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Direito Constitucional I

Prof: Guilherme Peña

Aula 6

 Funcionamento:

O funcionamento dos órgãos legislativos é baseado no exercício de atribuições de natureza


representativa, investigatória e legislativa.

 Atribuição representativa:

O poder legislativo é responsável por representar o estado na medida em que os órgãos


legislativos referendam os tratados e convenções internacionais celebrados pelo presidente da
república, introduzindo-os na ordem jurídica brasileira, pelo instrumento do decreto
legislativo, em concordância com os art. 49 inciso I, e 84 inciso VIII da CF.

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem


encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso


Nacional;

Existem dois tipos de tratados:

Tratados de direitos humanos # Tratados que não versam sobre D.H

Rito: art. 5 parágrafo 3° Rito: art. 49, I e art.84, VIII

§ 3º Os tratados e convenções internacionais Compete ao presidente celebrar os

sobre direitos humanos que forem aprovados, tratados e, ao congresso, referen-

em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, dar.

por três quintos dos votos dos respectivos membros, Para que o congresso referende,

serão equivalentes às emendas constitucionais. ele seguirá o rito:

Assim, o presidente continua celebrando o tratado - Sessão conjunta;

e o congresso ratificando. Porem, de forma distinta: - votação em único turno;

- Sessão em casas separadas: câmara e senado; - maioria simples;

- 2 turnos em cada casa – total de 4 votações; Rito simples – status legal.

- 3/5 dos votos em todas as votações; Logo, sua posição hierárquica


Status constitucional: é equivalente ao status das será equivalente a lei.

emendas constitucionais (art.60 CF).

O único tratado incorporado no Brasil por essa forma

é o tratado de direito das pessoas com deficiência.

 Atribuição investigatória:

O congresso nacional é titular dessa atribuição uma vez que os órgãos legislativos reúnem as
investigações financeiro-orçamentária, com o auxílio do tribunal de contas, e político-
administrativa, por intermédio das Comissões Parlamentares de Inquérito.

 Investigação financeiro-orçamentária:

O tribunal de contas da união é dotado de atribuição para: apreciar as contas prestadas


anualmente pelo presidente da república, julgamento das contas dos administradores e
demais responsáveis por dinheiro, bens e valores públicos, realização de inspeções e auditorias
de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e etc.

 Investigação político-administrativa:

São feitas através das comissões parlamentares de inquérito e se preocupam com os fatos
relacionados com a vida do país, existindo pressupostos materiais, requisitos formais e limites
impostos aos meios investigatórios.

Na legislação, a CPI se encontra:

Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias,
constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que
resultar sua criação.

§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das


autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente,
mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado
e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público,
para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

E na lei 1.579/52 – Lei das CPI’s.

 Pressupostos materiais:

Há dois pressupostos: Substancial (“fato determinado”) e temporal (“prazo certo”).

O prazo certo demonstra o intervalo de tempo necessário para a conclusão da apuração. Já, o
fato determinado, denota a individualização do acontecimento de relevante interesse para a
vida pública e a ordem constitucional, legal, econômica e social do país.
O STF, porem, mitigou um pouco esses pressupostos:

Quanto ao fato determinado, o STF vem aceitando a investigação de fato conexo, ou seja,
fatos ligados aquele tema que esta sendo investigado na CPI e que foi o seu motivo gerador.

Já, quanto ao prazo certo, o STF vem aceitando a prorrogação das CPI’s desde que seja feita
dentro da mesma legislatura.

Legislatura # sessão legislativa # período legislativo # sessão

Intervalo de 1 ano intervalo de intervalo de

Tempo de ex: 2017 tempo de 6 meses 1 dia

4 anos Acontece todas

ex: legis. 2015-2018 as terças e quartas

e quintas pela

manhã.

Dessa forma, a CPI só pode se prolongar dentro da legislatura, 4 anos, uma vez que não se
sabe se os membros que a compõe serão reeleitos.

 Pressupostos formais:

“inquérito”, “requerimento”, “conclusão”.

Sob o ponto de vista formal, a CPI é subordinada a 3 requisitos formais, sendo o requerimento
de constituição, o inquérito parlamentar e a conclusão, que é um relatório final destinado ao
Ministério Público.

 Requerimento de constituição deve ser formulado por 1/3 dos membros da


Casa Legislativa, com o esclarecimento da composição numérica do órgão
parlamentar, independente da deliberação plenária.

