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Aula 00

Conhecimentos Específicos p/ ALE-SE (Analista Legislativo - Psicologia)

Professor: Viviane Silva

00000000000 - DEMO
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS
Profa. Ma. Viviane Silva - Aula 00

AULA 00

SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação 01
Cronograma do curso 03
Introdução e Apresentação do curso 04
Teorias da personalidade 05
Documentos psicológicos: declaração, atestado,
parecer, laudo, relatório de acordo com as Resoluções 19
do Conselho Federal de Psicologia.

APRESENTAÇÃO

Futuro(a) Analista Legislativo, Área de Saúde e Assistência


Social, Especialidade Psicologia da Assembleia Legislativa do
Estado do Sergipe (ALESE)

Seja bem-vindo a este curso de CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS


focado na sua preparação para o concurso para Analista Legislativo, Área
de Saúde e Assistência Social, Especialidade Psicologia da Assembleia
Legislativa do Estado do Sergipe (ALESE).
Essa é nossa primeira aula, porém antes de iniciarmos farei uma
breve apresentação do nosso método e divisão dos conteúdos que o
levarão à preparação rumo à sua aprovação.
Nossas aulas serão disponibilizadas, de acordo com as datas já
estabelecidas em nosso cronograma e os conteúdos serão apresentados
da seguinte forma:

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- curso escrito completo (em PDF), formado por 07 aulas onde


serão apresentados os conteúdos, que serão a seguir relacionados,
questões de provas e dicas de estudo para a potencialização de sua
preparação.
- fórum de dúvidas, onde você pode entrar em contato direto
conosco quando julgar necessário. Não guarde as dúvidas para
você, estamos aqui para ajudá-lo.

Vale dizer que este curso é concebido para ser o seu material de
estudos e a ideia é que você consiga economizar bastante tempo,
pois abordaremos todos os tópicos exigidos no edital e nada além disso,
e você poderá estudar conforme a sua disponibilidade de tempo, em
qualquer ambiente onde você tenha acesso a um computador, tablet ou
celular, e evitará a perda de tempo gerada pelo trânsito das grandes
cidades. Isso é importante para todos os candidatos, mas é
especialmente relevante para aqueles que trabalham e estudam,
de repente exatamente como ocorre com você.
O concurso exige conteúdo específico e você pode já ter estudado
ou tratado desses temas em algum momento da sua vida acadêmica e
profissional ou nunca ter estudado profundamente alguns desses
conteúdos, não tem problema, este curso visa atender a todos.
Aqui no Estratégia nós sempre solicitamos que os alunos avaliem os
nossos cursos e nossa direção docente acompanha e utiliza os feedbacks
de nossos alunos para o aperfeiçoamento de nossos materiais.
Sou Pedagoga e Mestre em Psicologia Educacional, ministro aulas
para concursos de diversas áreas, tenho experiência em concursos
públicos desde 1994 e seguirei com você ao longo dessas 07 aulas rumo
ao seu sonho, trabalhando conteúdo pertinente, escrito de acordo com
questões de concursos públicos e com os padrões de exigência da
organizadora Fundação Carlos Chagas (FCC).

Vamos ao trabalho?

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CRONOGRAMA DO CURSO

Inicialmente, transcrevo abaixo o conteúdo programático oriundo do


edital publicado de Analista Legislativo, Área de Saúde e Assistência
Social, Especialidade Psicologia da Assembleia Legislativa do Estado do
Sergipe (ALESE).

Conhecimentos Específicos: Teorias da personalidade.


Psicopatologia geral. Psicodiagnóstico. Técnicas psicoterápicas.
Psicodinâmica e saúde mental no trabalho. Clínica do Trabalho.
==0==

Mediação de Conflitos e prevenção de violência no Trabalho.


Ergonomia da atividade e Qualidade de Vida no Trabalho. Psicologia
da Saúde: aspectos psicológicos das enfermidades agudas e
crônicas. Saúde ocupacional: riscos decorrentes da organização do
trabalho; agravos à saúde relacionados com o trabalho.
Instrumentos de Avaliação Psicológica: critérios de seleção,
avaliação e interpretação de resultados. Testes Psicológicos.
Entrevista: admissional; avaliação; acompanhamento; técnicas.
Técnicas de dinâmica de grupo. Reinserção profissional após licença
de saúde. Acompanhamento psicossocial: ajustamento;
readaptação; encaminhamento. Promoção e proteção à saúde.
Documentos psicológicos: declaração, atestado, parecer, laudo,
relatório de acordo com as Resoluções do Conselho Federal de
Psicologia. Avaliação e parecer: faturamento, inspeção de clínicas
psicológicas, qualidade dos serviços, reembolso e auditorias. Ética
profissional.

Nosso curso será dividido em 07 aulas escritas, incluindo esta aula


introdutória.

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Organização do Curso
Aula 0:
 Apresentação e Introdução do curso
 Teorias da personalidade.
 Documentos psicológicos: declaração, atestado, parecer, laudo, relatório de
acordo com as Resoluções do Conselho Federal de Psicologia.
Aula 1:
 Psicopatologia geral.
 Psicodiagnóstico.
 Técnicas psicoterápicas.
Aula 2:
 Psicodinâmica e saúde mental no trabalho.
 Clínica do Trabalho.
 Mediação de Conflitos e prevenção de violência no Trabalho.
 Ergonomia da atividade e Qualidade de Vida no Trabalho.
Aula 3:
 Testes Psicológicos.
 Entrevista: admissional; avaliação; acompanhamento; técnicas.
 Técnicas de dinâmica de grupo.
Aula 4:
 Psicologia da Saúde: aspectos psicológicos das enfermidades agudas e crônicas.
 Saúde ocupacional: riscos decorrentes da organização do trabalho; agravos à
saúde relacionados com o trabalho.
 Instrumentos de Avaliação Psicológica: critérios de seleção, avaliação e
interpretação de resultados.
Aula 5:
 Reinserção profissional após licença de saúde.
 Acompanhamento psicossocial: ajustamento; readaptação; encaminhamento.
Promoção e proteção à saúde.
Aula 6:
 Avaliação e parecer: faturamento, inspeção de clínicas psicológicas, qualidade
dos serviços, reembolso e auditorias.
 Ética profissional.

Sem mais, vamos ao nosso curso!

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TEORIAS DA PERSONALIDADE

Psicologia da personalidade é a área da psicologia que estuda e


procura explicar as particularidades humanas que influenciam o
comportamento.
Iniciaremos nosso estudo pela definição de personalidade que
consiste no conjunto de características que determinam os padrões
pessoais e sociais de uma pessoa e sua formação é um processo gradual,
complexo e único a cada indivíduo.
O termo personalidade, segundo o senso comum, é usado para
descrever características marcantes de uma pessoa, porém o conceito de
personalidade também está relacionado com mudanças de habilidades,
atitudes, crenças, emoções, desejos, e ao modo constante e particular do
indivíduo perceber, pensar, sentir e agir, além da interferência de fatores
culturais e sociais nessas características.
Muitas são as teorias que estudam a personalidade, porém uma das
mais importantes na história do estudo de personalidade é a teoria de
Freud.
Sigismund Schlomo Freud, o Sigmund Freud, foi um médico
neurologista criador da psicanálise. Freud nasceu em uma família judaica,
em Freiberg in Mähren, na época pertencente ao Império Austríaco. Para
Freud, o comportamento humano é resultado de três sistemas: o Id, o
Ego e o Superego:
 O Id é inato, ou seja, que nasce com o indivíduo, é congênito,
regido pelo princípio do prazer, exige satisfação imediata dos
impulsos, sem levar em conta as consequências indesejáveis.
 O Ego é uma evolução do Id, pois apesar de conter elementos
inconscientes como o Id funciona muito mais à nível consciente e
pré-consciente, dessa forma, comandado pelo princípio da
realidade. O Ego cuida dos impulsos do Id e muitos dos desejos
acabam sendo não satisfeitos, mas sim reprimidos.

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 O Superego contém ideias derivadas dos valores familiares e


sociais, por isso é um sistema parcialmente consciente que serve
como censor (que censura) das funções do ego, de onde derivam
sentimentos de punição, medo e culpa.

Sobre sexualidade Freud explica que ela é reconhecida como um


instinto com o qual as pessoas nascem e que se expressam de diferentes
formas, de acordo com as fases do desenvolvimento e essas fases
deixarão traços que definirão a estrutura da personalidade do indivíduo e
são relacionadas da seguinte forma:
 Fase oral (0 a 2 anos)
 Fase anal (2 a 4 anos)
 Fase fálica (4 a 7 anos)
 Período de latência (7 a 12 anos)
 Adolescência (a partir dos 12 anos).

