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06/03/2018 Pesquisa demonstra que repercussão do cancelamento do Queermuseu foi insuflada por robôs na internet | Rio Grande do Sul | G1

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RIO GRANDE DO SUL

Pesquisa demonstra que repercussão do cancelamento do Queermuseu foi


insu ada por robôs na internet
Dos mais de 700 mil tweets analisados, 8,69% foram disparados por bots. Pesquisador diz que prática tumultua a discussão pública.

Por G1 RS
27/02/2018 19h11 · Atualizado 27/02/2018 19h38

Página do Santander Cultural foi tomada por críticos à exposição Queermuseu, no dia 10 de setembro do ano passado. Mostra foi cancelada (Foto:
Reprodução/Facebook/Santander Cultural )

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A repercussão na internet da exposição sobre diversidade sexual Queermuseu, realizada no ano passado, em Porto
Alegre, foi insu ada pela ação de robôs, que disseminam mensagens como se fossem per s reais. É o que aponta uma
pesquisa da Diretoria de Análise de Políticas Públicas, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que analisou 778 mil tweets
publicados na época da polêmica, dos quais 8,69% não foram postados por pessoas reais.

A exposição foi cancelada no dia 10 de setembro de 2017, após uma onda de críticas, tanto na internet quanto no
próprio museu, o Santander Cultural. Alegando que as obras apresentadas na mostra incentivariam a pedo lia, a zoo lia e

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06/03/2018 Pesquisa demonstra que repercussão do cancelamento do Queermuseu foi insuflada por robôs na internet | Rio Grande do Sul | G1

o desrespeito às religiões, grupos se organizaram em protestos pedindo o boicote ao Queermuseu.

A pesquisa foi feita no ano passado, mas divulgada só recentemente. A diretoria analisa cenários de debate público intenso,
e fez levantamentos parecidos em situações como o julgamento de Lula, a aprovação da reforma trabalhista e as
discussões sobre o auxílio-moradia do judiciário.

No Twitter, 12,97% das mensagens com críticas à exposição não eram legítimas, e sim criadas por robôs. Já entre os
apoiadores, foram identi cadas 7,16% tweets postados por robôs.

Segundo o pesquisador da Diretoria, Amaro Grassi, é difícil saber quem está por trás desses robôs. "Em regra, quem
contrata esses robôs não divulga. Não se sabe quem nancia. Só é possível ver quem eles estão bene ciando", diz.

Embora a decisão pelo cancelamento da exposição tenha levado em conta outros fatores, é possível dizer que a ação dos
bots impactou na forma com que o debate foi conduzido, e suas consequências práticas. "A gente pode dizer com alguma
segurança é que eles impactaram no retraro da polêmica ali na rede. Da forma que eles se colocaram foi, sim, in uenciado
pelos robôs", a rma Amaro.

O uso dos bots provoca um ambiente de polarização, uma vez que a internet tem um aumento no uxo de mensagens
com o mesmo teor. Neste cenário, assegura o pesquisador, ca difícil surgir um debate espontâneo, com ideias
discordantes e moderadas. "Esse tipo de ação di culta o surgimento de posições mais moderadas. A busca de um
consenso ca prejudicada porque os robôs conseguem sequestrar parte do debate", diz.

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Os pesquisadores estão de olho nas consequências que o uso de bots possa ter nas eleições. "A ação de robôs associada a
divulgação de fake news pode ter um impacto agravado porque essa notícia [falsa] teria uma difusão maior", diz.

Por isso, ele aconselha cuidado aos usuários do Twitter, para tentar identi car as postagens legítimas daquelas motivadas
por robôs. Somente estes dispositivos são capazes de postar um grande número de mensagens por segundo, por
exemplo. Este é um indicativo de que a mensagem pode ser falsa.

"A recomendação é de avaliar se aquele per l tem seguidores que a pessoa conhece, tem um padrão que seja coerente
nas postagens. Muitos deles são são utilizados por um determinado propósito durante um tempo, e depois mudam para
outro", explica Amaro.

Por meio de nota, o curador da exposição, Gaudêncio Fidelis, a rmou que o levantamento da FGV representa um "marco
reparador diante da mais extensa campanha difamatória já orquestrada na área de arte no Brasil".

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Leia a manifestação na íntegra:

"O levantamento realizado pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV/DAPP) sobre o
uso de robôs para impulsionar os ataques à exposição Queermuseu: Cartogra as da Diferença na Arte Brasileira,
censurada e fechada pelo banco Santander em 10 de outubro de 2017, representa um marco reparador diante da mais
extensa campanha difamatória já orquestrada na área de arte no Brasil.

Vale assinalar que o levantamento da FGV, baseado em 778 mil postagens no Twitter, desconstrói de nitivamente a
narrativa, proclamada por alguns segmentos responsáveis pelos ataques e pelo próprio Santander, de que teria havido um
clamor popular contra a exposição que justi caria seu fechamento. O que a análise da pesquisa evidencia é absolutamente
o contrário, derrubando uma das maiores farsas dessa narrativa.

O grá co analítico da interação publicado pela FGV mostra que o contingente de pessoas favoráveis à exposição é
aproximadamente 10 vezes maior do que as desfavoráveis. A interação de robôs dentro do campo de interações
favoráveis é de 7,16% do total enquanto o uso de robôs no contingente de interações desfavoráveis é de 12,97%. Vale
interpretar dois aspectos desses percentuais apontados pelo estudo: de que pelo levantamento feito pela FGV, em relação
ao volume de interação de cada grupo (favoráveis e desfavoráveis) mostra que o uso de robôs em favor da exposição é
in nitamente menor comparativamente ao volume de apoiadores, e o de robôs contra a exposição é praticamente da
mesma escala se comparado ao todo de interações desfavoráveis. Isso mostra que de fato uma imensa maioria que se
manifestou era a favor da exposição.

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Um outro aspecto a ser observado é que segundo o mesmo levantamento, o grupo de apoio à Queermuseu apresenta
'maior diversidade de argumentos' que o grupo contrario a ela, o que parece ser uma evidência de que no grupo contrario,
onde se identi ca uma imensa maioria de atividades de robôs, há um menor numero de fontes de emissão das interações,
apontando para um ataque concatenado e planejado.

Finalmente vale salientar que o próprio título da pesquisa designa o que é caracterizado como 'interferências ilegítimas no
debate público'. Saliento ainda, como caracterizei desde o inicio desse processo, que os ataques à Queermuseu foram um
processo de censura consumado pelo Santander a partir de ataques difamatórios perpetrados por grupos obscurantistas."

PORTO ALEGRE

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