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2001
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Esta edição das REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE EMBARCAÇÕES DE
AÇO QUE OPERAM NA NAVEGAÇÃO INTERIOR data de 2001, e constituiu em uma revisão completa
das Regras anteriores, emitidas em 1985 e revistas, pela última vez, em 1999.
ÍNDICE
TOMO II MATERIAIS 35
SEÇ.1 MATERIAIS PARA O CASCO E PARA EQUIPAMENTOS DE CASCO .............. 35
1.1 Fabricação e ensaios ............................................................................................. 35
1.1.1 Materiais ................................................................................................................. 35
1.1.2 Processos de fabricação do aço ............................................................................ 35
1.1.3 Composição química ........................................................................................... 35
1.1.4 Ensaio de tração ............................................................................................... 35
1.1.4.1 Critério de aceitação para a resistência à tração .................................................. 35
TOMO ITEM ASSUNTO PÁG.
TOMO II
1.1.4.2 Limite de escoamento mínimo admissível .......................................................... 35
1.1.4.3 Alongamento mínimo admissível ......................................................................... 35
1.1.4.4 Relatório ............................................................................................................... 35
1.1.4.5 Corpos de prova padrão para ensaio de tração ................................................... 36
1.1.5 Ensaios de dobramento (flexão) ........................................................................... 36
1.1.5.1 Método .................................................................................................................. 36
1.1.5.2 Dimensões do corpo de prova para ensaio de dobramento ................................. 36
1.1.6 Ensaio de impacto (Charpy) ............................................................................... 37
1.1.6.1 Método de ensaio ................................................................................................. 37
1.1.6.2 Dimensões do corpo de prova para ensaio de impacto ..................................... 37
1.1.6.3 Relatório ............................................................................................................... 37
1.2 Aço fundido ......................................................................................................... 37
1.2.1 Fundidos de aço para o casco ............................................................................. 37
1.2.1.1 Atuação do Vistoriador ......................................................................................... 37
1.2.1.2 Processo de fabricação ......................................................................................... 37
1.2.1.3 Tratamento térmico (recozimento total ou normalização) ........................................ 37
1.2.1.4 Composição química ......................................................................................... 37
1.2.1.5 Ensaio de tração ................................................................................................. 37
1.2.1.6 Propriedades mecânicas relativas à tração ........................................................... 38
1.2.1.7 Ensaio de dobramento ......................................................................................... 38
1.2.1.8 Ensaio de impacto ................................................................................................. 38
1.2.1.9 Ensaios não destrutivos ......................................................................................... 38
1.3 Aço forjado para o casco ........................................................................................ 38
1.3.1 Atuação do Vistoriador ......................................................................................... 38
1.3.2 Processo de fabricação ......................................................................................... 38
1.3.3 Tratamento térmico ............................................................................................ 38
1.3.4 Composição química ......................................................................................... 38
1.3.5 Propriedades mecânicas relativas à tração ........................................................ 38
1.4 Aços estruturais .................................................................................................... 39
1.4.1 Especificação ....................................................................................................... 39
1.4.2 Composição química ......................................................................................... 39
1.4.3 Propriedades mecânicas ......................................................................................... 40
1.4.4 Testes no material ................................................................................................. 41
1.4.4.1 Verificação da composição química .................................................................. 41
1.4.4.2 Ensaio de tração ................................................................................................. 41
1.4.4.3 Ensaio de impacto ............................................................................................... 41
1.4.4.4 Teste dimensional e de acabamento .................................................................. 41
1.4.5 Dimensões e tolerâncias dimensionais............................................................... 41
1.4.6 Defeitos na superfície ......................................................................................... 41
1.4.6.1 Reparo por esmerilhamento ........................................................................................ 41
1.4.6.2 Reparo por solda .................................................................................................. 42
1.4.7 Identificação .......................................................................................................... 42
1.4.8 Certificados .......................................................................................................... 42
1.5 Âncoras ............................................................................................................... 42
1.5.1 Recomendações gerais ......................................................................................... 42
1.5.2 Numeral do equipamento ......................................................................................... 43
1.5.3 Quantidade e peso das ancoras ........................................................................ 43
1.5.4 Materiais ............................................................................................................... 43
1.5.5 Testes dos materiais ......................................................................................... 44
1.5.6 Requisitos de qualidade ......................................................................................... 45
1.5.7 Testes nas âncoras ............................................................................................ 45
1.5.7.1 Atuação do Vistoriador ......................................................................................... 45
1.5.7.2 Teste de dobramento ......................................................................................... 45
1.5.7.3 Teste de queda ..................................................................................................... 45
1.5.7.4 Teste de percussão ............................................................................................ 45
1.5.7.5 Testes de carga .................................................................................................... 45
1.5.8 Marcação .............................................................................................................. 45
1.5.9 Reparos e testes de âncoras danificadas ........................................................ 46
TOMO ITEM ASSUNTO PÁG.
TOMO II
1.6 Amarras ............................................................................................................... 47
1.6.1 Características ..................................................................................................... 47
1.6.2 Carga de ruptura .................................................................................................. 47
1.6.3 Dimensões .......................................................................................................... 47
1.6.4 Material ................................................................................................................ 48
1.6.5 Marcação .............................................................................................................. 48
1.7 Ensaios e inspeção ............................................................................................. 48
1.8 Inspeção visual ..................................................................................................... 48
1.9 Certificado do fabricante ........................................................................................... 48
TOMO III
2.5 Componentes e validade do procedimento ............................................................ 60
2.6 Realização da solda de teste .........................................................................................60
2.7 Inspeções na solda ................................................................................................ 65
2.8 Ensaios mecânicos .............................................................................................. 65
2.8.1 Obtenção dos corpos de prova ..................................................................................... 65
2.8.2 Ensaio de tração em corpo de prova de seção reduzida ..................................... 65
2.8.3 Ensaio de dobramento guiado ............................................................................... 68
2.8.4 Ensaio de quebramento ......................................................................................... 69
TOMO lV ESTRUTURA
TOMO IV
1.6 Elementos estruturais .............................................................................................. 86
1.6.1 Elementos estruturais fixados às chapas da embarcação ..................................... 86
1.6.2 Específico para embarcação-tanque: valor de “h” para os elementos
estruturais fixados às chapas limites de tanques de carga .................................... 88
1.6.3 Elementos estruturais fixados à chapa de convés resistente, conveses
intermediários e fundo duplo que receberão carga uniformemente distribuída... 88
1.6.4 Contraventamentos .............................................................................................. 88
1.6.4.1 Travessas horizontais superior e inferior ................................................................ 88
1.6.4.2 Pilar vertical .......................................................................................................... 89
1.6.4.3 Pilares inclinados ................................................................................................. 89
1.7 Arranjo e união de elementos estruturais ................................................................ 89
1.7.1 Borboletas ................................................................................................................ 89
1.7.2 Arranjo de elementos estruturais da proa e da popa com fundos
chatos e inclinados .................................................................................................. 89
1.8 Chapas do fundo, do bojo e do costado ................................................................ 90
1.8.1 Chapa do fundo ...................................................................................................... 90
1.8.2 Chapa do costado ............................................................................................... 92
1.8.3 União entre o fundo e o costado. Chapa do bojo. União entre o
costado e o convés resistente .............................................................................. 92
1.9 Anteparas limites de tanques ............................................................................ 93
1.9.1 Chapas das anteparas limites de tanques ............................................................. 93
1.9.2 Elementos estruturais das anteparas limites de tanques ...................................... 93
1.10 Chapas das anteparas estanques a -água que não são
limites de tanques ................................................................................................... 94
1.10.1 Chapas das anteparas estanques a água que não são
limites de tanques ................................................................................................. 94
1.10.2 Elementos estruturais das anteparas estanques a água que não
são limites de tanques ......................................................................................... 94
1.11 Quilhas horizontal e vertical ............................................................................ 94
1.11.1 Quilha horizontal ou chapa-quilha ....................................................................... 94
1.11.2 Quilha vertical ...................................................................................................... 95
1.12 Escotilhas e tampas de escotilha ......................................................................... 95
1.12.1 Escotilhas ............................................................................................................... 95
1.12.2 Escotilhas de expansão (apenas para embarcação-tanque) ............................... 95
1.12.3 Braçolas ................................................................................................................ 95
1.12.4 Tampas de escotilha ............................................................................................ 96
1.13 resistência da viga-navio ......................................................................................... 97
1.13.1 Momento fletor longitudinal em águas tranqüilas ................................................. 97
1.13.2 Módulo da Seção Mestra ......................................................................................... 97
1.13.3 Tensão normal no fundo e no convés .................................................................... 97
1.14 Aberturas no chapeamento externo ....................................................................... 98
1.14.1 Generalidades ........................................................................................................ 98
1.14.2 Vigias e olhos de boi (NORMAM 02, artigo 0610) ................................................ 100
1.14.3 Requisitos técnicos para as embarcações que navegarão na Área 1
(NORMAM 02, artigo 0611) ..................................................................................... 100
1.14.4 Requisitos técnicos para as embarcações que navegarão na Área 2
(NORMAM 02, artigo 0612) .................................................................................... 101
1.15 Superestrutura e casaria ......................................................................................... 103
1.15.1 Resistência mecânica ......................................................................................... 103
1.15.2 Anteparas externas da superestrutura ou casaria ................................................ 103
1.15.3 Convés da superestrutura ou casaria ................................................................. 104
1.16 Roda de proa ......................................................................................................... 105
1.17 Estrutura da popa ................................................................................................. 105
1.17.1 Cadaste da clara do hélice .................................................................................. 105
1.17.2 Cadaste de barra ................................................................................................. 105
1.17.3 Chapa do costado na região do hélice ................................................................. 105
1.17.4 Pés de galinha ...................................................................................................... 106
TOMO ITEM ASSUNTO PÁG.
TOMO IV
1.18 Lemes ................................................................................................................... 106
1.18.1 Materiais ............................................................................................................. 106
1.18.2 Generalidades .................................................................................................... 107
1.18.3 Madre do leme .................................................................................................. 107
1.19 Borda falsa dos conveses ......................................................................................... 108
1.20 Tanques de combustível ......................................................................................... 108
1.21 Verdugos .......................................................................................................... 108
1.22 Forração dos porões ......................................................................................... 108
1.23 Aceitação de chapas e de elementos estruturais de
embarcação já existente ......................................................................................... 109
TOMO V MÁQUINAS
TOMO V
SEÇ. 5 HELICES ........................................................................................................... 149
5.1 Requisitos gerais ................................................................................................... 149
5.2 Desenhos a serem submetidos .............................................................................. 149
5.3 Fixação ................................................................................................................. 150
5.3.1 Hélices de pás removíveis ................................................................................. 150
5.3.2 Chavetas ............................................................................................................. 150
5.3.3 Proteção contra a corrosão ................................................................................. 150
5.3.4 Dimensionamento dos estojos ........................................................................... 150
5.4 Sobressalentes ..................................................................................................... 135
TOMO V
8.12 Rede de salmoura .................................................................................................. 163
8.13 Pressões de provas .................................................................................................. 164
8.14 Sobressalentes .................................................................................................. 164
TOMO VI ELETRICIDADE
SEÇ.1 EQUIPAMENTOS E INSTALAÇOES ELETRICAS ............................................... 177
1.1 Generalidades ................................................................................................... 177
1.2 Sistemas de distribuição .................................................................................... 177
1.2.1 Tensão constante, em paralelo ............................................................................ 177
1.2.1.1 Corrente contínua ............................................................................................ 177
1.2.1.2 Corrente alternada ............................................................................................ 177
1.2.2 Corrente constante, em série .................................................................................... 177
1.3 Localização e instalação dos equipamentos elétricos ................................... 178
1.4 Condutores e cabos .......................................................................................... 179
1.5 Bitola padrão dos condutores .................................................................................... 180
1.6 Fator de serviço .................................................................................................. 185
1.7 Marcação de cabos .......................................................................................... 187
1.8 Escolha do condutor ......................................................................................... 188
1.9 Corrente admissível em regime permanente .................................................... 188
1.10 Corrente de curto-circuito .................................................................................... 188
1.11 Capas e isolamentos dos condutores e cabos ................................................... 189
1.12 Aplicação dos cabos ....................................................................................... 190
1.12.1 Cabos com isolamento de algodão envernizado ou de algodão de
amianto envernizado ....................................................................................... 190
1.12.2 Fios e cabos de comunicação interior ............................................................. 190
TOMO ITEM ASSUNTO PÁG.
TOMO VI
1.12.3 Condutores de aparelhos portáteis .................................................................... 190
1.12.4 Cabo com isolamento mineral, revestido de metal ........................................... 191
1.13 Instalação dos condutores e cabos ................................................................. 191
1.14 Máquinas elétricas rotativas .................................................................................... 192
1.15 Quantidade e tamanho dos geradores .............................................................. 193
1.16 Geradores de emergência .................................................................................... 193
1.17 Fusível / disjuntor ................................................................................................ 194
1.18 Ligação à terra ...................................................................................................... 195
1.19 Limitação de velocidade de geradores .............................................................. 195
1.20 Limitação da temperatura .................................................................................... 195
1.21 Reguladores de tensão .................................................................................... 195
1.21.1 Requisito geral ................................................................................................... 195
1.21.2 Gerador “shunt” ou gerador “shunt” estabilizado .............................................. 196
1.21.3 Geradores “compound” .................................................................................... 196
1.21.4 Alternadores ...................................................................................................... 196
1.21.5 Operação em paralelo .................................................................................... 196
1.21.6 Excitatrizes .............................................................................................................. 197
1.22 Arranjos de terminais ....................................................................................... 197
1.23 Motores na Praça de Máquinas ......................................................................... 197
1.24 Bombas ............................................................................................................... 199
1.25 Espaços refrigerados ......................................................................................... 199
1.26 Motores de corrente alternada ........................................................................... 199
1.27 Quadros elétricos – localização ......................................................................... 200
1.28 Acessórios dos quadros .................................................................................... 202
1.29 Proteção elétrica ................................................................................................... 202
1.29.1 Corrente contínua ............................................................................................... 202
1.29.2 Corrente alternada ............................................................................................... 203
1.29.3 Proteção para geradores – CC .......................................................................... 203
1.29.3.1 Tipo “shunt” ....................................................................................................... 203
1.29.3.2 Tipo “compound” equilibrado .................................................................................... 203
1.29.4 Proteção para alternador - CA (para cada alternador) .................................... 203
1.29.5 Proteção de circuitos ......................................................................................... 204
1.29.5.1 Geradores de corrente contínua ........................................................................ 204
1.30 Proteção dos quadros .................................................................................... 205
1.31 Aparelhos de medida nos quadros elétricos ........................................................... 207
1.31.1 Corrente contínua .............................................................................................. 207
1.31.2 Corrente alternada ............................................................................................ 207
1.32 Distribuição ........................................................................................................ 207
1.33 Transformadores ............................................................................................... 210
1.34 Baterias ............................................................................................................... 211
1.35 Fogões, fornos e aparelhos de aquecimento ..................................................... 212
1.36 Comunicações interiores .................................................................................... 212
1.37 Retificadores ...................................................................................................... 213
1.38 Aparelhos de controle ...................................................................................... 214
1.39 Acessórios ....................................................................................................... 214
1.40 Exigências especiais para embarcações-tanque .................................................. 215
1.41 Exigências especiais para embarcações de passageiros ................................. 217
1.42 Provas de máquinas elétricas rotativas .............................................................. 217
1.42.1 Prova de aquecimento .................................................................................... 217
1.42.2 Prova de funcionamento .................................................................................... 217
1.42.3 Prova de dielétrico ............................................................................................... 218
1.42.4 Prova de isolamento ........................................................................................... 218
1.42.5 Provas abreviadas .............................................................................................. 218
1.43 Provas de máquinas elétricas estáticas .............................................................. 218
1.43.1 Prova de aquecimento ..................................................................................... 218
1.43.2 Prova de dielétrico .............................................................................................. 219
1.43.3 Prova de tensão induzida .................................................................................... 219
1.44 Provas dos quadros elétricos .......................................................................... 219
1.44.1 Prova dielétrica ................................................................................................. 219
TOMO ITEM ASSUNTO PÁG.
TOMO VI
1.44.2 Prova de resistência de isolamento ................................................................. 219
1.45 Prova dos cabos elétricos .................................................................................... 220
1.45.1 Prova de dielétrico ............................................................................................ 220
1.45.2 Medida de resistência de isolamento ............................................................... 220
1.46 Testes finais ......................................................................................................... 221
1.46.1 Circuito de luz e força ...................................................................................... 221
1.46.2 Circuitos de comunicações interiores .................................................................. 221
1.47 Sobressalentes ................................................................................................. 222
SEÇÃO 1
DEFINIÇÕES
Arqueação Bruta (AB): medida de volume dos compartimentos da embarcação, de acordo com método
e unidades convencionadas internacionalmente e definidas na NORMAM 02, Capítulo 7.
Abaulamento do convés: curvatura ou inclinação do convés, de tal maneira que a sua distância ao fundo
da embarcação é maior no Plano Diametral que na sua união com o costado. É mais utilizado em
embarcações-tanque.
ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas. Aquisição de normas na Av. Treze de Maio, 13 28o
andar - CEP 20003-900 - Rio de Janeiro (RJ) - tel.: (21)-2210-3122 ramal 125, 127 ou 131 - fax: (21)-2240-
8249. e-mail: abnt@abnt.org.br. Consulta sobre normas: http://www.abnt.org.br.
Altura do abaulamento do convés: distância, medida na direção vertical, entre a chapa do convés, na
sua união com o costado, e a chapa do convés na Linha de Centro da embarcação.
Área 1 de navegação: compreende áreas abrigadas, tais como lagos, lagoas, baías, rios e canais, onde,
normalmente, não sejam verificadas ondas com alturas significativas que apresentem dificuldades ao
tráfego de embarcações (NORMAM 02, artigo 0605).
Área 2 de navegação: compreende áreas parcialmente abrigadas, onde, eventualmente, sejam observadas
ondas com alturas significativas e/ou combinações adversas de agentes ambientais, tais como vento,
correnteza ou maré, que dificultem o tráfego de embarcações (NORMAM 02, artigo 0605). A NORMAM
02, Anexo 6-N, relaciona as localidades do Brasil consideradas como Área 2.
Bacia do Sudeste: região do Brasil que compreende as Lagoas dos Patos e Mirim, os Rios Guaíba, Jacuí,
Caí, Taquari, dos Sinos e Gravataí, e o Canal de São Gonçalo (NORMAM 02, artigo 0330)
Calado de projeto da embarcação (D): é a medida, tomada na direção vertical, na metade do comprimento
da embarcação, da face superior da quilha horizontal até a linha d’água de carga máxima ou de mínima
borda livre.
Casaria: construção sobre o convés resistente que não se enquadra como superestrutura
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REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
DE EMBARCAÇÕES DE AÇO QUE OPERA TOMO I – CONDIÇÕES GERAIS ................................. SEÇÃO 1
NA NAVEGAÇÃO INTERIOR PÁGINA .................................................................................. 18
Certificado de Classificação de Casco & Estrutura: certificado emitido pelo BC atestando que o projeto
e a construção da estrutura da embarcação obedecem a estas Regras (ver 2.2).
Certificado de Classificação de Máquinas, Equipamentos & Eletricidade: certificado emitido pelo BC,
atestando que os sistemas de propulsão, sistemas auxiliares e sistemas elétricos da embarcação obedecem
a estas Regras.
Chapa colaborante: parte da chapa à qual o perfil estrutural está soldado, com comprimento entre apoios
igual ao do perfil e largura igual à metade da distância do perfil ao perfil vizinho (i.e., metade do espaçamento
entre elementos estruturais), tanto para um lado como para outro (ver Figura 1 -1)
Comprimento entre Perpendiculares (Lpp): distância horizontal, em metros, medida na Linha de Centro
da embarcação, desde a PPAV até a PPAR.
Comprimento (L): é o comprimento máximo da embarcação, utilizado para verificar se ela pode ser
atracada a um cais ou docada em um dique seco. É a dimensão normalmente utilizada para o cálculo das
espessuras e módulos de seção das chapas e elementos estruturais da embarcação. Coincide com o
Comprimento Total da embarcação(Lt).
d’água, se este for maior. Em embarcações projetadas com inclinação de quilha, a linha d’água na qual o
comprimento de Regra deve ser medido será paralela à linha d’água de projeto. Na determinação do
Comprimento de Borda Livre de uma embarcação sem propulsão e de convés corrido, será considerado
96% do comprimento total da linha de flutuação paralela, situada a uma altura acima da face superior da
quilha igual a 85% do pontal moldado.
Contraventamento (“truss”): conjunta de vigas ou perfis entrecruzados, utilizados para transmitir cargas
verticalmente. Normalmente, é composto por um pilar vertical, pilares inclinados e travessas horizontais
na sua parte superior e inferior (Figuras 1.6 e 1.8 do Tomo IV). Pode ser plano (“singre laced truss”),
quando os pilares inclinados se situam em um único plano vertical (transversal ou longitudinal à Linha de
Centro da embarcação), ou em dois planos (“double laced truss”), quando os pilares inclinados de um
mesmo conjunto se situam em dois planos (longitudinal e transversal).
Convés de borda livre: convés contínuo, dotado de meios permanentes de fechamento ou de proteção
de todas as suas aberturas expostas ao tempo, e a partir do qual é medida a borda livre da embarcação.
Poderá ser um convés de superestrutura.
Convés resistente: convés que compõe a aba superior da viga-navio e se estende, continuamente, pela
região de meia nau.
Elementos estruturais: adota-se esta denominação, neste Tomo, para designar todos os perfis, vigas,
cantoneiras e barras utilizados na estrutura. Dentre os que são soldados às chapas estão os transversais
gigantes (vau, no convés; cavernas gigantes do costado, do fundo, do fundo duplo e das anteparasse
hastilhas, no fundo), as longitudinais gigantes (sicorda; no convés; escoas, no costado; longarinas, no
fundo e fundo duplo; e longitudinais gigantes, nas anteparas), e as cavernas e longitudinais, que são
elementos estruturais não-gigantes. Dentre os não soldados às chapas estão os contraventamentos e os
pés-de-carneiro.
Embarcação de carga seca: denominação aplicável, para efeitos deste livro de Regras, às embarcações
graneleiras, destinadas ao transporte de granéis sólidos (minérios, cereais, areia, etc.) e as destinadas ao
transporte de carga geral, incluindo carga solta, carga sobre paletes (‘pallets”), contêineres, carretas e
veículos. Pode ser dotada ou não de propulsão própria.
Embarcação tipo A: é a embarcação de casco metálico que não apresenta abertura de escotilha,
sendo o acesso ao interior do casco (ou dos tanques) proporcionado através de pequenas aberturas,
tais como escotilhões, agulheiros, portas ou portas de visita, fechadas e tornadas estanques à água
(“watertight”) por tampas de aço ou material equivalente, caracterizando, desta forma, alta resistência
ao alagamento (NORMAM 02, artigo 0604).
Embarcação tipo B: é a embarcação de casco metálico que possui aberturas de escotilha, que podem
ser fechadas e tornadas estanques ao tempo (“weathertight”), e cujas aberturas de acesso ao interior do
casco (abaixo do convés de borda livre) também são estanques ao tempo (“weathertight”) (NORMAM 02,
artigo 0604).
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REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
DE EMBARCAÇÕES DE AÇO QUE OPERA TOMO I – CONDIÇÕES GERAIS ................................. SEÇÃO 1
NA NAVEGAÇÃO INTERIOR PÁGINA .................................................................................. 20
Embarcação tipo C: é a embarcação de casco metálico que apresenta aberturas no convés principal
(incluindo as aberturas de escotilha) ou nos costados que não podem ser fechadas e tornadas estanques
ao tempo (“weathertight”) (NORMAM 02, artigo 0604).
Embarcação tipo D: é a embarcação de casco não metálico cujas aberturas no convés de borda livre
podem ser fechadas e tornadas estanques ao tempo (‘weathertight’) (NORMAM 02, artigo 0604).
Embarcação tipo E: é a embarcação de casco não metálico cujas aberturas no convés de borda livre não
podem ser fechadas e tornadas estanques ao tempo (weathertight’) (NORMAM 02, artigo 0604).
Empurrador: embarcação dotada de propulsão própria destinada a empurrar outras embarcações, formando
um comboio.
Líquidos inflamáveis: para os efeitos destas regras, são considerados líquidos inflamáveis aqueles com
ponto de fulgor igual ou inferior a 100OC.
Meia nau: região da embarcação centrada na metade do comprimento L, e com extensão de 0,2.L para
vante e 0,2.L para ré.
NORMAM: Normas da Autoridade Marítima, emitidas pela Diretoria de Portos e Costas, da Marinha do
Brasil
NORMAM 02: Normas da Autoridade Marítima para Embarcações Empregadas na Navegação Interior.
Perpendicular à ré (PPAR): é uma linha vertical que passa pela face de ré do cadaste ou, quando este
não existe, pelo eixo da madre do leme.
Perpendicular à vante (PPAV): é uma linha vertical passando pelo ponto de interseção da linha d’água
carregada com a roda de proa.
Pontal moldado da embarcação (P): é a medida, tomada na direção vertical e na metade do comprimento
da embarcação (L), entre a face superior da quilha horizontal e a face inferior do trincaniz (ou a face
inferior do perfil trincaniz para embarcação sem convés). A NORMAM 02, artigo 0606 apresenta os
procedimentos para a determinação do pontal moldado em situações especiais.
Ponto de fulgor (“flash point”): é a temperatura mais baixa na qual, sob a pressão barométrica de 760
mm de coluna de mercúrio, o líquido começa a emitir vapores inflamáveis. Nesta Regras, o ponto de fulgor
se refere sempre ao obtido pelo método de cadinho fechado (‘closed-cup test’).
t : toneladas-força
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2.1 – PROPÓSITO DO BC
a) O Bureau Colombo tem como propósito a classificação de embarcações e estruturas navais, novas
ou em serviço, desenvolvendo regras e padrões para o projeto, construção e a manutenção de
classe, e expedindo o registro de classificação conforme as regras.
b) Para verificar se a estrutura, materiais, equipamentos e máquinas estão de acordo com as regras
e padrões do Bureau, serão efetuadas análises de planos e vistoria local por Vistoriadores
qualificados, durante e depois da construção, com a conseqüente emissão de certificados e
relatórios.
2.2 – CLASSIFICAÇÃO
2.3 – RESPONSABILIDADE
Todos os que se utilizarem, de qualquer forma, dos serviços do BC, deverão entender e concordar
que este não se responsabilizará ou obrigar-se-á, legalmente, em quaisquer circunstâncias, por qualquer
ato ou omissão, negligente ou não, dos seus Vistoriadores, agentes, empregados e representantes, nem
por relatório, certificado ou outro documento expedido por seus Vistoriadores, agentes ou empregados.
b) A cada período de quatro anos, a embarcação deverá ser submetida à Reclassificação, ou seja, à
renovação da Classificação original, após o que se realizarão, novamente, as vistorias anuais para
a Manutenção de Classe e serão válidas todas as condições anteriormente definidas.
d) Faltando quinze dias para o término do período concedido para a permanência na classe, o Armador
será contatado pelo BC, com a finalidade de programar uma nova vistoria.
g) As embarcações desativadas, para que mantenham a sua classe, deverão observar todos os
procedimentos aplicáveis às embarcações em atividade, devendo o Armador notificar a desativação
ao BC.
Estas Regras são válidas, apenas, para embarcações com o comprimento L igual a, no máximo,
30 vezes o pontal P, e com a boca B de, nó máximo, 6 vezes o pontal P.
a) Estas Regras se aplicam, basicamente, aos seguintes tipos de embarcações: embarcação tanque,
embarcação de carga seca, embarcação de passageiros e empurrador.
b) As Regras aplicáveis a apenas um tipo, ou a alguns tipos, de embarcação recebem uma observação
indicando que são específicas para aquele tipo. A Regra que não explicitar a que tipo de embarcação
se aplica será aplicável a todos os tipos. Embarcações que se enquadrem em mais de um tipo, tal
como uma embarcação de carga seca destinada a transportar, também, 12 ou mais passageiros,
deverão cumprir as Regras pertinentes de cada tipo.
c) Estas Regras também poderão ser utilizadas no projeto da estrutura de outros tipos de embarcação,
com as adaptações adequadas. Tomando-se, como exemplo, a classificação estabelecida pela
NORMAM 02, artigo 0215 e Anexo 3-A, os seguintes tipos poderiam utilizá-las:
d) Embarcações com características diferentes das acima poderão ser classificadas, a critério do
BC.
e) Estas Regras não se aplicam a embarcações destinadas a transportar produtos químicos perigosos
a granel nem gases liquefeitos a granel, incluindo gás liquefeito de petróleo (GLP) e gás natural a
granel.
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2.5.3 – Materiais
Estas Regras são válidas para embarcações fabricadas no aço especificado no Tomo lI, e de
construção soldada. A utilização de aço diferente do especificado, bem como de uniões não realizadas por
solda, deverá ser submetida à aprovação do BC. A utilização de liga de alumínio devera obedecer às
Regras específicas do BC.
2.5.4 – Mão-de-obra
b) Classificação especial:
Embarcações não construídas sob a supervisão do BC, mas submetidas, posteriormente, a
classificação, serão sujeitas a uma inspeção para classificação especial, recebendo os símbolos descritos
a seguir, mas sem a marca +.
Sim- Sim-
Bolo Significado Bolo Significado
PAS Embarcação de passageiros EDR Embarcação para dragagem
REB Rebocador EMP Empurrador
EGR Embarc. p/ transp. de granéis sólidos GLP Embarcação para transporte de GLP
EPC Embarc. de passageiros e carga EQM Embarc. p/ transp. de produtos químicos
FRB Ferry-boat EES Embarcação de ensino
ECG Embarc. p/ transporte de carga geral EPS Embarcação de pesca
EGL Embarcação tanque / granéis líquidos EAP Embarcação de apoio
OFF Embarcação off-shore TBR Transbordadores
EPQ Embarcação de pesquisa COM Embarc. de transporte de contêineres
ARE Embarcação de transporte de areia OEM Outras embarcações
CBR Cábrea
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Embarcações de casco de aço não possuirão qualquer símbolo adicional. Embarcações de casco
fabricado em ligas de alumínio receberão o símbolo EAL em adição ao indicativo do tipo de embarcação,
e as de casco fabricado em fibra de vidro receberão o símbolo EFV.
A notação ME significa que sistemas elétricos, máquinas e equipamentos estão de acordo com as
prescrições do BC.
As máquinas construídas e instaladas de acordo com estas Regras, conforme constatação dos
vistoriadores do BC, após as provas de mar, se aprovadas, serão classificadas recebendo o símbolo +ME.
As máquinas construídas e instaladas sem a supervisão do Bureau, que forem submetidas à
classificação, estarão sujeitas à vistoria especial. Quando os resultados forem satisfatórios, serão
classificadas e receberão o símbolo ME.
Os símbolos abaixo não se referem à classificação do navio, e sim à sua situação de classificação
e, portanto, são utilizados apenas em relatórios, certificados e relações de controle da situação de
classificação de embarcações.
SEÇÃO 3
VISTORIAS
3.1 – GENERALIDADES
c) Sempre que os Vistoriadores recomendarem reparos ou requeiram uma vistoria adicional dentro
de um certo prazo, os Armadores deverão mandar executar os reparos recomendados ou
providenciar para que a vistoria adicional possa ser feita dentro do prazo estipulado, para que não
haja cancelamento ou suspensão dos Certificados.
Período
de 1 ano
Flutuando para Manutenção de Classe
Período de 1 ano
Reclassificação - Vistorias em Seco Flutuando
para renovação do certificado de Classificação.
Figura 3-1 – Ciclo básico da classificação de embarcações (período total de quatro anos)
d) Os Armadores deverão comunicar aos Vistoriadores, durante as vistorias, quaisquer avarias nas
máquinas, casco, estrutura, equipamento ou sistema elétrico que possam prejudicar a segurança
da embarcação e que ainda não tenham sido comunicadas ao BC.
f) Nenhuma alteração estrutural que possa afetar a segurança da embarcação, sua classificação,
arqueação ou marca de borda livre poderá ser executada em seu casco, máquina ou equipamento
de convés ou elétrico, sem que os planos da alteração tenham sido submetidos à aprovação do
BC. Somente após essa aprovação os trabalhos de alteração poderão ser iniciados e, no seu
término, aprovados pelos Vistoriadores. Os Vistoriadores deverão vistoriar as embarcações
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embarcações classificadas sempre que tais vistorias sejam solicitadas pelos Armadores. Quando
possível, os Vistoriadores deverão aproveitar as ocasiões das vistorias solicitadas, em caso de
avaria, para estendê-las, de modo a torná-las vistorias anuais ou periódicas especiais, evitando,
assim, a duplicação de trabalho e a paralisação dispensável da embarcação.
g) Os Armadores serão notificados pelo BC das datas das Vistorias, mas a responsabilidade de
torná-las possíveis, pela presença da embarcação no local adequado, cabe inteiramente aos
Armadores.
h) Quando uma vistoria não for completada por motivo de força maior, os Vistoriadores comunicarão
ao BC e aos Armadores, para que estes fiquem cientes das partes ainda sujeitas a vistoria adicional.
Memorial descritivo (1) Plano de capacidades (1) Arranjo de luzes de navegação (1)
Arranjo geral (1) Curvas hidrostáticas (1) Folheto de trim e estabilidade preliminar (1)
Plano de linhas (1) Estimativa de peso leve (1) ART/CREA do responsável pelo projeto (1)
Perfil estrutural (1) Plano de segurança (1) Curvas Cruzadas de Estabilidade (1)
Expansão do chapeamento (1) Seção Mestra (1)
Observações:
(1) Após a análise e aprovação dos documentos assinalados com (1), o BC emitirá a Licença de Construção da
embarcação (NORMAM 02, artigos 0308 e 0311.a);
(*) Só será obrigatória a apresentação do Estudo de estabilidade em avaria para embarcações destinadas ao
transporte a granel de combustíveis líquidos, derivados de petróleo e de álcool, na Bacia do Sudeste (NORMAM
02, artigo 0330 e Anexo 3-L);
(**) Diagramas descritos na Seção 7 (Tubulação e bombas) do Tomo V – Máquinas
(***) O Plano de Solda só será obrigatório nas condições definidas na Seção 1 do Tomo III
b) A NORMAM 02, Anexo 3-F, define o conteúdo dos planos e documentos previstos para a obtenção
da Licença de Construção. A NORMAM 02, artigos 0325, 0326, 0327 e 0517, estabelece requisitos
adicionais para os planos. A NORMAM 02, Anexo 3-G, define as informações mínimas que deverão
constar no Memorial Descritivo.
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c) Deverão, ainda, ser apresentados para o BC, para informação, os Procedimentos de Montagem e
Soldagem do Estaleiro Construtor, em três vias.
d) No caso em que uma série de embarcações, utilizando o mesmo projeto, for construída pelo
mesmo estaleiro, somente para a primeira embarcação da série (protótipo), deverão ser submetidas
à aprovação do BC três cópias dos planos definidos na alínea a), e enviadas para informação do
BC três cópias dos documentos definidos na alínea c). Para cada uma das demais embarcações,
só deverão ser submetidos à aprovação do BC três cópias dos planos que forem alterados em
relação ao protótipo, e mais três cópias dos seguintes documentos (NORMAM 02, artigo 0313):
Observações:
(1) Após a análise e aprovação dos documentos assinalados com (1), o BC emitirá a Licença de Construção da
embarcação (NORMAM 02, artigos 0308 e 0311.a);
(&) A declaração do responsável técnico, caracterizando as condições de carregamento nas quais a embarcação
operará, deverá obedecer ao modelo apresentado na NORMAM 02, Anexo 3-H.
Memorial descritivo (1) Plano de capacidades (1) Arranjo de luzes de navegação (1)
Arranjo geral (1) Curvas hidrostáticas (1) Folheto de trim e estabilidade preliminar (1)
Plano de linhas (1) Estimativa de peso leve (1) ART/CREA do responsável pelo projeto (1)
Perfil estrutural (1) Plano de segurança (1) Curvas Cruzadas de Estabilidade (1)
Expansão do chapeamento (1) Seção Mestra (1) Arranjo da Praça de Máquinas (1)
Observações:
(1) Após a análise e aprovação dos documentos assinalados com (1), o BC emitirá a Licença de Construção da
embarcação (NORMAM 02, artigos 0308 e 0311.a);
(*) Só será obrigatória a apresentação do Estudo de estabilidade em avaria para embarcação destinada ao
transporte a granel de combustíveis líquidos, derivados de petróleo e de álcool, na Bacia do Sudeste (NORMAM
02, artigo 0330 e Anexo 3-L);
(**) Diagramas descritos na Seção 7 (Tubulação e bombas) do Tomo V – Máquinas;
(***) O Plano de Solda só será obrigatório nas condições definidas na Seção 1 do Tomo III;
b) A NORMAM 02, Anexo 3-F, fornece uma descrição sumária das características dos planos e
documentos previstos para a obtenção da Licença de Construção, e das informações mínimas
que cada um deverá conter. A NORMAM 02, artigos 0325, 0326, 0327 e 0517, estabelece requisitos
adicionais para os planos. A NORMAM 02, Anexo 3-G, define as informações mínimas que deverão
constar do Memorial Descritivo.
c) Deverão, ainda, ser apresentados para o BC, para informação, os Procedimentos de Montagem e
Soldagem do Estaleiro Construtor, em três cópias.
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d) No caso em que uma série de embarcações, utilizando o mesmo projeto, for construída pelo
mesmo estaleiro, só para a primeira embarcação da série (protótipo) deverão ser submetidas à
aprovação do BC três cópias dos planos definidos na alínea a), e enviadas para informação do BC
três cópias dos documentos definidos na alínea c). Para cada uma das demais embarcações, só
deverão ser submetidos à aprovação do BC três cópias dos planos que forem alterados em relação
ao protótipo, e mais três cópias dos seguintes documentos (NORMAM 02, artigo 0313):
Observações:
(1) Após a análise e aprovação dos documentos assinalados com (1), o BC emitirá a Licença de Construção da
embarcação (NORMAM 02, artigos 0308 e 0311.a);
(&) A declaração do responsável técnico, caracterizando as condições de carregamento nas quais a embarcação
operará, deverá obedecer ao modelo apresentado na NORMAM 02, Anexo 3-H.
3.2.5 – Vistorias
No decorrer da construção, serão realizadas vistorias por parte dos Vistoriadores do BC. Os
eventos de construção, inspeção, teste e provas a serem testemunhados pelo Vistoriador deverão ser
estabelecidos a critério deste, em vista do planejamento da construção.
Deverá ser obedecido o item 3.2.2, com a seguinte diferença: os planos marcados com o símbolo
(1) se destinam à emissão do Documento de Regularização, em lugar da Licença de Construção.
Deverá ser obedecido o item 3.2.3, com a seguinte diferença: os planos marcados com o símbolo
(1) se destinam à emissão do Documento de Regularização, em lugar da Licença de Construção.
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3.3.4 – Vistorias
a) A embarcação deverá ser vistoriada, com a finalidade de verificar a sua conformidade com os
planos aprovados e o seu estado de conservação e manutenção.
a) As vistorias extraordinárias serão realizadas quando solicitadas pelo Armador, nos seguintes casos:
a. Quando a embarcação sofrer qualquer avaria no casco, máquinas, equipamentos ou
instalação elétrica, que possa prejudicar a segurança da embarcação.
b. Quando o Armador desejar fazer alterações ou modificações no casco, nas máquinas, em
equipamentos ou na instalação elétrica, que possam afetar a segurança da embarcação
durante o serviço. Neste caso todos os certificados ficam cancelados e deverá ser emitido
uma Licença de Alteração / Reclassificação com a prévia análise dos planos que deverão
ser alterados e um novo cicio de classificação e regularização será iniciado após a
aprovação de todos os serviços executados.
b) Quando qualquer vistoria não tiver sido concluída, os Vistoriadores poderão permitir um prazo,
não superior a 3 meses, para a sua conclusão, mediante uma vistoria adicional..
b) Os Vistoriadores deverão verificar, em cada vistoria, se foi feita alguma alteração que possa afetar
a segurança da embarcação. Caso seja constatada alteração, o Armador deverá ser notificado a
alterar adequadamente os planos. Após a análise desses planos alterados, será emitida a Licença
de Alteração / Reclassificação da embarcação, uma cópia da qual será enviada à autoridade
marítima onde a embarcação estiver inscrita.
3.6.1 – A embarcação deverá ser docada em dique seco ou em carreira. O casco raspado e limpo para
exame do chapeamento, da roda de proa, da quilha e do cadaste. Se o Vistoriador considerar necessário,
poderá solicitar que sejam medidas as espessuras nos locais houver sinais de desgaste excessivo, de
preferência através de ultrassom. Deverá ser usado o critério de aceitação definido no item 1.50 da Seção
1 do Tomo IV (Estrutura).
3.6.2 – As partes da estrutura que apresentarem defeito ou redução substancial dos escantilhões deverão
ser reparadas de modo a torná-las novamente iguais, em material e dimensões, aos escantilhões originais
ou ao estabelecido nos planos aprovados.