Como dito, diversas são as teorias sobre personalidade e vamos


citar a de Erich Fromm e segundo ele a personalidade é produto das
condições culturais, ou seja, para Fromm a personalidade se desenvolve a
partir daquilo que a sociedade oferece.
O autor acredita que a sociedade está doente e não satisfaz as
necessidades do homem, porém o homem deve se ajustar a essa
sociedade para escapar da solidão de outros homens e da natureza
tentando se adaptar também a suas exigências interiores.
Na tentativa de agrupar e diferenciar as características da
personalidade pode-se dizer que os determinantes inconscientes do
comportamento e os determinantes conscientes são fatores centrais entre
algumas teorias da personalidade, porém considera-se também, a
hereditariedade, a base biológica e os aspectos sociais do indivíduo
aspectos relevantes na determinação da personalidade do indivíduo.
Os traços de personalidade podem, algumas vezes, tornar-se não
adaptativos, inflexíveis e a pessoa começa a sentir prejuízo no seu dia-a-

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dia devido às consequências negativas da sua interação com os outros e


com o mundo.
É importante perceber que uma pessoa pode apresentar traços de
personalidade dependente, por exemplo, mas isso não constituir uma
perturbação de personalidade. Tal só acontece, quando esses traços
ocasionam que a mesma pessoa deixe de conseguir funcionar
adequadamente, e sinta que é tão desajustada que não consegue realizar
nada comparando com o que os outros realizam.
Existem uma série de perturbações de personalidade e essas
perturbações se baseiam num conjunto de traços que, combinados entre
si, podem afetar negativamente a vida do indivíduo.
Dentre as perturbações de personalidade, destacamos algumas
características de cada uma delas:
 Personalidade paranoide: as características centrais dessa
personalidade, são geralmente, a desconfiança e suspeita contra os
outros e isso interfere no modo de pensar, sentir, e naturalmente
de agir. De forma persistente os indivíduos tendem a interpretar as
intenções e ações dos outros como ameaçadoras, sendo difícil
adotar outras explicações alternativas para os seus
comportamentos.
 Personalidade esquizoide: essa perturbação expressa-se,
essencialmente, por três características: falha de interesse nas
relações sociais, tendência ao isolamento e frieza emocional. O
termo “esquizoide” foi criado por Eugen Bleuer, no início do século
XX, para definir uma tendência da pessoa para dirigir sua atenção
para o mundo interior, fechando-se ao exterior. A característica
central é o padrão evasivo de distanciamento de relacionamentos
sociais.
 Personalidade antissocial: caracteriza-se por um padrão de
comportamento antissocial, de desrespeito e desconsideração pelas
regras sociais e pelos direitos dos outros, bem como pela sua
transgressão. E embora tal descrição nos possa levar a pensar que

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estamos perante pessoas com capacidades sociais deficitárias,


verificamos frequentemente que tal não acontece, estando antes
estas capacidades orientadas para a satisfação pessoal. São
normalmente pessoas muito centradas em si, com uma grande
incapacidade de atender aos sentimentos dos outros ou de entender
a sua perspectiva, relacionando-se esta postura com a ausência de
sentimento de culpa.
 Personalidade borderline ou estado-limite: os traços
borderline na personalidade apresentam características de
instabilidade e isso pode afetar as relações com os outros nos
âmbitos social, familiar e profissional. A maneira de pensar, sentir e
agir, poderá trazer um grande desconforto ou sofrimento pela
trajetória de vida, é como se uma enorme desorganização e caos
tomaram conta, nada tem sentido. As relações estabelecidas com os
outros, apesar de muito intensas, poderão ser particularmente
instáveis, marcadas por desapontamentos e com isso tudo, manter
um estado de humor estável é particularmente difícil.
 Personalidade histriônica: As pessoas que apresentam este
tipo de perturbação têm uma necessidade constante de atenção,
demonstram comportamentos excessivamente dramáticos e o seu
início verifica-se no começo da idade adulta. São aquelas pessoas
que descreveríamos como muito emotivas, muito enérgicas,
manipuladoras, sedutoras, impulsivas, inconstantes e exigentes. No
começo do século XX este distúrbio era conhecido por histeria e
especialmente identificado entre a população feminina. Indivíduos
com este distúrbio são geralmente ingênuos, crédulos, têm um
baixo limiar de frustração e uma forte dependência emocional.
 Personalidade evitante: evitam atividades profissionais ou
escolares que envolvam contatos interpessoais significativos, por
medo de críticas, desaprovação ou rejeição. A intimidade
interpessoal é habitualmente difícil para estas pessoas, apesar de
serem capazes de estabelecer relações íntimas quando está

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assegurada uma aceitação sem crítica. No geral tem dificuldade em


falar de si e recusarem a intimidade por medo de serem expostas,
ridicularizadas ou envergonhadas. Tendem a ser tímidos, calados,
inibidos e invisíveis, com medo de que com qualquer chamada de
atenção possam ser rejeitados ou rebaixados. Estas pessoas
consideram-se socialmente inaptas, destituídas de encanto ou
inferiores aos outros;
 Personalidade evitante: caracteriza-se por uma forte
necessidade em se sentir cuidado, protegido e próximo dos outros.
Há uma grande dificuldade em sentir-se autónomo, só e vulnerável.
Quando se sente desta forma, surge um caos interior e uma enorme
angústia. Torna-se difícil levar a sua vida para a frente e cuidar de
si próprio sozinho, por isso, rapidamente tende a procurar alguém
que o possa apoiar e proteger.
 Personalidade obsessivo-compulsivo: preocupa-se
excessivamente com regras, ordens, organizações ou esquemas a
ponto de perder a própria finalidade da atividade que seria
realizada. Por ser perfeccionista procura continuamente a perfeição
em tudo o que faz, revendo as tarefas vezes sem fim, com a
sensação de que ainda há correções para serem feitas. Devido aos
excessos pode acontecer que se dedique tanto ao trabalho, à
responsabilidade e à produtividade que se afaste totalmente dos
seus amigos, hobbies e lazer. Acredita que “não pode perder
tempo”, o que o impede de relaxar e aproveitar os bons
momentos, levando consigo tarefas de trabalho para “aproveitar
bem o tempo” e assim sentir menos desconforto, mesmo quando
vai de férias.

Um outro teórico que discorreu sobre as teorias da personalidade é


Carl Gustav Jung e que durante muito tempo foi discípulo de Freud.
As teorias do autor têm sido fonte de inspiração, mas também de
controvérsia. Ele é o fundador de uma escola do campo psicanalítico, a

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escola de psicologia analítica, também denominada psicologia dos


complexos e psicologia profunda.
No entanto, afastou-se de Freud principalmente porque não estava
de acordo com a sua teoria da sexualidade. Mesmo assim, Jung postulou a
existência de um inconsciente coletivo, que antecedia o inconsciente
individual.
A personalidade é denominada por Jung como psique e em sua
teoria há inúmeros subsistemas que interagem o tempo todo. Jung
foi chamado por Freud de o príncipe herdeiro da psicanálise.
O crucial desta separação entre os dois psiquiatras foi a formulação
do conceito de inconsciente. Jung percebeu que o inconsciente não era
apenas um reservatório de emoções sombrias e desejos primitivos e
perversos, mas que também era fonte de criatividade e elo inexorável
entre o homem primitivo e o contemporâneo. Para tanto, dividiu
o inconsciente em pessoal e coletivo.
Ele continuou com a ideia da consciência, estipulando o ego como
seu centro e que nada chega até a consciência se não for pelo ego. Assim,
o ego é o organizador da consciência, composto de percepções
conscientes, recordações, pensamentos e sentimentos. É o ego que
fornece continuidade e identidade à personalidade. Apesar de ser uma
parte pequena na psique total, é o ego que desempenha a função básica
de vigia da consciência. Ao contrário do que pensamos, quando
interagimos socialmente, não mostramos o ego, nem vemos o ego de
outrem, mas sim a persona. O ego é um organizador das diversas
personas.
Jung utiliza o termo persona para designar os muitos papéis sociais
que desempenhamos para interagir com o mundo. A persona se
desenvolve desde os primeiros anos de vida, quando a criança aprende
quais valores são socialmente aceitos e quais comportamentos são
valorizados pelos seus pais.
Para Jung o complexo não seria uma patologia, mas sim uma
estrutura inerente ao sistema psíquico. Os complexos pertencem ao

