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EXERCÍCIO 1
§3º Isto porque em toda a nação que, como o Brasil, resulta do encontro, dos conflitos e das alianças
entre grupos nacionais e étnicos, sempre a principal lição que se pode tirar é o aprendizado da
convivência cotidiana com a diferença, com o direito "do
outro" e com o fraterno respeito pelas minorias quaisquer que sejam. Não é possível esquecermos que
negros e indígenas participaram sempre da vida brasileira com servos e escravos, como sujeitos e povos
espoliados e que, apesar de tudo souberam
lutar e resistir. Sepé Tiaraju, um líder guerreiro indígena, e Zumbi, um guerreiro tornado escravo e que
preferiu morrer guerreiro no seu Quilombo dos Palmares a voltar a ser um escravo, talvez sejam os
melhores exemplos de contribuição dos povos
minoritários à cultura brasileira, do que todos os pequenos produtos que negros e índios acrescentaram a
uma cultura nacional.
(Carlos Rodrigues Brandão. Índios, negros e brancos: a construção do Brasil. In: Correio, Rio de janeiro, Fundação Getúlio
Vargas, ano 15, fevereiro de 1987).
01. A opção que está de acordo com as idéias expressa pelo texto é
(A) a construção da história e da cultura do Brasil resulta do trabalho de índios, pretos e
brancos.
(B) a influência de índios e negros deu-se especialmente na culinária e no artesanato.
(C) é possível detectar, com relativa facilidade, a participação do indígena ou do negro na
cultura branca de origem européia.
(D) Os conflitos entre os três grupos étnicos nacionais geram uma necessidade de convivência
fraterna entre os indivíduos.
EXERCÍCIO 2
Leia o texto a seguir e responda as questões de 1 a 3.
TEXTO I
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria
em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar
pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que
eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi
outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que
também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este
livro e o Pentateuco. (Machado de Assis, in Memórias Póstumas de Brás Cubas).
EXERCÍCIO 3
EXERCÍCIO 4
Leia o texto a seguir, depois responda as questões de 1 a 10.
Casa mal assombrada
Eram duas e meia da manhã quando Levi, Antônio e Arnaldo andavam pelas
calçadas sujas de sua cidade. Estavam vagando a mais três horas sem nada pra fazer,
Levi odiava fazer isso, preferia estar em casa assistindo TV e comendo, mas sempre
acompanhava os amigos porque não gostava de ficar sozinho. Chegaram à antiga
estação de trem da cidade que já desativada havia muitos anos.
“Vamos embora daqui, eu odeio esse lugar” – pediu Levi tentando não parecer
aterrorizado.
“Deixe de ser medroso” – respondeu Arnaldo. “Vamos até a casa abandona da
colina e dar uma olhada, estou precisando de uma aventura.” – completou ele com a voz
excitada.
Antônio riu e começou a andar em direção a casa, os outros dois o seguiram.
Chegaram ao portão de entrada e olharam aquela imensa construção, era linda e
tenebrosa ao mesmo tempo.
Os três jamais viram alguém morando naquele lugar, o dono da propriedade a
trancou a mais de cinqüenta anos e não voltou mais, nunca vendeu ou alugou. Os
moradores da região até evitavam passar perto com medo, diziam que o lugar era
assombrado.
Anos atrás o filho do prefeito daquela cidade estava se casando com uma moça
que morava ali. No dia do casamento, a melhor amiga da noiva a levou para a casa do
prefeito dizendo que queria mostrar-lhe algo. Chegando lá elas sobem até o quarto onde
o noivo dormia e o encontram na cama com outra mulher. Em um momento de
desespero a noiva desce até a cozinha pega uma faca e mata o noivo e a amante.
Momentos depois, ela não conteve a agonia e enfiou a faca em seu coração.
Supostamente os fantasmas dos três ficaram na casa onde diz à lenda que o fantasma da
noiva tortura os outros dois.
