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Os primórdios

O contraponto se desenvolveu ao longo de vários séculos, iniciando basicamente na alta Idade

Média. Nesta época a música estava fundamentada no desenvolvimento da melodia e a

construção harmonica não se baseava nos acordes como a de hoje. A harmonia surge por meio

da interação entre melodias consecutivas. Sendo portanto a melodia o objetivo musical, era

inevitável que uma técnica para a construção melódica fosse desenvolvida.

Outro aspecto importante é o fato de que a escala maior e a menor que conhecemos na música

não existiam ainda, ou pelo menos não era utilizada como base da organização das notas. O

sistema era o modal e portanto eram os Modos a forma de organização das alturas. Quatro

modos eram particularmente mais utilizado do que os outros, eram chamados de Dórico,

Frígio, Lídio e Mixolídio. Não iremos entrar em detalhes sobre a história dos modos, esta

histório voce poderá encontrar em tópicos específico do curso de história da música.

Os modos eram organizados segundo as seguintes ordens dos intervalos

Dórico: T, 1t, 1/2t, 1t, 1t, 1t, 1/2t, 1t (Exemplo: Ré, mi, fa, sol, la, si, do, re)

Frígio: T, 1/2t, 1t, 1t, 1t, 1/2t, 1t, 1t (Exemplo: Mi, fa, sol, la, si, do, re, mi)

Lídio: T, 1t, 1t, 1t, 1/2t, 1t, 1t, 1/2t (Exemplo: Fa, sol, la, si, do, re, mi, fá)

Mixolídio: T, 1t, 1t, 1/2t, 1t, 1t, 1/2t, 1t (Exemplo: Sol, la, si, do, re, mi, fá, sol)

Onde o T é a nota que inicia o modo

A música contrapontística

O desenvolvimento do contraponto marcou a produção musical no final da Idade Média de tal

forma que não conseguimos claramente a presença de músicas que não tenham sido

influenciada por este estilo, a polifonia, ou seja, a música construída por meio de 2 ou mais

melodias interdependentes é a textura mais utilizada e importante.

Algumas das mais belas melodias foram criadas ao abrigo do contraponto e como a sonoridade

é relativamente diferente da sonoridade de hoje, vamos ouvir alguns exemplos.

Na lição anterior fizemos uma abordagem geral sobre o início do contraponto e como este

influenciou a produção musical na Idade Média e Renascimento. Além de incentivarmos a


apreciação deste estilo, gostaríamos de nesta lição mostrar algumas partituras e especificar

mais sobre os Modos sonoros daquela época.

Os Modos são uma maneira de organizar os intervalos dentro de uma oitava, seus nomes já

existiam na Grécia antiga, mas foram “retomados” na Idade Média. Embora os nomes sejam

os mesmos dos modos gregos e modos litúrgicos (praticados na Idade Média pela igreja

católica), na verdade as notas de um dado modo não eram as mesmas, ou seja, o Modo Dórico

grego não tinha as mesmas notas do Modo Dórico litúrgico.

Nos exemplos que colocamos na lição anterior (se você não viu então clique aqui) vemos que

todos os modos só possuíam notas naturais, mas daí você pergunta, então não existiam o

sustenido e nem o bemol?

Na verdade os modos que foram apresentados não eram a forma geral de cada modo, ou

seja, o modo dórico, por exemplo, não tem que começar na nota ré, podendo iniciar em

qualquer nota e ai teríamos o modo transposto. Na verdade não é difícil de entender, é só

lembrar que a escala maior, por exemplo, também pode iniciar em qualquer nota, sendo a

escala de dó maior uma espécie de modelo intervalar para a escala maior.

Vamos ver como funciona. O modo dórico apresentado na lição anterior iniciando em Ré não

teríamos nenhuma nota com acidente, mas se iniciarmos em outra nota os intervalos seríam

inevitáveis, vejamos os exemplos.

Modo dórico transposto

Iniciando em Mi

Mi, fá#, sol, la, si, do#, re, mi.

Iniciando em Sol

Sol, lá, sib, dó, re, mi, fa, sol

Percebe-se que os acidentes aparecem nos modos transpostos, mas como saber qual acidente

incluir em cada transposição? Uma maneira, é memorizar os intervalos de cada modo e ai

aplicar os intervalos a cada modo e transposição. Outra forma é relacionar o modo às escalas

tonais que conhecemos, no caso, à escala maior. Veja como é.

