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Governador

Cid Ferreira Gomes

Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho

Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia

Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar

Assessora Institucional do Gabinete da Seduc


Cristiane Carvalho Holanda

Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC


Andréa Araújo Rocha
CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL INTEGRADO
AO ENSINO MÉDIO DISCIPLINA 2

Introdução à Profissão
e Ética Profissional

DISCIPLINA 2

MANUAL DO (A) ALUNO (A)

AGOSTO/ 2012
FORTALEZA- CE
CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL INTEGRADO
AO ENSINO MÉDIO DISCIPLINA 2

Governador
Cid Ferreira Gomes

Vice-governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho

Secretária de Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia

Secretário Executivo
Antonio Idilvan de Lima Alencar

Assessora Institucional do Gabinete


Cristiane Holanda
Coordenadora da Educação Profissional
Andréa Araújo Rocha

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CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL INTEGRADO
AO ENSINO MÉDIO DISCIPLINA 2

CONSULTORIA TECNICA E PEDAGOGICA


Vanira Matos Pessoa
Maria Idalice Silva Barbosa
Anna Margarida Vicente Santiago.

ELABORAÇÃO
Fabiane da Silva Severino Lima

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CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL INTEGRADO
AO ENSINO MÉDIO DISCIPLINA 2

Sumário

1. Apresentação...................................................................................................... 05

2. Objetivos de aprendizagem................................................................................ 06

3. Conteúdo Programático...................................................................................... 07

4. Atividades sócio afetivas.................................................................................... 08

5. Atividades cognitivas......................................................................................... 13

6. Referências bibliográficas do Manual................................................................ 31

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CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL INTEGRADO
AO ENSINO MÉDIO DISCIPLINA 2

Apresentação
Este é o primeiro Manual pedagógico de uma série que aborda temas
específicos da formação do Técnico em Saúde Bucal (TSB) integrado ao Ensino Médio.
Cada Manual corresponde a uma Disciplina, sendo este referente à disciplina 2 do
módulo básico do curso - Introdução à profissão e Ética profissional, com carga
horária de 40 horas/aula. A disciplina 1 é denominada Informática Básica.

No intuito de deixar claro o que é esperado do aluno ao final da disciplina,


este manual propõe os objetivos de aprendizagem referentes ao tema, acompanhado do
conteúdo de cada disciplina. Propõe também atividades pedagógicas que focam o eixo
cognitivo e sócio-afetivo do processo de aprendizagem. Disponibiliza uma bibliografia
para o(a) professor(a), subsidiando-o(a) para aprofundar os debates em sala de aula,
bem como, uma bibliografia de referência do Manual.

Elaborado no intuito de qualificar o processo de formação, este Manual é um


instrumento pedagógico que se constitui como um mediador para facilitar o processo de
ensino aprendizagem em sala de aula, embasado em um método problematizador e
dialógico que aborda os conteúdos de forma lúdica, participativa tornando o aluno
protagonista do seu aprendizado facilitando a apropriação dos conceitos de forma
crítica e responsável.

É importante que o(a) professor(a) compreenda o propósito do método do


curso, e assim, se aproprie do conteúdo e da metodologia proposta por meio das
atividades pedagógicas, fazendo um estudo cuidadoso deste Manual e buscando
aperfeiçoar sua didática para conduzir com sucesso as atividades propostas.

Esperamos contribuir para consolidação do compromisso e envolvimento de


todos (professores e alunos) na formação desse profissional tão importante para o
quadro da saúde do Ceará.

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CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL INTEGRADO
AO ENSINO MÉDIO DISCIPLINA 2

Objetivos de Aprendizagem

Ao final da disciplina os alunos devem ser capazes de...

1) Descrever o processo histórico da profissão do Técnico em Saúde Bucal e sua


inserção nos diferentes âmbitos da saúde brasileira;

2) Identificar o perfil profissional do Técnico em Saúde Bucal;

3) Reconhecer as áreas de atuação do Técnico em Saúde Bucal, sendo estes


responsáveis por realizar prestação de cuidados no âmbito da promoção, prevenção e
recuperação da saúde bucal;

4) Entender os preceitos legais que regem a profissão do Técnico em Saúde Bucal;

5) Discutir o código de ética odontológico e suas implicações para a prática


profissional;

6) Entender o que é ser um profissional da saúde.

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CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL INTEGRADO
AO ENSINO MÉDIO DISCIPLINA 2

Conteúdo Programático

1) O processo histórico da Odontologia e do Técnico em Saúde Bucal no contexto


nacional;

2) Perfil profissional do Técnico em Saúde Bucal;

3) Áreas de atuação do Técnico em Saúde Bucal;

4) Atribuições do Técnico em Saúde Bucal;

5) Legislação específicas:

Resolução CFO 63/2005;

Resolução CFO-85/2009;

Lei nº 11.889, de 24 de dezembro de 2008.

6) O Código de Ética Odontológico, reformulado pela Resolução CFO 118/ 2012;

7) O profissional da saúde.

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CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL INTEGRADO
AO ENSINO MÉDIO DISCIPLINA 2

Atividades Sócio afetivas


1. HINO DA ODONTOLOGIA

O Hino da Odontologia1
Dr. Carlos Estrela
O povo que sabe sorrir
Pode sempre muito mais

Um povo que sabe sorrir está no caminho da Paz

Ter um sorriso saudável e bonito


Esta nação que tem tanta alegria

Depende da pesquisa e do trabalho da Odontologia

Sorria Coração Brasileiro


Sorria Todo o País!

Os profissionais da Odontologia trabalham com arte e tecnologia


Trocando a doença pela cura, restauração por prevenção

E no lugar onde existe dor


A gente põe conhecimento e amor!

Um trabalho tão dedicado não pode ser subestimado


O nosso papel social é fundamental

É preciso estar de mãos dadas com a ciência


Ter plena consciência
Da Ética e da Moral
Da realidade social

Texto extraído do vídeo disponível no endereço eletrônico


1

<http://www.youtube.com/watch?v=UFlAuoU33dc>. Acesso em: 27 de julho de 2012.

8
2. QUE TEMOS EM COMUM?

3. DANÇA DAS CADEIRAS COOPERATIVAS

4. EFICIÊNCIA

Eficiência2

Numa grande empresa trabalhava Álvaro, um funcionário sério, cumpridor de suas


obrigações e, por isso mesmo, já com 20 anos de casa.
Um belo dia, Álvaro vai ao presidente da empresa fazer uma reclamação:
- Tenho trabalhado durante estes 20 anos em sua empresa com toda a dedicação, e
agora me sinto um tanto injustiçado.
Juca, que está conosco há somente três anos, está ganhando mais que eu.
O patrão fingiu não ouvi-lo e, cumprimentando, falou:
- Foi bom você ter vindo aqui. Tenho um problema para resolver e você poderá
ajudar-me.
- Estou querendo dar ao nosso pessoal uma sobremesa após o almoço de hoje.
- Aqui na esquina tem uma barraca de frutas. Vá até lá e verifique se tem abacaxi.
Álvaro, sem entender, saiu da sala e foi cumprir a missão a ele designada.
Em cinco minutos estava de volta.
- Como é? Disse o patrão.
- Verifiquei como o senhor mandou e a barraca tem o abacaxi, disse Álvaro.
- E quanto custa cada? Perguntou o patrão.
- Isto eu não perguntei não! Respondeu Álvaro.
- Eles têm quantidade suficiente para atender todos os funcionários? Perguntou o
patrão.
- Não sei não? Respondeu Álvaro.
- Muito bem, Álvaro, sente-se ali naquela cadeira e me aguarde um pouco.
Pegou o telefone e mandou chamar o Juca.

