Peça - Modelo Ação de Reintegração de Posse Com Pedido de Liminar Inaudita Autera Parte
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O autor move uma ação de reintegração de posse contra o réu por ter invadido e destruído parte de sua propriedade. O réu deslocou a cerca divisor e passou a usar uma faixa de terra do autor, destruindo um pomar. O autor pede para ser reintegrado na posse e indenizado pelos danos materiais e prejuízos causados pelo réu.
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Modelo Peça - Ação de Reintegração de Posse com Pedido de Liminar Inaudita Autera Parte
Titlu original
Peça - Modelo Ação de Reintegração de Posse com Pedido de Liminar Inaudita Autera Parte
O autor move uma ação de reintegração de posse contra o réu por ter invadido e destruído parte de sua propriedade. O réu deslocou a cerca divisor e passou a usar uma faixa de terra do autor, destruindo um pomar. O autor pede para ser reintegrado na posse e indenizado pelos danos materiais e prejuízos causados pelo réu.
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O autor move uma ação de reintegração de posse contra o réu por ter invadido e destruído parte de sua propriedade. O réu deslocou a cerca divisor e passou a usar uma faixa de terra do autor, destruindo um pomar. O autor pede para ser reintegrado na posse e indenizado pelos danos materiais e prejuízos causados pelo réu.
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___
VARA CÍVEL DA COMARCA DE RIO CLARO / SÃO PAULO
Processo N°: ___________________ / N° de Ordem: _________________
RANDOLFO MATTOS, (nacionalidade),
(estado civil), (profissão), portador do RG/XX (n°) e do CPF/MF (n°), residente e domiciliado à (rua), (n°), (bairro), Ribeirão Preto, São Paulo, (cep), por sua advogada e bastante procuradora infra assinada, que recebe intimações à (rua), (n°), (bairro), (cidade), (estado), (cep), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 5°, XI e XXII da Constituição Federal, artigo 926 e seguintes e artigo 1210, caput do código Civil, propor
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE
COM PEDIDO DE LIMINAR “INAUDITA ALTERA PARTES” CUMULADA COM PERDAS E DANOS pelo Procedimento Especial em face de SATURNINO TORRES, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador do RG/XX (n°) e do CPF/MF (n°), residente e domiciliado à (rua), (n°), (bairro), Rio Claro, São Paulo, (cep), portador do RG/XX (n°) e do CPF/MF (n°), pelos motivos de fato e de direito a seguir narrados.
DOS FATOS
O autor é proprietário e possuidor de um sítio
localizado no Município de Rio Claro, São Paulo, cujo valor venal do imóvel corresponde à R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais).
Porém, o autor é residente e domiciliado no
Município de Ribeirão Preto, São Paulo, usufruindo do seu sítio em momentos esporádicos, como feriados, finais de semana e férias.
Procurando manter o sítio em ordem, o autor mantém
o Sr. Clariovaldo Moreira como administrador e responsável por toda conservação e cuidado do sítio.
Como o autor vai poucas vezes ao seu sítio, há
aproximadamente três meses, o réu, residente e domiciliado no sítio vizinho ao do autor, deslocou a cerca que divide as propriedades para dentro do terreno do autor, reduzindo sua área em 10% (dez por cento) e utilizando desta faixa de terra invadida para passagem de suas novas cabeças de gado, adquiridas em um leilão.
O administrador e responsável pelo sítio do autor,
prontamente relatou o ocorrido, ressaltando que a conduta do réu destruiu o pomar que existia naquela faixa de terra, com valor estimado dos prejuízos em R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), uma vez que o pomar era totalmente frutífero e as árvores encontravam-se carregadas de frutos. Tomando ciência do ocorrido, o autor seguiu para o sítio do réu, a fim de tentar resolver a questão de forma amigável, demonstrando total interesse e compreensão em relação ao fato.
Contudo, o réu recusou-se a retornar a cerca para a
posição originária e correta, tornando assim, a tentativa do acordo totalmente infrutífera.
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
A casa é asilo inviolável, ninguém podendo nela
penetrar sem o consentimento do morador. Tal afirmação está disposta no artigo 5°, XI.
Mas a Constituição Federal mais uma vez enfatiza no
artigo 5°, XXII, conforme segue:
“Artigo 5 - XXII – é garantido o direito de propriedade.”
Não é só garantido o direito de propriedade, mas
também o direito da inviolabilidade, ou seja, não é permitido que ninguém adentre na propriedade de alguém sem o seu consentimento.
