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RESUMO
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Mestrando, Universidade Estadual de Maringá-UEM, Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil -
PCV, celsopissinatti@hotmail.com.
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
Neville (1997) afirma que um dos fatores mais importantes que atuam sobre a retração do
concreto é a umidade relativa do ar que o envolve, quanto menor a umidade relativa, maior a
retração.
Para Sakata e Ayano (2000), a influência do histórico de temperatura na deformação por
retração no concreto é maior do que a variação de umidade relativa.
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Quanto menor a espessura, maior a retração. Como a perda é controlada pela extensão do
caminho a ser percorrido pela água, à resistência ao transporte de água no interior do concreto para
a atmosfera é menor.
2.1.3 Vinculações
Diversos modelos foram propostos para a previsão do efeito da retração no concreto, os mais
estudados são: ACI209R (2008) - Eurocode 2 (2003) - EC2, Bažant e Baweja (2000) - B3, Gardner
e Lockman (2001) - GL e ABNT NBR 6118 (2014).
Segundo Bažant e Baweja (2000), a retração do concreto é de difícil previsão, por ser
resultado da interação de diversos mecanismos físicos, que são influenciados por diversos
parâmetros.
O quadro abaixo compara os modelos para avaliação da retração e seus respectivos
parâmetros de entrada.
Quadro 1 - Parâmetros de entrada dos modelos de retração
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2.2.1 ABNT NBR 6118:2014
Segundo a ABNT NBR 6118:2014, em casos onde não é necessária grande precisão, com o
concreto submetido a tensões menores que 0,5𝑓𝑐 , os valores finais da deformação específica de
retração 𝜀𝑐𝑠 (𝑡 , 𝑡0 ) podem ser obtidos por interpolação linear, a partir da tabela 8.2, da própria
ABNT NBR 6118:2014.
Esta tabela considera que o coeficiente de deformação específica de retração 𝜀𝑐𝑠 (𝑡 , 𝑡0 )
varia em função da umidade média ambiente e da espessura fictícia.
2𝐴𝑐 /𝑢 (1)
Onde:
Os valores dessa tabela são relativos a temperaturas do concreto entre 10°C e 20°C,
podendo-se, entretanto, admiti-los como válidos para temperaturas entre 0°C e 40°C.
Em seu item 11.3.3.1, a ABNT NBR 6118:2014 recomenda que, em função da restrição à
retração do concreto, imposta por vinculações e armaduras, o valor de 𝜀𝑐𝑠 (𝑡 , 𝑡0 ) pode ser adotado
como igual a −15 𝑥 10−5 , que representa a uma variação de temperatura de −15°. Esse valor é
válido para elementos estruturais de dimensões usuais, entre 10 cm e 100 cm, sujeitos a umidade
ambiente não inferior a 75 %.
Deformações específicas devidas à retração podem ser calculadas de maneira mais precisa
segundo indicação do Anexo A, da própria ABNT NBR 6118:2014.
petciviluem.com Avenida Colombo, 5790 (UEM)
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2.3 Controle de abertura de fissuras
A fissuração é muito comum nas estruturas de concreto armado devido à baixa resistência à
tração deste material, seu controle passa por limitar a abertura máxima de fissuras a valores que
dependem do tipo de estrutura e da classe de exposição.
Conforme a tabela 13.4 da ABNT NBR 6118:2014, a abertura máxima característica 𝑤𝑘 das
fissuras, desde que não exceda valores da ordem de 0,2 mm a 0,4 mm sob ação das combinações
frequentes, não tem importância significativa na corrosão das armaduras passivas.
A mesma tabela apresenta valores limites da abertura característica 𝑤𝑘 das fissuras, assim
como outras providências visando garantir proteção adequada das armaduras quanto à corrosão.
Para a ABNT NBR 6118:2014, o valor característico da abertura de fissuras, 𝑤𝑘 ,
determinado para cada parte da região de envolvimento, é o menor entre os obtidos pelas expressões
a seguir:
∅ ∗ 𝜎𝑠𝑖 ∗ 3𝜎𝑠𝑖
𝑤1 = (2)
12,51 𝐸𝑠𝑖 𝑓𝑐𝑡𝑚
∅ ∗ 𝜎𝑠𝑖 4
𝑤2 = ∗ ( + 45) (3)
12,51 𝐸𝑠𝑖 𝑟𝑖
∅, 𝜎𝑠𝑖 , 𝐸𝑠𝑖 , 𝑟𝑖 = são definidos para cada área de envolvimento em exame;
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𝜎𝑠𝑖 = é a tensão de tração no centro de gravidade da armadura considerada, calculada no estádio II;
A fissuração ocorre quando a máxima tensão de tração no concreto 𝑐𝑡,𝑚á𝑥 é igual a 𝑓𝑐𝑡𝑚 ,
esse esforço pode ser escrito como:
Onde:
Onde:
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𝑊0 = é o módulo de resistência da seção transversal bruta de concreto, relativo à fibra mais
tracionada;
𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑠𝑢𝑝 = é a resistência característica superior do concreto à tração.