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campo do inconsciente pessoal, apesar de seu núcleo ser herdado


geneticamente e, portanto, pertencer ao inconsciente coletivo, o qual
abordaremos em seguida. Os complexos seriam aglomerados de energia
psíquica atraídos por um determinado padrão de sentimento,
pensamento, percepções, memórias advindas de uma ou mais
experiências.
Nas pesquisas sobre o simbolismo das alucinações e fantasias de
seus pacientes psiquiátricos, Jung descobriu a existência de determinados
padrões de comportamento característicos da espécie humana, e
portanto, herdados por todas as pessoas em quaisquer culturas e regiões.
Deu o nome de arquétipo à esta tendência inata que direcionam o
desenvolvimento humano. É o equivalente psíquico ao DNA. O arquétipo,
apesar de constituir o núcleo central dos complexos, pertencem ao
inconsciente coletivo.
Dentro de todo sistema arquetípico, existe um arquétipo central,
centro regulador de toda psique – consciente e inconsciente -, potencial
inato ordenador e organizador da vida psíquica, que direciona o
desenvolvimento da personalidade que é chamado de Self.
O Self é um fator interno de orientação, é o Self que envia símbolos
à consciência para que possam ser interpretados e revelados.
O processo de desenvolvimento da personalidade rumo à
consciência plena de todos os seus aspectos foi denominado por Jung
como individuação. A meta da individuação é atingir a experiência
profunda de que todos os níveis da psique são um mesmo todo, pleno de
potencialidades. E desse modo o indivíduo pode se perceber dentro da
sua verdadeira natureza, ou seja, indivisível, completo, total e repleto de
possibilidades de realização.
Para Carl Jung existem quatro funções psicológicas básicas: pensar,
sentir, intuir e perceber. Em cada pessoa, uma ou várias destas funções
têm uma ênfase particular.

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Com base na teoria das quatro funções básicas, Jung postula que se
formam dois grandes tipos de caráter: o introvertido e o extrovertido e
cada um deles tem traços específicos, que os diferenciam um do outro.
O indivíduo de caráter extrovertido caracteriza-se pelo interesse na
realidade exterior e só depois se foca no mundo interior. As decisões são
tomadas pensando no seu efeito na realidade exterior, em vez de pensar
na sua própria existência. As ações são realizadas em função do que os
outros possam pensar sobre delas. São pessoas que se encaixam em
quase qualquer ambiente, mas têm dificuldade em realmente se adaptar.
São sugestionáveis, influenciáveis e tendem a imitar os demais.
O indivíduo de caráter introvertido caracteriza-se pelo interesse por
si mesmo, pelos seus sentimentos e pensamentos. Orienta o seu
comportamento de acordo com o que sente e pensa, mesmo que isso vá
contra a realidade exterior. Não se preocupa muito com o efeito que as
suas ações possam causar ao seu redor. Preocupa-se sobretudo com que
as ações o satisfaçam interiormente. Tem dificuldades em se encaixar e
adaptar aos diferentes ambientes.
Uma outra teoria foi desenvolvida por Jung a partir das funções
psicológicas básicas e dos tipos de caráter fundamentais e segundo o autor
todas as pessoas pertencem a um ou a outro tipo. São estas:
 Reflexivo extrovertido: corresponde aos indivíduos cerebrais e
objetivos, que atuam quase exclusivamente na base da razão. Só
dão como certo aquilo que se comprove com as devidas provas. São
pouco sensíveis e podem ser até mesmo prepotentes
e manipuladores com os outros.
 Reflexivo introvertido: caracteriza-se como uma pessoa com
grande atividade intelectual, que, no entanto, tem dificuldade para se
relacionar com os outros. Normalmente é uma pessoa teimosa e
determinada em alcançar os seus objetivos.
 Sentimental extrovertido: são pessoas com grande habilidade
para entender os outros e para estabelecer relações sociais são os
sentimentais extrovertidos. No entanto, é muito difícil para eles se

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afastar do seu grupo e sofrem quando são ignorados. Têm muita


facilidade de comunicação.
 Sentimental introvertido: corresponde às pessoas solitárias e
com grande dificuldade para estabelecer relações com os outros.
Podem ser pouco sociáveis e melancólicos. Faz todo o possível para
passar despercebido e gosta de permanecer em silêncio, é muito
sensível às necessidades dos outros.
 Perceptivo extrovertido: Os indivíduos têm uma
fraqueza especial por objetos a ponto de lhes atribuir qualidades
mágicas, ainda que façam isso de modo inconsciente. Não são
apaixonados pelas ideias, a não ser que ganhem uma forma
concreta. Procuram o prazer acima de tudo.
 Perceptivo introvertido: colocam uma ênfase especial nas
experiências sensoriais: dão muito valor à cor, à forma, à textura, o
mundo deles é o mundo da forma, como fonte de experiências
interiores.
 Intuitivo extrovertido: são muito ativas e inquietas, precisam de
vários estímulos diferentes. São determinadas a alcançar objetivos e
uma vez que conseguem, passam para o próximo e esquecem o
anterior. Elas não ligam muito para o bem-estar daqueles que as
rodeiam.
 Intuitivo introvertido: São extremamente sensíveis aos
estímulos mais sutis. A personalidade intuitiva introvertida
corresponde ao tipo de pessoas que quase “adivinham” o que os
outros pensam, sentem ou se dispõem a fazer. São criativas,
sonhadoras e idealistas.

Alfred Adler nasceu em Viena, em 1870, e morreu na Escócia em


1937. Foi um dos fundadores da Sociedade Psicanalítica de Viena e depois
seu presidente. Não demorou muito para que começasse a desenvolver
ideias que divergissem das de Freud. Formou o grupo do sistema holístico
da psicologia individual.

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Para Adler, o homem procura contato com os outros, empreende


atividades sociais em cooperação, põe o bem-estar social acima do
interesse próprio, adquirindo um estilo de vida que é,
predominantemente, orientado para o meio externo.
Adler manifesta uma preocupação biológica, tanto quanto Freud e
Jung. Freud enfatiza o sexo, Jung os padrões primitivos de pensamento
e Adler o interesse social.
Adler cria alguns conceitos muito importantes para a psicologia da
personalidade e para ele Self corresponde a um sistema altamente
personalizado e subjetivo que interpreta e tornam significativas as
experiências do organismo.
Segundo ele o estilo de vida corresponde ao princípio do sistema
pelo qual a personalidade funciona, é o todo que comanda as partes. É o
princípio que explica a singularidade da pessoa. Cada pessoa tem um
estilo de vida e não há dois iguais. Todos têm o mesmo objetivo, a
superioridade, mas há inúmeras maneiras de atingi-lo.
Toda conduta de uma pessoa tem origem em seu estilo de vida.
Este forma-se na infância, por volta dos quatro anos de idade e, daí por
diante, as experiências são assinaladas e utilizadas de acordo com ele. É
uma compensação para determinada inferioridade.
Para Adler a luta pela superioridade corresponde ao objetivo
superior do homem na sua luta contra os obstáculos: ser agressivo,
poderoso, superior.
Todas as funções do homem seguem a direção da luta pela
superioridade, que é inata, é um princípio dinâmico preponderante – uma
luta pela plena realização de si mesmo.
Para ele há a inferioridade orgânica, pois, cada região do corpo
apresenta uma inferioridade básica, inferioridade essa que existe em
virtude de herança ou de alguma anomalia do desenvolvimento.
No princípio, Adler correlacionava a inferioridade com feminilidade,
cuja compensação ele chamou de protesto masculino. Os sentimentos de
inferioridade decorrem de um senso de imperfeição em alguma esfera da

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vida. Adler afirmava que os sentimentos de inferioridade não são indícios


de anormalidade, são a causa de todo melhoramento na vida humana.
O interesse social corresponde à verdadeira e inevitável
compensação pela natural fraqueza dos seres humanos. É quando a luta
pela superioridade se torna socializada.
Adler acreditava que o interesse social é inato e que o homem é
uma criatura social por natureza e não por hábito. Contudo, à semelhança
de qualquer outra aptidão natural, esta predisposição inata não surge
espontaneamente. Ela torna-se atuante quando orientada e treinada. É
esse interesse social inato que motiva o homem a subordinar o interesse
pessoal ao bem-estar comum.
Adler descobriu a ideia de que o homem é motivado mais pelas
expectativas do futuro do que por suas experiências do passado. Esses
objetivos de ficção eram, para Adler, a causa subjetiva dos
acontecimentos psicológicos, isso foi denominado por ele de finalismo de
ficção.
Adler identificou a teoria de Freud com o princípio da causalidade e
sua própria teoria com o princípio do finalismo.
Esse objetivo final pode ser uma ficção, isto é, um ideal impossível
de realizar-se, mas que é, não obstante, um estímulo real para o esforço
humano e para a explanação última de sua conduta. Adler acreditava,
contudo, que a pessoa podia libertar-se da influência dessas ficções e
enfrentar a realidade quando necessário, o que o neurótico é incapaz de
fazer.
O Big Five ou Modelo dos Cinco Grandes Fatores nasceu a partir dos
estudos sobre a Teoria dos Traços de Personalidade, representando um
avanço conceitual e empírico desta área, pois descreveu dimensões
humanas básicas de forma consistente e replicável.
O modelo do Big Five começou a ser estruturado no início da década
de 1930, quando Mc Dougall sugeriu analisar a personalidade a partir de
cinco fatores independentes que, na época, foram denominados intelecto,
caráter, temperamento, disposição e humor.

