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RELATÓRIO DE ESTÁGIO
MODELO
Lacrimar Felisbina das Dores
Varginha – 2010
DECLARAÇÃO
MODELO
Varginha-MG, 04 março de 2010.
Relatório de Estágio
Ano de Conclusão
do estágio: 2010
Empresa: Access – Contabilidade, Auditoria, Consultoria e Perícias Ltda.
Local: Varginha/ MG
MOLO
APRESENTAÇÃO
MODELO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . 6
2 A EMPRESA . . . . . . . . 9
2.1 Histórico da empresa . . . . . . 9
2.2 Missão, Visão e Política da Empresa . . . . 9
2.2 Descrição das Instalações, croquis, organogramas . . 10
2.3 Departamento estagiado . . . . . . 11
2.3.1 Ambiente e Influências Externas . . . 11
2.3.2 ...........................................
4 CONCLUSÕES E SUGESTÕES . . . . . 50
4.1 Conclusões . . . . . . . 52
4.2 Sugestões à empresa . . . . . . 53
4.3 Sugestões a FACECA . . . . . . 53
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . 54
6 ANEXOS . . . . . . . . . 55
Anexo 1. Balanço Patrimonial . . . . . 58
Anexo 2. Demonstração do Resultado do Exercício . . . 59
Anexo 3. Índices de Análise . . . . . . 60
Anexo 4 . Estrutura de Capital . . . . . 61
Anexo 5. ................
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1 INTRODUÇÃO
MODELO
10
2 A EMPRESA
2.1 Histórico
Missão: Fornecer serviços Contábeis e idéias a nossos clientes, para que multipliquem
resultados e tenham uma boa visão de organização, confiabilidade e precisão dos serviços
prestados.
Visão: Ser um referencial de excelência em executar serviços contábeis que encantem nossos
clientes e contribuam positivamente para o sucesso dos nossos parceiros, colaboradores e para
a sociedade.
A Equipe que compõe a ACCESS é formada por seis pessoas sob a supervisão e
orientação do Contador, Auditor e Perito Contábil Fábio Luiz de Carvalho.
No escritório supera-se a expectativa de que em geral a contabilidade existe somente para
atendimento ao fisco, devido ao corpo de profissionais ser de alto padrão técnico.
Além de todos os outros serviços normalmente executados pelo escritório, existe uma
preocupação em auxiliar no gerenciamento da empresa do cliente. Para tanto disponibiliza-se
os seguintes serviços diferenciais:
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Contabilização automática da folha de pagamento, utilizando-se de softwares
totalmente integrados;
Contabilização automática de pagamento de salários, títulos e tributos;
Elaboração de Cadastros para instituições financeiras totalmente automatizado, o que
proporciona maior agilidade e segurança na prestação das informações;
Assessoria para empresa na área contábil em relação ao planejamento tributário da
empresa, além de orientações diversas sobre procedimentos rotineiros;
Elaboração de demonstrações financeiras que ajudam o empresário na tomada de
decisão.
Outra questão atual que afeta o ambiente dos serviços contábeis é o ambiente
empresarial globalizado, o mercado competitivo e o pesado ônus tributário que sufoca as
empresas, isso requer do profissional da contabilidade, a todo instante, práticas de
gerenciamento eficazes para preservar a continuidade do empreendimento. Procurar formas
lícitas para reduzir o pagamento de tributos e ao mesmo tempo estar atento às mudanças da
legislação é uma necessidade imprescindível para maximização dos lucros das empresas, para
manutenção dos negócios e melhorar os níveis de empregos. Esses fatos importantes
requerem a participação ativa do contador.
Os usuários da informação contábil estão cada vez mais exigentes e sofisticados. Não
desejam mais apenas receber informações fechadas de forma que não possam ser manipuladas
e articuladas para melhor atender suas necessidades e especificidades do dia-a-dia. Entra aí a
questão do banco de dados, que serve de alavancador da contabilidade como sistema de
informações, contribuindo no sentido de atender as necessidades, aliadas aos objetivos e
estratégias da empresa, pois as informações precisam estar disponíveis e flexibilizadas a
qualquer momento.
Considerando a velocidade em que os fatos acontecem, cada vez mais a contabilidade
deve adequar-se a este ambiente, agilizando suas informações, tanto que as mesmas não
podem ser apenas mensais.
Percebe-se que, quanto maior o grau de instrução do empresário, maior é a utilização
dada à contabilidade para gestão da empresa.