2 Texto extraído de: <http://criptopage.caixapreta.org/secao/reflexoes/reflexao_eficiencia.htm>.


Acessado em 24/08/2011
Quando Juca entrou na sala o patrão foi logo dizendo:
- Juca estou querendo dar ao nosso pessoal uma sobremesa após o almoço de hoje.
Aqui na esquina tem uma barraca de frutas, vá até lá e verifique se tem abacaxi.
Em oito minutos Juca estava de volta.
- E então, Juca? Perguntou o patrão.
- Tem abacaxi, sim. Têm quantidade suficiente para todo o pessoal e se o senhor
quiser eles têm também laranja e banana.
E o preço? perguntou o patrão.
- Bom o abacaxi eles estão vendendo a R$1,00 o quilo, a banana a R$0,50 o quilo e a
laranja a R$20,00 o cento, já descascada. Mas como eu disse que a quantidade era
grande eles me concederam um desconto de 15%. Deixei reservado o abacaxi. Caso o
senhor resolva, eu confirmo.
Agradecendo a Juca pelas informações, o patrão dispensou-o e voltou-se para Álvaro
na cadeira ao lado e perguntou-lhe:
- Você perguntou alguma coisa quando entrou em minha sala hoje. O que era
mesmo?
- Nada sério não, patrão. Respondeu Álvaro.

5. E A ÉTICA?

6. CELSO MELHOROU?

3
O CELSO MELHOROU?

- Bom dia, é da recepção? Eu gostaria de falar com alguém que me desse informações sobre um paciente.
Queria saber se certa pessoa está melhor ou piorou...
- Qual o nome da pessoa?
- Chama-se Celso e está no quarto 302.
- Um momentinho, vou transferir a ligação para o setor de enfermagem.

3Texto extraído do endereço eletrônico: http://mais.uol.com.br/view/e8h4xmy8lnu8/o-celso-


melhorou-0402316AC8B90346?types=A&. Acessado em: 01/09/2011.

10
- Bom dia, sou a enfermeira Lourdes. O que deseja?
- Gostaria de saber as condições clínicas do paciente Celso do quarto 302, por favor!
- Um minuto, vou localizar o médico de plantão.
- Aqui é o Dr. Carlos, plantonista. Em que posso ajudar?
- Olá, Doutor. Necessito de alguém que me informe sobre a saúde de Celso, ele está internado há três
semanas, no quarto 302.
- Ok, meu senhor, só um minuto! Vou consultar o prontuário... Hummm, ele se alimentou bem hoje, a
pressão arterial e o pulso estão estáveis, responde bem à medicação prescrita e vai ser retirado do monitor
cardíaco até amanhã. Continuando bem, receberá alta em três dias.
- Ah, Graças a Deus! São notícias maravilhosas! Que alegria!
- Pelo seu entusiasmo, deve ser alguém muito próximo, certamente da família?
- Não, sou o próprio Celso telefonando aqui do 302! É que todo mundo entra e sai aqui do quarto e
ninguém me diz porcaria nenhuma... Só queria saber como estou...

7. ABRIGO SUBTERRÂNEO

ABRIGO SUBTERRÂNEO4
Imaginem que nossa cidade está sob ameaça de um bombardeio. Aproxima-se
um homem e lhes solicita uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só
pode acomodar seis pessoas. Mas 12 pretendem entrar.
Abaixo, há uma relação das 12 pessoas interessadas a entrar no abrigo. Faça
sua escolha, destacando apenas seis delas:
( ) Um violinista, com 40 anos, narcótico viciado.
( ) Um advogado, com 25 anos, HIV +.
( ) a mulher do advogado, com 24 anos, que acaba de sair do manicômio. Ambos
preferem ou ficar juntos no abrigo, ou fora dele.
( ) Um sacerdote com 75 anos
( ) Uma prostituta, com 34 anos.
( ) Um ateu com 20 anos, autor de vários assassinatos.
( ) Uma universitária que fez voto de castidade

4
Dinâmica adaptada. Disponível em: <http://www.kombo.com.br/materiais-
rh/dinamica.php?id=YjJlYjczNDkwMzU3NTQ5NTNiNTdhMzJlMjg0MWJkYTU=>. Acesso em:
26 de julho de 2012.

11
( ) Um físico, 28 anos, que só aceita entrar no abrigo se puder levar consigo uma arma.
( ) Um declamador fanático, com 21 anos.
( ) Uma menina de 12 anos, e baixo Q.I.
( ) Um homossexual, com 47 anos.
( ) Um excepcional, com 32 anos, que sofre de ataques epilépticos.

8. DIVISÃO DA TURMA EM PEQUENOS GRUPOS

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Atividades Cognitivas
1. HISTÓRIA DA ODONTOLOGIA NO BRASIL

Odontologia no Brasil5
Christine Saraiva

Dos barbeiros até a regulamentação dos cursos, e depois a criação dos


Conselhos, foram muitos os desafios enfrentados. Hoje, com quase 158 mil cirurgiões-
dentistas espalhados por todo o país, a Odontologia brasileira é reconhecida por sua
qualidade, ma ainda há muito trabalho a ser desenvolvido, especialmente no que se
refere à prevenção.
O registro de cuidados com os dentes remonta à época do descobrimento. De
acordo com observações dos primeiros colonizadores e de crânios encontrados em
Lagoa Santa (MG) e em regiões litorâneas de São Paulo e do Paraná, os índios tinham
dentes bem implantados, com poucas cáries, mas acentuada abrasão, provavelmente
devido a mastigação de alimentos duros. De acordo com dados disponíveis, a tribo
kuikuro, do norte do Mato Grosso, chegava inclusive a preencher as cavidades dentárias
com resina de jatobá aquecida, o que cauterizava a polpa e funcionava como uma
obturação, depois de endurecida.
Dos barbeiros às primeiras cartas de dentistas - Com as expedições
colonizadoras e a criação das capitanias hereditárias, entre 1534 e 1536, começaram a
chegar ao Brasil os mestres de ofício de várias profissões, entre eles os barbeiros,
encarregados de tratar os dentes e que eram regulados pelo Regimento do Físico-mor de
Portugal, datado de 1521.
No Brasil, os primeiros documentos a normatizar o exercício da arte dentária
foram a Carta Régia de Portugal, de 9 de novembro de 1629, e o Regimento do Ofício
de Cirurgião-mor, de 1631. O Regimento chegava inclusive a prever multa de dois mil
réis para quem tirasse dentes sem licença. Também marcou o início da legislação
relativa à Odontologia o Regimento ao Cirurgião Substituto das Minas Gerais, de 9 de
maio de 1743, que estabelecia aos pretendentes o pagamento de uma taxa e prestação de
exame.
Em 17 de junho de 1782, foi criada a real Junta de Protomedicato, que passou a
ser responsável pela concessão de cartas e licenças, extinguindo os cargos de físico-mor
e cirurgião-mor. Era nessa época que Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes,
exercia seu ofício, tendo sido preso, em maio de 1789, por participar da Inconfidência

Texto extraído na íntegra do endereço eletrônico:


5

<http://www.aborj.org.br/default.asp?menu=15&opcao=8&acao=16>. Acessado em:


26 de julho de 2012.

