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Raimundo Almeida
Fundamentos
UNIFACS – Universidade Salvador
DE CIÊNCIAS EXATAS
2018.1
Material referencial para uso na disciplina Fundamentos de Ciências Exatas.
Contribuições:
Danilo Sande
Hugo Vasconcelos
1
SUMÁRIO
Fundamentos ..................................................................................................... 0
1 ARITMÉTICA .............................................................................................. 6
Números Fracionários ........................................................................... 6
1.1.1 Operações com Frações ................................................................ 7
Potenciação em Z ............................................................................... 11
1.2.1 Propriedades da Potenciação em Z.............................................. 12
Radiciação em Z ................................................................................. 13
1.3.1 Propriedades da Radiciação em Z................................................ 14
1.3.2 Simplificação de Radicais ............................................................. 15
1.3.3 Operações com Radicais .............................................................. 16
2 EXPRESSÕES ALGÉBRICAS E POLINÔMIOS ....................................... 24
Definição: Expressões Algébricas e Polinômios ................................. 24
2.1.1 Divisão de Polinômios .................................................................. 24
3 GRANDEZAS, PADRÕES E UNIDADES.................................................. 31
Introdução ........................................................................................... 31
O Sistema Internacional de Unidades (SI) .......................................... 31
Algarismos Significativos..................................................................... 34
3.3.1 Determinando os algarismos significativos de um número ........... 36
Arredondamento de Números ............................................................. 37
Potências de Base 10 ......................................................................... 38
3.5.1 Prefixos das Potências de Base 10 .............................................. 39
Notação Científica ............................................................................... 40
Ordem de Grandeza............................................................................ 41
D07. Cálculo da quantidade de soja exportada pelo Brasil. ...................... 52
D08. Cálculo do volume do reservatório que atenderá às necessidades de
uma família................................................................................................ 53
4 FUNÇÕES: NOÇÕES GERAIS................................................................. 55
Conceito .............................................................................................. 55
4.1.1 Intervalos numéricos..................................................................... 55
Noção intuitiva de função .................................................................... 56
Definição de função............................................................................. 56
4.3.1 Definição .......................................................................................... 57
4.3.2 Domínio, Contradomínio e Imagem.................................................. 58
2
A aplicação apresentada pode ser classificada como uma função? Nesse
caso, através do diagrama de Venn (figura 3) é possível determinar o seu
domínio, contradomínio e imagem? .............................................................. 58
Plano Cartesiano e esboço de gráfico de funções .............................. 59
Construção Gráfica ............................................................................. 60
Toda curva esboçada num plano representa o gráfico de uma função? ...... 61
Análise do gráfico de uma função ....................................................... 62
Movimentação gráfica ......................................................................... 64
4.7.1 Movimentos de Translações: ........................................................... 64
4.7.2 Movimentos de Reflexões: ............................................................... 64
Gráficos de funções elementares ........................................................ 66
5 FUNÇÕES AFINS E QUADRÁTICAS ....................................................... 81
Função Afim ........................................................................................ 81
5.1.1 Raiz de uma função afim .............................................................. 81
5.1.2 Gráfico de uma função afim .......................................................... 82
5.1.3 Crescimento e Decrescimento de uma função afim ..................... 83
Função Quadrática .............................................................................. 84
5.2.1 Raízes de uma Função Quadrática .............................................. 84
5.2.2 Gráfico de uma função quadrática ................................................ 85
6 CINEMÁTICA: NOÇÕES GERAIS ............................................................ 93
Introdução ........................................................................................... 93
Conceitos Fundamentais..................................................................... 93
7 MOVIMENTOS RETILÍNEOS ................................................................. 106
Movimento Uniforme ......................................................................... 106
7.1.1 Funções Horárias ....................................................................... 106
Movimento Uniformemente Variado .................................................. 114
7.2.1 Funções Horárias ....................................................................... 114
8 EXPONENCIAIS E LOGARITMOS ......................................................... 121
Funções Exponenciais ...................................................................... 121
Gráfico de uma função exponencial .................................................. 121
Logaritmos ........................................................................................ 123
Propriedades dos Logaritmos ........................................................... 125
Funções Logarítmicas ....................................................................... 126
O Número de Nepper ........................................................................ 128
9 TRIGONOMETRIA .................................................................................. 134
Relações Trigonométricas no Triângulo Retângulo .......................... 134
Relações entre Seno, Cosseno e Tangente (propriedades) ............. 135
Seno, Cosseno e Tangente dos Ângulos Notáveis ........................... 135
3
Estudo da Circunferência Trigonométrica ......................................... 144
9.4.1 Introdução ................................................................................... 144
9.4.2 Conceitos Trigonométricos Básicos............................................ 144
9.4.3 Circunferência Trigonométrica .................................................... 150
9.4.4 Arcos Côngruos ou Congruentes................................................ 151
Funções Trigonométricas .................................................................. 155
9.5.1 Função seno ............................................................................... 155
9.5.2 Função cosseno ......................................................................... 156
9.5.3 Função tangente ......................................................................... 157
9.5.4 Outras funções Trigonométricas ................................................. 158
10 GEOMETRIA ....................................................................................... 163
Formas Geométricas Bidimensionais ............................................ 163
10.1.1 Triângulo ................................................................................. 163
10.1.2 Paralelogramo ......................................................................... 164
10.1.3 Trapézio .................................................................................. 165
10.1.4 Polígonos ................................................................................ 165
10.1.5 Círculo ..................................................................................... 167
Formas Geométricas Tridimensionais............................................ 170
10.2.1 Prisma ..................................................................................... 170
10.2.2 Pirâmide .................................................................................. 172
10.2.3 Cilindro .................................................................................... 174
10.2.4 Cone ........................................................................................ 174
10.2.5 Esfera ...................................................................................... 175
Resumo.......................................................................................... 179
11 VETORES ........................................................................................... 180
Noção Intuitiva ............................................................................... 180
12 LEIS DE NEWTON .............................................................................. 187
Introdução ...................................................................................... 187
Força .............................................................................................. 187
12.2.1 Força Resultante ..................................................................... 188
Equilíbrio ........................................................................................ 188
Princípio da Inércia ou 1ª Lei de Newton ....................................... 189
Massa de um Corpo ....................................................................... 190
Princípio Fundamental da Dinâmica ou 2ª Lei de Newton ............. 191
Medida de uma Força .................................................................... 192
Princípio da Ação e Reação ou 3ª Lei de Newton ......................... 192
Forças Especiais ............................................................................ 194
4
12.9.1 A Força Peso........................................................................... 194
12.9.2 Força de Atrito ......................................................................... 195
12.9.3 Força de atrito estático ............................................................ 195
12.9.4 Força de atrito cinético ............................................................ 196
13 APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON.............................................. 203
Introdução ...................................................................................... 203
Equilíbrio ........................................................................................ 203
Equilíbrio Estático .......................................................................... 204
Equilíbrio Dinâmico ........................................................................ 207
Dinâmica ........................................................................................ 209
13.5.1 Plano Horizontal ...................................................................... 209
13.5.2 Plano Inclinado ........................................................................ 211
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 219
5
1 ARITMÉTICA
Números Fracionários
3
• Fração Própria: o numerador é menor que o denominador. Exemplo: .
4
9
• Fração Imprópria: o numerador é maior que o denominador. Exemplo: .
2
• Fração Mista ou Numeral Misto: constituída por uma parte inteira e uma fracionária.
1
Exemplo: 2 .
3
• Frações Equivalentes: frações que mantêm a mesma proporção de outra fração. Exemplo:
5 10
e .
2 4
4
• Fração Irredutível: não pode ser simplificada. Exemplo: .
3
8
• Fração Decimal: o denominador é uma potência de base 10. Exemplo: .
100
6
1.1.1 Operações com Frações
Adição
A soma ou adição de frações requer que todas as frações envolvidas possuam o mesmo
denominador. Se inicialmente todas as frações já possuírem um denominador comum, basta que
realizemos a soma de todos os numeradores e mantenhamos este denominador comum.
Exemplos:
1 2 3
a) Adição de frações com os mesmos denominadores: + + =?
7 7 7
Podemos observar que todas elas possuem o denominador 7.
Neste caso a fração final terá como numerador a soma dos números 1, 2 e 3, assim como
terá o mesmo denominador 7.
1 2 3 1+ 2 + 3 6
Portanto: + + = =
7 7 7 7 7
2 4
• Através de Frações Equivalentes: + =?
3 5
O uso das frações equivalentes para somar ou subtrair frações é um recurso muito bom.
Vamos analisar passo a passo o procedimento.
2º Passo: Nessa etapa vamos descobrir o termo que falta para tornar as frações equivalentes.
2 ?
= (3 × 5 = 15. Logo o numerador da fração equivalente deve ser multiplicado por
3 15
5).
2 10
É o número 10. Então será substituída por .
3 15
4 ?
= (5 × 3 = 15. Logo o numerador da fração equivalente deve ser multiplicado por 3).
5 15
4 12
É o número 12. Então será substituída por .
5 15
7
2 4 10 12 22
Deste modo, a soma + será substituída por + = .
3 5 15 15 15
1 2 3
• Através do MMC (Mínimo Múltiplo Comum): + + =?
3 5 13
Neste caso não podemos simplesmente realizar a soma dos numeradores.
Primeiramente devemos converter todas as frações ao mesmo denominador.
O denominador escolhido será o mínimo múltiplo comum dos denominadores.
3, 5, 13 3
1, 5, 13 5
1, 1, 13 13
1, 1, 13 3·5·13 = 195
Deste modo o MMC(3, 5, 13) = 195 e todas as frações terão este denominador comum.
O novo numerador de cada uma delas será apurado, dividindo-se 195 pelo seu denominador
atual e em seguida multiplicando-se o produto encontrado pelo numerador original.
1 1 65
• Para temos que: 195 ÷ 3 × 1 = 65, logo: = .
3 3 195
2 2 78
• Para temos que: 195 ÷ 5 × 2 = 78, logo: = .
5 5 195
3
• Para temos que: 195 ÷ 13 × 3 = 45, logo: 3
=
45 .
13 13 195
Obtemos assim, três frações equivalentes às frações originais sendo que todas contendo o
denominador 195. Agora resta-nos proceder como no primeiro exemplo:
65 78 45 65 + 78 + 45 188
+ + = =
195 195 195 195 195
No caso de adição de frações mistas devemos colocar a parte fracionária toda com o
mesmo denominador e depois realizarmos separadamente a soma das partes inteiras e das partes
fracionárias:
2 1 16 3 19
4 +5 = 4 +5 =9
3 8 24 24 24
Podemos também transformar as frações mistas em impróprias antes de realizarmos a operação =
de soma:
2 1 12 2 40 1 14 41 112 + 123 235
4 +5 = + + + = + = =
3 8 3 3 8 8 3 8 24 24
8
Subtração
A diferença ou subtração de frações, assim como a adição, também requer que todas as
frações contenham um denominador comum.
Quando as frações possuírem um mesmo denominador, temos apenas que subtrair um
numerador do outro, mantendo-se este denominador comum.
Exemplos:
8 1 2
a) Subtração de frações com os mesmos denominadores: − − =?
9 9 9
Observamos que todas as frações possuem o denominador 9.
Neste caso a fração final terá como numerador a diferença dos numeradores, assim como
irá manter o denominador 9.
8 1 2 8 −1− 2 5
Portanto: − − = =
9 9 9 9 9
8 1 2
b) Subtração de frações com denominadores distintos: − − =?
9 3 7
Como as frações não possuem todas o mesmo denominador, primeiramente devemos
apurar o MMC(9, 3, 7) para utilizá-lo como denominador comum.
Sabemos que o MMC(9, 3, 7) = 63. Logo utilizaremos 63 como o denominador comum.
Como já visto, para encontrarmos as frações equivalentes às do exemplo, que possuam o
denominador igual a 63, para cada uma delas iremos dividir 63 pelo seu denominador e em
seguida multiplicaremos o resultado pelo seu numerador.
8 8 56
• Para temos que: 63 ÷ 9 × 8 = 56, logo: = .
9 9 63
1 1 21
• Para temos que: 63 ÷ 3 × 1 = 21, logo: = .
3 3 63
2
• Para temos que: 63 ÷ 7 × 2 = 18, logo: 2 = 18 .
7 7 63
8 1 2 56 21 18 56 − 21 − 18 17
− − = − − = =
9 3 7 63 63 63 63 63
Assim como na adição, no caso da subtração de frações mistas também devemos colocar a
parte fracionária toda com o mesmo denominador e depois realizarmos separadamente a subtração
das partes inteiras e das partes fracionárias:
9
2 1 8 5 3
7 −3 = 7 −3 = 4
5 4 20 20 20
Alternativamente podemos transformar as frações mistas em impróprias antes de
=
realizarmos a operação de subtração:
2 1 35 2 12 1 37 13 148 − 65 83
7 − 3 == + − + = − = =
5 4 5 5 4 4 5 4 20 20
Multiplicação
Divisão
10
Múltiplas Operações
Assim como nas operações aritméticas com números naturais também nas operações
aritméticas com frações a multiplicação e a divisão têm precedência sobre a adição e a subtração.
Por isto, em expressões compostas que envolvam múltiplas operações, devemos primeiro realizar
as operações de multiplicação e de divisão e por último as operações de soma e subtração.
Exemplo:
1 2 4 1 11
+ ⋅ − : =
3 5 7 7 13
1 2 ⋅ 4 1 11
+ − : = Primeiramente executamos a multiplicação.
3 5 ⋅ 7 7 13
1 8 1 11
+ − : =
3 35 7 13
1 8 1 13
+ − ⋅ = Em seguida, executamos a divisão.
3 35 7 11
1 8 13
+ − =
3 35 77
385 + 264 − 195
= Agora podemos utilizar o MMC(3, 35, 77) = 1155 como o
1155
454 denominador comum das frações e realizarmos a soma e a subtração.
1155
Potenciação em Z
an = a ⋅ a ⋅ a ⋅ ... ⋅ a
n parcelas iguais
1
Em Matemática, denominamos de unária à operação que possui apenas um operador, ou seja, trata-se de uma função com somente
uma variável de entrada.
11
Chamamos a de base, n de expoente e ao resultado da operação an denominamos potência.
Decorrentes da definição e das propriedades da multiplicação têm-se que:
• 1n = 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ ... ⋅ 1 = 1
• 0n = 0
a m ⋅ an = am + n
am
= a m −n
an
3 −3 5
Exemplos: a) 2 4 = 2 −1 = 1 b) 3 − 4 = 3 − 3 − ( − 4 ) = 3 − 3 + 4 = 31 = 3 c) 10 3 = 10 5 − 3 = 10 2 = 100
2 2 3 10
m
(a ⋅ b)m = am ⋅ bm e a am
=
b bm
12
• Potência de potência: ∀a, m, n ∈ Z, temos que:
(am)n = am ⋅ n
1 1
Exemplos: a) (23)2 = 26 = 64 b) (3 −3 ) 2 = 3 −6 = 6
= c) (102)3 = 106 = 1.000.000
3 729
Atenção:
• Observe a diferença entre as expressões
n
(a m ) n e am .
Por exemplo: ( 2 3 ) 2 = 2 3 ⋅ 2 = 2 6 = 64 , enquanto que
2 3 = 2 3⋅3 = 2 9 = 512 .
2
1
3 3
• Se n = 1, então: a = a. Por exemplo − = − .
1
4 4
0
3
• Se n = 0 e a ≠ 0, então: a = 1. Por exemplo − = 1 .