Os empresários reclamam que a maior deficiência de informações está na área de
custos. Outra reclamação constante vem sendo a de que as informações deveriam ser mais
ágeis e com menor periodicidade. Esta lacuna existente sobre as informações necessárias à
gestão, faz com que o pequeno empresário acabe desistindo de administrar sua empresa
através da contabilidade. A contabilidade pode dar sua grande e valiosa contribuição ao
desenvolvimento das organizações, ao adotar uma função consultiva e preditiva, auxiliando os
1
1. Declaração do Sócio-Administrador da Access, Prof. Fábio Luiz de Carvalho
15
empresários a especificarem suas necessidades de informação antecipadamente, ao invés da
mera função interpretativa sobre relatórios pensados e preparados pelo contabilista, sem a
participação do empresário.
No que tange à modelagem da informação contábil, esta deve estar voltada ao
atendimento das necessidades do seu usuário principal, o gestor. Para tal, recomenda-se que
se desenvolvam estudos sobre um sistema contábil, que contemple não somente informações
econômica-financeiras, mas também dados que demonstrem o lado social e humano das
empresas.
MODELO
2.3.3.a Organograma e Croqui
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Organograma:
Contador Responsável
Croqui:
Banheiro
Área Serviço Arquivo Banheiro
Entrada Principal
1. Balanço Patrimonial;
2. Demonstração do Resultado do Exercício;
3. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados;
4. Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos;
Matarazzo (1998) afirma que para efeito de Analise de Balanços, a Lei das S/A
representou notável avanço. O conteúdo e a forma de apresentação das demonstrações
financeiras atendem às necessidades da Analise de Balanços, mesmo que no caso de analises
mais profundas, como por exemplo alavancagem financeira, tenhamos que reestruturar parte
da Demonstração do Resultado.
LUCRO LÍQUIDO
(-) Participação dos sócios / Participam através de distribuição de lucros ou dividendos.
acionistas
LUCRO LÍQUIDO Valor reinvestido na empresa.
RETIDO NA EMPRESA
Fonte: Iudícibus, 1998, p.134.
A seguir apresenta-se um modelo de estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício:
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ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO.
RECEITA BRUTA 13.000,00
(-) DEDUÇÕES 3.000,00
RECEITA LÍQUIDA OPERACIONAL 10.000,00
(-) CPV 6.000,00
LUCRO BRUTO 4.000,00
DESPESAS OPERACIONAIS 1.800,00
VENDAS 500,00
ADMINISTRATIVAS 1.000,00
FINANCEIRAS 300,00
RESULTADO NÃO OPERACIONAL 100,00
LUCRO ANTES DO IRPJ/CSSL 2.100,00
IRPJ/ CSSL 800,00
LUCRO LÍQUIDO 1.300,00
Fonte: Elaborado pelo autor
1.1 Disponibilidades
Representa o dinheiro em mãos da empresa, os depósitos bancários a vista e as
aplicações de imediata conversibilidade em dinheiro. Às vezes as disponibilidades aparecem
no balanço sob este próprio titulo ou Disponível, enquanto em outras vezes aparecem
subdivididas em varias contas como: caixa, bancos conta movimento e aplicações de liquidez
imediata.
1.2 Clientes
Compreende os valores a receber decorrentes das vendas efetuadas pela empresa. Nas
empresas prestadoras de serviços, podem ser inclusos os serviços já prestados e ainda não
faturados. Ainda componente do valor de Clientes existe a conta de Provisão para Créditos de
Liquidação Duvidosa (conta redutora de Duplicatas a Receber) que é constituída para cobrir
as perdas decorrentes do não recebimento de Duplicatas a Receber; e Duplicatas Descontadas
(conta redutora) que indica o quanto já foi antecipado das Duplicatas a Receber em
estabelecimentos bancários. Para efeito de analise de balanços, as duplicatas descontadas
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devem figurar no Passivo Circulante, pois o Passivo representa financiamentos de terceiros
obtidos pela empresa. Neste caso a empresa passa a depender dos bancos para poder efetuar o
investimento em duplicatas a receber. Se amanhã, os bancos não quiserem mais descontar
duplicatas da empresa, seja qual for o motivo, ela será obrigada a deixar de investir em
duplicatas a receber (vendendo somente a vista se for possível) ou obter outra fonte de
financiamento.