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Nessa mesma época, na Alemanha, Baumgarten sugeria uma


análise da linguagem para entender os traços da personalidade. O
trabalho de Baumgarten teve uma influência fundamental sobre Allport
que, em conjunto com Odbert, examinou cerca de 400.000 palavras do
Webster’s New International Dictionaire, derivando 4.500 descritores de
traços de personalidade, estudo que muito influenciou Cattell em suas
publicações na década de 40. As publicações de Cattell e Eysenck
dominavam a literatura como os principais modelos obtidos através da
análise fatorial.
O modelo inicial foi desenvolvido por Ernest Tupes e Raymond
Christal em 1961, que não conseguiu relevante importância no mundo
acadêmico até os anos 1980. Em 1990, L. M. Digman avançou em seu
modelo de cinco fatores de personalidade, e que Goldberg estendeu a um
nível mais elevado de organização. Esses cinco domínios amplos
continham e resumiam a maioria dos traços de personalidade conhecidos
e representavam a estrutura básica por trás de todos os demais traços de
personalidade. O desenvolvimento desses fatores resultou em um rico
contexto conceitual para integrar todas as pesquisas e teorias em
psicologia da personalidade. Os traços do Big Five também são
conhecidos como "Modelo de Cinco Fatores" ou MCF e como os Fatores
Globais de Personalidade.
Alguns estudiosos usaram métodos diferentes para encontrar os
cinco traços, e assim, seus fatores possuem, em algum grau, nomes e
definições diferentes. No entanto, todos são correlacionados e ligados
analiticamente.
Em Baltimore (Maryland), Robert McCrae e Paul Costa, no centro de
pesquisas de Gerontologia do National Institute of Health, iniciaram um
extensivo programa de pesquisas que identificou os chamados cinco
grandes fatores:
1) Neuroticismo: mede a instabilidade emocional. Pessoas com
pontuações altas nessa escala são ansiosas, inibidas, melancólicas e

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dotadas de baixa autoestima. Já as que obtém baixa pontuação são de


fácil trato, otimistas e dotadas de boa estima consigo mesmas;
2) Extroversão: é a mais ampla das cinco dimensões. Mede a
sensação de bem-estar, o nível de energia e a habilidade nas relações
interpessoais. Pontuações elevadas significam afabilidade, sociabilidade e
capacidade de se impor. Baixas indicam introversão, reserva e
submissão;
3) Abertura à novas experiências: pessoas com pontuações
elevadas gostam de novidades e tendem a ser criativas. Na outra ponta
da escala estão os convencionais e ordeiros, os que gostam da rotina e
têm senso aguçado do certo e do errado;
4) Simpatia: refere-se ao modo como nos relacionamos com os
outros. Muitos pontos indicam uma pessoa compassiva, amistosa e
calorosa. Na outra extremidade estão os retraídos, críticos e egocêntricos;
5) Conscienciosidade: mede o grau de concentração. Aqueles
com altas pontuações apresentam grande motivação, são disciplinados,
comprometidos e confiáveis. Os que apresentam resultados baixos são
indisciplinados e se distraem facilmente.

Gordon Willard Allport foi um psicólogo estadunidense e acreditava


que a personalidade é determinada biologicamente quando nascemos e
moldada de acordo com as experiências do ambiente em que vivemos.
Hans Eysenck através das respostas de questionários que entregou
a 700 soldados com perturbações neuróticas, ele chegou à conclusão de
que o comportamento poderia ser representado por duas dimensões de
comportamento e ele denominou-as de traços de personalidade:
 Introvertido / Extrovertido: Os introvertidos são reservados,
planejam as ações e controlam as emoções. Eles tendem a ser
sérios, confiáveis e pessimistas. Já os extrovertidos são sociáveis,
gostam de excitação e desafios. Tendem a ser livres, otimistas e
impulsivos.

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 Neurótico ou instável / Estável: Os neuróticos são ansiosos,


preocupados e mudam constantemente de humor. São muito
emotivos e têm dificuldade para se acalmar. Os estáveis são calmos
e despreocupados. Não reagem com intensidade aos problemas.

Posteriormente Eysenck adicionou uma terceira dimensão de


comportamento, que seria a do Psicoticismo. Nesta estariam inseridas as
pessoas que não possuem empatia (a capacidade de colocar-se no lugar
dos outros). Elas seriam pessoas cruéis, solitárias, agressivas e
problemáticas.
Raymond Bernard Cattell foi um psicólogo britânico conhecido por
explorar uma ampla variedade de áreas na psicologia. Estas áreas
incluíram: as dimensões básicas da personalidade e temperamento, um
leque de habilidades cognitivas, as dimensões dinâmicas de motivação e
emoção, as dimensões clínicas da personalidade, padrões de
comportamento social e de grupo, preditores da criatividade e da
realização, e muitos métodos de investigação científica e de medição para
explorar estas áreas.
Cattell discordou de Eysenck afirmando que não era possível
compreender a personalidade observando apenas 3 dimensões de
comportamento. Ele fez uma pesquisa de fontes diferentes, utilizando
dados de vidas de pessoas, questionários e testes objetivos e chegou à
conclusão de que haviam dezesseis traços de personalidade comuns a
todas as pessoas.
Segundo Cattell, todos temos traços de temperamento e traços
dinâmicos. Os traços dinâmicos são superficiais, são muito óbvios e
facilmente identificados por outras pessoas, ao passo que os traços de
temperamento são mais importantes, porém menos visíveis e ocultos em
aspectos diferentes do comportamento.

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DOCUMENTOS PSICOLÓGICOS: DECLARAÇÃO,


ATESTADO, PARECER, LAUDO, RELATÓRIOS DE
ACORDO COM AS RESOLUÇÕES CFP

Para falarmos sobre a elaboração de documentos psicológicos


escritos utilizaremos o que está determinado na resolução do Conselho
Federal de Psicologia nº 007/2003 que instituiu o Manual de Elaboração
de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de seu
trabalho de avaliação psicológica.
O Manual fixa também todas as diretrizes e os procedimentos
0
norteadores na elaboração de documentos, nos quais o psicólogo deve se
basear para toda e qualquer comunicação por escrito, decorrente da
avaliação psicológica.
O processo de avaliação psicológica utiliza-se dos instrumentais
técnicos tais como entrevistas, testes, observações, estudos de campo,
dinâmicas de grupo, escuta e ainda intervenções verbais.
Esses instrumentos se configuram como métodos e técnicas
psicológicas para a coleta de dados, estudos e interpretações de
informações a respeito dos sujeitos ou grupos atendidos.
Segundo o Manual:
“tais instrumentais técnicos devem obedecer às
condições mínimas requeridas de qualidade e de
uso, devendo ser adequados ao que se propõe a
investigar".

A elaboração de relatórios e/ou laudos pressupõe o estudo do caso


e o planejamento das intervenções necessárias à resolução da
problemática apresentada e deve, portanto:
"apresentar os procedimentos e conclusões
gerados pelo processo de avaliação psicológica,
relatando sobre o encaminhamento, as
intervenções, o diagnóstico, o prognóstico e
evolução do caso, orientação e sugestão de

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projeto terapêutico, bem como, caso necessário,


solicitação de acompanhamento psicológico,
limitando-se a fornecer somente as informações
necessárias relacionadas à demanda, solicitação
ou petição."

