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A DISTÂNCIA QUE APROXIMA

Letícia Marques Vargas – UCPel – lvargas@ucpel.tche.br


Gabriela Jurak de Castro – UCPel – gabrielajurak@ucpel.tche.br
Taísa da Silva Bastos – UCPel – tbastos@ucpel.tche.br

Resumo
As novas tecnologias modificaram a sociedade, a cultura e a forma com
a qual os indivíduos se relacionam, criando possibilidades de interação antes
restritas a pequenos grupos. A educação, também se modificou, agregando
diferentes possibilidades de comunicação, aprendizado e subjetivação de
maneira a expandir o alcance da aprendizagem através da Educação a
Distância (EaD). A interação estudante – professor modificou-se a ponto de
permitir um relacionamento interpessoal fora dos muros da escola e, devido as
especificidades deste modelo educacional, temos uma busca mais intensa pela
personalização dos atores, sempre respeitando suas individualidades. A
distância geográfica pode ser atenuada com uma proposta de interação através
das tecnologias sociais existentes, construindo um espaço educacional propício
ao desenvolvimento cognitivo e, consequentemente, aproximando todos os
atores envolvidos.

Palavras-chave: Educação a Distância, interação, interatividade


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Introdução
Para começar a falar em Educação a Distância (EaD) é preciso estar
preparado para conhecer novas informações e ser instigado a refletir e quebrar
alguns paradigmas. O extenso território brasileiro torna praticamente
impossível existir uma estrutura universitária em cada cidade, dessa forma a
EaD tem sido vista como uma solução para os problemas educacionais devido
a sua possibilidade de grande abrangência geográfica, proporcionando a
democratização e expansão do ensino.
A EaD é uma realidade antiga, que foi impulsionada pela popularização
da Internet no início do século XXI. No Brasil, o marco inicial foi o ensino por
correspondência que surgiu com o Instituto Monitor em 1939, seguido pelo
Instituto Universal Brasileiro sete anos mais tarde.
Ao analisar a linha evolutiva da sociedade, percebe-se a introdução
crescente da tecnologia no cotidiano dos indivíduos, incorporando diferentes
recursos em suas rotinas e trocando informações rapidamente e em rede. A
educação evoluiu no sentido de aperfeiçoar metodologias e aproveitar-se das
tecnologias de informação e comunicação (tics) para projetos na modalidade à
distância.
Tratar de EaD implica não isolá-la da educação em geral. Sua
preocupação fundamental é a democratização e o acesso ao
saber escolarizado, para atender à demanda crescente da
sociedade contemporânea, como uma das formas de
superação dos processos de exclusão social.
Não há uma única definição universalmente aceita para a
Educação a Distância, uma vez que precisa ser
contextualizada de acordo com o propósito em questão.
Entretanto, existem algumas características que podem ser
encontradas, em parte, em cada uma das definições, como:
separação professor-aluno, utilização de multimeios, respeito
ao ritmo de aprendizagem, organização de apoio-tutoria,
aprendizagem independente ou flexível, comunicação
bidirecional, procedimentos industriais, etc. [1]

Neste contexto, ressalta-se a importância das instituições de ensino e,


principalmente, dos professores utilizarem as tecnologias de forma a incorporar
inovações na forma de ensinar e adaptar o processo educacional as novas
formas de aprender. O investimento em qualidade deve prevalecer e para tanto
é necessário um projeto pedagógico coerente, aberto e participativo, docentes
preparados: intelectual, emocional, comunicacional e eticamente, e por fim,
alunos motivados com capacidade de gerenciamento pessoal e grupal.
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A metodologia adotada pela Educação a Distância proporciona ao aluno


uma autonomia em relação ao seu aprendizado, motivando e instigando a sua
criatividade através do uso de ferramentas interativas que se adaptam a sua
realidade. A flexibilidade de horários possibilita a inserção no ambiente
educacional de pessoas que não possuem disponibilidade para um curso
presencial tradicional.
Apesar da separação física existente entre os agentes, a tecnologia de
comunicação disponível permite que a interação professor-aluno passe, em
alguns casos, a ser mais forte do que o vínculo criado em cursos presenciais
tradicionais. Cria-se uma rede colaborativa de construção do conhecimento
entre todos os envolvidos no processo, com a integração virtual das
informações.
De acordo com os números do MEC a quantidade de inscritos em cursos
de graduação a distância aumentou muito de 2001 a 2009. Em 2008, a
quantidade de alunos foi a maior do período: mais de 700.000 inscrições
Observa-se um aumento quantitativo e qualitativo das
instituições de ensino que têm recorrido à EaD em seu plano
acadêmico. No Brasil, um país com grande dimensão geográfica,
é muito importante tem-se avançado bastante no campo das
pesquisas em EAD, pois essa modalidade de ensino amplia o
acesso à educação para milhões de pessoas. [2]

A partir daí pensamos nas funções do professor, que passa a ser um


estimulador da aprendizagem, motivando a pesquisa e a busca eficiente de
informações. O professor se torna um desafiador, instigando a construção do
conhecimento em rede. Do ponto de vista do estudante, o ensino a distância irá
requerer maior dedicação e empenho, pois, contrariando paradigmas, a
Educação a Distância irá disponibilizar uma maior quantidade de informações
que exigirá do aluno mais disciplina e atenção do que nos cursos presenciais.