1.5 Estoques
Compreendem produtos e materiais de propriedade da empresa. São compostos das
seguintes contas:
Produtos acabados – são os produtos cujo processo de fabricação foi concluído e já se
encontram em condições de venda.
Mercadorias para revenda – compreende as mercadorias adquiridas para
comercialização.
Produtos em elaboração – representa o valor do inventario de produtos que se acham
em processo de fabricação na data de levantamento do balanço; compreende todos os
custos aplicados nesses produtos.
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Materiais – compreende todo tipo de material existente na empresa, tanto aquele que
se incorpora ao produto como aquele auxiliar da produção, administração e entregas.
Mercadorias em transito – compreende os bens comprados pela empresa que na data
do balanço se acham em transporte, a caminho da empresa.
Provisão para redução ao valor de mercado (conta redutora de estoques) – tem por
finalidade eliminar dos estoques a parcela dos custos que provavelmente não é
recuperável. Essa conta prevê prováveis perdas resultantes de estragos, deterioração,
obsoletismo, redução nos preços de venda ou de reposição do estoque. A constituição
desta provisão é feita com base no principio de avaliação de estoque, que é assim
determinado: custo ou mercado dos dois o menor. De acordo com esse principio as
perdas devem ser reconhecidas no resultado do exercício em que ocorreram e não no
exercício em que a mercadoria/produto é vendida, reposta ou transformada em sucata.
A constituição desta provisão gera um lançamento a credito nessa conta e a
contrapartida é lançada na demonstração de resultado, no grupo de despesas
operacionais.
O analista deve observar a relevância de cada uma das contas do balanço e decidir
se vale a pena considerá-las como um item isolado ou, então, agrupá-las com outras
contas. A não ser casos especiais, nenhum item com menos de 5% do ativo
circulante precisa ser destacado. Acima de 10% convém refletir sobre a necessidade
de destaca-lo ou não. Com mais de 20% certamente deve ser destacado.
MODELO
3.1.6 Processo de Análise
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A analise financeira e de balanços é um dos aspectos mais difíceis e exigem mais
maturidade por parte do profissional responsável. Deve ser entendida dentro de suas
possibilidades e limitações ( IUDICIBUS, 1998).
Quando é convenientemente manuseada pode transformar-se num poderoso “painel de
controle” da administração. Para isso existem algumas condições para que uma analise de
balanços seja efetiva, a saber:
I. A contabilidade da empresa deve ser mantida com esmero e sem interferências
manipuladoras” ou “normalizantes” de resultados;
II.As firmas de médio e grande porte devem ter suas demonstrações financeiras
auditadas, se não pela auditoria independente ao menos deve ter auditoria interna;
III. Os demonstrativos objetos de analise por meio de índices devem ser corrigidos
detalhadamente, levando-se em conta as variações do poder aquisitivo da moeda.
Matarazzo (1998), afirma que as demonstrações financeiras devem ser preparadas para
a analise, da mesma forma que um paciente que vai submeter-se a exames médicos.
Antes de iniciar a analise, devem ser examinadas, detalhadamente, as demonstrações
financeiras, para realizar a reclassificação.
Segundo Marion (2001), reclassificação de contas significa um reagrupamento de
algumas contas nas demonstrações financeiras, sobretudo no balanço patrimonial e na
demonstração de resultado do exercício, cujos ajustes serão necessários para melhorar a
eficiência da análise.
Por exemplo: se uma empresa dispõe vender um imóvel que até o momento estava
classificado no permanente, a atividade do contador é reclassificar esta conta no ativo
circulante ou realizável a longo prazo.
Ao reclassificar o ativo circulante, evidentemente a situação financeira a curto prazo
irá melhorar. Todavia não é fácil vender o imóvel e receber no mesmo ano. O ideal é o
realizável a longo prazo, não obstante seja menos eficaz no momento de se mensurar a
capacidade de pagamento da empresa a curto prazo. Outras vezes, mesmo sendo o Contador
imparcial no agrupamento das contas há necessidade de interferência do analista. É o caso da
receita financeira que legalmente é despesa operacional, mas para efeito de analise de
balanços não o é. Quando se pretende apurar a verdadeira taxa de rentabilidade obtida pela
atividade operacional, deve-se reclassificar tanto as despesas financeiras, como as receitas
financeiras, no grupo não operacional.
