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A Matemática no Ensino Fundamental

A trajetória recente do ensino de Matemática


A partir da década de 60 - forte influência do movimento que ficou conhecido como
Matemática Moderna.

Como resultado desse movimento, incorporaram-se ao trabalho em sala de aula o uso


exagerado da linguagem dos conjuntos e a formalização precoce de idéias matemáticas que
ainda não estavam ao alcance e a compreensão dos alunos. Mas o movimento trouxe
também a busca e a pesquisa de novos métodos de ensino e de recursos didáticos que levam
em conta que o aprendiz precisa participar de forma ativa na construção de seu
conhecimento.

 Desenvolvimento de competências básicas

A partir da década de 80, acentuou-se entre os educadores matemáticos a preocupação


de estabelecer uma proposta de educação que desse a todos os alunos do ensino
fundamental a oportunidade de desenvolver as competências básicas necessárias para o
exercício da cidadania.
- Essa preocupação se concretizou em diferentes propostas, cujas características principais
foram:

* o ensino da Matemática com base em problemas do cotidiano e das demais áreas de


conhecimento;

* A exploração de um diversificado rol de conteúdos, ocupando-se de forma equilibrada e


articulada de números e operações, espaço e forma, grandezas e medidas, além do
tratamento de informação, que inclui elementos de estatística, probabilidade e combinatória;

* A utilização responsável dos recursos tecnológicos disponíveis – vídeo, calculadora,


computador, etc. – como instrumentos de aprendizagem.
No Brasil, o estabelecimento dos Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCNs, pelo
Ministério da Educação e do Desporto foi um marco decisivo para essa nova educação.

 Os Objetivos Gerais do ensino da Matemática

• “Identificar os conhecimento matemáticos como meios para compreender e transformar o


mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico da Matemática,
como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o
desenvolvimento da capacidade para resolver problemas”.

É essencial que o aluno do ensino fundamental perceba o caráter prático da Matemática,


ou seja, que ela permite às pessoas resolver problemas do cotidiano. No entanto, a
aprendizagem da Matemática deve também contribuir para o desenvolvimento do raciocínio,
da lógica, da coerência, o que transcende os aspectos práticos.

• “Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos


da realidade do ponto de vista do conhecimento e estabelecer o maior
número possível de relações entre eles, utilizando o conhecimento
matemático (aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico,
combinatório, probabilístico)”.

Os diferentes campos da Matemática devem interagir, de forma articulada, às


atividades e experiências matemáticas que serão desenvolvidas pelos alunos do ensino
fundamental. Não apenas as questões aritméticas e algébricas devem merecer atenção, mas
também são fundamentais os trabalhos geométricos e métricos e, além destes, os trabalhos
que envolvem o raciocínio combinatório e o probabilístico e as análises estatísticas.

• “selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-


la e avaliá-las criticamente”.

Atualmente a seleção e a organização de informações são aspectos centrais do


trabalho com Matemática. Em um mundo em que há uma grande massa de informações,
algumas contraditórias, outras pouco importantes, é necessário que o cidadão consiga fazer
triagens e avaliações constantes. A Matemática oferece inúmeras ferramentas para lidar com
as informações que chegam.
• “estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses
temas e conhecimentos de outras áreas curriculares”.

O conhecimento matemático é apresentado em muitos livros didáticos de forma


bastante descontextualizada e isolada. Ele é tratado como se fosse um conhecimento à parte,
sem qualquer relação com outras áreas das ciências ou com temáticas sociais urgentes (que
muitas vezes são destacadas nos projetos pedagógicos das escolas).

• “resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo


formas de raciocínio e processos, como dedução, indução, intuição, analogia, estimativa, e
utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como os instrumentos tecnológicos
disponíveis”.