3.6.3 – Todas as aberturas deverão ser cuidadosamente examinadas. O casco, até a linha d’água carregada,
deverá ser pintado. As marcas de borda livre e de calado deverão ser vistoriadas e pintadas, nas dimensões
especificadas no Certificado de Borda Livre da embarcação.
3.6.4 – O leme deverá ser examinado, levantado, quando for necessário, para a medida de folgas, e
reembuchado se necessário.
3.6.5 – Os porões de carga, tanques verticais, piques, porões outros que não de carga, espaços de máquinas
ou tanques de combustíveis deverão ser limpos. As superfícies do cavernamento e chapeamento deverão
ser limpas para exame, e pintadas onde for necessário. No caso em que a superfície interna das chapas
do fundo for coberta com cimento, asfalto, etc., a remoção desse revestimento poderá ser dispensada,
desde que seja cuidadosamente examinada por martelagem ou picagem para verificar se o dito revestimento
está perfeito e aderente ao aço.
3.6.7 – Nas embarcações sem duplo fundo, pelo menos duas fiadas em cada borda, de vante para ré, das
chapas do piso deverão ser removidas, para permitir o exame do cavername da chapa do fundo. Todas as
forrações portáteis, nos porões, e as chapas dos pisos nos espaços de máquinas, deverão ser removidas
para exame do cavernamento e do chapeamento.
3.6.8 – Nas embarcações com fundo duplo, os tanques e espaços de ar deverão ser limpos e examinados
internamente. As chapas do piso acima do duplo fundo deverão ser removidas em número suficiente para
o exame das chapas de topo do fundo duplo. Todos os tanques e cofferdames do duplo fundo deverão ser
limpos e examinados internamente.
3.6.9 – Todos os duplos fundos, espaços de ar e outros tanques deverão ser limpos perfeitamente e, onde
houver óleo, desgaseificados, para que sejam examinados internamente. Para tanques que tiverem sido
usados exclusivamente para óleo combustível, a limpeza interna e a desgaseificação poderão ser
dispensadas (exceto para os pique-tanques), sempre que o Vistoriador, após um exame externo dos tanques,
julgar que os mesmos estão em condições satisfatórias.
3.6.10 – Quando todos os tanques do duplo fundo são usados exclusivamente para óleo, um deles, o
maior, deverá ser limpo, desgaseificado e examinado internamente. Se as condições forem satisfatórias, o
Vistoriador poderá dispensar a desgaseificação dos demais tanques de óleo do duplo fundo.
3.6.11 – Os conveses deverão ser examinados e, quando revestidos, o revestimento não necessitará ser
removido, desde que o Vistoriador esteja certo de que está em perfeitas condições e satisfatoriamente
aderente às chapas dos conveses.
3.6.13 – Nos porões isolados para carga refrigerada, as calhas, cobros, ou dalas e escotilhas deverão ser
retirados para inspeção.
3.6.15 – As amarras deverão ser arriadas no fundo do dique ou carreira, e examinadas. Serão substituídas
as seções, ou a amarra em sua totalidade, quando os elos apresentarem redução excessiva de diâmetro,
de acordo com a Tabela 3.1.
3.6.16 – A superfície interna e externa do chapeamento, a estrutura, incluindo cavernas, vaus, hastilhas,
borboletas, sobrequilhas, escoas, longitudinais, sicordas, teto dos tanques, fundações de caldeiras e
máquinas, túneis dos eixos, fundações dos mancais de escora e de sustentação dos eixos, anteparas
estanques, rebites, costuras soldadas e os conveses deverá ser examinada e reparada, se necessário.
3.6.17 – Se o Vistoriador achar conveniente, deverão ser realizadas medições de espessura das chapas
dos conveses, anteparas, etc., principalmente nos locais sujeitos à corrosão acentuada e, sempre que a
redução dos escantilhões for julgada excessiva, as partes defeituosas deverão ser removidas e substituídas
por novos materiais, de dimensões e qualidade adequadas.
3.6.18 – Nas embarcações-tanque, deverão ser medidas as espessuras das chapas dos conveses,
anteparas e membros estruturais principais.
3.6.20 – Nos porões isolados para carga refrigerada, calhas, cobros, dalas e escotilhas devem ser removidos
para exame. A critério do inspetor, o revestimento, em parte ou no todo, deve ser também removido.
3.6.21 – Todas as cunhas dos mastros devem ser renovadas. As condições dos mastros, paus de carga,
etc. devem ser verificadas por percussão ou furos para determinar a espessura.
Em cada vistoria, as seguintes partes devem ser examinadas:
3.6.23 – Todas as máquinas à vapor, se existirem, quer sejam principais, auxiliares ou especiais, deverão
ser abertas, a fim de serem inspecionados os empalhetamentos móveis e fixos das turbinas, os rotores, os
extratores, os cilindros, as válvulas, os êmbolos, as molas de segmento, as conectoras, as
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3.6.25 – As engrenagens redutoras das maquinas principais e auxiliares deverão ser abertas e inspecionados
os eixos, acoplamentos, mancais, engrenagens, pinhões, sistemas de lubrificação, catracas e seus
mecanismos, aparelhos de travamento, etc.
3.6.26 – Todas as bombas principais ou auxiliares, de propulsão elétrica, mecânica ou a vapor, serão
abertas para a inspeção das distribuições, êmbolos, hastes, cilindros, válvulas, mancais, turbinas,
impelidores, pratos, eixos, bem como das suas válvulas, torneiras, redes, raios, filtros, dispositivos de
segurança, sistemas de lubrificação e instrumentação, etc. e de outra qualquer parte, a critério do inspetor.
3.6.27 – Todos os eixos (exceto os propulsores) deverão ser inspecionados, bem como os seus mancais
de escora e de sustentação.
3.6.28 – Todas as redes (principais e auxiliares), e especialmente a rede de vapor principal, serão
inspecionadas e, a critério do vistoriador, serão removidas e submetidas a teste hidrostático a 1,5 vezes a
pressão de trabalho, para as redes cuja temperatura de trabalho seja inferior a 427OC.
3.6.29 – Os motores de combustão interna, principais ou auxiliares, serão abertos para inspeção dos
cilindros, cabeçotes, válvulas, molas de segmento, comando de válvulas, camisas, jaquetas, êmbolos,
hastes, conectoras, eixo de manivela, pinos, cambotas, cruzetas, mancais fixos e móveis, mancais de
escora, bomba de ar de lavagem, supercarregadores, bomba de combustível, injetares, bomba de
lubrificante, sistema de lubrificação, bomba de refrigeração e seus sistemas, engrenagens de inversão de
marcha, acoplamentos, sistema elétrico de ignição, válvulas de segurança e dispositivos de segurança
contra explosão no cárter, muflas, todas as bombas dependentes e independentes servindo diretamente
ao motor e a outras partes que o inspetor julgar necessário. Os motores serão ainda examinados operando
em condições normais de serviço.
3.6.30 – Os reservatórios de ar serão examinados externa e internamente, bem como suas válvulas e
dispositivos de segurança. Se não se dispuser de meios para o exame interno dos reservatórios, estes
serão testados a uma pressão hidráulica de 2 vezes a pressão de trabalho.
3.6.31 – Os eixos propulsores, quando revestidos completamente com camisas de bronze, ou que trabalhem
dentro de buchas lubrificadas a óleo, serão retirados de 4 em 4 anos para inspeção.
3.6.32 – Os mancais dos eixos propulsores serão abertos para inspeção e serão tiradas as folgas dos
mesmos.
3.6.33 – Os compressores deverão ser abertos e inspecionados os cilindros, êmbolos, válvulas, hastes de
segurança, conectores, mancais, sistema de refrigeração e outras partes, a critério do inspetor.
coletores, aquecedores de ar, controles automáticos, manômetros, pirômetros, periscópio de fumaça, rede
de queima, maçaricos, tijolos refratários, juntas de expansão dos refratários, barro, plástico, paredes
divisórias, máquinas de ventilação, tubos ventiladores e outros aparelhos ou acessórios, a critério do
inspetor. Sempre que for julgado necessário, serão dadas provas hidráulicas de 1,5 a pressão de trabalho
e, dependendo dos vazamentos encontrados, serão tirados blocos exploratórios para exame das paredes
dos tubos e posterior retubulação total ou parcial. Nas caldeiras flamatubulares, será dada especial atenção
para rachaduras nas carcaças, avarias nos espelhos e empeno nas fornalhas, os quais deverão ser medidos
com calibres para se constatar os que deverão ser corrigidos. Nas caldeiras aquatubulares, especial
atenção será dada para a corrosão interna e externa dos tubos e qualquer flexamento. As paredes refratárias
deverão ser substituías quando atingirem um desgaste de 25% ou quando apresentarem formação interna
de escória.
3.6.36 – As fundações das máquinas principais e auxiliares e especiais, caldeiras, mancais do propulsor,
condensadores e engrenagens redutoras serão cuidadosamente inspecionadas, bem como os dispositivos
de fixação das citadas máquinas, ou equipamentos e as respectivas fundações.
3.6.37 – Equipamentos elétricos auxiliares. Todos os geradores serão testados sob carga, funcionando
separadamente ou em paralelo. Todas as conexões, aparelhos, medidores, quadros de manobra, quadro
de distribuição, seccionadoras, caixas de distribuição, relés, disjuntores, chaves e etc. serão inspecionados.
Todos os equipamentos serão inspecionados com o objetivo de serem localizadas avarias ou deteriorações.
A fixação será examinada. Serão evitadas, no entanto, ao máximo as desmontagens. A resistência de
isolamento dos circuitos será medida entre condutores e dos condutores para terra, sendo estes valores
comparados com os previamente medidos. Qualquer discrepância nos valores deverá ser examinada, e
tomadas medidas corretivas, de modo a ser restabelecida a resistência ao seu valor admitido. Nos
transformadores, ou equipamentos associados com circuitos vitais que forem imersos em óleo, deverão
ser retiradas amostras do óleo para serem testadas quanto à rigidez dielétrica, acidez e umidade ou, ser
for mais conveniente, substituir por óleo novo devidamente certificado. Todos os geradores e motores
associados a circuitos vitais deverão ser abertos para inspeção rigorosa. A resistência de isolamento, em
megohms, deverá ser, no mínimo, igual a: 100 E / (W5 x 10), onde: E = Tensão nominal do gerador ou
motor, em volts; e W = Potência nominal, em KVA. A resistência de isolamento mínimo do campo dos
motores ou geradores excitados separadamente com tensão menor que a tensão nominal deverá variar
de 1/2 a 1 mega-ohm.
3.6.39 – Lemes e Aparelho de Governo. Serão inspecionados os lemes interna e externamente. Serão
inspecionados os mancais e tiradas as folgas. Serão inspecionados máquinas do leme, transmissões,
timão, pilotos automáticos e agulhas magnéticas e giroscópicas.
3.6.40 – Alarmes. Serão testados o funcionamento do alarme geral, de incêndio, de câmara frigorífica,
etc..
3.6.41 – Deverão ser inspecionados o Telégrafo da Máquina, quadros elétricos, painéis de distribuição de
energia e demarradores, o sistema de iluminação e as luzes de navegação e mastro.
3.6.43 – Após cada vistoria será realizado um teste de operação chamado teste de mar, quando, sob a
orientação do Vistoriador do BC, serão analisados todas as máquinas, equipamentos e sistemas elétricos
em funcionamento.
As vistorias em seco de uma embarcação só poderão ser adiadas nas seguintes condições:
a) Caso a embarcação já tenha sido vistoriada em seco anteriormente por alguma condição especial,
seja por reparos, alteração de vulto ou avarias, a data de aniversário da vistoria em seco passará
a ser em função dessa vistoria ocorrida.
b) Caso não exista uma carreira ou dique que comporte a embarcação a ser vistoriada em seco, na
região de operação desta, essa embarcação sofrerá uma vistoria especial flutuando para verificação
do seu estado atual, que poderá, a critério do Vistoriador, ser prorrogada a respectiva docagem no
período de até 1 (um) ano, desde que o Armador possa confirmar a data e local apropriado para
essa docagem em outra região para.onde deslocará a embarcação. Ficará a critério do Vistoriador
a verificação da necessidade de vistorias sub-aquáticas, para que seja programado o prazo máximo
da respectiva prorrogação. Em caso do Armador não cumprir o prazo estipulado para a prorrogação,
todos os certificados ficarão suspensos automaticamente.
c) Se, na época do aniversário da vistoria em seco, o Armador não solicitar a devida prorrogação,
todos os certificados ficarão suspensos até que a vistoria especial flutuando seja realizada. O BC
se eximirá de qualquer responsabilidade que venha a ocorrer nesse período.
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TOMO II - MATERIAIS
SEÇÃO 1
O aço deverá ser produzido por fabricante reconhecido pelo BC e ser fabricado por um dos seguintes
processos: Siemens-Martin (open-hearth), oxigênio-básico, forno elétrico, conversor LD, ou outro processo
equivalente, previamente aprovado pelo BC.
A composição química, quando não for especificamente definida nesta Seção, deverá estar de
acordo com os requisitos de composição química para os graus A, B, D, E, AH 32, AH 36, DH 32, DH 36,
EH 32, EH 36, conforme a norma ABNT NBR 7241 - “Chapas de aço estrutural para o uso naval”.
Os ensaios de tração deverão ser realizados de acordo com a norma da ABNT NBR-6152
“Materiais Metálicos - Determinação das propriedades mecânicas à tração”.
1.1.4.4 – Relatório
b) Dimensões do corpo de prova cilíndrico, para ensaio de tração (para aço fundido, forjado, perfis e
outros), deverão ser usinados conforme dimensões estabelecidas abaixo:
1. diâmetro igual a 12,5 mm ± 0,25 mm.
2. comprimento inicial I0 dos pontos de referência igual a 50 mm ± 0,10mm, ou 5,65 . S1/2 ;
3. os pontos de referência servem para medir alongamento após ruptura.
4. o comprimento da Seção reduzida paralela, Ir deve ser igual a 60 mm (no mínimo 10%
maior que I0).
5. raio de concordância com a extremidade mais larga (garra) deve ser igual a 10 mm.
6. os extremos poderão ter as formas (paralela, cônica, roscada ou outra) adaptável à maquina
de ensaio disponível.
7. barras redondas (vergalhões), tubos e outros poderão ser ensaiados em suas formas
(sem usinagem).
c) Corpos de prova para ensaio de tração, com dimensões diferentes das definidas nas alíneas a) e
b) acima poderão ser adotados, desde que com prévia autorização do BC.
c) arestas deverão ser arredondadas com lima ou usinadas com raio não superior a 1,5 mm
1.1.5.3 – Quando for requerido ensaio de dobramento para forjados e fundidos, a seção usinada deverá
possuir 25 mm x 12,5 mm, nunca inferior a 12,5 mm x 12,5 mm, vide item 1.2.1.7.
1.1.5.4 – O comprimento do corpo de prova deverá ser suficiente para a operação de dobramento, que
consiste em dobrar a frio até 180O, em torno do cutelo de diâmetro igual a 3 vezes a espessura do corpo de
prova, sem apresentar fraturas na superfície externa.
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O ensaio de Impacto deverá estar de acordo com os requisitos das norma da ABNT NBR-6157 -
“Materiais metálicos - Determinação da resistência ao impacto em corpos de prova entalhados,
simplesmente apoiados - Método de ensaio”.
1.1.6.3 – Relatório
1.2.1.1 – As peças fundidas destinadas à construção da embarcação, deverão ser aprovadas pelo BC. O
Vistoriador do BC organizará um programa de testes necessários para a aprovação das fundições. As
peças aprovadas serão marcadas pelo Vistoriador em locais apropriados, de fácil visualização.
Todos os fundidos deverão ser submetidos a tratamento térmico para refinar o grão da estrutura.
Se o fundido, após o tratamento térmico, tiver aquecimento localizado ou operação de deformação, um
subseqüente tratamento térmico de alívio de tensões deverá ser efetuado, como, por exemplo, após a
soldagem.
Uma análise de corpo de prova de cada corrida de aço deverá ser feita pelo fabricante. A
composição química deverá estar nos seguintes limites: carbono 0,23 % máx.; silício 0,60 % máx.; manganês
1,60 % máx.; enxofre 0,040% máx.; fósforo 0,040% máx; elementos residuais: cromo, níquel, molibdênio e
cobre, poderão perfazer um total de 0,8% máx.
Conforme o item 1.1.5.1, em torno de cutelo, com diâmetro máximo de 50mm, com um ângulo
externo de dobramento de 120O.
Fundidos de aço ferrítico ou martensítico, não corrosível, deverão possuir energia média de 20 J
mínimo, a 0OC, obtida pelo ensaio de impacto Charpy-V.
1.3.1 – As peças forjadas, destinadas à construção do navio, deverão ser aprovadas pelo BC. O Vistoriador
organizará um programa de testes necessários para aprovação dos forjados. As peças aprovadas serão
marcadas pelo Vistoriador em locais apropriados, de fácil visualização.
a) Para forjados a serem ligados por solda à estrutura do navio, uma análise de cada corrida de aço
deverá ser feita pelo fabricante. A composição química deverá estar nos seguintes limites: Carbono
0,23% máx.; Silício 0,45% máx.; Manganês 0,30 - 1,70%; Enxofre 0,045% máx.; Fósforo 0,045%
máx., elementos residuais: cromo, níquel, molibdênio e cobre, poderão perfazer um total de 0,8%
máx. Em corpo de prova obtido de forjados, o conteúdo de carbono não deve ser superior a
0,26%.
b) Para forjados não ligados por solda à estrutura do navio, a percentagem de carbono poderá chegar
até 0,30%, no máximo, e os elementos residuais a um total de 1,15%.
Notas: 1 - Aços diferentes daqueles contidos na Tabela, quanto a tratamento térmico, propriedades
mecânicas, etc. poderão ser usados, desde que previamente aprovados pelo BC.
2 - Os aços, como os da nota anterior (nota 1), deverão ser identificados claramente.
b) Os elementos estruturais deverão ser fabricados dos mesmos tipos de aço especificados na alínea
a). Para a sua padronização dimensional e para critérios de aceitação de suas soldas, quando
fabricados por soldagem, poderão ser obedecidas as seguintes normas da ABNT:
Os aços com os graus especificados na tabela 1.1 deverão apresentar composição química, como
mostrada na tabela 1.2 – na página seguinte.
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Notas
1: Para aços de espessura superior a 25mm, a desoxidação deverá ser feita com tratamento de
grão fino.
2: Para os aços de graus A, B, D e E, a soma da percentagem de carbono, com 15% da percentagem
de Manganês, deve, no máximo, ser igual a 0,40.
O fabricante deverá determinar a composição de cada corrida, bem como fornecer o respectivo
certificado, contendo a composição química correspondente ao grau do aço.
As propriedades mecânicas serão verificadas pelo Ensaio de Tração. Para fins unicamente de
teste, os produtos serão agrupados por corrida, em lotes de 50t. Será testado, no mínimo, um exemplar
de cada lote. As chapas não ensaiadas do lote rejeitado poderão ser testadas individualmente, e serão
aceitas as que apresentarem os resultados aprovados.
a) Quando medida à 25 mm das arestas, a espessura nominal das chapas de aço deverá obedecer
à tolerância definida na Tabela 1.4.
b) Outras tolerâncias nas demais dimensões são aquelas previamente aprovadas pelo BC.
Os defeitos isolados na superfície dos produtos poderão ser removidos, ou por esmerilhamento,
ou por esmerilhamento e posterior preenchimento com solda.
a) O fabricante poderá reparar qualquer defeito da superfície, por esmeril, desde que:
1. não seja retirado mais de 3mm da espessura nominal do material;
2. que a espessura, na região onde havia o defeito, após o esmerilhamento, não seja inferior
a 93% da espessura nominal.
b) Dever-se-á providenciar para que, após o esmerilhamento, a transição entre a zona esmerilhada
e o restante da superfície seja bem suave.
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Desde que haja aprovação do Vistoriador do BC, os defeitos da superfície que não puderem ser
reparados apenas por esmeril, poderão ser reparados por esmeril e solda, observando os seguintes
procedimentos:
1. após esmerilhar a região defeituosa, a espessura da região esmerilhada deverá ser igual a, no
mínimo, 80% da espessura nominal.
2. os soldadores deverão ser bem treinados, e o processo de soldagem utilizado deverá ser
previamente aprovado pelo BC. Os eletrodos usados deverão possuir baixo teor de hidrogênio.
Pelo menos uma camada de solda em excesso deverá ser depositada para posterior
esmerilhamento, o que possibilitará o nivelamento com o restante da superfície.
3. quando o produto for normalizado, qualquer reparo com solda deverá ser efetuado antes do
tratamento térmico, para evitar a repetição do mesmo após a solda.
4. para cada reparo com solda, o fabricante deverá preparar um memorial descritivo contendo a
localização dos defeitos, a extensão do defeito, o método usado para a solda e qualquer tratamento
térmico que tenha sido feito.
1.4.7 – Identificação
1.4.7.1 – Todos os produtos deverão ser identificados pelo fabricante de forma bem nítida. A identificação
deverá conter:
- Nome do fabricante (ou sigla)
- Grau do aço
- Número de série
- Número do modelo
1.4.7.2 – As chapas e perfis deverão ser identificados com marcas, geralmente feitas por punção. Quando
a espessura de chapas for menor que 10 mm, a identificação poderá ser feita através de pintura com tinta
conveniente.
1.4.7.3 – No caso de perfis de dimensões pequenas, assim considerados os de peso menor que 30 kg/m,
a identificação por punção poderá ser substituída por etiqueta.
1.4.7.4 – Quando uma chapa for subdividida em várias barras, cada barra deverá ser identificada
individualmente, tomando-se o cuidado, porém, de que a identificação de cada barra indique a relação
com a chapa origem.
1.4.8 – Certificados
1.5 – ÂNCORAS
1.5.1 – Recomendações gerais
BZ = 2 / 3.∆ + 2.B.h + A
BZ = numeral do equipamento
B = boca da embarcação, em metros
h = altura da superfície vélica, em metros, ou seja, altura medida desde a linha d’água do
calado de projeto até o mais alto convés de superestrutura
∆= deslocamento carregado (t). Para empurradores, considerar “∆” como o deslocamento
total do maior trem de balsas que ele pode empurrar. Excluir o próprio deslocamento do
empurrador.
A = área, em metro2, do perfil longitudinal do casco, acima da linha d’água, no calado de
projeto. No cálculo de A deverão ser levadas em conta todas as superestruturas e casarias
de largura maior que 25% da boca.
= 0 para balsas destinadas à navegação interior
= 0, para empurradores
1.5.3.2 – As embarcações com propulsão deverão ser equipadas com duas âncoras de leva, exceto
quando previamente acordado e aprovado pelo BC, quando usarão apenas uma.
a) As balsas deverão ser equipadas com uma âncora de leva, exceto durante a operação de
reboque/empurra, quando tal equipamento é prescindível.
b) Quando forem instaladas duas âncoras de leva, é desejável que ambas tenham o mesmo peso.
Como tolerância, o peso da âncora mais leve poderá ser inferior a 45% do peso total.
1.5.3.3 – As embarcações com propulsão deverão ser equipadas com uma âncora de popa, cujo peso
será obtido na Tabela 1.5, sujeito às seguintes observações:
a) O peso da âncora de popa não deverá ser inferior a 25% do peso das âncoras de leva.
b) Quando o comprimento total do navio exceder 80 metros, ele deverá ser equipado com duas
âncoras de popa, tendo peso total de, no mínimo, 50% do peso total das âncoras de leva.
1.5.3.4 – Os empurradores deverão ser equipados com, pelo menos, uma âncora de popa, cujo peso
não deverá ser inferior a 35% do peso total das âncoras de leva.
1.5.4 – Materiais
a) O aço laminado, usado na fabricação de âncoras feitas de elementos soldados, deverá atender
aos requisitos do BC.
a) As âncoras não deverão apresentar defeitos, tais como rachaduras, bolhas de fundição etc. que
impeçam seu funcionamento.
b) As âncoras, depois de testadas com a carga de teste, não deverão apresentar deformação
permanente. No caso de âncoras feitas de componentes soldados, após o teste não deverá
haver alteração no movimento dos braços ao longo do ângulo total, em função de deformação nos
mancais.
Os testes de dobramento deverão ser realizados em cada peça de âncora de aço fundido;
sujeitando-se um corpo de prova (CP), padronizado pela ABNT, de dobramento a frio, até um ângulo de
120O, em torno de um cutelo com raio de 25 mm, sem que se tenha fratura.
Cada peça de âncora de aço fundido será elevada a uma altura de 3,7 metros, e deixada cair
sobre uma chapa de aço, não devendo apresentar fraturas.
Os testes de percussão serão executados em cada peça de âncora de aço fundido, a qual deverá
ser suspensa e afastada do chão, e, em seguida, bem sondada com martelo, para que seja verificada a
inexistência de falhas de material.
a) Os testes de carga serão efetuados em todas as âncoras, depois de sua montagem provisória.
as cargas de testes estão estabelecidas na Tabela 1.6.
b) Para as âncoras com peso total superior a 10.000 kg, o teste de carga poderá ser substituído por
outro tipo de teste, desde que previamente aprovado pelo BC.
c) Nas âncoras com cepo, a carga de teste deverá ser aplicada no braço. Nas âncoras sem cepo, a
carga de teste deverá ser aplicada simultaneamente nos dois braços, para cada posição relativa
dos braços e da haste.
d) Antes do teste de carga, as âncoras deverão ser inspecionadas pelo fabricante, e todos os defeitos
corrigidos. Após a aplicação da carga de teste, a âncora deverá ser desmontada, e suas peças
não deverão apresentar deformações que prejudiquem o seu funcionamento normal. Deverão
ser bem observados os braços das âncoras compostas, que deverão continuar se movendo
livremente.
1.5.8 – Marcação
As âncoras, depois de testadas e aprovadas, deverão ser marcadas com as seguintes informações,
gravadas com punção, pelo fabricante, em local bem visível: nome do fabricante, número do certificado
de teste do BC e respectiva data, peso total, e peso do cepo no caso de âncora com cepo.
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As âncoras danificadas poderão ser reparadas por desempeno e/ou solda, desde que o Vistoriador
do BC aprove o método usado. O desempeno será executado com calor. Soldas, sempre que possível,
serão feitas na posição horizontal e executadas por soldadores qualificados e usando procedimentos
previamente aprovados. Após a execução das soldas, deverá ser, sempre, providenciado um alívio de
tensões. As âncoras reparadas deverão ser re-testadas.
PESO CARGA PESO CARGA PESO CARGA PESO CARGA
TESTE TESTE TESTE TESTE
(Kg) (kN) (Kg) (kN) (Kg) (kN) (Kg) (kN)
50 23 1.200 231 4.800 645 11.000 1.070
55 25 1.250 239 4.900 653 11.500 1.090
60 27 1.300 247 5.000 661 12.000 1.110
65 29 1.350 255 5.100 669 12.500 1.130
70 31 1.400 262 5.200 677 13.000 1.160
75 32 1.450 270 5.300 685 13.500 1.180
80 34 1.500 278 5.400 691 14.000 1.210
90 36 1.600 292 5.500 699 14.500 1.230
100 39 1.700 307 5.600 706 15.000 1.260
120 44 1.800 321 5.700 713 15.500 1.270
140 49 1.900 335 5.800 721 16.000 1.300
160 53 2.000 349 5.900 728 16.500 1.330
180 57 2.100 362 6.000 735 17.000 1.360
200 61 2.200 376 6.100 740 17.500 1.390
225 66 2.300 388 6.200 747 18.000 1.410
250 70 2.400 401 6.300 754 18.500 1.440
275 75 2.500 414 6.400 760 19.000 1.470
300 80 2.600 427 6.500 767 19.500 1.490
325 84 2.700 438 6.600 773 20.000 1.520
350 89 2.800 450 6.700 779 21.000 1.570
375 93 2.900 462 6.800 786 22.000 1.620
400 98 3.000 474 6.900 794 23.000 1.670
425 103 3.100 484 7.000 804 24.000 1.720
450 107 3.200 495 7.200 818 25.000 1.770
475 112 3.300 506 7.400 832 26.000 1.800
500 116 3.400 517 7.600 845 27.000 1.850
550 125 3.500 528 7.800 861 28.000 1.900
600 123 3.600 537 8.000 877 29.000 1.940
650 140 3.700 547 8.200 892 30.000 1.990
700 149 3.800 557 8.400 908 31.000 2.030
750 158 3.900 567 8.600 922 32.000 2.070
800 166 4.000 577 8.800 936 34.000 2.160
850 175 4.100 586 9.000 949 36.000 2.250
900 182 4.200 595 9.200 961 38.000 2.230
950 191 4.300 604 9.400 975 40.000 2.410
1.000 199 4.400 613 9.600 987 42.000 2.490
1.050 208 4.500 622 9.800 998 44.000 2.570
1.100 216 4.600 631 10.000 1010 46.000 2.650
1.150 224 4.700 638 10.500 1040 48.000 2.730
1.6 – AMARRAS
1.6.1 – Características
As amarras deverão possuir dimensões e características previamente aprovadas pelo BC. Poderão
ser usadas amarras de e/os curtos ou elos com malhetes.
A carga de ruptura de uma amarra não deverá ser menor que 30 vezes o peso total da respectiva
âncora. Quando a âncora for reconhecida pelo BC como de grande poder de unhar, a carga de ruptura da
amarra não poderá ser menor que 40 vezes o peso da âncora. Quando previamente acordado e aprovado
pelo BC, as amarras poderão ser substituídas por cabos de aço de mesma resistência à ruptura que as
amarras.
1.6.3 - Dimensões
a) O diâmetro das amarras será obtido da Tabela 1.7, em função da carga de ruptura. O comprimento
das amarras de âncoras de leva será dado por:
C = L + 10 metros
b) Quando forem usados cabos de aço em substituição às amarras, o comprimento do cabo será
dado por:
1.6.4 – Material
a) A composição química do aço com o qual a amarra será fabricada será determinada pelo fabricante
e previamente aprovada pelo BC.
1.6.5 – Marcação
Cada elo de quartelada deverá ser marcado com a marca do fabricante e a data do teste.
Deverá ser verificado se o material apresenta defeitos superficiais, trincas ou outros similares.
Lingotes, placas, chapas acabadas, perfis, peças fundidas e forjadas deverão ser marcados com uma
identificação que possibilite verificar a corrida original do material.
Deverão ser apresentados para aprovação do Vistoriador os relatórios de usina, sendo uma cópia
para o comprador e três cópias para o BC. O fabricante deverá fornecer, também, um certificado de que
o material foi ensaiado dentro das exigências. O Vistoriador, após examinar os corpos de prova, colocará
um sinete de identificação.
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SEÇÃO 1
SOLDAGEM DA EMBARCAÇÃO
A soldagem para a construção e o reparo da embarcação deverá obedecer aos requisitos desta
Seção. Deverão, sempre, ser usados procedimentos de solda e material de adição de solda que produzam
soldas perfeitas e que possuam resistência mecânica e tenacidade similares às do metal de base.
Deverão ser obedecidas as orientações das seguintes normas ou, alternativamente, o construtor
poderá utilizar uma terminologia e uma simbologia para indicar os tipos e dimensões das soldas, desde
que informe os seus significados previamente ao BC:
ABNT NBR 5874 - “Soldagem elétrica - Terminologia”; e
ABNT NBR 7165 - “Símbolos gráficos de solda para a construção naval e ferroviária”
b) Quando exigida a qualificação de procedimentos de soldagem pelo Vistoriador do BC, ela deverá
ser executada de acordo com a Seção 2 deste Tomo.
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a) A altura do nariz do chanfro não poderá exceder 3 mm, e a abertura da raiz não poderá exceder
5 mm (Figura 1.1), ou 6 mm, caso haja um cobre-junta. No caso da abertura da raiz exceder 6
mm, a extremidade de uma das chapas ou tubos a serem soldados deverá sofrer um depósito de
material, usando cobre-junta, e posteriormente ser esmerilhado, de modo a diminuir a abertura
até o máximo de 6 mm (Figura 1.2).
d) Na soldagem com penetração total por apenas um lado, poderão ser utilizados passes de raiz
com eletrodo de menor diâmetro, ou mesmo usando o processo TIG (“Tungsten Inert Gas”) para
tubulações ou, alternativamente, utilizando um cobre-junta como o mostrado na Figura 1.2. Para
soldas de penetração em tubulações, a espessura do cobre-junta deverá ser a menor possível, e
com espalmos, como mostrado na Figura 3.5 (Seção 3), de modo a criar um menor obstáculo ao
fluxo do fluido para o qual o tubo se destina. A união por solda entre partes do cobre-junta deverá
possuir penetração total.
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e) Na soldagem com penetração por ambos os lados, o material não homogêneo depositado nos
passes de raiz pelo primeiro lado deverão ser retirados por goivagem e esmerilhamento antes do
início da soldagem pelo segundo lado.
a) Pontos de solda de mesmo material utilizado na soldagem final, e realizados por soldadores
qualificados, poderão ser agregados à solda final.
c) Poderão ser utilizados lápis térmicos para a verificação das temperaturas, desde que haja o cuidado
de não passar o lápis em local onde será depositado metal de solda, para que a solda não seja
contaminada.
1.8.3 – Martelamento
O martelamento da solda com martelo de ponta esférica (martelo de bola) poderá ser usado para
aliviar as tensões residuais ou corrigir os empenos decorrentes da soldagem, apesar de não ser tão
eficiente quanto o pós-aquecimento. Neste caso, deverá ser efetuado imediatamente após a deposição
de cada passe e a limpeza para retirada da escória. Não se recomenda o uso de martelamento para
solda de passe singelo ou para os passes de raiz ou de acabamento em soldas de passes múltiplos.
- pernas desiguais: a diferença entre os valores das pernas não poderá ser superior a 10%
do valor especificado para a perna.
Deverão ser soldadas com penetração total todas as juntas de topo de chapas, vigas e perfis cujo
colapso poderá colocar em risco a embarcação, a tripulação, os passageiros ou o meio ambiente Deste
modo, no casco resistente, deverão ser soldadas com penetração total as juntas de topo das chapas do
fundo, do bojo, do costado, dos conveses, do teto do duplo fundo e das anteparas estanques, bem como
as emendas de topo de vigas e perfis afixadas a estas chapas. Nas superestruturas e casarias, deverão
possuir penetração total, pelo menos, os conveses e anteparas estanques.
Deverão ser de filete duplo contínuo, e dimensionadas conforme definido no item 1.8.2, as soldas que não
constam da Tabela 1.2 como intermitentes, alem dos 150 mm de comprimento (pelo menos) da extremidade
das vigas e perfis à chapa na qual estão soldados por solda intermitente,
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considerando como extremidades tanto a parte final da viga ou perfil sempre que sua continuidade
for interrompida, como também as regiões onde ele, apesar de contínuo, atravessar outra viga, perfil ou
chapa.
b) A união a topo de duas partes de um pé de carneiro tubular poderá ser realizada através de uma
luva, feita com um pedaço de tubo de diâmetro interno igual ou ligeiramente superior ao diâmetro
externo do pé de carneiro, ou soldando as partes a topo; neste último caso, a solda não necessita
ser de penetração total, mas deve ter espessura de, pelo menos, 90% da espessura do pé de
carneiro.
1.10.5 – Inspeção radiográfica
a) Deverão ser obtidas radiografias das soldas de topo com penetração total das chapas do fundo,
bojo, costado e convés resistente, em uma quantidade não inferior à obtida pela fórmula abaixo
similar à definida na norma ABNT NBR 9360 - “Inspeção radiográfica em soldas na estrutura
do casco de embarcações - Procedimento”
Quantidade = L . (B + P) / 60
a) A maioria das radiografias deverá ser localizada na faixa de 0,6.L a meia nau, e nos cruzamentos
de uma junta longitudinal com uma transversal (ou vertical); de preferência, deverão se localizar
na quilha horizontal, no cintado, no trincaniz e no convés resistente.
c) As soldas que não forem consideradas aceitáveis deverão ser desfeitas, em um comprimento de,
pelo menos, o equivalente ao comprimento de três radiografias, e a soldagem deverá ser refeita.
Posteriormente, deverá ser repetida a inspeção radiográfica no local, alem de serem obtidas
radiografias das regiões adjacentes à anteriormente reprovada, totalizando, assim, cinco
radiografias nos cruzamentos de solda e três nas demais juntas de topo. A cada nova reprovação,
este critério deverá ser repetido.
a) Quando solicitado pelo Vistoriador, deverão ser realizadas inspeções em soldas da embarcação,
inclusive nas soldas de filete em juntas de ângulo. Deverão ser obedecidas as seguintes normas:
ABNT NBR 10685 - “Soldas em partes estruturais do casco de embarcações - Ensaio por
ultra-som - Método de ensaio” (define o método de calibração para a inspeção)
ABNT NBR 10686 - “Inspeção de solda por ensaio de ultra-som em partes estruturais do
casco de embarcações - Procedimento” (define os critérios de aceitação)
ABNT NBR 8407 - “Ensaio por líquido penetrante” (define o procedimento de ensaio)
As soldas de topo nas tubulações pertencentes ao Grupo de Solda P1 deverão ser de penetração
total.
As soldas de topo nas tubulações pertencentes ao Grupo de Solda P2 poderão ser de penetração
parcial, ou através de luva sobreposta, ou ainda pelo processo de brasagem.
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SEÇÃO 2
2.1 – TERMINOLOGIA
Deverá ser usada a terminologia da norma da ABNT NBR 10474 - “Qualificação em soldagem
- Terminologia”. O construtor poderá utilizar uma terminologia diferente da especificada, desde que ela
seja previamente informada ao BC.
a) Estas Regras definem requisitos apenas para à qualificação dos procedimentos de soldagem dos
Grupos de Solda H, P1 e P2, conforme definido no item 1.2.1 da Seção 1. A qualificação dos
procedimentos dos demais Grupos não constam destas Regras.
b) Para as soldas dos grupos H e Pl, deverão ser qualificados os procedimentos de soldagem de
penetração total em juntas de topo e os procedimentos de soldagem em juntas em ângulo com
solda de filete. Para as soldas do grupo P2, bastarão as qualificações de procedimentos de
soldagem em juntas em ângulo com solda de filete.
Após aprovado o EPS pelo BC, o construtor executará a soldagem em uma peça de teste,
obedecendo às especificações do EPS, e utilizando um soldador (no caso de solda manual ou semi-
automática) ou operador (no caso de processo automático de soldagem) qualificado ou não. Caso o
soldador ou operador não seja qualificado, a qualificação do procedimento o qualificará, dentro dos limites
definidos na Seção 3 - “Qualificação de Soldadores e Operadores de Soldagem”. A realização da soldagem
deverá ser testemunhada, no todo ou em parte, por um Vistoriador do BC. Deverão ser registrados os
parâmetros de soldagem, tais como, para cada passe de solda, a amperagem, o tipo de corrente elétrica
(CC ou CA), a polaridade da corrente, o diâmetro do eletrodo e/ou do arame consumível, a vazão do gás
de proteção, a temperatura de pré-aquecimento e a velocidade de avanço na soldagem.
Após a solda ter sido aprovada em todos os testes e inspeções, o construtor elaborará, e submeterá
à aprovação do BC, um documento, denominado Procedimento de Soldagem Qualificado (PSQ), que
conterá o EPS, os resultados das inspeções e testes e a aplicabilidade do procedimento, baseada nas
limitações definidas na Tabela 2.1. O construtor deverá manter arquivados os laudos das inspeções e
testes.
a) O BC, a seu critério, poderá endossar os PSQ aprovados por outras Sociedades Classificadoras
ou outras entidades certificadoras.
b) O BC, a seu critério, poderá endossar, para um construtor, os PSO aprovados para outros
construtores.
Os PSQ serão válidos para sempre, a menos que as soldas produzidas de acordo com a suas
especificações, na construção ou no reparo de embarcações, venham a apresentar defeitos ou baixa
eficiência freqüentes.
A Tabela 2.1 define os parâmetros que deverão ser especificados em uma Especificação de
Procedimento de Soldagem (EPS), e as amplitudes admissíveis de variação nestes parâmetros, nas
soldas produzidas na construção ou no reparo de embarcações. Apenas as variáveis ou parâmetros
denominados essenciais estabelecem limitações para a aplicabilidade de um procedimento qualificado.
b) Será soldada uma peça de teste para cada posição de soldagem a ser qualificada. A chapa de
teste, portanto, deverá ser movimentada de modo que todas as soldas nela realizadas o sejam na
mesma posição de soldagem (plana, horizontal, vertical ou sobrecabeça).
c) Deverão ser utilizados como peças de teste metais de base com números de corrida conhecidos
e com o certificado fornecido de que atendem a uma especificação definida, tais como as constantes
da Tabela 2.2.
d) Deverão ser utilizados consumíveis de soldagem, eletrodos, arames e fluxos qualificados por
uma entidade certificadora de produtos, tais como os que atendem às seguintes especificações:
ABNT NBR 10615 - “Eletrodos revestidos de aço carbono para a soldagem a arco elétrico -
especificação”
ABNT NBR 10618 - “Eletrodos de aço carbono e fluxos para a soldagem a arco submerso -
especificação”
ANSIIAWS A 5.17 - 89 - “Specification for carbon steei electrodes and fluxes for submerged-
arc welding”
ANSUAWS A 5.18 - 93 - “Carbon steei electrodes and rods for gas shieided arc welding”
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PAR ÂM E T R O VAL ID AD E D O O P S
a ) " e " m e n o r q u e o u i g u a l a 9 ,5 m m q u a li fi c a , ta m b é m , p a r a s o ld a g e n s d e
e sp e ssura s situa d a s na fa ixa d e m e ta d e d e "e " a té o d o b ro d e "e ", inclusive ;
E sp e ssura d o m e ta l d e
b ) "e " e ntre 9 ,5 m m e 1 9 m m q ua lifica , ta m b é m , p a ra so ld a g e ns d e e sp e ssura s
b a se (p e ça d e te s te
situa d a s na fa ixa d e m e ta d e d e "e " a té 1 9 m m ;
co m e sp e ssura "e ")
c) "e " m a io r q ue 1 9 m m : q ua lifica p a ra so ld a g e ns d e e s p e ssura s sup e rio re s a 1 9
mm
D iâ m e tro e xte rno d o P e ç a d e te s te c o m d iâ m e tro e xte rno " d " q ua lific a p a ra s o ld a g e ns d e d iâ m e tro s
tub o situa d o s na fa ixa d e "d " a té trê s ve ze s "d ", inclusive .