Arnaldo foi o primeiro a entrar, pulou o portão e foi em direção a casa. Olhou para
trás e viu os outros dois pulando também e continuou até chegar à porta. Levi ficou
parado no meio do caminho.
“Eu não entro ai, estou sentindo mal, alguma coisa me diz que agente deveria ir
embora.” – disse o rapaz com voz tremula.
Os outros dois não deram importância. Voltaram-se para casa e olharam pela
janela. Eles se espantaram porque podiam ver muito bem o que tinha dentro da casa
somente com a iluminação da lua que entrava pelas janelas. A sala de entrada era
enorme e toda a mobília parecia estar lá, porem coberta com lençóis.
“Opa, a porta da frente esta aberta.” – Disse Antônio já abrindo a porta.
Os dois entraram, o lugar era lindo, descobriram alguns móveis e viram que
estava tudo intacto, parecia que alguém estava cuidando de tudo. Antônio decidiu subir
para o próximo andar e ver se achava algo interessante. Arnaldo foi ver outro cômodo.
Momentos depois Arnaldo escuta Antônio descendo as escadas.
“Vamos embora, Levi esta nos esperando lá fora.” – Gritou Arnaldo para que seu
amigo pudesse escutá-lo.
Antônio não respondeu, Arnaldo se virou para ir até a saída e deu de cara com
alguém, não pode ver quem era porque a luz vinha de trás da pessoa então só via a
silhueta. Uma coisa ele tinha certeza, estava vestida de noiva. Seu corpo congelou então
ele riu tentando disfarçando o susto.
“Muito boa essa Antônio, quase me mata de susto. Vamos embora, já tive muito
pra uma noite, esse lugar esta me dando arrepios.” – disse Arnaldo irritado.
Antônio continuou calado. Arnaldo ficou inquieto olhando o suposto amigo e
começou a andar em sua direção, a silhueta também se movia ao seu encontro. Algo
mudou na visão de Arnaldo, parecia que a silhueta puxou uma faca de lado e ele
começou a ficar preocupado e parou de andar.
“Brincadeira tem limite Antônio.” – gritou ele.
A silhueta também parou de andar, a luz da lua iluminou seu rosto e Arnaldo
gritou. A imagem o aterrorizou e ele se arrependeu de ter entrado na casa. Ali na sua
frente estava o fantasma da noiva, seu rosto podre e olhos vazios não expressavam
sentimento e mesmo assim ele sentiu que ela o ia matar.
“Antônio!” – foi à única coisa que ele conseguiu gritar, pois o terror o mantinha
congelado e sem ar.
Antônio desceu as escadas rapidamente, quando viu a cena correu direto pra porta
gritando. A porta estava trancada, ele a esmurrava, chutava e puxava, mas ela não abria.
Levi estava bem perto, mas parecia que não via ou escutava nada. A noiva não deu
muita atenção a ele e continuava a encarar Arnaldo que por sua vez correu para ajudar o
amigo com a porta.
“Você pensou que iria escapar de mim por toda eternidade querido?” – disse o
fantasma se aproximando dos dois.
A noiva agarrou Arnaldo pelo cabelo e apunhalou no coração. O rapaz ficou
agonizando por um tempo enquanto Antônio fazia sua última oração.
“Some daqui você não tem nada a ver com esse traste.” – disse a noiva enquanto
abria a porta.
“Não, por favor Antônio” – gritou Arnaldo.
Antônio se espantou ao ver o espírito de Arnaldo sendo segurado pela noiva.
Escutou um barulho do outro lado da sala e viu o fantasma de outra mulher que parecia
estar sofrendo muito. Lembrou-se da lenda daquela casa e então entendeu que seu
amigo era a reencarnação o noivo que de alguma maneira teria escapado da tortura
eterna.
Ele correu e levou Levi embora com ele. Contou a história a todos mais ninguém
acreditou. O corpo de Arnaldo nunca foi encontrado pela policia que vasculhou toda a
casa e os arredores. Antônio foi internado em um hospício alguns meses depois, dizia
estar sendo assombrado pelos três fantasmas. E quanto a casa, continua lá, sozinha e
sombria, talvez esperando sua visita...
