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Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Introdução à Profissão
e Ética Profissional
DISCIPLINA 2
AGOSTO/ 2012
FORTALEZA- CE
CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL INTEGRADO
AO ENSINO MÉDIO DISCIPLINA 2
Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice-governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária de Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antonio Idilvan de Lima Alencar
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CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL INTEGRADO
AO ENSINO MÉDIO DISCIPLINA 2
ELABORAÇÃO
Fabiane da Silva Severino Lima
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CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL INTEGRADO
AO ENSINO MÉDIO DISCIPLINA 2
Sumário
1. Apresentação...................................................................................................... 05
2. Objetivos de aprendizagem................................................................................ 06
3. Conteúdo Programático...................................................................................... 07
5. Atividades cognitivas......................................................................................... 13
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CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL INTEGRADO
AO ENSINO MÉDIO DISCIPLINA 2
Apresentação
Este é o primeiro Manual pedagógico de uma série que aborda temas
específicos da formação do Técnico em Saúde Bucal (TSB) integrado ao Ensino Médio.
Cada Manual corresponde a uma Disciplina, sendo este referente à disciplina 2 do
módulo básico do curso - Introdução à profissão e Ética profissional, com carga
horária de 40 horas/aula. A disciplina 1 é denominada Informática Básica.
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CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL INTEGRADO
AO ENSINO MÉDIO DISCIPLINA 2
Objetivos de Aprendizagem
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CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL INTEGRADO
AO ENSINO MÉDIO DISCIPLINA 2
Conteúdo Programático
5) Legislação específicas:
Resolução CFO-85/2009;
7) O profissional da saúde.
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CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL INTEGRADO
AO ENSINO MÉDIO DISCIPLINA 2
O Hino da Odontologia1
Dr. Carlos Estrela
O povo que sabe sorrir
Pode sempre muito mais
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2. QUE TEMOS EM COMUM?
4. EFICIÊNCIA
Eficiência2
5. E A ÉTICA?
6. CELSO MELHOROU?
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O CELSO MELHOROU?
- Bom dia, é da recepção? Eu gostaria de falar com alguém que me desse informações sobre um paciente.
Queria saber se certa pessoa está melhor ou piorou...
- Qual o nome da pessoa?
- Chama-se Celso e está no quarto 302.
- Um momentinho, vou transferir a ligação para o setor de enfermagem.
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- Bom dia, sou a enfermeira Lourdes. O que deseja?
- Gostaria de saber as condições clínicas do paciente Celso do quarto 302, por favor!
- Um minuto, vou localizar o médico de plantão.
- Aqui é o Dr. Carlos, plantonista. Em que posso ajudar?
- Olá, Doutor. Necessito de alguém que me informe sobre a saúde de Celso, ele está internado há três
semanas, no quarto 302.
- Ok, meu senhor, só um minuto! Vou consultar o prontuário... Hummm, ele se alimentou bem hoje, a
pressão arterial e o pulso estão estáveis, responde bem à medicação prescrita e vai ser retirado do monitor
cardíaco até amanhã. Continuando bem, receberá alta em três dias.
- Ah, Graças a Deus! São notícias maravilhosas! Que alegria!
- Pelo seu entusiasmo, deve ser alguém muito próximo, certamente da família?
- Não, sou o próprio Celso telefonando aqui do 302! É que todo mundo entra e sai aqui do quarto e
ninguém me diz porcaria nenhuma... Só queria saber como estou...
7. ABRIGO SUBTERRÂNEO
ABRIGO SUBTERRÂNEO4
Imaginem que nossa cidade está sob ameaça de um bombardeio. Aproxima-se
um homem e lhes solicita uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só
pode acomodar seis pessoas. Mas 12 pretendem entrar.
Abaixo, há uma relação das 12 pessoas interessadas a entrar no abrigo. Faça
sua escolha, destacando apenas seis delas:
( ) Um violinista, com 40 anos, narcótico viciado.
( ) Um advogado, com 25 anos, HIV +.
( ) a mulher do advogado, com 24 anos, que acaba de sair do manicômio. Ambos
preferem ou ficar juntos no abrigo, ou fora dele.
