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Belo Horizonte
2017
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Belo Horizonte
2017
Isabela Fernandes de Carvalho Rios
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Prof. Francisco Rabelo Dourado de Andrade
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RESUMO
O presente trabalho fará uma analise crítica da figura do amicus curiae, instituto que
está presente no Novo Código de Processo Civil. Primeiramente se fará uma breve
análise sobre o tema de um modo geral, sua origem e sua história. Após, o trabalho
analisaráos artigos do NCPC, as formas como o amicus curiae poderá ser utilizado,
tendo em vista que este já existia em leis esparsas. O artigo fará, ainda, um estudo
desse instituto, tendo como objetivo analisar seus principais pontos e características.
O objeto principal de análise serão as características do amicus curiae no processo
civil, levando em considerações os princípios processuais constitucionais. Para atin-
gir tal questão, se fará uma análise doutrinária e jurisprudencial desse instituto para
se chegar à conclusão de que se faz necessária a observância do amicus curiae na
prática jurídica e como ele será usado, esperando, portanto, que novas jurisprudên-
cias dos tribunais superiores sejam publicadas, tendo em vista que ainda não há o
bastante para se ter o condão de indicar o futuro desse instituto e se ele realmente
fere os princípios constitucionais.
Palavras-chave: Processo civil. Novo código de processo civil. Amicus curiae. Prin-
cípio da Isonomia.
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ABSTRACT
The present work will make a critical analysis of the figure of the amicus curiae, an
institute that is present in the New Code of Civil Procedure. First, a brief analysis of
the theme in general, its origin and its history will be made. After, the work will ana-
lyze the article itself, the ways the amicus curiae can be used since it already existed
in sparse laws. The article will make an analysis of this institute, aiming to analyze its
main points and characteristics. The main object of analysis will be the characteristics
of the amicus curiae in the civil process, taking into consideration the constitutional
procedural principles. In order to arrive at such an issue, a doctrinal and jurispruden-
tial analysis of this institute will be carried out in order to reach the conclusion that it
is necessary to observe the amicus curiae in legal practice and how it will be used,
thus expecting that new jurisprudence of the higher courts will be published, I try in
view that there is still not enough to be able to indicate the future of this institute and
whether it really hurts the principle of isonomy or not.
Keyword: Civil proceedings. New civil process code. Amicus curiae. Principle of
Isonomy.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 09
4. ASPECTOS CRÍTICOS......................................................................................... 17
4.1 Ausência de procedimentalização e controle da lei ..................................... 17
4.2 A (im)possibilidade de "decisão irrecorrível”................................................. 19
4.3 A possível quebra do princípio da isonomia em favor de uma das partes.. 20
6 CONCLUSÃO....................................................................................................... 29
REFERÊNCIAS................................................................................................... 31
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1 INTRODUÇÃO
Muito se tem debatido quanto ao Novo Código do Processo Civil e seus novos
conceitos. O objeto de analise aqui será o amicus curiae. Tal figura já existia em ou-
tras legislações e com o NCPC este veio a adentrar no processo civil de maneira ge-
ral.
Instituto já usado em diversos países, no Brasil o amicus curiae vem levan-
tando vários debates pois existem doutrinadores que afirmam que esta figura vai
contra os princípios constitucionais. Já há outra parte que defende tal instituto consi-
derando com um meio de obter decisões mais justas nos tribunais.
O objetivo aqui será trabalhar com pesquisas e artigos de doutrinadores, e
trabalhos de alunos que analisaram o instituto e fazer uma analise das possíveis
contradições e posições em relação ao tema debatido.
Varias são as questões levantadas e nesse trabalho será levantada algumas
deles, principalmente no que toca os princípios constitucionais.