13
Mineira. Entre os seus pertences apreendidos, estavam dois fórceps, uma espátula e
duas chaves de extração.
O termo dentista só apareceu, em 1800, com o Plano de Exames proposto pela
Real Junta, que estabelecia que o candidato ao ofício precisava passar por uma
avaliação de conhecimento parcial de anatomia, métodos operatórios e terapêuticos.
Em 1808, com a vinda da família real para o Brasil, a colônia passou a se
desenvolver a todo o vapor e em 18 de fevereiro daquele mesmo ano foi criada a Escola
de Cirurgião, no Hospital São José na Bahia, e nove meses depois, em 5 de novembro, a
Escola Anatômica Cirúrgica e Médica do Hospital Militar e da Marinha, transformada
mais tarde em Faculdade de Medicina.
No ano seguinte, o sistema de concessão de licenças de trabalho mudou mais
uma vez. Em janeiro de 1809, o príncipe regente, D. João, aboliu a Real Junta de
Protomedicato e seu trabalho voltou a ser exercido pelo físico-mor e cirurgião mor.
Em 15 de fevereiro de 1811, foi concedida a primeira carta de dentista do
Brasil ao português Pedro Martins e Moura. Em 23 de julho, foi a vez do primeiro
brasileiro: Sebastian Fernandez de Oliveira. Entre os profissionais de destaque da época
estava o francês Eugenio Frederico Guertin, que recebeu sua carta em 3 de março de
1820. Com consultório na rua do Ouvidor, 126, no Centro do Rio, Guertin publicou em
1829 um pequeno livro intitulado "Avisos Tendentes à Conservação dos Dentes e sua
Substituição", considerado, de acordo com registros, a primeira publicação do gênero no
Brasil. Devido a qualidade de seu trabalho, em especial na área de prótese, foi nomeado
inclusive dentista do imperador e da imperatriz.
A independência e os primeiros decretos - Após a independência do Brasil, a
primeira carta de dentista foi autorizada em 1º de junho de 1824, para Gregório Raphael
da Silva. Quase 4 anos depois, em 30 de agosto de 1828, d. Pedro I alterou novamente a
concessão das cartas de licença, extinguindo os cargos de cirurgião-mor, físico-mor e
provedor-mor e passando a responsabilidade para as câmaras municipais e justiças
ordinárias. A descentralização, no entanto, era prejudicada pela falta de profissionais
aptos a examinar os candidatos em todos os lugares.
A partir de 1840, começaram a chegar os dentistas vindo dos Estados Unidos.
Em 1849, foi publicado o Guia dos Dentes Sãos de autoria do americano Clinton Van
Tuyl. No ano seguinte, foi criada a Junta de Higiene Pública, que passou a ser
responsável por ações saneadoras e pela regularização de profissionais vindos de
universidades estrangeiras.
Aos poucos, foram promulgados decretos que procuravam regulamentar de
maneira mais eficaz a prática da Odontologia. Em 1851, o decreto n.º 828, exigia que os
médicos, cirurgiões, dentistas, boticários e parteiras apresentassem as cartas de
habilitação à Junta. Ainda naquele ano, um outro decreto criava estatutos para a
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, tentando melhorar o ensino e combater os
charlatães.
A realização de exames nas faculdades de Medicina da Bahia e do Rio de
Janeiro para obter o título de dentista foi determinada pelo decreto n.º 1.754, de 14 de
maio de 1856. Os testes eram divididos em duas partes. A prática consistia na extração
de um dente de cadáver e a teórica avaliava o conhecimento dos temas: Anatomia,
Fisiologia, Patologia e Anomalias dos Dentes, Gengivas e Arcadas Alveolares; Higiene
14
e Terapêutica dos Dentes, Descrição dos Instrumentos do Arsenal Cirúrgico do
Dentista, Teoria e Prática de sua Aplicação, e Meios de Confeccionar Peças de Próteses
e Ortopedia Dentária.
Em 1868, surgia a primeira entidade de classe odontológica no Brasil: o
Instituto de Cirurgiões-Dentistas, que foi dissolvido logo no ano seguinte, só voltando a
funcionar 21 anos depois.
Ainda no final da década de 1860, foi publicada, por João Borges Diniz em
1869, a primeira revista odontológica brasileira, a Arte Dentária. O momento era de
grande evolução científica e tecnológica nos Estados Unidos e muitos dentistas
brasileiros foram para lá estudar. Entre eles, estava Carlos Alonso Hastings que ao
voltar ao Brasil fez alterações no motor Weber-Ferrey, que passou a ser conhecido mais
tarde como motor Hastings.
A criação dos cursos de Odontologia - Em 1879, o decreto n.º 7.247, de 19 de
abril, determinava que ficassem anexos, a cada faculdade de Medicina, uma escola de
Farmácia, um curso de Cirurgia Dentária e um curso de Obstetrícia e Ginecologia.
Dois anos depois, um outro decreto n.º 8.024, de 12 de março, estabelecia que
os cirurgiões-dentistas para poderem exercer a profissão deveriam passar por exames
sobre Anatomia, Fisiologia, Histologia, Higiene e Operações e Próteses Dentárias.
O ano de 1884 marcou a criação oficial do curso de Odontologia nas
Faculdades de Medicina da Bahia e do Rio de Janeiro através do decreto 9.311, datado
de 25 de outubro. Uma vitória que contou com a importante colaboração do então
diretor da Faculdade do Rio, Cândido Figueira de Sabóia e do professor preparador
Thomas G. dos Santos Filho. Nessa época, a faculdade já contava inclusive com
Laboratório de Cirurgia e de Prótese Dentária.
Aos poucos, foram surgindo novas escolas. Em 1898, foram criadas mais duas:
uma em Porto Alegre e a Escola de Farmácia, Odontologia e Obstetrícia, na Faculdade
de Medicina de São Paulo. Em 1904, foi fundada a Escola de Farmácia e Odontologia
de Juiz de Fora. Em 1912, o curso da Faculdade de Farmácia e Odontologia do Rio de
Janeiro e, em março de 1916, a Faculdade de Farmácia e Odontologia do Ceará.
Nesta época, merece destaque a atuação de Augusto Coelho e Souza,
considerado o Pai da Odontologia Brasileira. Em 1900, ele publicou o Manual
Odontológico, que abordava todos os aspectos da profissão, preenchendo uma lacuna na
literatura nacional. Responsável pela formação de gerações de dentistas e importante
representante do Brasil em congressos no exterior. Coelho e Souza contribuíram ainda
mais ao publicar, em 1922, o livro História da Odontologia no Brasil desde a Era
Colonial até Nossos Dias.
Paralelo a toda movimentação criada pelos novos cursos, surgiu também a
preocupação como o exercício legal da profissão. O decreto federal 15.003, de 15 de
novembro de 1921, estabeleceu restrições para o exercício da arte dentária em todo o
país, que passou a se limitar aos profissionais habilitados por faculdades de Medicina
oficiais ou equiparadas, aos graduados em escolas ou universidades estrangeiras que se
habilitassem junto às faculdades nacionais e aos professores de universidades
estrangeiras que obtivessem licença junto ao Departamento Nacional de Saúde Pública.

15
Em 1925, no Rio de Janeiro, o curso de Odontologia passou para a Faculdade
de Odontologia, que se separou definitivamente da Faculdade de Medicina em 1933.
Criação dos Conselhos - O ano de 1964 marcou a criação dos Conselhos
Federal e Regionais de Odontologia, instituídos pela Lei n.º 4.324, de 14 de abril. Dois
anos depois, em 4 de abril de 1967, uma outra Lei de n.º 5.254 prorrogou o prazo do
CFO Provisório, tendo sido regulamentado pelo Decreto n.º 68.704, de 3 de junho de
1971.
Na época, com a existência dos Estados do Rio de Janeiro, capital Niterói, e da
Guanabara, capital Rio de Janeiro, foram criados dois Conselhos Regionais, que
passaram a funcionar com Diretorias Provisórias. A divisão permaneceu até o ano de
1974, quando os dois CROs passaram a funcionar em conjunto.
O processo de formação e estrutura dos Conselhos exigiu um intenso trabalho
de equipe. As dificuldades foram minimizadas pela cooperação dos colegas e demais
entidades. Apesar de todos os desafios, dos anos 80 até hoje registrou-se um
crescimento da Odontologia do ponto de vista técnico e científico e também a conquista
crescente em relação à expressão social e política da classe. Nesse processo, merece
destaque a atuação dos Conselhos na luta pela valorização e reconhecimento
profissional.

2. CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA PROFISSÃO DO TÉCNICO EM SAÚDE


BUCAL NO BRASIL

A construção histórica do profissional Técnico em Saúde Bucal no contexto


nacional 6

O surgimento das profissões auxiliares em odontologia surge diante da


necessidade do próprio processo de evolução da odontologia nos campos científico e
tecnológico, como também na sua estruturação como ciência e prática integral.
Para que os profissionais cirurgiães-dentistas pudessem atuar de forma a
melhorar a eficiência clínica, racionalização do trabalho e introdução de novas
tecnologias, nas décadas de 60 e 70, ocorreu a incorporação de indivíduos de nível
educacional intermediário, qualificados, semi-qualificados ou, até mesmo, sem
qualquer preparo para o trabalho no consultório odontológico.

6 Texto construído com base nas referências abaixo:

OLIVEIRA, J.A.B. O técnico de higiene bucal: trajetória e tendências de


profissionalização com vista ao maior acesso aos serviços de saúde bucal. Rio de
Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz. 2007. 169p.
Dissertação (Mestre em Ciências na área de Saúde Pública).

OLIVEIRA, M.A. et al. Auxiliar e técnico de saúde bucal – da condição de “ocupação”


ao status de “profissão” da odontologia. 2009. Disponível em: <http://abomg.no-
ip.com/abo/pdfs/Artigo_ASB_TSB.pdf>. Acesso em: 25 de julho de 2012.
16
As ações de saúde bucal, em meados do século XX, estavam voltadas mais
intensamente para as campanhas sanitaristas diante do modelo sanitarista-campanhista,
proveniente do movimento sanitário das primeiras décadas do Século XX, sendo
destinado a combater as epidemias urbanas e, mais tarde, as endemias rurais.
A situação sanitária do país, nos anos 40, era precária. Mais de 80% da
população brasileira viviam em centros de menos de 10.000 pessoas que tinham pouca
ou nenhuma acessibilidade aos serviços de saúde e saneamento. Nesse contexto, foi
implantado o Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) por intermédio
respectivamente do Ministério da Educação e Saúde (MES) e do Instituto de Assuntos
Interamericanos (IAIA). As atividades da SESP estavam voltadas para educação para a
saúde, estando a higiene dos dentes como um dos focos de atenção
Na década de 50, o SESP promoveu uma profunda mudança na assistência
odontológica do país, e, de certa forma, fez emergir a saúde bucal no âmbito das
políticas públicas. Nessa época, a saúde bucal no Brasil enfrentava graves problemas,
com elevação do número de cáries dentárias, entre outros agravos.
Foi introduzido o ‘auxiliar de higiene dentária’, pelo então Serviço Especial de
Saúde Pública (SESP), no início dos anos 1950, nos serviços odontológicos das suas
unidades básicas de saúde.
Nessa mesma época, foi implantada a Seção de Odontologia da SESP. No
Brasil, foi realizado o X Congresso Brasileiro de Higiene, na cidade de Belo Horizonte,
tornando-se marco inicial de um novo conceito de serviços de saúde, tanto por
propostas pioneiras de planejamento e organização do serviço público quanto pela
proposição de formação e utilização de profissionais auxiliares odontológicos para a
prática em saúde bucal.
A incorporação do pessoal auxiliar apresentou vantagens, como: maior
eficiência e otimização do processo de trabalho, o aumento da qualidade técnica e da
produtividade, o conforto e segurança agregados ao atendimento dos pacientes, a
redução do desgaste físico, estresse e fadiga do Cirurgião-Dentista, a minimização
do custo operacional, a abertura ao acesso da população aos cuidados de saúde
bucal, entre outras.
A partir da incorporação do profissional auxiliar no serviço de odontologia,
começou-se a luta pela legitimização da profissão que enfrentou alguns entraves para a
sua concretização. A introdução da Saúde Bucal nas ações da Atenção Básica deu maior
visibilidade à importância da incorporação do corpo auxiliar no sentido de reorientar e
qualificar a prática profissional em odontologia.
Anteriormente, as categorias auxiliares eram denominadas de auxiliar de
consultório dentário (ACD) e técnico em higiene dental (THD). Sendo essas
denominações alteradas para Auxiliar de Saúde Bucal e Técnico em Saúde Bucal,
respectivamente.
Desde 1994, que os profissionais auxiliares em odontologia encontram-se
contemplados pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) do Ministério do
Trabalho, que cadastra as ocupações existentes de acordo com o comportamento do
mercado.

17
No entanto, apesar da categoria profissional estar reconhecida pelo Ministério
do Trabalho, sua regulamentação como profissão ainda não se encontra legitimada, o
que repercute na não uniformização da formação profissional e no número reduzido de
profissionais formados.
O Conselho Federal de Odontologia, na década de 80, a partir de
entendimentos estabelecidos com a Associação Brasileira de Odontologia - ABO
e com outras instituições, tais como Federação Nacional dos Odontologistas -
FNO, Associação Brasileira de Ensino Odontológico - ABENO e o Departamento
de Odontologia do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social,
resolveu, por meio da Decisão nº 26/84, definir normas para habilitação ao
exercício do ACD e do THD e integração dos mesmos aos Conselhos Regionais
de Odontologia.
Em 1996, por intermédio da XI Conferência Nacional de Saúde, foi
reafirmada a necessidade de órgãos do governo incentivarem a formação de ASB
e TSB com vistas à composição da equipe de saúde para uma prática produtiva, eficaz e
eficiente e de priorizarem a qualidade dos serviços e a ampliação do acesso da
população ao atendimento odontológico.
A regulamentação do exercício profissional do TSB e ASB só veio em
dezembro de 2008, por meio da Lei 11.889 , que veio por fim a uma longa
trajetória de esforços pelo reconhecimento legal de dois profissionais da área
odontológica: o Técnico de Saúde Bucal (ex-THD) e o Auxiliar de Saúde Bucal
(ex-ACD).
O adiamento da regulamentação profissional no âmbito da União ocorreu ao
longo de várias gestões governamentais em função da escassez de escolas para
formação e titulação desses profissionais, principalmente nos municípios de médio e
pequeno porte.
A Portaria nº 267 de 06/03/2001 do Ministério da Saúde que instituiu as
normas e diretrizes de inclusão da saúde bucal na estratégia da Saúde da Família,
forneceu subsídios para reorganização desta área no âmbito da atenção básica,
instituindo que a equipe poderia ser formada pelo cirurgião dentista (CD), auxiliar de
saúde bucal (ASB) e técnico em saúde bucal (TSB). A incorporação dos serviços de
odontologia na estratégia Saúde da Família ofereceu uma ampliação e valorização da
saúde bucal nas políticas públicas nacionais.
Atualmente, a área encontra-se em crescimento considerável, por sua inserção
e valorização na Estratégia Saúde da Família, pela implantação das diretrizes da Política
Nacional de Saúde Bucal e pelos avanços da rede de saúde bucal no contexto nacional.

3. PERFIL DO PROFISSIONAL TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL


a) Resolução CFO 63/2005

b) Resolução CFO-85/2009

c) Lei nº 11.889, de 24 de dezembro de 2008;

18
ENTENDENDO O PROFISSIONAL TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL7

O técnico em saúde bucal (TSB) é um profissional da área da saúde que


compõe a equipe de saúde bucal, devidamente regulamento pelo Conselho de classe que
rege a profissão. Exerce suas atividades de nível médio, estando sob supervisão do
cirurgião-dentista em atividades necessárias à prestação de cuidados no âmbito da
promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal.
Sua atuação está amparada pela Lei nª 11.889/2008 que regulamenta o
exercício das profissões de Técnico em Saúde Bucal - TSB e de Auxiliar em Saúde
Bucal – ASB, assim como, pelo Código de Ética Odontológica, reformulado pela
Resolução do Conselho Federal de Odontologia (CFO) 118, de 11 de maio de 2012 e
pela e pela Resolução CFO 85/2009, que regulamenta a profissão do Técnico em Saúde
Bucal. Após conclusão do curso, o concluinte poderá adquirir seu registro de classe
junto ao Conselho Regional de Odontologia (CRO).
A resolução CFO 85/2009 traz algumas alterações à Resolução anterior CFO
63/2005, sendo uma dessas a mudança da nomenclatura de Técnico em Higiene Dental
(THD) para Técnico em Saúde Bucal (TSB)

7 Texto produzido com base nas referências abaixo:

CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA. Consolidação das Normas para


procedimentos nos Conselhos de Odontologia. Resolução n. 63, de 30 de junho de
2005. Disponível em:
<http://www.forp.usp.br/restauradora/etica/res_cfo_63_05_consol.pdf>. Acesso em: 24
de julho de 2012.

CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA. Altera as redações do inciso II, do artigo 121 e


dos Capítulos IV e V da Consolidação das Normas para Procedimentos nos Conselhos
de Odontologia. Resolução n. 85, de 30 de janeiro de 2009. Disponível em:
http://legisus.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=228:resolucao-
cfo-852009-regulamenta-a-profissao-de-tecnico-em-saude-bucal&catid=80:leis-e-atos-
importantes&Itemid=59. Acesso em: 24 de julho de 2012.

Código de Ética Odontológica. Resolução CFO n.118, de 11 de maio de 2012.


Disponivel em http://cfo.org.br/wp-content/uploads/2009/09/codigo_etica.pdf.
Acesso em 24 de julho de 2012.

BRASIL. Ministério da Casa Civil. Lei nº 11.889, de 24 de dezembro de 2008.


Regulamenta o exercício das profissões de Técnico em Saúde Bucal - TSB e de Auxiliar
em Saúde Bucal – ASB. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11889.htm>. Acesso em:
24 de julho de 2012

BRASIL, Ministério da Saúde. Guia Curricular para Formação de Técnico em Higiene


Dental para atuar na Rede Básica do SUS. Área Curricular II: Participando do Processo
de Recuperação da Saúde Bucal. Brasília: Ministério da Saúde, 1994.

19
No entanto, no ano anterior, a Lei 11.889/2008 já vinha apresentando a
nomenclatura TSB no lugar de THD, o que impulsionou a mudança na nomenclatura na
resolução a ser editada no ano seguinte.
Os profissionais ao concluírem o curso técnico e terem seu registro junto ao
CRO passam a atuar nas áreas específicas à odontologia nas unidades e serviços de
saúde públicos ou privados, conveniados ou não ao SUS, estando em expansão sua
inserção em equipes de Saúde da Família.
Para tornar-se técnico em saúde bucal, é necessário que sua formação seja
pautada em conhecimentos científicos e técnicos no cuidado ao ser humano, à família e
à coletividade, valorizando as dimensões biológica, psicológica, econômica, social e
cultural nos variáveis ciclos de vida.
Suas ações devem ser realizadas com base na ética profissional, sem
preconceitos e descriminações ao indivíduo e à família.
O TSB tem habilitação de 2° Grau, aprovada pelo Conselho Federal de
Educação (CFE) através do Parecer n° 460, de 06 de fevereiro de 1975.
O currículo mínimo para a formação do TSB é constituído por um elenco de
matérias profissionalizantes e instrumentais com base na estruturação das atividades,
que visam desenvolver conhecimentos, aquisição de habilidades e destrezas requeridas
pelo perfil profissional desta habilitação, para atuar na área da saúde bucal.
Segundo artigo 14 da Resolução do Conselho Federal de Odontologia
85/2009:
“O técnico em saúde bucal poderá exercer sua
atividade, sempre sob a supervisão com a presença
física do cirurgião-dentista, na proporção de 1 (um) CD
para cada 5 (cinco) TSBs, em clínicas ou consultórios
odontológicos, em estabelecimentos de saúde públicos
e privados onde atuem os cirurgiões-dentistas”.

Para a obtenção do título do diploma ou certificado de Técnico em Saúde


Bucal, é necessário que o estudante faça parte da educação profissional técnica de nível
médio, que pode dar-se de forma:
Integrada, quando o curso técnico é realizado integrado ao ensino médio, na
mesma instituição de ensino, contando com matrícula única para cada aluno;
Concomitante, quando o curso técnico é feito paralelo ao ensino médio, porém o
aluno possui matrículas distintas para cada curso, tanto na mesma instituição de
ensino, como distintas; e
Subsequente, quando o curso técnico é feito após o término do ensino médio.
O tempo de duração e as disciplinas do curso de TSB devem ser compatíveisl
com o cumprimento da carga horária, na dependência do curso integral, suplência ou
qualificação, de acordo com as normas vigentes do órgão competente do Ministério da
Educação e, na ausência destas, em ato normativo específico do Conselho Federal de
Odontologia (Adaptado do artigo 15 da resolução CFO 85/2009).
20
Quando o curso é realizado de paralelo à realização do ensino médio, deve
possuir carga horária mínima de 2.200 horas incluindo nestas o núcleo comum integral
do ensino médio, com duração de 3 (três) a 4 (quatro) anos (Adaptado do artigo 16 da
resolução CFO 85/2009).
No caso em que o ensino médio já está concluído, o curso específico de técnico
em saúde bucal deverá ter duração de 1080 horas, no mínimo, incluindo a parte especial
(matérias profissionalizantes e estágio) (Adaptado do Parágrafo único do artigo 16 da
resolução CFO 85/2009).
O art. 12 da resolução supracitada expõe as competências do profissional
técnico em saúde bucal:
Compete ao técnico em saúde bucal, sempre sob supervisão com a presença física do
cirurgião-dentista, na proporção máxima de 1 (um) CD para 5 (cinco) TSBs, além das
de auxiliar em saúde bucal, as seguintes atividades:
a) participar do treinamento e capacitação de auxiliar em saúde bucal e de
agentes multiplicadores das ações de promoção à saúde;
b) participar das ações educativas atuando na promoção da saúde e na
prevenção das doenças bucais;
c) participar na realização de levantamentos e estudos epidemiológicos, exceto
na categoria de examinador;
d) ensinar técnicas de higiene bucal e realizar a prevenção das doenças bucais
por meio da aplicação tópica do flúor, conforme orientação do cirurgião-
dentista;
e) fazer a remoção do biofilme, de acordo com a indicação técnica definida
pelo cirurgião-dentista;
f) supervisionar, sob delegação do cirurgião-dentista, o trabalho dos auxiliares
de saúde bucal;
g) realizar fotografias e tomadas de uso odontológicos exclusivamente em
consultórios ou clínicas odontológicas;
h) inserir e distribuir no preparo cavitário materiais odontológicos na
restauração dentária direta, vedado o uso de materiais e instrumentos não
indicados pelo cirurgião-dentista;
i) proceder à limpeza e à antissepsia do campo operatório, antes e após atos
cirúrgicos, inclusive em ambientes hospitalares;
j) remover suturas;
k) aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, manuseio e descarte
de produtos e resíduos odontológicos;
l) realizar isolamento do campo operatório; e,
m) exercer todas as competências no âmbito hospitalar, bem como instrumentar
o cirurgião-dentista em ambientes clínicos e hospitalares.
Na realidade das Escolas Estaduais de Educação Profissional (EEEP) do
Estado do Ceará, o Curso Técnico em Saúde Bucal é realizado de forma integrada,
21
assim como os demais cursos oferecidos. Ele tem duração de três anos, com carga
horária teórica e teórica-prática de 1200 horas, acrescidas de 600 horas de estágio
supervisionado, realizado sob supervisão do profissional cirurgião-dentista devidamente
habilitado para tal função.
E para atender as exigências do mercado de trabalho, espera-se que, ao final do
curso, o TSB possua tantos conhecimentos técnicos e científicos competentes às suas
atribuições, como um bom relacionamento interpessoal, senso crítico-reflexivo,
iniciativa, flexibilidade, bom senso de observação, capacidade de gestão, compromisso,
dedicação, organização, dinamismo, criatividade, equilíbrio emocional, raciocínio
lógico e realização de uma assistência pautada na humanização do serviço.

