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INTRODUÇÃO
Falar em credo nos dias atuais soa como se esse crer fizesse parte daquilo
que chamam liberdade de experienciar o que quiser, ou seja, não tem, na maioria das
vezes, uma conotação que faça uma real distinção entre o verdadeiro e o falso, entre
o certo e errado, entre o bíblico e o meramente humano.
BASE BÍBLICA
1
Trabalho acadêmico produzido como requisito parcial para a obtenção da aprovação na disciplina de
Credos e Confissões, ministrada pelo Prof. Francisco Macena no semestre 2017.1.
2
Aluno do Curso de Bacharel em Teologia da Escola Teológica Charles Spurgeon (ETCS).
Como Filho, ele é tão magnífico que podemos confiar nele para obter a vida
eterna (algo que não se poderia dizer de nenhum ser criado). Ele é também
aquele que possui toda a autoridade proveniente do Pai para dar vida,
pronunciar julgamento eterno e governar sobre tudo.
Erickson (2015, p. 657) diz que: “A divindade de Cristo tem valor real para
o crente em relação ao conhecimento de Deus, à nova vida, ao relacionamento
pessoal com Deus e à capacidade de adorar a Cristo por quem ele é”.
Portanto, é de fundamental importância o entendimento de que Jesus não
é um homem como outro qualquer, que, em sua trajetória ao longo da história, apenas
obteve destaque por aspectos morais, éticos e políticos, mas que verdadeiramente
encarnou, morreu e ressuscitou, como está revelado nas escrituras. Macgrarth (2013,
p.31) a esse respeito assevera: “A compreensão de que Jesus é o Filho de Deus,
porém, desfaz essa dificuldade. Jesus deve ser cultuado e adorado exatamente
porque ele é Deus”.
Horton (2016, p. 473) também a esse respeito diz que:
Todos os propósitos pactuais de Deus convergem em Jesus Cristo. O Filho é
o Mediador eterno da aliança da redenção que, já na eternidade, tornou-o,
por antecipação, aquele que seria encarnado e daria a sua vida pelo seu
povo.
RESUMO CONFESSIONAL
No evangelho de Mateus, o próprio nome de Jesus traz a dimensão da sua
importância. Na ocasião em que José recebeu, em sonho, o anúncio de que sua futura
esposa daria à luz a um filho, o anjo lhe falou: “Ela dará à luz um filho e lhe porás o
nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21).
Ao chamar Jesus de Cristo, os autores neotestamentários faziam referência
ao Messias esperado. MacGrath (2013) explica que com o passar do tempo, a palavra
Messias, que significa o ungido, passou a designar um libertador que iria restaurar um
reino futuro associado à descendência do rei Davi. Pontua, também que é essa a
razão para que os autores do Novo Testamento ressaltem a descendência de Jesus
(Rm 1:3).
A relação Pai-Filho entre Jesus e Deus é plena na unidade de vontade e
propósito que só pode ser expressa por serem um. Afirmar no Credo, portanto que
Jesus é Filho de Deus, significa crer que Jesus é Deus. Assim, por ser Deus, Jesus
também é reconhecido como Senhor, uma vez que esse título é atribuído a Deus.
MacGrath (2013, p.53) ressalta que reconhecer Jesus como Senhor “significa que
Jesus recebeu o mesmo status do próprio Deus”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Paulo (1 Tm 1:3-7) orienta a Timóteo a admoestar algumas pessoas que
estavam ensinando falsa doutrina, e promovendo discussões infrutíferas. O apostolo
chamava a atenção para as consequências sofridas por alguns que procediam de tais
maneiras, acabando por cair em má conduta e desvio de caráter. Essa advertência é
vivamente pertinente nos dias atuais tanto quanto naqueles, considerando o tipo de
evangelho que se tem propagado às custas de comprometer a integridade da Palavra
em função de objetivos perversos e anticristãos.
REFERENCIAS
BERKHOF, L. Teologia sistemática. Tradução: Odayr Olivetti. 4ª edição. São Paulo:
Cultura Cristã, 2012.