0
4
1
• Se n = -1 e a ≠ 0, então: a −1 = .
a
−1 −1
1 3 1 5 2 1 3
Exemplos: a) 3 −1
= b) = = c) − = =−
3 5 3/ 5 3 3 − 2/3 2
Radiciação em Z
O termo radiciação pode ser entendido como uma operação que, se fornecida uma potência
de um número e o seu grau, pode-se determinar esse número, ou seja, uma operação recíproca à
potenciação.
Dados três números naturais a, b, n tais que a = bn. O número b é dito raiz de índice n de a
e representa-se pelo símbolo n
a .
13
1.3.1 Propriedades da Radiciação em Z
n
a ⋅b = n
a ⋅n b
e
n
a a
n =
b n
b
3
8 8 2
Exemplos: a) 3
5 ⋅3 2 = 3
10 b) 3 = =
27 3 3
27
( a)
n
m
= n am
Exemplos: a) ( 2)
3
3
= 3 23 = 2
b) 3
85 = ( 8)
3
5
= 2 5 = 32
c) ( 5)
3
6
= 3 5 6 = 3 5 3 ⋅ 5 3 = 3 5 3 ⋅ 3 5 3 = 5 ⋅ 5 = 25
( 2)
3
3
Exemplos: a) 3
= 2 3 = 21 = 2 b) 3
29 = 2 3 = 23 = 8
14
mn
a = m⋅n a
Exemplos: a) 3
64 = 3⋅2 64 = 6 64 = 6 2 6 = 2
b) 10 .000 = 4 10 .000 = 10
c) 3
25 = 6 25
160 2
80 2
a) 160 = 2 ⋅ 5 = 2 ⋅ 2 ⋅ 5 = 2 ⋅ 2 ⋅ 5 = 2 ⋅ 10 = 4 10
5 4 4 2
40 2
20 2
10 2
5 5
1 160 = 25 · 5
15
16 2
8 2
b)
3
16 = 3 24 = 3 23 ⋅ 2 = 3 23 ⋅ 3 2 = 23 2
4 2
2 2
1 16 = 24
Para operar com radicais, usamos suas propriedades e as propriedades operatórias da adição
e multiplicação de números reais (comutativa, associativa e distributiva).
Vejamos alguns exemplos:
a) 6 5 + 3 5 − 2 5 = (6 + 3 − 2 ) 5 = 7 5
Lembre-se que só é possível adicionar radicais com mesmo índice e mesmo radicando.
b) 4 18 + 3 8 = 4 ⋅ 3 2 + 3 ⋅ 2 2 = 12 2 + 6 2 = 18 2
Observe que neste exemplo, fez-se necessário, inicialmente, o processo de simplificação de
radicais, tendo em vista que só é possível adicionar radicais com mesmo índice e mesmo
radicando.
c) 33 2 ⋅ 5 3 3 = (3 ⋅ 5 ) ⋅ (
3
2 ⋅ 3
)
3 = 15 3
6
d) 4 6 : 2 3 = 4 6 = 4 6
= 2 2
2 3 2 3
16
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
17
E05. Calcule o valor das expressões numéricas:
a) 3 − 2 + 5 − 2 = 3 2 5 2 m)
2 5 4 3 g) + − − =
2 5 4 3 3 1 1 1
+ 1 + . 2 + 1 . 3 +
7 5 8 7 2 2 3 4
b) − + − = h)
8 6 9 9 =
2
12 13 2 3 11
. : + 1 − = 3 4 3
. − .2
c) 1 + 1 − 1 − 7 − 5 = 169 2 5 4
n) 2 7 14 + 4 =
2 5 4 4 2 3 7
. + .5
i) 3 + 4 . 8 − 7 = 3 10 25
d) 1 + 1 + 2 − 1 + 1 = 4 37 8
3 4 2 6 o)
1 3 1 2 3 7
e) j) . − . + . = 1 3 10 7 1 3
2 5 3 5 2 3 . + . : 2 − . =
7 3 1 3 3 5 7 5 2 4
− − 1 − + 1 − = 11 13 1 1
6 2 3 4 k) 7 − − . + =
2 4 2 5 3 2 27 1
p) : : =
5 25 6
f) l)
1 1 1 5 2 1 1 1 1 1 1 1 1
2 + 3 + 4 − 1 − 8 + 3 = 2 . 5 + 2 . 3 − 5 . 6 + 2 . 5
=
E07. Em uma caixa foram colocadas 120 bolinhas coloridas. Dessas bolas:
1 2 3
• é azul; • são vermelhas; • são verdes;
6 5 10
• O restante é amarela.
Com as informações acima, determine a quantidade de bolinhas de cada cor:
a) azuis; b) vermelhas; c) verdes;
d) amarelas.
18
E08. Uma prova para selecionar candidatos para trabalhar em um banco era formada por
2
questões de Português, Matemática e Sistema Bancário. Nessa prova, do total das questões
5
1
eram de Matemática e de Português.
3
a) Qual é a fração que representa a parte das questões de Português e Matemática?
b) Qual é a fração que representa a parte das questões sobre o Sistema Bancário?
3 5 12 3 7 1 4
2
5 4 10 100 4 5
2 1
E10. Num quintal há 60 árvores. As mangueiras representam das árvores, as jaqueiras, e o
5 4
restante das árvores são goiabeiras.
a) Que fração representa a soma das mangueiras e das jaqueiras? _____________
b) Que fração representa as goiabeiras? ____________
c) Quantas mangueiras há? ________________
d) Quantas jaqueiras há? __________________
________ Em duas frações de mesmo denominador, a maior é a que possui maior numerador.
________ Em duas frações de mesmo numerador, a maior é a que possui menor denominador.
________ Em duas frações de mesmo numerador, a maior é a que possui maior denominador.
1 2 3
________ + = .
2 5 7
________ 60 % de 200 tem o mesmo valor que o triplo da quinta parte de 200.
3 1
________ Na malha ao lado estão pintados + do total de quadradinhos.
16 4
19
E13. Passe para a forma mista as seguintes frações impróprias:
26 147 125
a) b) c)
5 13 8
59 47 1313
d) e) f)
2 6 25
E15. Coloque um dos sinais de ordem (<, >, =) entre as frações, tornando a relação verdadeira:
1 2 3 5 3 4 11 4
a) ____ b) 2 ____ 2 c) ____ d) ____
7 14 6 8 2 3 4 3
2 3 7 8 10 15 1 1
e) ____ f) ____ g) ____ h) 3 ____ 2
5 7 4 5 4 6 4 4
E16. Usando a equivalência de frações, descubra o número que deve ser colocado no lugar da
letra x para que se tenha:
7 14 4 x 7 x 15 x
a) = b) = c) = d) =
9 x 7 28 2 12 30 2
3 9 1 x 6 1 40 10
e) = f) = g) = h) =
11 x 8 40 18 x 12 x
20
E02.
3 27 7 4 4
a) b) c) d) e)
8 28 5 7 15
98 1 8 i) 45 1
f) g) h) j)
15 2 9 3
E03.
6 1 c) 2 d) 6 3
a) b) e)
5 6 7
2 g) 6 5 i) 2 4
f) h) j)
5 2 3
E04.
1 1 c) 1 32 9
a) b) d) e)
4 81 243 4
27 16 h) 1 1 225
f) g) i) j)
8 9 8 16
1000 25 343 16 2
k) l) m) n) o)
27 36 512 625 7
E05.
101 79 71
a) g) m)
60 60 4
11 133 239
b) h) n)
72 4 56
4 125 88
c) i) o)
5 224 65
9 11 p) 2
d) j)
4 3
1 151
e) k)
12 40
11 13
f) l)
8 100
12 1
E06. a) b)
12 6
E07. a) 20 b) 48 c) 36 d) 16
21
11 4
E08. a) b)
15 15
3 1 3 4 12 5 7
E09. < < < < < <
100 2 5 5 10 4 4
13 7
E10. a) b) c) 24 d) 15
20 20
E11. V – V – F – F – V – V
E13.
1 4 5
a) 5 b) 11 c) 15
5 13 8
1 5 13
d) 29 e) 7 f) 52
2 6 25
E14.
7 4 9
a) b) c)
3 3 7
13 30 38
d) e) f)
5 7 11
E15.
1 2 3 5 3 4 11 4
a) = b) 2 <2 c) > d) >
7 14 6 8 2 3 4 3
2 3 7 8 10 15 1 1
e) < f) > g) = h) 3 > 2
5 7 4 5 4 6 4 4
E16.
7 14 4 16 7 42 15 1
a) = b) = c) = d) =
9 18 7 28 2 12 30 2
3 9 1 5 6 1 40 10
e) = f) = g) = h) =
11 33 8 40 18 3 12 3
E17.
4 2 1 3 6 2 25 30 36 21 8 25 12
a) , , b) , , c) , , d) , , ,
8 8 8 18 18 18 20 20 20 30 30 30 30
22
E18. Assinale V (verdadeiro) ou F (falso), considerando as propriedades da potenciação:
a) ______ 2 3 ⋅ 2 20 = 2 60 b) ______ (2 + 3)3 = 2 3 + 33
c) ______ 3
2
( ) 3
= 36
2
d) ______
−2
=
49 e) ______ 5
2
( ) 4
= 516 5
f) ______ 3− 2 = 3 7
7 4 3
b) 1 20 = _________ j) (0 , 5 )3 = ________
c) 500 1 = ________ k) 15 − 2 = ________
d) 100 0
= ________ l) 90 0 = ________
e) 0 3 = _________ m) 0 20 = ________
−1 −1
4 1
f) = ______ n) = ________
3 2
g) 5 − 1 = ________ 2
−2
o) = ________
h) 2 −3 = ________ 3
3
4
p) = ________
5
2 −3
3 2
E20. Calcule o valor da expressão ( −2) + − + .
3
2 5
E21. Efetue as adições algébricas com radicais, observando as propriedades estudadas:
a) 3 5 + 5 − 6 5 = b) 5 5 3 + 2 5
3 − 2 5
3 + 5
3 =
c) 4 2 + 6 3 − 2 2 + 9 3 = d) − 4 + 3
5 + 2 3
5 − 4 =
e) 2 5
3 − 2 3 + 3 3 + 35 3 = f) 3 + 2 +7−5 2 =
E22. Reduza os radicais a uma expressão na forma a b , com a e b inteiros, fazendo uso de
simplificação de radicais:
a) 20 + 45 = b) 50 + 18 − 8 =
c) 2 27 − 5 12 = d) 4 63 − 7 =
e) 50 + 98 − 72 = f) 12 + 75 + 108 =
9 7
a) -1 b) -3 c) − d) e) 0
4 4
23
2 EXPRESSÕES ALGÉBRICAS E POLINÔMIOS
3 xy 2
−
2 ab
Chama-se polinômio de grau n (n inteiro e positivo) na variável x, a expressão algébrica
do tipo:
P(x) = a0(x)n + a1(x)n−1 + a2(x)n−2 + ... + an−1(x) + an, onde a0, a1, a2, ..., na são números quaisquer
e a0 ≠ 0.
24
Exemplo 01: Dividir o polinômio 12x3 + 4x2 – 8x por 4x.
Resolução:
Caso queira verificar se a divisão está correta, basta multiplicar o quociente pelo divisor, com
vistas a obter o dividendo como resultado.
Verificando: Quociente × Divisor + Resto = Dividendo
4x × (3x² + x – 2) + 0 =
= 12x³ + 4x² – 8x
Caso isso ocorra, a divisão está correta.
25
Verificando: Quociente × Divisor + Resto = Dividendo
(3x² + x – 1) × (2x² – 4x + 5) + 0 =
= 6x4 – 12x³ + 15x² + 2x³ – 4x² + 5x – 2x² + 4x – 5 =
= 6x4 – 10x³ + 9x² + 9x – 5
Exemplo: Vamos determinar o quociente e o resto da divisão de P(x) = 2x3 – 4x + 1 por D(x) =
x – 4, utilizando o dispositivo de Briot-Ruffini.
Resolução: Inicialmente, colocamos os coeficientes de P(x) em ordem decrescente segundo o
grau do termo e completamos com zero, caso necessário. Assim, temos P(x) = 2x3 + 0x2 – 4x +
1.
26
Repetimos o coefiente dominante do
dividendo P(x) na linha de baixo.
2.1.1.1 Fatoração
Fatorar uma expressão algébrica é transformá-la num produto utilizando, em geral, a lei
distributiva.
Exemplo: A3B + A2C – A2D = A2⋅(AB + C – D) → neste caso, o fator comum A2 foi colocado
em evidência.
27
1º Caso: Fator Comum
2ax + 6bx = 2⋅a⋅x⋅x2 + 2⋅3⋅b⋅x2 = 2x2⋅(ax + 3b)
3 2
2º Caso: Agrupamento
ax + bx + ay + by = x⋅(a + b) + y⋅(a + b) = (a + b)⋅(x + y)
6 x 2 − 3x
= 6x 2 − 1 INCORRETO
3x
28
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
E03. Fatore:
a) 2x2 – 10x g) a4 – 1
b) 2x2y – 12xy2 h) x2 – 2xy + y2
c) a(x + y) – b(x + y) i) x2 + 2x + 1
d) 2x2y – 12xy2 j) 4a2 + 20ab + 25b2
e) x3 – x2 + x – 1 k) 16x2 – 56x + 49
f) a2 – 1 2
l) 9 x 2 + 3xy + y
4
a) x+3 g) 4 x − 9 y
2 2
( x + 3) 2 4 x 2 y + 6 xy 2
b) 8 ( y − 5 ) h) x − xy + 3x − 3y
2 2
2( y − 5) xy + 3y
c) 2 x ( x + 7 ) i) 6x + 28 x 2 − 10x
2 3
6x(x + 7) 3
12x − 4x
3 2
d) x − 2x j) x 2 − 8
2 3
2x − 4 x −4
e) 9 y + 3 y k) 4 x − 12 − 2 x − 6
2
3y 4 x ( x − 3) 4 x ( x − 3)
f) x2 − 9 l) 5
+
2
x + 6x + 9
2 6( x − 1) 9( x − 1) 2
29
Respostas dos Exercícios Teóricos:
E01. E04.
a) 6x2 – x + 3 1
a)
b) x2 – 3x x +3
E02. x+ 5
i)
a) Q(x) = 2x + 1 R=4 2x
j) x + 2x + 4
2
b) Q(x) = 2x3 – 3x2 – 5 R=5
x+2
c) Q(x) = 2x2 – 3x + 2 R=4
d) Q(x) = x2 + 2x + 4 R=0 1
k)
2x
30
3 GRANDEZAS, PADRÕES E UNIDADES
Introdução
Quando falamos em ciências, sempre nos vêm à mente os métodos científicos que lançam
mão de medidas para interpretar, analisar e compreender os fenômenos que são pertinentes a cada
ciência.
Especificamente no caso da Física, faz-se necessário:
Grandeza física é alguma coisa que pode ser medida, isto é, que pode ser representada por
um número e uma unidade. Veja alguns exemplos:
• A distância da bola à barreira deve ser de 10 jardas ou 9,15 metros.
• A bola deve ter entre 400 gramas e 500 gramas.
• O tempo de uma partida é de 90 minutos.
Nesses exemplos estão três grandezas fundamentais: comprimento, massa e tempo. A partir
dessas grandezas fundamentais, pode-se definir outras que, por isso, chamam-se grandezas
derivadas. São exemplos de grandezas derivadas a área de uma superfície, o volume e a densidade
de um corpo, a velocidade e aceleração de um automóvel, a força exercida por um motor e muitas
outras.
