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RESUMEN
Este artículo tiene como objetivo mostrar una breve historia de cómoelproceso de
colonización estado de Sergipe contribuyó al genocidio y etnocidio de losindios que no se
reprodujeron. Entre losindios sergipanos se resaltaránconmayorénfasisenlaactualidade de los
Xoco, ya que a pesar de sufrirlaexpulsión de suterritorio y tienensuidentidad negada, buscaran
a través de la lucha por latierrasuauto-designación y laidentidad.A pesar de mucha lucha para
conseguir sutierra que es una bientangibles y intangibleslosindios se enfrentan a Xoco
diversidades de conciliar la cultura de sus antepasadosconel estilo de vida influenciado por las
comunidades cercanas y especialmente, loscambios y laspérdidas de ingresosennuevoproyecto
de ley PEC 215.
Palabras clave: IndiosXoco, laidentidad de Lucha porlatierra, desregulación de leyes.
INTRODUÇÃO
RESULTADOS PRELIMINARES
Costa deixa bem claro que o processo de colonização não se deu de forma passiva,
isso porque os colonizadores procuraram escravizar os índios e até mata-los, além de tentar
mudar seu modo de vida, a exemplo, da “domesticação” através da religião católica. Exemplo
disso é o caso do estado de Sergipe, já que a partir da segunda metade do século XVI
surgiramàs primeiras tentativas de “colonização”, no qual ficou marcado por diversos
conflitos entre os opressores portugueses contra os indígenas que ali se reproduziam. Há
registros feitos por Anchieta mostrando como os Tupinambás já sofriam perseguições dos
portugueses ascendendo ao ódio entres eles, como destaca Nunes:
Mesmo assim a proteção contra os indígenas não foram suficientes, uma vez que em
1575, Luís de Brito em seu projeto de colonização, destruíram as aldeias como desataca
Nunes:
Os silvícolas que não foram mortos fugiram para os sertões. Surubi morreu
na luta, Aperipê acabou para o interior, não sendo alcançado pelos seus
invasores, apesar de Luís de Brito ter mandado persegui-lo[...]” (NUNES,
2006, p.25).
Já no final do século XVI, Cristóvão de Barros, para abrir caminho de ligação entre
Salvador e Olinda através do território sergipano,segundo Nunes, ficou marcado por um
grande conflito fazendo com que mais de 2000 mil indígenas que eram comandados por
Baepeba fossem vencidos, além de aprisionar mais de 400 mil deles.
No início do século VXII, o litoral nordestino passa a produzir a cana de açúcar para
exportação, esta parte ficou de forma exclusiva para este fim, e a pecuária teve que procurar
áreas mais longínquas sertão à dentro, nas proximidades dos rios como afirma Andrade:
A penetração dos criadores de gado para o interior foi determinada por uma
série de fatores, como a necessidade de manter o gado afastado das áreas
agrícolas litorâneas; a ocupação holandesa, que acelerou ainda mais a
transferência de criadores de gado das áreas próximas à costa para o Sertão,
utilizando os rios, sobretudo o São Francisco, como condutos de penetração.
Com a expulsão dos holandeses, já era expressivo o povoamento do Sertão.
E grupos organizados haviam derrotado indígenas e conquistando áreas de
pastagem.
Esta expansão foi muito favorecida pelas condições naturais e econômicas.
Do ponto de vista natural, o clima semi-árido dificultava a proliferação de
verminoses e de epizootias; além disso, havia uma pastagem natural boa para
o gado, no período das chuvas, e “ilhas” úmidas nas margens dos rios e nas
serras para onde ele poderia ser levado no período seco. Do ponto de vista
econômico, contavam os pecuaristas com um mercado certo na área agrícola,
que seria abastecido de carne, de couro e de animais de trabalho; tinham
facilmente derrotando as tribos indígenas, depois de verdadeiro genocídio, e
confinado os vencidos em aldeamentos administrados por missionários que
procuravam sedentarizá-las. Os índios sedentarizados tornavam-se
produtores de alimentos e formavam uma reserva de força de trabalho que
podia ser recrutada pelos sesmeiros nas ocasiões em que necessitavam de
braços para os trabalhos agrícolas ou de auxiliares para combater outras
tribos.
As terras conquistadas aos índios eram doadas em sesmarias a pessoas
influentes com o governador-geral da Bahia ou como capitão-mor de
Pernambuco, fazendo com que algumas famílias se apossassem de grandes
extensões, verdadeiros latifúndios que compreendiam dezenas de léguas,
obrigando os verdadeiros povoadores, homens humildes que haviam
enfrentado indígenas e implantado pequenos currais, a se tornarem seus
foreiros. (ANDRADE, p. 46)
A visão do negro no Brasil foi construída por inferiorizarão de sua raça pelos
europeus, isso para legitimar a sua escravidão, por isso historicamente o negro tem
dificuldade em ocupar lugar de igualdade na sociedade ainda hoje como afirma Santos:
Ser negro no Brasil é, pois, com frequência, ser objeto de um olhar aviesado.
A chamada boa sociedade parece considerar que há lugar predeterminado, lá
embaixo, para os negros assim tranquilamente se comporta. Logo, tanto é
incômodo haver permanecido na base da pirâmide social quanto haver
“subido na vida.” (SANTOS, 2000, p. 161).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nas observações feitas para realização deste trabalho pode-se destacar que a retomada
do território indígena dos Xocó permitiu a comunidade uma melhoria significativa em sua
qualidade de vida, a exemplo disso é a produção alimentícia que praticada em terras próprias
trás maior segurança à comunidade, e possibilidade de venda do excedente. Também cita-se a
qualidade das moradias, que se assemelham as residências comuns de alvenaria, com acesso a
toda infraestrutura possível como fornecimento de energia elétrica e água tratada, colégio e
posto de saúde. A aldeia por encontrar-se localizada próximo à outas localidades permite a
interação dos jovens com as novas tecnologias, como acesso a telefonia, internet e outros
meios de comunicação. Apesar disso, para as lideranças entrevistadas:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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DANTAS, Beatriz Góis. Et.al. Textos para a história de Sergipe. Aracaju: UFS/ Banese,
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<http://www.noticias.terra.com.br/po-que-os-indigenas-estao-revoltados-com-a-pec-
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