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A segunda teoria aponta outra origem da figura do amicus curiae, qual seja,
no direito romano, mais precisamente na figura do consilliarus, membro téc-
nico do consillium, órgão responsável por funções consultivas em geral: po-
lítica, financeira, religiosa, administrativa, militar, legislativa e judiciária, sen-
do que esta última tinha o condão de proporcionar o equilíbrio e ponderação
necessária ao julgador para uma decisão acertada. A atuação do consillium
foi bastante comum durante o período romano, da era arcaica à republicana
e ao longo de todo império. Sua semelhança com o amicus curiae é justifi-
cada pela natureza de sua intervenção, a qual dependia de convocação do
magistrado e seu auxílio era prestado de acordo com o seu próprio e livre
convencimento, observando os princípios do direito. (MENEZES, 2015,
p.67-68)
Por outro lado, há outros que concordam com a ideia de que o instituto do a-
micus curiae tem origem anglo-saxônica, surgindo na Inglaterra. Este veio com a
proposta de tirar a carga que se dava somente na produção de provas entre as par-
tes, e foi seguindo este sentido que a figura do Amicus curiae se expandiu.
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Seguindo esta mesma lógica, foi nos Estados Unidos que veio a primeira no-
tícia da utilização, por uma Corte, do Amicus curiae. Bueno explica o caso, mostran-
do claramente que havia no juiz um poder discricionário, podendo negar ou não a
participação do “amigo da corte”:
[...] em 1686, Sir George Treby atuou, devidamente autorizado pela corte,
como amicus, dando detalhes das alterações de uma específica lei, consi-
derando que era membro do parlamento e, consequentemente, tinha co-
nhecimento pessoal de toda a evolução dos trabalhos legislativos. Também
que, em 1736, admitiu-se, no caso “Coxe vs. Phillips”, a presença de um
amicus que advertiu a corte de que a demanda era fraudulenta. Narrase, a
respeito desse caso, que o casamento de Mrs. Phillips e Mr. Muilman foi
declarado nulo ao se descobrir que ela já era casada. Mesmo depois de Mr.
Muilman já ter se casado novamente, Mrs. Phillips invocou seu casamento
com ele para alegar a incapacidade de se obrigar quando cobrada pelo não
pagamento de uma nota promissória. Como as razões de defesa invocadas
por ela podiam comprometer o então atual casamento de Mr. Muilman, a
corte permitiu, mesmo que ele não fosse parte ou interessado no processo,
que um amicus curiae representasse seus interesses naquela ação. A tese
do amicus foi acolhida, a ação de cobrança foi extinta e as partes, Mr. Coxe
e Mrs. Phillips, condenadas como litigantes de má fé [...]. (BUENO, 2012, p.
114-115).
No Brasil, sua primeira utilização se deu por certas entidades que tinham co-
mo função fiscalizar e regular, e deveriam ser intimadas para se manifestarem sobre
os processos judiciais com matérias relativos à sua competência.
Leis foram surgindo e aprimorando o instituto fazendo com que o amicus curi-
ae fosse sendo mais utilizado. A Lei 6.616/78 implantou o artigo 31 na lei 6.385/76,
que consagrou o CVM, Comissão de Valores Mobiliários, onde esses poderiam ser
intimados para prestarem pareceres e esclarecimentos.
Adiante, com a lei 8.884/94, em seu artigo 89, disciplina a intimação do CA-
DE, nos processos judiciais onde a discussão seria do seu interesse, podendo inter-
vir quando necessário.
Ademais, veio a lei 9.868/99 que disciplinava a legalização da intervenção do
amicus curiea aos processos de controle abstrato de constitucionalidade, com base
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na matéria a ser tratada e sua relevância. Assim ficou autorizado que o relator pode-
ria admitir outros órgão ou entidades, na qualidade de amicus curiae.
Com o passar do tempo o amicus curiae começou a ser autorizado até mes-
mo em casos dos Juizados Especiais Federais.
O instituto vinha com a função de esclarecer questões que fossem relevantes
no processo, podendo ser pessoa física ou jurídica, devendo ser estranha a causa,
mas não necessariamente neutra. Tem-se, portanto, que sua função era de auxílio à
corte quando da sua decisão. Seu objetivo seria enriquecer o debate jurídico medi-
ante a oportunidade de novos argumentos.