Até há algum tempo, não havia ainda um conjunto de unidades fundamentais que fosse
reconhecido e adotado em todo mundo. A partir de 1948, esse conjunto começou a ser
estabelecido e, em 1960, recebeu o nome de Sistema Internacional de Unidades (SI). Atualmente,
só os Estados Unidos ainda não adotam o SI, mas passarão a utilizá-lo em breve.
O SI estabelece 7 grandezas físicas fundamentais das quais são derivadas todas as outras.
31
CORRENTE QUANTIDADE INTENSIDADE
COMPRIMENTO MASSA TEMPO TEMPERATURA
ELÉTRICA DE MATÉRIA LUMINOSA
Cada país deve ter laboratórios capazes de reproduzir os padrões ou cópias devidamente
aferidas e cuidadosamente guardadas. No Brasil essa tarefa é desempenhada pelo Inmetro –
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, do Ministério da Indústria
e do Comércio.
Não é necessário saber essas definições, entretanto é importante saber que existem os
padrões, as unidades fundamentais e derivadas e formas corretas de expressá-las (Quadro 02).
Existem inúmeras unidades práticas ainda em uso devido ao costume ou às suas aplicações
tecnológicas. Muitas dessas unidades, principalmente as de origem inglesa, tendem a desaparecer
com o tempo e serem substituídas por unidades do SI. Por enquanto elas ainda são muito usadas
e é interessante conhecê-las (Quadro 03).
32
Centímetro cm 0,01 m
Quilômetro km 1.000 m
Polegada in 0,0254 m ou 2,54 cm
Pé ft 0,3048 m ou 30,48 cm
Jarda yd 0,9144 m ou 91,44 cm
Milha mi 1.609 m ou 1,609 km
Grama g 0,001 kg
Tonelada t 1.000 kg
Massa Quilate − 0,0002 kg ou 0,2 g
Libra lb 0,454 kg ou 454 g
Arroba − 14,688 kg
Minuto min 60 s
Tempo Hora h 60 min ou 3.600 s
Dia d 24 h ou 86.400 s
Hectare ha 10.000 m2
Área Alqueire (SP) − 2,42 ha
Alqueire (MG, RJ e GO) − 4,84 há
Volume Litro l 0,001 m3 ou 1.000 cm3
Quilômetro por hora km/h (1/3,6) m/s
Velocidade Milha por hora min/h 1,609 km/h
Nó − 1,852 km/h
Legenda: Submúltiplos do SI Múltiplos do SI Unidades não pertencentes ao SI
Curiosidade: O Quilate é tanto uma medida de massa quanto uma medida de composição
em ligas de ouro. A palavra vem do grego keratio, significando uma semente que era usada como
unidade de peso na antiga Grécia. Em função das disparidades de valores do quilate como unidade
de massa, em 1907 foi adotada a correspondência de 200 miligramas (0,2 gramas) para cada
quilate, que passou a ser desde então, o valor usado em joalherias. Desta forma a seguinte frase
está correta: "20 quilates de ouro 14", significando o mesmo que "4 gramas de ouro cuja liga é 14
quilates".
Apesar de alguns autores indicarem ct (do inglês carat) como sendo símbolo de quilate
métrico, esta forma não existe na língua portuguesa, portanto indicamos que se use o termo por
extenso, ou a abreviação ql, tal como citado no site da Academia Brasileira de Letras.
33
Algarismos Significativos
Quando se trabalha com medidas quase sempre aparece uma dúvida: com quantos
algarismos se escreve uma medida?
Tente medir o diâmetro do seu lápis. Que resultado você obteve?
7 mm? 7,1 mm? 7,15 mm?
Essa pergunta tem inúmeras respostas, e todas podem estar certas!
Se você mediu com uma régua comum, provavelmente achou 7 mm, ou talvez 7,5 mm ou
ainda 0,7 cm. Se você dispõe de um instrumento mais preciso, como um micrômetro ou um
paquímetro, pode ter achado 7,34 mm ou 7,4082 mm. Se você repetir a medida várias vezes pode
ser que em cada uma ache um valor diferente!
Como saber qual é o valor correto? Como escrever esse valor?
Na verdade, nem sempre existe um valor correto nem uma só forma de escrevê-lo. O valor
de uma medida depende do instrumento utilizado, da escala em que ele está graduado e, às vezes,
do próprio objeto a ser medido e da pessoa que faz a medida. Por exemplo, a medida do diâmetro
do lápis com uma régua comum será feita na escala em que ela é graduada (centímetros ou
milímetros) e dificilmente alguém conseguirá expressá-la com mais de dois algarismos. Nesse
caso, certamente o segundo algarismo é avaliado ou duvidoso. Se for utilizado um instrumento
mais preciso, é possível fazer uma medida com um número maior de algarismos e, ainda,
acrescentar mais um, o duvidoso.
Todos os algarismos que se obtêm ao fazer uma medida, incluindo o duvidoso, são
algarismos significativos. Se outra pessoa fizer a mesma medida, talvez encontre um valor um
pouco diferente, mas, ao escrevê-lo, deverá utilizar o número correto de algarismos significativos.
34
Figura 02: Micrômetro Digital – Instrumento de Precisão
Uma régua comum não permite medidas muito precisas porque não há como subdividir o
espaço de 1 mm: a distância entre os traços é muito pequena. O paquímetro e o micrômetro são
instrumentos que utilizam duas escalas, uma fixa, semelhante à escala de uma régua comum e
uma escala móvel que, de maneira muito engenhosa, permite dividir a menor divisão da escala
fixa. No paquímetro, essa escala corre junto à escala fixa, enquanto que no micrômetro ela está
gravada numa espécie de cilindro móvel que gira à medida que se ajusta ao instrumento para
efetuar a medida.
Imaginemos agora, a seguinte situação: ao medir o diâmetro de um lápis com um
paquímetro, um aluno encontre o valor 7,34 mm enquanto que outro aluno, efetuando a mesma
medição, encontre 7,37 mm. Pelo resultado, percebe-se que eles têm certeza do 7 e do 3, mas o
último algarismo é incerto. Imagine agora que eles resolvam entrar num acordo e considerar,
como melhor medida, um valor que seja igual à média aritmética dos seus resultados, obtendo,
7,34 + 7,37
assim = 7,355 . Estaria correto expressar o diâmetro do lápis acrescentando ainda um
2
terceiro algarismo oriundo da média? É certo que não! Se cada um só tinha certeza de dois
algarismos e avaliaram, discordando quanto à segunda casa após a vírgula, não tem sentido dar
uma resposta com três casas após a vírgula!
Nesse caso, para manter a coerência e expressar a medida com o número correto de
algarismos significativos, deve-se desprezar o último algarismo obtido no cálculo da média
aritmética.
É comum utilizar a seguinte regra: quando esse algarismo (o que deve ser desprezado) for
maior ou igual a 5 acrescenta-se 1 ao último algarismo que restou.
Teremos então 7,355 mm ≅ 7,36 mm, que é a melhor forma de expressar a média aritmética
das medidas de ambos os alunos: mantêm-se os mesmos dois algarismos dos quais têm certeza, o
7 e o 3, mas o algarismo duvidoso passa a ser o 6. É provável que esse valor seja, provisoriamente,
o melhor valor dessa medida. Se outras pessoas participarem e fizerem outras medidas, a média
aritmética terá um número muito maior de parcelas e o seu valor representará melhor o diâmetro
do lápis.
35
3.3.1 Determinando os algarismos significativos de um número
36
d) 795.000.000.000.000 = 7,95 × 1014, portanto o número de algarismos significativo nesse
valor é de 3.
Arredondamento de Números
EXEMPLO
CONDIÇÃO PROCEDIMENTO (ARREDONDAMENTO POR
CENTÉSIMO)
37
Gostaria de mais informações sobre o conteúdo estudado? Seguem dicas de vídeo-aulas
sobre o tema.
Potências de Base 10
Observe, na tabela abaixo, algumas potências de base 10, seus expoentes inteiros positivos
e a quantidade de zeros da potência.
Agora observe, nesta outra tabela, algumas potências de base 10, seus expoentes inteiros
negativos e a quantidade de algarismos à direita da vírgula.
38
A observação feita a partir dessas tabelas vai auxiliá-lo a escrever potências de base 10 na
representação decimal e vice-versa.
Por exemplo:
O uso das potências de base 10 é tão difundido nas Ciências Exatas, que alguns múltiplos
e submúltiplos decimais recebem denominações especiais, conforme apresentamos no item
abaixo.
É comum utilizar prefixos para expressar números escritos em potência de 10, como, por
exemplo, uma massa de 3.000 g, que pode ser expresso em potência de 10 como 3 × 103 g ou
utilizando prefixo como 3 kg, em que o prefixo quilo (k) equivale a 103.
Abaixo é apresentada uma tabela com a relação dos principais prefixos.
exa E 1018
peta P 1015
tera T 1012
giga G 109
mega M 106
quilo k 103
hecto h 102
deca da 101
100
deci d 10-1
centi c 10-2
mili m 10-3
micro μ 10-6
nano n 10-9
pico p 10-12
femto f 10-15
atto a 10-18
39
Notação Científica
Se nos disserem que o raio do átomo de hidrogênio é igual a 0,000.000.005 cm ou que uma
dada célula tem cerca de 2.000.000.000.000 de átomos dificilmente assimilaremos essas ideias,
pois nossos sentidos não estão acostumados a perceber esses números. Eles estão fora do nosso
quadro de referências.
Dada a abrangência da Física atual micro-macro cosmo, é importante compreender
números nessas ordens. A notação científica, ou seja, a escrita de um número com o auxílio de
potências de base 10, é um recurso comum para a representação simplificada de números muito
grandes ou muito pequenos, tendo em vista a facilidade de operar com esses números ante a seus
equivalentes numéricos. Na utilização dos computadores ou máquinas de calcular, por exemplo,
a notação científica tem uso regular, tornando os cálculos mais rápidos devido às propriedades da
potenciação.
Um número escrito em notação científica segue a seguinte configuração:
m · 10e
Onde:
• m é denominado mantissa e corresponde a um valor numérico 1 ≤ m < 10.
• e, dado sob a forma de expoente, é denominado ordem de grandeza.
40
d) 795.000.000.000.000 = 7,95 × 1014
A vírgula se “deslocou” em 14 casas para esquerda; o expoente da base 10 é igual ao deslocamento
da vírgula e seu sinal é positivo.
• 600.000 = 6 · 105
• 30.000.000 = 3 · 107
• 500.000.000.000.000 = 5 · 1014
• 7.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 = 7 · 1033
• 0,0004 = 4 · 10-4
• 0,00000001 = 1 · 10-8
• 0,0000000000000006 = 6 · 10-16
Para valores como esses, a notação científica é mais adequada, pois apresenta a vantagem
de representar adequadamente a quantidade de algarismos significativos, em detrimento de seus
equivalentes numéricos que trazem pouco significado prático.
Pode-se até pensar que esses valores são pouco relevantes e de uso quase inexistente na
vida cotidiana. Porém, em áreas como Física, Química e Engenharias de um modo geral, esses
valores são frequentes. Também na área de Economia, ao se fazer referência a um valor
monetário, em bilhões de dólares, por exemplo, é comum o uso da notação científica.
Ordem de Grandeza
Muitas vezes, ao trabalharmos com grandezas físicas, apenas algumas casas decimais são
relevantes, devido a imprecisões nos aparelhos de medida.
Nesses casos é suficiente conhecer a potência de 10 que mais se aproxima do seu valor.
Essa potência é denominada ordem de grandeza da medida.
41
• 3 × 10-3 m → 3 < 3,16 , logo a ordem de grandeza é 10-3.
• 4 × 102 m → 4 > 3,16 , logo a ordem de grandeza é 103.
• 7 × 10-6 m → 7 > 3,16 , logo a ordem de grandeza é 10-5.
• 0,00022 = 2,2 × 10-4 → 2,2 < 3,16, logo a ordem de grandeza é 10-4.
• 174.500.000 = 1,745 × 108 → 1,745 < 3,16, logo a ordem de grandeza é 108.
42
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
E03. A espessura de uma folha de papel é de 0,05 mm. Seiscentas mil folhas iguais a essa foram
empilhadas até atingirem uma altura h. Determine o valor de h em metros.
E04. Sabendo que a distância entre a Terra e a Lua é de 384.000 km, aproximadamente, e que
entre a Terra e o Sol é de 150.000.000 km, aproximadamente, quantas vezes a primeira distância
está contida na segunda?
E06. Sabendo que 1 tonelada (1 t) equivale a 1.000 quilogramas (103 kg), determine o número de
pessoas de 50 kg e o de 80 kg que podem viajar juntas em um bondinho do tipo teleférico, que
transporta no máximo 60 pessoas ou 4,2 t.
E09. Podemos considerar o átomo de hidrogênio como uma esfera com diâmetro de 10-10 m.
Admitindo que pudéssemos enfileirar esses átomos, quantos seriam necessários para cobrir a
distância de 1 mm?
E10. No século III a.C., Erastótenes, astrônomo egípcio, determinou o valor do raio da Terra com
grande precisão: 6.370 km. Escreva esse número em metros, fazendo uso de notação científica.
43
E11. Um fumante consome por dia vinte cigarros de 100 mm. Imagine que fosse possível
enfileirar os cigarros que esse fumante consome num período de dez anos. Qual seria, em metros,
o comprimento dessa fila?
E12. Uma dona de casa curiosa teve a ideia de descobrir a massa de um grão de feijão. Utilizando
uma balança descobriu que a massa de 1.000 grãos era de 0,57 kg. Determine a massa, aproximada,
de um único grão, em miligramas.
E13. Um analgésico deve ser ingerido na quantidade de 3 mg/kg de massa corporal, mas a dose
administrada não pode exceder 200 mg. Cada gota contém 5 mg do remédio. Quantas gotas devem
ser prescritas a um paciente de 80 kg?
E14. No estádio do Morumbi 120.000 torcedores assistem a um jogo. Através de cada uma das 6
saídas disponíveis podem passar 1.000 pessoas por minuto. Qual o tempo mínimo necessário para
esvaziar o estádio?
---------
E19. Coloque a vírgula nos números abaixo conforme a indicação das potências de 10, para que
a igualdade seja válida:
a) 7,82 × 103 = 78200 × 102 b) 7,82 × 103 = 78200 × 101
c) 7,82 × 103 = 78200 ×104 d) 7,82 × 103 = 78200 × 10-1
E21. Descubra a potência de base 10 que deve ser colocada no lugar de para que se tenha:
a) 56,754 · = 567.540 c) · 23 = 0,000023
b) 0,003 · = 30 d) · 4,5 = 0,00045
44
E22. Resolva as expressões, apresentando os resultados em notação científica:
−2
a) 3 , 6− 2⋅ 10 = b) 2 ,1− 3⋅ 10
4
=
10 ⋅ 1, 2 10 ⋅ 0 ,7
a) (0,07⋅10-3) × (7⋅10-5) = 9 ⋅ 10 3
b) =
0 , 03 ⋅ 10 − 5
E26. Uma partida normal de futebol é disputada em 90 min. O estádio do Morumbi, em São
Paulo, já recebeu cerca de 30 milhões de torcedores desde sua abertura, em 1960. A média de
torcedores por partida é de aproximadamente 28 mil. Então, qual é a ordem de grandeza do total
de minutos de futebol já jogados no Morumbi?