( ) Um sacerdote com 75 anos
( ) Uma prostituta, com 34 anos.
( ) Um ateu com 20 anos, autor de vários assassinatos.
( ) Uma universitária que fez voto de castidade
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Dinâmica adaptada. Disponível em: <http://www.kombo.com.br/materiais-
rh/dinamica.php?id=YjJlYjczNDkwMzU3NTQ5NTNiNTdhMzJlMjg0MWJkYTU=>. Acesso em:
26 de julho de 2012.
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( ) Um físico, 28 anos, que só aceita entrar no abrigo se puder levar consigo uma arma.
( ) Um declamador fanático, com 21 anos.
( ) Uma menina de 12 anos, e baixo Q.I.
( ) Um homossexual, com 47 anos.
( ) Um excepcional, com 32 anos, que sofre de ataques epilépticos.
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Atividades Cognitivas
1. HISTÓRIA DA ODONTOLOGIA NO BRASIL
Odontologia no Brasil5
Christine Saraiva
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Mineira. Entre os seus pertences apreendidos, estavam dois fórceps, uma espátula e
duas chaves de extração.
O termo dentista só apareceu, em 1800, com o Plano de Exames proposto pela
Real Junta, que estabelecia que o candidato ao ofício precisava passar por uma
avaliação de conhecimento parcial de anatomia, métodos operatórios e terapêuticos.
Em 1808, com a vinda da família real para o Brasil, a colônia passou a se
desenvolver a todo o vapor e em 18 de fevereiro daquele mesmo ano foi criada a Escola
de Cirurgião, no Hospital São José na Bahia, e nove meses depois, em 5 de novembro, a
Escola Anatômica Cirúrgica e Médica do Hospital Militar e da Marinha, transformada
mais tarde em Faculdade de Medicina.
No ano seguinte, o sistema de concessão de licenças de trabalho mudou mais
uma vez. Em janeiro de 1809, o príncipe regente, D. João, aboliu a Real Junta de
Protomedicato e seu trabalho voltou a ser exercido pelo físico-mor e cirurgião mor.
Em 15 de fevereiro de 1811, foi concedida a primeira carta de dentista do
Brasil ao português Pedro Martins e Moura. Em 23 de julho, foi a vez do primeiro
brasileiro: Sebastian Fernandez de Oliveira. Entre os profissionais de destaque da época
estava o francês Eugenio Frederico Guertin, que recebeu sua carta em 3 de março de
1820. Com consultório na rua do Ouvidor, 126, no Centro do Rio, Guertin publicou em
1829 um pequeno livro intitulado "Avisos Tendentes à Conservação dos Dentes e sua
Substituição", considerado, de acordo com registros, a primeira publicação do gênero no
Brasil. Devido a qualidade de seu trabalho, em especial na área de prótese, foi nomeado
inclusive dentista do imperador e da imperatriz.
A independência e os primeiros decretos - Após a independência do Brasil, a
primeira carta de dentista foi autorizada em 1º de junho de 1824, para Gregório Raphael
da Silva. Quase 4 anos depois, em 30 de agosto de 1828, d. Pedro I alterou novamente a
concessão das cartas de licença, extinguindo os cargos de cirurgião-mor, físico-mor e
provedor-mor e passando a responsabilidade para as câmaras municipais e justiças
ordinárias. A descentralização, no entanto, era prejudicada pela falta de profissionais
aptos a examinar os candidatos em todos os lugares.
A partir de 1840, começaram a chegar os dentistas vindo dos Estados Unidos.
Em 1849, foi publicado o Guia dos Dentes Sãos de autoria do americano Clinton Van
Tuyl. No ano seguinte, foi criada a Junta de Higiene Pública, que passou a ser
responsável por ações saneadoras e pela regularização de profissionais vindos de
universidades estrangeiras.
Aos poucos, foram promulgados decretos que procuravam regulamentar de
maneira mais eficaz a prática da Odontologia. Em 1851, o decreto n.º 828, exigia que os
médicos, cirurgiões, dentistas, boticários e parteiras apresentassem as cartas de
habilitação à Junta. Ainda naquele ano, um outro decreto criava estatutos para a
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, tentando melhorar o ensino e combater os
charlatães.