D iâ m e tro d o e le tro d o
O p ro c e d i m e nto q ua li fi c a d o p o d e rá s e r a p li c a d o na c o ns truç ã o o u re p a ro d a
co ns um íve l o u nã o
e m b a rc a ç ã o , a p e na s p a ra a fa i xa d e d i â m e tro s re a lm e nte us a d o s d u ra nte a
co ns um íve l o u d o
so ld a g e m d e q ua lifica ç ã o .
a ra m e co nsum íve l
O p ro c e d i m e nto q ua li fi c a d o p o d e rá s e r a p li c a d o na c o ns truç ã o o u re p a ro d a
Te m p e ra tura d e p ré -
e m b a rca çã o , a p e na s p a ra a fa ixa d e te m p e ra tura s re a lm e nte us a d a s d ura nte a
a q ue cim e nto
so ld a g e m d e q ua lifica ç ã o .
O p ro c e d i m e nto q ua li fi c a d o p o d e rá s e r a p li c a d o na c o ns truç ã o o u re p a ro d a
Ve lo cid a d e d e a va nço
e m b a rc a ç ã o , a p e na s p a ra a fa i xa d e ve lo c id a d e s re a lm e nte us a d a s d ura nte a
na s o ld a g e m
so ld a g e m d e q ua lifica ç ã o .
N o s p ro c e s s o s d e s o ld a g e m q ue re q ue re m p ro te ç ã o g a s o s a , ta i s c o m o M A G
E sp e cifica çã o d o g á s ("M e ta l A ctive G a s"), a e sp e cifica çã o d o g á s d e p ro te çã o usa d o na q ua lifica çã o nã o
d e p ro te çã o p o d e rá se r m o d ifica d a p a ra a s so ld a s re a liza d a s na c o nstruçã o e no re p a ro d a
e m b a rca çã o .
Tabela 2.1 - Parâmetros que deverão constar da EPS e limitações que impõem à aplicabilidade
do procedimento aprovado
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GRUPO DISCRIMINAÇÃO
1 Aços carbono
Aços liga com teor de cromo menor que ou igual a 0,75% e cuja soma de todos os
2
elementos da liga não seja superior a 2%
Aços liga com teor de cromo compreendido entre 0,75% e 2% e cuja soma de todos os
3
elementos da liga não seja superior a 2,75%
4 Aços liga cuja soma de todos os elementos da liga não seja superior a 1 0%
5 Aços liga martensíticos cuja soma de todos os elementos da liga seja superior a 10%
6 Aços liga ferríticos cuja soma de todos os elementos da liga seja superior a 1 0%
7 Aços liga austeníticos cuja soma de todos os elementos da liga seja superior a 1 0%
Aços liga com níquel, cuja soma dos teores de todos os elementos de liga não seja
8
superior a 3,5%
Aços liga com níquel, cuja soma dos teores de todos os elementos de liga não seja
9
superiora 1 0%
GRUPO EXEMPLOS
ABNT NBR 7241 -"Chapas de aço estrutural para uso naval - Especificação"- graus A, B, D e E
ASTM A7 -"Aços carbono para fins estruturais,chapas,perfilados e barras"
ASTM A53 - "Aços carbono para a fabricação de tubos soldados ou sem costura, pretos ou
galvanizados pelo processo de imersão a quente
ASTM A106 - "Aços carbono para tubos sem costura e que devem trabalhar em altas
temperaturas
ASTM A120 - "Aços carbono para tubos pretos ou galvanizados pelo processo de imersão a
quente, soldados ou sem costura.
1 ASTM A135 - "Aços carbono para a fabricação de tubos soldados por resistência elétrica, de
até 30 polegadas de diâmetro
ASTM A216 "Aço fundido para condições de alta temperatura de trabalho, válvulas, flanges e
acessórios
ASTM A266 - "Aços para a fabricação de recipientes forjados sem costura, tampos de caldeira,
vasos de pressão, bem como seus acessórios
ASTM A283 - "Aços para chapas de uso estrutural
ASTM A333 - "Aços para tubos soldados ou sem costura para trabalhar em temperaturas
baixas e com paredes de espessura média
ABNT NBR 7241 - "Chapas de aço estrutural para uso naval - Especificação'- graus AH39,
AH36, DH32, DH36, EH32 e EH36
ASTM A182 - "Aços liga destinados à fabricação de flanges laminados ou forjados, acessórios
e válvulas, bem como peças que trabalhem em condições de alta temperatura"
ASTM A217 - "Aços liga para fundição, destinados à alta pressão e temperatura, como
2
válvulas, flanges e acessórios, tendo, também, boas características anti-corrosivas
ASTM A299 - "Aços liga contendo carbono, manganés e silício para a fabricação de caldeiras
e vasos de pressão
ASTM A335 - "Aços liga ferríticos destinados à fabricação de tubos sem costura que trabalhem
em condições de alta temperatura
ASTM Al 82 (já descrito no grupo 2)
ASTM A217 (já descrito no grupo 2)
3 ASTM A335 (já descrito no grupo 2)
ASTM A336 - "Aços liga para reservatórios forjados sem costura, tampos de vasos de pressão
e acessórios"
ASTM A161 - "Aços de baixo teor de carbono e carbono- molibdênio para a fabricação de
tubos sem costura de destilação em refinarias"
4
ASTM A182 (já descrito no grupo 2)
ASTM A217 (já descrito no grupo 2)
5 ASTM A182 (já descrito no grupo 2)
O plano horizontal de referência é tomado de forma a estar sempre abaixo da solda considerada.
A inclinação do eixo é medida a partir do plano horizontal de referência em direção ao plano vertical.
Oãnguloderotaçãodafaceémedidoapartirdeumalinhaperpendicularaoeixodasoldaesituadano mesmo
plano vertical que contem este eixo.
A posição de referência (0O) de rotação da face aponta, invariavelmente, na direção oposta àquela na
qual o ângulo do eixo aumenta. O ângulo de rotação da face da solda é medido no sentido horário, a
partir desta posição de referência (0O), quando observado o ponto P.
O plano horizontal de referência é tomado de forma a estar sempre abaixo da solda considerada.
A inclinação do eixo é medida a partir do plano horizontal de referência em direção ao plano vertical.
Oânguloderotaçãodafaceémedidoapartirdeumalinhaperpendicularaoeixodasoldaesituadano mesmo
plano vertical que contem este eixo.
A posição de referência (0O) de rotação da face aponta, invariavelmente, na direção oposta àquela na
qual o ângulo do eixo aumenta. O ângulo de rotação da face da solda é medido no sentido horário, a partir
desta posição de referência (0O), quando observado o ponto P.
a) Após cada passe de solda, ele deverá ser inspecionado visualmente, de modo a permitir que os
defeitos sejam corrigidos antes do passe seguinte. O critério de aceitação é o definido no item 1.9
da Seção 1.
b) No caso de solda em junta de topo realizada em ambas as faces da chapa (ou por fora e pro
dentro do tubo), após a goivagem e/ou esmerilhamento da raiz da solda realizada pela primeira
face, e antes de iniciar a soldagem pela segunda face, o chanfro deverá ser inspecionado
visualmente e, caso se considere necessário, por líquido penetrante ou partícula magnética, de
modo a permitir que sejam eliminados todos os defeitos antes de se prosseguir com a soldagem.
c) Após a soldagem estar concluída, as suas superfícies deverão ser inspecionadas visualmente,
usando como critério de aceitação o definido no item 1.9 da Seção 1. Poderão ser trabalhadas por
esmerilhamento ou outro processo, de modo a eliminar todos os defeitos superficiais. Poder-se-
á radiografar a solda, de modo a evitar a usinagem dos corpos de prova e a realização dos
ensaios mecânicos em soldas com alta probabilidade de não serem qualificadas. Adotar como
padrão de aceitação para a radiografia o grau 3 da norma ABNT NBR 8420 - “Solda para
construção naval Identificação de descontinuidades radiográficas - Método de ensaio”.
Observação: XX deverá ter o mesmo valor em todos os eletrodos da mesma alínea. Exemplo: E7010 é
equivalente ao E7011, mas não é equivalente ao E6010 nem ao E6011; o E6010, no entanto, é equivalente
ao E6011.
Tabela 2.3 - Grupos de eletrodos revestidos para solda manual a arco elétrico de aço carbono
a) Não serão retirados corpos de prova da peça de teste usada para a qualificação de soldas de
filete em juntas em ângulo, pois o único ensaio mecânico a que esta peça será submetida será o
de quebramento, especificado no item 2.9.4.
b) Serão retirados tantos corpos de prova quantos os indicados nas Figuras 2.3 e 2.4, e nas posições
indicadas nestas figuras.
a) As dimensões do corpo de prova deverão obedecer às indicadas nas Figuras 2.6 e 2.7.
b) Procedimento para o ensaio: poderá ser seguida a norma ABNT NBR 6152 - “Materiais metálicos
- Determinação das propriedades mecânicas à tração”
c) Critério de aceitação:
1 - O limite de resistência de cada corpo de prova, quando quebrado na região da solda, não deverá
ser inferior ao limite de resistência mínimo especificado para o metal de base.
2 - O limite de resistência de cada corpo de prova, quando quebrado no metal de base, e quando a
solda não apresentar sinais de falha, não deverá ser inferior a 95% do limite de resistência mínimo
especificado para o metal de base.
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Figura 2.3 - Peça de teste para a qualificação de procedimento de soldagem a topo em chapas
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Figura 2.5 - Peça de teste para a qualificação de procedimento de soldagem em ângulo com
solda de filete
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Observações:
1 - Ambas as superfícies da solda deverão ser usinadas resvés com a superfície da chapa.
2 - W = aproximadamente 38 mm, quando a espessura “e” for igual a, ou menor que, 25,4 mm.
W = 25,4 mm quando “e” for superior a 25,4 mm.
3 - Quando a capacidade da máquina de ensaio não for suficiente para ensaiar um corpo de prova na
espessura original, o corpo de prova poderá ser cortado com uma serra fina em tantas partes quanto
necessário, cada uma das quais deverá atender aos critérios de aceitação.
Figura 2.6 - Corpo de prova de seção reduzida para ensaio de tração, retirado de peça de
teste de junta de topo de chapas
Observações:
1 - Ambas as superfícies da solda deverão ser usinadas resvés com a superfície da chapa. A critério
do laboratório de ensaio, poderão ser usinadas as superfícies, no mínimo necessário para que ambas
as faces fiquem planas e paralelas ao longo da seção reduzida de 19,1 mm.
2 - Quando a capacidade da máquina de ensaio não for suficiente para ensaiar um corpo de prova na
espessura original, o corpo de prova poderá ser cortado com uma serra fina em tantas partes quanto
necessário, cada uma das quais deverá atender aos critérios de aceitação.
Figura 2.7 - Corpo de prova de seção reduzida para ensaio de tração, retirado de peça de
teste de junta de topo de tubos
a) As dimensões do corpo de prova deverão obedecer às indicadas nas Figuras 2.8 e 2.9.
b) Procedimento para o ensaio: utilizar o aparelho mostrado na Figura 2.10. Poderá ser seguida a
norma ABNT NBR 6153 - “Produtos metálicos - Ensaio de dobramento semi-guiado - Método
de ensaio”.
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c) Critério de aceitação: após o dobramento, o corpo de prova não poderá mostrar qualquer rachadura
ou outro defeito de abertura que exceda 3,2 mm, na face convexa, exceto nas arestas.
a) O ensaio será realizado pela aplicação de uma força na peça de teste, conforme mostrado na
Figura 2.5, até que se rompa a solda.
b) Critério de aceitação: a superfície fraturada deverá estar livre de rachaduras, porosidade visível
ou falta de fusão na raiz da soldas, exceto no caso de fusão incompleta dos cantos da raiz da
solda; neste caso, a solda poderá ser aprovada, desde que o comprimento total das áreas de
fusão incompleta seja inferior a aproximadamente 1 0% do comprimento total da solda.
Observação: Ambas as superfícies da solda deverão ser usinadas resvés com a superfície da chapa ou
tubo.
Figura 2.8 - Corpo de prova para ensaio de dobramento guiado para raiz e face, retirado
de peça de teste de junta de topo de chapas ou de tubos
Observação: Ambas as superfícies da solda deverão ser usinadas resvés com a superfície da chapa ou
tubo.
Figura 2.9 - Corpo de prova para ensaio de dobramento guiado lateral, retirado
de peça de teste de junta de topo de chapas ou de tubos
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Observações:
1 - Para metal de base aço carbono (grupo 1 da Tabela 2.2), o corpo de prova deverá ser dobrado neste
aparelho em torno de um mandril de 19 mm de raio.
2 - Para metal de base aço liga com teor de cromo menor que ou igual a 0,75% e cuja soma de todos os
elementos da liga não seja superior a 2% (grupo 2 da tabela 2.2), o aparelho acima poderá ser modificado
para permitir que o dobramento do corpo de prova seja feito em torno de um mandril de 24 mm de raio.
SEÇAO 3
3.1 – TERMINOLOGIA
Deverá ser usada a terminologia da norma da ABNT NBR 10474 - “Qualificação em soldagem -
Terminologia”. O construtor poderá utilizar uma terminologia diferente da especificada, desde que ela
seja previamente informada ao BC.
a) Estas Regras definem requisitos apenas para a qualificação dos soldadores e operadores
destinados às soldagens dos Grupos de Solda H e Pl, conforme definido no item 1.2 da Seção 1.
Para a qualificação dos soldadores e operadores destinados às soldas dos demais Grupos, o
construtor deverá obter instruções específicas com o BC.
Após aprovada pelo BC a Especificação mencionada em 3.3.l, cada soldador ou operador executará
a soldagem em uma peça de teste, obedecendo às determinações daquela Especificação. A realização
da soldagem deverá ser testemunhada, no todo ou em parte, por um Vistoriador do BC. Deverão ser
registrados os parâmetros de soldagem, tais como, para cada passe de solda, a amperagem, o tipo de
corrente elétrica (CC ou CA), a polaridade da corrente, o diâmetro do eletrodo e/ou do arame consumível,
a vazão do gás de proteção, a temperatura de pré-aquecimento e a velocidade de avanço na soldagem.
A seguir, a solda produzida será inspecionada visualmente, usando o critério de aceitação definido
no item 1.9 da Seção 1 e, em seguida, ou por inspeção radiográfica (no caso de juntas de topo), ou será
submetida a teste de quebramento (no caso de soldas de filete em juntas em ângulo). O Vistoriador do
BC deverá testemunhar, no todo ou em parte, as inspeções e testes.
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a) Após cada passe de solda, ele deverá ser inspecionado visualmente, de modo a permitir que os
defeitos sejam corrigidos antes do passe seguinte.
b) No caso de solda em junta de topo realizada em ambas as faces da chapa (ou por fora e pro
dentro do tubo), -após a goivagem e/ou esmerilhamento da raiz da solda realizada pela primeira
face, e antes de iniciar a soldagem pela segunda face, o chanfro deverá ser inspecionado
visualmente e, caso se considere necessário, por líquido penetrante ou partícula magnética, de
modo a permitir que sejam eliminados todos os defeitos antes de se prosseguir com a soldagem.
c) Após a soldagem estar concluída, as suas superfícies deverão ser inspecionadas visualmente, e
poderão ser trabalhadas por esmerilhamento ou outro processo, de modo a se poder eliminar
todos os defeitos superficiais. O critério de aceitação é o definido no item 1.9 da Seção 1.
d) Após concluída a soldagem, as juntas de topo (Figuras 3.4 e 3.5) deverão ser radiografadas.
Adotar como critério de aceitação para a radiografia o grau 3 da norma ABNT NBR 8420 - “Solda
para construção naval - Identificação de descontinuidades radiográficas Método de ensaio”.
a) As peças de teste para qualificação para a solda em ângulo, com solda de filete (Figura 3.6),
deverão ser submetidas ao ensaio de dobramento, pela aplicação de uma força na peça de teste,
conforme mostrado na Figura 2.5 da Seção 2, até que se rompa a solda.
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b) Critério de aceitação: a superfície fraturada deverá estar livre de rachaduras, porosidade visível
ou falta de fusão na raiz da soldas, exceto no caso de fusão incompleta dos cantos da raiz da
solda; neste caso, a solda poderá ser aprovada, desde que o comprimento total das áreas de
fusão incompleta seja inferior a aproximadamente 10% do comprimento total da solda.
Caso um soldador não seja aprovado em um teste de qualificação, este poderá ser executado
novamente, através da soldagem de nova peça de teste.
O construtor deverá manter os certificados de qualificação emitidos pelo BC, os registros das
variáveis de soldagem utilizadas e os laudos das inspeções e testes arquivados de maneira que seja
possível verificar, a qualquer momento, o relacionamento entre eles. As peças de teste soldadas
poderão ser descartadas.
Figura 3.4 - Peça de teste para qualificação de soldador ou operador de soldagem em junta
de topo de chapas
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TOMO IV – ESTRUTURA
SEÇAO 1
DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA
1.1 – GENERALIDADES
As presentes Regras contêm indicações para a determinação da resistência do casco e das
características básicas de seus elementos, para a concessão da mais alta classe do BC. As dimensões
dos elementos estruturais, obtidas pela aplicação destas Regras, deverão ser consideradas como valores
básicos. Serão permitidas diferenças em relação aos valores dados pelas Regras, desde que plenamente
justificados e aceitos pelo BC.
1.2.3 – Compartimentagem
a) Inicialmente, o projetista deverá definir, preliminarmente, a localização das anteparas estanques
transversais e longitudinais no casco, levando em conta os critérios de estabilidade em várias
condições de carregamento, inclusive os definidos pela NORMAM-02, bem como as observações
abaixo
b) Esta observação é aplicável, somente, a embarcações-tanque. Nas embarcações destinadas ao
transporte de líquidos inflamáveis ou combustíveis, com ponto de fulgor (“flash point”) igual ou
inferior a 60,C (método do cadinho fechado), deverá ser previsto um “espaço de ar” (“cofferdam”)
entre os tanques de carga, ou seja, os que transportam aqueles líquidos, e qualquer compartimento
habitável, ou destinado a carga geral ou a granel, ou ainda qualquer compartimento contendo
máquinas ou equipamentos que possam causar ignição no gás evaporado da carga. Podem ser
considerados “espaços de ar” os compartimentos que só contém bombas, equipamentos acionados
a vapor ou os destinados a transporte de líquidos com ponto de fulgor superior a 6OoC, desde
que, neste último caso, as tubulações e as bombas utilizadas para o líquido transportado neste
espaço sejam distintas das utilizadas para o líquido de ponto de fulgor igual ou menor que 6OoC,
e sem qualquer possibilidade de serem conectadas a estas. No caso do “espaço de ar” ser um
compartimento contendo bombas de carga, o acionador das bombas poderá ser instalado no
mesmo compartimento apenas no caso de ser movido a vapor ou a óleo (acionamento hidráulico);
caso não o seja (por exemplo: motor elétrico ou de combustão), deverá ser separado do
compartimento de bombas por uma antepara estanque a gás, inclusive nas aberturas para a
passagem dos eixos de acoplamento das bombas aos acionadores.
c) Esta observação é aplicável, somente, a embarcações-tanque. As autoridades brasileiras exigem
que as embarcações destinadas ao transporte a granel de combustíveis líquidos, derivados de
petróleo e álcool, e que navegam na Bacia do Sudeste, possuam fundo e costado duplos na
região dos tanques de carga. O teto do fundo duplo deverá estar afastado da chapa do fundo de,
no mínimo, 760 mm. ou B/15 (o maior dentre os dois valores), medido perpendicularmente à
chapa do fundo. A antepara interna do costado duplo deverá estar distante da chapa do costado
de, no mínimo, 1 000 mm., medido perpendicularmente à chapa do costado. Os pocetos destinados
à sucção da carga poderão avançar dentro dos limites estabelecidos para a altura do fundo duplo,
desde que sua capacidade volumétrica seja inferior a 100 litros e que o referido avanço não
resulte em redução do afastamento em relação ao fundo, maior do que 25% (NORMAM 02, artigo
0330 e Anexo 3-L).
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Antepara de Colisão de Ré
1. Para as embarcações propulsadas, essa antepara deverá ser posicionada de forma que limite o
tubo telescópico em um espaço (ou espaços) estanques à água, de volume(s) moderado(s).
2. Nas embarcações do tipo barcaça que apresentem formas simétricas de proa e popa, essa
antepara deve ser posicionada de forma análoga ao estabelecido na alínea anterior para a antepara
de colisão de vante.
3. Para as demais embarcações do tipo barcaça, a antepara de colisão de ré poderá coincidir com
a antepara de ré dos espaços destinados à carga.
Numero de Anteparas
Comprimento de Borda Livre Máquinas ao centro Máquinas a Ré
Até 65m 0 0
65m < L = 85m 0 1
85m < L = 105m 1 1
105m < L = 115m 2 2
115m < L = 145m 3 3
Acima de 145m 4 4
b) meia nau. Para outros locais, serão definidos valores diferentes, como, por exemplo, a 0,1.L na
popa e na proa (significa que o valor obtido para a espessura ou para o módulos de seção deverá
ser utilizado desde a roda de proa até 0,1.L a ré da roda de proa, e desde o espelho de popa até
0,1.L a vante do espelho de popa). Quando nada for especificado para a parte da embarcação
situada entre a meia nau e a popa ou proa, deverão ser usados valores intermediários entre os
especificados para a meia nau e os especificados para a popa ou proa.
b) Serão calculados o momento fletor máximo atuando na viga-navio, devido aos esforços decorrentes
do empuxo e da carga, e o módulo da Seção Mestra no convés e no fundo (caso a braçola
longitudinal de escotilha seja computada no cálculo do módulo, também se calculará o modulo na
extremidade superior da braçola). Obtém-se, assim, as tensões normais atuando no convés e no
fundo (e, eventualmente, também na braçola). Caso todas as tensões possuam valor inferior ao
valor admissível, o projeto da embarcação à meia nau estará concluído. Em caso contrário, o
projetista deverá executar um novo ciclo de projeto, redefinindo escantilhões que continuem
obedecendo as exigências do item 1.2.4, mas que resultem em um módulo tal que as tensões
resultantes venham a ser inferiores ao valor máximo admissível.
1.2.7 – Detalhamento
Finalmente, o projetista definirá as espessuras e momentos de inércia fora da região de meia nau,
e detalhará as uniões entre elementos estruturais, as borboletas, as aberturas no convés e no costado, as
escotilhas, etc.
1.3.2 – Se a embarcação for uma balsa com proa e/ou popa com fundos chatos e inclinados, a espessura
definida em 1.4.1 deverá ser utilizada em todo o convés resistente, fora das regiões onde o fundo é
inclinado.
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A espessura de qualquer convés intermediário ou teto do fundo duplo, em qualquer dos casos
mostrados a seguir, deverá ser, no mínimo, igual à obtida pela fórmula abaixo. A espessura de conveses
intermediários e do teto do fundo duplo que não se enquadrarem nos casos específicos definidos em 1.6
também deverá ser, no mínimo, igual à obtida pela fórmula abaixo.
e = 0,01 . s mm
s = menor espaçamento entre os elementos estruturais fixados à chapa do convés intermediário
ou do teto do fundo duplo, em mm.
A espessura do convés intermediário ou teto do fundo duplo estanque a água (mas que não é o
fundo de tanque de carga, em embarcação-tanque, ou fundo de tanque, em todos os tipos de embarcação)
deverá ser, no mínimo, igual à espessura requerida em 1.15.1 para antepara estanque a água que não é
limite de tanque e cuja extremidade inferior se situaria na mesma altura do convés, acrescida de 1 mm.
1.5.3 – Chapa de convés intermediário ou do teto do fundo duplo que é o fundo de um tanque de
carga (específico para embarcação-tanque)
A espessura do convés intermediário ou teto do fundo duplo que é o fundo de tanque de carga
deverá ser, no mínimo, a calculada pela fórmula para a espessura das chapas das anteparas limites de
tanques de carga, definida em 1.14.1, com as seguintes diferenças:
a) s = menor espaçamento entre os elementos estruturais fixados à chapa do convés ou do teto
do fundo duplo, em mm; e
b) não é permitido o uso de chapa corrugada para o convés.
1.5.4 – Chapa de convés intermediário ou teto do fundo duplo que é o fundo de um tanque não
de carga
A espessura do convés intermediário ou teto do fundo duplo que é o fundo de tanque não de
carga deverá ser, no mínimo, a calculada pela fórmula para a espessura das chapas das anteparas limites
de tanques que não são de carga, definida em 1.14.1, com a seguinte diferença:
s = menor espaçamento entre os elementos estruturais fixados à chapa do convés ou do
teto do fundo duplo, em mm
1.5.5 – Chapa de convés intermediário ou teto do fundo duplo que receberá carga que não sobre
rodas
1.5.6 – Chapa de convés intermediário ou teto do fundo duplo que receberá carga sobre rodas
Caso o convés ou teto do fundo duplo seja projetado para resistir à operação e/ou estocagem
de veículos sobre pneus (automóveis, carretas, empilhadeiras, etc.), a sua espessura deverá ser, no
mínimo, igual à obtida pela fórmula abaixo:
e = 29 . N . K1 . (W) 1/2 mm
A Regra deste item se aplica a todos os elementos estruturais fixados a chapas, quando nada
diferente for especificado. O elemento estrutural, gigante ou não, juntamente com a chapa colaborante
na qual está fixado, deverá possuir um módulo de seção, no mínimo, igual ao valor obtido da seguinte
fórmula:
W = 8 . K . h . s . f 2 . cm3
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K= coeficiente adequado ao elemento estrutural, e obtido nas Figuras 1-6 a 1-20; quando nada for
especificado, deverá ser considerado igual a 2 (dois);
h= distância vertical do meio do vão “f” até o convés resistente (medido ao lado, caso o
convés tenha abaulamento), em metros (exceto para os elementos estruturais de conveses,
de limites de tanques e de limites de tanques de carga); as Figuras 1-6 a 1-20 mostram os
valores adequados;
= 1,2 metros, para os elementos estruturais do convés resistente, inclusive fora da região
de meia nau, quando não receberá carga sobre ele (exceto para embarcação de passageiros),
exceto para os elementos estruturais do convés resistente que é o limite superior de tanque
de carga ou de tanque;
= conforme definido em 1.8.2, para os elementos estruturais do convés resistente, das
anteparas, do costado ou do costado interno, e do fundo ou fundo duplo, quando forem
limites de tanques de carga (específico para embarcação-tanque);
= distancia vertical do meio do vão “f” até a altura do transbordo ou do suspiro do tanque
(das duas a menor), mas não inferior a 1,2 metros, para os elementos estruturais do convés,
das anteparas, do costado, e do fundo ou fundo duplo, quando forem limites de tanques que
não os de carga (ver, também, 1.8.3.b); em metros:
= 0,01 . L + 0,61 metros, quando for elemento estrutural de convés resistente de embarcação
de passageiro (ver, também, 1.8.3.b);
= 0,67 metros, para elemento estrutural de convés de superestrutura ou casaria (ver, também,
1.8.3.b);
= distância vertical da metade de “f” até a altura do convés, medida no costado, em metros,
para os elementos estruturais do fundo da proa e da popa com fundos chatos e inclinados;
s = espaçamento entre os elementos estruturais, em metros;
f = o comprimento do elemento situado entre dois apoios, em metros. Quando o elemento tiver
suas extremidades ligadas a outros elementos por borboletas cuja espessura obedece ao
item 1.10.1.a, “f” poderá ser medido até um ponto situado a 25% do comprimento do cateto
da borboleta, a contar de seu vértice do ângulo agudo.
1.6.2 – Específico para embarcação-tanque: valor de “h” para os elementos estruturais fixados
às chapas limites de tanques de carga
O valor de ‘h” a ser utilizado em 1.8.1, para os elementos estruturais fixados às chapas de tanques
(convés que é o limite superior do tanque - normalmente o convés resistente - , convés ou fundo duplo
que é o fundo do tanque e anteparas longitudinais e transversais; não se aplica a pés-de-carneiro ou a
contraventamentos) não pode ser inferior a qualquer um dos valores abaixo:
h= hE indicado nas Figuras 1-9 e 1-10, para cavernas gigantes e hastilhas em balsas de
costado duplo e fundo duplo
= (2/3). (p. hs + 10. ps) metros (caso sejam utilizados válvulas de transbordo ou bujões de
ruptura em lugar de alarmes de nível alto de líquido)
= p.hT + 1,2 metros (caso a pressão de ajuste da válvula de vácuo seja menor ou igual a
0,12 kg/cm2);
= p.hT +10.p metros (caso a pressão de ajuste da válvula de vácuo e pressão seja maior
que 0,12 kg/cm2);
p= 1 t/m3 se o peso específico do líquido a ser armazenado no tanque for igual ou inferior a
1,05 tlm3
= peso específico do líquido a ser armazenado no tanque, quando for superior a 1,05 tlm3
hs = altura até o local onde estiverem instalados a válvula de transbordo ou o bujão de ruptura,
caso existam, em metros;
ps = pressão de alívio da válvula de transbordo ou o bujão de ruptura, caso existam, em kg/
cm2
hT = distância vertical do centro da área suportada pelo elemento estrutural, ou da extremidade
inferior da chapa, até o convés resistente, medido ao lado (para tanques não situados em
troncos), ou até o topo do tronco, ao lado (para tanques situados em troncos)
p= pressão de ajuste da válvula de vácuo e pressão, em kg/cm2
a) O elemento estrutural, gigante ou não, juntamente com a chapa colaborante na qual está
fixado, deverá possuir um módulo de seção, no mínimo, igual ao valor obtido da seguinte
fórmula:
W = 8 . K . Pc . hc . s . f 2 . cm3
K = coeficiente adequado ao elemento estrutural, e obtido nas Figuras 1-6 a 1-20; quando nada
for especificado, deverá ser considerado igual a 2 (dois);
Pc = peso específico da carga, em t l m3;
hc = altura prevista para a carga, em metros
s = menor espaçamento entre os elementos estruturais, em metros;
f = o comprimento do elemento situado entre dois apoios, em metros. Quando o elemento tiver
suas extremidades ligadas a outros elementos por borboletas cuja espessura obedece ao
item 1.10.1.a, “f” poderá ser medido até um ponto situado a 25% do comprimento do cateto
da borboleta, a contar de seu vértice em ângulo agudo.
1.6.4 – Contraventamentos
As travessas horizontais superior e inferior deverão obedecer ao definido em 1.8.1, com os valores de K
e h adequados, em função da localização das chapas onde estiverem fixados.
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a) Recomenda-se que o espaçamento entre os pilares verticais não seja maior que a altura do pilar.
b) A área da seção transversal do pilar vertical deverá ser calculada pela fórmula abaixo. A carga GA
deverá ser obtida, pelo projetista, a partir do carregamento e do peso próprio da estrutura que o
pilar deverá suportar, considerando todos os conveses acima do pilar. G, não poderá ser inferior
aos valores das cargas G definidas na alínea c) e nas Figuras 1-1 6 e 1-1 7.
c) A carga calculada para cada pilar vertical não deverá ser menor que a obtida pela seguinte
fórmula:
G = 1,07 . b . h . s toneladas-força
b = largura média da área suportada pelo pilar (normalmente medida na direção transversal
da embarcação), em metros;
h = distância vertical, em metros, desde a chapa do fundo, no centro da área suportada, até
a superfície inferior da chapa do convés, medida ao lado (ver, Figuras 1-6 a 1-20); = altura
da carga, mas não menor que 1,2 , para pilar que suporta convés projetado para armazenar
carga sobre ele, em metros;
s = espaçamento entre os pilares verticais (normalmente medido na direção longitudinal da
embarcação), em metros.
Cada pilar inclinado deverá possuir uma seção transversal de área aproximadamente igual 50%
da área da seção transversal do pilar vertical que com ele forma um contraventamento.
1.7.1 – Borboletas
1.7.2 - Arranjo dos elementos estruturais da proa e da popa com fundos chatos e inclinados
a) Um arranjo típico da proa e da popa com fundos chatos e inclinados é mostrado n- a Figura 1-12.
O convés e o fundo possuem cavernamento longitudinal e cavernas gigantes em perfil ..U.. (ou
“C”) . Pilares inclinados unem uma caverna do convés à caverna de fundo imediatamente à vante.
O costado poderá possuir cavernamento transversal ou longitudinal. Caso seja transversal, as
cavernas verticais do costado deverão ser fixadas, nas suas extremidades superior e inferior, por
borboletas que se estendam até a primeira longitudinal do costado e do fundo.
b) Onde for utilizado perfil “U” como transversal gigante no convés e no fundo, e não se desejar
soldá-lo diretamente à chapa do convés ou do fundo, poder-se-á utilizar o arranjo alternativo
mostrado na Figura 1-3.c , que também aparece nas Figuras 1-6 e 1-8, entre outras.
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1.8.3 – União entre o fundo e o costado. Chapa do bojo. União entre o costado e o convés resistente.
a) Onde a união da chapa do fundo com a chapa do costado formar uma quina, as chapas do fundo
e do costado deverão possuir espessuras de, no mínimo, as exigidas em 1.12.1 e 1.12.2,
respectivamente, acrescidas de 1,5 mm. Poder-se-á soldar uma cantoneira sobreposta às duas
chapas, com espessura mínima de 2 mm a mais que a chapa de maior espessura, e colocada por
dentro ou por fora do casco. Para L igual ou inferior a 30 metros, poder-se-á, em lugar da cantoneira,
soldar um vergalhão de aço de seção reta circular, ou um tubo de aço, entre as duas chapas.
b) Onde for instalada uma chapa de bojo curvada, ela deverá ficar a topo com a chapa do fundo e
com a chapa de costado, e a espessura da chapa do fundo deverá se prolongar até 1 00 mm
acima da parte superior da curvatura. O raio da curvatura não poderá ser inferior a cinco vezes a
espessura real da chapa do bojo. No caso do raio de curvatura exceder 300 mm, a espessura da
chapa do bojo deverá ser, no mínimo, a requerida para a chapa do costado, em 1.12.2, acrescida
de 1,5 mm.
d) Onde a união da chapa do convés resistente com a chapa do costado formar uma quina, as
chapas do convés resistente e do costado deverão possuir espessuras de, no mínimo, as exigidas
em 1.4 (ou 1.5) e 1.12.2, respectivamente, acrescidas de 1,5 mm. Poder-se-á soldar uma cantoneira
sobreposta às duas chapas, com espessura mínima de 2 mm a mais que a chapa de maior
espessura, e colocada por dentro ou por fora do casco. Poder-se-á, também, exigir borboletas
como as mostradas na Figura 1-3 - parte d.
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A espessura da chapa da antepara limite de tanque deverá ser, no mínimo, igual à maior entre
as obtidas pelas seguintes fórmulas:
a) O elemento estrutural, gigante ou não, juntamente com a chapa colaborante na qual está
fixado, deverá possuir um módulo de seção, no mínimo, igual ao valor obtido da seguinte
fórmula:
W = 8 . K . h . s . f 2 . cm3
K = 1
h = altura, medida desde a metade do vão “f”, até a parte superior do tubo de transbordo
(“ladrão”) ou do suspiro, das duas a menor, para os elementos estruturais de anteparas
dos tanques que não são de carga; em metros;
= altura obtida em 1.8.2 , para elementos estruturais de anteparas dos tanques de carga,
em metros (específico para embarcações-tanque);
s = espaçamento entre os elementos estruturais, em metros, para os elementos estruturais
fixados a anteparas de chapa plana;
= a + b, para anteparas corrugadas; “a” e “b” são mostrados na Seção B-B da Figuras 1-9 e
1-10;
f = o comprimento do elemento estrutural situado entre dois apoios, em metros, para elementos
estruturais de anteparas de chapa plana. Quando o elemento tiver suas extremidades
ligadas a outros elementos por borboletas cuja espessura obedece ao item 1.10.1.a, “f”
poderá ser medido até um ponto situado a 25% do comprimento do cateto da borboleta,
a contar de seu vértice do ângulo agudo;
= a distância entre os apoios horizontais da antepara, situados no seu topo e no seu pé, em
metros, para antepara corrugada.
b) O módulo de seção da antepara corrugada poderá ser obtido pela seguinte equação, onde “a”, “e”
e “b” são mostrados na Seção B-B das Figuras 1-9 e 1-10;
W = (e. d 2 / 6) + (a . d . e / 2)
d) Deverão ser abertos escalopes nos elementos estruturais, de modo a permitir o esgotamento do
tanque e o escapamento de ar para o suspiro durante o enchimento.
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1.10 – CHAPAS DAS ANTEPARAS ESTANOUES A ÁGUA OUE NÃO SÃO LIMITES DE TANOUES
1.10.1 – Chapas das anteparas estanques a água que não são limites de tanques
A espessura da chapa da antepara estanque a água que não é limite de tanque deverá ser, no
mínimo, igual à maior entre as obtidas pelas seguintes fórmulas:
1.10.2 – Elementos estruturais das anteparas estanques a água que não são limites de tanques
a) O elemento estrutural, gigante ou não, juntamente com a chapa colaborante na qual está fixado,
deverá possuir um módulo de seção, no mínimo, igual ao valor obtido da seguinte fórmula:
W = 8. K. h. s. f 2 . cm2
K = 0,45
h = altura, medida desde a metade do vão “f”, até o convés resistente, medida na Linha de Centro
da embarcação, em metros;
s = espaçamento entre os elementos estruturais, em metros, para os elementos estruturais fixados
a anteparas de chapa plana;
= a + b, para anteparas corrugadas; “a” e “b” são mostrados na Seção B-B da Figuras 1-9 e 1-10
(específico para embarcações tanque).
f = o comprimento do elemento estrutural situado entre dois apoios, em metros, para elementos
estruturais de anteparas de chapa plana. Quando o elemento tiver suas extremidades ligadas a outros
elementos por borboletas cuja espessura obedece ac item 1.10.1.a , “f” poderá ser medido até um ponto
situado a 25% do comprimento do cateto da borboleta, a contar de seu vértice do ângulo agudo;
= a distância entre os apoios horizontais da antepara, situados no seu topo e no seu pé, em
metros, para antepara corrugada (específico para embarcações tanque).
b) Caso o elemento estrutural da antepara tenha as extremidades terminando em bisel, ou seja, não
rigidamente fixadas às extremidades de outros elementos estruturais ou a outras chapas, o valor
de W deverá ser o de 1.15.2.a, acrescido de 25%.
c) O módulo de seção da antepara corrugada poderá ser obtido pela seguinte equação, onde “a”, “e”
e “b” são mostrados na Seção B-B das Figuras 1-9 e 1 -10: e são medidos em cm.;
W = (e.d2 /6)+(a.d.e/2) c”
A espessura da chapa da quilha horizontal deve ser, no mínimo, a requerida para a do fundo da
embarcação.
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h = 1,06. L+ 94,5 mm
e = 0,4.L + 10 mm
a) Deverão ser instaladas escotilhas no convés resistente para permitir o acesso aos compartimentos
do casco. Quando instaladas próximo ao costado, dever-se-á duplicar a espessura da chapa do
convés na região, ou implantar outra maneira de compensar a resistência perdida devido à abertura
no convés. Adicionalmente, as aberturas deverão ser reforçadas por elementos estruturais, de
modo a tentar manter a continuidade dos reforços longitudinais e transversais do casco.
b) Nas embarcações de carga seca são abertas escotilhas de grandes dimensões, principalmente
nas embarcações que transportam granel, conforme mostrado nas Figuras 1-16 e 1-17. As braçolas
longitudinais de comprimento maior que 0,14 L que são suportadas por anteparas longitudinais ou
por longitudinais gigantes do convés resistente poderão ser computadas no cálculo do módulo da
Seção Mestra da embarcação.
c) As escotilhas situadas no convés resistente deverão possuir tampas que impeçam o embarque
de água no casco.
c) A marca do preenchimento total do tanque deverá ser visível e colocada no limite da escotilha de
expansão. A marca de preenchimento total deverá determinar 98,5% da capacidade do tanque,
contando com o volume da escotilha de expansão.