E27. Em um hotel com 200 apartamentos, o consumo médio de água por apartamento é de 100
litros por dia. Qual a ordem de grandeza do volume que deve ter o reservatório do hotel, em
metros cúbicos, para abastecer todos os apartamentos durante um dia?
------
45
E05. a) 7,5 ⋅ 104 g b) 8,0 ⋅ 10-4 g c) 10-2 g
E06. 40 pessoas de 80 kg e 20 pessoas de 50 kg.
E07. a) 60 s b) 3.600 s c) 8,64 ⋅ 104 s d) 2,592 ⋅ 106 s
E08. 2h 52min 5s
E09. 107 átomos
E10. 6,37 ⋅ 106 m
E11. 7.300 m
E12. 570 mg
E13. 40 gotas
E14. 20 min
E15. a) F b) F c) V d) V e) F f) V
E16. a) -8 b) 1 c) 500 d) 1 e) 0 f) 3/4
g) 1/5 h) 1/8 i) 81 j) 1/8 k) 1/225 l) 1
m) 0 n) 2 o) 9/4 p) 64/125
E17. 79/8
E18. a) 3 b) 1 c) 2 d) 4
E19. a) 78,2 × 102 b) 782,0 × 101 c) 0,782 × 104 d) 78200, × 10-1
E20. a) 5,29 × 102 g) 2,78 × 10-1
b) 7,843 × 103 h) 5,697 × 10-2
c) 5,971432 × 106 i) 7,49 × 109
d) 7,3 × 10 j) 5,947 × 10-8
e) 7 × 10-1 k) 3,8 × 103
f) 5,2 × 10-1 l) 7,159 × 10-13
E21. a) 104 b) 104 c) 10-6 d) 10-4
E22. a) 3 × 106 b) 3 × 10
E23. a) 4 b) 3 c) 2 d) 3
E24. a) 5 × 10-9 b) 3 × 1010 c) 6 × 10-4 d) 2,2 × 10-4
E25. a) 104 b) 105 c) 10-1 d) 102
E26. 105
E27. 101
E28. a) − 2 5
b) 6 5 3
c) 15 3 + 2 2
d) − 8 + 3 3 5
e) 5 5 3 + 3
46
f) 10 − 4 2
E29. a) 5 5
b) 6 2
c) − 4 3
d) 11 7
e) 6 2
f) 13 3
Testes:
T01. Um caminhão consegue transportar 3,9 toneladas de carga. Sabendo que uma laranja pesa
130 gramas, quantas laranjas o caminhão pode carregar?
a) 30 b) 300 c) 3.000 d) 30.000 e) 300.000
T02. Em uma área disponível em formato retangular, de 3 metros por 4 metros, eu pretendo cavar
uma cisterna para guardar 15.000 litros de água. A qual profundidade, em centímetros, eu devo
cavar?
a) 1,25 cm b) 12,5 cm c) 125 cm d) 1.250 cm e) 12.500 cm
T04. Em uma enchente, um jornalista viu uma menina com uma lata de refrigerante de 350 ml.
Perguntando à menina o que ela estava fazendo, ela respondeu que estava tirando a água para
secar a enchente. Sabendo que o volume da enchente era de 70.000 m3, quantas viagens a menina
teria que fazer para secar toda a água?
a) 2⋅102 b) 2⋅104 c) 2⋅106 d) 2⋅108 e) 2⋅1010
T05. Muitos remédios são tomados em doses menores que o mg. Um comprimido de certo
remédio tem 0,025 mg de uma certa substância. Com 1 kg desta substância, quantos comprimidos
podem ser feitos?
47
a) < 1 b) 40 c) 40.000 d) 40.000.000 e) 400
T06. Uma sala tem o formato aproximado de dois paralelepípedos grudados. Um destes tem
largura de 4 metros e comprimento de 3 metros, e o outro tem largura e comprimento iguais, de
2 metros. A altura da sala é de 2,5 metros. Eu quero comprar um ar condicionado para resfriar
esta sala, e cada ar condicionado indica o volume, em litros, que ele consegue refrigerar. Então,
é preciso comprar o menor ar condicionado, dentre aqueles que tem capacidade de resfriar esta
sala. Das opções abaixo, qual é a mais indicada?
a) 10.000 l b) 20.000 l c) 50.000 l d) 70.000 l e) 100.000 l
T07. Fui colocar gasolina no meu carro, que estava com o tanque pela metade. Coloquei 35 litros
e enchi o tanque. Qual é a capacidade do tanque em m3?
a) 0,07 m3 b) 17,5 m3 c) 70 m3 d) 17.500 m3 e) 175.000 m3
--------
T11. (UFPE) Em um hotel com 500 apartamentos, o consumo médio de água por apartamento é
de cerca de 170 litros por dia. Qual a ordem de grandeza do volume que deve ter o reservatório
do hotel, em metros cúbicos, para abastecer todos os apartamentos durante um dia de falta de
água?
a) 101 b) 102 c) 103 d) 104 e) 105
T12. Qual é a ordem de grandeza do número de voltas dadas pela roda de um automóvel, com
diâmetro de 80 cm, ao percorrer uma estrada de 200 km?
48
a) 102 b) 103 c) 105 d) 1010 e) 109
T13. Um recipiente cúbico tem 3,000 m de aresta, n é o número máximo de cubos, de 3,01 mm
de aresta, que cabem no recipiente. A ordem de grandeza de n é:
a) 106 b) 107 c) 108 d) 109 e) 1010
T17. O censo populacional realizado em 1970 constatou que a população do Brasil era de 90
milhões de habitantes. Hoje, o censo estima uma população de 150 milhões de habitantes. A
ordem de grandeza que melhor expressa o aumento populacional é:
a) 106 b) 107 c) 108 d) 109 e) 1010
49
Respostas dos Testes:
01. D
02. C 11. B
03. D 12. C
04. D 13. D
05. D 14. C
06. C 15. D
07. A 16. D
08. C 17. C
09. B
Questões Desafios
Respostas das
D01. Relação entre volumes de reservatórios.
Questões Desafios:
Técnicos concluem mapeamento do aquífero
Guarani: O aquífero Guarani localiza-se no 01. E
50
Comparando as capacidades do aquífero Guarani e desse novo reservatório da SABESP, a
capacidade do aquífero Guarani é:
a) 1,5 × 102 vezes a capacidade do reservatório novo.
b) 1,5 × 103 vezes a capacidade do reservatório novo.
c) 1,5 × 106 vezes a capacidade do reservatório novo.
d) 1,5 × 108 vezes a capacidade do reservatório novo.
e) 1,5 × 109 vezes a capacidade do reservatório novo.
D02. Cálculo do peso mínimo de um carro de fórmula 1 para percorrer um certo número de
volta.
Segundo as regras da Fórmula 1, o peso mínimo do carro, de tanque vazio, com o piloto, é de
605 kg, e a gasolina deve ter densidade entre 725 e 780 gramas por litro. Entre os circuitos nos
quais ocorrem competições dessa categoria, o mais longo é Spa-Francorchamps, na Bélgica, cujo
traçado tem 7 km de extensão. O consumo médio de um carro da Fórmula 1 é de 75 litros para
cada 100 km.
Suponha que um piloto de uma equipe específica, que utiliza um tipo de gasolina com densidade
de 750 g/l, esteja
no circuito de Spa-Francorchamps, parado no box para reabastecimento. Caso ele pretenda dar
mais 16 voltas, ao
ser liberado para retornar à pista, seu carro deverá pesar, no mínimo:
a) 617 kg b) 668 kg c) 680 kg d) 689 kg e) 717 kg
D03. Cálculo de elementos indicadores de peso e gordura corporal dado o IMC de uma
pessoa.
Embora o Índice de Massa Corporal (IMC) seja amplamente utilizado, existem ainda inúmeras
restrições
teóricas ao uso e às faixas de normalidade preconizadas. O Recíproco do Índice Ponderal (RIP),
de acordo com o
modelo alométrico, possui uma melhor fundamentação matemática, já que a massa é uma variável
de dimensões
cúbicas e a altura, uma variável de dimensões lineares. As fórmulas que determinam esses índices
são:
51
Se uma menina, com 64 kg de massa, apresenta IMC igual a 25 kg/m2, então ela possui RIP igual
a:
D06. Cálculo do tempo mínimo para todos os espectadores de um show entrarem num
estádio.
Um show especial de Natal teve 45000 ingressos vendidos. Esse evento ocorrerá em um estádio
de futebol que disponibilizará 5 portões de entrada, com 4 catracas eletrônicas por portão. Em
cada uma dessas catracas, passará uma única pessoa a cada 2 segundos. O público foi igualmente
dividido pela quantidade de portões e catracas, indicados no ingresso para o show, para a efetiva
entrada no estádio. Suponha que todos aqueles que compraram ingressos irão ao show e que
todos passarão pelos portões e catracas eletrônicas indicadas. Qual é o tempo mínimo para que
todos passem pelas catracas?
a) 1h b) 1h15min c) 5h d) 6h e) 6h15min
52
(Disponível em: www.noticiasagricolas.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.)
A quantidade, em quilogramas, de soja exportada pelo Brasil no mês de julho de 2012 foi de:
53
ANEXO A
Medidas de Comprimento
Medidas de Massa
54
4 FUNÇÕES: NOÇÕES GERAIS
Conceito
Antes de iniciarmos o estudo de funções, vamos entender o conceito de intervalo e suas
notações. Isto será fundamental para a compreensão das próximas definições.
Intervalo aberto: Conjunto de números reais entre e , excluindo estes dois extremos.
Notação: , ∈ |
Intervalo fechado: Conjunto de números reais entre e , incluindo estes dois extremos.
Notação: , ∈ |
Notação: , ∈ | Notação: , ∈ |
55
Intervalos infinitos:
Notação: , ∞ ∈ | Notação: ∞, ∈ |
Notação: , ∞ ∈ | Notação: ∞, ∈ |
, , , , , ,
usando-se parênteses em vez de colchetes. Por exemplo:
Preço a ser pago (R$) 3,40 3,80 4,20 4,60 ... 3,00 + 0,40 x
Observe que o preço a ser pago pela corrida é dado em função da distância percorrida:
Preço a ser pago (R$) = 3,00 + 0,40 x.
Dessa forma, a lei da função é dada por y(x)= 3,00 + 0,40 x, em que y representa o valor a ser
pago e x representa a distância percorrida.
Definição de função
Consideremos os exemplos a seguir.
Exemplo
Considere a relação que associa, a cada elemento do conjunto A = {-2,-1,0,1,2}, o seu dobro,
localizado no conjunto B = {-4,-2,-1,0,1,2,3,4}, ou seja, queremos uma função entre os conjuntos
A e B cuja lei é dada pela fórmula 2 .
56
∈A ∈B Figura 1: Diagrama de Venn
-2 -4
-1 -2
0 0
1 2
2 4
Exemplo:
Sejam A = {0,1,2} e B = {-1,2,5} dois conjuntos que se relacionam através do diagrama de Venn,
a seguir.
Figura 2: Diagrama de Venn
Observação: Nesse caso não temos uma função de A em B, pois o elemento 0 não se
elemento em B.
relaciona com nenhum elemento de B e o elemento 1 se relaciona com mais de um
4.3.1 Definição
Dados dois conjuntos não-vazios A e B, uma função de A em B é uma relação que associa
a cada elemento ∈ A, um e somente um ∈ B. Usamos a notação a seguir:
57
: A → B,
em que lê-se: é uma função de A em B.
Para cada elemento ∈ A, identificamos por o elemento ∈ B associado a . Por
exemplo, no Exemplo 1, mostrado anteriormente, podemos afirmar que:
2 4, 1 2, 0 0, 1 2e 2 4.
Exemplo:
Considere a relação entre os conjuntos A e B descritos pelo diagrama de Venn a seguir, cuja lei é
dada por 2.
A aplicação apresentada pode ser classificada como uma função? Nesse caso,
através do diagrama de Venn (figura 3) é possível determinar o seu domínio,
contradomínio e imagem?
Nesse caso, é uma função de A em B, pois cada elemento de A está associado a um, e
somente um, elemento de B.
58
Observação: Quando não temos de modo explícito o domínio de uma função , devemos
considerar este como o maior conjunto possível que contém valores aos quais podemos
associar uma imagem.
em B.
Exemplo:
.
0
123
Seja a lei da função dada por Verifique, que o único número que não pode ser
substituído na expressão é o número 2, pois teríamos o denominador igual a zero, que não é
considerado um número real. Nesse caso, consideraremos o domínio da função todos os números
reais exceto o 2, ou seja, ( ∈ 4 | 5 2 .
• Nos números representados por logaritmo, log > , para 0 , o número não
pertence ao conjunto dos números reais. Portanto, o logaritmando, , só pode ser
maior do que zero.
59
Exemplo:
• No 1º quadrante: 0e 0.
• No 2º quadrante: 0e 0.
• No 3º quadrante: 0e 0.
• No 4º quadrante: 0e 0.
Construção Gráfica
Exemplo:
Considere a função : 4 → 4 dada por 3 2.
PASSO 1: Vamos construir uma tabela com alguns valores de (escolhidos aleatoriamente) e
suas respectivas imagens:
-1 ? @∙ ? B 5
0 C @∙C B 2
1 ? @∙? B 1
2 B @∙B B 4
Exemplo:
O gráfico acima não é de uma função, pois O gráfico acima é de função, pois toda reta
existem retas perpendiculares ao eixo O perpendicular ao eixo O que intersecta o
que intersectam o gráfico em mais de um gráfico, intersecta apenas em um ponto. Ou
ponto. seja, para cada valor de , temos associado
um, e somente um, valor de .
Exemplo:
Observe que no gráfico da função (figura 10), considerando os pontos E 1,1 F G 3,3 ,
verifica-se que:
Se 0 1 3 3 , então 0 1 3 3. Nesse caso, a função é crescente, por
definição.
Exemplo:
De modo análogo, a partir do gráfico de uma função podemos estudar o sinal da função, ou seja,
determinar o conjunto de valores de para os quais a função é positiva ( 0 , negativa
( 0 e nula ( 0).
Exemplo:
Verifique no gráfico da função 3
2 figura 12), que representa uma parábola. Para
qualquer valor de x menor -2, e maior que 2, o valor da f(x) será maior do zero, portanto a função
é positiva. Similarmente, se tomarmos qualquer valor para x entre -2 e 2, a f(x) será negativa.
Movimentação gráfica
Dado uma função e, considerando H ∈ F H 0, podemos construir gráfico por
movimentação do gráfico de funções elementares, apenas modificando ligeiramente a sua lei.
Veja os movimentos, que podemos obter a seguir:
, OF 0
absoluto de um número é definido por:
| | N P
, OF 0
Observe, que ao associarmos alguns pontos, podemos obter o gráfico elementar dessa função.
∈Q ∈ Q
-3 3
-2 2
-1 1
0 0
1 1
2 2
3 3
Verifique nos gráficos abaixo, como as modificações na lei da função modular resulta na
movimentação do seu gráfico do plano cartesiano.
Observação: Na figura 19, a reflexão em relação ao eixo OY, não ocasiona efeito de
| | || ||.
função elementar, pois
Similarmente, acontece com o movimento de reflexão parcial:
Função Potência: R
, S TUVOW VWF.