A realização de exames nas faculdades de Medicina da Bahia e do Rio de
Janeiro para obter o título de dentista foi determinada pelo decreto n.º 1.754, de 14 de
maio de 1856. Os testes eram divididos em duas partes. A prática consistia na extração
de um dente de cadáver e a teórica avaliava o conhecimento dos temas: Anatomia,
Fisiologia, Patologia e Anomalias dos Dentes, Gengivas e Arcadas Alveolares; Higiene
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e Terapêutica dos Dentes, Descrição dos Instrumentos do Arsenal Cirúrgico do
Dentista, Teoria e Prática de sua Aplicação, e Meios de Confeccionar Peças de Próteses
e Ortopedia Dentária.
Em 1868, surgia a primeira entidade de classe odontológica no Brasil: o
Instituto de Cirurgiões-Dentistas, que foi dissolvido logo no ano seguinte, só voltando a
funcionar 21 anos depois.
Ainda no final da década de 1860, foi publicada, por João Borges Diniz em
1869, a primeira revista odontológica brasileira, a Arte Dentária. O momento era de
grande evolução científica e tecnológica nos Estados Unidos e muitos dentistas
brasileiros foram para lá estudar. Entre eles, estava Carlos Alonso Hastings que ao
voltar ao Brasil fez alterações no motor Weber-Ferrey, que passou a ser conhecido mais
tarde como motor Hastings.
A criação dos cursos de Odontologia - Em 1879, o decreto n.º 7.247, de 19 de
abril, determinava que ficassem anexos, a cada faculdade de Medicina, uma escola de
Farmácia, um curso de Cirurgia Dentária e um curso de Obstetrícia e Ginecologia.
Dois anos depois, um outro decreto n.º 8.024, de 12 de março, estabelecia que
os cirurgiões-dentistas para poderem exercer a profissão deveriam passar por exames
sobre Anatomia, Fisiologia, Histologia, Higiene e Operações e Próteses Dentárias.
O ano de 1884 marcou a criação oficial do curso de Odontologia nas
Faculdades de Medicina da Bahia e do Rio de Janeiro através do decreto 9.311, datado
de 25 de outubro. Uma vitória que contou com a importante colaboração do então
diretor da Faculdade do Rio, Cândido Figueira de Sabóia e do professor preparador
Thomas G. dos Santos Filho. Nessa época, a faculdade já contava inclusive com
Laboratório de Cirurgia e de Prótese Dentária.
Aos poucos, foram surgindo novas escolas. Em 1898, foram criadas mais duas:
uma em Porto Alegre e a Escola de Farmácia, Odontologia e Obstetrícia, na Faculdade
de Medicina de São Paulo. Em 1904, foi fundada a Escola de Farmácia e Odontologia
de Juiz de Fora. Em 1912, o curso da Faculdade de Farmácia e Odontologia do Rio de
Janeiro e, em março de 1916, a Faculdade de Farmácia e Odontologia do Ceará.
Nesta época, merece destaque a atuação de Augusto Coelho e Souza,
considerado o Pai da Odontologia Brasileira. Em 1900, ele publicou o Manual
Odontológico, que abordava todos os aspectos da profissão, preenchendo uma lacuna na
literatura nacional. Responsável pela formação de gerações de dentistas e importante
representante do Brasil em congressos no exterior. Coelho e Souza contribuíram ainda
mais ao publicar, em 1922, o livro História da Odontologia no Brasil desde a Era
Colonial até Nossos Dias.
Paralelo a toda movimentação criada pelos novos cursos, surgiu também a
preocupação como o exercício legal da profissão. O decreto federal 15.003, de 15 de
novembro de 1921, estabeleceu restrições para o exercício da arte dentária em todo o
país, que passou a se limitar aos profissionais habilitados por faculdades de Medicina
oficiais ou equiparadas, aos graduados em escolas ou universidades estrangeiras que se
habilitassem junto às faculdades nacionais e aos professores de universidades
estrangeiras que obtivessem licença junto ao Departamento Nacional de Saúde Pública.
