Sondagens - SPT

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Rafael Bergjohann Seguir Rafael Bergjohann January 10, 2017

A análise do subsolo é fundamental para a determinação dos modelos

de fundação, contenções e possíveis tratativas para o aumento da
resistência do solo.

Na maioria dos casos, a sondagem é feita a percussão, e caso haja

necessidade, outras formas de pesquisas do subsolo também podem
ser feitas ( por exemplo: poços exploratórios, ensaio de penetração
contínua e ensaio de palheta).

A investigação geotécnica tem os seguintes objetivos:

1) Descrição das camadas do solo, compacidade/consistência e cor.

2) Determinação da extensão, profundidade e espessura das

camadas do subsolo.

3) Determinação da profundidade do nível do lençol freático.

4) Determinação da profundidade da superfície rochosa, sua

classificação, estado de alteração e variações.

5) Informações sobre propriedades mecânicas e hidráulicas dos solos

e rochas ( resistência ao cisalhamento, compressibilidade e
permeabilidade)

Número de Inspeções: A quantidade mínima necessária para se

analisar um terreno por meio de amostrar de solo coletadas no local a
determinadas profundidades.

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 Todos os furos de ensaio devem estar dentro da área que será construída, e
se possível (financeiramente), deve-se ensaiar exatamente todos os pontos
onde serão feitas as fundações.

Caso o custo seja muito alto, deve-se buscar espalhar uniformemente

os furos pela área a ser construída, de modo a determinar as
características gerais do terreno e suas possíveis irregularidades.

SPT - Standard Penetration Test - NBR 6484

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Ensaio de penetração SPT

0) Com auxílio de um trado, deve ser aberto um furo para inserção do

amostrador e sua haste, furo o qual não pode passar de 1 metro de
profundidade.

1) Deve ser executado a cada metro a partir de 1 metro de

profundidade.

2) O fundo do furo deve estar limpo. O tubo de revestimento ( quando

existir) deve permanecer a mais de 10 cm do fundo do furo.

3) O ensaio consiste na penetração do amostrador padrão através do

impacto de um martelo de 65kg caindo de uma altura de 75 cm. O
martelo deve possuir haste guia e ser dotado de um coxim de madeira.
O martelo deve ser erguido manualmente por corda ou polia.

4) Apoiado ao amostrador verticalmente no fundo do furo, o martelo é

suavemente apoiado sobre o conjunto - a penetração decorrente deste
simples apoio corresponderá a zero golpes.

5) Não tendo ocorrido penetração igual ou maior que 45 cm com o

procedimento anterior, inicia-se a cravação do amostrador pela queda
do martelo por 45 cm, anotando-se o número de golpes necessários
para a cravação a cada 15 cm.

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 6) Após anotar os 45 cm inicias do metro, deve-se cravar mais 55 cm
sem anotar ( durante este procedimento de 55 cm é permitido inserir
água no furo para facilitar a cravação caso seja necessário), para se
atingir a próxima camada de 1 metro, os quais serão analisados os
primeiros 45 cm.

7) O índice de resistência a penetração obtido no ensaio ( NSPT )

consiste no número de golpes necessários para cravação dos 30 cm
finais de cada ciclo do amostrador.

8) A cravação do amostrador é interrompida e o ensaio de

penetração suspenso quando se obtiver penetração inferior a 5
cm após 10 golpes consecutivos ou quando o número de golpes
ultrapassar a 50 num mesmo ensaio - Impenetrável ao SPT.

Apresentação dos resultados da sondagem

Os resultados das sondagens são apresentados em um documento

chamado relatório de sondagem que contém:

a) Croqui do terreno com a localização dos furos;

b) Perfis individuais de cada furo;

c) Perfis longitudinais ao longo do alinhamento dos furos;

São indicações indispensáveis em cada perfil individual:

a) Cotas em relação a um referencial;

b) Posições de amostragem;

c) Indicação do nível d´água ( durante a sondagem e após 24

horas);

d) Posição final do revestimento;

e) Indicação do NSPT ao longo da profundidade;

f) Resultados de ensaios de avanço por lavagem;

g) Resultados de ensaios de permeabilidade ( se houverem);

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 h) Descrição das camadas - Tipos de solo, consistência ou
compacidade, cor e demais características perceptíveis - NBR 7250/82
- Identificação e descrição de amostras de solos obtidas em sondagens
de simples reconhecimento dos solos;

i) Motivo de paralisação do furo.

Quando o solo é tão pouco consistente/compacto que ao primeiro

golpe penetra mais do que os 45 cm do amostrador, indica-se
associado a este golpe a profundidade penetrada. Ex: 1/58 ( Em 1
golpe cravou-se 58 cm ).

Quando o solo é tão rijo ou compacto que não se consegue cravar todo
amostrados, indica-se a razão golpes/profundidade. Ex: 30/15 ( Em 30
Golpes cravou-se 15 cm ).

Outra forma de representação por tabela do SPT :

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Tabela para descrição do material de acordo com o SPT obtido:

Areia e Siltes Argilas

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A Tensão Admissível do Solo:

Tensão Admissível do solo =

O resultado obtido é em Kgf/cm².

A tensão admissível do solo também pode ser obtida pelas tabelas

abaixo:

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Caso ainda assim haja problemas para determinação da tensão
admissível do solo, é possível determiná-la pela seguinte interpolação:

Determinação da profundidade mínima de cravação :

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Para se obter o valor de C, deve-se multiplicar a carga média por andar
pelo número de andares, e assim estabelecer com a tabela o valor de
C.

Para construções ou elementos não convencionais, sugere-se a análise

completa do terreno, utilizando todos os recursos possíveis de
exploração geotécnica.

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