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Instituição: UNINORTE

Curso: Engenharia Civil


Disciplina: Teoria das Estruturas
Turma: CV_06S1
Professor: Lourival Paula de Góes, MSc.
Assunto: Nota de Aula 7 – Processo de Cross

1 - Introdução
O Processo de Cross, ou Método da Distribuição de Momentos é um
método relativamente simples para o cálculo de momentos fletores em vigas
contínuas, pórticos planos, grelhas e até em pórticos espaciais. Este processo
é baseado no Método dos Deslocamentos e só se aplica para estruturas sem
deslocabilidades externas (do tipo translação), isto é, ele só se aplica a
estruturas com barras inextensíveis e que só tenham deslocabilidades do tipo
rotação.
Apesar desta limitação, o método criado por Hardy Cross na década de
1930 ainda é utilizado hoje para o cálculo de estruturas. O trabalho de Cross
teve um impacto inicial muito grande, pois possibilitou a solução manual de
estruturas hiperestáticas em um momento em que estruturas de concreto
armado estavam se tornando muito comuns.
O concreto armado propicia a criação de pórticos com ligações
contínuas, com alto grau de hiperestaticidade. A aplicação prática do Processo
de Cross diminuiu bastante, pois atualmente se faz uso de programas de
computador para a análise de estruturas, que geralmente utilizam o Método
dos Deslocamentos (embora alguns programas utilizem o Processo de Cross
como procedimento de análise de vigas contínuas).
Apesar do uso do Método da Distribuição de Momentos ter caído nas
últimas décadas, a sua apresentação tem um objetivo acadêmico, pois ele tem
um apelo intuitivo muito forte e, por isso, serve para uma melhor compreensão
do comportamento à flexão de estruturas reticuladas.
Para efeito didático é recomendável que se faça inicialmente uma
interpretação física do Processo de Cross,

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1.1. Interpretação física do Método da Distribuição de Momentos
Pela Figura 1.1, o Método da Distribuição de Momentos pode ser
entendido com a aplicação física de sucessivos travamentos e liberações de
rotações nodais de uma viga contínua com três vãos. Inicialmente a viga tem
todas as suas rotações nodais travadas (Figura 1.1-a). Em seguida se aplica
uma carga concentrada na posição média do vão central (Figura 1.1-b). Como
todos os nós têm as suas rotações artificialmente fixadas, o efeito inicial da
carga só é sentido no vão central. Isto é, os dois vãos extremos não sofrem
nenhuma deformação, portanto não apresentam momentos fletores. Nesta
situação existe um desequilíbrio de momentos fletores nos dois nós
intermediários (este desequilíbrio está sendo artificialmente equilibrado por
momentos externos aplicados pelas travas que fixam as rotações).
Se a rotação do segundo nó da esquerda para a direita for liberada, o nó
gira, até atingir uma situação de equilíbrio (Figura 1.1-c). Nesta situação os
momentos fletores nas seções adjacentes desse nó têm que estar em
equilíbrio, pois a trava liberada não pode introduzir nenhum momento externo.
O primeiro e o segundo vãos da viga se deformam em conseqüência da
liberação da rotação, acarretando em uma modificação na distribuição de
momentos fletores nos vãos. Enquanto isso o terceiro vão permanece
indeformado e sem momentos fletores.
No passo seguinte do processo, o segundo nó é travado novamente e o
terceiro nó tem sua rotação liberada (Figura 1.1-d). O resultado é uma
modificação da configuração deformada apenas nos dois vãos adjacentes ao
nó liberado (o primeiro vão permanece com a deformação do passo anterior) e
uma nova distribuição de momentos fletores nos vãos afetados.
A repetição desse processo de sucessivos passos de travamento de um
nó e liberação de um outro nó vai acarretar em uma acomodação da viga em
uma situação em que não é mais necessário travar as rotações nodais pois o
equilíbrio de momentos fletores nos nós é atingido. Esta situação final é
mostrada na Figura 1.1-e.

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Figura 1.1 – Experimento físico para interpretação física do Processo de Cross

Podemos destacar alguns aspectos importantes desse experimento:


 Em cada passo do processo iterativo, apenas um nó tem a rotação
liberada, sendo que todos os outros nós têm as rotações fixadas.
 Quando um nó é equilibrado através da liberação de sua rotação, as
barras adjacentes ao nó se deformam, ocorrendo uma redistribuição de
momentos fletores nessas barras e afetando o equilíbrio dos nós
adjacentes.