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EMPRESA “B“
ATIVO CIRCULANTE 2.000.000,00 PASSIVO CIRCULANTE 1.000.000,00
+ ENTRADAS 200.000,00 EMPRÉST. BANCÁRIOS 200.000,00
PATRIMONIO LIQUIDO 1.000.000,00
TOTAL...................... 2.200.000,00 TOTAL ............................ 2.200.000,00
Fonte: Elaborado pelo Autor
NOTA: a relação será de R$.1,83 para R$1,00 (sua capacidade de pagamento reduziu)
As peculiaridades das operações levaram a empresa “B“ ter uma menor capacidade de
pagamento e um maior endividamento em relação a empresa “A “.
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Por isso reclassifica-se: duplicatas descontadas, saques de exportação, desconto de
duplicatas/vendor para que as empresas que operam com empréstimos fiquem em condições
de igualdade com aquelas que operam com descontos.
EXEMPLO COM RECLASSIFICAÇÃO DA EMPRESA “A“
ATIVO CIRCULANTE 2.000.000,00 PASSIVO CIRCULANTE 1.000.000,00
+ ENTRADAS 200.000,00 DUPLICATAS DESCONT. 200.000,00
PATRIMONIO LIQUIDO 1.000.000,00
TOTAL......................... 2.200.000,00 TOTAL.............................. 2.200.000,00
Fonte: Elaborado pelo Autor
No exemplo o endividamento foi a relação de R$1,83
EMPRESA “ B “
ATIVO CIRCULANTE 2.000.000,00 PASSIVO CIRCULANTE 1.000.000,00
+ ENTRADAS 200.000,00 EMPRÉSTIMOS BANC. 200.000,00
PATRIMONIO LIQUIDO 1.000.000,00
TOTAL....................... 2.200.000,00 TOTAL............................ 2.200.000,00
Fonte: Elaborado pelo Autor
Nesse Exemplo o endividamento foi igual, a relação de R$1,83
NOTA: Endividamento igual para as duas empresas.
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2. Despesas do Exercício Seguinte - por se tratar de uma despesa antecipada que será
consumida pela empresa, no próximo ano, ela é classificada por forca de lei no Ativo
Circulante. Porém não se transformará em dinheiro. Esta despesa reduzirá o lucro do
próximo exercício e, conseqüentemente, o Patrimônio Líquido.
Para os analistas mais conservadores, é preferível deduzi-la do Patrimônio Líquido
(excluindo-a do Ativo Circulante).
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
Caixa ...................................................... 2.000,00 Diversos a Pagar .............15.000,00
Duplicatas a Receber ............................. 5.000,00 ( capitais de terceiros)
Estoque.............................................. ...11.000,00
Despesas do Exercício Seguinte............. 2.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ATIVO PERMANENTE Capital ........................10.000,00
Imobilizado............................................10.000,00 Lucros Acumulados..... 5.000,00
TOTAL............................................... 30.000,00 TOTAL.........................30.000,00
Fonte: Marion, 2001, p.43
MODELO
DEMONSTRAÇÃO GRÁFICA DOS BALANÇOS ANTES DA RECLASSIFICACAO
CIRCULANTE
ATIVO
1.650,00
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Disponível 200,00
REALIZÁVEL 1450,00
Estoque 100,00
Duplicatas a Receber 300,00
(-) Duplicatas Descontadas 100,00
Imóveis a Venda 150,00
Aplicações Financeiras 1.000,00
PERMANENTE 3.500,00
Investimentos 1.200,00
Imobilizado 3.300,00
(-) Depreciação 1.000,00
TOTAL DO ATIVO 5.150,00
ET – Exigível Total
PL – Patrimônio Líquido
Este índice é um dos mais utilizados para retratar o posicionamento das empresas com
relação ao capital de terceiros.
Nota: Se este índice durante vários anos, se mantiver consistente e acentuadamente maior que
um (1), denotará uma dependência exagerada de recursos de terceiros.
PC = Passivo Circulante
ET = Exigível Total
O objetivo deste índice é avaliar o equilíbrio entre os recursos a curto prazo e longo
prazo.
Nota: Representa a composição do endividamento total ou qual a parcela que se vence a curto
prazo, no endividamento total. Porém cada empreendimento possui uma estrutura otimizante de
composição de recursos e não existem, a rigor, regras fixas.
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Para Marion (2001), é de relevância observar que o endividamento a curto prazo é
desfavorável, prejudicando a liquidez corrente da empresa (situação financeira).
