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Aula 3
No caso brasileiro, o Brasil é um modelo hibrido, pois tem uma regra, mas possui mais de uma
exceção.
Exceções:
Autora de referencia: Fernanda Dias Almeida. Ela afirma que o Brasil de dois planos de
competência: um vertical e um horizontal.
Lembrar: A primeira constituição republicana do Brasil foi de 1891. Nessa constituição que
produziu o federalismo no Brasil, só existia o plano horizontal. Em 1934 a constituição, no seu
artigo 10, criou o plano vertical.
Logo, nesse plano horizontal existem matérias distintas e cada uma delas será atribuída a um
ente conforme o critério de predominância, preponderância ou prevalência de interesses.
Metáfora: MESA
2 questões:
Indelegabilidade. Delegabilidade.
Assim, o titular da competência exclusiva não pode delega-la a outrem. Enquanto o titular da
competência privativa pode assim fazer desde que obedeça as condições impostas pela
constituição.
Exemplificação: artigo 21 e artigo 22 CF
Art. 21: compete a união: (pelo nosso modelo ser o americano, existe a necessidade de definir
as competências da união primeiro). Há um rol de 25 incisos que só poderão ser exercidos pela
união. Logo, a união possui competência exclusiva, não podendo delegar poder.
Art. 22: compete privativamente a união. No parágrafo único desse artigo mostra que a CF
admitiu delegação de poder da união para os estados em assuntos específicos. Porem, acaba
impondo 3 condições:
Ex: lei complementar 103/ 01: A união permite os estados fixarem pisos salariais. Nota-se que
não é salário mínimo, pois esse é designado para toda a federação. Por ser matéria específica
trabalhista, a união tem permissão de delegar tal competência ao estado.
ATENÇÃO:
A constituição nem sempre usa, em seu texto, os termos exclusivos e privativos da maneira
conceitualmente correta. Um exemplo disso é o artigo 84: “compete privativamente ao
presidente”, porem, no rol do artigo, poucas são as atividades que o presidente pode delegar.
Ele possui 27 incisos dos quais 2,5 são privativos.
Só há uma matéria e ela será atribuída, ao mesmo tempo, a todos. Ou seja, será de
conjunto de todos.
Metáfora: TORRE
Não há mais uma mesa, disso vem à ideia de plano vertical. A torre é a matéria D,
uma única matéria, e ela é dada em conjunto a todos, de forma que todos iram legislar,
administrar e governar em conjunto.
Qual é o valor central desse plano?
Alice Gonçalez Borges diz que as normas gerais tem que possuir duas características
básicas:
- Devem ser tão gerais a ponto de serem princípios. Elas não podem ser tidas como
uma regra.
- Deve haver a garantia que ela se aplica de forma uniforme em todo o país.
A união já produziu a norma geral: A norma geral não exclui a suplementar do estado.
Assim, se a união já produziu a norma geral, o estado terá competência de produzir a
norma especial (específica e completa).
Ex: Lei 8.625/93 (lei orgânica nacional dos ministérios públicos): é a norma geral criada
pela união que prevê a criação dos ministérios públicos.
Compete, então, aos estados a criação de normas especiais regulamentando o seus
MP. E assim foi feito:
CC – RJ 106/03: o estado do rio produz a norma especial regularizando o seu MP.
ATENÇÃO:
A norma geral não irá revogar a norma estadual, uma vez que a revogação necessita
que as normas sejam da mesma fonte legislativa (lei federal revoga lei federal, assim
como lei estadual revoga lei estadual). O que irá ocorrer é a suspensão da eficácia da
norma estadual naquilo que for contrário a norma geral, de modo que, se essa ultima
deixar de existir, a norma estadual volta a ter eficácia. Se as duas normas não se
contradizerem, as duas serão aplicadas.
Ex: Defensoria publica. A primeira lei da defensoria foi estadual, feita no rio de janeiro.
CC – RJ 6/77 (lei organiza da defensoria publica do Rio de Janeiro). Como não havia
uma lei da união nesse sentido, tal lei legislou sem entrave sobre o tema. Muito tempo
depois surge a CC 80/94 que foi a norma geral criada pela união. Se houver alguma
antinomia, a ultima suspende os efeitos da primeira.
Características de conservação:
1. Limitações formais:
a. Exige-se um quórum especialmente qualificado para aprovação de
emendas constitucionais. Assim, as propostas de emenda reúnem o
voto favorável de 3/5 dos membros de cada casa do congresso
nacional e em dois turnos de votação cada uma.
b. O poder constituinte originário estabelece quem pode apresentar
propostas de emenda a constituição.
Assim, fica definido que ela poderá ser feita por 1/3, no mínimo, dos
membros da câmara dos deputados ou do Senado; o presidente da
república, mais da metade das assembleias legislativas das unidades
da federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa
de seus membros.
c. Fica proibido a reapresentação, na mesma sessão legislativa, de
propostas de emenda nela rejeitadas ou tida por prejudicada.
2. Limitações materiais:
Existem certas partes do texto constitucional que o poder constituinte
originário não dispôs para reforma. Esse rol chamamos de cláusulas
pétreas.
A federação é continuada pelos limites do poder de instituição estadual. Esses limites são
divididos em princípios constitucionais sensíveis/ enumerados, estabelecidos/ organizatórios e
extensíveis.
Assim, esse controle é um sistema de imunização da constituição, uma vez que a atividade
preventiva ou repressiva, desempenhada por órgãos de natureza política ou judicial, pode
importar na invalidação das normas infraconstitucionais.
Tipologias da inconstitucionalidade:
2. Momento do exercício:
1. Número de órgãos:
a. Controle difuso: é exercido por todos os juízes e tribunais no exercício da sua
jurisdição.
b. Controle concentrado: exercido apenas pelo STF.
2. Modo de exercício:
a. Controle incidental: a inconstitucionalidade é declarada de modo excepcional,
sendo feita na fundamentação da decisão, afastando a incidência da norma tida
como inconstitucional de um certo caso concreto.
b. Controle principal: é feito por vias de ação direta, na qual a questão constitucional
é suscitada como pedido, devendo a inconstitucionalidade ser declarada no
dispositivo da constituição.
O sistema brasileiro é um sistema híbrido, dado que coexistem todas as espécies e
modalidades admitidas no direito comparado.
“Intervenção Federal.”
“De uma entidade federativa” = estado ou DF. Não há intervenção federal sobre o município
hoje em dia. Comparar art. 34 caput e art. 35 caput.
Para que ocorra intervenção federal sobre o município, é necessário que existam certas
condições:
Se isso ocorrer, no futuro, poderá sim haver intervenção federal sobre município em tese.