Conforme exposto nos fatos, o réu agiu de ma fé ao
se apoderar de uma faixa de terra de propriedade do autor, qual seja, o seu vizinho, unicamente para obter vantagem e proporcionar um maior espaço para as suas novas cabeças de gado, não levando em consideração se seria destruído um frutífero pomar. Cumpre fazer uma ressalva a respeito da má fé, diante da citação da Ilustríssima Doutrinadora Maria Helena Diniz, em sua obra Curso de Direito Civil Brasileiro – Direito das Coisas:
“A posse de má fé é aquela em que o possuidor tem
ciência da ilegitimidade do seu direito de posse, em virtude de vício ou obstáculo impeditivo de sua aquisição, na qual, entretanto, se conserva.” (Dizniz, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Dieito das Coisas. Volume 4. 22° Edição. São Paulo. Saraiva. 2007. Página 61)
Importante ressaltar, que além da turbação de má fé,
o réu destruiu o pomar existente na faixa de terra, já que se trata de uma terra totalmente frutífera e produtiva, causando um prejuízo ao autor no valor estimado de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) e causando um grande dano à natureza.
A propósito, convém mencionar o artigo 1218 do
Código Civil:
“O possuidor de má fé responde pela perda, ou
deteriorização da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo teriam dado, estando ele na posse do reivindicante.”
Desta forma Excelência, tudo o que foi destruído pelo
réu deve ser indenizado, com perdas e danos, conforme nos ensina o Saudoso Doutrinado Silvio de Salvo Venosa:
“O possuidor manutenido, ou reintegrado na posse, tem
o direito à indenização dos prejuízos sofridos, operando- se à reintegração à custa do esbulhador, no mesmo lugar do esbulho.” (Venosa, Silvio de Salvo. Direito Civil. Direitos Reais. 3° edição. São Paulo. Atlas. 2003. Página 114)
Vejamos o entendimento dos nossos Tribunais de
Justiça:
“Ação de Posse. Esbulho caracterizado. Demonstrado
que a posse exercida pelos réus é clandestina e de má fé. Fica caracterizado o esbulho possessório, ficando ao autor, assegurado o direito de ser reintegrado na posse do imóvel sub-judice.” (TJPR – 4° Câmara Cível. Apelação Cível 512732. Relatora Regina Afonso Portes. 23/12/92)
Diante do disto, fica totalmente claro que o autor foi
esbulhado, teve sua propriedade invadida, danificada e o seu direito de propriedade totalmente violado, devendo não só ser restituído em relação ao esbulho, mas indenizado, também com perdas e danos por todos os maus e prejuízos causados pelo réu.
Assim também entende nossos Tribunais:
Apelação. Reintegração de Posse e Indenização.
Comprovada a posse e o esbulho, bem como que a ré causou à autora danos, correta a sentença que impõe à esbulhadora a obrigação de indenizar. (TJSP. 11° câmara de Direito Privado. Apelação 1.001.719-9. Voto 1.824. Relator Paulo Jorge Scartezzini Guimarães. 03/10/2008) DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto e amplamente demonstrado,
requer a que presente ação seja julgado TOTALMENTE PROCEDENTE.
Requer a concessão de Liminar “Inaudita Altera
Partes” sem audiência de Justificação Prévia, a não ser que, o nobre Juiz entenda ser necessária a justificação Prévia. Para tanto, expeça-se o Mandado de Reintegração de Posse.
Requer a citação do Réu nos termos da ação, e assim
a concessão de multa diária no valor de R$ 100,00 (cem reais), caso haja descumprimento da Liminar. Também, a fixação de multa diária no caso de descumprimento do disposto em juízo a ser concedido ao final da sentença.
Requer a condenação do Réu ao pagamento de danos
materiais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
Requer a condenação do réu ao refazimento do pomar
que fora destruído, no valor de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais)
Requer a citação do Réu, com os benefícios do artigo
172, § 2° do Código de Processo Civil, para que compareça a audiência de conciliação a ser designada por Vossa Excelência, onde poderá oferecer a defesa que tiver, sob pena de confissão e revelia;
Requer a condenação do Réu ao pagamento das
custas, despesas processuais e honorários advocatícios em 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação, bem como o valor da sucumbência; Requer que a Concessão da Liminar de Reintegração de Posse torne-se definitiva.
Requer a possibilidade em caso de controvérsias entre
turbação e esbulho a aplicação do principio da fungibilidade conforme previsto no artigo 920 do Código de Processo Civil.
DAS PROVAS
Requer provar o alegado por todos os meios de prova
admitidos em direito, especialmente por prova documental e documentos novos que se fizerem necessário, além do depoimento pessoal do réu, oitiva de testemunha, realização de perícia, etc.
Para eventual designação de audiência de justificativa
prévia, requer a intimação e a oitiva da testemunha abaixo arrolada.
1. Clariovaldo Moreira. administrador, portador do
RG/XX (n°) e do CPF/MF (n°), residente e domiciliado à (rua), (n°), (bairro), Rio Claro, São Paulo, (cep).
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 660.000,00 (seiscentos e
sessenta mil reais). Termos em que Pede deferimento
Dinâmica do Contrato de Arrendamento Rural: uma análise luso-brasileira, sob a ótica dos princípios constitucionais do Direito da Propriedade e da Função Social da Propriedade