Se p é um inteiro positivo par, S 2, 4 ,6 … As funções são pares e simétricas em relação a 0Z
e sempre passa pelos pontos 1,1 e 1,1 .
y = x^2
y = x^4 7
6
6
5
5
4
4
3
3
2
2
1
1
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−1
−1
y = x^6
7 y = x^2
y = x^4
6 y = x^6 6
5 5
4
4
3
3
2
2
1
1
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−1
−1
Se p é um inteiro positivo ímpar, S 1, 3, 5. .. As funções são ímpares, simétricas em relação a
origem e sempre passa pelos pontos 1,1 e 1, 1 .
y = x^3 4
y = x 4
3
3
2
2
1
1
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−1 −1
−2 −2
−3 −3
−4 −4
y = x^5 4 y = x 4
y = x^3
3 y = x^5
3
2 2
1 1
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−1 −1
−2 −2
−3 −3
5
5
4 4
3 3
2
2
1
1
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−1
−1
y = x^-2
7 y = x^-6
y = x^-4
y = x^-6 6
6
5 5
4
4
3
3
2
2
1
1
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−1
Se p é um inteiro negativo ímpar, S 1, 3, 5 …. As funções são ímpares, simétricas em
relação a origem, sempre passa pelos pontos (1,1) e (-1,-1) e é interrompido na origem. O gráfico
1/ é chamado hipérbole equilátera.
y = x^-1
4 y = x^-3
4
3
3
2
2
1
1
−5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−1
−1
−2 −2
−3 −3
−4 −4
y = x^-1
y = x^-5 y = x^-3 4
4
y = x^-5
y = x^-3 3
3
2
2
1
1
−5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−1 −1
−2 −2
−3 −3
−4 −4
Se S 1/V, V 1,2,3, . . .,
\
√
]
]
y = sqr(x)
7 y = root(3,x)
4
6
3
5
2
4
1
3
−5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
2 −1
1 −2
−3
−1 1 2 3 4 5 6 7 8
−4
y = -sqr(x)
y = -root(3,x) 2
4
3 1
2
−1 1 2 3 4 5 6 7 8
1 −1
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−2
−1 −3
−2
−4
−3
Função Exponencial: : Q → Q, ^ ,0 a51
7 6
6 5
5 4
4 3
3 2
2 1
1
−6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3
−3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 −1
−1 1 2 3 4 5 6 7 8
−1 1 2 3 4 5 6 7 8
−1
−1
−2
−2
−3
y = 1/(x-1)+2 5
y = (x+2)^3+1 4
y = x^3 y = 1/x
4
y = x^3 3
(x,y) = (-2,1) 3
2
2
1 1
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6
−1
−1
−2
−2
−3
−3
−4
−4 −5
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
E01. Preencha cada espaço sinalizado na tabela a seguir (tarjas cinzas), com o intervalo sinalizado
em cada linha de acordo com o tipo de notação indicada nas colunas.
3,1
T1 T2 T3
∈ | 1 4
c1 c2 c3
F1 F2 F3
-8 2
∞, 0
1 2 3
-3
E02. Uma empresa que realiza serviços de manutenção de edifícios organizou a tabela abaixo que
indica o número de funcionários necessários para a realização do serviço em função do número
de andares do prédio a ser construído.
Nº de andares Nº de funcionários
1 6
2 12
3 18
4 24
5 30
6 36
... ...
Sendo n o número de andares do edifício e N o número de funcionários a ser disponibilizado para
a obra, qual a variável independente? Qual a variável dependente?
(a) Qual é a fórmula (lei da função) que associa N a n?
(b) Quantos funcionários seriam necessários para realizar o serviço em um prédio de 17 andares?
(Resolva esse exercício utilizando a expressão da letra a.)
(c) Sendo enviados 126 funcionários para a manutenção de um edifício, quantos andares, no
máximo, seriam possível realizar o serviço? (Resolva esse exercício utilizando a expressão da
letra a.)
E03. Dados os conjuntos A = {a,b,c} e B = {d,e,f,g}, considere a relação descrita através das
tabelas abaixo. Esboce, usando diagrama de Venn, cada relação dada e, por fim, avalie se a relação
é ou não de função.
E04. Identifique se cada relação dada abaixo, através dos diagramas de Venn, se a aplicação é ou
não uma relação de função. Em caso positivo, indique o domínio, contradomínio e a imagem da
função. Caso não seja função, justifique a sua resposta.
(a) (b)
(c) (d)
E05. Explicite o domínio de cada função abaixo:
(b) f √5 (c) g 7
d1
√2
h
312e
E06. Identifique os pares ordenados de cada um dos pontos representados no plano cartesiano
abaixo.
-2
-1
0
1
2
Através do gráfico de uma função podemos, em alguns casos, determinar o domínio e a imagem
da função projetando o gráfico nos eixos coordenados, portanto:
( ______________________________________ ./ _____________________________________
E09. Identifique se cada gráfico abaixo é ou não gráfico de função. Em caso positivo,
Identifique o domínio e a imagem.
(a)
É função?
Não ( ) Sim ( )
(
./
(b)
É função?
Não ( ) Sim ( )
(
./
E10. Considere o gráfico a seguir. Estude o sinal da função, determine os intervalos em que a
função é crescente e os intervalos em que a função é decrescente. A função tem raiz(es)? Qual(is)?
8 , 2 ∈ | 8 2
F1 F2 F3
-8 2
∞, 0 ∈ | 0 0
1 2 3
∞, 3 ∈ | 3
-3
E03.
(a) (b)
(c) (d)
E04.
(a) Representa uma função: ( , , +( T, , f , ./ ,f
(b) Não representa uma função, pois o elemento b possui duas imagens.
(c) Representa uma função: ( , , T , +( T, , f , ./ T, , f
(d) Não representa uma função, pois o d pertencente ao conjunto A não se relaciona com nenhum
elemento de B.
E05.
r ( ∈ | 5 3/2
s ( ∈ | 5
t (
E06.
A(-4; 3) C(0; -2) E(0;0) G(1 ; -2,5) I(-2,5; 5)
B(4; 0) D(5; -3) F(0;3,5) H(-3 ; -1) J(-5;0)
E07.
E08.
-2 5
-1 2
0 1
1 2
2 5
( ./
E09.
(a) É gráfico de uma função. ( e ./
(b) Não é gráfico de uma função.
E10.
(a1) Se 0 3 , então 0. (b1) Se 3 6, então 0.
(a2) Se 2 3 , então 0. (b2) Se 2 3, então 0.
(a3) A função tem raízes? ( x ) Não. (b3) A função tem raízes? ( x ) Sim.
Se 1 F 1, então 0.
(b4) Raízes: 1 F 1.
Testes
T01. O serviço de água e esgoto de uma cidade cobra R$ 1,50 pelos primeiros 10 m3 de água
consumida e mais R$ 0,25 por metro cúbico que exceder essa quantia. Verifique qual é a função
do 1o grau abaixo que define a quantia a serem pagos por um consumo de x metros cúbicos acima
dos 10 m3.
T02. Um comerciante contratou um novo funcionário para cuidar das vendas. Combinou pagar a
essa pessoa R$ 250,00 por semana, e, como um estímulo, também propôs que ele pagaria 1,4 real
por cada produto vendido. Ao término da primeira semana, esse novo funcionário conseguiu ficar
com um salário de R$ 390,00. Quantos produtos esse funcionário vendeu?
(a) R$ 60,00.
(b) R$ 180,00.
(c) R$ 172,00.
(d) R$ 100,00.
(e) R$ 120,00.
T03. As frutas que antes se compravam por dúzias, hoje em dia, podem ser compradas por quilogramas, existindo
também a variação dos preços de acordo com a época de produção. Considere que, independente da época ou variação
de preço, certa fruta custa R$ 1,75 o quilograma. Dos gráficos a seguir, o que representa o preço m pago em reais
pela compra de n quilogramas desse produto é:
T04. Através dos dois esquemas de flechas a seguir, em que A = {3,1,5, 2} e B = {−2, 5, 0,1, 6,3} , avalie os
seguintes itens:
Esquema de flexa (1) Esquema de flexa (2)
I. O esquema de flexa (1) não define uma função porque o elemento 1 do conjunto B não corresponde com
nenhum elemento do conjunto A.
II. O esquema de flexa (1) não representa uma função devido ao fato do elemento 5 do conjunto A estar
relacionado com mais de um elemento do conjunto B.
III. O esquema de flechas (2) representa uma função mesmo que elementos do conjunto B não se corresponda
com nenhum elemento do conjunto A.
T05. Através dos dois esquemas de flechas a seguir, em que A = {−1, 0,1, 2} e B = {−2, −1, 0,1, 2,3} , avalie os
seguintes itens:
Esquema de flexa (1) Esquema de flexa (2)
I. O esquema de flexa (1) não define uma função porque o elemento 1 do conjunto A possui duas imagens.
II. O esquema de flexa (1) não representa uma função devido ao fato do elemento 3 do conjunto B estar
relacionado com o elemento 1 e 2 ambos pertencentes ao conjunto A.
III. O esquema de flechas (2) não representa uma função, pois todos os elementos do conjunto A possuem uma
mesma imagem (elemento 1 pertencente ao conjunto B).
x2 + 2
T06. Quais dos intervalos abaixo, representam o domínio da função f ( x) = ?
x −1
(a) ]1, ∞ (b) 0,1 (c) 1, ∞ (d) ∞, 1 (e) ∞, ∞
T07. (Unicap-PE) Um estudo das condições ambientais de um município indica que a taxa média de monóxido de
carbono no ar será de C ( p ) = 0, 5 p − 1 ppm (partes por milhão) quando a população for de p milhares de habitantes.
Sabendo que daqui a t anos, a população será de p(t ) = 10 + 0,1t 2 , calcule qual é a taxa de monóxido de carbono no
ar, atualmente. O valor encontrado é:
(a) 5 SS/ (b) 3 SS/ (c) 4 ppm (d) 1 ppm (e) 2 ppm
- 79 -
T08. (Adaptada ENADE 2008) Apesar do progresso
verificado nos últimos anos, o Brasil continua sendo um
país em que há uma grande desigualdade de renda entre
os cidadãos. Uma forma de se constatar este fato é por
meio da curva de Lorenz, que fornece, para cada valor de
x entre 0 e 100, o percentual da renda total do país
auferido pelos x % de brasileiros de menor renda. Por
exemplo, na Curva de Lorenz para 2004, apresentada ao
lado, constata-se que a renda total dos 60 % de menor
renda representou apenas 20 % da renda total.
De acordo com o mesmo gráfico, o percentual da renda
total correspondente aos 40 % de maior renda foi,
aproximadamente, igual a:
T01. b
T02. d
T03. e
T04. c
T05. b
T06. a
T07. c
T08. e
- 80 -
5 FUNÇÕES AFINS E QUADRÁTICAS
Função Afim
O salário de um funcionário é composto de uma parte fixa no valor de R$ 2300,00, e uma parte que varia em
função do número de clientes atendidos pelo funcionário. Para cada cliente atendido, é adicionado ao salário do
cliente um valor de R$ 20,00, ou seja:
em que representa o salário do funcionário num mês em que foram atendidos clientes.
Uma função : 4 → 4 é dita uma função afim se existirem dois números e tais que . Neste
caso, a constante é chamada de coeficiente angular e a constante é chamada de coeficiente linear.
No exemplo do salário do funcionário, a função afim possui coeficiente angular igual a 20 e coeficiente linear
igual a 2300.
Como já foi definida anteriormente, uma raiz de uma função é um valor ∈( para o qual a função se
anula, ou seja, 0. De modo geral, para encontrar o conjunto de raízes de uma função, igualamos a sua lei a 0
(zero) e resolvemos a equação obtida.
1, podemos calcular a raiz da função da seguinte forma:
e
3
Por exemplo, se
3 3 2 2
0 → 1 → 1 → 1 ∙ → .
2 2 3 3
3
e
Logo, possui uma única raiz: .
- 81 -
5.1.2 Gráfico de uma função afim
O gráfico de uma função afim é uma reta cuja posição no plano w depende dos seus coeficientes angular e
linear.
Por exemplo, para esboçar o gráfico da função 2 2, determine alguns pontos que pertencem ao
gráfico da função, marque esses pontos no plano cartesiano e, por fim, trace a reta que representa o gráfico procurado:
B B
? 1 2 1 2 4
C 0 2∙0 2 2
? 1 2∙1 2 0
B 2 2∙2 2 2
Observe que a reta acima intersecta o eixo w no valor da raiz de e intersecta o eixo w no valor para o qual
0, ou seja, no ponto 0, . Sendo assim, para esboçar o gráfico de uma função afim, podemos, no primeiro
momento, identificar os pontos de interseção do gráfico com os eixos coordenados e tentar traçar o gráfico da função.
Exercício Resolvido:
Considere a função afim , com , ∈ 4. Sabendo que 1 6e 3 2, determine a
lei de .
Solução:
Como 1 6, então:
1 → 6 ⇒ 6 ∙1 .
3 → 2 ⇒ 2 ∙ 3 .
Já vimos que o gráfico de uma função afim, , é uma reta. A partir do valor do coeficiente angular
podemos determinar o comportamento da reta quanto ao seu crescimento:
^ C A reta é crescente.
^ C A reta é decrescente.
- 83 -
Função Quadrática
B
x ?B
C 0 03 8∙0 12 12
B 2 23 8∙2 12 0
y 4 43 8∙4 12 4
z 6 63 8∙6 12 0
x 8 83 8∙8 12 12
{ √∆
,
2
em que ∆ 3
4 T, chamado de discriminante.
Exemplo:
Vamos usar a Fórmula de Bháskara para calcular as raízes da função 3
5 4.
Note que os coeficientes da função são 1, 5eT 4. Dessa forma, ∆ 53 4∙1∙4 9. Substituindo na
fórmula, encontramos:
5 { √9 5{3
2∙1 2
↓
1 ou 4.
- 84 -
Sendo assim, concluímos que a parábola que representa o gráfico de , intersectará o eixo w nos pontos 1,0 e
4,0 .
Encontradas as raízes de 3
T, a saber 0 e 3, podemos decompor (fatorar) a função com:
∙ 0 ∙ 3 .
1∙~ 1 •∙~ 4 •
1 ∙ 4 .
Para auxiliar na construção do gráfico de uma função quadrática, vamos pontuar quatro fatos:
^ C ^ C
(concavidade voltada para cima) (concavidade voltada para baixo)
- 85 -
2. O sinal de ∆ indica o número de raízes (interseções com o eixo w ):
^ C ^ C
∆ C
duas raízes reais e distintas
∆ C
duas raízes reais e iguais
∆ C
a função não possui raiz
real
…
ƒ
2
•
„ ∆
ƒ
‚
•
4
- 86 -
Observação: O vértice de uma função quadrática é o ponto no qual a parábola muda
de comportamento quanto ao seu crescimento:
• , ∞
0 → N
a função é crescente no intervalo
- 87 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
E03. Para cada função a seguir, calcule a raiz (se existir), determine as interseções com os eixos coordenados e
esboce o gráfico.