(Gênero textual - História de Terror. Terça-feira, 18 de agosto de 2009. Posted by Paulo Garcia)
EXERCÍCIO 6
Leia o texto a seguir e responda as questões de 1 a 3.
O Bicho
Moacyr Scliar
04. O texto afirma que a filha comunica ao pai que vai dormir com
(A) o Rodrigo. (C) o namorado.
(B) o James. (D) o Tato.
08. No final da crônica, o pai de Melissa descobre a confusão que ele fez com o
namorado da filha. Esse episódio foi
(A) Que o rapaz no corredor era ladrão e não o namorado.
(B) Que o rapaz no corredor olhou-o apavorado.
(C) Devido não conhecer os namorados da filha, o rapaz no corredor se passou por um deles.
(D) Que o namorado não era namorado, mas apaixonado pela propriedade alheia.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)
EXERCÍCIO 7
Leia o conto a seguir, de Lygia Fagundes Telles.
A disciplina do amor
04. A expressão “Quando ia chegando àquela hora ele disparava para o compromisso
assumido, todos os dias.” A palavra em negrito pode ser substituída por
(A) arremessava. (C) iniciava.
(B) atirava. (D) corria.
EXERCÍCIO 8
Leia o texto.
O cabo e o soldado
Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois
se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares.
Vez ou outra, um desvio, era uma secção que terminava em torneira.
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era
interessante.
No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Ficou na torneira, à
espera que abrissem.
Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco
imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela
gritou:“Mamãe, tem um homem dentro da pia”.
Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu
pelo esgoto.
02. Na frase “Mamãe, tem um homem dentro da pia.” (l. 10), o verbo
empregado representa, no contexto, uma marca de
(A) registro oral formal.
(B) registro oral informal.
(C) falar regional.
(D) falar caipira.
03. O argumento usado para mostrar que os pais agem por comodismo
encontra-se na alternativa
(A) a birra na madrugada é pior.
(B) a criança tem motivações subjacentes.
(C) o fato é muitas vezes eventual.
(D) os limites estão claros.
O mercúrio onipresente
(Fragmento)
EXERCÍCIO 9
Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois
se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares.
Vez ou outra, um desvio, era uma secção que terminava em torneira.
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era
interessante.
No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Ficou na torneira, à
espera que abrissem.
Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco
imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela
gritou:“Mamãe, tem um homem dentro da pia”.
Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu
pelo esgoto.
01. O conto cria uma expectativa no leitor pela situação incomum criada pelo
enredo. O resultado não foi o esperado porque
(A) a menina agiu como se fosse um fato normal.
(B) o homem mostrou pouco interesse em sair do cano.
(C) as embalagens da tubulação não funcionaram.
(D) a mãe não manifestou nenhum interesse pelo fato.
Leia o texto.
Talita
“Talita tinha a mania de dar nomes de gente aos objetos da casa, e tinham de ser
nomes que rimassem. Assim, por exemplo, a mesa era para Talita, Dona Teresa, a
poltrona era Vó Gordona, o armário era o Doutor Mário. A escada era Dona Ada, a
escrivaninha era Tia Sinhazinha, a lavadora era Prima Dora, e assim por diante.
Os pais de Talita achavam graça e topavam a brincadeira. Então, podiam-se ouvir
conversas do tipo:
- Filhinha, quer trazer o jornal que está em cima da Tia Sinhazinha!
- É pra já, papai. Espere sentado na Vó Gordona, que eu vou num pé e volto noutro.
Ou então:
- Que amolação, Prima Dora está entupida, não lava nada! Precisa chamar o
mecânico.
- Ainda bem que tem roupa limpa dentro do Doutor Mário, né, mamãe?
E todos riam.
Belinky, Tatiana. A operação do Tio Onofre: uma história policial. São Paulo: Ática, 1985.
02. A mania de Talita de dar nome de gente aos objetos da casa demonstra que ela é
(A) curiosa.