Esses laudos devem, portanto, ser indicativos das políticas de


atendimento necessárias a garantia de direitos das pessoas atendidas e
descrever as possibilidades de mudança da situação-problema,
considerando a rede de relações dos implicados e dos recursos sociais de
sua realidade.
O cuidado com a linguagem e a precisão no uso de termos e
conceitos psicológicos, são imprescindíveis para uma comunicação clara,
consistente e concisa nos laudos psicológicos.
Ainda segundo o Manual o laudo, sendo uma peça de natureza e
valor científicos, deve conter narrativa detalhada e didática, com clareza,
precisão e harmonia, tornando-se acessível e compreensível ao
destinatário.
Os relatórios psicológicos são também peças de registro da história
dos sujeitos, que podem ter acesso aos documentos em diferentes
momentos de sua vida, sendo assim, esses relatórios são, também, o
registro das formas de atendimento utilizadas pelos profissionais, nas
circunstâncias sociais e políticas de um determinado momento histórico.
Assim a escrita desses documentos é também o registro da prática
psicológica realizada, podendo revelar muito do que somos e de como
agimos para a transformação ou manutenção, de uma realidade social
desigual e injusta.
Parecer é um documento fundamentado e resumido sobre uma
questão focal do campo psicológico cujo resultado pode ser indicativo ou
conclusivo e tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora, no
campo do conhecimento psicológico, através de uma avaliação
especializada, de uma "questão-problema", visando a dirimir dúvidas que

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estão interferindo na decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma


consulta, que exige de quem responde competência no assunto.
O psicólogo parecerista deve fazer a análise do problema
apresentado, destacando os aspectos relevantes e opinar a respeito,
considerando os quesitos apontados e com fundamento em referencial
teórico-científico.
Havendo quesitos, o psicólogo deve respondê-los de forma sintética
e convincente, não deixando nenhum quesito sem resposta. Quando não
houver dados para a resposta ou quando o psicólogo não puder ser
categórico, deve-se utilizar a expressão "sem elementos de convicção".
Se o quesito estiver mal formulado, pode-se afirmar "prejudicado", "sem
elementos" ou "aguarda evolução".
Quando expuser os motivos o psicólogo deve apresentar a questão
em tese, não sendo necessária, portanto, a descrição detalhada dos
procedimentos, como os dados colhidos ou o nome dos envolvidos.
A discussão do parecer psicológico se constitui na análise minuciosa
da questão explanada e argumentada com base nos fundamentos
necessários existentes, seja na ética, na técnica ou no corpo conceitual da
ciência psicológica. Nesta parte, deve respeitar as normas de referências
de trabalhos científicos para suas citações e informações.
Na conclusão do parecer o psicólogo apresentará seu
posicionamento, respondendo à questão levantada. Em seguida, informa
o local e data em que foi elaborado e assina o documento.
Segundo o Manual o prazo de validade do conteúdo dos documentos
escritos, decorrentes das avaliações psicológicas, deverá considerar a
legislação vigente nos casos já definidos. Não havendo definição legal, o
psicólogo, onde for possível, indicará o prazo de validade do conteúdo
emitido no documento em função das características avaliadas, das
informações obtidas e dos objetivos da avaliação.
Ao definir o prazo, o psicólogo deve dispor dos fundamentos para a
indicação, devendo apresentá-los sempre que solicitado.

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Os documentos escritos decorrentes de avaliação psicológica, bem


como todo o material que os fundamentou, deverão ser guardados pelo
prazo mínimo de 5 anos, observando-se a responsabilidade por eles tanto
do psicólogo quanto da instituição em que ocorreu a avaliação psicológica.
Esse prazo poderá ser ampliado nos casos previstos em lei, por
determinação judicial, ou ainda em casos específicos em que seja
necessária a manutenção da guarda por maior tempo.
Em caso de extinção de serviço psicológico, o destino dos
documentos deverá seguir as orientações definidas no Código de Ética do
Psicólogo.
A seguir temos a Resolução CFP nº 007/2003 que institui o Manual
de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo na
íntegra.

RESOLUÇÃO CFP Nº 007/2003

Institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos


pelo psicólogo, decorrentes de avaliação psicológica e revoga a
Resolução CFP nº 17/2002.
O Conselho Federal de Psicologia, no uso de suas atribuições legais e
regimentais, que lhe são conferidas pela Lei nº 5.766, de 20 de
dezembro de 1971;
Considerando que o psicólogo, no seu exercício profissional, tem sido
solicitado a apresentar informações documentais com objetivos
diversos;
Considerando a necessidade de referências para subsidiar o psicólogo
na produção qualificada de documentos escritos decorrentes de
avaliação psicológica;
Considerando a frequência com que representações éticas são
desencadeadas a partir de queixas que colocam em questão a
qualidade dos documentos escritos, decorrentes de avaliação
psicológica, produzidos pelos psicólogos;

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Considerando os princípios éticos fundamentais que norteiam a


atividade profissional do psicólogo e os dispositivos sobre avaliação
psicológica contidos no Código de Ética Profissional do Psicólogo;
Considerando as implicações sociais decorrentes da finalidade do uso
dos documentos escritos pelos psicólogos a partir de avaliações
psicológicas;
Considerando as propostas encaminhadas no I FÓRUM NACIONAL DE
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA, ocorrido em dezembro de 2000;
Considerando a deliberação da Assembleia das Políticas
Administrativas e Financeiras, em reunião realizada em 14 de
dezembro de 2002, para tratar da revisão do Manual de Elaboração de
Documentos produzidos pelos psicólogos, decorrentes de avaliações
psicológicas;
Considerando a decisão deste Plenário em sessão realizada no dia 14
de junho de 2003, resolve:
Artigo 1º - Instituir o Manual de Elaboração de Documentos Escritos,
produzidos por psicólogos, decorrentes de avaliações psicológicas.
Artigo 2º - O Manual de Elaboração de Documentos Escritos, referido
no artigo anterior, dispõe sobre os seguintes itens:
I) Princípios norteadores;
II) Modalidades de documentos;
III) Conceito / finalidade / estrutura;
IV) Validade dos documentos;
V) Guarda dos documentos.
Artigo 3º - Toda e qualquer comunicação por escrito decorrente de
avaliação psicológica deverá seguir as diretrizes descritas neste
manual.
Parágrafo único. A não-observância da presente norma constitui falta
ético-disciplinar, passível de capitulação nos dispositivos referentes ao
exercício profissional do Código de Ética Profissional do Psicólogo, sem
prejuízo de outros que possam ser arguidos.
Artigo 4º - Esta resolução entrará em vigor na data de sua
publicação.
Artigo 5º - Revogam-se as disposições em contrário.

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MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS DECORRENTES DE


AVALIAÇÕES PSICOLÓGICAS

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A avaliação psicológica é entendida como o processo técnico-
científico de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a
respeito dos fenômenos psicológicos, que são resultantes da relação do
indivíduo com a sociedade, utilizando-se, para tanto, de estratégias
psicológicas – métodos, técnicas e instrumentos. Os resultados das
avaliações devem considerar e analisar os condicionantes históricos e
sociais e seus efeitos no psiquismo, com a finalidade de servirem como
instrumentos para atuar não somente sobre o indivíduo, mas na
modificação desses condicionantes que operam desde a formulação da
demanda até a conclusão do processo de avaliação psicológica.
O presente Manual tem como objetivos orientar o profissional
psicólogo na confecção de documentos decorrentes das avaliações
psicológicas e fornecer os subsídios éticos e técnicos necessários para a
elaboração qualificada da comunicação escrita.
As modalidades de documentos aqui apresentadas foram sugeridas
durante o I FÓRUM NACIONAL DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA, ocorrido em
dezembro de 2000.
Este Manual compreende os seguintes itens:
I. Princípios norteadores da elaboração documental;
II. Modalidades de documentos;
III. Conceito / finalidade / estrutura;
IV. Validade dos documentos;
V. Guarda dos documentos.

I - PRINCÍPIOS NORTEADORES NA ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS


O psicólogo, na elaboração de seus documentos, deverá adotar
como princípios norteadores as técnicas da linguagem escrita e os
princípios éticos, técnicos e científicos da profissão.

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1 – PRINCÍPIOS TÉCNICOS DA LINGUAGEM ESCRITA


O documento deve, na linguagem escrita, apresentar uma redação
bem estruturada e definida, expressando o que se quer comunicar. Deve
ter uma ordenação que possibilite a compreensão por quem o lê, o que é
fornecido pela estrutura, composição de parágrafos ou frases, além da
correção gramatical.
O emprego de frases e termos deve ser compatível com as
expressões próprias da linguagem profissional, garantindo a precisão da
comunicação, evitando a diversidade de significações da linguagem
popular, considerando a quem o documento será destinado.
A comunicação deve ainda apresentar como qualidades: a clareza, a
concisão e a harmonia. A clareza se traduz, na estrutura frasal, pela
sequência ou ordenamento adequado dos conteúdos, pela explicitação da
natureza e função de cada parte na construção do todo. A concisão se
verifica no emprego da linguagem adequada, da palavra exata e
necessária. Essa “economia verbal” requer do psicólogo a atenção para o
equilíbrio que evite uma redação lacônica ou o exagero de uma redação
prolixa. Finalmente, a harmonia se traduz na correlação adequada das
frases, no aspecto sonoro e na ausência de cacofonias.