Assim, é possível que as minorias, dentro das casas, criem uma CPI, uma vez que o único
critério atribuído a sua criação é uma composição mínima de 1/3. Isso se dá pelo fato de a CPI
não precisar ser aprovada em plenário de forma que, uma vez requerida e respeitando esse
requisito, ela é obrigatoriamente criada, sem passar por uma análise de conveniência e
oportunidade.

Essa ideia respeita o conceito de democracia.

Democracia não se resume ao voto. Democracia, nas explicações atuais, é a regra de minoria,
proteção dos valores básicos da democracia ao se respeitar os valores mínimos (liberdade e
separação de poderes, por exemplo) contra a regra de maioria (respeito à vontade majoritária,
aquela expressa nas urnas).
Assim, o STF passou a crer em uma obrigação dúplice: a casa estaria obrigada a criar a CPI
quando essa fosse requerida e também teria que o fazer nos termos do pedido, não retirando
nem pondo objetos na CPI, para que não ocorra a supressão da minoria.

O inquérito parlamentar pode ser formado pelas diligências necessárias para a elucidação do
fato investigado, com a aplicação, no que couber das normas de processo penal.

O relatório final, conclusão da investigação da CPI, são encaminhados ao MP a fim de


possibilitar a responsabilização civil e/ou criminal dos infratores uma vez que o poder
legislativo, em respeito ao princípio da não intervenção na justiça e no MP, não pode indiciar
criminosos ou proceder contra pessoas que tenham cometido infrações penais apuradas nos
inquéritos.

 Limites de atuação:

“Poderes de investigação próprios das autoridades judiciais”.

Em regra, quando se fala em autoridade judicial, está se falando em juízes.

Porem, se caso interpretássemos essa frase com esse pensamento, chegaremos a um impasse
uma vez que, no Brasil, o juiz não tem competência para investigar, uma vez que o acusador e
o investigador devem ser pessoas distintas, a fim de garantir a imparcialidade.

Dessa forma, o poder investigatório é atribuído ao MP e a polícia.

O que de fato a constituição quis dizer é que a CPI tem a possibilidade de dar aos seus atos o
caráter obrigatório, não aconselhando e sim mandando, tal qual o juiz. Assim, há a
possibilidade do caráter imperativo do inquérito sem que sejam prejudicados os meios de
coerção, uma vez que é permitido, caso alguém se negue a comparecer a uma CPI, que ela o
conduza sobre vara.

Deve-se observar que, como a CPI exerce uma função auxiliar do Congresso Nacional, ela não
possui qualquer poder especial que não esteja dentro dos limites do poder da casa a qual
pertence. Assim, as CPI são limitadas pelos mesmos limites que caem sobre a casa legislativa
pela qual ela é criada, não podendo, por exemplo, julgar, já que nenhuma das casas legislativas
tem essa competência.

Assim, os limites são 3:

(os exemplos são casos onde esses limites foram desrespeitados)

 Limite-competência: A CPI é um alongamento da casa (cuja natureza jurídica é


a projeção orgânica) sendo limitada, portanto, pelo limite de competência da
sua casa.

Ex: CPI criada pela ALERJ para investigar os fiscais do imposto de renda no
estado do RJ. Como regra, ela não poderia passar da competência do ser
estado mas, na realidade, acabou investigando os tributos federais que não
tinham conexão com o seu fato.
 Limite-conteúdo: As CPI só podem investigar matérias de direito público, uma
vez que não é admissível criar uma CPI para apurar fatos da vida privada como,
por exemplo, os negócios internos de pessoa jurídica de direito privado.

Ex: CPI para investigar a NIKE-CBF. Foi criado uma CPI para investigar a doação
de produtos esportivos da NIKE para a CBF. Porem, ambas a época, eram
instituições privadas, não havendo dinheiro público envolvido.

 Limite-material: A CPI é vedada de investigar matérias que a constituição


destinou ao judiciário. Princípio da reserva constitucional de jurisdição.

Ato jurisdicional # ato judiciário. O primeiro é a função jurisdicional exercidos


pelo judiciário. Ex: sentença e acordão. Já, o segundo, é o poder judiciário
desempenhando outras funções, legislativa e administrativa. Ex: posse de um
juiz – função administrativa.

Dessa forma, a CPI pode atuar dentro do ato judiciário mas nunca nos atos
jurisdicional, uma vez que esses são exclusivos do judiciário.