4. ONDE VOU TRABALHAR?

5. MEUS CAMPOS DE ATUAÇÃO

6. ENTIDADES REPRESENTATIVAS DA ODONTOLOGIA

Quadro 1: Competências do Conselho Federal e Regional de Odontologia, com base na


Lei 4.324 de 14/04/1964

CFO CRO

Organizar o seu regimento interno; Deliberar sobre inscrição e cancelamento,


em seus quadros de profissionais
registrados na forma desta lei;

Aprovar os regimentos internos Fiscalizar o exercício da profissão, em


organizados pelos Conselhos Regionais; harmonia com os órgãos sanitários
competentes;

Eleger o presidente e o secretário-geral do Deliberar sobre assuntos atinentes à ética


Conselho; profissional, impondo a seus infratores as
devidas penalidades;

Votar e alterar o Código de Deontologia Organizar o seu regimento interno,


Odontológica, ouvidos os Conselhos submetendo-o à aprovação do Conselho
Regionais; Federal;

22
Promover quaisquer diligências ou Sugerir ao Conselho Federal as medidas
verificações relativas ao funcionamento necessárias à regularidade dos serviços e à
dos Conselhos de Odontologia, nos fiscalização do exercício profissional;
Estados ou Territórios e Distrito Federal, e
adotar, quando necessário, providências
convenientes a bem da sua eficiência e
regularidade, inclusive a designação de
diretoria provisória;

Propor ao Governo Federal a emenda ou Eleger um delegado-eleitor para a


alteração do Regulamento desta Lei; assembleia;

Expedir as instruções necessárias ao bom Dirimir dúvidas relativas à competência e


funcionamento dos Conselhos Regionais; âmbito das atividades profissionais, com
recurso suspensivo para o Conselho
Federal;

Tomar conhecimento de quaisquer dúvidas Expedir carteiras profissionais;


suscitadas pelos Conselhos Regionais e
dirimi-las;

Em grau de recursos por provocação dos Promover por todos os meios ao seu
Conselhos Regionais ou de qualquer alcance o perfeito desempenho técnico e
interessado, deliberar sobre admissão de moral de odontologia, da profissão e dos
membros aos Conselhos Regionais e sobre que a exerçam;
penalidades impostas aos mesmos pelos
referidos Conselhos;

Proclamar os resultados das eleições, para Publicar relatórios anuais de seus trabalhos
os membros dos Conselhos Regionais e do e a relação dos profissionais registrados;
Conselho Federal a terem exercício no
triênio subsequente;

Aplicar aos membros dos Conselhos Exercer os atos de jurisdição que por lei
Regionais, e aos próprios, as penalidades lhes sejam cometidos;
que couberem pelas faltas praticadas no
exercício de seu mandato;

23
Aprovar o orçamento anual próprio e dos Designar um representante em cada
Conselhos Regionais; município de sua jurisdição;

Submeter à aprovação do Conselho


Federal o orçamento e as contas anuais

Cada profissional, nível médio ou superior, deverá fazer sua inscrição no CRO e receber
sua carteira profissional, pois somente após a sua inscrição, o profissional estará
habilitado e apoiado legalmente para exercer suas funções.

Para realizar sua inscrição no CRO, o profissional técnico de saúde bucal deverá
comparecer à sede do Conselho de sua cidade, portanto seguinte documentação8:
a) Certificado original do curso
b) 02 fotos 2 x 2
c) Carteira de identidade civil
d) CPF
e) Título eleitoral
f) Documento militar (para os homens)
g) Comprovante de residência
h) Tipologia sanguínea
i) Declaração dizendo se é ou não doador de órgãos
j) Comprovante de pagamento da taxa;

Todo ano deverá ser paga uma taxa ao CRO correspondente à anuidade, para o
exercício legal da profissão;
Todos os profissionais têm o direito ao voto para a escolha de seus representantes.

7. ÉTICA PROFISSIONAL E COMPROMISSO SOCIAL

8 Relação de documentação necessária para a inscrição no CRO conforme


informações contidas no endereço eletrônico:
http://www.cro-ce.org.br/2010/index.php?option=com_content&view=article&id=46>.
Acesso em: 27/07/2012

24
ÉTICA PROFISSIONAL É COMPROMISSO SOCIAL9

Rosana Soibelmann Glock


José Roberto Goldim

Conceituação: O que é Ética Profissional?

É extremamente importante saber diferenciar a Ética da Moral e do Direito. Estas três


áreas de conhecimento se distinguem, porém têm grandes vínculos e até mesmo
sobreposições.
Tanto a Moral como o Direito baseiam-se em regras que visam estabelecer uma certa
previsibilidade para as ações humanas. Ambas, porém, se diferenciam.
A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de garantir
o seu bem viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma
identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial
moral comum.
O Direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas fronteiras
do Estado. As leis têm uma base territorial, elas valem apenas para aquela área
geográfica onde uma determinada população ou seus delegados vivem. Alguns autores
afirmam que o Direito é um subconjunto da Moral. Esta perspectiva pode gerar a
conclusão de que toda a lei é moralmente aceitável.
Inúmeras situações demonstram a existência de conflitos entre a Moral e o Direito. A
desobediência civil ocorre quando argumentos morais impedem que uma pessoa acate
uma determinada lei. Este é um exemplo de que a Moral e o Direito, apesar de
referirem-se a uma mesma sociedade, podem ter perspectivas discordantes.
A Ética é o estudo geral do que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou injusto,
adequado ou inadequado. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para as
regras propostas pela Moral e pelo Direito. Ela é diferente de ambos - Moral e Direito
- pois não estabelece regras. Esta reflexão sobre a ação humana é que caracteriza a
Ética.

Ética Profissional: Quando se inicia esta reflexão?


Esta reflexão sobre as ações realizadas no exercício de uma profissão deve iniciar bem
antes da prática profissional.

9
Texto extraído da íntegra do endereço eletrônico:
<http://www.agenda21empresarial.com.br/library/_eticaprofissionalecompromissosocial.pdf>. Acesso
em 26 de julho de 2012.

25
A fase da escolha profissional, ainda durante a adolescência muitas vezes, já deve ser
permeada por esta reflexão. A escolha por uma profissão é optativa, mas ao escolhê-la,
o conjunto de deveres profissionais passa a ser obrigatório.
Geralmente, quando você é jovem, escolhe sua carreira sem conhecer o conjunto de
deveres que está prestes ao assumir tornando-se parte daquela categoria que escolheu.
Toda a fase de formação profissional, o aprendizado das competências e habilidades
referentes à prática específica numa determinada área, deve incluir a reflexão, desde
antes do início dos estágios práticos. Ao completar a formação em nível superior, a
pessoa faz um juramento, que significa sua adesão e comprometimento com a
categoria profissional onde formalmente ingressa. Isto caracteriza o aspecto moral da
chamada Ética Profissional, esta adesão voluntária a um conjunto de regras
estabelecidas como sendo as mais adequadas para o seu exercício.
Mas pode ser que você precise começar a trabalhar antes de estudar ou paralelamente
aos estudos, e inicia uma atividade profissional sem completar os estudos ou em área
que nunca estudou, aprendendo na prática. Isto não exime você da responsabilidade
assumida ao iniciar esta atividade! O fato de uma pessoa trabalhar numa área que não
escolheu livremente, o fato de “pegar o que apareceu” como emprego por precisar
trabalhar, o fato de exercer atividade remunerada onde não pretende seguir carreira,
não isenta da responsabilidade de pertencer, mesmo que temporariamente, a uma
classe, e há deveres a cumprir.
Um jovem que, por exemplo, exerce a atividade de auxiliar de almoxarifado durante o
dia e, à noite, faz curso de programador de computadores, certamente estará pensando
sobre seu futuro em outra profissão, mas deve sempre refletir sobre sua prática atual.

