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‘Mano Usensrencr A oBRA DOS SOFISTAS Colegio PHILOSOPHICA , coordenada por RACHEL GAZOUA UMA INTERPRETAGAO FILOSOFICA aulus Traber fey Metre Ienoresnsven tes “dag: te Ar Dea aon Ta se ‘eee Fete cnc: St a Diogamta te ane ace a mr Cee npn coboments PAULUS Dados tecins de Catala re Pinte (CP) (Gina dase ovo, 98 Bol) ‘Nore es Sots uma epee toa Mo Unter == uo Rete mors)" Sto Fale: Pa, 12 eee Psa) ‘one por Reel Caos) “hla onpa fe Sin spaassen005 + Sofas (ono pes | Catal, Rachel. Tl. Si (nes pre etags ier Softee pegn 188 vet a2 atecaeEn 901749 sao Pada (a ESS S08 Sor SUMARIO 7 APRESENTAGAD 17 PREFACIO A PRIMERA EDICAD 19 PREFACIOA SEGUNDA EDIGAO. 21 PREMISSA 25 Capitulo Primeiro- Nota sobre aida de Protagoras 38 Capitulo Segundo - Obras de Procagoas 49. Capiculo Tereza -A dourina de Progoras 149 Capitalo Quarto - Nota sobre aida eat obras de Gorgias 163 Capitulo Quino A grosiologia de Gorgias 215 Capitulo Seno - Grosiolopae ontologiatrigcas segundo Gorgas 259 Capitulo Sétimo- Gergia: A Etica 271 Capitulo Oitavo-Géegias:AEstica 283 Capitulo None - Gorgas: A Retviea 289 Capitulo Décimo- Nota sabre a vida esabre as ras de Pico 303 Capitulo Décimo Primera - Prseico 329 Capitulo Dec Sequrde - Nota sabre a qustio dos doit Antifontes. Vida e bras do Amon sofia 335 Capitulo Décimo Tercera - Anifonte 385 Capito Décimo Quarta - Nota sobre = vida ‘eSobreasebrar de Hipias 385 Capitulo Décimo Quieo -Hipias A pit absolute 429 Capitulo Décimo Seco A reagb tia 9 sofiicagorgans ~ (0s Dis Lips Ist Cartruo Praeno NOTA SOBRE A VIDA DE PROTAGORAS Protigoras era fo de Artemio ou de Meandros', mas este segundo nome, por ser 0 preferido de Apolodor, que 0 confirma baveado no testemunho confdvel de Hericides da Ponto, e porgue & caracterstica do mando jOnic, parece ser ‘mais provavel. Sua pétria foi Abders',eruzamento de pov? cede crengas’ A. data de sou nascimento nio & segura; habitue almente€ colocads entre 486-485, mas hoje se tende a aceite uma data mais remota, em torno de 492 aC” gis Late $0 (DK 50 ee He 5s tn pS sta a TS nt 1 28a Manteno it seer amber por 51,10) (OKADAz) Sos Tero. Ee, aa hw fy 18 (7 Gey 91, 12} Neve que norm Meas, cian i Scien pint Rae tgs pica ate Gots enn pe eater Satan cate aotas abet tgs is eartcera setters fences Aion re Pioeennaee to 1906.9. 1086315). RAED asc sgtmin este login sothida por Baer. Th, p11 1-112, « por Taylor. Varia Sct. Oo, tpicitis hoa nngsaatnnaryt asa TUR Ronee ae peat eae Last | Mano Unto | [Nao se pode reconstruir sua forage esplstual,sobretu- do porque 3 noticias que possulmos a esse respeit so mul- to discutveis Sobre duas dessas noticias convémn concentrar a tengo. Filostrato conta que Protigoras “teve contato... com os ‘magos persas durante a expedigio de Xerxes contea a Hélade (480). Séu pai foi Mesndos, bem dotado de riquezas, mais do ‘que muitos na Tricia, porter recebido hospitaleiemente até mesmo Xerces em sua casa e, com presentes, abteve do rei persa 0 ensinamento dos magos para seu filha, Na verdade os sera 0 meno smc 51 244 173 a ca ss Fatebvo.veriovracome Rout. aelodoe [F384 F 71) cada pot Siac ba ene a Cee mede tee reunnee os SE ta stent cna eae, ‘icin la aes oie ee eyo 26725 (Comper foes Rep Bs es cine oho ik at. 2 tetra ale Pe 1) as Progaras no alg psn orc (O19) gt pl dese Pa span. etemben ae Sooner e Hp [Pa on288) Frost mito mas jem o gue rovers Ses lomo tree ao sista avo do cue erasers cto ano Pansy oa ‘neared rears Seva ar reno eror an as nmi hit poison far 98 p 99 18) bess Re ‘om ds ata na de de pore o, Upon ie ipoes Reet coo natroce cerca com os maggot scbicmnedio ratios ula nas) proce Ere see ren meron ot. opr to ‘EG crane leet pla propo sot ne Pig pen ‘ea Arpeop do sofa stars pnd ns agua aa Sip se Ramee a as pel ee rests Tamme Padre dpe cot Genre Vas {te Potagoas eta anda om rs a sempes doce be apa oe, ‘Shana res 3 pode porque a conacnas dre wr corsa fates ‘SepardeNcin (ay Cok Abr, p SDT st eevnem Bon Pe 2 S36 eat os de Pra pees “também devon Fiz Prot, 906-911 A aha ete palo conan, used pire tee he cogs Cann Papert ooo inom res ol do cops sob proce magnon ne tfoteones sagas L261 smagos perses nfo ensinavam quem so era persa sem a per Inissto do re. A afracio que conceme 3 apora sobre a exis- ‘ncia ou nio dos deuses, creo que Protigoras @ extra, em srande parte, de sua educagdo pers. De fate, 0s magos invor ‘cam a divindade nos ritos que praticam secretamente, enquen- to abolem a crenca publica no divin, porque ndo querem que se considere que abtém sou poder desta fonte™ Essa noticia € considera lenda por razbes cronoloyias, a menos que nlo se sceite a hipotere de que Protigoras nasceu par vata de 492- 491", Hs quem pense que ela foi inventada para justificar & condenagio dos deuses antropomérficos por parte de Protigor ras como decorcente das ideissreigosas persas, contrapostas Aaguelas dos helenos, para os quis 0 atesmo nd era faclmente ccompreensivel”, Outros, 20 contre, pensam que essa infor ‘masio podefa provir dos autores do teatado Tep yayeov ou do democntico Hecateu de Abvdera, "desejoso de reagir contra ‘oexclusivisma de uma historiografia demasiedamente nacio- nist, entre outras, contra aquela de Hlerddoto. Pars justificar com precedentes seu cosmopolitisma, esses autores do perio- do helenistic tiveram de descobrie na Hélade das gueras mé- dicas exemplos de ma largueza de espirito que nio pensava trair o heleniama, a0 aproveitar da presenga de uma cultura ‘strangers para se insteair com ela". Tudo isso & certamente verdade no que se refere&interpretagio literal do tester, mas podemes tamisém admits que os magos que se detive- ram em Abdera durante a expedicio de Xerxes fzeram esol 