Ex: A CPI do poder judiciário. Foi proposta uma análise a um caso de herança
patrimonial. Quando a CPI começou a questionar a sentença, o judiciário
trancou a investigação. Isso se deve ao fato de a sentença ser um mecanismo
do judiciário que não pode ter interferências de outros poderes.

 Meios de investigação:

São divididos em 2:

a. Meios admissíveis: A CPI pode fazê-lo com ou sem autorização judicial. São divididos
em 3: ouvir indiciados e testemunhas, quebrar sigilo bancário, fiscal e eletrônico e
requisitar informações e documentos.
b. Meios inadmissíveis: A CPI só pode fazê-lo tendo autorização judicial. São eles:
conceder medida cautelar, proibir ou restringir assistência jurídica e decretar prisão
provisória, excluída a em flagrante delito.

 Oitiva de indiciado ou testemunha, inclusive com condução coercitiva se for


necessário.

Os depoentes podem ser ouvidos na condição de indiciados ou testemunhas.

O que os classifica como indiciados ou como testemunhas é o critério da medida de constrição


(constrangimento) pessoal ou patrimonial. Assim, se a CPI já promoveu uma contrição pessoal
ou patrimonial (penhora, patrimônio), o depoente irá à condição de indiciado. Se essa ainda
não ocorreu, ele irá à condição de testemunha.

Eles são sujeitos a um tríplice dever de comparecer, responder as indagações e dizer a


verdade.
Comparecer: Caso não compareça de forma injustificada, a CPI tem a permissão de conduzi-los
sobre vara (coercitivamente) para depor.

Responder as indagações: Aqui também existe a garantia contra a autoincriminação ou sigilo


profissional de forma que é dado o direito de permanecer calado. Porem, é diferente do que
ocorre no judiciário comum onde apenas o réu tem o direito de ficar calado, tendo a
testemunha que falar a verdade, sendo considerado falso testemunho se calar ou mentir. Na
CPI, pelo fato de ser uma relação fluida entre indiciado e testemunha de forma que, a
qualquer momento a CPI pode promover uma contrição em relação a antiga testemunha e
esta se tornar indiciado, permite-se a ambos o direito de permanecer calado.

ATENÇÃO: não é dado ao depoente o direito de se recusar a depor de cara. É necessário que o
mesmo espere a pergunta ser feita, avalie se esta poderá auto incriminá-lo para, só então, se
recusar a responder. Uma vez que a recusa logo de cara, antes de ser feita a pergunta, é tida
como crime de desobediência e enseja a prisão por flagrante delito.

INDÚSTRIA DO HABES CORPUS:

Não é necessário impetrar habeas corpus preventivo para depor perante a CPI, uma vez que o
silêncio é uma garantia constitucional. Porem, às vezes, é conveniente. Isso se dá pelo fato de
a CPI ser muito mais um órgão político do que jurídico, de forma que se o advogado vislumbrar
a possibilidade de um ato arbitrário na CPI para prender seu cliente, ele pode impetrar um
habeas corpus preventivo que será validado pelo STF, obtendo o salvo conduto (decisão do
habeas corpus preventivo) cuja única função é evitar a prisão do depoente por estar
exercendo seu direito de permanecer calado. Esse habeas corpus não tem como evitar as
prisões por outros meios que não esse, evitando apenas o constrangimento na CPI.

Dever de dizer a verdade:o depoente não pode dizer afirmações falsas, ficando ressalvada as
hipóteses que a testemunha tenha negado ou calado a verdade sobre fato que a poderia
incriminar, nos termos do art. 342 CP não confirmando o crime de falso testemunho quando a
pessoa, depondo como testemunha, ainda que compromissada, deixa de revelar fatos que
podem incriminá-la.

 Quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico.

A CPI pode quebrar esses sigilos desde que faça motivadamente. Essa condição se dá, pois a
CPI tem direito inerente ao juiz e, portanto, dever inerente ao juiz. Dessa forma, se o juiz
quebrasse esses sigilos ele estaria motivando. O mesmo ocorre com as CPI.

Sigilo bancário e fiscal X sigilo telefônico

Tem a hipótese de quebra do sigilo bancário e fiscal fora do judiciário a não ser pela CPI?

A CPI pode quebrar sigilo telefônico, alguns autores descordam porque não fazem essa
distinção. Qual a distinção entre sigilo telefônico, interceptação telefônica e gravação
clandestina de conversa telefônica?

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