(B) exagerada.
(C) estudiosa.
(D) criativa.
Leia o texto abaixo.
O sapo
EXERCÍCIO 10
Leia o texto e responda as questões de 1 a 2.
Vínculos, as equações da matemática da vida
Quando você forma um vínculo com
alguém, forma uma aliança. Não é à toa que o
uso de alianças é um dos símbolos mais
antigos e universais do casamento. O círculo
dá a noção de ligação, de fluxo, de
continuidade. Quando se forma um vínculo, a
energia flui. E o vínculo só se mantém vivo se
essa energia continuar fluindo. Essa é a ideia
de mutualidade, de troca.
Nessa caminhada da vida, ora andamos
de mãos dadas, em sintonia, deixando a
energia fluir, ora nos distanciamos. Desvios
sempre existem. Podemos nos perder em um
deles e nos reencontrar logo adiante. A busca
Bruno foi aprovado por três dos sentidos de Camila: visão, olfato e audição. Por isso, ela
precisa conquistá-lo de qualquer maneira. Matriculada na 8ª série, a garota está determinada a
ganhar o gato do 3º ano do Ensino Médio e, para isso, conta com os conselhos de Tati, uma
especialista na arte da azaração. A tarefa não é simples, pois o moço só tem olhos para Lúcia
justo a maior “crânio” da escola. E agora, o que fazer? Camila entra em dieta espartana e
segue as leis da conquista elaboradas pela amiga.
REVISTA ESCOLA, março 2004, p. 63
Descritor 4 – ((Inferir uma informação implícita no texto) –
03. Pode-se deduzir do texto que Bruno
(A) chama a atenção das meninas. (C) pode ser conquistado facilmente.
(B) é mestre na arte de conquistar. (D) tem muitos dotes intelectuais.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)
EXERCÍCIO 11
TEXTO I TEXTO II
Certa vez a onça caiu de uma árvore e ficou muitos dias de cama.
Como estava passando fome ele chamou a irara e pediu que avisasse a bicharada que
estava morrendo e que fossem visitá-la.
O veado, a capivara, a cutia e o jabuti foram visitá-la.
Quando o jabuti chegou, antes de entrar na toca olhou para o chão e viu que só
tinha pegadas que entravam, então pensou:
- É melhor eu ir embora e rezar pela melhora da onça, pois aqui quem entrou não
saiu.
E ele foi o único que se salvou.
04. De acordo com o texto pode-se concluir que avarento é a pessoa que
(A) gasta muito.
(B) come muito.
(C) possui muitos bens.
(D) só pensa em guardar dinheiro.
Havia outrora um homem de meia-idade que tinha duas esposas. Um dia, indo
visitar a mais jovem, esta lhe disse:
- Eu sou moça e você é velho; não gosto de morar com você. Vá habitar com sua
esposa mais velha.
Para poder ficar, o homem arrancou da cabeça os cabelos brancos. Mas, quando
foi visitar a esposa mais velha, esta lhe disse, por sua vez:
-Eu sou velha e tenho a cabeça branca; arranque, pois, os cabelos pretos que
tem.
Então o homem arrancou os cabelos pretos para ficar de cabeça branca. Como
repetisse sem tréguas tal procedimento, a cabeça tornou-se-lhe inteiramente calva. A
essa altura, ambas as esposas acharam-no horrível e ambas o abandonaram. (Aurélio
Buarque de Holanda Ferreira)
EXERCÍCIO 12
Leia o texto.
O Pavão
E considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei
lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O
que há são minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta como em um prisma. O pavão é um
arco-íris de plumas.
Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de
elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.
Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e
estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de
glórias e me faz magnífico.
O cão e o osso
Autor desconhecido
Um dia, um cão, carregando um osso na boca, ia atravessando uma ponte. Olhando para baixo, viu sua
própria imagem refletida na água. Pensando ver outro cão, cobiçou-lhe logo o osso que este tinha na
boca, e pôs-se a latir. Mal, porém, abriu a boca, seu próprio osso caiu na água e perdeu-se para sempre.
