.0,88 + 11)
( B)
Δ us1,15
+s 1,15
θMu = = 12992,0kNcm M Rd ,LM = 12979,2kNcm
( d − 0,5t + y )
Rd , LM
Capacidade de rotação disponível:
⎯ Viga Δ us +V1: s (B ) ⎯ Viga V2:
θu =
( d − 0,56,0 y)
t ++ 2,49 6,0 + 2,38
θu = = 21,0mrad θ = ≅ 21,0mrad
( 300
Δ −+ 0,5
s (B×) 8,0 + 110 ) u
( 300 − 0,5 × 8,8 + 110 )
θu =⎯ Viga us V1: ⎯ Viga V2:
( d − 0,5 t + y )
6,0 + 2,49 6,0 + 2,38
θu = = 21,0mrad θu = ≅ 21,0mrad
⎯(300 Viga− 0,5V1:× 8,0 + 110 ) ⎯(300 V2:× 8,8 + 110 )
− 0,5
Viga
⎯ Viga V1: ⎯ Viga V2:
6,0 =+ o23,1mrad
2,49 6,0 =+ 23,1mrad
2,38
θθObs.:
u = 1,1
u =
× 21,0
conforme item R.4 da θθuu =
ABNT NBR 8800:2008,
= 21,0mrad = 1,1× 21,0 pode-se aumentar≅ a21,0mrad
capacidade de rotação em
θ10% ( 300 − 0,5
nec = 23,0 mrad → Ok!
× 8,0 + 110
para construção não escorada. ) ( 300 − 0,5 ×
θnec = 23,0 mrad → Ok! 8,8 + 110 )
⎯ Viga V1: ⎯ Viga V2:
Sendo assim;
θu = 1,1× 21,0 = 23,1mrad θu = 1,1× 21,0 = 23,1mrad
θnec ⎯
= 23,0 V1: → Ok!
Vigamrad θnec ⎯
= 23,0 V2: → Ok!
Vigamrad
θu = 1,1× 21,0 = 23,1mrad θu = 1,1× 21,0 = 23,1mrad
θnec = 23,0 mrad → Ok! θnec = 23,0 mrad → Ok!

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


DIMENSIONAMENTO DA CHAPA DE EXTREMIDADE

Esforço cortante de cálculo:


VSd = 21020,0kg = 210,2kN
VSd = 21020,0kg = 210,2kN
Características dos parafusos:
ASTM A325, db = 19,0mm ; f yb = 635MPa ; f ub = 825MPa
ASTM A325, db = 19,0mm ; f yb = 635MPa ; f ub = 825MPa

Abe = 0,75 Ab = 0,75 × 0,25 × π × db22 = 2,13cm 22


Abe = 0,75 Ab = 0,75 × 0,25 × π × db = 2,13cm

1
t p ≤ 1 db → t p = 9,5mm 355
t p ≤ 2 db → t p = 9,5mm
2
f u = 50 kN/ cm 22
f u = 50 kN/ cm
ASTM A325, db = 19,0mm ; f yb = 635MPa ; f ub = 825MPa
ASTM A325, db = 19,0mm ; f yb = 635MPa ; f ub = 825MPa
VASd == 21020,0kg
0,75 Ab = 0,75 = 210,2kN
× 0,25 × π × db2 = 2,13cm 2
VSdbe = 21020,0kg = 210,2kN
Abe = 0,75 Ab = da
Características 0,75 chapa × 0,25 π × db2 = 2,13cm 2
de× ligação:
VSdASTM =121020,0kg
VSd= 21020,0kg A325, d=b 210,2kN 210,2kN; f = 635MPa ; f = 825MPa
= 19,0mm
ASTM
t p ≤ dA325, b → t p b= 9,5mm
d = 19,0mm ; f ybyb = 635MPa ; f ub ub = 825MPa
12
At pbe ≤= 0,75db → Ab cm =2 9,5mm
t=p 0,75 × 0,25 ×;π × db22 = 2,13cm;22
f = 50 kN/ d = 19,0mm = 635MPa = 825MPa
× 0,25; ×fπ f×= ; f ubf ub
ASTM u =2 A325, =
ASTM A 0,75
be A325, bd = 19,0mm A 0,75
b
yb b = 2,13cm
ybd635MPa = 825MPa
b 2
f u = 50 kN/ cm
A =10,75 Ab = 0,75 × 0,25 × π ×2db2 = 2,13cm 2
t p=be≤0,75
AbeForça dbAb→=t0,75
1resistente p A =dos ×
9,5mm 0,25
be f uparafusos:
× π
2,13 82,5× d b = 2,13cm 2

p ≤ 2 d bFt→
tTração: ,Rd t= p = 9,5mm = = 130,2kN
2 A2γbea 2f u 2,13 1,35
× 82,5
f u = 150 kN/
Tração: Ft ,Rd cm = 2 = = 130,2kN
tfpu 1≤= 50dkN/ → cm t p =γ9,5mm 0, 4 A f
1,35 0, 4 × 2,835 × 82,5
≤ d2b → t p = 9,5mm
t p Cisalhamento: b
Fv ,Rda 2 = b ub
= = 69,3kN
2 0, 4γAab2 f ub 0, 4 × 2,835 1,35 × 82,5
f u = 50 kN/ cm
Cisalhamento: Avbe,Rdf u = 2,13 × 82,5
2
= = 69,3kN
= 50 kN/
f uTração: Ft ,Rd cm=2 F = γ = 1,35
130,2kN
A f 2,13a 2× 82,5
Tração: Ft ,Rd = γbea 2 u = 1,35 = 130,2kN
1,2l f tf u γ a1,2 2 × (140 1,35− 19 ) ×0,0,95 × 50 82,5
Fr ,Rd = A=be f u= 0,2,13 4 Ab ×f ub82,5 4 × 2,835=× 5108kN
Cisalhamento:
Tração: 1,2 F tf A F f 2,13
=beu v ,uRd1,2=×0,(140 × 82,5
4 Ab f−1,35 =
ub19 ) × × 2,835
0,=0,95
4130,2kN 50 × 82,5 = 69,3kN
Tração: Ft ,Rdt ,γRd=laf2adicionais:
Cisalhamento: F == γ a1,35 = = 130,2kN ×1,35 =
Verificações
Fr ,Rd = γ γ
v=a 2
, Rd
γ
1,35 2
1,35 = 5108kN69,3kN
2, γ4ad2b tf u 2, 4 ×1,9
a 2 a 2×1,35
0,95 × 50
Fe ,Rd ≤ de contato
Pressão = e rasgamento
0, 4 Ab f ub entre 0, 4 ×furos:
= 160,×44kN
2,835 82,5
Cisalhamento: 2, 4γdaF2b tfv ,F
0,
2,
4
=4 ×1,9A f
b 1,35
ub× 0,95= 4××50
0, 2,835 × 82,5 = 69,3kN
Cisalhamento: =
v ,Rd =
γ a 2 − 19 ) × 0,95 = 69,3kN
Fe ,Rd ≤ 1,2l f tf u Rdu =1,2 ×γ(140 =×1,35
1,35 160,
50 44kN
Fr ,Rd = 1,2 ⎧ Fγtl,fRd 2 u = 1,2 × (140
atf − 19 ) × 0,95 × 50 = 5108kN
1,35
a 2
Fr ,Rd = ⎪ γ a 2 = 1,35 = 5108kN
⎪ Fγvta,,Rd
⎧ Rd 1,35
Fb ,Rd ≤1,2 ⎨ 4ldf btftf∴
2,

2
F ,2,
uu b1,2 Rd 4 =×(69,3kN
×1401,9 ×−0,95
140 19 ) ××0,95
50 × 50
Fre ,,Rd 1,2

= 2,
⎪l fF4tfvrd,,uRd tf 1,2
== ×
2, (4 ×1,9 − 19 ) × 0,95
× 0,95 × 50×=50160,=44kN 5108kN
Fr ,Rd = ≤ γγ a 2 =∴ F=b ,Rd = 69,3kN
,Rd ≤ ⎨
FFeb,Rd
Rd Rd
b u
1,35 1,35 = 5108kN
= 160, 44kN

γ⎪⎩aF2γcr ,,aRd
a 2 1,35
Rd
2
⎧2, F 4 d tf 2, 4 × 1,9 × 0,95 × 50
≤ 4⎧⎪⎪⎩dFFbtc,tfRd = 4 ×1,9 × 0,95 × 50 = 160, 44kN
t ,Rdb u
Fe ,Rd 2, 2,
Fe ,Rd ≤ Fγv ,Rd
,Rd u
= 1,35 = 160, 44kN
Fb ,Rd ≤ ⎪ ⎨γ F

a2
a 2v ,Rd ∴ Fb ,Rd = 69,3kN 1,35
Fb ,Rd ≤V⎨ ⎪F
⎧ Ftr ,,RdRd ∴ Fb ,Rd = 69,3kN
nb = ⎧ F⎪⎪Sd Fr ,=Rd 4 (adotar
t ,Rd
F
número par de parafusos para se obter simetria na ligação).
⎪FVFb⎩⎪
⎪ Fvc ,,Rd
F Rd
Fnbb,Rd= ⎪≤ ⎨ ,Sd
Rd
∴(adotar
F = número 69,3kN
≤ ⎨F ⎩ Fr ,=∴ = 69,3kN par de parafusos para se obter simetria na ligação).
v ,Rdc ,Rd 4
Fb ,Rd Fb ,Rdb ,Rd
⎪,Rd
⎪ Fb⎪,rRd
Rd

Fc ,Rd ⎧24t min


emin =⎪⎩ F3⎩cd,Rdde
Número b ;parafusos:emax ≤ ⎨
V ⎧⎩300mm
24 t min par de parafusos para se obter simetria na ligação).
neb = =V3Sd = 4 (adotar
Sdd b ; emax ≤ ⎨
número
nb = Fb ,Rd = 4 (adotar300mm
min número par de parafusos para se obter simetria na ligação).
Fb ,Rd ⎩
VSd
nb =VSd ⎯ = (adotar
4 (adotar
V1: ⎧número 24número
t min parpar de parafusos para se obter simetria na ligação).
nb e= =F3d= 4Viga ≤ 24 t de parafusos para se ⎯obter
Vigasimetria
V2: na ligação).
minF b , Rd b ; e max ⎧
⎨ min
b= ≤ furos:
eminPerfil: ⎩⎨×300mm
,Rd3d 300 ; eentre
×maxV1:
150 8,0mm Perfil:
Espaçamento ⎯b Viga ⎯ 300
Viga× V2:
100 × 8,8mm
⎩300mm
Perfil: 300 × 15024 ⎧×248,0mm
t min Perfil: 300 × 100 × 8,8mm
eminChapa:330
= 3db ; emax × 350 ⎧≤ ⎨×t min 9,5mm Chapa:330 × 350 × 9,5mm
emin = 3db ; emax ≤ ⎨ 300mm
⎩× 9,5mm
Chapa:330
⎯ Viga×V1: ⎩300mm
350 Chapa:330
⎯ Viga×V2: 350 × 9,5mm
⎯ Viga V1: ⎯ Viga V2:
Perfil: 300 × 150 = × 210,2kN
8,0mm Perfil: 300 × 100 × 8,8mm
V Sd = 21020,0kg
Perfil: 300
Dimensões da×chapa150 ×de 8,0mm
topo: Perfil: 300 × 100 × 8,8mm
V ⎯
=
Chapa:330 Viga
21020,0kg V1:
× 350 × 9,5mm= 210,2kN ⎯ Viga×V2:
Chapa:330 350 × 9,5mm
⎯ Viga V1:
Sd ⎯ Viga V2:
Chapa:330
Perfil: 300 × 150 × 8,0mm × 350 × 9,5mm Chapa:330
Perfil: 300 ×× 100
350 ×× 8,8mm
9,5mm
Perfil: 300 × 150 × 8,0mm Perfil: 300 × 100 × 8,8mm

VChapa:330 × 350 ×210,2kN


Sd = 21020,0kg
Chapa:330
9,5mm
× 350 ×=9,5mm
Chapa:330 × 350 × 9,5mm
Chapa:330 × 350 × 9,5mm
356 VSd = 21020,0kg = 210,2kN

= 21020,0kg
VSdVSd= 21020,0kg = 210,2kN
= 210,2kN
Exemplo de chapa de extremidade – Viga V1

Distância da face superior da viga à primeira linha de parafusos:

80mm > 4db = 76mm → Ok!

Distância da linha vertical dos furos à alma do tubo:

60mm > 3db = 57mm → Ok!

Distância da linha vertical dos furos à extremidade da chapa:

40mm > 1,5db = 29mm → Ok!

Distância entre furos:

100mm > 3db = 57mm → Ok!

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos

V2

Ligações viga-pilar 357


Momento fletor resistente de cálculo em regiões de momento fletor negativo

Largura efetiva:
bef = 112,50cm

Propriedades elásticas dda seção mista na região de momento negativo


M s = Asl ( y + d ) + AI ⎛ ⎞ = 1343,40cm 3
⎝ 2⎠
Viga V1:
ATot = Asl + AI = 76,80cm 2
Ms
y LNE = = 17,50cm
ATot
2
d
I neg = I I + AI ⎛ y LNE − ⎞ + Asl ( y + d − y LNE ) = 12669,85cm 4
2

⎝ 2⎠
I neg
Wneg = = 724,0cm 3
y LNE

fy A fs f y
(
Se Aa − A fs ) 1,1 ≥ 1,1
+ Tds → LNP corta a alma do perfil de aço

35 35 50
( 69, 44 − 12,0 ) × ≥ 12,0 × + 7,36 × → 1827,64kN ≥ 701,82kN → LNP corta a alma
1,1 1,1 1,15

bef = 112,50cm
Por equilíbrio (notar que hwc = hw − x1 )
Seção mista na região de momento negativo – Viga V1
fy fy fy fy
Tds + A fs + x1t w ⎛=d A⎞ fi + hwc t w 3
M s = Asl γ( ay1 + d ) + γAaI1 =γ1343,40cmγ a1
⎝ 2 ⎠ a1
⎛ fy fy fy ⎞ ⎛ fy ⎞
xA1Tot= =⎜ AAfisl + A+ I =
2
Aw76,80cm−Tds − A fs ⎟ ⎜ 2t w ⎟
⎝ Mγ a1 γ a1 γ a1 ⎠ ⎝ γ a1 ⎠
xy1LNE = s = 17,50cm
= 11,06cm (posição medida a partir da face inferior da mesa superior do perfil I)
ATot
hwc = hw − x1 = 28,4 −11,06 2 = 17,34cm
⎛ d⎞
+ Asl ( y + d − y LNE ) = 12669,85cm 4
2
I neg = I I + AI y LNE −
⎝ 2⎠
I neg
Wneg = ⎛ =t fs724,0cm

3
⎛x ⎞
y
M st = b fsLNE
t fs ⎜ + x1 ⎟ + t w x1 ⎜ 1 ⎟ = 235,38cm3
⎝2 ⎠ ⎝2⎠
Aat = b fst fs + twfx1 = A29,70cm
f
2

( )
Se Aa − A fs M ≥
y fs y
+ Tds → LNP corta a alma do perfil de aço
358 d 4 = ycg ,t = 1,1
st 1,1
= 7,93cm
Aat
35 35 50
( 69, 44 − 12,0 ) × ≥ 12,0 × + 7,36 × → 1827,64kN ≥ 701,82kN → LNP corta a alma
1,1 1,1 1,15
2d
I neg = I I + AI ⎛ y LNE − ⎞ + Asl ( y + d − y LNE ) = 12669,85cm 4
2

I neg ⎝ 2⎠
Wneg = = 724,0cm 3
yI neg
Wneg = LNE = 724,0cm 3
y LNE
Determinação da resistência de cálculo da seção
Posição da linha f y neutra
A fs f yplástica (LNP):
(
Se Aa − A fs ) ≥
f y A1,1
1,1 fs f y
+ Tds → LNP corta a alma do perfil de aço
(
Se Aa − A fs ) ≥
1,1 1,1
+ Tds → LNP corta a alma do perfil de aço
35 35 50
( 69, 44 − 12,0 ) × ≥ 12,0 × + 7,36 × → 1827,64kN ≥ 701,82kN → LNP corta a alma
35
1,1 35
1,1 50
1,15
( 69, 44 − 12,0 ) × ≥ 12,0 × + 7,36 × → 1827,64kN ≥ 701,82kN → LNP corta a alma
1,1 1,1 1,15

Por equilíbrio (notar que hwc = hw − x1 )


Por equilíbrio (notar que hhwcwc==hhww-−x1x)1 )
fy fy fy fy
Tds + A fs + x1t w = A fi + hwc t w
γf y γf y γf y γf y
Tds + A fs a1 + x1t w a1 = A fi a1 + hwc t w a1
⎛ γ af1y γf a1
y
γ a1 f ⎞ γ⎛a1 f ⎞
y y
x1 = ⎜ A fi + Aw −Tds − A fs ⎟ ⎜ 2t w ⎟
⎛ γ ay1
⎝ f f
γ ay1 γ ay1 ⎠⎞ ⎝⎛ γ ay1 ⎠⎞
f f
x1 = ⎜ A fi + Aw −Tds − A fs ⎟ ⎜ 2t w ⎟
⎝ γ a1 (posição
x1 = 11,06cm γ a1 medida aγpartir
a1 ⎠ ⎝ face
da γ a1inferior
⎠ da mesa superior do perfil I)
hxwc1 ==11,06cm
hw − x1 = (posição
28,4 −11,06 medida a partir da face inferior da mesa superior do perfil I)
= 17,34cm
hwc = hw − x1 = 28,4 −11,06 = 17,34cm

⎛ t fs ⎞ ⎛x ⎞
M st = b fs t fs ⎜ + x1 ⎟ + t w x1 ⎜ 1 ⎟ = 235,38cm3
⎛ t2fs ⎞ ⎛ x2 ⎞
M st = b fs t fs ⎝⎜ + x1 ⎠⎟ + t w x1 ⎝⎜ 1 ⎠⎟ = 235,38cm3
A = b t +⎝ t2x = 29,70cm ⎠ ⎝2 2 ⎠
at fs fs w 1
Aat = b fst fs +Mtw x1 = 29,70cm2
d 4 = ycg ,t = st = 7,93cm
M
A
d 4 = ycg ,t = atst = 7,93cm
Aat

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos

Seção mista na região de momento negativo – Viga V2

359
x1 = 11,06cm (posição medida a partir da face inferior da mesa superior do perfil I)
hwc = hw − x1 = 28,4 −11,06 = 17,34cm

Posição do c.g. da região tracionada:


⎛ t fs ⎞ ⎛x ⎞
M st = b fs t fs ⎜ + x1 ⎟ + t w x1 ⎜ 1 ⎟ = 235,38cm3
⎝2 ⎠ ⎝2⎠
Aat = b fst fs + tw x1 = 29,70cm2
M st
d 4 = ycg ,t = = 7,93cm
Aat

Posição do centro de gravidade da região comprimida:


⎛ t fi ⎞ h
M sc = b fit fi ⎜ + hwc ⎟ + t w hwc ⎛ wc ⎞ = 453,42cm 3
⎝ 2 ⎠
⎛⎝tt2fi ⎞⎠ hwc
M sc = b fit fi ⎜⎛ fi + hwc ⎟⎞ + t w hwc ⎛2 hwc ⎞⎞ = 453,42cm 33

MAacsc ==bbfifittfifi +⎝⎜⎝ t22w h+wc h=wc ⎠39,74cm
⎟⎠ + t w hwc ⎝⎝ 22 ⎠⎠ = 453,42cm
Aac = b fit fi +M t h = 39,74cm 22
dA5ac == ybcgfi,ct fi=+ twwschwcwc= = 39,74cm
11,41cm
MAac
d 5 = ycg ,c = Mscsc = 11,41cm
d 53 = ycg+,c t=s +Axac1 ==22,86cm 11,41cm
Aac
dM =− y=+Ttdss d+3 x+1 = f yd d 4 + Aac f yd d5 = 29235,5kNcm
= y + t s + x1 A
22,86cm
d33 Rd =at22,86cm
MRd−− = Tds d3 + Aat f yd d 4 + Aac f yd d5 = 29235,5kNcm
MRd = Tds d3 + Aat f yd d 4 + Aac f yd d5 = 29235,5kNcm
Verificação da esbeltez dos elementos da seção de aço:
(
b f − 6t
λ f = comprimida:
Mesa
)=
(150 − 6 × 8,0 )
= 12,75
((
b f −t 6t )) (150 −8,0
6
λ f = b f − 6Et = (150 − 620000
× 8,0 )
× 8,0 ) = 12,75
λf = t = 8,0 = 12,75
λ p = 1,12t = 1,12 × 8,0 = 26,77
Ef y 35
20000
λ p = 1,12 E = 1,12 × 20000 = 26,77
λ pλ=f 1,12
∴ < λp → = 1,12 × compacto
f y elemento 35 = 26,77
→ cálculo plástico
fy 35
∴ λ f < λ p → elemento compacto → cálculo plástico
∴ λ f < λ p → elemento compacto → cálculo plástico

Alma: 2h 2 ×173, 4
λw = wc = = 43,35
2ht wwc 2 ×173, 8,0 4
λw = 2hwc = 2 ×173, 4 = 43,35
λw = t w = E 8,0 = 43,35 20000
λ p = 2,t w42 = 2, 42 ×
8,0 = 57,85
fE y 35
20000
λ p = 2, 42 E = 2, 42 × 20000 = 57,85
λ = 2, 42 = 2,
∴pλw < λ p →f y elemento compacto 42 × 35 =→57,85 cálculo plástico
fy 35
∴ λw < λ p → elemento compacto → cálculo plástico
∴ λw < λ p → elemento compacto → cálculo plástico
⎛ d ⎞ = 1311,30cm 3
M = A ( y +
Propriedades elásticas da
s sl d ) + A I
⎝ 2seção
⎠ mista na região de momento negativo
⎛ d⎞
M s = Asl ( y + d ) + AI ⎛ ⎞ 2= 1311,30cm 33
d
MATots == AAslsl(+y +AId=) +74,66cm
AI ⎝ 2 ⎠ = 1311,30cm
⎝ 2⎠
M
AyTot ==Asl +s A=I 17,56cm = 74,66cm 22
360 ATot
LNE = A sl + A I = 74,66cm
MA Tot
y LNE = Mss = 17,56cm 2
y LNE = ATot = ⎛17,56cmd ⎞
+ Asl ( y + d − y LNE ) = 11520,26cm 4
2
I neg = I IA+ Tot AI y −
⎝ LNE 2 ⎠2
λλpw==2, t42 =E 20000
= 43,35
=8,0
2, 42 × = 57,85
w fy 35
E 20000
∴λλp w=<2,λ42 p → elemento = 2, 42 ×compacto → = 57,85
cálculo plástico
fy 35
Viga V2:
∴ λw < λ p → elemento compacto → cálculo plástico
d
M s = Asl ( y + d ) + AI ⎛ ⎞ = 1311,30cm 3
⎝ 2⎠
d2
AM Tot s = + AI ⎛ ⎞ = 1311,30cm 3
= AAslsl +( yA+I d= )74,66cm
⎝ 2⎠
Ms
yALNE = = 17,56cm 2
Tot = A sl + AI = 74,66cm
ATot
M 2
y = s =⎛ 17,56cm d
+TotAI y LNE − ⎞ + Asl ( y + d − y LNE ) = 11520,26cm 4
2
I negLNE= I I A
⎝ 2 ⎠
2
I neg+ A ⎛ y − d ⎞3 + A y + d − y
sl ( LNE ) = 11520,26cm
2
I
Wneg =
= I =I 656,05cm
4
neg
I
⎝ LNE
2 ⎠
y LNE
I neg
Wneg = = 656,05cm 3
Determinação y LNE da resistência de cálculo da seção
f y A fs f y
(
Se Aa − A fs
Posição da linha) ≥
1,1 neutra
+Tds → LNP corta a alma
1,1 plástica (LNP):
f y A fs f y
(
Se Aa − A fs 35 ≥ ) +Tds → LNP corta a alma
1,1× 35 + 7,36 × 50 → 1861, 4kN ≥ 600,0kN → LNP corta a alma
( 67,3 − 8,8 ) × 1,1 ≥ 8,8
1,1 1,1 1,15
35 35 50
( 67,3 − 8,8 ) × ≥ 8,8 × + 7,36 × → 1861, 4kN ≥ 600,0kN → LNP corta a alma
1,1 1,1 1,15

Por equilíbrio (notar que hwc = hw − x1 )


Por equilíbrio (notar que hwc = hw − x1 )
fy fy fy fy
Tds + A fs f y + x1t w f y = A fi f y + hwc t w f y
Tds + A fs γ a1 + x1t w γ a1 = A fi γ a1 + hwc t w γ a1
γ a1 γ a1 γ a1 γ a1
⎛ fy fy fy ⎞ ⎛ fy ⎞
x1 = ⎛⎜ A fi f y + Aw f y −Tds − A fs f y ⎞⎟ ⎛⎜ 2t w f y ⎞⎟
x1 = ⎝⎜ A fi γ a1 + Aw γ a1 −Tds − A fs γ a1 ⎠⎟ ⎝⎜ 2t w γ a1 ⎠⎟
⎝ γ a1 γ a1 γ a1 ⎠ ⎝ γ a1 ⎠
x1 = 11,26cm (posição medida a partir da face inferior da mesa superior do perfil I)
x1 = 11,26cm (posição medida a partir da face inferior da mesa superior do perfil I)
hwc = hw − x1 = 28,24 − 11,26 = 16,98cm

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


hwc = hw − x1 = 28,24 − 11,26 = 16,98cm

Posição do c.g. da região tracionada:


⎛ t fs ⎞ x
M st = b fs t fs ⎛⎜ t fs + x1 ⎞⎟ + t w x1 ⎛⎛ x11 ⎞⎞ = 214,53cm 33
M st = b fs t fs ⎝⎜ 2 + x1 ⎠⎟ + t w x1 ⎝ 2 ⎠ = 214,53cm
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2⎠
Aat = b fst fs + t w x1 = 28,62cm 22
Aat = b fst fs + t w x1 = 28,62cm
M
d 4 = ycg ,t = M stst = 7,50cm
d 4 = ycg ,t = Aat = 7,50cm
Aat

⎛ t fi ⎞ h ⎞
M sc = b fit fi ⎛⎜ t fi + hwc ⎞⎟ + t w hwc ⎛⎛ hwc
wc ⎞ = 407,02cm 3
3
⎝ ⎠
M sc = b fit fi ⎝⎜ 2 + hwc ⎠⎟ + t w hwc 2 = 407,02cm
⎝2 ⎠ ⎝ 2 ⎠ 361
Aac = b fit fi + t w hwc = 38,68cm 2
Aac = b fit fi + t w hwc = 38,68cm 2

M
d 5 = ycg ,c = M scsc = 10,52cm
Aatst ==bbfsfsttfsfs +⎜⎝ t2w x+1 =x128,62cm
M ⎟⎠ + t w x1 ⎝ 2 ⎠ = 214,53cm
⎛M t fs ⎞ ⎛ x1 ⎞ = 214,53cm 3
M = b t st + x1 ⎟ + t w x1 2
dA4at == ybcgfs,tt fs=+⎝ t2w x1==7,50cm
⎜ 28,62cm
st fs fs
⎠ ⎝ 2⎠
Aat
M
dA4at == ybcgfs,tdo t fs=+c.g. 1==7,50cm
2
Posição t wstxda 28,62cm
região comprimida:
Aat
⎛Mt ⎞ ⎛ hwc ⎞ = 407,02cm 3
dM4 sc==ycgb,tfit=fi ⎜ fist +=h7,50cm wc ⎟ + t w hwc
⎝A2at ⎠ ⎝ 2 ⎠
t
⎛ fi ⎞ ⎛2 hwc ⎞
Aacsc ==bbfifittfifi+⎜⎝ t2w h+wc h=wc38,68cm ⎟⎠ + t w hwc ⎝ 2 ⎠ = 407,02cm
3
M
⎛Mt fi ⎞ ⎛ hwc ⎞
A5acsc===ybcgbfi,cfittfi=fi+⎜⎝ t2wsch+wc=h=10,52cm
⎟⎠ + t w hwc ⎝2 2 ⎠ = 407,02cm
3
dM wc38,68cm
Aac
M
dA35ac== ybcg+fi,cttfi=s + txw1sch=wc=23,14cm
=10,52cm
38,68cm 2
Aac
− M
d 35 Rd= ycg+,cdst=s +3 +
M = T d scA f d + A f d = 27181,8kNcm
x1 =at=23,14cm
10,52cm
yd 4 ac yd 5
Aac

dM3 Rd= =y+Tdst sd+3 +x1 A=at23,14cm
f yd d 4 + Aac f yd d5 = 27181,8kNcm
Verificação da esbeltez dos elementos da seção de aço:
(
λ f = comprimida:
Mesa
)
MRd− =bTf ds−d36t+ Aat (f100
=
yd d 4−+6.8,8
Aac f)yd d5 = 27181,8kNcm
= 5,36
t 8,8
λf =
( b f − 6t )
E =
(100 −200006.8,8)
= 5,36
λ p = 1,12 t = 1,12 8,8 = 26,77
λf =
( b f − 6t )
f y (100 − 6.8,8
E =
35 )
20000 = 5,36
λ pλ=f 1,12
∴ < λ pt → elemento= 1,12 8,8 compacto = 26,77
→ cálculo plástico
fy 35
λwpλ= 2hwc E2.169,8 20000
= 1,12 = 38,59 = 26,77
λ
∴ =f 1,12
< λp → = elemento compacto → cálculo plástico
tw f y 8,8 35
2h 2.169,8 compacto → cálculo plástico
λwλ=f < λwcp →

Alma: = E elemento = 38,59
20000
λ p = 2,tw42 8,8
= 2, 42 = 57,85
2hwc f2.169,8 35
λw = =E y
= 38,59
20000
λ = 2,t 42 8,8
=
∴pλw < λ p → elemento compacto
w 2, 42 = 57,85
→ cálculo plástico
fy 35
E 20000
λ pλ= 2,
∴ < λ42 → elemento = 2, 42 compacto = 57,85
→ cálculo plástico
w p fy 35
∴ λw < λ p → elemento compacto → cálculo plástico

Análise dos deslocamentos em vigas mistas considerando a contribuição de rigidez dos elementos
adjacentes – ECSS:1999

A determinação da deflexão de uma viga não é uma ciência exata. Assim, métodos simplificados podem
ser utilizados para prever essa deflexão com certo grau de precisão.

Dentro deste item será apresentado um método simplificado de cálculo da deflexão de vigas semirígidaso
qual permite que a rigidez das ligações e dos elementos adjacentes ao elemento analisado seja considerada
de modo que os resultados alcançados possam ser considerados conservativos.

362
Modelagem simplificada de vigas com ligação semirígida

⎡ ⎤
⎢ ⎛ δ ⎞ 1 ⎥
δ sr = δ ap ⎢1 − ⎜1 − r ⎟⎟ ⎥
⎢ ⎜⎝ δ ap ⎠1+
2α EI v ⎥
⎢⎣ SLv ⎥⎦

onde:

δsr é o deslocamento no meio do vão de uma viga simplesmente apoiada;


δsr é o deslocamento no meio do vão de uma viga biengastada;
δsr é o deslocamento no meio do vão de uma viga semirígida;
α é um coeficiente que leva em conta o sistema estrutural básico:
α = 1,0 viga com sistema semirígido em ambas as extremidades;
α = 1,5 viga com sistema semirígido em apenas uma extremidade.
EJv é a rigidez da viga;

Lv é o comprimento da viga;

S é a rigidez da mola, no caso de uma viga com ligação semirígida em ambas as extremidades a média da

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


rigidez das molas: S =(S1+ S2)/2 .

363
Sistemas utilizados na análise

A rigidez de uma viga biapoiada com um momento e com dois momentos aplicados nas extremida-
des é dada por:

Rigidez de vigas com um e com dois momentos aplicados nos extremos

Sistema estrutural assumido:

Sistema estrutural simplificado utilizado no cálculo dos deslocamentos

364
Cálculo das rigidezes

Viga V1:

Rigidez efetiva 1 da viga V2 1(efeitos de curta duração)


K v 2′ = 1 = 1
K v 2′′ = 1 1 1 = Lv 2 1 1
K v 2 = 1 + 1 = Lv 2 + 1
k1 +1S 1 2LEJv 2 1+ S 1
K v 2′ = kvv22 + Snn,21 = 2 EJvv22 + Snn,21
k1v 2 Sn1,21 2 EJ
,21 Lv 2v 2 Sn1,21,21
+ +
kv 2 Sn,21 2 EJ v 2 Sn,21
Rigidez da mola
1
S2 = 1
S2 = 1 1+ 1
S2 = 1 1
K 1 ′ 1+ Sn1,12
S2 = K ′ Sn,12 v 2 +
K1vv22′ + Sn1,12
DadosKde ′ entrada:
Sn,12
J v 2 = I Ecv 2 = 33775, 4cm 44
J v 2 = I Ec = 33775, 4cm4
LJvv22 == 900cmI Ec = 33775, 4cm
L
J v222 ===900cm
900cm
I Ec = 33775, 4cm 4
SLnvv,21 = 3748382,0kNcm / rad
S = 3748382,0kNcm //rad
3748382,0kNcm rad
SSLnv,21 2 ==900cm
n ,21
n,12 = 3633066,0kNcm / rad
,12 = 3748382,0kNcm
SSnnn1,12 3633066,0kNcm // rad rad
,21 = 3633066,0kNcm
1 1 900 1
Sn11,12′ ===3633066,0kNcm
1 + 1 = / rad 900 + 1 → K v 2′ = 1071872,0kNcm / rad
K
K v 2 = v 2 + n,21 = 1 + S 1 = 2 × 20000 900
× 33775, 4 + 1
3748382 → K v 2′′ = 1071872,0kNcm / rad
K ′ K S 2 × 20000 × 33775, 4 + 3748382 → K v 2 = 1071872,0kNcm / rad
K11vv22′ =1K1vv22 +1Sn1n,21 ,21 2 × 20000 × 33775, 4 3748382
900 1
= 1 1 + → K v 2′ = 1071872,0kNcm / rad
1 =′ 1 K + 1S = 2 ×
1 20000+ × 1
33775, →
4 S = 827679,7kNcm
3748382 / rad
SK12 v 2= K1v 2 v+2 Sn1,21n,21=1071872 1 1
+ 3633066 → S2 = 827679,7kNcm / rad
2

S = K + =
S ,21 1071872 + 3633066 → S2 = 827679,7kNcm / rad
S122 K1vv22 Sn1n,21 1
1071872 1
3633066
= + = + → S2 = 827679,7kNcm / rad
JSv22 = K I Ecv 2/3 =S22624,
n,21 1071872
4cm 44 3633066
J = I /3 = 22624, 4cm
J v1v22 = I EcEcefetiva
Rigidez 1 = 22624,
/3
da
1 viga 4cmV24 (efeitos
900 de longa duração)
1
= +
J v112 ′= =I EcK1/31 =+22624, 1 4cm= 4 900 + 1 → K v 2′ = 792843,3kNcm / rad
K v 2 = v 2 + Sn1,21 == 2.20000900 1
× 22624, 4 ++ 3748382 → K v 2′′ = 792843,3kNcm / rad
K ′ K S 2.20000 × 22624, 4 3748382 → K v 2 = 792843,3kNcm / rad
K11vv22′ =1K1vv22 + 1Sn1n,21 ,21 2.20000900 × 22624, 4 3748382 1
= 1 1 + → K v 2′ = 792843,3kNcm / rad
K1 =′ 1K v + 1n,21= 2.20000
S 1 ×+ 22624,
1 4 → S2 = 650815,9kNcm
3748382 / rad
S12 v 2== K1v 2′ ++ Sn1,21 == 792843,3
2 1 1
+ 3633066 → S2 = 650815,9kNcm / rad
+ 3633066 → S2 = 650815,9kNcm / rad
S ′ S ,21 792843,3
S122 KK1vv22′ Sn1n,21

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


1
792843,3 1
3633066
= + = + → S2 = 650815,9kNcm / rad
S2 K v 2′ Sn ,21 792843,3 3633066

Viga V2:

Rigidez efetiva da viga V1 (efeitos de curta duração)


1 1
K v1′ = =
1 1 Lv 2 1
+ +
K v1 Sn,12 3EJ v1 Sn,12
1
S1 = 365
1 1
+
K v1′ Sn ,21

′ 1 1
1 1
K v1′ = =
1 1 Lv 2 1
+
1 1+
KRigidez ′ K v1 Sn,12 = 3EJ v1 Sn,12
v1 = da mola
1 1 Lv 2 1
1+ +
S1 = K v1 Sn,12 3EJ v1 Sn,12
1 11 1
K v1′ = 1+ =
S1 = K v11′ +Sn ,21 1 Lv 2
+
1
1 1 1 1
K v1′ = K v+1 1Sn,12 = 3EJ v1 1 Sn,12
K v 3′ K = v1′1 +Sn ,211 = Lv 2 + 1
Rigidez efetiva
11 da 1 viga V3 L (efeitos 1 de curta duração)
S1 = K v1 + Sn,12 3EJv 3v1 +Sn,12
1 11 1
K v 3′ = K v+13 Sn ,31 = 2 EJ v 3 Sn ,31
S1 = K v1′ 1+Sn ,21 1 1 L 1
v3
+
S2 = 1K v 3+ 1Sn ,31 2 EJ v 3 Sn ,31
1 11 1
K v 3′ =K v1′ + Sn ,21 =
11 1 Lv 3 1
S2 = K v 3′ +1Sn,22 1 +
′ K v+1 1
Sn ,31 = 2 EJ4v 3 Sn ,31
K J vv13 ==I Ecda
Rigidez 1 = 3 mola
41098,74cm
1 Lv 3 1
K v 3′ 1 +Sn,22 +
SL2v1== 900cm K v 3 Sn ,31 2 EJ4 v 3 Sn ,31
J v1 = I Ec1 =+41098,74cm 1
J v 3 =KI Ec ′=133775, Sn,22 4cm
4
LSv21 == 900cm 1v3
1
L = 900cm
JJvvv313 = = II EcEc ′==+33775,
41098,74cm
S 4cm 4
4

Dados
Sn,21 = Sde K v 3 entrada:
n,22 = Sn,31 = 3748382,0kNcm / rad
n ,22

LJvv31 ==900cm
Ec = 41098,74cm / rad
4
Snv,12 I
1 = 3633066,0kNcm
SL Jnv,21 3 ===900cm
ISEcn,22= 33775,
= Sn,31 =4cm 4
3748382,0kNcm / rad
v11 1 1 900 1
SLnv,12 =3633066,0kNcm
3 ==900cm
+ = 4 / rad + → K v1′ = 1561952,6kNcm / rad
JKv 3v1′= I EcK v=1 33775, Sn ,12 4cm 3 × 20000 × 41098,74 3633066
Sn1,21 = Sn1,22 = Sn1,31 = 3748382,0kNcm 900 / rad 1
L1v 3 ==900cm 1 +1 = 1 1 + → K v1′ = 1561952,6kNcm / rad
SKnv,121= K v1+ Sn ,12= 3 × 20000
′ = 3633066,0kNcm / rad ×+41098,74 →3633066 S1 = 1102528, 4kNcm / rad
Sn1,21 =KSn′,22 =SnS,21n,31 =1561952,6 3748382,0kNcm 3748382/ rad
11 1v11 + 1 1 = 1 900 1 1 ′
Sn1,12= = 3633066,0kNcm1 + 1 = / rad900+ →+ S1 =1 1102528,
→ K 4kNcm
v1 = 1561952,6kNcm
/ rad / rad
SK1 v1′ K=vK S
′1 v1 +n,21n ,12 =
S 3 × 20000
1561952,6 × 41098,74
3748382 + 3633066 ′
→ K v 3 = 1071872,1kNcm / rad
K1v 3′ = K1v 3 + S1n ,31 = 2 × 20000 900× 33775, 4 +3748382 1
→ K v1′ = 1561952,6kNcm / rad
1 ′ 1K1 1S 1 120000 1
K11v= 1 = 1 v+ 1 + n ,12= =
1 1561952,6
3 ×
1
900
×
+ 41098,74 1
3633066
1 +→ S1 = 1102528, ′ = 1071872,1kNcm
→ K v 34kNcm / rad / rad
S ′ K ′
K11v 3= K1v1 v 3+ n1,21n ,31= S S 2 × 20000 ×+ 3748382
33775, 4 3748382
→ S2 = 833521,6kNcm / rad
S2 = K v 3′ + Sn,22 = 1071872,1 1 1
1 1 1 + 3748382 → S1 1= 1102528, 4kNcm / rad
900
S11 = =K1v1′ + +Sn1,21 = =1561952,6 1 1
+ 3748382 → K v 3′ = 1071872,1kNcm
( S + S ) ( 1102528,
SSK2 v=3′ K vK3′v 3 Sn=S,22n ,31 1071872,1 4 + 833521,6
2 × 20000 × 33775, 3748382 )4 +→3748382
S2 = 833521,6kNcm / rad / rad
1
1 2
= 968025,0kNcm / rad
= 21 + 1 = 2 900 +
1
→ ′
1 ′( S1 1+KS2 ) 1S(1102528, 120000 1 )4 3748382 K v 3 = 1071872,1kNcm / rad
2 × 4 4 + 833521,6
× 33775,
SK J =v 3== I v + = n ,31=
3= 27916,0cm + =→ S2 = 833521,6kNcm
968025,0kNcm / rad / rad
S2v1 KEcv23/3′ Sn,22 1071872,1 2 3748382
11 11 11 1 900 1 1
J v1 = = S=I Ec+/3S=++27916,0cm
( ) ( ==
1102528,
4
4 + +
833521,6 +) → K v1′ = 1230654,3kNc
→ S2 = 833521,6kNcm / rad m/ rad
SSK2=v1′ K1 K v3

v 1
2 SS
=n ,22
n ,12
1071872,1
3 × 20000 × 3748382
27916 3633066
= 968025,0kNcm / rad
1 21 1 2900 1
1 ( S11+ S2+) 1 (1102528,
= = 14 4 + 833521,6 1 +) → K v1′ = 1230654,3kNc m/ rad
SJ vv1=1=
K S=n,12= 3 × 20000 ×+27916 3633066
′= I EcK/3v1+= 27916,0cm =→ S1 = 926477,0kNcm
968025,0kNcm / rad / rad
S1 K v21′ Sn,21 1230654,3 2 3748382
1J 1 = I1 1 = 27916,0cm 11 14 900 1 1
J v1===I Ec /3+=+22624,4cm == 4 + → K v1′ = 1230654,3kNc
+ → S1 = 926477,0kNcm / rad m/ rad
SK1vv31′ K vEc/3 K′ v1 SnS,21n,12 1230654,3 3 × 20000 × 27916 3748382 3633066
1 11 1 900 1
1 = 1
1 =′ =I1K = +22624,4cm + 1S 1 = 900
120000 × 27916 +
1 3633066 1 → K v1′ =′1230654,3kNc m/ rad
JK v3= Ec/3v+ n ,12=
= 3 ×
4
+
+× 22624, 4 →3748382 → K v 3 = 792843,3kNc
S1 = 926477,0kNcm / rad m/ rad
K v1 ′ K v
1 S
S11v 3 K v1′1 Sn,211 1230654,39003748382
3 n ,31 2 × 20000
1 =1 + 1 = 1 1 + 1
1= 1 + 1 = + → → K v 3′ = 792843,3kNc m/ rad
1 = 926477,0kNcm / rad
14 1 S
366 KJSv1v33′== KI Ec/3K′v 3=+ S22624,4cm 2 × 20000+× 22624,
Sn,31=1230654,3 3748382 4 → 3748382
S 2 = 654422, 4kNcm / rad
S2 Kvv13′ Snn,21 ,22 792843,3 3748382
1J 1 ==I1 1 =+22624,4cm 1 1 = 14 900 1 1
+ S2 = 654422,→ K4kNcm ′
v 3= S Ec/3
( + S+ ) ( 926477 = + +
654422, 4 ) → v 3 = 792843,3kNc
/ rad m/ rad
SSK2 v=3′ K1vK3′v 32 Sn=S,22n,31 792843,3 2 × 20000 ×3748382 22624,=4881101,5kNcm
3748382 / rad
1 21 1 2 900 1 ′
= + = + → K v 3 = 1071872,1kNcm / rad
K1v 3=′ 1K v 3+ S1n ,31= 2 × 20000 1 ×
+
1 4 3748382
33775, → S2 = 833521,6kNcm / rad
S2 K v 3′ Sn,22 1071872,1 3748382
1 1 1 1 1
= + = + → S2 = 833521,6kNcm / rad
S2 ( SK1 v+3′S2 )Sn,22(1102528, 4 + 833521,6
1071872,1 )
3748382
S= = = 968025,0kNcm / rad
Rigidez 2efetiva da viga V1 (efeitos 2 de longa duração)
( S + S ) (1102528,4 4 + 833521,6 )
SJ v=1 = I1Ec /3 2= 27916,0cm
= = 968025,0kNcm / rad
2 2
J v11 = =I Ec /31 =+27916,0cm
1
=
4 900
+
1
→ K v1′ = 1230654,3kNc m/ rad
K1v1′ K1v1 S1n,12 3 × 20000 900
× 27916 3633066
1
= + = + → K v1′ = 1230654,3kNc m/ rad
K1 v1=′ 1K v1+ S1n,12= 3 × 20000 1 1 3633066
×+ 27916 → S1 = 926477,0kNcm / rad
S1 K v1′ Sn,21 1230654,3 3748382
1 1 1 1 1
= + = + → S1 = 926477,0kNcm / rad
SJ1v 3 =KI vEc/3 =S22624,4cm 4
′ 1230654,3 3748382
Rigidez1efetiva da viga V3 (efeitos de longa duração)
n ,21

J v13 = =I Ec/31 = +22624,4cm


1
=
4 900
+
1
→ K v 3′ = 792843,3kNc m/ rad
K1v 3 ′ K S 2 × 20000 × 22624, 4 3748382
1v 3 1n,31 900 1
= + = + → K v 3′ = 792843,3kNc m/ rad
K1v 3=′ 1K v 3+ S1n,31= 2 × 120000+× 22624, 1 4 3748382
→ S2 = 654422, 4kNcm / rad
S2 K v 3′ Sn ,22 792843,3 3748382
1 1 1 1 1
= + = + → S2 = 654422, 4kNcm / rad
S2 ( SK1 v+3′ S2 )Sn ,22( 926477 + 654422,
792843,3 4)
3748382
S= = = 881101,5kNcm / rad
2 2
( S + S ) (926477 + 654422, 4 )
S= 1 2 = = 881101,5kNcm / rad
2 2

Cálculo dos deslocamentos

Viga V1:

Deslocamentos para combinações quase permanentes de serviço

5 × 0,0885 × 9004
δ1, AC = = 4,72cm = 47,20mm (viga de aço isolada biapoiada → I a )
384 × 20000 × 8010
δ1,DC (viga mista semicontínua → I Ec )
0,06.9004
δr = = 0,249cm = 2, 49mm

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


192 × 20000 × 41098,74
5 × 0,06 × 9004
δ ap = = 0,624cm = 6,24mm
384 × 20000 × 41098,74
⎡ ⎤
⎢ ⎛ 0,249 ⎞ 1 ⎥
δ sr = 0,624 × ⎢1 − ⎜1 − ⎟ × ⎥ = 0,537cm = 5,37mm
⎢ ⎝ 0,624 ⎠ 1 + 2 ×1,5 × 20000 × 41098,74 ⎥
⎢⎣ 827679,7 × 900 ⎦⎥
∴δ1,DC = 5,37mm
δ1 = δ1, AC + δ1,DC = 47,2 + 5,37 = 52,57mm
δ0 = 0,85 ×δ1 = 0,85 × 52,57mm = 44,68mm → δ0 = 45,0mm
367
δ1,DC ′ (viga mista semicontínua → I Ec /3 )
0,06.9004
δr = = 0,367cm = 3,67mm
∴δ1,DC = 5,37mm
δ1 = δ1, AC + δ1,DC = 47,2 + 5,37 = 52,57mm
δ0 = 0,85 ×δ1 = 0,85 × 52,57mm = 44,68mm → δ0 = 45,0mm
δ1,DC ′ (viga mista semicontínua → I Ec /3 )
0,06.9004
δr = = 0,367cm = 3,67mm
192 × 20000 × 37916
5 × 0,06 × 9004
δ ap = = 0,918cm = 9,18mm
384 × 20000 × 27916
⎡ ⎤
⎢ ⎛ 0,367 ⎞ 1 ⎥
δ sr = 0,918 × ⎢1 − ⎜1 − ⎟ × 2 ×1,5 × 20000 × 27916 ⎥ = 0,775cm = 7,75mm
⎢ ⎝ 0,918 ⎠ 1 + ⎥
⎣⎢ 650815,9 × 900 ⎥⎦
∴δ1,DC ′ = 7,75mm
δ2 = δ1,DC ′ − δ1,DC = 7,75 − 5,37 = 2,38mm
δ3 = ψ 2SC1 = 0,6SC1 (viga mista semicontínua → I Ec /3 )
0,09 × 9004
δr = = 0,551cm = 5,51mm
192 × 20000 × 27916
5 × 0,09 × 9004
δ ap = = 1,377cm = 13,77mm
384 × 20000 × 27916
⎡ ⎤
⎢ ⎛ 0,551 ⎞ 1 ⎥
δ sr = 1,377 × ⎢1 − ⎜1 − ⎟ × 2 ×1,5 × 20000 × 27916 ⎥ = 1,163cm = 11,63mm
⎢ ⎝ 1,377 ⎠ 1 + ⎥
⎢⎣ 650815,9 × 900 ⎥⎦
∴δ3 = 11,63mm
δmax = δ1 + δ2 + δ3 − δ0 = 52,57 + 2,38 + 11,63 − 45 = 21,58mm
δ lim = L 350 = 9000 350 = 25,71mm → δ A δ = 0,84
lim

Deslocamentos para combinações raras de serviço

δ 2 = 2,38mm
δ3′ = (1 −ψ 2 ) SC1 = 0,4SC1 (viga mista semicontínua → I Ec )
0,06 × 9004
δr = = 0,249cm = 2, 49mm
192 × 20000 × 41098,74
5 × 0,06 × 9004
δ ap = = 0,624cm = 6,24mm
384 × 20000 × 41098,74
⎡ ⎤
⎢ ⎛ 0,249 ⎞ 1 ⎥
δ sr = 0,624 × ⎢1 − ⎜1 − ⎟ × ⎥ = 0,573cm = 5,37mm
⎢ ⎝ 0,624 ⎠ 1 + 2 ×1,5 × 20000 × 41098,74 ⎥
368

⎣⎢ 827679,7 × 900 ⎦⎥
∴δ3′ = 5,37mm
0,06 × 900
δr = = 0,249cm = 2, 49mm
192 × 20000 × 41098,74
5 × 0,06 × 9004
δ ap = = 0,624cm = 6,24mm
384 × 20000 × 41098,74
⎡ ⎤
⎢ ⎛ 0,249 ⎞ 1 ⎥
δ sr = 0,624 × ⎢1 − ⎜1 − ⎟ × 2 ×1,5 × 20000 × 41098,74 ⎥ = 0,573cm = 5,37mm
⎢ ⎝ 0,624 ⎠ 1 + ⎥
⎢⎣ 827679,7 × 900 ⎥⎦
∴δ3′ = 5,37mm
δ 3′′ = 11,63mm
δ 3 = δ 3′ + δ 3′′ = 5,37 + 11,63 = 17,0mm
δ A = δ2 + δ3 = 2,38 + 17,0 = 19,38mm
δ lim = L 350 = 9000 350 = 25,71mm → δ A δ = 0,75
lim

Viga V2:

Deslocamentos para combinações quase permanentes de serviço

5 × 0,0885 × 9004
δ1, AC = = 5,527cm = 55,27mm (viga de aço isolada biapoiada → I a )
384 × 20000 × 6840

δ1,DC (viga mista semicontínua → I Ec )


0,06 × 9004
δr = = 0,152cm = 1,52mm
384 × 20000 × 33775, 4
5 × 0,06 × 9004
δ ap = = 0,759cm = 7,59mm
384 × 20000 × 33775, 4
⎡ ⎤
⎢ ⎛ 0,152 ⎞ 1 ⎥
δ sr = 0,759 × ⎢1 − ⎜1 − ⎟ × 2 ×1,0 × 20000 × 33775, 4 ⎥ = 0,521cm = 5,21mm
⎢ ⎝ 0,759 ⎠ 1 + ⎥

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


⎣ 968025 × 900 ⎦
∴δ1,DC = 5,21mm
δ1 = δ1, AC + δ1,DC = 55,27 + 5,21 = 60,48mm
δ0 = 0,85 × δ1 = 0,85 × 60,48mm = 51,41mm → δ0 = 50,0mm
δ1,DC ′ (viga mista semicontínua → I Ec /3 )
0,06 × 9004
δr = = 0,226cm = 2,26mm
384 × 20000 × 22624, 4
5 × 0,06 × 9004
δ ap = = 1,133cm = 11,33mm
384 × 20000 × 22624, 4
⎡ ⎤ 369
⎢ ⎛ 0,226 ⎞ 1 ⎥
δ sr = 1,133 × ⎢1 − ⎜1 − ⎟ × 2 ×1,0 × 20000 × 22624, 4 ⎥ = 0,734cm = 7,34mm
⎢ ⎝ 1,133 ⎠ 1 + ⎥
⎣⎢ 790049,7 × 900 ⎥⎦
0,06 × 900
δr = = 0,226cm = 2,26mm
384 × 20000 × 22624, 4
5 × 0,06 × 9004
δ ap = = 1,133cm = 11,33mm
384 × 20000 × 22624, 4
⎡ ⎤
⎢ ⎛ 0,226 ⎞ 1 ⎥
δ sr = 1,133 × ⎢1 − ⎜1 − ⎟ × ⎥ = 0,734cm = 7,34mm
⎢ ⎝ 1,133 ⎠ 1 + 2 ×1,0 × 20000 × 22624, 4 ⎥
⎣⎢ 790049,7 × 900 ⎦⎥
∴δ1,DC ′ = 7,34mm
δ2 = δ1,DC ′ − δ1,DC = 7,34 − 5,21 = 2,13mm
δ3 = ψ 2SC1 = 0,6SC1 (viga mista semicontínua → I Ec /3 )
0,09.9004
δr = = 0,339cm = 3,39mm
384 × 20000 × 22624, 4
5 × 0,09 × 9004
δ ap = = 1,699cm = 16,99mm
384 × 20000 × 22624, 4
⎡ ⎤
⎢ ⎛ 0,339 ⎞ 1 ⎥
δ sr = 1,699 × ⎢1 − ⎜1 − ⎟ × 2 ×1,0 × 20000 × 22624, 4 ⎥ = 1,101cm = 11,01mm
⎢ ⎝ 1,699 ⎠ 1 + ⎥
⎢⎣ 790049,7 × 900 ⎥⎦
∴δ3 = 11,01mm

δmax = δ1 + δ2 + δ3 − δ0 = 60,48 + 2,13 + 11,01 − 50 = 23,62mm


δ lim = L 350 = 9000 350 = 25,71mm → δ A δ = 0,92
lim

Deslocamentos
δ 2 = 2,13mm para combinações raras de serviço
δ3′ = (1 −ψ 2 ) SC1 = 0,4SC1 (viga mista semicontínua → I Ec )
0,06 × 9004
δr = = 0,152cm = 1,52mm
384 × 20000 × 33775, 4
5 0,06.9004
δ ap = = 0,759cm = 7,59mm
384 20000.33775, 4
⎡ ⎤
⎢ ⎛ 0,152 ⎞ 1 ⎥
δ sr = 0,759 × ⎢1 − ⎜1 − ⎟ × 2 ×1,0 × 20000 × 33775, 4 ⎥ = 0,521cm = 5,21mm
⎢ ⎝ 0,759 ⎠ 1 + ⎥
⎣ 968025 × 900 ⎦
∴δ3′ = 5,21mm
δ 3′′ = 11,01mm
δ 3 = δ 3′ + δ 3′′ = 5,21 + 11,01 = 16,22mm
370
δ A = δ2 + δ3 = 2,13 + 16,22 = 18,35mm
δ =L = 9000 = 25,71mm → A
δ
lim 350 350 δ lim = 0,69
⎣ 968025 × 900 ⎦
∴δ3′ = 5,21mm
δ 3′′ = 11,01mm
δ 3 = δ 3′ + δ 3′′ = 5,21 + 11,01 = 16,22mm
δ A = δ2 + δ3 = 2,13 + 16,22 = 18,35mm
δ =L = 9000 = 25,71mm → A
δ
lim 350 350 δ lim = 0,69

Solução da viga V4:

Características da viga de aço e da laje de concreto analisadas:

Viga V4 (vão interno):

Perfil V&M360x210x12,5mm → (106kg/m)


Altura total da viga mista (dt): 510mm

Vão da viga (L): 9000mm


ββvm = 0,85
vm = 0,85

LL d == 17,5
17,5
d tt

ff yy == 350MPa
350MPa

De acordo com a Tabela R.3 do Anexo R da ABNT NBR 8800:2008, tem-se que:
θθnec = 27,3mrad
nec = 27,3mrad (capacidade
(capacidade de
de rotação
rotação necessária)
necessária)

Considerando que a ligação mista será feita com um pilar que possui 355 mm na direção da viga e 12
barras⎧⎧11de⎛⎛ LL1 + de
aço L2 16
⎞ mm1 ⎛de900 + 900 ⎞ situadas a 12 cm da face superior dessa viga.
diâmetro
1 + L2 ⎞ = 1 ×⎛ 900 + 900 ⎞ = 56,25cm
⎪ ⎜ ⎟
⎪⎪ 88 ⎜⎝ 44 ⎟⎠ 88 ⎜⎝ = × ⎜ ⎟⎟⎠ = 56,25cm
b ′ ≤ ⎝ ⎠ ⎝ 4
4 ⎠ → bb′′ == 56,25cm
56,25cm
b′ ≤ ⎨⎨ →
a 900
⎪⎪a == 900 == 450cm450cm
⎪⎩⎪⎩22 22

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


bbefef == 22bb′′ ==112,5cm
112,5cm

π ××1,6
π 1,622
Asl == 12
A 12 ×× = 24,13cm
= 24,13cm22
44
sl

E 20000
α E == E == 20000 == 9,4
α 9,4
EEcc 2128,74
2128,74
E

bb 112,5
112,5
bbeqeq == α == 9,4 == 11,91cm
11,91cm Posicionamento da armadura 371
α EE 9,4

⎛ tt c ⎞ A ⎛⎛ hh ⎞⎞
bbeqtt c ⎛ hh ++ hhF ++ c ⎞ ++ A a
dt
f y = 350MPa
f y = 350MPa

θ nec = 27,3mrad
Propriedades (capacidade
principais de mista
da viga rotação necessária)
– região de momento fletor negativo (laje tracionada)
θ nec = 27,3mrad (capacidade de rotação necessária)
Largura efetiva da laje:
⎧ 1 ⎛ L1 + L2 ⎞ 1 ⎛ 900 + 900 ⎞
⎪⎪18 ⎜ L +4L ⎟ = 18 × ⎜900 +4900 ⎟ = 56,25cm
b′ ≤ ⎨ ⎛⎜⎝ 1 2 ⎞⎟⎠ = × ⎛⎜⎝
⎧ ⎞⎠
⎟ = 56,25cm → b′ = 56,25cm
⎪⎪ 8a 900
b′ ≤ ⎨ = ⎪ ⎝ 4 ⎠ 8
= 450cm ⎝ 4 ⎠ → b′ = 56,25cm
⎪⎩a2 900 2
⎪ = = 450cm
⎪⎩ 2 2
bef = 2b′ = 112,5cm
bef = 2b′ = 112,5cm

π ×armadura:
Área total de 1,62
Asl = 12 × = 24,13cm 2
4
π × 1,6 2
Asl = 12 × = 24,13cm 2
4

PosiçãoE 20000
α E = da=linha neutra elástica (LNE) na seção homogeneizada
= 9,4
E c 2128,74
20000
αE = = = 9,4
E
β = 0,85c 2128,74
vm

b 112,5
bLeq = = 17,5 = = 11,91cm
d t αb E 112,5 9,4
beq = = = 11,91cm
αE 9,4
f y = 350MPa t h
beq t c ⎛ h + hF + c ⎞ + Aa ⎛ ⎞
⎝ 2⎠ ⎝ 2⎠
ytr = b t ⎛ h + h + t c ⎞ + A ⎛ h ⎞
eq c
⎝ beq t c +2 A
F
⎠a a
⎝ 2⎠
θytrnec== 27,3mrad (capacidade
beq t c + Aa de rotação necessária)
⎛ 7,5 ⎞ ⎛ 36 ⎞
11,91× 7,5 × ⎜ 36 + 7,5 + ⎟ + 136,25 × ⎜ ⎟
ytr =⎧11,91 ⎛⎝ 2 ⎞⎠
7,5 ⎛⎝362 ⎞⎠
1 ⎛ L1×+7,5L2 × 1 +⎛7,5
36
⎞ ⎜11,91 900++ 900⎟ +⎞ 136,25 × ⎜ ⎟
= × × 7,5 +2136,25⎠ ⎟ = 56,25cm
ytr =⎪⎪ 8 ⎜⎝ 4 ⎟⎠ ⎝ 8 ⎜⎝ 4 ⎠
⎝ 2 ⎠
b′ ≤ ⎨ 11,91× 7,5 + 136,25 → b′ = 56,25cm
ytr =⎪28,72cm
a 900
= = 450cm
ytr =⎪ ⎩28,72cm
2 2

bef = 2b′ = 112,5cm


t 7,5
y0 = h + hF + c − ytr = 36 + 7,5 + − 28,72
t2c 2
7,5
y0 = h + hF + − ytr = 36 + 7,5 + − 28,72
2 2 2
y0 = 18,53cm
π × 1,6
Asl = 12 × = 24,13cm 2
y0 = 18,53cm4 Seção mista homogeneizada

Razão modular para homogeneização teórica da seção:


E 20000
αE = = = 9,4
E c 2128,74

372
b 112,5
beq = = = 11,91cm
αE 9,4
π × 1,62
Asl = 12E × 20000 = 24,13cm 2
αE = = 4 = 9,4
20000
E c 2128,74
αE = = = 9,4
E c 2128,74
LarguraE equivalente
20000 da laje:
αE = = = 9,4
b c 112,5
E 2128,74
beq = = = 11,91cm
αbE 112,5 9,4
beq = = = 11,91cm
αE 9,4
Posiçãob da⎛ linha
112,5neutra t c ⎞ elásticah (LNE) em relação à face inferior do perfil equivalente:
beq = beq t c= h + hF += 11,91cm + Aa ⎛ ⎞
α ⎝ 9,4 t2 ⎠
ytr = beqEt c ⎛ h + hF + c ⎞ + Aa ⎛ ⎞
⎝ h2 ⎠
⎝ beq t c +2 A⎠ a ⎝ 2⎠
ytr =
b t +t A h
beq t c ⎛ h + heqF c+ c ⎞a + Aa ⎛ ⎞
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2⎠
ytr = 11,91× 7,5 × ⎛ 36 + 7,5 + 7,5 ⎞ + 136,25 × ⎛ 36 ⎞
beq t c⎛⎜⎝+ Aa 7,5 ⎟
2 ⎞⎠
⎜ ⎟
⎛⎝ 36
2 ⎞⎠
ytr = 11,91× 7,5 × ⎜ 36 + 7,5 + ⎟ + 136,25 × ⎜ ⎟
⎝ 11,91× 7,5 +2136,25
⎠ ⎝ 2 ⎠
ytr =
⎛ 7,5++7,5
36 + ×7,5
× 7,5 × ⎜11,91

136,25 ⎛ 36 ⎞
ytr = 11,91
28,72cm ⎟ + 136,25 × ⎜ ⎟
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
yytrtr == 28,72cm 11,91× 7,5 + 136,25

y = 28,72cmt 7,5
y0tr = h + hF + c − ytr = 36 + 7,5 + − 28,72
Distância entre t2c os centros geométricos
2 da laje de concreto e da seção mista homogeneizada na região de
7,5
y0 = h + hnegativo
momento F + − ytr = 36 + 7,5 + − 28,72
2 2
y0 = 18,53cmt c 7,5
yy 0 == 18,53cm
h + hF + − ytr = 36 + 7,5 + − 28,72
0 2 2

y0 = 18,53cm

MÉTODO DOS COMPONENTES

Componente armadura

Força resistente:
Fs ,Rd = f sd Asl = 43,48 × 24,13
FFs ,Rd == 1049,13kN
f sd Asl = 43,48 × 24,13

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


s ,Rd

Fs ,Rd = 1049,13kN
2A E s 2 × 24,13 × 21000
ks = slinicial:
Rigidez =
ha 35,5
2A E 2 × 24,13 × 21000
ks = sl s =
ha
k = 28548kN/cm 35,5
s

kΔs = =28548kN/cm
Lε smu
us

Δ us = Lε smu
ε sy = 2,381×10−3
ε sy = 2,381×10−3
L = 200mm (valor mínimo normativo) 373

ε ==200mm
L
su
(valor
8% = 0,08 mínimo
(CA − 50) normativo)
2Asl E s 2 × 24,13 × 21000
ks = =
ha 35,5

ks = 28548kN/cm
Capacidade de deformação:
Δ us = Lε smu

ε sy = 2,381×10−3

L = 200mm (valor mínimo normativo)

ε su = 8% = 0,08 (CA − 50)

24,13
δs = = 0,02944
7,5 × 112,5 − 24,13

f ctm = 0,221kN/cm 2

Coeficiente kc:

1
kc = + 0,3 ≤ 1,0
t
1+ c
2 y0

1
kc = + 0,3 = 1,13 > 1,0 → kc = 1,0
7,5
1+
2 × 18,53

0,221× 1,0
Δε sr = = 3,575 × 10−4
0,02944 × 21000

⎛ 0,221×1,0 ⎞ ⎛ 0,02944 × 21000 ⎞


σ srl = ⎜ ⎟ × ⎜1 + ⎟ = 9,687kN/cm
2

⎝ 0,02944 ⎠ ⎝ 2128,74 ⎠

σ srl = 9,687kN/cm 2

9,687 ⎞
ε smu = 2,381×10−3 − 0, 4 × 3,575 ×10 −4 + 0,8 × ⎛⎜1 − ⎟ × (0,08 − 2,381 ×10 )
−3

⎝ 50 ⎠

ε smu = 0,05230

∴ Δ us = 10,46mm

Componente conector

Número de conectores:

Conforme calculado no exercício 4, QRd = 74,38kN.