Freqüentemente a Matemática tem sido trabalhada de forma bastante empobrecedora,


uma vez que fórmulas e regras são apresentadas para serem mecanicamente aplicadas em
exercícios que seguem um dado modelo. Assim, a potencialidade que ela tem de estimular o
desenvolvimento de capacidades importantes não é aproveitada. O aprendiz precisa
conjecturar, intuir, propor soluções para problemas apresentados.

• “comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e


apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas,
fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e
diferentes representações matemáticas”.

Raramente se faz bom uso da linguagem oral ou se buscam relações entre ela e as
representações matemáticas. Os textos matemáticos são, geralmente, os grandes ausentes
nas aulas dessa disciplina. É importante que os alunos do ensino fundamental sejam
estimulados a ler e a escrever pequenos textos relatando suas conclusões ou justificando
suas hipóteses.

• “sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos


matemáticos, desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de
soluções”.
O conceito que cada um faz de sua “capacidade matemática”é um dos fatores mais
importantes do sucesso ou do fracasso de sua aprendizagem. Por esse motivo, é de
fundamental importância que o trabalho com a Matemática possibilite ao aluno do ensino
fundamental a percepção de que é capaz de resolver problemas e de raciocinar, como ele o
faz no dia - a- dia. O professor tem papel decisivo nessa tarefa.

• “Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando


coletivamente na busca de soluções para problemas propostos, identificando
aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o
modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles”.

Aprender matemática se dá em um contexto de interações, de troca de idéias e de


saberes, de construção coletiva de novos conhecimentos. Evidentemente o professor tem um
papel muito importante como mediador e orientador dessas interações. No entanto, é preciso
que os alunos percebam que podem aprender com seus colegas e também que podem
ensina-los. A cooperação na busca de soluções de problemas é um objetivo da mais alta
relevância.

 Conceitos e procedimentos –
dimensões interligadas dos conteúdos

• Quando falamos em conceitos e em procedimentos, sabemos que é bastante difícil


separar a aprendizagem de uns e de outros e que tal separação, de natureza didática, apenas
nos ajuda a compreender que na construção do conhecimento há não só “saberes”(teóricos),
mas também “fazeres” (práticos).
É importante também destacar que a construção de conceitos e de procedimentos não
acontece em um dado momento por meio de uma única explicação do professor, mas sim que
ocorre por aproximações sucessivas. É preciso que o aluno tenha acesso a informações e
vivencie situações em que esses conceitos estão em jogo, para poder construir
generalizações parciais que, ao longo de suas experiências, lhe possibilitarão atingir
conceitualizações cada vez mais abrangentes. Estas, por sua vez, irão leva-lo à compreensão
de princípios, ou seja, conceitos de maior nível de abstração.

 Conteúdos atitudinais

A aprendizagem não deve ser apenas de conceitos e procedimentos mas também de


atitudes. As atitudes devem sempre ser explicitadas aos alunos pelo professor, que destacará
a importância do (a):

• Desenvolvimento de atitudes favoráveis para a aprendizagem de Matemática;

• Confiança na própria capacidade para elaborar estratégias pessoais diante de


situações-problema;

• Troca de experiências com seus pares como forma de aprendizagem;

• Curiosidade por questionar, explorar e interpretar os diferentes usos dos


números, reconhecendo sua utilidade na vida cotidiana;
• Interesse e da curiosidade em conhecer diferentes estratégias de cálculo;

• Utilidade dos elementos de referência para localizar-se e identificar a localização


de objetos no espaço;

• Sensibilidade para a observação das formas geométricas na natureza, nas artes,


nas edificações;

• Uso de medidas e estimativas para resolver problemas cotidianos;

• Interesse por conhecer, interpretar e produzir informações, que se utilizam de


formas geométricas;

• Organização na elaboração e apresentação dos trabalhos.