Com o advento da Lei 13.105/2015, o novo código de processo civil trouxe
consigo a figura do amicus curiae em seu artigo 138 e seus parágrafos. Segue o que
diz o artigo:
Sobre o artigo 138 do NCPC, este descreve que poderá o amicus curiae ser
pessoa física ou jurídica, a depender de uma cognição do julgador, podendo o caso
está sendo debatido na primeira ou segunda instância.
Segundo o mesmo artigo, poderá o amicus curiae intervir no processo quando
houver algum assunto a ser tratado na qual terá interesse, não sendo necessária a
demonstração de interdependência na causa, aspecto aqui que o difere da interven-
ção de terceiro, além de outros aspectos descritos no artigo 138 do NCPC.
Tal instituto tem semelhanças com a figura do assistente, mas a diferença es-
tá no detalhe de que este vem com a intenção de ajudar uma das partes a conseguir
que sua pretensão seja aceita. Já a figura do amicus curiae vem com a intenção de
sustentar uma tese jurídica, podendo ser que no futuro tal situação possa ser para
si, ou para uma entidade, favorável.
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Fica claro que a figura do amicus curiae não se resume a um simples auxiliar
da justiça, mas sim um terceiro com algum poder de intervir no processo e até mes-
mo de mudar o caminhar da decisão do juízo. Mas há de se esclarecer que é tam-
bém sua intenção suplementar, aumentando o âmbito de conhecimento dos julgado-
res.
Tal instituto veio para o sistema atual com uma grande carga de responsabili-
dade, tornando-se de grade relevância, tendo em vista que com o advento do novo
CPC, veio tamb m a imagem das “demandas repetitivas”, tornando as decisões nos
tribunais superiores com maior força, fazendo com que futuros processos possam
ser atingidos por tais decisões. Nota-se, portanto, que é de grande relevância a figu-
ra do amicus curiae, pois este irá engrandecer as decisões que poderão se tornara
base de outras decisões futuras.
Todos sabem que a elaboração do Código de Processo Civil atual foi fruto de
grandes debates, tendo como exemplo os fóruns de processualistas, que tiveram
como resultado um dispositivo congruente em toda sua forma, tendo em vista que
cada parte do código tende a se completar. Nesse raciocínio, fica claro a ideia do le-
gislador ao introduzir o amicus curiae em razão dos incidentes de demandas repeti-
tivas.
Grosso modo, tal instituto terá cabimento nos casos onde seja observado o
risco de controvérsias no julgamento de demandas que versem sobre as mesmas
questões de direito. Não se deve adentrar nesse tema, mas aqui fica clara sua im-
portância, tendo em vista ue a “decisão-padrão” deve ser boa de tal modo ue pos-
sa ser “ usta” nos outros processos ue será tida como base. Conse uentemente,
fica esclarecido que as decisões que tiverem maior abordagem temática terão tam-
bém uma decisão que seja mais apropriada para os casos concretos em questão.
Devido a tal abrangência, não se sabe ao certo qual seria a natureza jurídica
do amicus curiae. Alguns, o julgam como um terceiro interessado especial ou excep-
cional (CAMBI, 2011, p.22); outros, o defendem como um instituto constitucional de
garantia, baseado em Carl Marx (GONTIJO, 2008, p.69-70).
Fica evidente que o amicus curiae tem força dentro de um processo não po-
dendo ser comparado com um simples auxiliar, mas sim um terceiro com um objetivo
determinado dentro de uma ação. No processo a figura do amicus curiae se torna,
na verdade, um instrumento de garantias para toda a coletividade.
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4 ASPECTOS CRÍTICOS
Como já foi tratado, o amicus curiae não é uma grande novidade no sistema
jurídico brasileiro, tendo em vista que antes do NCPC já havia outros dispositivos
que tratavam sobre o assunto.