Se compararmos o modo dórico que não tem acidente com a escala maior de Do que também

não tem acidentes veremos que o modo Dórico iniciaria na segunda nota da escala maior, veja

abaixo:

Escala Maior de Dó
Do, re, mi, fa, sol, la, si, do

Modo dórico em Re

Re, fa, mi, sol, la, si, do, re

Daí decorre a afirmação de que o modo dórico é o modo do 2º grau. Portanto fica fácil

encontrarmos as transposições do modo dórico. Por exemplo, se quiséssemos escrever o modo

dórico iniciando na nota si, então nos perguntaríamos, a nota si é o 2º grau de que escala

tonal maior? Veríamos que chegaríamos na escala de Lá Maior, portanto:

Escala maior de La

la, si, do#, re, mi, fa#, sol#, la

Modo dórico iniciando em si

si, do#, re, mi, fa#, sol#, la, si

Perceberam como é fácil, o mesmo pode ser feito com os demais modos e teríamos:

Dórico: modo do 2º grau

Frígio: modo do 3º grau

Lídio: modo do 4º grau

Mixolídio: modo do 5º grau

No aprendizado do Contraponto Modal um dos métodos mais utilizado é composto por

exercícios progressivos organizados em cinco etapas chamadas de espécies. As cinco espécies

do aprendizado do Contraponto Modal baseai-se na redução rítmica com o objetivo do

aprimoramento intervalar. A primeira espécie é então composto apenas por semibreve e assim

podemos nos concentrar nos intervalos de cada compasso. A 1ª espécie é também uma forma

de percebermos como se relacionam os intervalos dos tempos fortes de cada compasso, como

veremos mais adiante.

Outra questão importante na compreensão das espécies é que elas são guias e são formuladas

normalmente por meio de indicações ou regras, mas não pensem que as regras são como leis,
elas são indicações de como podemos construir melodias com contorno e sonoridade próximas

às das músicas renascentistas.

Vamos tentar entender melhor. Na época do Contraponto Modal as músicas criadas e

difundidas tinham uma sonoridade diferentes das de hoje e portanto para eles criarem dentro

desta sonoridade era muito comum. Para nós que não temos ideia de como esta música soava

especificamente na época, ficaria difícil criarmos melodias com as mesmas características

sonoras, por isto as indicações, ou “regras”. Estes procedimentos podem parecerem

complicados a primeira vista, mas são procedimentos objetivos e simples e que necessitam de

prática.

Iniciando

Para entendermos melhor o que ocorre naquela época, as músicas era construídas por mais

de uma melodia interdependente. A voz de base é chamada de canto chão e era formada com

características melódicas específicas. estas regras melódicas são aplicadas a todas as melodias

deste período, seja do canto chão ou da outras voz, chamada de contraponto.

Vamos ver as regras melódicas

1 – Apenas são usadas semibreves para efeito didático

2 – A melodia é escrita em algum dos modos já explicados

3 – A última nota é alcançada por grau conjunto a duas vozes

4 – O âmbito melódico é no máximo de oitava

5 – Dar preferência para os graus conjuntos

6 – Não devem ser usados os intervalos melódicos de: sétimas, sexta maior, sexta menor

descendente, intervalos aumentados ou diminutos

7 – Não usar saltos consecutivos na mesma direção (até dois é permitido).

8 – No movimento na mesma direção é aconselhável manter o intervalo maior na parte grave

do movimento.

9 – Não usar: movimento cromático, repetição de notas, sequencias e repetições de motivos.

10 – Usar um ponto culminante por voz.

Agora veremos alguns exemplos comentados para aplicarmos as regras.


O primeiro exemplo está no modo mixolídio (iniciando em sol), ele inicia e termina por grau

conjunto, embora só a finalização seja obrigatória. O maior salto é uma quarta entre o 4º e 5º

compassos, a maioria dos intervalos são grau conjunto, o outro salto é uma terça. Não existem

cromatismos nem intervalos dissonantes. E o intervalo máximo é de uma 5ª entre o fá do 2º

compasso e o dó do 5º compasso. O ponto culminante se encontra no quinto compasso.

No segundo exemplo, que está no modo jônico, é composto de apenas um salto de 3ª menor,

o restante sendo grau conjunto. O ponto culminante se encontra no quinto compasso.

Agora é sua vez, cheque cada uma das regras acima e veja se encontra algum problema.

O contraponto em 1ª espécie

No caso da voz do contraponto, que é construida com as mesmas regras melódicas, deve-se

tomar um cuidado especial com os intervalos harmônicos. Sendo assim, na construção do

contraponto iremos observar as seguintes regras harmônicas.