0, de algum mode, lsngaram 0 fermento de ume nova espiri taidade que, de resto, estava em pereita consonsncia com as tendéneias do tempa. Com efeito,o naturalismo de Anaxigo- rs claramentefazia oposigio a0 antropomorfsmo, de manci {Fs US. 110,12 (ORSOAD) sGtroa °F, den Ca lt a ede Pi, 96, 167-168 noe pega give loa oti ay. | Mao terre | 2 que a attude teoldgica de Protagoras poderis, com razdo, ser explicads também com influxo do pensamenta religioso dos mages”, que, nesseaspecto, coincidia com © pensamen- 1 flosfico contemparineo, Além do mais, se Protigorss, na epoca da expedigio de Xerxes, tha dex anos, opal, naquela ‘casio, pode muito bem ter se preocupada em providenciar com latgueza de visio, 0 ensino do fhe. Por esse caminho se {omardo também mais claros outros aspectos do pensamento de Protigoras”. Podevse,além disso, observar, com Kurt von Fritz para quem também a noticia nfo tem, hstoricameate, nada contra si, ainda que no seja demonstrivel -, que “no totalmente impossivel que a diveridade da religio e dos costumes persastenham impressionado 0 jovem Protigarss © tenham contribuido para seu relativisma posterior, especial- mente porque, apesar do livro de Herédoto sobre os exipcios, 9s peras esto sempre presentesnadiscusso filossfica sabre a relatvidade dos costumes, Nesse sentido, até mesmo a obser- vacio de Filéstrato, que liga a dvida de Protigoras a respeito da existencia dos deuses ao ensinamento recebido dos magos, pode conter um gro de verdade™ A outra noticia relatva a formagio espritual de Protigo- rs relata que ele teria sido discipulo de Demeécrto".A noticia, para ser aceitivel,pressupie, reltivamente ao Slsofo ators: a, nto a cronologia de Apolodoro (460-360)', mas a de Dio- doro (494-404)”, de modo que entre Demécrito © Protigo- ras teria havido uma distinc cronologica,ainds que minima, Pat § 2 (nota 45-47 ¢otento correspondent}; €(notas ovement : = aah era termes nated pene sgehiininrms sane Pa aoeanar as Seen ees magi nhac ae et en oto eee a wicocaun straarin So oto era L281 1 Nove sot «wa. Pastcon | sulclente pars eitabelecer uma rolagdo mestrediscipulo'®. A difculdade maior por outro lado, drive da eronologa de Ans ‘igor, que seria muito antecipada, uma ver que ese fof crs mais velho gue Demécrito". Dada a insisténcia das fon- tes antigse® relativas a Democrito como mestre de Protigorss, talvez se pudesse pensar em uma influgncia daquele sobre © softs, independentemente das verdadeiras & pormenorizadas| relagies de escola ou de idae. Se tal hipstese pode ser levantada aceitando-se somen= te a cronalogia de Dicdoro, deve-se, todavia, segue a critica mais recente que, 2 preferit, para 0 atomista, a cronologia de Apolodoro, julgs as proviveis relagdes Demécrito-Proti- goras como una “bula, como ume “consteucia™. Alfer fexaminou a fundo » questio para coneluir que, seguramen- sn 2 de LAS, a acai Drm, i fae e890, pS "Sra ke! BSS 17 DK@BA 1). CES op 45, gus obra cn ha areata “opeane un Pao a Saas snc re tnd emote Scie fogs do tae fe, on qu Soca parce er coment dat ETRE emacs soca porsen ees Svea Selede cst SEES Soca p30 sey (A solope achoonal de Anges ¢ i ven eer id oir Pe, 354 fy 72 use Reha 1} gue sme ce, d"quetamben oft Tigra Se cared de Sapagns dele ueerecrnous pina (Skea de ener (rad Moe) Ca Sele pct 30, ober Otte tuo » Sexigare mo ¢ pars se tomar fo pe de. Ma Subtest sacs de ae Epann Dragos ro ema oon ‘nooks lames dro sear Yl turer sores cme Viet unto dc Pigrs carer era poe “etcri eenpla iis em ums 6 fa ewan oo st scopes fale Nea ig aoa a (ey Sho i pratt Pot 912: Daron Prop 3829. None See est fe cms un sede cae Povigirs de Ones EESSEMRSGES eu ort um dou Senco dos supa do ohne un doa mend soba) Ea mlomaco ec tear a Gai Dsgeoes tas contapane uma cura ero maison So ‘Shaslpoo ge tenons Saraie to pocras (Uc Beep 8). weed de ongem popieca, poem co, rsaerte das ata forse sorcinyans(& Boe Lara pri fora so Tee Boren 1956p Seems eben A p25, ee Ck Ae rp Bm 1291 | Mano Urner | te, Demécrito deve ser colocade,justamente, no periodo &- xado por Apolodoro", Disso decorre que, com esse notivel Aeslocamento cronolagico, a relagio entre os dais filbsofos invertese, como cesulta também do exame dos fragmentos de Demécrito, de maneica que este responde a Protigoras, € ‘0 0 contririo™. De fato, por um testemunho de Phitarco (ede: Col, 1108 F = DK 688 136), somos informados de que Demécito polemizou com Protagoras © se 9 sensagto &in- suficiente, Demécrito coloca a necessidade de uma relidade eltivamente (Ere) existente: os atomes © 0 vizio. Assim era firma a legtimidade da cgneis, logo a aAABra assume umn significado completamente diferente daquele que ~ como se vera adiante ~ Protigoras the tebui (Outrasinfluencas 02 relagdes serio notadas eo longo da exposigdo do pensamento de Protégoras, mas a originaldade «de sua douttinaprovars como se tata, sobretuda, de estimules, ‘que determinarem reasies totalmente singulates Ele foi para Atenas*, onde entrou em contato com P& icles, que the encarregou de preparar a legilagdo de Tio, ' nova coldnia® fundada pelo grande estadista, em 444, com. cpirito pan-helénico®. Bsse projeto acs permite penetra com uma bos probabilidade de colher algo de verdadero, na esstn- «ia da constituigdo de Protigoras, Afrmau-se que ela era cla de era announcing guna, Em oes 22 Brochard. eB, pp 30-32: <6 Westman. Ptr Gen Kaltes Seine sag Hamdan tt era ets Seen meer ace mares Gti Ce arene ae ree iif ee lon Cryo Pe 30 Etna POH TOPE TT = DK BOA 35 (0). Cn ad writen Bos tne, 30 OK 804.1). Nel VAL, 265; clon en vse mca tt 387 Sl ap. EP. Che Leathe Ha BALE 301 nets democrte™, Maso mito de Proton” ni presen thu doutrina que adap ss prespotos neces da Semecncin “Cerente ums concep democrica do Es tado pode rite bem conesponder 0 peuneto de que =. ‘ae home sina a dps aaa WONT ETH Forcut Indo capaidde pits no se encnta ma uss Como tl ma somente em tas persosiades singles sais whieh Sper et resent wv. A 0 jana tne sopnda considers. esa ae no swore tredetre sem wu ors ma dee ela A tea de neces de tml, Goer eBBay para one ¢ roku) opeiefndamenlmene no democria™ ‘Alt di jastamenteo programa paneled ol- sia exten pra independesterente da endencia pin A Progra const poder er amen dears tc, amnei steiense em azo pra, quem re Progreso rear a spar i deve eo iad ‘elaboragdo do direito corrente na Italia meridional”. A tradigao_ truer que oligo iad ha do Zale, 9 Gre tina sido Carona Ese evidente ancroniam sign Some que "cm bse em ss leaden sg ma cova “onsttat que colin ia carer peli po Chose entender bem om lado de Zale, danse qe tha bacon per ss soe gore ee Seménio e ropa, io seni «datas + rept de Carondas qu le ia yeah o gue deetho in ch oem tod jigs aero srescentandothes mata cov mu" O interes de tomar previeteo emen9jrico™ ct sb, Mee Hp. 62h 9 96 Ali Se, ver Eee eng aT en ik 6887 Te cet § 2 2 isp Vile era, sm dio, i infin de Pro Lager prance sda cian ss onbus A ROaTS (eae See, VM, p. 285; Desa. Sp 282 iat | Maar Unrest | Aevia determinar uma inclinasio do legisladoy,sobretudo por CCarondas Protgor, portant, baseando:se nesta duas coasti- ‘tuigdes, “mesmo incluindo elementos de cariter democriico € analogs com a leis de Sélon, dito uma legislago que do se pode dizer que forse semelhante e quase copia da leislacéo steniense" Desejava-se realmente que a cidade de’ Tio se tor rnasse "um centro de politics, do ponte de vist do helenismo, Pericles ni poderia nto notar"que a primeira condigo, para que os vérios elementos que a compunkann pu Ldesiem coenistr © quasesoldarse juntos ra que ela nio de- vera ser regida por uma constituicio de indale particulars, ‘ome teria sido uma constituico elaborada a partir do modelo ateniense...E,além disso a nova constitugto ni deveriaen- ‘rarem confit com a legislages lca isto &, de cidades nas ‘quai hi muito tempo vigoravam lgislasbesitilicas préprias™. Com 18230, portanto, foi dito que dessa constisusio "ni se pode fazer dedusbes sobre as idetas poiticas” do sofsts” ‘Uma segunda estadia de Protigoras em Atenas aconteceut por volta de 423-422, pertodo em que se deve colocar a aio do Frogorarplatnica™, Em Atenas, além da amizade de Pericles, de quem cxdmirou a sublime firmeza de Snima por ocasio da mor te de seus dois filhos™, weve também a amizade do rico “et rp 32307 po ae et 32 8? reer eo ar) md, para Tv aeererso ig Carne plo erate sss ecee stp Sip Aras tava ts sma wastande Dadar ac comsaigneds tee, terpartcongun fun rma cobsiontyostantentck cts Bid ‘ese, auc orn aspera em ara dees Ox aD6 el nota27, sci) Calas e de Euripides, ern cuja cas teria ido 0 inicio de se ‘excita Sobre os deus" Das vagens que ele fez, como soit, coberta de honras ¢ procurado,conhecemasaquela Siciha, ondese encontz04 com 0 jovem Hipias, justamente nos iltimos anes de sua vida, se Hips, como se supée, nascou om 443°. E, dada a minha co- nologia de Hipias, creio ser provivel que a permanéncia de Pro- ‘igorasna Sica tenha sido depois da tercera estan em Ate- ras em 421, e anterior expedicio dos atenienses contra ails [A tradi antiga (Diogenes Laercio, PX, 54) nos informa que Protigora foi acusido por Pitodoro, “am dos Quatrocen- tos". Mas j& Se notou que esse precisio em rclacao & pessoa do acusador ndo indica que 0 process tesa sido realizado em 1", Portant, ess noticia transmitida por wirias Fontes" dove ser revists, e 0 proceso localizada, como jé se dee, ac periodo da paz de Nicias™. Mas também essa hipStese & muito dlbia,e Taylor jétinha apresentado algumas objesies a el” Mas 6, sobretudo, Gigon que negs qualquer validede infor magia da processo. Protigoras, no dilogo platénico, declaes [317b-c) que nfo sofrew nenhum inconveniente devide a seu io de soit, costrasiando a notcis do procesto do conse quente exo, De resto, Diogenes Laérci (IX, 54) nara que @ primeico liv publicada em Atenss foi o Mepi 8dby, qe seria ‘asa do proceso, o que é contraditéria Alem diss, 0 Menon vr ga eto Na cara de apo, alas ag. 146 Caius" (Aon! Prager aden, "Aon dl Scuola Pi’, 1947, 40 3-4 ‘ign Dual Sap. 300 age Mayr anh RB pe signee om Ai, Espo ecm 9 seus eae seme ig late (ER DAT) ko sede prem dda a Moy toting 8, ite i ae Seg | sao Unseen | @le=DKA8) exclu a morte vilenta do soista, As ds pos- sagens, conclui Gign,seriam incompreensves oe fosse veeda- deira a tradicio do exo e da fuga: tudo isso pertece &lenda de Protigoras que ciculava no século IV", No maximo — diz ‘m outra passazem © mesmo Gigon ~ pode-se pensar que hi um niileo histérico, sufocado por uma boa quantidade de n= vvengSes". Se excluirmos a validade da noticia que diz respeito 40 proceso ea condenacéo, pode-se, ao contri, admitie que cle tenha morrdo em um naafragio durante uma viagem pelo ‘mar quando voleava da Sicilia (Diggenes Laézcio, IX, $5), por ‘que, como bem nota Fitz, a noticia aparece sem ligago com «historia do processo®. Dessa mancira,€ considerada fala noticia de que os ateniensesteriam mandado ecolher os livros 1d Protgorss na dgora para que fosom atgados em chamae™ ‘© motivo da imputacso de impiedade devido a0 perigo que a doutrina de Protigoras pareciasuscitarcoatea o fund mento religioso daquela constitucio patria, qual a oigarquia sspirav,retorna nos versos de Timio® sqseam cosa faser desuas bras, porque #e eer no saber nem poderinveigar gui qu stim ot umes ‘mostra sim sama cautelat modersgao, Iso io Ihe eu, mas deseou sag para no Bebe 8 fa Bebida sores edescer ssi a0 Had" Sh wn 5 take