Resolução de problemas

“Para a grande maioria dos alunos, resolver um problema significa fazer cálculos com
os números do enunciado ou aplicar as fórmulas aprendidas em aula, sem necessariamente
apropriar-se da situação ou buscar compreender e validar os resultados”.
Em função disso, o saber matemático não se apresenta ao aluno como um conjunto de
conceitos inter-relacionados., que lhes permite resolver um conjunto de problemas, mas como
um interminável discurso simbólico, abstrato e incompreensível. O aluno “aprende”Matemática
apenas, por reprodução/imitação.

A resolução de problemas, na perspectiva estudada por vários grupos de educadores


matemáticos, tem como finalidade fazer com que os alunos usem conhecimentos e
informações que estão a seu alcance.

Os PCNs resumem de forma interessante os princípios da resolução de problemas


como eixo organizador do processo ensino/aprendizagem de Matemática:

• O ponto de partida da atividade matemática não é a definição, mas o


problema. No processo de ensino e aprendizagem, conceitos, idéias e
métodos matemáticos devem ser abordados mediante a exploração de
problemas, ou seja, de situações em que os alunos precisem desenvolver
algum tipo de estratégia para resolvê-las;

• O problema certamente não é um exercício em que o aluno aplica, de


forma quase mecânica, uma fórmula ou um processo operatório. Só há
problema se o aluno for levado a interpretar o enunciado da
questão que lhe é proposta e a estruturar a situação que lhe é apresentada;

• Aproximações sucessivas ao conceito são construídas para resolver um


certo tipo de problema; num outro momento, o aluno utiliza o que aprendeu
para resolver outros, o que exige transferências, retificações, rupturas,
segundo um processo análogo ao que se pode observar na história da
Matemática;

• O aluno não constrói um conceito em resposta a um problema, mas


constrói um campo de conceitos que tomam sentido num campo de problema.
Um conceito matemático se constrói articulado com outros conceitos, por
meio de uma série de retificações e generalizações;

• A resolução de problemas não é uma atividade para ser desenvolvida em


paralelo ou como a aplicação da aprendizagem, mas uma orientação para a
aprendizagem, pois proporciona o contexto em que se pode apreender
conceitos, procedimentos e atitudes matemáticas.

 Aspectos envolvidos na resolução de problemas

• Um problema matemático é uma situação que demanda a realização de uma seqüência de


ações ou operações para se chegar a um resultado. Ou seja, a solução não está disponível no
início, mas é preciso construí-la.

Portanto é muito importante discutir com os alunos os procedimentos envolvidos na


resolução de problemas, desde a leitura e a análise cuidadosa da situação até a elaboração
de procedimentos de resolução que envolvem hipóteses, simulações e tentativas.

• É fundamental também aprender a comparar os resultados obtidos com os dos colegas e
validar os procedimentos que utilizaram.
História da Matemática

A respeito da história da Matemática afirmam os PCNs que “conceitos abordados em


conexão com sua história constituem-se veículo de informação cultural, sociológica e
antropológica de grande valor formativo. A História da Matemática e, nesse sentido, um
instrumento de resgate da própria identidade cultural”.
Ao estudar as contribuições matemáticas de culturas antigas, o aluno poderá perceber
que o avanço tecnológico de hoje não seria possível sem a herança cultural de gerações
passadas. Em algumas situações, o recurso à história da Matemática pode auxiliar o aluno a
compreender idéias matemáticas que está construindo e, desse modo, contribuir para que ele
constitua um olhar mais crítico sobre os objetos de conhecimento.

 Utilização das tecnologias da informação e da comunicação

Uma educação tecnológica não significa apenas uma formação voltada para o uso de
recursos, nem sempre disponíveis na escola, mas especialmente uma sensibilização para o
conhecimento dos recursos da tecnologia.

Atualmente é consenso entre os educadores que o ensino de Matemática, e das outras


áreas de conhecimento, deve aproveitar ao máximo os recursos tecnológicos, tanto porque
sua presença é marcante na sociedade como porque podem ser utilizados para desenvolver a
linguagem expressiva e comunicativa dos alunos.