AC = Ativo Circulante
RLP = Realizável a Longo Prazo
PC = Passivo circulante
ELP = Exigível a Longo Prazo
Segundo Iudícibus (1978), este índice serve para detectar a saúde financeira de longo
prazo do empreendimento.
Para Matarazzo (1998) a liquidez geral é a capacidade que a empresa tem para saldar
suas dívidas a curto prazo e longo prazo, com recursos já disponíveis no seu ativo circulante e
longo prazo. Mede habilidade de pagar.
Interpretação: Quanto Maior, Melhor.
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3.1.13.b Liquidez Corrente
LIQUIDEZ CORRENTE = AC
PC
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante
AC = Ativo Circulante
MODELO
LIQUIDEZ SECA = AC - E
PC
E = Estoque
PC = Passivo Circulante
Considerações Gerais
Para que a análise dos prazos médios seja útil, é preciso analisar conjuntamente o
Prazo Médio de Renovação dos Estoques (PMRE), Prazo Médio de Recebimento de Vendas
(PMRV) e Prazo Médio de Pagamento de Compras (PMPC) (MATARAZZO, 1998).
Numa empresa comercial o PMRE representa o tempo médio de estocagem de
mercadorias; na empresa industrial, o tempo de produção e estocagem. O PMRV expressa o
tempo decorrido entre a venda e o recebimento. O somatório dos PMRE + PMRV representa o
que se chama Ciclo Operacional, ou seja, o tempo decorrido entre a compra e o recebimento
da venda da mercadoria. O Ciclo Operacional mostra o prazo de investimento.
Paralelamente ao Ciclo Operacional, ocorre o financiamento concedido pelos
fornecedores, a partir do momento da compra. O resultado do PMRE + PMRV - PMPC
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denominamos de Ciclo Financeiro, que representa o tempo decorrido entre o momento em
que a empresa paga os seus fornecedores e o momento em que ela recebe de seus clientes.
Recebimento de Pagto a
Compra Venda clientes fornecedores
tempo
Ciclo Operacional
...................................................................................
Ciclo Financeiro
.......................................
Pagto a Recebimento de
Compra fornecedores Venda clientes
tempo
Ciclo Operacional
.........................................................................................................................….......…….
Ciclo Financeiro
.....................................................................................……....
MODELO
43
Podem-se identificar como índices que representam a velocidade com que elementos
patrimoniais de relevo se renovam durante determinado período de tempo.
Em outras palavras, nota-se que são os dias que a empresa demora, em média, para
receber suas vendas, para pagar suas compras e para renovar o seu estoque.
Para fins de analise, quanto maior foi a velocidade de recebimento de vendas e de
renovação de estoque, melhor.
Por outro lado, quanto maior for o prazo para pagamento das compras, melhor.
Os índices de atividade tem por objetivo:
Conhecer o ciclo operacional da empresa;
Conhecer o período de rotação da empresa, de recebimento de vendas e de pagamento
de compras.
MODELO
44
Pode-se notar claramente que a empresa mesmo tendo um aumento dos seus custos de
mercadoria vendida, conseguiu diminuir suas despesas operacionais em 10,3%, aumentando
seu Resultado Operacional em 27,6%.
Na análise vertical nota-se que os itens em que a porcentagem, isto é, participação é
significativa são o CMV e as Despesas Operacionais
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A empresa está trabalhando, em sua maioria, com capital de terceiros do que com
capital próprio e esse índice aumenta de 2001 para 2002 o que é uma evolução negativa, ou
seja, houve um aumento da dívida de 1,32 para 1,45 respectivamente.
45% das dívidas da empresa eram a curto prazo em 2002 contra 42% em 2001, houve
um aumento de obrigações a curto prazo, mas não é um aumento significativo, pois a empresa
ainda permanece trabalhando com obrigações a longo prazo, o que é favorável.
Respectivamente, foram destinados em 2001 e 2002, 60% e 57% dos recursos não
correntes no ativo permanente, lembrando que quanto menor este índice, melhor para
empresa.
46
Esse índice se encontrava em 1,00 para 1,00 em 2001. A liquidez geral nesse exercício
se encontra baixa e diminui em 2002 passando a 0,95 de A.C. + RELP para cada 1,00 da
dívida total. Esse, como todos os índices de liquidez não devem ser analisados isoladamente.
Nesse caso temos que levar em consideração o financiamento contraído que foi aplicado no
Imobilizado, o que reduz a LG, aumenta o ativo realizável a longo prazo, mas não aumenta o
Ativo Circulante e o Realizável a Longo Prazo.