1.12.3 – Braçolas
a) As braçolas deverão possuir espessura e altura de valores, no mínimo, iguais aos obtidos pelas
seguintes fórmula e tabela:
e = 8. s + 0,027. L mm
Caso não seja possível obedecer o exigido na tabela anterior para a altura da braçola, a área da sua
seção transversal, resultante do produto da altura x espessura, deverá ser superior à área obtida com
os valores exigidos.
b) As autoridades brasileiras exigem as seguintes alturas mínimas de braçola, para escotilhas e
escotilhões, a menos que a DPC autorize de outra maneira, em casos especiais (NORMAM 02,
artigos 0611 e 0612, transcritos em 1.26.3 e 1.26.4, e Anexo 6-L):
1 - 150 mm, para as braçolas situadas no convés de borda livre, para embarcação que
navegará na Área 1, exceto para embarcação do Tipo C;
2 - 380 mm, para as braçolas de escotilha situadas no convés de borda livre, para
embarcação que navegará na Área 2;
3 - 150 mm, para as braçolas de escotilha situadas em outro convés que não o de borda
livre, para embarcação que navegará na Área 2;
4 - 260 mm, para as braçolas de escotilhão situadas no convés de borda livre, para
embarcação que navegará na Área 2;
5 - 150 mm, para as braçolas de escotilhão situadas em outro convés que não o de borda
livre, para embarcação que navegará na Área 2; e
6 - 300 mm, ou 500 mm, respectivamente, para embarcações abertas ou fechadas
projetadas para navegar na Hidrovia Paraná-Paraguai, e para @as quais se desejar
reduzir o valor da borda livre.
As braçolas poderão se prolongar para baixo do convés, e poderão possuir barras de face nas
suas arestas inferior (caso haja o. prolongamento mencionado) e superior. Caso se prolonguem para
baixo do convés, deverão fazê-lo por uma altura mínima de 150 mm, de modo a serem fixadas aos vaus
e sicordas por intermédio de borboletas.
c) A braçola deverá ser reforçada por esteios (enrijecedores transversais), espaçados de, no máximo,
4 metros (ou 3 metros, para embarcação de carga seca destinada a ser carregada ou descarregada
através de caçamba - “grab”)
c) Específico para embarcações de carga seca: tampas de escotilha situadas no convés exposto
ao tempo deverão ser estanques ao tempo. Quando forem receber carga sobre elas, deverão
ser projetadas com base no peso específico da carga e na altura prevista para ela, alem do peso
próprio da tampa, utilizando coeficiente de segurança mínimo de 3,0 sobre a tensão de escoamento
do material empregado. Quando não forem receber carga, deverão ser projetadas da mesma
maneira, mas considerando uma carga de peso específico 0, 1 71 t/m3 e com a altura de 1 metro.
d) Tampas de escotilha que receberão carga sobre rodas deverão ter a espessura da chapa, no
mínimo, conforme definido pela fórmula do item 1.6.6, utilizando Kl = 23,8. Nas regiões próximas
das bordas da escotilha, esta espessura mínima deverá ser acrescida de 15%.
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a) As tampas de escotilha fabricadas de madeira deverão ser vedadas com material impermeável,
tais como lona impregnada ou cola à prova d’água.
b) As tampas deverão possuir olhais ou outros dispositivos adequados para a sua retirada ou
colocação.
Para embarcações com L > 40 metros, possuindo ou não propulsão própria, deverá ser calculado o
momento fletor de projeto, em águas tranqüilas, que atuará na viga-navio, pela fórmula abaixo. Para
embarcações com L menor que 40 metros, não serão necessários os cálculos definidos em 1.24.
Os módulos resistentes da seção mestra para o convés e para o fundo deverão ser calculados, a
partir do cálculo do momento de inércia da seção mestra, tomando-se todas as chapas e elementos
estruturais contínuos na região de meia nau. Braçola longitudinal de escotilha, de comprimento maior que
0,14.L e que é suportada por antepara longitudinal ou por sicorda, poderá ser computada no cálculo do
módulo. Neste caso, dever-se-á analisar o módulo no convés em separado do módulo na braçola. A
Tabela 1.2 fornece um.modelo para estes cálculos.
Obtêm-se as tensões normais que atuam no fundo e no convés da embarcação pela divisão do
momento fletor obtido em 1.24.1, respectivamente, pelos módulos da seção mestra no fundo e no
convés, conforme mostrado na fórmula abaixo. Caso a braçola de escotilha tenha sido considerada
para o cálculo do módulo, deverá ser, também, calculada a tensão normal atuante na aba superior da
braçola, pela divisão do momento fletor pelo módulo da seção mestra no ponto superior da braçola.
σL = 10 M / W kg/mm2
a) A tensão normal no fundo, no convés e na braçola, não pode ser superior ao maior dos valores
obtidos pelas seguintes fórmulas:
b) Caso a tensão normal atuante no fundo, no convés ou na braçola exceder o maior valor obtido em
1.24.3.b, o projetista deverá modificar as espessuras de chapa e os escantilhões dos elementos
estruturais, de modo a que passem a não exceder, mas sem deixar de cumprir o restante das
Regras.
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De maneira geral, as aberturas circulares deverão ter bordos reforçados com barra face, para os
diâmetros maiores de 300mm. A área da seção da barra deve ser igual a
A = 0,26. e. d cm3
a) A distância de uma abertura para outra não deve ser menor que 05 (cinco) vezes a diâmetro da
menor abertura, e a distância entre uma abertura no convés e o costado da embarcação não
deve ser menor que o diâmetro da abertura.
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NOME DA PEÇA n b (cm) h (cm) d (m) n.b a(cm2) d2(m2) a.d(cm2.m) a.d2(cm2m2) n.i(cm2.m2)
CHAPA CONVES PRINCIPAL
CHAPA COSTADO
CHAPA ANTEPARA LONGIT.
CHAPA FUNDO
LONG. CONVES (FLANGE)
LONG. CONVES(ALMA)
LONG. FUNDO (FLANGE)
LONG. FUNDO(ALMA)
LONG. COSTADO (FLANGE)
LONG. COSTADO (ALMA)
LONG. ANTEPARA LONG (FL)
LONG. ANTEPARA LONG (AL)
LONG. COSTADO (FLANGE)
LONG. COSTADO (ALMA)
QUILHA VERTICAL
BRAÇOLA LONG (ABA)
BRAÇOLA LONG. (ALMA)
CH TETO FUNDO DUPLO
LONG TETO FDO DUP. (FL)
LONG TETO FDO. DUP. (ALM)
CH BOJO
SOMATÓRIO Σ a=A= Σ a.d= Σ a.d2= Σ n.i=
INSTRUÇÕES:
d = DISTANCIA VERTICAL DO CENTRO GEOMÉTRICO SEU BARICENTRO [ PARA RETÂNGULO i = (b x h3) /12 ]
2 -CALCULAR A DISTÂNCIA VERTICAL, EM metros, DA LINHA NEUTRA DA SEÇÃO A LINHA DE BASE DA EMBARCAÇÃO ( x )
x= Σ a.d/A A LINHA NEUTRA SERÁ UMA LINHA HORIZONTAL (OU SEJA, PERPENDICULAR
AO PLANO DIAMETRAL) PASSANDO PELO BARICENTRO DA SEÇÃO MESTRA
3 - CALCULAR O MOMENTO DE INÉRCIA DA SEÇÃO MESTRA EM RELAÇÃO À LINHA DE BASE DA EMBARCAÇÃO (G)
G= Σ a. d2 + Σ n.i
I=G–x2.A
5 - O MODULO DA SEÇÃO MESTRA NO FUNDO ( W f ) SERÁ OBTIDO PELA DIVISÃO DO MOMENTO DE INÉRCIA DA SEÇÃO MESTRA EM RELAÇÃO À SUA
LINHA DE BASE PELA DISTÂNCIA DO FUNDO AO BARICENTRO DA SEÇÃO MESTRA.
Wf=I/x
1.14.2 – Vigias e olhos de boi (NORMAM 02, artigo 0610 e Anexo 6-L)
a) As vigias e olhos de boi existentes nos costados abaixo do convés de borda livre da embarcações
dos tipos “A”, “B” ou “D” deverão apresentar as seguintes características:
1 - ser estanque à água, ou apresentar meios de fechamento estanque à água;
2 - ser dotada de tampa de combate;
3 - ser de construção sólida e;
4 - ser provida de vidros temperados de espessura compatível com seu diâmetro.
b) Para as embarcações projetadas para navegar na Hidrovia Paraguai-Paraná, deverá ser cumprido
o especificado na NORMAM 02, Anexo 6-L.
1.14.3 – Requisitos técnicos para as embarcações que navegarão na Área 1 (NORMAM 02,
artigo 0611)
a) Soleiras de portas
As portas externas de acesso ao interior de qualquer compartimento deverão ter uma soleira mínima
de 150 mm.
3 - A altura das braçolas mencionadas no item 1) poderá ser reduzida ou até suprimida, a critério
da Diretoria de Portos e Costas, desde que a segurança da embarcação não seja comprometida por este
motivo em qualquer condição de mar. Portas de visita e aberturas para retiradas de equipamentos,
fechadas por intermédio de tampas aparafusadas e que sejam estanques à água (“watertight”) não estão
sujeitas a qualquer requisito de altura mínima de braçola.
c) Aberturas no costado
1 - As aberturas no costado de embarcações dos tipos “A”, “B” ou “D” deverão possuir tampas
estanques à água ou vigias e olhos de boi que atendam aos requisitos constantes no artigo 0610 (transcrito
no item 1.26.2 destas Regras).
2 - As aberturas no costado de embarcações dos tipos “A”, ‘B’ ou ‘D” deverão estar posicionadas
de forma que sua aresta inferior esteja a pelo menos 300 mm acima da linha d’água carregada, em
qualquer condição esperada de trim. Para as embarcações dos tipos “C” ou “E” essa distância não
deverá ser inferior a 500 mm.
d) Suspiros
2 - Os suspiros dos tanques de armazenamento de água doce, de óleo diesel, de óleo lubrificante
e dos tanques de lastro profundo, com altura maior que a largura, bem como de caixas de mar, que
apresentam efeito de superfície livre desprezível, estão isentos do cumprimento dos requisitos de altura
acima especificados, desde que também apresentem sua extremidade com a forma de “U” invertido.
b) Descargas no costado
As extremidades no costado dos tubos de descarga de águas servidas deverão ser dotadas de
válvulas de retenção e fechamento (combinadas ou não) facilmente acessíveis, exceto nos casos em que
a descarga se dá por gravidade e a distância vertical entre o ponto de descarga no costado e a extremidade
superior do tubo seja maior ou igual a 1,20.metros, quando as válvulas poderão ser de fechamento sem
retenção.
1.14.4 – Requisitos técnicos para as embarcações que navegarão na Área 2 (NORMAM 02, artigo
0612)
1 - A embarcação deverá ser do Tipo “A”, “B” ou “D”. Embarcações dos Tipos “C” poderão ser
designadas para navegação na Área 2, desde que apresentem características de construção e/ou operação
especiais que, a critério da DPC, possibilitem:
(a) condições de flutuabilidade e estabilidade satisfatórias, mesmo com os porões alagados;
e/ou
(b) eficiente esgoto dos porões, impossibilitando o alagamento.
4 - A altura das braçolas mencionada nos itens 1) e 2) poderá ser reduzida ou até suprimida, a
critério da Diretoria de Portos e Costas, desde que a segurança da embarcação não seja comprometida
por este motivo em qualquer condição de mar. Portas de visita e aberturas para retiradas de equipamentos,
fechadas por intermédio de tampas aparafusadas e que sejam estanques à água (“watertight”) não estão
sujeitas a qualquer requisito de altura mínima de braçola.
a) Aberturas no costado
As aberturas no costado deverão possuir tampas estanques à água ou vigias e olhos de boi que
atendam aos requisitos constantes no item 3.26.2 e deverão estar posicionadas de forma que sua aresta
inferior esteja a pelo menos 500 mm acima da linha d’água carregada, em qualquer condição esperada de
trim.
b) Suspiros
1 - Os suspiros externos, situados acima do convés de borda-livre, deverão apresentar meios de
fechamento estanques ao tempo em suas extremidades, através de dispositivos permanentemente fixados,
exceto quando possuírem, simultaneamente, as seguintes características:
(a) extremidade do suspiro em forma de “U” invertido;
(b) distancia vertical entre a parte mais elevada do suspiro e a sua abertura maior ou igual a
500 mm para suspiros instalados no convés de borda-livre ou 300 mm para suspiros instalados
nos demais conveses e;
(c) distância vertical entre o ponto mais baixo do fundo do “U” ( “pescoço” do suspiro) e o
convés onde o mesmo se encontra instala do maior ou igual a 760 mm, quando o convés for
o convés de borda-livre ou 450 mm nos demais casos.
(d) Procedimentos alternativos poderão ser aceitos, a critério da DPC.
2 - Os suspiros dos tanques de armazenamento de água doce, de óleo diesel, de óleo lubrificante
e dos tanques de lastro profundo, com altura maior que a largura, bem como de caixas de mar, que
apresentam efeito de superfície livre desprezível, estão isentos do cumprimento dos requisitos de altura
acima especificados, desde que também apresentem sua extremidade com a forma de “U” invertido.
a) Descargas no costado
A extremidade no costado dos tubos de descarga de águas servidas deverá ser dotada de válvulas
de retenção e fechamento (combinadas ou não) facilmente acessíveis, exceto nos casos em que a descarga
se dá por gravidade e a distância vertical entre o ponto de descarga no costado e a extremidade superior
do tubo seja maior ou igual a 2,00 metros, quando então as válvulas poderão ser de fechamento sem a
retenção.
2- Quando essas passagens forem externas, deverão ser instaladas bordas falsas ou balaustradas,
que poderão ser removíveis, ao longo de todo o seu comprimento.
a) A chapa da antepara externa da superestrutura ou casaria deverá possuir uma espessura de, no
mínimo, o maior dentre os valores obtidos pelas seguintes fórmulas:
e = 3.s.(h)1/2 + 2,5 mm
= 4 + 0,01. L mm
b) Cada elemento estrutural da antepara, juntamente com a sua chapa colaborante, deverá possuir
um módulo de seção de, no mínimo, o valor obtido pela seguinte fórmula:
W = 35 . h . s . f 2 . cm3
c) No caso de serem usados elementos estruturais horizontais, deverão ser utilizados prumos verticais
para transmitir para o convés resistente os esforços que agem sobre a superestrutura ou casaria.
Deverão possuir alma de altura não inferior a 0,125 . f, ou seja, de 0,125 metros por cada metro de
seu comprimento situado entre apoios (vão), e espessura da alma de, no mínimo, 10 . f + 3,5 mm
(mas não superior a 14 mm), com “ f “ em metros. Cada prumo vertical da antepara, juntamente
com a sua chapa colaborante, deverá possuir um módulo de seção de, no mínimo, o valor obtido
pela seguinte fórmula:
W= 35 . h . s . f 2 . cm 3
d) As aberturas nas anteparas externas das anteparas ou casarias deverão possuir meios efetivos
de fechamento. Os acessórios de abertura e fechamento de aberturas deverá ser de tal modo
reforçado que, quando fechados, a antepara recupere a resistência que possuiria caso não
houvesse a abertura. Deverão ser obedecidas as normas da NORMAM 02, artigos 0610, 0611 e
0612 (transcritos em 1.26.2, 1.26.3 e 1.26.4, respectivamente), 0608, 0609 e, para embarcações
que navegarão na Hidrovia Paraguai-Paraná, o Anexo 6-L.
e) As portas situadas nas anteparas externas da superestrutura ou casaria deverão ser estanques
ao tempo, e garantir esta estanqueidade à antepara quando estiverem fechadas. Deverão poder
ser abertas ou fechadas tanto do exterior como do interior da superestrutura ou casaria. Deverão
ser obedecidas as normas da NORMAM 02, artigos 0610, 0611 e 0612 (transcritos em 1.26.2,
1.26.3 e 1.26.4, respectivamente), 0608, 0609 e, para embarcações que navegarão na Hidrovia
Paraguai-Paraná, o Anexo 6-L.
e = 0,0063. s + 1,0 mm
= 4,5 mm
= obtido em 1.6.5, caso o convés vá receber carga que não sobre rodas;
= obtido em 1.6.6, caso o convés vá receber carga sobre rodas.
c) Aberturas em conveses expostos ao tempo deverão possuir braçolas de, no mínimo, 150 mm de
altura (NORMAM 02, itens 0611 e 0612, transcritos em 1.26.3 e 1.26.4, respectivamente).
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Caso esta abertura leve a uma área de passageiros situada abaixo que, caso venha a ser alagada,
não vá causar a perda de estabilidade da embarcação, aquela altura poderá ser diminuída, ou mesmo
não instalada, desde que os meios de fechamento da abertura garantam a sua estanqueidade ao tempo
quando fechada.
t= 1,09. L + 80 mm
e= 0,27. L + 10 mm
a) Cadaste interior. Caso seja usado um cadaste em forma de moldura da clara do hélice (ver
Figura 1.4), o que normalmente ocorre em embarcação com um único hélice, as largura e
espessura.do cadaste interior deverão ser, no mínimo, os valores obtidos pelas fórmulas abaixo:
w = 0,9. L + 67 mm
e = 0,8. L + 11 mm
b) Cadaste exterior. Caso seja usado um cadaste em forma de moldura da clara do hélice (ver
Figura 1.4), as largura e espessura do cadaste exterior deverão ser, no mínimo, as obtidas no item
anterior para o cadaste interior. As fêmeas do leme deverão possuir uma espessura de parede e
una altura de, no mínimo, 28% e 75% do diâmetro da madre do leme, respectivamente.
a) Caso seja usada uma barra como cadaste (ver ‘Figura 1.4), o que normalmente ocorre em
embarcação sem propulsão ou com dois hélices, as suas largura e espessura deverão ser, no
mínimo, os valores obtidos pelas fórmulas abaixo:
W = 1,09. L + 80 mm
e = 0,5 . L + 10 mrn
A espessura da chapa do costado na região que abrange o túnel do eixo e os locais sujeitos aos
choques da água impulsionada pelo hélice deverá possuir espessura de, no mínimo, a mínima exigida
para a chapa do costado a meia nau, acrescida de 1,5 mm.
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b) O comprimento do bosso deverá ser de, no mínimo, 3 vezes o diâmetro do eixo propulsor, e a
espessura de sua parede deverá ser de, no mínimo, 35% do diâmetro do eixo propulsor.
c) Os pés de galinha poderão ser de aço fundido, ou fabricados a partir de peças de aço forjado ou
de chapas. O material deverá obedecer ao especificado nestas Regras.
1.18 – LEMES
1.18.1 – Materiais
A madre, os pinos e as fêmeas dos pinos deverão ser fabricadas de aço fundido ou forjado, ou
ainda dos materiais especificados nestas Regras.
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1.18.2 – Generalidades
As Regras aqui estabelecidas para lemes são aplicáveis aos lemes compensados ou semi-
compensados, possuindo um mancal eficiente da madre na sua parte superior, e possuindo, ou não,
mancal inferior (mancal na soleira). Outros arranjos de leme deverão ser submetidos à análise do BC e
testados em prova de mar.
a) Parte superior da madre. A parte da madre situada acima do mancal superior deverá possuir um
diâmetro igual a, no mínimo, o resultado da seguinte fórmula:
b) Parte inferior da madre. A parte da madre situada abaixo do mancal superior deverá possuir um
diâmetro igual a, no mínimo, o resultado da seguinte fórmula:
Observações: 1- A parte inferior da madre de leme que possui mancal inferior deverá possuir um
diâmetro de, no mínimo, igual a S1 nos dois terços superiores da distância entre os
mancais superior e inferior, podendo, a partir daí, ir diminuindo o diâmetro até atingir,
no mancal inferior, um diâmetro igual a, no mínimo, 0,75.S1 A madre deverá penetrar
no mancal inferior de, no mínimo, 0,75.S1.
2 - A parte inferior da madre de leme que não possui mancar inferior deverá possuir um
diâmetro de, no mínimo, igual a S1 no trecho desde o mancal superior até a parte
superior da porta do leme. Daí para baixo, poderá ir diminuindo o diâmetro até atingir,
na sua extremidade inferior, um diâmetro igual a, no mínimo, 0,33.S1. A altura do mancal
superior não necessita ser superior a 1,5.S1.
3 - A parte inferior da madre poderá não existir na parte interna da porta do leme, desde
que esta porta seja projetada para possuir uma resistência à torção e à flexão
equivalente às das partes da madre definidas pelas fórmulas anteriores.
a) Os conveses das embarcações de passageiros deverão possuir bordas falsas de altura mínima
de 900 mm. Se for em forma de balaustrada, esta deverá ser construída de tubos de aço e a
distância entre os tubos horizontais deverá ser de, no máximo, 230mm. Se a balaustra for em
forma de borda falsa, deverá possuir, na parte inferior, local para escoamento de água, cuja área
mínima deverá ser de 10% da área total da borda falsa.
b) Nas embarcações de outros tipos, caso exista borda falsa, a sua altura mínima deverá ser de
450mm.
b) Os suspiros, sondas e ladrões destes tanques deverão ser equipados com dispositivos contra
penetração de chamas (por dentro) para os tanques. Não há restrições em utilizar telas de arame
fino.
1.21 – VERDUGOS
a) Os verdugos, de madeira ou outro material não térmico, deverão ser fixados ao chapeamento por
meio de barras ou outros perfis soldados ao costado. A barra inferior pode ser contínua ou em
seções. A madeira do verdugo deverá ser fixada entre apoios por meio de parafusos com porcas
ou parafusos para madeira. É proibida a fixação direta de verdugo com o chapeamento por meio
de parafusos. Como barra de fixação superior, poderá ser utilizada a parte exposta da chapa
trincaniz.
a) Nos porões de carga poderá ser instalado um piso de tábuas de madeira (cobros), de espessura
mínima de 35 mm. Em embarcações destinadas ao transporte de minério ou outra carga pesada,
a espessura deverá ser aumentada em 50%. Em lugar de madeira, poderá ser utilizado ou material
de igual resistência. O piso deverá ser posicionado acima das hastilhas. Deverá ser facilmente
removível, de modo a permitir a inspeção da chapa do fundo do porão.
b) Nos porões destinados ao transporte de carga geral, poderá ser instalada uma forração, nos
bordos, feita com sarrafos de madeira de espessura mínima de 25mm; a distância entre: 5 sarrafos
não deverá ser superior a 150 mm.
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b) As medidas deverão ser tomadas em pontos razoavelmente bem distribuídos ao longo da área da
chapa ou do elemento estrutural, mas procurando sempre os pontos onde tenha ocorrido a maior
perda de espessura em cada região.
c) Será aceitável uma espessura média igual ou superior a 75% da espessura nominal original
especificada nos planos aprovados pelo BC. Chapas e elementos estruturais com espessura
média inferior àquela deverão ser substituídos. Alternativamente, no entanto, o Vistoriador poderá
aceitar que uma chapa ou um elemento estrutural não seja substituído, desde que a substituição
de apenas algumas partes resulte em uma espessura média aceitável, ou seja, igual ou superior
aos 75% da espessura original mencionados.
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Figura 1-12 - Seção longitudinal da proa ou popa com fundo chato e inclinado
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Figura 1-13 - Seção transversal do casco de embarcação de carga seca sem fundo duplo
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Figura 1-15 - Seção tranversal do casco de embarcação de carga sea sem fundo duplo
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TOMO IV - ESTRUTURA
SEÇÃO 2
a) As redes de carregamento dos tanques de carga e as redes de incêndio deverão ser colocadas
sobre o convés. A ligação das redes com o casco deverá ser estanque (solda) e sem juntas.
Todas as válvulas das redes deverão possuir marcação de direção de abertura e de fechamento.
b) Os tubos para enchimento dos porões devem ser conduzidos até o fundo dos tanques.
c) As bombas de carga poderão ser instaladas em uma praça de bombas ou sobre o convés resistente.
Caso instaladas em uma praça de bombas, se esta for contígua aos tanques de carga, deverão
ser obedecidos os requisitos de 1.2.2.b. Caso instaladas sobre o convés resistente, deverão ser
instaladas em ambiente protegido do tempo.
d) Os acionadores das bombas de carga de líquidos inflamáveis, caso sejam de um tipo que possa
a ocasionar incêndio nos gases desprendidos da carga, como por exemplo, motores de combustão
ou motores elétricos, deverão ser colocados em compartimentos estanques a gás tanto para o
compartimento das bombas quanto para o meio ambiente. Da mesma forma, as bombas de
carga de líquidos inflamáveis deverão ser instaladas em compartimentos, separados por anteparas
estanques a gás, de outros compartimentos, tal como a Praça de Máquinas, onde estão instalados
equipamentos que poderiam ocasionar um incêndio nos gases desprendidos da carga.
e) As bombas de carga de líquidos inflamáveis deverão ser equipadas com dispositivo de alívio de
pressão, normalmente com descarga para o lado de aspiração das bombas. Deverão, também,
poder ser paradas, bem como ter a sua vazão controlada, de fora do compartimento de bombas
de carga; no local de controle remoto das bombas, deverão ser instalados manômetros que
permitam controlar as pressões de admissão e de descarga de cada bomba. O compartimento de
bombas de carga de líquidos inflamáveis deverá possuir saída de emergência e alarme de nível
dos porões.
f) As redes de carga de líquidos inflamáveis deverão ser instaladas de modo que a carga
remanescente na tubulação possa ser drenada para os tanques de carga. As bombas e os filtros
de carga de líquidos inflamáveis deverão conter dispositivos que permita drená-los para os tanques
de carga.
Cada tanque deverá ser equipado, no mínimo, com um dispositivo para igualar a pressão interna com a
pressão do ar, de modo que o vácuo não atinja um valor superior a 0,7 metros de coluna d’água relativo,
e a pressão no interior do tanque não atinja valor superior a 1,4 metros de coluna d’água relativa, recomenda-
se utilizar “válvulas de pressão e vácuo” de uso já
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b) Os dispositivos para igualdade de pressão deverão ser protegidos contra a penetração de chamas
para dentro dos tanques. Caso seja adotado o dispositivo conjunto, deverá ser prevista uma
proteção que não permita a passagem de chamas de tanque para tanque.
a) Os suspiros e a ventilação dos tanques (troca de ar dentro dos tanques) deverão existir somente
com dispositivo para igualdade de pressões.
c) Nas embarcações para transporte de líquidos com ponto de fulgor igual ou inferior a 60OC (método
do cadinho fechado), todos os suspiros existentes nos compartimentos deverão ser equipados
com protetores contra chamas.
d) Todas as aberturas dos suspiros devem ser equipadas com meios de fechamento estanque.
As redes de vapor em tanques de carga individuais deverão ser equipadas com válvulas de
interceptação roscadas. Isto não se aplica a tanques de carga com aquecimento por uma fonte de vapor
externa à embarcação.
O condensado das serpentinas de aquecimento deverá ser re-circulado para o sistema de água
de alimentação, através de tanques de observação. Os tanques de observação de condensado deverão
ser providos com suspiros suficientes. Os tubos de suspiro em embarcações para o transporte de líquidos
inflamáveis com ponto de fulgor inferior a 60OC deverão ser equipados com corta-chamas.
Os sistemas de aquecimento que utilizem líquidos especiais para troca de calor estarão sujeitos
à aprovação do BC.
As redes de vapor para desgaseificação dos tanques de carga de líquidos inflamáveis deverão
ser equipadas com válvulas de interceptação roscadas.
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a) Praças de máquinas e cofferdams deverão ser providos com meios efetivos de ventilação. Estes
sistemas não poderão ser conectados com sistemas de ventilação de outros espaços do navio.
b) A ventilação das praças de bombas deverá ser efetuada por ventiladores de extração. O ar
natural poderá ter suprimento natural e deverá ser introduzido por cima da praça de bombas.
a) O suspiro de tanques de carga deverá ser efetuado apenas por meio de dispositivos limitadores
de pressão e vácuo aprovados, que sirvam para as seguintes funções:
Os espaços de ar deverão ser equipados com uma válvula de fundo operável do convés, por meio
da qual eles possam ser alagados. Eles deverão também poder ser alagados por meio de um sistema de
tubulação fixo no “cofferdam”, derivado da rede de incêndio, ou usando uma mangueira.
a) Os tanques de carga e de lastro deverão ser providos com tubos de sondagem. Estes deverão
atravessar o convés de modo estanque a óleo e deverão ter sua extremidade superior, no mínimo
de 600 mm acima do convés, para assegurar que a carga não se derrame durante as sondagens.
b) Deverão ser montadas aberturas de observação, com visores de vidro, na tampa do tanque de
carga. Elas deverão poder ser fechadas de modo estanque à água.
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2.10.3 – Descarga
a) Se a embarcação possui sistema de gás inerte, deverá ser verificada a pressão para que não caia
ao nível de vácuo. Se a embarcação não possui sistema de gás inerte, deverá ser verificada a
temperatura para que não caia bruscamente, para evitar a contração da carga.
2.11 – SUPERESTRUTURAS
a) As superestruturas das embarcações que transportam líquidos de ponto de fulgor igual ou inferior
a 60,C deverão estar localizadas atrás do espaço de ar (“cofferdam”) de ré. Em casos especiais,
as superestruturas poderão se estender por cima do espaço de ar de ré e, às vezes, por cima dos
tanques de carga, desde que sejam obedecidas as seguintes condições:
1) Haja a autorização específica do BC para a embarcação;
2) O convés sob esta superestrutura seja estanque a gás; e
3) O piso da superestrutura seja instalado em uma altura tal que permita a entrada de água
e de ar entre o convés resistente e a superestrutura (normalmente 1,0 metro acima do
convés).
TOMO IV – ESTRUTURA
SEÇÃO 3
O Plano de Arranjo Geral deverá mostrar os equipamentos relativos à pesca, como mastro,
molinete ou guincho de cabo, braços de arrasto, etc.
1. Cintado - Na região dos braços de arraste, deverá ser acrescido de 3 mm. Na região entre
braços de arraste de vante e de ré, o acréscimo será de 1,5 mm.
2. Costado - Na região dos braços de arraste de ré e de vante, deverá ser feito um reforço
de 40 % no chapeamento, acima da curvatura do bojo.
3. Borda falsa - Na região de operação, as chapas deverão ser acrescidas de 2 mm, e, sob
os braços de arraste, acrescidos de 3 mm. Na região do gato de desarme, a espessura da
chapa deverá ter, no mínimo, 10 mm.
4. Costuras de solda - Na borda inferior do cintado e borda superior do bojo deverão ser
protegidas por perfis meia cana. Entre o braço de arraste de ré e o de vante, deverá ser
instalado um arranjo com perfis meia cana, podendo ser diagonalmente às primeiras, com
finalidade de proteger os cordões de solda contra o desgaste do roçar dos cabos de arraste.
5. Bolinas - Deverão ser previstas, de altura e comprimento adequados, soldadas sobre um
reforço de barra chata soldada ao longo do bojo.
3.2.2 – CONVÉS
a) A espessura da chapa do convés deverá ser calculada como definido na Seção 1. No entanto,
deverá possuir, no mínimo:
1 - no convés resistente a meia nau, sem forro de madeira: 6,5 mm;
2 - no convés resistente a meia nau, com forro de madeira: 5,5 mm;
3 - no convés do castelo, sem forro de madeira: 7 mm;
4 - no convés do castelo, com forro de madeira: 6 mm; e
5 - sob os guinchos de arraste, braços de arraste e cabeços centrais, com ou sem forro de madeira:
7,5 mm
b) A rampa, nos navios pesqueiros de arraste de popa, deverá possuir resistência suficiente para
suportar a carga com rede, recomendando-se, para isso, chapa com espessura mínima de 11
mm. As laterais das rampas deverão possuir espessura igual à do costado nas extremidades,
acrescidas de 10 %.
b) não houver hastilhas. Os reforços da rampa de popa deverão possuir modulo de Seção W calculado
por:
W=0,018.s.f 2 cm3
c) As laterais das rampas deverão possuir cavernas com escantilhões iguais ao requeridos para os
pique tanques, devendo ser reforçadas por cavernas gigantes quando necessário.
3.2.4 – CADASTE
Tanto o cadaste maciço como o fabricado de chapas deverão ter seus escantilhões aumentados
de 10 % do valor das Regras.
a) Amarras com diâmetro inferior a 16mm não precisam ter elos malhetados.
b) As âncoras e amarras e cabos deverão ser determinados de acordo com. o Torno 1. Para
embarcações de comprimento L < 30m, as amarras poderão ser substituídas por cabos de aço
1,5 vezes mais compridos, com resistência de ruptura igual à da amarra. A carga de ruptura
adotada para cabo de aço é válida para fibras naturais (cabos de manilha) ou fibras sintéticas de
igual diâmetro dos cabos de manilha.
d) As regras para os guinchos da traineira são semelhantes às dos molinetes (Tomo V).
b) Nos porões de peixe à ré, deverão existir pocetos de esgoto de tamanhos suficientes. e
absolutamente estanques, cobertos com chapas perfuradas seguramente fixadas. As sucções
de esgoto deverão possuir dispositivos de lavagem seguros contra acionamento não intencional.
3.6 – CIMENTAÇÃO
a) Para embarcação de fundo singelo, o fundo deverá ser cimentado até ao topo das hastilhas,
depois de receber um tratamento anti-corrosivo. Para embarcação de fundo duplo, o fundo duplo,
quando não destinado ao armazenamento de óleo combustível ou lubrificante, deverá levar uma
camada de argamassa com aproximadamente 100 mm de espessura, a partir da linha de centro.
decrescendo gradualmente até zero na chapa-margem ou bojo.
b) Outras partes do fundo duplo deverão receber cimentação para assegurar um bom escoamento
de água evitando, assim, o acúmulo de água nas juntas ou obstáculos (chapa-margem
perpendicular ao costado, pique tanques, cavidades nas extremidades do navio e chapa trincaniz
do convés, deverão ser cimentadas de maneira usual)
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TOMO IV - ESTRUTURA
SEÇÃO 4
a) Toda embarcação deverá ser marcada de modo visível e durável com letras e algarismos de
tamanho apropriado às dimensões da embarcação, com as seguintes informações:
1) Nome da embarcação;
2) Porto de inscrição;
3) Escala de calado;
4) Placa com dados (apenas para as embarcações de passageiros).; e
5) Desenho indicativo da existência de propulsor lateral (“bow thruster” ou “stern thruster”)
TOMO V – MÁQUINAS
SEÇAO 1
REQUISITOS GERAIS
1.1 – GENERALIDADES
b) A construção e a instalação deverão ser feitas de acordo com os requisitos de classificação e sob
a supervisão dos Vistoriadores do BC.
b) O BC deverá receber por escrito, com antecedência, solicitação para supervisão e vistoria de
fabricação dessas máquinas. O pedido de supervisão deve ser feito com antecedência, antes de
se iniciar a fabricação e de se fazer os pedidos de material necessário.
c) A vistoria de fabricação compreende tanto os ensaios e testes quanto as inspeções dos materiais
componentes, que deverão ser devidamente identificados.
d) Para motores de propulsão ou auxiliares a diesel, com linha de fabricação seriada e de qualidade
já reconhecida no mercado, o fabricante deverá efetuar a sua instalação ou supervisioná-la e
emitir um Certificado de Responsabilidade.
Sempre que possível, a especificação dos materiais deverá obedecer às Normas Brasileiras
(NBR).
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c) De um modo geral, todos os forjados para fabricação de eixos serão controlados. Para máquinas
com cilindros de alta pressão, de diâmetro superior a 500 mm, serão controlados os seguintes
forjados: haste de êmbolo e válvulas, acoplamento de eixo e seus parafusos, parafusos dos
mancais, cruzetas e hastes do excêntrico. Para máquinas com cilindros de alta pressão e diâmetros
acima de 350 mm, serão controlados os forjados para conectoras e para hastes de êmbolo.
d) Para os casos de substituição de peças forjadas por peças fundidas, estas serão controladas
apenas quando substituírem peças já controladas.
e) Serão controlados os tubos para vapor que trabalhem acima de 10 kg/cm2 ou 1 MPa.
f) Todas as peças de máquinas sujeitas a esforços deverão ser de material adequado e deverão ter
as folgas condizentes com o serviço a executar, dentro da melhor técnica de construção naval.
g) No caso de cárter fechado com volume superior a meio metro cúbico, é obrigatório o uso de
válvula de segurança.
h) O embasamento da máquina deverá ser rígido e ter parafusos, em quantidade suficiente, para
fixação do jazente à estrutura da embarcação.
j) O teste final de funcionamento da máquina deverá ser feito na presença de Vistoriador do BC,
com todo o equipamento montado e com as válvulas de segurança reguladas.
TOMO V – MÁQUINAS
SEÇÃO 2
a) O diâmetro mínimo das linhas de eixo, deverá ser determinado pela seguinte fórmula, considerando
o aço de resistência à tração de 4.200 kg/cm2 , ou 420 MPa.
1 DHP
d= 3
cm
A 0,07
d) No caso de eixos com duas pontas de transmissão, poderá ser considerado 80% de “d” obtido em
2.1.a. O diâmetro do eixo de manivelas, entretanto, deverá ser igual a “d”.
e) A expressão de “d” acima, para o cálculo do diâmetro mínimo dos eixos, não considera as tensões
adicionais devidas às vibrações torsionais.
2.2 – MANIVELA
2.2.1 – Dimensionamento
1 - O produto da largura dos laterais da manivela, pelo quadrado da espessura dos laterais da
manivela, deverá ser igual ou maior do que 0,4 vezes o cubo do diâmetro do eixo de manivelas.
2 - O produto da espessura, pelo quadrado da largura, deverá ser igual ou maior do que o cubo do
diâmetro do eixo de manivelas.
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a) A espessura da cambota de manivela mais a ré, no caso de eixos constituídos de partes montadas,
deverá ser, no mínimo, de (1/1,82) do diâmetro do eixo de manivelas, e sua largura mínima permitida
será de 1,8 vezes o diâmetro dos furos na lateral da manivela.
b) Para as manivelas subseqüentes (partindo de ré) sujeitas a esforços menores, a espessura poderá
ser reduzida de 5% em cada manivela. Caso seja usada chaveta para fixação das peças, o
diâmetro deverá ser devidamente aumentado para compensar o enfraquecimento devido ao rasgo
da chaveta.
a) O conjunto de válvulas, o cilindro de alta pressão e camisa, serão testados a uma pressão
correspondente à pressão da caldeira com sobrecarga de 50%.
b) A pressão para teste dos cilindros, válvulas e reservatórios de média pressão será, no mínimo, de
3 kg/cm2, devendo, também, resistir à pressão de suas válvulas de escape com excesso de
sobrecarga de 50%.
c) A pressão mínima de teste do condensador, com tubos e ferragens no lugar, será de 1,5 kg/cm2 (=
0.15 MPa)
2.4 – SOBRESSALENTES
b) Além dos sobressalentes acima, outros serão requeridos sempre que a natureza da embarcação
assim o exigir.
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TOMO V - MÁQUINAS
SEÇAO 3
TURBINAS A VAPOR
3.1 – DEFINIÇÕES
a) Velocidade de regime é aquela em que a turbina pode, pelo projeto, operar continuamente em
serviço. É a velocidade em regime máximo contínuo, e deverá ser usada no cálculo de resistência.
a) Deverão ser remetidas ao BC cópias dos Pedidos de Compra e da especificação dos materiais
para informação dos Vistoriadores, em três vias. O material deverá estar de acordo com as
especificações aprovadas quando da apresentação prévia do projeto.
b) Todas as partes de turbinas e engrenagens deverão ser de material sem defeitos e deverão ter
folgas e ajustes de acordo com a melhor técnica de construção naval.
f) Pinhões, rodas dentadas e acoplamentos flexíveis para a redução, serão aceitos com base na
inspeção superficial e na verificação de dureza.
g) Eixos, rodas dentadas, pinhões, acoplamentos e seus parafusos, serão aceitos por inspeção
superficial e prova de dureza, dependendo de aprovação em cada caso particular, levando-se em
conta o tamanho da unidade, a técnica de fabricação e o controle do fabricante.
i) deverão ser de projeto aprovado e equipadas seguindo a boa técnica. O material empregado na
fabricação não necessitará ser aprovado e nem a inspeção será feita na fábrica. A garantia do
fabricante será aceita desde que, no teste após a montagem, o seu funcionamento seja satisfatório.
3.2.2 – Desenhos
a) Os desenhos deverão ser apresentados em três vias e deverão conter em detalhes: seções
transversais, carcaça, rotor, redutora, eixo e mancais do hélice.
b) Todos os dados necessários relativos a material, peso, velocidade das peças giratórias. velocidades
críticas e a potência a ser transmitida, deverão ser apresentadas para verificação dos cálculos do
projeto.
c) O desenho da engrenagem redutora deverá conter os diagramas de cargas nos mancais. detalhes
dos eixos, rodas dentadas, formato de dentes e os dados necessários para a revisão do projeto.
b) Todas as peças fundidas deverão ter suas tensões internas eliminadas por tratamento térmico.