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Em 1925, no Rio de Janeiro, o curso de Odontologia passou para a Faculdade
de Odontologia, que se separou definitivamente da Faculdade de Medicina em 1933.
Criação dos Conselhos - O ano de 1964 marcou a criação dos Conselhos
Federal e Regionais de Odontologia, instituídos pela Lei n.º 4.324, de 14 de abril. Dois
anos depois, em 4 de abril de 1967, uma outra Lei de n.º 5.254 prorrogou o prazo do
CFO Provisório, tendo sido regulamentado pelo Decreto n.º 68.704, de 3 de junho de
1971.
Na época, com a existência dos Estados do Rio de Janeiro, capital Niterói, e da
Guanabara, capital Rio de Janeiro, foram criados dois Conselhos Regionais, que
passaram a funcionar com Diretorias Provisórias. A divisão permaneceu até o ano de
1974, quando os dois CROs passaram a funcionar em conjunto.
O processo de formação e estrutura dos Conselhos exigiu um intenso trabalho
de equipe. As dificuldades foram minimizadas pela cooperação dos colegas e demais
entidades. Apesar de todos os desafios, dos anos 80 até hoje registrou-se um
crescimento da Odontologia do ponto de vista técnico e científico e também a conquista
crescente em relação à expressão social e política da classe. Nesse processo, merece
destaque a atuação dos Conselhos na luta pela valorização e reconhecimento
profissional.
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No entanto, apesar da categoria profissional estar reconhecida pelo Ministério
do Trabalho, sua regulamentação como profissão ainda não se encontra legitimada, o
que repercute na não uniformização da formação profissional e no número reduzido de
profissionais formados.
O Conselho Federal de Odontologia, na década de 80, a partir de
entendimentos estabelecidos com a Associação Brasileira de Odontologia - ABO
e com outras instituições, tais como Federação Nacional dos Odontologistas -
FNO, Associação Brasileira de Ensino Odontológico - ABENO e o Departamento
de Odontologia do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social,
resolveu, por meio da Decisão nº 26/84, definir normas para habilitação ao
exercício do ACD e do THD e integração dos mesmos aos Conselhos Regionais
de Odontologia.
Em 1996, por intermédio da XI Conferência Nacional de Saúde, foi
reafirmada a necessidade de órgãos do governo incentivarem a formação de ASB
e TSB com vistas à composição da equipe de saúde para uma prática produtiva, eficaz e
eficiente e de priorizarem a qualidade dos serviços e a ampliação do acesso da
população ao atendimento odontológico.
A regulamentação do exercício profissional do TSB e ASB só veio em
dezembro de 2008, por meio da Lei 11.889 , que veio por fim a uma longa
trajetória de esforços pelo reconhecimento legal de dois profissionais da área
odontológica: o Técnico de Saúde Bucal (ex-THD) e o Auxiliar de Saúde Bucal
(ex-ACD).
O adiamento da regulamentação profissional no âmbito da União ocorreu ao
longo de várias gestões governamentais em função da escassez de escolas para
formação e titulação desses profissionais, principalmente nos municípios de médio e
pequeno porte.
A Portaria nº 267 de 06/03/2001 do Ministério da Saúde que instituiu as
normas e diretrizes de inclusão da saúde bucal na estratégia da Saúde da Família,
forneceu subsídios para reorganização desta área no âmbito da atenção básica,
instituindo que a equipe poderia ser formada pelo cirurgião dentista (CD), auxiliar de
saúde bucal (ASB) e técnico em saúde bucal (TSB). A incorporação dos serviços de
odontologia na estratégia Saúde da Família ofereceu uma ampliação e valorização da
saúde bucal nas políticas públicas nacionais.
Atualmente, a área encontra-se em crescimento considerável, por sua inserção
e valorização na Estratégia Saúde da Família, pela implantação das diretrizes da Política
Nacional de Saúde Bucal e pelos avanços da rede de saúde bucal no contexto nacional.
b) Resolução CFO-85/2009
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ENTENDENDO O PROFISSIONAL TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL7
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No entanto, no ano anterior, a Lei 11.889/2008 já vinha apresentando a
nomenclatura TSB no lugar de THD, o que impulsionou a mudança na nomenclatura na
resolução a ser editada no ano seguinte.