2 5 † 3 5 1
1 e) f
3 0
3 e ‡
a) b) c) d)
E04. A reta, gráfico de uma função afim, passa pelos pontos 2, 63 e 5, 0 . Determine essa função e calcule
16 .
unidade por $ 5,00, o lucro final ˆ será dado em função das unidades vendidas. Responda:
E05. Um comerciante teve uma despesa de $ 230,00 na compra de certa mercadoria. Como vai vender cada
E08. Assinale as alternativas cujas funções correspondam a funções quadráticas, em caso positivo, indique os
coeficientes , e T.
a) 3 b) 3 c) 21 d) 3 3
12 e) 3
- 88 -
E10. Determine o vértice da parábola que representa a função definida por:
a) y = x 2 − 2 x − 3 b) y = − x 2 + 8 x − 15 c) y = x 2 − 6 x + 9 d) y = x 2 − 5 x + 6 e) y = 3 x − 4 x 2
E11. Para cada função a seguir, calcule a raiz (se existir), determine as interseções com os eixos coordenados e
esboce o gráfico.
a) y = x 2 − 2 x + 1 b) y = − x 2 − 2 x c) y = 3 x 2 − 4 x + 2
E02.
a) 3 2 b) 2 5 c) 3 2
E03.
a) b)
- 89 -
c) d)
e)
Raiz: 3/8
E04.
a) 9 45 e 16 99
E05.
a) 5 230 b) Para 46 c) Para 109 d) Para 102
E06.
a) 0 , 5 b) 2 , 10 c) 0,6 ; 2,4
E07.
a) 4 3
- 90 -
E08.
a) Não b) Sim; 1, 0 c) Não d) Sim; 3, e) Sim; 1, 1
eT 0 0eT 12 eT 0
E09.
a), b) e d)
E10.
a) 1 , 4 b) 4 , 1 c) 3 , 0 d) ‹ ,
d 0
Œ e) ‹ ,
e •
Œ
3 ‡ • 0m
E11.
a) b) c)
Testes:
T01. (PUC) Considere um terreno retangular que pode ser cercado com 50m de corda. A área desse terreno expressa
como função do comprimento de um dos lados é:
a) A(x) = -x2 + 25x para x ≥ 0 d) A(x) = -3x2 + 50x para 0 < x < 50/3
b) A(x) = -3x2 + 50x para x ≥ 0 e) A(x) = 3x2 + 50x para 0 < x < 50/3
- 91 -
T03. (VUNESP) O gráfico ao lado mostra o resultado
de uma experiência relativa à absorção de potássio
pelo tecido da folha de certo vegetal, em função do
tempo e em diferentes condições de luminosidade.
Nos dois casos, a função linear, , ajustou-se
razoavelmente bem aos dados, daí a referência de
como taxa de absorção (geralmente medida em
micromols por unidade de peso por hora). Com base
no gráfico, se 0 é a taxa de absorção no claro e 3 éa
taxa de absorção no escuro, a relação entre essas duas
taxas é:
a) 0 3 b) 3 2 0 c) 0 ∙ 3 1 d) 0 ∙ 3 1 e) 0 2 3
T04. (UFRRJ) O custo de produção de um determinado artigo é dado por C(x) = 3x2 – 15x + 21. Se a venda de x
unidades é dada por V(x) = 2x2 + x, para que o lucro L(x) = V(x) – C(x) seja máximo, devem ser vendidas:
T05. Uma barra de ferro foi aquecida até uma temperatura de 30ºC e a seguir foi resfriada até a temperatura de –6ºC.
Depois de quanto tempo, em minutos, após o início do resfriamento, a temperatura da barra atingiu 0ºC?
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
T06. (UNESP) A expressão que define a função quadrática f(x), cujo gráfico está esboçado, é:
a) 2 3
2 4
b) 3
2 4
c) 3
2
d) 2 3
2 4
e) 2 3
2 2
Nessa disciplina, nosso objetivo será estudar um dos vários ramos da Física: a Mecânica, que em termos muito
simples, estudará os movimentos e as condições em que eles se realizam, sempre relacionando três grandezas físicas
fundamentais: o comprimento, a massa e o tempo.
Didaticamente dividimos a Mecânica em três partes:
CINEMÁTICA: DINÂMICA:
ESTÁTICA:
estuda o movimento sem considerar estuda os movimentos dos corpos
suas causas, isto é, sem se preocupar estuda os corpos em equilíbrio. e as causas que os originam, isto
como o que o produziu. é, as forças.
Nesta Unidade estudaremos a Cinemática, porém, inicialmente existe a necessidade de conhecermos alguns
conceitos que serão utilizados neste estudo.
Conceitos Fundamentais
Ponto Material: Suponha um carro percorrendo uma estrada muito extensa. Se compararmos as dimensões do
carro com o comprimento total da estrada veremos que uma medida é muito menor que a outra. Nessa situação,
podemos desprezar as dimensões do carro e denominá-lo ponto material ou partícula.
Suponha agora o mesmo carro estacionado numa garagem. Nesse caso as dimensões do carro não podem ser
desprezadas, pois elas não são muito menores que as dimensões da garagem. Nessa situação, o carro é chamado de
corpo extenso.
Referencial: Para determinar se um corpo se encontra ou não em movimento, é necessário ver a posição desse
corpo em relação a outros corpos que o rodeiam. Pense na seguinte situação: um homem sentado na poltrona de um
trem, que anda para a direita, acena para uma mulher na estação. Quando tomamos o trem em movimento como
referência, a posição do homem sentado na poltrona, em relação ao trem, não varia. Dizemos que o homem está em
repouso em relação ao trem. Se tomarmos como referência a mulher na estação, verificamos que a posição do homem
está em movimento em relação à mulher.
- 93 -
O corpo que tomamos como referência para dizer se um outro corpo está em movimento ou em repouso é
denominado referencial.
Note que, no exemplo dado, um mesmo corpo pode estar em repouso ou em movimento, dependendo do
referencial adotado. Portanto, os conceitos de repouso e de movimento são relativos.
A escolha do referencial é arbitrária, e só depois que ele for escolhido é que podemos dizer se um corpo está
em repouso ou em movimento.
Trajetória: Imagine um ciclista andando sobre a areia e deixando nela a marca do pneu de sua bicicleta. Esta
marca sobre a areia representa o caminho percorrido por ele em relação a uma pessoa parada no solo. Essa marca é
denominada trajetória.
A trajetória depende do referencial adotado. Suponha, por exemplo, um avião voando com velocidade
constante. Se num certo instante ele abandonar uma carga, ela cairá segunda uma trajetória vertical em relação às
pessoas do avião.
- 94 -
Na Cinemática Escalar, estudamos o movimento de um ponto material ao longo de sua trajetória considerando
a posição do ponto material, sua velocidade e aceleração como grandezas escalares.
Posição Escalar: Quando conhecemos a forma da trajetória de um corpo, podemos determinar sua posição no
decorrer do tempo por meio de um único número.
Como exemplo, vamos considerar um corpo movimentando-se sobre a trajetória da figura.
Para localizarmos esse corpo num determinado instante, adotamos arbitrariamente um ponto O sobre a
trajetória, ao qual chamamos origem das posições, e orientamos a trajetória – nesse ponto, positivamente para a
direta – a partir de O.
Para conhecer a posição do corpo, num certo instante, precisamos conhecer sua distância em relação ao ponto
O. Essa posição será positiva se o corpo estiver à direita da origem, e negativa se estiver à esquerda. Costumamos
representar a posição de um corpo num dado instante pela letra s.
Na trajetória a seguir, temos:
Função Horária: No estudo da Cinemática não existe preocupação em explicar o movimento, mas somente em
descrevê-lo no sentido estritamente geométrico. Esse estudo se restringe à escolha de um referencial e ao registro, em
termos matemáticos, das sucessivas posições ocupadas por um corpo no decorrer do tempo.
Assim, partindo da posição atual do corpo, num certo referencial, pode-se determinar a sua posição futura no
mesmo referencial.
A partir do aqui e do agora do corpo – posição e instante iniciais – para um dado observador, podemos prever
o ali e o depois – posição e instante finais – do corpo em relação ao mesmo observador.
Para prevermos o ali e o depois usamos a função horária, que relaciona a posição s ocupada pelo corpo com o
tempo t. Toda função horária é do tipo s = f(t).
Como exemplo, vamos considerar um móvel percorrendo a trajetória retilínea indicada na figura, seguindo a
função horária s = 2 + 3t (no SI).
- 95 -
• Quando t = 0 → s0 = 2 m. • Quando t = 4s → s4 = 14 m.
Portanto, s0 é a posição do móvel no instante zero e s4 a posição no instante 4s.
Deslocamento Escalar e Distância Percorrida: Consideremos um móvel percorrendo uma pista circular com
origem no ponto O e orientada em sentido anti-horário.
O deslocamento escalar é dado pela diferença entre a posição final sf e a posição inicial si: ∆s = sf - si.
O sinal algébrico do deslocamento escalar indica em que sentido ocorreu o deslocamento: se no mesmo sentido
da trajetória (movimento progressivo) ou em sentido contrário (movimento retrógrado).
• Se o movimento for no sentido positivo da trajetória (sf > si), ∆s será positivo:
• Se o movimento for contrário ao sentido positivo da trajetória (sf < si), ∆s será negativo:
- 96 -
∆s = sf – si ∆s = 30 – 50 = -20 km (O móvel deslocou-se no sentido negativo)
Se o móvel mudar de sentido, teremos deslocamentos escalares positivos e negativos. Nesse caso, a distância
total percorrida (espaço percorrido) é igual à soma dos módulos de cada um dos deslocamentos.
Velocidade Escalar:
Velocidade Escalar Média: Suponha um carro percorrendo um trecho de estrada entre duas cidades. Sabemos que
o carro não mantém sempre a mesma velocidade durante o trajeto, isto é, sua velocidade varia com o tempo.
Na prática, para estudar o movimento do carro é interessante conhecer e tratar o movimento de uma forma
global e não detalhar esse estudo em cada ponto da estrada.
A velocidade escalar média (vm) é uma informação sobre o movimento global. Para obtê-la, dividimos o
deslocamento escalar pelo tempo gasto na viagem.
Como exemplo, imagine que numa viagem de São Paulo a São José dos Campos um carro se deslocasse 100
km em 2 h.
deslocamen to 100km
vm = → vm = = 50km/h
tempo gasto no percurso 2h
É óbvio que, durante o trajeto, a velocidade do carro, em cada instante, às vezes foi maior e outras vezes menor
do que 50km/h. A velocidade escalar média representa a velocidade constante que o carro deveria manter para,
partindo da mesma posição inicial, chegar à mesma posição final gastando o mesmo tempo.
A velocidade escalar média também pode ser definida num intervalo de tempo. Como por exemplo, vamos
considerar um carro percorrendo a trajetória indicada na figura.
Suponhamos que, para percorrer a variação de espaço ∆s = s2 – s1, o carro leve o tempo ∆t = t2 – t1.
- 97 -
Define-se como velocidade escalar média do carro, entre os
instantes t1 e t2, a grandeza vm dada por:
Δs s − s1
vm = = 2
Δt t 2 − t1
Velocidade Escalar Instantânea: Imagine-se dirigindo um carro numa viagem. A partir de certo instante, você olha
para o velocímetro, consulta o relógio e começa a anotar as velocidades indicadas no decorrer do tempo.
Suponha que os valores anotados sejam os da tabela ao lado. Velocidade
Tempo
(km/h)
Observe que para cada instante podemos associar um valor para a velocidade
8h 80
do carro. A cada valor indicado pelo velocímetro num dado instante denominamos
8h 10min 60
velocidade instantânea.
Dependendo do sinal da velocidade escalar instantânea, podemos ter dois 8h 25min 90
• Movimento Progressivo: quando o móvel caminha no mesmo sentido da orientação da trajetória, isto é, as posições
crescem algebricamente no decorrer do tempo. Neste caso, dizemos que a velocidade do móvel é positiva.
• Movimento Retrógrado: quando o móvel caminha no sentido contrário da orientação da trajetória, isto é, as
posições decrescem algebricamente no decorrer do tempo. Neste caso, dizemos que a velocidade do móvel é negativa.
- 98 -
Aceleração Escalar:
Aceleração Escalar Média: Consideremos um carro cujo velocímetro indica, num certo instante, uma velocidade
de 10 km/h. Se, por exemplo, 1 s após pisar no acelerador o velocímetro indicar 30 km/h, podemos afirmar que a
velocidade do carro aumentou de 20 km/h em 1 s. Assim, dizemos que o carro recebeu uma aceleração.
A aceleração é relacionada com uma variação de velocidade. Para definirmos a aceleração escalar média,
vamos considerar um móvel percorrendo a trajetória da figura:
A unidade de aceleração no SI é o
metro por segundo ao quadrado (m/s2).
Aceleração Escalar Instantânea: A aceleração escalar média indica o que ocorre com a velocidade num intervalo
de tempo. Para o conhecimento mais preciso do comportamento da velocidade dentro desse intervalo de tempo, ou
seja, em cada instante, é necessário reduzi-lo cada vez mais, aproximando-o do zero.
Assim, chega-se ao valor da aceleração instantânea, cuja definição é:
• Movimento Acelerado: quando o módulo da velocidade aumenta no decorrer do tempo. Isso ocorre quando a
velocidade e a aceleração têm o mesmo sinal.
Por exemplo, um carro percorrendo a trajetória no sentido indicado na figura e o motorista pisando no
acelerador.
v>0
v⋅a>0
a>0
t (h) 0 1 2 3 4 5
v (km/h) 20 40 60 80 100 120
• Movimento Retardado: quando o módulo da velocidade diminui no decorrer do tempo. Isso ocorre quando a
velocidade e a aceleração têm sinais contrários.
v>0
v⋅a<0
a<0
t (h) 0 1 2 3 4 5
v (km/h) 80 70 60 50 40 30
- 100 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
E01. Uma pessoa movimenta-se do ponto A para o ponto C e depois para D, descrevendo a trajetória da figura.
E02. Dizemos que os conceitos de movimento e repouso são relativos, pois dependem do sistema de referência
estabelecido. Com base nisso é correto afirmar que:
I) um corpo parado em relação a um referencial pode estar em movimento em relação a outro referencial.
um livro colocado sobre uma mesa está em repouso absoluto, pois, para qualquer referencial adotado, sua
II)
posição não varia com o tempo.
em relação a um edifício, o elevador estacionado no terceiro andar está em repouso. Porém, em relação ao
III)
Sol, o mesmo elevador encontra-se em movimento.
E03. Observe as figuras abaixo e, em cada caso, classifique o movimento em progressivo ou retrógrado e em
acelerado ou retardado.
- 101 -
E04. A tabela indica a posição de um móvel, no decorrer do tempo, sobre uma trajetória retilínea. Determine o
deslocamento efetuado pelo móvel entre os instantes:
a) 0 e 2 s
b) 4 s e 9 s
E05. A tabela mostra os valores dos instantes t, em segundos, e das posições s, em metros, referentes ao movimento
de um ponto material sobre uma trajetória retilínea.
E06. Um ônibus sai de São Paulo às 8 horas e chega a Jabuticabal, que dista 350 km da capital, às 11h 30min. No
trecho de Jundiaí a Campinas, de aproximadamente 45 km, a sua velocidade foi constante e igual a 90 km/h.
a) Qual a velocidade média, em km/h, no trajeto São Paulo — Jabuticabal?
b) Em quanto tempo o ônibus cumpre o trecho Jundiaí — Campinas?
E07. Um dos fatos mais significativos nas corridas de automóveis é a tomada de tempos, isto é, a medida do intervalo
de tempo gasto para dar uma volta completa no circuito. O melhor tempo obtido no circuito de Susuka, no Japão,
pertenceu ao austríaco Gerard Berger, piloto da equipe McLaren, que percorreu os 5.874 m da pista em cerca de 1min
42s. Com base nesses dados, responda:
- 102 -
a) qual o deslocamento do automóvel de Gerard Berger no intervalo de tempo correspondente a uma volta completa
no circuito?
b) qual a velocidade escalar média desenvolvida pelo carro do piloto austríaco, em sua melhor volta no circuito?
E08. Se um ônibus durante uma viagem entre duas cidades, distantes 400 km, gasta exatamente 5 horas, qual valor
de sua velocidade média?