3.4 – PALHETAS
a) As palhetas deverão ser projetadas, de modo a se ter uma rigidez que diminua a deformação e a
vibração. Deverão ser evitadas mudanças bruscas de seção.
S = 45,4 . Q . (F / M) . R2 cm2
c) A expressão acima considera apenas tensões. A instalação deverá prever a presença de vibrações
nas velocidades de serviço.
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c) Os rotores e discos deverão ser fabricados de forma a que não haja vibração excessiva na faixa
de velocidade de serviço. Todos os rotores deverão ser balanceados em máquinas de balancear
reconhecidas a uma velocidade igual à combinação da freqüência da máquina e do rotor.
d) Para o cálculo da seção do disco, será considerado um fator de segurança de 2,5, para a tensão
radial, e de 3, para a tensão tangencial média. Para a tensão tangencial, o fator será 2, para rotor
inteiriço e de 2,5, para não inteiriço, sempre considerada a tensão de escoamento. A tensão
tangencial média não deve exceder o limite de rutura com um fator de segurança igual a 4.
e) Para calcular as tensões elásticas, considerar a tensão radial igual a zero no broqueado, em
rotores maciços. Se o furo de inspeção for maior do que 25% do diâmetro básico dos discos no
fundo do rasgo de chaveta, supor no broqueado para os discos separados.
f) Considerar tensão igual à tangencial no centro de rotores maciços, se os furos de inspeção não
excederem 0,25 do diâmetro básico de apoio dos discos.
3.6 – CARCAÇAS
a) As carcaças das turbinas deverão ser testadas a 1,5 vezes a pressão de serviço, e para isso as
carcaças poderão ser divididas por paredes provisórias para a repartição correta das pressões de
prova. Antes da instalação, a turbina deverá ser posta a girar no limite de sobrevelocidade para
operar o regulador de velocidade.
b) As provas acima deverão ser feitas na presença do Vistoriador do BC para as turbinas principais
e para as auxiliares acima de 135 HP.
Para as unidades de propulsão deverá ser verificado o contato dos dentes da engrenagem redutora.
Para facilitar a verificação da área e uniformidade do contato dos dentes, parte dos dentes dos pinhões
ou rodas dentadas será pintada com pigmento de cobre ou outra tinta adequada. Recomenda-se verificar
o contato dos dentes dentro de seis meses de operação.
Todas as turbinas deverão ter reguladores de velocidade para impedir que excedam a velocidade
máxima de projeto em mais de 15%. Quando a lubrificação forçada for empregada, o regulador deverá
ter um dispositivo que corte a alimentação de vapor à turbina, no caso de falha no sistema de lubrificação.
Será também exigido que o regulador possa ser disparado manualmente. Para turbinas de acionamento
de geradores, ver o Tomo VI.
a) No caso em que o vapor é extraído da turbina, deverá haver um dispositivo que não permita a
passagem de vapor através da ligação do extrator.
b) A alimentação de vapor para a turbina de marcha a ré deverá estar à disposição assim que a
alimentação de vapor da turbina de marcha a vante seja cortado. Isso não impede o uso de uma
válvula na linha, ao alcance do local de manobra.
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c) O vapor de emergência da turbina de baixa pressão deverá ser saturado. Para uso de vapor
superaquecido, a instalação deverá receber uma aprovação especial do BC.
As carcaças deverão possuir drenos nos locais onde possa haver acúmulo de água e deverão ter
vedação adequada. Em todas as descargas das turbinas deverá haver uma válvula vigia de descarga.
Cada caldeira auxiliar deverá dispor de um disparo de contra-pressão ou outra proteção.
3.11 – EIXOS
c) O diâmetro mínimo dos eixos de rodas dentadas, rotores e para máquinas auxiliares, considerando
aço de 4200 Kglcm2 de resistência à tração, deverá ser obtido da seguinte expressão:
d = 0,06453 G + F cm
d) O diâmetro obtido deverá ser multiplicado por 1,10 ou mais, quando rodas ou outras peças são
fixadas por prensagem, por contração ou por chaveta. No caso de propulsão à ré, deverá ser
considerado o momento de torção correspondente.
Antes da aceitação final da instalação completa, deverá ser realizada a prova de velocidade na
presença do Vistoriador do BC, para demonstrar sua operação adequada nas condições de serviço e a
ausência de vibrações.
3.13 – SOBRESSALENTES
TOMO V – MÁQUINAS
SEÇÃO 4
b) O pedido de vistoria durante a fabricação deverá ser encaminhado ao BC por escrito, em duas
vias. Essa solicitação deverá ser feita antes do início da fabricação e da expedição de pedidos de
compra de material e deverá conter todas as informações necessárias para a perfeita identificação
da máquina a ser vistoriada.
c) Os pedidos de compra de material deverão ser encaminhados, em duas vias, para aprovação do
material, de acordo com o Tomo II
e) Os motores auxiliares menores, construídos e equipados de acordo com as boas normas técnicas,
não demandarão inspeção na fábrica e a garantia do fabricante poderá ser aceita, desde que seja
confirmado, após a montagem, o bom funcionamento e desempenho do motor, na presença do
Vistoriador do BC.
f) Para motores auxiliares acionando geradores, deverão ser atendidos, também, os requisitos
constantes do Tomo VI.
b) Os desenhos de motores auxiliares deverão mostrar um corte do conjunto, eixos, hastes, bielas e
conectores, tubulação, ampolas de ar e, caso aplicável, tipo de ventilação e válvulas de segurança
do cárter.
c) Para todos os motores, deverão ser apresentadas as seguintes características: tipo, potência
máxima contínua ao freio, rotações por minuto, pressão máxima de ignição, pressão média indicada,
dados para a velocidade crítica, pesos das peças com movimento alternativo, peso e diâmetro do
volante, além das especificações de material.
e) Deverão ser seguidas, onde aplicáveis, as normas para os tipos de equipamento instalados na
embarcação, como máquinas elétricas, caldeiras, bombas, etc.
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b) As baterias elétricas para a partida de motores principais de propulsão deverão ser dimensionadas
de forma a atender à mesma quantidade de partidas exigidas para as ampolas de ar.
a) Cilindros, camisas, tampas de cilindro, êmbolos e outras peças sujeitas a temperaturas e pressões
elevadas, deverão ser fabricados de material adequado para essas pressões e temperaturas.
a) Os cilindros e as camisas serão testados à pressão máxima especificada pelo fabricante. Caso
seja possível obter uma comprovação direta por medição de espessura dessas peças, a pressão
poderá ser reduzida para 4 kg/cm2.
a) Deverão ser previstos, pelo menos, os seguintes equipamentos auxiliares, para motor principal
com 130 HP ou mais de potência, exceto para motor de embarcações de serviços limitados
embarcações a vela com propulsão auxiliar a motor:
b) Poderá ser usada a solda de estanho branca na fixação de conexões, flanges, etc., & material
não ferroso, a tubos da mesma classe de material para temperatura até 9000C, pressão até 7 kg/
cm2. O ferro fundido nodular poderá ser usado sob cuidados especiais para temperatura até
3400C.
c) O uso de plásticos só será permitido em conexões e válvulas para redes de plástico pau pressão
de 10 kg/cm2 e sob aprovação especial.
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4.7 – CÁRTER
a) Um cárter fechado deverá ser ventilado por um respirador ou por meio de uma sucção de, no
máximo, 25 mm de coluna d’água, sem, entretanto permitir entrada livre de ar no cárter.
b) Cárter fechado de motores, com diâmetro de cilindro maior do que 200 mm, deverá ser dotado de
válvulas de segurança. Deverá haver uma em cada extremidade do cárter e, de um modo geral,
uma na região de cada manivela, devido ao efeito abafado do cárter. A área livre total das válvulas
deverá ser de 12 mm2 , para cada decímetro cúbico de volume do cárter.
d) Junto a cada motor, em local visível, deverão ser colocadas placas de aviso desaconselhando a
abertura do cárter quente, antes de decorridos, pelo menos, 10 minutos da parada do motor. Esse
tempo poderá variar de acordo com o porte do motor. Deverá, ainda, ser desaconselhado religar
um motor superaquecido sem antes eliminar a causa do superaquecimento.
Todos os motores deverão ser dotados de reguladores de velocidade para não permitir que a
velocidade exceda ao valor de regime em mais de 15%. Para geradores, ver a Seção correspondente no
Tomo VI destas Regras.
4.9 – BASE
A base do equipamento deverá ser de construção rígida, estanque ao óleo e com um número de
parafusos suficiente para sua fixação à estrutura da embarcação. Os projetos estruturais do apoio e da
fixação dos motores principais deverão ser apresentados para aprovação.
c) Deverão ser previstos, pelo menos, dois meios de fornecimento de água ou óleo de refrigeração
para as câmaras de refrigeração ou ao refrigerador do motor. Um deles deverá ser de acionamento
independente. Na refrigeração por água, deverão ser instalados filtros, entre as válvulas de fundo
e a admissão das bombas, de modo que possam ser limpos sem interromper o fluxo de água.
Esta regra se aplica também ao sistema de circulação de água em emergência.
d) Os dutos de descarga de gases dos motores deverão ser adequadamente isolados ou refrigerados
e conduzidos diretamente à atmosfera. Os dutos, no caso de mais de um motor, não deverão ser
interligados, porém caso seja inevitável, deverá haver um sistema ou dispositivo que evite o retorno
de gases para um dos motores que esteja parado. O duto de descarga de gases lançados próximo
à linha d’água porém, acima dela, deverá ser protegida contra a entrada da água.
e) No caso de caldeiras que se utilizam de calor da descarga de gases de motores, seu arranjo
deverá receber aprovação especial. Os dutos de descarga de gases de caldeiras e de motores
não deverão ser interligados.
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4.11 – COMPRESSORES DE AR
a) A descarga de cada estágio dos compressores de ar para injeção deverá ser dotada de resfriador,
de separador de água/óleo e de válvulas de descarga, adequadamente dimensionadas.
c) Deverá haver registros que permitam que alguns cilindros operem quando outros estiverem fora
de operação.
d) A tubulação da rede de ar comprimido deverá ser de aço, sem costura, ou de cobre também sem
costura. Deverá ser provida de purgadores.
f) Todo o sistema deverá ser protegido por válvulas de descarga, e as ampolas de ar comprimido que
puderem ser isoladas por meio de válvulas de passagem deverão ter, obrigatoriamente, uma
válvula fusível de descarga, para caso de incêndio.
d = 0,0815 . 3
K 3 + 3,1016 L2 + K
L = 102 (P/N);
K = A . D2 . I / 0,54; onde
D = diâmetro interno do cilindro, em mm;
I = pressão máxima de ignição, em kg/cm2;
A = afastamento entre mancais, em mm;
P = potência no freio, em HP, e
N = rotações por minuto.
b) A pressão máxima de ignição e a potência ao freio serão medidas, pelo Vistoriador durante o
teste do motor. Entretanto, para motores de fabricação em série, caso seja demonstram pelo
fabricante, por meio de testes num motor piloto (protótipo), que o valor previsto de “i” não é
ultrapassado dentro das tolerâncias de fabricação e de regulagem, não será necessária a verificação
do valor de “i”, desde que o motor forneça a potência de regime.
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c) Alterações no projeto para obtenção de maior potência ou pressões máximas maiores não deverão
ser feitas sem a aprovação do BC.
4.13 – MANIVELAS
c) Para as manivelas subseqüentes (partindo de ré), sujeitas a esforços menores, a espessura poderá
ser reduzida de 5% em cada manivela. Caso seja usada chaveta para fixação das peças, o diâmetro
deverá ser devidamente aumentado para compensar o enfraquecimento ocasionado pelo rasgo
de chaveta.
a) O dimensionamento dos braços deverá ser feito de forma que o momento fletor não seja menor do
que 60% do momento resistente, proporcionado pelo diâmetro mínimo dos pinos e munhões na
flexão, ou seja, deverá ser atendida a relação:
d3
≤ e 2 .I
2,86
b) Os braços deverão ser fixados, por aquecimento ou por prensagem, ao eixo e ao pino e, caso
seja contrapinado ou enchavetado ao eixo, este deverá ter um diâmetro aumentado junto ao
braço para compensar o rasgo da chaveta.
a) A extremidade interna do eixo do hélice poderá ser feita cônica no acoplamento, para ficar com o
mesmo diâmetro do eixo a que ele é ligado. Os eixos do hélice deverão ter um cônico preciso na
ligação do hélice, em especial no diâmetro maior do cônico. A chaveta deverá ajustar-se firmemente
no rasgo e deverá ser de tamanho suficiente para transmitir o momento de torção, mas não deverá
se estender até o broqueado da luva ao lado de vante do bosso do hélice. A extremidade de vante
do rasgo da chaveta deverá se elevar gradualmente do fundo do rasgo até à superfície do eixo.
Todos os cantos do rasgo deverão ser arredondados e evitados, sempre, a concentração de
tensões. Ver também a Seção 6 - “Linhas de Eixo”
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b) O arranjo da rede de óleo combustível deverá atender aos requisitos desta Seção e da Seção 7.
e) Tanques não estruturais de óleo combustível deverão ser providos de bandejas coletoras de
vazamentos, de suspiros e indicadores de nível que poderão ser de vidro desde que sejam dotados
de proteção mecânica e de válvula em cada extremidade. Nos tanques de gasolina não poderão
ser utilizados indicadores de nível de vidro.
f) Os tanques de serviço deverão estar localizados a uma altura que permita alimentação do motor,
por gravidade.
g) Caso o combustível seja a gasolina, toda tubulação da rede deverá ser de cobre recozido. sem
costura, com curvas flexíveis e uniões de metal, e deverão ser de tipo aprovado pelo BC.
j) Deverão ser instalados filtros na aspiração da bomba de injeção de óleo combustível e, no caso dos
motores principais de propulsão, a operação de limpeza desses filtros não devera interromper o
suprimento de óleo ao motor.
k) Nos tanques de serviço deverão ser instaladas válvulas de fechamento manobradas localmente
da praça de máquinas ou, se necessário, remotamente de um local fora da praça de máquinas.
l) A tubulação de injeção de combustível deverá ser de tubo sem costura e as conexões de tipo extra-
reforçado, fabricados em aço ou metal não ferroso aprovado pelo BC.
n) Todos os motores deverão possuir filtros de óleo lubrificante. Nos motores principais x propulsão,
deverá ser prevista a filtragem completa do óleo lubrificante. A operação de limpeza dos, filtros
não deverá interromper o fluxo de óleo para o motor.
o) A tubulação de óleo lubrificante deverá ser inteiramente separada das tubulações outros sistemas.
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a) Os seguintes itens de peças deverão ser ensaiados e testados, conforme Seções aplicáveis do
Tomo II:
- peças fundidas e forjadas para todos os motores, eixos de manivela, eixos de engrenagens
redutoras e eixos de propulsão, de porta hélice, de geradores e de motores;
- para motores de 300mm, ou mais, de diâmetro dos cilindros, os seguintes itens: conectoras,
bielas e tirantes de estrutura;
- para motores de 450mm, ou mais, de diâmetro dos cilindros: cabeçotes, acoplamentos de eixos,
parafusos de acoplamentos, parafusos de bielas e parafusos dos mancais principais;
- vergalhões de aço faminado a quente, de até 200mm de diâmetro, quando aprovada sua utilização
em substituição às peças forjadas acima relacionadas;
- tubos sem costura de cobre e de latão, para resfriadores intermediários e finais, e tubos de cobre
para ar de injeção e de partida;
- tubos para pressões acima de 10 kg/cm2; e
- ampolas de ar comprimido para partida de motores.
Nas praças de máquinas de motores de combustão interna, toda construção em madeira, localizada
a menos de 1,80 metros acima dos cilindros e a menos de 1,20 metros dos cilindros sem refrigeração, dos
tubos de descarga de gases e dos silenciosos, deverá receber isolamento térmico e revestimento metálico.
A camada de isolamento deverá ter, pelo menos, 12,5 mm de espessura.
a) As normas a seguir são aplicáveis a todos os motores a óleo, para propulsão e para auxiliares.
b) Todas as peças sujeitas a esforços deverão estar isentas de falhas e suas folgas e ajustes deverão
obedecer à melhor técnica de construção naval.
d) As porcas dos mancais principais e das bielas, bem como de todas as outras partes móveis,
deverão ser fixadas por contrapino ou por outro meio adequado. Antes da aceitação final da
instalação completa, será feita a experiência para a verificação de seu funcionamento.
4.20 – SOBRESSALENTES
c) Para embarcações com motores de 130 HP ou mais de potência, a lista de sobressalentes será
constituída, de um modo geral, de:
- uma tampa de cilindro completa, com válvulas, molas, etc;
b) No caso em que o equipamento auxiliar disponha de “kits” para uso como sobressalentes não
será necessário manter, em estoque, correspondentes peças sobressalentes.
TOMO V – MÁQUINAS
SEÇÃO 5
HÉLICES
a) Hélices de embarcações a motor, com 130 HP ou mais de potência instalada, deverão ser fabricados
de acordo com os requisitos estabelecidos a seguir e deverão ter seu projeto previamente aprovado.
b) Quanto ao emprego de matérias primas para a fabricação dos hélices deverão ser seguidas as
indicações da Seção correspondente no Tomo 11 destas Regras.
c) Para o caso de hélices com pás removíveis, os ensaios de material se aplicam a cada pá.
d) Para hélices inteiriços, maiores do que 2 metros de diâmetro, fabricados em aço ou bronze, serão
feitos dois ensaios de material pertencente a pás opostas, e para hélices menores, bastará um
único ensaio.
e) Todos os hélices serão submetidos à inspeção e deverão estar suspensos para exames de defeitos
superficiais e de percussão por martelo.
f) O material dos estojos de fixação das pás removíveis ao cubo do hélice deverá ser de aço de tipo
adequado e devidamente submetido a ensaio de material pelo Vistoriador do BC.
a) Deverão ser submetidos à aprovação os desenhos dos hélices, inclusive dos sobressalentes. A
fim de permitir a verificação das medidas na seção a 0,25 do raio, os desenhos deverão apresentar,
também, os seguintes dados e informações:
5.3 – FIXAÇÃO
a) A face do flange da pá do hélice deverá se apoiar no cubo do hélice e a folga, entre o pino-guia e
o furo e entre a borda do flange e o seu rebaixo, deverá ser a menor possível.
b) Os estojos de fixação das pás removíveis deverão ter ajuste sem folga no cubo do hélice. e
deverão ser providos de meios efetivos de travamento. As porcas deverão possuir roscas ajustadas
sem folga e fixadas através de parafusos ou outros meios de travamento eficiente. É obrigatória a
utilização de um ressalto no estojo, sob o flange da pá.
5.3.2 – Chavetas
b) Quando os hélices forem instalados sem o uso de chavetas, deverão ser apresentados os cálculos
detalhados das tensões e as instruções de instalação, ao BC para revisão.
a) Em embarcações que operam em água salgada, as partes dos eixos em aço em contato com a
água salgada deverão receber proteção contra corrosão por meio de enchimento de todos os
espaços entre a tampa do cubo, cubo e eixo, com material apropriado.
b) Na parte de vante do hélice deverá ser instalado um retentor de borracha macia. Quando o retentor
for colocado externamente, o broqueado do cubo deverá ser preenchido com material adequado.
A folga entre a camisa do eixo e o broqueado do cubo deverá ser mínima. Quando o retentor for
instalado pelo lado de dentro, deverá ser prevista uma boa folga entre a camisa de proteção do
eixo e o cubo. O retentor deverá apoiar firmemente sobre a camisa.
a) A área mínima da seção dos estojos de fixação, na raiz da rosca, deverá ser a dada pela seguinte
expressão:
5.4 – SOBRESSÁLENTES
TOMO V - MÁQUINAS
SEÇAO 6
LINHAS DE EIXO
a) Para diâmetro da linha de eixo de embarcações com máquinas alternativas a vapor, considerar a
formulação constante da Seção 2 destas Regras.
b) Especificamente, para eixos de rodas dentadas, rotores e para máquinas auxiliares, com
acionamento a turbinas a vapor, ver Seção 3 destas Regras.
e) Os eixos ocos deverão ser projetados de forma que sua resistência seja equivalente à necessária
para eixos maciços.
a) O diâmetro mínimo dos eixos intermediários deverá ser determinado pela seguinte fórmula:
d = 9,35 k 3 P
n cm
b) A expressão anterior será válida para eixos de embarcações para serviços portuário ou fluvial.
No caso de embarcações que eventualmente mudam de porto ou local de operação, o diâmetro
deverá ser aumentado de 4% e, no caso de eixo de apoio, aumentar de 1 0%.
c) O diâmetro dos eixos intermediários, nos locais das buchas, deverá ser, no mínimo, 10% maior do
que o diâmetro “d” calculado em 1.5.1. No caso de não receber luvas de proteção, este acréscimo
deverá, no mínimo, ser de 15%.
P = 0.007H + (d/0.95) mm - para eixos com camisa de proteção contra água salgada ou eixos
para água doce; ou
P = 0.10H + (d/0.95) mm - para eixos não protegidos;
b) A extremidade interna do eixo de propulsão poderá ter seu diâmetro reduzido de forma cônica, na
região do acoplamento, até ficar com o mesmo diâmetro do eixo a ele ligado. O eixo de propulsão,
na parte cônica de ligação do hélice, deverá ter ajustagem precisa, em especial na extremidade
de maior diâmetro.
6.4 – MANCAIS
O comprimento do mancar suporte do hélice, não deverá ser menor do que quatro vezes o diâmetro
mínimo do eixo de propulsão, a não ser para mancais metálicos, cuja aprovação será feita mediante
apresentação do projeto.
a) As camisas de bronze, quando utilizadas, deverão ser de boa qualidade, livres de porosidades e
de outros defeitos. Deverão ser submetidas ao teste hidrostático à pressão de 1 kg/mm2.
b) A espessura das camisas para eixos de propulsão ou de tubos telescópicos expostos à água
salgada, na região dos mancais, não deverá ser menor do que:
e 0,04. d + 0,5cm
c) A espessura da camisa contínua, entre mancais, não poderá ser menor do que 75% da espessura
“e”. A camisa contínua deverá ser fundida em uma única peça, Caso seja fundida em duas ou
mais peças, a união das peças deverá ser feita através de método de fusão aprovado e que,
alcance, pelo menos, dois terços da espessura da camisa. Poderão ser utilizados retentores de
borracha.
d) Se a camisa não se ajustar com folga, não garantindo estanqueidade, entre os mancais, o espaço
entre o eixo e a camisa deverá ser preenchido, sob pressão, com um composto insolúvel em água
não corrosivo.
e) Todas as camisas deverão ser cuidadosamente instaladas a quente ou sob pressão. Não deverão
ser fixadas por pinos.
a) O diâmetro mínimo “p” dos parafusos de acoplamento de eixos deverá obtido da seguinte
expressão:
P3
P= mm
3NR
Os parafusos de acoplamento deverão ser ajustados com precisão e onde o acoplamento não é
parte do próprio eixo, deverá ser prevista a ação da força de propulsão em marcha à ré.
6.8 – CHAVETAS
A chaveta deverá ajustar-se firmemente no rasgo da chaveta e deverá ser dimensionada para transmitir o
momento de torção (torque), não devendo estender-se até o bloqueado da camisa ao lado de vante do
bosso do hélice.
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TOMO V - MÁQUINAS
SEÇAO 7
TUBULAÇÃO E BOMBAS
b) Os materiais deverão ser inspecionados e deverão estar de acordo com as regras do BC.
b) Cada desenho deverá ser acompanhado de sua respectiva lista de material contendo, para
tubulações: dimensões, espessuras de parede, pressões máximas de trabalho, materiais, etc. e
para válvulas e acessórios: diâmetro nominal, tipo, pressão máxima admissível, materiais, etc.
7.3 – MATERIAIS
a) Deverão ser seguidos os requisitos de materiais estabelecidos nas Seções aplicáveis do Tomo II
destas Regras. Caso sejam empregados materiais ainda não aprovados, estes serão objeto de
estudo prévio.
b) Os pedidos de compra deverão ser apresentados, em duas vias, para materiais sujeitos a ensaios
durante a fabricação.
b) No caso de tubulação de óleo combustível de serviço, a pressão de teste será aplicada com 50%
de sobrecarga, com um mínimo de 36 kg/cm2 .
d) Em tubulação de óleo de carga, a pressão de teste será aplicada com 50% de sobrecarga.
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a) Onde necessário, deverá haver proteção mecânica adequada nos sistema de tubulações, incluindo
os acessórios como válvulas, volantes, indicadores, etc. A proteção deverá ser do tipo removível
para permitir inspeção e manutenção de rotina.
c) Deverá ser dada atenção especial para que o sistema de água doce não seja contaminado pela
água salgada.
d) Deverá ser evitada a possibilidade de vazamento de fluidos nas proximidades de quadros elétricos.
e) Juntas deslizantes para expansão de tubulação não poderão ser usadas no interior de porões de
carga ou em locais de difícil acesso.
f) No caso de tubos atravessarem conveses ou tampas estanques, os tubos deverão ser soldados
em ambos os lados. No caso de ligações aparafusadas, a chapa também deverá se, roscada,
para garantir a estanqueidade.
i) Toda tubulação que possa ser submetida a pressões maiores do que aquelas para as quais foi
projetada, deverá ser protegida por válvulas de alívio. Em redes de incêndio e de óleo, onde
sejam empregadas somente bombas centrífugas e onde a pressão não ultrapasse a pressão
admissível tubo, não será necessária o emprego de válvulas de alívio. Em nenhum caso, redes
de sistemas diferentes não poderão ter descarga comum.
k) As tomadas d’água no casco deverão ser projetadas e dimensionadas de forma a @,1 provocar
perdas de aspiração. Deverão possuir filtros com área livre de passagem 1,5 vezes a área da
válvula nela instalada.
m) Abaixo do convés da borda livre não será permitido o uso de ferro fundido nas ligações com o
casco da embarcação.
n) As conexões entre válvulas deverão ser robustas e mais curtas quanto possível.
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a) As embarcações que transportam derivados de petróleo deverão ter suas bombas de carga
projetadas de forma a evitar centelhamento.
b) Deverá ser dada atenção para que seja evitado vazamento de óleo pela caixa de gaxetas. Quando
eixos atravessarem anteparas estanques a gás, deverão ser instalados acoplamentos flexíveis
nos eixos, entre as bombas e seus acionadores e nas anteparas deverão ser instaladas caixas de
gaxetas.
d) Na descarga de cada bomba deverá haver uma válvula de alívio de tipo adequado ligada à aspiração
da bomba. Deverá ser prevista uma conexão, em paralelo, contornando a bomba, empregada
durante a operação de enchimento dos tanques através da tubulação de aspiração.
e) Em cada bomba deverá ser previsto um indicador de pressão, no lado da descarga. No caso em
que o acionador da bomba esteja localizado fora da praça de bombas, deverão ser previstos
indicadores adicionais visíveis do compartimento dos motores acionadores.
a) O sistema de rede de carga deverá ser totalmente separado dos demais sistemas de redes e não
deverão atravessar tanques de óleo combustível nem através de espaços de máquinas, onde
normalmente fontes de combustão de vapor estão presentes. As tubulações de óleo de carga
deverão ser conduzidas tão próximas do fundo dos tanques quanto possível.
b) Quando for utilizada água para lastro, deverão ser previstos dispositivos de limpeza de tanque ou
outros meios para isolar as bombas da tomada d’água. Um dos meios para isolar as bombas
poderá ser a instalação de duas válvulas, entre a admissão da água e a rede de óleo.
7.6.3 – Suspiros
Em cada tanque de carga deverá ser instalada uma válvula de alívio, do tipo vácuo-pressão, ou
um tubo de suspiro ligado a um coletor comum que por sua vez deverá ser conduzido até a uma altura
adequada acima do convés e dotado de dispositivo detetor de chama ou válvula de alívio vácuo-pressão,
na saída para a atmosfera.
a) Deverá ser previsto meio adequado para a retirada do esgoto das praças de bombas e de
compartimentos adjacentes. Poderão ser utilizados, para esse fim, uma bomba de esgoto
independente, um edutor ou, um ramal de aspiração de uma bomba de carga ou de resto. A
bomba não deverá estar localizada e nem a tubulação passar através de compartimento de
máquinas onde normalmente fontes de combustão de vapor estão presentes.
b) No caso de utilizar, para esgoto, um ramal de aspiração de uma bomba de carga ou de uma
bomba de resto, deverá ser instalada uma válvula de retenção no ramal de aspiração de esgoto.
Se o ramal de aspiração de esgoto está sujeita à pressão de óleo da linha de enchimento, deverá
ser instalada uma válvula de fechamento adicional.
c) Redes sanitárias e de despejos poderão atravessar tanques de carga a uma altura acima da linha
d’água. A quantidade de tubos deverá ser mínima, combinando-se o maior número possível de
ramais. A espessura de parede da tubulação, dentro dos tanques de carga, deverá ser de, pelo
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No caso de ser provido um sistema de inertização nos tanques de carga, para proteção contra
incêndio, seu projeto deverá ser previamente aprovado.
7.7.2 – Suspiros
c) Os suspiros deverão estar dispostos de modo a prover drenagem adequada sob todas as condições
normais de operação da embarcação.
d) Todos os suspiros deverão possuir dispositivos de fechamento, para o caso de mau tempo ou de
emergência.
f) Suspiros de tanques que não se estendem até o costado poderão terminar no interior cia praça
de máquinas, entretanto, deverão ficar afastados de equipamentos elétricos, para evitar
derramamento de fluidos sobre os mesmos.
g) Suspiros de tanques de água doce, no interior da praça de máquinas, deverão terminar acima da
linha de carga máxima.
h) Os suspiros de tanques de óleo combustível deverão ser dotados de telas antichamas de material
resistente à corrosão, com área de passagem livre não inferior a área requerida para o suspiro. O
suspiro deverá ser localizado em área onde a possibilidade de combustão dos gases emanados
do suspiro seja remota. Recomenda-se ver também as normas da ABNT aplicáveis.
i) Suspiros de tanques de óleo lubrificante, no interior da praça de máquinas, deverão estar afastados
de equipamentos, de forma a evitar o derramamento de óleo sobre superfícies quentes ou sobre
aparelhos que poderão ser danificados pela ação do óleo derramado.
j) A altura dos suspiros, acima do convés da borda livre deverá ser, no mínimo, de 1,0 metros. No
caso de convés da superestrutura deverá ser de, pelo menos, 0,5 metros e no caso de, convés
elevado a ré, de 0,80 metros.
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k) De um modo geral, o diâmetro dos tubos de suspiro deverá ser de, no mínimo, 60mm para tanques
de óleo e de 50mm para tanques de água.
7.7.3 – Sondagens
b) O diâmetro dos tubos de sondagem deverá ser de, no mínimo, 35 mm, para todos os tanques que
não sejam acessíveis a qualquer instante.
d) No fundo dos tanques, sob os tubos de sondagem deverá ser soldada uma peça reforço para
evitar que o choque da sonda danifique o chapeamento do casco da embarcação.
e) Indicadores de nível de vidro poderão ser usados em tanques, desde que providos de válvulas
em cada extremidade e adequadamente protegidos contra. danos mecânicos.
7.7.4 – Transbordamento
a) Os tubos de transbordamento descarregando pelo costado deverão ser lançados bem acima da
linha de carga máxima e providos dê válvulas de retenção.
b) Em tanque de fundo onde possa, eventualmente, ser transportada carga seca, o tubo de
transbordamento deverá receber um flange de fechamento, instalado de modo a não prejudicar a
ventilação do transporte de carga líquida.
c) Quando o tanque não dispor de transbordamento, a seção combinada dos tubos de suspiro do
tanque deverá ser igual a 125% da seção da tubulação de enchimento, quando a transferência é
feita por bombeamento. Caso o tanque seja provido de tubo de transbordamento, a seção
combinada dos tubos de tubos de transbordamento de cada tanque deverá ser de, pelo menos,
125% da rede de enchimento e os suspiros não precisam ter diâmetro maior do que o mínimo
acima estabelecido.
b) Todas as embarcações com comprimento de 50 metros e acima, deverão ser dotadas de duas
bombas de esgoto independentes, de acionamento a motor. No caso de embarcações menores
do que 50 metros, uma das bombas poderá ser substituída por duas bombas manuais ou ejetores
a vapor.
c) A capacidade de cada uma das bombas a motor deverá ser tal que a velocidade de escoamento
na tubulação principal de esgoto seja de 2,0 metros/segundo, sendo o diâmetro da tubulação
obtido de acordo com a formulação apresentada neste item.
d) Bombas de serviços gerais, de esgoto sanitário ou de lastro poderão ser consideradas como
bombas de esgoto, desde que estejam dimensionadas para atender aos requisitos aplicáveis às
bombas de esgoto aqui estabelecidos.
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e) O esgoto de paióis de amarras, tanques de colisão e coberta acima, poderá ser feito através de
bombas de esgoto manuais.
g) O arranjo dos sistemas de esgoto e lastro deverá ser tal que seja evitada a possibilidade de água
ou óleo vazar para o interior de compartimentos de máquinas ou de carga, ou de um compartimento
para outro.
h) As redes de lastro e de esgoto deverão ter válvulas de controle independentes nas bombas.
i) As redes de óleo e de lastro deverão ser fechadas quando tanques profundos forem utilizados
para transporte de cargas secas. Quando for transportado óleo ou lastro, a rede de esgoto deverá
ser bloqueada.
j) A tubulação de esgoto ou de lastro que atravessa tanques profundos, deverá ser protegida por
um túnel estanque a água ou óleo, ou ser do tipo reforçada. Caso não seja adotado o túnel,
deverão ser previstas válvulas de retenção nas extremidades abertas da rede.
k) Todos os coletores (pianos de válvulas), torneiras e válvulas do sistema de esgoto deverão estar
localizados em áreas de acesso fácil, em quaisquer condições de serviço da embarcação. Todas
as válvulas das redes de esgoto, controladas do interior da praça de máquinas, deverão ser de
retenção.
l) As redes de esgoto da praça de máquinas deverão ser dotadas de raios de fácil acesso, pelo
estrado. Deverão ser instalados, ainda, filtros, em locais acessíveis, entre os coletores de esgoto
e as bobas.
m) As extremidades das redes de esgoto de outros compartimentos deverão ser providos de raios
com área de passagem livre não menor do que três vezes a área da tubulação de aspiração.
n) O diâmetro mínimo da tubulação de aspiração da rede principal de esgoto deverá ser obtido pela
seguinte expressão:
d = 25 + 2,82 × C (B + P ) mm
7.9.1 – Embornais
b) A drenagem de conveses expostos ao tempo deverá ser conduzida para fora da borda, e aquela
proveniente de espaços abaixo do convés principal deverá ser conduzida para pocetos de esgoto.
Poderá, entretanto, descarregar pelo costado, desde que sejam instalados meios eficientes e de
fácil acesso que impeçam a entrada de água na embarcação.
b) As descargas de lixo, localizadas abaixo da linha d’água, deverão ser dotadas de tampas estanques
e meios que evitem o retorno do material para o interior da embarcação.
a) O sistema de bombeamento de óleo combustível deverá ser distinto, tanto quanto possível, dos
outros sistemas de bombeamento. Quando existirem interligações, o sistema deverá dotado de
meios que evitem ligações perigosas em serviço.
b) As bombas de serviço de óleo combustível deverão ser independentes, cada motor, e cada bomba
deverá ter capacidade de fornecer combustível necessário para o motor a plena carga. As bombas
deverão ser instaladas em duplicata.
d) Não é permitida a instalação de tanques de serviço de óleo combustível sobre o espaço ocupado
pelos motores.
e) A rede de óleo combustível, entre as bombas de serviço, deverá ser visível e possuir uma válvula
na descarga para permitir que o óleo retome ao tanque ou à aspiração das bombas.
f) A tubulação de óleo, sob pressão, deverá ser fabricada em aço reforçado e sem costura.
g) Os drenos dos aquecedores de óleo deverão ser feitos da mesma maneira que os drenos das
serpentinas de aquecimento, se necessário.
a) A rede de óleo lubrificante deverá ser totalmente separada das redes dos demais sistemas.
b) O sistema de lubrificação deverá operar de modo eficiente, mesmo com trim permanente de 5o e
banda permanente de 15o
c) Quando a lubrificação do motor for do tipo forçada (sob pressão), deverão ser instaladas duas
bombas de óleo lubrificante, podendo ser acionadas pelo próprio motor ou serem independentes,
e uma delas será de reserva.
a) Todos os tubos para uso em sistemas de redes com pressão de trabalho acima de 10 kg/cm2
serão testados e inspecionados pelo BC.
b) Tubos de aço, sem costura, poderão ser empregados, de um modo geral, para todas as finalidades,
sendo seu uso obrigatório em redes pressurizadas de óleo combustível, exceto pequenos trechos,
em conexões flexíveis para queimadores ou para injetores de motores diesel.
c) Em redes de ar comprimido para motores diesel poderão ser usados tubos de cobre sem costura
ou de aço soldados por resistência, para pressões até 23 kg/cm2 e temperaturas até 3400C.
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d) Tubos de latão, sem costura, de um modo geral, poderão ser empregados para temperaturas que
não excedam 2000C.
e) Tubos de plástico rígido não poderão ser usados em redes de óleo combustível, óleo lubrificante,
incêndio e esgoto. Seu emprego está restrito para pressões inferiores a 10 kg/cm2 .
f) A pressão máxima de trabalho do tubo deverá ser dada pela expressão a seguir, porém deverá
ser no mínimo de 4 kg/cm2 para tubos de metal não ferroso e de 12 kg/cm2, para tubos de
2 × (e − d )
×
P=T
(E − C ) − (e − d ) kg/cm2
Temperatura em 0C C
30 até 300 0.8
400 0.8
440 0.8
480 0.8
510 1.0
540 1.4
g) Para tubos plásticos rígidos, a pressão de serviço será de 20% da pressão hidrostática de ruptura.
7.13 – VALVULAS
a) Os eixos, discos e redes das válvulas deverão ser fabricados de material resistente à[ corrosão e
adequado ao serviço.
b) Todas as válvulas deverão fechar com o movimento da válvula no sentido horário, para quem olha
de frente a extremidade da haste, e ser de haste tipo ascendente ou possuir um indicador para
mostrar se a válvula está aberta ou fechada. No caso de embarcações-tanque que disponha m
sistema de válvula com controle remoto, não será necessário o indicador.
c) Todas as válvulas de ferro fundido deverão ter os castelos aparafusados, bem como todas as
válvulas de diâmetro maior de 55 mm, sujeitas a pressões acima de 10 kg/cm2. As demais,
poderão ter os castelos aparafusados.
d) As válvulas deverão ser submetidas a um teste de pressão, de acordo com as normas da ABNT.
7,14 – CONEXÕES
a) Nas redes sujeitas a pressão de trabalho acima de 10 kg/cm2, as conexões de diâmetro superior
a 55 mm deverão ser flangeadas, a não ser que sejam soldadas. As conexões flangeadas deverão
sempre receber juntas de vedação apropriadas.
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TOMO V – MAQUINAS
SEÇAO 8
REFRIGERAÇÃO
8.1 – PROJETO
O projeto de instalação de refrigeração deverá ser apresentado antes da fabricação, contendo:
especificações detalhadas, redes de tubulações e de dutos, ventiladores, radiadores, termômetros, esgotos,
temperatura mínima de projeto, lista de sobressalentes, elementos do sistema de condensação, esquemas
elétricos, disposição dos elementos, etc.
b) Cada unidade de refrigeração, operando 24 horas/dia nas piores condições climáticas, deverá
ser capaz de manter a temperatura de projeto no interior dos compartimentos de carga, mantendo-
se sempre uma unidade parada, como reserva.
c) Caso o compartimento refrigerado tenha menos de 400 m3 de capacidade, poderá ser usada uma
única unidade de condensação, acompanhada de um estoque de peças sobressalentes.
As bombas de circulação deverão ser instaladas aos pares, com ligações independentes para as
bombas auxiliares. Deverá haver, pelo menos, duas aspirações de água salgada.
a) Cada recipiente sob pressão com gás refrigerante liquefeito, e que possa ser isolado do sistema,
deverá ser dotado de uma válvula de alívio regulada para operar na pressão de projeto. A válvula
poderá aliviar a pressão, primeiramente, para a parte de baixa pressão, antes de descarregar
para a atmosfera.
b) No caso de aliviar diretamente para a atmosfera, a perda de gás poderá ser evitada, utilizando-se
disco de ruptura em série com a válvula de descarga. A pressão de ruptura do disco e o ajuste da
válvula de alívio não poderá ser maior do que a pressão de projeto.
c) Cada compressor deverá possuir, no lado da descarga, uma válvula de alívio ou um disco de
ruptura.
d) A montante de cada válvula de expansão e solenóide, deverá ser instalado um filtro com tubulações
em derivação, para permitir a limpeza do filtro, sem interrupção de serviço.
e) Todas as válvulas motorizadas deverão também possuir acionamento manual para emergência.
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a) A sala das máquinas de refrigeração deverá ter boa ventilação e provida de sistema de esgoto.