Os profissionais ao concluírem o curso técnico e terem seu registro junto ao
CRO passam a atuar nas áreas específicas à odontologia nas unidades e serviços de
saúde públicos ou privados, conveniados ou não ao SUS, estando em expansão sua
inserção em equipes de Saúde da Família.
Para tornar-se técnico em saúde bucal, é necessário que sua formação seja
pautada em conhecimentos científicos e técnicos no cuidado ao ser humano, à família e
à coletividade, valorizando as dimensões biológica, psicológica, econômica, social e
cultural nos variáveis ciclos de vida.
Suas ações devem ser realizadas com base na ética profissional, sem
preconceitos e descriminações ao indivíduo e à família.
O TSB tem habilitação de 2° Grau, aprovada pelo Conselho Federal de
Educação (CFE) através do Parecer n° 460, de 06 de fevereiro de 1975.
O currículo mínimo para a formação do TSB é constituído por um elenco de
matérias profissionalizantes e instrumentais com base na estruturação das atividades,
que visam desenvolver conhecimentos, aquisição de habilidades e destrezas requeridas
pelo perfil profissional desta habilitação, para atuar na área da saúde bucal.
Segundo artigo 14 da Resolução do Conselho Federal de Odontologia
85/2009:
“O técnico em saúde bucal poderá exercer sua
atividade, sempre sob a supervisão com a presença
física do cirurgião-dentista, na proporção de 1 (um) CD
para cada 5 (cinco) TSBs, em clínicas ou consultórios
odontológicos, em estabelecimentos de saúde públicos
e privados onde atuem os cirurgiões-dentistas”.
CFO CRO
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Promover quaisquer diligências ou Sugerir ao Conselho Federal as medidas
verificações relativas ao funcionamento necessárias à regularidade dos serviços e à
dos Conselhos de Odontologia, nos fiscalização do exercício profissional;
Estados ou Territórios e Distrito Federal, e
adotar, quando necessário, providências
convenientes a bem da sua eficiência e
regularidade, inclusive a designação de
diretoria provisória;
Em grau de recursos por provocação dos Promover por todos os meios ao seu
Conselhos Regionais ou de qualquer alcance o perfeito desempenho técnico e
interessado, deliberar sobre admissão de moral de odontologia, da profissão e dos
membros aos Conselhos Regionais e sobre que a exerçam;
penalidades impostas aos mesmos pelos
referidos Conselhos;
Proclamar os resultados das eleições, para Publicar relatórios anuais de seus trabalhos
os membros dos Conselhos Regionais e do e a relação dos profissionais registrados;
Conselho Federal a terem exercício no
triênio subsequente;
Aplicar aos membros dos Conselhos Exercer os atos de jurisdição que por lei
Regionais, e aos próprios, as penalidades lhes sejam cometidos;
que couberem pelas faltas praticadas no
exercício de seu mandato;
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Aprovar o orçamento anual próprio e dos Designar um representante em cada
Conselhos Regionais; município de sua jurisdição;
Cada profissional, nível médio ou superior, deverá fazer sua inscrição no CRO e receber
sua carteira profissional, pois somente após a sua inscrição, o profissional estará
habilitado e apoiado legalmente para exercer suas funções.
Para realizar sua inscrição no CRO, o profissional técnico de saúde bucal deverá
comparecer à sede do Conselho de sua cidade, portanto seguinte documentação8:
a) Certificado original do curso
b) 02 fotos 2 x 2
c) Carteira de identidade civil
d) CPF
e) Título eleitoral
f) Documento militar (para os homens)
g) Comprovante de residência
h) Tipologia sanguínea
i) Declaração dizendo se é ou não doador de órgãos
j) Comprovante de pagamento da taxa;
Todo ano deverá ser paga uma taxa ao CRO correspondente à anuidade, para o
exercício legal da profissão;
Todos os profissionais têm o direito ao voto para a escolha de seus representantes.