374
∑Q Rd ≥Tds

Tds 1049,13
ncs ≥ = = 14,1
Q Rd 74,38
∑Q ≥T Rd ds

n = 15 conectores
∑Q T ≥T= 1049,13 = 14,1
cs

n ≥ Rd ds ds

∑ cs
Q ≥T
L =Q0,15L = 74,38
Espaçamento
1 entre×conectores:
0,15
Rd Rd 9000 = 1350mm
ds
Tds 1049,13
De ncs ≥forma =aproximada, = 14,1
podemos assumir que a região de momento negativo corresponde a 15% do
ncs = 15 TRd
Q ds conectores
1049,13
355 74,38
vão nLcsdisp≥da = Lviga: −= − 100 == 14,1
1350 − 178 − 100 ≈ 1070mm
Q Rd1 274,38
∑ nLcs1 =Q0,15 15 ≥T
Rd
L ds= 0,15 × 9000 = 1350mm
conectores
ne cs==1070 15 conectores ≈ 76mm
Como L 1 =15 0,15 o− 1pilarL 355 que recebe
=1049,13
0,15 × 9000 a=viga possui 355 mm de diâmetro e a distância mínima exigida entre a sua face e
1350mm
=T − − =
L L 100 1350 mm, o −comprimento
− 178 100 ≈ 1070mm

onLcsprimeiro ≥ 0,15 =conector =
é9000
de14,1
100 disponível para a distribuição dos conectores é dado por:
ds
1
disp
=Q Q Rd
Rd ≥T
1
L =
ds 2 0,15
74,38 × = 1350mm

FLcsdisp,Rd==L1 −Q355
1070
T 355
Rd ≥−F
2
1049,13
100s ,Rd = =T 1350
ds − 178 − 100 ≈ 1070mm
eLcsdisp
nn == 15
=L − ≈ 76mm
conectores − 100==14,1 1350 − 178 − 100 ≈ 1070mm
cs ≥ −11 =
ds

Fcs ,Rd15Q = Rd 15 × 74,38 274,38


Assim, 1070 o espaçamento entre conectores é igual a:
eL1== 0,15L≈=76mm 0,15 × 9000 = 1350mm
neF ∑ =
Fcscscs=,Rd
,Rd
1070
15=
15
= −1115,7kN
1 Q Rd ≥ Fs>,RdF= Tds= 1049,13kN
conectores
≈ 76mm s ,Rd
15 − 1 355
==L1 −Q ≥−F100 = 1350 − 178 − 100 ≈ 1070mm
L ∑
FL1csdisp,Rd
= 0,15
d s = y + demonstrado
15hL×=74,38 20,1536
Rd
= 12 +
×s ,Rd9000=T
= 30cm
ds= 1350mm
Conforme

Fcs ,Rd = 2 Q Rd ≥ Fs2,Rd = Tds exercício 4, esse espaçamento atende ao mínimo exigido para conectores de 19mm.
no
F ,Rd1070 15 ×355
= 1115,7kN 74,38 > F = 1049,13kN
eLcsdisp= = L1 −≈ 76mm − 100 =s ,Rd1350 − 178 − 100 ≈ 1070mm
=I 15 × 74,38 223688,46
ξ cs=,Rd152−a 1 = 2
F
= 1,091
Força Fcs ,Rdd=sresistente:
1115,7kN
A h 30 ×36 >
24,13 Fs ,Rd = 1049,13kN
d s =1070 y + = 12 +sl = 30cm
eF ∑
Fcs=,Rd =
cs ,Rd
= 1115,7kN
15 − 1h
2Q≈ 76mm
Rd ≥ F >
2 F=s ,RdT = 1049,13kN
s ,Rd
362 1/2
ds
d s =⎡y(Iξ++ 1=) nk 12 L+
23688,46
d ⎤ = 30cm ⎡ ( 1,091+ 1) × 15 × 1000 × 135 × 30 2 1/2

νξF = = ⎢ = a15h2 × r 1
36
s
2 ⎥ = ⎢ ⎥ = 2,836
d css ,Rd =⎣y2+ = E 74,38
=a12 I 2+ = 30cm=⎣1,091 20000 × 23688,46 ⎦

Fcs ,Rdd=s Asl2 Q Rd30≥ ×Fs224,13
I
a

23688,46

,Rd = Tds

ξFcs=,Rd =2 a1115,7kN =− 1) 2h −>0,5t Fs ,Rd == 1,091


1049,13kN
( (L×d 24,13 2 1/2 + y ) ( 2,836 − 1)( 36 − 0,5 ×2 1,251/2 + 12 )

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


d(=sIξ−A ν
α
ξ F cs= = ⎡
ν
ν = ⎢d 2 A 30d2s (×ξ24,13
15
a +sl 1×
=) nk30
74,3823688,46 ⎤ = ⎡ ( =
1,091+
1,091 1
2,836)−× 15 × 1000 × 135 × 30 ⎤ = 1,449
)
,Rd

Rigidez slh E I
s inicial:
r 1
36
s
+ ⎥1 =⎢ 30 (1,091+ 1 ) ⎥ = 2,836
dFs =⎣y=+1115,7kN =a12a + >2 ⎦F=1/230cm ⎣ 20000 × 23688,46 ⎦
cs ,Rd⎡ (ξ +21) nkr L1d 2
2 1/2
s ⎤ s ,Rd ⎡ (1,091+ 1) × 15 × 1000 × 135 × 30 ⎤
= 1049,13kN
ν = ⎢nkr do15centro
Distância × 1000 =⎢
2 geométrico
⎥⎤1/2 do perfil de aço ao centro geométrico 1/2 = 2,836
da armadura
kcs =⎡⎣ (ξ + ( =1E)−nk
ν a1 I )ar(Lh1d−s 0,5t ⎦ + ⎡⎣y()1,091+20000
= 10352kN/cm 1) ×(15 ××23688,46
1000
2,836 − 1)×( 36 30×2 ⎥⎤⎦1,25 + 12 )
135−×0,5
να == ⎢ν α I− h I1,449 23688,46 36 ⎥ = ⎢ = 2,836 − ⎥ = 2,836= 1,449
ξd s ==⎣y2+a =E=a12 da 2s+(ξ +⎦1=) 30cm =⎣1,091 20000 × 23688,46 30 (1,091+ 1)⎦
d s A(sl2ν −30 1( B))( h×−224,13 0,5t + y ) ( 2,836 − 1)( 36 − 0,5 × 1,25 + 12 )
α ( B= ) ν − ( A ) Fs = 2,836 − = 1,449
s =nk 2s (ν − 15 1( A)d×)(s1000
h ( −
ξ +0,5t
1 ) + y ) ( 2,836 − 1)
30( (
36 − 0,5
1,091+ ×
1 ) 1,25 + 12 )
α I −a ==Fs L d 2 ⎤1/2 23688,46
ξkcs===⎡ν(α = 10352kN/cm = 2,8361)−× 15 × 100030 = 1,449
r
2ξ + 1) nk
1/2
r 2s 1(ξs + 1)
1,449
d (
=⎡1,091 1,091+ × 135
( × 3012 )⎤
1,091+
ν = ⎢d s Asl 30 × 24,13 =⎢ ⎥ = 2,836
⎣ nk 0,7Q E15 I a× 1000⎥⎦ ⎣ 20000 × 23688,46 ⎦
ks cs ==
( A ) r
= Rk( B )
a = 10352kN/cm
( B ) nk α r ( kA ) F15 ×
1,449 1000
ks cs ==⎡ (2s ξ +=r1) nk
1/2 1/2
( Ar) L1d s ⎤ = 10352kN/cm ⎡ (1,091+ 1) × 15 × 1000 × 135 × 302 ⎤
s 2
ν = ⎢ α (ν F−s11,449 )( h − 0,5t ⎥ =+ ⎢y ) = 2,836 ( 2,836 − 1)( 36 − 0,5 × ⎥1,25=+2,83612 )
α = ⎣ν − EFa (IBa) ⎦ ⎣ − × 23688,46
20000 ⎦ = 1,449 375
( A ) s d=(1,25 ) 30 (1,091+ 1)
Q s ( BRk) == 2s 1,25Q RdB ) s ξ + 1× 74,38 = 92,98kN
0,7QF ( A
s ( BA) = 2s ((Aν) −Rks1( A)) h − 0,5t + y
α nk −r k=r×F15
0,7 s × 1000
92,98 ( ) = 2,836 − ( 2,836 − 1)(36 − 0,5 × 1,25 + 12) = 1,449
ks (csA=)==ν 0,7Q = 0,0651cm
= 10352kN/cm = 0,651mm
Fcs ,Rd = 1115,7kN > Fs ,Rd = 1049,13kN
h 36
d s = yI+a = 12 +
23688,46 = 30cm
ξ = 2 h2 = 2 36 2 = 1,091
d s =dys +Asl = 30 12 +× 24,13 = 30cm
2 2
I 23688,46
ξ = 2 a = 2 2 1/2 = 1,091
⎡d(sIξA + 1) nk
1/2
30 × 24,13 ⎡ (1,091+ 1) × 15 × 1000 × 135 × 302 ⎤
r L1d s ⎤
23688,46
νξ = ⎢ 2 = 2 a sl
⎥ ==⎢1,091 20000 × 23688,46 ⎥ = 2,836
⎣d s Asl E a30 I a × 24,13
⎦1/2 ⎣ ⎦1/2
⎡ (ξ + 1) nkr L1d s 2 ⎤ ⎡ (1,091+ 1) × 15 × 1000 × 135 × 302 ⎤
ν=⎢ ⎥1/2 =+ ⎢y ) 1/2 = 2,836

⎣ ( ξ (ν1E)−nk
+ 1) ( h −20,5t
a I ar L1d s ⎤
⎦ ⎡
⎣ ( 1,091+ )
20000
1 × (15 − 1)×( 36
××23688,46
2,836
1000 135−×0,5
30 ×2 ⎥⎤⎦1,25 + 12 )
να == ⎢ν − =
d s (ξ +⎥1) ⎢⎣
= 2,836 −
30 (1,091+ 1)⎥⎦
= 2,836= 1,449
⎣ E I ⎦ 20000 × 23688,46
(ν − 1)( h − 0,5t + y )
a a
( 2,836 − 1)( 36 − 0,5 × 1,25 + 12 )
α = νnk − 15 × 1000 = 2,836 − = 1,449
kcs = r (ν = − 1)d(sh(ξ−+0,5t 1=) 10352kN/cm
+ y) ( 2,836 − 130 (1,091+
)( 36 − 0,5 ×1)1,25 + 12 )
α = ν α− 1,449 = 2,836 − = 1,449
d s (ξ + 1) 30 (1,091+ 1)
nk 15 × 1000
kcs = r = F ( B ) = 10352kN/cm
( B ) α ( A ) s 1,449
sCapacidade =nk 2sr 15 × 1000
kcs = = Fde ( A )deformação:
= 10352kN/cm
α s 1,449
(B )
( A ) Fs
s ( B ) = 2s 0,7QFRk(( BA))
( A)
s = Fs
s ( B ) = 2s ( kA r) s( A )
Fs
Escorregamento
( A) 0,7Q Rk entre a extremidade da laje e a extremidade da viga
Qs == 1,25Q = 1,25 × 74,38 = 92,98kN
Rk
0,7Qkr RkRd
s ( A) =
k
( A ) = 1,25Q 0,7 r× 92,98
Qs = Rk Rd = 1,25 × 74,38 ==92,98kN
= 0,0651cm 0,651mm
1000
Q Rk = 1,25Q Rd = 1,25 × 74,38 = 92,98kN
0,7 × 92,98
s ( A( A) )== k s ( A ) = 10352
F = 0,0651cm
× 0,0651 == 673,91kN
0,651mm
cs 1000
s
( A) 0,7 × 92,98
s = = 0,0651cm = 0,651mm
( A) 1000
( A)
Fs = kcs s = 10352 × 0,0651 = 673,91kN
Fs ( A ) = kcs s ( A ) = 10352 × 0,0651 = 673,91kN

Força máxima na armadura


Fs (B ) = Asl f ys = 24,13 × 50 = 1206,5kN
Fs (B ) = Asl f ys = 24,13 × 50 = 1206,5kN
(B )
Capacidade Fde deformação dos 1206,5 conectores
s ( B ) = 2s ( A ) s(BA ) = 2 × 0,0651× = 0,233cm = 2,33mm
F ( ) 673,91
( B( B) ) ( A ) ss 1206,5
sFs ==2sAsl f ys (=A )24,13 = 2 ××0,0651×
50 = 1206,5kN = 0,233cm = 2,33mm
Fs 673,91
Fi ,Rd = 1,25 f yd A fi ≥ Fs ,Rd
(B )
F ) = 1,25
Componente
(iB,Rd ( A ) Ffsydligação
A fi ≥ Fmetálica 1206,5
s = 2s ( A ) = 2 × 0,0651×
s ,Rd = 0,233cm = 2,33mm
Fs ⎛ t ⎞ 673,91 ⎛ 1,25 ⎞
A
Força fi = (resistente:
b − 2 R ) t + π ⎜ R − ⎟ (
t = 21 − 2 × 3 ×1,25 ) ×1,25 + π × ⎜ 3 ×1,25 − ⎟ ×1,25 = 29,15cm
2

⎛⎝ t2 ⎞⎠ ⎛⎝ 2 ⎞⎠
1,25
FA ==(b1,25
− 2Rf ) tA+ π≥ ⎜FR − ⎟ t = ( 21 − 2 × 3 ×1,25 ) ×1,25 + π × ⎜ 3 ×1,25 − ⎟ ×1,25 = 29,15cm
2
Fii,Rd
fi
,Rd = 1,25 f yd A
yd fi fi = ⎝1,25
s ,Rd ×
2⎠31,82 × 29,15 = 1159, 44kN ⎝ 2 ⎠
Fi ,Rd = 1,25 f yd A fi = 1,25 × 31,82 × 29,15 = 1159, 44kN
⎛ t⎞ ⎛ 1,25 ⎞
A fi = (b − 2R ) t + π ⎜ R − ⎟ t = ( 21 − 2 × 3 ×1,25 ) ×1,25 + π × ⎜ 3 ×1,25 − ⎟ ×1,25 = 29,15cm
2

ki = ∞ ⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
F =∞
kii ,Rd = 1,25 f A
yd fi = 1,25 × 31,82 × 29,15 = 1159, 44kN
376
Δ ui = 0
Δ ui = 0
kLi ==∞ 900 = 17,65
F ((BB)) 1206,5
s ((BB)) = 2s ((AA)) ss((BAA)) = 2 × 0,0651× = 0,233cm = 2,33mm
( B()B ) ( A ) Fss 1206,5
673,91
sFs ==2sAsl f ys (=A ) 24,13 = 2 × ×0,0651× 50 = 1206,5kN = 0,233cm = 2,33mm
Fs 673,91
Fii,Rd = 1,25 f ydyd A fifi ≥ Fss,Rd
(,Rd
B) (B ) ,Rd
F
Área
Fs is ,Rd ==2s =da A
1,25 mesa f F
sl ysf A = ≥ = 24,13
inferior × e da =região
50 1206,5
1206,5kNda curva de concordância
yd fi 2 F
( ) ( )
B A s
( A) ×s 0,0651×
,Rd = 0,233cm = 2,33mm
(B )
Fs = Asl f ysFs= 24,13⎛ × 50t =⎞1206,5kN 673,91 1,25 ⎞
A fifi = (b − 2FR()Bt) + π ⎜ R − ⎟ t =1206,5 ( 21 − 2 × 3 ×1,25) ×1,25 + π × ⎛⎜ 3 ×1,25 − ⎟ ×1,25 = 29,15cm 22
⎛ ×0,0651× 2t ⎞ ⎛ 1,25
2 ⎞⎠
+= π2 ⎝×R − =⎠⎟1206,5kN + π × ⎝⎜ 3 ×1,25 −
( B( B) )
sFAFsifi,Rd====(2s A(−slA )f2ysRfs((=)BAt))A24,13
b1,25 50 t = ( 21 − 2 =× 30,233cm
×1,25 ) ×=1,252,33mm ×1,25 = 29,15cm 2
F yd fi ≥ ⎜Fs ,Rd 673,91 ⎟
F Rd ) = 1,25 fs A = 1,25 ×231,82 ⎠ 1206,5 × 29,15 = 1159, 44kN
= 2s ( A ) syd(ydA ) =fifi 2 ⎝× 0,0651× = 0,233cm = 2,33mm ⎝
2 ⎠
s (iiB,,Rd
Fi ,Rd = 1,25F fsyd( B )A fi = 1,25 × 31,821206,5 × 29,15 = 1159, 44kN
673,91
FA(iB,Rd)( B= = 1,25 ( A ) Ffs A ≥ ⎛ F t⎞ ⎛ 1,25 ⎞
= × ( 21 − 2=× 0,233cm
3 ×1,25 ) ×=1,25
Ffis =) =(bA−sl 2fFRyss ( )A=)t 24,13
sRigidez: 2s 2 0,0651×
+ π ⎜ R×−50 =⎟ t1206,5kN =673,91 2,33mm
+ π × ⎜ 3 ×1,25 − ⎟ ×1,25 = 29,15cm
yd fi s ,Rd 2

kFiii ,Rd =∞ = 1,25 f yd A fi ≥ ⎝Fs ,Rd ⎠ 2 ⎝ 2 ⎠


Fi ,Rd = 1,25 f yd A fi =⎛1,25 ×t 31,82 ⎞ × 29,15 = 1159, 44kN ⎛ 1,25 ⎞
kFAii fi,Rd ==∞ =(b1,25 −( A2) RfFyd)( BtA)+fi π≥ ⎜FRs ,Rd− ⎟ t = (1206,5 21 − 2 × 3 ×1,25 ) ×1,25 + π × ⎜ 3 ×1,25 − ⎟ ×1,25 = 29,15cm
2
(B )
Δs uiui ==02s de( Adeformação:
Capacidade s
= 2⎛⎝× 0,0651× 2t ⎞⎠ = 0,233cm = 2,33mm⎛⎝ 2 ⎞⎠
1,25
A fi = (b − 2RFs) t )+ π ⎜ R − ⎟ t = (673,91 21 − 2 × 3 ×1,25 ) ×1,25 + π × ⎜ 3 ×1,25 − ⎟ ×1,25 = 29,15cm
2
Δi ,uiRd==01,25 f yd A fi = ⎝1,25 ×231,82
F × 29,15 = 1159, 44kN
⎛ t ⎞⎠ ⎛⎝ 1,25 ⎞⎠
2
kLi fi==∞
FA =( b 900
1,25
iF,Rd= = 1,25 fyd= 17,65
− 2 Rf ) tA + π
= ⎜
1,25R − × ⎟ t
31,82 = (×21 −
29,152 ×=3 × 1,25
1159, ) ×
44kN1,25 + π × ⎜ 3 × 1,25 − ⎟ ×1,25 = 29,15cm 2
A fi ≥⎝ Fs ,Rd 2 ⎠
fi
⎝ 2 ⎠
dLtti ,Rd 36900
Ligação + 15 ydcompleta
mista
= = 17,65
F ==01,25 f yd A fi = 1,25 × 31,82 × 29,15 = 1159, 44kN
kdΔiit,uiRd = ∞36 + 15
Capacidade de rotação ⎛ necessária:
t⎞ 1,25 ⎞
θ
kLiAnec =fi −∞
nec =22 (b −= 217,65 R ) t +−π15 ⎜ R∴ ( 21 − 2 × 3 ×1,25) ×1,25 + π × ⎛⎜ 3 ×1,25 −
− θ ⎟ t == 27,3mrad ⎟ ×1,25 = 29,15cm 2
θΔ32 ui = −=
−22 0900 17,65
22 20= 17,65 −− 1515 ⎝ 2 ⎠nec
nec ⎝ 2 ⎠
kΔd32
nec
Fi ti=,Rd−∞22 = 1,25 =
+ 15f20 ∴
= 1,25 × 31,82 θ = 27,3mrad
× 29,15 = 1159, 44kN
36 yd A
nec
ui = 0
−fi15
L ( h 900 − 0,5t =+17,65 y ) ( 36 − 0,5 × 1,25 + 12 )22
22

SΔ =
= meio 2 = 2 = 17049750kN/rad
ui =
dθLiitnec −36 + ⎞y )− 15( 36
0 + da
Por ( h22⎛900 −10,5t
= 1517,65 interpolação
1 ∴ −dos
θ 1 valores
0,5 =×+1,251+ apresentado
27,3mrad 12 ) na tabela R.3 da ABNT NBR 8800:2008, podemos
S32
determinar = = +
a = 17,65
capacidade = de rotação
nec
necessária: = 17049750kN/rad
dLkiti =−∞ 22
36 ⎜⎛⎝ +k115 k20 1cscs ⎟⎞⎠
− 15 1
28548 1
10351
900 + − 15 28548 + 10351
ss
θ nec=− 22 ⎜⎝ k= 17,65 = ⎟
17,65 θ = 27,3mrad 2
( 0−+0,5t s15 kcs ⎠
+ −y )− (∴
2
θM
d32Δt ui−−= 36
22h22 20 15 36 − nec 0,5 × 1,25 + 12 )
sd Aslsl ( h − 0,5t +θynec1) ==43,48
17,65 15
1× 24,13 ( 36 − 0,5 × 1,25 + 12 )
SinecRd =Rd ,LM
,LM ==f sd
= ∴ 27,3mrad = 17049750kN/rad
⎛ 1 1
20 (−h− ⎞
θM 32 −−22 22 = f+17,65sd Aslda
15
2−15 0,5t +28548 y ) = 43,48
+ × 24,13 2 ( 36 − 0,5 × 1,25 + 12 )
Rigidez
M
L
necRd ,LM
= ( h ⎜⎝−900
inicial
= k0,5t
= s49705kNcm k +
=
⎟⎠y )ligação:
17,65 ( ∴
36
= −θ 0,5
497,05kNm= × 1,25
27,3mrad+ 12 )
10351
S32 di = 2 = = 17049750kN/rad
cs nec
Rd
Rd −,LM 22
,LM
36 + 1520⎞− 15
M
t
Si =Rd ,LM⎜ + ⎟ =
( h ⎛−=10,5t 49705kNcm 1+ y ) ( 36 = − 1 × 1,251+ 12 )2
0,5
497,05kNm + = 17049750kN/rad
M Rd ,LM⎝ ⎛ =k1s f49705
sd k A1cssl ⎠⎞( h2− 0,5t +28548 y1) = 43,4810351
1× 24,132 ( 36 − 0,5 × 1,25 + 12 )
θ nec (−h22
Rd ,LM
−=0,5t +17,65 + y ) −=15 42% ( 36 − 0,5 ×+1,25 + 12 )
SM iM =RdSdSd,LM⎜⎝ k =117308 49705 k ⎟⎠ = ∴28548 θ nec = 27,3mrad
10351 = 17049750kN/rad
32 − 22 ⎛ ==1s 49705kNcm cs ⎞ − 15
120 = 42% 1 1
MMM Rd ,LM = 117308
Rd Sd,LM⎜ f+sd Asl ⎟( h − 0,5t +28548 = y ) = 43,48
497,05kNm +
10351× 24,13 ( 36 − 0,5 × 1,25 + 12 )

M SdSd(+(+)) ==Mf SdSdA− (M k k ⎠
,LM =+ − 49705 = 267603kNcm = 676,03kNm
−y )0,5
117308
12 ) ( 36 − 0,5 × 1,25 + 12 )
s cs
M
Momento
M Rd ,LM ( h − 0,5t
=(+,LM) ===M
fletor
sd sl+ resistente
49705
hy )Rd
−Rd2 ,LM
0,5t ( 36de = 43,48
× 1,25×+24,13
cálculo:
= 497,05kNm
M Si Sd Sd − M Rd
49705kNcm =,LM =42% 117308 − 49705 = 67603kNcm = 676,03kNm
= 17049750kN/rad
Rd ,LM

( )1= 43,48 1× 24,13 ( 36 − 0,5 × 1,25 + 12 )


Rd
MM ⎛
= 1 f117308 A
(( BB1 )
) ⎞h − 0,5t + y +
M Sd Δ= 49705kNcm
Rd ,LM + +s ⎟
sd sl 1,046 + 0,233
= 497,05kNm
θMuu Rd= ,LM ⎜⎝ususks 49705 ( Bk)cs ⎠ =
28548 10351 = 0,027rad = 27mrad

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Rd ,LM hΔ −us=0,5t + s + y =36 42% − 0,5 ×+1,25
1,046 0,233 + 12
θM M uM = (+ ==M Sd − M
49705kNcm
117308 = ,LM == 497,05kNm 117308 − 49705 = 0,027rad
= 67603kNcm = 27mrad
= 676,03kNm
Rd
Sd ,LM
h) −=0,5t 49705 + y Rd=36 − 0,5 × 1,25 + 12
sl ( h − 0,5t + y ) = 43,48 × 24,13 ( 36 − 0,5 × 1,25 + 12 )
RdSd ,LM
42%
θM ,LM =27
=RdSd1,1× f sd=A29,7mrad
M uuM 117308
Rd ,LMΔ 49705 (
+Sds=−29,7mrad
B )
+ 0,233
θθMuu Sd==(+1,1× ) == usM M Rd=,LM = 117308
1,046 − 49705 = 67603kNcm = 676,03kNm
M M =
27
117308
49705kNcm
= 42%= 497,05kNm = 0,027rad = 27mrad
M 27,3 Rd h
Sd ,LM − 0,5t + y 36 − 0,5 × 1,25 + 12
Sd (+ ) = M Sd − M Rd ,LM = 117308 − 49705 = 67603kNcm = 676,03kNm
= 0,92 → ( B ) Ok!
27,3 Δ us + s
29,7 1,046 + 0,233
θConsideramos
θM M
u Sd ) =0,92
==Rd(+1,1×
= M 27 →
49705
Sd (= −)inicialmente
MOk!
29,7mrad =Rd ,LM = 117308 que a −ligação
49705 = 67603kNcm
= mista
0,027radpossuía = 676,03kNm
= 27mrad
resistência igual a 40% do momento fletor soli-
29,7
citante
u
,LM
hΔ −deus0,5t=+ s + y de=
cálculo
B
36 uma42%− 0,5
1,046 viga×+1,25
0,233 + 12 (46923 kNcm). No entanto, a resistência final obtida ficou um
biapoiada
θu M = Sd 117308 = = 0,027rad = 27mrad
poucoh Δ − 0,5t
maior + s +B ) yque36
(do esse − 0,5
valor,
1,046 ×+1,25 + 12
diminuindo
0,233 o momento solicitante positivo da viga:
θ 27,31,1×us 27 = 29,7mrad
θ uu = = = 0,92 → Ok! = = 0,027rad = 27mrad
M Sd (+ h )−=0,5t M Sd+−y M Rd36,LM− = 0,5 × 1,25−+ 49705
117308 12 = 67603kNcm = 676,03kNm
θ29,7 u = 1,1× 27 = 29,7mrad
27,3
θ29,7 =Δ 0,92 → ) Ok!
( B29,7mrad
u = 1,1× 27 =
us + s 1,046 + 0,233
27,3
θ u = = 0,92 = = 0,027rad = 27mrad
h − 0,5t → + Ok!
y 36 − 0,5 × 1,25 + 12
377
29,7
27,3
= 0,92 → Ok!
29,7
θ u = 1,1× 27 = 29,7mrad
M Rd f sd Asl ( h − 0,5t= +497,05kNm
,LM = 49705kNcm
Rd ,LM y ) = 43,48 × 24,13 ( 36 − 0,5 × 1,25 + 12 )

MRd 49705
,LM = 49705kNcm = 497,05kNm
Rd ,LM
= = 42%
Com 117308
M Sdesse novo valor pode-se obter um sistema mais econômico através da utilização da interação parcial
M Rd ,LM de49705
na região momento positivo, conforme indicado no exercício 4.
= = 42%
MM Sd (+
Sd )
= M117308
Sd − M Rd ,LM = 117308 − 49705 = 67603kNcm = 676,03kNm
Capacidade de rotação disponível:
M Sd (+ ) Δ= M+Sds ( B−) M Rd ,LM1,046
= 117308 − 49705 = 67603kNcm = 676,03kNm
+ 0,233
θ u = us = = 0,027rad = 27mrad
h − 0,5t + y 36 − 0,5 × 1,25 + 12
Δ + s (B ) 1,046 + 0,233
θ u = us = = 0,027rad = 27mrad
θ u = 1,1×
Conforme 27
h − 0,5t =+ 29,7mrad
o item y R.436da− 0,5
ABNT× 1,25
NBR+ 128800:2008, a capacidade de rotação disponível pode ser aumenta-
da em 10% para o caso de construção não-escorada.
θ27,3
u = 1,1× 27 =
= 0,92 →29,7mrad
Ok!
29,7
27,3
= 0,92 → Ok!
29,7

Dimensionamento da chapa de extremidade

Características dos parafusos:


ASTM A325, d b = 19,0mm f yb = 63,50kN/cm f ub = 82,50kN/cm 2
2

ASTM A325, d b = 19,0mm f yb = 63,50kN/cm f ub = 82,50kN/cm 2


2

Abe = 0,75Ab = 2,13cm 2


A325, d b = 19,0mm f yb = 63,50kN/cm f ub = 82,50kN/cm 2
2
ASTM
Abe = 0,75Ab = 2,13cm 2
1
Características
tApbe≤= 0,75Ad b → bt p=da chapa:2
=2,13cm
9,5mm
19,0mm f yb = 63,50kN/cm f ub = 82,50kN/cm 2
2
ASTM 12 A325, d b =
t p ≤ d b → t p = 9,5mm
21
tfpbeu ≤== 50kN/cm
2
A d b →bt=p =2,13cm
0,75A 9,5mm 2
2
f u = 50kN/cm 2
1 F = 2Abe f ub = 2,13 × 82,5 = 130,2kN
tTração:
fp u≤= 50kN/cm
db → t ,Rd t p = 9,5mm
Força2 resistenteAdos γ af2 parafusos:
2,131,35× 82,5
Tração: Ft ,Rd = be ub = = 130,2kN
A γ a f
2 2,13 1,35
× 82,5
Tração:
f u = 50kN/cm Ft ,Rd = 2 be ub =0,4Ab f ub 0,4= ×130,2kN 2,835 × 82,5
Cisalhamento: Fvγ,Rda 2 = 1,35= = 69,3kN
0,4Aγ a2f 0,4 × 1,35 × 82,5
2,835
Cisalhamento: FAv ,Rdf = 2,13 b ub
=
× 82,5 = 69,3kN
Tração: Ft ,Rd = be ub γ
=0,4Aa 2b f ub 0,4 1,35 × 82,5
× 2,835
= 130,2kN
Cisalhamento: 1,2l f tf uFγv ,Rd 1,2= × (10 − 1,35 = × 0,95 × 50
1,905) = 69,3kN
Fb ,Rd = =a2 γ a2 1,35 = 342kN
1,2l γ af 2tf u 1,2 × (10 − 1,905) 1,35 × 0,95 × 50
Fb ,Rd = = 0,4A f = 342kN
0,4 × 2,835 × 82,5
Verificações
Cisalhamento: γ af2adicionais:
1,2l tf uFv ,Rd1,2 = × (10b− 1,905)
ub
= × 0,95 × 50
1,35 = 69,3kN
Fb ,Rd = 2,4d btf u = 2,4 × 1,9 γ a 2 × 0,95 × 50 1,35 = 342kN
Fb ,Rd ≤ deγcontato
Pressão = e rasgamento 1,35 = 160,44kN
entre furos:
2,4d γ aa22tf 2,4 × 1,91,35 × 0,95 × 50
Fb ,Rd ≤ 1,2l f tf u =1,2 × (10 − 1,905) × 0,95
b u
= 160,44kN
× 50
Fb ,Rd = 2,4d γ a 2btf u= 2,4 × 1,91,35 × 0,95 × 50 = 342kN
Fb ,Rd ≤ ⎧ Fγt ,aRd2 = 1,35 = 160,44kN
⎪ Fγ a 2 1,35
⎧⎪ tv,,RdRd
Fb ,Rd ≤ 2,4d ⎨ btf∴ F Rd =×69,3kN
u b ,2,4 1,9 × 0,95 × 50
Fb ,Rd ≤ ⎪⎪⎧Fvtr,,Rd Rd = = 160,44kN
378 Fb ,Rd ≤ ⎨⎪ γ a 2 ∴ Fb ,Rd = 69,3kN 1,35
⎩⎪ Frvc,,,Rd
Rd
Rd
Fb ,Rd ≤ ⎨ ∴ Fb ,Rd = 69,3kN
⎧⎪⎩⎪FFtcr,,Rd
,Rd
Rd
V 391
nb = ⎪⎪sdFFc=,Rd = 5,61
v ,Rd
γ a2 1,35
1,2l f tf u 1,2 × (10 − 1,905) × 0,95 × 50
Fb ,Rd = = = 342kN
1,2lγ fatf2 u 1,2 × (10 − 1,905) 1,35 × 0,95 × 50
Fb ,Rd = = = 342kN
γ a2 1,35
2,4d btf u 2,4 × 1,9 × 0,95 × 50
Fb ,Rd ≤ = = 160,44kN
2,4d γ ab2tf u 2,4 × 1,91,35 × 0,95 × 50
Fb ,Rd ≤ A325, d b== 19,0mm f yb = 63,50kN/cm
2
ASTM = 160,44kNf ub = 82,50kN/cm 2
γ a2 1,35
d b = 19,0mm f yb = 63,50kN/cm f ub = 82,50kN/cm 2
2
ASTM A325, F
⎧ t ,Rd
Abe = 0,75A ⎪ b = 2,13cm
2

⎧⎪FFt v,Rd,Rd
AFbeb ,Rd= 0,75A
≤⎪⎨ b =∴2,13cm
2
Fb ,Rd = 69,3kN
1 ⎪⎪ vr,Rd F
F ,Rd
Rd ≤d⎨b → t ∴
tFpb ,≤ Fb ,Rd = 69,3kN
p = 9,5mm
12 ⎪⎪⎩FFr c,Rd ,Rd
t p ≤ d b → t p = 9,5mm
2 ⎪⎩ Fc ,Rd
f u = 50kN/cm
Número V sdde parafusos: 2
391
n = = 2 = 5,61
f ub = 50kN/cm
Fbsd,Rd 391
V 69,7
nb = = A =f 5,612,13 × 82,5
Tração: Fb ,Rd Ft ,Rd 69,7= be ub = = 130,2kN
nb = 6 parafusos Aγbe(3
af2ubem 2,13
cada ×lado)
1,35 82,5
Tração: Ft ,Rd = = = 130,2kN
nb = 6 parafusosγ(3 a 2 em cada 1,35
lado)
Perfil:360x210x12,5mm 0,4Ab f ub 0,4 × 2,835 × 82,5
Cisalhamento: Fv ,Rd = = = 69,3kN
Dimensões chapa: 0,4A
Perfil:360x210x12,5mm γ ab2 f ub 0,4 × 2,835
1,35 × 82,5
Cisalhamento:
Chapa:390x410x9,5mm Fv ,Rd = = = 69,3kN
γ a2 1,35
Perfil:360x210x12,5mm
Chapa:390x410x9,5mm 1,2l f tf u 1,2 × (10 − 1,905) × 0,95 × 50
Fb ,Rd = = = 342kN
Chapa:390x410x9,5mm
80mm 1,2l
> γ4d tf 1,2 × (10 − 1,905) × 0,95 × 50
af2b u= 76mm → Ok!1,35
Fb ,Rd = = = 342kN
80mm > 4d γ a 2 = 76mm → Ok! 1,35
b
60mm2,4d > 3dbbtf=u 57mm 2,4 ×→ × 0,95 × 50
1,9Ok!
Fb ,Rd ≤ = = 160,44kN
60mm 2,4d
> 3dγ ab2btf=u 57mm 2,4 ×→1,9 × 0,95 × 50
1,35
Ok!
Fb ,Rd ≤ = = 160,44kN
40mm > γ1,5d a2 b
= 29mm →1,35 Ok!
40mm ⎧>F1,5d t ,Rd b = 29mm → Ok!
100mm⎪ > 3d b = 57mm → Ok!
⎧⎪ Ftv,,Rd
Rd
Fb ,Rd ≤ ⎨⎪> 3d b∴=F57mm
100mm b ,Rd = 69,3kN
→ Ok!
⎪ ⎪ Fvr ,,Rd
Rd
Fb ,Rd ≤ ⎨ ∴ Fb ,Rd = 69,3kN
⎪⎪⎩ Frc ,,RdRd
⎪⎩ Fc ,Rd
V 391
nb = sd = = 5,61
FVb ,Rd 391
69,7
nb = sd
= = 5,61
Fb ,Rd 69,7

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


nb = 6 parafusos (3 em cada lado)
nb = 6 parafusos (3 em cada lado)
Perfil:360x210x12,5mm
Perfil:360x210x12,5mm
Chapa:390x410x9,5mm Dimensões da chapa de extremidade
Chapa:390x410x9,5mm
Distância da face superior da viga à primeira linha de parafusos:
80mm > 4d b = 76mm → Ok!
80mm > 4d b = 76mm → Ok!
Distância
60mm > 3d dab linha
= 57mm vertical
→ Ok! dos furos à alma do tubo:
60mm > 3d b = 57mm → Ok!
40mm > 1,5d b = 29mm → Ok!
379
40mm > 1,5d b = 29mm → Ok!
100mm > 3d b = 57mm → Ok!
100mm > 3d b = 57mm → Ok!
Chapa:390x410x9,5mm
80mm > 4d b = 76mm → Ok!
80mm > 4d b = 76mm → Ok!
60mm > 3d b = 57mm → Ok!
Distância
60mm > 3d da linha vertical dos furos à extremidade da chapa:
b = 57mm → Ok!
40mm > 1,5d b = 29mm → Ok!
40mm > 1,5d b = 29mm → Ok!
Distância> entre
100mm 3d b =furos:
57mm → Ok!
100mm > 3d b = 57mm → Ok!

MOMENTO FLETOR RESISTENTE DE CÁLCULO EM REGIÕES


DE MOMENTO FLETOR NEGATIVO

Largura efetiva:

bef=112,50cm

Resistência do perfil ao momento negativo

Força de tração na armadura


Tds = f sd Asl = 43,48 × 24,13 = 1049,17kN
Tds = f sd Asl = 43,48 × 24,13 = 1049,17kN
Área
T comprimida
ds = f1sd⎛AT sl ds= 43,48
do
⎞ ×perfil
124,13 de= 1049,17kN
aço
⎛ 1049,17 ⎞
A =
Tdsac = 1 ⎜ +
f2sd⎛⎜ATfsl ds= 43,48A ⎟ = ×
a ⎞ × 24,13 ⎜ = + 136,25 ⎟ = 84,61cm 2
⎟ 12 ⎛ 1049,17 1049,17kN
31,82 ⎞
Aac = ⎛⎝⎜ yd + Aa ⎞⎠⎟ = × ⎝⎜ + 136,25 ⎠⎟ = 84,61cm 2
12 ⎜ Tf ⎟ 12 ⎛ 1049,1731,82 ⎞⎠
Aac = ⎝⎜⎛ dsyd + Aa ⎠⎟⎞ = × ⎝⎜ + 136,25 ⎟⎞ = 84,61cm
2

21 ⎜ T
f ⎟ 21 ⎛ 1049,17
31,82
−⎝84,61 = 51,64cm ⎠ = 84,61cm 2
Aatac == Aa⎝⎜− ydA ds ac = 136,25
2
A + Aa ⎠⎟ = × + 136,25
⎜ ⎟ ⎜ 2 ⎟
Aat = Aa⎝− A
Área 2
tracionada f ydac = 136,25
do ⎠ 2
perfil de 31,82
− ⎝84,61 = 51,64cm ⎠
aço
= × =
Aat = Aa − Aac = 136,25 − 84,61 = 51,64cm 2
bt 21,0 1,25 26,25cm 2

Aat==21,0
bt Aa −× A 1,25 = 26,25cm 2
ac = 136,25 − 84,61 = 51,64cm
2

Como
Posição
bt = 21,0 Ada at>b
×LNP t, a LNP corta a2 alma do perfil de aço.
1,25 = 26,25cm
Como
bt = 21,0 A at>bt, a LNP corta a2alma do perfil de aço.
× 1,25 =
Como AAac>b b 26,25cm
84,61 21 de aço.
y LNP = at + t − = corta a alma
t , a LNP do−perfil
+ 1,25 = 24,59cm
Como AA2tac>b , a LNP b2 2corta× 1,25
84,61 a alma do 21
2 de aço.
perfil
380
y LNP = at +t − =
t + 1,25 − = 24,59cm
A2tac b2 284,61× 1,25 21
2
dy 3LNP= h= +A + t − = + 12 − 24,59
2tyac − y LNP2b= 36 × 1,25
284,61
+ 1,25 =− 23,41cm
21
2
= 24,59cm2

dy3LNP= h=+2ty −+ytLNP − ==36 + 12 − 24,59


2 2 × 1,25
+ 1,25=− 23,41cm
2
= 24,59cm
2

d = h +⎛ y − y = 36 t ⎞ + 12 − 24,59 = 23,41cm ⎛ h − y2LNP − t ⎞


A
Aac = = A ⎜− A +=A136,25 a ⎟= ×−⎜84,61 = 51,64cm + 136,25 2
⎟ = 84,61cm
Tdsat==21,0
bt 2f sda⎜⎝A×fsl yd1,25
=ac 43,48 ⎟ × 224,13
= ⎠26,25cm ⎝ 231,82
= 1049,17kN 2 ⎠
Aat = A 1a⎛−TA ac = 136,25 ⎞ 1 − ⎛84,61 = 51,64cm
1049,17 ⎞
bt A = ⎜ ds
ac= 21,0 × 1,25 =a 26,25cm + A ⎟ = × ⎜
2
+ 136,25 = 84,61cm 2
⎟aço.
Como
Aat = A A ⎜ − >b , a
12a⎛ Tf ydac = 26,25cm
A = LNP ⎟ corta −
⎞ 12 ⎛⎝ 1049,17
136,25 a
84,61 alma = do perfil
51,64cm de
2
2 31,82 ⎞⎠
at t
bt Aac==21,0⎝⎜ × ds1,25 + Aa ⎠⎟ = × ⎜ + 136,25 ⎟ = 84,61cm 2
Como 2AA⎜⎝at>b f ydt, a LNP ⎟ 2 ⎝a alma
b ⎠ corta 84,612 31,82do perfil 21 de ⎠aço.
bt y = 21,0
= ×
ac
1,25
+ t − = 26,25cm
= + 1,25 − = 24,59cm
at = A at−>bAt,aca=LNP − 84,61
a alma=do
2
Como ALNP Aa2t 136,25 corta 51,64cm
perfil
Aac b2 284,61 × 1,25 2 de aço.
21
at ==A aat− At,acta−=LNP − 84,61 =do 2
ComoyALNP AA 2t >b+ b2
= corta
136,25
2 ×
84,611,25 a2alma + 1,25 −perfil= de
51,64cm
21
2
24,59cm
aço.
dbty == 21,0
=
h + ac× 1,25 = 26,25cm
y −+ y
t − = = 36 + 12 − +
24,591,25 =
− 23,41cm= 24,59cm 2
Distância
3LNP
2t do centroLNP
2 geométrico
2 × 1,25 da armadura 2 à LNP
bt = 21,0 A × 1,25 = b 26,25cm 84,61 2
21
dy 3LNP= h= +Aatacy>b
Como −+t,yt aLNP
−LNP ==36corta + 12a−alma + 1,25
24,59 do=−perfil
23,41cm= de
2
aço.
24,59cm
⎛2t t
2− 2⎞ ×+1,25 2t ⎛ h − y2LNP − t ⎞
d 3 = hbt+A⎝athy>b
Como − t,yaLNPLNP = 36corta + 122ta(−halma − y LNP
24,59 do = )
−perfil
23,41cm de aço.
⎠84,61
bde2ttração, 21⎝⎛ h −geométrico ⎠
dy4 = = ⎛Aacda+força
Distância
− = ⎞ situada no centro y22
LNP − t ⎞
da área tracionada da seção do perfil de aço, à LNP
d 3LNP = hbt+⎝2thy − y LNP t LNP − = 36
bt ++122t
× 1,25
b2 2t 2⎞⎠84,61
(− h +

24,591,25
y LNP

=− )
23,41cm
t = 24,59cm
2 ⎝ h − y2 ⎠
LNP − t ⎞
LNP
⎛A y LNP −− t ) ⎛= 24,59cm
21
dy4LNP = bt = ⎝ hac −+ yt LNP − −= ⎠ + 2t ( h +−1,25
2bt2 + 2t ( h − y LNP − t2) ⎝
× 1,25 2 ⎠
dd4 == h +⎛2ty − y ⎛2= t36 ⎞ 1,25 ⎞ ⎛ h − y2LNP − t ⎞ ⎛ 36 − 24,59 − 1,25 ⎞
3 bt
21⎝×h1,25 − y LNP × ⎜ 36
LNP − bt ++ 2t ( h− − yLNP
−⎠24,59 12 − 24,59
⎟ +− 2t )×⎝1,25 ×2(36 − 24,59
= 23,41cm − 1,25 ) × ⎜ ⎟
⎝ 2 LNP
2 ⎠= 23,41cm 2 ⎠ ⎝ 2 − 1,25 ⎠
dd 443 = = h + y − y ⎛ = 36 + 12 − 1,25
24,59 ⎞ ⎛ 36 − 24,59 ⎞
21⎛×1,25LNP × ⎜ 36 tbt + 2t (21
−⎞24,59 h−−×1,25 y LNP⎟ − + 2)×
+ t2 h−×
×⎛1,25
1,25 ((36
×y LNP 36−−
−t 24,59
24,59
⎞ − 1,25 )) × ⎜ 36 − 24,59 − 1,25 ⎟
− 1,25
= 21 bt ×h1,25 − y× ⎛⎝ − + 2t ( h − y ⎞⎠ − t )
1,25
2
×2(36 − 24,59 − 1,25 ) × ⎜
⎛⎝ 2 ⎞⎠
dd 4 = ⎝ LNP
⎜ 362t−⎠⎞24,59 − LNP⎟ + 2 ×⎝⎛1,25 ⎠ ⎟
d44 = 7,98cm ⎛ 21
2t ((hh −− × 1,25 + 2 ×
yy LNP⎠⎞ −− tt ))
h
1,25 − ×y ( 36−− t ⎞
24,59 − 1,25 )
d 4 = bt ⎝ h − y LNP⎝⎛ − bt⎠ ++ 2t ⎝⎛ 36 − 24,59 − 1,25 ⎠⎞
2
1,25 LNP 2
dd4 == 7,98cm 212×1,25 × ⎜ 362− 24,5921 − ×1,25 ⎟ + 2 ×1,25 × (36
LNP + 2 ×⎝1,25 ×2
36 − ⎠
− 24,59
24,59 − 1,25 ) × ⎜
− 1,25 ⎟
⎝ − 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
+ 2t ( y LNP −btt )+ 2t ( h − y LNP +t −t)
dd 4 =
4 bt
= 7,98cm ⎛ y LNP t ⎞
4
⎛ ⎝ 21 1,25⎠+ 2 ×1,25 × (36 − 24,59 − 1,25 ) 36 − 24,59 − 1,25 ⎞
×1,25
yt = bt
22
21×1,25 × ⎜ 36 − 24,59 ⎛ y LNP2−− t ⎞⎟⎞+ 2 ×1,25 × (36 − 24,59 − 1,25 ) × ⎛⎜
d 4 = 7,98cm
dy 4 == bt 2 2 + 2tbt ( y+LNP ⎝⎛ 2t−( ty LNP) ⎝ y− t2) −1,25 t2+ t⎠⎞⎠ ⎝⎛ 36 − 24,59
2 − 1,25 ⎠⎞

⎛ ⎞
Posição 21do ×+1,25 centro
2t ( ×y+LNP ⎜ 36 ) ⎝ −LNPt21
−−t 24,59
geométrico −da ×1,25 + t⎟ +
área 2×
2 1,25 ×
×1,25
+comprimida × ((3636do− 24,59
− perfil
24,59de− aço ))em
− 1,25
1,25 × ⎜relação à sua face inferior

t
dyt4 == bt 2 2 bt ⎝ 2t ( y
⎛ y LNP
LNP 2) −t ⎞
2 ⎠⎠ ⎝ 2 ⎠
×+1,25 ( + 2t ( yLNP ) ⎝ ×−(t24,59 −
2
d 4 = 21 ⎛ 24,59 ( 1,25 ⎞
) − 1,25 + 1,25 ⎟ )
7,98cm − × + + × × − −
⎠ )× ⎜
2tbt y t 21 1,25 t 2 1,25 36 24,59 1,25
2 2 2 LNP2 ×1,25 2 ⎝ 2 ⎠⎞
ydyt4 = = 21 7,98cm ×1,25 ⎛ 24,59 − 1,25
t = 221×(×1,25 )2−×1,25
bt2 + 2t y1,25 × (+t24,59
y−LNP t − 1,25 ) × +
+ t × ( 24,59 − 1,252−) 1,25
bt 2 ⎛ ⎞ ⎜ 1,25 ⎟
2 2t ( y LNP − t )
LNP
21×+1,25 ⎛
⎝ 24,59 ⎞
yt = bt22 + 2 ×1,25 ⎝× y ( 2 − t − 1,25
24,59 ⎠ )× ⎜ + 1,25 ⎠⎟
y = 2 2t (2 y LNP21−×t1,25 ⎛ ⎞
+ t × ( 24,59 − 1,252−) 1,25
ytt = 9,11cm21×+1,25 bt + + 22t×(1,25 ) ⎝ −LNP
y LNP
+ 2 ×1,25
)
t24,59 ⎠
⎝⎛ 24,59 ⎠⎞
yt =
2 × ( 2
21×1,25 + 2 ×1,25 × ( 24,59 − 1,25 ) × ⎜ − 1,25 ) + 1,25 ⎟
yt = 9,11cm bt2 + 2t ( y LNP − t ) ⎝ ⎠
2 2
d 5 = y21 −
×1,25t y = 21×1,25 + 2 ×1,25 × ( 24,5924,59
24,59 − 9,11 = 15,48cm − 1,25−) 1,25
yt = 9,11cm + 2 ×1,25 × ( 24,59 − 1,25 ) × ⎛⎜ ⎞
LNP
+ 1,25 ⎟
dy5 = y21 2− yt 2= 24,59 − 9,11 = 15,48cm ⎝⎛ 24,592− 1,25
×1,25 ⎠⎞
M ==(−9,11cm
) = Tds d 3 ++A2 at × yd d 4 +
f 1,25 × ( ac f yd d 5− 1,25 ) × ⎜
A24,59 +
LNP
ytt Rd 21×1,25 + 2=×15,48cm1,25 × ( 24,59 − 1,252) 1,25 ⎟
d 5 = y LNP 2− yt = 24,59 − 9,11 ⎝ ⎠
M yt = = T d + A f d + A f d
dM
Distância
Rd (− )
= y)LNP = 1049,13ds 3
−daytforça = 24,59 ×at ×
21 yd1,25
23,41+
de
4
− 9,11
compressão,+51,64
2=×15,48cm
ac 1,25
yd × ( 24,59
×5situada
31,82 ×no 7,98−centro
1,25 ) geométrico
+ 84,91× 31,82 ×da15,48 área comprimida da seção do perfil
M y5t Rd=(−
Rd (−9,11cm = T d + A f d + A f d
de aço, à LNP ) ds 3 at yd 4 ac yd 5
M yt Rd=(−9,11cm) = 1049,13 × 23,41+ 51,64 × 31,82 × 7,98 + 84,91× 31,82 × 15,48
M
d = y) )==T79346kNcm
−ds dy3t + =A 24,59 +793,46kNm
f yd d−=4 9,11 Aac=f 15,48cm
yd d 5
Rd
Rd(−(−
M5 Rd (− )LNP = 1049,13 ×at 23,41+ 51,64 × 31,82 × 7,98 + 84,91× 31,82 × 15,48

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


M
d 5 =Rd (−y LNP = 79346kNcm
− yt = 24,59 =
− 9,11793,46kNm= 15,48cm
M MRd )
− )) = T
= 1049,13
M A×=at 23,41+
+ resistente f49703 51,64 f yd d×→ 31,82 × 7,98 + 84,91× 31,82 × 15,48
M
Momento = ds d
fletor yd d= 4 + de=A cálculo
(−
M Sd
Rd ((−
Rd (− ) = 79346kNcm
Rd3 ,LM
793,46kNm0,63
ac 5 Ok!
M (−) = T MdRd (+− ) A f79346
yd d 4 + Aac f yd d 5
M Rd M ds Rd3 ,LM at 49703
M Sd − ))
Rd ((−
M Rd (− ) = 1049,13 == 79346kNcm =
× = 793,46kNm
= 0,63 → Ok!
49703 51,64 × 31,82 × 7,98 + 84,91× 31,82 × 15,48
23,41+
Rd (− )
M Rd Sd ((−−)) M MRdRd,(LM 79346
= −)
= = 0,63 → Ok!
MM Rd (− ) = 1049,13 M Rd ( − ) × 23,41+ 79346 51,64 × 31,82 × 7,98 + 84,91× 31,82 × 15,48
M M
M SdRd( −(−) ) == 79346kNcm
Rd ( − ) 49703 = 793,46kNm
Rd ,LM
= = 0,63 → Ok!
MM RdRd( −(−) ) = 79346kNcm M Rd ( − ) 79346 = 793,46kNm
M Sd ( − ) M Rd ,LM 49703
= = = 0,63 → Ok!
M Rd ( −
Sd ( − ) ) MM Rd ( − ) 79346
49703
= Rd ,LM = = 0,63 → Ok!
M Rd ( − ) M Rd ( − ) 79346
381
Classificação da seção
hp E 20000
≤ 2, 42 = 2, 42 × = 57,8
t fy 35

hp 2 ( yLNP − t − 2R ) 2 × ( 24,59 − 1,25 − 2 × 3 ×1,25 )


= = = 25,3 < 57,8 → Ok!
t t 1,25

be E 20000
≤ 1,12 = 1,12 × = 26,8
t fy 35

be b − 2 R 21 − 2 × 3 ×1,25
= = = 10,8 < 26,8 → Ok!
t t 1,25

Como atende aos dois critérios, a seção é classificada como compacta.

382
EXEMPLO 7
Dimensionar o pilar P1, em temperatura ambiente, utilizando seção circular. Considerar como carrega-
mento somente forças normais de compressão centrada, sem atuação de momentos fletores no pilar misto.

Neste exemplo, será dimensionado o trecho do pilar P1 que suporta o carregamento de cinco pavimentos
acima dele. No entanto, o procedimento de cálculo apresentado a seguir também é aplicável aos demais
trechos, desde que sejam ajustados os carregamentos e os demais parâmetros referentes às condições de
contorno.

Solicitação normal de cálculo no pilar P1:

Conforme se observa na figura a seguir, a força de compressão atuante no pilar P1 corresponde, no nível
de cada pavimento, à soma das reações de apoio de duas vigas secundárias (VS) com as reações de duas
vigas principais (VP).

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Vigas secundárias (VS):

Carga Linear na Viga por caso de carregamento:


qCP 1 = 1,0 × 3 = 3,0kN/m
qCP 2 = 1,0 × 3 = 3,0kN/m
qCP 3 = 2,95 × 3 = 8,85kN/m
qSC 1 = 5,0 × 3 = 15,0kN/m
qSC 2 = 1,0 × 3 = 3,0kN/m

qSd = 1,50 (CP1 + CP2 + SC1 ) + 1,35CP3 = 1,50 × ( 3,0 + 3,0 + 15,0 ) + 1,35 × 8,85 = 43,45kN/m
qSd LVS 43,45 × 9,0 383
RSd ,VS = = = 195,91kN
2 2
qqCP 2 = = 1,0
2,95 ×× 3 3= =3,0kN/m
8,85kN/m
CP 3
qqCP 3 == 5,0 2,95 × 3 = 8,85kN/m
qSC 1 = 1,0 × ×
3 = 15,0kN/m
3 = 3,0kN/m
qqSC 1 = 5,0 × 3 = 15,0kN/m
CP 1
2 = 1,0 × 3 = 3,0kN/m
CP 2 = 1,0 × 3 = 3,0kN/m
qSC
qSC 2 = 1,0 × 3 = 3,0kN/m
Reações
qCP 3 = 2,95 de apoio× 3 = da viga secundária depois da cura do concreto:
8,85kN/m
qqSdSC 1==1,505,0(×CP CP2 + SC1 ) + 1,35CP3 = 1,50 × ( 3,0 + 3,0 + 15,0 ) + 1,35 × 8,85 = 43,45kN/m
31=+15,0kN/m
qSd = 1,50 ( CP + CP
qSd×L3VS1= 3,0kN/m 2 + SC
43,45 1 ) + 1,35CP3 = 1,50 × ( 3,0 + 3,0 + 15,0 ) + 1,35 × 8,85 = 43,45kN/m
× 9,0
RqSdSC,VS2 ==1,0 =
q L 43,452× 9,0 = 195,91kN
RSd ,VS = Sd2 VS = = 195,91kN
2 2
qSd = 1,50
Reações de(apoio
CP1 + CP 1 ) + 1,35CP
+ SCsecundária
da2viga 3 = 1,50
antes da × ( 3,0do+ concreto:
cura 3,0 + 15,0 ) + 1,35 × 8,85 = 43,45kN/m
qSd′ = 1,25CP3 + 1,30SC 2 = 1,25 × 8,85 + 1,30 × 3,0 = 14,96kN/m
qRSd′ = 1,25CP qSd LVS+ 1,30SC 43,45 ×=9,0 1,25=×195,91kN
8,85 + 1,30 × 3,0 = 14,96kN/m
Sd ,VS =
3 = 2
qSd′ 2LVS 14,962× 9,0
RqSd
CP′ ,VS1 ==1,0 × 3 = 3,0kN/m
q ′ 2LVS = 14,962× 9,0 = 67,33kN
RqSd′ ,VS ==1,0Sd× 3 ==3,0kN/m = 67,33kN
CP 2 2 2
qSd′ = 1,25CP3 + 1,30SC 2 = 1,25 × 8,85 + 1,30 × 3,0 = 14,96kN/m
qCP 3 = 2,95 × 3 = 8,85kN/m
1,0×3,0×9,0
FqCP1 SC 1 = 5,0
′×L3 = 15,0kN/m
=2× q1,0×3,0×9,0 × 9,0
14,96=27,0kN
RSd′ ,VS=2×
FVigas = Sd VS 2= (VP): =27,0kN
principais = 67,33kN
qCP1 = 1,0 ×2 3 = 23,0kN/m 2
SC 2
1,0×3,0×9,0
FCargaCP2 =2× Linear na Viga por
1,0×3,0×9,0 caso de carregamento:
=27,0kN
FCP2 =2× 1,0×3,0×9,0 2 =27,0kN
Sd =
FqCP1 (CP1 2+ CP2 + SC
1,502,95×3,0×9,0
=2× 1 ) + 1,35CP3 = 1,50 × ( 3,0 + 3,0 + 15,0 ) + 1,35 × 8,85 = 43,45kN/m
=27,0kN
FCP3 =2× 2,95×3,0×9,0 2 =79,5kN
FRCP3 =2× qSd LVS =2 43,45 ×=79,5kN
Sd ,VS = 1,0×3,0×9,0
9,0
= 195,91kN
FCP2 =2× 5,0×3,0×9,0 2 2 2=27,0kN
FSC1 =2× 5,0×3,0×9,0 2 =135,0kN
FSC1 =2× 2,95×3,0×9,0 2 =135,0kN
′Sd ==2× + 21,30SC =79,5kN
FqCP3 1,25CP
1,0×3,0×9,0
3 2 = 1,25 × 8,85 + 1,30 × 3,0 = 14,96kN/m
FSC2 =2× 1,0×3,0×9,0 2 =27,0kN
FSC2 =2× q5,0×3,0×9,0 2
′ LVS 14,96=27,0kN × 9,0
′ =
=2× 2 2= = 67,33kN
Sd
R
FSC1 Sd ,VS =135,0kN
2 2
(CP1 + CP2 + SC1 ) + 1,35CP3 = 1,50 × ( 27,0 + 27,0 + 135,0) + 1,35 × 79,65 = 391,03kN
FSd = 1,501,0×3,0×9,0
F
FSdSC2==2× (CP1 +2CP2 + SC
1,501,0×3,0×9,0 1 ) + 1,35CP3 = 1,50 × ( 27,0 + 27,0 + 135,0 ) + 1,35 × 79,65 = 391,03kN
=27,0kN
FCP1 =2× =27,0kN
2
2FSd
RSd ,VP = 2F1,0×3,0×9,0 = 391,03kN
2(SdCP= +391,03kN
1 ) + 1,35CP3 = 1,50 × ( 27,0 + 27,0 + 135,0 ) + 1,35 × 79,65 = 391,03kN
F
RFCP2 = =
=2×
1,50 CP + SC =27,0kN
2 12 2
SdSd ,VP

2,95×3,0×9,0
FCP3 =2× 2F =79,5kN
FSd′ = 1,25CP Sd3 + 1,30SC
2 2 = 1,25 × 79,65 + 1,30 × 27,0 = 134,66kN
R ,VP = = 391,03kN
FSdSd′ = 1,25CP 2 3 + 1,30SC 2 = 1,25 × 79,65 + 1,30 × 27,0 = 134,66kN
5,0×3,0×9,0
F 2F ′
RSC1
Sd ′ ,VP=2×= 2 FSd′ = 2134,66kN =135,0kN
RSd′ ,VP = 2 Sd
= 134,66kN
1,0×3,0×9,0
2
Sd = 2 ( RSd ,VS 2+ RSd ,VP ) = 1173,88kN
F
NFSC2
Sd′DC==2×
1,25CP3 + 1,30SC =27,0kN 2 = 1,25 × 79,65 +→ × 27,0 =da134,66kN
1,30 Depois cura
N Sd = 2 ( RSd ,VS + RSd ,VP ) = 1173,88kN → Depois da cura
DC
2 FSd′
NRSd′SdAC,VP==2de
Reações ( R2apoio
′ ,VS= + ,VP ) = 403,98kN
134,66kN
da
RSd′ viga secundária depois → daAntes
cura do da concreto:
cura
( )
Sd

FSdSd = 1,50 (CP


= ′ + ′
2 + SC1 ) + 1,35CP3 = 1,50 × ( 27,0 + 27,0 + 135,0 ) + 1,35 × 79,65 = 391,03kN
= →
AC
N 2 R Sd ,VS + CPR Sd ,VP 403,98kN Antes da cura
N Sd = 2 ( RSd ,VS + RSd ,VP ) = 1173,88kN → Depois da cura
1
DC

RSd ,VP
( RSdSd′ ,VS= 391,03kN
N SdAC == 22F + RSd′ ,VP ) = 403,98kN → Antes da cura
2
384

FSd′ = 1,25CP3 + 1,30SC 2 = 1,25 × 79,65 + 1,30 × 27,0 = 134,66kN

2F ′
FSd = 1,50 (CP1 + CP2 + SC1 ) + 1,35CP3 = 1,50 × ( 27,0 + 27,0 + 135,0 ) + 1,35 × 79,65 = 391,03kN
2F
RSd ,VP = Sd = 391,03kN
2F2
RSd ,VP = Sd = 391,03kN
Reações de2apoio da viga secundária antes da cura do concreto:

FSd′ = 1,25CP3 + 1,30SC 2 = 1,25 × 79,65 + 1,30 × 27,0 = 134,66kN


FSd′ = 1,25CP3 + 1,30SC 2 = 1,25 × 79,65 + 1,30 × 27,0 = 134,66kN
2F ′
RSd′ ,VP = Sd = 134,66kN
2 F2 ′
RSd′ ,VP = Sd = 134,66kN
Com = 2 (2calculam-se
N SdDC isso, RSd ,VS + RSd ,VPos) =
esforços atuantes→
1173,88kN no pilar P1 para
Depois 1 andar:
da cura
N SdDC = 2 ( RSd ,VS + RSd ,VP ) = 1173,88kN → Depois da cura
N SdAC = 2 ( RSd′ ,VS + RSd′ ,VP ) = 403,98kN → Antes da cura
N SdAC = 2 ( RSd′ ,VS + RSd′ ,VP ) = 403,98kN → Antes da cura

Propriedades mecânicas dos materiais:

Perfil de aço Armadura Concreto


fy = 350MPa fys = 500MPa fck = 40MPa
Ea = 200000MPa Es = 210000MPa *Ec = 30105MPa

*Para concreto de densidade normal: Ec = 0,85×5600×(fck)0,5

Dados da seção mista utilizada:

Perfil de aço:

Tubo Estrutural VB 355,6x12,7mm

Comprimento: L = 4000mm

Diâmetro externo: D = 355,6mm

Espessura: t = 12,7mm

Diâmetro interno: d = 342,9mm

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Raio externo: R = 177,8mm

Raio interno: r = 165,1mm

Área da ST: Aa=137cm2


Momento de Inércia: Ia = 20140cm4

385
Armadura:

Inicialmente, não serão utilizadas armaduras no concreto, conforme previsto no item P.1.3e da ABNT
NBR 8800:2008. Portanto, As = 0 e Zs = 0.
Concreto:

Será utilizado concreto de densidade normal, conforme especifica a ABNT NBR 8800:2008 para o caso
de pilares mistos.

Área de concreto: Ac = 856,3cm2


Inércia do Concreto: Ic = 58355cm4

Dimensionamento do pilar misto depois da cura:

Verificação da esbeltez local do perfil de aço:

De acordo com a seção 4.4.2 deste capítulo, devem-se atender às seguintes condições:
D 355,6
= = 28,0
t 12,7
D 355,6
D = E355,6 = 28,0 20000
t = 12,7
0,15 a
= 0,15 = 28,0
× = 85,7
t f12,7 35
y
EEa 20000
D f a ==E0,15
0,15
0,15 0,15 ×× 20000 == 85,785,7
< 0,15
f yy
a
→ 35
35Perfil compacto → Ok!
t fy
D E
D < 0,15 Eaa → Perfil compacto → Ok!
tt < 0,15
Cálculo → Perfil
dasff ypropriedades compacto
principais → mista:
da seção Ok!
Ec ,red = Ec = 30105MPa
y (Seção tubular : ϕ = 0)
Rigidez efetiva da seção mista:
(EEI )e ==EEc a=I a30105MPa
+ 0,70Ec I c + E s I(Seção
s = 20000 × 20140 + 0,7 × 3010,5 × 58355 + 0
red = E c = 30105MPa
Ecc,,red tubular :: ϕ
(Seção tubular ϕ == 0)
0)
( EI )ee = 5,2577 ×10 kNcm
8 2
( EI )e = EEaaIIaa ++ 0,70 0,70EEccIIcc ++ EEssIIss == 20000
20000×× 20140
20140 ++ 0,7
0,7 ××3010,5
3010,5××58355
58355 ++ 00
((EI
EI ))ee == 5,2577
5,2577××10
10
8
kNcm
2
8 kNcm 2
⎛ 35 ⎞
N pl ,a ,Rd = f yd Aa = ⎜ ⎟ ×137 = 4359,1kN
Resistência de cálculo ⎝ 1,10 da ⎠seção à plastificação total (força axial de compressão):
⎛⎛ 35
35 ⎞⎟⎞×137 = 4359,1kN
N pl ,a ,Rd = = ff yd A a == ⎜ ⎛ 4,0 ⎞
N A
N plpl,,ca,,RdRd = f cdyd1 Aca = α f cd A⎠c⎟⎠ ×=137
⎝⎜⎝1,10
1,10 0,95=×4359,1kN
⎜ ⎟ × 856,3 = 2324,2kN
⎝ 1, 40 ⎠
⎛⎛ 4,0
4,0 ⎞⎞
N = f
N pl ,c ,Rd = f cd 1 Ac =⎛α50
pl , c , Rd cd 1 A c = α f
f cd A
cd A ⎞ c = 0,95 ×⎜⎝⎜1, 40 ⎟⎠⎟××856,3
c = 0,95 × 856,3 == 2324,2kN
2324,2kN
N pl ,s ,Rd = f sd As = ⎜ ⎟ × 0 = 0kN⎝ 1, 40 ⎠
⎝ 1,15 ⎠
⎛ 50 ⎞⎞
N
N s ,Rd ===Nffsdpl ,A s ==+⎜⎛N50 pl ,c ,⎟
×+0 N= 0kN
pl , s ,Rd = 4359,1 + 2324,2 + 0 = 6683,3kN
N plplpl,,,Rd
s ,Rd sd sA
a , Rd
⎝⎜⎝1,15 ⎟Rd× 0 = 0kN

1,15 ⎠
N = N pl ,a ,Rd + N pl ,c ,Rd + N pl ,s ,Rd = 4359,1 + 2324,2 + 0 = 6683,3kN
N plpl,,Rd Rd = N pl ,a ,Rd + N pl ,c ,Rd + N pl , s ,Rd = 4359,1 + 2324,2 + 0 = 6683,3kN
N pl ,R = Aa f y + α Ac f ck + As f ys = 137 × 35 + 0,95 × 856,4 × 4,0 = 8049,3kN
386
π= 2A( EI )e+ α πAc2 f×ck(5,2577 ×=108
)
N epl=,R = Aa f2y +=α Ac f ck + As f ys =2 137××=35
N pl , R a f y + As f ys 137 ++ 0,95
0,95××856,4
32432kN
35 856,4×× 4,0
4,0 == 8049,3kN
8049,3kN
(2KL) (1,0 × 400)
ππ 2((EI
EI ))e ππ 2 ××(5,2577
2
(5,2577××10
8
108))
⎛ 50 ⎞
N pl ,s ,Rd = f sd As = ⎜⎛ 35⎟ ⎞× 0 = 0kN⎛ 4,0 ⎞
N Rd = f cd cd11Acc =⎝α f cdcd A⎠cc =×137
1,15 0,95=×4359,1kN
⎜ ⎟ × 856,3 = 2324,2kN
,Rd = f yd Aa = ⎜
Nplplpl,,c,ca,,Rd ⎟ ⎝ 1, 40 ⎠
⎝ 1,10 ⎠
N pl ,Rd = N pl ,a ,Rd + N pl ,c ,Rd + N pl ,s ,Rd = 4359,1 + 2324,2 + 0 = 6683,3kN
⎛ 50 ⎞ ⎛ 4,0 ⎞
N =
N pl ,c ,Rdde=esbeltez f A =
f cd 1 Ac =⎜⎝reduzido
α f cd ⎟⎠A×c =0= 0kN
0,95 × ⎜misto:⎟ × 856,3 = 2324,2kN
Índice
pl
pl ,, ss ,,Rd
Rd sd
sd ss
1,15 do pilar
⎝ 1, 40 ⎠
N pl ,R = Aa f y + α Ac f ck + As f ys = 137 × 35 + 0,95 × 856,4 × 4,0 = 8049,3kN
N plpl,,Rd Rd = N pl Rd + N50 Rd + N pl Rd = 4359,1 + 2324,2 + 0 = 6683,3kN
pl,,aa,,Rd
⎛ pl

pl,,cc,,Rd pl,,ss,,Rd
N pl ,s ,Rdπ 2=( EI f sd)As =π⎜2 × (5,2577 ⎟ × 0 =×0kN 108 )
Ne = e
= ⎝ 1,15 ⎠ = 32432kN
N plpl,,RR =(KL
2
Aaa f)yy + α Acc f ck(1,0 + ×s 400)
A f =
2
137 × 35 + 0,95 × 856,4 × 4,0 = 8049,3kN
N pl ,Rd = N pl ,a ,Rd + Nckpl ,c ,Rd s+ysysN pl ,s ,Rd = 4359,1 + 2324,2 + 0 = 6683,3kN
K = 1,022 → Pilar contraventado.
π ( EI )ee π 22 × (5,2577 ×1088)
N ee = = = 32432kN
N pl ,R =(KL N
22
Aapl)f,Ry + α A8049,3 f(1,0
c ck + ×A 400)
f
s ys =
22
137 × 35 + 0,95 × 856,4 × 4,0 = 8049,3kN
λom = = = 0, 498
K = 1,0 2 N→ 32432
π ( EIe )e Pilar π 2 ×contraventado.
(5,2577 ×108 )
Ne = = = 32432kN
χ =
Verificação
0,981 (KL )
N plpldo
2
(1,0 × 400) 2
,,RR pilar misto:
8049,3
λom = = = 0, 498
NKomPM
Rd
= 1,0= χNN →e
e pl , Rd =
Pilar
32432
0,981 ×
contraventado.
6683,3
Por meio de λ , obtém-se o valor de χ na Tabela 1 da ABNT NBR 16238:2013
om

χN = 0,981
PM
Rd = 6556kN
N pl ,R 8049,3
λ =
om = = 0, 498
PM
PM
N Rd
Rd = χ N
N epl
pl,,Rd
Rd = 32432
0,981 × 6683,3
χ PM
=DC0,981 1173,88 × (5pavimentos)
N Sd = 6556kN
PM
N Rd
Rd
PM
= = 0,90 → Ok!
N 6556
Rd = χ N pl ,Rd = 0,981× 6683,3
N RdPM

Comparando com a força de compressão solicitante de cálculo (depois da cura):


PMAa f yd 137××(5pavimentos)
(35 /1,10)
Rd = 1173,88
DC
δN=SdSd 6556kN
DC
= = = 0,65
= 0,90 → Ok!
PMPMN pl ,Rd 6683,3
N Rd
Rd 6556
0,2DC<Aδ f< 0,9137→ (35Ok!
×(5pavimentos)
/1,10) de aplicação da norma:
N
δ= = = aa 1173,88
Verificação yd quanto
yd × aos limites = 0,65
Sd
= 0,90 → Ok!
λNomRdPM=N0,plpl,498
,Rd
Rd < 2,06683,3
→ Ok!
6556
Fator de contribuição do aço:
0,2 <Aδa < f yd0,9 137→× (35Ok!
/1,10)
δ= = = 0,65
λom = N0,pl498 ,Rd < 2,0 6683,3
→ Ok!
om

0,2 < δ < 0,9 → Ok!