No caso de instalação de refrigeração utilize a amônia, como elemento refrigerante, a sala deverá
possuir plena comunicação com a atmosfera, a fim de que qualquer vazamento de amônia escape
para a atmosfera.
b) O compartimento deverá ser ainda provido de um sistema de borrifo d’água, com comando remoto,
de fora da sala das máquinas.
a) Todos os conveses, anteparas, tampas, etc. dos compartimentos refrigerados deverão receber
isolamento térmico integral e eficiente. O isolamento deverá ser protegido mecanicamente contra
avarias, onde necessário.
c) Cada aspiração de dreno de compartimento refrigerado deverá possuir uma válvula de pé na sua
extremidade aberta e deverão ser adequadamente isolados. O isolamento deverá ser removível
para permitir a inspeção da rede.
a) As sarretas de madeira deverão ser adequadas ao carregamento. A carga não deverá tocar no
silamento de compartimentos, nem nas serpentinas. Deverá haver folga suficiente entre a,: sarretas
e o isolamento, para uma boa circulação do ar.
b) Quando a carga é transportada suspensa, não é necessário o uso de estrado de madeira sobre o
piso.
8.9 – TERMÓMETRO
a) Todos os tubos para termômetro e os de refrigeração deverão ser isolados eficientemente do lado
de fora dos compartimentos refrigerados, exceto nos compartimentos com tanques salmoura ou
evaporadores.
b) Todos os flanges para tubos de termômetro deverão ser de metal não ferroso.
c) Os tubos para termômetro não deverão ter diâmetro interno menor do que 50 deverão dispor de
meios para impedir a entrada de água, evitando-se dessa maneira, congelamento no interior do
tubo.
8.10 – DRENAGEM
c) Não será permitida a drenagem de compartimento não refrigerado para dentro dos compartimentos
refrigerados.
d) Os tubos para verificação do nível dos drenos de compartimentos refrigerados abaixo de 0OC
deverão ter, pelo menos, 60mm de diâmetro nominal.
a) Desde que a instalação tenha sido classificada pelo BC, serão expedidos Certificados após vistoria
e verificação de desempenho do equipamento.
a) A rede de salmoura será testada, após a montagem estar completa, à pressão de serviço com
sobrecarga de 100%, porém não menor do que 10 kglcm2.
b) O teste de desempenho da instalação será feito pela refrigeração simultânea dos compartimentos
atendidos pela instalação, até a temperatura especificada no projeto previamente apresentado.
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a) O comportamento do isolamento térmico dos compartimentos refrigerados será verificado,
desligando as máquinas de refrigeração e registrando-se as temperaturas internas e externas, de
hora em hora, num período de seis horas.
b) As redes de salmoura, os tanques, etc. não deverão ser galvanizados ou receber proteção a base
de zinco, a não ser que sejam dotados de sistema de ventilação ligado à atmosfera.
c) A instalação de refrigeração deverá ser constituída de, no mínimo, duas bombas de salmoura,
sendo uma reserva da outra.
d) Os testes de pressão do recipiente deverão ser sempre presenciados pelo Vistoriador. E teste de
estanqueidade dos sistemas primarmos de refrigeração, deverá ser feito após completada a
montagem à pressão de teste igual a de serviço.
e) O gás para teste de estanqueidade poderá ser o próprio gás refrigerante. Não serão permitidos
testes com ar, gás inflamável ou oxigênio. Não será permitido o uso de CO2 para o ensaio em
unidades já trabalhadas com NH3.
8.14 – SOBRESSALENTES
b) Para compressores centrífugos, deverão fazer parte da lista de sobressalentes os seguintes itens:
- um jogo de retentor de eixo completo e o retentor de labirinto, sendo dois de duas unidades,
mais um de cada mancal de apoio, anel de proteção do retentor, mancais, bombas de
óleo, jogo de gaxetas, um conjunto de bóia completa de filtro.
c) Para condensadores:
- prover a quinta parte dos tubos de um condensador e um jogo completo de gaxetas.
d) Para bombas:
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TOMO V - MÁQUINAS
SEÇAO 9
Os requisitos desta Seção, que se aplicam visando a proteção, detecção e extinção de incêndios,
tem como base os seguintes princípios básicos:
1 - divisão da embarcação em zonas principais verticais, com separações térmica e estrutural;
2 - separação térmica e estrutural dos compartimentos habitáveis, do resto do navio;
3 - uso restrito de materiais combustíveis;
4 - detecção de qualquer incêndio em sua zona de origem;
5 - contenção e extinção de qualquer incêndio no compartimento de origem.
6 - proteção dos meios de escape ou de acesso, para o combate a incêndio;
7 - pronta disponibilidade dos equipamentos de combate a incêndio; e
8 - minimização da possibilidade de ignição de vapores inflamáveis provenientes da carga;
b) Deverão ser, ainda, obedecidas as especificações da NORMAM 02, artigos 0418 e 0419 que,
prevalecerão sobre estas Regras no caso de definições contraditórias.
Todas as embarcações de propulsão mecânica deverão possuir, pelo menos, duas bombas de
incêndio acionadas por unidades de força independentes. sendo cada uma capaz de fornecer os dois
jatos de água exigidos em 8.3.1. Estas bombas de incêndio deverão ser capazes de alimentar a rede
principal de incêndio com valor máximo de pressão tal que não exceda o valor da pressão para o qual o
controle efetivo da mangueira de incêndio possa ser demonstrado.
b) A capacidade total das bombas de incêndio, excluindo a de emergência (se existente), não deverá
ser inferior a 4/3 da capacidade requerida para cada bomba de esgoto. Quando as bombas de
incêndio são empregadas no bombeamento de esgoto, a capacidade total das bombas não
necessita ser maior do que 180 m3/h.
c) Cada bomba de incêndio, exceto a de emergência, deverá ter capacidade não menor do que 80%
da capacidade total exigida, dividida pelo número requerido de bombas e em qualquer situação,
deverá ser capaz de fornecer dois jatos d’água conforme item 9.4 abaixo. Quando forem instaladas
mais bombas do que o requerido, suas capacidades serão objeto de consideração especial.
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a) Deverão ser instaladas válvulas de alívio, em conexão com todas as bombas de incêndio, desde
que haja possibilidade de a pressão desenvolvida pelas bombas exceder a pressão de projeto da
tubulação servida, das tomadas e das mangueiras. As válvulas de alívio deverão ser ajustadas
de maneira a evitar pressão excessiva em qualquer ponto da rede principal de incêndio.
9.4.2 – Mangueiras
A quantidade de mangueiras a ser instalada, cada uma completa com união e bocal, deverá ser
de uma para cada 30 m de comprimento da embarcação e um sobressalente, mas não menos do que um
total de 5. Esta quantidade não inclui as mangueiras exigidas para as praças de máquinas ou de caldeiras.
Não deverão ser usados extintores de incêndio que, quando armazenada ou quando em uso,
desprendam gases nocivos à saúde.
a) Deverão ser cumpridos os requisitos da NORMAM 02, artigos 0421, 0422 e 0423.
b) Um sistema fixo de espuma para combate a incêndio deverá ser capaz de descarregar uma
quantidade de espuma suficiente para cobrir com 15 cm de espessura a maior área sobre a qual
o óleo possa espalhar-se. O sistema deverá ser controlado de uma posição ou de posições, fora
do compartimento protegido, que sejam facilmente acessíveis e que não sejam prontamente
isoladas pelo irrompimento do incêndio.
TOMO V - MÁQUINAS
SEÇAO 10
a) Todas as embarcações deverão ser providas de meios efetivos de governo que sejam capazes de
manobrar o leme de um bordo a outro.
b) De um modo geral, a máquina de leme deverá ser de acionamento por força motriz, sendo esta
obrigatória quando o momento de torsão for maior do que 300 kg.metro.
d) A máquina de leme deverá ser capaz de levar o leme de 35O de um bordo a 30O de outro, em não
mais do que 30 segundos, com a embarcação nas condições estabelecidas na alínea anterior.
e) Em acionamento manual, para operar o leme de 35O BB e 35O BE e vice-versa, a força na roda do
leme não deverá ser superior a 15 kg e o.número de voltas não superior a 25.
f) Deverá ser instalado um indicador de posição angular do leme, na casa de comando e no próprio
compartimento da máquina de leme, quando o acionamento da máquina de leme for através de
força motriz. No caso de máquina de leme de acionamento manual, recomenda-se tal instalação.
g) O acionamento da máquina de leme deverá ser através de duas fontes de energia, sendo uma de
reserva, que deverá entrar em operação imediatamente após a parada da primeira. Esta última
poderá ser manual, para momento torsor de até 1000 kg.metro.
10.2 – MOLINETES
a) Para manobras com âncoras de peso superior a 400 kg, o equipamento de manuseio da âncora
deverá ser do tipo motorizado. Recomenda-se o uso das seguintes normas ABNT- NBR 8551 -
“Molinete e cabrestante para construção naval” e NBR 10800 - “Molinete e cabrestante de
âncora para navegação interior”.
b) A velocidade de recolhimento das amarras não deverá ser inferior a 0,15 metroslsegundo, para
operação com máquinas de suspender motorizadas.
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TOMO V - MÁQUINAS
SEÇAO 11
11.1 – INSTALAÇÃO
a) A instalação das caldeiras e dos recipientes (vasos) de pressão deverá ser de forma que todas as
suas partes externas sejam prontamente acessíveis para exame e reparo.
b) As caldeiras e os vasos de pressão deverão ser montados sobre bases e fixados na embarcação
sobre jazentes devidamente projetados e aprovados.
c) A distância entre a caldeira e o piso ou o teto do fundo duplo não deverá ser inferior a 200 mm,
medida na parte mais baixa de uma caldeira cilíndrica e nem inferior a 450 mm, em relação às
bandejas de caldeiras aquatubulares. A distância entre as caldeiras e tanques de óleo deverá ser
tal que seja possível a execução dos serviços de manutenção da estrutura local e, ainda, que a
temperatura do óleo nos tanques não chegue próximo do seu ponto de fulgor.
d) As bandejas de caldeiras aquatubulares a óleo deverão ser dispostas de modo a evitar vazamentos
de óleo para os pocetos, e deverão ser revestidas com tijolos refratários ou outro material refratário
aprovado.
a) O material utilizado na fabricação de recipientes de pressão, para líquidos e gases não venenosos,
com uma pressão maior do que 7 kglcm2 e menor do que 40 kglcm2, e cuja temperatura não
ultrapasse 200OC, não necessitará ser testado, devendo, entretanto, seguir os requisitos de
materiais conforme o Tomo lI, destas Regras. Serão aceitas as garantias do fabricante, quanto às
propriedades físicas e à adequabilidade para o uso previsto. O mesmo critério será aplicado aos
recipientes, sob pressão de até 7 kglcm2 e volume interno maior do que 140 litros.
b) A fabricação das caldeiras com pressões superiores a 2 kglcm2, dos recipientes para transporte
de líquidos ou gases com pressões superiores a 7 kglcm2, dos recipientes para transporte de
fluidos não venenosos com pressões superiores a 40 kglcm2, ou com temperaturas acima de
200OC, e dos recipientes necessários à propulsão da embarcação, deverão ser supervisionadas
pelos Vistoriadores do BC e os desenhos deverão ser previamente aprovados. Os materiais a
serem utilizados na construção dos recipientes deverão obedecer às recomendações constantes
do Tomo II destas Regras.
a) Cada caldeira deverá possuir, pelo menos, 2 indicadores de nível d’água, sendo um deles de
vidro. Em caldeiras flamatubulares de duas frentes deverão ser previstos os indicadores
mencionados, em ambas as extremidades.
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c) Os indicadores de nível de água de vidro deverão ser instalados de modo que a parte mais baixa
visível do vidro não esteja a menos de 50 mm acima do nível mínimo de água permitido.
d) As torneiras de prova, quando usadas, deverão ser fixadas diretamente à frente ou ao invólucro
da caldeira. Em caldeiras aquatubulares, as torneiras de prova poderão ser fixadas à coluna
d’água. A torneira inferior deverá estar a, no máximo, 50 mm acima da parte mais baixa visível do
indicador de vidro. As torneiras de prova não deverão ser consideradas como um dos dois meios
requeridos para a indicação de nível d’água.
1. caldeiras aquatubulares: o nível d’água mais baixo permitido, determinado por ocasião da
aprovação dos desenhos;
2. caldeiras horizontais de chama invertida: 50 mm acima da camada superior de tubos;
3. caldeiras flamatubulares aquecidas internamente, com câmaras de combustão integral com a
caldeira: 50 mm acima da parte mais alta da câmara de combustão;
4. caldeiras verticais de tubos submersos: 25 mm acima do feixe de tubos mais alto; e
caldeiras verticais flamatubulares: metade do comprimento dos tubos, medido acima do feixe de tubos
inferior.
Cada caldeira deverá ter um indicador de pressão de vapor que deverá medir pressões até, pelo
menos, 50% acima da pressão de descarga das válvulas de segurança. Caldeiras de duas frentes deverão
ter um indicador de pressão em cada frente. Os indicadores de pressão deverão ser instalados em locais
de fácil visualização e a pressão de trabalho permitida deverá estar identificada com uma marcação
específica.
a) Cada caldeira deverá ter uma válvula de segurança e, se a superfície de aquecimento de água for
maior do que 46 metros2, deverão ser instaladas duas ou mais válvulas de segurança. Tanto
quanto possível, as válvulas deverão ser de igual tamanho e sua capacidade de descarga, em
conjunto, não deverá será menor do que a capacidade de vaporização da caldeira sob condições
máximas de operação. Os diâmetros do lado de entrada das válvulas de segurança não deverão
ser menores do que 38 mm e nem maiores do que 100 mm. Deverá ser prevista também, uma
válvula de segurança de capacidade adequada, na saída do superaquecedor.
b) As válvulas de segurança deverão ser ajustadas com vapor, na presença do Vistoriador do BC.
e) As válvulas de segurança da caldeira deverão ser ajustadas para uma pressão não abaixo da
pressão da válvula de segurança do superaquecedor, acrescida de 0,4 kglcm2 e mais a queda
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g) No caso em que a pressão máxima de trabalho permitida seja menor do que aquela prevista
originalmente, no projeto para a caldeira e válvulas de segurança, a capacidade de descarga das
válvulas sob a pressão menor deverá ser confrontada com a capacidade de vaporização da caldeira.
Para tanto, poderá ser aceita uma declaração do fabricante de que a capacidade da válvula é
suficiente para as novas condições, ou deverá ser demonstrado, através de teste, que a pressão
do vapor não se elevará mais do que 6% acima da pressão de trabalho especificada, com queima
forçada durante 15 minutos para caldeiras flamatubulares e 7 minutos para caldeiras aquatubulares.
Durante o teste, todas as saídas de vapor deverão estar fechadas, a não ser as necessárias para
o funcionamento da caldeira.
i) Quando um superaquecedor faz parte integrante de uma caldeira sem válvula entre o
superaquecedor e a caldeira, a capacidade mínima de descarga da válvula de segurança do
superaquecedor, baseada na pressão reduzida, deverá ser incluída na obtenção da capacidade
de descarga total das válvulas de segurança da caldeira, como um todo. Entretanto, a capacidade
de descarga da válvula do superaquecedor não deverá ser maior do que 1,25 vezes a capacidade
total requerida.
j) As válvulas de segurança da caldeira deverão ser fixadas diretamente à caldeira ou poderão ser
instaladas numa conexão comum, mas neste caso, não deverão ser instaladas em conexões
comuns à saída de vapor principal ou auxiliar. Isto não se aplica à válvula de segurança do
superaquecedor, que poderá ser instalada na conexão de saída do vapor superaquecido.
k) O tubo de descarga deverá ter a área de seção, no mínimo, igual à soma das áreas de descarga
de todas as válvulas de segurança ligadas ao ele e deverá ser disposto de modo a evitar pontos
de acúmulo de condensado. Deverá haver drenagens, partindo acima das sedes das válvulas,
para um tanque apropriado. Os tubos de descarga deverão ser instalados de forma que o corpo
da válvula de segurança não fique sujeito a esforços consideráveis.
l) Cada válvula de segurança de caldeira deverá ser dotada de meios mecânicos eficientes, pelos
quais, o disco da válvula possa ser levantado da sede com firmeza. Esse mecanismo deverá
permitir que as válvulas sejam operadas da praça de máquinas ou da praça de caldeiras,
manualmente ou por outro dispositivo adequado e aprovado.
a) Cada caldeira deverá ter, pelo menos, uma válvula de extração instalada na parte mais baixa da
caldeira ou instalada com um tubo interno ligando à parte mais baixa da caldeira. Quando a
extração é feita na superfície, a válvula deverá ficar dentro da faixa do nível d’água ou deverá ter
uma bandeja coletora ou tubo nesse nível.
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b) No caso de válvulas de extração, de duas ou mais caldeiras, estarem ligadas a uma descarga
comum, deverá ser prevista uma válvula de retenção na tubulação de cada caldeira.
c) Os tubos de extração sujeitos a receberem calor direto da chama deverão ser adequadamente
protegidos.
a) Válvulas de passagem de vapor, principais e auxiliares deverão ser instaladas em dada caldeira.
a) Deverá ser instalada uma válvula de alimentação na rede de alimentação de água de cada caldeira.
Deverá ser fixada diretamente na caldeira ou no economizador se este fizer parte da caldeira.
Poderá, contudo, localizar próximo à plataforma de operação, desde que seja ligada ao
economizador por tubo de aço sem costura que poderá possuir juntas soldadas porém sem
interposição de flanges.
b) A rede de alimentação deverá ser dotada de uma válvula de retenção, do tipo haste com rosca,
adjacente à válvula de passagem ou tão. próximo quanto possível. Um regulador de água de
alimentação, de tipo aprovado, poderá ser instalado entre essas válvulas, desde que seja previsto
um desvio.
c) Para caldeira com pressão de projeto igual ou superior a 28 kglcm2, a ligação da água de
alimentação ao tubulão deverá ser feita utilizando uma luva- ou outro dispositivo adequado para
reduzir os efeitos dos diferenciais de temperatura de metais, entre os tubos de alimentação e a
carcaça ou a tampa do tubulão.
d) A água de alimentação não deverá ser descarregada para dentro da caldeira, diretamente sobre
superfícies expostas a gases quentes, ao calor radiante de fogo, ou junto a uma união rebitada.
e) Caldeiras dotadas de economizadores deverão ser providas de uma válvula de retenção localizada
na tubulação de alimentação de água, entre o economizador e o tubulão da caldeira. Esta válvula
deverá ser instalada tão junto, quanto possível, do bocal de admissão de água de alimentação do
tubulão da caldeira. Em economizador provido de desvio, a válvula de retenção deverá ser do
tipo haste com rosca.
f) Quando o economizador possuir um desvio, deverá ser instalada uma válvula de alívio no
economizador, a não ser que a concepção de arranjo do desvio impossibilita a subida da pressão
no economizador.
c) Os superaquecedores deverão possuir válvulas ou torneiras para fazer a drenagem das tampas.
d) O arranjo do superaquecedor deverá prever meios para sua ventilação e permitir a circulação de
vapor pelo superaquecedor por ocasião do acendimento da caldeira.
11.10 – SOBRESSALENTES
a) Deverá ser apresentada para aprovação, uma lista de sobressalentes, sendo obrigatório constar
da relação os seguintes itens:
- 1 jogo de molas, para cada válvula de segurança, para cada tamanho;
- 12 tubos para indicador de nível de vidro, com gaxeta, para cada caldeira;
- 2 indicadores de nível de vidro, para cada caldeira, e um suporte, para cada duas caldeiras,
se o indicador for do tipo de lâminas planas;
- 1 filtro de cada tamanho, do sistema de. óleo combustível;
- 1/4 do conjunto de pulverizadores de queimador, para caldeira a óleo;
- 1 manômetro, para caldeira;
- 5% dos tubos de cada tamanho e tipo, para caldeira flamatubular;
- 5% dos tubos para caldeira aquatubular;
- 24 bujões para tubo, para cada tamanho e tipo de tubo, para caldeira, superaquecedor ou
economizador;
- ferramentas apropriadas.
a) As provas hidrostáticas das peças que trabalham sob pressão deverão ser presenciadas pelo
Vistoriador do BC. A sobrecarga de pressão de teste não deverá ser menor do que 50% da
pressão de trabalho, para recipientes de pressão construídos com chapas ou tubos. Para carcaças
fundidas, a sobrecarga deverá ser de 100%. Em qualquer caso, a pressão de prova nunca deverá
ser menor do que 1 kglcm2
b) Caldeiras e recipientes pressurizados, construídos com solda elétrica, deverão atender às regras
de soldagem definidas pelo BC.
c) Pelo menos uma válvula deverá ser colocada em cada caldeira para prova d’água. Deverão ser
ligadas diretamente à caldeira, em local próprio, mas não à coluna ou indicador de nível de água.
As caldeiras para máquinas auxiliares deverão ter, pelo menos, dois circuitos de alimentação e
suas bombas de óleo combustível deverão ser em número de duas.
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TOMO VI - ELETRICIDADE
SEÇÃO 1
1.1 – GENERALIDADES
a) Nesta seção trataremos das regras a serem seguidas na construção e na instalação dos
equipamentos usados nos navios, e que não se destinam à propulsão dos mesmos.
c) Qualquer modificação ou aplicação de uma instalação já aprovada pelo BC, só poderá ser feita,
temporária e definitivamente, depois de nova inspeção, devendo os novos planos ser submetidos
à aprovação do BC.
d) Para embarcações pequenas, usando baixas tensões (60V, CC e 30V, CA), as especificações
desta Seção não se aplicam integralmente.
a) Com um único condutor, fazendo-se o retorno pelo casco do navio. (Tensões máximas: Força -
500V; iluminação e aquecimento - 250V).
b) Com dois condutores (Tensões máximas: Força 500V; iluminação e aquecimento - 250V).
c) Com três condutores, ligando-se o neutro à terra (Tensões máximas: força - 500V; iluminação e
aquecimento 250V).
a) Com dois condutores, monofásica (Tensões máximas: Força 250V; aquecimento 250V).
b) Com três condutores, trifásica (Tensões máximas: Força 500V; cozinha 500V; aquecedores 500V;
iluminação 150V).
c) Com quatro condutores, trifásica (Tensões máximas: Força 500V; iluminação 250V).
a) Usado somente para corrente continua (Tensão máxima - Força 500V). Em embarcações para
transporte de petróleo ou derivados, ou outras embarcações que transportem comumente líquidos
inflamáveis, não deverão ser usados sistemas de distribuição com retorno pelo casco.
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a) Todos os equipamentos elétricos deverão ser instalados em locais protegidos contra choques
mecânicos, alagamentos e umidade excessiva. Por outro lado, deverão ser instalados longe de
depósitos de inflamáveis e compartimentos suficientemente ventilados, onde não possa haver
acúmulo de gases, vapores inflamáveis e poeira. Quando não for possível instalar os equipamentos
elétricos em local que seria desejável, longe de materiais inflamáveis, deverão ser guardadas, no
mínimo, as seguintes distâncias: 0,30 m na horizontal e 1,20 m na vertical.
b) Quando se tratar de motores, nem sempre será possível satisfazer cabalmente às condições do
item anterior. Neste caso, o BC poderá, após exame minucioso da questão, autorizar a instalação,
desde que esta permita uma margem de segurança satisfatória.
c) Os equipamentos elétricos deverão ser instalados em locais que permitam fácil acesso às partes
que necessitam de inspeções, ajustagens ou substituições freqüentes.
d) Os equipamentos de tensão igual ou superior a 220V, CC., ou a 120V, CA., deverão ter todas as
suas partes energizadas protegidas para evitar contatos acidentais.
1. Máquinas semi-fechadas - São aquelas que têm as ventilações protegidas por telas de arame,
ou material semelhante, cujas malhas não excedam 1/2 polegada quadrada.
2. Máquinas fechadas - São aquelas construídas com as carcaças totalmente fechadas, não
permitindo circulação de ar entre o exterior e o interior, mas não sendo estanques ao ar.
3. Máquinas à prova d’água - São aquelas que podem sofrer um jato de água, incidindo
diretamente sobre elas, proveniente de uma mangueira de 1", numa pressão de 1.05 Kg/cm2.
numa distância de 3.0 m, durante 15 minutos, sem permitir que entre água no seu interior.
4. Máquinas submersíveis - São aquelas construídas de tal forma que permita uma imersão por
15 minutos, sob uma pressão de 3 pés de água, sem que entre água no seu interior.
5. Máquinas à prova de respingos - São aquelas construídas de tal modo que, tomando uma
inclinação de 15 graus para qualquer direção, não permitem a entrada de respingos de água
que caiam verticalmente.
6. Máquinas autoventiladas - São aquelas com ventilação em circuito fechado, sem comunicação
com o meio ambiente.
7. Máquinas à prova de explosão - São aquelas construídas de tal maneira que suas carcaças
impeçam a transmissão de chamas, decorrentes de explosões de gases no seu interior, a
qualquer gás que se encontre acumulado no exterior da carcaça.
f) Todos os motores e geradores elétricos deverão, sempre que possível, ser instalados com os
eixos no sentido longitudinal do navio e deverão funcionar normalmente, com lubrificação adequada,
mesmo que o navio adquira uma banda permanente de 15 graus ou um trim de 5 graus AV ou AR,
ou, ainda, quando o balanço do navio atinja 22 graus 30', para cada bordo.
g) Os mancais deverão ser projetados de tal forma que não derramem óleo, quando o balanço
atingir 30 graus. Os geradores de emergência deverão funcionar, normalmente, mesmo estando
com uma banda permanente de 22O30' (vinte e dois graus e trinta minutos). As partes móveis dos
motores e dos geradores deverão ser balanceadas, a fim de que, em qualquer velocidade, não
apresentem vibrações anormais.
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a) As definições que se seguem se aplicam aos termos usados nas especificações de fios e cabos
empregados como condutores elétricos.
Fio: É um corpo de metal estirado, usualmente de forma cilíndrica e de seção circular ou setorial.
Condutor: É um fio, ou conjunção de fios não isolados entre si, destinado a conduzir corrente
elétrica.
Fio nu: E um fio sem revestimento de qualquer natureza.
Fio isolado: E um fio revestido de material isolante, geralmente protegido por uma capa.
Cabo:
1- É um condutor formado por um grupo de fios - ou por um conjunto de grupos de
fios - não isolados entre si.
2- É um conjunto de condutores isolados entre si.
Cabo nu: É um cabo sem revestimento de qualquer natureza.
Isolamento (de fio ou cabo): É o material aplicado ao redor dos fios ou cabos, e destinado a
isolá-los eletricamente, entre si, ou da terra.
Fio isolado componente: É um dos fios isolados que formam um cabo múltiplo.
Cabo componente: E cada um dos cabos isolados que formam cabo múltiplo.
Parede isolante: É o isolamento de cada um dos “fios isolados componentes”, ou “cabos
componentes” de um cabo múltiplo.
Cinta isolante: É o isolamento que, envolvendo todos os ‘fios isolados componentes’, ou “cabos
componentes” de um cabo múltiplo, os separa eletricamente da terra ou de outros corpos
estranhos.
Enchimento: É o material usado em cabos múltiplos para preencher os espaços entre os fios
isolados e cabos componentes, de modo a construir um conjunto de forma desejada.
Capa: É o invólucro protetor aplicado sobre isolamento dos fios ou cabos. Pode ser de chumbo,
borracha, tecido, etc.
Armação: É uma proteção suplementar aplicada a certos cabos isolados, constituída de fios
não isolados entre si, que entra na composição de um cabo.
Seção transversal de um fio: É a área da seção normal ao eixo do fio.
Seção transversal de um cabo nu e de um cabo singelo: É a soma das seções transversais
dos fios componentes do cabo.
Seção transversal de um cabo múltiplo: É a seção transversal de cada cabo componente.
b) O isolamento das emendas e junções dos condutores isolados com papel impregnado será feito
com fita de cambraia, sem o emprego de fita isolante adesiva.
c) Nas soldas empregadas nas emendas ou junções, não poderão ser usadas substâncias fundentes
que sejam, pelos seus constituintes, corrosivas ou ácidas.
d) Os cabos para transporte de corrente contínua deverão ser instalados de modo que os campos
magnéticos se anulem. Assim, o par de condutores - positivo e negativo - deverá ser instalado
mantendo-os juntos (um condutor adjacente ao outro), a fim de se eliminar os efeitos de um
campo magnético incompensado, a bordo.
e) Cada condutor singelo de um circuito de CA deve estar tão próximo do outro quanto possível. Os
condutores de 3 fases devem estar próximos uns dos outros, sem entreferro.
f) Usualmente, os cabos armados ou com revestimentos de chumbo devem ser ligados à terra e
fazer bom contato com as caixas de junção, às quais são conectados, tanto por solda como por
braçadeiras aparafusadas à armação.
g) Os cabos armados de um só condutor para CA deverão ser isolados de terra ao longo de seu
comprimento, sendo seu revestimento armado ligado à terra somente no meio.
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h) Os cabos não deverão possuir emendas entre caixas de junção. As junções de cabos deverão
ser feitas nas caixas de junção.
i) Os cabos, armados ou não, instalados em locais onde fiquem muito sujeitos a avarias mecânicas,
tais como porões, paióis, locais de passagem de carga etc., devem ser protegidos por eletrodutos
metálicos. A bordo, será sempre preferível o emprego de cabos armados, ao invés de cabos não
armados, protegidos por eletrodutos metálicos.
j) Quando forem usados cabos elétricos protegidos por eletrodutos metálicos, os eletrodutos deverão
ser eletricamente contínuos e ligados ao casco, devendo ter a superfície interna lisa, sem arestas
que possam causar avarias nos cabos. As seções do eletroduto e suas curvaturas deverão ser
tais que permitam uma fácil colocação e remoção dos cabos.
k) O raio de curvatura máximo que cada eletroduto poderá apresentar deverá ser maior que o menor
raio de curvatura permitido para o cabo que nele vai ser colocado (7 vezes o diâmetro do cabo).
1.5.1 – Para os fins de inspeção e aprovação pelo BC, os condutores empregados nos circuitos elétricos
serão, para os casos normais, os constantes da Tabela 1.1, (correspondente aos da bitola padrão AWG -
American Wire Gauge). Os condutores serão, assim, identificados pelo número da bitola padrão AWG, ou
pela sua seção transversal.
1.5.2 – Para os casos em que forem empregados condutores especiais, não constantes da Tabela 1.1,
dever-se-á identificá-los por seus números. Esses diâmetros deverão ser dados em milímetros, de acordo
com a chave abaixo:
a) D > 0,025 mm aproximado a centésimos
b) D < 0,025 mm aproximado a milésimos onde: D = diâmetro
Nota: A aproximação se fará para o 0,01 mm e 0,001 mm, para os valores iguais ou superiores a
0,005 e 0,0005 mm, respectivamente para, os casos a) e b). Nesses casos, o BC aceitará as tolerâncias
de 1% e de 0,002 mm para mais ou menos, para os diâmetros iguais ou superiores a 0,25 mm e até 0,25
mm, respectivamente.
1.5.3 – Para os condutores estanhados, as tolerâncias nos diâmetros medidos depois da estanhagem
serão os seguintes:
1.5.4 – Quando o isolamento que recobre o fio é de borracha vulcanizada ou sintética, ou de outro material
isolante contendo sulfatos, o fio de cobre deverá ser estanhado para evitar a corrosão do fio.
1.5.5 – Considera-se como diâmetro do condutor em um determinado ponto a média de duas medidas
tomadas nesse ponto, segundo duas direções que formem, entre si, um ângulo de 90 graus.
1.5.6 – O condutor, quanto à sua constituição, poderá ser de um fio único ou não, isto é, poderá ser
também formado pelo encordoamento de um certo número de fios componentes. Como regra geral,
emprega-se o fio único para o condutor de seção transversal até 1 mm2; para os condutores de seção
transversal igual ou maior que 2 mm2, empregam-se vários fios encordoados.
1.5.7 – Quanto ao formato, os condutores poderão ser de seção circular ou setorial. Normalmente, nos
cabos múltiplos empregam-se condutores circulares para seções inferiores à de no. 2 AWG (33,63 mm2)
e condutores setoriais para seções maiores. De qualquer maneira, a seção transversal deverá ter uma
forma tal que não possa causar avarias no isolamento.
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1.5.8 – As tabelas 1.2, 1.3 e 1.5 fornecem os valores máximos de correntes que podem circular nos
condutores, segundo as suas seções transversais expressas na escala AWG. A Tabela 1.4 define os tipos
de revestimentos usados na tabelas 1.2 e 1.3. A capacidade de um condutor deverá ser sempre superior
à corrente máxima que possa circular no circuito de que faz parte. Neste texto, subentende-se capacidade
de um condutor como a capacidade nominal corrigida do condutor, ou seja, é aquela fornecida pelas
Tabelas 1.2 e 1.3, corrigida para a temperatura ambiente (fator de correção dado pelas próprias tabelas).
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ISOLAMENTO DO CABO
AWG R, RW, AVA, SB, WP,
RH TA, V, AVB AI, AIA A, AA
RU, T, TW AVL PW
14 20 20 30 40 40 45 30
12 25 25 40 50 50 55 40
10 40 40 55 65 70 75 55
8 55 65 70 85 90 100 70
6 80 95 100 120 125 135 100
4 105 125 135 160 170 180 130
3 120 145 155 180 195 210 150
2 140 170 180 210 225 240 175
1 165 195 210 245 265 280 205
0 195 230 245 285 305 325 235
00 225 265 285 330 355 370 275
000 260 310 330 385 410 430 320
0000 300 360 385 445 475 510 370
250 340 405 425 495 530 ..... 410
300 375 445 480 555 590 ..... 460
350 420 505 530 610 655 ..... 510
400 455 545 575 665 710 ..... 555
500 515 620 660 765 815 ..... 630
600 575 690 740 855 910 ..... 710
700 630 755 815 940 1005 ..... 780
750 655 785 845 980 1045 ..... 810
800 680 815 880 1020 1085 ..... 845
900 730 870 940 ..... ..... ..... 905
1000 780 935 100 1165 1240 ..... 95
1250 890 1065 1130 ..... ..... ..... .....
1500 980 1175 1260 1450 ..... ..... 21
1750 1070 1280 1370 ..... ..... ..... .....
2000 1155 1385 1470 1715 ..... ..... 10
40 0.82 0.88 0.90 0.94 0.95 ..... .....
45 0.71 0.82 0.85 0.90 0.92 ..... .....
50 0.58 0.75 0.80 0.87 0.89 ..... .....
55 0.41 0.67 0.74 0.83 0.86 ..... .....
60 ..... 0.58 0.67 0.79 0.83 0.91 .....
70 ..... 0.35 0.52 0.71 0.76 0.87 .....
75 ..... ..... 0.43 0.66 0.72 0.86 .....
80 ..... ..... 0.30 0.61 0.69 0.84 .....
90 ..... ..... ..... 0.50 0.61 0.80 .....
100 ..... ..... ..... ..... 0.51 0.77 .....
120 ..... ..... ..... ..... ..... 0.69 .....
140 ..... ..... ..... ..... ..... 0.59 .....
Tabela 1.2 - Correntes nominais para condutores, no ar livre (em Amperes, para a
temperatura ambiente de 300C)
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ISOLAMENTO DO CABO
AWG R, RW, RU, Papel, TA, V,
RH AVA, AVL AI, AIA A, AA
T, TW AVB
14 15 15 25 30 30 45
12 20 20 30 35 40 55
10 30 30 40 45 50 75
8 40 45 50 60 65 100
6 55 65 70 80 85 135
4 70 85 90 105 115 180
3 80 100 105 120 130 210
2 95 115 120 135 145 240
1 110 130 140 160 170 280
0 125 150 155 190 200 325
00 145 175 185 215 230 370
000 165 200 210 245 265 430
0000 195 230 135 275 310 510
250 215 255 270 315 335 .....
300 240 285 300 345 380 .....
350 260 310 325 390 420 .....
400 280 335 360 420 450 .....
500 320 380 405 470 500 .....
600 355 420 455 525 545 .....
700 285 460 490 560 606 .....
750 400 475 200 580 620 .....
800 410 490 515 600 640 .....
900 435 520 555 ..... ..... .....
1000 455 545 585 680 730 .....
1250 495 590 645 ..... ..... .....
1500 520 625 700 785 ..... .....
1750 545 650 735 ..... ..... .....
2000 560 665 775 840 ..... .....
40 0.82 0.88 0.90 0.94 ..... .....
45 0.71 0.82 0.85 0.90 ..... .....
50 0.58 0.75 0.80 0.87 ..... .....
55 0.41 0.67 0.74 0.83 ..... .....
60 ..... 0.58 0.67 0.79 0.91 .....
70 ..... 0.35 0.52 0.71 0.87 .....
75 ..... ..... 0.43 0.66 0.86 .....
80 ..... ..... 0.30 0.61 0.84 .....
90 ..... ..... ..... 0.50 0.80 .....
100 ..... ..... ..... ..... 0.77 .....
120 ..... ..... ..... ..... 0.69 .....
140 ..... ..... ..... ..... 0.59 .....
Tabela 1.3 - Correntes nominais para cabos com 3 (três) condutores, no máximo
(em Amperes, para a temperatura ambiente de 300C)
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Observações:
a) Para tensões maiores que 600 volts, os valores nominais deverão decrescer de 2% para cada 1.000 volts aumento sobre
600 volts.
b) Para cabos até 700.000 circular mils, os valores nominais para corrente alternada são os mesmos que para corrente contínua.
a) O fator de serviço é definido com sendo um fator a ser aplicado à potência nominal, para indicar a
carga permissível que poderá ser aplicada continuamente, sob condições específicas. Como tal,
é impossível especificar aqui valores para “fatores de serviço” para todos os circuitos. Via de
regra, o BC não exige a aplicação do fator de serviço para os ‘sub-ramais”, fazendo-o , todavia,
para os motores elétricos, de acordo com a Tabela 1.6.
1- Os fatores de serviço assinalados com um (x) não se aplicam - quando se tratar de motores de gaiola de esquilo
polifásicos de média potência - aos motores de escorregamento alto (deslizamento alto);
2 - Deve esperar uma pequena diferença entre o funcionamento com carga nominal e o funcionamento com a carga
permissível indicada pelo fator de serviço.
b) BC se reserva ao direito de aprovar circuitos em cujos cálculos tenham sido empregados fatores
de serviço, desde que lhe sejam fornecidos todos os elementos justificativos dos cálculos.
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c) Para cada circuito elétrico deverá ser considerada, como corrente máxima, a maior corrente que
possa circular nos condutores, atendendo à capacidade dos aparelhos de proteção neles instalados.
d) Os condutores deverão ser selecionados de modo que sua seção transversal corresponda a uma
queda de tensão máxima de 5%, entre as barras coletoras dos quadros e um ponto qualquer da
instalação, circulando por eles a corrente máxima, em condições normais (circuitos de força e
iluminação). Quando se tratar de circuitos de rádio, a queda de tensão máxima permitida será de
1 volt, mais 1% da tensão nas “barras coletoras”, quando os condutores forem principais e a
corrente que por eles circule alimente, também, as baterias.
f) Para os circuitos de iluminação, deverá ser considerado que cada ponto de luz absorve uma
corrente equivalente à máxima carga que pode ser conectada, sendo a carga mínima admitida.
de 60 watts; desta forma, para lâmpadas especificamente menores que 60 watts, poder-se-á
escolher o condutor correspondente à sua carga. Não se enquadram no que está dito nesse item
os circuitos de iluminação de cornijas, painéis e de lâmpadas piloto.
g) Os condutores que alimentam os motores de tração, tais como guinchos e guindaste deverão ser
escolhidos considerando-se os serviços a serem prestados, admitindo-se períodos de trabalho
de 30 minutos - atendendo à queda de tensão, baseando-se na potência de freio do motor. Se os
períodos de funcionamento forem previstos como maiores, diante da potência do freio, condutores
adequados deverão ser calculados. Para os cabrestantes e molinetes admite-se um período
trabalho de uma hora, no mínimo, sempre se levando em conta a queda de tensão.
h) O “fator de serviço” poderá ser aplicado no cálculo da seção dos condutores que alimentem
grupos de guindastes ou guinchos, considerando-se o serviço a ser executado pelos motores. A
corrente máxima que circulará em um circuito com grupos de motores de guindastes ou
guinchos é calculada como se segue:
- 2 motores: a) De mesma capacidade: It = 0,65 ( IA + IB )
b) De capacidade diferente (IA > IB ): It = IA + 0,30 IB
- 3 motores: a) De mesma capacidade: It = 0,5 ( IA + IB + IC )
b) De capacidade diferente ( IA > I0 ; IA > IC ) : It = IA + 0,25 (IB + IC )
- 4 motores: a) De mesma capacidade: It = 0,4 (IA + IB + IC + ID )
b) De capacidade diferente (IA = maior corrente) : It = IA + 0,2 (IB + IC + ID )
- 5 motores: a) De mesma capacidade: It = 0,36 (IA + IB + IC + ID + IE )
b) De capacidade diferente: (1A maior corrente): It = IA + 0,2 ( IB + IC + ID + IE )
Os condutores escolhidos deverão ter uma capacidade compatível com a condição permanente
da corrente calculada, com aplicação do fator de serviço, corrente essa “consumida” por todos os motores,
a plena carga. Se os condutores que alimentam os motores de guinchos e guindastes fornecerem
alimentação para outros serviços, a corrente considerada para os cálculos desses condutores será a
resultante da superposição das cargas.
i) Quando se tratar de geradores a serem acoplados em paralelo, o BC, para garantir uma divisão
proporcional de cargas, nos casos de potências diferentes e afastamentos diferentes dos quadros
de distribuição, exige condutores que resultem na mesma queda de tensão, a plena carga.
j) Para os circuitos que não sejam os de motores com proteção para sobrecarga, o BC exigirá
condutores cuja capacidade seja, no mínimo, igual à dos elementos de proteção do circuito (fusíveis,
disjuntores, etc.). Essa norma se aplicará, também, às reduções de seção do condutor (em
ramificações do circuito, por exemplo) e, nesses casos, essas ramificações serão protegidas por
fusíveis ou automáticos de capacidade adequada, a não ser quando a corrente ajustada para o
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O BC exige que todos os cabos múltiplos tenham uma marcação adequada em seus extremos
para distinguí-los dos cabos singelos. Além disso, os cabos múltiplos deverão ter os vários condutores
marcados de acordo com a Tabela 1.7.