Para cada 1,00 de dívidas a curto prazo a empresa tem, respectivamente em 2001 e
2002, 2,18 e 1,87.
A liquidez corrente está evoluindo negativamente, mas ainda se encontra alta. Os
índices de LC acima de 1,00 normalmente são considerados bons. Há um outro aspecto, a
maior parte do circulante é formada pelo estoque, o que faz esse índice deficiente quando
analisado isoladamente, para a Livraria Ética, que trabalha com estoque esse índice é levado
em consideração, pois relata a realidade da empresa.
A liquidez seca apresenta-se baixa nos dois exercícios, 2001 em 0,39 e 2002 em 0,38.
Isso significa que a empresa não tem muitos valores de rápida conversibilidade, então só
conseguiria pagar menos da metade das suas dívidas no caso duma paralisação de vendas ou
se seu estoque fosse obsoleto.
Para uma empresa como essa que trabalha com estoque alto, as vendas, na sua maioria
à vista, e que normalmente tem o cuidado de não estocar materiais com alto índice de
obsolescência, esse índice torna-se inexpressivo.
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A empresa tem o giro do ativo, também conhecido como produtividade, alto o que é
bom, em 2001 ele alcança 3,38, crescendo ainda mais em 2002, aonde chega a 3,44. Isto quer
dizer que a empresa vendeu (girou), em média, 3 vezes o seu ativo.
A empresa obtém de lucro (para os proprietários), para cada R$1,00 vendido, em 2002,
0,08 e em 2001, 0,06. Houve um aumento de 25% na lucratividade de um ano para o outro.
MODELO
3.2.2.4 Índices de Prazos Médios (Anexo 10)
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Em 2001 a empresa recebia suas vendas em 8,77 dias e em 2002 passa a receber em
8,38 dias. Houve uma redução não muito significativa e no resultado do PMRV que se
encontra baixo, isto é, leva pouco mais de uma semana para receber suas vendas o que é
satisfatório.
O PMRE é de 75,80 dias em 2001 e de 66,03 dias em 2002, houve uma queda
favorável, isto é, a empresa vendia seu estoque em 2001 em 75,80 dias e cai para 66 dias em
2002. A diminuição de 9 dias é significativa para a empresa, pois quanto menor esse índice
mais rápido é o giro de estoque, conseqüentemente aumenta a agilidade da empresa e diminui
o gasto com o ativo.
MODELO
4 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
50
4.1 Conclusões
Ao término do estágio chego à conclusão de que ele foi de grande valia para o meu
aprendizado. Foi importante tanto para o crescimento profissional quanto pessoal, pois tive a
oportunidade de conhecer e me relacionar com pessoas que trabalham na área Contábil, área
esta, que será o meu futuro ambiente de trabalho.
Tive a oportunidade também de vivenciar, na prática, as teorias apreendidas na sala de
aula, e isso é de suma importância para a consolidação do aprendizado, principalmente em se
tratando de Informações Contábeis de natureza Gerencial... Bla, blá, blá.....
............................................................................
Na minha opinião, creio que a Faculdade deveria criar um horário para simulações de
estágio onde os alunos pudessem apresentar prévias do relatório de estágio, blá, blá, blá...
Dessa forma, blá, blá, blá....
É importante também intensificar as aulas práticas onde rotinas trabalhistas e
previdenciárias para que possam ser assimiladas blá, blá, blá....
As orientações aos estagiários também poderiam blá, blá, blá....
A Biblioteca, por sua vez, poderia blá, blá, blá .........................................................
MODELO
51
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
BLATT, Adriano. Análise de Balanços. São Paulo: Makron Books, 2001.
BRASIL. Lei 6.404/76 – Lei das S.A. Disponível em: <www.planalto.com.br>. Acesso em:
02 jan. 2005.
IUDICIBUS, Sérgio et al. Contabilidade introdutória. 9. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis. São Paulo : Atlas, 2001.
MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 5
ed. São Paulo : Atlas, 1998.
PADOVEZE, Clóvis Luiz. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistemas de informação
contábil. 3. ed. São Paulo : Atlas, 2000
PRESENTE, Mário. Manual de estrutura e análise de balanços. PUC-Campinas/FACECA,
Campinas, 2000.
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6 ANEXOS
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Anexo 2 – DRE e Análise Vertical e Horizontal
53
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Anexo 3: Análise através de Índices
54
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