λom = 0, 498
Esbeltez < 2,0do pilar:
reduzida → Ok!

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


λom = 0,498 < 2,0 → Ok!

Relação altura/largura da seção do pilar:

Como a seção é circular, a relação é igual a 1,0 → Ok!

Dimensionamento do pilar de aço isolado (antes da cura):

(conforme item F.4 da ABNT NBR 8800:2008)

Fator de redução associado à flambagem local:


387
D
= 28,0
t
Ea 20000
0,11 = 0,11× = 62,9
fy 35
D
D
D = 28,0 E a
t < 0,11 → Q = 1,0
tt = 28,0 f y
D Ea 20000
0,11 = 28,0 2= 0,11 × 20000 = 62,9
E πya =redução
a I a ×πassociado × 20000 à×resistência
t
Fator
0,11 fde E0,11 2
35 = 62,9 20140 à compressão:
Ne = = = 24847kN
f 2 35(1,0 × 400)2
E ay( KL) 20000
Obs.:
D como
0,11 = 0,11
Ea o × perfil possui = 62,9 seção transversal fechada, não é necessário verificar a flambagem global por
D
torção < 0,11
f y(Nez) E devido →35àQsua = 1,0 elevada
t < 0,11 QAaf yfa y →1,0Q ×137 = 1,0 × 35 inércia à torção. Com isso, a carga crítica de flambagem elástica será
λD
igual =
to à deNflexão: f =
D = 28,0 Eeay 24847
t < 0,11 π 2
E I →
π 2
× Q
20000 = 1,0× 20140
∴Nt eλo==π0,2 E44 f yI2 = π 2 × 20000 × 20140
a a
= 24847kN
N = E ( KL a) a
= 20000 (1,0 × 400) 2
= 24847kN
0,11
χ = 0,989
e a
( = 0,11 2 ×
2KL ) (Tabela 2 (1,0 1 -=×NBR16239:2013)
62,9
400) 2
fπ E I π 35 × 20000 × 20140
N e = yQAaa 2fay = 1,0 ×137 × 352 = 24847kN
λo = (QA KLa) f y = 1,0 (1,0× × 400)
137 × 35
λDo = NEe a = 24847
< 0,11χNQA g f y→ 0,989 Q = 1,0 ×1,0 ×137 × 35
∴ t λc,Rd
N =QAaffy y
o = 0, 44
e =1,0 ×24847 137 × 35
λ∴o λ= = 0, 44γ a1 = 1,1
o N 24847
χ = 0,989 π 2 E I a (Tabela
e 1 - NBR16239:2013)
π 2 × 20000 × 20140
∴∴NχλeN = 0,=44a4311kN
=o=0,989
c,Rd =
(Tabela 1 - NBR16239:2013) = 24847kN
( KL) 2
(1,0 × 400)2
χN=SdDC0,989
Força deχ403,98
compressão(Tabela × (5pavimentos)
resistente ×1,0 ×de137
1 - NBR16239:2013) cálculo
× 35 do pilar de aço isolado:
N ==QAQA f g fy
=1,0
0,989
× 137 × 35 = 0,47 → Ok!
λN
PM
No c,Rd
= χQAg =f y 4311
a y 0,989 ×1,0 ×137 × 35
c,Rd = N a1
Rd γ = 24847 1,1
eγ 1,1
⎧ 2 DχQA = 2a1g ×f y355,6 0,989 = 711mm ×1,0 ×137 × 35
∴N c,RdλNo c,Rd=
⎪= 0, = 444311kN =
∴lQ N ≤ c,Rd⎨ L = 4311kN γ4000
a1 1,1
χN =SdDC0,989⎪ = (Tabela
403,98 × 1 - NBR16239:2013)
(5pavimentos)
∴ DC⎩= 3 4311kN 3 = 0,47 → Ok!
N NSd
Comparando c,Rd =403,98 × (5pavimentos)
∴ NlRdQ ==711mmcom
PM a força de compressão
4311 = 0,47 solicitante
→ Ok! de cálculo (depois da cura):
PM
N DC 4311
× (5pavimentos)
N Rd χQA
403,98
= g×f 355,6 0,989 ×1,0 ×137 × 35
⎧ =
2 D 2 = = 711mm = 0,47 → Ok!
Sd y
N c,RdPM =

lNQ ≤⎨
Rd ⎧2 D =
⎪ L γ4000 2 × 355,6
a1
4311= 711mm 1,1
V =
lQSd≤ ⎪⎨ L 40001173kN =
∴ ⎧⎩⎪23D===
N c,Rd
Cisalhamento 23×na
4311kN 355,6 = 711mm
superfície de contato entre o perfil de aço e o concreto:
∴ M l ⎪==
⎩ 30kN
711mm 3
lQ ≤QSd ⎨ L 4000
∴ NlDC
Região Q⎪ = 711mm = ligação× (5pavimentos)
de403,98
Vl ,SdSdPM⎩== 3V 3 com as vigas: = 0,47
Sd (1 − δ ) = 1173 × (1 − 0,65) → Ok!
= 410,6kN
∴ NlRd = 711mm 4311
Comprimento
Q de introdução de carga (lQ):
VSd = 1173kN ⎛ M pl ,a ,Rd ⎞
V 2=DM= 2⎜×1355,6
MSdl ,Sd=⎧1173kN − = 711mm ⎟⎟ = 0kNcm
M ⎪= 0kNSd ⎜ M
lQ Sd≤ ⎨ L 4000 ⎝ pl , Rd ⎠
VM Sd Sd=⎪ =1173kN
0kN =
VAlQ,Sd=⎩=(2 3Vπ r(1
Sd Q
)l −3δ=)2=π1173 ×16,51 × (1×−71,1 0,65) = 410,6kN
∴Vl l,SdSdQ = V
M
∴ AQ = 7375,6cm
0kN
711mm
Sd (1 − δ ) = 21173 × (1 − 0,65) = 410,6kN
⎛ M pl ,a ,Rd ⎞
VMl ,Sdl ,Sd==VSdM(1Sd−⎜⎛δ1 − ) =M 1173 × (1 ⎟⎞ =− 0kNcm
0,65) = 410,6kN
V=l ,M ⎜ 410,6− M pl , a , Rd ⎟
=
388 M
τ l ,Sd= Sd
Sd= ⎝⎜⎜ 1 pl , Rd ⎠⎟⎟ 0kNcm
VSd Sd = 1173kN
AQ ⎛⎝7375,6 M
M ,a ,Rd ⎞⎠
pl , Rd
MAQl ,Sd= (2 = πMr Sd )lQ⎜1=−2−π2 ×pl16,51 ⎟⎟2×=71,10kNcm
∴MAQτSdSd==(2 =0kN 5,60
π r )lQ⎜⎝×= 102πM kN/cm
× 16,51
pl , Rd ×=
⎠ 0,56MPa
71,1
∴ AQ = 7375,6cm2
2
PM
N NSdDC
Rd ⎧2 D = 2 ×f ×
χ403,98
QA 4311= 711mm
355,6
(5pavimentos)
⎪= g y 0,989 ×1,0 ×137 × 35 → Ok!
= 0,47
N ≤ ⎨=L 4000 =4311
lNQ c,Rd
PM
Rd ⎧2 D= =

γ 2 × 355,6 = 711mm
a1 1,1

⎩ 3 3
lQ ≤ ⎧⎨2LD =4000
∴ N
∴ lQ c,Rd = = × 355,6 = 711mm
2
4311kN
= 711mm
⎪⎪
Determinação
⎩ 3
lQ ≤ ⎨ L 4000 3dos valores de Vl,Sd e Ml,Sd:
∴ DC =
N lSdQ ⎪⎩=3711mm
403,98 × (5pavimentos)
=
Considerando 3 que = 0,47
a viga está ligada apenas→no Ok!
perfil de aço do pilar, tem-se que:
PM
N
∴ l = 711mm
VSdQ = 1173kN
Rd 4311

V D = 2 × 355,6 = 711mm
MSdSd=⎧⎪=21173kN
0kN
l ≤ ⎨L 4000
Q
VV = 1173kN
=
MSd Sd ⎪= VSd (1 − δ ) = 1173 × (1 − 0,65) = 410,6kN
0kN
l ,Sd
⎩3 3
Vll,SdQSd ===711mm
M
∴ 0kN
VSd (1 − ⎛ δ ) =M1173 × (1
⎞ − 0,65) = 410,6kN
pl , a , Rd
M l ,Sd = M Sd ⎜1 − ⎟⎟ = 0kNcm
Vl ,Sd = VSd (1 −⎜⎛⎝δ ) = M 1173 × (1 − 0,65) = 410,6kN
M pl ,a ,Rd ⎞⎠
pl , Rd
M Sd = M Sd ⎜1 − ⎟⎟ = 0kNcm
VASdQl ,= (2π r )lQ⎛⎜⎝ = 2M
= 1173kN πM×pl16,51
pl , Rd ⎞
, a , Rd ⎠ × 71,1
Área
M l ,Sdde= cisalhamento
M Sd ⎜1 − 2 na interface ⎟⎟ = 0kNcm aço/concreto (AQ):

M A = = ⎜
7375,6cm
0kN M
AQSdQ= (2π r )lQ⎝ = 2π ×16,51 pl , Rd ⎠ × 71,1
∴ )lQ− δ
=Vπ7375,6cm )2=π1173
2
VA A==(2 V r(1 =410,6 ×16,51 × (1×−71,10,65) = 410,6kN
τlQSd,Sd Q= l Sd ,Sd
=
∴ AQ =VA7375,6cm Q 7375,6
410,6
2

Tensão
τ Sdτ = = 5,60 de ⎛
l ,Sd cisalhamento M ⎞
atuante na área AQ:
M =⎜7375,6
pl , a , Rd
M
∴ Sd VA Sd ⎜×
110 − −2 kN/cm⎟2==0kNcm 0,56MPa
l ,Sd
Q 410,6 M ⎟
τ Sd = l ,Sd = ⎝ −2 pl ,Rd ⎠2
τ Sdτ Sd> τ=ARdQ5,60
∴ = 0,55MPa
×7375,6
10 kN/cm → = Utilizar
0,56MPa conectores decisalhamento.
AQ = (2π r )lQ = 2−π2 ×16,512× 71,1
∴τ SdτASd> ==τ⎧Rd5,60
lb d=bσ
×10 2kN/cm
0,55MPa 2 → = 0,56MPa Utilizar conectores decisalhamento.
∴ Q 7375,6cm c ,Rd ≤ 5d b σ c ,Rd → Esmagamento do concreto
τPara ⎪
τ ⎨Rd =tubular
VSdRd >≤perfil
(1) 0,55MPa
lSdb d4bπσ c⎛410,6
d 2 fsem → Utilizar
d b2⎞σ≤conectores f ubdeconectores decisalhamento.
cisalhamento, a ABNTdoNBR 8800:2008 estabelece como limite
V⎧l ,0, ⎜ ,Rd b ≤ 5ub
⎟ 2, 4 d t →
→ Esmagamento
Cisalhamento concreto
do parafuso
τpara = ⎪
⎪ =
a tensão cisalhante
c ,Rd

⎝⎛ d42≤ γ5f ad2 2⎠⎞σo valor deγf a0,55MPa.


b
VSdRd(1) ≤ ⎧A ⎩⎨lQb d bσ c7375,6 2 → Esmagamento do concreto
⎪⎪ 0, 4 π ,Rd b

ubb c ,Rd
⎟ ≤ 2, 4 d t ub
→ Cisalhamento do parafuso
τ Sdτ >≤τ=Rd5,60 = 0,55MPa → Utilizar b
conectores de cisalhamento.
d4b2 γfkN/cm γf a 2


V (1)
Rd Sd ⎨ ⎩ ×⎛⎝10 2
a 2 ⎞⎠
2
= 0,56MPa
⎪ 0, 4 π ⎜
ub
⎟ ≤ 2, 4 d b t ub
→ Cisalhamento do parafuso
Devem ⎩ ser previstos,
⎝ 4 γ a 2então,

τ Sd > τ Rd = 0,55MPa → Utilizar conectores decisalhamento. γ
conectores a 2 de cisalhamento para resistir à totalidade dos efeitos de Vl,Sd e Ml,Sd.
Por ser de mais fácil execução, será utilizado o dispositivo do tipo 1.
⎧lb d bσ c ,Rd ≤ 5d b2σ c ,Rd → Esmagamento do concreto

VRd ≤ ⎨
(1)
⎛ d b2 f ub ⎞ f ub
⎪ 0, 4 π ⎜ ⎟ ≤ 2, 4d b t → Cisalhamento do parafuso
⎩ ⎝ 4 γ a2 ⎠ γ a2

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Adotando parafusos do tipo ASTM A325 com φ = ¾”:
⎧lb = 5db = 95mm (máximo permitido pela norma)

⎨db = 3 / 4" = 19,0mm
⎪ f = 825MPa
⎩ ub
f u = 485MPa (Perfil VMB 350 − V&M)

f ck A2
σ c ,Rd = ≤ f ck
γ c γ n A1
40
∴σ c ,Rd = × 4 = 40,8MPa > f ck → σ c ,Rd = 40MPa
1, 40 ×1, 40 389

lb dbσ c ,Rd = 5db2σ c ,Rd = 5 × (1,9)2 × 4,0 = 72,2kN

⎛ db2 f ub ⎞ ⎛ (1,9)2 ⎞ ⎛ 82,5 ⎞


u b
f ck A2
σ⎪ cf,Rd = 825MPa ≤ f ck
⎩f u = 485MPa
ub
γ fc γckn A A1 (Perfil VMB 350 − V&M)
σ c ,Rd = 2
≤ f ck
f = 485MPa γ γ 40 A (Perfil4 VMB 350 −> fV&M)
∴ ⎧lσb c=,Rd5d=bf ck= 95mm
u c n A2 × (máximo
1 = 40,8MPa permitidock pela σ c ,Rd = 40MPa
→norma)
σ⎪ c ,Rd = 1, 4040 ×1, 40 ≤ f ck
∴ ⎨dσb c ,=Rd3=γ/fc4"
Esmagamento γ n = 19,0mmdo
A1 concreto:
A × 4 = 40,8MPa > f ck → σ c ,Rd = 40MPa
σ
l⎪b dcf,bRdσ = = 1,
=
ck
40 2× 1,
σ
2
40≤ f
A1c ,Rd ×5 ×4(1,9)
= × 4,0 = 72,2kN
2
5
γ c γ n b40 d
⎩ σubc ,Rdc ,Rd825MPa
ck
∴ = = 40,8MPa > f ck → σ c ,Rd = 40MPa
lb dbσ c ,Rd 2=1,540 db240×σ1,c ,Rd40= 5 × (1,9)2 ×24,0 = 72,2kN
f uσ=
Cisalhamento ⎛ d=b f ub ⎞do parafuso: ⎛=(1,9) ⎞ ⎛−82,5 f ck ⎞ = →

0,4 πc ,Rd485MPa
⎜ 1, 40 ⎟2×=1, 0,4
40
(Perfil
×× π 4×VMB

350
40,8MPa
⎟ × ⎜ > V&M) ⎟ 69,3kN
σ c ,Rd = 40MPa
lb dbσ⎝⎛c ,Rd 4 2=γ5d σ
d f a 2 b⎠⎞ c ,Rd = 5 × (1,9) 2
4× 24,0 =1,35
⎝⎛ (1,9) ⎠⎞ ⎝⎛ 82,5 ⎠⎞ 72,2kN
0,4π ⎜ b f ck ub ⎟2A=2 0,4 × π × ⎜ 2 ⎟ × ⎜ ⎟ = 69,3kN
σ bσ⎝
lb dc ,Rd c⎛=,Rdd4f 2=γf5a 2db⎠⎞σ c ,Rd≤ =f ck5 × (1,9) ⎝ 4
⎛ (1,9)× 24,0
⎠ = 72,2kN
1,35
⎞ ⎞⎛ 82,5 ⎠⎞

⎛ 48,5
0,4dπb⎜t γbubc γ n=ub2,4
2,4 ⎟
A=1×0,4 1,9××π1,27 × ⎜ × ⎜ ⎟ ×⎟⎜= 208,1kN ⎟ = 69,3kN
⎝⎛ γdf4baub22 γf aub2 40⎠⎞ ⎛⎝41,35
⎝⎛ (1,9)48,5
2
⎠⎞ ⎞⎠⎝⎛ 1,35
82,5 ⎠⎞
2,4
∴ 0,4 σdπc ,bRd⎜t = = 2,4 ⎟ =×0,4 1,9×××π1,27
4×=⎜ ×40,8MPa
⎜ ⎟ ×⎟⎜=>208,1kN f ck ⎟ =→ σ c ,Rd = 40MPa
69,3kN
VRd = 69,3kN
(1)
⎝ γ 4
fa 21, γ 40
a 2 ⎠× 1, 40 ⎝ ⎝41,35⎠
⎛ 48,5 ⎞ ⎠ ⎝ 1,35 ⎠
2,4dbt ub = 2,4 ×1,9 ×1,27 × ⎜ ⎟ = 208,1kN
V (1)
lAssim,
d σ= γf a=2 5db σ c ,Rd = 5 × (1,9)⎝⎛ ×1,35
69,3kN 2 2
4,0
48,5 ⎠⎞= 72,2kN
2,4Rddbt=aVub
(1)
nV b Rd b c , Rd força
l ,Rd= 2,4 resistente
×1,9 ×1,27 de cálculo
× ⎜ ao⎟ cisalhamento
= 208,1kN de cada parafuso é igual a:
(1)(1) γ ⎝ 1,35 ⎠
V

nV 69,3
Rd = 69,3kN
Rd ⎛=dV
n= a22 422,3
f ub ⎞ ∴ n =⎛ 6,1 (1,9)2 ⎞ ⎛ 82,5 ⎞
b l ,Rd
0,4 π
(1) ⎜ ⎟ = 0,4 × π × ⎜ 6,1 ⎟ ⎜ × ⎟ = 69,3kN

V
6nV 69,3 (1)= 69,3kN
dRdbRd=⎝=6 V n 4 =
×de 19,0γ
422,3
a 2 ⎠= 114mm < ⎝
∴ n = 4
lQ = 711mm ⎝ 1,35
⎠ resistir → ⎠ Ok!
Número l ,Rdparafusos necessários para à totalidade dos efeitos de Vl,Sd e Ml,Sd:

6nV (1) n = 422,3
d69,3
b == 6Vf×19,0 = 114mm∴ n<=lQ6,1=⎛ 48,5
711mm⎞ → Ok!
2,4Rddbt ubl ,Rd= 2,4 ×1,9 ×1,27 × ⎜ ⎟ = 208,1kN
∴6d69,3 nγ a=2 422,3 ∴ n = 6,1 ⎝ 1,35 ⎠
b = 6 × 19,0 = 114mm < lQ = 711mm → Ok!
= 669,3kN
×19,0pode
6dRd(1)b simetria,
V
Por = 114mm < lQ =n711mm
ser adotado → Ok!
= 8 parafusos.
nVRd(1) = Vl ,Rd dos conectores na região de introdução de carga (AQ):
Distribuição
∴ 69,3n = 422,3 ∴ n = 6,1
Espaçamento mínimo: 6db = 6×19,0 = 114mm
6db = 6 ×19,0 = 114mm < lQ = 711mm → Ok!

Adotar espaçamento de 250mm, conforme esquematizado a seguir:

390
Trechos entre regiões de introdução de carga:

Dessa forma, não será necessário utilizar conectores de cisalhamento nos trechos entre regiões de intro-
dução de carga.
N Sd 5 ×1173
= = 0,88 > 0,3
N pl ,Rd 6683,3

Obs.: no dimensionamento de pilares mistos, deve-se verificar, ainda, as forças cortantes que agem segundo
os eixos de simetria da seção, conforme prescrito na ABNT NBR 8800:2008. No entanto, neste exemplo, foi
considerada apenas a força normal de compressão (centrada) atuando no pilar, o que dispensa tal verificação.

EXEMPLO 8
Idem ao exercício 7, porém considerando que haja um momento fletor solicitante de cálculo igual a
NSd e constante em todo o comprimento do pilar. Tomar e igual a d/10, sendo d o diâmetro externo

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


do tubo.

Momentos solicitantes de cálculo no pilar P1:

Para 1 andar,
D
M Sd = N Sd × e = N Sd ×
10
D 35,56
M SdDC = N SdDC e = N SdDC = 1173,88 × = 4174,32kNcm
10 10
D 35,56
M SdAC = N SdAC e = N SdAC = 403,98 × = 1436,55kNcm 391
10 10
D 355,6
= = 17,26
t 2,06
D
M Sd = N Sd × e = N Sd ×
10
Para D=355,6mm, temos:
D 35,56
M SdDC = N SdDC e = N SdDC = 1173,88 × = 4174,32kNcm
10 10
D 35,56
M SdAC = N SdAC e = N SdAC = 403,98 × = 1436,55kNcm
10 10
D 355,6
= = 17,26
t 2,06
Dados da seção utilizada:
Ea 20000
0,15 = 0,15
Perfil fde aço: × = 85,7
y 35
Tubo
D Estrutural
E V&M 355,6x20,6 mm
< 0,15 a → Perfil compacto → Ok!
t f y L=4000mm
Comprimento:

E c ,red = E c Externo:
Diâmetro = 30105MPa (Seção tubular : ϕ = 0)
D=355,6mm

(Espessura:
EI )e = E a t=20,6mm
I a + 0,70Ec I c + E s I s = 20000 × 30550 + 0,7 × 3010,5 × 547962 + 0

(Massa por metro: P=170kg/m


EI )e = 712072721kNcm2
Área da ST: Aa=217cm2
N pl ,Rd = Aa f yd + Ac (α f cd ) + As f sd
Momento de Inércia: Ixx=30550cm4
35 ⎛ 4 ⎞
N pl ,Rd = 217 × + 776,35 × ⎜ 0,95 × ⎟ + 0 = 9011,78kN
Módulo Elástico ⎝
1,1a flexão: W=1720cm³ 1,4 ⎠

Módulo a fy +αa
N pl ,R = APlástico f ck + AZ=2320cm³
Acflexão: s f ys = 217 × 35 + 0,95 × 776,35 × 4,0 + 0 = 10545kN

π 2 ( EI )e π 2 × (712072721)
Ne =
Armadura: = = 43924kN
(KL)2 (1,0 × 400)2
Inicialmente, não serão utilizadas armaduras no concreto, conforme previsto no item P.1.3e da ABNT
K = 1,0
NBR → Pilar
8800:2008. intermediário
Portanto, As=0 e contraventado
Zs=0.
N 10545
λom =
Concreto:
pl ,R
= = 0, 489
Ne 43924
Será utilizado concreto
Ac fcd 1 − A de densidade normal, conforme especifica
× (0,95a ×ABNT
4 /1, 4)NBR
− 0 8800:2008 para o caso
sn (2 f sd − f cd 1 ) 776,35
h =
den pilares mistos. =
2 D fcd 1 + 4 t (2 f yd − fcd 1 ) 2 × 35,56 × (0,95 × 4 /1, 4) + 4 × 2,06 × (2 × (35 /1,1) − (0, 95 × 4 /1, 4)
Área de concreto: Ac=776,35cm2
∴ hn = 3,01cm
Inércia do Concreto: Ic=47962cm4
n
Z sn = ∑Plástico
Módulo Asni e yi =do
0 (Não há armadura!)
Concreto: Zc=5180cm3
i =1

Z cn = (d − 2t )hn2 − Z sn = (35,56 − 2 × 2,06) × 3,012 − 0 = 285cm 3

Z an = dhn2 − Z cn − Z sn = 35,56 × 3,012 − 285 = 37,18cm 3


392
M pl ,Rd , = f yd ( Z a − Z an ) + 0,5α f cd ( Z c − Z cn ) + f sd ( Z s − Z sn )
35 4
M = × (2320 − 37,18) + 0 ,5 × 0,95 × (5180 − 285)+0
D
M Sd = N Sd × e = N Sd ×
10
D 35,56
M SdDC = N SdDC e = N SdDC
Dimensionamento do 10 = 1173,88
pilar ×
misto (depois = 4174,32kNcm
D 10da cura):
M Sd = N Sd × e = N Sd ×
Verificação da esbeltez
AC D 10 do perfil35,56
local de aço:
M AC
= N AC
e = N D= 403,98 × = 1436,55kNcm
M Sd = N Sd × e = N Sd 10
Sd Sd Sd × 10
De acordo com DC 10 D 35,56
M SdDC = N SdDC e =aNseção 4.4.2 deste capítulo,
D= 1173,88 × deve-se atender às seguintes condições:
= 4174,32kNcm
MD Sd 355,6= N Sd × e = N Sd
Sd ×10 10
= DC= 17,26DC D 10 35,56
M DC
=
t SdAC 2,06SdAC N e = N Sd D = 1173,88 × 35,56 = 4174,32kNcm
AC 10 10
M SdDC = N SdDCe = N SdDC D = 403,98 × 35,56= 1436,55kNcm
M Sd E=a N Sd e = N Sd 10 = 1173,88 × 10
20000 = 4174,32kNcm
0,15 = 0,15 × AC D 10 = 85,7 35,56
10
f=y N Sd e = N Sd3510 = 403,98 × 10 = 1436,55kNcm
AC AC
MD Sd 355,6
= = 17,26 D 35,56
M t SdAC = 2,06N SdAC e = N SdAC = 403,98 × = 1436,55kNcm
D 355,6E a 10 10
<
= 0,15 = 17,26 → Perfil compacto → Ok!
t E2,06 f 20000
0,15
D 355,6 a
= 0,15 ×
y = 85,7
= fy = 17,2635
Et c ,red E=2,06
0,15 a E = 30105MPa
=c 0,15 ×
20000 (Seção tubular : ϕ = 0)
= 85,7
D E y das
Cálculo f 35
E apropriedades
20000 principais da seção
(0,15EI<)e0,15 =a = →
I a + ×0,70 EPerfil Ecompacto
+85,7 → mista:
Ok!
t
E a0,15
f c Ic = s I s = 20000 × 30550 + 0,7 × 3010,5 × 547962 + 0
D f 35
E a da seção mista:
y
Rigidez < 0,15
y efetiva
→ Perfil2 compacto → Ok!
(EDt c ,red)e= E c Ef=y 30105MPa
EI = 712072721kNcm (Seção tubular : ϕ = 0)
< 0,15 a → Perfil compacto → Ok!
(NEtEI yd + Ac (α f cd ) + A
pl ,Rd = AafIyf 30105MPa s f sd
c ,red)e ==EEc a= tubular : ϕ = 0)
a + 0,70 E c I c + E s I s = 20000 × 30550 + 0,7 × 3010,5 × 547962 + 0
(Seção

((Nc ,red) ==
EEI c a= 35 Ec I c + 2E s(Seção⎛ = 20000 4 ⎞ : ϕ =+0)
EI )ee ==EE712072721kNcm
217 I a30105MPa
×+ 0,70
+ 776,35 ×I⎜s 0,95
tubular
× ×⎟30550 0,7 × 3010,5 × 547962 + 0
+ 0 = 9011,78kN
pl ,Rd
1,1 ⎝ 1,4 ⎠
((NEI
EI ))e === E Aa Ifa ++0,70 Ec fI c +) +2EA
A (α
712072721kNcm s I s f= 20000 × 30550 + 0,7 × 3010,5 × 547962 + 0
Resistência
N pl ,Re = Aa fde
pl ,Rd a yd
cálculoc
dacd seçãos àsdplastificação total (força axial de compressão):
y + α Ac f ck + As f ys = 217 × 35 + 0,95 × 776,35 × 4,0 + 0 = 10545kN
(NEIpl ,Rd)e == 712072721kNcm
Aa f yd +35Ac (α f cd ) + As⎛f sd
2
4 ⎞
N pl ,Rdπ=2 (217 EI )e× 1,1π+2 ×776,35 (712072721) × ⎜ 0,95 × ⎟ + 0 = 9011,78kN
N epl = ,Rd = Aa f2 yd +
=35Ac (α f cd ) + As⎝⎛2f sd = 43924kN 1,4 ⎠
4 ⎞
( KL ) (1,0 ×
N pl ,Rd = 217 × + 776,35 × ⎜ 0,95 × ⎟ + 0 = 9011,78kN 400)
N pl ,R = Aa f y + α 1,1Ac f ck + As f ys ⎝= 217 × 1,4 35 +⎠ 0,95 × 776,35 × 4,0 + 0 = 10545kN
→× 35 ⎛ 4 ⎞
N pl=,Rd1,0= 217
K Pilar intermediário
+ 776,35 × ⎜ 0,95contraventado
× ⎟ + 0 = 9011,78kN
N pl ,R π =de 2A f + α
( aEI y) + As fdo
1,1πAc2 f×ck(712072721) ⎝ 217 × 1,4
ys = 35 +⎠ 0,95 × 776,35 × 4,0 + 0 = 10545kN
Índice esbeltez reduzido pilar misto:
N e = N pl ,2R = 10545 e
= 43924kN
λNompl ,R= π=(2KL A( aEIf) y)+=α πAc2 f(1,0 ×A=400) 2
× (712072721) × 35 + 0,95 × 776,35 × 4,0 + 0 = 10545kN
ck + s f0,
ys =
489217
N e = N e2 e = 43924 = 43924kN
K = 1,0 (2KL→ )
π ( EI ) π × (712072721)Pilar2 (1,0 ×
intermediário
400) 2
contraventado

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


N e = Ac fcd 1 2−e A=sn (2 f sd − fcd 1 ) 2 = 43924kN 776,35 × (0,95 × 4 /1, 4) − 0
hKn = = 1,0(KL N → ) Pilar (1,0 × 400)
intermediário = contraventado
10545
λom =2 D fcdpl1,R+ =4 t (2 f yd − =fcd0, 1 )489 2 × 35,56 × (0,95 × 4 /1, 4) + 4 × 2,06 × (2 × (35 /1,1) − (0, 95 × 4 /1, 4)
K = 1,0 NN→ 43924
Pilar intermediário contraventado
e
10545
λomhn== 3,01cm
∴ pl ,R
= = 0, 489
Ac N fN − A (2 f
43924 − f cd 1 ) 776,35 × (0,95 × 4 /1, 4) − 0
λhn == n cdpl1e,R =sn 10545 sd
= 0, =
489
Zomsn =2A ∑ DfN fAcd 1−e+yiA4=t(2
c cd 1sni e
(2 ffsdyd −− fhá
043924
(Não fcd 1)armadura!)
) 2 × 35,56 × (0,95 × 4 /1, 4) + 4 × 2,06 × (2 × (35 /1,1) − (0, 95 × 4 /1, 4)
776,35 × (0,95 × 4 /1, 4) − 0
hn = i =1 sn cd 1
=
∴ hn =
Resistência
2AD ffcd 1−+A
3,01cm 4 t(2(2 ff yd −− ffcd 1)) 2 × 35,56 × (0,95 × 4776,35
à plastificação por2 momento×fletor:
/1, 4) + 4(0,95
× 2,06××4(2
/1,×4)
(35− 0/1,1) − (0, 95 × 4 /1, 4)
hZncn== (dc −cd 21de t )hCálculo sd da Seção
n − Z sn = (35,56=− 2 × 2,06) × 3,01 − 0 = 285cm
2sn cd 1 3

2D n f cd 1 + 4 t (2 f yd − f cd 1 ) 2 × 35,56 × (0,95 × 4 /1, 4) + 4 × 2,06 × (2 × (35 /1,1) − (0, 95 × 4 /1, 4)


∴ hn = 3,01cm
Z sn =
Z an =∑ dhnA−sniZ
2 e yicn =− 0Z(Não há armadura!)
sn = 35,56 × 3,01 − 285 = 37,18cm
2 3

∴ hn = 3,01cm i =
n 1
Z snpl =
M ∑ =Afsni e(yiZ= − 0Z (Não ) +há0,5armadura!)
Z cn ,=Rd(,id=n1 − 2ydt )hn2 a− Z snan= (35,56 −cd2 × 2,06)
α f ( Z c − Z cn ) + f sd2 ( Z s − Z sn ) 3
× 3,01 − 0 = 285cm 393
Z sn = ∑ A35 e
sni yi = 0 (Não há armadura!) 4 2
Z cnanpl ,=Rd(dh
M id=1 − −
, = n
2 2t )h 2 − Z = (35,56 − 2 ×22,06) 3,01
Z×cnn(2320
− Z snsn−=37,18)
35,56 ×+ 3,01 0 ,5 × 0,95 − 285× = 37,18cm
(5180− 0 =−3285cm
285)+0
3

1,1 1, 4
Z
M = ( d
Z cnanpl ,=Rd dh = −2 2t )h − Z = (35,56 − 2 ×22,06) × 3,01 − 0 =3285cm

f Z ( Z
2
n −− Z Z sn =)35,56
+ 0,5 α× 3,01
f ( Z −−285
Z =
) +
2
37,18cm
f ( Z − Z )
3
, n yd cn a sn an cd c cn sd s sn
K = 1,0 → Pilar intermediário contraventado

N pl ,R 10545
λom = = = 0, 489
Ne 43924
Para a seção circular temos:
A f − Asn (2 f sd − f cd 1 ) 776,35 × (0,95 × 4 /1, 4) − 0
hn = c cd 1 =
2 D fcd 1 + 4 t (2 f yd − fcd 1 ) 2 × 35,56 × (0,95 × 4 /1, 4) + 4 × 2,06 × (2 × (35 /1,1) − (0, 95 × 4 /1, 4)

∴ hn = 3,01cm
n
Z sn = ∑ Asni e yi = 0 (Não há armadura!)
i =1

Z cn = (d − 2t )hn2 − Z sn = (35,56 − 2 × 2,06) × 3,012 − 0 = 285cm 3

Z an = dhn2 − Z cn − Z sn = 35,56 × 3,012 − 285 = 37,18cm 3


M pl ,Rd , = f yd ( Z a − Z an ) + 0,5α f cd ( Z c − Z cn ) + f sd ( Z s − Z sn )
35 4
M pl ,Rd , = × (2320 − 37,18) + 0 ,5 × 0,95 × (5180 − 285)+0
1,1 1, 4
M pl,Rd, = 79278kNcm

Momento fletor máximo de plastificação


Mmax , pl ,Rd , = f yd Z a + 0,5α f cd zc + f sd Z s
35 4
M max, pl,Rd = × 2320 + 0,5 × 0,95 × × 5180 + 0 = 80848 kNcm
1,1 1, 4

N SdDC ≤ N Rd Rd α= fχ ×
PM PM
Verificação do
= onde
pilar N
misto:
+ N pl ,Rd
M max , pl ,Rd , f Z
yd a 0,5 cd zc + f sd Z s

λ
Mommax=, pldevido
Falha 0,489=35àf ação Z a +conjunta
0,5α f cd de
zc +força
f Z4axial de compressão e momento fletor
M max, pl,Rd,Rd ,
= yd× 2320 + 0,5 × 0,95 ×sd s × 5180 + 0 = 80848 kNcm
χ = 0,982 1,1
Temos: 1, 4
35 4
M max, = × 2320 PM + 0,5 × 0,95 × × 5180 + 0 = 80848 kNcm
DC pl,Rd PM
N Sd ≤ N Rd1,1
Rd = χ N
PM
pl ,Rd = 0,982
χ × N pl ,Rd
onde N Rd ×=9011,78 =1,8850kN
4

λN SdDC
DC= ≤0,489
N PM
Rd onde N RdPM = χ × N pl ,Rd
× (5pavimentos)
χNom =
1173,88
éSddeterminado em função de λ0,m=, conforme
0,66 →tabela
Ok! 1 da NBR 16329:2013, ou seja, para
PM
λχNom=Rd=0,982
0,489 8850

NχNRd
=PM0,982
=8χ⎛NMpl ,Rd = 0,982M y ,Sd ×⎞ 9011,78 = 8850kNN Sd
Sd
+ ⎜ x ,Sd + ⎟ ≤ 1,0 − para ≥ 0,2
NN PM
DC 9 ⎝ M
= χ1173,88 M
N pl ,Rd =×0,982 ⎠
× 9011,78 = 8850kN N
NRd
Rd x ,Rd
(5pavimentos)
y ,Rd Rd

Sd
= M M = 0,66 → Ok!
NN PM N
+ ×8850
y ,Sd
N RdDC + 1173,88 ≤ 1,0 − para Sd < 0,2
Sd x ,Sd
(5pavimentos)
2NSdPMRd = M x ,Rd M y ,Rd = 0,66 →NOk!Rd
NN Rd 8 ⎛ M 8850
M ⎞ N
y ,Sd
Sd
+ N⎜DC x ,Sd + ⎟ ≤ 1,0 − para Sd ≥ 0,2
N 9 SdM M N Rd
Como
N Rd 8N⎝⎛PMM xx≥,Rd0,2 M y ,Rd ⎠
, temos: ⎞ N
− para Sd ≥ 0,2
y ,Sd
Sd
+ ⎜Rd ,Sd
+M ⎟ ≤ 1,0
NNRdSd +9 M ⎝M x ,Sd
+ M y ,Rd≤⎠1,0
x ,Rd y ,Sd N
− para NSdRd < 0,2
52N×1173,88 M 8 M × 4174,32 ⎞
⎛ 5y ,Rd N Rd
N SdRd M xx ,Rd + ×M ⎜ y ,Sd ⎟ ≤ 1,0 → 0,89
N ≤ 1,0 → Ok!
394 8850+ ,Sd
9+ ⎝ 79278 ≤ 1,0 ⎠ − para Sd < 0,2
2N Rd NM x ,Rd M y ,Rd
DC N Rd
Como SdPM ≥ 0,2 , temos:
N RdDC
N
Como SdPM ≥ 0,2 , temos:
χ = 0,982

N RdPM = χ N pl ,Rd = 0,982 × 9011,78 = 8850kN


DC
N Sd
Modelo 1173,88 × (5pavimentos)
= de Cálculo I: = 0,66 → Ok!
N RdPM 8850
De acordo com a seção 4.4.2.2(b) deste capítulo, o pilar deve obedecer às seguintes inequações de interação:
N Sd 8 ⎛ M x ,Sd M y ,Sd ⎞ N Sd
+ + ≤ 1,0 − para ≥ 0,2
N Rd 9 ⎜⎝ M x ,Rd M y ,Rd ⎟⎠ N Rd

N Sd M M y ,Sd N
+ x ,Sd + ≤ 1,0 − para Sd < 0,2
2N Rd M x ,Rd M y ,Rd N Rd

N SdDC
Como PM ≥ 0,2 , temos:
N Rd

5 ×1173,88 8 ⎛ 5 × 4174,32 ⎞
+ ×⎜ ⎟ ≤ 1,0 → 0,89 ≤ 1,0 → Ok!
8850 9 ⎝ 79278 ⎠

Modelo de Cálculo II:

A verificação dos efeitos da força axial de compressão e dos momentos fletores pode ser feita por meio das
N Sd ≤ N inequações
seguintes Rd de interação:
M x ,tot ,Sd M y ,tot ,Sd
+ ≤ 1,0
NµSdx M≤c N , x Rd µ y M c , y

M x ,tot ,Sd M y ,tot ,Sd


Como foi + demonstrado ≤ 1,0 anteriormente, N SdDC ≤ N Rd
PM
→ 5865 < 8850 → Ok! .
µx Mc ,x µ y Mc , y
N SdDC = N Sd = 1173,88 × 5 = 5869 kN
Como foi demonstrado anteriormente, N SdDC ≤ N Rd PM
→ 5865 < 8850 → Ok! .
- Cálculo do µ: 4
N pl ,c ,Rd = α Ac f cd = 0,95 × 776,35 × = 2107 kN
N SdDC = N Sd = 1173,88 × 5 = 5869 kN1, 4
N×Sd − 4 N pl ,c ,Rd
NNpl ,c ,Rd
> = α Ac f cd =→0,95µ×=776,35
N 1 − = 2107 kN
N pl ,Rd1, 4− N pl ,c ,Rd
Sd pl ,c ,Rd

N Sd − N pl ,c ,Rd
5869 − 2107 µ

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


Nµ =1−
Sd > N pl ,c , Rd → = 1 −
= 0, 456 N
9012 − 2107 pl ,Rd − N pl ,c ,Rd

5869 − 2107 × 79278 = 71351kNcm


µM=c 1=−0,9M pl ,Rd = 0,9
= 0, 456
9012 − 2107
M tot ,sd = M sdDC + M i ,sd
Mc = 0,9M pl ,Rd = 0,9 × 79278 = 71351kNcm
N L
Mi ,Sd = = DC Sd
M tot , sd M sd ⎛ + M Ni ,sd ⎞
200 ⎜1 − Sd ⎟
⎝ Sd L N e ⎠
N
Mi ,Sd =
⎛ N ⎞
200 ⎜1 − Sd ⎟
⎝ Ne ⎠
π ( EI )e π 2 × (712072721)
2
395
Ne = = = 43924 kN
( KL)2 (1,0 × 400)2
π 2 ( EI )e5869
π 2××400
(712072721)
NMe = = 2 = = 43924
=2 13547 kNcmkN
i ,Sd
c 200pl⎜,1Rd− Sd ⎟
= N0,9 Sd − N pl ,c ,Rd
=N71351kNcm
M
N c > N MDC0,9 pl⎝,Rd =→ e ⎠× µ 79278
= 1 −
M tot ,sd = M sd + M i ,sd
Sd pl ,c , Rd
N pl ,Rd − N pl ,c ,Rd
M tot ,sd = M sdDC + M i ,sd
N− Sd L
M=i ,Sd1 −π
µ = 5869
2
( EI ⎛)N
2107
πN2 ×=⎞(712072721)
0, 456
e Sd L
N = 9012
Mei ,Sd = 2002⎜1 − Sd ⎟ − =2107 = 43924 kN
( KL) ⎛ N (1,0
NSde ⎞⎠ × 400) 2

Mc = 0,9200 M pl⎝⎜,1Rd−= 0,9 ⎟× 79278 = 71351kNcm


⎝5869N × e400 ⎠
Mi ,Sd = = 13547 kNcm
M tot ,sd = M sd ⎛+ M i ,sd 5865 ⎞
DC
200 × 1,0 −
π 2 ( EI )e ⎜⎝ π 2 ×43924 (712072721) ⎟

N e = 2 2N =
Sd L 2
= 43924 kN
Mi ,Sd π =( KL ( EI) )e π (1,0 × (712072721)
× 400) 2
Metot=,Sd = 5 ×24174,32
N ⎛ = N Sd +⎞ 13547 =2 34419kNcm = 43924 kN
( KL200) ⎜5869 1 − × 400 (1,0⎟ × 400)
Mitot,Sd,Sd= ⎝ N e 34419⎠ = 13547 kNcm
≤ 1,0 5869 ⎛ × 400 5865 ⎞ ≤ 1,0 1,06 ≤ 1,0 → Ok!
M µiM ,Sd c =
200 × ⎜1,00,456 − × 71351 ⎟ = 13547 kNcm
⎛⎝ 5865 ⎞⎠
43924
200 × ⎜1,0 − ⎟
Aπa =f2 (yd5EI× ⎝
217 π ×2(35
× 43924 /1,10) ⎠ 34419kNcm
M
δN =
O perfil
tot ,Sd não=passa
=
)
4174,32
e
= pelo modelo==de
+(712072721)
13547 0,77cálculo
= 43924II! kN
e N 9011,78
Mtot ,Sd = 5 × 4174,32 + 13547 = 34419kNcm
(
pl KL
, Rd ) 2
(1,0 × 400) 2
Mtot ,Sd
Verificação quanto aos34419 limites de aplicação da norma:
≤ 1,0 ≤ 1,0 1,06 ≤ 1,0 → Ok!
0,2
Mµ M < δ < 0,9 5869 → ×
0,456400 Ok!
34419× 71351
i ,Sd =de
-MFator ≤ 1,0 do aço:= 13547 ≤ 1,0 kNcm 1,06 ≤ 1,0 → Ok!
tot , Sd
c
contribuição 5865
µ Mc 200 × ⎛⎜1,00,456 − × ⎞
71351
λ =A0,f495 <217 2,0 × (35 →/1,10) ⎟
Ok!
δ om= a yd = ⎝ 43924 ⎠ = 0,77
N Aaplf,Rd × (35 /1,10)
2179011,78
δM=tot ,Sd a=seção
Como
yd
5 ×=4174,32 é circular, + 13547 a relação== 34419kNcm
0,77
é igual a 1,0 → Ok!
N pl ,Rd 9011,78
0,2 < δ < 0,9 → Ok!
M
N Sd tot ,Sd 8 ⎛ M x ,Sd M34419 ⎞
0,2 <+δ ≤<⎜1,0 0,9 → + Ok!⎟ ≤ 1,0 ≤ 1,0− para
y ,Sd 1,06N ≤ Sd → Ok!
1,0≥ 0,2
-λNµEsbeltez
M = 0,9 495 ⎜ reduzida
M < 2,0 0,456
do
M → ×
pilar:⎟ 71351
Ok! N
omRd c
⎝ x ,Rd y ,Rd ⎠ Rd
λN =
om A f M 0, 495 < 2,0 M → Ok!
Como
δ = a+a seção
Sd yd x ,Sd217 × (35
= é+circular,≤a1,0
y ,Sd /1,10) relação é igual
= 0,77 a 1,0 N Sd →
− para < 0,2Ok!
ComoN RdN apl ,seção
-2Relação M x ,Rd é circular,
Rdaltura/largura
M
9011,78
y ,Rd da a relação pilar:a 1,0N Rd → Ok!
seção doé igual
N Sd 8 M x ,Sd ⎛ M y ,Sd
⎞ N Sd
< +δa <seção
⎜⎜0,9 é circular, → + Ok! ≤ 1,0 é igual
⎟⎟relação − apara ≥ 0,2
0,2
Como
N Rd 9 ⎛⎝ M x ,Rd
8 M y ,Rd a
Sd ⎠
⎞ 1,0 N→ Ok!
Sd
+ ⎜ Sd
+ ⎟⎟ ≤ 1,0 − para Rd
Sd
≥ 0,2
⎜ M x ,Rd Mdo
λNN Rd= 0,9495
Dimensionamento M ⎝ < 2,0 M →y
y ,Sd pilar
, Rd ⎠ de
Ok! aço isolado (antes N
N da
Rd cura):
om Sd
+ x ,Sd + ≤ 1,0 − para Sd < 0,2
De2NNSdacordo Mcom Sd o M item 5.3.2 da ABNT N Rd
− NBRa 1,08800:2008) para uma combinação de forças de compressão
Sd
Como
Rd
+
a seção
x ,Rd
é+circular,
y ,Rd
≤a1,0 relação é igual para Sd
< 0,2Ok!

N Rd M xfletor
e2momento ,Rd Mtemos:
y ,Rd N Rd

N Sd 8 ⎛ M x ,Sd M y ,Sd ⎞ N Sd
+ ⎜ + ⎟ ≤ 1,0 − para ≥ 0,2
N Rd 9 ⎜⎝ M x ,Rd M y ,Rd ⎟⎠ N Rd
N Sd M M y ,Sd N Sd
+ x ,Sd + ≤ 1,0 − para < 0,2
2 N Rd M x ,Rd M y ,Rd N Rd

PI
Cálculo do N Rd :

χ Q Ag f y
N RdPI = Nc ,Rd = onde Q assume o valor de:
γ a1
D E
Q = 1,00 para ≤ 0,11
396 t fy

0,038 E 2 E D E
Q= + para 0,11 < ≤ 0, 45
D t fy 3 fy t fy
PIχ Q Ag f y
Cálculo
N RdPI = Ndo N Rd :
c ,Rd = onde Q assume o valor de:
γ a1
Cálculo do N PIχ: Q Ag f y
N RdPI = Nc ,Rd =RdD onde
E Q assume o valor de:
Q = 1,00 para χ Q≤γ aA0,11
g fy f
1
N RdPI = Nc ,Rd = t onde
y Q assume o valor de:
D γ E
Q = 1,00do N Rd : ≤ 0,11
Cálculo para PI a 1
0,038 E t 2 f E < D ≤ 0, 45 E
Q= + para 0,11
D Ey
Q =PI 1,00 D tparaf y χ 3Q Ag f y
≤ 0,11 fy t fy
N Rd 0,038= Nc ,RdE= t 2 f y E Q assume
onde D E de:
o valor
QD= + γpara 0,11 E< ≤ 0, 45
35,56
D t f 3 a1
f t 20000
f
=0,038 E= 17,26y
2 e 0,11 E =D0,11 × Ey = 62,9
y
Qt = 2,06 +D para 0,11 E f<y ≤ 0, 45 35
QD = 1,00 D tpara
35,56 f 3≤ 0,11 f E t fy
20000
∴Q== 1 t
=y 17,26 f y y = 0,11 ×
e 0,11 = 62,9
t 2,06 fy 35
D Π 35,56
2
EI aE= 17,26Π22 × 20000 E
×E30550 20000

N Q ==0,038
= 1 = e 0,11 =D0,11
= × EkN = 62,9
37690
Qt e= 2,06 2 + para 0,11 4002 f f y< t ≤ 0, 4535f
D2Lt f y 32 y y

NQ = =Π1 EI a = Π × 20000 × 30550 = 37690 kN
Q 2Ag f y 1× 217 400×2 35E= 0, 45 20000
e
λD0 = 35,56 L =2
= Π EI
2
Nea ==17,26Π × 20000 e 0,11
37690 × 30550 = 0,11 × = 62,9
Nte = Q 2,06
Ag f y f = 37690 kN
35
2 1× 217 400× 35 = 0, 45
2 y
λ0Q= = 1 LχQA
∴ f =
Para χ=0,989 Ne g Tabela 0,988
1 ABNT×1,0 ×NBR 217 × 35
16239:2013
= 1×37690
y
N c ,Rd =Q A g fy 217 × 35 = 6821kN
λ0 = Π 2 EIγaa1 =Π 2 × 20000 ×1,1 =
30550 0, 45
N e = χN QAg=f y 0,988 37690×1,0 × 217 ×=3537690 kN
NN c DC
, Rd = L 2 e
403,98 × 5 = 400 2 = 6821kN
Sd
= χQA γ a1 = 0,29×> 1,1 → Ok!
N PM
6352 g fy 0,988 1,00,2 × 217 × 35
N =Q Ag f y = 1× 217 × 35
cRd = 6821kN
λN = 403,98
Onde
,Rd
DC
γ a1 =× 5 1,1 = 0, 45
d 0,=45N = 0,29 0,> 45 → Ok!
0 Sd
PM ×6352
eE 35,56 37690 0,2× 20000
N Rd≤ → ≤ → 17,26 ≤ 257,14 → Ok!
N
t
DC
403,98
f × 520,6 35
Sd
= χQAg f y =
y 0,988 0,29×>1,0 0,2× 217 →× 35 Ok!
dN 0,=45 ×6352
PM E =
35,56 0, 45 × 20000 = 6821kN
cRd≤
,Rd
γ a1 → 20,6 ≤ 1,135 → 17,26 ≤ 257,14 → Ok!
λt = D =f y35,56 PI = 17,26
Cálculo
d DC0, t 45 do×2,06EM Rd :35,56 0, 45 × 20000
N≤Sd D 403,98 →× 5 ≤ → 17,26 ≤ 257,14 → Ok!
λtN=PM
De acordo ==f y35,56
0,07 com
E o= =
20,6
anexo
17,26
0,07 × 200000,29 G, > 0,2
seção →
35G.2.7 Ok!
da ABNT NBR 8800:2008, para a seção circular o único estado-
λ =
Rd t 6352
2,06 = = 40
-limite
p de flambagem35
D f y35,56
aplicável é a flambagem local da parede do tubo:
λd = 0, 0,07=
45 ×EE 0,07 = 17,26
35,56
× 20000 0, 45 × 20000
λ p ≤= t 2,06 =→ ≤ = 40
Z × f y 35 2320 × 35
→ 17,26 ≤ 257,14 → Ok!
t ffyy PI M 20,635
λ < λ0,07 p →E M Rd 0,07
pl
= × 20000 = = = 73818kNcm
λ p = D 35,56 = γ a1 γ a1= 40 1,1

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


=f y M PI == M 35 Z × f y 2320 × 35
λλ <= λtp → 17,26
pl
= ⎞ = = 73818kNcm
N Sd 8 ⎛2,06 M x ,Sd γM
Rd
y ,Sd γ 1,1 N Sd
+ ⎜ PI +M pl Z⎟ ≤×1,0 a 1 a 1
f y 2320 − ×para
35 ≥ 0,2
λN<Rdλ0,07 9 ⎝M
→ ⎜ E = M×y20000
MRdx ,Rd0,07 ,=

Rd ⎠ = =N73818kNcm
λNp = 8 ⎛ M = γM
p
⎞ γ a1= 40 1,1
Rd
N Sd
NSdSd + f⎜M +May1,35
y ,Sd
y x ,Sd
x ,Sd
⎟ ≤ 1,0 − para N Sd ≥ 0,2
N Rd +9 ⎜⎝ M x ,Rd+ M y ,Rd≤⎟⎠1,0
Sd
− para N Rd < 0,2
2 NSdRd 8 M
N ⎛M MM ⎞ N Sd
M Z ≤×1,0 f y 2320 − ×para
x ,Rd y ,Rd
N + M⎜
x ,Sd
+M
y ,Sd
⎟ 35 N Rd ≥ 0,2
λN <RdSdλ p+9→⎜ M x , Sd
PI y
pl
MxRd,Rd+= M y ,Rd=≤ ⎟1,0 = − para =N73818kNcm
, Sd Sd
< 0,2
⎝ ⎠ γ a1 ⎞
25N× 403,98 M x+,Rd8 × ⎛M5γ y× 1436,55 1,1 Rd
a,1Rd
≤ 1,0 N Rd≤ 1,0 → Ok!
0,38
Rd
N 6821 M ⎜M y ,Sd ⎟ N
Sd
+ ⎛ x ,Sd9 + ⎝ M73818 ≤ 1,0

⎠ − para Sd < 0,2
N
52 N×Sd403,98 8 M 8 M5 × 1436,55 NRdSd
Rd+ M x ,Rdx ,Sd ⎛+ ⎞ N
y ,Sd
2 D ⎜ =+ 2 × × ⎜
355,6
y ,Rd
= ⎟ ≤ 1,0
711mm ⎟ ≤ 1,0 − para 0,38 ≤ 1,0≥ 0,2
→ Ok!
N Rd ⎧ 9 ⎜ M9 M ⎟ ⎠ N
6821⎪ ⎝ x , Rd ⎝ 73818
y , Rd ⎠ Rd
5lQ×≤403,98
⎨ L 4000 8 ⎛ 5 ×1436,55 ⎞
N Sd⎧⎪2 D= M=+x 2,Sd××355,6⎜M y ,Sd= 711mm ⎟ ≤ 1,0 N ≤ 1,0 → Ok!
0,38 397
6821⎩ +
3 39 + ⎝ 73818 ≤ 1,0 ⎠ − para Sd < 0,2

l2 N≤Rd⎨ L M4000
∴ Q l = 711mm
x ,Rd M y ,Rd N Rd
Q

⎪ 2 D== 2 × 355,6 = 711mm

⎪ 3 38 ⎛ 5 ×1436,55 ⎞
l5Q ×≤403,98
⎨ L 4000
+ × ≤ 1,0 0,38 ≤ 1,0 → Ok!
t fy 20,6 35
M Z × f 2320 × 35
λ < λDp →35,56
M RdPI =
pl
=
y
= = 73818kNcm
λ= = γ a1
= 17,26 γ a1 1,1
t 2,06
8⎛ M
N Sd 0,07 E x ,Sd0,07 M y ,Sd ⎞
× 20000 N Sd
+ ⎜
λNp = 9 ⎜ M = + ⎟ ≤ 1,0 − para ≥ 0,2
M ⎟ = 40 N
Rd f⎝y x , Rd 35 ⎠
y , Rd Rd

N Sd M M y ,Sd N Sd
+ x ,Sd + M ≤ Z 1,0× f − ×para
2320 35 < 0,2
2λN<Rdλ → MM x ,Rd =M y ,Rd =
PI pl y
= =N73818kNcm
Rd
p Rd
γ a1 γ a1 1,1
5 × 403,98 8 ⎛ 5 ×1436,55 ⎞
+ × ⎞ ⎟⎠ ≤ 1,0 0,38 ≤ 1,0 → Ok!
N Sd68218 ⎛ M x9,Sd ⎜⎝ M73818 y ,Sd N
+ ⎜ + ⎟⎟ ≤ 1,0 − para Sd ≥ 0,2

N Rd 9 ⎝ M x ,Rd M y ,Rd ⎠ N Rd
⎧2 D = 2 × 355,6 = 711mm
ONperfil
⎪ passa comoM aço isolado para as cargas antes
N Sd da cura.
lQ ≤Sd⎨ L+ M4000
x ,Sd
+
y ,Sd
≤ 1,0 − para < 0,2
2 N Rd⎪⎩ 3 =M x ,Rd
Cisalhamento 3 na M
superfície
y , Rd de contato entre o N
perfil
Rd de aço e o concreto:
∴ lQ = 711mm
5 × 403,98
Região de ligação
8 ⎛com5 ×1436,55
as vigas:⎞
+ ×⎜ ⎟ ≤ 1,0 0,38 ≤ 1,0 → Ok!
6821 9 ⎝ 73818
Comprimento de introdução de carga (lQ): ⎠
⎧2 D = 2 × 355,6 = 711mm

lQ ≤ ⎨ L 4000
⎪ =
⎩3 3
∴ lQ = 711mm

Determinação dos valores de Vl,Sd e Ml,Sd:

Considerando que a viga está ligada apenas no perfil de aço do pilar, tem-se que:
VSd = 1173kN
Vl ,Sd = VSd (1 − δ ) = 1173 × (1 − 0,77) = 270kN

⎛ M pl ,a ,Rd ⎞
M l ,Sd = M Sd ⎜1 − ⎟⎟
⎜ M pl ,Rd
⎝ ⎠
35,56
M Sd = 1173 × = 4171kNcm
10
M pl ,Rd = 79278kNcm
35
M pl ,a ,Rd = f yd ( Z a − Z an ) = × (2320 − 37,18) = 72635 kNcm
1,1

⎛ 72635 ⎞
M l ,sd = 4171× ⎜1 − ⎟ = 350 kNcm
⎝ 79278 ⎠
A = 2π r ⋅ l
τ
Cálculo da tensão
Q
referente ao cortante:
Logo, a força referente a essa tensão será: τ = τ Aτ
Na região de introdução de cargas há uma Ftensão cisalhante ao redor do raio interno aqui denominada t .
Planificando a face internaF do perfil circular
τA de aço e tomando a altura do comprimento de carga teríamos
398 Sabemos ainda que σ = → σ = τ onde A é a área de um anel com o raio igual ao
A A
τ × 2π r × lQ τ × lQ
σ= =
2π r × 1 1
f yd⎜⎝( Z M ) = ⎟⎠35 × (2320 − 37,18) = 72635 kNcm
l ,Sd Sd
MMplpl,,aRd,Rd ==79278kNcm a − Zplan,Rd
35,56
VMl ,SdSd ==V1173 Sd (1 − × δ ) = 1173 × (1
= 4171kNcm 1,1− 0,77) = 270kN
10
35,56
M Sdpl ,a=,Rd1173 × 35
MM
M = = =
4171 f ⎛
yd× Z1a −
79278kNcm ( ⎛ M Zpl=an
−72635 4171kNcm
) =⎞⎞ = 350
× (2320
kNcm − 37,18) = 72635 kNcm
Mll,pl,sdSd,Rd= M Sd ⎜1⎜⎝− 79278 ⎟⎟⎠1,110 , a , Rd

uma área de atuação ⎜ Mda ⎟ cisalhante igual a:


pl ,Rdtensão
M pl ,Rd = 79278kNcm ⎝ ⎠
AMτ lpl= 2 π r= ⋅ lf ( ⎛ −72635
Z Z ) = ⎞35 × (2320 − 37,18) = 72635 kNcm
, a ,=Rd 4171 Qyd × ⎜ 1a − an = 350 kNcm
⎟1,1
, sd
35,56
⎝ 79278 ⎠35
M = 1173 ×
= f ydreferente = 4171kNcm
M Sdpl ,a ,Rd
Logo, a força ( Z10a − Z ana) essa = tensão× (2320 − 37,18)
será: Fτ =de τ=Aaço.
72635 kNcm
Onde
A = 2 rπcorresponde
r ⋅ l ⎛ ao raio1,1
72635 ⎞ interno do perfil τ
Mτ l ,sd = 4171 Q × 1−
⎜ = 350 kNcm
M pl ,Rd = 79278kNcm ⎝ σ 79278
72635 F ⎟⎠ τA
Sabemos
Logo, ainda ⎛
que = ⎞ tensão
→ σserá: = Fτ =onde τ Aτ A é a área de um anel com o raio igual ao
M l ,sd =a força 4171×referente ⎜1 − a A essa
⎟ = 350 kNcm Aτ
A = 2×π2rπ⋅rlQ× l ⎝ τ79278 ⎠35
Mτ pl ,τa ,Rd = f yd (QZ a − Z×anlQ) F =F × (2320 − 37,18) τ Aττ onde = 72635 kNcm
σ = ainda = σσ == 1,1 →
que → σ = AA éé aa área de um anel com o raio igual ao raio interno
Aτ = 2aπ
Sabemos
Logo, 2π r r⋅ l×Q1referente1 a essa
força onde
Fτ = τ Aτ
AA tensão será: A
do perfil 2de
τ =a× forçaπMraço lQ⎛e1 −
×referente τ72635
espessura
× laQ essa ⎞unitária.
será:τ FAτ = τ Aτ
M=
Logo,
σ 4171 Rd× ⎜ = F ⎟ =tensão
350 kNcm
Mas l
Sabemos
, sd
σ = ainda⎝que 79278 σ = ⎠ → σ = τ onde A é a área de um anel com o raio igual ao
Portanto, W 2 π r × 1 1
FA τAA
Aτ =τ2×
Sabemos π
τ 2
×r π
M⋅
l l
aindar ×
QRd QM l que τσ × =l → M σ =
× 1
τ
onde A é a área de um anel com o raio igual ao
σ =σ =
Mas
Então Q
= =Rd
Q
→ A τ= Rd A
22π1πrW r××1referente
lQ W τ ×1laQ essa tensãoWl
Logo,τ a× força será: Fτ = τ Aτ
σ= = Q
τ2π×M rlQ×Rd1 M Rd3 1 M × 1
Mas σI circ.interno
Então = = πr t → πF×15,72τ = 3 ×Rd1 τ Aτ
W =
Sabemos 1M Rd = W σ ==
W
ainda que → Wl σ Q== 776,34 onde cmA3 é a área de um anel com o raio igual ao
Mas σ =ytr ytr A 15,72 A
τI×τ2×πW lrQ × lQM Rdτ3 × lQ 3 Rd × 1
M
Então
σM=Rd= ×1circ.interno V = π=r t 349,51 π ×15,72
→ τ 1= ×1 = 776,34
×
W τ2+π×1 r × 1 = W 1= Wl 269,79 cm3
l l
ytr Q = Rd
, Sd
M =ytr → 15,72 M+ Q× 1 = 0,0447 kN/ cm2 = 0,447 MPa
Então
WlQ 2π rl τ =
776,34 × 71,12 2 × π ×15,72 × 71,12
Rd
1M Rd Q W π π ×15,72 3WlQ
×1 ×1 = 776,34
3
I
M Rd=σ×1circ.interno
Mas = Vl ,Sd= r t 349,51 269,79
W N Sd +y5W ×1173=y 3 = cm3
15,72 3+ = 0,0447 kN/ cm2 = 0,447 MPa
= tr2π rlQ π r=tr776,34
WlQI circ.interno t0,65π >××0,3 71,12 ×12 × π ×15,72 ×371,12
15,72
WN pl=,Rd τ ×9011,78 lQ =M Rd = M Rd ×=1776,34 cm
y y → τ×= 15,72
MNRdSd ×a1tensão
Então
Logo, tr V
+15 ×1173 l= tr
,Sdreferente 349,51
W== 0,65ao>cortante
1 na região269,79
+Q
Wl de introdução= de cargaskN/
0,0447 será:
cm2 = 0,447 MPa
= 2Vπ rlQ 776,34 0,3
× 71,12 2 × π ×269,79
15,72 × 71,12
NWl
M Q×1 9011,78 349,51 ×1
Rd,Rd
pl
+ l ,Sd = 3 3+ = 0,0447 kN/ cm2 = 0,447 MPa
WN Wl=QI circ.interno 52×π1173 rl=Q π r 776,34
t π ××15,72
= 71,12 ×12=× π776,34
×15,72 cm×371,12
Sd
=ytr =
ytr 0,65 > 0,3
15,72
NNpl ,Rd 59011,78 × 1173
Como a=tensão é menor que a tensão de cisalhamento resistente de cálculo obtida da Tabela P.1 da ABNT
Vl ,Sd (t= =0,65 > 0,3
Sd
N plRd,Rd×8800:2008
M
NBR 1 9011,78
+ = Rd
349,51
0,55MPa), ×1 não é necessário
+
269,79usar conectores na zona de2 introdução de cargas.
= 0,0447 kN/ cm = 0,447 MPa
WlQ 2π rlQ 776,34 × 71,12 2 × π ×15,72 × 71,12
Trechos entre regiões de introdução de carga:
N Sd 5 ×1173
= = 0,65 > 0,3

Capítulo 4 - Dimensionamento de elementos mistos


N pl ,Rd 9011,78

Dessa forma, não será necessário utilizar conectores de cisalhamento nos trechos entre regiões de intro-
dução de carga.

Obs.: no dimensionamento de pilares mistos, devem-se verificar, ainda, as forças cortantes que agem
segundo os eixos de simetria da seção, conforme prescrito na ABNT NBR 8800:2008. No entanto,
neste exemplo, foi considerada apenas a força normal de compressão (centrada) atuando no pilar, o que
dispensa tal verificação.