2 – PRINCÍPIOS ÉTICOS E TÉCNICOS


2.1.Princípios Éticos
Na elaboração de DOCUMENTO, o psicólogo baseará suas
informações na observância dos princípios e dispositivos do Código de
Ética Profissional do Psicólogo. Enfatizamos aqui os cuidados em relação
aos deveres do psicólogo nas suas relações com a pessoa atendida, ao
sigilo profissional, às relações com a justiça e ao alcance das informações
- identificando riscos e compromissos em relação à utilização das
informações presentes nos documentos em sua dimensão de relações de
poder.
Torna-se imperativo a recusa, sob toda e qualquer condição, do uso
dos instrumentos, técnicas psicológicas e da experiência profissional da

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Psicologia na sustentação de modelos institucionais e ideológicos de


perpetuação da segregação aos diferentes modos de subjetivação.
Sempre que o trabalho exigir, sugere-se uma intervenção sobre a própria
demanda e a construção de um projeto de trabalho que aponte para a
reformulação dos condicionantes que provoquem o sofrimento psíquico, a
violação dos direitos humanos e a manutenção das estruturas de poder
que sustentam condições de dominação e segregação.
Deve-se realizar uma prestação de serviço responsável pela
execução de um trabalho de qualidade cujos princípios éticos sustentam o
compromisso social da Psicologia. Dessa forma, a demanda, tal como é
formulada, deve ser compreendida como efeito de uma situação de
grande complexidade.

2.2. Princípios Técnicos


O processo de avaliação psicológica deve considerar que os objetos
deste procedimento (as questões de ordem psicológica) têm
determinações históricas, sociais, econômicas e políticas, sendo as
mesmas, elementos constitutivos no processo de subjetivação. O
DOCUMENTO, portanto, deve considerar a natureza dinâmica, não
definitiva e não cristalizada do seu objeto de estudo.
Os psicólogos, ao produzirem documentos escritos, devem se
basear exclusivamente nos instrumentais técnicos (entrevistas, testes,
observações, dinâmicas de grupo, escuta, intervenções verbais) que se
configuram como métodos e técnicas psicológicas para a coleta de dados,
estudos e interpretações de informações a respeito da pessoa ou grupo
atendidos, bem como sobre outros materiais e grupo atendidos e sobre
outros materiais e documentos produzidos anteriormente e pertinentes à
matéria em questão. Esses instrumentais técnicos devem obedecer às
condições mínimas requeridas de qualidade e de uso, devendo ser
adequados ao que se propõem a investigar.
A linguagem nos documentos deve ser precisa, clara, inteligível e
concisa, ou seja, deve-se restringir pontualmente às informações que se

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fizerem necessárias, recusando qualquer tipo de consideração que não


tenha relação com a finalidade do documento específico.
Deve-se rubricar as laudas, desde a primeira até a penúltima,
considerando que a última estará assinada, em toda e qualquer
modalidade de documento.

II - MODALIDADES DE DOCUMENTOS
1. Declaração *
2. Atestado psicológico
3. Relatório / laudo psicológico
4. Parecer psicológico *

* A Declaração e o Parecer psicológico não são documentos decorrentes


da avaliação Psicológica, embora muitas vezes apareçam desta forma. Por
isso consideramos importante constarem deste manual afim de que sejam
diferenciados.

III - CONCEITO / FINALIDADE / ESTRUTURA


1 – DECLARAÇÃO
1.1. Conceito e finalidade da declaração
É um documento que visa a informar a ocorrência de fatos ou
situações objetivas relacionadas ao atendimento psicológico, com a
finalidade de declarar:
a) Comparecimentos do atendido e/ou do seu acompanhante,
quando necessário;
b) Acompanhamento psicológico do atendido;
c) Informações sobre as condições do atendimento (tempo de
acompanhamento, dias ou horários).
Neste documento não deve ser feito o registro de sintomas,
situações ou estados psicológicos.

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1.2. Estrutura da declaração


a) Ser emitida em papel timbrado ou apresentar na subscrição do
documento o carimbo, em que conste nome e sobrenome do psicólogo,
acrescido de sua inscrição profissional (“Nome do psicólogo / nº da
inscrição”).
b) A declaração deve expor:
 Registro do nome e sobrenome do solicitante;
 Finalidade do documento (por exemplo, para fins de
comprovação);
 Registro de informações solicitadas em relação ao atendimento
(por exemplo: se faz acompanhamento psicológico, em quais
dias, qual horário);
 Registro do local e data da expedição da declaração;
 Registro do nome completo do psicólogo, sua inscrição no CRP
e/ou carimbo com as mesmas informações;
 Assinatura do psicólogo acima de sua identificação ou do
carimbo.

2 – ATESTADO PSICOLÓGICO
2.1. Conceito e finalidade do atestado
É um documento expedido pelo psicólogo que certifica uma
determinada situação ou estado psicológico, tendo como finalidade
afirmar sobre as condições psicológicas de quem, por requerimento, o
solicita, com fins de:
a) Justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante;
b) Justificar estar apto ou não para atividades específicas, após
realização de um processo de avaliação psicológica, dentro do rigor
técnico e ético que subscreve esta Resolução;
c) Solicitar afastamento e/ou dispensa do solicitante, subsidiado na
afirmação atestada do fato, em acordo com o disposto na Resolução CFP
nº 015/96.

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2.2. Estrutura do atestado


A formulação do atestado deve restringir-se à informação solicitada
pelo requerente, contendo expressamente o fato constatado. Embora seja
um documento simples, deve cumprir algumas formalidades:
a) Ser emitido em papel timbrado ou apresentar na subscrição do
documento o carimbo, em que conste o nome e sobrenome do psicólogo,
acrescido de sua inscrição profissional (“Nome do psicólogo / nº da
inscrição”).
b) O atestado deve expor:
 Registro do nome e sobrenome do cliente;
 Finalidade do documento;
 Registro da informação do sintoma, situação ou condições
psicológicas que justifiquem o atendimento, afastamento ou falta
– podendo ser registrado sob o indicativo do código da
Classificação Internacional de Doenças em vigor;
 Registro do local e data da expedição do atestado;
 Registro do nome completo do psicólogo, sua inscrição no CRP
e/ou carimbo com as mesmas informações;
 Assinatura do psicólogo acima de sua identificação ou do
carimbo.

Os registros deverão estar transcritos de forma corrida, ou seja,


separados apenas pela pontuação, sem parágrafos, evitando, com isso,
riscos de adulterações. No caso em que seja necessária a utilização de
parágrafos, o psicólogo deverá preencher esses espaços com traços.
O atestado emitido com a finalidade expressa no item 2.1, alínea b,
deverá guardar relatório correspondente ao processo de avaliação
psicológica realizado, nos arquivos profissionais do psicólogo, pelo prazo
estipulado nesta resolução, item V.

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3 – RELATÓRIO PSICOLÓGICO
3.1. Conceito e finalidade do relatório ou laudo psicológico
O relatório ou laudo psicológico é uma apresentação descritiva
acerca de situações e/ou condições psicológicas e suas determinações
históricas, sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo de
avaliação psicológica. Como todo DOCUMENTO, deve ser subsidiado em
dados colhidos e analisados, à luz de um instrumental técnico
(entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico,
intervenção verbal), consubstanciado em referencial técnico-filosófico e
científico adotado pelo psicólogo.
A finalidade do relatório psicológico será a de apresentar os
procedimentos e conclusões gerados pelo processo da avaliação
psicológica, relatando sobre o encaminhamento, as intervenções, o
diagnóstico, o prognóstico e evolução do caso, orientação e sugestão de
projeto terapêutico, bem como, caso necessário, solicitação de
acompanhamento psicológico, limitando-se a fornecer somente as
informações necessárias relacionadas à demanda, solicitação ou petição.

3.2. Estrutura
O relatório psicológico é uma peça de natureza e valor científicos,
devendo conter narrativa detalhada e didática, com clareza, precisão e
harmonia, tornando-se acessível e compreensível ao destinatário. Os
termos técnicos devem, portanto, estar acompanhados das explicações
e/ou conceituação retiradas dos fundamentos teórico-filosóficos que os
sustentam.
O relatório psicológico deve conter, no mínimo, 5 (cinco) itens:
identificação, descrição da demanda, procedimento, análise e conclusão.
1. Identificação
2. Descrição da demanda
3. Procedimento
4. Análise
5. Conclusão

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3.2.1. Identificação
É a parte superior do primeiro tópico do documento com a
finalidade de identificar:
 O autor/relator – quem elabora;
 O interessado – quem solicita;
 O assunto/finalidade – qual a razão/finalidade.