an con wget ee id see eres see ppp es BE kas an, OL B41 OKED AM) ear rere io podira caer ton enrages (Sch. Gh pha8) Parzen Spearsenaareipincin Sop te on? 3 DATA eer ood owes aang B18 p85 Sc eg cs Riba WO ayn Ocha Ley EET Carma Secunoo Osras ne ProrAcoras § 1.4 perda das obras dos! sofas Excessive mimero de escritas atribuidas Protas Determinar quais as obras eetivamente esritss por Pro- ‘tigoras¢ carefa dua, se levarmos em conta o grande mimero de titulos que chegaram até nds e a perds total, ou quas, dos tratades © dos discursos epiditicos no s6 de Protigora, mas também dos sofistas em gera. Uma rario dessa falta de sobrevivéncia duradouga da Ii- ‘erature sofistca fo! iustada por W. Jaeger “Alguns trabalos mais marcadamente cientifces dos sofistas foram usados por visas décadas, mas em ger eles no eram homens de clén- cla: seu objetivo era influenciar os contemporsneos, A deca ‘magio (éniBas) ndo ere, para usar as palavrus de Tucdides, algo duradoura, mas demonstragio de destreza, destinada aos fouvintes imeditos.E no profundo trabalho educativo dos 6 fists, 0 melhor de suas orcas concentravese no comércio com a8 pessoas vvas eno na atvidade litera, como, de rest, & natural. tudo iso se deve acreseentr outras considerasdes. Primeirament,¢ficl supor que boa parte das doutrnas rto- ricis dos softs foi transmitida em obras sistemsticas como a ovayaayh Texw de Aristoteles, a Retirica de Anaximenes e ‘scitos do género que seproduziam ou eiticavam teorias sois- tics vem mencionar © nome do autor: Em segundo lugar, con- 135] | Mao Uorerte ‘vem ter presente que os sistemas filosicos, que se frmaram depois da sofistics,tinham outros objetivos e, portant erm levados a dramatizar uma anstese que, aos poucos, deveria de- sembacar na dammatio memoriae em tela aos predecessores. ‘A otra ro, vida principalmente para Protigoras, € 4 cexcessva quantidade de ttulos transmits pela tadgio, que everiam corresponder @ outastantas obras do sofista. Tam- bbém aqui cabo uma oportuna considerasio ja conhecida e que sepode precisa, com Foblona, da seguinte mancira'A respeito cdo modo de se fazer edigdes no stculo , sinceramente, sabe- mos pouco, Mas, n caso do epor antiga, temos com suicien- te froquéncia diante dos elhos como mediante uma passage cextrinseea € relacionada um argumento totalmente novo. Na ross, a propésita de Protégors,estames informados de wma série to grande de ttuls qua difiilmente, odem-se imaginar ‘coma inscrgfes de livros autdnomos™. Os titulos dos livros, de fito,eram pouco importantes para os antigo § 2. AeAntlogias No que diz respeito a Protigoras, possuimos um eleneo “mutilado e nto totalmente confiavel, conservedo por Dis- agenes Laéecio (IX 55 = DK 80 A 1), 0 titulos das obras no inluidasnele, que nos foram transmitidas por outresfontes. ree ppp. “Aid ete td ae eae cas lene Nea Mp id tp 28.29, Aepeto oihteea, qu sere esos de organ By abe 8h, Camacar aia am nos debe (oon Ten eos a men a hos com 9 elo wep eps ‘Moe wet cbs © Nop Tv, e302 839) Parton Parson rc como pete pas ipo que ttle gpl Gow econtavate meaamene spe Je Te © [Ste ds fap wees aetna lopeamarn ante de Tepe ‘i) amber uy Cat, p 398, pens que cade morta 8 Biba de 361 | Ooms oe oxic | rei ter demonsteado® que a catilogo de Diogenes con- tim somente os subtitulos das Anilogas, obra em dois livros, como se esclarece no final do dito elenco. A meu ver a6 Ant logias teatavam de quatro problemas fundamentais: 1) sebre os deuses;2) sobre o ser, 3) sobre as leis e todos os problemas que ‘concemem ao mundo da pire 4) sobre as arte, Portanto,o¢ ‘itulosreferidos por Didgenes Lagrio dovem ser dispostas em tomo destes quatro temas fundamentis, jas segbes aqueles titulos representa’. ‘Tata-se agora de precisa, nos limites do possvel, tema Aesenvolvido em cada seco das Antilgias, 'A)A primeira era conetituida do Tap Gn, Sobre of dew ss, enssio que nfo aparece no catélogo de Diogenes Leercio, ‘mas que deve ter sido lembrado na lacuna do catilogo,raz0a- velmente suposta pelos criticos De resto, Diogenes alude «essa ‘obra em ima passagem precedente (IX, 51-52), e sucessiva- mente (IX, 54) afirme que fi o primeiro, entre seus escritos, aque leu, A tese de que essa tonha sido, so contrério, sua tltims ‘obra, escrita no periodo em que fot acusadet,¢ rfutada pela sdeclaragdo explicta de Didgenes Laércio", A mesma seglo cone ‘vém atribuir 0 Teg rev by iB, Sobre a sorte no Hades". © tratamento desse problema pode muito bem ser atribuide = Procigoras, apesar de uma obra com o mest titulo ser aris "er Unesco gu eae de ud o que re ‘pal sobre asia e tigre rhe dbus obras SP ‘Uda subeneaene sues or ar ops p12. "Cana domorerasa no srs deo ma nor pectetaguc pri das At ose on Pt, ef 20h NEE Eencen 1 Aon p27, qa errno. wei 39 Sang reps de mad claves gree 9 pire eal nests pnd Digest, pose erro "Schr p38, ota 2 on ie ot 93, 10 20, no ered svat da ir, ade amber por ube PE, 37 (= OR BD Boy ce scone prr el i oa ptr cnr a seme pce guns son tae re.) bet | Mano Usrntene | Dbuida « Demécrito (DK 68 B 0c), sem que se deva pensar em confusio". De fato, "se Protigoras extra: das cepresentacies tradicionais dos deuses influxos para o seu pensamento © & gio humana cle teria também de tratar das epresentagies do slem-timulo, Juntamente com o alem, ele negava a existncia separada da alma, que lhe parece supérflua so lado dos sent- dlos (Dib, Laere, IX, $1 = DK 80.A 1)". 