399
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402
5
5.1 INTRODUÇÃO
LIGAÇÕES

processo de fabricação são geralmente maiores


nas ligações, como, por exemplo, as distorções
nas chapas de ligação causadas pela solda, em
As ligações desempenham um papel importante função de suas dimensões, tipo e sequência de
no comportamento das estruturas, assim como execução;
em seu custo e complexidade de execução, im-
pactando na própria viabilidade econômica do • as complexidades geométricas inerentes,
empreendimento. No primeiro caso, a escolha do tais como descontinuidades (furos, recortes,
tipo de ligação está relacionada às suposições feitas etc.), que causam concentração de tensões, e
pelo engenheiro de estruturas durante o proces- proporções, que invalidam teorias estruturais
so de concepção e modelagem da estrutura – ver normalmente utilizadas (por exemplo, seções
capítulo 2. No segundo caso, os parâmetros são planas permanecem planas), são geralmente
a facilidade de execução, os custos de material e bastante superiores.
mão de obra envolvidos e os recursos tecnológicos
disponíveis. Portanto, não basta ao engenheiro de Uma filosofia adequada de projeto estrutural
estruturas escolher adequadamente o sistema es- deve, portanto, considerar as variabilidades no
trutural de uma edificação se a escolha dos tipos comportamento das ligações, tanto as oriundas
de ligação também não for adequada. Neste capí- das incertezas quanto as relacionadas à complexi-
tulo serão estudados os diversos tipos de ligação dade. As incertezas são consideradas na adoção de
comumente utilizados em estruturas com perfis coeficientes adequados de ponderação das ações e
tubulares e que conduzem a uma estrutura segura, das resistências, conforme mostrado no capítulo
econômica e de fácil execução. 2 – de maneira geral, o coeficiente de ponderação
da resistência das ligações é superior ao das barras.
Os diversos elementos estruturais, incluindo as li- Mesmo sendo possível desenvolver modelos sofis-
gações, estão sujeitos a incertezas que fazem com ticados que avaliem adequadamente o comporta-
que não se tenha uma garantia de que seu com- mento de ligações mais complexas, a possível re-
portamento seja plenamente satisfatório – ver ca- dução no coeficiente de ponderação da resistência
pítulo 2. Por diversas razões, pode-se afirmar que normalmente não é suficiente para conduzir a um
essas incertezas são ainda maiores nas ligações, po- dimensionamento mais econômico, face à presen-
dendo-se destacar: ça das demais variabilidades. Assim sendo, méto-
Capítulo 5 - Ligações

dos mais simplificados – mesmo para problemas


• nas ligações, as imperfeições geométricas inva- complexos – geralmente apresentam-se como a al-
riavelmente presentes nas barras somam-se à ternativa mais apropriada para lidar com a questão
falta de ajuste perfeito entre elas; (Owens e Cheal, 1989). A filosofia por trás desses
• as tensões e deformações residuais oriundas do métodos pode ser resumida nos seguintes passos:
403
• proceder-se a uma análise simplificada para de- de seção transversal aberta do tipo I ou H. Serão
terminar uma distribuição realística de forças também abordadas as ligações que utilizam chapas
entre os elementos componentes de uma liga- como elementos de união entre perfis tubulares.
ção, com base no conceito de “caminhamento
de forças”; Os perfis tubulares utilizados nas ligações podem
ser laminados a quente ou formados a frio, com
• assegurar-se de que cada componente de cada ou sem costura, e as ligações estudadas podem
“caminho de força” tenha resistência suficiente ser parafusadas ou soldadas, em um único plano,
para transmitir o esforço necessário para asse- chamadas de uniplanares, ou em mais de um pla-
gurar o equilíbrio; no, as multiplanares. Maior ênfase, porém, será
dada às ligações soldadas em função da sua ampla
• assegurar-se de que cada componente seja capaz aplicação em projetos com perfis de seção tubular.
de apresentar comportamento dúctil; Quanto às ligações parafusadas, serão apresenta-
• assegurar-se de que a ligação seja adequada tam-
das aquelas que utilizam placas ou chapas, como
bém para atender aos estados-limites de serviço. as flangeadas e as de base de pilares.

Esse tipo de abordagem do projeto de ligações, Na Figura 5.1 apresentam-se alguns exemplos das
mais simplificado, é normalmente utilizado nos ligações tratadas neste capítulo. Na Figura 5.1-a
principais manuais de cálculo de estruturas de tem-se a representação de uma ligação soldada en-
aço, inclusive no “Método dos Componentes” tre tubos de seção circular e entre tubos de seção
apresentado nas normas europeias (EN 1993-1- circular e retangular. Na Figura 5.1-b tem-se uma
8:2010). Porém, Owens e Cheal, 1989, advertem ligação que utiliza chapas e na Figura 5.1-c tem-se
que, no caso de ligações entre perfis tubulares, uma ligação de base de um pilar com seção tubular.
cuidados adicionais e análises mais sofisticadas
podem ser necessários, haja vista as particularida-
des e complexidades inerentes a esse tipo de liga-
ção. Especialmente nas ligações em que uma barra
com seção tubular é soldada diretamente em outra
– como é comum em treliças com perfis tubulares
–, a transferência de forças entre os elementos é
bastante complexa, face à distribuição não line-
ar da rigidez ao longo do perímetro conectado.
Desta forma, o projeto de ligações tubulares tem
sido desenvolvido com base em modelos analíti-
cos simplificados, porém em conjunto com evi-
Figura 5.1(a)
dências e fórmulas empíricas obtidas por meio
de ensaios experimentais, resultando nos deno-
minados procedimentos semiempíricos. Mais
adiante, serão apresentadas as bases teóricas e os
critérios que conduziram ao desenvolvimento
das equações de dimensionamento apresentadas
em prescrições como a norma brasileira ABNT
NBR 16239:2013.

Neste capítulo serão abordadas as ligações solda-


das diretas entre perfis tubulares de seção circular
e retangular e da combinação destes com perfis
404 Figura 5.1(b)
meios de ligação
parafusos, soldas

Elementos Elementos
de ligação de ligação
chapa chapa

Ligação Ligação

Região Nodal

Figura 5.1(c) Figura 5.2. Definições dos componentes utilizados


Figura 5.1. Exemplos de ligações utilizando perfis de seção tubular
Nesse capítulo, as equações apresentadas para ava-
Para melhor entendimento do comportamento de liação da resistência de ligações foram obtidas a
uma ligação e seus elementos componentes, serão partir das referências normativas citadas a seguir.
utilizadas as definições segundo Queiroz e Vilela, As equações, tabelas, nomenclatura, simbologia e
2013, descritas a seguir. sistematização de cálculo adotadas são baseadas
nas normas indicadas a seguir.
• Meios de Ligação: parafusos, soldas, pinos e
rebites; ABNT NBR 8800:2008 – “Projeto de Estru-
turas de Aço e de Estruturas Mistas de Aço e
• Elementos de Ligação: chapas ou outros tipos Concreto de Edifícios”
de perfis necessários para a instalação (ou exe-
cução, no caso de soldas) dos meios de ligação; ABNT NBR 16239:2013 – “Projeto de estruturas
de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de
• Ligação: conjunto dos meios e elementos de edificações com perfis tubulares”
ligação cuja função é unir uma barra a outras
barras ou a um dispositivo qualquer (por exem- ABNT NBR 6118:2014 – “Projeto de Estruturas
plo, um elemento de concreto); de Concreto-Procedimento”
• Região Nodal: conjunto de todas as ligações que ANSI/ACI 318-11 (2011) – American National
se interceptam, mais as regiões dessas barras afe- Standard ANSI/ACI 318-11, “Building Code Re-
tadas por elas, mais eventuais reforços (por exem- quirements for Structural Concrete”
plo, enrijecedores), além da região do eventual
elemento de concreto afetada pelas ligações. ANSI/AISC 360-10 (2011) - American National
Standard ANSI/AISC 360-10, “Specification for
A Figura 5.2 ilustra a identificação dos compo- Structural Steel Building”
nentes de uma ligação.
EN 1993-1-8:2010 – “Eurocode 3: Design of
steel structures – Part 1-8: Design of joints – Eu-
ropean Committee for Standardization"
Capítulo 5 - Ligações

405
5.2. LIGAÇÕES SOLDADAS –
SISTEMAS TRELIÇADOS
As ligações soldadas são as mais utilizadas para unir
barras de perfil tubular, especialmente em sistemas
treliçados. São também utilizadas eventualmente
para ligar vigas tubulares ou mesmo de seção aberta
(por exemplo, de perfil I) a pilares tubulares.

Serão abordadas as ligações em estruturas treliça-


das uniplanares e multiplanares fabricadas com Figura 5.4. Sistemas treliçados multiplanares
perfis tubulares circulares ou retangulares. A se-
guir serão apresentadas as possibilidades de liga- As treliças que utilizam perfis tubulares podem ser
ções utilizando a combinação com elementos não formadas por diversas combinações de tubos com
tubulares como os perfis de seção aberta e chapas. seção circular, quadrada e retangular, ligados direta-
mente por solda, geralmente em todo o perímetro,
Dependendo da configuração estrutural e arqui- ou por meio de chapas como elementos de ligação
tetônica, vários tipos de treliças, com diferen- entre as barras. As treliças podem também ser exe-
tes disposições das barras, podem ser utilizados, cutadas com perfis de seção aberta em combinação
determinando assim a tipologia da ligação, cuja com perfis tubulares. Nas Figuras 5.5 a 5.7 observa-
classificação será apresentada posteriormente. As mos possíveis combinações dessas ligações.
Figuras 5.3 e 5.4 a seguir ilustram ligações em tre-
liças utilizando perfis de seção tubular e que po-
dem ser identificadas como planares, quando as
barras que compõem a ligação estão em um único
plano, e multiplanares, quando estão em mais de
um plano, conforme mencionado anteriormente.

Figura 5.5(a)

Figura 5.3. Vigas treliçadas planas

Figura 5.5(b)
406
Para ligações soldadas entre barras de treliça são
possíveis configurações com ou sem superposição
de barras, usualmente identificadas como ligações
com sobreposição (overlap), ou com afastamento
(gap), respectivamente. Adicionalmente, as liga-
ções podem resultar com ou sem excentricidade
(identificada pela letra e), considerada negativa ou
positiva conforme a geometria da ligação e a con-
venção de sinais apresentada na Figura 5.8.

Figura 5.5(c)
Figura 5.5. Ligações em Perfis Tubulares: a) circular/circular; b)
retangular/retangular; c) retangulares/circular

Figura 5.8(a) Ligação com afastamento (gap) e excentricidade positi-


va; (b) Ligação com sobreposição (overlap) e excentricidade negativa

5.2.1. Tipologia e geometria de ligações em


perfis tubulares
As ligações entre perfis tubulares são identificadas direta-
mente a partir da geometria resultante da composição das
barras, sendo classificadas como ligações em T, Y, X, K,
N, KT, DK, DY (Figura 5.9) para as ligações uniplanares.

Figura 5.6. Ligações em Perfis Tubulares com chapas

Capítulo 5 - Ligações

Figura 5.7. Ligações em Perfis Tubulares com perfis abertos

407
a) Ligação T b) Ligação Y c) Ligação X d) Ligação K

e) Ligação N f ) Ligação KT g) Ligação DK h) Ligação DY

Figura 5.9. Tipologia das ligações de treliças uniplanares

No entanto, em função do equilíbrio de forças b. Se em uma ligação T ou Y houver forças ex-


na região nodal, as ligações podem não atender ternas aplicadas no nó e sua resultante per-
plenamente a esse tipo de identificação. Os ca- pendicular ao banzo (em módulo) for supe-
sos descritos a seguir são exemplos típicos onde rior a 20% da maior projeção perpendicular
sua identificação deve ser feita considerando não ao banzo (em módulo) das forças das diago-
apenas a sua forma geométrica, mas também os nais ou dos montantes, a ligação deverá ser
esforços internos e as forças externas concorrentes: identificada como X;

a. Se em uma ligação K ou N houver for- c. Na Figura 5.11 tem-se a geometria de uma


ça externa aplicada no nó, cuja resultante ligação KT. Porém, se a força axial solicitante
perpendicular ao banzo (em módulo) seja no montante for nula ou muito inferior às
superior a 20% da maior projeção per- demais (menos de 20%), a ligação deve ser
pendicular ao banzo (em módulo) das for- identificada como uma ligação K;
ças das diagonais ou montantes, conforme
apresentado na Figura 5.10, a ligação de-
verá ser identificada como DK (duplo K);

Figura 5.11. Ligação KT analisada como K

d. Nas ligações DK e X em que as forças de um


lado do banzo forem inferiores a 20% das
Figura 5.10. Ligação K analisada como ligação DK
forças do lado oposto, elas devem ser classifi-
cadas como K e Y ou T.
408
Resumindo, deve-se sempre observar o equilíbrio dos de falha observados em ensaios experimentais
de forças na ligação além da própria geometria. e apresentados nas nas Tabelas 5.1 a 5.3.
Em qualquer situação em que uma força (ou
forças) for inferior a 20% da outra (ou outras), • Modo A - Plastificação da face ou de toda a
a identificação da ligação poderá ser modificada. seção transversal do banzo, junto a diagonais
Por outro lado, há outras situações a serem anali- ou montantes;
sadas, independentemente do equilíbrio de forças. • Modo B - Plastificação, amassamento ou instabi-
Como exemplo, cita-se o caso de ligações tipo K lidade da face lateral da seção transversal do banzo
ou N com afastamento muito grande entre as dia- junto a diagonais ou montantes sob compressão;
gonais, superior ao limite apresentado em 5.2.2.4
e 5.2.2.6, que têm comportamento similar ao de • Modo C - Plastificação por instabilidade por
duas ligações Y distintas. cisalhamento do banzo, junto a diagonais ou
montantes;
As ligações multiplanares (Figura 5.12) também
são identificadas diretamente a partir da geome- • Modo D - Ruptura por punção da parede do
tria formada pela composição de uma ou mais banzo na área de contato com diagonais ou
barras em TT, KK e XX. montantes;
• Modo E - Ruptura ou plastificação de diagonais
ou montantes na região da solda devido à dis-
tribuição não uniforme de tensão.

Os distintos modos de falha de uma ligação de-


pendem da tipologia, das condições de carrega-
mento e dos vários parâmetros geométricos da
ligação. Dependendo do modo de falha previsto
Figura 5.12 - Tipologia das ligações de treliças multiplanares em e da composição das barras concorrentes na re-
função da geometria gião nodal em análise, são indicados distintos
procedimentos para a verificação dos estados-li-
Para essas ligações, a resultante perpendicular ao
mites últimos da ligação.
banzo (em módulo) não pode ser superior a 20%
da maior projeção perpendicular ao banzo (em Vale dizer que nem todos os modos de falha
módulo) das forças das diagonais ou montantes. apresentados devem ser, necessariamente, veri-
Não são previstas situações em que essa resultante ficados para um determinado tipo de ligação.
seja superior a 20%. Alguns modos não são considerados ou por não
ocorrerem ou por não serem dominantes no
comportamento da ligação. As Tabelas 5.1 e 5.2
5.2.2. Modos de falha de ligações soldadas ilustram os modos de falha em ligações soldadas
com banzos tubulares de seção circular e retan-
A capacidade resistente de ligações soldadas em gular, respectivamente. A Tabela 5.3 ilustra os
sistemas treliçados com tubos é dada em função modos de falha para os banzos de seção I ou H.
da força axial resistente de cálculo ou do momen- Os modos apresentados aplicam-se tanto para a
Capítulo 5 - Ligações

to fletor resistente de cálculo das barras ligadas força axial quanto para o momento fletor pre-
aos banzos, ou seja, as diagonais ou montantes, sentes na ligação.
ou dos elementos de ligação, nesse caso, as chapas.
Essa capacidade é determinada com base em mo-

409
Tabela 5.1. Ilustração dos modos de falha para banzos tubulares de seção circular

Modo Força Axial Momento Fletor

410
Tabela 5.2. Ilustração dos modos de falha para banzos tubulares de seção retangular

Modo Força Axial Momento Fletor

E
Capítulo 5 - Ligações

411
Tabela 5.3 – Ilustração dos modos de falha para banzos de seção I ou H

Modo Força Axial Momento Fletor

A abordagem utilizada pelas prescrições de norma ficação do banzo), modelo de punção e modelo
para avaliar a capacidade resistente de uma ligação de cisalhamento do banzo, modelo da largura
está associada aos possíveis modos de falha apre- efetiva das diagonais ou montantes e modelo
sentados. Para melhor compreensão das equações de plastificação, amassamento ou instabilidade
utilizadas para os distintos modos de falha para da parede lateral do banzo. Vale ressaltar que a
cada tipo de ligação, serão estudados a seguir, con- cada modelo está associado um modo de falha
forme apresentado por Wardenier et al., 2010, os específico, conforme apresentado a seguir.
modelos teóricos simplificados que serviram de
base para os métodos de cálculo. Os modelos fo-
ram expandidos e calibrados por resultados expe- 5.2.2.1. Modelo de falha por plastificação da
rimentais e modificados, quando necessário. face do banzo de perfil circular (modelo de anel)
Para os perfis de seção circular, dois modelos são O modelo de anel baseia-se na suposição de que a
utilizados: modelo de anel (para plastificação maior parte da carga seja transferida das diagonais
do banzo) e modelo de punção do banzo. Para ou montantes para o banzo na região próxima
os de seção retangular, são utilizados cinco mo- à lateral do banzo, que é a parte mais rígida do
delos: modelo de charneira plástica (para plasti-
412
perímetro conectado – ver Figura 5.13. Conse- Substituindo a expressão de mp, lembrando que
quentemente, a carga N1 na diagonal ou mon- β = d1 / d 0 , e rearranjando, vem:
tante divide-se em duas, separadas pela distância
c1d1 com c1 < 1,0, cuja resultante perpendicular ao 2 ( Be / d 0 ) t 02 f y 0 (5.3)
banzo é dada por 0,5N1senθ1 . Essa força é consi- N1 =
(1- c1β ) senθ1
derada distribuída num comprimento efetivo do
banzo, Be. O momento plástico, por unidade de
A largura efetiva, determinada experimentalmen-
comprimento do banzo, é dado por (desprezan-
te, varia entre 2,5d0 e 3,0d0, dependendo da re-
do-se a influência das tensões axiais e de cisalha-
lação β – quanto maior β, menor o valor de Be.
mento):
Considerando-se o estado de tensões no banzo e
o valor da largura efetiva, a equação de resistência
1 2 para este modelo é dada por:
mp = t0 f y 0 (5.1)
4
c0t 02 f y 0
N1 = kp (5.4)
(1- c1β ) senθ1
Assumindo-se que a falha seja dada pela plastifica-
onde c0 e kp estão relacionados à largura efetiva e
ção do banzo nas regiões A e B – ver Figura 5.14 – e
ao estado de tensões no banzo, respectivamente,
que d 0 - t 0 ≈ d 0 , o equilíbrio entre as forças internas e
e, juntamente com c1, são determinados via resul-
externas resulta na seguinte expressão:
tados de ensaios experimentais e análises teóricas.
N 1senθ1  d 0 c1d1 
2m p Be =  -  (5.2)
2  2 2 

Capítulo 5 - Ligações

Figura 5.13 - Modelo de anel para ligações entre elementos circulares

413
Veja-se que não foi introduzido o fator Kp, pois
os ensaios demonstram que o estado de tensão no
banzo praticamente não influencia os resultados
– Wardenier et al., 2010. Este modelo está asso-
ciado ao modo de falha D.

Figura 5.14. Regiões de plastificação consideradas no modelo de anel

Este modelo funciona adequadamente para as li-


gações tipo X. Para ligações de comportamento
mais complexo, como as T, Y, K e N, outros pa-
râmetros e ajustes adicionais são necessários. Este
modelo está associado ao modo de falha A.
Figura 5.15. Modelo de punção para perfis circulares

5.2.2.2. Modelo de punção do banzo de perfil


circular 5.2.2.3. Modelo de charneira plástica para
perfis retangulares
Este modelo considera a falha por punção da parede
do banzo causada pela componente perpendicular O modelo de charneiras plásticas é usualmente
ao banzo da força da diagonal ou montante(N1 senθ1) utilizado para se determinar a resistência plástica
de placas submetidas a carregamento ortogonal
atuando no perímetro de interseção entre as bar- ao seu plano. O método é baseado no Teorema
ras (Figura 5.15). do Limite Superior da Plasticidade – assim sendo,
Considerando o modelo de plastificação de von vários padrões de charneira devem ser pesquisados
Mises, a resistência ao cisalhamento do banzo é para se obter o de menor resistência. Na Figura
5.16, mostram-se dois padrões comumente utili-
dada por f y 0 / 3 ≈ 0,60 f y 0 . A área efetiva de cisa- zados em perfis tubulares retangulares, o modelo
lhamento, considerando a inclinação θ1 da diagonal A e o modelo B. Segundo Wardenier et al., 2010,
ou montante, é dada pelo produto da espessura do o modelo A, mais simples, é geralmente utilizado
banzo pelo perímetro da elipse projetada na superfí- para ligações T, Y e X, haja vista que a diferença de
cie do banzo (considerando que esta seja plana): resistência entre os dois tipos é pequena e, além dis-
so, no modelo de charneira, desprezam-se os efeitos
1 + senθ1 favoráveis do encruamento do aço e do efeito de
Av = π d1t 0 (5.5)
2 senθ1 membrana na parede plana do banzo.

Por equilíbrio, a força máxima solicitante na dia- Com base na Figura 5.16, utilizando-se o princí-
gonal ou montante deve ser igual à força resistente pio dos trabalhos virtuais, igualando-se o trabalho
à punção, que é dada pelo produto da resistência externo We, realizado pela força (N1senθ1) ao se
ao cisalhamento pela área efetiva de cisalhamento. deslocar de δ, ao trabalho interno Wi (dissipação
Substituindo os valores, chega-se a: de energia), de rotação do sistema de charneiras
1 + senθ1 (φi) de comprimento ℓi, tem-se que:
N 1 = 0,60π d1t 0 f y 0 (5.6)
414 2 senθ12
Pode-se demonstrar ainda que na expressão acima
   (5.7)
é possível minimizar tgα = 1- β . Substituindo
e considerando o estado de tensão no banzo (Kn,
em que mp tem o mesmo significado e mesma ex- no caso de perfis retangulares - ver Tabela 5.12),
pressão indicada na Equação 5.1. chega-se finalmente a:

Pode-se demonstrar que a dissipação de energia f y 0t 02 ⎡ 2η ⎤ 1


do somatório das charneiras (1 a 5) da Figura 5.16 N1 = K n ⎢ 4 1- β + ⎥ (5.10)
pode ser dada por: 1- β ⎣ senθ1 ⎦ senθ1

8m pδ  1- β η  O modelo acima funciona muito bem para va-


tgα +
Wi = + (5.8)
 lores médios de β. Para valores muito altos de β
1- β  tgα senθ1 
(β > 0,85), o modelo conduz a valores muito ele-
vados de resistência, sendo necessário verificar ou-
onde β = b1 / b0 e η = h1 / b0 e considerando que tros modos de falha. Para ligações K e N, na re-
b0 - 2t 0 ≈ b0 . Substituindo na expressão anterior,
gião de afastamento das diagonais ou montantes,
chega-se a: a resistência é influenciada significativamente pela
ação de membrana, encruamento do aço e tensões
2 f y 0t 02  1- β η  (5.9) de cisalhamento. Nessa situação, equações semiem-
N 1senθ1 = tgα + + 
1- β  tgα senθ1  píricas são utilizadas (Wardenier et al., 2010), sen-
do esse modelo associado ao modo de falha A.

Capítulo 5 - Ligações

Figura 5.16 – Modelo de charneira para perfis retangulares


415
5.2.2.4. Modelo de punção do banzo de perfil re- uma redistribuição plástica de tensões, não permi-
tangular tindo, assim, que em todo o perímetro conectado
se desenvolva a resistência máxima ao cisalhamen-
Similarmente ao modelo para seções circulares, to. Para contornar esse problema, recorre-se ao
este modelo considera a falha por punção da pa- conceito de largura efetiva. Com base nesse con-
rede do banzo causada pela componente perpen- ceito, a área efetiva de cisalhamento é dada por
dicular ao banzo, referente à força na diagonal ou (ver Figura 5.17):
montante atuando no perímetro de interseção
das barras. Entretanto, em banzos retangulares,  2h1 
a rigidez ao longo do perímetro conectado não é Av = t 0  + 2be , p  (5.11)
uniforme, acarretando uma distribuição não uni-  senθ1 
forme de tensões de cisalhamento na parede do
banzo. A capacidade de deformação das partes onde be,p é a largura efetiva, determinada experi-
mais rígidas pode não ser suficiente para provocar mentalmente em função da relação b0 / t0 – quan-
to menor a relação, maior a largura efetiva.

Figura 5.17 - Modelo de punção para perfis retangulares

Similarmente ao desenvolvimento utilizado no mo- deve-se observar a alínea d de 5.2.1. Quando o


delo para seção circular, a força resistente é dada por: afastamento, g, for suficientemente pequeno, há
um enrijecimento nessa região, possibilitando o
 2h1  1 aumento da largura efetiva. Portanto, para as li-
N 1 = 0,6 f y 0t 0  + 2be , p  (5.12)
gações N e K cujo afastamento esteja dentro do
 senθ1  senθ1
intervalo 0,5b0(1-β)≤ g ≤ 1,5b0(1-β), a força resis-
tente é dada por:
A equação acima conduz a resultados adequados
para ligações T, Y e X, assim como para as ligações
N e K; no entanto, nessas últimas, quando o afas-  2h1  1
N 1 = 0,6 f y 0t 0  + b1 + be , p  (5.13)
tamento entre diagonais e montantes for elevado  senθ1  senθ1
416
Ressalta-se que o afastamento não pode ser infe- onde α, função da relação g / t 0 , é dado por:
rior à soma das espessuras das diagonais ou mon-
tantes adjacentes, ou seja, t1 + t2. Este modelo está
1 (5.17)
associado ao modo de falha D. α=
1 + 4 g / t0

5.2.2.5. Modelo de cisalhamento do banzo de A Figura 5.18 ilustra o funcionamento deste mo-
perfil retangular delo. Em função da região do banzo que se en-
contre solicitada por tensões de cisalhamento, a
Conforme o critério de von Mises, a força cor-
força axial resistente do banzo, na região de afas-
tante resistente de plastificação do banzo de seção
tamento, isto é, entre diagonais ou entre diagonal
retangular é dada por:
e montante adjacentes, segundo o critério de von
Mises, não pode exceder a:
V pl = 0,6 f y 0 Av (5.14)
2
V 
N 0 ≤ ( A0 - Av ) f y 0 + Av f y 0 1-  S  (5.18)
onde Av é dada pela área das almas mais uma par-  V pl
 
cela da mesa superior, dependendo do valor do
afastamento g, ou seja:
onde A0 é a área total da seção transver-
Av = ( 2h0 + α b0 ) t 0 (5.15) sal do banzo, Av e Vpl são a área efetiva de ci-
salhamento e a força cortante resistente
o que conduz à seguinte expressão para a força de plastificação, respectivamente, determinadas
axial resistente da diagonal ou montante: conforme apresentado anteriormente nas Equa-
ções 5.14 e 5.15, e Vs a força cortante solicitante
1 no banzo na região de afastamento. Se as diago-
(5.16)
N1 =0,6fy0 t0 (2h0 +α b0 ) nais ou montantes forem de seção circular, o co-
senθ1
eficiente α deverá ser tomado igual a zero. Este
modelo está associado ao modo de falha C.

Capítulo 5 - Ligações

Figura 5.18 – Modelo de cisalhamento do banzo


417
5.2.2.6. Modelo da largura efetiva das diago-
nais ou montantes (
N 1 = f y1t1 2h1 + b1 + bef - 4t1 ) (5.20)

Este modelo, similarmente ao modelo de punção, Para ligações com sobreposição, este modelo tam-
também utiliza o conceito de largura efetiva, face bém pode ser usado, fazendo-se as devidas adap-
à distribuição não uniforme das tensões oriunda tações, de acordo com o nível de sobreposição
da diferença de rigidez ao longo do perímetro li- (λov), incluindo o cálculo da largura efetiva (be,ov)
gado (Figura 5.19). – ver adiante. Este modelo está associado ao modo
de falha E.

5.2.2.7. Modelo de plastificação, amassamento


ou instabilidade da parede lateral do banzo de
perfil retangular

Este modelo é similar ao modelo de escoamento


local da alma na ligação entre vigas e pilares em
perfil I (item 5.7.3 da ABNT NBR 8800:2008)
em que a força é introduzida na alma pela mesa
da viga num ângulo de dispersão de 2,5:1. Assim
sendo, considerando o ângulo entre a diagonal ou
montante e o banzo, pode-se demonstrar, confor-
Figura 5.19 – Método da largura efetiva das diagonais ou montantes
me ilustra a Figura 5.20, que a força axial resisten-
De forma conservadora, devido à falta de estudos te, para ligações T, Y e X, com β = 1,0, é dada por:
consistentes, o efeito do ângulo entre as diagonais
ou montantes e o banzo não é considerado neste  h  1
N 1 = 2 f y 0t 0  1 + 5t 0  (5.21)
modelo. Assim, para ligações T, Y e X, a força axial  senθ1  senθ1
resistente das diagonais ou montantes é dada por:
se a força axial solicitante for de tração ou se a
( )
(5.19)
N 1 = f y1t1 2h1 + 2bef - 4t1 parede lateral do banzo não for sujeita à flam-
bagem local. Caso contrário, fy0 deve ser substituí-
O termo 4t1 foi incluído na equação para evitar da por uma tensão fb, que leva em consideração a
que os cantos sejam considerados em duplicidade. possibilidade de flambagem da parede lateral do
Similarmente à largura efetiva be,p do modelo de banzo, em função do índice de esbeltez h0/t0, apre-
punção, a largura efetiva bef também é determina- sentado na Tabela 5.12. Este modelo está associa-
da experimentalmente, em função da relação b0 /t0 do ao modo de falha B.
– quanto menor a relação, maior a largura efetiva.
Ressalta-se, porém, que são numericamente dife-
rentes, devido à diferença de capacidade de defor-
mação das barras entre esses modos de falha.

Da mesma maneira que no modelo de punção,


para as ligações N e K, cujo afastamento entre
diagonais e montantes esteja dentro do intervalo
0,5b0(1-β)≤ g ≤ 1,5b0(1-β), a força resistente é
dada por:
418
a) Elevação b) Seção transversal
Figura 5.20 – Modelo de plastificação, amassamento ou instabilidade da parede lateral do banzo (adaptado de Wardenier et al., 2010)

5.2.3. Nomenclatura, parâmetros geométricos e fatores relacionados ao estado de ten-


são nos banzos
Conforme mencionado anteriormente, a capacidade resistente de ligações soldadas em sistemas treliçados
é dada em função da força axial resistente de cálculo dos elementos ligados aos banzos, ou seja, das diago-
nais, montantes ou chapas. Para melhor compreensão das equações fornecidas para avaliar a capacidade
resistente de uma ligação, é apresentada na Figura 5.21 a nomenclatura utilizada para a geometria das
ligações entre os perfis tubulares (para ligações entre perfis tubulares e seções abertas, ver Tabela 5.19).
Observe-se que o índice zero relaciona-se ao banzo e os índices 1 e 2 (e eventualmente 3), às demais barras
(diagonais e montantes).

a) Ligação com afastamento

Capítulo 5 - Ligações

b) Ligação com sobreposição


Figura 5.21 - Nomenclatura das ligações com perfis tubulares circulares ou retangulares
419
Na Figura 5.21: Os seguintes parâmetros geométricos são utiliza-
dos nas equações:
d1 - diâmetro externo da seção transversal do
tubo da diagonal comprimida; a. relação entre a altura da diagonal ou mon-
tante no plano da estrutura e a largura do
d2 - diâmetro externo da seção transversal do banzo:
tubo da diagonal tracionada; h
η= 1 (5.22)
b0 - largura do tubo retangular do banzo, largura d0
da mesa do banzo do perfil I;
b. relação entre o diâmetro médio ou largura da
h0 - altura do tubo retangular do banzo, altura diagonal ou montante e o diâmetro ou a lar-
do perfil I do banzo; gura do banzo:
h1 - altura do tubo retangular da diagonal - para ligações T, Y ou X
comprimida, altura do perfil I da diagonal; d d b
β = 1 ou β = 1 ou β = 1 (5.23)
h2 - altura do tubo retangular da diagonal d0 b0 b0
tracionada, altura do perfil I da diagonal;
- para ligações K ou N
t0 - espessura da parede do tubo do banzo; d +d d +d b +b + h + h
β = 1 2 ou β = 1 2 ou β = 1 2 1 2
t1 - espessura da parede do tubo da diagonal 2d 0 2b 0 4b0
(5.24)
comprimida; d1 + d 2 d1 + d 2 b1 + b2 + h1 + h2
β= ou β = ou β =
2d 0
t2 - espessura da parede do tubo da diagonal 2b 0 4b0
tracionada;
- para ligações KT
tw - espessura da alma do perfil I do banzo; b +b +b
d + d + d3 d + d2 + d3
β= 1 2 ou β = 1 ou β = 1 2
tf - espessura da mesa do perfil I do banzo; 3d 0 3b 0
(5.25)
d1 + d 2 + d 3 d1 + d 2 + d 3 b1 + b2 + b3 + h1 + h2 + h3
θ1 - ângulo entre o banzo ou β =
β = e diagonal comprimida; ou β =
3d 0 3b 0 6b0
θ2 - ângulo entre o banzo e diagonal tracionada;
M0,Sd - momento fletor solicitante de cálculo na c. relação entre a semilargura ou o semidiâme-
ligação; tro do banzo e sua espessura:

N0,Sd - força axial solicitante de cálculo no banzo; (5.26)

N0p,Sd - valor de N0,Sd excluindo as forças de cálculo


dadas pelas componentes das diagonais projetadas d. razão de sobreposição, dada pela razão per-
no eixo longitudinal do banzo da ligação. centual das grandezas p e q (ver Figura 5.8 e
5.23 adiante)
q
λov = 100 (5.27)
p

420
e. fator geométrico Kg para ligações com banzo
N 0 p ,Sd M 0,Sd
de seção circular, dado por: σ
= 0 p ,Sd + (5.34)
A0 W0
   para banzos de perfil circular
    (5.28)
     
N 0,Sd M 0,Sd
para ligações com afastamento σ=
0,Sd + (5.35)
A0 W0
para banzos de perfil retangular
  
   
 
(5.29)
   
para ligações com sobreposição onde:

σ0,Sd é a máxima tensão de compressão solicitante


de cálculo no banzo em um determinado nó, cau-
Para a utilização das equações são ainda introdu- sada pela força N0,Sd e pelo momento M0,Sd;
zidos parâmetros que dependem não apenas de
relações geométricas, mas também do estado de σ0p,Sd é o valor de σ0,Sd, excluindo-se as tensões
tensão do banzo em relação à resistência ao esco- provenientes das componentes das forças nas di-
amento do aço do banzo. Para considerar o efeito agonais ou montantes, paralelas ao eixo do banzo
da redução na resistência da ligação nas situações (ver a seguir a definição de N0p,Sd );
em que o banzo esteja submetido a combinação
de força axial e momento fletor, tem-se os parâ- N0,Sd é a força axial solicitante de cálculo no ban-
metros Kp e Kn, relacionados aos banzos de perfil zo que contribui para a tensão σ0,Sd;
circular e retangular, respectivamente, dados pelas
N0p,Sd é dada por:
seguintes equações válidas quando np e n são ne-
gativos::
N 0 p ,Sd = N 0,Sd - N i ,Sd cos θi (5.36)

  (5.30)
Ni,Sd são as forças axiais solicitantes de cálculo das
  (5.31) diagonais e montantes do nó e θi suas inclinações
em relação ao eixo do banzo;
onde β, já apresentada anteriormente, é a relação M0,Sd é o momento fletor solicitante de cálculo na
entre o diâmetro médio ou largura média das dia- ligação;
gonais ou das diagonais e montante e a largura
do banzo, e np e n são parâmetros relacionados ao A0 é a área da seção transversal do banzo;
estado de tensão nos banzos circular e retangular,
respectivamente, dados por: W0 é o módulo de resistência elástico da seção
transversal do banzo.
n p = σ 0 p ,Sd / f y 0 (5.32)
Caso np ou n sejam positivos, ou seja, np≥0 ou
n≥0, Kp e Kn devem ser tomados iguais a 1,0. Nas
Capítulo 5 - Ligações

n = σ 0,Sd / f y 0 (5.33)
ligações com chapa de nó, o parâmetro modifica-
se para Km, dado pela equação a seguir desde que
em que as tensões σ0,Sd e σ0p,Sd são consideradas n<0 e igual a 1,0 se n ≥ 0:
negativas se forem de compressão e dadas pelas
seguintes equações (ver Figura 5.21):     (5.37)
421
Conforme mencionado anteriormente, as ligações
soldadas podem ser executadas com afastamento
(Figura 5.22) ou com sobreposição (Figura 5.23).
A dimensão g, visando permitir soldagem adequa-
da, deve ser igual ou superior à soma das espessu-
ras das diagonais ou montantes presentes na região
nodal. Na ligação com sobreposição, para garantir
a adequada transferência dos esforços de uma bar-
ra para a outra, a razão entre a sobreposição q e a
dimensão p (Figura 5.23) deve ser maior ou igual
0,25, conforme apresentado no item 5.2.4.

As ligações, tanto com afastamento quanto com


sobreposição, podem gerar excentricidades na re-
gião nodal. Essa excentricidade é classificada como
negativa quando o ponto de trabalho, ou seja, o
ponto de encontro entre os eixos das diagonais ou
montantes, relativo ao eixo do banzo, situar-se do
lado interno da treliça – acima do eixo do banzo,
na Figura 5.24-b – e, como positiva, quando situar-
se do lado externo – abaixo do eixo do banzo na fi-
gura 5.24-c. Evidentemente, se os eixos coincidirem,
a excentricidade é zero – Figura 5.24-a.

Figura 5.22. Ligação com afastamento

Figura 5.24 - Excentricidade da ligação: (a) Ligação com excentri-


cidade nula; (b) Ligação com excentricidade negativa; (c) Ligação
com excentricidade positiva

5.2.4. Condições de validade das equações


Para que sejam válidas as equações da capacidade
resistente de ligações tubulares devem ser atendi-
das relações limites associadas às dimensões e ao
tipo de aço estrutural adotado na fabricação das
barras, assim como à geometria da ligação e das
Figura 5.23. Ligação com sobreposição
422
soldas. Esses limites são oriundos de condições h. a espessura nominal da parede dos perfis tu-
construtivas e análises experimentais e numéricas bulares não pode ser inferior a 2,5 mm.
utilizadas para calibração das equações apresenta-
das na norma brasileira NBR 16239:2013.

As seguintes exigências gerais devem ser atendidas Para as ligações entre perfis tubulares circulares,
no projeto de ligações soldadas: deve-se ainda atender às seguintes limitações:

a. os ângulos θi entre o banzo e as diagonais e a. 0,2 ≤ di /d0 ≤ 1,0, para todas as ligações;
entre montantes e diagonais adjacentes não b. 10,0 ≤ d0 /t0 ≤ 50,0, para todas as ligações,
podem ser inferiores a 30°; exceto tipo X;
b. as extremidades dos tubos que se encontram c. 10,0 ≤ d0 /t0 ≤ 40,0, para ligação tipo X;
em uma ligação devem ser preparadas de
modo que a forma da seção transversal não d. 10,0 ≤ di /ti ≤ 50,0, para todas as ligações.
seja modificada. Ligações de tubos com ex-
tremidades amassadas não são previstas; Para as ligações entre diagonais e montantes de
perfis tubulares circulares ou retangulares e banzos
c. em ligações com afastamento, visando per- de perfis tubulares retangulares devem ser obedeci-
mitir soldagem adequada, a dimensão g deve dos os limites apresentados na Tabela 5.4. Adicio-
ser igual ou superior à soma das espessuras nalmente, para que se possam utilizar os critérios
das diagonais ou montantes ligados; mais favoráveis dados na Tabela 5.17, os banzos
de perfil quadrado ou circular devem atender aos
d. em ligações com sobreposição, a ligação limites dados na Tabela 5.5. Caso não atendam,
deve ter dimensão suficiente para garantir a devem-se utilizar as demais tabelas da norma, as
adequada transferência dos esforços de uma que forem aplicáveis. Para ligações soldadas entre
barra para a outra. Para isso, a razão entre a diagonais e montantes de perfis circulares ou re-
sobreposição q e a dimensão p deve ser maior tangulares e banzos com perfis I ou H os limites
ou igual a 0,25; apresentados na Tabela 5.6 devem ser atendidos.
e. quando as barras sobrepostas tiverem espes-
suras ou resistências ao escoamento diferen-
tes, a barra com menor produto entre essas
duas grandezas deve se sobrepor à outra;
f. quando as barras sobrepostas tiverem largu-
ras diferentes no plano da ligação, a barra
com menor largura deve se sobrepor à mais
larga;

g. para perfis de aço com resistência superior


a 350 MPa, a resistência de cálculo deve ser
dividida por um coeficiente de ajustamento,
Capítulo 5 - Ligações

gn, igual a 1,1, com exceção da resistência


da solda;

423
Tabela 5.4. Condições de validade de ligações soldadas entre diagonais e montantes de perfis tubulares circulares ou retangulares e banzos de perfis
tubulares retangulares

424
Tabela 5.5 — Condições de validade de ligações soldadas entre diagonais e montantes de perfis tubulares circulares ou quadrados e banzos de perfis
tubulares quadrados

Tipos de perfis Tipo de ligações Parâmetros de ligações


bi b0
T, Y ou X ≤ 0,85 ≥ 10
b0 t0
Perfis tubulares quadrados
b +b b0
K e N com afastamento 0,6 ≤ 1 2 ≤ 1,3 ≥ 15
2b1 t0
b0
T, Y ou X - ≥ 10
t0
Perfis tubulares circulares
d +d b0
K e N com afastamento 0,6 ≤ 1 2 ≤ 1,3 ≥ 15
2 d1 t0

Tabela 5.6 — Condições de validade para ligações soldadas entre diagonais e montantes de perfis tubulares circulares ou retangulares e banzos com
perfis I ou H

Capítulo 5 - Ligações

425
Para ligações com chapas, devem ser atendidas as A segunda alternativa permite que a exigência
seguintes exigências: de ductilidade possa ser considerada atendida se
a resistência de cálculo da solda, por unidade de
a. para banzos de seção circular: comprimento, for igual ou superior à menor das
resistências seguintes:
• 10,0 ≤ d0 /t0 ≤ 50,0, para todas as ligações,
exceto tipo X; a. resistência local (punção ou cisalhamento da
• 10,0 ≤ d0 /t0 ≤ 40,0, para ligação tipo X; parede) da superfície conectada do banzo por
unidade de comprimento do perímetro sol-
b. para banzos de seção retangular: dado da seção transversal das barras (diago-
nal ou montante) ou chapas;
⎧⎪ 30
• b0 / t 0 ≤ ⎨ b. resistência da seção transversal das barras (dia-
⎪⎩1, 45 E / f y 0
gonal ou montante) ou das chapas por uni-
dade de comprimento do perímetro soldado.
⎧⎪ 35
• h0 / t 0 ≤ ⎨    Para a segunda alternativa, a norma permite tam-
⎪⎩1, 45 E / f y 0
bém que a exigência de ductilidade possa ser con-
siderada atendida se:
A ABNT NBR 16239:2013 exige que a solda seja
executada em todo o perímetro do tubo, com ex- a. forem utilizadas as ligações pré-qualificadas
ceção da parte não visível das ligações com sobre- conforme o Anexo A da norma brasileira
posição parcial, na condição de que as projeções ABNT NBR 16239:2013; no caso, as sol-
perpendiculares ao eixo do banzo das forças das das de filete, uma vez atendidas as dimensões
diagonais ou montantes, em módulo, não difiram mínimas exigidas, ou as soldas de penetração
em mais de 20%. Além disso, exige também que total, ou
a ligação tenha comportamento dúctil, para evi-
b. a espessura da garganta da solda de filete for
tar que seja atingido um estado-limite último de-
igual ou superior aos seguintes valores:
nominado falha ou ruptura progressiva da solda.
Esse estado-limite poderia ocorrer na ligação de- • 1,0t para fy ≤ 280 MPa
vido à não uniformidade das tensões ao longo do • 1,1t para 280 MPa < fy ≤ 350 MPa
perímetro soldado, oriunda da diferença relativa • 1,5t para 350 MPa < fy ≤ 450 MPa
de rigidez entre as paredes do banzo, carregadas
transversalmente à sua superfície, e a seção das onde t é a espessura do tubo (diagonal ou mon-
barras (diagonais ou montantes) ou dos elementos tante) ou da chapa. Para as chapas, o filete deve
de ligação (chapas), carregadas axialmente. ser duplo com espessura da garganta igual ou su-
perior à metade dos valores acima.
Para garantir que a ligação apresente comporta-
mento dúctil, a norma brasileira apresenta duas
alternativas. A primeira exige que a solda tenha Conforme estudado no capítulo 2, se forem obe-
resistência de cálculo igual ou superior à força ou decidas as condições lá apresentadas, os momen-
momento solicitante de cálculo das barras (diago- tos fletores oriundos de excentricidade ou de for-
nais ou montantes) ou dos elementos de ligação ças transversais aplicadas nos banzos podem ser
(chapas), calculada conforme as prescrições da desprezados no dimensionamento das diagonais
própria norma ou da ABNT NBR 8800:2008, ou montantes. Devem, entretanto, ser considera-
as que forem aplicáveis, porém considerando a dos no dimensionamento dos banzos – ver capí-
área efetiva e o comprimento efetivo de acordo tulo 2. No caso do dimensionamento das ligações,
com o Anexo A da ABNT NBR 16239:2013. o momento fletor pode também ser desprezado se
426
o valor da excentricidade da ligação estiver dentro (Wardenieret al., 2010):
dos seguintes limites:
         (5.39)
– 0,55d0 ≤ e ≤ 0,25d0 
para ligações com banzos em perfil circular;
onde ƒ(β ), ƒ(γ ) e ƒ( g ) são funções semiempíricas
– 0,55h0 ≤ e ≤ 0,25h0 de β, γ e g. Para ligações T e Y, ƒ(β )=2,8+14,2β 2,
para ligações com banzos em perfil retangular. é tomado igual a γ 0,2 e é igual a 1,0. A equação final
é igual a:

5.2.5. Equações de dimensionamento  


     (5.40)

Neste item são apresentadas as equações de di-


Para ligações K e N, ƒ(β)=1,8+10,2β, ƒ(γ) é toma-
mensionamento utilizadas na maioria das prescri-
do igual a 1,0 e ƒ(g) é igual ao fator Kg (ver alínea e
ções e recomendações existentes na literatura. As
do item 5.2.3). As equações das forças axiais resis-
expressões utilizam a nomenclatura das normas
tentes de cálculo das diagonais são portanto:
brasileiras de aço, bem como os coeficientes de
ponderação das resistências.
     (5.41)

5.2.5.1.Banzos de perfil circular N 2,Rd = N 1,Rd senθ1 / senθ 2 (5.42)

A resistência de ligações em que o banzo possui Observa-se que β é igual à razão entre os diâ-
seção circular, desde que obedecidas as condições metros da diagonal (no caso de ligação K e N, a
de validade apresentadas anteriormente, é deter- comprimida) e do banzo, γ é a relação entre o di-
minada por apenas dois modos de falha: modo de âmetro do banzo e duas vezes sua espessura, g é o
falha A, plastificação da face ou de toda a seção afastamento entre diagonais ou montantes (para
transversal do banzo, junto a diagonais ou mon- ligações com afastamento) e Kp, o fator relaciona-
tantes e modo de falha D, ruptura por punção da do ao estado de tensão do banzo (ver item 5.2.3).
parede do banzo na área de contato com dia- Observa-se que este modo de falha, nas ligações
gonais ou montantes. As bases teóricas desses K e N, ocorre tanto na situação com afastamento
modos de falha foram apresentadas nos itens quanto na com sobreposição.
5.2.2.1 e 5.2.2.2.
Para o modo de falha D, a equação de resistência,
Conforme apresentado, no caso do modo de falha também em valores de cálculo, para as ligações T, Y
A, a equação de resistência em termos de valores e X e para as K e N com afastamento, é dada por:
de cálculo é dada por: 1 + senθ1
N 1,Rd = 0,60π d1t 0 f y 0 / γ a1 (5.43)
(5.38) 2senθ12

Para as ligações K e N, tem-se ainda:


Para ligações tipo X, c0 e c1 são tomados iguais a N 2,Rd = N 1,Rd senθ1 / senθ 2 (5.44)
Capítulo 5 - Ligações

5,2 e 0,81, respectivamente, com base em análises


experimentais e numéricas. Para ligações T, Y, K e Vale lembrar que para este modo de falha, não é
N, conforme comentado em 5.2.2.1, outros pa- necessário o fator Kp, já que o estado de tensão no
râmetros e ajustes adicionais são necessários – as banzo praticamente não influencia na resistência.
equações adquirem então o seguinte formato geral Além disso, ressalta-se que este modo de falha não
427
é crítico para ligações com sobreposição. Mip, i, Rd é o momento fletor resistente de cálculo,
da diagonal ou montante, no plano;
As equações de dimensionamento para essas liga-
ções (uniplanares) estão resumidas na Tabela 5.7. Mip, i, Sd é o momento fletor solicitante de cálculo,
Em todas as situações deve-se ter Ni,Sd ≤ Ni,Rd. da diagonal ou montante, no plano;
Na Tabela 5.8 são apresentadas equações para cál- Mop, i, Rd é o momento fletor resistente de cálculo,
culo de ligações em que os montantes são de perfil da diagonal ou montante, fora do plano;
I, H ou tubular retangular, tanto para força axial
resistente de cálculo, Ni,Rd, quanto para momento Mop, i, Sd é o momento fletor solicitante de cálculo,
fletor resistente de cálculo no plano, Mip,i,Rd, e fora da diagonal ou montante, fora do plano.
do plano, Mop,i,Rd. Na Tabela 5.9 são apresentadas Na Tabela 5.10 são apresentados alguns casos es-
equações para determinação do momento fletor
peciais de ligações uniplanares entre diagonais e
resistente de cálculo no plano e fora do plano, no
banzos de perfis tubulares circulares. Nessas situa-
caso de montantes de seção circular.
ções, devem ser obedecidos os critérios de cálculo
Na presença de momento fletor, as ligações devem específicos apresentados.
atender à seguinte condição:
2
As resistências de cálculo das ligações multipla-
N i ,Sd  M ip ,i ,Sd  M op ,i ,Sd nares devem ser determinadas, para cada plano,
+  + ≤ 1,0 (5.45)
conforme as resistências de cálculo apresentadas
N i ,Rd  M ip ,i ,Rd  M op ,i ,Rd nas Tabelas 5.7 a 5.10, reduzidas pela aplicação
do fator de redução µ apropriado, dado na Ta-
onde
bela 5.11.
Ni, Rd é a força axial resistente de cálculo da diago-
nal ou montante;

Ni, Sd é a força axial solicitante de cálculo da diago-


nal ou montante;

428
Tabela 5.7 – For.a axial resistente de cálculo de ligações soldadas entre perfis tubulares circulares

Capítulo 5 - Ligações

429
Tabela 5.8 – Força axial e momento fletor resistentes de cálculo das ligações soldadas entre montantes de perfil I, H ou tubular retangular e banzos
de perfil tubular circular

430
Tabela 5.8. (continuação)

Capítulo 5 - Ligações

431
Tabela 5.9 – Momento fletor resistente de cálculo das ligações soldadas entre montantes e banzos de perfil tubular circular

432
Tabela 5.10 – Critérios de cálculo para casos especiais de ligações uniplanares soldadas entre diagonais e banzos de perfis tubulares circulares

Capítulo 5 - Ligações

433
Tabela 5.11 – Fatores de redução para ligações multiplanares

434
5.2.5.2. Banzos de perfil retangular em que g deve ser determinado geometricamente
conforme a Figura 5.26. Caso o valor de g resul-
Conforme descrito em 5.2.2, para os banzos de te negativo, não é necessário verificar a resistên-
seção retangular são utilizados cinco modelos, cia conforme o modo de falha C. Evidentemente,
correspondentes aos cinco modos de falha: mode- para o modo de falha C, além da verificação da
lo de charneira plástica (para plastificação do ban- força nas diagonais ou montantes, deve-se tam-
zo, modo de falha A), modelo de punção (modo bém verificar a força axial resistente de cálculo
D) e modelo de cisalhamento do banzo (modo do banzo na presença de cisalhamento, conforme
C), modelo da largura efetiva das diagonais ou apresentado no modelo. Para isso, a força axial so-
montantes (modo E) e modelo de plastificação, licitante de cálculo do banzo, N0,Sd, não pode ser
amassamento ou instabilidade da parede lateral superior a N0,Rd dada por:
do banzo (modo B).

Para ligações T, X e Y, com β≤0,85, a equação de-  V 


2 
duzida em 5.2.2, via modelo de charneira plásti- N 0,Rd = ( A0 - Av ) f y 0 + Av f y 0 1-  S   /γ
  V pl  a1
ca, em valores de cálculo, é utilizada diretamente    
para se verificar a força resistente de cálculo para o (5.50)
modo de falha A:
Ainda para 0,85≤β≤1,0, devem-se verificar tam-
   bém mais dois modos de falha – o modo E, via
  
   
modelo da largura efetiva das diagonais ou mon-

(5.46)
tantes, conforme 5.2.2.6, e o modo D, via modelo
de punção do banzo de perfil retangular, confor-
Para 0,85≤β≤1,0, deve-se utilizar interpolação me 5.2.2.4, cujos valores da resistência axial resis-
linear entre o valor do modo de falha A, com tente de cálculo são dados respectivamente por:
β = 0,85 e o valor do modo B, com β = 1,0 (ver
5.2.2.7, modelo de plastificação, amassamento ou ( )
N 1,Rd = f y1t1 2h1 + 2bef - 4t1 / γ a1 (5.51)
instabilidade da face lateral do banzo), dado por:
 2h1  1
N 1,Rd = 0,6 f y 0t 0  + 2be , p  / γ a1 (5.52)
 h  1  senθ1  senθ1
N 1,Rd = 2 f b t 0  1 + 5t 0  / γ a1 (5.47)
 senθ1  senθ1
Neste último caso, deve-se ter β ≤1-1/γ.
Caso a ligação seja X, com θ < 90º, e desde que o As equações das forças axiais resistentes de cálculo
valor de g resulte positivo conforme determinado na e dos parâmetros e as limitações pertinentes estão
Figura 5.25 (ver observação a seguir), a interpolação resumidas na Tabela 5.12. Em todas as situações
deve ser entre o valor do modo de falha A e o menor deve-se ter N1,Sd ≤ N2,Rd.
valor entre o do modo B, conforme mostrados aci-
ma, e o do modo C (ver 5.2.2.5, modelo de cisalha-
mento do banzo retangular), dado por:

1
N 1,Rd = 0,6 f y 0t 0 ( 2h0 + α b0 ) / γ a1
Capítulo 5 - Ligações

(5.48)
senθ1

onde

1
α= (5.49)
1 + 4 g 2 / 3t 0 435
Figura 5.25. Determinação geométrica do afastamento para ligações X
Tabela 5.12. Força axial resistente de cálculo de ligações soldadas T, X e Y entre diagonais de perfis tubulares retangulares ou circulares e banzos de
perfis tubulares retangulares

Modo de falha A β ≤ 0,85


kn f y 0t 02
⎛ 2η ⎞
N1,Rd = ⎜ + 4 1 − β ⎟ / γ a1
(1 − β ) senθ1 ⎝ senθ1 ⎠
Modo de falha B a
β = 1,0 b

f bt0 ⎛ 2,2h1 ⎞
N1,Rd = ⎜ + 10t0 ⎟ / γ a1
senθ1 ⎝ senθ1 ⎠
Modo de falha E β ≥ 0,85
(
N1,Rd = f y1t1 2h1 − 4t1 + 2bef /γ a1 )
Modo de falha D 0,85 ≤ β ≤ (1 − 1/ γ )
0,60 f y 0t0 ⎛ 2h1 ⎞
N1,Rd = ⎜ + 2be , p ⎟ /γ a1
senθ1 ⎝ senθ1 ⎠
a
Para ligações X com θ < 90o , usar o menor entre este valor e o da resistência de cálculo de cisalha-mento das paredes do banzo, dadas para ligações com
afastamento K e N, na Tabela 5.13.
b
Para 0,85 ≤ β ≤ 1,0 usar interpolação linear entre o valor do modo de falha A com β = 0,85 e o menor valor dos modos de falha B e C (Tabela 5.13)
com β = 1,0, (flambagem da parede ou cisalha-mento do banzo). O modo de falha C aplica-se apenas para ligações X com θ < 90o.

Para diagonais e montantes de perfil circular, multiplicar as forças axiais resistentes acima por (π / 4),
substituindo b1 e h1 por d1 e substituindo b2 e h2 por d2.

10 f y 0t0
bef = b1 , mas bef ≤ b1
Para tração b0 / t 0 f y1t1
fb = f y 0 be , p =
10
b1 , mas be , p ≤ b1
b0 / t0
Para compressão:
0,4n
fb = χ f y0 Para n < 0 kn = 1,3 +
(Ligação T e Y)
β
f b = 0,8χ f y 0 senθ1 (Ligação X) Para n ≥ 0 kn = 1,0
onde χ é obtido conforme a ABNT NBR onde n = σ 0,Sd / f y 0 , sendo σ 0,Sd determinado
8800:2008, o que for aplicável, usando um índice consi-derando sinal negativo para compressão.
de esbeltez reduzido igual a:
⎛ h0 ⎞ 1
⎜ − 2⎟
λ0 = 3, 46 ⎝ 0
t ⎠ senθ1
E
π
f y0

436
Para ligações K e N com afastamento, são pre- Para as ligações K e N com sobreposição, de-
vistas verificações para quatro modos de falha, a ve-se utilizar a Tabela 5.17. Tem-se apenas um
saber: modos A, C, D e E, que estão resumidas modo de falha para esta situação, o modo E,
na Tabela 5.13 adiante. Vale lembrar, conforme cujas equações, apresentadas a seguir, também
comentado em 5.2.2.3, que a força axial resistente foram baseadas no modelo teórico apresenta-
de cálculo para o modo A é baseada em equações do em 5.2.2.6, porém adaptado para levar em
semiempíricas e não diretamente do modelo de consideração o nível de sobreposição, conforme
charneiras plásticas. A equação segue também o comentado anteriormente:
mesmo formato apresentado para os tubos circu-
lares (observa-se que, neste caso, Kn substitui Kp): λov
fy1 t1 bef +be,0v +2h1 -4t1 γa1
50 (5.59)
         (5.53) para 25% ≤ λov ≤ 50%

fy1 t1 bef +be,0v +2h1 -4t1 γa1
N 2,Rd = N 1,Rd senθ1 / senθ 2 (5.54) N1,Rd = (5.60)
para 50% ≤ λov ≤ 80%

onde ƒ(β)=β=(b1+b2+h1+h2)/(4b0), ƒ(γ)=γ0,5 e fy1 t1 b1 +be,0v +2h1 -4t1 γa1
ƒ(g)=1,0 (5.61)
para λov ≥ 80%
Para os demais modos, as equações são exatamen-
te as mesmas apresentadas nos modelos teóricos,
apenas reescritas para valores de cálculo. As equa-  A2 f y 2 
N 2,Rd = N 1,Rd   (5.62)
ções do modo de falha C já foram apresentadas  A1 f y1
 
anteriormente. Para o modo de falha D, as equa-
ções são as seguintes: Em todas as situações deve-se ter Ni,Sd ≤ Ni,Rd.
 2h1  1 Na Tabela 5.14 são apresentadas equações para cál-
N 1,Rd = 0,6 f y 0t 0  + b1 + b1,e , p  / γ a1
culo de ligações T e X para momento fletor resistente
 senθ1  senθ1
(5.55) de cálculo tanto no plano, Mip,i,Rd, quanto fora do
plano, Mop,i,Rd. Na presença de momento fletor, de
 2h2  1 maneira similar aos banzos de seção circular, as liga-
N 2,Rd = 0,6 f y 0t 0  + b2 + b2,e , p  / γ a1 ções devem atender à seguinte condição:
 senθ 2  senθ 2
(5.56)
N i ,Sd M ip ,i ,Sd M op ,i ,Sd
Para o modo E, as forças axiais resistentes de cál- + + ≤ 1,0 (5.63)
N i ,Rd M ip ,i ,Rd M op ,i ,Rd
culo das diagonais ou montantes são dadas por:

( )
N 1,Rd = f y1t1 2h1 + b1 + b1,ef - 4t1 / γ a1 (5.57) onde todos os termos já foram definidos anterior-
mente.

( )
N 2,Rd = f y 2t1 2h2 + b2 + b2,ef - 4t 2 / γ a1 (5.58)
Capítulo 5 - Ligações

437
Tabela 5.13. Força axial resistente de cálculo de ligações soldadas K e N entre diagonais de perfis tubulares retangulares ou circulares e banzos de
perfis tubulares retangulares

438
Tabela 5.14. Momento fletor resistente de cálculo para ligações soldadas T e X entre diagonais ou montantes e banzos de perfis tubulares retangulares

Capítulo 5 - Ligações

439
Nas Tabelas 5.15 e 5.16 são apresentados alguns os modos A e E, cujas equações já foram apresen-
casos especiais de ligações uniplanares entre dia- tadas. Vale lembrar que caso algum dos perfis não
gonais e banzos de perfis tubulares retangulares atenda a qualquer um dos critérios, a força axial
e ligações aporticadas ou com banzos inclinados. resistente de cálculo deve ser obtida das Tabelas
Nessas situações, devem ser obedecidos os crité- 5.12 ou 5.13, a que for aplicável.
rios de cálculo específicos apresentados.
As resistências de cálculo das ligações multipla-
Para os casos especiais de banzos com perfis qua- nares devem ser determinadas, para cada plano,
drados e diagonais e montantes com perfis qua- conforme as resistências de cálculo apresentadas
drados ou circulares que atendam aos critérios nas Tabelas 5.12 a 5.17, reduzidas pela aplicação
dados na Tabela 5.2, mostrada anteriormente, a do fator de redução µ apropriado, dado na Tabela
força axial resistente de cálculo pode ser calculada 5.18. Devem ser atendidos os critérios adicionais
conforme apresentado na Tabela 5.17. Observa-se de cálculo apresentados.
que apenas dois modos de falha são considerados,

Tabela 5.15. Critérios de cálculo para tipos especiais de ligações soldadas uniplanares entre diagonais ou montantes e banzos de perfis
tubulares retangulares

Tipo de ligação Critério de cálculo


As forças podem ser de tração ou compressão,
mas devem atuar no mesmo sentido para ambas
as diagonais
N1, Sd ≤ N1, Rd
onde N1,Rd é o valor de N1,Rd para uma ligação X
da Tabela 5.12.

A diagonal 1 é comprimida e a diagonal 2 é


tracionada (ver nota (a))
N1, Sd senθ1 + N 3, Sd senθ3 ≤ N1, Rd senθ1
N 2, Sd senθ 2 ≤ N1, Rd senθ1
onde N1,Rd é o valor de N1,Rd para uma ligação K
da Tabela 5.13, mas substituindo-se
b1 + b2 + h1 + h2 b + b + b + h + h +h
por 1 2 3 1 2 3
4b0 6b0

Todas as diagonais devem ser comprimidas ou


tracionadas

N1, Sd senθ1 + N 2, Sd senθ 2 ≤ N x , Rd senθ x


onde N x ,Rd é o valor de N x ,Rd para uma ligação X
440 da Tabela 5.12, e N x ,Rd senθx é o maior valor entre
N1,Rd senθ1 e N 2,Rd senθ2
onde N1,Rd é o valor de N1,Rd para uma ligação K
da Tabela 5.13, mas substituindo-se
b1 + b2 + h1 + h2 b1 + b2 + b3 + h1 + h2 + h3
por
4b0 6b0
Tabela 5.15 (continuação)

Todas as diagonais devem ser comprimidas ou


tracionadas

N1, Sd senθ1 + N 2, Sd senθ 2 ≤ N x , Rd senθ x


onde N x ,Rd é o valor de N x ,Rd para uma ligação X
da Tabela 5.12, e N x ,Rd senθx é o maior valor entre
N1,Rd senθ1 e N 2,Rd senθ2

A diagonal 1 é comprimida e a diagonal 2 é N1,Sd ≤ N1,Rd


tracionada onde N1,Rd é o valor de N1,Rd para uma ligação K
da Tabela 5.13, desde que, em uma ligação com
afastamento, na seção 1-1, o banzo satisfaça à
condição:
2 2
⎡ N 0,Sd ⎤ ⎡ V0,Sd ⎤
⎢ ⎥ +⎢ ⎥ ≤ 1,0
⎢⎣ N pl ,0,Rd ⎥⎦ ⎢⎣V pl ,0,Rd ⎥⎦
com V0,Sd = N1senθ1 + N 2senθ2 , e
V pl ,0,Rd = 1,2(h0 − 4t0 )t0 f y 0 / γ a1
a
Se houver forças externas aplicadas no nó, cuja resultante perpendicular ao banzo (em módulo) seja superior a 20% da maior projeção perpendicular ao
banzo (em módulo) das forças das diagonais ou montantes, a ligação deverá ser classificada como DK.

Capítulo 5 - Ligações

441
Tabela 5.16. Critério de cálculo de ligações soldadas aporticadas ou com banzos inclinados de perfis tubulares retangulares

442
Tabela 5.17. Força axial resistente de cálculo de ligações soldadas entre diagonais ou montantes de perfis tubulares circulares ou quadrados
e banzos de perfis tubulares quadrados

Capítulo 5 - Ligações

443
Tabela 5.18. Fatores de redução para ligações multiplanares (banzos retangulares)

444
5.2.5.3. Banzos de perfil I ou H e momento fletor, as ligações devem atender à
seguinte condição:
Caso sejam atendidas as condições apresentadas
na Tabela 5.6, a força axial resistente de cálculo e N i ,Sd M ip ,i ,Sd
o momento fletor resistente de cálculo de ligações + ≤ 1,0 (5.64)
N i ,Rd Mip ,i ,Rd
soldadas entre diagonais ou montantes de perfis
tubulares circulares ou retangulares com banzos
de perfil I ou H podem ser obtidos da Tabela 5.19. onde todos os termos já foram definidos anterior-
Em ligações sujeitas apenas a força axial ou momen- mente. Observa-se que para esta situação, não são
to fletor deve-se ter Ni,Sd ≤ Ni,Rd e Mi,Sd ≤ Mi,Rd, res- definidas formulações para momento fletor fora
pectivamente. Para combinação de força axial do plano da ligação. Também não são previstas li-
gações multiplanares.

Tabela 5.19. Força axial resistente de cálculo de ligações soldadas entre diagonais ou montantes de perfis tubulares circulares ou retangula-
res com banzos de perfil I ou H

Capítulo 5 - Ligações

445
Modo de falha: Plastificação ou instabilidade por
cisalhamento do banzo
0,60 f y 0 Av senθ1
N 1,Rd = / γ a1 N 2,Rd = N 1,Rd
senθ1 senθ 2
 
( )
Tabela 5.19 (continuação) 2
N 0,Rd =( A0 − Av ) f y 0 + Av f y 0 1 − VSd / V pl ,Rd  / γ a1

K e N com sobreposição c, d Modo de falha E 25% ≤ λov < 50%

N=
1,Rd (
f y1t1 pef + be ,ov + ( h1 − 2t1 ) λov / 50 / γ a1)
Modo de falha E 50% ≤ λov < 80%

=
N 1,Rd (
f y1t1 pef + be ,ov + h1 − 2t1 /γ a1 )
Modo de falha E λov ≥ 80%

N 1,=
Rd f y1t1 (b1 + be ,ov + 2h1 − 4t1 ) /γ a1

Av = A0 − (2 − α )b0t f + ( tw + 2r ) t f pef = tw + 2r + 7t f f y 0 / f y1 ,
h1
Para diagonal com perfil retangular: mas pef ≤ b1 + h1 − 2t1 bw =
senθ1
+5 tf +r , ( )
1
α= 10 f y 2t 2 , mas mas
(
1 + 4 g 2 / 3t 2f ) be ,ov =
b2 / t 2 f y1t1
b1
bw ≤ 2t1 + 10 t f + r( )
Para diagonal com perfil circular, α = 0 be ,ov ≤ b1
a
As expressões das forças resistentes apresentadas são válidas para diagonais com perfis retangulares. Para diagonais com perfis circulares,
multiplicar essas expressões por (π / 4), substituindo b1 e h1 por d1 e substituindo b2 e h2 por d2;
b
O modo de falha E não precisa ser verificado se: g / t f ≤ 20 − 28β ; β ≤ 1,0 − 0,03γ , onde γ = b0 / 2t f , e, para tubos circulares:
0,75 ≤ d1/d2 ≤ 1,33, 0,75 ≤ b1/b2 ≤ 1,33;
c
Para ligações com sobreposição, 1 = diagonal ou montante subposto, 2 = diagonal ou montante sobreposto;
d
Apenas a diagonal ou montante subposto 1 precisa ser verificado. A eficiência da diagonal ou montante sobreposto 2 (isto é, a
resistência de cálculo da ligação dividida pela resistência plástica de cálculo da diagonal ou montante) deve ser tomada como igual à do
subposto.
e
Adicionalmente nas ligações tipo X deve ser verificado o item 5.7.6 da NBR8800.

446
Tabela 5.19 (continuação). Momento fletor resistente de cálculo de ligações soldadas entre diagonais ou montantes de perfis tubulares
retangulares com banzos de perfil I ou H

Tipo de ligação Momento fletor resistente de cálculo


TeY Modo de falha: Plastificação da alma do banzo

t
1 M ip ,1,Rd = 0,5 f y 0twbw h1 /γ a1
h
1

b
1
Modo de falha E
t
f t
w

b
0 M ip ,1,Rd f y1t1 pef ( h1 − t1 ) /γ a1
=
r
h
0

Parâmetros pef e bw
h1
pef = tw + 2r + 7t f f y 0 / f y1 ≤ b1 b=
w
senθ1
( )
+ 5 t f + r ≤ 2t1 + 10 t f + r( )

5.2.5.4. Ligações com reforço Nas ligações T, X e Y, para os modos de falha A,


D e E, pode-se utilizar uma chapa de reforço no
Não é incomum no dimensionamento de liga- banzo, na mesa que está ligada às diagonais ou
ções soldadas que a resistência da ligação direta montantes. Para o modo de falha B, podem ser
entre perfis tubulares seja inferior à resistência das utilizadas chapas de reforço laterais, em cada alma
barras que se conectam numa determinada região do banzo. Nas ligações K e N, para os modos de
nodal ou mesmo inferior aos esforços solicitantes. falha A, D e E, também são utilizadas chapas na
Nesse caso, são possíveis duas situações: a troca mesa do banzo e, para o modo C, nas duas almas
dos perfis das barras para outros que conduzam a do banzo. Nessas ligações é previsto ainda um re-
uma maior resistência da ligação ou o reforço com forço com uma chapa vertical, transversal ao ban-
chapas em locais apropriados, conforme o modo zo, entre diagonais ou montantes nas situações de
de falha que determinou sua resistência. Nas Ta- sobreposição insuficiente. Observa-se, conforme exi-
belas 5.20 e 5.21 apresentam-se algumas soluções
Capítulo 5 - Ligações

gência da ABNT NBR 16239: 2013, que as chapas


de reforço que podem ser utilizadas para ligações de reforço devem ser executadas com aço de resistên-
T, X e Y e ligações K e N, respectivamente, com cia ao escoamento igual ou superior ao do banzo.
banzos de seção retangular.