Tabela 1.7 - Tabela de cores para identificação de condutores, adotada pela AIEE
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a) Trata-se de determinar a seção adequada do condutor, de acordo com a corrente que vai circular,
da determinação das vantagens de usar cabo singelo ou múltiplo, um cabo somente ou vários em
paralelo, do isolamento a ser utilizado, da determinação da queda de tensão, etc.
b) Pelo cabo escolhido deverá poder circular continuamente a corrente nominal, sem aquecimento
excessivo. O calor existente em um cabo elétrico isolado deve-se às perdas no condutor, às
perdas dielétricas e às perdas provenientes das correntes de Foucault e correntes induzidas. O
cabo elétrico sendo percorrido por uma corrente terá sua temperatura elevada, até que esta se
estabilize num valor para o qual o calor dissipado é igual ao calor gerado. Do que foi dito, concluiu-
se que a maior corrente que pode percorrer um condutor depende da temperatura máxima que o
condutor pode atingir sem que seja afetado seu isolamento.
c) É necessário determinar o valor da corrente nominal a circular e, para isto, é preciso conhecer a
potência nominal de cada motor, dos demais aparelhos do circuito, da iluminação, etc., sendo
necessário deixar uma margem para futuros aumentos de carga, devido a modificações introduzidas
posteriormente, as quais, todavia, só poderão ser feitas depois de submetidas a inspeção e
aprovação do BC.
a) As tabelas 1.2 e 1.3 fornecem, para os fios das bitolas padrão AWG, as correntes admissíveis em
regime. permanente (corrente nominal do fio), para uma temperatura ambiente de 30OC. (86OF).
Todavia, estes valores de corrente deverão ser corrigidos para a mais alta temperatura dos locais
por onde passará o condutor. As próprias tabelas 1.2 e 1.3 fornecem os fatores de correção para
a temperatura ambiente. Para os cabos multi-condutores, empregam-se ainda os seguintes fatores
de correção:
Cabos com dois condutores......... 0,8; e
Cabos com 3 ou 4 condutores...... 0,7
b) Quando for necessário fazer um agrupamento de cabos, correndo um ao lado do outro, mais um
fator de correção deverá ser aplicado ao valor de corrente retirado da tabela 1.2 ou 1.3; este será
retirado da tabela 1.8.
a) É a corrente cuja duração é inferior a um segundo e que é produzida por um defeito numa parte
qualquer da instalação.
b) Os cabos elétricos deverão ser capazes de suportar a mesma corrente de curto circuito que os
demais equipamentos da instalação. Em geral, os cabos elétricos são capazes de suportar correntes
de curto-circuito elevadas sem inconvenientes sérios. A corrente de curto-circuito que pode circular
num cabo é limitada pela temperatura máxima que este cabo pode suportar. Em geral, pode-se
admitir uma temperatura máxima de 120OC nos condutores e de 100OC nas capas de chumbo dos
mesmos.
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a) Exceto para os cabos previstos claramente nestas regras, o BC exige que todos os condutores
tenham isolamento adequado para tensões de serviço de 600 Volts.
c) Os materiais isolantes são classificados, para efeitos práticos, como mostrado na Tabela 1.9:
Temperatura
Classe Material máxima de
trabalho
Algodão, seda, papel e materiais orgânicos similares impregnados e imersos em
0 900C
dielétrico líquido
Algodão, seda, papel e materiais orgânicos similares, impregnados ou imersos em
dielétricos líquidos; materiais moldados ou laminados. Com "celulose filler', resina 1050C
A
fenólica e outras resinas de propriedades similares vernizes esmaltados quando
aplicados aos condutores.
Mica, amianto, lã de vidro e outros materiais inorgânicos similares, compostos com
1300C
B materiais de ligação. Uma pequena proporção de material de classe A poderá entrar
ha composição para fins estruturais, somente.
Os mesmos materiais de classe B, com substâncias de ligação compostas de
produtos de silicone ou materiais com produtos compostos de silicone ou ainda
materiais com propriedades equivalentes; composto de silicone sob a forma de 1800C
H
borracha ou resina ou materiais com propriedades equivalentes. Podem ter, para
fins estruturais, somente, pequeníssima proporção de materiais da classe A durante
a fabricação, se forem essenciais.
C Mica, Porcelana, Vidro, Quartzo e materiais inorgânicos similares.
d) Seja qual for o isolamento empregado, ele deverá ser aplicado concentricamente sobre o condutor,
ao qual deverá ficar perfeitamente justaposto; deverá apresentar superfície exterior lisa, cilíndrica,
isenta de lesões, fendas, falhas e outros defeitos.
e) A resistência de isolamento deverá ser sempre fornecida em megohms/km e nunca deverá ser
menor ou igual a 1 megohm/km. Para a seleção de um isolamento, além de atender ao limite de
elevação de temperatura (Tabela 1.10), o BC exige que o material satisfaça, basicamente, às
propriedades que se seguem.
1. Mecânicas: tração, compressão, cisalhamento, choque mecânico, porosidade, absorção de
umidade, dureza, fragilidade, manuseabilidade, efeitos de expansão e de contração.
2. Elétricas: resistência do isolamento, rigidez dielétrica, resistência ao impulso, perda de potência,
resistência ao arco.
3. Químicas: estabilidade, resistência aos ácidos, álcalis, óleos, luz solar, e umidade; ponto de
fulgor e de inflamação, combustibilidade.
4. Térmicas: resistência térmica, calor específico, amolecimento, temperatura de fusão e
viscosidade.
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b) Os telefones e sistemas de telefones, com exceção daqueles instalados para a conveniência dos
passageiros, e não essenciais para a operação do navio, deverão ter cabos blindados ou com
revestimento de chumbo, como descrito acima.
b) Blindados - cabos blindados poderão ser usados nas aplicações acima e devem ser empregados
quando o cabo ficar continuamente em contato com óleo.
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a) O cabo com isolamento mineral, revestido de metal, poderá ser usado em qualquer serviço até
600 volts. Poderá ser usado em circuitos principais, alimentadores, em ramais, em trabalhos tanto
expostos com embutidos, em lugares secos ou úmidos. Poderá ser usado onde estiver exposto
ao tempo ou à umidade contínua, exposto ao óleo, à gasolina ou em outras condições que não
tenham um efeito de deterioração no revestimento de metal.
a) É impossível fazer neste texto referências a todos os tipos de aplicações de condutores, pois a
variedade é muito grande. O que será dito neste item aplicar-se-á, de uma maneira ampla, a todos
os casos em que são instalados condutores, especificando-se ou ressalvando-se os casos
especiais. As aqui mencionadas regras diferem das que são utilizadas em instalações de terra.
b) A instalação dos cabos deverá ser a mais retilínea e acessível possível, evitando-se:
1. calor excessivo ou gases;
2. óleo, condensações e projeção de água, locais com possibilidade de alagamento;
3. avarias decorrentes de choque por carga ou armamento;
4. porões e tanques;
5. excessivo cruzamento de cabos; e
6. possibilidade de formação de ninhos de ratos.
c) Quando os cabos devem atravessar anteparas ou conveses estanques, o BC exige que isto se
faça através de buchas (prensa-cabos) estanques. Quando atravessam obstáculos não estanques,
é exigida apenas uma bucha para protegê-los dos extremos afiados (se a chapa tiver uma espessura
maior que 6,3 mm, um orifício de passagem arredondado será satisfatório). Quando os cabos
atravessarem conveses, estanques ou não, devem fazê-lo dentro de “tubos de passagem”. Esses
tubos deverão ter 25 cm de comprimento, convés abaixo, e 45 cm, convés acima. Isto para
proteger os cabos de avarias mecânicas ou de água acumulada nos conveses.
d) Os cabos, se tiverem que correr ao longo das anteparas, deverão fazê-lo afastados delas,
suportados por calhas suportes ou braçadeiras, a fim de evitar acúmulo de poeira, sujeira ou
umidade. Isto também facilitará inspeções, limpeza e pintura dos cabos, bem como proporcionará
melhor manuseio dos cabos.
e) As calhas suportes ou braçadeiras deverão estar dispostas em intervalos não maiores de 50 cm,
embora específicas recomendações possam alterar esses intervalos.
f) Os cabos revestidos de chumbo não poderão ser dobrados em curvas com raios menores que 8
(oito) vezes o seu diâmetro. O raio de curvatura para as curvas dos cabos sem revestimento de
chumbo não poderá ser menor que 7 (sete) vezes o diâmetro dos cabos.
g) As pontas dos cabos deverão estar seladas para evitar a entrada de umidade durante a instalação.
Assim, quando for aberta uma bobina, selada pelo fornecedor, as pontas dos cabos deverão ser
protegidas, pintando-as com um composto apropriado, como vernizes e tinta de asfalto ou material
semelhante.
i) estanho. O isolamento das emendas e junções será feito com fita de borracha (condutores isolados
com borracha) ou com fita de cambraia (todos os tipos de isolamento), de modo a assegurar um
isolamento, no mínimo, equivalente ao original dos condutores; esse isolamento será, então,
completo e protegido mecanicamente com fita isolante adesiva. O isolamento das emendas e
junções dos condutores isolados com papel impregnado será feito com fita de cambraia, sem o
emprego de fita isolante adesiva. Nas soldas empregadas nas emendas ou junções, não poderão
ser usadas substâncias fundentes que sejam, pelos seus constituintes, corrosivas ou ácidas.
j) Os cabos para transporte de corrente contínua deverão ser instalados de modo que os campos
magnéticos se anulem. Assim, o par de condutores - positivo e negativo - deverá ser instalado
junto (um condutor adjacente ao outro), a fim de eliminar os efeitos de um campo magnético
incompensado a bordo.
k) Cada condutor singelo de um circuito de CA deverá estar tão próximo do outro quanto possível.
Os condutores de 3 fases deverão estar próximos uns dos outros, sem entreferro.
m) A seção de um eletroduto para cabos elétricos deverá ser calculada pela fórmula abaixo:
Es / S = 0,5
n) Em um mesmo eletroduto não se deverá colocar cabos de sistemas de controle, ou de rádio, junto
com condutores de luz e força.
o) Os cabos de luz e força (de CA ou CC) de sistemas de 600V ou menos, poderão ocupar o mesmo
eletroduto, desde que os condutores estejam com isolamento igual ao do cabo de maior tensão.
p) Não se colocará em um mesmo conduto metálico cabos armados com outros que não tenham
uma proteção igual.
q) Quando se colocar cabos para circuito CA em um eletroduto metálico, estes deverão ser colocados
no eletroduto de forma a evitar o aquecimento do eletroduto por indução.
r) As conexões dos terminais dos condutores às diversas partes do circuito elétrico deverão ser
feitas por meio de conectores de pressão, parafuso de pressão, terminais soldados ou junções
flexíveis soldadas, exceto para os condutores número 8 AWG, ou menores, e condutores de fios
trançados de número 10 AWG, ou menores, que poderão ser conectados por meio de braçadeiras
ou parafusos.
a) Máquinas elétricas rotativas deverão ser instaladas em locais tão secos e ventilados quanto
possível, onde não seja possível o acúmulo de gases inflamáveis. Não deverão ser instaladas
próximas a canalizações de água ou vapor e devem ser protegidas contra respingos de água e
óleo.
b) As máquinas elétricas deverão ser igualmente protegidas contra avarias mecânicas.
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c) As máquinas elétricas deverão estar o mais possível separadas de materiais inflamáveis, devendo
haver uma separação mínima de 0,50m entre as partes sob tensão e materiais inflamáveis, quando
estas máquinas não forem blindadas. Deverá haver, no mínimo, uma separação de 50cm entre
um gerador e os objetos que o circundam, para facilitar o acesso. Deverá haver, também, espaço
suficiente para permitir todas as inspeções necessárias durante a operação, a fácil remoção das
partes rotativas e demais partes que possam necessitar de reparo.
d) Deverão ser tomadas precauções para ficarem protegidas contra contatos acidentais todas as
partes sob tensão acima de 250V CC ou 130V CA.
e) Quando se tratar de motor cuja instalação não possa satisfazer às recomendações desta seção,
a alternativa escolhida deverá ser submetida à aprovação do BC.
f) Os eixos das máquinas elétricas deverão, sempre que possível, ser instalados paralelamente ao
plano longitudinal do navio, e as máquinas deverão poder funcionar, mesmo com uma banda
permanente de 15O, um trim de 5O e um balanço de 22,5O. Os geradores de emergência deverão
poder funcionar com uma banda permanente de até 22,5O.
g) Todas as máquinas elétricas girantes disporão de meio para assegurar uma eficaz lubrificação
das partes que a requerem, sob quaisquer condições de funcionamento do navio, dentro dos
limites de inclinação citados anteriormente.
h) Motores para montagem em convés aberto deverão ser do tipo à prova d’água ou com forro
metálico que lhes dê a mesma proteção.
j) Todos os geradores deverão ter suas carcaças aterradas e deverão ter eficaz contato elétrico
com suas máquinas motrizes, a não ser que estejam ligadas à terra de uma maneira eficaz. Do
mesmo modo, os jazentes dos geradores deverão ser aterrados.
k) A fim de prevenir os efeitos da corrosão os parafusos, estojos, porcas, pinos e todas as pequenas
partes, onde sérios perigos poderão surgir por efeito da corrosão, deverão ser fabricados com
material resistente à corrosão ou aço suficientemente protegido contra corrosão.
l) Todo o equipamento de importância vital ao navio deverá possuir duas alimentações distintas,
devendo essas serem feitas por cabos distintos, passando por caminhos diferentes, a fim de
evitar avarias simultâneas dos cabos de alimentação (dupla alimentação).
a) Quanto ao numero e tamanho dos geradores, cuidadosas considerações deverão ser feitas: se a
energia elétrica é o único meio de assegurar o funcionamento de equipamentos vitais do navio,
deverá haver, no mínimo, dois geradores, e a capacidade de cada um deles deverá ser tal que
seja capaz de, por si só (isto é, com o outro gerador parado), suprir toda a demanda de energia
necessária para uma operação eficiente do navio, tanto no porto como em viagem.
b) A capacidade do gerador deverá ser, no mínimo, igual à carga máxima requerida pelo navio em
viagem, com todos os equipamentos vitais funcionando.
a) Todos os navios deverão possuir um gerador de emergência, acionado por motor diesel, ou um
grupo de baterias de emergência, localizadas em compartimentos acima do plano normal de
flutuação, para alimentar as luzes e sistemas de força de emergência.
b) Motores a gasolina não são recomendados para máquinas acionadoras dos geradores de
emergência, bem como não se deve usar óleo combustível com ponto de fulgor abaixo de 65OC.
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Outras embarcações 3 -
Observação: (x) Lanternas de segurança aprovadas pelo BC poderão ser usadas para iluminação dê emergência.
b) Os alternadores deverão ser protegidos, de modo que uma sobrecarga excessiva provoque uma
queda de tensão suficiente para limitar a corrente e a potência de saída, a valores que não possam
prejudicá-los durante um curto espaço de tempo. O BC determinará a necessidade, ou não, de
equipamentos automáticos de proteção contra correntes excessivas para os alternadores.
c) De maneira geral, não se deve usar excitatrizes com proteção contra correntes excessivas, de
modo a não possibilitar o desligamento do alternador devido a aberturas acidentais dos fusíveis
ou disjuntores da excitatriz.
d) Os geradores de CC, a dois fios, poderão ter proteção contra correntes excessivas num condutor,
somente se o dispositivo de proteção for atuado pela corrente total gerada, exceto nos campos
“shunt” (os dispositivos de proteção não deverão interromper os campos “shunf” porque, se o
circuito for aberto com o campo com excitação máxima, uma força eletromotriz muito alta poderá
ser induzida, rompendo o isolamento do enrolamento do campo).
e) Os geradores de CC, a três fios, “compound” ou de campo “shunt”, deverão ser equipados com
dispositivos de proteção contra correntes excessivas, um de cada condutor de armadura, de modo
a serem atuados pela corrente total da armadura.
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Os geradores que operam com uma tensão nos terminais de 150V ou mais, deverão ter suas
carcaças ligadas à terra. Se não forem aterrados, a carcaça deverá estar permanente e eficazmente
isolada de terra.
Os geradores de CC, acionados por turbinas, deverão ser protegidos pelos reguladores de
velocidade das turbinas, para que possam ser ligados em paralelo com outros geradores. Esses reguladores
de velocidade deverão atuar quando operarem no sentido de parar a turbina, abrindo contatos normalmente
fechados, isolando eletricamente os geradores das barras.
Todos os geradores elétricos deverão operar dentro dos limites de temperaturas dados na Tabelar
1.10, para geradores de CC, e Tabela 1.12, para geradores de CA. Observação: Para geradores podendo
operar durante 2 horas.
Determinado Geradores de Pólos Geradores Tipo
por Salientes Turbina
Isolamento Isolamento Isolamento Isolamento
Classe A Classe B Classe A Classe B
1) Enrolamentos de armadura
de geradores de 1500 KVA e Termômetro 40 60
menos
2) Idem para geradores de
Termômetro 40 60
750 KVA e menos
3) Enrolamentos de armadura
com 2 lados de bobina por Detetor
50 20
ranhura no estator dos embutido
geradores de 1500 KVA
4) Idem, dos geradores acima Detetor
50 70
de 750 KVA embutido
5) Enrolamentos de campos
Resistência 50 70 80
isolados
6) Anéis Coletores Termômetro 55
7) Núcleo e partes mecânicas
em contato ou adjacentes a Termômetro 40 60 40 60
isolamento
8) Mancais Termômetro 35 40 35 40
Além dos reguladores de velocidade constante, de que devem estar dotadas as máquinas motrizes
dos alternadores, estes devem estar equipados com reguladores automáticos de tensão, a fim de manter
constante a tensão nas barras (o BC aceita uma variação máxima de 2,5%). A regulação de tensão para
cada tipo de gerador obedece às regras definidas a seguir.
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Deverá ser projetado de acordo com o regulador de velocidade de sua máquina motriz e do seu
próprio regulador, de modo que sua regulação permita um funcionamento na temperatura correspondente,
a plena carga, no qual não possa haver uma elevação de tensão superior a 8%, quando a carga for
gradualmente reduzida de 1 00% para 20%, e não possa haver também uma queda de tensão superior a
12%, quando a carga for gradualmente aumentada de 20% para 100%. Para o teste, o reostato de
campo, para cada condição, deverá ser ajustado para a tensão nominal no início da prova.
a) Deverão ser projetados de acordo com o regulador de velocidade da máquina motriz, composição
e regulação do gerador, para que, com o gerador funcionando na temperatura a plena carga, e
começando com uma carga de 20% para uma tensão dentro de uma tolerância de 1% da tensão
nominal, possa alcançar a carga máxima com uma tensão que não ultrapasse 1,5% da tensão
nominal.
1.21.4 – Alternadores
b) No caso de ser aplicada bruscamente uma carga de 50%, ou de se retirar, também bruscamente,
25% da carga nominal, a variação máxima de tensão admissível, em qualquer dos dois casos,
deverá ser de 20% da tensão nominal, no período máximo de 3 segundos, findos os quais voltará
a subsistir, para a tensão, a tolerância de 2,5% do valor da tensão nominal.
a) Considera-se uma operação em paralelo bem sucedida aquela em que a carga em qualquer dos
geradores não difere de 15%, a mais ou a menos, da carga que lhe ficaria afeta na divisão
proporcional de carga total, segundo a capacidade de cada um dos geradores, na faixa de 20 a
102% da carga total. Para a verificação de funcionamento normal em paralelo, deverá ser observado
o seguinte:
1 -Os geradores deverão estar na temperatura normal de operação;
2 -A velocidade dos geradores deverá ser constante, ou levemente decrescente com o aumento da
carga;
3 -O ponto de partida para o teste deverá ser 75% da carga total, com cada gerador funcionando
com a carga que lhe corresponder na divisão proporcional de carga;
4 -Para os geradores “compound”, as quedas de tensão, para uma carga total normal através dos
circuitos de campo série de todos os geradores (incluindo o campo e os cabos para a barra
principal), deverão ser igualadas, pela inserção de resistência, se necessário.
b) No caso de instalação onde a carga não flutua apreciavelmente, geradores “shunt” sem reguladores
de tensão ou geradores “shunt” estabilizados poderão ser usados no lugar de geradores
“compound”. No caso de instalações onde a carga pode flutuar apreciavelmente, geradores “shunt”
com reguladores de tensão, ou geradores “compound” deverão ser usados para manter a tensão
constante. A menos que se especifique de outro modo, todos os geradores de CC, a 3 fios,
deverão ser projetados para 25% de flutuação.
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1.21.6 – Excitatrizes
a) As excitatrizes dos geradores de corrente alternada deverão ser fabricadas de modo a que atendam
às diversas condições de excitação exigidas pelo gerador.
b) Todos os reguladores de velocidade constante (quer sejam do tipo hidráulico, quer do tipo de
massas), reguladores de tensão e limitadores de velocidade, deverão ser fabricados de modo a
operar eficientemente sob quaisquer condições de funcionamento ou de navegabilidade do navio.
c) Os motores elétricos deverão operar dentro dos limites de temperatura (Tabela 1.13, para motores
de corrente contínua e Tabela 1.14, para motores de corrente alternada). Motores situados nas
praças de máquinas ou nas praças de caldeiras, excetuando-se os motores de ferramentas e
máquinas portáteis, devem ser projetados e adquiridos, considerando temperatura ambiente de
5OoC Os motores para ferramentas, motores localizados em compartimentos da máquina do leme
ou qualquer outro compartimento onde o ar de resfriamento não excede, nunca, 4OoC, poderão
ser selecionados na base de temperatura ambiente de 40oC. Os motores que serão instalados em
compartimentos onde a temperatura ambiente excede, normalmente, 5O oC, deverão ser
considerados como motores especiais e deverão ser arranjados de modo que se ajustem à
temperatura ambiente em que vão trabalhar.
d) Deverá ser dada especial atenção à lubrificação adequada para as altas temperaturas de operação.
a) Todos os motores, exceto aqueles à prova d’água e de explosão, deverão estar providos de
caixas de terminais à prova de respingos, ter as guias de terminais à prova de respingos e presas
à carcaça do motor. As extremidades desses terminais deverão estar ajustadas com conectores
aprovados, próprios para uso com os terminais para cabos de entrada.
b) Todas as conexões com o interior dos motores, assim como o fornecimento da corrente, deverão
estar providas de um mecanismo de travamento eficiente.
c) As guias de motores à prova d’água deverão ser trazidas para fora, através de caixas de junção
resistentes à pressão da água.
d) O BC permitirá não haver a caixa de terminais, desde que, e somente neste caso, os terminais
sejam levados diretamente a uma caixa de junção que não esteja a mais do que 1,5m do motor,
assim mesmo se forem satisfeitos os seguintes requisitos:
1. O condutor formar um cabo armado ou estar dentro de um condutor metálico, rígido e flexível;
2. O condutor deverá ser, no máximo, número 18 AWG;
3. O condutor deverá ser, se dentro de um conduto metálica rígido ou flexível no máximo, número
10 AWG.
De qualquer maneira, se o condutor estiver num conduto ou for cabo armado, ou tiver qualquer
outro envoltório metálico, deverá haver, sempre uma ligação metálica fazendo continuidade elétrica efetiva,
dos envoltórios e dos cabos. Contudo, os condutos, tubos ou qualquer outro tipo de envoltório, deverão
estar isolados da carcaça do motor.
a) Os motores a serem instalados na praça de máquinas ou outros espaços abaixo do convés, onde
poderão estar sujeitos a danos mecânicos, gotejo de água ou óleo etc., deverão ser ou do tipo.à
prova de água, ou do tipo de refrigeração fechada, à prova de respingos ou à prova de gotejos.
Poderão ser do tipo aberto, protegidos contra gotejo, por capas, especialmente em casos em que
as exigências de força e de serviço requeridos resultarem num motor excessivamente grande, se
feito totalmente blindado.
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Observação: Quando for empregado isolamento da classe H, os limites de elevação de temperatura serão de 400C a
mais do que os valores dados para a classe B. As temperaturas dadas para isolamento da Classe H são baseadas
unicamente considerando-se este tipo de isolamento. Sucessivas operações das máquinas nessas temperaturas
requerem considerações especiais para mancais, buchas, lubrificação, etc., com 25% de sobrecarga, a temperatura
no fim deste período de sobrecarga, não poderá exceder de mais de 150C dos valores, exceto para anéis coletores.
a) Os motores para trabalho intermitente deverão ser selecionados e projetados para a classificação
especial sob a qual irão operar.
b) Nas praças de máquinas, onde a atmosfera pode estar saturada de vapores- de óleo, que se
acumulariam nas grades de ventilação dos motores e nos enrolamentos, deverá ser dada
consideração especial ao uso de ventilação completamente fechada ou ao encanamento da
ventilação nos motores blindados e auto-ventilados, de modo a impedir o acumulo de óleo nos
enrolamentos.
c) Todos os motores localizados abaixo do piso das praças de máquinas deverão ser à prova de
água, ou convenientemente protegidos.
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Anéis coletores,
comutadores. A classe de
isolamento se refere a
isolamento afetado pelo
Todos 65 55 85 75
calor do comutador no qual
isolamento é empregado na
construção do comutador ou
a ele adjacente
Aberto e Semi-aberto 40 35 45 40
Mancais
Totalmente Fechado 45 40 50 45
Observações:
a) Enrolamentos de gaiola de esquilo e partes mecânicas não em contato com ou adjacente a isolamento poderão
atingir tais temperaturas que não sejam lesados de maneira alguma.
b) Quando for empregado isolamento da classe H os limites de elevação de temperatura serão de 40,C a mais do que
os valores dados para a classe B. As temperaturas dadas para isolamento da classe H são baseados, unicamente,
considerando-se este tipo de isolamento. Sucessivas operações das máquinas nessas temperaturas requerem
considerações especiais para mancais, buchas, lubrificação, etc.
1.24 – BOMBAS
Geralmente recomenda-se que os motores não sejam instalados nestes espaços, mas se isto se
der, deverá ser dada consideração especial ao efeito da condensação.
a) Todos os motores deverão ser projetados para tensão, fase e freqüência do sistema de
abastecimento. A construção e o tipo de enrolamento deverão ser determinados pelas condições
nas quais o motor terá de operar. Poderão ser de indução de rotor enrolado, indução com rotor
em curto-circuito, ou do tipo de comutador síncrono. Motores do tipo em curto-circuito são
recomendados para quase todos os usos. Para se alcançar o maior fator de potência possível, os
motores deverão ser escolhidos visando a atender aos requisitos da carga nominal.
a) Os quadros elétricos deverão ser instalados em locais secos, bem ventilados, onde não possa
haver acúmulo de gases, longe de combustíveis e de respingos d’água, e de modo que a ele só
tenham acesso pessoas qualificadas para tal. Se o quadro tiver de ser localizado em local úmido,
mediante aprovação do BC, terá de possuir um invólucro à prova d’água.
b) Os quadros elétricos deverão ser instalados de modo a não haver possibilidade de comunicarem
chamas, através de centelhas, a materiais facilmente inflamáveis.
c) Se o quadro tiver algum equipamento ou fiação que seja acessível por trás dele, deverá haver um
intervalo de 35 cm entre o equipamento ou fiação e a parede do painel, se o quadro for de 1 painel
só, não excedendo de 1,05 metros de largura ou, no mínimo, de 60 cm, se o quadro tiver um
painel mais largo ou tiver mais de um painel. Se o espaço atrás do quadro tiver acesso somente
por um lado, os intervalos dados acima deverão ser acrescidos de 15 cm.
d) Os espaços atrás dos quadros não deverão ser usados para armazenamento de material de
qualquer espécie.
e) Se as condições do navio permitirem, os espaços mínimos atrás dos quadros deverão ser
aumentados, a fim de se aumentar a acessibilidade e o espaço de trabalho.
f) Na frente dos quadros deverão existir corrimãos, a fim de evitar-se acidentais aberturas ou
fechamentos de circuitos, por esbarros de pessoas desavisadas.
g) Todos os quadros deverão ser ao tipo de frente morta. As carcaças e molduras dos quadros
elétricos, bem como as estruturas que suportam equipamentos de interrupção de circuitos, deverão
ser ligadas à terra. Todos os envoltórios de instrumentos, relés, medidores e transformadores de
instrumentos, deverão ser ligados à terra. Os secundários dos transformadores dos instrumentos,
de corrente ou de potencial, deverão ser ligados à terra.
h) Todo quadro operando com tensão acima ou igual a 150 volts, em corrente alternada ou 230 volts,
CC, deverá possuir, para proteção do operador, um capacho de borracha ou de material de
qualidades isolantes idênticas, colocado na frente e atrás (onde possa o operador estar). Este
capacho deverá estar sempre seco.
i) Em todos os quadros elétricos deverão ser postos diagramas esquemáticos de ligações. Esses
diagramas poderão estar desenhados em plaqueta a ser afixada ao quadro, ou pintados diretamente
em parte visível da chapa de um painel, mas, em qualquer dos casos, o diagrama deverá estar
protegido contra esbarros acidentais, e executado com tinta indelével.
j) Em todos os painéis e portas de acesso, deverão ser colocadas plaquetas indicando a máxima
tensão.
k) Em todos os instrumentos de medida de controle, deverão ser colocadas placas que os identifiquem
claramente. Também deverão ser colocadas placas indicadoras em todos os fusíveis ou
interruptores automáticos, com indicação do circuito e corrente a plena carga.
l) Os quadros deverão ser construídos de materiais incombustíveis. Esses materiais não deverão
absorver umidade.
n) Todos os elementos componentes dos quadros deverão ter acessibilidade garantida, de modo a
permitir, sob condições difíceis de navegabilidade do navio, substituição e reparos.
m) Todos os condutores, contatos etc., empregados nos quadros, deverão ter proteção isolante, e
não inflamável, a fim de se evitar a formação de arco. Deverão ser considerados como fazendo
parte da proteção, os intervalos que devem existir entre os condutores, contatos, etc., bem como
entre qualquer um deles e a massa.
o) Todos os quadros deverão ser construídos de modo que as variadas condições de navegabilidade
do navio não afetem sua operação. Aplicar-se-ão para os quadros, as mesmas exigências deste
regulamento para as máquinas elétricas girantes, isto é, funcionamento assegurado, quando o
navio apresentar uma banda permanente de 5O, e mesmo quando o balanço do navio atingir um
ângulo de 22,5O. Para os quadros de emergência, exige-se um funcionamento adequado, mesmo
com uma banda permanente de 22,5O.
p) Deverão ser previstas pelo construtor, vibrações e choques, prováveis de ocorrência a bordo,
incluindo-se as vibrações de velocidade crítica, não só do navio, como das diversas máquinas
existentes no navio, isto a fim de que os quadros sejam montados de modo que essas vibrações
e choques não venham prejudicar o funcionamento dos quadros e afrouxar ligações, porcas,
parafusos, estojos ou prejudicar os diversos contatos de chaves, disjuntores, relés, etc.
r) O BC só exige quadros do tipo de controle remoto quando as tensões são superiores ou iguais a
750 volts.
s) As barras dos quadros elétricos deverão ser, normalmente, feitas no formato de uma barra chata
de cobre. Essas barras deverão ser construídas com base numa densidade de corrente de cerca
de 1000 amperes/pol 2. A Tabela 1.15 fornece as dimensões para as barras horizontais para
vários valores de correntes. (Nota: quando a corrente é maior que os valores encontrados na
Tabela 1.15, deverá ser construída uma barra laminada, composta de várias barras finas, separadas
umas das outras, de modo a garantir uma maior superfície radiante).
A capacidade nominal da barra é calculada na base de 50% do fator de carga, para densidades
que, sob condições médias de radiações, dão um aumento de temperatura de cerca de 100C. Quando o
fator de carga for de 100%, as densidades de corrente devem ser divididas por 2 (dois).
u) Todas as extremidades das barras deverão ser protegidas contra corrosão e oxidação (estanhadas
ou proteção similar). As conexões das barras deverão ser mecânicas e a continuidade elétrica
garantida por meio de solda.
v) Todas as barras coletoras e suas conexões nos quadros serão de cobre e com dimensões tais
que não permitam um aumento de temperatura superior a 40OC acima da temperatura ambiente.
Quando as barras operarem com mais de 2000 amperes, o aumento máximo permitido será de
5OC. As barras coletoras deverão poder resistir com segurança aos esforços mecânicos causados
pelas variações de temperatura e por correntes de curto-circuito. Onde for necessário, colocar-
se-á dispositivos que permitam a dilatação e contração das barras, sem que disto advenha avarias
para as mesmas ou suas conexões. Deverá existir uma separação mínima de 20 mm entre as
barras, e de 16 mm entre as barras e a massa, quando as barras não tiverem outro meio isolante
a não ser o ar ambiente.
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Dimensões (pol) Amperes Amperes / pol2 Dimensões (pol) Amperes Amperes / pol2
1 x 1/4 433 1732 2 1/2 x 1/2 1500 1200
1/4 x 1/4 530 1696 2 1/2 x 5/8 1715 1097
1/2 x 1/4 626 1669 2 x 1/2 1222 1222
3/4 x 1/4 725 1657 0000 AWG 267 1606
1/4 x 3/8 676 1442 1/2 de circunferência 305 1552
1/2 x 3/8 798 1418 5/8 de circunferência 426 1388
3/4 x 3/8 916 1395 3/4 de circunferência 1 560 1267
2 x 3/8 1035 1380 1 de circunferência 861 1097
2 1/4 x 3/8 1154 1367
Observações:
a) Quando os valores de correntes forem maiores que os da Tabela, deverão ser montadas barras [amimadas
constituídas de barras delgadas, separadas uma das outras para dar uma maior superfície radiante.
b) As correntes nominais foram calculadas na base de 50% do fator de carga para densidades nas quais, sob
condições médias de radiação, dariam 1 OIC de elevação de temperatura. Com fator de carga de 1 00%, as
densidades de corrente devem ser divididas por 2 (dois).
c) Para barras verticais, os valores de corrente devem ser reduzidos de 15 a 20%.
y) As barras de equilíbrio e seus interruptores deverão ter uma seção tal que permita a passagem de
uma corrente que seja, pelo menos, metade da corrente a plena carga do gerador.
a) Todos os quadros elétricos de distribuição deverão estar dotados de meios indicadores de baixas
nos diversos circuitos.
b) Todos os fusíveis dos quadros deverão estar sempre na frente dos quadros, excetuando-se os
quadros que possuem armação posterior, nos quais os fusíveis poderão ser montados na parte
posterior, porém bem separados das barras coletoras e demais partes energizadas.
c) Interruptores e fusíveis de mesma polaridade deverão ser dispostos de maneira tal que, estando
o interruptor aberto, o fusível não fique sob tensão.
e) Dever-se-á evitar que as partes móveis dos disjuntores, chaves e contatores fiquem energizadas
quando estes estiverem abertos.
a) As instalações deverão ser protegidas contra as correntes excessivas, a fim de garantir continuidade
nos serviços, segurança para o material e para o pessoal que as conduz.
b) Sistemas a 2 fios, sem ligação à terra - Para cada circuito: um disjuntor bipolar de intensidade
máxima ou um fusível em cada pólo e uma chave bipolar.
c) Quando for instalado mais de um gerador alimentando barras diferentes, isto é, que não possam
operar em paralelo - Para cada circuito: comutadores multi-direcionais, a fim de que cada circuito
possa ser alimentado por qualquer dos geradores, isoladamente.
d) Sistemas a 3 Fios:
1. Para cada circuito com 3 condutores - um disjuntor bipolar ou um fusível em cada condutor
extremo e uma chave bipolar.
2. Para cada circuito de saída com 2 condutores (tirados de condutor extremo e do condutor neutro):
- Com um condutor ligado à terra - um disjuntor monopolar com um fusível e uma chave monopolar
sobre o condutor isolado.
- Com dois condutores isolados - um disjuntor bipolar ou um fusível em cada pólo e uma chave
bipolar.
3. Para sistemas trifásicos a quatro fios - um disjuntor tripolar, com relés de intensidade máxima
nas três fases. (Neste caso, deverá ser instalada uma chave que isole o neutro do alternador).
Se os alternadores puderem operar em paralelo, seus disjuntores deverão ser equipados com
proteção contra inversão de corrente, quando a potência dos alternadores for maior que 135
KVA.
a) Deste modo, os aparelhos de proteção poderão ter funções específicas de proteção contra
sobrecargas ou contra correntes excessivas, nunca devendo ser usados fusíveis de 320A ou
mais, como proteção para sobrecargas. Preferencialmente, deverão ser usados disjuntores sempre
que a intensidade nominal for maior que 200A. Contudo, fusíveis dessa capacidade poderão ser
empregados como proteção contra correntes de curto circuito. Por outro lado, os disjuntores e as
chaves automáticas, instalados como proteção contra sobrecargas, terão de ter características
de desarme apropriadas para os sistemas onde estão instalados.
b) As correntes excessivas são ditas de sobrecarga, quando suas ocorrências não afetam os
isolamentos. As correntes excessivas são ditas de curto-circuito quando suas ocorrências afetam
os isolamentos.
b) Para mais de um gerador instalado, mas que não possam ser ligados em paralelo.
1. Para sistemas unifilares ou a dois fios, sendo um ligado à terra - um disjuntor monopolar para
intensidade máxima ou uma chave monopolar manual e um fusível no pólo isolado de terra.
c) Sistemas Trifásicos:
1. Circuitos de 3 fios – Para cada circuito, de um disjuntor tripolar de intensidade máxima ou um
fusível em cada fase e uma chave tripolar.
2. Circuitos de 2 condutores (uma fase e neutro), sendo um ligado à terra - um disjuntor monopolar
ou um fusível e uma chave monopolar no condutor isolado.
3. Circuitos a 2 fios (uma fase e neutro), sendo os dois isolados de terra - um disjuntor bipolar ou
um fusível em cada pólo e uma chave bipolar.
4. Circuitos a 4 fios - um disjuntor tripolar, de intensidade máxima para as três fases ou um
fusível em cada fase e uma chave tripolar.
1.29.5.2 - Os equipamentos de proteção mencionados acima, são, também, os exigidos tanto para os
quadros principais quanto para os de emergência, e constituem, tanto para os quadros principais quanto
para os de emergência, os mínimos aceitáveis.
1.29.5.3 - Os condutores mencionados abaixo não deverão ser dotados de fusíveis, nem ou chaves
independentes, que não abram os circuitos simultaneamente:
1. Condutores neutros de circuitos a três fios, corrente contínua ou alternada monofásica.
2. Condutores neutros de circuitos trifásicos, a 4 fios.
3. Condutor de retorno de sistemas unifilares.
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a) Os desarmes para sobrecargas dos disjuntores deverão ser ajustáveis. Nos casos não
especificados nessas Regras, as proteções contra correntes de curto-circuito serão feitas por
disjuntores ou fusíveis. Com autorização do BC, uma combinação de fusíveis e chaves automáticas
poderá ser usada no lugar dos disjuntores.
b) A capacidade nominal dos aparelhos de proteção contra corrente de curto-circuito não poderá ser
menor que a máxima corrente de curto-circuito que possa ocorrer na instalação no ponto
considerado, no instante da separação dos contatos.
c) Se o disjuntor fechar contatos, pondo em curto equipamentos ou circuitos, sua capacidade nominal
não poderá ser menor que a máxima corrente de curto-circuito que possa ocorrer no ponto
considerado da instalação.
e) Quando os aparelhos de proteção contra correntes de curto-circuito não forem projetados para
interromper os circuitos, deverão ser projetados para a máxima corrente de curto-circuito que
possa ocorrer, levando-se em conta o tempo necessário para a remoção do curto-circuito.
f) Quando as embarcações forem projetados para possuir auxiliares acionados por motores elétricos,
deverão ser dotados de meios eficazes para garantir um suprimento contínuo de corrente elétrica
para os motores que acionam auxiliares vitais. Se, em regime de viagem, for necessário acoplar-
se dois ou mais geradores para assegurar a alimentação dos circuitos vitais, todos os equipamentos
de proteção deverão ser adequados para, numa sobrecarga, interromper primeiramente as
alimentações dos circuitos não vitais, permanecendo alimentados os circuitos vitais. Poderá, se
necessário, ser feito um processo de desconexão de segundos, no mínimo, entre cada desconexão.
g) Deverão ser dotados de disjuntores ou fusíveis, como proteção para correntes de curto-circuito,
os primários dos transformadores de força. Se dois ou mais transformadores forem instalados de
modo a poderem operar em paralelo, deverão ser instalados meios para corte dos secundários,
tais como disjuntores ou fusíveis, ambos de capacidade nominal não menor que o máximo valor
da corrente de curto-circuito que possa ocorrer.
h) Os circuitos alimentadores das máquinas de leme deverão ser dotados de disjuntores, chaves
automáticas, fusíveis ou qualquer outro aparelho de interrupção, como proteção para sobrecarga.