Leia a tirinha.
O Caracol Invejoso
O caracolzinho sentia-se muito infeliz. Via que quase todos os animais eram mais ágeis do que ele. Uns
brincavam, outros saltavam. E ele aborrecia-se debaixo do peso de sua carapaça!
- Vê-se que meu destino é ir devagarinho, sofrendo todos os males! dizia ele, bastante frustrado.
Seus amigos e familiares tentavam consolá-lo, mas nada conseguiam.
- Caracolino, pense que, se a Natureza lhe deu essa carapaça, para alguma coisa foi, disse-lhe a
tartaruga, que se encontrava em situação semelhante à dele.
- Sim, claro, para alguma coisa será! Pode explicar-me a razão? Perguntava Caracolino, ainda mais
chateado por receber tantos conselhos.
Caracolino tornou-se tão insuportável por suas reclamações, que todos o abandonaram. E ele continuava
com sua carapaça às costas, cada vez mais pesada para o seu gosto.
Um dia, desabou uma tempestade. Choveu durante muitos dias. Parecia um dilúvio! As águas subiram,
inundando tudo. Muitos dos animaizinhos que ele invejara, encontravam-se agora em grandes
dificuldades. Caracolino, porém, encontrou um refúgio seguro. Dentro de sua carapaça estava totalmente
protegido!
Desde então, compreendeu a utilidade de sua lenta e pesada carapaça. Deixou de protestar, tornando-se
um animalzinho simpático e querido por todos.
(Autor Desconhecido)
EXERCÍCIO 13
Leia o texto abaixo.
A costureira das fadas
(Rubem Braga, Ai de ti, Copacabana. 3. Ed. Rio de Janeiro: Ed. Do Autor, 1962. P. 157)
03. A expressão que revela uma opinião sobre o fato “... vinham todos dormir em
nossa casa” (l. 10), é
(A) “Às vezes chegava alguém...”
(B) “E às vezes o rio atravessava a rua...”
(C) “e se tomava café tarde da noite!”
(D) “Isso para nós era uma festa...”
Acho uma boa ideia abrir as escolas no fim de semana, mas os alunos devem
ser supervisionados por alguém responsável pelos jogos ou qualquer opção de lazer
que se ofereça no dia. A comunidade poderia interagir e participar de atividades
interessantes. Poderiam ser feitas gincanas, festas e até churrascos dentro da escola.
EXERCÍCIO 14
Leia o texto abaixo e responda as questões de 1 a 3.
EXERCÍCIO 15
O MACACO FUMADOR
Certo dia seu Manoel foi visitar o zoológico. Passeando por lá, viu cada animal interessante.
Chegou perto da gaiola que tinha um macaco, este ficou agitado ao ver o homem se aproximar. Ficou
pulando de um lado para outro, como se quisesse alguma coisa. O macaco estava inquieto. Começou a
fazer algazarra e acabou irritando o visitante.
Aquele senhor se afastou do animal, pois percebeu que ele queria atacá-lo. O macaquinho falou
para todos seus amigos:
__ Aquele homenzinho pensou que eu queria atacá-lo, mas eu queria simplesmente o seu cigarro.
No outro dia aquele mesmo senhor voltou ao zoológico. E foi até a jaula do tal macaco.
Chegando perto seu Manoel perguntou:
__ Macaquinho peludo, o que você queria comigo ontem?
__ Ah, eu queria somente o seu cigarro – assim falou o macaco.
Seu Manoel tirou do seu bolso um cigarro e o entregou. O macaco pediu que ele o acendesse.
Depois o homem saiu para ver outros animais. Minutos depois, o macaco estava se queimando, logo não
sabia fumar. No fim, ficou todo sapecado. Isso chamou atenção de todos que estavam no zoológico.
Quem passava por perto, acabava se aglomerando de frente do macaco.