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ÉTICA PROFISSIONAL É COMPROMISSO SOCIAL9
9
Texto extraído da íntegra do endereço eletrônico:
<http://www.agenda21empresarial.com.br/library/_eticaprofissionalecompromissosocial.pdf>. Acesso
em 26 de julho de 2012.
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A fase da escolha profissional, ainda durante a adolescência muitas vezes, já deve ser
permeada por esta reflexão. A escolha por uma profissão é optativa, mas ao escolhê-la,
o conjunto de deveres profissionais passa a ser obrigatório.
Geralmente, quando você é jovem, escolhe sua carreira sem conhecer o conjunto de
deveres que está prestes ao assumir tornando-se parte daquela categoria que escolheu.
Toda a fase de formação profissional, o aprendizado das competências e habilidades
referentes à prática específica numa determinada área, deve incluir a reflexão, desde
antes do início dos estágios práticos. Ao completar a formação em nível superior, a
pessoa faz um juramento, que significa sua adesão e comprometimento com a
categoria profissional onde formalmente ingressa. Isto caracteriza o aspecto moral da
chamada Ética Profissional, esta adesão voluntária a um conjunto de regras
estabelecidas como sendo as mais adequadas para o seu exercício.
Mas pode ser que você precise começar a trabalhar antes de estudar ou paralelamente
aos estudos, e inicia uma atividade profissional sem completar os estudos ou em área
que nunca estudou, aprendendo na prática. Isto não exime você da responsabilidade
assumida ao iniciar esta atividade! O fato de uma pessoa trabalhar numa área que não
escolheu livremente, o fato de “pegar o que apareceu” como emprego por precisar
trabalhar, o fato de exercer atividade remunerada onde não pretende seguir carreira,
não isenta da responsabilidade de pertencer, mesmo que temporariamente, a uma
classe, e há deveres a cumprir.
Um jovem que, por exemplo, exerce a atividade de auxiliar de almoxarifado durante o
dia e, à noite, faz curso de programador de computadores, certamente estará pensando
sobre seu futuro em outra profissão, mas deve sempre refletir sobre sua prática atual.
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Se sua tarefa é varrer ruas, você pode se contentar em varrer ruas e juntar o lixo, mas
você pode também tirar o lixo que você vê que está prestes a cair na rua, podendo
futuramente entupir uma saída de escoamento e causando uma acumulação de água
quando chover. Você pode atender num balcão de informações respondendo
estritamente o que lhe foi perguntado, de forma fria, e estará cumprindo seu dever,
mas se você mostrar-se mais disponível, talvez sorrir, ser agradável, a maioria das
pessoas que você atende também serão assim com você, e seu dia será muito melhor.
Muitas oportunidades de trabalho surgem onde menos se espera, desde que você esteja
aberto e receptivo, e que você se preocupe em ser um pouco melhor a cada dia, seja
qual for sua atividade profissional. E, se não surgir, outro trabalho, certamente sua
vida será mais feliz, gostando do que você faz e sem perder, nunca, a dimensão de que
é preciso sempre continuar melhorando, aprendendo, experimentando novas soluções,
criando novas formas de exercer as atividades, aberto a mudanças, nem que seja
mudar, às vezes, pequenos detalhes, mas que podem fazer uma grande diferença na
sua realização profissional e pessoal. Isto tudo pode acontecer com a reflexão
incorporada a seu viver.
E isto é parte do que se chama empregabilidade: a capacidade que você pode ter de ser
um profissional que qualquer patrão desejaria ter entre seus empregados, um
colaborador. Isto é ser um profissional eticamente bom.
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Em realidade, Voluntário é aquele que se dispõe, por opção, a exercer a prática
Profissional não remunerada, seja com fins assistenciais, ou prestação de serviços em
beneficência, por um período determinado ou não.
Aqui, é fundamental observar que só é eticamente adequado, o profissional que age, na
atividade voluntária, com todo o comprometimento que teria no mesmo exercício
profissional se este fosse remunerado.
Seja esta atividade voluntária na mesma profissão da atividade remunerada ou em
outra área. Por exemplo: Um engenheiro que faz a atividade voluntária de dar aulas de
matemática. Ele deve agir, ao dar estas aulas, como se esta fosse sua atividade mais
importante. É isto que aquelas crianças cheias de dúvidas em matemática esperam
dele!