E09. Durante uma viagem de carro, você observa que passou pelo km 20, às 7h e pelo km 170, às 10h. No km 100,
uma pequena parada de 10 minutos foi feita para descanso. Determine a velocidade escalar média no intervalo de
tempo das 7h às 10h.
E10. Um motociclista percorre 54 km em 30 minutos. Determine sua velocidade escalar média, expressando-a em
km/h e m/s.
E11. Em uma corrida, um atleta percorre 3600 m em 12 minutos. Determine sua velocidade escalar média em m/s e
km/h.
E12. Um ciclista profissional, em treinamento, pedalou 5000 m, mantendo uma velocidade constante de 36 km/h.
Calcule o intervalo de tempo, em segundos, gasto para percorrer essa distância.
E13. Um fabricante de veículos anuncia que seu carro faz do repouso até atingir 108 km/h em apenas 10 segundos.
Determine, em unidades do SI, a aceleração escalar média deste carro.
E14. Um carro com velocidade constante de 90 km/h, trafega por uma avenida, quando, em um certo instante, o
motorista percebe o sinal vermelho à sua frente. Imediatamente aciona os freios, parando em 5 segundos. Determine
a aceleração adquirida pelo carro em m/s2 e diga o significado do sinal negativo encontrado.
E15. Um estudante de Física foi aferido por seu professor da seguinte forma: “A Terra está em movimento ou em
repouso?”. Obteve como resposta: “Depende do referencial adotado”.
A esse respeito, julgue os itens a seguir:
I) Um passageiro que viaja sentado numa poltrona em um trem em movimento está em repouso quando o
sistema de referência é o próprio trem.
II) Um cachorro que acabou de fazer xixi num poste se afasta dele. O posto está em repouso em relação ao
cachorro, pois não pode segui-lo.
III) Um ponto material qualquer está em movimento em relação a um determinado referencial quando sua
posição nesse referencial varia no decurso do tempo.
- 103 -
E02. I e III
E03. a) Movimento Progressivo e Retardado b) Movimento Retrógrado e Acelerado
c) Movimento Retrógrado e Acelerado d) Movimento Progressivo e Retardado
E04. a) 12 m b) 30 m
E05. a) Não, movimento retrógrado. b) 110 m c) 110 m
E06. a) 100 km/h b) 30 min
E07. a) 5874 m b) 207,36 km/h
E08. 80 km/h
E09. 50 km/h
E10. 30 m/s
E11. 18 km/h
E12. 500 s
E13. 3 m/s2
E14. -5 m/s2, o que significa que o módulo da velocidade está diminuindo no decorrer do tempo.
E15. V – F – V
Testes
T01. (UFMS) Um corredor percorre 0,2 km em linha reta, em um intervalo de tempo de 6,0 minutos. Qual é a sua
velocidade média em km/h?
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
T02. (ESPM-SP) A distância da faculdade até a zona leste da cidade é de 24 km. Considerando a velocidade máxima
permitida de 80 km/h, quantos minutos, no mínimo, uma pessoa deve gastar no percurso em trânsito completamente
livre?
a) 10 b) 12 c) 14 d) 16 e) 18
T03. (Cesgranrio-RJ) Uma pessoa, correndo, percorre 4,0 km com velocidade escalar média de 12 km/h. O tempo do
percurso é de:
a) 3,0 min b) 8,0 min c) 20 min d) 30 min e) 33 min
T04. (PUC-MG) Num passeio promovido pelo Jeep Clube de Minas Gerais, o navegador recebe uma planilha em que
se diz que um trecho de 10 km deve ser percorrido a velocidade média de 30 km/h. Se o veículo iniciar o trajeto às
11h00min, ele deverá chegar ao final do referido trecho às:
a) 11h30min b) 11h10min c) 12h40min d) 11h20min e) 14h00min
- 104 -
T05. (FEI-SP) Um carro faz uma viagem de 200 km a uma velocidade média de 40 km/h. Um segundo carro, partindo
uma hora mais tarde, chega ao ponto de destino no mesmo instante que o primeiro. Qual é a velocidade média do
segundo carro?
a) 45 km/h b) 50 km/h c) 55 km/h d) 60 km/h e) 80 km/h
T06. Um objeto percorre 250 m de um trajeto com uma velocidade média de 25 m/s e os 50 m restantes com uma
velocidade média de 10 m/s. Determine a velocidade média no percurso total.
a) 12,5 m/s b) 15 m/s c) 17,5 m/s d) 20 m/s e) 22,5 m/s
T07. Quando um motorista aumenta a velocidade escalar de seu automóvel de 60 km/h para 78 km/h em 10 s, ele
está comunicando ao carro uma aceleração escalar média, em m/s2, de:
a) 18 b) 0,2 c) 5 d) 1,8 e) 0,5
T08. (FGV-SP) Um avião parte do repouso e depois de 20 s decola com velocidade de 360 km/h. Admitindo-se
constante a aceleração, qual o seu valor, em m/s2?
a) 2 b) 5 c) 10 d) 18 e) 72
T09. (UFPE) Durante o teste de desempenho de um novo modelo de automóvel, o piloto percorreu a primeira metade
da pista na velocidade média de 60 km/h e a segunda metade a 90 km/h. Qual a velocidade média desenvolvida
durante o teste completo, em km/h?
a) 50 b) 65 c) 72 d) 80 e) 92
- 105 -
7 MOVIMENTOS RETILÍNEOS
Movimento Uniforme
No nosso cotidiano, é muito comum exemplos de vários tipos de movimento. Basta olharmos para qualquer
lugar e sempre observaremos alguém ou algo se deslocando. Neste momento, interessa-nos um destes movimentos
em especial, o Movimento Uniforme.
Para entendermos um pouco melhor, imagine alguns exemplos:
• Um ônibus que em um trecho curto da viagem consegue manter a velocidade constante de 80 km/h.
• Um avião, no meio do caminho entre Porto Alegre e Recife, onde o piloto automático é ligado e a velocidade
se mantêm constante em 350 km/h.
• Um metrô em movimento entre duas estações, após adquirir sua velocidade máxima, a mantém constante
durante certo tempo em 36 km/h, até se aproximar da próxima estação onde precisará diminuir essa velocidade
até parar por completo.
Poderíamos citar vários outros exemplos, mas já podemos observar que em todos eles, sempre citamos que
durante um certo tempo (para nós é mais correto dizer: intervalo de tempo), a velocidade do objeto se manteve
constante, isto é, não mudou. Todos esses movimentos são, portanto, exemplos de Movimento Uniforme.
No movimento uniforme, o móvel percorre distâncias iguais em intervalos de tempo iguais.
O movimento da Terra em torno do seu eixo, o movimento dos ponteiros de um relógio também são exemplos
bem próximos de movimento uniforme. Na prática, os movimentos não são perfeitamente uniformes.
Se a trajetória for retilínea, o movimento será chamado movimento retilíneo e uniforme (MRU).
Conhecidas as características do movimento, vamos agora estabelecer as leis que regem o movimento
uniforme. Se a forma da trajetória for conhecida, essas leis permitirão determinar, em cada instante, a posição, a
velocidade e a aceleração de um corpo em movimento.
- 106 -
• s0: a posição do móvel no instante t0 = 0.
• s: a posição do móvel no instante t.
A velocidade escalar média do móvel no intervalo de tempo ∆t = t - t0 = t é:
Δs s − s 0
vm = = , em que vm = v = constante.
Δt t − t0
s = s 0 + v⋅ t
A função horária das posições de um móvel em movimento uniforme em relação ao tempo é função do 1º grau.
Essa função permite obter a posição de um móvel em movimento em qualquer instante.
- 107 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
E01. Um caminhão movimenta-se sobre uma trajetória retilínea segundo a função horária s = 10 + 2t (no SI).
Determine:
a) a posição inicial;
b) a velocidade;
c) a posição no instante t = 3s;
d) o espaço percorrido após 6s;
e) o instante em que o ponto material passa pela posição 36 m;
E02. Um móvel desloca-se com movimento retilíneo segundo à lei horária s = 20 + 8t (no SI). Determine:
a) a posição inicial do móvel;
b) a posição do móvel quando t = 5 s;
c) o instante em que o móvel passa pela posição 100 m;
d) a distância percorrida pelo móvel durante o 10º segundo;
e) o módulo do deslocamento e do espaço percorrido pelo móvel no intervalo de 5 s a 20 s.
E03. Um ciclista A está com velocidade constante vA = 36 km/h, um outro ciclista B o persegue com velocidade
constante vB = 38 km/h. Num certo instante, a distância que os separa é 80 m.
a) A partir desse instante, quanto tempo o ciclista B levará para alcançar o A?
b) Determine a posição dos ciclistas quando se encontrarem.
c) Calcule a distância que cada ciclista percorreu até o encontro.
E04. Dois motociclistas A e B percorrem uma mesma pista retilínea representada pelo eixo orientado.
No início da contagem dos tempos suas posições são A = 10 m e B = 80 m. Ambos percorrem a pista no sentido
positivo do eixo com velocidades constantes, sendo vA = 30 m/s e vB = 20 m/s. Pedem-se:
a) o instante em que A alcança B;
b) a posição do encontro em relação ao marco zero da pista.
- 108 -
E05. Quanto tempo gasta um trem com 400 m de comprimento e velocidade de 20 m/s, para atravessar um túnel de
1.800 m de comprimento?
E06. Um trem viaja por estrada retilínea com velocidade constante de 36 km/h. Calcule o comprimento do trem,
sabendo que ele leva 15 s para atravessar uma ponte de 60 m de comprimento.
E07. Os móveis A, B e C partem de um mesmo ponto, com movimento retilíneo uniforme, em momentos diferentes.
B parte 2 minutos após A, e ambos desenvolvem a mesma velocidade. C parte por último, gastando 10 minutos para
alcançar B e mais 5 minutos para alcançar A. Determine, em minutos, o tempo decorrido entre a partida de A e a de
C.
E08. No instante t0 = 0, a distância entre dois carros A e B é de 375 km. Eles se movem um ao encontro do outro
com velocidades constantes e de módulos respectivamente iguais a 60 km/h e 90 km/h, descrevendo uma mesma
trajetória retilínea.
Com a trajetória orientada conforme indica a figura e adotando como origem dos espaços a posição inicial de A,
pedem-se:
a) as funções horárias dos espaços que descrevem os movimentos dos carros A e B;
b) o instante em que os carros se encontram;
c) a posição do ponto de encontro.
E10. Um móvel realiza um movimento uniforme num determinado referencial. Seus espaços variam com o tempo
segundo os dados da tabela:
t(s) 0 1 2 3 4 5
s(m) 160 120 80 40 0 -40
- 109 -
E11. É dada a função horária do movimento de um móvel s = 100 + 80 t, onde s é medido em metros e t em segundos.
Determine:
a) o espaço inicial e a velocidade escalar;
b) o espaço quando t = 2s;
c) o instante em que o móvel se encontra a 500 m da origem dos espaços;
d) se o movimento é progressivo ou retrógrado.
E12. É dada a função horária do movimento de um móvel S = 60 – 12t, na qual s é medido em quilômetros e t em
horas. Determine:
a) o espaço inicial e a velocidade escalar;
b) o espaço quando t = 3 h.
c) o instante em que o móvel passa pela origem dos espaços;
d) se o movimento é progressivo ou retrógrado.
E13. Dois móveis percorrem a mesma trajetória e seus espaços estão medidos a partir do marco escolhido na
trajetória. Suas funções horárias são:
SA = 30 – 80t e SB = 10 + 20t
Nestas funções, t é o tempo em horas e SA e SB são os espaços em quilômetros.
Determine o instante e a posição de encontro.
E14. Duas pessoas partem simultaneamente de um mesmo ponto, seguindo trajetórias perpendiculares entre si, com
velocidades escalares constantes de 1,2 m/s e 0,9 m/s, respectivamente. Determine a distância que as separa após 10s.
E15. Duas pequenas esferas A e B percorrem uma mesma trajetória retilínea com movimentos uniformes e
velocidades escalares 8,0 m/s e 6,0 m/s, respectivamente. No instante t = 0s, as esferas estão posicionadas conforme
a figura abaixo.
E16. Um atirador aponta para um alvo e dispara um projétil, que sai da arma com velocidade de 300 m/s. O impacto
do projétil no alvo é ouvido pelo atirador 3,2 s após o disparo. Sendo de 340 m/s a velocidade de propagação do som
no ar, calcule a distância do atirador ao alvo.
E17. Durante um nevoeiro, um navegador recebe dois sinais expedidos simultaneamente por um posto na costa, um
deles através do ar e outro através da água. Entre as recepções dos dois sons, decorre o intervalo de tempo ∆t = 4 s.
- 110 -
Nas condições de experiência, a velocidade do som tem as grandezas 300 m/s no ar e 1.500 m/s na água. Determine
a distância entre o barco e o posto emissor dos sinais, conforme os dados acima.
- 111 -
Testes
T01. Dois móveis partem simultaneamente de dois pontos, A e B, e deslocam-se em movimento uniforme sobre a
mesma reta, de A para B, com velocidades escalares de 20 m/s e 15 m/s. Se o encontro ocorre 50 s após a partida,
podemos afirmar que a distância inicial entre os mesmos era de:
a) 250 m b) 500 m c) 750 m d) 900 m e) 1025 m
T02. Dois móveis, ambos com movimento uniforme, percorrem uma trajetória retilínea conforme mostra a figura.
Em t = 0, eles se encontram, respectivamente, nos pontos A e B na trajetória. As velocidades escalares dos móveis
são VA = 50 m/s e VB = 30 m/s no mesmo sentido.
T03. Um movimento uniforme é descrito por s = 20 + 5t, onde s está em metros e t em segundos. O espaço inicial,
a velocidade e o tipo de movimento serão, respectivamente:
T04. A tabela fornece, em vários instantes, a posição s de um automóvel em relação ao km zero da estrada em que
se movimenta.
A função horária que nos indica a posição do automóvel, com as unidades fornecidas, é:
a) s = 200 + 30t b) s = 200 – 30t c) s = 200 + 15t d) s = 200 – 15t e) s = 200 – 15t2
- 112 -
T05. (UFPA) O gráfico representa os deslocamentos de duas partículas, A e
B. Pela interpretação do gráfico, podemos garantir que:
e) as partículas partem de pontos diferentes com velocidades distintas e conservam suas velocidades.
T07. Qual é o tempo gasto para que uma composição de metrô de 200 m, a uma velocidade de 180 km/h, atravesse
um túnel de 150 m, expressando sua resposta em segundos?
a) 5 b) 6 c) 7 d) 8 e) 9
T08. Dois móveis A e B percorrem uma mesma trajetória e suas posições são dadas, a partir da mesma origem dos
espaços, por SA = -30 + 10t e SB = -10 – 10t (com S em metros e t em segundos). O instante e a posição de encontro
são iguais, respectivamente, a:
a) 1s; -20 m b) 2s; -10 m c) 3s; -40 m d) 4s; 20 m e) 5s; -60 m
T09. (UFRN) Um trem parte de Natal com destino a Recife às 6h, com velocidade constante de 60 km/h.
Uma hora depois, parte de Natal, numa linha paralela, um segundo trem,
Respostas dos Testes:
mantendo uma velocidade constante de 75 km/h. Sabendo que a distância Natal-
Recife é de 300 km, podemos afirmar que: 01. A
02. D
a) o segundo trem ultrapassará o primeiro a 70 km de Recife;
03. A
b) o segundo trem ultrapassará o primeiro a 80 km de Recife;
04. D
c) o segundo trem ultrapassará o primeiro a 100 km de Recife;
05. A
d) o segundo trem ultrapassará o primeiro a 120 km de Recife;
06. B
e) os dois trens chegarão a Recife ao mesmo tempo.