Seu Manoel que estava distante, começou a perceber aquela multidão de pessoas ao redor da
gaiola. Então com tamanha curiosidade foi vê-lo. Quando chegou lá, viu o pobre macaquinho todo
enrolado de esparadrapo. Então o homem perguntou:
__ O que foi que aconteceu?
__ Foi o cigarro que o senhor me deu, que por um descuido acabou me queimando. E eu que sou
um dos mais belos animais desse zoológico, agora minhas namoradas não me quer mais – exclamou o
jovem macaco.
O seu Manoel ficou penalizado pela situação que ele criou e, agora não podia reverter mais o
quadro. O jeito foi levar o macaco para sua casa e cuidar dele por um longo tempo.
(Marcos Bruno Lustosa. Gênero textual: Fábula. Texto produzido no decorrer do Projeto Ler para
Mim. 9º Ano C, Turno: Tarde)
01. No trecho: Certo dia seu Manoel foi visitar o zoológico. Passeando por lá, viu
cada animal interessante. Chegou perto da gaiola que tinha um macaco, “este”
ficou agitado ao ver o homem se aproximar. Ficou pulando de um lado para
outro, como se quisesse alguma coisa. O macaco estava inquieto. Começou a
fazer algazarra e acabou irritando o visitante. O pronome destacado se refere
(A) o seu Manoel.
(B) ao macaco.
(C) ao zoológico.
(D) a gaiola.
03. Nesse trecho: Seu Manoel tirou do seu bolso um cigarro e o entregou. O
macaco pediu que ele o acendesse. Depois o homem saiu para ver outros
animais. Minutos depois, o macaco estava se queimando, logo não sabia
fumar. No fim, ficou todo sapecado. Isso chamou atenção de todos que
estavam no zoológico. Quem passava por perto, acabava se aglomerando de
frente do macaco.
A situação que provocou a aglomeração de pessoas perto do macaco
(A) porque ele era engraçado.
(B) porque ele fumava um cigarro.
(C) porque ele estava se queimando.
(D) porque ele ficou todo sapecado.
A chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou os rios. A chuva molhou os transeuntes. A chuva
encharcou as praças. A chuva enferrujou as máquinas. A chuva enfureceu as marés. A chuva e seu cheiro
de terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A chuva de
canivetes. A chuva enxugou a sede. A chuva anoiteceu de tarde. A chuva e seu brilho prateado. A chuva
de retas paralelas sobre a terra curva. A chuva destroçou os guarda-chuvas. A chuva durou muitos dias. A
chuva apagou o incêndio. A chuva caiu. A chuva derramou-se. A chuva murmurou meu nome. A chuva
ligou o pára-brisa. A chuva acendeu os faróis. A chuva tocou a sirene. A chuva com a sua crina. A chuva
encheu a piscina. A chuva com as gotas grossas. A chuva de pingos pretos. A chuva açoitando as plantas.
A chuva senhora da lama. A chuva sem pena. A chuva apenas. A chuva empenou os móveis. A chuva
amarelou os livros. A chuva corroeu as cercas. A chuva e seu baque seco. A chuva e seu ruído de
vidro. A chuva inchou o brejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva multiplicando insetos. A chuva sobre
os varais. A chuva derrubando raios. A chuva acabou a luz. A chuva molhou os cigarros. A chuva mijou
no telhado. A chuva regou o gramado. A chuva arrepiou os poros. A chuva fez
muitas poças. A chuva secou ao sol."
(Arnaldo Antunes, 1992)
04. Todas as frases do texto começam com “A chuva”. Esse recurso é utilizado
para
(A) provocar a percepção do ritmo e da sonoridade.
(B) provocar uma sensação de relaxamentos dos sentidos.
(C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva.
(D) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)
EXERCÍCIO 16
Fumaça, fuligem, ruído de motores, tédio, cansaço, carros e ônibus que andam
lentamente: assim é o trânsito nas cidades grandes. Principalmente nas primeiras horas
da manhã, quando as pessoas se dirigem ao seu local de trabalho e, no fim da tarde,
quando dele estão voltando.