Serão dotados, apenas, de um alarme da sobrecarga. Esses circuitos serão dotados, também,
de proteção contra correntes de curto-circuito.
i) Os circuitos que alimentam equipamentos com proteção para sobrecarga serão dotados, apenas,
de proteção contra correntes de curto-circuito.
j) As características dos equipamentos de proteção dos motores terão que ser compatíveis com
suas características de operação, bem como com os serviços prestados pelos motores. Quando
os motores forem de corrente alternada trifásica, deverão ser dotados de equipamentos de proteção
que impeçam seus funcionamentos como motores monofásicos. Os aparelhos de proteção dos
motores elétricos deverão ser construídos e ajustados de modo a permitir o excesso de corrente
normal ocorrido durante o período de aceleração.
k) Os motores vitais e os motores de potência nominal acima de 1/2 KW, deverão ser dotados de
dispositivos de proteção para isolá-los, sempre que ocorra uma falta de tensão. Esse dispositivo
será complemento do aparelho de proteção contra sobrecarga que, juntamente com o equipamento
de proteção contra correntes de curto-circuito, faz parte de sua individual e obrigatória dotação de
proteção. (Nota: o equipamento de proteção contra correntes de curto-circuito do motor poderá
ser o mesmo dos seus condutores de alimentação).
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q) Todos os disjuntores, chaves manuais ou automáticas, serão construídos de modo que, havendo
trepidação do navio, esbarros ou quaisquer outros acidentes, permaneçam abertos ou fechados
(conforme a posição imposta pelo condutor).
r) Os disjuntores, chaves manuais ou automáticas, deverão ser fabricados de modo que seus
mecanismos de manuseio estejam protegidos das partes energizadas e sejam de materiais de
alta resistência mecânica. Deverão ser, por outro lado, dotados de abafadores de arco, sempre
que as tensões forem de 125V ou maiores, e as correntes nominais forem de 10 amperes ou
maiores (o material constituinte desses abafadores terá de ser resistente ao arco). Se forem
envolvidos, em todo ou em parte, por capas ou carcaças metálicas, terão seus envolventes
afastados suficientemente das partes energizadas, e se esses envolventes ficarem expostos aos
arcos, terão de ser revestidos de isolamento constituído de material resistente ao arco.
s) Os relés de inversão de potência ou de inversão de corrente deverão atuar com correntes na faixa
de 5 a 15% da corrente nominal do gerador, com tensões normais nos enrolamentos de tensão,
sob quaisquer temperaturas admissíveis nas condições de trabalho.
t) Uma queda de tensão igual à metade da tensão aplicada, não deverá deixar inoperante o
mecanismo de inversão de corrente, porém poderá alterar a intensidade de corrente invertida
necessária para desarmar o disjuntor (abrir o disjuntor).
u) Deverão estar marcadas nos disjuntores as ajustagens feitas (a ajustagem – para sobrecargas
será sempre dada em amperes).
v) Os fusíveis empregados como proteção não poderão estar descobertos nas partes que se fundem;
essas partes serão embutidas, a fim de se evitar que o material fundido possa prejudicar algum
material adjacente ao fusível. Os fusíveis deverão ser instalados de modo que acidentalmente,
por contato ou vibrações, não se soltem de seus suportes. Cada fusível será dotado, na parte de
manuseio, de um isolamento não inflamável, a fim de proteger a pessoa que o instalará ou substituirá
(a mesma regra se aplica aos suportes dos fusíveis). Os fusíveis terão gravados na sua estrutura,
de modo indelével, sua capacidade e as características que o identifiquem:
1. Corrente nominal do circuito protegido; e
2. Dimensões do fusível apropriado ou do elemento substituível.
Os aparelhos de medida exigidos para os geradores são os que seguem, como indicados:
Um dos wattímetros será conectado às barras e outro conectado a qualquer dos alternadores por
meio de uma chave seletiva. As ligações dos frequencímetros serão como as dos wattímetros.
1.32 – DISTRIBUIÇAO
a) A distribuição a bordo das embarcações será feita por um dos sistemas dados no início desta
seção, excetuando-se os casos de embarcações de pequeno porte. Qualquer que seja o sistema
de distribuição adotado, terá sempre origem num quadro principal.
b) A distribuição far-se-á de modo que todos os utilizadores tenham suas alimentações garantidas
em situações normais e, se for um utilizador vital, sua alimentação estará também assegurada
através de um quadro de emergência, numa situação anormal.
c) Os utilizadores serão alimentados diretamente, por circuitos partindo dos quadros ou serão
alimentados através de painéis de distribuição, de caixas de distribuição, de caixas de derivação
ou de caixas de fusíveis. Os circuitos que alimentem os utilizadores terão suas proteções nos
quadros ou nos painéis de distribuição, caixas de derivação, caixas de seções ou de fusíveis. Os
cabos dos vários circuitos, para os efeitos desta Regra, serão designados de acordo com a Tabela
1.17.
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d) Quando se fizer distribuição de CC, a 3 fios, os utilizadores deverão ser alimentados por um
condutor de polaridade negativa ou positiva e pelo condutor neutro, de modo que a carga fique
dividida igualmente pelos condutores ativos. A divisão das cargas parciais será feita, obedecendo
sempre ao que está dito neste item, desde os circuitos alimentadores até os sub-ramais, admitindo-
se uma variação de 15%. Se nessa distribuição, a tensão nominal for maior do que 250V, deverá
ser feita conexão do neutro à terra, em um ou mais pontos. Para que, em situações anormais, a
conexão à terra possa suportar as variações não eqüitativas de carga, será sempre escolhido um
condutor de seção transversal compatível com os geradores.
f) Para que, em situações anormais, a conexão à terra possa suportar as variações não eqüitativas
de carga, será sempre escolhido, para esse fim, um condutor de seção transversal compatível
com os geradores e transformadores do sistema.
g) Quando se fizer distribuição com retorno pelo casco, os condutores que fazem a ligação ao casco
terão as mesmas seções transversais dos condutores isolados. No caso de CC, os pólos negativos
dos geradores ou dos acumuladores serão conectados ao casco (essas conexões serão feitas
em locais de fácil acesso).
h) Os circuitos a bordo serão designados de acordo com o serviço que prestam, porém serão também
classificados como principais ou de emergência. Serão chamados de circuitos principais aqueles
que fazem as alimentações normais dos vários utilizadores. Serão chamados de circuitos de
emergência aqueles que partem dos quadros de emergência para os diversos utilizadores vitais.
i) Os utilizadores vitais poderão ser alimentados por um quadro principal ou pelo quadro de
emergência. A alimentação pelo quadro de emergência poderá ser feita pelas barras deste quadro
alimentadas por gerador de emergência ou alimentadas pelo quadro principal. Para isso, do
quadro principal sairá um cabo alimentador de retorno conectado às barras do quadro de
emergência e este cabo disporá de um disjuntor, chave ou qualquer dispositivo de desconexão,
no painel de emergência do quadro principal.
j) Todas as embarcações disporão de tomadas de energia de terra, com a finalidade de permitir que,
quando necessário, a instalação de bordo possa ser alimentada por uma fonte de energia externa
(do cais, de dique ou de outra embarcação). Essas tomadas de terra permitirão também o
fornecimento de energia para outro navio. As tomadas de terra estarão ligadas permanentemente
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ao quadro principal através de um disjuntor ou de uma chave com fusíveis, para o caso de
fornecimento de energia a outro navio. Antes do disjuntor será conectada uma lâmpada piloto que
indicará, quando acessa, que o navio está fornecendo energia elétrica ou recebendo energia de
uma fonte externa.
l) Esta Regra exige que haja, nas praças de máquinas, uma distribuição de lâmpadas alimentadas
por circuitos dispostos de maneira que as praças não fiquem às escuras, por uma interrupção
qualquer (por fusíveis ou disjuntores), em ponto intermediário, permanecendo fechado o disjuntor
correspondente do quadro principal.
m) O que é exigido na alínea anterior para as praças de máquinas, será também exigido para os
corredores ou quaisquer outras vias de acesso às baleeiras de salvamento, quando se tratar de
navios de passageiros. Nos circuitos de iluminação de CA, trifásica, a iluminação em vários
pontos de um mesmo compartimento, corredor ou via de acesso, estará alimentada por fases
diferentes.
o) Nos circuitos de iluminação, cada sub-ramal, de capacidade nominal menor ou igual a 15A, não
deverá alimentar mais do que 10, 14 e 18 pontos de iluminação, nos sistemas de 24 a 55v, 110 a
127V e 220 a 250V, respectivamente. Nos casos em que se tratar de cornijas ou quaisquer outros
grupos muito próximos de lâmpadas, e a máxima corrente de regime não ultrapasse 10A, não se
aplica a exigência acima.
p) Os sub-ramais dos circuitos de iluminação não deverão alimentar também circuitos de força ou de
sistemas de aquecimento. Todos os compartimentos de carga deverão ter iluminação controlada
por chaves localizadas em compartimento, passagem ou corredor a eles adjacentes. Essas chaves
deverão possuir dispositivos para tratamento quando desligadas.
r) Nos passadiços, ou em outro local, bem próximo e de fácil acesso, deverá existir um painel de
distribuição para as luzes de navegação, de onde partirão os circuitos de alimentação das diversas
luzes, protegidos no painel por chaves e fusíveis ou disjuntores. No painel ou em local ao alcance
do pessoal de quarto, deverão existir alarmes, visuais ou audíveis (ou combinação de ambos),
automáticos, para cada lâmpada, a fim de avisar uma falha ocorrida na lâmpada.
s) Os painéis de distribuição poderão ter alimentação direta dos quadros principais ou através de
transformadores, e a alimentação do painel deverá ser feita por dois circuitos alternados, de
transferência fácil.
t) As máquinas de leme deverão ser alimentadas por 2 grupos de cabos diferentes, ambos partindo
do quadro principal ou um partindo do quadro de emergência que tenha alimentação de retorno.
Esses grupos de cabos deverão correr o mais afastado possível um do outro (sempre que possível
um por BE e outro por BB). Os motores elétricos da máquina do leme deverão ter alimentação
pelo quadro de emergência. Todos os cabos deverão ser do tipo adequado para serviço permanente
de imersão, capazes de, juntamente com suas ligações ou conexões, suportar alturas de carga
iguais às quotas negativas dos motores, tendo como plano de referência o convés principal,
(requisito necessário para o caso de alagamento). Os cabos de alimentação deverão ser contínuos,
do convés principal aos terminais do motor. Os motores acionadores deverão possuir meios para,
sob quaisquer condições, serem controlados de locais acima do convés principal.
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u) Os motores acionadores de bomba de incêndio deverão ter alimentação direta dos quadros, com
interrupção somente pelos quadros (ou seja, não poderá haver qualquer caixa de conexão entre
o quadro e o motor); a alimentação deverá ser por dois circuitos alternados, de fácil transferência.
1.33 – TRANSFORMADORES
d) Sempre que utilizadores vitais tiverem alimentação através de transformadores, estes deverão
ser instalados com capacidade e em número suficiente para garantir a alimentação desses
utilizadores, mesmo com um dos transformadores retirado por qualquer motivo. Se forem usados
transformadores monofásicos, tanto para iluminação como para suprimento de utilizadores vitais,
a instalação deverá possuir, pelo menos, um transformador de reserva. A transferência de
alimentação para o transformador de reserva deverá ser fácil e de rápida manobra.
e) Todos os transformadores deverão ser construídos com seus enrolamentos concêntricos, e com
os núcleos ligados à terra, exceto os transformadores que se destinam à partida de motores.
f) Os transformadores resfriados a líquidos deverão ter suas carcaças com juntas de expansão, ou
com outros meios quaisquer para acomodar a dilatação do líquido resfriador e dela própria. Além
disso, deverão existir respiradores nas carcaças. Esses transformadores deverão, sob quaisquer
condições de tempo e de navegabilidade do navio, operar sem derramar o líquido resfriador,
mesmo quando houver uma banda permanente de 15o ou um trim de 5o. Deverão operar, igualmente,
com balanços de 22o 30'. Se o transformador estiver num circuito de emergência, deverá obedecer
às regras acima para uma banda permanente de 22o 30'.
g) As placas identificadoras dos transformadores deverão ser colocadas em locais bem visíveis e
conter, escrito de modo indelével, suas características nominais.
1.34 – BATERIAS
a) As prescrições destas Regras, no que se refere a baterias, aplicam-se às baterias fixas das
instalações elétricas, e não às baterias portáteis ou pilhas secas.
b) Todas as baterias de um navio deverão ser localizadas num compartimento próprio, destinado
unicamente para isso e para a guarda de baterias de reserva e, desde que observadas certas
medidas de segurança, e quando autorizado pelo BC, para a carga de baterias. Contudo, se o
navio possuir, na instalação, baterias alcalinas e ácidas, deverá dispor de dois compartimentos,
um para cada tipo de bateria.
c) O compartimento de baterias deverá ser localizado na embarcação de modo que não fique exposto
ao calor irradiado ou transmitido por condução através de anteparas, pisos e conveses de praças
de máquinas, de praça de caldeiras, de cozinhas ou de lavanderias etc. Não deverão, por outro
lado, ser localizadas de modo a ficarem expostas a frios intensos, nem a condensações. Se, pelo
projeto de um navio, o compartimento de baterias for obrigado a localizar-se de maneira que fique
exposto a colisões, a incêndio ou a outro qualquer acidente, ou a seus efeitos, não deverão ser
instaladas nesse compartimento as baterias que alimentem motores de arranque de motores
diesel de emergência. Nesse caso, tais baterias deverão ser localizadas em locais adequados e,
se no convés ou outro lugar exposto ao tempo, deverão ser instaladas de modo a ficarem protegidas
por uma ou mais caixas especialmente fabricadas para esse fim.
d) Um compartimento de baterias deverá, além do que foi dito acima, satisfazer aos requisitos
enumerados abaixo:
1 - Todo o interior do compartimento deverá ser pintado com tinta resistente à corrosão; o
compartimento deverá ter dimensões tais que permitam o acesso a pessoas habilitadas, para
conservação das baterias.
2 - O sistema de ventilação do compartimento deverá ser exclusivo para a sua ventilação, com
capacidade para renovação constante de ar ambiente, numa média de 40 vezes em cada hora.
3 - Se o teto do compartimento puder ficar em franca comunicação com o ar livre de atmosfera,
através de dutos diretos e exclusivos, poderá ser usada ventilação natural. Nesse caso, os dutos
não poderão ter inclinação maior ou igual 45o da vertical, e seus interiores deverão ser pintados
com a mesma tinta resistente à corrosão empregada no interior do compartimento.
4 - Não deverão ser localizados num compartimento de baterias equipamentos capazes de provocar
arco ou centelhamento.
5 - Se for necessário fazer qualquer abertura em convés ou antepara de um compartimento de baterias
para um fim qualquer diferente de ventilação, deverá ser feita uma selagem com o fim de evitar a
fuga de gases emanados das baterias, para compartimentos adjacentes ou conveses.
6 - As baterias deverão ser instaladas em prateleiras gradeadas, devendo essas grades ser forradas
com chumbo, se suportarem baterias ácidas. Por baixo dessas grades, sob as baterias, deverão
ser colocadas bandejas de chumbo ou de madeira forrada com chumbo, a fim de aparar qualquer
gota ou derramamento de ácido. Se as prateleiras gradeadas suportarem baterias alcalinas, as
proteções ditas acima deverão ser feitas com chapas de aço, em vez de chumbo.
7 - Se for realizável, as proteções mencionadas no sub-item 6 poderão ser substituídas (com exceção
do que foi dito para as prateleiras) por uma forração de chumbo ou aço, sobre todo o piso do
compartimento, fazendo-se também um rodapé de 20cm de altura em todas as anteparas. O
forro deverá ser estanque, bem como sua junção com o rodapé.
8 - A iluminação dos compartimentos não poderá ser feita por meio de lâmpadas descobertas e o
controle da iluminação deverá ser feito de compartimento adjacente.
9 - Em local bem visível, deverá existir, com dizeres gravados ou escritos com tinta indelével, uma
placa de aviso, proibindo o fumo no interior do compartimento. Nesse aviso poderá constar,
também, proibição para uso de lâmpadas descobertas.
e) Todas as vezes que baterias tiverem de ser localizadas, por não haver outra solução, em caixas
no convés ou em compartimentos, tais caixas deverão satisfazer aos requisitos para os
compartimentos, devendo ser, tal como os compartimentos, estanques à água.
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f) As baterias empregadas a bordo deverão ser de fabricação segura, com suas placas bem
resistentes, prevendo-se um desprendimento mínimo de materiais ativos. Os elementos das baterias
deverão ser fabricados de modo a não haver possibilidade de transbordo de eletrólito sob quaisquer
condições de navegabilidade do navio. Esses elementos, ou suas cubas, deverão ser dispostos
de modo a garantir-se acessibilidade a eles, pelos topos e por um dos lados, no mínimo.
g) Todas as baterias e elementos serão fixados nas suas prateleiras de modo a não poderem sofrer
deslocamentos com o jogo do navio. Se preciso for, deverão ser usados calços, isolados
adequadamente, para garantir a imobilidade das baterias. Sempre que forem empregadas baterias
para partidas de motores diesel principais, deverão ser empregados grupos de 2 baterias com
suficiente capacidade combinada para satisfazer ao número de partidas exigidas pelo BC. Para
esse caso, a instalação deve dispor de meios para recarregamento das baterias.
h) Todas as baterias deverão ser protegidas contra correntes de curto-circuito, por meio de disjuntores
ou fusíveis em cada condutor isolado, e essas proteções deverão se localizadas em compartimento
adjacente ao de baterias. Excetuam-se do que foi aqui prescrito, as baterias dos grupos de
partida de motores diesel.
a) Os fogões elétricos e outros aparelhos de cozinha instalados nos navios deverão satisfazer, além
das exigências do serviço a que são destinados, às exigências que se seguem:
1 - Deverão ser localizados longe de materiais inflamáveis de qualquer espécie.
2 - Deverão ser instalados de modo que, quando operando em suas mais altas
3 - temperaturas admissíveis, não causem aquecimento demasiado ao convés onde estão apoiados,
ou que lhes cobrem, nem de antepara a eles próxima.
4 - Todas as partes destinadas ao manuseio dos cozinheiros e ajudantes deverão ser de material
não condutor de eletricidade e de calor, não inflamável e não higroscópico.
5 - Deverão ser construídos de modo que os pontos a serem manipulados pelos cozinheiros e
ajudantes não ultrapassem a 5OoC, em operação sob qualquer regime de trabalho.
6 - As partes metálicas que não fiquem energizadas deverão ser ligadas à terra.
a) Os circuitos de comunicações interiores poderão ser alimentados pelo sistema de força e luz do
navio, por conversares rotativos ou estáticos, por baterias ou por pilhas, usando tensões até 220V
de corrente contínua e 250V de corrente alternada.
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b) Quando o circuito de comunicações interiores possuir alimentação com tensões superiores a 50V
de corrente alternada ou 60V de corrente contínua, ou tenha alimentação de sistemas de força e
luz, deverá ter seus acessórios e proteções (desde o quadro de distribuição) de acordo com o que
prescreve esta seção para os circuitos de força e luz.
c) Da mesma maneira que para os circuitos de força e luz, os cabos dos circuitos de comunicações
interiores deverão ser selecionados atendendo-se à tensão nominal, à intensidade nominal e à
queda de tensão. Por outro lado, deverão ser instalados da mesma maneira que os cabos de
força e luz, mas deverão ser independentes destes, a não ser que tanto uns como outros tenham
forros metálicos.
d) Desde que os circuitos de comunicações interiores não tenham alimentação por pilhas, deverão
ter proteção contra sobrecarga e correntes de curto-circuito, em cada pólo isolado.
f) Os navios de passageiros deverão ser dotados de alarmes gerais para chamada dos acieiros
para atendimento dos postos de salvamento. Deverão ser instalados avisos nos camarotes e em
passagens, e modo que cada passageiro tenha pleno conhecimento das características desses
alarmes. Os controles de tais alarmes deverão ser localizados no passadiço.
h) As proteções que devem possuir, tanto os aparelhos como os circuitos, contra choques mecânicos,
umidade, etc.... deverão ser selecionadas de acordo com a localização.
1.37 – RETIFICADORES
c) As características dos retificadores deverão ser tais, que, normalmente, estejam submetidos às
temperaturas máximas de 45,C, 65,C e 70,C para as células retificadores de cobre, germânio e
selênio, respectivamente, sob a temperatura ambiente de 45,C. Além disso, conforme o caso, os
retificadores deverão possuir meios para proteção contra uma elevação de tensão de corrente
contínua devida a uma alimentação restabelecida. Se os retificadores forem de germânio ou de
selênio, ainda se exigirá que eles sejam capazes de suportar elevações de tensão muito altas,
esporádicas e transitórias, com origem no sistema do navio.
d) Todas as células retificadores deverão ter resfriamento, tanto por circulação natural de ar como
forçada. Contudo, no caso de resfriamento por circulação forçada, a bancada deverá ser construída
de tal modo que o retificador não permaneça alimentado, se cessar o resfriamento efetivo. O
resfriamento também poderá ser por imersão em óleo, sendo este resfriado, por sua vez, por meio
de circulação de água ou ar.
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e) Os retificadores não deverão ser instalados perto de aquecedores, tubulações de vapor, ou qualquer
fonte de calor irradiante. Todavia, se for necessário fazer uma instalação nessas condições, deverão
ser isolados suficientemente, para que sejam respeitados os limites de elevação de temperatura.
Não se deve usar produtos básicos de mercúrio nas proximidades de retificadores de selênio.
a) Todos os motores elétricos deverão ser dotados de controladores, que lhes dêem meios eficazes
de partida e parada, bem como de aceleração, quando for o caso. Os controladores deverão
estar instalados em lugar acessível e de fácil manuseio pelo condutor.
b) Os controladores dos motores deverão ser construídos de modo que atendam aos seguintes
requisitos de elevação máxima de temperatura.
c) Os controladores deverão ser construídos de modo que os motores de que são acessórios não
partam indevidamente, se tiverem sido parados por queda de tensão.
e) Os fusíveis existentes deverão estar instalados de modo que possam ser substituídos, fácil e
seguramente;
f) Com exceção dos motores de máquinas de leme, os motores deverão ter meios para ficarem
desalimentados quando ocorrerem correntes excessivas devido a sobrecargas mecânicas;
h) Os controladores deverão ser construídos de modo que os circuitos de campo shunt não sejam
desconectados sem uma descarga adequada.
i) Os controladores fabricados com “starters” para mais de um motor, deverão possuir proteções
para baixas tensões e correntes excessivas, de tal modo que não sejam deficientes em relação
aos controladores individuais.
1.39 – ACESSÓRIOS
a) Todos os acessórios das instalações elétricas das embarcações serão fabricados obedecendo ao
que prescreve esta Regra, para os equipamentos, de uma maneira geral.
b) Todos os envoltórios dos aparelhos e acessórios serão de metal (latão, ferro fundido, aço) ou de
material não propagador de chama e isolante. Se forem de metal, terão que possuir um revestimento
de material isolante, não propagador de chama e que os proteja da corrosão.
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c) Os envoltórios, caixas ou carcaças deverão ser fabricados de modo que dêem aos equipamentos
a proteção no grau exigido. se nenhuma proteção for exigida, os envoltórios deverão dar uma
proteção mínima contra a umidade. Por outro lado, permitirão, de maneira fácil e rápida, meios
para inspeção e limpeza, e serão fabricados de modo que não permitam acúmulo de poeira.
d) A fabricação dos acessórios deverá prever uma montagem e instalação no sistema, de tal modo
que não possa haver esforço mecânico nos terminais, desde que não sejam os previstos e
considerados como normais.
e) Nos conveses expostos ao tempo ou em compartimentos onde a umidade seja de valor absoluto
muito grande, tais como praças de máquinas, cozinhas e lavanderias, os punhos e tomadas deverão
ser instalados, de tal modo que não permitam a penetração de água, isto é, devem possuir proteção
contra respingos, borrifamentos e jatos d’água. Essa proteção deverá persistir sempre que, por
qualquer motivo, um punho for retirado de uma tomada.
f) As tomadas de corrente nominal de 15A e acima deverão ser dotadas de uma chave interruptora
com travamento, isto é, com um dispositivo que impeça a retirada do punho, quando a chave
estiver na posição de ligada.
g) Os punhos e tomadas terão, como limites máximo de temperatura, 300C acima da temperatura
ambiente.
d) Para as embarcações-tanque mencionadas na alínea a), não poderão ser instalados geradores
de corrente contínua, alternadores e quadros principais, fora das praças de máquinas, a não ser
em compartimentos separados dos tanques por espaços vazios ou coferdames. Nesse caso, os
compartimentos deverão ter ventilação eficaz.
e) Para as embarcações-tanque mencionadas na alínea a), não poderão ser instalados equipamentos
elétricos de qualquer natureza nos tanques e nos compartimentos vazios ou coferdames que
separem tanques de carga, ou separem tanques de carga de outros compartimentos nas praças
de bombas de carga, ou quaisquer outros compartimentos fechados, adjacentes ao tanques de
carga ou nos compartimentos onde possa haver acumulo de gases.
f) Para as embarcações-tanque mencionadas na alínea a), só poderão ser instalados, nos conveses
ou cobertas, equipamentos elétricos de qualquer natureza, a 3 metros ou mais, de respingos ou
de portas de visita ou de inspeção, ou de qualquer outra abertura de um tanque de carga. O BC
poderá autorizar instalações de equipamentos elétricos a menos de 3 metros, no entanto, se
forem satisfeitas as condições abaixo:
1- For imprescindível, tecnicamente;
2- O equipamento for construído de material anti-detonante (antideflagrante); e
3- O equipamento for à prova de chama ou de explosão.
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l) Para as embarcações-tanque mencionadas na alínea a), todos os casos não previstos nesta
Regra deverão ter aprovação do BC, para o que deverão ser remetidos planos com detalhes,
incluindo especificações de segurança.
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a) As embarcações de passageiros deverão ter suas instalações elétricas projetadas de modo que
fique garantida a segurança, o funcionamento e o rendimento da instalação. A instalação elétrica
de uma embarcação de passageiros será feita com distribuição por dois quadros principais, de
modo que a embarcação mantenha sua operação eficaz, com todas as manobras possíveis com
alimentação por um dos quadros, independentemente do outro. Se, todavia, o tipo de embarcação
considerando-se suas dimensões, não suportar a instalação de dois quadros, a distribuição poderá
ser feita apenas por um, devendo esse único quadro ser dividido em duas partes, de modo que os
equipamentos sejam alimentados alternadamente por uma ou por outra parte, mantendo a manobra
completa e eficaz da embarcação.
b) Os geradores de emergência deverão ter partida automática. Para isso, suas máquinas motrizes
terão motores de arranque de partida automática, com queda ou falha de tensão no sistema
principal, dispondo, também, de partida manual. As máquinas motrizes serão constituídas de
motores diesel que disporão de baterias próprias para partida de seus motores de arranque.
c) Se forem usados grupos de baterias de socorro, serão instalados dispositivos automáticos que
permitirão às baterias alimentarem os circuitos de socorro no caso de falta de alimentação principal.
d) Os motores diesel dos geradores de emergência e dos geradores de socorro terão um tanque
próprio de combustível.
Os motores e geradores elétricos deverão ser submetidos aos testes abaixo mencionados, de
preferência ainda nos respectivos fabricantes.
Nesta prova, as máquinas elétricas deverão funcionar com suas respectivas cargas nominais,
durante um período de tempo suficientemente longo para que seja alcançado o equilíbrio térmico da
máquina, -no qual a temperatura da máquina se estabilizará ou subirá no máximo de 1 grau por hora.
Esta temperatura de equilíbrio deverá ser menor que a temperatura máxima permissível para funcionamento
do equipamento em causa.
Nesta prova se aplicará às máquinas elétricas rotativas novas, depois da prova de aquecimento,
uma alta tensão alternada de freqüência compreendida entre 25 e 100 cicios; esta tensão será aplicada
de forma progressiva até atingir o valor indicado a seguir, o qual deverá ser aplicados, durante um minuto,
entre cada enrolamento e a massa a que estão ligados os demais enrolamentos que não estão em prova.
1 - Máquina de potência menor que 3HP, KW ou KVA: se aplicará uma tensão nominal, num mínimo
de 2000V.
2 - Máquina de potência superior a 3HP, KW ou KVA: se aplicará uma tensão de 1000V + o dobro da
tensão nominal, num mínimo de 2000V (dois mil volts).
3 - Enrolamentos de excitação e enrolamentos de excitatrizes dos geradores síncronos: se aplicará
uma tensão nominal, num mínimo de 1500V e num máximo de 3500V.
4 - Enrolamentos de excitação dos motores síncronos e comutatrizes que arrancam como motores
assíncronos: se aplicará uma tensão de 10 vezes a tensão de excitação, num mínimo de 1500V e
num máximo de 3500V, quando o circuito indutor for aberto, com Y dividido; no caso do Y não ser
dividido, se aplicará uma tensão de 500 volts, quando a voltagem de excitação for de até 275
volts, e uma tensão 8000 volts, quando a voltagem de excitação for maior que 275V.
Será feita com a máquina em sua temperatura normal de funcionamento, de preferência depois
da prova dielétrica. Durante a prova, se aplicará à máquina uma corrente contínua de 500 volts (cinco mil
volts). A resistência do isolamento não será menor que a tensão nominal dividida por 1000 megohms
Quando houver máquinas em duplicata, se estas forem de menos de 50KW ou HP poderão ser
feitas provas abreviadas, fazendo-se apenas uma prova de funcionamento sem carga, para observar-se
o comportamento, tanto mecânico como elétrico, da máquina, e, em seguida, será feita a prova de dielétrico
e a de resistência de isolamento.
As máquinas elétricas estáticas, tais como as máquinas elétricas rotativas, serão submetidas,
ainda no fabricante, na presença de um inspetor do BC, aos seguintes testes:
a) Nesta prova, as máquinas elétricas estáticas deverão funcionar com as suas respectivas cargas
nominais, durante um período de tempo suficientemente longo para que seja atingido o equilíbrio
térmico, no qual a temperatura da máquina se estabilizará ou não variará mais de 10oC, em um
intervalo de tempo de 1 (uma) hora. Esta temperatura de equilíbrio não deverá ser superior aos
valores limites na Tabela 1.18. O aquecimento medido com termômetro, na superfície externa não
deverá ser maior que o aquecimento permitido para os adjacentes.
Tabela 1.18 - Aumento médio de temperatura em oC, medido pela variação de resistência dos
enrolamentos, conectados entre os bornes
Nesta prova se aplicarão às maquinas elétricas estáticas, de preferência logo depois da prova de
aquecimento, uma alta tensão alternada, de freqüência compreendida entre 25 e 100 cicios. Dever-se-
á, porém, quando possível tomar a freqüência de serviço do transformador. O valor da tensão de prova
será de 1 000 volts + 2 x tensão de regime, entre condutores. A tensão de prova será aplicada, durante
um minuto, entre o enrolamento em prova e os outros enrolamentos ligados entre si e à cuba ou
enrolamento do transportador que será ligado à terra.
Nesta prova, será utilizada uma fonte exterior de tensão, com um valor igual ao dobro da tensão
nominal com o mesmo número de fases que o transformador em prova e com uma freqüência, também
o dobro da freqüência nominal, a fim de não sobrepassar a indução usual. Esta prova proporciona
testar o isolamento entre um enrolamento separado e os pares adjacentes, bem como o isolamento
entre espirais e bobinas. Aplicar-se-á alta tensão, durante um minuto. Se, porém, o valor da freqüência
da fonte exterior for maior que o dobro da freqüência nominal, a duração da prova, em segundos, será
de 60 x 2 x freqüência nominal freqüência de prova com uma duração mínima de 15 segundos.
Todos os circuitos de um quadro elétrico deverão ser submetidos, nesta prova, a uma alta tensão
de freqüência compreendida entre 25 a 100 ciclos, cujo valor é de 100 volts + 2 x voltagem nominal. A
alta tensão, com o valor acima especificado, será aplicada, durante um intervalo de tempo de 1 minuto,
entre cada um dos pólos de um circuito e o conjunto dos demais pólos deste circuito; entre todos os
outros pólos dos demais pólos deste circuito, e entre todos os outros pólos dos demais circuitos, unidos
entre si e a massa. Durante a prova, estarão ligados todos os aparelhos de corte e proteção e desligados
os aparelhos de medida. Quando a tensão nominal for de 50 volts ou menos, se aplicará uma alta
tensão de 450 volts.
Esta prova será feita logo em seguida à prova dielétrica. Ela será feita com as proteções automáticas
e interruptores abertos; aparelhos de medida e lâmpadas-piloto, desmontados. Nessa prova, será aplicada
uma corrente contínua de 500 volts e se medirá a resistência de isolamento entre cada barra isolada e
a terra, bem como entre cada barra isolada e a barra conectada ao outro pólo ou pólos. As resistências
de isolamento encontradas não devem ser inferiores a um megohm.
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Os cabos elétricos deverão ser submetidos, ainda nas oficinas do fabricante, às provas que se
seguem na presença de um inspetor do BC, toda vez que for julgado conveniente.
Nesta prova, que será feita em todo o comprimento do cabo, será aplicada, na temperatura
ambiente, uma tensão alternada de freqüência compreendida entre 25 e 100 cicios, durante quinze minutos,
entre o fio e a água na qual o condutor deve estar mergulhado, pelo menos, uma hora antes da prova.
Uma exceção será feita aos cabos com forro metálico, que necessitam ser submersos. Neste caso a
tensão é aplicada entre os condutores. O valor da tensão de prova tira-se da Tabela 1.1 9. Se for necessário
usar na prova uma tensão contínua, em vez de alternada, os valores de tensão de prova dados na Tabela
1. 1 9 deverão ser duplicados.
a) Em seguida à prova de rigidez elétrica, deverá ser feita em todos os cabos elétricos uma prova de
medida de resistência de isolamento. Nesta prova, será aplicada ao cabo uma tensão contínua
de 500 volts, da mesma forma como foi aplicada na prova anterior, durante um intervalo de tempo
não menor que um minuto e, em seguida, será feita a medida de resistência de isolamento entre
os fios dos vários condutores e a água na qual estão submersos ou a armação metálica, no caso
de cabos com forro metálico. No caso de cabos com isolamento termoplástico, a tensão deverá
ser aplicada, no mínimo, durante 5 minutos para obter-se melhores resultados. Os valores da
resistência de isolamento encontrados deverão estar de acordo com a Tabela 1.20.
b) De acordo com a temperatura da água em que foi submerso o cabo durante a prova, a qual deve
estar compreendida entre 10 e 200C, aplica-se à resistência de isolamento encontrada uma correção
para corrigi-la para a temperatura padrão de 15,60C. As provas dos elementos constituintes dos
cabos elétricos obedecerão às normas da ABNT.
Independentemente dos testes já citados, e que deverão ser realizados nas oficinas dos fabricantes,
toda instalação elétrica nova ou reformada deverá ser testada, cuidadosamente, pelo Vistoriador do BC,
antes de ser posta em operação. O Vistoriador medirá a resistência de isolamento dos diferentes circuitos
e equipamentos, aplicando uma tensão de corrente contínua de 500 volts, e deverão ser encontrados
valores compatíveis com os dados que se seguem.
Cada circuito deverá possuir uma resistência de isolamento entre cada condutor e a terra de, não
menos que os valores mostrados na Tabela 1.21. Se necessário para obter resistência desejada, cada um
dos dispositivos ligados poderá ser desligado, subdividindo-se a instalação para a prova.
a) Resistência de Isolamento
1. Nos circuitos com 115 volts ou mais, a resistência de isolamento encontrada entre condutores ou
entre cada condutor e a terra, não deverá ser menor que 1 (um) megohm. Nos circuitos com
menos de 115 volts, a resistência de isolamento encontrada entre condutores ou entre cada condutor
e a terra, deverá ser, no mínimo, de 1/3 (um terço) de megohm.
b) Grupos geradores
1 - Deverá ser testada a operação do dispositivo para evitar velocidade excessiva, do regulador de
velocidade do motor, dos dispositivos sincronizadores, desconectador de inversão de corrente ou
de inversão de potência e de sobrecarga e todos os outros dispositivos de segurança.
c) Motores
1 -Todos os motores, com seus equipamentos de controle associados, deverão ser postos em
funcionamento em condições normais de operação, durante um espaço de tempo suficiente que
permita que se verifique o alinhamento correto, a instalação, a capacidade, a velocidade, o
sentido de rotação e a temperatura de funcionamento, a qual não deve ser maior que a máxima
permissível para o motor em causa.
2 -Em seguida, será medida a resistência de isolamento do motor, a qual não deve ser menor que a
tensão nominal dividida por 1000 megohms.
3 -Motores que acionam bombas, ventiladores e cargas semelhantes deverão ser postos em
funcionamento em condições as mais próximas possíveis das condições de funcionamento
individuais.
4 -Motores para guinchos de carga deverão ser testados levantando e abaixando suas cargas
especificadas.
d) Circuito de iluminação
1 -Deverão ser testados todos os circuitos de iluminação, para que se verifique que todas as tomadas
e outros dispositivos para a iluminação estão em perfeitas condições. Deverá, igualmente, ser
testado o sistema de iluminação de emergência.
e) Sistema de comunicações
Todos os sistemas de comunicações deverão ser testados cuidadosamente para que sejam verificadas
suas perfeitas condições de funcionamento. Especial cuidado deverá ser dado aos sistemas vitais, elétricos
ou mecânicos.
Quando forem usados cabos armados ou forrados de chumbo, o forro metálico deverá estar
convenientemente ligado à terra, devendo esta ligação ser verificada pelo Vistoriador do BC.
g) Utilizadores essenciais
Deverão ser testados, durante um tempo suficiente para a comprovação de suas características, sob
todas as condições de serviço, incluindo seus acessórios de controle e segurança.
h) Acessórios
Deverão ser verificadas as temperaturas, sob os diversos regimes de carga ou de serviço, das junções,
conexões, disjuntores fusíveis, bem como a continuidade dos condutores de ligação com a terra, quando
for o caso.
i) Queda da tensão
A fim de comprovar as quedas de tensão exigidas por estas Regras, deverão ser medidas as quedas
de tensões impostas pelos cabos, resistores, aparelhos etc.
1.47 – SOBRESSALENTES
SEÇÃO 1
REQUISITOS GERAIS
As embarcações que transportam cargas perigosas deverão obedecer aos critérios definidos
na NORMAM 02, Capítulo 5, Seção 1.
a) As embarcações de arqueação bruta (AB) maior que 50 e que transportem carga em conveses
expostos, ou que , mesmo sem transportar carga no convés, façam parte de um comboio onde
alguma outra embarcação transporte carga em conveses expostos, deverão obedecer aos critérios
definidos na NORMAM 02, Capítulo 5, Seção li. Estes artigos definem requisitos para a visibilidade
no passadiço (envolvendo a altura das janelas do passadiço), para o dimensionamento da estrutura,
para os acessos, para a marcação da área de carga no convés, para a amarração da carga, para
informações adicionais sobre o projeto e para a responsabilidade do Comandante.
a) As embarcações de arqueação bruta (AB) menor ou igual a 20 deverão obedecer aos requisitos
da NORMAM 02, Capítulo 6, Seção lII, para a definição da lotação de passageiros e de peso
máximo de carga.
b) Para as demais embarcações, a lotação de passageiros e o peso máximo de carga deverá ser
obtido dos estudos de estabilidade definidos na NORMAM 02.
a) As embarcações deverão cumprir o estabelecido pela NORMAM 02, Capítulo 4, Seção I e Anexo
4-A, em relação aos equipamentos de navegação e à documentação de segurança da navegação
que deverão possuir.
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REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
DE EMBARCAÇÕES DE AÇO QUE OPERA TOMO VII – SEGURANÇA NA NAVEGAÇÃO ............... SEÇÃO 1
NA NAVEGAÇÃO INTERIOR PÁGINA .................................................................................. 224
a) As embarcações deverão cumprir o estabelecido pela NORMAM 02, Capítulo 4, Seção II Anexo
4-A, em relação aos equipamentos de comunicação que deverão possuir.
a) As embarcações deverão cumprir o estabelecido pela NORMAM 02, Capítulo 4, Seção IV, em
relação aos requisitos para proteção contra incêndio e combate a incêndio.
a) As embarcações deverão cumprir o estabelecido pela NORMAM 02, Capítulo 4, Seção lII, em
relação aos equipamentos de salvatagem que deverão possuir.