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 Após cada passo a rotação do nó liberado é fixada com o valor
acumulado dos incrementos de rotação de todos os passos anteriores.
 O equilíbrio de um nó que tem a sua rotação travada só é atingido
artificialmente através da aplicação de um momento externo pela trava.
 Quando os momentos fletores nas seções adjacentes a um nó estão em
equilíbrio, não é necessário travar o nó. Neste caso, a trava liberada não
exerce nenhum momento externo no nó.
Com base nesse experimento, pode-se adiantar dois pontos chaves do
Processo de Cross. O primeiro é a distribuição de momentos fletores nas
barras adjacentes de um nó que tem a sua rotação liberada. O outro ponto
chave é o próprio processo iterativo e incremental de determinação das
rotações nodais.
1.2. Distribuição de momentos fletores em um nó
Considere o quadro da Figura 1.2 que tem barras inextensíveis, todas
com igual valor para o parâmetro de rigidez à flexão EI. O pórtico tem um nó
central com a rotação livre e um momento externo ME aplicado. Todos os
outros nós têm suas rotações fixas (engastes). Apenas uma das barras tem
uma articulação na extremidade oposta ao nó central.
Para se analisar a distribuição do momento ME por momentos fletores
nas barras da estrutura da Figura 1.2, o Método dos Deslocamentos vai ser
empregado. Como as barras são inextensíveis, a estrutura só tem uma
deslocabilidade, que é a rotação do nó central. O Sistema Hipergeométrico
(SH) e os casos básicos da solução pelo método estão mostrados na Figura
1.3.

Figura 1.2 – Aplicação de um momento externo em um nó com rotação liberada.

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Figura 1.3 – Casos básicos da solução pelo Método dos Deslocamentos da estrutura
da Figura 1.2. .

Na solução mostrada na Figura 1.3, é utilizada a seguinte notação:


Ki →coeficiente de rigidez à rotação da barra i.
Os valores para rigidez à rotação de barras com EI constante foram
obtidos de tabelas mostradas em sala de aula
Ki = 4EI li → barra sem articulação, isto é, engastada em cada extremidade;
Ki = 3EI li → barra com articulação na extremidade oposta à extremidade que
sofre o giro, isto é, engastada e apoiada.
A equação de equilíbrio resultante da solução pelo Método dos
Deslocamentos para esta estrutura é:
β10 + K11D1 = 0,
Onde os valores do termo de carga β10 e coeficiente de rigidez global K11 estão
indicados na Figura 1.3.
A solução dessa equação resulta no valor da deslocabilidade rotação D1:

A determinação dos esforços finais segue os mesmos procedimentos


vistos no Método dos Deslocamentos.
Quanto ao processo de Cross é importante entender os parâmetros e os
procedimentos a serem seguidos.
Definição de coeficientes é de fundamental importância na aplicação do
processo. Segue algumas definições.

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βi coeficiente de distribuição de momento da barra i.
O coeficiente de distribuição de momento de uma barra com relação a um nó é
a razão entre o coeficiente de rigidez à rotação da barra e o somatório dos
coeficientes de rigidez à rotação de todas as barras que convergem no nó:

O somatório de todos os coeficientes de distribuição de momento de


todas as barras adjacentes a um nó, com respeito a este nó, é unitário:

Figura 1.4 – Momentos fletores finais nas extremidades das barras da estrutura da
Figura1. 2.
Observa-se também pela Figura 1.4 que a distribuição do momento
externo aplicado no nó acarreta em momentos fletores nas outras
extremidades das barras.
O valor do momento fletor na outra extremidade é igual à metade do
valor na extremidade adjacente ao nó equilibrado, para o caso de barra sem
articulação, ou igual a zero, para o caso de barra articulada.
Define-se, então, o coeficiente de transmissão de momento da barra i:
ti = ½ → coeficiente de transmissão de momento para barra com EI constante
e sem articulação.
ti = 0→ coeficiente de transmissão de momento para barra com extremidade
oposta articulada.

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Para o caso da barra sem articulação, o valor 1/2 corresponde à relação
entre os coeficientes de rigidez 2E/l e 4EI/l devidos a uma rotação imposta.
Conclui-se que o momento externo ME aplicado no nó é distribuído
nas barras por momentos fletores nas seções adjacentes ao nó,
chamados de parcelas equilibrantes, que são proporcionais aos
coeficientes de distribuição de momento no nó:

Nas seções das barras opostas ao nó aparecem momentos fletores,


chamados de parcelas transmitidas, que são iguais ao produto das
parcelas equilibrantes pelo coeficiente de transmissão de momento de
cada barra.
É importante salientar que no caso de barras que não têm seção
transversal constante, os coeficientes de rigidez à rotação não correspondem
aos valores 4EI/l ou 3EI/l, assim como o coeficiente de transmissão de
momento da barra sem articulação não é igual a 1/2.

Referencia.
MARTA, Luiz Fernando. Análise de Estruturas – Conceitos e Métodos
Básicos.
SORIANO, Humberto Lima, LIMA, Sílvio de Souza. Análise de Estruturas.
Método das forças e Método dos Deslocamentos

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