Podemos usar como exemplo as leis 9.868 e 9.882, todas publicadas no ano
de 1999, e que tratam sobre as ações de inconstitucionalidade, as ADI, ADCT e as
ADPF. Conforme a lei 9.868:
Mas, há de se notar que tanto nesses dispositivos legais como no próprio Có-
digo Processual Civil, não houve por parte do legislador as considerações processu-
ais específicas, deixando nas mãos dos magistrados tal objeto.
É um instrumento de suma importância e seu alcance abrange tanto a primei-
ra inst ncia como as seguintes, uma ve ue o c digo utili a os termos “ ui ou rela-
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tor”. Portanto, permanece a suspeita de ue tal instituto possa não estar tão bem de-
limitado.
Alguns questionamentos se fazem presentes, quais sejam: será o caso de as-
sistência ou amicus curiae? O que seria essa grande relevância temática? Qual será
o procedimento a ser adotado?
Em relação à assistência, segundo o artigo 119 e 121 do NCPC, poderá o in-
teressado intervir no processo sendo um auxiliar da parte, recebendo todos os pode-
res e ônus referentes à parte principal.
Já no caso do amicus curiae, este tem interesse no assunto a ser debatido,
tendo como principal objetivo, pluralizar o debate e não a pluralidade de agentes.
Já os seus requisitos, elencados no artigo 138, podem ser divididos em obje-
tivos e subjetivos. Segundo determina enunciado 395 do FPPC1, são os subjetivos, a
representatividade adequada e a respeitabilidade e autoridade do terceiro.
ais re uisitos se prestarão como um “ iltro”, tendo em vista ue o ui anali-
sará se o terceiro tem o entendimento necessário e o conhecimento técnico sobre o
assunto para que possa participar efetivamente da causa. O segundo requisito sub-
jetivo, por sua vez, requer que o agente tenha autoridade reconhecida na matéria
que irá ser tratada.
Já os requisitos objetivos são a relevância da matéria, a repercussão social
da controvérsia e a especificidade do tema objeto da demanda.
Entende-se que a relevância da matéria e a repercussão social da controvér-
sia estão interligadas, já que uma poderá ser a consequência da outra (MOUZALAS;
TERCEIRO NETO; MADRUGA, 2016). A relevância da matéria se refere ao aspecto
qualitativo, enquanto a repercussão social é ligada à noção quantitativa. Logo, o de-
bate deve abranger temas complexos e conseguir ter efeitos amplos que interferirão
na sociedade, direta ou indiretamente.
Por fim, o terceiro requisito objetivo traz consigo a necessidade do caso em
questão ser de alto grau de complexidade, o que faz com que o amigo da corte seja
altamente especializado no assunto.
Por conseguinte, ao analisar o próprio artigo, fica claro que este ainda precisa
de uma regulamentação adequada. Basta fazer uma analise dos requisitos já elen-
cados nesse trabalho.
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E.395: “ Os requisitos objetivos exigidos para a intervenção do amicus curiae são alternativos”
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Segundo o artigo 138 do novo CPC e seus parágrafos, fica aberta outra dis-
cussão: a recorribilidade.
Descreve tal dispositivo que depois de cumpridos os requisitos do artigo em
questão, caberá ao juiz admitir ou não a figura do amicus curiae. Desse pronuncia-
mento que admite ou não, não caberá recurso, salvo exceção dos parágrafos do
próprio artigo. Assim, conclui-se que não cabe recurso contra decisão que admita ou
não a utilização desse instituto, tornando-o irrecorrível.
Segundo o livro “Processo Civil: volume único”, este descreve ainda ue:
do. Desse modo, enfrentarão os juristas decisões em que terão de se contentar com
uma única decisão que não admita recurso.
Sobre os recursos cabíveis, pode-se perceber que caberão algumas interpo-
sições sobre a decisão do julgador, mas nota-se também que são bem específicas,
não podendo, portanto, a parte interpor recurso caso seu pedido de amicus curiae
seja negado. Consequentemente, poderão as partes preferirem o instituto da assis-
tência e não o amigo da corte, pois este poderá interpor recurso caso seja negado,
já o outro não.