Da mesma forma, a armadura mínima pode ser considerada atendida se forem respeitadas as
taxas mínimas de armadura da seguinte tabela:
3 METODOLOGIA
Considera-se que as lajes em estudo são maciças, com 7 metros de vão livre e espessura de
25 cm, que foi calculada para que a flecha não ultrapasse o valor limite igual a vão/250, respeitando
a ABNT NBR 6118:2014. A seção tem duas camadas de armadura e o cobrimento adotado é de 2,5
cm.
Fazem parte de um pavimento tipo destinado a um estacionamento e sujeitas aos seguintes
carregamentos:
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podendo dar indicações aproximadas sobre o desempenho de uma laje real.
3.2 Materiais
Considera-se um concreto com as seguintes propriedades: fck = 20 MPa; fctm = 2,2 MPa e E
= 25 GPa.
O aço tem resistência igual a 500 MPa, com valores iguais na tração e na compressão, o
módulo de elasticidade é igual a 210 GPa.
A primeira análise considerou um esforço axial de tração igual à zero, permitindo assim
estimar um limite inferior de armadura necessária para o estado limite último.
Como o esforço axial será superior a zero, a segunda análise considerou um esforço axial de
tração igual ao esforço de fissuração 𝑁𝑐𝑟 = 𝐴𝑐 𝑓𝑐𝑡𝑚 , obtendo-se um limite superior de armadura.
A dificuldade desta análise consiste na determinação do valor do esforço axial instalado na
laje. Com o software DIANA, através de análises não lineares, com variação da taxa de armadura
aplicada na laje, Carvalho (2013) constatou que o valor do esforço axial atuante é pouco
influenciado pela quantidade de armadura considerada na análise.
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esforço de fissuração 𝑁𝑐𝑟 = 𝐴𝑐 𝑓𝑐𝑡𝑚 .
A terceira análise segue a recomendação da norma ABNT NBR 6118:2014, combinando o
carregamento da sobrecarga com uma variação de temperatura igual a −15°.
A quarta análise segue a recomendação de Carvalho (2013), combinando o carregamento da
sobrecarga com um esforço axial de tração igual a 45% do esforço de fissuração 𝑁𝑐𝑟 .
4 ANÁLISE
4.1 Caso 1
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
A análise foi feita para estimar um limite inferior de armadura que garanta o estado limite
último de resistência.
Fonte: Autor.
Vale ressaltar que a armadura mínima para este caso é igual a 3,75 cm²/m.
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4.2 Caso 2
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𝑁𝑐𝑟 = (100𝑥25) (0,3𝑥203 ) = 55,3 𝑡𝑓
Fonte: Autor.
Neste e nos casos subsequentes, devido à restrição, surgem efeitos de tração na laje, que está
submetida à flexo-tração composta, caso que é equilibrado com o uso de armaduras assimétricas.
4.3 Caso 3
Fonte: Autor.
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Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
4.4 Caso 4
O caso 4 leva em consideração os estudos de Carvalho (2013), que constatou que em lajes
com comportamento unidirecional, quando sujeitas a cargas verticais e a deformações impostas
devido à retração do concreto, o esforço axial instalado, em longo prazo, varia entre 40% e 45% do
esforço 𝑁𝑐𝑟.
Combinando o momento fletor do caso 1 com 45% da carga de fissuração, tem-se a seguinte
distribuição de armadura:
𝑁𝑐𝑟 = 0,45 ∗ 55,3 𝑡𝑓 = 24,9 𝑡𝑓
Fonte: Autor.
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5 CONCLUSÕES
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Atraves do estudo dos dois primeiros casos, foi possível obter limites mínimos e máximos
de armaduras para as lajes submetidas a esforços de tração.
Com a recomendação da norma NBR 6118:2014 e com os estudos de Carvalho (2013),
pode-se reduzir a armadura estimada de acordo com o esforço 𝑁𝑐𝑟, promovendo uma economia a
nível estrutural.
Os valores foram obtidos considerando uma quantidade de armadura que varia entre 30% e
40% da que seria necessária se o esforço axial instalado na laje fosse igual a 𝑁𝑐𝑟.
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REFERÊNCIAS
______. ABNT NBR 6118: Projeto de estruturas de Concreto. Rio de Janeiro, 2014.
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http://jsj.pt/main/wp-content/uploads/2015/02/JCamara-Structural-Response-and-Design-Criteria-
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Acesso em: 19 ago. 2017.
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