Ética Profissional: Como é esta reflexão?


Algumas perguntas podem guiar a reflexão, até ela tornar-se um hábito incorporado ao
dia-a-dia.
Tomando-se o exemplo anterior, esta pessoa pode se perguntar sobre os deveres
assumidos ao aceitar o trabalho como auxiliar de almoxarifado, como está cumprindo
suas responsabilidades, o que esperam dela na atividade, o que ela deve fazer, e como
deve fazer, mesmo quando não há outra pessoa olhando ou conferindo.
Pode perguntar a si mesmo: Estou sendo bom profissional? Estou agindo
adequadamente? Realizo corretamente minha atividade?
É fundamental ter sempre em mente que há uma série de atitudes que não estão
descritas nos códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas as atividades
que uma pessoa pode exercer.
Atitudes de generosidade e cooperação no trabalho em equipe, mesmo quando a
atividade é exercida solitariamente em uma sala, ela faz parte de um conjunto maior de
atividades que dependem do bom desempenho desta.
Uma postura pró-ativa, ou seja, não ficar restrito apenas às tarefas que foram dadas a
você, mas contribuir para o engrandecimento do trabalho, mesmo que ele seja
temporário.

26
Se sua tarefa é varrer ruas, você pode se contentar em varrer ruas e juntar o lixo, mas
você pode também tirar o lixo que você vê que está prestes a cair na rua, podendo
futuramente entupir uma saída de escoamento e causando uma acumulação de água
quando chover. Você pode atender num balcão de informações respondendo
estritamente o que lhe foi perguntado, de forma fria, e estará cumprindo seu dever,
mas se você mostrar-se mais disponível, talvez sorrir, ser agradável, a maioria das
pessoas que você atende também serão assim com você, e seu dia será muito melhor.
Muitas oportunidades de trabalho surgem onde menos se espera, desde que você esteja
aberto e receptivo, e que você se preocupe em ser um pouco melhor a cada dia, seja
qual for sua atividade profissional. E, se não surgir, outro trabalho, certamente sua
vida será mais feliz, gostando do que você faz e sem perder, nunca, a dimensão de que
é preciso sempre continuar melhorando, aprendendo, experimentando novas soluções,
criando novas formas de exercer as atividades, aberto a mudanças, nem que seja
mudar, às vezes, pequenos detalhes, mas que podem fazer uma grande diferença na
sua realização profissional e pessoal. Isto tudo pode acontecer com a reflexão
incorporada a seu viver.
E isto é parte do que se chama empregabilidade: a capacidade que você pode ter de ser
um profissional que qualquer patrão desejaria ter entre seus empregados, um
colaborador. Isto é ser um profissional eticamente bom.

Ética Profissional e relações sociais:


O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoamento de água da chuva,
o auxiliar de almoxarifado que verifica se não há umidade no local destinado para
colocar caixas de alimentos, o médico cirurgião que confere as suturas nos tecidos
internos antes de completar a cirurgia, a atendente do asilo que se preocupa com a
limpeza de uma senhora idosa após ir ao banheiro, o contador que impede uma fraude
ou desfalque, ou que não maquia o balanço de uma empresa, o engenheiro que utiliza
o material mais indicado para a construção de uma ponte, todos estão agindo de forma
eticamente correta em suas profissões, ao fazerem o que não é visto, ao fazerem aquilo
que, alguém descobrindo, não saberá quem fez, mas que estão preocupados, mais do
que com os deveres profissionais, com as PESSOAS.
As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os profissionais, a
categoria como um todo e as pessoas que dependem daquele profissional, mas há
muitos aspectos não previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento
do profissional em ser eticamente correto, aquele que, independente de receber
elogios, faz A COISA CERTA.

Ética Profissional e atividade voluntária:


Outro conceito interessante de examinar é o de Profissional, como aquele que é
regularmente remunerado pelo trabalho que executa ou atividade que exerce, em
oposição a Amador. Nesta conceituação, se diria que aquele que exerce atividade
voluntária não seria profissional, e esta é uma conceituação polêmica.

27
Em realidade, Voluntário é aquele que se dispõe, por opção, a exercer a prática
Profissional não remunerada, seja com fins assistenciais, ou prestação de serviços em
beneficência, por um período determinado ou não.
Aqui, é fundamental observar que só é eticamente adequado, o profissional que age, na
atividade voluntária, com todo o comprometimento que teria no mesmo exercício
profissional se este fosse remunerado.
Seja esta atividade voluntária na mesma profissão da atividade remunerada ou em
outra área. Por exemplo: Um engenheiro que faz a atividade voluntária de dar aulas de
matemática. Ele deve agir, ao dar estas aulas, como se esta fosse sua atividade mais
importante. É isto que aquelas crianças cheias de dúvidas em matemática esperam
dele!
Se a atividade é voluntária, foi sua opção realizá-la. Então, é eticamente adequado que
você a realize da mesma forma como faz tudo que é importante em sua vida.

Ética Profissional: Pontos para sua reflexão:


É imprescindível estar sempre bem informado, acompanhando não apenas as
mudanças nos conhecimentos técnicos da sua área profissional, mas também nos
aspectos legais e normativos. Vá e busque o conhecimento. Muitos processos ético-
disciplinares nos conselhos profissionais acontecem por desconhecimento,
negligência.
Competência técnica, aprimoramento constante, respeito às pessoas,
confidencialidade, privacidade, tolerância, flexibilidade, fidelidade, envolvimento,
afetividade, correção de conduta, boas maneiras, relações genuínas com as pessoas,
responsabilidade, corresponder à confiança que é depositada em você...
Comportamento eticamente adequado e sucesso continuado são indissociáveis!

8. CASO CLÍNICO E A ÉTICA PROFISSIONAL

Caso Clínico: Onde está a Ética?


Joana, 25 anos de idade, casada, mãe de 02 filhos. Portadora do vírus HIV há
02 anos. Comparece a um consultório odontológico de um Centro de Referência da
cidade de Oxó.
O cirurgião-dentista da Unidade Básica de Saúde da Família que acompanha
a jovem, ao referenciá-la ao Centro, comunica ao profissional do setor (Dr. José
Malaquias) que a mesma é portadora do vírus HIV e que, por isso, deveria tomar todos
os cuidados possíveis para a não contaminação.
Dr. José, especialista devidamente registrado pelo Conselho, ao saber da
informação, comunica imediatamente a todos os profissionais do Centro (técnicos e
atendente) que chegará uma paciente portadora do vírus HIV e que, portanto, todos
deveriam tomar cuidado e usar todas as medidas de precaução possíveis para evitar a
contaminação.