447
Tabela 5.20. Força axial resistente de cálculo de ligações soldadas reforçadas T, X e Y entre diagonais de perfis tubulares retangulares ou
circulares e banzos de perfis tubulares retangulares

448
Tabela 5.21. Força axial resistente de cálculo de ligações soldadas reforçadas K e N entre diagonais de perfis tubulares retangulares ou circu-
lares e banzos de perfis tubulares retangulares

Capítulo 5 - Ligações

449
Para ligações com banzos em perfil I ou H, se fo- sendo aw a espessura da garganta de solda dos en-
rem usados enrijecedores na alma do banzo tem- rijecedores (“2aw” torna-se “aw”, se for usada solda
se uma equação com resistência aumentada. Nessa de filete apenas em um lado do enrijecedor), com
situação, tanto para ligações T, X e Y quanto para o índice s referindo-se ao enrijecedor, que deve
ligações K e N, a força axial resistente de cálculo pode ter no mínimo a espessura da alma do perfil do
ser determinada como a seguir (ver Figura 5.26): banzo. As expressões acima devem atender ainda à
seguinte limitação:
( )
N i ,Rd = f yi ti 2 pef + 2 pef ,s / γ a1 (5.65)
pef + pef ,s ≤ bi + hi - 2ti (5.68)
onde
Observa-se que nesta situação é permitido que se
pef = tw + 2r + 7t f f y 0 / f yi ≤ bi + hi - 2ti (5.66) faça uma dispersão da tensão numa razão de 3,5:1
(daí o fator “7” nas expressões – conforme mostra
pef ,s = t s + 2aw + 7t f f y 0 / f yi ≤ bi + hi - 2ti (5.67) a Figura 5.26), quando o usual é na razão de 2,5:1
(ver 5.2.2.7 e ABNT NBR 8800:2008).

Figura 5.26 – Ligação com enrijecedor

450
5.2.5.5. Ligações com chapas Nas Tabelas 5.22 e 5.23 são apresentadas as forças
axiais e momentos fletores resistentes de cálculo
Em algumas situações, pode ser interessante do para banzos de seção circular e retangular, respec-
ponto de vista construtivo ou mesmo econômi- tivamente. Nas ligações sujeitas apenas a força nor-
co que a ligação entre as diagonais ou montantes mal ou momento fletor deve-se ter Nch,Sd≤Nch,Rd ou
da treliça seja ligada ao banzo por meio de cha- Mch,Sd≤Mch,Rd , respectivamente. Para combinação
pas. Na maioria dos casos, as ligações com chapas de força axial e momento fletor, as ligações devem
são utilizadas para parafusar outros elementos ao atender à seguinte condição:
banzo (para efeito da ABNT NBR 16239:2013,
o termo banzo pode ser entendido também como n
N i ,Sd  M ip ,i ,Sd  M op ,i ,Sd
um pilar ou outro elemento principal da ligação). +  + ≤ 1,0 (5.69)
Citam-se como exemplo as ligações de apoio de N i ,Rd  M ip ,i ,Rd  M op ,i , Rd

vigas em pilar por meio de chapas simples (Figura


5.27) ou as chapas em T de extremidade de barras onde N é igual a 1 para perfis retangulares e igual
de contraventamento (Figura 5.28). a 2 para perfis circulares. Devem também ser obe-
decidos os critérios específicos apresentados nas
tabelas.

Ressalta-se que os valores apresentados acima re-


ferem-se apenas aos modos de falha associados aos
perfis tubulares. Os modos de falha associados às
chapas e aos meios de ligação (solda ou parafuso)
com as demais barras não estão contemplados e
devem ser verificados conforme as prescrições da
ABNT NBR 8800:2008. Vale lembrar que as sol-
das de ligação das chapas com os perfis tubulares de-
vem atender aos requisitos apresentados em 5.2.4.
Figura 5.27. Ligação de apoio de vigas em pilar

Figura 5.28. Ligação de chapas em T de extremidade


Capítulo 5 - Ligações

451
Tabela 5.22. Força axial e momento fletor resistente de cálculo de ligações com chapas soldadas em perfil tubular circular

452
Tabela 5.22 (continuação)

Capítulo 5 - Ligações

453
Tabela 5.23. Força axial e momento fletor resistente de cálculo de ligações com chapas soldadas em perfil tubular retangular

454
Tabela 5.23 (continuação)

Capítulo 5 - Ligações

455
Tabela 5.23 (continuação) – Força axial e momento fletor resistente de cálculo de ligações com chapas soldadas em perfil tubular retangular

5.2.6. Estratégias para o projeto de ligações banzos, o que não é desejável para a eficiência do
dimensionamento da treliça. Esse fato ocorre com
Nesta subseção, serão apresentadas estratégias maior ou menor frequência dependendo do pro-
para o projeto e o adequado dimensionamento jeto das ligações adotado.
de ligações em treliçadas tubulares, em especial as
do tipo Warren – cujas ligações são do tipo K –,
as mais comumente encontradas na prática, pela
facilidade de execução e minimização do número 5.2.6.1. Escolha da arquitetura da treliça e das
de barras e ligações. Diferentemente do procedi- ligações
mento usual de projeto dos outros tipos de treliça, Nas ligações tipo K, o ângulo entre as diagonais
com perfis não tubulares, o dimensionamento das e os banzos deve se situar entre 30° e 60°, prefe-
ligações tubulares deve ser realizado simultanea- rencialmente em torno de 45° (Figura 5.29). Para
mente ao dimensionamento das barras da treliça, minimizar o número de ligações e barras e evitar
principalmente no que se refere aos banzos. Essa os problemas de soldagem decorrentes de ângulos
recomendação tem como objetivo alertar os enge- muito pequenos o valor mínimo é de 30°. Ver ain-
nheiros de estruturas de que as ligações tubulares da 7.1 – Soldas.
podem, conforme mostrado nos itens anteriores,
provocar acréscimos de tensões nas faces dos ban-
zos, necessitando redimensioná-los. Nesse caso, é
provável que seja necessário aumentar a seção dos
456
Figura 5.29. Treliças do tipo Warren com eixos concêntricos nos nós

Ao se projetar uma treliça com perfis tubulares, tangular. Conforme comentado em 6.1.5.3 da
deve-se procurar respeitar a concepção de siste- ABNT NBR 16239:2013, a qualidade da solda
mas estruturais treliçados, garantindo que os eixos de ligação entre os perfis tubulares depende fun-
das barras concorrentes em um nó estejam posi- damentalmente da concordância entre as super-
cionados concentricamente, evitando-se excentri- fícies dos tubos. De uma maneira geral, o uso de
cidades nas ligações. Contudo, nem sempre isso banzos com seção retangular facilita a execução da
é possível, pois depende do tipo de ligação ado- solda com as diagonais, pois um corte simples em
tado, conforme mostrado a seguir. Inicialmente, diagonal é suficiente para que o contato entre as
deve-se optar pela ligação mais simples que é a superfícies seja adequado. Por outro lado, para os
ligação soldada diretamente entre banzos e dia- perfis circulares, a questão é um pouco mais com-
gonais. Essa ligação direta também é conhecida plexa, pois requer, para um ajuste mais preciso
como ligação “tubo-tubo” e é o tipo mais utiliza- entre as seções das diagonais e dos banzos, um sis-
do, por questões de custo e facilidade de execução. tema de corte mais elaborado, por processos que
Alternativamente, podem ser utilizadas também se utilizam da geometria descritiva. No passado,
as ligações com chapas, mas somente quando a eram muito comuns processos aproximados para
Capítulo 5 - Ligações

ligação “tubo-tubo”, por qualquer razão, não for se obter um contato adequado entre as superfícies
possível ser executada. curvas, não sendo rara a utilização de mais de dois
cortes na ponta das diagonais (Figura 5.30). Em-
As treliças podem ser executadas com tubos de bora esses métodos sejam permitidos pela norma
seção circular ou retangular, lembrando que a brasileira e ainda muito utilizados hoje em dia, é
seção quadrada é um tipo particular de seção re-
457
cada vez mais frequente, nas indústrias mais mo- 1,5 d0(1-β), para os circulares. Se o valor do espa-
dernas, o uso de máquinas automáticas de controle çamento calculado for negativo, a ligação já não é
numérico, onde as extremidades das barras das dia- mais com afastamento, mas com sobreposição. Por
gonais e montantes são cortadas a plasma, permi- outro lado, se o valor do espaçamento for superior
tindo um ajuste quase perfeito entre as diagonais e ao máximo, a ligação deve ser dimensionada como
os banzos circulares, com custo apenas ligeiramente tipo Y, conforme comentado em 5.2.1.
superior ao das ligações com banzos de seção retan-
gular. Assim sendo, atualmente, a opção por banzos
de seção circular ou retangular se dá, cada vez mais,
por questões estruturais, estéticas e de disponibilida-
de e não por questões executivas.
(a) Ligação direta “tubo-tubo”com afastamento

(a) dois cortes (b) Ligação direta “tubo-tubo”com sobreposição

Figura 5.31. Ligação direta “tubo-tubo”: (a) com afastamento; (b)


com sobreposição

No caso de ligação tubular tipo K com sobreposição,


de execução mais trabalhosa e demorada, mas com
maior resistência e rigidez comparada à ligação com
(b) três cortes
afastamento, deve-se verificar inicialmente se a rela-
ção de sobreposição, λov, é no mínimo igual a 25%,
Figura 5.30. Corte das extremidades das diagonais para encaixe conforme determina a ABNT NBR 16239: 2013.
com os banzos, ambos de seção circular: a) dois cortes; b) três cortes
Caso não se obtenham os valores adequados de g
Conforme mencionado anteriormente, dependen- ou de λov, para os tipos com afastamento e com
do dos ângulos de inclinação e das dimensões das sobreposição, respectivamente, pode-se optar por
diagonais, as ligações podem apresentar afastamen- uma das três ligações alternativas dadas a seguir:
to ou sobreposição, conforme ilustra a Figura 5.31 a
seguir. No projeto de ligações tubulares, deve-se pri- »» com chapa passante;
meiramente verificar se é possível adotar o tipo com
afastamento, que é o mais fácil de ser executado em »» com chapa de topo tipo gusset;
comparação com o tipo com sobreposição. Para tan-
»» com excentricidade, via deslocamento dos
to, deve-se verificar previamente se o afastamento, g,
eixos das diagonais.
entre as diagonais é maior ou igual ao valor míni-
mo exigido pela ABNT NBR 16239: 2013, igual à Destaca-se que os custos da mão de obra e da cha-
soma das espessuras das diagonais. Deve-se também pa, além dos da solda, devem ser considerados na
verificar se o afastamento não é maior que o valor hora da escolha.
máximo para que a ligação possa ser considerada
K (ver 5.2.1). Esse valor pode ser tomado igual a Na Figura 5.32 a seguir são apresentadas as três
1,5 b0(1-β), para os tubos retangulares, e igual a alternativas mencionadas.
458
Corte A-A

(a) Ligação tubular com chapa passante

Corte B-B

(b) Ligação tubular com chapa de topo “gusset”

Corte A-A

(c) Ligação com excentricidade


Figura 5.32. Ligações tubulares com chapa passante (a), com chapa de topo gusset (b) e com excentricidade (c)

A ligação do tipo (a), com chapa passante, tem A ligação do tipo (b), com chapa de topo gusset,
a vantagem de manter os eixos das barras con- tem a mesma vantagem do tipo (a) de manter os
centricamente nos nós da treliça, não gerando eixos das barras concentricamente nos nós, com a
nenhum momento fletor na ligação tubular. É a vantagem adicional de evitar o corte no tubo que
Capítulo 5 - Ligações

única ligação que não interfere no dimensiona- forma o banzo e, ainda, o emprego de uma chapa
mento dos banzos, mas tem a desvantagem da de ligação com menores dimensões. No entanto,
execução de um corte retangular no banzo para esse tipo de solução com chapa de gousset soldada
a passagem da chapa. de topo gera tensões adicionais na superfície do
banzo em contato com a chapa devido à excen-
tricidade da solda, conforme demonstrado e ilus-
459
Figura 5.33. Equilíbrio das forças na chapa de gusset

trado na Figura 5.33. Em um nó de treliça deve conforme as formulações apresentadas nas Tabelas
haver equilíbrio entre as forças nas barras, tanto 5.19 ou 5.20, se o banzo for de seção circular ou
na direção vertical quanto na horizontal. Consi- retangular, respectivamente.
derando na Figura 5.33 que não haja forças exter-
nas aplicadas ao nó, por equilíbrio vertical, a soma A ligação apresentada na Figura 5.32-c, com deslo-
das componentes verticais das forças axiais soli- camento dos eixos das diagonais, tem a vantagem
citantes de cálculo nas diagonais deve ser igual a de transformar uma ligação que originalmente se-
zero (obs.: caso haja força externa aplicada, a soma ria, por exemplo, com sobreposição para uma li-
deve ser igual à componente vertical dessa força). gação com afastamento, de mais fácil execução. O
Por equilíbrio horizontal, a soma das componen- afastamento, porém, provoca excentricidade nas
tes horizontais deve ser igual à diferença das for- barras (positiva “+e”, no caso da Figura 5.32), que
ças axiais solicitantes nos banzos. Mas essas forças deve ser considerada em seu dimensionamento.
são transferidas das diagonais para os banzos pela Conforme permite a ABNT NBR 16239: 2013
solda de ligação da chapa, ocasionando uma ex- – ver “Análise de Viga Treliçada de Planta Indus-
centricidade, no caso, igual à metade do diâmetro trial”, no capítulo 2 deste livro –, os momentos
do banzo. Tem-se então que a solda e consequen- fletores resultantes da excentricidade podem ser
temente a superfície de contato do banzo estão su- desprezados no dimensionamento das diagonais
jeitas aos seguintes esforços solicitantes, conforme ou montantes e também nas ligações, se o valor da
mostra a Figura 5.33: excentricidade estiver dentro do intervalo permi-
tido pela norma, mas devem obrigatoriamente ser
considerados no dimensionamento dos banzos e
H Sd = N 0 p ,Sd - N 0,Sd (5.70)
também das ligações, se o valor da excentricidade
d0 estiver fora desse intervalo.
M Sd = H Sd (5.71)
2 O valor da excentricidade da ligação pode ser ob-
tido por geometria, como apresentado a seguir,
Portanto não há momento fletor no nó da treli-
considerando como exemplo uma ligação tipo K
ça, mas há momento fletor na chapa provocado
composta por perfis circulares. Considerando o
pela tendência de giro anti-horário das forças nas
disposto na Figura 5.34, tem-se:
diagonais, equilibrado pelo momento na solda,
conforme mostrado anteriormente. Consequente- a1 a
mente haverá uma modificação no estado de ten- l1 + l 2 = +g+ 2 (5.72)
2 2
são na superfície do banzo, que deve ser calculado
460
Mas Substituindo na equação acima e rearranjando,
chega-se finalmente à equação:
d0 / 2 + e d /2+e
l1 =     e      l 2 = 0 (5.73)
⎛ d1 ⎞ senθ1senθ2 d 0
tan θ1 tan θ2 e =⎜ +
d2
+g⎟ − (5.75)
d d ⎝ 2senθ1 2senθ2 ⎠ sen (θ1 + θ2 ) 2
a1 = 1     e    a2 = 2 (5.74)
senθ1 senθ 2
No caso de ligações entre perfis retangulares subs-
titui-se d1, d2 e d0 por h1, h2 e h0, respectivamente.

Figura 5.34. Representação de ligação K com excentricidade e perfis circulares

Os momentos oriundos de excentricidade de- Observa-se que, consoante ao permitido na nor-


vem ser distribuídos entre as barras de cada lado ma brasileira, o modelo não conduz a momentos
do nó do banzo, com base em seus coeficientes fletores nas diagonais, por estas estarem rotuladas
de rigidez relativa, I/L, onde I é o momento de nos nós.
inércia da seção transversal e L, o comprimento
da barra medido entre os nós desse mesmo ban- Além das alternativas apresentadas, há também
zo. Essa distribuição, porém, pode ser feita dire- a possibilidade de se reforçar uma ligação quan-
tamente, modelando-se a treliça considerando do esta não apresentar capacidade resistente sufi-
Capítulo 5 - Ligações

os eixos excêntricos, conforme apresentado na ciente face a seus esforços solicitantes, conforme
Figura 5.35 (ver capítulo 2). Os eixos excêntri- apresentado em 5.2.5.4. No entanto, conforme
cos irão provocar momentos fletores nos banzos, ponderam Packer et al., 2010, as ligações devem,
que ficarão consequentemente submetidos à fle- preferencialmente, ser executadas sem reforços se
xão composta, o que pode levar à mudança da considerarmos apenas questões econômicas.
seção, acarretando aumento no custo da treliça. 461
Figura 5.35. Modelo de análise estrutural

Conforme se pode observar nas equações de capa- a estratégia é tentar manter a relação t1/t0 a menor
cidade resistente, a espessura do banzo influencia possível e a relação d1/d0 ou b1/b0 , a maior possí-
diretamente na resistência das ligações, em alguns vel. Mas, para evitar dificuldades na execução das
casos linearmente, como no modo de falha C, em soldas, deve-se limitá-las a d1/d0 ≤0,7 e b1/b0 ≤0,8.
outros, quadraticamente, como é o caso do modo
de falha A. Em outros casos, a influência é me- Resumindo, pode-se afirmar que a melhor estra-
nor, como nas ligações com sobreposição, em que tégia para o projeto de ligações tubulares inicia-se
a espessura da diagonal subposta passa a ter maior gerando treliças com ligações tipo K, com ângulos
influência à medida que a relação de sobreposi- de inclinação das diagonais entre 30° e 60°, pre-
ção aumenta. De qualquer forma, pode-se afirmar ferencialmente em torno de 45°, escolhendo perfis
que, independentemente do modo de falha e do tubulares para as diagonais com dimensão adequa-
tipo da ligação, com afastamento ou com sobre- da para facilitar o enquadramento geométrico em
posição, deve-se sempre que possível optar por ligações com afastamento. Caso isso não seja possí-
banzos de maior espessura (ou seja, com menor vel, deve-se fazer uma comparação de custos para se
esbeltez local das paredes) para maximizar a resis- adotar uma entre as seguintes soluções alternativas:
tência da ligação. Para esse fim, segundo Packer • ligação com sobreposição;
et al., 2010, a esbeltez local das seções dos banzos
deve-se situar entre: • ligação com afastamento, considerando o pos-
sível aumento da seção dos banzos, provocado
15 ≤ d 0 / t 0 ≤ 30 para seções circulares e pela excentricidade;
15 ≤ h0 / t 0  ou b0 / t 0 ≤ 25 para seções retangulares. • ligação com chapa gousset, considerando o custo da
Por outro lado, contrariamente à estratégia ado- própria chapa e da solda de ligação com o banzo;
tada para dimensionar os banzos – com seções • ligação com chapa passante, considerando o
mais compactas – a máxima eficiência das liga- custo mais elevado da própria chapa, das duas
ções é conseguida com seções mais esbeltas para soldas de ligação e do corte do banzo para pas-
as diagonais. Ainda segundo Packer et al., 2010, sagem da chapa.
462
Como regra prática para escolha das soluções tar d1/d0 ≤0,7 e b1/b0 ≤0,8.
alternativas apresentadas, pode-se dizer que elas es-
tão em ordem crescente de custo. Além disso, bus- II. A segunda etapa é determinar se a ligação
cando maximizar a resistência da ligação, deve-se de uma determinada região nodal é com afasta-
optar por banzos com seção mais compacta e dia- mento ou com sobreposição. Para esse fim deve-
gonais com seção mais esbelta, sempre que possível. se utilizar a equação apresentada anteriormente
que relaciona o afastamento g com a excentrici-
dade e, ver Figura 5.34. Rearranjando a equação
para g, tem-se:
5.2.6.2. Roteiro de projeto para treliças com li-
gação K
 h  sen (θ1 + θ 2 ) h1 h2 (5.76)
=
g e + 0  - -
I. A primeira etapa do roteiro de projeto de  2  senθ1 .senθ 2 2senθ1 2senθ 2
treliças com ligações K é dimensionar todas as
barras da treliça, conforme os requisitos das nor- Para saber se a ligação está com afastamento ou com
mas ANBT NBR 16239:2013 e ABNT NBR sobreposição, basta impor o valor da excentricidade
8800:2008, onde aplicáveis, atendendo aos re- igual a zero. Se o resultado para g for positivo, então
se tem afastamento, se for negativo, sobreposição.
quisitos adicionais exigidos para as ligações Deve-se atender ainda às seguintes exigências:
tubulares, conforme apresentado em 5.2.4.
a. Em ligações com afastamento, g deve ser
a. Se todos os tubos forem de seção circular, igual ou superior à soma das espessuras das
devem ser atendidos os limites dados nas diagonais, isto é, g ≥ t1 + t2.
alíneas a a d de 5.2.4; se os banzos forem
retangulares, devem ser atendidos os limi- b. Em ligações com sobreposição, a razão de sobre-
tes dados na Tabela 5.4; se os banzos forem posição deve ser maior ou igual a 25%, ou seja,
quadrados, devem ser atendidos os limites λov ≥ 25%.
dados na Tabela 5.5. Se a seção for quadra-
III. A terceira etapa é determinar a força axial
da, mas não atender a esses limites, deve ser
resistente de cálculo de ligações (item 5.2.5), da
classificada como retangular e atender aos
seguinte maneira:
limites dados na Tabela 5.4.
a. ligações K e N com todos os perfis tubulares
b. A espessura nominal da parede dos perfis tu-
circulares com afastamento ou com sobrepo-
bulares não pode ser inferior a 2,5mm.
sição, utilizar item 5.2.5.1, Tabela 5.7;
c. Os ângulos θi entre o banzo e as diagonais não
b. ligações K e N com os perfis tubulares entre
podem ser inferiores a 30o. Recomenda-se
diagonais ou montantes circulares ou quadra-
que sejam adotados ângulos em torno de 45°.
dos e banzos de perfis tubulares quadrados
d. Procurar dimensionar as seções dos banzos com afastamento ou com sobreposição, uti-
dentro dos seguintes limites: lizar item 5.2.5.2, Tabela 5.17. Os banzos
• 15 ≤ d 0 / t 0 ≤ 30 para seções circulares devem atender às condições adicionais da-
• 15 ≤ h0 / t 0  ou b0 / t 0 ≤ 25 para seções das na Tabela 5.5; caso contrário, devem ser
retangulares. classificados como retangulares;
Capítulo 5 - Ligações

e. Procurar dimensionar as diagonais com se- c. ligações K e N entre diagonais de perfis tubula-
ções mais esbeltas, tentando manter a re- res retangulares ou circulares e banzos de perfis
lação t1/t0 a menor possível e a relação d1/d0 tubulares retangulares, utilizar item 5.2.5.2,
ou b1/b0 a maior possível. Para evitar dificul- Tabela 5.13. Observa-se que, caso a ligação seja
dades na execução das soldas, deve-se limi- com sobreposição, deve-se usar a Tabela 5.17;
463
d. para perfis de aço com resistência ao escoa- 2
mento superior a 350 MPa, a resistência de N i ,Sd  M ip ,i ,Sd 
+  ≤ 1,0 (5.77)
cálculo da ligação deve ser dividida por um N i ,Rd  M ip ,i ,Rd 
coeficiente de ajustamento igual a 1,1. Ou
seja, Se fy > 350 MPa, reduzir a resistência N i ,Sd M ip ,i ,Sd
+ ≤ 1,0 (5.78)
da ligação em 10%. N i ,Rd M ip ,i ,Rd
IV. A quarta etapa é decidir por uma das se-
guintes alternativas de ligação, caso não se ob- onde Ni,Rd deve ser calculado conforme apre-
tenham os valores adequados de g ou de λov, sentado na terceira etapa.
calculados na segunda etapa: V. A quinta etapa consiste, caso seja necessá-
»» com chapa de ligação passante;
rio, em se calcular os reforços para aumentar
a força axial resistente de cálculo da ligação de
»» com chapa de topo tipo gusset; modo que seja maior que a força axial solicitante
de cálculo. Para isso, deve ser utilizada a Tabela
»» com excentricidade, via deslocamento dos 5.21 do item 5.2.5.4. Observar que esta opção
eixos das diagonais. é prevista apenas para banzos de seção retangu-
lar e deve ser utilizada apenas em último caso.
a. Se a ligação é com chapa, passante ou gusset,
utilizar as Tabelas 5.22 e 5.23, para banzos a. Para aumentar a resistência da ligação con-
de seção circular e retangular, respectiva- forme os modos de falha A, D e E, deve ser
mente, do item 5.2.5.5. colocada uma chapa de reforço na mesa do
banzo que recebe as diagonais.
b. Se a ligação é com excentricidade, porém
com valor dentro do intervalo permitido, as b. Para aumentar a resistência conforme o modo
ligações devem ser calculadas conforme apre- de falha C, devem ser colocadas chapas de re-
sentado na terceira etapa. Caso contrário, forço laterais, nas duas almas dos banzos.
utilizar as Tabelas 5.9 e 5.14, para calcular
os momentos fletores resistentes de cálculo
dos banzos de perfil circular e retangular,
respectivamente. As seguintes inequações de
interação devem ser obedecidas, para banzos
circulares e retangulares, respectivamente:

464
5.2.7. Exercícios

5.2.7.1. Verificar a segurança da ligação tubular, soldada do tipo K, de uma treliça Warren, com os
dados a seguir:

- Perfis Tubulares de Aço VMB 350: fy = 350 MPa


- Banzo Circular: TC 101,6 x 4,8 mm - A0 = 1459,71 mm2 - W0 = 33738,83 mm³

- Diagonais Circulares: TC 88,9 x 4,8 mm - A1 = A2 = 12,6 cm²

- Solicitações de cálculo:

- N0p,Sd = 33,3 kN (tração)

- N0,Sd = -34,3 kN (compressão)


- N1,Sd = -51,7 kN (compressão)

- N2,Sd = 51,6 kN (tração)

- M0,Sd = 8,31 kNcm

- θ1 = 49,1o

- θ2 = 49,1o

- e = 0 mm

- Solda AWS E70XX: fw = 485 MPa - dw = 5 mm

- As simbologias e as convenções de sinais seguem as normas ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR
8800:2008.

Capítulo 5 - Ligações

465
a. Inicialmente, deve-se verificar se a ligação do tipo K está com afastamento ou sobreposi-
ção das diagonais.

⎛ d ⎞ sen (θ1 + θ 2 ) ⎛ d1 d2 ⎞
g = ⎜e + 0 ⎟ −⎜ + ⎟⎟ =
⎝ 2 ⎠ senθ1 × senθ 2 ⎜⎝ 2 × senθ1 2 × senθ2 ⎠

⎛ 101,6 ⎞ 0,990 ⎛ 88,9 88,9 ⎞


= ⎜0 + ⎟ −⎜ +
⎝ 2 ⎠ 0,756 × 0,756 ⎝ 2 × 0,756 2 × 0,756 ⎟⎠

→ g = −29,61 mm

Neste caso, impondo-se a excentricidade “e” igual a zero, resultou em “g” com o sinal negativo, o que
indica que a ligação do tipo K está com sobreposição.

b. Verificar as validações geométricas e os requisitos necessários das ligações tubulares, conforme


a ABNT NBR 16239:2013.

b1) Verificação de ângulos mínimos de diagonais


θ1 ≥ 30° → θ1 = 49,1° ≥ 30° → Ok!
θ2 ≥ 30° → θ2 = 49,1° ≥ 30° → Ok!

b2) Verificação de espessuras mínimas de perfis tubulares


t0 ≥ 2,5 mm → t0 = 4,8 mm ≥ 2,5 mm → Ok!
t1 ≥ 2,5 mm → t1 = 4,8mm ≥ 2,5 mm → Ok!

t2 ≥ 2,5 mm → t2 = 4,8 mm ≥ 2,5 mm → Ok!

b3) Verificação de compatibilidade de diâmetros de diagonais sobrepostas

Diâmetro da diagonal 1 (sobreposta) ≤ Diâmetro da diagonal 2 (subposta) → Ok!

b4) Verificação de suficiência de sobreposição mínima de 25%

hi 88,9
=p = = 117,62 mm
senθi sen49,1º

466
− g ≥ 0,25 p → 29,61 ≥ 0,25 ×117,62 → 29,61 ≥ 29, 41 → Ok!
−g 29,61
λov 100= 100 = 25,17 ≥ 25 %
=
p 117,62

b5) Verificação de relações geométricas

0,2 ≤ d1/d0 ≤ 1,0 → 0,2 ≤ d1/d0 = 0,88 ≤ 1,0 → Ok!


0,2 ≤ d2/d0 ≤ 1,0 → 0,2 ≤ d2/d0 = 0,88 ≤ 1,0 → Ok!

10 ≤ d0/t0 ≤ 50 → 10 ≤ d0/t0 = 21,2 ≤ 50 → Ok!

10 ≤ d1/t1 ≤ 50 → 10 ≤ d1/t1 = 18,5 ≤ 50 → Ok!

10 ≤ d2/t2 ≤ 50 → 10 ≤ d2/t2 = 18,5 ≤ 50 → Ok!

b6) Verificação de limites de excentricidades

e 0
−0,55 ≤ = ≤ 0,25
d 0 101,6

−0,55 ≤ 0 ≤ 0,25 → OK!

c. Verificar os modos de falha da ligação.

Tratando-se de uma ligação do tipo K, com sobreposição e com o banzo e as diagonais com perfis
tubulares circulares, o único modo de falha é do tipo A:

- Modo A → Plastificação da face ou de toda a seção transversal do banzo, junto a diagonais ou


montantes.

Neste caso, compara-se a força axial resistente de cálculo Ni,Rd com a força axial solicitante de cálculo
Ni,Sd, da diagonal 1 comprimida e da diagonal 2 tracionada.
- Diagonal 1- Seguindo a Tabela 5.7 deste capítulo:

- Força axial resistente de cálculo, N1,Rd :

⎛ d ⎞
Capítulo 5 - Ligações

⎜ 1,8 + 10,2 × 1 ⎟ × K g × K p
f y0 × t0 ⎝
2
d0 ⎠
N 1,Rd = × ≤ N 1,Sd
senθ1 γ a1

467
c1) Determinação do parâmetro geométrico “Kg” da ligação

⎛ ⎞
⎜ 0,024 × γ 1,2 ⎟
K g = γ × ⎜1 +
0,2
⎛ g ⎞ ⎟
⎜ ⎜
2 ×t ⎠ ⎟
−1,33 ⎟
⎝ 1+ e⎝ 0

⎛ ⎞
⎜ 0,024 ×10,581,2 ⎟
= 10,58 × 1 +
0,2
⎜⎜ ⎛ −29,61 ⎞
⎜ 2×4,8 −1,33 ⎟
⎟⎟
⎝ 1+ e ⎝ ⎠

→ K g = 2,248

d0 101,6
γ= = → γ = 10,58
2 × t 0 2 × 4,8

c2) Determinação do parâmetro de tensão no banzo “Kp”

N 0 p ,Sd M 0,Sd
σ
= 0 p ,Sd +
A0 W0
( 33,3 ) (8,31)
σ 0 p ,Sd
= +
14,5971 33,739
→ σ 0 p ,Sd = 2,53 kN / cm²

σ 0 p ,Sd 2,53
n p= = = 0,072 → n p ≥ 0
f y0 35
Neste caso, Kp=1,0

c3) Determinação de N1,Rd do modo de falha A

⎛ d ⎞
⎜ 1,8 + 10,2 × 1 ⎟ × K g × K p
f y 0 × t0 ⎝
2
d0 ⎠
N 1,Rd = ×
senθ1 γ a1
⎛ 88,9 ⎞
⎜ 1,8 + 10,2 × × 2,248 ×1,0
35 × 0, 48 ⎝ 2
101,6 ⎟⎠
= ×
sen49,1 1,1

→ N 1,Rd = 233,82 kN

468
- Diagonal 2- Seguindo a Tabela 5.7 deste capítulo:

- Força axial resistente de cálculo, N2,Rd :

⎛ sen49,1 ⎞
N 2×Rd = 233,82 × ⎜ ⎟
⎝ sen49,1 ⎠

→ N 2×Rd = 233,82 kN

c4) Aproveitamentos das diagonais

Diagonal 1 (sobreposta):

Força axial solicitante de cálculo, N1,Sd = 51,70 kN (comprimida)

Força axial resistente de cálculo, N1,Rd = 233,82 kN (modo de falha A)

N 1Sd 51,7
= = 0,22 → Ok!
N 1Rd 233,82

Diagonal 2 (subposta):

Força axial solicitante de cálculo, N2,Sd = 51,60 kN (tracionada)

Força axial resistente de cálculo, N2,Rd = 233,82 kN (modo de falha A)

N 2 Sd 51,6
= = 0,22 → Ok!
N 2 Rd 233,82

d. Verificar a resistência da solda, conforme a ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR 8800:2008:

A solda de filete será executada, inicialmente, no perímetro de contato entre a diagonal 2 (subposta)
e o banzo. Posteriormente, a solda de filete será executada no perímetro de contato entre a diagonal
1 (sobreposta) e parte da diagonal 2 com parte do banzo.

d1) Determinação do comprimento efetivo da solda de perfis tubulares circulares, de acordo com a
Tabela A.2 da ABNT NBR 16239:2013

l ef = 2 × π × rw × K a
Capítulo 5 - Ligações

1 + 1/ senθ
Ka =
2
rw = d 2 / 2 + d w / 4
Para solda com d w = 5 mm → rw = 88,9 / 2 + 5 / 4 → rw = 45,70 mm

469
1 + 1/ sen49,1
Ka = = 1,162
2
l ef = 2 × π × 45,70 × 1,162 = 333,66 mm
2
rw = d 2 / 2 + d w / 4
Para solda com d w = 5 mm → rw = 88,9 / 2 + 5 / 4 → rw = 45,70 mm

1 + 1/ sen49,1
Ka = = 1,162
2
l ef = 2 × π × 45,70 × 1,162 = 333,66 mm

d2) Determinação da força resistente de cálculo da solda “Fw,Rd”

- metal solda
fw
Fw ,Rd = 0,6 × Aw ×
1,35
Aw = l ef × aw = 333, 66 (0,707 5) = 1179, 49 mm 2
f 485
Fw ,Rd = 0,6 × Aw × w = 0,6 × 1179, 49 × = 254,25 kN
1,35 1,35
N i ,Sd = 51,7 kN ≤  Fw ,Rd = 254,25 kN → Ok!

A ligação tubular, soldada do tipo K, com sobreposição, utilizando perfis circulares, está total-
mente verificada em sua segurança.

5.2.7.2. Verificar a segurança da ligação tubular, soldada do tipo K, de uma treliça Warren, com os
dados a seguir:

- Perfis Tubulares de Aço VMB 350: fy = 350 MPa


- Banzo Circular: TC 101,6 x 4,8 mm - A0 = 1459,71 mm2 - W0 = 33738,83 mm³

- Diagonais Circulares: TC 88,9 x 4,8 mm - A1 = A2 = 12,6 cm²

- Solicitações de cálculo:

- N0p,Sd = 33,3 kN (tração)

- N0,Sd = -34,3 kN (compressão)

- N1,Sd = -51,7 kN (compressão)

- N2,Sd = 51,6 kN (tração)

- M0,Sd = 8,31 kNcm

- θ1 = 49,1o

- θ2 = 49,1o

- g = 15 mm

- Solda AWS E70XX: fw = 485 MPa - dw = 5 mm

470
- As simbologias e as convenções de sinais seguem as normas ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR
8800:2008.

a. Inicialmente, deve-se verificar se a ligação do tipo K está com afastamento ou sobreposi-


ção das diagonais.
 d1 d2  senθ1senθ 2 d 0
=e  + +g −=
 2senθ1 2senθ 2  sen (θ1 + θ 2 ) 2

 88,9 88,9  sen49,1°sen49,1° 101,6


=  + + 15  −
 2sen49,1° 2sen49,1°  sen ( 49,1° + 49,1° ) 2

→e =25,75mm

Neste caso, impondo-se o afastamento “g” igual a 15 mm, resultou na excentricidade “e” com o sinal
positivo, o que indica que a ligação do tipo K está com excentricidade, deslocada para fora do eixo
do banzo, da ligação.

b. Verificar as validações geométricas e os requisitos necessários das ligações tubulares, conforme


a ABNT NBR 16239:2013.

b1) Verificação de ângulos mínimos de diagonais


Capítulo 5 - Ligações

θ1 ≥ 30° → θ1 = 49,1 o ≥ 30° → Ok!


θ2 ≥ 30° → θ2 = 49,1o ≥ 30° → Ok!

471
b2) Verificação de espessuras mínimas de perfis tubulares

t0 ≥ 2,5 mm → 4,8mm ≥ 2,5 mm → Ok!

t1 ≥ 2,5 mm → 4,8mm ≥ 2,5 mm → Ok!

t2 ≥ 2,5 mm → 4,8mm ≥ 2,5 mm → Ok!

b3) Verificação do afastamento mínimo

g ≥ t1 + t2 → g = 15,00 mm ≥ t1+t2 = 9.60 mm → Ok!

b4) Verificação de relações geométricas

0,2 ≤ d1/d0 ≤ 1,0 → 0,2 ≤ d1/d0 = 0,88 ≤ 1,0 → Ok!


0,2 ≤ d2/d0 ≤ 1,0 → 0,2 ≤ d2/d0 = 0,88 ≤ 1,0 → Ok!

10 ≤ d0/t0 ≤ 50 → 10 ≤ d0/t0 = 21,2 ≤ 50 → Ok!

10 ≤ d1/t1 ≤ 50 → 10 ≤ d1/t1 = 18,5 ≤ 50 → Ok!

10 ≤ d2/t2 ≤ 50 → 10 ≤ d2/t2 = 18,5 ≤ 50 → Ok!

b5) Verificação de limites de excentricidades

e 25,75
−0,55 ≤ = ≤ 0,25
d 0 101,6

−0,55 ≤ 0,253 ≤ 0,25 → Aceitável

c. Verificar os modos de falha da ligação.

Tratando-se de uma ligação do tipo K, com afastamento e com o banzo e as diagonais com perfis
tubulares circulares, os modos de falha são do tipo A e D:

- Modo A → Plastificação da face ou de toda a seção transversal do banzo, junto a diagonais ou montantes.

- Modo D → Ruptura por punção da parede do banzo na área de contato com diagonais ou montantes.

Neste caso, compara-se a força axial resistente de cálculo Ni,Rd com a força axial solicitante de cálculo
Ni,Sd, da diagonal 1 comprimida e da diagonal 2 tracionada.
- Modo A → Plastificação da face ou de toda a seção transversal do banzo, junto a diagonais ou montantes.
472
- Diagonal 1- Segundo a Tabela 5.7 deste capítulo:

- Força axial resistente de cálculo, N1,Rd :

⎛ d ⎞
⎜ 1,8 + 10,2 × 1 ⎟ × K g × K p
f y 0 × t0 ⎝ 2
d0 ⎠
N 1,Rd = × ≤ N 1,Sd
senθ1 γ a1

c1) Determinação do parâmetro geométrico “Kg” da ligação


⎛ ⎞
⎜ 0,024 × γ 1,2 ⎟
K g = γ × ⎜1 +
0,2
⎛ g ⎞ ⎟
⎜ ⎜
⎝ 2×t 0 ⎠ ⎟
−1,33 ⎟
⎝ 1+ e ⎠
⎛ ⎞
0,2 ⎜ 0,024 ×10,581,2 ⎟
= 10,58 × 1 +
⎜⎜ ⎛ 15 ⎞
⎜ 2×4,8 −1,33 ⎟
⎟⎟
⎝ 1+ e ⎝ ⎠

→ K g = 1,892

d0 101,6
γ= = → γ = 10,58
2 × t 0 2 × 4,8

c2) Determinação do parâmetro de tensão no banzo “Kp”

N 0 p ,Sd M 0,Sd
σ
= 0 p ,Sd +
A0 W0
( 33,3 ) (8,31)
σ 0 p ,Sd
= +
14,5971 33,739
→ σ 0 p ,Sd = 2,53 kN/cm²

σ 0 p ,Sd 2,53
n p= = = 0,072 → n p ≥ 0
f y0 35

Neste caso, Kp=1,0


Capítulo 5 - Ligações

473
c3) Determinação de N1,Rd do modo de falha A

⎛ d ⎞
⎜ 1,8 + 10,2 × 1 ⎟ × K g × K p
f y0 × t0 ⎝
2
d0 ⎠
N 1,Rd = ×
senθ1 γ a1
⎛ 88,9 ⎞
⎜ 1,8 + 10,2 × ×1,892 ×1,0
35 × 0, 48 ⎝
2
101,6 ⎟⎠
= ×
sen49,1 1,1

→ N 1,Rd = 196,75 kN

- Diagonal 2 - Seguindo a Tabela 5.7 deste capítulo:

- Força axial resistente de cálculo, N2,Rd:

⎛ sen49,1 ⎞
N 2.Rd = 196,75 × ⎜ ⎟
⎝ sen49,1 ⎠

→ N 2.Rd = 196,75 kN

c4) Determinação de N1,Rd do modo de falha D

- Modo D → Ruptura por punção da parede do banzo na área de contato com diagonais ou montantes.

- Diagonal 1- Seguindo a Tabela 5.7 deste capítulo:

- Força axial resistente de cálculo, N1,Rd :

d1 ≤ d0− 2 × t0→ 88,9 ≤ 101,6 − 2 × 4,8 =92,0

→ Condição Ok! Necessária a verificação para a Diagonal 1!

⎛ 1 + senθ1 ⎞
N 1 Rd = 0, 60 × f y 0 × t 0 × π × d1 × ⎜ ⎟ γ a1
⎝ 2 × sen θ1 ⎠
2

⎛ 1 + sen49,1 ⎞
= 0, 60 × 35 × 0, 48 × π × 8,89 × ⎜ ⎟ 1,1
⎝ 2 × sen 49,1 ⎠
2

→ N 1 Rd = 393, 28 kN

- Diagonal 2- Seguindo a Tabela 5.7 deste capítulo:

- Força axial resistente de cálculo, N2,Rd :

474
d2 ≤ d0− 2 × t0→ 88,9 ≤ 101,6 − 2 × 4,8 = 92,0

→ Condição Ok! Necessária a verificação para a Diagonal 2!

⎛ 1 + senθ 2 ⎞
N 2 Rd = 0,60 × f y 0 × t 0 × π × d 2 × ⎜ ⎟ γ a1
⎝ 2 × sen 2
θ 2 ⎠

⎛ 1 + sen49,1 ⎞
= 0,60 × 35 × 0, 48 × π × 8,89 × ⎜ ⎟ 1,1
⎝ 2 × sen 49,1 ⎠
2

→ N 2 Rd = 393,28 kN

c5) Aproveitamentos das diagonais

Diagonal 1 (afastada):

Força axial solicitante de cálculo, N1,Sd = 51,70 kN (comprimida)


Força axial resistente de cálculo, N1,Rd = 196,75 kN (Modo de falha A)

Força axial resistente de cálculo, N1,Rd = 393,28 kN (Modo de falha D)

N 1Sd 51,7
= = 0,26 → Ok!
N 1Rd 196,75

Diagonal 2 (afastada):

Força axial solicitante de cálculo, N2,Sd = 51×60 kN (tracionada)


Força axial resistente de cálculo, N2,Rd = 196,75 kN (modo de falha A)

Força axial resistente de cálculo, N2,Rd = 393,28 kN (modo de falha D)

N 2×Sd 51,6
= = 0,26 → Ok!
N 2×Rd 196,75

d. Verificar a resistência da solda, conforme a ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR 8800:2008:
Capítulo 5 - Ligações

A solda de filete será executada, no perímetro de contato da extremidade de cada diagonal com o banzo.

d1) Determinação do comprimento efetivo da solda de perfis tubulares circulares, de acordo com a
Tabela A.2 da ABNT NBR 16239:2013

475
l ef = 2 × π × rw × K a
1 + 1/ senθ
Ka =
2
rw = d2/2 + dw/4

Para solda com dw = 5 mm rw = 88,9/2 + 5/4 rw = 45,70 mm

1 + 1/ sen49,1
Ka = = 1,162
2
l ef = 2 × π × 45,70 × 1,162 = 333,66 mm

d2) Determinação da força resistente de cálculo da solda “Fw,Rd”

- metal solda

fw
Fw ,Rd = 0,6 × Aw ×
1,35
Aw = lef  aw = 333,66 (0,707 5) = 1179, 49 mm 2
f 485
Fw ,Rd = 0,6 × Aw × w = 0,6 × 1179, 49 × = 254,25 kN
1,35 1,35
N i ,Sd = 51,7 kN ≤  Fw ,Rd = 254, 25 kN → Ok !

A ligação tubular, soldada do tipo K, com afastamento, utilizando perfis circulares, está total-
mente verificada em sua segurança.

5.2.7.3. Verificar a segurança da ligação tubular, soldada do tipo K, de uma treliça Warren, com os
dados a seguir:
- Perfis Tubulares de Aço VMB 350: fy = 350 MPa
- Banzo Circular: TC 101,6 x 4,8 mm - A0 = 1459,71 mm2 - W0 = 33738,83 mm³

- Diagonais Circulares: TC 88,9 x 4,8 mm - A1 = A2 = 12,6 cm²

- Solicitações de cálculo:

- N0p,Sd = -67,635 kN (tração)

- N0,Sd = -202,91 kN (compressão)

- N1,Sd = -103,3 kN (compressão)

- N2,Sd = 103,3 kN (tração)

476
- M0,Sd = - 83,1 kNcm

- θ1 = 49,1o

- θ2 = 49,1o

- g = 15 mm

- W0 = 33738,83 mm³

- Solda AWS E70XX: fw = 485 MPa - dw = 5 mm

- As simbologias e as convenções de sinais seguem as normas ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR
8800:2008.

a. Inicialmente, deve-se verificar se a ligação do tipo K está com afastamento ou sobreposição das
diagonais.

 d1 d2  senθ1senθ 2 h0
=e  + +x −=
 2senθ1 2senθ 2  sen (θ1 + θ 2 ) 2

 101,6 101,6  sen49,1°sen49,1° 101,6


=  + − 15  −
 2sen49,1° 2sen49,1°  sen ( 49,1° + 49,1° ) 2
Capítulo 5 - Ligações

→e =25,75mm

Neste caso, impondo-se o afastamento “g” igual a 15 mm, resultou na excentricidade “e” com o sinal
positivo, o que indica que a ligação do tipo K está com excentricidade, deslocada para fora do eixo
do banzo, da ligação.
477
b. Verificar as validações geométricas e os requisitos necessários das ligações tubulares, conforme
a ABNT NBR 16239:2013.

b1) Verificação de ângulos mínimos de diagonais


θ1 ≥ 30° → θ1 = 49,1° ≥ 30° → Ok!
θ2 ≥ 30° → θ2 = 49,1° ≥ 30° → Ok!

b2) Verificação de espessuras mínimas de perfis tubulares

t0 ≥ 2,5 mm → 4,8 ≥ 2,5 mm → Ok!

t1 ≥ 2,5 mm → 4,8 ≥ 2,5 mm → Ok!

t2 ≥ 2,5 mm → 4,8 ≥ 2,5 mm → Ok!

b3) Verificação do afastamento mínimo

g ≥ t1+t2 → g = 15,00 ≥ t1+t2 = 9,60 → Ok!

b4) Verificação de relações geométricas

0,2 ≤ d1/d0 ≤ 1,0 → 0,2 ≤ d1/d0 = 0,88 ≤ 1,0 → Ok!

0,2 ≤ d2/d0 ≤ 1,0 → 0,2 ≤ d2/d0 = 0,88 ≤ 1,0 → Ok!

10 ≤ d0/t0 ≤ 50 → 10 ≤ d0/t0 = 21,2 ≤ 50 → Ok!

10 ≤ d1/t1 ≤ 50 → 10 ≤ d1/t1 = 18,5 ≤ 50 → Ok!

10 ≤ d2/t2 ≤ 50 → 10 ≤ d2/t2 = 18,5 ≤ 50 → Ok!

b5) Verificação de limites de excentricidades

e 25,75
−0,55 ≤ = ≤ 0,25
d 0 101,6

−0,55 ≤ 0,253 ≤ 0,25 → Aceitável

478
c. Verificar os modos de falha da ligação.

Tratando-se de uma ligação do tipo K, com afastamento e com o banzo e as diagonais com perfis
tubulares circulares, os modos de falha são do tipo A e D:

- Modo A → Plastificação da face ou de toda a seção transversal do banzo, junto a diagonais ou


montantes.

- Modo D → Ruptura por punção da parede do banzo na área de contato com diagonais ou montantes.

Neste caso, compara-se a força axial resistente de cálculo Ni,Rd com a força axial solicitante de cálculo
Ni,Sd, da diagonal 1 comprimida e da diagonal 2 tracionada.
- Modo A → Plastificação da face ou de toda a seção transversal do banzo, junto a diagonais ou
montantes.

- Diagonal 1- Segundo a Tabela 5.7 deste capítulo:

- Força axial resistente de cálculo, N1,Rd:

⎛ d ⎞
⎜ 1,8 + 10,2 × 1 ⎟ × K g × K p
f y0 × t0 ⎝ 2
d0 ⎠
N 1Rd = × ≤ N 1,Sd
senθ1 γ a1

c1) Determinação do parâmetro geométrico “Kg” da ligação

⎛ ⎞
⎜ 0,024 × γ 1,2 ⎟
Kg =γ 0,2
× ⎜1 + ⎛ g ⎞ ⎟
⎜ ⎜
⎝ 2×t 0 ⎠ ⎟
−1,33 ⎟
⎝ 1+ e ⎠

⎛ ⎞
⎜ 0,024 ×10,581,2 ⎟
= 10,58 × 1 +0,2
⎜⎜ ⎛ 15 ⎞
⎜ 2×4,8 −1,33 ⎟
⎟⎟
⎝ 1+ e ⎝ ⎠

→ K g = 1,892

d0 101,6
γ= = → γ = 10,58
2 × t 0 2 × 4,8
Capítulo 5 - Ligações

479
c2) Determinação do parâmetro de tensão no banzo “Kp”

N 0 p ,SdM 0,Sd
σ 0 p ,Sd = +
A0 W0
( −67,635) (−83,1)
σ 0 p ,Sd = +
14,5971 33,739

→ σ 0 p ,Sd = − 7,0965 kN/cm²


σ 0 p ,Sd −7,0965
np = = = − 0,20276
f y0 35

Para n p < 0 → K p = 1 + 0,3 × n p – 0,3 ×n p 2  


K p = 1 + 0,3 ( −0,20276 ) – 0,3 × ( −0,20276 )  
2

Neste caso, K p = 0,927

c3) Determinação de N1,Rd do modo de falha A

⎛ d ⎞
⎜ 1,8 + 10,2 × 1 ⎟ × K g × K p
f y0 × t0 ⎝ 2
d0 ⎠
N 1Rd = ×
senθ1 γ a1
⎛ 88,9 ⎞
⎜ 1,8 + 10,2 × × 1,892 × 0,927
35 × 0, 48 ⎝ 2
101,6 ⎟⎠
= ×
sen49,1 1,1

→ N 1Rd = 182, 44 kN

- Diagonal 2 - Segundo a Tabela 5.7 deste capítulo:

- Força axial resistente de cálculo, N2,Rd :

⎛ sen49,1 ⎞
N 2 Rd = 182, 44 × ⎜ ⎟
⎝ sen49,1 ⎠

→ N 2 Rd = 182, 44 kN

480
c4) Determinação de N1,Rd do modo de falha D

- Modo D → Ruptura por punção da parede do banzo na área de contato com diagonais ou montantes.

- Diagonal 1- Segundo a Tabela 5.7 deste capítulo:

- Força axial resistente de cálculo, N1,Rd:

d1 ≤ d0 − 2 × t 0 → 88,9 ≤ 101,6 − 2 × 4,8 = 92,0

→ Condição Ok! Necessária a verificação para a Diagonal 1!

⎛ 1 + senθ1 ⎞
N 1 Rd = 0,60 × f y 0 × t 0 × π × d1 × ⎜ ⎟ γ a1
⎝ 2 × sen θ1 ⎠
2

⎛ 1 + sen49,1 ⎞
= 0,60 × 35 × 0, 48 × π × 8,89 × ⎜ ⎟ 1,1
⎝ 2 × sen 49,1 ⎠
2

→ N 1 Rd = 393,28 kN

- Diagonal 2- Segundo a Tabela 5.7 deste capítulo:

- Força axial resistente de cálculo, N2,Rd:

d 2 ≤ d0 − 2 × t 0 → 88,9 ≤ 101,6 − 2 × 4,8 = 92,0

→ Condição Ok! Necessária a verificação para a Diagonal 2!

⎛ 1 + senθ 2 ⎞
N 2 Rd = 0,60 × f y 0 × t 0 × π × d 2 × ⎜ ⎟ γ a1
⎝ 2 × sen θ 2 ⎠
2

⎛ 1 + sen49,1 ⎞
= 0,60 × 35 × 0, 48 × π × 8,89 × ⎜ ⎟ 1,1
⎝ 2 × sen 49,1 ⎠
2

→ N 2 Rd = 393,28 kN

c5) Aproveitamentos das diagonais

Diagonal 1 (afastada):

Força axial solicitante de cálculo, N1,Sd = 103,3 kN (comprimida)


Capítulo 5 - Ligações

Força axial resistente de cálculo, N1,Rd = 182,44 kN (modo de falha A)

Força axial resistente de cálculo, N1,Rd = 393,28 kN (modo de falha D)

N 1×Sd 103,3
= = 0,57 → Ok!
N 1×Rd 182, 44
481
Diagonal 2(afastada):

Força axial solicitante de cálculo, N2,Sd = 103,3 kN (tracionada)

Força axial resistente de cálculo, N2,Rd = 182,44 kN (modo de falha A)

Força axial resistente de cálculo, N2,Rd = 393,28 kN (modo de falha D)

N 2×Sd 103,3
= = 0,57 → Ok!
N 2×Rd 182, 44

d. Verificar a resistência da solda, conforme a ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR 8800:2008:

A solda de filete será executada, no perímetro de contato da extremidade de cada diagonal com o banzo.

d1) Determinação do comprimento efetivo da solda de perfis tubulares circulares, de acordo com a
Tabela A.2 da ABNT NBR 16239:2013

l ef = 2 × π × rw × K a
1 + 1/ senθ
Ka =
2
rw = d2/2 + dw/4

Para solda com dw = 5 mm rw = 88,9/2 + 5/4 rw = 45,70 mm

1 + 1/ sen49,1
Ka = = 1,162
2
l ef = 2 × π × 45,70 × 1,162 = 333,66 mm

d2) Determinação da força resistente de cálculo da solda “Fw,Rd”


- metal solda

fw
Fw,Rd = 0,6 × Aw ×
1,35

Aw = lef . aw = 333,66 × (0,707 × 5) = 1179,49 mm2

fw 485
Fw,Rd = 0,6 × Aw × = 0,6 × 1179,49 × = 254,25kN
1,35 1,35

Ni,Sd = 103,3 kN ≤ Fw,Rd = 254,25 kN → Ok!

A ligação tubular, soldada do tipo K, com afastamento, utilizando perfis circulares, está total-
mente verificada em sua segurança.
482
5.2.7.4. Verificar a segurança da ligação tubular do tipo K, de uma treliça Warren, com chapa pas-
sante soldada no banzo e com parafusos e ponteiras nas extremidades das diagonais, com os dados
a seguir:

- Perfis Tubulares de Aço VMB 350 COR: fy = 350 MPa


- Banzo Circular: TC 101,6 x 4,8 mm - A0 = 1459,71 mm2 - W0 = 33738,83 mm³

- Diagonais Circulares: TC 88,9 x 4,8 mm - A1 = A2 = 12,6 cm²

- Solicitações de cálculo:

- N0p,Sd = 33,3 kN (tração)

- N0,Sd = -34,3 kN (compressão)

- N1,Sd = -51,7 kN (compressão)

- N2,Sd = 51,6 kN (tração)

- M0,Sd = 8,31 kNcm

- θ1 = 49,1o

- θ2 = 49,1o

- e = 0 mm

- Solda AWS E70XX: fw = 485 MPa - dw = 5 mm

- Parafuso ASTM A325: fub = 825 MPa - db = 5/8”

- Chapas AR 350 COR: fy = 350 MPa, fu = 485 MPa - 280mm x 400mm - tch = 1/4”

-As simbologias e as convenções de sinais seguem as normas ABNT NBR 16239:2013 e ABNT
NBR 8800:2008.

Capítulo 5 - Ligações

483
As ligações tubulares que utilizam chapas passantes são dimensionadas de forma semelhante às ligações
convencionais que utilizam duplas cantoneiras nas treliças. A estratégia é permitir que os eixos das barras
sejam concêntricos no ponto de trabalho denominado “PT”. Para esse fim, a chapa central passante deve
ter a geometria necessária para permitir a solda no banzo e permitir os encaixes das ponteiras parafusadas
das diagonais. As forças das barras da ligação devem ser transmitidas pela chapa passante convergindo no
“PT”. Dessa forma, evita-se o surgimento de excentricidades e momentos fletores adicionais na ligação.

a. Inicialmente, deve-se verificar a ponteira T de extremidade das diagonais. Essa ponteira deve ser
verificada pelo modo de falha A por escoamento localizado na extremidade do tubo, conforme
Tabela 5.22 deste capítulo:

Neste caso, compara-se a força axial resistente de cálculo Ni,Rd com a força axial solicitante de cálculo
Ni,Sd, da diagonal 1 comprimida e da diagonal 2 tracionada.

a1) Força axial resistente de cálculo Nch,Rd­ para as ponteiras das diagonais
Nch,Rd = 2fy × t(5tch1 + tch2 + 2k) / γa1 ≤ fy × A

K = aw = garganta da solda do perfil T soldado = 0,707 × dw = 0,707 × 5 = 3,535 mm

Nch,Rd = 2 × 35 × 0,48 (5 × 0,635 + 0,635 + 2 × 0,3535) / 1,1 ≤ 35 × 14,5971

Nch,Rd = 137,97kN ≤ 510,90 kN

b. Verificar os parafusos e chapas que conectam a ponteira T de extremidade: modo de falha por
cisalhamento do parafuso e esmagamento ou rasgamento da chapa tch2, conforme a ABNT NBR
8800:2008:

b1) Força axial resistente de cálculo para o cisalhamentos dos parafusos de 5/8”:

Para corte simples dos parafusos

0, 4 × Ab × f ub
Fv ,Rd =
γ a2
0, 4 × (π × db 2 4 ) × f ub
Fv ,Rd =
γ a2
0, 4 × (π ×1,592 4 ) × 82,5
Fv ,Rd = = 48,54 kN
1,35
Para dois parafusos por ponteira: 2 × Fv,Rd = 48,54 × 2 = 97,08 kN

b2) Força axial resistente de cálculo para o esmagamento e rasgamento da chapa tch2:

Para um parafuso

484
1,2l f × t × f u 2, 4db × t × f u
Fc ,Rd = ≤
γ a2 γ a2
l f = 1,5 × db = 1,5 ×1,59 = 2,385 cm
1,2 × 2,385 × 0,635 × 48,5 2, 4 ×1,59 × 0,635 × 48,5
Fc ,Rd = ≤
1,35 1,35
Fc ,Rd = 65,29 kN ≤ 87,05 kN

Para dois parafusos: Fc ,Rd = 2 × 65,29 = 130,58 kN

c. Aproveitamentos das diagonais:

Diagonal 1

Força axial solicitante de cálculo = 51,70 kN (Compressão)

Força axial resistente de cálculo da ponteira T de extremidade = 137,97 kN

Força axial resistente de cálculo devido ao cisalhamento do parafuso = 97,08 kN

Força axial resistente de cálculo devido ao esmagamento e rasgamento da chapa = 130,58 kN

N 1×Sd 51,7
= = 0,53 → Ok!
N 1×Rd 97,08

Diagonal 2:

Força axial solicitante de cálculo = 51,60 kN (Tração)

Força axial resistente de cálculo da ponteira T de extremidade = 137,97 kN

Força axial resistente de cálculo devido ao cisalhamento do parafuso = 97,08 kN

Força axial resistente de cálculo devido ao esmagamento e rasgamento da chapa = 130,58 kN

N 2×Sd 51,6
= = 0,53 → Ok!
N 2×Rd 97,08
Capítulo 5 - Ligações

d. Verificar a resistência da solda que une a chapa passante ao banzo, conforme a ABNT NBR
8800:2008:

d1) Força axial solicitante de cálculo:

485
A força axial solicitante de cálculo que une a chapa ao banzo é obtida por meio da força resultante
“NR” horizontal do fechamento da poligonal das forças em equilíbrio da ligação. Neste caso:

N0p N0

N1 N2

N0R = | N0p – N0 | → N0R = | 33,30 - ( -34,30 ) | → N0R = 67,60 kN

d2) Força axial resistente de cálculo da solda:

- Para o metal base:

Fw ,Rd = 0,6 × AMB × f y γ a1

Como são 4 cordões de solda, dois superiores e dois inferiores, do banzo:

Fw ,Rd = 0,6 × 4 × lw × t ch × f y γ a1

tch deve ser a menor espessura entre a chapa passante e a espessura do banzo

t ch passante
t ch 
 t0

Portanto, tch = 4,8 mm

Igualando Fw,Rd com N0R, segue:

γ a1 × N 0 R
lw =
0,6 × 4 × t ch × f y

Portanto:

1,1 × 67,6
lw ≥
0,6 × 4 × 4,8 × 0,35

lw ≥ 18,44 mm

- Para o metal solda:

Fw ,Rd = 0,6 × AW × f w γ w 2

Como são 4 cordões de solda:


486
Fw ,Rd = 0,6 × 4 × cos 45°× lw × dw × f w γ w 2

γ w 2 × Fw ,Rd
lw =
0,6 × 4 × 0,7 × dw × f w

Igualando Fw,Rd com N0R, segue:

1,35 × 67,6
lw ≥
0,6 × 4 × 0,7 × 5 × 0, 485

lw ≥ 22,40 mm

- Cada cordão de solda tem o seguinte comprimento:

Adotando o maior valor entre metal base e metal solda:

lw = 22,40 mm

A referência de comprimento de solda mínimo especificado pela ABNT NBR 8800:2008, segue:

lw ≥ 40 mm

Portanto, lw = 40 mm

Para não comprometer a resistência do banzo em perfil circular:

lw ≥ 1,3×d0 = 1,3×101,6 = 132,08 mm → Ok!

Portanto, lw = 132,08 mm, para cada um dos quatro filetes de solda que é inferior ao comprimento
da chapa 400 mm. Recomenda-se soldar todo o comprimento da chapa.

A ligação tubular, do tipo K, com chapa passante, utilizando perfis circulares, está totalmente
verificada em sua segurança.

5.2.7.5. Verificar a segurança da ligação tubular do tipo K, de uma treliça Warren, com chapa de
topo “Gusset” soldada no banzo e com parafusos e chapas de extremidades nas diagonais, com os
dados a seguir:
- Perfis Tubulares de Aço VMB 350 COR: fy = 350 MPa
- Banzo Circular: TC 101,6 x 4,8 mm - A0 = 1459,71 mm2 - W0 = 33738,83 mm³
Capítulo 5 - Ligações

- Diagonais Circulares: TC 88,9 x 4,8 mm - A1 = A2 = 12,6 cm²

- Solicitações de cálculo:

- N0p,Sd = 33,3 kN (tração)


487
- N0,Sd = -34,3 kN (compressão)

- N1,Sd = -51,7 kN (compressão)

- N2,Sd = 51,6 kN (tração)

- M0,Sd = 8,31 kNcm

- θ1 = 49,1o

- θ2 = 49,1o

- e = 0 mm

- Solda AWS E70XX: fw = 485 MPa - dw = 5 mm

- Parafuso ASTM A325: fub = 825 MPa - db = 5/8”


- Chapa AR 350 COR: fy = 350 MPa, fu = 485 MPa – 170 mm × 400 mm - tch = 1/4”

- As simbologias e as convenções de sinais seguem as normas ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR
8800:2008.

As ligações tubulares que utilizam chapas de topo “Gusset” são dimensionadas para permitirem que os
eixos das barras sejam concêntricos no ponto de trabalho denominado “PT”. Para esse fim, a chapa de
topo deve ter a geometria necessária para permitir a solda no banzo e permitir os encaixes das chapas para-
fusadas das diagonais. As forças das barras da ligação são transmitidas pela chapa de topo e após o contato
com o banzo as forças são transmitidas pelo banzo até convergir no ponto “PT”. Dessa forma, evita-se o
surgimento de excentricidades e momentos fletores adicionais na ligação. Porém, esse contato da chapa
com o banzo pode provocar amassamento da superfície do banzo, conforme esquema explicativo a seguir:

488
88,1mm

N1,v N2,v

N1,h N2,h
Metade do diâmetro
do tubo, d0/2
PT

Comprimento da chapa,
hch=400mm

O esquema acima mostra o equilíbrio da ligação em que as forças das diagonais coincidem com as forças
no banzo no ponto de trabalho “PT”, por meio de seus eixos concêntricos. Neste caso, não provocam mo-
mento fletor na ligação, ou seja, entre as barras de diagonais e do banzo. Porém, como a chapa da ligação é
de topo, as forças antes de encontrarem o ponto de trabalho provocam o giro da chapa que pode amassar
a superfície do banzo. Este momento de giro é localizado e equilibrado pelas forças resistentes do tubo.

- Para as forças solicitantes de cálculo, o equilíbrio em “PT”, segue como:

N1,v × 88,1 (momento anti-horário) = (N1,h + N2,h) × d0/2 (momento horário)


39 × 88,1 = 3436,0 (Mip,ch,Sd ) = (33,82 + 33,82) × 101,6/2 = 3436,0 (Mip,ch,Sd)
Capítulo 5 - Ligações

Momento fletor anti-horário é igual ao momento fletor horário. Portanto, o momento fletor é igual a zero
no ponto de trabalho.

489
Para que o tubo possa transmitir o momento fletor para o ponto de trabalho, deve resistir às forças que
atuam nas extremidades do comprimento da chapa. Portanto, deve-se calcular o modo de falha do amas-
samento do tubo do banzo:

Ver item d.

a. Inicialmente, devem-se dimensionar e verificar as chapas de extremidade das diagonais, con-


forme a ABNT NBR 8800:2008 e a ABNT NBR 16239:2013. Essas chapas são soldadas nas
extremidades das diagonais e parafusadas na chapa de topo “Gusset”.

Neste caso, compara-se a força axial resistente de cálculo Ni,Rd com a força axial solicitante de cálculo
Ni,Sd, da diagonal 1 comprimida e da diagonal 2 tracionada.

a1) Força axial solicitante de cálculo nas soldas:

 N 1 = 51,70kN
Nd ≥ 
 N 2 = 51,60kN

Nd = 51,70kN

a2) Força axial resistente de cálculo nas soldas, conforme ABNT NBR 8800:2008:

- Para o metal base:

Fw ,Rd = 0,6 × AMB × f y γ a1

Como são 4 cordões de solda na extremidade de cada diagonal, segue:

Fw ,Rd = 0,6 × 4 × lw ×ch × f y γ a1

tch deve ser a menor espessura entre a chapa “Gusset” e as espessuras das diagonais

t ch gusset
t ch ≤ 
 t1 e t 2

Portanto, tch = 4,8 mm

Igualando Fw,Rd com Nd, segue:

γ a1 × N d
lw =
0,6 × 4 × t ch × f y
490
Portanto:
1,1 × 1,7
lw ≥
0,6 × 4 × 4,8 × 0,35

lw ≥ 14,10 mm

- Para o metal solda:

Fw ,Rd = 0,6 × AW × f w γ w 2

Como são 4 cordões de solda:

Fw ,Rd = 0,6 × 4 × cos 45°× lw × dw × f w γ w 2

γ w 2 × Fw ,Rd
lw =
0,6 × 4 × 0,7 × dw × f w

Igualando Fw,Rd com Nd, segue:

1,35 ⋅ 51,7
lw ≥
0,6 × 4 × 0,7 × 5 × 0, 485

lw ≥ 17,13 mm

- Cada cordão de solda tem o seguinte comprimento:

Adotando o maior valor entre metal base e metal solda:

lw = 17,13 mm

A referência de comprimento de solda mínimo especificado pela ABNT NBR 8800:2008, segue:

lw ≥ 40 mm

Portanto, lw = 40 mm

Para não comprometer a resistência da diagonal:

lw ≥ 1,3×d0 = 1,3×88,9 = 115,57 mm


Capítulo 5 - Ligações

Portanto, lw = 116 mm

491
a3) Força axial resistente de cálculo nas extremidades das diagonais, conforme ABNT NBR
16239:2013:

O modo de falha, neste caso, é a ruptura da seção líquida efetiva da diagonal tracionada.