No identificador AUTOR/RELATOR, deverá ser colocado o(s) nome(s)


do(s) psicólogo(s) que realizará(ão) a avaliação, com a(s) respectiva(s)
inscrição(ões) no Conselho Regional.
No identificador INTERESSADO, o psicólogo indicará o nome do
autor do pedido (se a solicitação foi da Justiça, se foi de empresas,
entidades ou do cliente).
No identificador ASSUNTO, o psicólogo indicará a razão, o motivo do
pedido (se para acompanhamento psicológico, prorrogação de prazo para
acompanhamento ou outras razões pertinentes a uma avaliação
psicológica).

3.2.2. Descrição da demanda


Esta parte é destinada à narração das informações referentes à
problemática apresentada e dos motivos, razões e expectativas que
produziram o pedido do documento. Nesta parte, deve-se apresentar a
análise que se faz da demanda de forma a justificar o procedimento
adotado.

3.2.3. Procedimento
A descrição do procedimento apresentará os recursos e
instrumentos técnicos utilizados para coletar as informações (número de
encontros, pessoas ouvidas etc) à luz do referencial teórico-filosófico que
os embasa. O procedimento adotado deve ser pertinente para avaliar a
complexidade do que está sendo demandado.

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3.2.4. Análise
É a parte do documento na qual o psicólogo faz uma exposição
descritiva de forma metódica, objetiva e fiel dos dados colhidos e das
situações vividas relacionados à demanda em sua complexidade. Como
apresentado nos princípios técnicos, “O processo de avaliação psicológica
deve considerar que os objetos deste procedimento (as questões de
ordem psicológica) têm determinações históricas, sociais, econômicas e
políticas, sendo as mesmas, elementos constitutivos no processo de
subjetivação. O DOCUMENTO, portanto, deve considerar a natureza
dinâmica, não definitiva e não cristalizada do seu objeto de estudo”.
Nessa exposição, deve-se respeitar a fundamentação teórica que
sustenta o instrumental técnico utilizado, bem como princípios éticos e as
questões relativas ao sigilo das informações. Somente deve ser relatado o
que for necessário para o esclarecimento do encaminhamento, como
disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo.
O psicólogo, ainda nesta parte, não deve fazer afirmações sem
sustentação em fatos e/ou teorias, devendo ter linguagem precisa,
especialmente quando se referir a dados de natureza subjetiva,
expressando-se de maneira clara e exata.

3.2.4. Conclusão
Na conclusão do documento, o psicólogo vai expor o resultado e/ou
considerações a respeito de sua investigação a partir das referências que
subsidiaram o trabalho. As considerações geradas pelo processo de
avaliação psicológica devem transmitir ao solicitante a análise da
demanda em sua complexidade e do processo de avaliação psicológica
como um todo.
Vale ressaltar a importância de sugestões e projetos de trabalho
que contemplem a complexidade das variáveis envolvidas durante todo o
processo.

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Após a narração conclusiva, o documento é encerrado, com


indicação do local, data de emissão, assinatura do psicólogo e o seu
número de inscrição no CRP.

4 – PARECER
4.1. Conceito e finalidade do parecer
Parecer é um documento fundamentado e resumido sobre uma
questão focal do campo psicológico cujo resultado pode ser indicativo ou
conclusivo.
O parecer tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora,
no campo do conhecimento psicológico, através de uma avaliação
especializada, de uma “questão-problema”, visando a dirimir dúvidas que
estão interferindo na decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma
consulta, que exige de quem responde competência no assunto.

4.2. Estrutura
O psicólogo parecerista deve fazer a análise do problema
apresentado, destacando os aspectos relevantes e opinar a respeito,
considerando os quesitos apontados e com fundamento em referencial
teórico-científico.
Havendo quesitos, o psicólogo deve respondê-los de forma sintética
e convincente, não deixando nenhum quesito sem resposta. Quando não
houver dados para a resposta ou quando o psicólogo não puder ser
categórico, deve-se utilizar a expressão “sem elementos de convicção”.
Se o quesito estiver mal formulado, pode-se afirmar “prejudicado”, “sem
elementos” ou “aguarda evolução”.
O parecer é composto de 4 (quatro) itens:
1. Identificação
2. Exposição de motivos
3. Análise
4. Conclusão

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4.2.1. Identificação
Consiste em identificar o nome do parecerista e sua titulação, o
nome do autor da solicitação e sua titulação.

4.2.2. Exposição de Motivos


Destina-se à transcrição do objetivo da consulta e dos quesitos ou à
apresentação das dúvidas levantadas pelo solicitante. Deve-se apresentar
a questão em tese, não sendo necessária, portanto, a descrição detalhada
dos procedimentos, como os dados colhidos ou o nome dos envolvidos.

4.2.3. Análise
A discussão do PARECER PSICOLÓGICO se constitui na análise
minuciosa da questão explanada e argumentada com base nos
fundamentos necessários existentes, seja na ética, na técnica ou no corpo
conceitual da ciência psicológica. Nesta parte, deve respeitar as normas
de referências de trabalhos científicos para suas citações e informações.

4.2.4. Conclusão
Na parte final, o psicólogo apresentará seu posicionamento,
respondendo à questão levantada. Em seguida, informa o local e data em
que foi elaborado e assina o documento.

V – VALIDADE DOS CONTEÚDOS DOS DOCUMENTOS


O prazo de validade do conteúdo dos documentos escritos,
decorrentes das avaliações psicológicas, deverá considerar a legislação
vigente nos casos já definidos. Não havendo definição legal, o psicólogo,
onde for possível, indicará o prazo de validade do conteúdo emitido no
documento em função das características avaliadas, das informações
obtidas e dos objetivos da avaliação.
Ao definir o prazo, o psicólogo deve dispor dos fundamentos para a
indicação, devendo apresentá-los sempre que solicitado.

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VI - GUARDA DOS DOCUMENTOS E CONDIÇÕES DE GUARDA


Os documentos escritos decorrentes de avaliação psicológica, bem
como todo o material que os fundamentou, deverão ser guardados pelo
prazo mínimo de 5 anos, observando-se a responsabilidade por eles tanto
do psicólogo quanto da instituição em que ocorreu a avaliação psicológica.
Esse prazo poderá ser ampliado nos casos previstos em lei, por
determinação judicial, ou ainda em casos específicos em que seja
necessária a manutenção da guarda por maior tempo.
Em caso de extinção de serviço psicológico, o destino dos
documentos deverá seguir as orientações definidas no Código de Ética do
Psicólogo.

QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES

01. (FUNRIO - Analista/Psicologia do INSS) Cada uma das teorias da


personalidade propõe modelos explicativos e conceitos próprios,
construídos a partir da visão de mundo do autor, das bases filosóficas e
descobertas científicas que ele utilizou como referência para seus
experimentos, bem como dos resultados obtidos de seus estudos e
observações. Uma destas teorias diz que o modelo que afirma a
existência de um modelo conflitual de motivação, no qual o
comportamento é provocado por impulsos inconscientes que exigem
gratificação, é o(a)
a) Condicionamento Operante de B.F. Skinner
b) Personologia de Henry Murray

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c) Teoria Psicanalítica de Freud


d) Teoria Analítica de Carl Jung
e) Teoria Centrada na Pessoa de Carl Rogers

02. (CONSULPLAN - Analista Judiciário Psicologia/TSE) NÃO faz


parte dos traços observados nos Big Five a
a) abertura à experiência
b) extroversão
c) afabilidade
d) tolerância

03. (CESPE - Analista Psicologia/ TRE-ES) Com relação às teorias e


aos transtornos da personalidade, julgue o item subsecutivo.
De acordo com a teoria adleriana, o ser humano nasce fraco e inferior;
por isso, a força dinâmica subjacente ao seu comportamento é a luta pelo
sucesso ou pela superioridade.
( ) CERTO ( ) ERRADO

04. (CESPE - Analista Judiciário Psicologia/ TRE-BA) Acerca das


teorias e transtornos de personalidade, julgue o item.
A personalidade depressiva manifesta-se por pessimismo, seriedade
excessiva - sendo o sujeito incapaz de demostrar alegria ou relaxamento
-, passividade, indecisão e ceticismo. O sujeito é, normalmente, muito
crítico e queixoso, desinvestido dos laços sociais e apresenta estados
depressivos severos. O trabalho terapêutico, nesse caso, deve-se basear
nas crenças disfuncionais quando a autoestima parece ligada a uma
devoção excessiva que leva o sujeito a negligenciar o prazer.
( ) CERTO ( ) ERRADO

05. (CESPE - Analista Judiciário Psicologia/ TRE-BA) Acerca das


teorias e transtornos de personalidade, julgue o item.