3) A segunda ses 0 das Antiogias pertencia 0 esritaTept ‘o0 Bvtos, Sobre o ser, que também nio ¢ citado por Disge- nes Laéreio, mas que ¢ conhecide por Porfirio (DK 80 B 2). E inexats hipstee, sugerida vrias ves, segunda a qual esse escrito de Protigoras seria um capitulo da obra fundamental A Verlade, ou a paafrase del, Era, em todo caso uma re fatagao do ser eleatae, provavelmente, de outras doutrinas dos fidsofospré-sofstices. Peaso que devera estar em relagio de lin de Ging Sp 35 se. cambn Bers. Pay 108, 188, ES oe p34, rota 68 ey Gp 37% pea gue + oes se pitcei engin emo wssce por Progr re rawarma tagger tos ne sonar nine tare se sf 38230; Ms | 1261 17 1265), ou entio designa um evento seja como de fato acorn, no qual intervém a ago do indviduo (Hil, V, 96, 1), seis em seu desenvalvimento (Hak, 1,32, 9). Esse iltimo sentido canfere a xiao significado de exo fo 01 resultado, que est justamente onde se realiza a hve cde um pine (Hak, 1,32, 9) Tal significado dessa palara, visto ‘que se encontra em Hesiodo (Trab, 402), prova que xpi logo depois daidade homérica (em Homera se encontra somentena Odisseia, com o sentido de riqueza”) amplia seu significado a Ponto de desigar tudo 9 que @ homem pode xpieta, a partir de um evento diante do qual deve, de alguma manera, reagir, até um objetivo em vista do qual disp 0 cuso das préprias deisoese agdes. Os exemplos de xp como “escopo"e, por tanto, Frequentemente como “decsio” sia numerosos (Emped 31 B 13,1 DK; Hat, IV, 150, 4,V,23,2;24,3;VE, 145, 1, Vill, 138, 1; Sof, Aj, 288; Ba R, 1128; Fl, 1231, EL, 290; f Ant, 1049), A palaveaoscila asim entre o significado abjetivo de evn tw 6 de escygo (0 que est no inal de um eventa), de manera impor o sentido subjetivo de decsdo. Uma vex que a para foi Lovada para case dni, ela pode exprimir tanto 0 sujito da percepgio sensivel (xpra @yéov em Melissa, DK 30 B 7, 4} como a atividade intelectual (Mimerm., 8 Diehl: nln évren xpiina Buanseaveu; Epicarm., 157 Olivier, 228 Kai bel: lapbv & ounfounia gov xpiwc: cf: Democr, DK 68 B 81, ‘em que xpéouar éusado nesse mesmo sentido), Por isso xpAia pode se aproximar do significado de “conceit” (Hat, Ul, $3, 4:80, 3: 78; Plt, Prt, 36a). Em xp © xprara 0 homem pod intervr, de modo que se confundem com sua decisio ou slo a matéria de sua decisio. Einstrtive Pind,, Ol, ue nt ourples eral de Slot so si orale pgs ou serararente Lear Spe ems bon dota el (Cpe tonne,“ Spe Yip, 928 ps TES BR Poe ar pete oe ‘dune do dae, Ania dees xgnbe & porate, Sgn. jay Joumulado por Anaxsgonss sob o modelo da prépria consi fin “ainda que ele 0 considerasse como ume forga da noture- yo, em sua esséncia nio era diferente do ceptito humana, VL, 73-74: rouaipa xpiu'traorov (cf Demdcr, DK 68 B 82) as agBes seus resultados revelam 0 homem’, 04, em outs palavras“o homem pode dominar as ag6es eleva decisio ese ‘Mas a separacdo absoluta entre os dos vlores objetivo © subjetiva de xoriua nso acontece. Uma passegem de Pindar (OL, IX, 103-104), & medida que afrma Bow G03. xp, stent corel abv Be pti, isto &,deixa entrever a come cepgio da atividade humana interpretada como xp, como resaltante de uma atividade pessoal, de uma intervenso ou «le uma reagio exterior. Fs relacio ¢esclarecida melhor pela unido de xpiva e npdonta on mpayua (Emped,, DK 31 8 113, 1; Hes, Trab,, 402; Ht, VIL, $0, 1; Price, DK 84 B 8). As palewras mpiryua © mpécocs, com as qusis logo se identifica ‘pic exprimem o duplo sentido que esti no padecer © no 29, to esteeitamentewnidos no homer Fica evidente que a palavra yoruara constitu tudo 0 que «st diante do homem, do sensivel ao intligive, do evento «omo realdade acontecida a evento em seu devi Ese mundo \Jesignado por xpfwara constitu a esfera da agéo do homem que diante dela deve exercitar uma obra de intenpretagio ou slominio Esse dup aspecto de xpriava, “as30 do homer” € ealidade que 0 homem encontra dante de x", manifesta-se na linguagem filosifica de Anaxigoras. Seus elementos ado 0 sujeitos a devi exo perecer (DK 59 B 17; também fog, Le 9}-masdiante dele eso vous (59 B 12). Esse ¢ um elemento nico, também ele um xpi, mas, no entanto, tins sido noxtgoras ent antecipa a posigio do homem protagéico ve esté dante do xpiarra, realidad que é absolute e que oi, 286 ee 128, rch We. ti 1979.19 [91 pode, também, ser por ele dominada. Como para Anaxigors fy mavti navea ctv nave yap navtbs / woipa éveorw (59 B 6 e 12) ¢, entdo, xpruava exprimem 2 infnita possbiidade Fenoménica” ‘que talver pudesse ser tradueido como “experitncas, tanto ‘externas como interas isto &, toda a complexa realidade feno- rmnica, sem excluir dela as manifestagoes do pensamento abs- troto ou, pare usar uma outra expressio, do mundo conceital A totalidade das coins, entendidas como age como padecer, sth compreendida nos yerara, de Protagoras, que os dans tgrafos também traduzem como mpéyuara™. Trata-se de uma Interpretgio que esclarece de mancira indubitivel 0 sentido dda expressto que se encontra no filésofo de Abdera, visto que~ como ji foi observade = justamente todo 0 mundo do agi edo paadecer esti exatamente inchuido naquelapalavra™. assim nos xprinave de Protigors deve-se ver 0 Ta gulp a0 ea er i oe Seen eee eae ene epee pe tren ae by Eg 5 lt ane it an pe wa an ne nape tere ato gfe ae $oPieead vmdpmap um anes oon eat Ppa nee nore op) ‘que ypu @ um wpayua & ypival ne, zo 6, um mp&yva tomase xsla TEU be sive et vale one eee Soeiern eA Sen sane os ea eh Sonera trespass bs Se, Soa ebb eee: Pees cme pacee noe enc mr es nC poate es peliprtant cep hlenen’ ote hence, i sma na ec ‘th epee are oh, qu ou densi ssp ecepesi Fol fe ASE ack oe SRS aren rrp as ale 35m nora) Ntwp Pt p272 ama qe ype ere sos 1301 ee eee eee ee | Acura Porson | 2) pérpow. O sentido que costumeiramente se atibui a ‘sa palava & de "erterio wpow nu Aéyeay 1 xpresgio, ex ica Sexto Empirico (Hip Pr, I, 216 = DK 74 A 14; cE 80 ‘\ 16), continusndo na mesma linha exegética de Plat, Tt, ie, que explica: xa éy da xpiis cart tov Tpeorarydpay Tey 1 Bure