Ae × f u
N t ,Rd =
γ a2

Ae = Ct × An = Ct × Ag

−10
⎡ ⎛ e ⎞3,2 ⎤
Ct = ⎢1 + ⎜ c ⎟ ⎥
⎢⎣ ⎝ l c ⎠ ⎥⎦

d tch 88,9 6,35


ec = − = − = 25,12 mm
π 2 π 2

lc = filetes de 116 mm
−10
⎡ ⎛ 25,12 ⎞3,2 ⎤
Ct = ⎢1 + ⎜ ⎟ ⎥ = 0,928
⎣⎢ ⎝ 116 ⎠ ⎦⎥

Ae = 0,928 ×12,6 = 11,693 cm2

11,693 × 48,5
N t ,Rd = = 420,08 kN ≥ 51,6 kN → Ok!
1,35

a4) Força axial resistente de cálculo nos parafusos e na chapa, conforme ABNT NBR 8800:2008:

Os modos de falha, neste caso, são falha por cisalhamento do parafuso e esmagamento ou rasgamen-
to da chapa.

- Cisalhamentos dos parafusos, para corte simples de 5/8”:

0, 4 Ab × f ub
Fv ,Rd =
γ a2
0, 4 × (π × db 2 4 ) × f ub
Fv ,Rd =
γ a2
0, 4 × (π ×1,592 4 ) × 82,5
Fv ,Rd = = 48,54 kN
1,35
492
Para dois parafusos: 2×Fv,Rd = 48,54×2 = 97,08 kN

- Esmagamento e rasgamento da chapa de 6,35mm, para cada parafuso:

1,2l f × t × f u 2, 4db × t × f u
Fc ,Rd = ≤
γ a2 γ a2
lf = 1,5 × db = 1,5 × 1,59 = 2,385 cm

1,2 × 2,385 × 0,635 × 48,5 2, 4 ×1,59 × 0,635 × 48,5


Fc ,Rd = ≤
1,35 1,35
Fc ,Rd = 65,29 kN ≤ 87,05 kN

c ,Rd ==2×65,29
Portanto, como são dois parafusos: FFc,Rd 2 × 65,29= =130,58
130,58kN
kN

b. Aproveitamento das diagonais:

- Para a parte soldada da chapa, o comprimento de deve ter no mínimo 116 mm.

Portanto, adota-se 120 mm.

- Para a parte parafusada da chapa, segue:

Diagonal 1 (comprimida)

Força axial solicitante de cálculo = 51,70 kN

Força axial resistente de cálculo devido ao Cisalhamento do parafuso = 97,08 kN

Força axial resistente de cálculo devido ao esmagamento e rasgamento da chapa = 130,58 kN

N 1×Sd 51,7
= = 0,53 → OK!
N 1×Rd 97,08

Diagonal 2 (tracionada)

Força axial solicitante de cálculo = 51,60 kN (Tração)

Força axial resistente de cálculo devido ao cisalhamento do parafuso = 97,08 kN


Capítulo 5 - Ligações

Força axial resistente de cálculo devido ao esmagamento e rasgamento da chapa = 130,58 kN

Força axial resistente de cálculo de ruptura da seção líquida efetiva = 420,08 kN

N 2×Sd 51,6
= = 0,53 → Ok!
N 2×Rd 97,08
493
c. Verificar a resistência da solda que une a chapa de topo “Gusset” ao banzo, conforme a ABNT
NBR 8800:2008:

c1) Força axial solicitante de cálculo na solda do banzo:

Na linha horizontal que une a chapa de topo ao banzo agem as forças decompostas das diagonais,
ou seja:

Nh = N1h + N2h
Nh = N1 × cos 49,1o + N2 × cos 49,1o = 51,7 × 0,65474 + 51,6 × 0,65474 = 67,63 kN

c2) Força axial resistente de cálculo na solda do banzo:

- Para o metal base:

Fw ,Rd = 0,6 × AMB × f y γ a1

Como são 2 cordões de solda no banzo:

Fw ,Rd = 0,6 × 2 × lw × t ch × f y γ a1

tch deve ser a menor espessura entre a chapa de topo e a espessura do banzo

t ch gusset
t ch ≤ 
t0

Portanto, tch = 4,8 mm

Igualando Fw,Rd com Nh, segue:

γ a1 × N h
lw =
0,6 × 2 × t ch × f y

Portanto:

1,1 × 67,63
lw ≥
0,6 × 2 × 4,8 × 0,35

lw ≥ 36,88 mm

494
- Para o metal solda:

Fw ,Rd = 0,6 × AW × f w γ w 2

Como são 2 cordões de solda:

Fw ,Rd = 0,6 × 2 × cos 45°× lw × dw × f w γ w 2

γ w 2 × Fw ,Rd
lw =
0,6 × 2 × 0,7 × dw × f w

1,35 × 67,63
lw ≥
0,6 × 2 × 0,7 × 5 × 0, 485

lw ≥ 44,82 mm

- Cada cordão de solda tem o seguinte comprimento:

Adotando o maior valor entre metal base e metal solda:

lw = 44,82 mm

A referência de comprimento de solda mínimo especificado pela ABNT NBR 8800:2008, segue:

lw ≥ 40 mm

Para não comprometer a resistência do banzo em perfil circular:

lw ≥ 1,3×d0 = 1,3×101,6 = 132,08 mm → Ok!

Portanto, lw = 132,08 mm, para cada um dos quatro filetes de solda que é inferior ao comprimento
da chapa 400 mm. Recomenda-se soldar todo o comprimento da chapa.

d. Verificar a resistência ao escoamento do banzo que une a chapa de topo “Gusset”. O modo de
falha A é o amassamento da parede do tubo do banzo, conforme a Tabela 5.22 deste capítulo:

d1) Verificar a relação entre o momento fletor, no plano da chapa, resistente de cálculo com o soli-
citante de cálculo:
Capítulo 5 - Ligações

Mip,ch,Sd ≤ Mip,ch,Rd

495
- Momento fletor, no plano da chapa, solicitante de cálculo atuante no Tubo:

d0
Mip,ch ,Sd = ( N1 × cos θ1 + N 2 × cos θ2 ) ×
2
101,6
Mip ,ch ,Sd = (51,7 × cos 49,1° + 51,6 × cos 49,1° ) × = 3435,84 kNmm
2

- Momento fletor, no plano da chapa, resistente de cálculo atuante no Tubo:

⎛ 5 × k p × f y 0 × t 02 × (1 + 0,25 ×η ) ⎞
Mip,ch ,Rd = 0,8 × hch × ⎜ ⎟⎟
⎜ senθ × γ a1
⎝ ⎠

As forças que atuam no amassamento do tubo são verticais, desta forma o sen 90o é igual a um.

N  M
σ0p  0p
= + 
 A0   W0 

Onde M é o momento de maior valor em módulo entre M0 e M0p, mantendo o seu sinal.

 33,3   83,1 
σ 0 p =  +  =0,0253 kN/mm 2
 1459,71   33738,83 

σ0p 0,0253
=
np = = 0,07229
f y0 0,35

np ≥ 0

Portanto: kp = 1,0

⎛ 5 × k p × f y 0 × t 02 × (1 + 0,25 ×η ) ⎞
0,8 × hch × ⎜ ⎟⎟ ≥ Mip,ch ,Sd
⎜ 1 × γ
⎝ a 1 ⎠

hch
Onde: η =
d0

(
⎛ 5 × k p × f y 0 × t 02 × 1 + 0,25 × ( hch d 0 )
0,8 × hch × ⎜
) ⎟⎞ ≥ M
γ a1
ip ,ch ,Sd
⎜ ⎟
⎝ ⎠

(
⎛ 5 ×1,0 × 0,35 × 4,82 × 1 + 0,25 × ( hch 101,6 ) ⎞
0,8 × hch × ⎜
)
⎟ ≥ 3435,84
496
⎜ 1,1 ⎟
⎝ ⎠
0,8 × hch ×
(
⎛ 5 × k p × f y 0 × t 02 × 1 + 0,25 × ( hch d 0 )

) ⎞⎟ ≥ M
γ a1
ip ,ch ,Sd
⎜ ⎟
⎝ ⎠

(
⎛ 5 ×1,0 × 0,35 × 4,82 × 1 + 0,25 × ( hch 101,6 ) ⎞
0,8 × hch × ⎜
)
⎟ ≥ 3435,84
⎜ 1,1 ⎟
⎝ ⎠

hch ≥ 96,39 mm (comprimento necessário da chapa para evitar o amassamento do tubo do banzo)

η ≤ 4,0 (validação de norma)

96,39
= 0,94875 ≤ 4,0 → Ok!
101,6

Como a chapa foi fornecida com comprimento de 400 mm:

400
= 3,94 ≤ 4,0 → Ok!
101,6

d2) Verificar a resistência ao cisalhamento na chapa de topo “Gusset” e da chapa da parede do tubo
do banzo:

- Verificação quanto ao cisalhamento da chapa de topo:

hch ×ch × f y ,ch


≥ N1 × cos θ1 + N 2 × cos θ2
3

hch × 6,35 × 0,35


≥ 51,7 × cos 49,1° + 51,6 × cos 49,1°
3

hch ≥ 52,71 mm (necessário)

Como, hch = 52,71 ≤ 400 mm (fornecido) → OK!

- Verificação quanto ao cisalhamento da chapa da parede do banzo:

2hch × t 0 × f y ,0
≥ ( − N 1 ) × cos θ1 + N 2 × cos θ2
3
Capítulo 5 - Ligações

2hch × 4,8 × 0,35


≥ 51,7 × cos 49,1° + 51,6 × cos 49,1°
3
hch ≥ 34,87 mm

Como a chapa foi fornecida com comprimento de 400 mm → OK!


497
d3) Verificar a resistência ao momento fletor da chapa de topo:

fy,ch = Mip,ch / Wch


t ch × hch 2 × f y ,ch
≥ M ip ,ch ,Sd
6
6,35 × hch 2 × 0,35
≥ 3435,84
6
hch ≥ 96,31 mm

Como a chapa foi fornecida com comprimento de 400 mm → OK!

A chapa de topo deverá ser soldada continuamente ao longo de todo seu comprimento. Assim, o
comprimento da chapa coincide com o comprimento de solda, que deverá ser de 400 mm.

A ligação tubular, do tipo K, com chapa de topo “Gusset”, utilizando perfis circulares, está
totalmente verificada em sua segurança.

5.2.7.6. Verificar a segurança da ligação tubular, soldada do tipo K, de uma treliça Warren, com os
dados a seguir:

- Perfis Tubulares de Aço VMB 350: fy = 350 MPa


- Banzo Quadrado: TQ 150 x 150 x 8,2 mm - A0 = 4651,04 mm2- W0 = 208516,25 mm³

- Diagonais Quadradas: TQ 130 x 130 x 6,4 mm - A1 = A2 = 3164,16 mm2

- Solicitações de cálculo:

- N0p = -173,74 kN (compressão)

- N0 = -475,14 kN (compressão)
- N1 = -390 kN (compressão)

- N2 = 377 kN (tração)

- M0p = 240,86 kNcm

- M0 = 240,86 kNcm

- θ1 = 66,8o

- θ2 = 66,8o

- e = 0 mm

- Solda AWS E70XX: fw = 485 MPa - dw = 5 mm


498
- As simbologias e as convenções de sinais seguem as normas ABNT NBR 16239:2013 e ABNT
NBR 8800:2008.

a. Inicialmente, deve-se verificar se a ligação do tipo K está com afastamento ou sobreposição das
diagonais.

⎛ h ⎞ sen (θ1 + θ 2 ) ⎛ h1 h2 ⎞
g = ⎜e + 0 ⎟ −⎜ + ⎟⎟ =
⎝ 2 ⎠ senθ1 × senθ 2 ⎝⎜ 2 × senθ1 2 × senθ 2 ⎠

⎛ 150 ⎞ sen ( 66,8° + 66,8° ) ⎛ 130 130 ⎞


= ⎜0 + ⎟ −⎜ + ⎟
⎝ 2 ⎠ sen 66,8°× sen 66,8° ⎝⎜ 2 × sen 66,8° 2 × sen 66,8° ⎟⎠

→ g = −77,15 mm

Neste caso, impondo-se a excentricidade “e” igual a zero, resultou em “g” com o sinal negativo, o que
indica que a ligação do tipo K está com sobreposição.

b. Verificar as validações geométricas e os requisitos necessários das ligações tubulares, conforme


a ABNT NBR 16239:2013.
Capítulo 5 - Ligações

b1) Verificação de ângulos mínimos de diagonais


θ1 ≥ 30° → θ1 = 66,8° ≥ 30° → Ok!
θ2 ≥ 30° → θ2 = 66,8° ≥ 30° → Ok!

499
b2) Verificação de espessuras mínimas de perfis tubulares

t0 ≥ 2,5 mm → t0 = 8,2 mm ≥ 2,5 mm → Ok!

t1 ≥ 2,5 mm → t1 = 6,4 mm ≥ 2,5 mm → Ok!

t2 ≥ 2,5 mm → t2 = 6,4 mm ≥ 2,5 mm → Ok!

b3) Verificação de compatibilidade de diâmetros de diagonais sobrepostas

Diâmetro da diagonal 1 (sobreposta) ≤ Diâmetro da diagonal 2 (subposta) → Ok!

b4) Verificação de suficiência de sobreposição mínima de 25%

hi 130
p= = = 141, 44 mm
senθi sen 66,8º

− g ≥ 0,25 p → 77,15 ≥ 0,25 ×141, 44 → 77,15 ≥ 35,36 → Ok!


−g 77,15
λov = 100 = 100 = 54,55 ≥ 25% → Ok!
p 141, 44

b5) Verificação de relações geométricas

- Barras Retangulares (Quadradas)

0,5 ≤ h0/b0 ≤ 2,0 → 0,5 ≤ 1,00 ≤ 2,0 → Ok!


0,5 ≤ h1/b1 ≤ 2,0 → 0,5 ≤ 1,00 ≤ 2,0 → Ok!

0,5 ≤ h2/b2 ≤ 2,0 → 0,5 ≤ 1,00 ≤ 2,0 → Ok!


b1/b0 ≥ 0,25 → 0,87 ≥ 0,25 → Ok!

b2/b0 ≥ 0,25 → 0,87 ≥ 0,25 → Ok!

b0/t0 ≤ 36 → 18,29 ≤ 36 → Ok!


h0/t0 ≤ 36 → 18,29 ≤ 36 → Ok!

b0/t0 ≤ 1,45 × (E/fy)1/2 → 18,29 ≤ 34,66 → Ok!

h0/t0 ≤ 1,45 × (E/fy)1/2 → 18,29 ≤ 34,66 → Ok!

b1/b2 ≥ 0,75 → 1,00 ≥ 0,75 → Ok!

25% ≤ λov ≤ 100% → 25% ≤ 54,55 ≤ 100% → Ok!


500
- Diagonal 1 – Comprimida - Retangulares (Quadradas)

b1/t1 ≤ 1,10 × (E/fy) 1/2 → 20,31 ≤ 26,30 → Ok!

h1/t1 ≤ 1,10 × (E/fy) 1/2 → 20,31 ≤ 26,30 → Ok!

- Diagonal 2 – Tracionada - Retangulares (Quadradas)

b2/t2 ≤ 35 → 20,31 ≤ 35 → Ok!

h2/t2 ≤ 35 → 20,31 ≤ 35 → Ok!

b6) Verificação de limites de excentricidades

e 0
−0,55 ≤ = ≤ 0,25
h0 150

−0,55 ≤ 0 ≤ 0,25 → Ok!

c. Verificar os modos de falha da ligação.

Tratando-se de uma ligação do tipo K, com sobreposição e com o banzo e as diagonais com perfis
tubulares retangulares/quadrados, o único modo de falha é do tipo E:

- Modo E → Ruptura ou plastificação de diagonais ou montantes na região da solda oriunda da


distribuição não uniforme de tensão.

Neste caso, compara-se a força axial resistente de cálculo Ni,Rd com a força axial solicitante de cálculo
Ni,Sd, da diagonal 1 comprimida e da diagonal 2 tracionada.

- Diagonal 1- Seguindo a Tabela 5.17 deste capítulo:

- Força axial resistente de cálculo, N1,Rd, para λov = 54,55% → 50% ≤ λov ≤ 80%:
Capítulo 5 - Ligações

- Diagonal 1:

N1,Rd =
(
f y1 × t1 bef + be ,ov + 2h1 − 4t1 )≤N
1,Sd
γ a1
501
- Diagonal 2:

⎛ A2 × f y 2 ⎞
N 2,Rd = N 1,Rd ⎜ ⎟⎟ ≤ N 2,Sd
⎜ A1 × f y1
⎝ ⎠

10 f y0 × t0 10 0,35 × 8,2
bef = × b1 = × 130 = 91,05 mm ≤ b1 = 130 mm
b0 t 0 f y1 × t1 150 8,2 0,35 × 6, 4

10 f y2 × t2 10 0,35 × 6, 4
be ,ov = × b1 = × 130 = 64,0 mm ≤ b1 = 130 mm
b2 t 2 f y1 × t1 130 6, 4 0,35 × 6, 4

0,35 × 6, 4 ( 91,05 + 64 + 2 ×130 − 4 × 6, 4 )


N 1,Rd = = 793,07 kN
1,1

⎛ 3164,16 × 0,35 ⎞
N 2,Rd = 793,07 ⎜ ⎟ = 793,07 kN
⎝ 3164,16 × 0,35 ⎠

c1) Aproveitamentos das diagonais

Diagonal 1 (sobreposta):

Força axial solicitante de cálculo, N1,Sd = 390,00 kN (comprimida)

Força axial resistente de cálculo, N1,Rd = 793,07 kN (Modo de falha E)

N 1×Sd 390
= = 0, 49 → Ok!
N 1×Rd 793,07

Diagonal 2 (subposta):

Força axial solicitante de cálculo, N2,Sd = 377,00 kN (Tração)

Força axial resistente de cálculo, N2,Rd = 793,07 kN (Modo de falha E)

N 2×Sd 377
= = 0, 48 → Ok!
N 2×Rd 793,07

d. Verificar a resistência da solda, conforme a ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR 8800:2008:

A solda de filete será executada, inicialmente, no perímetro de contato entre a diagonal 2 (subposta)
e o banzo. Posteriormente, a solda de filete será executada no perímetro de contato entre a diagonal
1(sobreposta) e parte da diagonal 2 com parte do banzo.
502
d1) Determinação do comprimento efetivo da solda de perfis tubulares quadrados

l ef = 2 × bi + ( 2 × hi / senθ )
lef = 2 × 130 + ( 2 × 130 / sen66,8) = 542,87 mm

d2) Determinação da força resistente de cálculo da solda “Fw,Rd”

- metal solda
fw
Fw ,Rd = 0, 6 × Aw ×
1,35
Aw = l ef × aw = 542,87 × ( 0,707 × 5 ) = 1919,0 mm 2
f 485
Fw ,Rd = 0,6 × Aw × w = 0,6 × 1919,0 × = 413,65 kN
1,35 1,35
N 1,Sd = 390 kN ≤  Fw ,Rd = 413,65 kN → Ok !
N 2,Sd = 377 kN ≤  Fw ,Rd = 413,65 kN → Ok !

A ligação tubular, soldada do tipo K com sobreposição, utilizando perfis tubulares quadrados,
está totalmente verificada em sua segurança.

5.2.7.7. Verificar a segurança da ligação tubular, soldada do tipo K, de uma treliça Warren, com os
dados a seguir:
- Perfis Tubulares de Aço VMB 350: fy = 350 MPa
- Banzo Quadrado: TQ 150 x 150 x 12,5 mm - A0 = 68,7 cm2 - W0 = 242,0 cm³
- Diagonais Quadradas: TQ 130 x 130 x 6,4 mm - A1 = A2 = 30,1 cm²
- Solicitações de cálculo:
- N0p = -176,56 kN (compressão)
- N0 = -477,24 kN (compressão)
- N1 = -403,00 kN (compressão)
- N2 = 397,00 kN (tração)
- M0p = -1075,11 kNcm
- M0 = 2160,83 kNcm
Capítulo 5 - Ligações

- θ1 = 66,8o
- θ2 = 66,8o
- g = 15 mm
- Solda AWS E70XX: fw = 485 MPa - dw = 5 mm
503
- As simbologias e as convenções de sinais seguem as normas ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR
8800:2008.

a. Inicialmente, deve-se verificar se a ligação do tipo K está com afastamento ou sobreposição das
diagonais.

⎛ h1 h2 ⎞ senθ1 × senθ 2 h0
e =⎜ + + g⎟ − =
⎝ 2senθ1 2senθ 2 ⎠ sen (θ1 + θ 2 ) 2

⎛ 130 130 ⎞ sen 66,8° × sen 66,8° 150


=⎜ + + 15 ⎟ −
⎜ 2sen 66,8° 2sen 66,8° ⎟ sen ( 66,8° + 66,8° ) 2
⎝ ⎠

→ e = 107,50 mm

Neste caso, impondo-se o afastamento “g” igual a 15 mm, resultou na excentricidade “e” com o sinal
positivo, o que indica que a ligação do tipo K está com excentricidade, deslocada para fora do eixo
do banzo, da ligação.

b. Verificar as validações geométricas e os requisitos necessários das ligações tubulares, conforme


a ABNT NBR 16239:2013.

b1) Verificação de ângulos mínimos de diagonais


θ1 ≥ 30° → 66,8o ≥ 30° → Ok!

504
θ2 ≥ 30° → 66,8 o ≥ 30° → Ok!

b2) Verificação de espessuras mínimas de perfis tubulares

t0 ≥ 2,5 mm → 12,70mm ≥ 2,5 mm → Ok!

t1 ≥ 2,5 mm → 6,40mm ≥ 2,5 mm → Ok!

t2 ≥ 2,5 mm → 6,40mm ≥ 2,5 mm → Ok!

b3) Verificação do afastamento mínimo

g ≥ t1 + t2 → 15,00mm ≥ 12,80 mm → Ok!

b4) Verificação de relações geométricas

- Barras Quadradas

0,5 ≤ h0/b0 ≤ 2,0 → 0,5 ≤ 1,00 ≤ 2,0 → Ok!

0,5 ≤ h1/b1 ≤ 2,0 → 0,5 ≤ 1,00 ≤ 2,0 → Ok!

0,5 ≤ h2/b2 ≤ 2,0 → 0,5 ≤ 1,00 ≤ 2,0 → Ok!

b1/b0 ≥ 0,35 → 0,87 ≥ 0,35 → Ok!

b2/b0 ≥ 0,35 → 0,87 ≥ 0,35 → Ok!

b1/b0 ≥ 0,1 + 0,01×(b0/t0) → 0,87 ≥ 0,22 → Ok!

b2/b0 ≥ 0,1 + 0,01×(b0/t0) → 0,87 ≥ 0,22 → Ok!


b0/t0 ≤ 36 → 12 ≤ 36 → Ok!

h0/t0 ≤ 36 → 12 ≤ 36 → Ok!

b0/t0 ≤ 1,45×(E/fy)1/2 → 12 ≤ 34,66 → Ok!

h0/t0 ≤ 1,45×(E/fy)1/2 → 12 ≤ 34,66 → Ok!


Capítulo 5 - Ligações

g / b0 ≥ 0,5×(1-β) → 0,10 ≥ 0,07 → Ok!

g / b0 ≤ 1,5×(1-β) → 0,10 ≤ 0,20 → Ok!


b1 + b2 + h1 + h2 130 + 130 + 130 + 130
=β = → β=
0,867
4 ⋅ b0 4 ⋅150
505
- Diagonal 1 Comprimida - Quadrada

b1/t1 ≤ 1,45×(E/fy)1/2 → 20,31 ≤ 34,66 → Ok!

h1/t1 ≤ 1,45×(E/fy)1/2 → 20,31 ≤ 34,66 → Ok!

b1/t1 ≤ 36 → 20,31 ≤ 36 → Ok!

h1/t1 ≤ 36 → 20,31 ≤ 36 → Ok!

- Diagonal 2 – Tracionada - Quadrada

b2/t2 ≤ 35 → 20,31 ≤ 35 → Ok!

h2/t2 ≤ 35 → 20,31 ≤ 35 → Ok!

- Requisitos adicionais

0,6 ≤ (b1+b2)/(2.b1) ≤ 1,3 → 0,6 ≤ 1,00 ≤ 1,3 → Ok!


0,6 ≤ (b1+b2)/(2.b2) ≤ 1,3 → 0,6 ≤ 1,00 ≤ 1,3 → Ok!

(b0/t0) ≥ 15 → 12 < 15 → Não Ok! – O fato de esta verificação não ser atendida indica que as
condições de validação das expressões da norma para determinação do modo de falha A, da ligação,
podem não expressar a precisão necessária. Observa-se que esta ligação tem um banzo mais rígido
do que indicado nas expressões. Neste caso, os valores obtidos para as forças axiais resistentes de cál-
culo das diagonais serão na verdade superiores aos determinados nas expressões da norma. Portanto,
ficando a favor da segurança.

b5) Verificação de limites de excentricidades


e 107,50
−0,55 ≤ = ≤ 0,25
h0 130

−0,55 ≤ 0,72 ≤ 0,25 → Não OK!

Quando esta relação não é atendida significa que é obrigatório considerar o momento fletor que
age na ligação para determinar o modo de falha. Se essa relação fosse atendida, este momento fletor
poderia ser dispensado para determinação do modo de falha da ligação.

506
c. Verificar os modos de falha da ligação.

Tratando-se de uma ligação do tipo K, com afastamento e com o banzo e as diagonais com perfis
tubulares quadrados, o modo de falha é do tipo A:

- Modo A → Plastificação da face ou de toda a seção transversal do banzo, junto a diagonais ou


montantes.

Seguindo a Tabela 5.17 deste capítulo:

- Diagonal 1- Força axial resistente de cálculo, N1,Rd :


⎛ b1 + b2 ⎞
8,9 × kn × f y 0 × t 0 2
γ ⎜⎝ 2 × b0 ⎟⎠
N 1×Rd = ×
senθ1 γ a1

- Diagonal 2 - Força axial resistente de cálculo, N2,Rd :


senθ1
N 2×Rd = × N 1×Rd
senθ 2

c1) Determinação do parâmetro de tensão no banzo “kn”


⎛ N 0,Sd ⎞ ⎛ M0,Sd ⎞
σ 0,Sd = ⎜ ⎟+⎜ ⎟
⎝ A0 ⎠ ⎝ W0 ⎠

⎛ −477,24 ⎞ ⎛ 2160,83 ⎞
σ 0,Sd = ⎜ ⎟ +⎜ ⎟ = 1,88 kN/cm 2
⎝ 68,7 ⎠ ⎝ 242,0 ⎠

σ 0,Sd
n=
f y0

1,88
n= = 0,054
35

nn ≥≥ 00 →
→kkn n == 1,0
1,0

c2) Determinação do parâmetro geométrico “γ” da ligação


Capítulo 5 - Ligações

b 150
γ= 0 = → γ =6
2 × t 0 2 ×12,5

c3) Determinação de N1,Rd e N2,Rd para o modo de falha A


507
⎛ b1 + b2 ⎞
8,9 × kn × f y 0 × t 0 2
γ ⎜⎝ 2 × b0 ⎟⎠
N 1,Rd = ×
senθ1 γ a1
⎛ 130 + 130 ⎞
8,9 ×1,0 × 0,35 ×12,5 2
6 ⎝⎜ 2 ×150 ⎟⎠
= ×
sen 66,8° 1,1

→ N 1,Rd = 1021,95 kN

senθ1 sen 66,8°


N 2,Rd = × N1×Rd = ×1021,95 = 1021,95 kN
senθ2 sen 66,8°

c4) Aproveitamentos das diagonais

Diagonal 1 (afastada):

Força axial solicitante de cálculo, N1,Sd = 403,0 kN (comprimida)

Força axial resistente de cálculo, N1,Rd = 1021,95 kN (modo de falha A)


N 1×Sd 403
= = 0,39 → Ok!
N 1×Rd 1021,95

Diagonal 2 (afastada):

Força axial solicitante de cálculo, N2,Sd = 397,0 kN (tracionada)

Força axial resistente de cálculo, N2,Rd = 1021,95 kN (Modo de falha A)


N 2×Sd 397
= = 0,39 → Ok!
N 2×Rd 1021,95

d. Verificar a resistência da solda, conforme a ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR 8800:2008:

A solda de filete será executada, no perímetro de contato da extremidade de cada diagonal com o
banzo.

d1) Determinação do comprimento efetivo da solda de perfis tubulares quadrado

lef = 2 × bi + ( 2 × hi / sen θ)
lef = 2 × 130 + ( 2 × 130 / sen 66,8º ) = 542,87mm
508
d2) Determinação da força resistente de cálculo da solda “Fw,Rd”

- metal solda
fw
Fw ,Rd = 0,6 × Aw ×
1,35
Aw = lef × aw = 542,87 × (0,707 × 5) = 1919,0 mm2
f 485
Fw ,Rd = 0,6 × Aw × w = 0,6 × 1919,0 × = 413,65 kN
1,35 1,35

N1,Sd = 403 kN ≤ Fw,Rd = 413,65 kN → Ok!

N2,Sd = 397 kN ≤ Fw,Rd = 413,65 kN → Ok!

A ligação tubular, soldada do tipo K com afastamento, utilizando perfis retangulares/quadra-


dos, está totalmente verificada em sua segurança.

5.2.7.8. Verificar a segurança da ligação tubular, soldada do tipo K, de uma treliça Warren, com os
dados a seguir:

- Perfis Tubulares de Aço VMB 350: fy = 350 MPa


- Banzo Retangular: TR 110 × 200 × 6,4 mm – (h0 = 110mm e b0 = 200mm)
- A0 = 3804,16 mm2- W0 = 142861,54 mm³
- Diagonais Circulares: TC 88,9 x 4,8 mm - A1= 1268,20 mm2 - A2 = 1268,20 mm2
- Solicitações de cálculo:
- N0p = 23 kN (tração)
- N0 = -23,3 kN (compressão)
- N1 = -35,2 kN (compressão)
- N2 = 35,5 kN (tração)
- M0p = -29,4 kNcm
- M0 = -29,4 kNcm
- θ1 = 49,1o
Capítulo 5 - Ligações

- θ2 = 49,1o
- e = 0 mm

- Solda AWS E70XX: fw = 485 MPa - dw = 5 mm


509
- As simbologias e as convenções de sinais seguem as normas ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR
8800:2008.

a. Inicialmente, deve-se verificar se a ligação do tipo K está com afastamento ou sobreposição das
diagonais.

⎛ h ⎞ sen (θ1 + θ 2 ) ⎛ d1 d2 ⎞
g = ⎜e + 0 ⎟ −⎜ + ⎟=
⎝ 2 ⎠ senθ1senθ 2 ⎝ 2senθ1 2senθ 2 ⎠

⎛ 110 ⎞ sen ( 49,1° + 49,1° ) ⎛ 88,9 88,9 ⎞


= ⎜0 + ⎟ −⎜ +
⎝ 2 ⎠ sen49,1° × en49,1° ⎝ 2 × sen49,1° 2 × sen49,1° ⎟⎠

→ g = −22,33 mm

Neste caso, impondo-se a excentricidade “e” igual a zero, resultou em “g” com o sinal negativo, o que
indica que a ligação do tipo K está com sobreposição.

b. Verificar as validações geométricas e os requisitos necessários das ligações tubulares, conforme


a ABNT NBR 16239:2013.

b1) Verificação de ângulos mínimos de diagonais


θ1 ≥ 30° → 49,1° ≥ 30° → Ok!
θ2 ≥ 30° → 49,1° ≥ 30° → Ok!

510
b2) Verificação de espessuras mínimas de perfis tubulares

t0 ≥ 2,5 mm → 6,40mm ≥ 2,5 mm → Ok!

t1 ≥ 2,5 mm → 4,80mm ≥ 2,5 mm → Ok!

t2 ≥ 2,5 mm → 4,80mm ≥ 2,5 mm → Ok!

b3) Verificação de compatibilidade de diâmetros de diagonais sobrepostas

Diâmetro da diagonal 1 (sobreposta) ≤ Diâmetro da diagonal 2 (subposta) → Ok!

b4) Verificação de suficiência de sobreposição mínima de 25%

d2 88,9
p= = = 117,62 mm
senθ 2 sen49,1º

− g ≥ 0,25 p → 22,33 ≥ 0,25 ⋅117,62 → 22,33 ≥ 29, 41 → Não Ok!

Como a sobreposição é insuficiente, deve-se fazer um reforço com enrijecedor vertical em chapa
entre as diagonais (Tabela 5.22 deste capítulo).

b5) Verificação de relações geométricas

- Banzo Retangular e Diagonais Circulares

0,5 ≤ h0/b0 ≤ 2,0 → 0,5 ≤ 0,55 ≤ 2,0 → Ok!

d1/d2 ≥ 0,75 → 1,00 ≥ 0,75 → Ok!


−g 22,33
Capítulo 5 - Ligações

25 ≤ λov ≤ 75 → = λov 100


= 100 = 18,99
p 117,62
25 ≤ 18,99 ≤ 75 → Não OK! (já comentado anteriormente, sendo necessária a colocação de en-
rijecedor vertical)

b0/t0 ≤ 50 → 31,25 ≤ 50 → Ok!


511
h0/t0 ≤ 50 → 17,19 ≤ 50 → Ok!

b0/t0 ≤ 0,05×(E/fy) → 31,25 ≤ 28,57 → Não OK! (Solução: colocar uma chapa de reforço hori-
zontal, conforme Tabela 5.21 deste capítulo)

h0/t0 ≤ 0,05×(E/fy) → 17,19 ≤ 28,57 → Ok!


0,4 ≤ d1/b0 ≤ 0,8 → 0,4 ≤ 0,44 ≤ 0,8 → Ok!

0,4 ≤ d2/b0 ≤ 0,8 → 0,4 ≤ 0,44 ≤ 0,8 → Ok!

- Diagonal 1 – Circular - Comprimida

d1/t1 ≤ 0,05×(E/fy) → 18,52 ≤ 28,57 → Ok!

- Diagonal 2 – Circular - Tracionada

d2/t2 ≤ 50 → 18,52 ≤ 50 → Ok!

b6) Verificação de limites de excentricidades


e 0
−0,55 ≤ = ≤ 0,25
h0 110

−0,55 ≤ 0 ≤ 0,25 → Ok!

c. Verificar os modos de falha da ligação.

Tratando-se de uma ligação do tipo K, com sobreposição e com o banzo com perfil tubular retangular
e as diagonais com perfis circulares, o único modo de falha é do tipo E:

- Modo E → Ruptura ou plastificação de diagonais ou montantes na região da solda oriunda da


distribuição não uniforme de tensão.

Obs.: como existe o enrijecedor vertical entre as diagonais, deve-se utilizar a formulação do modo E
para λov < 80%, Tabela 5.18, mas com b2 (d2), t2 e fy2 substituídos por bp, tp e fyp na expressão de de,ov.
Adicionalmente, deve-se ter tp ≥ 2 t1 e 2 t2.
bp ≤ b0 - 2×t0 = 200 - 2×6,4 = 187,2 mm

 2t1 = 9,6 mm
tp ≥ 
2t 2 = 9,6 mm

512 tp ≥ 9,6 mm
Portanto, tp = 12,7 mm (1/2")

fyp = 350 MPa

Neste caso, compara-se a força axial resistente de cálculo Ni,Rd com a força axial solicitante de cálculo
Ni,Sd, da diagonal 1 comprimida e da diagonal 2 tracionada.

- Diagonal 1- Seguindo a Tabela 5.18 e Tabela 5.15 deste capítulo:

10 f y0 × t0 10 0,35 × 6, 4
d ef = × d1 = × 88,9 = 37,93 mm ≤ d1 = 88,9 mm
b0 t 0 f y1 × t1 200 6, 4 0,35 × 4,8

10 f yp × t p 10 0,35 × 12,7
d e ,ov = × d1 = × 88,9 = 159,57 mm ≤ d1 = 88,9 mm
bp t p f y1 × t1 187,2 12,7 0,35 × 4,8

Portanto: de,0v = d1 = 88,9 mm

Adotando 50 ≤ λ0v < 80 (modo de falha E), pois há chapa de reforço vertical, tem-se:

Introdução do fator de correção de área de contato (π / 4), devido às diagonais serem circulares.

(
⎛ π ⎞ f y1 × t1 d ef + d e ,ov + 2d1 − 4t1
N1,Rd = ⎜ ⎟
)
⎝4⎠ γ a1

⎛ π ⎞ 0,35 × 4,8 (37,93 + 88,9 + 2 × 88,9 − 4 × 4,8 )


N1,Rd = ⎜ ⎟ = 342,38 kN
⎝4⎠ 1,1

- Diagonal 2- Seguindo a Tabela 5.18 e Tabela 5.15 deste capítulo:

⎛ A2 × f y 2 ⎞ ⎛ 1268,198 × 0,35 ⎞
N 2,Rd = N 1,Rd ⎜ ⎟⎟ = 342,38 ⎜ ⎟ = 342,38 kN

⎝ A1 × f y1 ⎠ ⎝ 1268,198 × 0,35 ⎠

c1) Aproveitamentos das diagonais


Capítulo 5 - Ligações

Diagonal 1 (sobreposta):

Força axial solicitante de cálculo, N1,Sd = 35,20 kN (comprimida)

Força axial resistente de cálculo, N1,Rd = 342,38 kN (modo de falha E)


513
N 1×Sd 35,20
= = 0,10 → Ok!
N 1×Rd 342,38

Diagonal 2 (subposta):

Força axial solicitante de cálculo, N2,Sd = 35,50 kN (Tração)

Força axial resistente de cálculo, N2,Rd = 342,38 kN

N 2×Sd 35,50
= = 0,10 → Ok!
N 2×Rd 342,38

d. Verificar a resistência da solda, conforme a ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR 8800:2008:

A solda de filete será executada, inicialmente, no perímetro de contato entre a diagonal 2 (subposta)
e o banzo. Posteriormente, a solda de filete será executada no perímetro de contato entre a diagonal
1 (sobreposta) e parte da diagonal 2 com parte do banzo.

d1) Determinação do comprimento efetivo da solda de perfis tubulares circulares, de acordo com a
Tabela A.2 da ABNT NBR 16239:2013

l ef = 2 × π × rw × ka
1 + 1 / senθ
ka =
2
rw = d2/2 + dw/2

Para solda com dw = 5 mm → rw = 88,9/2 + 5/2 → rw = 46,95 mm

1 + 1 / sen 49,1°
ka = = 1,162
2
l ef = 2 × π × 46,95 × 1,162 = 342,78 mm

d2) Determinação da força resistente de cálculo da solda “Fw,Rd”


- metal solda
f
Fw ,Rd = 0,6 . × Aw × w
1,35
Aw = lef . aw = 342,78 × (0,707 × 5) = 1211,72 mm2
f 485
Fw ,Rd = 0,6 × Aw × w = 0,6 × 1211,72 × = 261,19 kN
1,35 1,35
Ni,Sd = 35,5 kN ≤ Fw,Rd = 261,19 kN → OK!

A ligação tubular, soldada do tipo K com sobreposição, utilizando perfis circulares nas
diagonais e retangular no banzo, está totalmente verificada em sua segurança.
514
5.2.7.9. Verificar a segurança da ligação tubular, soldada do tipo K, de uma treliça Warren, com os
dados a seguir:
- Perfis Tubulares de Aço VMB 350: fy = 350 MPa
- Banzo Retangular: TR 110 x 200 x 6,4 mm – (h0 = 110mm e b0 = 200mm)
- A0 = 3804,16 mm2- W0 = 142861,54 mm³
- Diagonais Circulares: TC 88,9 x 4,8 mm - A1= 1268,20 mm2 - A2 = 1268,20 mm2
- Solicitações de cálculo:
- N0p = 23 kN (tração)
- N0 = -23,3 kN (compressão)
- N1 = -35,2 kN (compressão)
- N2 = 35,5 kN (tração)
- M0p = -29,4 kNcm
- M0 = -29,4 kNcm
- θ1 = 49,1o
- θ2 = 49,1o
- e = 15 mm

- Solda AWS E70XX: fw = 485 MPa - dw = 5 mm

- As simbologias e as convenções de sinais seguem as normas ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR
8800:2008.

Capítulo 5 - Ligações

515
a. Inicialmente, deve-se verificar se a ligação do tipo K está com afastamento ou sobreposição das
diagonais.
⎛ d1 d2 ⎞ senθ1senθ 2 h0
e =⎜ + + g⎟ − =
⎝ 2senθ1 2senθ 2 ⎠ sen (θ1 + θ 2 ) 2

⎛ 88,9 88,9 ⎞ sen49,1°sen49,1° 110


=⎜ + + 15 ⎟ −
⎜ 2 × sen49,1° 2 × sen49,1° ⎟ sen ( 49,1° + 49,1° ) 2
⎝ ⎠

→ e = 21,55mm

Neste caso, impondo-se o afastamento “g” igual a 15 mm, resultou em “e” com o sinal positivo, o que
indica que a ligação do tipo K está com excentricidade para fora da ligação.

b. Verificar as validações geométricas e os requisitos necessários das ligações tubulares, conforme


a ABNT NBR 16239:2013.

b1) Verificação de ângulos mínimos de diagonais


θ1 ≥ 30° → 49,1° ≥ 30° → Ok!
θ2 ≥ 30° → 49,1° ≥ 30° → Ok!

b2) Verificação de espessuras mínimas de perfis tubulares

t0 ≥ 2,5 mm → 6,40mm ≥ 2,5 mm → Ok!

t1 ≥ 2,5 mm → 4,80mm ≥ 2,5 mm → Ok!

t2 ≥ 2,5 mm → 4,80mm ≥ 2,5 mm → Ok!

b3) Verificação do afastamento mínimo das diagonais

g ≥ t1 + t2 → 15,00 ≥ 9,60 → Ok!

b4) Verificação de relações geométricas


- Banzo Retangular e Diagonais Circulares

0,5 ≤ h0 / b0 ≤ 2,0 → 0,5 ≤ 0,55 ≤ 2,0 → Ok

g / b0 ≥ 0,5×(1 - β) → 0,08 ≥ 0,28 → Não Ok! (Solução: colocação de chapa de reforço horizon-
tal, conforme Tabela 5.21 deste capítulo)
516
g / b0 ≤ 1,5×(1 - β) → 0,08 ≤ 0,83 → Ok!
d + d 2 88,9 + 88,9
β= 1 = → β = 0, 445
2 × b0 2 × 200
b0/t0 ≤ 50 → 31,25 ≤ 50 → Ok!

h0/t0 ≤ 50 → 31,25 ≤ 50 → Ok!

b0/t0 ≤ 0,05×(E/fy) → 31,25 ≤ 28,57 → Não Ok! (Solução: colocação de chapa de reforço hori-
zontal, conforme Tabela 5.21 deste capítulo)

h0/t0 ≤ 0,05×(E/fy) → 17,19 ≤ 28,57 → Ok!


0,4 ≤ d1/b0 ≤ 0,8 → 0,4 ≤ 0,44 ≤ 0,8 → Ok!

0,4 ≤ d2/b0 ≤ 0,8 → 0,4 ≤ 0,44 ≤ 0,8 → Ok!

- Diagonal 1 – Circular - Comprimida

d1/t1 ≤ 0,05×(E/fy) → 18,52 ≤ 28,57 → Ok!

- Diagonal 2 – Circular - Tracionada

d2/t2 ≤ 50 → 18,52 ≤ 50 → Ok!

- Condições adicionais para uso da Tabela 5.17, encontram-se na Tabela 5.5 deste capítulo.

0,6 ≤ (d1+d2) / (2×d1) ≤ 1,3 → 0,6 ≤ 1,00 ≤ 1,3 → Ok!

0,6 ≤ (d1+d2) / (2×d2) ≤ 1,3 → 0,6 ≤ 1,00 ≤ 1,3 → Ok!

(b0 / t0) ≥ 15 → 31,25 ≥ 15 → Ok!

b5) Verificação de limites de excentricidades

e 21,55
−0,55 ≤ = ≤ 0,25
h0 110

−0,55 ≤ 0,20 ≤ 0,25 → OK!


Capítulo 5 - Ligações

517
c. Verificar os modos de falha da ligação.

Tratando-se de uma ligação do tipo K, com afastamento e com o banzo com perfil tubular retangular
e as diagonais com perfis circulares, os modos de falha são do tipo A, C, D e E:

- Modo A → Plastificação da face ou de toda a seção transversal do banzo, junto a diagonais ou montantes.

- Modo C → Plastificação ou instabilidade por cisalhamento do banzo, junto a diagonais ou montantes.

- Modo D → Ruptura por punção da parede do banzo na área de contato com diagonais ou montantes.

- Modo E → Ruptura ou plastificação de diagonais ou montantes na região da solda oriunda da


distribuição não uniforme de tensão.

Neste caso, compara-se a força axial resistente de cálculo Ni,Rd com a força axial solicitante de cálculo
Ni,Sd, da diagonal 1 comprimida e da diagonal 2 tracionada.
Obs.: como existe chapa de reforço horizontal entre o banzo e as diagonais, deve-se utilizar a formu-
lação dos modos A, D e E da Tabela 5.13, mas com t0 substituído por tp. Adicionalmente, deve-se ter
tp ≥ 2 t1 e 2 t2 e bp ≤ b0 – 2t0. O modo C não é influenciado pela chapa de reforço horizontal.
bp ≤ b0 - 2×t0 = 200 - 2×6,4 = 187,2 mm
 2t1 = 9,6 mm
tp ≥ 
2t 2 = 9,6 mm

tp ≥ 9,6 mm
Portanto, tp = 12,7 mm (1/2")
fyp = 350 MPa

c1) - Modo A → Plastificação da face ou de toda a seção transversal do banzo, junto a diagonais
ou montantes.
Obs. introdução do fator de correção de área de contato (π / 4), devido às diagonais serem circulares.

- Diagonal 1- Seguindo a Tabela 5.13 deste capítulo:


⎛ d1 + d 2 ⎞
⎜ ⎟
⎛ π ⎞ 8,9 × kn × f yp × t p γ ⎝ 2 × b0 ⎠
2

N 1×Rd = ⎜ ⎟ × ×
⎝4⎠ senθ1 γ a1

b0 200
γ = = → γ = 10, 42
2 × t p 2 × 9,6

⎛ N 0 ⎞ ⎛ M0 ⎞
σ0 = ⎜ ⎟+⎜ ⎟
⎝ 0 ⎠ ⎝ W0 ⎠
A
518

⎛ −23,3 ⎞ ⎛ −294,0 ⎞
σ0 = ⎜ ⎟ +⎜ ⎟ = −0,0082 kN/mm 2
⎝ 3804,16 ⎠ ⎝ 142861,54 ⎠
⎛ N 0 ⎞ ⎛ M0 ⎞
σ0 = ⎜ ⎟+⎜ ⎟
⎝ 0 ⎠ ⎝ W0 ⎠
A

⎛ −23,3 ⎞ ⎛ −294,0 ⎞
σ0 = ⎜ ⎟ + ⎜ 142861,54 ⎟ = −0,0082 kN/mm
2

⎝ 3804,16 ⎠ ⎝ ⎠

σ0 −0,0082
n= → n= = −0,0234
f yp 0,35

0,4 × n 0,4 × ( −0,0234 )


n < 0 → kn = 1,3 + = 1,3 + = 1,279 ≤ 1,0
β 0,445

⎛ 88,9 + 88,9 ⎞
⎛ π ⎞ 8,9 × 1,0 × 0,35 × 9,6
2
10, 42 ⎝⎜ 2 × 200 ⎠⎟
N 1×.Rd = ⎜ ⎟ × ×
⎝4⎠ sen49,1° 1,1

→ N1×Rd = 389,10 kN

- Diagonal 2- Seguindo a Tabela 5.13 deste capítulo:

senθ1 sen 49,1º


N2,Rd = × N1,Rd = × 389,10 = 389,10 kN
senθ2 sen 49,1º

c2) - Modo C → Plastificação ou instabilidade por cisalhamento do banzo, junto a diagonais


ou montantes.

Obs.: não há introdução do fator de correção de área de contato (π / 4), devido às diagonais
serem circulares.

Parâmetros:
α = 0 (diagonais circulares)

Av = ( 2h0 + α × b0 ) t 0 = ( 2 × 110 + 0 × 200) 6,4 = 1408 mm2

- Diagonal 1- Seguindo a Tabela 5.13 deste capítulo:


Capítulo 5 - Ligações

0,60 × f y 0 × Av
N 1,Rd = γ a1
senθ1

0,60 × 0,35 × 1408


N 1,Rd = 1,1 = 355,63 kN
sen49,1°
519
- Diagonal 2- Seguindo a Tabela 5.13 deste capítulo:

senθ1 sen49,1°
N 2,Rd = × N 1,Rd = × 355,63 = 355,63 kN
senθ2 sen49,1°

c3) - Modo D → Ruptura por punção da parede do banzo na área de contato com diagonais ou
montantes.

Obs.: introdução do fator de correção de área de contato (π / 4), devido às diagonais serem circulares.

- Parâmetros:

10
d1,e , p = d1 ≤ d1
b0 t p
10
d1,e , p = 88,9 ≤ 88,9 → d1,e , p = 42,67 mm ≤ 88,9
200 9,6
10
d 2,e , p = d2 ≤ d2
b0 t p
10
d 2,e , p = 88,9 ≤ 88,9 → d 2ep = 42,67 mm ≤ 88,9
200 9,6

- Diagonal 1- Seguindo a Tabela 5.13 deste capítulo:

⎛ π ⎞ 0,60 × f yp × t p ⎛ 2d1 ⎞
N1 Rd = ⎜ ⎟ × ⎜ + d1 + d1,e , p ⎟ γ a1
⎝4⎠ senθ1 ⎝ senθ1 ⎠

⎛ π ⎞ 0,60 × 0,35 × 9,6 ⎛ 2 × 88,9 ⎞


= ⎜ ⎟× ⎜ + 88,9 + 42,67 ⎟ 1,1
⎝4⎠ sen49,1° ⎝ sen49,1° ⎠

→ N 1 Rd = 698,52 kN

520
- Diagonal 2- Seguindo a Tabela 5.13 deste capítulo:

⎛ π ⎞ 0,60 × f yp × t p ⎛ 2d 2 ⎞
N 2 Rd = ⎜ ⎟ × ⎜ + d 2 + d 2,e , p ⎟ γ a1
⎝4⎠ senθ 2 ⎝ senθ 2 ⎠

⎛ π ⎞ 0,60 × 0,35 × 9,6 ⎛ 2 × 88,9 ⎞


= ⎜ ⎟× ⎜ + 88,9 + 42,67 ⎟ 1,1
⎝4⎠ sen49,1° ⎝ sen49,1° ⎠

→ N 2 Rd = 698,52kN

c4) - Modo E → Ruptura ou plastificação de diagonais ou montantes na região da solda oriunda da


distribuição não uniforme de tensão.

Obs.: introdução do fator de correção de área de contato (π / 4), devido às diagonais serem circulares.

Parâmetros:
10 f yp × t p
d1,e , f = × d1 ≤ d1
b0 t p f y1 × t1

10 0,35 × 9,6
d1,e , f = × 88,9 ≤ 88,9 → d1,e , f = 85,34 mm ≤ 88,9
200 9,6 0,35 × 4,8

10 f yp × t p
d 2,e , f = × d2 ≤ d2
b0 t p f y 2 × t 2

10 0,35 × 9,6
d 2,e , f = × 88,9 ≤ 88,9 → d 2,e , f = 85,34 mm ≤ 88,9
200 9,6 0,35 × 4,8

- Diagonal 1- Seguindo a Tabela 5.13 deste capítulo:

⎛π ⎞
(
N1,Rd = ⎜ ⎟ × f y1 × t1 2h1 − 4t1 + d1 + d1,ef
⎝4⎠
) γ a1

⎛π ⎞
N1,Rd = ⎜ ⎟ × 0,35 × 4,8 ( 2 × 88,9 − 4 × 4,8 + 88,9 + 85,34 ) 1,1
Capítulo 5 - Ligações

⎝4⎠

N1,Rd = 399,25 kN

521
- Diagonal 2- Seguindo a Tabela 5.13 deste capítulo:

⎛π ⎞
(
N 2,Rd = ⎜ ⎟ × f y 2 × t 2 2h2 − 4t 2 + d 2 + d 2 ef
⎝4⎠
) γ a1

⎛π ⎞
N 2,Rd = ⎜ ⎟ × 0,35 × 4,8 ( 2 × 88,9 − 4 × 4,8 + 88,9 + 85,34 ) 1,1
⎝4⎠

N 2,Rd = 399,25kN

c5) Aproveitamentos das diagonais

Diagonal 1:

Força axial solicitante de cálculo, N1,Sd = 35,20 kN (Compressão)

Força axial resistente de cálculo, N1,Rd = 389,10 kN (modo de falha A)

Força axial resistente de cálculo, N1,Rd = 355,63 kN (modo de falha C)

Força axial resistente de cálculo, N1,Rd = 698,52 kN (modo de falha D)

Força axial resistente de cálculo, N1,Rd = 399,25 kN (modo de falha E)

N 1×Sd 35,20
= = 0,10
N 1×Rd 355,63

Diagonal 2:

Força axial solicitante de cálculo, N2,Sd = 35,50 kN (Tração)


Força axial resistente de cálculo, N2,Rd = 389,10 kN (modo de falha A)

Força axial resistente de cálculo, N2,Rd = 355,63 kN (modo de falha C)

Força axial resistente de cálculo, N2,Rd = 698,52 kN (modo de falha D)

Força axial resistente de cálculo, N2,Rd = 399,25 kN (modo de falha E)

N 2.×d 35,50
= = 0,10
N 2×Rd 355,63

522
d. Verificar a resistência da solda, conforme a ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR 8800:2008:

A solda de filete será executada, inicialmente, no perímetro de contato entre a diagonal 2 (subposta)
e o banzo. Posteriormente, a solda de filete será executada no perímetro de contato entre a diagonal
1 (sobreposta) e parte da diagonal 2 com parte do banzo.

d1) Determinação do comprimento efetivo da solda de perfis tubulares circulares, de acordo com a
Tabela A.2 da ABNT NBR 16239:2013

l ef = 2 × π × rw × ka
1 + 1 / senθ
ka =
2
rw = d2/2 + dw/2

Para solda com dw = 5 mm → rw = 88,9/2 + 5/2 → rw = 46,95 mm

1 + 1 / sen49,1°
ka = = 1,162
2
l ef = 2 × π × 46,95 × 1,162 = 342,78 mm

d2) Determinação da força resistente de cálculo da solda “Fw,Rd”


- metal solda

fw
Fw ,Rd = 0,6 . Aw ×
1,35
Aw = lef × aw = 342,78 × (0,707 × 5) = 1211,72 mm2
f 485
Fw ,Rd = 0,6 × Aw × w = 0,6 × 1211,72 × = 261,19 kN
1,35 1,35
Ni,Sd = 35,5 kN ≤ Fw,Rd = 261,19 kN → Ok!

A ligação tubular, soldada do tipo K com afastamento, utilizando perfis circulares nas diagonais
e retangular no banzo, está totalmente verificada em sua segurança.
Capítulo 5 - Ligações

523
5.2.7.10. Verificar a segurança da ligação tubular, soldada do tipo K, de uma treliça Warren, com
os dados a seguir:

- Perfis Tubulares de Aço VMB 350: fy = 350 MPa


- Banzo Retangular: TR 200 × 150 × 6,4 mm – (h0 = 200mm e b0 = 150mm)

- A0 = 4316,16 (42,8)mm2 - W0 = 249949,68 (236) mm³

- Diagonais Quadradas: TQ 130 × 130 × 6,4 mm - A1= 3164,16 mm2 - A2= 3164,16 mm2

- Solicitações de cálculo:

- N0p = 326,79 kN (tração)

- N0 = 4,85 kN (tração)

- N1 = -390 kN (compressão)

- N2 = 430 kN (tração)

- M0p = -556,7 kNcm

- M0 = -556,7 kNcm

- θ1 = 66,8o

- θ2 = 66,8o

- e = 0 mm

- Solda AWS E70XX: fw = 485 MPa - dw = 5 mm

- As simbologias e as convenções de sinais seguem as normas ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR
8800:2008.

524
a. Inicialmente, deve-se verificar se a ligação do tipo K está com afastamento ou sobreposição das
diagonais.

⎛ h ⎞ sen (θ1 + θ2 ) ⎛ h1 h2 ⎞
g = ⎜e + 0 ⎟ −⎜ + ⎟⎟ =
⎝ 2 ⎠ senθ1 × senθ 2 ⎜⎝ 2 × senθ1 2 × senθ 2 ⎠

⎛ 200 ⎞ sen ( 66,8° + 66,8° ) ⎛ 130 130 ⎞


= ⎜0 + ⎟ −⎜ +
⎝ 2 ⎠ sen66,8° × sen66,8° ⎝ 2 × sen66,8° 2 × sen66,8° ⎟⎠

→ g = −55,72 mm

Neste caso, impondo-se a excentricidade “e” igual a zero, resultou em “g” com o sinal negativo, o que
indica que a ligação do tipo K está com sobreposição.

b. Verificar as validações geométricas e os requisitos necessários das ligações tubulares, conforme


a ABNT NBR 16239:2013.

b1) Verificação de ângulos mínimos de diagonais


θ1 ≥ 30° → 66,8o ≥ 30° → Ok!
θ2 ≥ 30° → 66,8o ≥ 30° → Ok!

b2) Verificação de espessuras mínimas de perfis tubulares


t0 ≥ 2,5 mm → 6,40 mm ≥ 2,5 mm → Ok!
t1 ≥ 2,5 mm → 6,40 mm ≥ 2,5 mm → Ok!
t2 ≥ 2,5 mm → 6,40 mm ≥ 2,5 mm → Ok!

b3) Verificação de compatibilidade de diâmetros de diagonais sobrepostas

Diâmetro da diagonal 1 (sobreposta) ≤ Diâmetro da diagonal 2 (subposta) → Ok!


Capítulo 5 - Ligações

b4) Verificação de suficiência de sobreposição mínima de 25%


h 130
p= 2 = = 141, 44 mm
senθ 2 sen66,8º

− g ≥ 0,25 p → 55,72 ≥ 0,25 × 141, 44 → 55,72 ≥ 35,36 → Ok!


525
b5) Verificação de relações geométricas

- Banzo Retangular e Diagonais Quadradas

0,5 ≤ h0/b0 ≤ 2,0 → 0,5 ≤ 1,33 ≤ 2,0 → Ok!

0,5 ≤ h1/b1 ≤ 2,0 → 0,5 ≤ 1,00 ≤ 2,0 → Ok!

0,5 ≤ h2/b2 ≤ 2,0 → 0,5 ≤ 1,00 ≤ 2,0 → Ok!

b0 / t0 ≤ 36 → 23,44 ≤ 36 → Ok!

h0 / t0 ≤ 36 → 31,25 ≤ 36 → Ok!

b0 / t0 ≤ 1,45×(E/fy)1/2 → 23,44 ≤ 34,66 → Ok!

h0 / t0 ≤ 1,45×(E/fy)1/2 → 31,25 ≤ 34,66 → OK!


b1 / b2 ≥ 0,75 → 1,00 ≥ 0,75 → Ok!

25 ≤ λov ≤ 75 → 25 ≤ 39,39 ≤ 75 → Ok!


−g 55,72
=λov 100
= 100 = 39,39
p 141, 44

b1 / b0 ≥ 0,25 → 0,87 ≥ 0,25 → Ok!

b2 / b0 ≥ 0,25 → 0,87 ≥ 0,25 → Ok!

- Diagonal 1- Comprimida - Quadrada

b1 / t1 ≤ 1,10 × (E/fy) 1/2 → 20,31 ≤ 26,30 → Ok!


h1 / t1 ≤ 1,10 × (E/fy) 1/2 → 20,31 ≤ 26,30 → Ok!

- Diagonal 2 – Tracionada - Quadrada

b2 / t2 ≤ 35 → 20,31 ≤ 35 → Ok!

h2 / t2 ≤ 35 → 20,31 ≤ 35 → Ok!

b6) Verificação de limites de excentricidades


e 0
−0,55 ≤ = ≤ 0,25
h0 110
−0,55 ≤ 0 ≤ 0,25 → Ok!

526
c. Verificar os modos de falha da ligação.

Tratando-se de uma ligação do tipo K, com sobreposição e com o banzo com perfil tubular retangular
e as diagonais com perfis quadrados, o único modo de falha é do tipo E:

- Modo E → Ruptura ou plastificação de diagonais ou montantes na região da solda oriunda da


distribuição não uniforme de tensão.

Neste caso, compara-se a força axial resistente de cálculo Ni,Rd com a força axial solicitante de cálculo
Ni,Sd, da diagonal 1 comprimida e da diagonal 2 tracionada.
- Parâmetros:
b 150
γ = 0 = → γ = 11,72
2 × t 0 2 × 6, 4

b1 + b2 + h1 + h2 130 + 130 + 130 + 130


β= = → β = 0,867
4 × b0 4 × 150

10 f y 0 × t0 10 0,35 × 6, 4
bef = × b1 = × 130 = 55, 47 mm ≤ b1 = 130 mm
b0 t 0 f y1 × t1 150 6, 4 0,35 × 6, 4

10 f y 2 × t2 10 0,35 × 6, 4
be ,ov = × b1 = × 130 = 64,0 mm ≤ b1 = 130 mm
b2 t 2 f y1 × t1 130 6, 4 0,35 × 6, 4

Para λov = 39,39 → 25 ≤ λov < 50:

- Diagonal 1- Seguindo a Tabela 5.13 deste capítulo:


⎛ λ ⎞
f y1 × t1 ⎜ bef + be ,ov + ov ( 2h1 − 4t1 ) ⎟
⎝ 50 ⎠
N =
γ a1
1,Rd

⎛ 39,39
0,35 × 6, 4 ⎜ 55, 47 + 64 + ( 2 × 130 − 4 × 6, 4 ) ⎞⎟
N 1,Rd = ⎝ 50 ⎠ = 619,34 kN
1,1
Capítulo 5 - Ligações

- Diagonal 2- Seguindo a Tabela 5.13 deste capítulo:


⎛ A2 × f y 2 ⎞ ⎛ 3164,16 × 0,35 ⎞
N 2,Rd = N 1,Rd ⎜ ⎟⎟ = 619,34 ⎜ ⎟ = 619,34 kN
⎜ A1 × f y1 ⎝ 3164,16 × 0,35 ⎠
⎝ ⎠

527
c1) Aproveitamentos das diagonais

Diagonal 1:

Força axial solicitante de cálculo, N1,Sd = 390,00 kN (Compressão)

Força axial resistente de cálculo, N1,Rd = 619,34 kN

N 1×Sd 390
= = 0,63
N 1×Rd 619,34

Diagonal 2:

Força axial solicitante de cálculo, N2,Sd = 430,00 kN (Tração)


Força axial resistente de cálculo, N2,Rd = 619,34 kN

N 2×Sd 430,00
= = 0,69
N 2×Rd 619,34

d. Verificar a resistência da solda, conforme a ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR 8800:2008:

A solda de filete será executada, inicialmente, no perímetro de contato entre a diagonal 2 (subposta)
e o banzo. Posteriormente, a solda de filete será executada no perímetro de contato entre a diagonal
1 (sobreposta) e parte da diagonal 2 com parte do banzo.

d1) Determinação do comprimento efetivo da solda de perfis tubulares quadrado

lef = 2 × bi + ( 2 × hi / sen θ )
lef = 2 × 130 + ( 2 × 130 / sen 66,8°) = 542,87 mm

d2) Determinação da força resistente de cálculo da solda “Fw,Rd”

- metal solda

528
fw
Fw ,Rd = 0,6 × Aw ×
1,35
Aw = l ef × aw = 542,87 × (0,707 × 5 ) = 1919,0 mm 2
fw 485
Fw ,Rd = 0,6 × Aw × = 0,6 × 1919,0 × = 413,65 kN
1,35 1,35
N 1,Sd = 390 kN ≤  Fw ,Rd = 413,65 kN  → Ok !
N 2,Sd = 430 kN ≤  Fw ,Rd = 413,65 kN  → Não Ok!
Neste caso, recomenda-se aumentar a perna da solda “aw” para 6 mm.

Portanto:
Aw = lef × aw = 542,87 × (0,707 × 6) = 2302,85 mm2
f 485
Fw ,Rd = 0,6 × Aw × w = 0,6 × 2302,85 × = 496,39 kN
1,35 1,35
N2,Sd = 430 kN ≤ Fw,Rd = 496,39 kN → Ok!

A ligação tubular, soldada do tipo K com sobreposição, utilizando perfis tubulares quadrados
nas diagonais e perfil tubular retangular no banzo, está totalmente verificada em sua segurança,
aumentando a perna da solda para 6mm.

5.2.7.11. Verificar a segurança da ligação tubular, soldada do tipo K, de uma treliça Warren, com
os dados a seguir:
- Perfis Tubulares de Aço VMB 350: fy = 350 MPa
- Banzo Retangular: TR 200 × 150 × 6,4 mm - A0 = 43,17 cm2 - W0 = 249,95cm³
- Diagonais Quadradas: TQ 130 × 130 × 6,4 mm - A1 = A2 = 30,1 cm²
- Solicitações de cálculo:
- N0p = 328,54 kN (tração)
- N0 = 4,40 kN (tração)
- N1 = -403,20 kN (compressão)
- N2 = 447 kN (tração)
- M0p = -1769,25 kNcm
- M0 = 906,73 kNcm
Capítulo 5 - Ligações

- θ1 = 66,8o
- θ2 = 66,8o
- g = 15 mm

- Solda AWS E70XX: fw = 485 MPa - dw = 5 mm


529
- As simbologias e as convenções de sinais seguem as normas ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR
8800:2008.

a. Inicialmente, deve-se verificar se a ligação do tipo K está com afastamento ou sobreposição das
diagonais.

⎛ h1 h2 ⎞ senθ1 × senθ2 h0
e =⎜ + + g⎟ − =
⎝ 2sen θ1 2sen θ 2 ⎠ sen (θ1 + θ 2 ) 2

⎛ 130 130 ⎞ sen66,8° × sen66,8° 200


=⎜ + + 15 ⎟ −
⎝ 2sen66,8° 2sen66,8° ⎠ sen ( 66,8° + 66,8° ) 2

→ e = 82,50 mm

Neste caso, impondo-se o afastamento “g” igual a 15 mm, resultou na excentricidade “e” com o sinal
positivo, o que indica que a ligação do tipo K está com excentricidade, deslocada para fora do eixo
do banzo, da ligação.

b. Verificar as validações geométricas e os requisitos necessários das ligações tubulares, conforme


a ABNT NBR 16239:2013.

b1) Verificação de ângulos mínimos de diagonais


θ1 ≥ 30° → 66,8o ≥ 30° → Ok!
θ2 ≥ 30° → 66,8 o ≥ 30° → Ok!
530
b2) Verificação de espessuras mínimas de perfis tubulares

t0 ≥ 2,5 mm → 6,4mm ≥ 2,5 mm → Ok!

t1 ≥ 2,5 mm → 6,40mm ≥ 2,5 mm → Ok!

t2 ≥ 2,5 mm → 6,40mm ≥ 2,5 mm → Ok!

b3) Verificação do afastamento mínimo

g ≥ t1 + t2 → 15,00mm ≥ 12,80 mm → Ok!

b4) Verificação de relações geométricas

- Barras Retangulares e Quadradas

0,5 ≤ h0/b0 ≤ 2,0 → 0,5 ≤ 1,33 ≤ 2,0 → Ok!


0,5 ≤ h1/b1 ≤ 2,0 → 0,5 ≤ 1,00 ≤ 2,0 → Ok!

0,5 ≤ h2/b2 ≤ 2,0 → 0,5 ≤ 1,00 ≤ 2,0 → Ok!

b1/b0 ≥ 0,35 → 0,87 ≥ 0,35 → Ok!

b2/b0 ≥ 0,35 → 0,87 ≥ 0,35 → Ok!

b1/b0 ≥ 0,1 + 0,01×(b0/t0) → 0,87 ≥ 0,33 → Ok!

b2/b0 ≥ 0,1 + 0,01×(b0/t0) → 0,87 ≥ 0,33 → Ok!

b0/t0 ≤ 36 → 23,44 ≤ 36 → Ok!

h0/t0 ≤ 36 → 31,25 ≤ 36 → Ok!

b0/t0 ≤ 1,45.(E/fy)1/2 → 23,44 ≤ 34,66 → Ok!

h0/t0 ≤ 1,45×(E/fy)1/2 → 31,25 ≤ 34,66 → Ok!


Capítulo 5 - Ligações

g/b0 ≥ 0,5×(1-β) → 0,10 ≥ 0,07 → Ok!

g/b0 ≤ 1,5×(1-β) → 0,10 ≤ 0,20 → Ok!

531
b1 + b2 + h1 + h2 130 + 130 + 130 + 130
β= = → β = 0,867
4 × b0 4 × 150

- Diagonal 1 Comprimida - Quadrada

b1/t1 ≤ 1,45×(E/fy)1/2 → 20,31 ≤ 34,66 → Ok!


h1/t1 ≤ 1,45×(E/fy)1/2 → 20,31 ≤ 34,66 → Ok!

b1/t1 ≤ 36 → 20,31 ≤ 36 → Ok!

h1/t1 ≤ 36 → 20,31 ≤ 36 → Ok!

- Diagonal 2 – Tracionada - Quadrada

b2/t2 ≤ 35 → 20,31 ≤ 35 → Ok!

h2/t2 ≤ 35 → 20,31 ≤ 35 → Ok!

- Requisitos adicionais (Tabela 5.5, deste capítulo)

0,6 ≤ (b1+b2)/(2×b1) ≤ 1,3 → 0,6 ≤ 1,00 ≤ 1,3 → Ok!