Todos são prejudicados: os que estão confortáveis em seus automóveis e, mais ainda, os
que estão espremidos nos ônibus. E o principal responsável por esse sofrimento são os
automóveis que ocupam as ruas e avenidas das cidades.
Para acomodar o crescente número de automóveis, casas são demolidas, ruas são
alargadas, avenidas e viadutos são construídos, e os estacionamentos invadem praças e
parques, com a derrubada de árvores centenárias e monumentos históricos. Vale tudo
para dar passagem a esse deus dos tempos modernos.
(D6) 10. Pela compreensão do texto, pode-se concluir que, para o autor, ''o deus
dos tempos modernos'' é o:
(A) combustível. (C) automóvel.
(B) ônibus. (D) motorista.
(D4) 12. O trecho: ''O pior é que o preço das passagens consome boa parte do salário
dos trabalhadores.'' implica dizer que:
(A) o preço das passagens é pior que os salários dos trabalhadores.
(B) quase todo o salário dos trabalhadores é gasto com transporte.
(C) os assalariados ganham o que consomem fora de casa.
(D) o pior dos trabalhadores paga com seus baixos salários o transporte que
usa.
EXERCÍCIO 17
Leia o texto “A incapacidade de ser verdadeiro”, depois responda as questões de 1 a 4.
Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois
dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas. A mãe botou-o de
castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um
pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de
queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa, como foi proibido de jogar futebol
durante quinze dias. Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra
passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para
transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr.
Epaminondas abanou a cabeça: “Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo
um caso de poesia”.
02. No trecho “Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo
[UM CASO DE POESIA].” A expressão em negrito revela que
(A) o garoto era imaginativo e sonhador.
(B) o garoto era inquieto e sapeca.
(C) o garoto poeta e criativo.
(D) o garoto era poeta e impossível.
04. No final do conto, o contista termina usando uma das falas de seus
personagens. Esse personagem é
(A) Paulo. (C) Dona Coló.
(B) o próprio autor. (D) o médico.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)
O cão e o lobo
Um cão passeava pela floresta quando topou com um lobo magro
e logo fizeram amizade.
- Puxa, cachorro! Como você está gordo e bem-tratado...
- É que eu tenho um dono. Meu dono me dá três boas refeições
por dia, escova meu pelo, me dá uma casa de madeira... Em troca
disso, pede que eu lhe guarde a casa dos assaltantes e lhe faça uns
agrados de vez em quando.
- Só isso? Mas deve ser maravilhoso ter um dono! – concluiu o
lobo.
O cão então convenceu o lobo a acompanhá-lo, certo de que seu
dono gostaria de ter mais de um animal de estimação.
Os dois andaram por um certo tempo, até que o lobo percebeu
uma coleira no cachorro.
- O que é isso? – perguntou o lobo.
- Ah, isto é uma coleira. Ás vezes, meu dono se irrita e me prende
numa corrente. Mas é por pouco tempo, logo eu estou solto de
novo.
O lobo parou, pensou um pouco... e voltou atrás. De longe, ainda
falou para o cachorro:
- Não cachorro. Não sirvo para essa vida. Eu sei que mais vale a
liberdade com fome do que o luxo na prisão.
(Fábula recontada por Marcia Kupstas, Sete faces da fábula. São Paulo, Moderna,
1993.)
01. O que aconteceu com o lobo quando soube que o cachorro usava coleira?
(A) desistiu da liberdade.
(B) desistiu de ter um dono.
(C) resolveu conhecer seu dono.
(D) resolveu tirar a coleira do cachorro.
Manuel Bandeira
Descritor 4 – (Inferir uma informação implícita em um texto) –
02. Na frase “Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas”, o menino quer dizer
que o porquinho
(A) não gostava dele.
(B) só queria ficar na sala.
(C) não ligava para as delicadezas dele.
(D) gostava de lugares bonitos e limpinhos.
