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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Registro: 2014.0000156340

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº


0202518-53.2012.8.26.0100, da Comarca de São Paulo, em que é apelante
ISABELLA DE BARROS CILENTO, é apelado INSTITUTO EUROPEO DI
DESING ESCOLA LTDA.

ACORDAM, em 25ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de


São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Deram provimento ao recurso. V. U.", de
conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores WALTER


CESAR EXNER (Presidente sem voto), VANDERCI ÁLVARES E MARCONDES
D'ANGELO.

São Paulo, 20 de março de 2014.

EDGARD ROSA
RELATOR
-Assinatura Eletrônica-
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APELAÇÃO Nº 0202518-53.2012.8.26.0100 – VOTO Nº 11.762


APELANTE: ISABELLA DE BARROS CILENTO
APELADA: INSTITUTO EUROPEO DI DESING ESCOLA LTDA.
COMARCA DE SÃO PAULO 7ª VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL
MMª JUÍZA DE DIREITO: MARCELA DIAS DE ABREU PINTO COELHO

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EDUCACIONAIS


CURSO DE MESTRADO NO EXTERIOR
PRELIMINARES DE NÃO CONHECIMENTO DO
RECURSO E DE NULIDADE PROCESSUAL
AFASTADAS CONFIGURAÇÃO DE RELAÇÃO DE
CONSUMO ABUSIVIDADE DE DISPOSIÇÃO QUE
CONFERE À INSTITUIÇÃO DE ENSINO A
FACULDADE DE EXTINGUIR UNILATERALMENTE
A AVENÇA PREVISÃO QUE TRADUZ CONDIÇÃO
MERAMENTE POTESTATIVA PRÁTICA ABUSIVA
POR PARTE DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO QUE
CONDUZIU À DESISTÊNCIA DA ALUNA
CARACTERIZAÇÃO DA FIGURA, RECONHECIDA
PELA DOUTRINA, DO INADIMPLEMENTO
ANTECIPADO RESPONSABILIDADE OBJETIVA
PELOS PREJUÍZOS RESULTANTES INDENIZAÇÃO
PELOS DANOS MATERIAIS CONSISTENTES NAS
DESPESAS SUPORTADAS COM O CURSO E COM A
VIAGEM AO EXTERIOR POSSIBILIDADE DANOS
MORAIS IGUALMENTE RECONHECIDOS, PELA
FRUSTRAÇÃO DO OBJETIVO DE FREQUENTAR O
CURSO ESCOLHIDO, APÓS DESLOCAMENTO A
OUTRO PAÍS E CONSIDERÁVEL INVESTIMENTO
REALIZADO INDENIZAÇÃO A TAL TÍTULO
ARBITRADA EM R$ 10.000,00, EM ATENÇÃO ÀS
CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO E AOS CRITÉRIOS E
PARÂMETROS USUALMENTE UTILIZADOS AÇÃO
PROCEDENTE FIXAÇÃO DE NOVA DISCIPLINA
DOS ÔNUS SUCUMBENCIAIS SENTENÇA
REFORMADA.

- Recurso provido.

Trata-se de tempestiva e preparada


apelação (fls. 241/273) interposta contra r. sentença de fls. 211/213,
que julgou improcedente ação declaratória de inexistência de
relação jurídica obrigacional c.c. pedido de indenização por danos
morais e materiais.

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Inconformada, a autora recorre, arguindo


preliminar de nulidade do processo a partir da apresentação da
contestação, instruída com documentos redigidos em língua
estrangeira, uma vez que não observado o disposto no art. 151 do
Código de Processo Civil. No mérito, sustenta, em breve resumo,
ser imperiosa, no caso, a inversão do ônus da prova em seu favor,
consoante previsão neste sentido contida no Código de Defesa do
Consumidor, porquanto preenchidos os requisitos legais para tanto.
Reforça, ademais, a tese de que houve inadimplemento contratual
pela ré, fato que lhe conferiu o direito de resolver o contrato e
exigir a restituição dos valores pagos à instituição de ensino, bem
como indenização por danos materiais e morais, estes últimos
consubstanciados na frustração decorrente da não participação no
curso contratado. Aguarda o provimento do recurso.

As contrarrazões foram apresentadas (fls.


284/307).

É o relatório.