Selecionar artigos de jornais locais, filmes, programas de TV, livros que proporcionem
discussões matemáticas e não matemáticas interessa muito o aprendiz.
As calculadoras e os computadores estão cada vez mais presentes em diferentes
atividades sociais.

As experiências escolares com o computador têm mostrado que seu uso efetivo pode
levar ao estabelecimento de uma nova relação professor-aluno, marcada por uma maior
proximidade, iteração e colaboração. Isso define uma nova visão de professor, que, longe de
considerar-se um profissional pronto ao final de sua formação acadêmica, tem de continuar
em formação permanente ao longo de sua vida profissional.

A calculadora favorece a busca e a percepção de regularidades matemáticas e o


desenvolvimento de estratégias de resolução de situações-problema, pois estimula a
descoberta de estratégias e a investigação de hipóteses, uma vez que os alunos ganham
tempo na execução dos cálculos. Assim, elas podem ser utilizadas como eficiente recurso
para promover a aprendizagem de processos cognitivos.

No mundo atual, saber fazer cálculos com lápis e papel é uma competência que deve
conviver com outras modalidades de cálculo, como o cálculo mental, as estimativas e o
cálculo feito em calculadoras. Portanto, não se pode privar os alunos de um conhecimento
que é útil em sua vida.

Jogos e desafios

Os jogos podem contribuir para um trabalho de formação de atitudes – enfrentar desafios,


lançar-se à busca de soluções, desenvolver a capacidade crítica, a intuição, a criação de
estratégias e a possibilidade de alterá-las quando o resultado não é satisfatório – necessárias
para a aprendizagem da Matemática.
Tais atividades constituem uma forma interessante de apresentar problemas, pois
permitem a construção de uma atitude positiva perante os erros. Uma vez que no jogo as
situações se sucedem rapidamente, os erros podem ser corrigidos de forma natural no
decorrer da ação, sem deixar marcas negativas. Além disso, em um jogo, muitas vezes o
critério usado para distinguir o certo do errado é decidido pelo grupo. Assim, a prática do
debate permite o exercício da argumentação e a organização do pensamento.

A busca das fontes de informação

•É importante que os alunos descubram que eles também têm responsabilidade sobre sua
aprendizagem e que não podem esperar passivamente que o professor tenha todas as
respostas e ofereça todas as soluções, mesmo porque o professor não é o “dono do saber”.
Ele age como o facilitador da aprendizagem e, muitas vezes, como um estudante a mais.

Alguns pontos para reflexão

•Trabalho em grupo

O trabalho em grupo se apresenta como uma estratégia de grande importância. É


preciso, porém, que essa forma de trabalho seja bem compreendida pelos alunos, que suas
regras sejam explicitadas e discutidas, para que não seja entendida como uma atividade na
qual um ou dois alunos trabalhem e os demais apenas apreciem. Os alunos passam a
apreciar o trabalho em grupo quando percebem que podem aprender com seus colegas, mas
que também podem ensinar, e principalmente que precisam aprender a escutar para serem
ouvidos.

•Lição de casa

Fazer lição de casa é uma atividade importante no processo de aprendizagem, e, por
isso, o planejamento desse trabalho deve merecer atenção especial. A lição de casa deve ser
uma tarefa realizada sistematicamente, de forma equilibrada, diversificada e, especialmente
prazerosa
.
•Gestão do tempo

Aproveitar ao máximo o tempo em sala de aula para discussões importantes, que
otimizem o sucesso da aprendizagem dos alunos.
•Estimular o aluno a pensar
Os alunos precisam ter oportunidades efetivas para refletir, tentar resolver problemas,
fazer conjecturas, discutir com os colegas, tirar conclusões.
O ensino de Matemática deve favorecer o desenvolvimento de processos reflexivos.
Para isso, os alunos precisam aprender a analisar diferentes maneiras de abordar um
assunto, de tal forma que possam utilizar o que já sabem sobre ele e tomar decisões.

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