Filisbino Matoso andava que era uma tristeza só. Não queria nada
com a vida nem aceitava o consolo de ninguém. Quem passasse lá pelas
bandas do Sítio da Purunga Sonora ia ouviu os lamentos do moço.
_ Ai! Como sofro! Sem minha querida Florisbelta não posso viver. De
que me vale este lindo sítio com lago, se estou nadando em lágrimas?
Todos que moravam no Purunga Sonora e nos arredores sabiam da
história da Florisbelta. Era o grande amor de Filisbino Matoso. A
choradeira havia começado com o raiar do sol, quando a tal Florisbelta,
sem avisar ninguém, resolvera tomar o caminho da cidade.
SALLOUTI, Elza Césari. O bilhete que o vento levou. São Paulo: Salesiana
Dom Bosco, 1991.
03- “Filisbino Matoso andava que era uma tristeza só...”. Qual é o motivo da
tristeza de Filisbino?
( A ) A falta que Florisbelta fazia.
( B ) Estar nadando em lágrimas.
( C ) Ter um sítio com lago e não aproveitar.
( D ) Todos dos arredores sabem da história.
Descritor 10 – (Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a
narrativa) –
04 – Como foi o final de Filisbino Matoso?
( A ) Florisbelta tomou o caminho da cidade e não voltou.
( B ) Florisbelta voltou ao sítio para rever seu grande amor.
( C ) Filisbino contou a história para todos os arredores.
( D ) Filisbino foi atrás de Filisbelta e a encontrou.
EXERCÍCIO 19
Leia o texto abaixo.
Os rios precisam de um banho
Leia o texto.
O menino maluquinho
Era uma vez um menino maluquinho
Ele tinha o olho maior que a barriga
tinha vento nos pés
umas pernas enormes
(que davam para abraçar o mundo)
e macaquinhos no sótão
(embora nem soubesse o que
significava macaquinhos no sótão).
Ele era um menino impossível!
Ele era muito sabido
ele sabia de tudo
a única coisa que ele não sabia
era como ficar quieto.
(Ziraldo – O Menino Maluquinho)
D3 - 02. A expressão “tinha vento nos pés”, significa que o menino maluquinho
(A) andava rápido, pulando. (C) tinha pernas enormes.
(B) era muito sabido. (D) sabia de tudo.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)
EXERCÍCIO 20
Leia a seguinte fábula e responda as questões de 1 a 2.
Um gato de nome Faro-Fino deu de fazer tal destroço na rataria duma casa velha
que os sobreviventes, sem ânimo de sair das tocas, estavam a ponto de morrer de fome.
Tornando-se muito sério o caso, resolveram reunir-se em assembléia para o estudo da
questão. Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava aos miados pelo telhado,
fazendo sonetos à lua.
– Acho – disse um deles – que o meio de nos defendermos de Faro-Fino é lhe atarmos
um guizo ao pescoço. Assim que ele se aproxime, o guizo o denuncia, e pomo-nos ao fresco a
tempo.
Palmas e bravos saudaram a luminosa idéia. O projeto foi aprovado com delírio. Só
votou contra um rato casmurro, que pediu a palavra e disse:
– Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de Faro-Fino?
Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nó. Outro, porque não era tolo.
Todos, porque não tinham coragem. E a assembléia dissolveu-se no meio de geral consternação.
Monteiro Lobato
01. De acordo com o texto, a presença do animal ameaçador seria percebida porque
(A) ele estaria usando um guizo no pescoço.
(B) os ratos colocaria sinetas no caminho do rato.
(C) os ratos fariam muito barulho.
(D) ele daria miados muito altos.
A felicidade anda a pé
Na praça Antônio Prado
São dez horas azuis
O café vai alto como a manhã de arranha-céus
Cigarros Tietê
Automóveis
A cidade sem mitos
(Oswald de Andrade)
Descritor 17 – (Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de
outras notações) –
03. A figura de linguagem utilizada pelo poeta no verso “O café vai alto como a manhã
de arranha-céus”, é
(A) metáfora.
(B) metonímia.
(C) comparação.
(D) catacrese.