Por proêmio, cumpra afastar a preliminar


de não conhecimento do recurso contida nas contrarrazões. Isto
porque a autora, nas razões de apelação, ataca suficientemente os
fundamentos da sentença, apresentando os argumentos que
considera aptos a embasar os pedidos de anulação e de reforma da
decisão proferida em primeiro grau.

A preliminar trazida pela apelante em seu


recurso também deve ser rejeitada. A disposição contida no art. 151
prevê a nomeação de interprete pelo Juiz caso considere necessário

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obter esclarecimentos a respeito do conteúdo de documentos


redigidos em língua estrangeira, inexistindo tal necessidade no caso
dos autos. Não se cogitou, ademais, de qualquer prejuízo advindo
da não realização do ato, o que, por si só, obsta ao reconhecimento
da nulidade apontada.

No mérito, cumpre assentar, inicialmente,


a existência de relação de consumo entre a instituição de ensino ré e
a autora, na dicção do art. 2º do Código de Defesa do Consumidor,
por ser a última destinatária final dos serviços educacionais
contratados. Disso decorre a incidência de suas disposições à
espécie.

Assim, exige-se da instituição de ensino


que informe o consumidor de forma correta e precisa sobre os
serviços a ele prestados, inclusive sobre os riscos que apresentem,
na forma do artigo 6º, III, do Código de Defesa do Consumidor.

No caso em exame, o Regulamento Geral


dos cursos de mestrado ministrados pela apelada continha a
seguinte previsão: “O Instituto Europeo di Design se reserva o direito de
cancelar os cursos de Mestrado, dentro de um mês da data prevista de início.
Os alunos matriculados serão informados através de comunicado escrito e
todas as taxas já pagas serão reembolsadas, sem nenhum custo adicional” (fls.
28).

Cumpre, no entanto, reconhecer a nulidade


da referida disposição, que se mostra manifestamente abusiva, a
teor do art. 51, incisos XI e XIII do CDC, pois, ao permitir o
cancelamento do curso por mera conveniência da apelada, admite

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que o fornecedor modifique unilateralmente o contrato de prestação


de serviços educacionais. A previsão também é abusiva à luz do
inciso IV do mesmo dispositivo de lei, uma vez que, ao prever a
possibilidade de descontinuidade do curso, transfere o risco de sua
atividade ao consumidor, colocando-o em desvantagem exagerada.
Traduz, ademais, condição puramente potestativa, na medida em
que subordina os efeitos decorrentes do negócio jurídico celebrado
ao puro arbítrio da instituição de ensino, o que é vedado pelo
Ordenamento Jurídico, consoante disposição contida no art. 122 do
Código Civil.

Imperioso reconhecer, portanto, a nulidade


da referida disposição contratual.

Não obstante, extrai-se das provas


produzidas nos autos que a autora viajou à Itália e lá foi informada
de que, em razão do reduzido número de alunos até então inscritos
no curso de mestrado, haveria a possibilidade de seu cancelamento
ou de seu deslocamento para outra cidade ou universidade. Tais
informações foram minuciosamente repassadas pela autora à sua
mãe através de correspondência eletrônica (fls. 68/69) abaixo
reproduzida ipsis literis:

“Mãe, td bem?? Preciso muito da sua ajuda,


estou com alguns problemas em relação ao meu curso e não sei bem como
proceder. Hoje fomos ao IED para encontrar o Stefano, responsável pela área
de Master aqui em Roma, e recebi vária informaçoes que não tinham sido
passadas. Aliás, antes de qualquer coisa, a sede da Giovanni Branca que o
Brasil nos mandou estava errada, a recepcionista do IED disse que todos os
Masters acontecem do outro lado de Roma perto da Casilina (outro extremo da

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cidade); Achei um absurdo tudo isso pois já estava visitando vários