Euoi dbs Ean, Kal ¥ bh Svrev ds ol Gon”. Ob- serve que uso de werpow no sentido de eritéro, norma de jul v0 estaria documentad, até onde pude encontri-o, somente 0» Protigores. Essa interpretacdo por catacreseteve certamen- { origem na intense pokémica de Platzo, que queria disslver em seu mabilismo heraliteano a doutrina de Protigoras ¢ fo retomada por Sexto Empirico, a quem interessava estabelecer iti née xpfra, tte 9 qu pode erin ou gue € abn do iin toners tpn tn 298.3 amo pode €f dem app 2d ve 13 # Semis Le, p 3 tel apurena eer eco reinso 30 ue sag de ‘Vacse Vatse, paesrr( p 294) “popredade vores ues pretreat arene sein fede na apeezncpr nec cao cra dip ‘semplo. Assi Cambie Aratteles (Mkt 6, 1082 B 12 sey Baer cag ce to agree San 8,188 cds, ques atribuem Sr conas tobe 0 fundamen das repreereagoet ita fears cars adn athr WEL, p. 188, naoparce interpret rans do meu pth" se pon = “nde Se hae sone represen, seer £ pombe ae conicnur, em i rages, concepaer par od dfs dae a atc (cop typ eB) ath 8, ora 16, cope hs adit “ogres” prque ne conte "toe pln de wlssubenenideporireape” is tepou aa exudes tnd ene nnn vd amet aul i non €oreedo ietannss pense, seman eaSuade: eouuralo por meio eked to consul ene bine Win cg ae rt Sah 9903304, ep msn Soo Eri reo ligagdes, para seu coticisme, com fildsofosprecedentes™. Not se assim como 0 modo de entender de Platio foi fatal, nfo tanto, contudo, a ponto de impedir que Aristoteles (Met, 1053 431 - 1053 b 4 = Untersteiner, Sof, TF, 113) sents, de alguma maneita, a difcaldade do problema: “dizemos que a {mtorr (0 conhecimento 0 uérpov Taw Mpayudrea (@ medi- da das experincias) pela mesma razio, também a cofnors (9 percepse), pois que por meio delas obtemos um dado conhe- ‘imento, enquanto elas sio mais medidas do que medem. Mas nas acontece como se, depois da medida feta por um avtro, cconhectssemos a nossa grandeza porgue ele nos stribu, um dleterminado nimero de vezes, a medida de un eiito, Mas Protigoras diz que © homem & névrea» wérpov (a media de ‘todas as experitnctas), como se dissesse oy émeréuova (que tem conhecimento), ou entdo 8» aloBavduavoy (que perce bbe): cltamos estes porque possuem, um, Emertun (comhes mento}, 0 out, aodnors (percepsao), que dizemos ser uérpov (media) dos objetos. Esse homem, apesar de exprimir um ‘pensamento inconsistent, parece formulae uma ideia fora do ‘comum", © mérito de Arststeles& duplo: a) ter compreendi- ddo que intespretaglo consagrada por Platio acabava sendo um disparate, somente este acreditavn critica Protigaras en- ‘quanto suas spores, na realidade,diziam respeito a um modo peculiar de entender Protigoras isto é, aquele platénico™; 2 Fu denongade lon Ee 216 ae Serpem a onde Gis, deconsderou toda 1 prt ona do wat de Core, qe ‘ed, mas rela, ps par Se, Gorges € um preciror doce parc oabeadors ra apeto so ero davedade™ free dea passage Fleder. 1) que se pasagen Earstadke: 2) Que ‘lout Progreso ht ad que pene josiear ums inerprea ‘eral, Mer sro aceando 9 avo, no via ptnse dante prea fsoutica eeu Sleaneconsutno. ambien mero de Asse ter pre. fa que no re proveta de sun obsragao), ar omen ope de Pras aera, prone gues de Papers maton 1132 | Accum oe Proncons | +) 1 pereebido como em yérpov ou, melhor dizendo, no sen- ‘ido da proporgio protagérica esto incluidas tanto a atividade sensvel como ainteligivel. Mas ese é umn pontojé mencionado s respeto dos xpfuerra (expesiéncas), ao qual devemos retor- har aiont, ‘Convém examinar © que significa a palavra uispov pres- do dos casos nos quais ela signifies "medide de conte ‘medida de espago", "metro, verso’, visto que no interes: ( primeir significado se encontra na forma frequents Fins» fro uéxpow (IL, XI, 225; semelhantemente Od, IV, (08; XI, 317; XVIN, 217; XIX, $32; Hes, Trab,, 132; frag. 76, 1, Ru?), que apesar de significa: “atinge aquela meta que € 1 juventude’, significa contuda,e sobretudo, “ating © ponto ‘culminante, plenitude da idade joven", como fc tatalmente aro em Hes, Trak, 438, e Teg, 1119, em que fins vérpov {wm justamente esse significado, Pade-e ter uina confirmacio Ale Od. XIM, 100-101: Evrootes 8¢ Bue Beau. HEVOUE || ts shoved, Bray Spuou ukypov icavran, que o Es. V, mae joctunament, interpreta como 78 werpov fh x8 Wipes Ts rayeayts isto & © temo da navegagdo ¢ justamente cons tuido por sua plenitude, que consste em atracar Esse uso de jo frag, 16 (Dich) le di ‘ywounaluns Bagauis xahendvraréy om vorioat uerpov, 88 névreay Weparra woowod Etarefa muito dle firma Solon alcangara conhecimen- Interior, 0 invisivel uetpov yweoovns (que sugere sempre un, que significa a visio correta juntameate com a firme icde"® de fazi-lavaler™"). ois bem, "ter compreendida per yrauoatuns deve signiicardispordele come 0 poe- ta dispe de caging uénpov (fog 1, 52 Diehl), pois wm conhe- iment corteto determina a a¢30 em seus limites preisos, 0 ‘bom éxito est inluide em yweanoadn"*. Em outras palavras, ubrpov ymousadins © érpov aogins signficam a plenitude, a perfecto de yuesuoatnn e de aogin enti, 0 dominio sobre uma ou sobre a outra®. Tal ida de dominio aparece aplicada 4 ume experitacia material na Od, 1V, 389-390 (= X, 539- 540): 85 wdv rox eingow @84y kal ubtpa wcheiBou |] viorou 8, 5 br ndvrov hia ixBudevre. Aqui wérpa chavo cores onde "cada etapa da viagem™ isto €, a0 modo de dominar ‘estrada e,entdo, percoré-la, A expresso que volta em Hest ‘odo (Tras, 648) na forma pérpa daAéoons foi bem explicada por Wilumowitz com urpa x08 Gahasooropdl, T00 xphoba “A BeAaaon"™, “norma, dominio do mar Este valor veral de wlxpov, “dominio sobre algumas eoi- sas", parece-me ser fundamental. Quando Electra em Séfocles, (EL, 236) se porpunta: xa i uéxpov xaxétntos fu: com iso quce dizer: que modo hi para veneer perfidia? E, portant, um slominio que provém de ma coeeeo, de uma limitagao (asim taiémn Hes, Tab, 720, referindo-se ao wéxpov que é coloce- lon yhco00a), Por so em Pinata ese termo assume ur i tus conveniente (Ne, XI, 47, VI[VI, 71) e que deve exercer seu dominio sobre © homem para que cle nie altrpase a medida. Quando uerpov € seguido de um senitivo (Pit, Il, 34: xpi Bexar avrév all nentds @pavserpon), fica anda mais claro e evidente que se tata de wm dominio das coisas. De resto, a etimologia de uérpou confirma essa interpre tase, A palavra deriva da mesma raiz de yéBa, “eudo de, pro: ‘jo, eine sobre’ sto € uérpov < ie. metro - mato - mado, rificado de ge SEE eR tos cE wen tate SHR Ree ceemerere o SoS eae coe 1341 Quando Xenofonte (Cir, 1,3, 18) die ulrpov 8 atta out yuxi ahi’ 8 véhos deri, quer dizer que no @aalma que © domina ou 0 dirige, masa lei (of Plat, Leis Vill, 836; XI, 957s, em que uerpov Bi Eyo significa "serio eficazes,atingiie ‘seu objetivo’, referindose a Barong)" ‘A palavea tinha de entrar na linguagem filossfica, Para Hericlito, @ cosmos é regido por uma lei que exercits seu Erp, isto 6, seu dominio sobre a devie (DK 22 A 8, B 30 © 94), Filolaw apresenta o fogo central evvoxiy wal uérpoo™ (plows (DK 42.8 16). Didgenes de Apolénia sirma que a or. dom dos fendenenos naturas(estagées, dia, noite etc), ado se rin possvel dom voriotos, Gre avresy uéxpa daw (DK 64 B. 3)°. Poss acrescentar Séfocles, fag. 432 (Pearson): Gorpeav hérpa, que significa or periodos dos astrose, precisaments nnéypar sio assim a8 normas e a ordem que esto na bate dos Fendmenoe™ Resta por tltimo um particular e significative grupo de cexemples que dizem respeito a0 uso de uérpov,cujo modelo remonta a Hesiodo (Tra, 694): utxpa quAdearoBarkaipbs B Ae (as Bk Dt ft Sage ing ‘ai tba es | went nu byte a my ix lost on tp, pn a Ooo Unleash Qu humaine ose, Nana Timgaar Cardin Persian ea I wa pT een tombe sao ice in lgrlo du era coi Seer 25, eta 8, err nino Fagmeo:92 1nSin 6h pe sauces pen wx de igen "te wen he liu shumsche” A kd mtpn Cd er tc iti tang | Aceutana ce Portus | | Mano Urtsronen | bérpoy, com 2 qual declarava que o home é a plenitude, 0 dominador das experiéncias”. Protigora libertase do xaos {que pressupunha o dissdio insanavel (e por isso © conceito tnt nao pore, toma em Pindar (Ok, XI, 48)". 0 Penument ag capreo vn a defese da pop lo ‘sf, como spaece em Flay, que pnsve que coma tim 16100 stp nérp elvan {DK 44 B23), ai come [dees ra mito porate em gas), pra ina ‘neaco (DK 72B 1), Precio devida aso nnn fase no como gual o homer pia ona pare tig (utrpa) de xoipds. naportnte& detectar »uniso vom werpon averdade do cone de xp to carcentsic der plage (OR ‘A pulir rav at conduc 20 ponte cent pr 5814 = Art Mar, M,3, 1078, 21) Pam cesar mener. posto‘ de sua goslg, Agra que pode caer gue td de Gpsia qu ouivenoteduine nie me une Herpovsglica “don! oecemeopotan ela 0 = Idades opt Vale dco sto deve ster dominay ox fete histrc da props de Priors gue represents « contrasts, sto 6, 0 évrtineot Réyoy, superando seu didi inverso da idea que Arqulloco tina ou da qual era 9 expo infecnda Ni hi cnidasde que Gargarconhecensdouan, ete sobre areas do Romer: com ound da exe 1 placa, no cas de Progen a slghn nto pus tho Em gus terres mseiumente eons Arg em segura, podem er considerada provveis I vimos que o loco exorta seu proprio uss, arastada pela tempestade das Sic hbyos tem uma de sus origens no pitagoriamo’™ logo, putes em sentidosopostos 8 nao sucumbi, mas ase alegrar liga deste conceito com o de axpés™ devi sr igualmen om a boa sorte e no aligir com a adverss. A conclusso te conkei por Pig: Ele em su pope, ao Cha: pone Beles puts avons fe, “econece fie deen, verdad mus deve bse auc tm tual rice tam ou emene wuld (Fag 6a Del) © cheno de npent deren: Myo Des unt Maulana predemencoqueimpte wo meme 916 vide 2 “ ‘bari a etabildade,O pesarment ade ja era da ier humana, parecer nt entre ire ba thse tb ont dar paates™ Ar expec devia ee de made potent meso home, cho pti de ia no the devia ser estanha. Se nio a suger, no foi Porque isnorase kas”, mas porque, com sua originaldade, substitu © uérparkaiped pele expressio mévreav yond Frank Dang Php Pater cans nce, TES Cada “alee ae mace Mean sere mmr ee nnceniormepinatast tome pepe te Bb yt, 2) Py oh p sepa et lS tt borguera), ge a pesagem de OL ton eveweinsr hays ras mepets Serie seer nara arenes ew Wes ede ete ge Seberang haan a een ‘uma lei superior, aio pode ofhar para futuro para determisar ‘propria gio “diante da qual deve permanecer enredado 1 Saunyavie®, Pormulad de modo esquemitic,o pensamento dle Arquiloco coafesse que o homem & dominado pels expe- riéncias da vida ra necessirio que a interioridade descoberta por Arqui= loco se tornasse forga atv, 0 acontecen quando 0 fator psi _quico,isolad e separade do compo por obra de Safo, concede a0 hhomem a “coragem, de recanhecer em si valores, e a instincia tae Pup 205208. EB abr cep 2 wile sobre ces, ae € precisamente a genuinidade desse Stir, may significa, 20 mesmo tempo, a consciéncia de que ‘Fata pessoal 6 lgimas vere, suprapessoal™ ‘Mais adiante, ness caminho, seguix Esquile, Nas Cod ras, quand a vingansa € iminente, © coro pede a Zews gue vena ajadar Orestes: Tob B'dvBpbs gow neaRow ah wo tayo’ épuaow resy Bo Bpbie> snporiteis ulypoy tiow cxatéucvon bv ‘roiy’ Bl