Panorama da Educação a Distância


Ainda que os assuntos ligados a Educação a Distância tenham incitado
grandes debates somente a partir dos anos 90, a EaD possui uma longa
trajetória.
Pode-se dizer que a Educação a Distância iniciou juntamente com a
escrita isso porque nas sociedades orais a comunicação se dava de forma
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necessariamente presencial, ou seja, para que alguma informação fosse


transmitida, o emissor e o receptor da mensagem deveriam estar presentes, no
mesmo momento e no mesmo local.
A partir do estabelecimento da escrita, a comunicação liberta-se no
tempo e no espaço e extingue-se a necessidade de presencialidade do emissor
e do receptor para a transmissão de uma informação. As primeiras
manifestações escritas são os desenhos, geralmente realizados em pedras,
uma forma do homem das cavernas exercitar sua comunicação a distância.
Manifestação interessante que caracteriza um primeiro marco
da EaD, com objetivos instrucionais mais próximos do que
temos na atualidade, está num curso de taquigrafia ofertado
por correspondência em 1728. Logo, registros de ensino a
distância podem ser encontrados há pelo menos três séculos.
Entretanto, foi durante as décadas de 60 e 70, do século XX,
que houve uma intensificação desta modalidade, tanto em
termos práticos quanto teóricos, por meio da ampliação da
literatura especializada e da fundamentação de vários institutos
e universidades a distância. [1]

O conceito de Educação a Distância evoluiu muito nos últimos anos, e o


desenvolvimento da tecnologia da informação e comunicação tem um papel
fundamental nessa evolução.
Conforme mencionado anteriormente, a mídia impressa foi o primeiro
passo, mas pode ser citado também o telefone, o rádio, a televisão e
principalmente a internet.
Dentre todas as tecnologias citadas merece destaque a internet que se
popularizou rapidamente e possibilita a utilização de diversas aplicações para
facilitar e qualificar o processo de ensino-aprendizagem.
A Educação a Distância é uma modalidade de ensino reconhecida pelo
Ministério da Educação, prevista pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional nº 9.394 e regulamentada por diversos documentos legais
posteriores.

Interação e Interatividade diminuindo as distâncias


O princípio de interação e interatividade é fundamental e deve ser
garantido no uso de qualquer tecnologia de comunicação. Ao se elaborar um
projeto de curso os meios de comunicação que garantam a interação entre
todos os agentes do processo devem ser previstos de forma a permitir que o
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estudante tenha suas dúvidas sanadas rapidamente, diminuindo a sensação de


isolamento que é uma das principais causas de perda de qualidade
educacional e de evasão nos cursos a distância.
Da mesma forma que a interação entre professor-aluno, tutor-
aluno e professor-tutor deve ser privilegiada e garantida, a
relação entre colegas de curso também necessita de ser
fomentada. Principalmente em um curso a distância, esta é uma
prática muito valiosa, capaz de contribuir para evitar o
isolamento e manter um processo instigante, motivador de
aprendizagem, facilitador de interdisciplinaridade e de adoção de
atitudes de respeito e de solidariedade ao outro, possibilitando
ao aluno a sensação de pertencimento ao grupo. [3]

De acordo com a legislação vigente, os cursos superiores a distância


devem possuir encontros presenciais a serem realizados conforme a natureza
da área do curso oferecido. Sendo considerado um dos componentes de
interação durante o curso, e deverá ser descrito nos projetos de forma objetiva
em consonância com toda a metodologia adotada.
O professor passa a ter um novo desafio: modificar a
comunicação no sentido da participação-intervenção, da
bidirecionalidade-hibridação e da permutabilidade-
potencialidade. Não mais a prevalência do falar-ditar, mas a
resposta autônoma, criativa e não prevista dos alunos, o
rompimento de barreiras entre estes e o professor, e a
disponibilidade de redes de conexões no tratamento dos
conteúdos de aprendizagem. [4]