0,6 ≤ (b1+b2)/(2×b2) ≤ 1,3 → 0,6 ≤ 1,00 ≤ 1,3 → Ok!

(b0/t0) ≥ 15 → 23,44 ≥ 15 → Ok!

b5) Verificação de limites de excentricidades


e 82,50
−0,55 ≤ = ≤ 0,25
h0 200

−0,55 ≤ 0, 41 ≤ 0,25 → Não Ok!

Portanto, o momento fletor deve ser verificado na ligação.

c. Verificar os modos de falha da ligação.

Tratando-se de uma ligação do tipo K, com afastamento e com o banzo com perfil tubular re-
tangular e as diagonais com perfis quadrados, os modos de falha são do tipo A, C, D e E (Tabela
5.13 deste capítulo):

- Modo A → Plastificação da face ou de toda a seção transversal do banzo, junto a diagonais ou montantes.
- Modo C → Plastificação ou instabilidade por cisalhamento do banzo, junto a diagonais ou montantes.
532
- Modo D → Ruptura por punção da parede do banzo na área de contato com diagonais ou montantes.

- Modo E → Ruptura ou plastificação de diagonais ou montantes na região da solda oriunda da


distribuição não uniforme de tensão.

Neste caso, compara-se a força axial resistente de cálculo Ni,Rd com a força axial solicitante de cálculo
Ni,Sd, da diagonal 1 comprimida e da diagonal 2 tracionada.

c1) - Modo A → Plastificação da face ou de toda a seção transversal do banzo, junto a diagonais ou
montantes.

- Diagonal 1:
⎛ b1 + b2 + h1 + h2 ⎞
8,9 × kn × f y 0 × ⋅t 0 2
γ ⎜⎝ 4 × b0


N 1×Rd = ×
senθ1 γ a1

b0 150
γ = = → γ = 11,72
2 × t 0 2 × 6, 4

b1 + b2 + h1 + h2 130 + 130 + 130 + 130


β= = → β = 0,867
4 × b0 4 × 150

⎛ N 0 ⎞ ⎛ M0 ⎞
σ0 = ⎜ ⎟+⎜ ⎟
⎝ A0 ⎠ ⎝ W0 ⎠

4, 40 ⎞ ⎛ −17700,00 ⎞
σ 0 = ⎛⎜ ⎟+⎜ ⎟ = −0,0740 kN/mm
2

⎝ 4280 ⎠ ⎝ 236000 ⎠

σ0 −0,0740
n= →n = = −0,2111
f y0 0,35

0, 4 × n
n < 0 → kn = 1,3 + ≤ 1,0
β

0, 4 × ( −0,2111)
kn = 1,3 + = 1,203 ≤ 1,0 portanto kn = 1,0
0,867
Capítulo 5 - Ligações

⎛ 130 + 130 + 130 + 130 ⎞


8,9 ×1,0 × 0,35 × 6, 4 2 11,72 ⎝⎜ 4 ×150


N 1×Rd = ×
sen 66,8° 1,1

→ N 1×Rd = 374,56 kN 533


- Diagonal 2:

senθ1 sen 66,8°


N 2×Rd = × N1×Rd = × 374,56 = 374,56 kN
senθ2 sen 66,8°

c2) - Modo C → Plastificação ou instabilidade por cisalhamento do banzo, junto a diagonais


ou montantes.

Parâmetros:

1 1
α= = = 0,14
4g 2
4 × 152
1+ 1+
3t 0 3 × 6, 4

Av = ( 2h0 + α × b0 ) t 0 = ( 2 × 200 + 0,14 × 150 ) 6,4 = 2698,76 mm2

- Diagonal 1:

0,60 × f y 0 × Av
N 1Rd = γ a1
senθ1

0,60 × 0,35 × 2698,76


N 1Rd = 1,1 = 560,55kN
sen66,8°

- Diagonal 2:

senθ1 sen 66,8°


N 2×Rd = × N1×Rd = × 560,55 = 560,55 kN
senθ2 sen 66,8°

c3) - Modo D → Ruptura por punção da parede do banzo na área de contato com diagonais ou
montantes.

- Parâmetros:
10 10
b1,ep = b1 ≤ b1 → b1,ep = 130 ≤ 130
b0 t 0 150 6,4

b1,ep = 55,47 mm ≤ 130


534
10 10
b2,ep = b2 ≤ b2 → b2,ep = 130 ≤ 130
b0 t0 150 6,4
b0 t 0 150 6,4

b1,ep = 55,47 mm ≤ 130

10 10
b2,ep = b2 ≤ b2 → b2,ep = 130 ≤ 130
b0 t0 150 6,4

b2,ep = 55,47 mm ≤ 130

- Diagonal 1:

0,60 × f y 0 × t 0 ⎛ 2h1 ⎞
N1 ,Rd = ⎜ + b1 + b1ep ⎟ γ a1
senθ1 ⎝ senθ1 ⎠

0,60 × 0,35 × ⋅6, 4 ⎛ 2 × 130 ⎞


N 1, Rd = ⎜⎜ + 130 + 55, 47 ⎟ 1,1
sen 66,8° ⎟
⎝ sen 66,8° ⎠

→ N 1, Rd = 622,57 kN

- Diagonal 2:

0,60 × f y 0 × t 0 ⎛ 2h2 ⎞
N 2, Rd = ⎜ + b2 + b2 ep ⎟ γ a1
senθ2 ⎝ senθ2 ⎠

0,60 × 0,35 × 6, 4 ⎛ 2 × 130 ⎞


= ⎜⎜ + 130 + 55, 47 ⎟ 1,1
sen 66,8° ⎟
⎝ sen 66,8° ⎠

→ N 2 ,Rd = 622,57 kN

c4) - Modo E → Ruptura ou plastificação de diagonais ou montantes na região da solda oriunda da


distribuição não uniforme de tensão.

- Parâmetros:

10 f y0 × t0 10 0,35 × 6,4
b1ef = × b1 ≤ b1 → b1ef = × 130 ≤ 130
Capítulo 5 - Ligações

b0 t 0 f y1 × t1 150 6,4 0,35 × 6,4

b1ef = 55,47 mm ≤ 130

10 f y 0 × t0 10 0,35 × 6,4
b2ef = × b2 ≤ b2 → b2ef = × 130 ≤ 130 535
b0 t 0 f y 2 × t 2 150 6,4 0,35 × 6,4

b2ef = 55,47 mm ≤ 130


1ef 1 1 1ef
b0 t 0 f y 1 × t1 150 6,4 0,35 × 6,4

b1ef = 55,47 mm ≤ 130

10 f y 0 × t0 10 0,35 × 6,4
b2ef = × b2 ≤ b2 → b2ef = × 130 ≤ 130
b0 t 0 f y 2 × t 2 150 6,4 0,35 × 6,4

b2ef = 55,47 mm ≤ 130

- Diagonal 1:

(
N1,Rd = f y1 × t1 2h1 − 4t1 + b1 + b1,ef )γ a1

N 1,Rd = 0,35 × 6,4 ( 2 × 130 − 4 × 6,4 + 130 + 55,47 ) 1,1

N1,Rd = 855,0 kN

- Diagonal 2:

(
N 2,Rd = f y 2 ×2 2h2 − 4t 2 + b2 + b2ef )γ a1

N 1,Rd = 0,35 × 6,4 ( 2 × 130 − 4 × 6,4 + 130 + 55,47 ) 1,1

N1,Rd = 855,0 kN

c5) Aproveitamentos das diagonais

Diagonal 1:

Força axial solicitante de cálculo, N1,Sd = 403,20 kN (Compressão)


Força axial resistente de cálculo, N1,Rd = 374,56 kN (modo de falha A)

Força axial resistente de cálculo, N1,Rd = 560,55 kN (modo de falha C)

Força axial resistente de cálculo, N1,Rd = 622,57 kN (modo de falha D)

Força axial resistente de cálculo, N1,Rd = 855,00 kN (modo de falha E)

N 1×Sd 403,20
= = 1,076 → Não Ok!
N 1×Rd 374,56

536
Diagonal 2:

Força axial solicitante de cálculo, N2,Sd = 447,00 kN (Compressão)

Força axial resistente de cálculo, N2,Rd = 374,56 kN (modo de falha A)

Força axial resistente de cálculo, N2,Rd = 560,55 kN (modo de falha C)

Força axial resistente de cálculo, N2,Rd = 622,57 kN (modo de falha D)

Força axial resistente de cálculo, N2,Rd = 855,00 kN (modo de falha E)

N 2×Sd 447
= = 1,193 → Não Ok!
N 2×Rd 374,56

O modo de falha A não resistiu aos esforços. Neste caso, deve-se aumentar a espessura do banzo de
6,4 mm para 7,1mm. Recalculando-se a força axial resistente de cálculo,
N1,Rd = N2,Rd = 461 kN ≥ 447 kN → OK!

d. Verificar a resistência da solda, conforme a ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR 8800:2008:

A solda de filete será executada, no perímetro de contato da extremidade de cada diagonal com o banzo.

d1) Determinação do comprimento efetivo da solda de perfis tubulares quadrados


lef = 2 × bi + ( 2 × hi / sen θ )
lef = 2 × 130 + ( 2 × 130 / sen 66,8°) = 542,87 mm

d2) Determinação da força resistente de cálculo da solda “Fw,Rd”

- metal solda
fw
Fw ,Rd = 0,6 × Aw ×
1,35
Aw = l ef × aw = 542,87 × ( 0,707 × 5 ) = 1919,0 mm 2
fw 485
Fw ,Rd = 0,6 × Aw × = 0,6 × 1919,0 × = 413,65 kN
1,35 1, 35
Capítulo 5 - Ligações

N 1,Sd = 403 kN ≤  Fw ,Rd = 413,65 kN   → Ok!


N 2,Sd = 447 kN ≤  Fw ,Rd = 413,65 kN   → Não Ok!

Neste caso, recomenda-se aumentar a perna da solda “aw” para 6 mm.

537
Portanto:
Aw = l ef × aw = 542,87 × ( 0,707 × 6 ) = 2302,85 mm 2

fw 485
Fw ,Rd = 0,6 × Aw × = 0,6 × 2302,85 × = 496,39 kN
1,35 1,35

N 2,Sd = 447 kN ≤  Fw ,Rd = 496,39 kN  → Ok!

A ligação tubular, soldada do tipo K com afastamento, utilizando perfis tubulares quadrados
nas diagonais e perfil tubular retangular no banzo, está totalmente verificada em sua segurança,
aumentando a perna da solda para 6mm e aumentando a espessura do banzo para 7,1 mm.

538
3, o número mínimo de chumbadores é igual a 5;
não há limitação no número máximo de chumba-
5.3. LIGAÇÃO DE BASE DE PILARES dores, mas não se pode considerar no cálculo um
Nesta seção será apresentada e estudada a ligação número de chumbadores efetivos superior a 8 –
entre os pilares tubulares, de aço e mistos de aço ver definição de número de chumbadores efetivos
e concreto, e a fundação de concreto armado, de mais adiante. A necessidade dessas limitações é
acordo com as prescrições e exigências da norma para se obstar certos estados-limites no dimensio-
brasileira ABNT NBR 16239:2013. Serão apre- namento da ligação apresentados no item 5.3.3.
sentadas e discutidas as formulações e expressões
utilizadas para seu dimensionamento e a teoria na
qual estão embasadas. Serão também abordados
os detalhes construtivos mais utilizados na prática
assim como recomendações para cálculo e projeto Tipo 1
e exemplos de utilização.

5.3.1. Definições e Considerações Gerais


A ligação de base é constituída por uma placa de
base soldada ao perfil tubular, assentada na fun-
dação de concreto armado e a ela ligada por bar-
ras redondas rosqueadas denominadas chumba-
dores. Segundo a norma brasileira, para facilitar
Tipo 2
a montagem e o nivelamento, deve-se colocar
argamassa expansiva de assentamento entre a
face inferior da placa de aço e a superfície do
concreto, conforme mostra a Figura 5.36.

São previstos 3 tipos de ligação: uma para pilares


tubulares retangulares e duas para pilares circula-
res. A ligação tipo 1 aplica-se aos pilares retangula-
res e constitui-se de uma placa retangular enquan-
to as ligações tipo 2 e 3 aplicam-se aos circulares
e são constituídas de placas retangular e circular, Tipo 3
respectivamente (Figura 5.36). No caso de pilares
de aço, a maior dimensão da seção transversal não
pode ser superior a 510 mm. Essa limitação é ne-
cessária para se evitar momentos fletores na região
sob o pilar maiores que na seção crítica, conforme
pode ser observado no item 5.3.3.
Capítulo 5 - Ligações

Para a placa de base podem ser utilizados todos


os aços previstos na ABNT NBR 8800:2008, po-
rém para os chumbadores está previsto apenas o
aço ASTM A36. Além disso, o número total de corte esquemático
chumbadores para as ligações tipo 1 e 2 não pode
ser inferior a 4 nem superior a 8. Já para a ligação tipo Figura 5.36 – Tipos de ligação de base de pilares
539
Armadura mínima
Dimensões
do bloco f
db a Arruelas especiais a,c,d,h
φ
a1 a2 g a3 h1 h2 r1 r2 df en fck,mín. b Nb,mín e. S
Espessura Dimensões
pol mm mm mm mm mm mm mm mm mm
mm mm x mm
mm MPa mm mm mm

3/4 19 40 80 120 450 150 175 50 33 6,3 50 x 50 40 20 900 100 10


7/8 22 45 90 140 465 200 225 50 40 6,3 65 x 65 50 20 900 100 10
1 25 50 100 160 465 200 225 50 45 8 75 x 75 60 20 900 125 12,5
1 1/4 32 65 130 190 525 225 250 60 50 9,5 75 x 75 60 20 1100 125 12,5
1 1/2 38 80 160 230 610 250 275 70 60 9,5 90 x 90 70 25 1300 150 16
1 3/4 44 90 180 270 700 300 325 70 70 12,5 100 x 100 80 25 1600 150 16
2 50 100 200 300 850 350 375 100 80 16 125 x 125 90 30 1800 150 16

a
As disposições construtivas são válidas somente para chumbadores em aço ASTM A36, arruelas especiais de aço com fy =
345 MPa e para um número mínimo de quatro e um número máximo de oito chumbadores;
b
fck, mín. é o menor valor de fck para não ocorrer esmagamento do concreto na região da porca de ancoragem dos chum-
badores.
c
O diâmetro do furo das arruelas especiais deve ser igual a db + 1,5 mm.
d
As arruelas especiais não precisam ser soldadas à placa de base, exceto quando necessário para transmitir a força cortante
aos chumbadores (ver 8.2.3).
e
O bloco deve ser devidamente dimensionado conforme os critérios da ABNT NBR 6118, porém respeitando-se as
seguintes dimensões mínimas:
Nb = maior valor entre Nb,mín.,  x + 2en e  x + 2(a3 − a1 )
Bb = maior valor entre  y + 2en e  y + 2( a3 − a1 )
Ab = maior valor entre h1 + 100mm e Nb
Nas expressões acima, para ligação tipo 3 (Figura 14), substituir  x e  y por  d
f
A armadura do bloco deverá ser devidamente dimensionada conforme os critérios da ABNT NBR 6118, porém
respeitando-se os valores mínimos apresentados nesta Tabela.
g
Para a ligação tipo 3 (Figura 14), a dimensão a2 deve ser entendida como a distância mínima exigida entre dois chum-
badores consecutivos.
h
Para assegurar melhores condições de montagem, arruelas especiais devem ser colocadas também entre a face inferior da
placa
Figurade5.37.
baseDisposições
e a porca inferior.
Construtivas
540
A norma brasileira exige ainda que a ligação seja executada obedecendo-se às disposições construtivas
apresentadas na Figura 5.37. Evidentemente, o responsável técnico pelo projeto pode utilizar outras tipo-
logias e não se limitar aos tipos e disposições construtivas apresentados, mas nesses casos a norma não dá
indicações ou procedimentos para seu dimensionamento.

5.3.2. Comportamento da ligação


Simplificadamente, o comportamento e a distribuição de esforços na ligação podem ser considerados
conforme se apresentam nas Figuras 5.38 e 5.39, para as situações de carga axial de compressão e
tração, respectivamente.

Figura 5.38 – Casos com força axial de compressão

Capítulo 5 - Ligações

Figura 5.39 – Casos com força axial de tração

541
De acordo com a norma brasileira, na Figura 5.38,
o caso C1 corresponde à situação em que não há  c + 2e =  x (5.80)

momento fletor aplicado. Considera-se então que


a pressão no concreto distribui-se uniformemente Porém, por equilíbrio, deve-se ter:
sob a placa. Essa hipótese somente é realística se
a placa de base for de grande espessura em rela- N Sd = σ c , Sd  y  c (5.81)

ção às suas dimensões em planta, notadamente as


dimensões dos “balanços” das placas, dadas por Substituindo na expressão acima e rearranjando,
2a1x e 2a1y (Figura 5.36). chega-se a:

De uma maneira geral, a pressão no concreto é


1 N Sd 
maior na região diretamente sob o pilar, que é a e = x −  (5.82)

2 σ c ,Sd  y
parte mais rígida da ligação, reduzindo-se na dire- 
ção das bordas da placa. Essa diferença no valor da
pressão é tanto menor quanto maior for a espessu- Como σc,Sd ≤ σc,Rd , no limite, chega-se à expressão
ra da placa. Portanto, se a espessura da placa tende procurada.
ao infinito – na prática a um valor suficientemente
grande – a pressão tende a ser uniforme. A hipó- O caso C3 corresponde à situação de grande ex-
tese de pressão uniforme mostra-se mais conser- centricidade, onde o equilíbrio só é possível com a
vadora em relação à hipótese em que a pressão no introdução de forças de tração nos chumbadores.
concreto é mais concentrada sob o pilar, por levar Nesse caso, porém, o sistema é hiperestático, pois
a espessuras maiores da placa e, consequentemen- há três incógnitas (força de tração nos chumba-
te, conduzir à situação da própria hipótese utili- dores, comprimento da seção comprimida e valor
zada, isto é, de placa espessa e pressão uniforme. da pressão no concreto) e apenas duas equações
de equilíbrio, a de forças verticais e a de momen-
O caso C2 aplica-se à situação de pequena excen- tos, sendo que o equilíbrio de forças horizontais
tricidade, em que o equilíbrio é possível sem que não envolve nenhuma dessas incógnitas. A título
haja necessidade de introdução de forças de tração de simplificação, considera-se que a pressão seja
nos chumbadores, ou seja, em que a excentricida- uniformemente distribuída e, no limite, seja igual
de e = MRd /NRd seja igual ou inferior a: à tensão de compressão resistente de cálculo do
concreto, σc,Rd . Com isso, o sistema torna-se isos-
1 N Sd  tático e as incógnitas podem ser facilmente deter-
e ≤ x -  (5.79) minadas com as equações da estática.

2 σ c ,Rd  y 
O caso T1 refere-se à situação de tração axial no
onde σc,Rd é a tensão de compressão resistente de pilar, onde a força axial de tração distribui-se uni-
cálculo do concreto, obtida da ABNT NBR 8800. formemente entre os chumbadores. Essa hipótese
As demais grandezas já foram definidas anterior- também só é realística se a espessura da placa for
mente ou estão definidas nas Figuras 5.36 a 5.39. de grande monta, mas da mesma maneira que no
caso C1, conduz a espessura de placa compatível
A expressão acima é facilmente deduzida a partir da com a hipótese.
Figura 5.38 – Caso C2. Para que não haja necessi-
dade de introdução de forças de tração nos chum- No caso T2, sendo de pequeno valor a excentri-
badores, a seção comprimida, representada pela cidade introduzida, o equilíbrio é possível sem a
distância ℓc, deve ser simétrica em relação à posição consideração de pressão no concreto. A distribui-
da carga NSd (deslocada do eixo do pilar pela distân- ção das forças nos chumbadores, de cada lado do
cia igual à excentricidade e). Por geometria, tem-se: pilar, é calculada com as equações da estática –
542
equilíbrio de força vertical e momento. O limite O estado-limite de arrancamento do chumbador
para esse caso, e ≤ a, é óbvio, como pode ser visto na verdade é uma junção de três estados-limites
na Figura 5.39 – Caso T2. relacionados à introdução da força de tração no
concreto: esmagamento do concreto junto à por-
O caso T3 corresponde à situação de grande ex- ca de ancoragem do chumbador (pullout strength),
centricidade, em que o equilíbrio só é possível ruptura do concreto na superfície do cone de tra-
com a consideração de pressão no concreto. Igual- ção de um chumbador ou grupo de chumbadores
mente ao caso C3, a hiperestaticidade também (concrete breakout strength), incluindo-se o efeito
é resolvida considerando-se que a pressão seja da borda do concreto e a ruptura lateral do con-
uniformemente distribuída e, no limite, igual creto (side-face blowout). A apresentação de cada
à tensão de compressão resistente de cálculo do um desses estados-limites está fora do escopo deste
concreto, σc,Rd. trabalho e para mais informações, consultar as re-
ferências ANSI/ACI 318-11 (2011) e Fisher e Kloi-
ber, 2010. A NBR 16239 considera que esse esta-
5.3.3.Dimensionamento da ligação – do-limite (ou esses estados-limites) seja obstado se
Teoria e Método de Cálculo forem obedecidas as disposições construtivas dadas
na Figura 5.37. Mais especificamente, para os esta-
5.3.3.1. Geral
dos-limites de concrete breakout e side-face blowout,
Segundo a ABNT NBR 16239:2013, “Os ele- a quantidade, dimensão e espaçamento da armadu-
mentos componentes da ligação devem ser dimen- ra do bloco de concreto, assim como a quantidade
sionados de forma que seus esforços resistentes de máxima (igual a 8) e espaçamento mínimo entre os
cálculo aos estados-limites últimos aplicáveis sejam chumbadores. O estado-limite de “pullout” é evita-
iguais ou superiores aos esforços solicitantes de cál- do se o chumbador for executado com uma porca
culo, determinados pela análise da estrutura, sujei- de ancoragem soldada em todo o contorno, o con-
ta às combinações de cálculo das ações, conforme a creto possuir resistência igual ou superior ao fck,min e
ABNT NBR 8800”. a resistência ao escoamento do chumbador não for
superior a 250 MPa (ASTM A36). Já o estado-li-
De uma maneira geral, uma ligação de base de pi- mite de esmagamento da argamassa é obstado pela
lares está sujeita a uma combinação de força axial, exigência de que sua resistência à compressão seja
momentos fletores e forças horizontais (forças igual ou superior à do concreto do bloco. Os de-
cortantes). Tanto os momentos fletores quanto as mais estados-limites são obstados pelas exigências
forças horizontais podem atuar nos dois sentidos, apresentadas a seguir.
conforme os eixos cartesianos x e y. Porém, na
norma brasileira e também neste livro, serão abor- a. Formação de charneira plástica na
dados apenas os casos em que atuam somente em placa de base: t p ≥ t p ,min
uma direção. Os estados-limites últimos aplicáveis b. Ruptura por tração do chumbador:
são: formação de charneira plástica na placa de
d b ≥ d b ,min
base, ruptura por tração do chumbador, arranca-
mento do chumbador, esmagamento do concreto c. Esmagamento do concreto do bloco:
ou da argamassa expansiva de assentamento na re- σ c ,Sd ≤ σ c ,Rd
gião de contato com a placa de base, deslizamento
Capítulo 5 - Ligações

da ligação e ruptura da solda de ligação da placa d. Deslizamento da base: VSd ≤ VRd


de base com o perfil tubular – este, porém, é esco-
e. Ruptura da solda: a solda deve ser devidamente
po de outra subseção deste livro. Considera-se que
calculada conforme os critérios e exigências da
a fundação seja devidamente dimensionada con-
NBR 8800 e da NBR 16239, onde aplicáveis
forme os princípios da ABNT NBR 6118:2014.
(ver também “7.1 – Soldas” no presente livro).
543
Nas expressões acima, tp, db e VSd são, respectiva- Para ligação com placa de base circular,
mente, a espessura da placa de base, o diâmetro do
 d = d + 4a1 (5.89)
chumbador e a força cortante solicitante de cálcu-
lo e tp,min, db,min e VRd (força cortante resistente de  x =  y = 0,90 d (5.90)

cálculo) são dados a seguir. 0,90 d − 0,80d


m=n= (5.91)
2
p =  c ( 2m −  c ) (5.92)
5.3.4. Dimensionamento da placa de
base e dos chumbadores ( )
 y ,eq = nb db + meq − a1 ≤ 0,90  d (5.93)

Inicialmente, a ABNT NBR 16239:2013 propõe  d − 0,80d


meq = (5.94)
que se calculem as seguintes grandezas: 2
2
nb ,eq = nb (5.95)
M 3
e = Sd (5.83)
N Sd
onde ℓc é o comprimento do trecho da placa sujeito
f ck à pressão de contato do concreto, calculado pelas
τ c ,Rd = 0,2 ≤ 4MPa (5.84)
γc expressões dadas a seguir, em função do caso, nb é
o número de chumbadores da ligação (4 ≤ nb ≤ 8
Para ligação com placa de base retangular, para ligação tipo 1 e 2 e nb ≥ 5 para ligações tipo
3), a é a distância da linha de chumbadores (ou do
para perfis tubulares retangulares círculo formado pelos chumbadores, no caso de
placa circular) à linha de centro da placa (ou seja,
para perfis tubulares circulares é o raio do círculo formado pelos chumbadores,
no caso de placa circular, igual a d/2 + a1).
As expressões de cálculo das grandezas geométri-
cas ℓx e ℓy para as placas retangulares e ℓd para as
para seções circulares são óbvias e podem ser visualizadas nas
tubulares retangulares Figuras 5.36 a 5.39. Ressalta-se apenas a exigência
para seções de que a largura da placa de base retangular seja
tubulares circulares no mínimo 25 mm maior que a largura b do tubo.
Para as circulares, admite-se, por simplicidade,
para seções que sejam calculadas como placas retangulares, no
tubulares retangulares caso quadradas, com dimensão equivalente a 90%
para seções de ℓd (ℓx=ℓy=0,90 ℓd). As grandezas m e n são os
tubulares circulares “balanços” da placa de base para cálculo de sua es-
pessura, relativos aos eixos x e y, respectivamente.
As expressões indicam que os momentos fletores
p =  c ( 2m −  c ) (5.85) devem ser calculados nas seções críticas, corres-
(
 y ,eq = nb db + meq − a1 ≤  y ) (5.86)
pondentes a 95% das dimensões externas dos tu-
bos retangulares e a 80% da dos tubos circulares,
meq = m (5.87) conforme se depreende da Figura 5.40.
nb ,eq = nb (5.88)
As grandezas p, ℓy,eq, meq e nb,eq são grandezas auxi-
liares para simplificação das expressões de cálculo
e serão deduzidas adiante.
544
Os valores de tp,min, db,min e VRd devem ser calcula-
dos por meio das seguintes expressões, conforme  2max
M max = σ c ,Sd (5.99)
o caso e o tipo da ligação: 2

Considerando as propriedades plásticas para o


a) Para o caso C1, ou seja, e = 0:
dimensionamento da seção e a resistência ao es-
coamento do aço da placa, tem-se (para uma
largura unitária):
(5.96)

 2max f y t 2p f y
M max = σ c ,Sd ≤ Zx =
(5.97)
2 γ a1 4 γ a 1 (5.100)

Resolvendo para tp e rearranjando, obtém-se a ex-


onde pressão procurada.

ℓmax deve ser tomado como o maior valor entre m e n; A determinação da força cortante resistente de
cálculo, VRd, é obtida por meio do atrito entre a
placa de base e a fundação. O valor do coeficiente
N Sd
σ c ,Sd = (5.98) de atrito foi adotado segundo as recomendações
x y de Kavinde e Deierlein, 2009. VRd é limitada, po-
rém, pelas recomendações de ANSI/ACI 318-11
µ é o coeficiente de atrito entre a placa de base (2011) (VRd ≤ τ c ,Rd  x  y ).
e a fundação, podendo ser tomado igual a 0,45.

b) Para o caso C2, ou seja,


1 N Sd 
0 < e ≤ x − 
2  σ c ,Rd  y 
2σ c ,Sd
t p , min =  max
(f y / γ a1 ) (5.101)

μσ c ,Sd  c  y
VRd = ≤ τ c ,Rd  x  y (5.102)
γc

onde

ℓmax deve ser tomado igual a:


Figura 5.40. Seções de cálculo dos momentos nos balanços das placas se  c ≥ m , o maior valor entre m e n
Capítulo 5 - Ligações


A expressão de cálculo de tp,min é obtida a partir da se  c < m , o maior valor entre p e n
Figura 5.38 – Caso C1, com a determinação do
maior momento fletor na seção crítica (para uma
largura unitária), evidentemente considerando o
maior balanço entre m e n (ℓmax): 545
2σ c ,Rd
t p, min1 =  max
(f y / γ a1 )
c =  x − 2e (5.103)
t p , min 2 =
(
2nb , eq Ft ,Sd meq − a1 ) (5.109)

N Sd
(
 y , eq f y / γ a1 )
σ c ,Sd = (5.104)
c  y
4 Ft ,Sd
db , min = (5.110)
A expressão de cálculo de tp,min é obtida da mes- 0,75π ( f ub / γ a 2 )
ma maneira que para o caso C2, se ℓyc ≥ m. Po-
rém, se ℓyc < m, o momento máximo na seção μσ c ,Rd  c  y
crítica é dado por: VRd = ≤ τ c ,Rd  x  y (5.111)
γc
   f y t 2p f y
M max = σ c ,Sd  c  m − c  ≤ Zx =
 2  γ a 1 4 γ a1 (
2 σ c ,Rd  c  y − N Sd )
(5.105)
Ft ,Sd = (5.112)
nb , eq
Calculando para tp, tem-se:
onde
σ c ,Sd  c ( 2m −  c )
tp ≥ ℓmax deve ser tomado igual a:
 fy  (5.106)
 γ a1  se  c ≥ m, o maior valor entre m e n
 

se  c < m, o maior valor entre p e n
Chamando:
se
p =  c ( 2m −  c ) (5.107)
 2,25N Sd ( e + a ) para bases
 para bases tipo 1 e 2
 x
2
  σ c ,Rd  y tipo 1 e 2
substituindo na expressão de tp e considerando  +a ≥ 
para ℓmax o maior valor entre p e n, chega-se à ex-  2   3,125N Sd ( e + a ) para bases
para bases tipo 3
pressão procurada.  σ c ,Rd  y tipo 3

então ℓc é dado por:


1 N Sd 
c3) Para o caso C3, ou seja, e >   x − 
2  σ c ,Rd  y 
 2 N Sd ( e + a )
2
  
c =  x + a  −  x + a  −
tp,min deve ser tomado como o maior valor entre  2  2  σ c , Rd  y
tp,min1 e tp,min2;
caso contrário, a base deve ser refeita.

2σ c ,Rd A expressão para o cálculo de tp,min1 é obtida da


t p, min1 =  max
(f ) mesma maneira que tp,min do caso C2, mas a ex-
(5.108)
y / γ a1
pressão para determinação de tp,min2 é obtida con-
siderando o momento fletor do lado tracionado

t p , min 2 =
(
2nb , eq Ft ,Sd meq − a1 ) da ligação, isto é, provocado na placa de base pelas
forças de tração nos chumbadores. Chamando de
(
 y , eq f y / γ a1 ) Ft,Sd a força de tração em um chumbador, a for-
546

4 Ft ,Sd
db , min =
0,75π ( f ub / γ a 2 )
ça total é igual a 0,5nb,eqFt,Sd (destaca-se que nb,eq é Observa-se que o braço de alavanca é dado pelo ba-
referente ao número total de chumbadores e não lanço do lado tracionado, meq, subtraído da distância
apenas aos posicionados no lado tracionado). O do chumbador à borda da placa, a1 (Figura 5.41).
momento fletor na seção crítica é dado então por: Nessa figura, observa-se também a definição geomé-
trica de meq.
(
M max = 0,5nb ,eq Ft ,Sd meq - a1 ) (5.113)

Figura 5.41. Seção de cálculo do momento no lado tracionado da placa

Conforme for o espaçamento entre os chumbadores, pode ser que a largura da placa não seja totalmente
efetiva para resistir ao momento fletor provocado pelas forças de tração. Define-se então uma largura efe-
tiva, denominada de ℓy,eq, dada por:

( ) (
 y , eq = 0,5nb ,eq  2 d b + 2 meq − a1  = nb ,eq d b + meq − a1
  ) (5.114)

Observa-se que a largura efetiva é igual à soma da largura tributária de cada chumbador, obtida pela
dispersão a 45º até a seção crítica, a partir da largura da cabeça do parafuso ou da porca, tomada, para
efeito de cálculo, igual a 2db, conforme apresentado na Figura 5.41, não podendo ser tomada maior que
a largura da placa para os tipos 1 e 2 e nem maior que 0,90ℓd, para o tipo 3.
Capítulo 5 - Ligações

Utilizando as propriedades plásticas para o dimensionamento da seção e a resistência ao escoamento do


aço da placa, tem-se:

fy  y ,eq t 2p f y
( )
M max = 0,5nb ,eq Ft ,Sd meq - a1 ≤ Z x
γ a1
=
4 γ a1
(5.115)

547
Resolvendo-se para tp, tem-se então a expressão n
nb ,eq = 2 +  2 - α (1- cos θi ) 
2
procurada. (5.118)
i =1
A determinação de Ft,Sd é feita considerando a
equação de equilíbrio de forças na direção vertical onde n é a parte inteira do número resultante de
– ver Figura 5.38 – Caso C3: nb/4 e

F t ,Sd + N Sd − σ c ,Sd  c  y = 0 (5.116)


θi = i
2π (5.119)
nb
Como o somatório das forças de tração é igual a
0,5nb,eqFt,Sd e considerando o número equivalente Para a situação da Figura 5.42-c, tem-se:
de chumbadores, tem-se então:
n
nb ,eq =  2 - α (1- cos θi ) 
2
(5.120)

Ft ,Sd =
(
2 σ c ,Rd  c  y − N Sd ) (5.117)
i =1

nb ,eq onde n é a parte inteira do número resultante de


(nb/4 + 0,5) e
Com o valor de Ft,Sd , calcula-se db,min, consideran-
do a redução da seção da rosca a 75% da seção π
nominal do chumbador, conforme disposto na θi = ( 2i -1) (5.121)
ABNT NBR 8800:2008. nb

O número equivalente de chumbadores, nb,eq , é Em ambas as expressões, α é tomado igual a 1,0


um artifício adotado para que se tenha a mesma para o caso T2 e dado pela seguinte expressão para
formulação tanto para as ligações tipo 1 e 2 quanto os demais casos (C3 e T3):
para as tipo 3. Considere-se a Figura 5.42, onde se
podem observar duas situações de cálculo do mo- d + 2a1
mento das forças de tração nos chumbadores em α= ≥ 1,0 (5.122)
d + 3a1 − 0,5 c
relação ao centro de compressão: uma para a placa
circular e outra para a placa quadrada equivalente.
O número equivalente de chumbadores é aquele
que faz com que o momento seja o mesmo nas
duas situações. Considera-se que todos os chum-
badores do lado tracionado participem em resistir
à força de tração, inclusive aqueles posicionados
na linha média da placa. Admite-se que se mante-
nha válida a hipótese das seções planas e, portan-
to, a deformação dos chumbadores é proporcio-
nal à sua distância ao centro de compressão. Duas
situações extremas podem ocorrer em relação ao
posicionamento dos chumbadores, representadas
pelas Figuras 5.42b e 5.42c. Chamando de θi o
ângulo formado pelo eixo y e o raio que passa pelo
centro do chumbador, pode-se demonstrar que o
número equivalente de chumbadores é dado pela
seguinte expressão, para a situação da Figura 5.42b:
548
Figura 5.42. Determinação do número de chumbadores equivalentes

Pode-se ainda demonstrar que as expressões de nb,eq Resolvendo para ℓc, chega-se à seguinte equação
conduzem, nas situações encontradas na prática, a de segundo grau:
valores compreendidos entre 0,63nb e 0,71nb, po-
dendo ser substituídas, com erro inferior a 6%,  2c  
pela seguinte expressão: σ c ,Rd  y − σ c ,Rd  y  c  x + a  + N Sd ( e + a ) = 0
2  2 
(5.125)

2
nb ,eq = nb (5.123) cuja solução conduz à expressão procurada.
3
Para que sempre haja solução, deve-se ter:
que é a expressão proposta na norma brasileira.
 2 N Sd ( e + a )
2
Ressalta-se que a norma brasileira limita o núme-  x
ro equivalente de chumbadores a um máximo de  +a ≥ (5.126)
 2  σ c ,Rd  y
8, pelas razões já explicadas. Observa-se que o nú-
mero de chumbadores equivalentes é igual ao do-
No limite, chega-se a uma dimensão máxima de
bro do número de chumbadores equivalentes do
 
lado tracionado, ou seja, se todos fossem efetivos,  c =  x + a  . Porém, nessa situação não seria
ter-se-ia nb,eq = nb.  2 
possível aos chumbadores desenvolverem toda sua
A expressão de cálculo de ℓc é obtida fazendo-se capacidade de tração, pois estariam muito próxi-
Capítulo 5 - Ligações

o equilíbrio de momentos em relação à linha de mos à linha neutra do sistema. Assim, colocou-se
chumbadores tracionados (Figura 5.38): um limite mais rigoroso na dimensão do com-
2 
primento da seção comprimida,  c ≤  x + a  .
   3 2 
M = σ c  y  c  x + a − c  − N Sd ( e + a ) = 0 Substituindo-se na expressão de cálculo de ℓc,
 2 2
(5.124) conduz a que se tenha:
549
 2,25N Sd ( e + a )
2
 x N Sd
 +a ≥ (5.127) Ft ,Sd = (5.132)
 2  σ c ,Rd  y nb

expressão válida para bases com placas retangula- e nb não pode ser tomado maior que 8.
res, isto é, tipos 1 e 2.
Para a determinação de VRd, como não há com-
Para as bases tipo 3, como o método do número pressão na base, não há atrito para resistir às forças
de chumbadores equivalentes considera inclusive horizontais na base. Assim, torna-se obrigatória a
os chumbadores na linha média da placa partici- colocação de dispositivos especiais para resistir a
pando para resistir à força de tração, a limitação esses esforços solicitantes, item 5.3.5.
no comprimento da seção comprimida deve ser
ainda mais rigorosa, tendo sido adotada a seguinte:
3 
 c ≤  d  = 0,375 d . Lembrando que e) Para o caso T2, ou seja, 0 < e ≤ a :
4 2 
ℓx =0,90 ℓd , ℓd=d +4a1 e a=0,5d+a1, chega-se à se- Os parâmetros tp,min e db,min devem ser calculados
guinte inequação: conforme o Caso T1, porém com:

N Sd M
0,375d + 1,5a1   x  Ft ,Sd = Fte ,Sd = + Sd (5.133)
c ≤  +a (5.128) nb a nb , eq
0,95d + 2,8a1  2 
Também neste caso, nb não pode ser tomado
Pode-se mostrar que a expressão antes dos parên-
maior que 8. Como mostrado anteriormente, o
teses não é inferior a 0,4. Assim, por simplicidade
momento é resistido pelo aumento ou diminuição
e do lado da segurança, adotou-se a seguinte limi-
  das forças nos chumbadores, no lado esquerdo ou
tação:  c = 0, 4  x + a  , o que conduz a que se direito, respectivamente, conforme pode ser ob-
tenha:  2  servado na Figura 5.39 – Caso T2. Observa-se
que todos os chumbadores, nesta situação, estão
 3,125N Sd ( e + a )
2
 x submetidos a força de tração ou, no limite, a zero.
 +a ≥ (5.129)
Da mesma maneira que no caso anterior, devem-
 2  σ c ,Rd  y
se colocar dispositivos para resistir às forças hori-
zontais na ligação.

d) Para o caso T1 ou seja, e = 0:


f ) Caso T3, ou seja, e > a:

t p , min =
(
2nb Ft ,Sd meq − a1 ) Os parâmetros tp,min devem ser tomados como o
( )
(5.130) maior valor entre tp,min1 e tp,min2
 y , eq f y / γ a1

2σ c ,Rd
t p, min1 =  max
(f )
(5.134)
4 Ft ,Sd / γ a1
db , min = (5.131) y
0,75π ( f ub / γ a 2 )

t p , min 2 =
(
2nb , eq Ft ,Sd meq − a1 )
onde
550 (
 y , eq f y / γ a1 )
4 Ft ,Sd
db , min =
2σ c ,Rd
t p, min1 =  max
(f y / γ a1 )
σ c ,Rd
Nos casos onde não haja compressão na ligação,
/ γ a1 ) 2σ c ,Rd
t p, min1 =  max 2nb , eq Ft ,Sd ( meq − a1 ) ou seja, nos casos T1 e T2 e em todos onde a for-
t p , min 2 = ( f )
/ γ
2σa1 (5.135) ça cortante solicitante de cálculo superar a força
t p, min1 =  max  y , eq (c f,Rdy / γ a1 )
y
cortante resistente de cálculo, deve-se colocar dis-
,Sd ( eq
m − a 1) ( f y) / γ a1 positivos especiais para resistir a essas forças, con-
( f y / γ a1 ) t p, min 2 = b,eq t ,Sd4Ft ,Sdeq 1
2 n F ( m − a ) forme apresentado a seguir
db , min =  ( f / γ ) (5.136)
2yn, beq,πeq F(t ,yfSdub (/m
0,75 aγ1 −a
eqa2 ) 1 )
t p , min 2 =
Ft ,Sd  y , eq ( f y / γ a1 ) 5.3.5. Dispositivos especiais para trans-
( ub a 2 ) db , min = μσ c ,Rd  c  y
f / γ 4 F t , Sd missão de força cortante
VRd = 0,75π ( f ub≤/τγca,Rd ) x  y (5.137)
γ c 4 Ft ,Sd 2 Na norma brasileira são previstos dois tipos de
db , min =
0,75π ( f ub / γ a 2 ) dispositivos para resistir à força cortante: placa de
≤ τ c ,Rd  x  y
VRdF= = 2 (σ c ,Rd ≤c τy c + )
μσ c ,Rd  c  y cisalhamento e arruelas especiais com furos-pa-
N 
Sd
drão soldadas na placa de base.
γc
, Rd x y (5.138)
t ,Sd
n
μσ c ,Rd  c b ,yeq
y + N Sd ) VRd =
γc
≤ τ c ,Rd  x  y
onde2 (σ c ,Rd  c  y + N Sd ) 1) Placa de cisalhamento
q Ft ,Sd =
nb ,eq se  c ≥ m , o maior valor entre m e n
ℓmax deve
max deve ser
Ft ,Sd =
(
2ser σ cigual  c a:y + N
tomado
,Rd igualSd ) a:  Os estados-limites últimos para este dispositivo
 se  c < m , o maior valor entre5.43)
(Figura p e nsão: formação de charneira plásti-
nb ,eq
onde se  c ≥ m , o maior valor entre m e n ca na placa de cisalhamento, escoamento da pla-
mado igual a:   se  ≥ m , o maior valor entre
ca por m en
cisalhamento, esmagamento do concreto,
se  c < m , o maior valor entrec p e n
maxonde deve ser tomado igual a: 
 2,25N Sd ( e+sea ) c < m , o maior valorruptura entre pda e nsolda de ligação com a placa de base e
  se  c ≥
param , o
bases maior
tipo 1valor
e 2 entre
formação mde echarneira
n plástica na placa de base,
semax   deve ser

2
tomado
 σ igual  a: 
na região
se x + a  ≥ 
c , Rd y
se  c < m , o maior valor, então entre depc éeligação
n
dado com a placa de cisalhamento.
por:
2,25N Sd ( e + a )  2 3,125 N ( e + a )
parabases tipo 1 e Sd2 para bases tipo 3 Para que esses estados-limites sejam obstados, de-
σ c ,Rd  y  2,25  N Sdσ (c ,eRd+ ay ) para para bases
bases tipo 1 e 2 vem ser obedecidas as seguintes exigências:
2   σ  , então 
tipo 1 dado
c é e 2 por:
3,125N Sd (see + a)x + a  ≥   2,25
 tipo 3N Sd ( e + a )
c , Rd y
  bases
para , então c é dado por:
σ c ,Rd  y  2  2 3,125  NσSd ( e2+ a ) para para bases
bases tipo 1 ea)2 esmagamento do concreto:
 x x + a  −   x +c ,Rd  y 2 N para Sd ( e + a ) tipo 3
bases
sec =   2+ a  ≥   σ2c ,Rd ay − tipo 3 , caso contrário, a base
, então c deve
é dadoserpor:
refeita.
 2    3,125  N Sd ( e + aσ ) c , Rd  y VSd ≤ VRd = σ c ,Rd bh (bv - en ) (5.139)
para bases tipo 3
2 N Sd ( e + a ) 
2
 x  então  contrário, σ c ,Rd  y
 + a  − ℓc é dado, caso por: a base deve ser refeita.
  = σc x, Rd+ay  −   x + a  − 2 N Sd ( e + a ) , caso contrário,
2
2 onde σc,Rd deve ser obtido da ABNT NBR
    a base deve ser refeita.
c
 2  2  2 σ c , Rd  y 8800:2008, tomando-se A1/A2 igual a 4; as demais
      2 N ( e + a ) grandezas estão definidas na Figura 5.43.
c =  x + a  −  x + a  − Sd
, caso contrário, a base deve ser refeita.
 2  2  σ c , Rd  y

caso contrário, a base deve ser refeita. b) formação de charneira plástica na placa de ci-
salhamento:
Capítulo 5 - Ligações

tpv deve ser maior ou igual a tpv,min dado por:


Observa-se o sinal de soma na equação de cálculo
de Ft,Sd.

551
e) formação de charneira plástica na placa de base:
2VSd (bv + en )
t pv ,min = (5.140) este estado-limite é obstado pela exigência de que
f  a espessura da placa de base seja igual ou superior
bh  y γ 
 a1  à da placa de cisalhamento.

A placa de cisalhamento é normalmente usada


c) escoamento da placa por cisalhamento (geral- quando o valor da força cortante a ser transmiti-
mente não é determinante): da à fundação for de grande monta. É um siste-
ma bastante utilizado na prática, em especial em
0,6 f y edifícios industriais, onde as forças horizontais
VSd ≤ VRd = bht pv (5.141) transmitidas pelos equipamentos são geralmente
γ a1 maiores que a capacidade de transmissão direta
pela placa (atrito) ou pelos chumbadores (arrue-
las soldadas – ver adiante). É utilizado também
d) ruptura da solda de ligação: em edifícios de múltiplos andares nos subsistemas
de contraventamento em treliça, quando as car-
deve-se utilizar solda de penetração total ou então
gas transmitidas pelas diagonais e montantes são
a solda deve ser capaz de resistir à ação conjunta
muito elevadas e as cargas verticais de gravidade,
da força cortante resistente de cálculo (a menor
pequenas. Um caso típico dessa situação ocorre
entre as fornecidas nas alíneas a e c) e o momento
quando o subsistema de contraventamento é po-
fletor solicitante de cálculo dado por:
sicionado num canto da fachada do edifício.
1
MSd = σ c ,Rd bh (bv2 - en2 ) (5.142)
2

Figura 5.43. Placa de cisalhamento

É um sistema de funcionamento bastante simples e confiável por transmitir as forças horizontais direta-
mente ao concreto armado da fundação. No entanto, os efeitos locais no bloco de concreto (com exceção
do esmagamento do concreto, já previsto como um estado-limite pela NBR 16239) não estão considera-
dos nas disposições construtivas apresentadas pela norma brasileira – Figura 5.37. Esses efeitos (ver ANSI/
ACI318-11 e Fisher e Kloiber, 2010) devem ser adequadamente considerados no dimensionamento do
552
bloco, conforme os princípios e exigências da NBR 6118.
2) Arruelas especiais soldadas na placa de base de tração nos chumbadores por causa da diferença
entre os diâmetros do furo da placa e do próprio
Nas situações em que a força cortante a ser trans-
chumbador. Conforme pode ser visto na Figura
mitida à fundação não for muito elevada, esta so-
5.37, essas arruelas devem ser colocadas tanto na
lução torna-se bastante interessante por não ser
face superior quanto na inferior da placa de base.
necessária a introdução de outros elementos na li-
Porém, somente a arruela superior necessita ser
gação – exige-se apenas que as arruelas superiores
soldada à placa de base.
sejam adequadamente soldadas na placa de base.
Como pode ser visto na Figura 5.37, a norma bra- Ao se soldar as arruelas na placa de base, permi-
sileira exige a colocação de arruelas com espessura te-se que as forças horizontais sejam transmitidas
e dimensão em planta maiores que as usuais, por aos chumbadores e desses, ao concreto do bloco
causa das dimensões dos furos dos chumbadores de fundação, pois nessa situação a diferença entre
normalmente utilizados na prática. Esses furos são os diâmetros dos furos-padrão das arruelas e dos
alargados, com dimensões bastante superiores aos chumbadores é pequena, garantindo o contato
furos-padrão para acomodar, em parte, as impre- entre os elementos. O mecanismo de transmissão
cisões inerentes às obras de fundação. Essas arrue- da força horizontal é então o seguinte: do pilar
las, normalmente quadradas, são fabricadas com (ou do sistema de contraventamento) para a placa
furos-padrão a partir do corte de chapas, com di- e desta para a arruela, via solda, da arruela para o
mensão e espessura específica para cada diâmetro chumbador e deste para o concreto, via contato.
do chumbador. Seu dimensionamento considera
o efeito de puncionamento provocado pela força Porém, como pode ser percebido na Figura 5.44,

Capítulo 5 - Ligações

Figura 5.44. Mecanismo de transmissão da força cortante com flexão do chumbador


553
ao se transmitir a força para o concreto, o chumbador, devido à folga do furo da placa de base, fica subme-
tido a um estado-limite de flexão combinada com cisalhamento, além, é claro, da própria força de tração,
caso exista. Ensaios e estudos teóricos (Fisher e Kloiber, 2010, e Gomez el al., 2009) mostraram que o
chumbador flete em dupla curvatura de forma que o momento fletor a que fica submetido é dado por:

MSd =
(
Fv ,Sd t p + 0,5t a ) (5.143)
2

onde Fv,Sd é a força cortante solicitante de cálculo que atua em um chumbador.

Considerando a equação de interação entre as forças cortante e de tração de parafusos e barras rosqueadas
da NBR 8800, acrescentando a parcela devida ao momento fletor, tem-se:

2 2
 Ft ,Sd MSd   Fv ,Sd 
 +  +  ≤ 1,0 (5.144)
 Ft ,Rd MRd   Fv ,Rd 

Sabendo-se que:

db2 f u
Ft ,Rd = 0,75π
4 γ a2

db2 f u
Fv ,Rd = 0,4π
4 γ a2

Ft ,Rd 0,75
= = 0,533
Fv ,Rd 0,4

fy d n3 f y db3 f y
( )
3
M Rd = Z = = 0,75
γ a1 6 γ a1 6 γ a1

d n = 0,75db ( An = 0, 75 Ab )

fazendo:

α=
3π 0,4 (t p )
+ 0,5t a f u γ a1
= 1,45
( )
t p + 0,5t a f u γ a1

( ) f y γ a2 f y γ a2
3
4 0,75 db db

554
e substituindo na equação de interação, chega-se à seguinte inequação de segundo grau:

( 0,533Ft ,Sd + α Fv,Sd ) + ( Fv,Sd ) ≤ ( Fv,Rd )


2 2 2

A solução para Fv,Sd conduz à seguinte expressão:

1 
2  (
1 + α 2 ) Fv2,Rd - ( 0,533Ft ,Sd ) - α ( 0,533Ft ,Sd ) 
2
Fv ,Sd ≤ (5.145)
1+α  

No limite, Fv,Sd ≤ VRd, o que conduz, utilizando o índice i para identificar as forças solicitante e resistente
para cada chumbador, à expressão de cálculo proposta pela ABNT NBR 16239:2013:

1 
2  (
1 + α 2 ) Fv2,Rd ,i - ( 0,533Ft ,Sd ,i ) - α ( 0,533Ft ,Sd ,i ) 
2
VRd ,i = (5.146)
1+α  

Além desse estado-limite, de combinação de força Fv,Rd é a força cortante resistente de cálculo de um
cortante, força axial e momento fletor, há também chumbador;
o estado-limite de esmagamento do concreto pelo
chumbador. Segundo a norma brasileira, a força dn e db são respectivamente os diâmetros da rosca
cortante que pode ser transmitida ao concreto e nominal de um chumbador;
pelo chumbador é limitada a um comprimento
An e Ab são respectivamente as áreas líquida e bruta
igual a 5db, o que conduz à expressão:
(nominal) de um chumbador;
VRd ,i = 5db2σ c ,Rd (5.147) tp e ta são respectivamente as espessuras da placa
de base e da arruela;
Portanto, a força cortante resistente de cálculo
σc,Sd deve ser obtido da NBR 8800, tomando-se
de um chumbador, VRd,i , deve ser tomada como
A1/A2 igual a 4.
o menor valor entre as duas equações. E a força
cortante resistente de cálculo da ligação como um A expressão da força cortante resistente de cálculo
todo é tomada igual a: da ligação como um todo, por ser um somatório,
nb ,eq
permite que a resistência de cada chumbador pos-
VRd = VRd ,i (5.148) sa ser calculada separadamente. Com isso, pode-se
i =1 tomar partido da maior força cortante solicitante
de cálculo, VRd,i, dos chumbadores que estão do
Nas expressões acima: lado comprimido, pois é evidente que para eles a
força de tração solicitante de cálculo é nula.
Ft,Sd é a força de tração solicitante de cálculo de
um chumbador;
Capítulo 5 - Ligações

Ft,Rd é a força de tração resistente de cálculo de um


chumbador;
Fv,Sd é a força cortante solicitante de cálculo de um
chumbador;
555
5.3.6. Exercícios
5.3.6.1 . Verificar a segurança da ligação de base de pilar tubular de aço à fundação de concreto ar-
mado, constituída de placa de base retangular soldada no pilar de aço de seção transversal tubular
retangular (Tipo 1), com os dados a seguir:

- Perfis Tubulares de Aço VMB350 COR: fy = 350 MPa, fu = 485 MPa


- Pilar Tubular Retangular: TR 200,0 × 400,0 × 12,5 mm

- Placa AR 350 COR: fy = 350 MPa, fu = 485 MPa

- a1 = 65 mm

- a2 = 130 mm

- Solda AWS E70XX: fw = 485 MPa – com penetração total

- Concreto: fck = 20 MPa, A2/A1 = 1

- Chumbadores: fyb = 250 MPa - fub = 400 MPa - nb = 6 - db = 32 mm = 1 ¼”

- Solicitações de cálculo:

- NSd = 300 kN (compressão)

- MSd = 19500 kNcm

- VSd = 180 kN

- As simbologias e as convenções de sinais seguem as normas ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR
8800:2008.

Para verificar a segurança de ligação de base de pilar, os seguintes estados-limites últimos devem ser verifi-
cados: formação de charneira plástica na placa de base, ruptura por tração do chumbador, arrancamento
do chumbador, esmagamento de concreto ou da argamassa expansiva de assentamento na região de con-
tato com a placa de base e, finalmente, deslizamento da ligação.

556
a. Inicialmente, deve-se verificar a validação geométrica e os requisitos necessários das ligações
tubulares, conforme a ABNT NBR 16239:2013.

a1) Verificação das dimensões limites.

b = 200 mm e h = 400 mm < 510 mm → Ok!

a2) Determinação dos parâmetros necessários.


       

              

    

y
   
  → 
   
  → 

     →      

 

 →

 →

b. Verificar o modo de falha por formação de charneira plástica na placa de base, conforme a
ABNT NBR 16239:2013.

b1) Verificação da distribuição dos esforços para determinar qual o caso em que se encontra o equi-
líbrio das forças que atuam no aparelho de apoio.
 
  

Capítulo 5 - Ligações

 
   

   
     
      
557


  →
 
   

   
     
      



  →
 

  

 
Para “NSd” de compressão e com    → trata-se de um
caso C3.    

b2) Determinação dos parâmetros geométricos do aparelho de apoio, caso C3, em que a força axial
é de compressão e está em situação de grande excentricidade.

              (para base
            tipo 1).
         

Caso contrário, deve-se reprojetar a ligação de base de pilar.


→ a = 400/2 + 65 →
a = h/2 + a1 → → 265 mm

       
        
    

     
     → k!
  

b3) Determinação da espessura mínima da placa de base para se evitar o modo de falha por

formação de charneira plástica na placa de base.

Neste caso, deve-se respeitar a relação a seguir:

558



 
   → 
    


 → 


 → 

     →    


 

 

   

  
     



    
 →
 

   

 

 


Capítulo 5 - Ligações

c. Verificar o modo de falha por ruptura por tração do chumbador, conforme a ABNT NBR
16239:2013.

c1) Determinação do diâmetro mínimo do chumbador para se evitar o modo de falha por ruptura
por tração do chumbador.
559
 
  → 
       
Diâmetro do chumbador fornecido: 32 mm

Portanto, db = 32 mm ≥ db,mín = 20,4 mm → OK!

d. Verificar o modo de falha por arrancamento do chumbador, conforme a ABNT NBR 16239:2013.

Neste caso, para se evitar o arrancamento dos chumbadores, é necessário respeitar os valores das
cotas, da figura a seguir, recomendados na Tabela 23 (disposições construtivas) na ABNT NBR
16239:2013 e Figura 5.37 deste capítulo.

e. Verificar o modo de falha por esmagamento do concreto ou da argamassa expansiva de assenta-


mento na região de contato com a placa de base, conforme a ABNT NBR 16239:2013.

Considerando que a resistência à compressão da argamassa de assentamento é sempre superior à resis-


tência à compressão do concreto, basta verificar a resistência do concreto. Conforme já foi calculada a
tensão resistente de cálculo do concreto no contato da placa de base, o equilíbrio das forças foi obtido
de forma a não ultrapassar este limite obtendo-se a extensão do contato ℓc. Desta forma, este modo
de falha está automaticamente verificado.



 
 


  

560
f. Verificar o modo de falha por deslizamento da ligação, conforme a ABNT NBR 16239:2013.

Para se evitar este modo de falha, basta que a força de cisalhamento solicitante de cálculo seja inferior
à força de cisalhamento resistente de cálculo. Se a relação for satisfeita significa que o atrito entre a
placa de base e o concreto é capaz de resistir ao deslizamento. Caso contrário, é necessário prover a
ligação de placa de cisalhamento, conforme recomendação e expressões constantes na ABNT NBR
16239:2013.

      



 


         →

   

A ligação de base de pilar tubular de aço à fundação de concreto armado, constituída de placa
de base retangular soldada no pilar de aço de seção transversal tubular retangular (Tipo 1),
está totalmente verificada em sua segurança, de acordo com as normas brasileiras ABNT NBR
8800:2008 e ABNT NBR 16239:3013.

5.3.6.2 Verificar a segurança da ligação de base de pilar tubular de aço à fundação de concreto
armado, constituída de placa de base circular soldada no pilar de aço de seção transversal tubular
circular (Tipo 3), com os dados a seguir:

- Perfis Tubulares de Aço VMB250 COR: fy = 250 MPa, fu = 400 MPa


- Pilar Tubular Circular: TC 355,6 × 12,5 mm

- Placa AR 350 COR: fy = 350 MPa, fu = 485 MPa

- a1 = 50 mm

- a2 = 100 mm

- Solda AWS E70XX: fw = 485 MPa – com penetração total


Capítulo 5 - Ligações

- Concreto: fck = 20 MPa, A2/A1 = 1

- Chumbadores: fyb = 250 MPa - fub = 400 MPa - nb = 8 - db = 25,4 mm = 1”

- Solicitações de cálculo:
561
- NSd = 200 kN (compressão)

- MSd = 16000 kNcm

- VSd = 300 kN

- As simbologias e as convenções de sinais seguem as normas ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR
8800:2008.

Para verificar a segurança de ligação de base de pilar, os seguintes estados-limites últimos devem ser verifi-
cados: formação de charneira plástica na placa de base, ruptura por tração do chumbador, arrancamento
do chumbador, esmagamento de concreto ou da argamassa expansiva de assentamento na região de con-
tato com a placa de base e, finalmente, deslizamento da ligação.

a. Inicialmente, deve-se verificar a validação geométrica e os requisitos necessários das ligações


tubulares, conforme a ABNT NBR 16239:2013.

a1) Verificação das dimensões limites.

d = 355,6 mm < 510 mm → Ok!

a2) Determinação dos parâmetros necessários.

 →  →

   →   

     
  →   

      

       
562


      

       

   
  → 

   →     →

b. Verificar o modo de falha por formação de charneira plástica na placa de base, conforme a
ABNT NBR 16239:2013.

b1) Verificação da distribuição dos esforços para determinar qual o caso em que se encontra o equi-
líbrio das forças que atuam no aparelho de apoio.
 
  
   
   

   
     
      



  →
 


  

 
Para “NSd” de compressão e com    → trata-se de um
caso C3.     Capítulo 5 - Ligações

563
b2) Determinação dos parâmetros geométricos do aparelho de apoio, caso C3, em que a força axial
é de compressão e está em situação de grande excentricidade.

              (para base
                      tipo 3)
                 
         
Caso contrário, deve-se reprojetar a ligação de base de pilar.
→ →
→ →

     

  
               

        

           

         →

    

b3) Determinação da espessura mínima da placa de base para se evitar o modo de falha por formação
de charneira plástica na placa de base.

Neste caso, deve-se respeitar a relação a seguir:




 
   → 
    


 → 


 → 

     →     


564


      →
   
     →     


      →
   
    

 



      →

    
  

 

 

c. Verificar o modo de falha por ruptura por tração do chumbador, conforme a ABNT NBR
16239:2013.

c1) Determinação do diâmetro mínimo do chumbador para se evitar o modo de falha por ruptura
por tração do chumbador.

 
  → 
       
Diâmetro do chumbador fornecido: 25,4 mm

Portanto, db = 25,4 mm ≥ db,min = 24,49 mm → OK!


Capítulo 5 - Ligações

d. Verificar o modo de falha por arrancamento do chumbador, conforme a ABNT NBR 16239:2013.

Neste caso, para se evitar o arrancamento dos chumbadores, é necessário respeitar os valores das
cotas, da figura a seguir, recomendados na Tabela 23 (disposições construtivas) na ABNT NBR
16239:2013 e Figura 5.37 deste capítulo.
565
e. Verificar o modo de falha por esmagamento do concreto ou da argamassa expansiva de assenta-
mento na região de contato com a placa de base, conforme a ABNT NBR 16239:2013.

Considerando que a resistência à compressão da argamassa de assentamento é sempre superior à resis-


tência à compressão do concreto, basta verificar a resistência do concreto. Conforme já foi calculada a
tensão resistente de cálculo do concreto no contato da placa de base, o equilíbrio das forças foi obtido
de forma a não ultrapassar este limite obtendo-se a extensão do contato ℓc. Desta forma, este modo
de falha está automaticamente verificado.



 
 


  

f. Verificar o modo de falha por deslizamento da ligação, conforme a ABNT NBR 16239:2013.

Para se evitar este modo de falha, basta que a força de cisalhamento solicitante de cálculo seja inferior
à força de cisalhamento resistente de cálculo. Se a relação for satisfeita significa que o atrito entre a
placa de base e o concreto é capaz de resistir ao deslizamento. Caso contrário, é necessário prover a
ligação de placa de cisalhamento, conforme recomendação e expressões constantes na ABNT NBR
16239:2013.

566

      



 


         →

  →

Neste caso, deve-se adotar algum dispositivo para evitar o deslizamento da ligação. Os dispositivos
podem ser tanto arroelas soldadas à placa de base quanto uma placa de cisalhamento soldada à placa
de base. Será adotada, neste exercício, a placa de cisalhamento.

De acordo com a ABNT NBR 16239:2013, a força cortante resistente de cálculo, VRd, da placa de
cisalhamento deve ser superior à força cortante solicitante de cálculo que age na base do pilar.

VRd ≥ VSd
VRd = σc,Rd × (bv – en) × bn

Conforme a norma ABNT NBR 8800:2008, σc,Rd deve ser obtido considerando a relação A2 / A1
igual a 4.




  →   
  

 

Capítulo 5 - Ligações

567
Adotando-se uma placa de cisalhamento com bv = 150 mm e bh =300 mm, determina-se a espessura
necessária, tpv, superior a tpv,min, como segue:

   
 →
   
   

 

Adota-se a espessura comercial nominal da placa de cisalhamento tpv = 37,5 mm.

Com a placa de cisalhamento determinada, pode-se calcular se a força cortante resistente de cálculo, VRd :

   
     

   →

Adotar solda de penetração total entre a placa de cisalhamento e a placa de base.

Entretanto, a espessura da placa de cisalhamento não pode ser superior à placa de base. ABNT NBR
16239:2013. A solução será aumentar a espessura da placa de base igualando com a espessura da
placa de cisalhamento.

Portanto, tpv = 37,5 mm → tp = 37,5 mm.


A ligação de base de pilar tubular de aço à fundação de concreto armado, constituída de pla-
ca de base circular soldada no pilar de aço de seção transversal tubular circular (Tipo 3),
está totalmente verificada em sua segurança, de acordo com as normas brasileiras ABNT NBR
8800:2008 e ABNT NBR 16239:3013.

568
5.4. LIGAÇÕES A MOMENTO POR MEIO DE ANÉIS
Nesta seção, serão estudadas as ligações resistentes a momento de vigas I ou tubulares retangulares com
pilares mistos tubulares de seção retangular ou circular, por meio de anéis, conforme a tipologia apresen-
tada na Figura 5.45.

Tipo I

Tipo II

Tipo III
Capítulo 5 - Ligações

Figura 5.45. Tipologia das ligações


569
Na Figura 5.45, tem-se a seguinte nomenclatura:
2sen2α + 1
tp: espessura da chapa dos anéis N Rd = 2hpt p f yp,d + 2be t e senα f yd
3
(5.151)
t*: espessura do tubo na seção crítica

bf: largura da viga (ou extremidade da chapa) onde

b: largura do tubo fyp,d e fyd são, respectivamente, a resistência ao


escoamento de cálculo da chapa dos anéis e do
d: diâmetro do tubo tubo e be e te são, respectivamente, a largura e
a espessura efetivas da parede do tubo, dadas
t: espessura do tubo pelas seguintes expressões:
A ligação das mesas das vigas com os anéis pode
ser por solda ou por meio de placas de topo ou ta-  t p + 5t para ligação tipo I
las. A ligação de alma pode ser soldada ou parafu- 
be =   bf 
sada. Essas ligações, que devem ser dimensionadas t
p  + 0,63 + 0,88  dt para ligações
  d  tipo II e III
conforme a ABNT NBR 8800:2008, estão fora
do escopo deste livro.
t 2 para ligação tipo I
te = 
t para ligações tipo II e III
5.4.1. Dimensionamento da ligação –
teoria e método de cálculo As
As seguintes
seguintes limitações
limitações devem
devem ser
ser obedecidas:
obedecidas:
Tradicionalmente, em ligações a momento, consi-
dera-se que o momento seja aplicado ao pilar por t p  t         para todas as ligações
meio de um binário atuando nas mesas da viga, t p  2t      para ligações tipo I
isto é, o momento pode ser decomposto em duas
 0,15d
forças de mesmo valor aplicado nas mesas em sen- hp       para ligações tipo I
tidos opostos (Figura 5.45): 50 mm
 0,1d
M Sd 0,3d  h p       para ligações tipo II e III
N Sd = (5.149) 50 mm
( db - t f ) bf
0,25   0,75   para ligações tipo II e III
onde MSd é o momento fletor solicitante de cálcu- d
lo, NSd é a força solicitante de cálculo nas mesas
e db e tf são respectivamente a altura da seção e a Observa-se que, para ligação tipo I, para tubos qua-
espessura da mesa da viga. drados, α =45º; substituindo-se na expressão de
cálculo de NRd e considerando o valor de te = t 2 , a
No dimensionamento da ligação, portanto, deve- equação de cálculo de NRd pode ser simplificada para:
se ter:
N Rd = 1,63h pt p f yp ,d + 2be tf yd (5.152)
N Sd ≤ N Rd (5.150)
O desenvolvimento das expressões acima parte
onde NRd é a força resistente de cálculo da cha- da suposição de que a capacidade resistente da li-
pa soldada ao pilar (ver Figura 5.45), que pode gação seja dada pela capacidade plástica da seção
ser calculada pela seguinte expressão (adaptada de crítica que faz um ângulo α com o eixo vertical
570 Kurobane et al., 1987 e Kurobane et al., 2004):
(Figura 5.45) representada pela seção em T, com-
posta pela seção da chapa de largura hp e espessura ∂N y  ∂τ 
= 2h pt p  senα + 1 cos α  = 0 (5.157)
tp e uma porção da parede do tubo com largura be ∂σ 1 ∂σ 1
 
e espessura te (Figura 5.46).
Segundo o critério de escoamento de von Mises,

(f )
1
2
yp - σ 12 2

σ + 3τ = f ∴ τ 1
2
1
2
1
2
yp = (5.158)
3

σ2 = f y (5.159)
Figura 5.46. Seção crítica em T
Tem-se então que a derivada parcial de τ1 em rela-
Conforme Kurobane et al., 1987, a capacidade ção a σ1 é dada por:
plástica da seção em T é dada por:
∂τ 1 1 σ1 1 σ1
N y = 2 Py senα + 2T y cos α =- =- (5.160)
∂σ 1
( ) 3 τ1
(5.153) 1
3 f 2 -σ 2 2
yp 1

onde
Substituindo na expressão da derivada de Ny, che-
Py = força axial resistente ao escoamento, perpen- ga-se à condição de que:
dicular à seção crítica;
σ 1 cos α
Ty = força de cisalhamento resistente ao escoamen- τ1 = (5.161)
3 senα
to, tangente à seção crítica.
Utilizando-se a expressão do critério de von Mises
Supõe-se que as tensões que atuam na seção crítica
chega-se às expressões que relacionam σ1 e τ1 com fyp:
são as tensões axial, σ1, e de cisalhamento, τ1, na
porção da chapa, e a tensão axial, σ2, na porção da sen α
parede do tubo. Assim: σ1 = 3 f yp   (5.162)
2sen α + 1
2

Py = A1σ 1 + A2σ 2 (5.154)


3 cos α
τ1 = f yp (5.163)
T y = A1τ 1 (5.155) 3 2sen α + 1
2

Substituindo as expressões acima na expressão de


onde A1 = hptp e A2 = bete. Substituindo na expres- cálculo de Ny e rearranjando chega-se a:
são da capacidade plástica, tem-se:

N y = 2h pt p (σ 1senα + τ 1 cos α ) + 2be t eσ 2 senα 2sen 2α + 1


N y = 2h p t p f yp + 2be t e senα f y (5.164)
3
Capítulo 5 - Ligações

(5.156)

Pode-se demonstrar que o maior valor de Ny cor- Utilizando-se os coeficientes de ponderação da


responde à situação em que sua derivada parcial resistência, chega-se finalmente à expressão de cál-
em relação a σ1 seja igual a zero, ou seja: culo de NRd, conforme apresentada anteriormente.