Se a atividade é voluntária, foi sua opção realizá-la. Então, é eticamente adequado que
você a realize da mesma forma como faz tudo que é importante em sua vida.
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Joana ao chegar ao Centro percebe que a atendente (D. Mariinha) está usando
máscara e não a recebe com muita simpatia.
D. Mariinha pede logo que Joana sente numa cadeira mais afastada e que
aguarde a chamada para o atendimento.
Joana, ao ser chamada para o atendimento, entra na sala e percebe que todos
apresentam-se muito assustados e usando todas as medidas de proteção possíveis
(máscara, luvas, gorro e pro pés).
Dr. José, logo ao recebê-la faz a seguinte afirmação:
“Joana, sabemos que a senhora é portadora do vírus HIV, mas não se
preocupe que o seu atendimento se dará da melhor forma possível. Todos os
profissionais do Centro foram avisados e estão tomando todas medias para se
proteger”
Joana ficou assustada com a colocação do Dr. José e manteve-se calada
diante de tal manifestação.
O consultório odontológico não apresentava condições salubres para o
trabalho e alguns equipamentos apresentavam sinais de ferrugem em sua base.
No consultório, estavam presentes o cirurgião-dentista e a técnica de Saúde
Bucal (TSB), conhecida por Neta.
Neta estava com seu registro profissional irregular por não ter realizado o
pagamento da anuidade ao Conselho Regional. Dr. José mesmo estando ciente dessa
informação, permitiu que Neta continuasse o trabalho no consultório.
A TSB havia solicitado, previamente, ao dentista que fosse dispensada do
atendimento a jovem, por estar com medo de qualquer contaminação, o que foi negado
pelo profissional.
Neta exercia, por vezes, funções que não era de sua competência profissional,
pelo fato do cirurgião-dentista, às vezes, estar sobrecarregado com o trabalho.
Após o término do procedimento realizado em Joana, esta solicita ao Dr. José
um atestado de uma semana de afastamento para o trabalho, por alegar que não estava
se sentindo bem. D. José, mesmo sabendo que o procedimento realizado não requeria
um afastamento com esse prazo de dias solicitado, fez o atestado com os dias pedidos,
mediante pagamento de uma taxa extra de atendimento.
Na parede lateral do consultório, estava fixada uma propaganda de um creme
dental com a imagem de profissionais de odontologia sem a divulgação do número de
inscrição.
Joana, após atendimento, sai da sala e Dr. José comenta com a técnica de SB
que escreverá um estudo científico sobre o atendimento realizado com a paciente Joana,
sem, no entanto, ter solicitado sua prévia autorização.
Posteriormente, Dr. José recebe em sua sala a presença do S. Almir, diretor
de uma escola técnica particular muito conhecida na cidade. S. Almir, para assegurar
que toda a sua família seja atendida no Centro de Referência sem os devidos
encaminhamentos do sistema de Saúde, oferece a oportunidade do dentista e técnica de
ir até a sua escola para divulgar seus serviços oferecidos em uma Clínica particular que
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pertence ao Dr. José, alegando que em troca das consultas para sua família, ele poderia
ganhar vários clientes para a sua clínica particular.
E, assim, Dr. José aceita a proposta e já agenda um dia para que possa fazer a
atividade na escola.
9. O TRABALHADOR DA SAÚDE
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VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DO MANUAL ABRIGO subterrâneo.
Disponível em: <http://www.kombo.com.br/materiais-
rh/dinamica.php?id=YjJlYjczNDkwMzU3NTQ5NTNiNTdhMzJlMjg0MWJkYTU=>.
Acesso em: 26 de julho de 2012.
31
GLOCK, R.S.; GOLDIM, J.R. Ética Profissional é Compromisso Social. Disponível
em:
<http://www.agenda21empresarial.com.br/library/_eticaprofissionalecompromissosocial
.pdf> Acesso em 26 de julho de 2012.
32
Hino Nacional Hino do Estado do Ceará
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!