Ainda no mesmo artigo, temos os parágrafos que abrem exceção à regra es-
tabelecida no caput e dispõem que haverá a possibilidade do amicus curiae interpor
embargos de declaração. Com esses incisos, pode-se estabelecer que há uma regra
que não cabe oposição, deixando assim um princípio básico do processo civil, o con-
traditório, sem amparo.
Nesse contexto, o autor que melhor explicou a situação do artigo 138 do Novo
CPC, divergindo dos demais, foi o professor Elípio Donizetti, em seu livro:
Ora, tal premissa, todavia, nada tem de moderna, sendo tributária do pen-
samento de Aristóteles, em sua obra Ética a Nicômaco. No pensamento do
filosofo grego, primeiro poderíamos falar que uma igualdade aritmética é es-
tabelecer uma estrita relação entre a retribuição e a causa; ou, dito de outra
forma, nessa perspectiva cada indivíduo tem exatamente a mesma impor-
tância e consideração, pressupondo equivalência na importância de cada
um. Já a igualdade geométrica implica uma proporcionalidade definida a
partir da comunidade política; desse modo, o critério de merecimento é vari-
ável conforme o papel e a importância social do sujeito para a comunidade
grega. (FERNANDES, 2017, p.461-462)
Sendo assim, segundo o autor e seus relatos baseados na filosofia grega, tais
premissas de nada são atuais e, na verdade, são mais do que antiquadas. Com a
modernidade, os pensamentos mudaram e a isonomia, considerada apenas no âm-
bito formal, começou a ser entendida também no âmbito material.
Outro aspectoem que o principio da isonomia foi analisado considera tal prin-
cipio em duas premissas: a igualdade na lei e a igualdade perante a lei. Em um jul-
gado, o ministro Celso de Melo conceitua que:
o a
AI n 360.461 AgR. Rel. Min. Celso de Mello. Julg. Em 06.12.2005. 2 turma,
DJ 28.03.2008.(...) o principio da isonomia – cuja observância vincula todas
as manifestações do Poder Público – deve ser considerado, em sua precí-
pua função de obstar discriminações e de extinguir privilégios, sob duplo
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Novos conceitos foram dados a este princípio, como ensina Fredie Didier Jr,
em seu livro “Curso de Direito Processual Civil”. pro essor cita em sua obra ue
todos os participantes de um processo devem ser tratados igualmente, usando o
termo “paridade de armas”:
Seguindo tais pensamentos, devemos concluir que nos dias atuais já não se
acha um significado único quando se fala de igualdade. O professor Alexandre Gus-
tavo Bahia em uma dissertação sobre o tema escreve que:
Nossa tese é de que o direito de igualdade, há muito, não pode ser mais
compreendido apenas como direito à isonomia de tratamento (seja perante
o Estado, seja entre os indivíduos/empresas em seu trato privado), nem a-
penas como igualdade “material” como oposição à di erença (o ue chama-
remos de equidade), mas que vai significar, por vezes, o reconhecimento da
diversidade como elemento essencial à uele direito” (B HI , 2014, p.75)
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6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
DIDIER JUNIOR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Volume 1. 14.. ed. São
Paulo: Editora JusPodivm, 2012.
DONIZETTI, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 19. ed. São Pau-
lo: Editora Atlas, 2016.
FARIA, Bruna Paula. O Amicus Curiae no Novo Código de Processo Civil: uma
análise segundo o processo constitucional. 2015. 34 fl. Monografia - Programa
de Graduação em Direito, Faculdade de Pará de Minas, Pará de Minas, 2015.
GONTIJO, Andre Pires. SILVA, Christiane Oliveira Peter da. O papel do Amicus Cu-
riae no processo constitucional. Revista de Direito Constitucional e Internacional.
São Paulo. jul-set/2008. Ano 16, n. 64, p. 69-70.
LEAL, Rosemiro Pereira. Teoria Geral do Processo. 5. ed. São Paulo: Thomson-
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