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Com sujeitos que apresentam personalidade histriônica, que têm


tendência à dramatização, a intervenção do terapeuta deve ser no sentido
de cortar rapidamente as dramatizações. Além disso, é necessário evitar
as mudanças de assunto e retomar os objetivos definidos, estando atento
à sedução ou à hostilidade que lhe serão dirigidos.
( ) CERTO ( ) ERRADO

06. (VUNESP / UNIFESP – 2016) O laudo e o parecer são dois tipos de


informe psicológico. Os dois documentos podem ser diferenciados porque
o:
a) parecer, quase sempre, constitui o resultado de um processo
psicodiagnóstico com vários objetivos, já o laudo pressupõe um único
objetivo.
b) laudo se restringe à análise de problemas específicos, enquanto o
parecer responde a questões como “o quê”, “quanto”, “como”, “por quê”,
“para quê” e “quando”.
c) parecer sempre pressupõe a aplicação de instrumentos de medida, já o
laudo prescinde da utilização desse tipo de estratégia de investigação.
d) laudo costuma apresentar-se na forma de um texto mais extenso,
abrangente e minucioso, enquanto o parecer é mais focalizado, resumido
e curto.
e) parecer responde a questões formuladas por outros psicólogos, já o
laudo é um documento elaborado para atender às demandas de
profissionais de outras áreas.

07. Quanto ao Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos


pelo psicólogo, julgue o descrito a seguir:
O cuidado com a linguagem e a precisão no uso de termos e conceitos
psicológicos, são prescindíveis para uma comunicação clara, consistente e
concisa nos laudos psicológicos.
( ) CERTO ( ) ERRADO

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08. Segundo o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos


pelo psicólogo o laudo deve conter narrativa detalhada e didática, com
clareza, precisão e harmonia, tornando-se acessível e compreensível ao
destinatário.
( ) CERTO ( ) ERRADO

09. O relatório psicológico deve conter, no mínimo, 5 (cinco) itens. Qual


das alternativas abaixo relaciona precisamente os 5 descritos no Manual
de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo:
a) identificação, descrição da demanda, procedimento, análise e
conclusão.
b) identificação, objetivo, descrição da demanda, análise e conclusão.
c) identificação, descrição da demanda, procedimento, avaliação e
conclusão.
d) objetivo, identificação, procedimento, avaliação e conclusão.
e) identificação, descrição da demanda, procedimento, análise e processo
de avaliação.

10. Sobre os documentos e suas regras, descritas no Manual de


Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, julgue:
I. Os relatórios psicológicos são também peças de registro da história dos
sujeitos, que podem ter acesso aos documentos em diferentes momentos
de sua vida.
II. Parecer é um documento fundamentado e resumido sobre uma
questão focal do campo psicológico cujo resultado pode ser indicativo ou
conclusivo e tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora, no
campo do conhecimento psicológico.
III. A discussão do parecer psicológico não se constitui em uma análise
minuciosa da questão explanada e argumentada com base nos
fundamentos necessários existentes, portanto, não deve respeitar as
normas de referências de trabalhos científicos para suas citações e
informações.

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IV. A conclusão do parecer o psicólogo apresentará seu posicionamento,


respondendo à questão levantada, porém não é necessário informar o
local e data em que foi elaborado e assina o documento.
a) Somente a I está CORRETA.
b) II e III estão CORRETAS.
c) I e II estão CORRETAS.
d) II e IV estão CORRETAS.
e) I e III estão INCORRETAS.

01 C 02 D 03 CERTO 04 CERTO

05 CERTO 06 D 07 ERRADO 08 CERTO

09 A 10 C

COMENTÁRIOS

Questão 01. A Teoria de Freud afirma a existência de um modelo


conflitual de motivação, no qual o comportamento é provocado por
impulsos inconscientes que exigem gratificação. O comportamento é
provocado por impulsos inconscientes, com base biológica que exigem
gratificação. A medida em que crescemos e amadurecemos, ficamos mais
capazes de adiar a gratificação até o momento e lugar apropriado.

Questão 02. Big Five ou Modelo dos Cinco Grandes Fatores nasceu a
partir dos estudos sobre a Teoria dos Traços de Personalidade, sendo
elas:

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1) Neuroticismo: mede a instabilidade emocional. Pessoas com


pontuações altas nessa escala são ansiosas, inibidas, melancólicas e
dotadas de baixa autoestima. Já as que obtém baixa pontuação são de
fácil trato, otimistas e dotadas de boa estima consigo mesmas;
2) Extroversão: é a mais ampla das cinco dimensões. Mede a sensação
de bem-estar, o nível de energia e a habilidade nas relações
interpessoais. Pontuações elevadas significam afabilidade, sociabilidade e
capacidade de se impor. Baixas indicam introversão, reserva e
submissão;
3) Abertura à novas experiências: pessoas com pontuações elevadas
gostam de novidades e tendem a ser criativas. Na outra ponta da escala
estão os convencionais e ordeiros, os que gostam da rotina e têm senso
aguçado do certo e do errado;
4) Simpatia: refere-se ao modo como nos relacionamos com os outros.
Muitos pontos indicam uma pessoa compassiva, amistosa e calorosa. Na
outra extremidade estão os retraídos, críticos e egocêntricos;
5) Conscienciosidade: mede o grau de concentração. Aqueles com altas
pontuações apresentam grande motivação, são disciplinados,
comprometidos e confiáveis. Os que apresentam resultados baixos são
indisciplinados e se distraem facilmente.

Questão 03. Segundo Adler o ser humano nasce fraco e inferior e a força
dinâmica subjacente ao seu comportamento é a luta pelo sucesso ou pela
superioridade.

Questão 04. As características dessa personalidade são caracterizadas


por pessimismo, seriedade excessiva - sendo o sujeito incapaz de
demostrar alegria ou relaxamento -, passividade, indecisão e ceticismo. O
sujeito é, normalmente, muito crítico e queixoso, desinvestido dos laços
sociais e apresenta estados depressivos severos. O trabalho terapêutico,
nesse caso, deve-se basear nas crenças disfuncionais quando a

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autoestima parece ligada a uma devoção excessiva que leva o sujeito a


negligenciar o prazer.

Questão 05. Os sujeitos com personalidade histriônica têm uma


necessidade constante de atenção, demonstram comportamentos
excessivamente dramáticos e o seu início verifica-se no começo da idade
adulta. São aquelas pessoas que descreveríamos como muito emotivas,
muito enérgicas, manipuladoras, sedutoras, impulsivas, inconstantes e
exigentes. No começo do século XX este distúrbio era conhecido por
histeria e especialmente identificado entre a população feminina.
Indivíduos com este distúrbio são geralmente ingênuos, crédulos, têm um
baixo limiar de frustração e uma forte dependência emocional.

Questão 06. Segundo o Manual de Elaboração de Documentos Escritos


produzidos pelo psicólogo o laudo, sendo uma peça de natureza e valor
científicos, deve conter narrativa detalhada e didática, com clareza,
precisão e harmonia, tornando-se acessível e compreensível ao
destinatário. Já o Parecer é um documento fundamentado e resumido
sobre uma questão focal do campo psicológico cujo resultado pode ser
indicativo ou conclusivo.

Questão 07. A questão está ERRADA. Segundo o Manual de Elaboração


de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo o cuidado com a
linguagem e a precisão no uso de termos e conceitos psicológicos, são
imprescindíveis para uma comunicação clara, consistente e concisa nos
laudos psicológicos.
Vale salientar que muitas organizadoras alteram alguns prefixos ou
sufixos das palavras e isso altera totalmente o sentido da questão.

Questão 08. A questão está CERTA. Segundo o Manual o relatório ou


laudo psicológico são uma apresentação descritiva acerca de situações
e/ou condições psicológicas e suas determinações históricas, sociais,

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políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica e


sua estrutura deve narrativa detalhada e didática, com clareza, precisão e
harmonia, tornando-se acessível e compreensível ao destinatário.

Questão 09. O relatório psicológico deve conter, no mínimo, os seguintes


itens: identificação, descrição da demanda, procedimento, análise e
conclusão.

Questão 10. A discussão do parecer psicológico se constitui em uma


análise minuciosa da questão explanada e argumentada com base nos
fundamentos necessários existentes e deve respeitar as normas de
referências de trabalhos científicos para suas citações e informações. A
conclusão do parecer o psicólogo apresentará seu posicionamento,
respondendo à questão levantada e é necessário informar o local e data
em que foi elaborado e assina o documento.

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