Em outras palavras, a interação entre os agentes da EaD é fator


principal e primordial para o sucesso de um projeto a distância. Ao realizar a
estruturação de um curso nesta modalidade deve-se ter o estudante como
centro do processo, visando alcançar a qualidade e diminuir a sensação de
isolamento.
As mudanças nas relações de ensino-aprendizagem e a expansão da
Educação a Distância transformaram os papéis dos agentes envolvidos no
processo de ensino-aprendizagem, principalmente o papel do educador.
Uma das características em geral associadas à EaD é o fato de
o professor ter deixado de ser uma entidade individual para se
tornar uma entidade coletiva. O professor de cursos a distância
pode ser considerado uma equipe, que incluiria o autor, um
técnico, um artista gráfico, o tutor, o monitor, etc. Muito mais do
que um professor, é uma instituição que ensina a distância,
tanto que muitas definições de EaD insistem na ideia de que o
ensino é planejado e coordenado por uma instituição. [5]
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Deve-se ter em mente que esta modificação não representa o fim do


professor como conhecemos e sim a criação de um novo modo de
desempenho da função de educador. Com a EaD, o papel do professor passou
a ser de um ente coletivo, ou seja, uma equipe composta por autores, técnicos,
designer, tutores etc.
Cada instituição define o formato dos cursos que oferecerá, assim como
as atribuições de cada um dos componentes do processo educacional, mas a
base, ou seja, o acompanhamento constante do aprendizado dos alunos, é
característica presente em todos os modelos. O feedback, a informação a uma
pessoa sobre o seu desempenho, é uma das ferramentas mais importantes no
processo. Através dele pode-se obter o sucesso ou fracasso de um curso e
aprender a desenvolver um ambiente onde o aluno se sinta constantemente
estimulado a continuar, é de suma importância ao profissional que deseja atuar
na EaD.
A utilização de redes sociais, blogs e mensageiros instantâneos permite
uma interação diferente daquela existente em sala de aula, e neste caso, a
distância física aliada às tecnologias proporciona um ambiente rico de trocas
de experiências e conhecimento. O professor deve se tornar ente participativo
destas formas de interação, buscando envolver o estudante em uma rede de
compartilhamento de conhecimentos.
Estudos indicam que o estado emocional interfere no aprendizado, o
estudante ao encontrar um ambiente educacional amigável sente-se
confortável para desenvolver suas habilidades cognitivas e obtém resultados
mais rápidos. Justifica-se assim o elemento levantado anteriormente, no qual o
professor deve desempenhar um papel social, sendo responsável pelo
desenvolvimento do senso de comunidade da turma, que deve prevalecer
sobre as várias características esperadas de um aluno de EaD.
Na Educação a Distancia, o fato da comunicação educador-educando se
dar basicamente através da tecnologia, a concepção de ambientes virtuais de
aprendizagem diferenciados, em que a interação é um elemento chave,
incrementa a relação e afasta o fantasma da evasão.
A educação deve ser vista como uma prática essencialmente social, na
qual o professor transpõe os muros escolares e as barreiras geradas pela
separação física. Apesar desta distância geográfica, a interação através das
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TIC’s permite a construção de um espaço psicológico propício ao


desenvolvimento cognitivo.

Considerações Finais
O desenvolvimento da educação à distância nos leva a refletir sobre os
diversos agentes envolvidos nessa modalidade de ensino. O professor a
distância, como principal elo entre a instituição e o estudante, tem papel
fundamental no processo de aprendizado e de diminuição da distância.
Certamente, a Educação a Distância veio para ficar, revolucionando a
maneira de aprender e ensinar e requerendo adaptações, quer seja, no âmbito
institucional, ou no pessoal, alterando assim os papéis de instituições, de
professores e de estudantes no sentido de reinterpretar sua participação neste
novo processo de ensino-aprendizagem.
A distância física está sendo transposta com o uso das tecnologias,
permitindo a criação de grandes redes de conhecimento e mistura de culturas
antes dificultadas pela geografia. Pensar em EaD é pensar em pessoas
reunidas em uma grande comunidade cientifica, ou não, com um grande
objetivo em comum: construir o saber.
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Referencias bibliográficas
ELIASQUEVICI, Marianne; FONSECA, Nazaré. Educação a distância:
orientações para o início de um percurso – 2.ed. – Belém: EDUFPA, 2009.

RAVAZZOLO, Angela. Caderno Vestibular. Zero Hora, Porto Alegre, p. 2,


caderno 770, 29 jun. 2011.

BRASIL. Ministério da educação. Referenciais de qualidade para educação


superior a distância. Brasília, 2007.

SILVA, Marco. Sala de Aula Interativa. Rio de Janeiro: Ed. Quartet, 4ª Ed,
2006.

[5] MAIA, Carmem; MATTAR, João. ABC da EaD – A educação a distância


hoje . 1° ed. Editora Pearson; São Paulo. 2007.

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