571
Essa expressão, segundo Kurobane et al., 2004, de cisalhamento do painel entre os dois anéis do
fornece excelentes resultados quando comparados pilar misto, de ruptura do parafuso ou da solda de
àqueles obtidos em ensaios experimentais. Vale ligação da viga com os anéis e de cisalhamento da
ainda acrescentar que as expressões de cálculo da ligação de alma da viga ou da chapa vertical entre
largura efetiva do tubo (be ) foram obtidas experi- os anéis (Figura 5.45).
mentalmente (Kurobane et al., 1987).

Além das limitações já apresentadas, devem ser


observadas ainda as seguintes: 5.5. LIGAÇÕES FLANGEADAS
b As ligações flangeadas são constituídas por duas
20 ≤ ≤ 50
t placas, também denominadas flanges, ligadas por
d solda na extremidade dos tubos e parafusadas en-
20 ≤ ≤ 50 tre si. São utilizadas para ligar duas barras de se-
t
ção tubular solicitadas por força axial de tração,
Essas limitações adicionais são por causa do espec- de momento fletor ou da combinação de ambos.
tro dos perfis adotados nos ensaios experimentais Podem ser circulares ou retangulares, geralmente
utilizados para calibrar o método de cálculo apre- utilizadas para ligar perfis de seção circular ou re-
sentado. Por isso, tubos que não se enquadrem tangular, respectivamente (Figura 5.47).
nos intervalos apresentados devem ser evitados ou
utilizados com cautela.

Similarmente às ligações soldadas diretas entre tu-


bos, a menos que se comprove que outro método
seja adequado, recomenda-se que a solda entre os
anéis e o pilar tubular seja dimensionada pela re-
sistência das chapas dos anéis ou do tubo, a que
for menor, referente ao tipo de solicitação presen-
te na região. Por exemplo, no dimensionamento
da solda frontal do anel com o tubo, a capacidade
resistente por unidade de comprimento da solda
deve ser igual ao menor valor entretp fyp,d e 2×0,6tfy
(força normal no anel e de cisalhamento no tubo,
respectivamente, ambas por unidade de compri-
mento). Nas soldas laterais, igual ao menor valor
entre 0,6tp fyp,d e 2×0,6tfy (forças de cisalhamento
no anel e no tubo, respectivamente, por unidade
de comprimento).

Vale mencionar que esta metodologia, assim


como as demais neste livro, refere-se apenas à de-
terminação da força axial resistente de cálculo dos
anéis. Os demais estados-limites determinantes
nesse tipo de ligação devem ser verificados con-
forme os requisitos da ABNT NBR 16239:2013 e
ABNT NBR 8800: 2008, os que forem aplicáveis.
Como exemplo, podem-se citar os estados-limites Figura 5.47. Ligações flangeadas circular e retangular
572
A ABNT NBR 16239:2013 traz formulações
para cálculo de ligações flangeadas submeti- • 1,0t para fy ≤280 MPa
das apenas à força axial de tração, com base no • 1,1t para 280 MPa<fy ≤350 MPa
trabalho de Igarashi et al., 1985, para flanges
circulares, e Willibald, 2003, e Willibald et al, • 1,5t para 350 MPa<fy ≤450 MPa
2003, para flanges retangulares. Algumas li- onde t é a espessura e fy, a resistência ao esco-
mitações devem ser observadas para que se- amento do tubo.
jam válidas as equações apresentadas a seguir:
Os procedimentos de cálculo são baseados nos
seguintes estados-limites últimos: plastificação
a. As placas (ou flanges) devem ser contínuas; do flange e ruptura por tração dos parafusos. Pelo
atendimento à exigência apresentada na alínea h,
b. Os parafusos devem ser dispostos simetrica- considera-se que o estado-limite de ruptura da
mente, sendo obrigatório, nas ligações retan- solda entre o tubo e o flange não seja crítico.
gulares, haver parafusos posicionados junto
aos quatro lados dos perfis tubulares;

c. A distância entre parafusos, c, deve ser maior 5.5.1. Flanges circulares


que três vezes o diâmetro dos parafusos, db,
isto é, c ≥ 3db; De acordo com a ABNT NBR 16239:2013,
para que o estado-limite último de plastificação
d. Nos flanges circulares, deve haver no mínimo do flange não seja violado, sua espessura, tf , deve
cinco parafusos, mas para atender a limitação atender à seguinte condição:
exigida na alínea c, o número de parafusos,
nb, não pode ser maior que π(d + 2e1) / 3db;
2 N 0,Sd
tf ≥   (5.165)
e. Nos flanges circulares, a distância do centro π f 3 f yf ,d
dos parafusos à borda do flange deve ser igual
onde
à distância do centro dos parafusos à face do
tubo – ver Figura 5.47; f3 =
1
2K 1
(
K 2 + K 22 - 4 K 1 )
f. Nos flanges retangulares, os parafusos não (5.166)
podem ser posicionados além da projeção ⎛r ⎞
K 1 = ln ⎜ 2 ⎟
dos cantos do perfil tubular (Figura 5.47); ⎝ r3 ⎠

g. A distância e1, do centro do parafuso à face K 2 = K 1 + 2   


(5.167)
do tubo, não deve ser inferior a 1,5 vezes o
d0
diâmetro do parafuso, isto é, e1 ≥ 1,5db; r2 = + e1
2
(5.168)
h. A solda entre o tubo e o flange deve ser exe- d0 - t0
r3 =
cutada em todo o perímetro do tubo e di- 2
mensionada para resistir à força axial resis-
(5.169)
tente de cálculo do tubo. Para isso, devem-se
Capítulo 5 - Ligações

utilizar os procedimentos dados adiante em


“7.1 – Soldas” ou então, simplificadamente,
deve-se adotar solda de filete, cuja espessura (5.170)

da garganta seja igual ou superior aos seguin-


tes valores: A expressão de f3, em função da relação r3 / r2,
pode ser visualizada na Figura 5.48.
573
De acordo com Wardenier et al, 2010, neste mo-
delo assume-se que haja forças devidas ao efeito
de alavanca (prying forces) igual a 1/3 do total das
forças nos parafusos no estado-limite último, jus-
tificando o coeficiente 0,67 na expressão de cál-
culo do número de parafusos. Além disso, como
o modelo é baseado na teoria da plasticidade, não
pode haver estados-limites não dúcteis, o que
justifica a exigência de que a resistência da solda
seja igual ou superior à força axial resistente de
cálculo do tubo.

É importante comentar que não se deve colocar


enrijecedores nesse tipo de ligação, na tentativa de
se aumentar sua resistência, como costumam fazer
inadvertidamente alguns engenheiros calculistas.
Figura 5.48. Visualização gráfica da expressão de f3 A presença dos enrijecedores induz uma flexão lo-
calizada do tubo na região próxima à extremidade
Para que o estado-limite último de ruptura por
do enrijecedor, provocando o efeito contrário ao
tração dos parafusos não seja violado, o número
desejado, ou seja, ao invés de aumento, há uma
de parafusos da ligação, nb, deve atender à seguin-
diminuição da resistência da ligação. Uma solu-
te condição:
ção para resistir a esses esforços localizados seria a
N  1 1  colocação de um anel circular soldado ao tubo e às
nb ≥ N 0,Sd 1- +
1 1  extremidades dos enrijecedores, mas isso aumen-
nb ≥ 0,670,FSdt ,Rd 1- f 3 + f 3 k3  (5.171)
0,67 Ft ,Rd  f 3 f 3 k3  taria significativamente o custo da ligação, o que
onde seria indesejável.
onde
n ≥
b
N 0,Sd 
1 -
1
+
1 

0, 67 F f f k 
 r1  
t , Rd 3 3 3

k3 = ln   5.5.2. Flanges retangulares


onde  r
k3 = ln  r12  (5.172)
 rr2  Nos flanges retangulares, os parafusos devem ser
k = ln  1
3
d  r  posicionados nos quatro lados, dentro da projeção
r1 = 0 + 2e1
2
(5.173)
d20 das paredes do tubo, conforme mostra a Figura
rr1 =
=
d + 2e1
5.47. São possíveis outras configurações, como,
2 + 2e
0
1 1
2
por exemplo, o posicionamento em apenas dois
e Ft,Rd é a força de tração resistente de cálculo de um
lados opostos, mas estão fora do escopo deste li-
parafuso, conforme a ABNT NBR 8800: 2008;.
vro – para mais informação consultar Packer et al.,
Observa-se que r1, r2 e r3 são, respectivamente, os
2009 e Packer et al., 2010.
raios do flange e dos círculos que passam nos eixos
dos parafusos e da espessura do tubo (Figura 5.49). Segundo a ABNT NBR 16239:2013, para que
os estados-limites de ruptura por tração dos pa-
rafusos e plastificação do flange retangular não
sejam violados, a força de tração solicitante de
cálculo em cada parafuso e a espessura do flange
devem atender a:

574 Figura 5.49. Definição de r1, r2 e r3


onde ℓx e ℓy são as dimensões do flange em relação
 Ft ,Rd para t f ≥ t ref aos eixos x e y, nbx e nby, o número de parafusos em
 cada lado ℓx e ℓy, respectivamente;
Ft ,Sd ≤  t 
2

1- α b  f   para t min ≤ t f < t ref
 Ft ,Rd  a  t ref 
    1  β 
  ≤ 1,0 se β < 1,0
α p =  δ  1- β  (5.180)
onde Ft,Sd é a força solicitante de cálculo em cada  1,0 se β ≥ 1,0

parafuso, dada pela força axial solicitante de cál-
culo do tubo, dividida pelo número de parafusos
onde
da ligação, ou seja:
df
N δ = 1- (5.181)
Ft ,Sd = 0,Sd (5.174) p
nb
df é o diâmetro dos furos;
⎡F ⎛ t ref ⎞ ⎤
2

α = ⎢ t ,Sd ⎜⎜ ⎟⎟ -1⎥ ≥ 0 (5.175) a  Ft ,Rd 


⎢ Ft ,Rd β=  -1  (5.182)
⎣ ⎝ tf ⎠ ⎥⎦ b  Ft ,Sd 

db Observa-se que as formulações acima permitem


a = e2 + (5.176)
2 ao engenheiro de estruturas optar por duas situa-
ções: com flange mais espesso e diâmetro menor
db dos parafusos (ou menor número) ou com flan-
b = e1 - (5.177) ge mais delgado e diâmetro maior dos parafusos
2
(ou maior número). No primeiro caso, deve-se ter
tf ≥ tref , podendo-se desprezar o efeito alavanca;
4bFt ,Sd deve-se então atender apenas à expressão Ft,Sd ≤ Ft,Rd.
t ref = (5.178)
pf yf ,d No segundo caso, pode-se reduzir a espessura da
placa, mas em contrapartida deve-se aumentar a
resistência de cálculo dos parafusos, pois apare-
4bFt ,Sd
t min = cem forças adicionais oriundas do efeito de ala-
p (1 + δα p ) f yf ,d
(5.179)
vanca, ou seja, o diâmetro dos parafusos ou seu
número deve ser aumentado de forma que:
Nas expressões acima (ver Figura 5.50):
nb Ft ,Sd N 0,Sd
nb Ft ,Rd ≥ = (5.183)
e1 e e2 são, respectivamente, as distâncias do centro 2 2
b  tf  b  tf 
dos furos à face do tubo e à extremidade do flange; 1- α   1- α  
e2 não pode ser tomado maior que 1,25e1; a  t ref  a  t ref 
p é o espaçamento médio dos parafusos, dado pelo
Além disso, a espessura do flange não pode ser in-
menor dos seguintes valores:
Capítulo 5 - Ligações

ferior a tmin, ou seja:


 x
n 4bFt ,Sd
 b ,x t f ≥ t min =
p (5.184)
 y
 (
p 1 + δα p f yf ,d )
 nb , y
575
Também neste modelo, a ABNT NBR 16239: 5.5.3. Combinação de força axial e mo-
2013 exige que a resistência da solda seja igual ou mento fletor
superior à força axial resistente de cálculo do tubo
– ver alínea h deste item. Conforme mencionado anteriormente, as formu-
lações apresentadas na NBR 16239 foram desen-
volvidas para as situações em que o tubo esteja su-
jeito apenas à solicitação por força axial de tração.
Porém, não é rara a situação em que o tubo esteja
sujeito também à solicitação por momento fletor.
Nesses casos, uma força axial solicitante de cálculo
“efetiva” pode ser determinada, segundo Kuroba-
ne et al., 2004 apud Packer et al., 2009, por:

N M 
N 0,ef ,Sd =  0,Sd ± 0,Sd  A0 (5.185)
 A0 W0 

onde W0 é o módulo de resistência elástico da seção.

Com esse valor determinado, procede-se normal-


mente conforme as formulações apresentadas em
5.5.1 e 5.5.2, substituindo-se N0,Sd por N0,ef,Sd..
Figura 5.50. Efeito de alavanca em flanges retangulares Deve-se ter ainda que N0,ef,Sd. ≤ N0,Rd. Esse proce-
dimento é conservador, uma vez que considera a
máxima tensão normal, que ocorre apenas na ex-
tremidade da seção, atuando uniformemente em
toda a seção transversal.

576
5.5.4. Exercícios

5.5.4.1 . Verificar a segurança da ligação tubular, soldada do tipo flange circular, de uma treliça
Warren, com os dados a seguir:

- Perfis Tubulares de Aço VMB350: fy = 350 MPa


- Diagonais Circulares: TC 88,9 × 4,8 mm - A1 = A2 = 12,6 cm²

- Placa AR 350 COR: fy = 350 MPa, fy = 485 MPa - e1 = 31,0 mm - ℓd = 213,0 mm

- Parafusos ASTM A325: fub = 825 MPa - fyb = 635 MPa - db = 15,88 mm = 5/8"

- Solda AWS E70XX: fw = 485 MPa - dw = 5 mm

- Solicitações de cálculo:

- N1 = N1,Sd = 51,60 kN (Tração)

- As simbologias e as convenções de sinais seguem as normas ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR
8800:2008.

a. Inicialmente, deve-se verificar a validação geométrica e os requisitos necessários das ligações


tubulares, conforme a ABNT NBR 16239:2013.

a1) Verificação do afastamento “e1” entre o eixo do parafuso e a face


do tubo da diagonal.
Capítulo 5 - Ligações

1,25 × db ≤ e1 ≤ 2 × db

1,25 ×15,88 ≤ e1 ≤ 2 × 15,88

19,85 ≤ 31 ≤ 31,76 → Ok!


577
b. Verificar os Modos de Falha da ligação flangeada:

b1) Modo de falha por escoamento da placa de flange.

Para que o estado-limite último de Escoamento da Placa de Flange Circular não ocorra, essa placa
deve possuir uma espessura “tf” que atenda à condição:

tf ≥
( 2 × γ a1 × N Sd )
f y ×π × f3

Devem-se calcular os parâmetros necessários para determinar o fator “f3” que leva em consideração o
efeito alavanca na placa de flange circular com força axial de tração:

d   88,9 

r2    e1 → r2     31,00  75, 45mm
2  2 

d - t  88,9 - 4,8 
r3  → r3
  42,04mm
2 2

r   75, 45 
k1  ln  2  
→ k1 l n
  0,585
r
 
3  42,05 

k2 k1  2 → k2  0,585  2 2,585

k2  k22 - 4k1 2,585  2,585 - 4  0,585


f3   → f 3  3,993
2  k1 2  0,585

Portanto, a espessura necessária de flange será:

tf 
2   a1  N sdeq  → tf 
 2  1,1 51,6 

5,09 mm
f y   f3 0,350    3,993

Neste caso, recomenda-se adotar uma espessura mínima nominal de chapa de 10 mm.

tf = 10 mm

578
b2) Modo de falha por ruptura por tração dos parafusos .

Para que o estado-limite último por ruptura por tração dos parafusos do flange circular não ocorra, o
número de parafusos “n”não pode ser inferior a 5 e deve ainda atender à condição:

⎛N ⎞ ⎛ 1 1 ⎞ 1
n ≥ ⎜ Sd ⎟ × ⎜1- + ⎟ ×
⎝ Ft ,Rd ⎠ ⎝ f 3 f 3 × K 3 ⎠ 0,67

Devem-se calcular os parâmetros necessários para determinar os fatores “f3 , k3 e Ft,Sd”:

⎛d ⎞ ⎛ 88,9 ⎞
r1 = ⎜ ⎟ + 2 × e1 → r1 = ⎜ ⎟ + 2 × 31,00 = 106, 45mm
⎝2⎠ ⎝ 2 ⎠

⎛r ⎞ ⎛ 106, 45 ⎞
k3 = ln ⎜ 1 ⎟ → k3 = ln ⎜ ⎟ = 0,344
r
⎝ 2⎠ ⎝ 42,05 ⎠

- Área Efetiva do Parafuso:

π × db2 π ×15,882
Ab = → Ab = = 198,06mm2
4 4

Abe = 0,75 × Ab → Abe = 0,75 ×198,06mm 2 = 148,54mm 2

- Força de Tração Resistente de Cálculo do Parafuso:

Abe × f ub 148,54 × 0,825


Ft ,Rd = → Ft ,Rd = = 90,78kN
γ a2 1,35

Portanto, o número necessário de parafusos deve atender:

⎛N ⎞ ⎛ 1 1 ⎞ 1
n ≥ ⎜ Sd ⎟ × ⎜1- + ⎟× ≥5
⎝ Ft ,Rd ⎠ ⎝ f 3 f .k
3 3 ⎠ 0,67

⎛ 51,60 ⎞ ⎛ 1 1 ⎞ 1
n≥⎜ ⎟ × ⎜1- + ⎟× = 1,25
⎝ 90,78 ⎠ ⎝ 3,993 3,993 × 0,344 ⎠ 0,67
Capítulo 5 - Ligações

Neste caso, recomenda-se adotar o número mínimo de parafusos igual a 5.

n = 5 parafusos

579
- Deve-se garantir que haja espaço suficiente para alojamento dos 5 parafusos na placa de flange com
e1= 31mm, por meio da relação a seguir:

π × ( d + 2 × e1 ) π × (88,9 + 2 × 31,0 )
≥ 3 × db → ≥ 3 ×15,88
n 5

94,81mm ≥ 47,64mm → OK!

b3) Dimensionamento da solda de filete utilizada para conectar o perfil circular e a placa de flange.

- Para o metal base:


Fw ,Rd ≥ N1,Sd

Considerando que a solda tem a dimensão da perna “dw” igual a 5mm, que a espessura da chapa da
diagonal “tch1” é igual a 4,8mm e que a espessura da placa da flange “tf” é igual a 10mm, a área crítica
do metal base “AMb” será considerada πd × tch1.

(0,6 × A Mb × fy )≥N →
(0,6 × π × d × t ch1 × fy )≥N
γ a1
1,Sd
γ a1
1,Sd

(0,6 × π × 88,9 × 4,8 × 0,35 ) → 255,93kN ≥ 51,6 kN → Ok!


≥ 51,6 kN
1,1

Portanto, o metal base resiste à solda de filete de perna igual a 5mm.

- Para o metal solda:


Fw ,Rd ≥ N 1,Sd

Neste caso, a área do metal solda será considerada como o produto da garganta da solda “aw” pela
circunferência da diagonal “πd”. Neste caso, aw = dw . cos 45o.

(0,6 × Aw × f w ) ≥ N →
(0,6 × π × d × aw × f w ) ≥ N
1,Sd 1,Sd
γ a2 γ a2

(0,6 × π × 88,9 × 5 ×0,707 × 0, 485 )


≥ 51,6 kN → 212,81kN ≥ 51,6 kN → Ok!
1,35

Portanto, o metal solda resiste à solda de filete de perna igual a 5mm.

A ligação tubular, soldada do tipo flange circular, utilizando perfis circulares, está totalmente
verificada em sua segurança.

580
5.5.4.2 Verificar a segurança da ligação tubular, soldada do tipo flange circular, de uma treliça
Warren, com os dados a seguir:

- Perfis Tubulares de Aço VMB350: fy = 350 MPa


- Diagonais Circulares: TC 88,9 × 4,8 mm - A1 = A2 = 12,6 cm² - W = 25,306 cm3

- Placa AR 350 COR: fy = 350 MPa, fy = 485 MPa - e1 = 31,0 mm - ℓd = 213,0 mm

- Parafusos ASTM A325: fub = 825 MPa - fyb = 635 MPa - db = 15,88 mm = 5/8"

- Solda AWS E70XX: fw = 485 MPa - dw = 5 mm

- Solicitações de cálculo:

- N1 = N1,Sd = 110 kN (Tração)

- M0,Sd = 200 kNcm

- As simbologias e as convenções de sinais seguem as normas ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR
8800:2008.

a. Inicialmente, deve-se verificar a validação geométrica e os requisitos necessários das ligações


tubulares, conforme a ABNT NBR 16239:2013.

a1) Verificação do afastamento “e1” entre o eixo do parafuso


e a face do tudo da diagonal.

1,25 × db ≤ e1 ≤ 2 × db
Capítulo 5 - Ligações

1,25 × 15,88 ≤ e1 ≤ 2 × 15,88

19,85 ≤ 31 ≤ 31,76 → Ok!

581
b. Verificar os modos de falha da ligação flangeada:

b1) Modo de falha por escoamento da placa de flange.

Para que o estado-limite último de escoamento da placa de flange circular não ocorra, essa placa deve
possuir uma espessura “tf” que atenda à condição:

tf ≥
(2 × γ a1 × N Sd , Eq )
f y ×π × f3

NSd,Eq – é a força axial solicitante de cálculo, equivalente, que considera o efeito do momento fletor
na placa de flange. Determina-se como a seguir:

Atubo =
(
π × d 2 − (d − 2 × t )
2
) → Atubo =
(
π × 88,92 − (88,9 − 2 × 4,8 )
2
) = 1268,20
4 4

d 4 − (d − 2 × t ) 88,94 − (88,9 − 2 × 4,8 )


4 4

Wtubo =π × → Wtubo =π × = 25306,37mm3


(32 × d ) (32 × 88,9 )

⎛ N Sd ⎞ ⎛ MSd ⎞ ⎛ 110 ⎞ ⎛ 2000 ⎞


σ max = ⎜ ⎟+⎜ ⎟ → σ max = ⎜ ⎟ +⎜ ⎟ = 0,1657kN/mm
2

⎝ Atubo ⎠ ⎝ Wtubo ⎠ ⎝ 1268,2 ⎠ ⎝ 25306,37 ⎠

N sd ,Eq = σ max × Atubo → N sd ,Eq = 0,1657 ×1268,2 = 210,26 kN

Observação: esta equivalência só pode ser feita quando a tensão de flexão não supera a tensão axial,
para garantir que todos os parafusos estejam tracionados.

Devem-se calcular, agora, os parâmetros necessários para determinar o fator “f3” que leva em consi-
deração o efeito alavanca na placa de flange circular com força axial de tração:

⎛d ⎞ →
⎛ 88,9 ⎞
r2 = ⎜ ⎟ + e1 r2 = ⎜ ⎟ + 31,00 = 75, 45mm
⎝2⎠ ⎝ 2 ⎠

(d − t ) →
(88,9 − 4,8)
r3 = r3 = = 42,04mm
2 2

⎛r ⎞ ⎛ 75, 45 ⎞
k1 = l n ⎜ 2 ⎟ → k1 = ln ⎜ ⎟ = 0,585
⎝ r3 ⎠ ⎝ 42,05 ⎠

k2 = k1 + 2 → k2 = 0,585 + 2 = 2,585

582

tf ≥
(2 × γ a1 × N sdeq ) → tf ≥
( 2 ×1,1× 210,26 )
= 10,26 mm
f y ×π × f3 0,350 × π × 3,993
k1 = l n ⎜ 2 ⎟ → k1 = ln ⎜ ⎟ = 0,585
⎝ r3 ⎠ ⎝ 42,05 ⎠

k2 = k1 + 2 → k2 = 0,585 + 2 = 2,585
Portanto, a espessura necessária de flange será:

tf ≥
(2 × γ a1 × N sdeq ) → tf ≥
( 2 ×1,1× 210,26 )
= 10,26 mm
f y ×π × f3 0,350 × π × 3,993

Neste caso, recomenda-se adotar uma espessura mínima nominal de chapa de 12,5 mm.

tf = 12,5 mm

b2) Modo de falha por ruptura por tração dos parafusos .

Para que o estado-limite último por ruptura por tração dos parafusos do flange circular não ocorra, o
número de parafusos “n”não pode ser inferior a 5 e deve ainda atender à condição:

⎛ N Sd ,Eq ⎞ ⎛ 1 1 ⎞ 1
n≥⎜ ⎟ × ⎜1 − + ⎟ × 
⎝ Ft ,Rd ⎠ ⎝ f 3 f 3 × k3 ⎠ 0,67

Devem-se calcular os parâmetros necessários para determinar os fatores “f3 , k3 e Ft,Sd”:

⎛d ⎞ ⎛ 88,9 ⎞
r1 = ⎜ ⎟ + 2 × e1 → r1 = ⎜ ⎟ + 2 ⋅ 31,00 = 106, 45mm
⎝2⎠ ⎝ 2 ⎠

⎛r ⎞ ⎛ 106, 45 ⎞
k3 = l n ⎜ 1 ⎟ → k3 = l n ⎜ ⎟ = 0,344
⎝ r2 ⎠ ⎝ 42,05 ⎠

- Área Efetiva do Parafuso:

π × db2 π ×15,882
Ab = → Ab = = 198,06mm2
4 4

Abe = 0,75 × Ab → Abe = 0,75 ×198,06mm 2 = 148,54mm 2

- Força de Tração Resistente de Cálculo do Parafuso:

Abe × f ub 148,54 × 0,825


Ft ,Rd = → Ft ,Rd = = 90,78kN
Capítulo 5 - Ligações

γ a2 1,35

⎛ N Sd ,Eq ⎞ ⎛ 1 1 ⎞ 1
n≥⎜ ⎟ × ⎜1 − + ⎟× ≥5
⎝ Ft ,Rd ⎠ ⎝ f 3 f 3 × k3 ⎠ 0,67 583

⎛ 210,26 ⎞ ⎛ 1 1 ⎞ 1
n≥⎜ ⎟ × ⎜1 − + ⎟ × = 5,12
⎝ 90,78 ⎠ ⎝ 3,993 3,993 × 0,344 ⎠ 0,67
Abe × f ub 148,54 × 0,825
Ft ,Rd = → Ft ,Rd = = 90,78kN
γ a2 1,35

Portanto, o número necessário de parafusos deve atender:

⎛ N Sd ,Eq ⎞ ⎛ 1 1 ⎞ 1
n≥⎜ ⎟ × ⎜1 − + ⎟× ≥5
⎝ Ft ,Rd ⎠ ⎝ f 3 f 3 × k3 ⎠ 0,67

⎛ 210,26 ⎞ ⎛ 1 1 ⎞ 1
n≥⎜ ⎟ × ⎜1 − + ⎟ × = 5,12
⎝ 90,78 ⎠ ⎝ 3,993 3,993 × 0,344 ⎠ 0,67

Neste caso, recomenda-se adotar o número de parafusos igual a 6.

n = 6 parafusos

- Deve-se garantir que haja espaço suficiente para alojamento dos 6 parafusos na placa de flange com
e1= 31mm, por meio da relação a seguir:

π × ( d + 2 × e1 ) π × (88,9 + 2 × 31,0 )
≥ 3 × db → ≥ 3 ×15,88
n 6

79,01mm ≥ 47,64mm → Ok!

b3) Dimensionamento da solda de filete utilizada para conectar o perfil circular e a placa de flange.

- Para o metal base:

Fw ,Rd ≥ N 1,Sd

Considerando que a solda tem a dimensão da perna “dw” igual a 5mm, que a espessura da chapa da
diagonal “tch1” é igual a 4,8mm e que a espessura da placa da flange “tf” é igual a 12,5mm, a área
crítica do metal base “AMb” será considerada πd × tch1.

(0,6 × A Mb × fy )≥N →
(0,6 × π × d × t ch1 × fy )≥N
γ a1
1,Sd , Eq
γ a1
1,Sd , Eq

(0,6 × π × 88,9 × 4,8 × 0,35 )


≥ 210,26 kN → 255,93kN ≥ 210,26 kN → Ok!
1,1

Portanto, o metal base resiste à solda de filete de perna igual a 5mm.

- Para o metal solda:

Fw ,Rd ≥ N 1,Sd

584
Neste caso, a área do metal solda será considerada como o produto da garganta da solda “aw” pela
circunferência da diagonal “πd”. Neste caso, aw = dw × cos 45o.

(0,6 × Aw × f w ) ≥ N →
(0,6 × π × d × aw × f w ) ≥ N
1,Sd 1,Sd
γ a2 γ a2

(0,6 × π × 88,9 × 5 × 0,707 × 0, 485 )


≥ 51,6 kN → 212,81kN ≥ 210,26 kN → Ok!
1,35

Portanto, o metal solda resiste à solda de filete de perna igual a 5mm.

A ligação tubular, soldada do tipo flange circular, utilizando perfis circulares, está totalmente
verificada em sua segurança.

5.5.4.3 Verificar a segurança da ligação tubular, soldada do tipo flange retangular, de uma estru-
tura aporticada, com os dados a seguir:

- Perfis Tubulares de Aço VMB350: fy = 350 MPa


- Viga Tubular Retangular: TR 310,0 × 170,0 × 7,1 mm - Atubo = 6614,36 mm2 -

- Wxtubo = 554884,55 mm3 - Wytubo = 396435,06 mm3

- Placa AR 350 COR: fy = 350 MPa, fy = 485 MPa

- e1x = 31,0 mm

- ℓx = 300,0 mm

- e1y = 31,0 mm

- ℓy = 440,0 mm

- Parafusos ASTM A325: fub = 825 MPa - fyb = 635 MPa - np= 10 - db = 19,05mm = 3/4"

- Solda AWS E70XX: fw = 485 MPa - dw = 6 mm

- Solicitações de cálculo:

- N0 = N0,Sd = 370 kN (Tração)

- M0,Sd,x = 30,857 kN.m


Capítulo 5 - Ligações

- M0,Sd,y = 0,0 kN.m

585
- As simbologias e as convenções de sinais seguem as normas ABNT NBR 16239:2013 e ABNT NBR 8800:2008.

a. Inicialmente, deve-se verificar a validação geométrica e os requisitos necessários das ligações


tubulares, conforme a ABNT NBR 16239:2013.

a1) Verificação das excentricidades.

  

  
 

 → 

 

 

  

586
  
 

  

  
 

 → 

 

 

a2) Verificação das posições dos parafusos.

Considerando a não existência de parafusos nos cantos, fornecido nos dados:

→ npx = 2 parafusos

→ npy = 3 parafusos

npt = 2×(npx + npy) ≥ 4 parafusos

npt = 2×(3 + 2) ≥ 4 parafusos

npt = 10 ≥ 4 parafusos

npt = 10 parafusos

b. Verificar os modos de falha de flange retangular, conforme a ABNT NBR 16239:2013.


Capítulo 5 - Ligações

b1) Modo de falha por escoamento da placa de flange.

Para que o estado-limite último de escoamento da placa de flange retangular não ocorra, levando-se
em consideração o efeito de alavanca, essa placa deve possuir uma espessura “tf” que atenda à condi-
ção, em ambos os eixos:
587
4 × γ a1 × b × Ft ,Sd ,Eq
tf ≥
(
p 1 + δ ×α p f y )
Para placas retangulares há a necessidade de se calcular “tfx” e “tfy” , sendo que “tf” será o maior valor
calculado entre os eixos x e y. Ft,Sd,Eq – é a força de tração solicitante de cálculo de um parafuso, equi-
valente, desconsiderando o efeito alavanca.

Ft ,Sd ,Eq = N Sd ,Eq  / nb    (força de tração solicitante de cálculo de um parafuso)

N sd ,Eq = σ max × Atubo (força axial solicitante de cálculo, equivalente, que considera o efeito do momento
fletor na placa de flange)

N Sd M Sdx M Sdy
σ max = + +
Atubo Wxtubo W ytubo

370 30857,8 0
σ max = + +
6614,36 554884,55 396435,06

Sendo, σ max = 0,112 kN/mm2 , Atubo = 6614,36 cm2 e nb = 10:

N Sd ,Eq = 0,112 × 6614,36 = 737,81 kN

Ft,Sd,Eq = 737,81 / 10 = 73,78 kN

Observação: esta equivalência só pode ser feita quando a tensão de flexão não superar a tensão axial,
para garantir que todos os parafusos estejam tracionados.

- No eixo x:

Devem-se calcular os parâmetros geométricos necessários:

px = 2×( db + e1x )
= 2×( 19,05 + 31,00 )
= 100,10 mm

ax = e2x + ( db/2 )
= 34,00 + ( 19,05/2 )
= 43,53 mm
588
bx = e1x - ( db / 2 )
= 31,00 - ( 19,05/2 )
= 21,48 mm

ρX = bx / ax
= 21,48 / 43,53
= 0,49

δX = 1 - ( df / px )

df = db + 1,5 (diâmetro do furo)


df = 19,05 + 1,5 → df = 20,55 mm

δX = 1 - ( df / px ) → δX = 1 - ( 20,55 / 100,10 ) = 0,79

⎛ F ⎞
β x = ⎜⎛ t ,Rd − 1 ⎟⎞ ρ x
⎜ F ⎟
β x = ⎝⎜⎛Ft ,FtSd,Rd,Eq − 1 ⎠⎟⎞ ρ x
β x =⎝⎜Ft ,Sd ,Eq − 1⎟⎠⎟ ρ x
⎜ t , Rd
⎜ Ft ,Sd ,Eq ⎟
Ft,Rd – é ⎛a⎝força ⎠
Ft ,Rd axial⎞resistente de cálculo de um parafuso de 3/4"
β x =A⎜ × f − 1 ⎟ ρ x
Ft ,Rd = ⎜⎝beFt ,Sd ,ubEq (conforme

⎠ a ABNT NBR 8800:2008)
Abeγ×a 2 f ub
Ft ,Rd = A × f (conforme a ABNT NBR 8800:2008)
Ft ,Rd = γbea 2 ub (conforme a ABNT NBR 8800:2008)
γ
Abe ×a 2f ub

F-t ,Área
Rd π Efetiva
dγb 2 do π (conforme
19,052 a ABNT NBR
×Parafuso: 8800:2008)
Ab = = = 285,02 mm 2
π × d 2a 2 π ×19,05 2
Ab = π 4× db 2= π ×19,05 4 2= 285,02 mm
2

Ab = 4 b
= 4 = 285,02 mm2
Abe = π0,75 4 2 A = 0,754× 285,02
× d× b π ×19,052 = 213,765 mm2
Abeb == 0,75 × A=b = 0,75 × 285,02 = 285,02 mm2 mm2
b
= 213,765
A = 0,75 4 × A = 0,75 4 × 285,02 = 213,765 mm2
be b

Abe × f ub = 0,75
213,765 × 0,825
FAtbe,Rd==0,75 ×A × 285,02 = 213,765 2
b = = 130,63 mm kN
Abeγ×a 2 f ub 213,765 1,35× 0,825
,Rd = de
F- tForça × f ub=Resistente = 130,63
de umkN
Ft ,Rd = a 2
AγbeTração
=
213,765 1,35×de0,825
Cálculo
= 130,63 kN
Parafuso:
γ 1,35
Capítulo 5 - Ligações

⎛ A Ftbe,Rd×a 2f ub ⎞ 213,765 × 0,825 ⎞


⎛ 130,63
βFtx,Rd= ⎜⎛= − 1=⎟⎟⎞ ρ x = ⎜ − 1=⎟130,63
0, 49 =kN
1,57
⎜ FFt ,tSd,γRd,Eq ⎛ 130,63
1,35
⎝ 73,78 ⎞

β x = ⎝⎜⎛ F a 2 − 1 ⎠⎟⎞ ρ x = ⎜⎛ 130,63− 1 ⎟⎞ 0, 49 = 1,57
β x =⎜⎝⎜Ft ,Sdt ,,Rd Eq − 1
⎟ ρ =⎝ 73,78 − 1⎠ 0, 49 = 1,57
⎜ Ft ,Sd ,Eq ⎠ ⎟⎟ x ⎜⎝ 73,78 ⎟

⎛⎝ Ft ,Rd ⎞⎠ ⎛ 130,63 ⎞
βx = ⎜ −1 ρ = − 1 0, 49 = 1,57
⎜ F4t × γ a1 × bx⎟⎟ × Ft x,Sd ,Eq⎜⎝ 73,78 ⎟⎠

t fx ≥ 4 × γ × b × F
,Sd , Eq ⎠ 589
( a1
)
t fx ≥ p4x ×1γ+a1δ×xb×x a×pxFt ,Sdf ,yEq
x t ,Sd , Eq

(
t fx ≥ px 1 + δ x × a px f y )
(
4p×xγ41 a1××
+ δbx × )
×F
a px f y
1,1x × 21,48
t ,Sd , Eq× 73,78
Ft ,Rd = be ub
= = 130,63 kN
γ a2 1,35

⎛ F ⎞ ⎛ 130,63 ⎞
ββXx = → −α1 ⎟⎟ =ρ1,0
x =⎜ − 1 ⎟ 0, 49 = 1,57
t , Rd
≥ ⎜⎜1,0
⎝ Ft ,Sd ,Eq PX⎠ ⎝ 73,78 ⎠
Finalmente, a espessura necessária de flange, analisando o eixo x, será:

4 × γ a1 × bx × Ft ,Sd ,Eq
t fx ≥
px (1 + δ x × a px ) f y

4 ×1,1× 21,48 × 73,78


t fx ≥ = 10,54 mm
100,10 × (1 + 0,79 ×1,0 ) × 0,35

tfx = 10,54 mm

- No eixo y:

Devem-se calcular os parâmetros geométricos necessários:

py = 2×( db + e1y )
= 2×( 19,05 + 31,00 )
= 100,10 mm

ay = e2y + ( db/2 )
= 34,00 + ( 19,05/2 )
= 43,53 mm

by = e1y - ( db / 2 )
= 31,00 - ( 19,05/2 )
= 21,48 mm

ρy = by / ay
= 21,48 / 43,53
= 0,49

δy = 1 - ( df / py )

df = db + 1,5 (diâmetro do furo)


df = 19,05 + 1,5 → df = 20,55 mm

δy = 1 - ( df / py ) → δX = 1 - ( 20,55 / 100,10 ) = 0,79


590
⎛ Ft ,Rd ⎞
βy = ⎜ − 1⎟ ρ y
⎜ Ft ,Sd ,Eq ⎟
⎛⎝ Ft ,Rd ⎞⎠
βy = ⎜ − 1⎟ ρ y
⎜ t ,Sd ,Eq ⎟
Ft,Rd –⎝⎛ F éA abeforça × f ubaxial ⎠⎞ resistente de cálculo de um parafuso de 3/4"
Ft ,Rd = Ft ,Rd (conforme a ABNT NBR 8800:2008)
β y = ⎜ γ a 2 − 1⎟ ρ y
⎜ Ft ,Sd ,Eq ⎟
⎝⎛ AFbe × f ub ⎠⎞
Fβt ,Rd==⎜ (conforme
ρ y 2 a ABNT NBR 8800:2008)
γda 22 − 1π⎟⎟×19,05
t , Rd
y
⎜πF×t ,Sd
A = ⎝ A ×b,Eqf= ⎠ = 285,02 mm2
Ft ,bRd =⎛ F4be ub (conforme ⎞ 4 2 a ABNT NBR 8800:2008)
t ,γRd2
-βÁrea = π ⎜ ×
Efetiva
d a 2 −
do π1 ⎟
× ρ
Parafuso:
19,05
AFb = ⎜⎝= FAt ,beSdb,×Eq=f ub ⎟⎠(conforme=a285,02
y y 2
ABNT mm
NBR 8800:2008)
Abe = 0,75
t , Rd 4 γ×2 Ab = 0,75 4 × 285,02 = 213,765 mm2
π ×d a2
π ×19,05 2
Ab = A b× f= = 285,02 mm2
AFbet ,Rd= =0,75 A4bed××2Afb ub=π(conforme
be ub 0,75 4 × 285,02
213,765 2 a = 213,765
× ABNT
0,825 NBR mm
2
8800:2008)
π ×
Ft ,Rd= = γba 2 = = × 19,05
A b γ 1,35= 285,02=mm 130,63
2 kN
Abe = 0,75 4 4 × 285,02 = 213,765 mm2
Abe ×× fAubb = 0,75
a 2
213,765 × 0,825
Ft ,Rd =π × d 2 π=×19,052 = 130,63 kN
AA bbe == ⎛ 0,75 γ a×2 A= =⎞0,75 ×1,35
b
=
285,02 285,02
= mm
213,765
2 2
mmParafuso:
- βForça de
A F
4 ×
Tração f b Resistente
213,765
4 ⎛ 130,63
×de Cálculo
0,825 ⎞ de um
Ft ,yRd==⎜⎜ F be ub− 1=⎟⎟ ρ y = ⎜ 73,78 −=1 ⎟130,63 = 1,57
t , Rd
0, 49 kN
⎝ γ
t ,Sd , Eq ⎠ ⎝
1,35 ⎠
⎛ FAt ,Rd×a 2 f ⎞ 213,765 ⎛ 130,63
× 0,825 ⎞
Fytbe,Rd==⎜⎜=0,75 be × A −bub1=⎟=0,75
ρ y ×=285,02 = −213,765 2
βA ⎜ 1=⎟ 130,63mm
0, 49 =kN
1,57

⎝⎛ Ft ,Sdγ,Eqa 2 ⎠⎞ 73,78
⎝1,35 ⎠
Ft ,Rd ⎛ 130,63 ⎞
βy = ⎜ A 4 ××γ f −×1b⎟ ×213,765 ρFy = ⎜ × 0,825− 1 ⎟ 0, 49 = 1,57
Ft tfy,Rd≥ =⎜⎝⎛ Ft ,beSd ,Eqa1ub =⎟⎠⎞y t ,Sd ,Eq⎝ 73,78 =⎠130,63 kN
( Fγ
)
β y = ⎜ 4 p×ty,γRda12 +×−δb1y⎟×× Faρpyy =f ⎜y
⎜ Ft ,Sd ,aEq1 y ⎟ t ,Sd ,Eq⎝ 73,78
⎛ 130,63 ⎞
1,35
− 1 ⎟ 0, 49 = 1,57
t fy ≥ ⎝ ⎠ ⎠
( )
⎛ pFyt ,Rd1 + δ y ⎞× a py f y⎛ 130,63 ⎞
4 × γ a41 ×−1,1 b ×× F21,=48 × 73,78 − 1 0, 49 = 1,57
β =
tβtfyfyyy ≥≥≥ ⎜⎜1,0 → 1αy⎟⎟Py ρ=t y,Sd1,0 , Eq⎜ ⎟ = 10,54 mm
Ft ,Sd , Eq × (⎠1 + 0,79⎝×73,78 1,0 ) × 0,35⎠
(⎝ 100,10
p
4× y γ ×b 1 )+
4aa×
δ × a
1,1y y××21,
Fpyt ,Sd
48
f y
× 73,78 de flange, analisando o eixo y, será:
tFinalmente,
1 espessura necessária
, Eq
tfyfy ≥≥ = 10,54 mm
( 100,10 )
p y 1 +×δ(y1×+a0,79 py
4 ×1,1× 21, 48 × 73,78
f ×
y
1,0 ) × 0,35
t fy ≥ 4 × γ a1 × by × Ft ,Sd ,Eq = 10,54 mm
t fy ≥ 100,10 × (1 + 0,79 ×1,0 ) × 0,35
t fy ≥ ( p y 14+×δ1,1 ) y ××a21,
py 48 f y × 73,78
= 10,54 mm
100,10 × (1 + 0,79 ×1,0 ) × 0,35
4 ×1,1× 21, 48 × 73,78
t fy ≥ = 10,54 mm
100,10 × (1 + 0,79 ×1,0 ) × 0,35

tfy = 10,54 mm
Capítulo 5 - Ligações

- Portanto, a espessura de flange deve ser de:

tf é o maior valor entre tfx e tfy → 10,54 mm


Recomenda-se adotar valor nominal de 1/2“ = 12,5 mm
591
b2) Verificar a existência do efeito alavanca na placa de flange.

Se tiver agindo o efeito alavanca, significa que a placa de flange pode ser aliviada e consequentemente
a espessura pode ser reduzida, mas poderá sobrecarregar os parafusos. Caso contrário, se não houver
o efeito alavanca, a espessura previamente calculada será a espessura final.

- No eixo x:

Devem-se calcular os parâmetros geométricos necessários:

tcx – é uma espessura de referência, que se for maior que “tf“ indica a existência do efeito alavanca, dada por:
4 × bx × Ft ,Sd ,Eq
t cx = 4 × bx × Ft ,Sd ,Eq
(
t cx = px f y γ a1 )
(
px f y γ a1 )
4 × 21, 48 × 73,78
t cx = 4 × 21, 48 × 73,78 = 14,11 mm
t cx = 100,10 × ( 0,35 1,1) = 14,11 mm
100,10 × ( 0,35 1,1)
tcx = 14,11mm > tf = 10,54 mm
tcx = 14,11mm > tf = 10,54 mm
Portanto, o efeito alavanca está agindo na placa de flange.
Portanto,
Portanto, oo efeito
efeito alavanca está agindo
alavanca está agindo na
na placa
placa de
de flange.
flange.

1 ⎡⎢⎡Ft ,Sd ,Eq ⎛ t cx ⎞ 2 ⎤⎥⎤


2

α x = 1 Ft ,Sd ,Eq ⎜⎛ t cx ⎟⎞ − 1 ≥ 0
α x = δ x ⎢⎢ Ft ,Rd ⎜⎝⎜t f ⎟⎠⎟ − 1⎥⎥ ≥ 0
δ x ⎣⎢ Ft ,Rd ⎜⎝ t f ⎟⎠ ⎦⎥
⎣ ⎦
1 ⎡ 73,78 ⎛ 14,11 ⎞ ⎤
2

α x = 1 ⎢⎡ 73,78 ⎜⎛ 14,11⎟⎞2 − 1⎥⎤ ≥ 0


α x = 0,79 ⎢⎣⎢130,63 ⎝⎜10,54 ⎠⎟ − 1⎥⎦⎥ ≥ 0
0,79 ⎣⎢130,63 ⎝ 10,54 ⎠ ⎦⎥
αx = 0,015 ≥ 0 → Ok!
αx = 0,015 ≥ 0 → Ok!
αx = 0,015
αx = 0,015
Efeito de alavanca, em um parafuso, em x:
Efeito de alavanca, em um parafuso, em x:
⎡ ⎛ t f ⎞ 2⎤
2

Q a1x = Ft ,Rd ⎢⎡δ x × α x × ρ x ⎜⎛ t f ⎟⎞ ⎥⎤


Q a1x = Ft ,Rd ⎢⎣⎢δ x × α x × ρ x ⎝⎜t cx ⎠⎟ ⎥⎦⎥
⎢⎣ ⎝ t cx ⎠ ⎥⎦
⎡ ⎛ 10,54 ⎞ 2⎤
2

Qa1x = 130,63 ⎢⎡0,79 × 0,015 × 0, 49 × ⎜⎛ 10,54⎟⎞ ⎥⎤ = 0, 423 kN


Qa1x = 130,63⎣⎢⎢0,79 × 0,015 × 0, 49 ×⎝⎜14,11 ⎠⎟ ⎦⎥⎥ = 0, 423 kN
592 ⎢⎣ ⎝ 14,11 ⎠ ⎥⎦
- No eixo y:

Devem-se calcular os parâmetros geométricos necessários:

tcx – é uma espessura de referência, que se for maior que "tf" indica a existência do efeito alavanca, dada por:


4 × bbyy ×
×F Ftt ,,Sd
Sd ,, Eq
tt cycy =
=
Eq

(
pp yy ff yy γ aa11 )
44 ×
× 21, 48 ×
21, 48 × 73,78
73,78 = 14,11 mm
tt cycy =
= = 14,11 mm
100,10 × ( 0,35 1,1
100,10 × 0,35 1,1)

ttcycy == 14,11mm
14,11mm >> ttff == 10,54
10,54 mm
mm

Portanto,
Portanto, o efeito alavanca está agindo na placa de flange.
Portanto, oo efeito
efeito alavanca
alavanca está
está agindo
agindo na
na placa
placa de
de flange.
flange.

⎞2 ⎤
2
1 ⎡ Ft ,Sd ,Eq ⎛ tcy
α yy = ⎢ t ,Sd ,Eq ⎜ cy ⎟ − 1⎥ ≥ 0
δ yy ⎢ Ftt ,,Rd ⎜⎝ t ff ⎟⎠ ⎥
⎣ Rd ⎦

1
1 ⎡⎡ 73,78
73,78 ⎛⎛ 14,11
14,11 ⎞⎞2 ⎤⎤
2

α xx =
= ⎢⎢ ⎜ ⎟ − 1⎥⎥ ≥
−1 ≥0
0
0,79 130,63 ⎜⎝⎝ 10,54
0,79 ⎣⎢⎢⎣130,63 10,54 ⎟⎠⎠ ⎦⎥⎥⎦

α yy = 0,015 ≥ 0 →
→ Ok!
Ok!

α yy = 0,015

Efeito
Efeito de
de alavanca,
alavanca, em
em um
um parafuso,
parafuso, em
em y:
y:

⎡ ⎛t ⎞2 ⎤
2

Qaa11 yy = Ftt ,,Rd ⎢δ y × α y × ρ y ⎜ ff ⎟⎟ ⎥


y ⎜
Rd
⎢ y y
⎝ t cycy ⎠ ⎥⎦

⎡⎡ ⎛⎛ 10,54
10,54 ⎞⎞2 ⎤⎤
2

Q
Q aa11xx =
= 130,63
130,63 ⎢⎢0,790,79 × 0,015 ×
× 0,015 × 0, 49 ×
0, 49 × ⎜⎜ ⎟ ⎥⎥ = = 0,
0, 423
423 kN
kN
14,11 ⎟⎠⎠ ⎥⎦⎦⎥
Capítulo 5 - Ligações

⎢⎣⎣⎢ ⎝⎝ 14,11

593
b3) Verificar o modo de falha por ruptura por tração dos parafusos.

Como existe o efeito alavanca, deve-se calcular a força de tração final em cada parafuso considerando
o acréscimo de força de tração e, finalmente, comparar com a resistência de cálculo:

Ft,Sd,final = Ft,sd,Eq + Qa1,Sd


Ft,Sd,final = 73,78 + 0,423

Ft,Sd,final = 74,203 kN

Ft,Sd,final ≤ Ft,Rd

74,203 kN ≤ 130,63 kN → Ok!

Aproveitamento da Ligação = 0,57 → Ok!

- b4)
determinação
Verificar o do Comprimento
modo de falha porde Solda (l
ruptura w): cisalhamento da solda de filete.
por

- Determinação b )comprimento de solda (lw ):


lw = 2 × ( h +do
lw = 2 × ( h + b )
lw = 2 × ( 310,00 + 170,00 )
lw = 2 × ( 310,00 + 170,00 )
lw = 960,00 mm
lw = 960,00 mm
- Verificar a altura de solda (perna) necessária e comparar com a fornecida de 6 mm.
- Verificar a altura de solda (perna) necessária e comparar com a fornecida de 6 mm.

- -Para
ParaooMetal
metal Base:
base:
FFw,rd ≥ N sd,Eq(total
w,rd ≥ Nsd,Eq (total de
de tração
tração na
na placa
placa de
de flange)
flange)
Considerando que d = t
Considerando que dww= ttchtch, ,

0,6 × AMB × f y 0,6 × lw × dw × f y


≥ N Sd ,Eq → ≥ N Sd ,Eq
γ a1 γ a1

γ a1 × N Sd ,Eq 1,1× 737,8


dw ≥ → dw ≥
0,6 × lw × f y 0,6 × 960 × 0,35

dw ≥ 4,03 mm

- Para o Metal Solda:

594 Fw,rd ≥ Nsd,Eq (total de tração na placa de flange)

0,6 × Aw × f w 0,6 × l w × d w × cos 45°× f w


≥ N Sd ,Eq → ≥ N Sd ,Eq
dw ≥ 4,03 mm

-- Para
Para oo Metal Solda:
metal solda:

Fw,rd ≥ Nsd,Eq (total de tração na placa de flange)

0,6 × Aw × f w 0,6 × l w × d w × cos 45°× f w


≥ N Sd ,Eq → ≥ N Sd ,Eq
γ a2 γ a2

γ a 2 × N Sd ,Eq 1,35 × 737,8


dw ≥ → dw ≥
0,6 × lw × cos 45°× f w 0,6 × 960 × 0,7071 × 0, 485

dw ≥ 5,04 mm (aceitável 5mm)

- Para o Metal Base: → dw ≥ 4,03 mm


- Para o metal base: → dw ≥4,03mm
- Para o Metal Solda: → dw ≥ 5,04 mm
- Para o metal solda: → dw ≥5,04mm

Portanto, o metal solda e o metal base resistem à solda de filete de perna igual a 6 mm.

A ligação tubular, soldada do tipo flange retangular, está totalmente verificada em sua segurança.

5.6. BIBLIOGRAFIA ANSI/AISC 360-10 (2011) - American National


Standard ANSI/AISC 360-10, Specification for
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creto de edificações com perfis tubulares – As-
sociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Sepúlveda, B. D. G., Requena, J. A. V., Araújo,
2013, Rio de Janeiro, Brasil. A. H. M., Revista ABECE – Influência das liga-
ções K no dimensionamento das estruturas de
ABNT NBR 6118:2014 – Projeto de Estruturas aço tubulares circulares treliçadas - Associação
de Concreto-Procedimento – Associação Brasi- Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural,
leira de Normas Técnicas (ABNT), 2014, Rio de Ano 18 - N. 105, Set/Out 2014, pg. 14 ate 22, São
Janeiro, Brasil. Paulo-SP
ABNT NBR 8800:2008 – Projeto de Estruturas EN 1993-1-8:2010 – Eurocode 3: Design of
de Aço e de Estruturas Mistas de Aço e Concre- steel structures – Part 1-8: Design of joints –
to de Edifícios – Associação Brasileira de Normas European Committee for Standardization, 2010,
Capítulo 5 - Ligações

Técnicas (ABNT), 2008, Rio de Janeiro, Brasil. Bruxelas, Bélgica.


ANSI/ACI 318-11 (2011) – American National Fisher e Kloiber, 2010 – Fisher, J. M., Kloiber, L. A.,
Standard ANSI/ACI 318-11, Building Code Re- Base Plate and Anchor Rod Design – AISC Design
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Chicago, Illinois, Estados Unidos da América. 2010, Chicago, Estados Unidos da América. 595
Gomez et al., 2009 – Gomes, I., Kanvinde, Queiroz e Vilela, 2013 – Queiroz, G., Vilela,
A., Smith, C., Deirlein, G., Shear Transfer in P. M. L., Ligações, regiões nodais e fadiga de
Exposed Column Base Plate - Report Presented estruturas de aço, Código Editora, 2012, Belo
to the American Institute of Steel Construction, Horizonte, Brasil.
University of California at Davis, Stanford
University, 2009, Estados Unidos da América. Wardenier et al., 2008 – Wardenier, J., Kurobane,
Y., J.,Packer, J. A., van der Vegte, G. J., Zhao, X.,
Igarashi et al., 1985 – Igarashi, S., Wakiyama, L., Design Guide for Circular Hollow Section
K., lnoue, K., Matsumoto, T., Murase, Y., Limit (CHS) Joints under Predominantly Static
Design of High Strength Bolted Tube Flange Loading – CIDECT DG1, Comité International
Joint, Part 1 and 2, Journal of Structural and pour le Développment et l’Etude de la Construction
Construction Engineering, Transactions of AIJ, Tubulaire – CIDECT, 2008, Alemanha.
Department of Architecture Reports, Osaka
University, Japão. Wardenier et al., 2010 – Wardenier, J., Packer,
J. A., Zhao, X. L., van der Vegte, G. J., Hollow
Kurobane et al., 1987 – Kurobane, Y., Togawa, T., Sections in Structural Applications, CIDECT
Matsuo, O., Beam-to-Concrete Filled Tubular (Publisher), 2010, Genebra, Suiça.
Column Connections with Stiffener Rings,
Part 1: Tests, Part2: Analysis, Part 3: Discussion, Willibald et al., 2003 – Willibald, S., Packer, J.A.
Summaries of Technical Papers of Annual Meeting, and Puthli, R.S, Design Recommendations for
Architectural Institute of Japan, 1987, Japão. Bolted Rectangular HSS Flange-Plate Connec-
tions in Axial Tension, Engineering Journal, Vol.
Kurobane et al., 2004 – Kurobane, Y., Packer, J.A., 40, 1st Quarter, 2003, American Institute of Steel
Wardenier, J., Yeomans, N., Design Guide for Construction, Chicago, Estados Unidos da América.
Structural Hollow Section Column Connections
– CIDECT DG9, Comité International pour Willibald, 2003 – Willibald, S., Bolted Con-
le Développment et l’Etude de la Construction nections for Rectangular Hollow Sections un-
Tubulaire – CIDECT, 2004, Alemanha. der Tensile Loading – Doctorate Dissertation,
Fakultät für Bauingenieur –, Geo – und Umwelt-
Packer et al., 2009 – Packer, J. A., Wardenier, J., wissenschaften der Universität Fridericiana zu
Zhao, X., L., van der Vegte, A., Kurobane, Y., Karlsruhe, 2003, Karlsruhe, Alemanha.
Design Guide for Rectangular Hollow Section
(RHS) Joints under Predominantly Static Owens e Cheal, 1989 – Owens, G. W., Structural
Loading – CIDECT DG3, Comité International Steelwork Connections, Butterworth &Co. Ltd,
pour le Développment et l’Etude de la Construction 1989, Reino Unido.
Tubulaire – CIDECT, 2009, Alemanha.

Packer et al., 2012 – Packer, J. A., Sherman,


D., Lecce, M., Hollow Structural Section
Connections, AISC Design Guide 24, American
Institute of Steel Construction, 2012, Chicago,
Estados Unidos da América.

596
Codeme Engenharia: Figuras 1.31, 1.72, 1.76,
1.31, 1.72-a, 1.76, 1.78, 1.79 e 1.80.

Ledomiro Braga da Silva: Figura 1.36.

Jorge Luiz Sacrilo: Figuras 1.61-b e 1.61-d.

Acervo Vallourec: Figuras 1.65, 1.66 e 1.77.


FONTES

FONTES DO CAPÍTULO 2
Fakury, R. H.; Castro e Silva, A. L. R.; Caldas,
R. B. Dimensionamento de Estruturas de Aço e
Minas de Aço e Concreto. São Paulo: Pearson,
2016: Figuras 2.1, 2.2, 2.3, 2.6, 2.7, 2.8, 2.9, 2.10,
FONTES DO CAPÍTULO 1 2.11, 2.12 e 2.13; Exemplos 2.11.1 e 2.11.2.
Francisco Regis Carneiro de Andrade: Ricardo H. Fakury: Figuras 2.20 e 2.26.
Figuras 1.1, 1.34.
ABNT NBR 8800:2008: Figuras 2.4 e 2.5.
Brafer Construções Metálicas: Figuras 1.2 e 1.4. Tabelas 2.1 e 2.2.
Afonso Henrique M. de Araújo: Figuras 1.3, 1.6, FND Digitação: Figuras 2.14, 2.15, 2.16, 2.17,
1.8, 1.11, 1.12, 1.13, 1.15, 1.16, 1.18, 1.20, 1.21, 2.18, 2.19, figuras do subitem 2.11.4 - Seção
1.24, 1.27-a, 1.27-b, 1.28, 1.30, 1.32, 1.33-b, transversal da lança com a correia transportadora,
1.33-c, 1.35, 1.37-a, 1.37-b, 1,37-e, 1.38, 1.39, e todas as imagens dos exemplos.
1.40, 1.41, 1.42, 1.43, 1.47, 1.48, 1,49, 1.50, 1.51,
1.52, 1.61-c, 1.67, 1.68-b, 1.72b, 1.73 e 1.74. Eduardo de Miranda Batista: Figuras 2.21, 2.22,
2.23, 2.24, 2.25 e figuras do exemplo 2.11.4 -
José Cordeiro / SP Turis: Figura 1.5. Lança de uma recuperadora de minério com cor-
reia transportadora no seu interior e Junta soldada
FND Digitação: Figuras 1.7-a, 1.7-b, 1.26, multiplanar da lança formada por tubos de aço.
1.29, 1.53, 1.54, 1.55, 1.56, 1.57, 1.59, 1.60,
1.64, 1.69, 1.70, 1.71 e 1.75. Internet (imagem Google): Figura do subitem
2.11.4 - Correia transportadora elevada.
Mauricio Dario: Figura 1.7-c.

Pedro Davi: Figuras 1.9-a, 1.44, 1.45, 1.46,


1.58, 1.61-a, 1.62 e 1.68-a.

Thiago Fernandes: Figuras 1.9-b, 1.10, 1.17, FONTES DO CAPÍTULO 3


1.22, 1.23, 1,25, 1.27-b, 1.27-c, 1.33-a, 1.37-c e
Fakury, R. H.; Castro e Silva, A. L. R.; Caldas,
1.37-d.
R. B. Dimensionamento de Estruturas de Aço e
Diana Ceccato e João Alberto Marchioro: Minas de Aço e Concreto. São Paulo: Pearson,
Fontes

Figura 1.14. 2016: Figuras 3.12, 3.13, 3.19, 3.20, 3.24, 3.25,
3.26 e 3.37.
Wilton Marcelino: Figura 1.19.
597
Ricardo H. Fakury: Figuras 3.1(c,d,e,f ), 3.2-a, FND Digitação: Figuras 5.8, 5.9, 5.10, 5.11,
3.5-a, 3.8 (baseada em Packer, 2006), 3.9, 3.22-b 5.12, 5.13, 5.14, 5.15, 5.16, 5.17, 5.18, 5.19,
e 3.25. 5.20, 5.21, 5.22, 5.23, 5.24, 5.25, 5.26, 5.29,
5.30, 5.31, 5.32, 5.33, 5.34, 5.35, 5.36, 5.38,
Acervo Vallourec: Figuras 3.1-a e 3.1-b. 5.39, 5.40, 5.41, 5.42, 5.43, 5.44, 5.45, 5.46,
5.47, 5.49 e 5.50.
Pedro Davi: Figura 3.2-b.

FND Digitação: Figuras 3.3, 3.5-b, 3.6, 3.7,


3.10, 3.14, 3.15, 3.16, 3.17-a, 3.17-b(baseada em
Ferreira et. al. 2004) 3.18, 3.21, 3.23, 3.26, 3.27,
3.28, 3.29, 3.30, 3.31, 3.32, 3.33, 3.34, 3.36,
3.38, 3.39 e todas as imagens dos exemplos.

ABNT NBR 8800:2008: Tabelas 3.1 e 3.3.

ABNT NBR 16239:2013: Figura 3.4; Tabela 3.2.

Afonso H. Mascarenhas de Araújo: Figura 3.22-a.

Célio Firmo: Figura 3.11.

Sylvestre Scarano da Silva: Figura 3.35-a.

Thiago Fernandes: Figura 3.35-b.

FONTES DO CAPÍTULO 4:
FND Digitação: Figuras 4.1, 4.2, 4.3, 4.4, 4.5,
4.6, 4.7, 4.8, 4.9, 4.10, 4.11, 4.13, 4.18, 4.22,
4.23, 4.24, 4.25, 4.26, 4.27 e todas as imagens
dos exemplos.
Roberval Pimenta: Figuras 4.12, 4.14, 4.15,
4.16, 4.17, 4.19, 4.20, 4.21, 4.28, 4.29 e todas
as tabelas.

FONTES DO CAPÍTULO 5:
Arlene Sarmanho: Figuras 5.1a, 5.1b, 5.2, 5.3,
5.4, 5.5, 5.6, 5.7, 5.37 e 5.48.

Afonso Henrique M. de Araújo: Figuras 5.1c,


5.27 e 5.28.
598
O presente livro, que tem como objetivo principal procedimentos para o dimensionamento das barras
elucidar os conceitos fundamentais relacionados ao de aço; no quarto, os procedimentos para o dimen-
comportamento e aos procedimentos de dimensio- sionamento dos elementos mistos de aço e concreto;
namento das estruturas tubulares de aço, foi elabo- e, no quinto, os procedimentos para o projeto e o
rado com base na nova Norma Brasileira ABNT cálculo de ligações. Procurou-se, com esse escopo,
NBR 16239:2013  (Projeto de estruturas de aço e apresentar uma visão ampla das estruturas tubulares,
de estruturas mistas de aço e concreto de edificações de modo que pudessem ser atendidas as necessida-
com perfis tubulares). Sua produção é fruto de um des dos profissionais do setor da construção metálica
extenso projeto de Pesquisa e Desenvolvimento con- e de professores e estudantes de cursos de graduação
duzido pela Vallourec & Mannesmann Tubes, V & e pós-graduação. Para facilitar o entendimento, em
M do BRASIL, antecessora da Vallourec Tubos do todos os capítulos, foram inseridos muitos exemplos
Brasil, a partir dos anos 2000, por iniciativa de seu de cálculo, acompanhados de ilustrações esclarece-
então diretor, Dr. Marco Antônio Castello Branco, doras, com o objetivo de varrer a maior gama possí-
e de seu superintendente, Dr. Alexandre de Campos vel de situações usuais na prática. 
Lyra, objetivando o avanço do mercado de estrutu-
ras tubulares em nosso país.  Visando à apresentação de informações técnicas
atualizadas, optou-se por considerar no capítulo de
Em conjunto com universidades brasileiras, em es- ligações um conjunto de equações com ajustes em
pecial a UNICAMP, a UFOP, a UFMG e a UFRJ, relação àquelas encontradas na NBR 16239, ajustes
vários projetos de pesquisa foram levados adiante, estes provenientes de avanços recentes de calibração
focados nas necessidades do mercado nacional, ge- – posteriores à finalização da versão de 2013 da nor-
rando dissertações de mestrado, teses de doutorado, ma – e que, provavelmente, serão incorporados na
artigos, softwares, entre outros produtos, que muito próxima revisão da norma. Considerando, ainda, a
têm contribuído para o desenvolvimento da tecno- complexidade das ligações em estruturas tubulares,
logia das estruturas tubulares no mercado nacional. seu projeto e cálculo requerem cuidados especiais,
Deve ser destacado ainda que a  Vallourec  apoiou justificando a atenção dirigida a essa parte do livro.  
decisivamente o desenvolvimento da supracitada
Norma NBR 16239, cuja elaboração contou com Deseja-se finalmente agradecer à  Vallourec,  que
a participação assídua das universidades menciona- possibilitou a elaboração do presente livro, à  Bra-
das, além da Codeme Engenharia, entre outras em- fer  Construções Metálicas, que apoiou os desen-
presas e associações do setor da construção metálica, volvimentos de P&D da Vallourec  e, em especial,
como a ABCEM e a ABECE.  às engenheiras Iara Mapa  Soutto  Mayor e  Jêni-
fer  Heredia  Viveiros, da Vallourec, cujos apoios
O livro possui cinco capítulos. No primeiro capítu- foram fundamentais para a qualidade deste livro. 
lo, são fornecidas considerações gerais sobre as estru- Agradece-se ainda a colaboração dos alunos de pós-
turas tubulares (histórico, aplicações, fabricação de graduação das universidades supracitadas e dos en-
tubos, aços estruturais, propriedades geométricas, genheiros  Gabriel Vieira Nunes, Rodrigo Cuberos
composição de tubos com concreto), no segundo Vieira, Emerson Alexandro Bolandim, Davi Fagun-
são tratadas as questões das ações sobre as estrutu- des Leal, Rafael Eclache Moreira de Camargo e Li-
ras e do comportamento, segurança, modelagem e diane Rodrigues de Deus.
análise estrutural; no terceiro são apresentados os

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