apartamentos perto do lugar que o IED Brasil nos informou, imagina só se eu
alugo e tenho que atravessar a cidade por um erro de informação deles? Os
preços dos bairros variam muito aqui, e com esta crise que a Itália esta
passando esta tudo mais caro, preciso decidir isso logo e não tenho nenhuma
confirmação. Enfim... ao chegarmos ao IED certo, conversei com o Stefano e
eu fiquei mto preocupada! Ele me disse que só tinham 8 pessoas inscritas até
agora no curso e que para o curso acontecer precisariam de 14, sendo que não
havia uma data prevista para o começo do curso, podendo acontecer no final
de abril ou em maio. Fiquei inconformada pois ele me disse que se não
houvesse a confirmação do curso ele procurariam em outra cidade ou em outra
universidade. Mãe vc sabe bem que eu me programei muito para sair do
Brasil, larguei um super trabalho, fiz aula de italiano para vir para Roma que
sempre foi meu sonho, não quero sair daqui e não quero fazer outro curso; vc
sabe que eu sempre sonhei com este curso e estou extremamente decepcionada
com o fato de não ter data nem para começar. Existe ainda um problema de
visto para imigrantes não europeus que impede vários alunos de cursarem os
másters, e se até o final do curso outros alunos tiverem problemas? O curso
deixa de acontecer? O próprio Stefano me falou que existem pessoas da India.
Asia, Oriente Médio e Argentina; Me disse também que isso já aconteceu
antes. Não sei o que fazer, estou preocupada. As informações que são
mandadas do Brasil não batem com as informações que estão sendo passadas
aqui. Você pode me ajudar?? Bjs Isabella.”

Também o documento de fls. 71/72,


consistente em correspondência eletrônica enviada à autora pelo
responsável pelo curso, revela a incerteza de sua prestação no
tempo e lugar convencionados pelas partes.

Cumpre consignar, ademais, que tais fatos


não são refutados pela ré, que se limita a sustentar a possibilidade
de cancelamento do curso a seu talante, com supedâneo na referida

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disposição cuja abusividade está acima assentada.

Posto isto, conclui-se ter ocorrido, no caso


sub judice, o inadimplemento antecipado da prestação por parte da
instituição de ensino, tendo em vista que ela, valendo-se de
previsão manifestamente abusiva, incutiu na consumidora concreto
temor de que o curso escolhido não seria ministrado, o que
culminou na extinção da avença.

GIOVANNI ETTORE NANNI, citando


ensinamentos de ALINE DE MIRANDA VALVERDE TERRA,
discorre que “[é] conhecida a figura do inadimplemento antes do termo, que
se verifica quando o devedor declara de modo terminante ao credor que não
cumprirá ou adota comportamento concludente com o sentido dessa
declaração. Explica Aline de Miranda Valverde Terra que a configuração de
tal teoria no Direito Civil brasileiro depende de suporte fático objetivo, que é a
manifestação de não querer ou não poder adimplir, a qual pode ser expressa
ou tácita. Na manifestação expressa, o devedor declara expressamente que não
cumprirá a prestação, por não querer ou não poder fazê-lo, de modo a não
satisfazer o interesse do credor. Impõe-se que tal declaração seja séria, dotada
de notável grau de certeza e definitividade, bem como livre de vícios. Por outro
lado, a manifestação tácita no sentido de não adimplir corresponde às
situações em que é possível inferir da conduta do devedor que não cumprirá
sua obrigação. Por outras palavras, o devedor demonstra sua vontade de não
adimplir se comportando contrariamente ao adimplemento. (...) Como
consequência, defende Aline de Miranda Valverde Terra que a violação da
prestação devida importa a desconsideração do termo, pelo que passa a ser
imediatamente exigível. O inadimplemento anterior ao termo exsurge,
portanto, como efeito imediato da perda do benefício do termo decorrente da
verificação dos suportes fáticos objetivos e subjetivo. Trata-se, portanto, de
inadimplemento atual da prestação, e não de previsão de inadimplemento

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futuro, pelo qual pode o credor adotar desde logo as medidas cabíveis: perdas
e danos (art. 389 do CC), resolução do contrato (art. 475 do CC) e demanda
de cumprimento.” (“Obrigações”, Editora Atlas, coordenadores RENAN
LOTUFO e GIOVANNI ETTORE NANNI, p. 643-644).

Sobre o tema, vale transcrever o exemplo


citado por JUDITH MARTINS-COSTA:

“Pode, contudo, ocorrer a hipótese


(principalmente nos contratos de trato sucessivo), em que o devedor declare
que não cumprirá, ou demonstre que não cumprirá por meio de
comportamento concludente. Figure-se, num exemplo singelo, um contrato de
empreitada, na construção civil, em que se ajuste a entrega do prédio, um
apartamento de quinze (15) andares a ser construído, para vinte e quatro (24)
meses após a conclusão do contrato. Obviamente um prédio dessas dimensões
não se constrói de uma hora para outra. Se transcorrem, por exemplo,
quatorze (14) meses, e a obra sequer começou a ter suas fundações escavadas,
pode o credor demandar o inadimplemento? A resposta, positiva, vem sendo
dada, desde meados do séc. XIX, pela jurisprudência inglesa.” (“Comentários
ao novo Código Civil. v. V, t. II: do inadimplemento das obrigações”, 2ª
ed., Editora Forense, p. 240-241).