28
Joana ao chegar ao Centro percebe que a atendente (D. Mariinha) está usando
máscara e não a recebe com muita simpatia.
D. Mariinha pede logo que Joana sente numa cadeira mais afastada e que
aguarde a chamada para o atendimento.
Joana, ao ser chamada para o atendimento, entra na sala e percebe que todos
apresentam-se muito assustados e usando todas as medidas de proteção possíveis
(máscara, luvas, gorro e pro pés).
Dr. José, logo ao recebê-la faz a seguinte afirmação:
“Joana, sabemos que a senhora é portadora do vírus HIV, mas não se
preocupe que o seu atendimento se dará da melhor forma possível. Todos os
profissionais do Centro foram avisados e estão tomando todas medias para se
proteger”
Joana ficou assustada com a colocação do Dr. José e manteve-se calada
diante de tal manifestação.
O consultório odontológico não apresentava condições salubres para o
trabalho e alguns equipamentos apresentavam sinais de ferrugem em sua base.
No consultório, estavam presentes o cirurgião-dentista e a técnica de Saúde
Bucal (TSB), conhecida por Neta.
Neta estava com seu registro profissional irregular por não ter realizado o
pagamento da anuidade ao Conselho Regional. Dr. José mesmo estando ciente dessa
informação, permitiu que Neta continuasse o trabalho no consultório.
A TSB havia solicitado, previamente, ao dentista que fosse dispensada do
atendimento a jovem, por estar com medo de qualquer contaminação, o que foi negado
pelo profissional.
Neta exercia, por vezes, funções que não era de sua competência profissional,
pelo fato do cirurgião-dentista, às vezes, estar sobrecarregado com o trabalho.
Após o término do procedimento realizado em Joana, esta solicita ao Dr. José
um atestado de uma semana de afastamento para o trabalho, por alegar que não estava
se sentindo bem. D. José, mesmo sabendo que o procedimento realizado não requeria
um afastamento com esse prazo de dias solicitado, fez o atestado com os dias pedidos,
mediante pagamento de uma taxa extra de atendimento.
Na parede lateral do consultório, estava fixada uma propaganda de um creme
dental com a imagem de profissionais de odontologia sem a divulgação do número de
inscrição.
Joana, após atendimento, sai da sala e Dr. José comenta com a técnica de SB
que escreverá um estudo científico sobre o atendimento realizado com a paciente Joana,
sem, no entanto, ter solicitado sua prévia autorização.
Posteriormente, Dr. José recebe em sua sala a presença do S. Almir, diretor
de uma escola técnica particular muito conhecida na cidade. S. Almir, para assegurar
que toda a sua família seja atendida no Centro de Referência sem os devidos
encaminhamentos do sistema de Saúde, oferece a oportunidade do dentista e técnica de
ir até a sua escola para divulgar seus serviços oferecidos em uma Clínica particular que
29
pertence ao Dr. José, alegando que em troca das consultas para sua família, ele poderia
ganhar vários clientes para a sua clínica particular.
E, assim, Dr. José aceita a proposta e já agenda um dia para que possa fazer a
atividade na escola.

9. O TRABALHADOR DA SAÚDE

10. O TSB COMO TRABALHADOR DA SAÚDE

30
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DO MANUAL ABRIGO subterrâneo.
Disponível em: <http://www.kombo.com.br/materiais-
rh/dinamica.php?id=YjJlYjczNDkwMzU3NTQ5NTNiNTdhMzJlMjg0MWJkYTU=>.
Acesso em: 26 de julho de 2012.

BRASIL. Ministério da Casa Civil. Lei nº 11.889, de 24 de dezembro de 2008.


Regulamenta o exercício das profissões de Técnico em Saúde Bucal - TSB e de Auxiliar
em Saúde Bucal – ASB. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11889.htm>. Acesso
em: 24 de julho de 2012

BRASIL, Ministério da Saúde. Guia Curricular para Formação de Técnico em


Higiene Dental para atuar na Rede Básica do SUS. Área Curricular II: Participando
do Processo de Recuperação da Saúde Bucal. Brasília: Ministério da Saúde, 1994.

BRASIL. Ministério da Casa Civil. Lei nº 4.324, de 14 de abril de 1964. Institui o


Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Odontologia, e dá outras providências.
Disponível em: < http://www.forp.usp.br/restauradora/etica/Lei_4324.html>. Acesso
em> 25 de julho de 2012.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria nº 267, de 06 de março de 2001. Resolve


aprovar as normas e diretrizes de inclusão da saúde bucal na estratégia do Programa de
Saúde da Família (PSF). Diário Oficial União. 07 mar 2001;Seção 1:67.

CÓDIGO de Ética Odontológica. Resolução CFO n.118, de 11 de maio de 2012.


Disponivel em http://cfo.org.br/wp-content/uploads/2009/09/codigo_etica.pdf. Acesso
em 24 de julho de 2012.

COMO se inscrever. 2008. Disponível em: <http://www.cro-


ce.org.br/2010/index.php?option=com_content&view=article&id=46 >. Acesso em:
27/07/2012

CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA. Consolidação das Normas para


procedimentos nos Conselhos de Odontologia. Resolução n. 63, de 30 de junho de
2005. Disponível em:
<http://www.forp.usp.br/restauradora/etica/res_cfo_63_05_consol.pdf>. Acesso em: 24
de julho de 2012.

CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA. Altera as redações do inciso II, do


artigo 121 e dos Capítulos IV e V da Consolidação das Normas para Procedimentos nos
Conselhos de Odontologia. Resolução n. 85, de 30 de janeiro de 2009. Disponível em:
http://legisus.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=228:resolucao-
cfo-852009-regulamenta-a-profissao-de-tecnico-em-saude-bucal&catid=80:leis-e-atos-
importantes&Itemid=59. Acesso em: 24 de julho de 2012.

EFICIÊNCIA. Disponível em:


<http://criptopage.caixapreta.org/secao/reflexoes/reflexao_eficiencia.htm>. Acessado
em 24/08/2011

31
GLOCK, R.S.; GOLDIM, J.R. Ética Profissional é Compromisso Social. Disponível
em:
<http://www.agenda21empresarial.com.br/library/_eticaprofissionalecompromissosocial
.pdf> Acesso em 26 de julho de 2012.

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2011.

OLIVEIRA, J.A.B. O técnico de higiene bucal: trajetória e tendências de


profissionalização com vista ao maior acesso aos serviços de saúde bucal. Rio de
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OLIVEIRA, M.A. et al. Auxiliar e técnico de saúde bucal – da condição de


“ocupação” ao status de “profissão” da odontologia. 2009. Disponível em:
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<http://www.aborj.org.br/default.asp?menu=15&opcao=8&acao=16>. Acesso em: 26
de julho de 2012.

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Hino Nacional Hino do Estado do Ceará

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Poesia de Thomaz Lopes


De um povo heróico o brado retumbante, Música de Alberto Nepomuceno
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Terra do sol, do amor, terra da luz!
Brilhou no céu da pátria nesse instante. Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Se o penhor dessa igualdade Em clarão que seduz!
Conseguimos conquistar com braço forte, Nome que brilha esplêndido luzeiro
Em teu seio, ó liberdade, Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Desafia o nosso peito a própria morte!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Ó Pátria amada, Chuvas de prata rolem das estrelas...
Idolatrada, E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Salve! Salve! Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Rubros o sangue ardente dos escravos.
De amor e de esperança à terra desce, Seja teu verbo a voz do coração,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
A imagem do Cruzeiro resplandece. Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Gigante pela própria natureza, Peito que deu alívio a quem sofria
És belo, és forte, impávido colosso, E foi o sol iluminando o dia!
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Tua jangada afoita enfune o pano!
Terra adorada, Vento feliz conduza a vela ousada!
Entre outras mil, Que importa que no seu barco seja um nada
És tu, Brasil, Na vastidão do oceano,
Ó Pátria amada! Se à proa vão heróis e marinheiros
Dos filhos deste solo és mãe gentil, E vão no peito corações guerreiros?
Pátria amada,Brasil!
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Deitado eternamente em berço esplêndido, Há de florar em meses, nos estios
Ao som do mar e à luz do céu profundo, E bosques, pelas águas!
Fulguras, ó Brasil, florão da América, Selvas e rios, serras e florestas
Iluminado ao sol do Novo Mundo! Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Do que a terra, mais garrida, Sobre as revoltas águas dos teus mares!
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; E desfraldado diga aos céus e aos mares
"Nossos bosques têm mais vida", A vitória imortal!
"Nossa vida" no teu seio "mais amores." Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,


Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

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