BésBov ivouveae Bnudreay Speyer (Co, 794-799)" ‘Saiba (6 Zeus), que de ue dileto hero jovem filho 6 fo &jungido eo carro das despraas; se (lhe) aribuiras no ag ‘camo meta {isto & como termine definitive dos softimentos) 8 vinganga (vale diet, se fards de tal maneira que a vinganca Seja de fatouérpon etme, to €, 6 modo de dominar seus 30 Irimentos), entio ele conservari © equlbvio intevior (uth) de modo que tu, (6 Zeus), poderds ver nese plano (= no plano tlese agin) o impeto de seus pass que atinger a meta’ Agu ‘ulus cativeo homens, mas o homem consegue conservar 0 {ue pois para Esquilo: (imc yl papi emetic pened qo Soon p23) eso 1381 jutuds depots de ter sido utrpov de seus sofrimentos, depois the télos dominada. Assim, depois deter percomrdo a via ds dor, da experignca (m5), ele conguistara'oconhecimento Syl. oy Erte der eta de Face Gk “Die sng Beh p24 esl Vn Sf nly em "tipo cet urna é aie aaas propose protgsrice Joho ‘Sete (Fane ia nd ops fae Grote Mareen, ‘Aa Bt ois piv natn wey émpptne (Ae, 249-250; ef 176-178) (Dike, aqueles que provaram da dor fz inclinar 1 balanga para o lado da sersata experiencia") Esquilo, mais ume ver, melhor do que 0s outros, encami iho @ compreensio do pensamento sofistica, Para Protigors, stant, uerpov € o dominio da experiencia, que pode dar @ jwasibiidade do conhecer, de maneira a levar a uma decisiva Inversio a resignada rendincia de Arquiloco™, 1 22 aege P, p.203 Sra ito demorad pan ores then a te rae tore ag ane tp il 3 Ste omar arson pel ozone erp (ge Op. 1), Ie cape tat um oe tbe er Sor coum No Hl, WME eer a ures aelpow ea) dein se ise rer one de ‘Simons {Cm Mia cps pode Gr a 1p 30, ef supe pip Se ares coda om Mac Pa Gee eine te tage ep. 18) me perads ae upon cone sce non Pages © ceratzo SE] pu gue sno voi pare, Cor ntfs ine seer aa de pncige de ensadnde, aes Que eed sine (ot kup Ph Py 228), concer de “dominate "est Ae ae ac abn &dearminade po boa (4 8H aftseg, 910 ses Mager Po Py passe 6,20) = Nas eG ema ann apne © ity ar smn iin 75 te Sr es er ence pnp cae wna yr pn. 0 Aa) jee gus eons pr reco eae ers age i682 49) ae ‘concen fvcome utp eo, princi doo Ia9] | Mano Uren | 3) vésv udv Suveay ds Zor, TOV BE ole Bvt 5 Ob owv, Deixando, por agora, de lado © exame do valor a ser ati= buido a évtpeonas, & necessiio fixar o significado dessa parte 4a proposio que lumina ainda mais o valor de yonuéreau. O onto crucial esté em ds, que pode ser enteadido coma "ae ‘ou “como”. Creo te jf reslvido 0 problema, ligando-o, mais do que oi feito a agora, com a exegese da proposicio sobre ses ota ro 0 mand ape loo cro eo Sian op beset ta, Sacer) nd Emad po {ai no eid se domi de nina de lpn 2 der ‘REGS; de ewan ores her fost 12a az goad ad {Wis oved air Pt pene ae Sagar, 5694.05 Uehigltinan fap Shearer iets ounce oe W9) bre SSoutiao sch a Pao wat ak Caste oe pa ‘Sade se Bi Lf tp a Pua ee (ri) aaa pea Ro yeh cea fos a sso be ps 78 epee panay hanya ibaa ndad cee Pati tect Atte ef Base ane Garon sown teiy Hh hecaettshasen Spon ‘Zachines do pinata peg rso mrs snows cs rs ‘Spondon not das aa tase pcan pesanor ae aire teconzamos ronment em Pol. ae zl, pened ee sno seston ema med perp ot 9 rings s epson pawe farce deco ees {Sok sn eo spe dee fea ga Trot epomor f ae oce Praytoas yeh So ina comen Mon Cop pth a Pg 8 tee pr se dapoui «wae ese ao ta eons sch ito eprpapine decent ctsiras pope ce Beat ter rote ste Nondnakar"o ppc Se ors ee at [pci nmol sii ss ‘&poyorio etapa nce me ccs, peo ones ‘Sa Tanben no pn pee tw mene pr foams fers orp totonato fete ncenninse oped esakals innen Patgone Bemgatens it pea easyer bok Et isbings it pos esp ton cps ap tab Can te Bercn'h7 mardo dnt tends ste i apres Cotes Bish utqe Rei wiectm oe eta einmapindrepapestioteecgens at Sintoe bu erate ig de Harmon Pagar B15" pS, ere prs moles 3 eng de Wado eng Fak 1950p 3698 ie earta s pwcagte mine do oposite, prs heen Sere, anc pode er ye. i] | Apoiranace Pans | 1 deuses™. Eu sustento que és abarea os dots sgnifiads, ‘mas o interpreto de modo diferente daqueles que seguiram ‘esse camino exegtico™. De fat, se com ds se exprime que dererminadas experiéncias exister, ado se pode evtar a per _guntaerespeito do mado coma elas se tornam cognosciveis: set ‘existir implica seu manfestarse Tata-se de sua fenomenslids- de, na qual se pode dstinguir so abstratamente o que e 0 como. [A teadugio da proposicio seré:“o homem & 0 dominador das cexperincias em relasdo & fenomenalidade do que é cea, e da ni fenomenalidade do que ¢ desprovido de realidade”, Aere= dito que a difculdade com 2 qual depareram os intéxpretes foi ‘querer tradi ao pe da letra eos fovw e os ou Zor, que, ex pressos em grego de maneia conereta, deve ser vertidas er ‘uma lingua moderna com um conceitoabstato Por que Protigoras sa contrapostos re ty Surea9 —¥ Bet dvreay até agora no foi bem explicado, pelo menos em ‘meu modo de ver. Primeiramente, devese ver aqui uma da- queas “expresses polares”caracteristicas da lingua groga, das = vcaptlo game 824 Bet 8 ru ea arp dtr {nats comicte J qa Prego nfo ngs eqreconee 9&2 Spread ena exis rehum Sos doa Pages Gore dar ito got SES, enews Re apace doe an dcneRepe, SWittece Camis ated ngs sat eas por f.3ss85e naa gosto, han pasa Cela meh sere saline wheal some um par Cone ieicis Sega: ¢ponndamee ewe tah oo od 7 os sodas cone ten coed p18, senor ease TRhemund mts nameban enor vsombr gare psogy Scat ‘mato prosgure Caan Perens, Se gp oon me res, Yeti dcoe seve or oon osc ase “Snr ne cca ca ‘Sima ue mehor Ge bd clea © Sento det ft logos: Ps Ben. aaver oben qeevopolons da Sumac do lr ence Svfgutao a Ort Sone al celecad fan poate Me spleccr piacere gens ine eteoce ee seo aad al Paes ra oops ane hay (quis ela faz uso frequente tambem & custa da lgica™. Uma cespécie€ constitu pela unio de conceitosantittico, como *jovem-velho,“vivo-morto” ete."Em todas esas expresses hi a liferenciasdo de uma unidade concestual em opostos concre- tos. A repeesentacio snitirin geral no & perdi, ao contri,

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