1 – O contraponto será construido de semibreves

2 – A harmonia do primeiro e do último compassos será de oitava ou uníssono e o último

compasso alcançado por grau conjunto em movimento contrário ao da voz de base

3 – Preferivelmente deverão ser usados os seguintes intervalos: 3ª (maior e menor), 6ª (maior

e menor) e 10ª (maior e menor). Não poderá ser utilizado mais de três vezes o mesmo

intervalo seguido.

4 – Os intervalos de 5ª e 8ª, quando utilizado, devem ser alcançados por movimento contrário

e não devem aparecer seguidos, ou seja não devem ter 5ª ou 8ª paralelas.


5 – O uníssono só aparece no início e no fim

6 – A distancia entre as vozes deve se manter em uma 10ª.

7 – O ponto culminante não deve estar no mesmo compasso do ponto culminante da voz de

base.

Veremos os exemplos então

Uma boa prática vista no exemplo acima é ir colocando o intervalo harmônico entre as vozes,

assim fica mais fácil de verificar como está indo. Observe que existem dois intervalos de 5ª ao

longo do contraponto alcançado em movimento contrário. Os demais intervalos são terças ou

sextas e no início e fim encontramos os intervalos de 5ª e 8ª respectivamente. O exemplo está

escrito no modo dórico e vemos que existe uma nota alterada que a nota dó, isto porque o

do# ajuda na aproximação sonora da resolução e só deve ser utilizada no penúltimo compasso.

Melodicamente também vemos que o grau conjunto é o intervalo mais tocado, são poucos os

saltos tanto no Cantus Firmus (voz de base) quanto na voz do contraponto.

Até aqui vemos vários conceitos e tentaremos construir outras lições com exercícios e

exemplos.

Dando continuidade ao nossa estudo do contraponto agora veremos a 2ª espécie do

Contraponto Modal. Você que está acompanhando as lições pode estar se perguntando, “mas

eu ainda nem aprendi a 1ª espécie?”. Bem, na verdade este curso não tem o caráter prático

necessário para que você aprenda totalmente a criar peças em contraponto, nosso objetivo é
apresentar os princípios que norteiam esta técnica. Claro que você poderá praticar a partir do

estamos expondo e acredito que você poderá criar muitas coisas interessantes. Esperamos no

futuro poder ampliar este curso com mais partes práticas e exercícios, assim como áudios e

vídeos com dicas, mas no momento ficaremos com esta abordagem rápida.

A 2ª espécie é onde nos deteremos aos tempos fracos do compasso, ou seja, dividiremos os

compassos em dois tempos (o primeiro sendo considerado como tempo forte do compasso e

o segundo como tempo fraco) e assim o contraponto terá duas notas contra uma nota

do Cantus Firmus (voz de base). Nesta espécie poderemos incluir alguns elementos que não

existiam na espécie anterior, como as pausas e as dissonâncias (por enquanto por nota de

passagem).

Os procedimento para a 2ª espécie são:

1 – O contraponto inicia-se em tempo forte ou fraco, quando em tempo forte pode iniciar em

uníssono, oitava ou 5ª, se no tempo fraco pode-se iniciar com qualquer consonância.

2 – No primeiro tempo somente consonâncias são permitidas.

3 – Não realiza-se quintas ou oitavas sucessivas (tempo forte para tempo forte ou tempo

fraco para tempo fraco) nem consecutivas (tempo forte para fraco ou tempo fraco para

forte)

4 – Nos tempo secundários, pode-se usar a nota de passagem, ou seja, dissonância

alcançada e deixada por grau conjunto.

5 – O uníssono pode ocorrer nos tempo secundários eventualmente

6 – A finalização deve ser preferivelmente por grau conjunto em movimento contrário ao

Cantus firmus

7 – Não repetir nota do tempo secundário para tempo forte, do forte para fraco é possível

8 – O último compasso deve contar semibreve e o penúltimo pode conter duas mínimas ou

uma semibreve.

Exemplos

Vejamos alguns exemplos


No primeiro exemplo você observa que os tempos iniciais do contraponto possuem apenas

consonâncias e em sua maioria de 3ª e 6ª. As 5ª que aparecem estão bem afastadas uma das

outras e assim evitam 5ª paralelas ou sucessivas. Além disto podemos ver que nos compassos

2, 5 e 7 o tempo fraco é preenchido por uma 4ª que era considerada dissonância, mas que

neste exercício foi colocada como nota de passagem. Ao final o cromatismo encerra a

aproximação da 8ª.

Como exercício você poderia tentar encontrar algum erro nos exemplos 2 e 3, basta você rever

os procedimento acima e procurar entender como os exemplos acima foram feitos. Boa sorte

e até a próxima lição de contraponto modal.

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