Nesta conformidade, emerge a


responsabilidade da instituição de ensino pelos danos causados,
responsabilidade esta de natureza objetiva. Restou claro que a
desistência do curso pela autora se deu pela ameaça concreta de seu
cancelamento, mostrando-se irrelevante a alegação da ré de que o
curso somente se iniciaria meses depois de extinta a avença entre as
partes, ou de que de fato houve seu início, porquanto sobreveio o
inadimplemento contratual em momento anterior ao suposto
começo das aulas. Disso decorre que deve a ré indenizar a autora

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pelos danos resultantes.

A apelada, por conseguinte, deve


indenizar a autora pelos danos materiais decorrentes do
inadimplemento verificado. Os documentos que instruem a exordial
comprovam o pagamento da taxa de matrícula (R$ 8.015,00), da
contraprestação acordada (R$ 25.000,00), dos valores atinentes ao
seguro viagem contratado (R$ 2.842,00) e às passagens aéreas
adquiridas (R$ 2.049,55), de modo que faz jus a autora ao
recebimento de tais montantes, não impugnados pela recorrida e
cujo dispêndio guarda evidente liame de conexão com a utilização
dos serviços educacionais não prestados. Já o recebimento do valor
discriminado como despesa com hotel (R$ 1.220,72), cujo
desembolso igualmente restou incontroverso e também guarda
relação com a fruição do curso escolhido, dependerá da juntada aos
autos, na fase de cumprimento, da prova documental do pagamento.

Os valores devidos a título de danos


materiais serão acrescidos de correção monetária a partir de cada
desembolso e sobre eles incidirão juros moratórios desde a citação.

Quanto aos danos morais, estão eles


devidamente caracterizados, ante a frustração da expectativa da
autora de frequentar o curso de mestrado escolhido após
considerável investimento realizado, longa e cansativa viagem e
estada na Itália marcada por angústia e incerteza.

No caso em apreço houve ofensa a bem


juridicamente tutelado, de caráter extrapatrimonial. Na esplêndida
lição de Maria Celina Bodin de Moraes, quando os atos ilícitos

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ferem direitos da personalidade, como a liberdade, a honra, a


integridade física, a atividade profissional, a reputação, as
manifestações culturais e intelectuais, a própria violação causa
danos morais in re ipsa, decorrente de uma presunção hominis
("Danos à Pessoa Humana uma leitura civil-constitucional dos
danos morais", Renovar, Rio de Janeiro, 2003, pp. 157/159).

Quanto ao valor da indenização, o seu


arbitramento deve ter em consideração as funções compensatória e
punitiva da indenização. Na função ressarcitória, olha-se para a
vítima, para a gravidade objetiva do dano que ela padeceu (Antônio
Jeová dos Santos, Dano Moral Indenizável, Lejus Editora,
1.997, p. 62). Na função punitiva, ou de desestímulo do dano
moral, olha-se para o lesante, de tal modo que a indenização
represente advertência, sinal de que a sociedade não aceita seu
comportamento (Carlos Alberto Bittar, Reparação Civil por
Danos Morais, ps. 220/222; Sérgio Severo, Os Danos
Extrapatrimoniais, ps. 186/190).

Tendo em vista tais considerações, a


indenização a esse título merece ser fixada no valor de R$
10.000,00. Tal montante tem a finalidade de servir como forma de
compensação à autora pelo padecimento moral suportado, além de
servir de desestímulo à ré.

A indenização por danos morais será


atualizada a partir desta deste arbitramento pelos índices da Tabela
Prática deste Egrégio Tribunal de Justiça, nos moldes da Súmula
362 do Superior Tribunal de Justiça. Os juros moratórios, por sua

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vez, incidirão desde a citação.

Dá-se provimento ao recurso, para julgar


procedente a pretensão de reparação de danos materiais e morais,
nos moldes explicitados neste v. acórdão. Sucumbente, a ré arcará
com as custas processuais e com honorários de sucumbência ora
arbitrados em 10% do valor da condenação.

EDGARD ROSA
Desembargador Relator

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