07. C
08. A
09. E
- 113 -
Movimento Uniformemente Variado
Nos movimentos que observamos diariamente, as velocidades em geral não permanecem constantes, variando,
portanto, no decorrer do tempo. São os chamados movimentos variados.
Por outro lado, se num movimento a velocidade variar uniformemente no decorrer do tempo, isto é, se
ocorrerem variações de velocidade sempre iguais em intervalos de tempo iguais, o movimento será denominado
movimento uniformemente variado (MUV).
Para que isso ocorra em qualquer intervalo de tempo, a aceleração escalar média deve ser constante, diferente
de zero e igual à aceleração escalar instantânea.
am = a = constante ≠ 0
No movimento uniformemente
variado a velocidade escalar
é variável e a aceleração escalar é
constante e não-nula.
No caso de a trajetória ser retilínea, o movimento será denominado movimento retilíneo uniformemente
variado (MRUV).
Vamos estudar agora as funções que permitem a descrição matemática de um movimento uniformemente
variado.
- 114 -
• v0: a velocidade do móvel no instante t0 = 0.
• v: a velocidade do móvel no instante t.
v − v0
a= → v = v 0 + at v = v0 + a⋅t
t
- 115 -
v + v0
∆s = ⋅ t ( )
2
Como v = v0 + at e ∆s = s – s0, substituindo em (), temos:
v 0 + at + v 0 2 v 0 t + at 2 1
s− s 0 = ⋅t → s− s 0 = → s = s 0 + v 0 t + at 2
2 2 2
Lei de Torricelli:
Temos até agora duas funções que nos permitem saber a posição do móvel e a sua velocidade em relação ao
tempo. Torna-se útil encontrar uma fórmula que possibilite conhecer a velocidade de um móvel sem saber o tempo.
A fórmula de Torricelli relaciona a velocidade com o espaço percorrido pelo móvel. É obtida eliminando-se o
tempo entre as funções horárias da posição e da velocidade.
1 2
s = s0 + v0 t + at (1) v = v 0 + at (2)
2
v - v0
Isolando-se o tempo t em (2): t=
a
Substituindo-se t em (1):
2
v- v 0 1 v- v 0
s = s0 + v0 ⋅ + a⋅
a 2 a
a v 2 − 2 vv 0 + v 0
2 2
v 0 v- v 0
s− s 0 = + ⋅
a 2 a2
v 0 v- v 0 2 v 2 − 2 vv 0 + v 0 2
s− s 0 = +
a 2a
2 a ⋅ (s − s 0 ) = 2 v 0 v- 2 v 0 2 + v 2 − 2 vv 0 + v 0 2
2 a ⋅ (s − s 0 ) = − v 0 + v 2
2
v 2 = v 0 + 2 a ⋅ (s − s 0 )
2
v 2 = v 0 + 2a ⋅ Δs
2
v 2 = v 0 + 2 a ⋅ Δs
2
- 116 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
E01. Um ciclista desloca-se numa trajetória retilínea segundo a função horária s = −24 – 5t + t2 (no SI).
a) Qual o tipo de movimento executado pelo ciclista: MU ou MUV?
b) Qual a posição inicial, a velocidade inicial e a aceleração do ciclista?
c) Determine a função horária da velocidade do ciclista.
d) Dê o instante em que o ciclista passa pela origem das posições da trajetória.
E02. Um automóvel está parado diante de um semáforo. Imediatamente após o sinal ter aberto, um caminhão o
ultrapassa com velocidade constante de 20 m/s. Nesse exato instante, o motorista do automóvel arranca com uma
aceleração de 4 m/s2 em perseguição ao caminhão.
a) Após quanto tempo o automóvel alcançará o caminhão?
b) Quantos metros terá percorrido o automóvel?
E03. Um móvel desloca-se sobre uma reta, obedecendo à função horária s = 6 – 5t + t2 (no SI). Determine:
a) a função v = f(t);
b) o instante em que o móvel inverte o sentido do seu movimento;
c) o espaço percorrido entre os instantes 4s e 9s.
E04. Com a vigência do novo Código Brasileiro de Trânsito, atravessar um sinal vermelho constitui infração
gravíssima. Ao perceber um semáforo fechado à frente, o motorista de um carro, movendo-se a 20 m/s, aplica a este
uma desaceleração de 5 m/s2. Determine:
a) o tempo gasto durante a freada;
b) a distância mínima do carro ao semáforo para não ocorrer a infração.
E05. Um motorista está dirigindo um automóvel a uma velocidade de 54 km/h. Ao ver o semáforo fechado, pisa no
freio. A aceleração máxima para que o automóvel não derrape tem módulo igual a 5 m/s2. Qual a menor distância
que o automóvel irá percorrer, sem derrapar e até parar, a partir do instante em que o motorista aciona o freio?
E06. Ao iniciar a travessia de um túnel retilíneo de 200 m de comprimento, um automóvel de dimensões desprezíveis
movimenta-se com velocidade de 25 m/s. Durante a travessia, desacelera uniformemente, saindo do túnel com
velocidade de 5 m/s. Qual o módulo de sua aceleração escalar nesse percurso?
E07. Um veículo parte de um ponto A para um ponto B e gasta 40 s nesse percurso, com uma aceleração de 3 m/s2
e velocidade inicial de 4 m/s. Qual a distância entre os pontos A e B?
- 117 -
E08. Uma bala, que se move a uma velocidade escalar de 200 m/s, ao penetrar em um bloco de madeira fixo sobre
um muro, é desacelerada uniformemente até parar. Qual o tempo que a bala levou em movimento dentro do bloco,
se a distância total percorrida em seu interior foi igual a 10 cm?
E09. Uma norma de segurança sugerida pela concessionária de uma auto-estrada recomenda que os motoristas que
nela trafegam mantenham seus veículos separados por uma “distância” de 2 s.
a) Qual é essa distância, expressa adequadamente em metros, para veículos que percorram a estrada com a velocidade
constante de 90 km/h?
b) Suponha que, nessas condições, um motorista freie bruscamente seu veículo até parar, com aceleração constante
de módulo 5 m/s2, e o motorista de trás só reaja, freando seu veículo, depois de 0,5 s. Qual deve ser a aceleração
mínima do veículo de trás para não colidir com o da frente?
E10. A velocidade de um móvel em Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, obedece à função horária v = 2
+ 3t, com as unidades no SI. Para este móvel, determine:
a) a velocidade escalar inicial e a aceleração escalar;
b) a velocidade 10 segundos após o início do movimento;
c) se o movimento é acelerado ou retardado no instante 10 s.
E11. O espaço de um móvel em MRUV obedece à função horária s = 4 + 3t + 2t2, com unidades no SI. Para este
móvel, determine:
a) o espaço inicial;
b) a velocidade escalar inicial;
c) a aceleração escalar;
d) o espaço ocupado após 2 segundos de movimento.
- 118 -
Testes
T01. A equação horária do movimento de um móvel é dada por s = 12 – 2t + 4t2. A equação da velocidade escalar
desse móvel será:
a) v = 12 – 2t b) v = 8t – 2 c) v = 2 + 4t d) v = -2 + 2t e) v = 12 – 4t
T02. Um móvel efetua um movimento retilíneo uniformemente variado obedecendo à função horária s = 10 + 10t –
5t2, onde o espaço s é medido em metros e o instante t em segundos. A velocidade do móvel no instante t = 4 s, em
m/s, vale:
a) 50 b) 20 c) 0 d) -20 e) -30
T03. Um veículo parte do repouso em movimento retilíneo e acelera a 2 m/s2. Pode-se dizer que sua velocidade e a
distância percorrida, após 3 s, valem, respectivamente:
a) 6m/s; 9m b) 6m/s; 18m c) 3m/s; 12m d) 12m/s; 36m e) 2m/s; 12m
v (m/s)
T05. Um móvel tem movimento com velocidade descrita pelo gráfico 10 •
abaixo.
Após 10 s, qual será sua distância do ponto de partida?
0 5 t (s)
a) 500 m b) 20 m c) 75 m d) 25 m e) 100 m
T06. (UFRGS) Um automóvel que anda com velocidade escalar de 72 km/h é freado de tal forma que, 6,0 s após o
início da freada, sua velocidade escalar é de 8,0 m/s. O tempo gasto pelo móvel até parar e a distância percorrida até
então valem, respectivamente:
a) 10s; 100m b) 10s; 200m c) 20s; 100m d) 20s; 200m e) 5s; 150m
- 119 -
T07. (UFSC) Um carro está a 20 m de um sinal de tráfego quando este passa de verde a amarelo. Supondo que o
motorista acione o freio imediatamente, aplicando ao carro uma desaceleração de 10 m/s2, calcule, em km/h, a
velocidade máxima que o carro pode ter, antes de frear, para que ele pare antes de cruzar o sinal.
a) 36 b) 54 c) 72 d) 90 e) 108
T08. (UEPB) Dois automóveis, A e B, deslocam-se um em direção ao outro numa competição. O automóvel A
desloca-se a uma velocidade de 162 km/h; o automóvel B, a 108 km/h. Considere que os freios dos dois automóveis
são acionados ao mesmo tempo e que a velocidade diminui a uma razão de 7,5 m/s, em cada segundo. Qual é a menor
distância entre os carros A e B para que eles não se choquem?
a) 135 m b) 60 m c) 210 m d) 195 m e) 75 m
T09. (UEL-PR) Um corpo é abandonado a partir do repouso e atinge o chão com velocidade de 20 m/s. Considerando
g = 10 m/s2, o corpo caiu da altura de:
a) 200 m b) 100 m c) 50 m d) 20 m e) 10 m
T10. (UECE) Uma pedra, partindo do repouso, cai de uma altura de 20 m. Despreza-se a resistência do ar e adota-se
g = 10 m/s2. A velocidade da pedra ao atingir o solo e o tempo gasto na queda, respectivamente, valem:
a) 20m/s; 2s b) 20m/s; 4s c) 10m/s; 2s d) 10m/s; 4s e) 15m/s; 2s
- 120 -
8 EXPONENCIAIS E LOGARITMOS
Funções Exponenciais
Diversas situações do nosso cotidiano são descritas matematicamente por funções do tipo potência que
possuem expoente variável, são as chamadas funções exponenciais, as quais serão definidas a seguir.
Fixado um número real , com 1 5 0, definimos a função exponencial de base como 1
, ou
seja:
: ’ → ’
1 ; com ∈ ’∗M e 5 1.
Exemplos:
21 (função exponencial de base 2)
Considere a função exponencial 21 . Vamos atribuir alguns valores para a variável independente e
calcular suas respectivas imagens ou .
1 e ?
@ 3 22e ” •
2 x
1 3 ?
B 2 223 ” •
2 y
?
? 1 220
B
C 0 2– ?
? 1 20 B
B 2 23 y
@ 3 2e x
- 121 -
1
De modo geral, o gráfico de uma função exponencial, , pode ter dois comportamentos distintos a
partir do valor da base :
- 122 -
Logaritmos
Considere e dois números reais positivos, com 5 1 (ou seja: 0e1 5 0). Definimos o logaritmo
de na base como o expoente real ao qual se eleva para obter :
—Uf˜ ⇔ 1
, com 0e15 0.
logaritmando
—Uf d 25 2
base logaritmo
Exemplos:
—Uf3 32 5 (pois 2d 32)
—Uf3 2 1 (pois 20 2)
—Ufe •
0
2 (pois 323 1“ )
9
Observação:
Por convenção, quando estivermos trabalhando com logaritmos de base 10, omitimos a indicação da base na
escrita do logaritmo. Por exemplo: —Uf indica —Uf0– .
Exercício Resolvido:
Solução:
Para resolver, devemos identificar os valores de para os quais as condições de existência dos logaritmos
sejam satisfeitas.
2
a) Utilizando a condição de existência do logaritmando, obtemos:
3 2 0 ⇒ 3 2 ⇒ .
3
.
3
e
Logo,
- 123 -
b) Utilizando a condição de existência da base de um logaritmo, obtemos:
(I) 5 0 ⇒ 5 (II) 5 5 1 ⇒ 5 5 1
⇒ 5 6
c) Neste exemplo, observe que a variável se encontra no logaritmando e na base do logaritmo, então as duas
condições de existência precisam ser analisadas.
2 0 ⇒
–
2 5 1 ⇒ 5 3
0 7 0 ⇒ 7
3
(III)
⇒ 7
(I) (II)
⇒ 0
Logo, 0 7e 5 .
0
3
Exercício Resolvido:
Solução:
- 124 -
Propriedades dos Logaritmos
Logaritmo do produto
Logaritmo do quociente
Logaritmo da potência
—Uf> T ∙ —Uf>
P3
Mudança de base
—Uf
—Uf˜
P4
—Uf
Exercícios Resolvidos:
1. Sabendo que —Uf> 1, —Uf> 2 e —Uf> ¡ 1, calcule o valor de
∙ e
—Uf> .
¡3
Solução:
∙ e (P2)
—Uf> —Uf> ∙ e
—Uf> ¡ 3 —Uf> —Uf> e
—Uf> ¡ 3 (PTal
¡3
(P1)
- 125 -
Funções Logarítmicas
Exemplos:
—Uf3 (função exponencial de base 2)
—Uf (função exponencial de base 10)
—Uf¢ (função exponencial de base †)
Considere a função logarítmica —Uf3 . Vamos atribuir alguns valores para a variável independente
e calcular suas respectivas imagens ou (lembre-se que a variável só poderá assumir valores maiores
ou iguais que zero).
1
C, B£ 0,25 ” • 223 —Uf3 223 2 ∙ —Uf3 2 2∙1 B
4
1
C, £ 0,5 ” • 220 —Uf3 220 1 ∙ —Uf3 2 1∙1 ?
2
? 1 —Uf3 1 C
B 2 —Uf3 2 1
- 126 -
De modo geral, o gráfico de uma função exponencial, —Uf> , pode ter dois comportamentos distintos
a partir do valor da base :
- 127 -
A partir dos gráficos ilustrados acima, podemos verificar algumas propriedades
da função logarítmica.
1. ( ’∗M
2. ./ ’
3. 0 1 0,1 ∈ fŠ
O Número de Nepper
Assim como o número †, um outro número de igual importância aparece diversas vezes quando tentamos
resolver problemas que envolvem cálculo: o número F (número de Nepper ou número Nepperiano). A atenção ao
número Nepperiano surgiu da tentativa de se calcular a área entre a curva 1“ e o eixo das abscissas, na qual se
observou que o resultado de tal área já aparecia em estudos de matemática financeira como resultado do limite
1 1
lim ”1 • 2,71828 … F.
1→M¤
Utilizando o número F, podemos definir duas das principais funções utilizadas em problemas de ciências
exatas:
• a função exponencial natural: F1
• e a função logaritmo natural: ln —Uf¥ .
Observe que, como F 1, as funções exponencial e logaritmo naturais são funções crescentes, cujos gráficos
são os dados a seguir:
F1 ln
- 128 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
f) 21 120
4 g) 212e 212‡ 2123 2120 14 h) 5 51 51M0 5123 20 ∙ 5120
E02. Esboce o gráfico de cada função a seguir. Por fim, indique o conjunto domínio e o conjunto imagem.
e 1
‹ Œ †1 c) f 521 3 1
‹ Œ 1 e) g F1 2
3 e
a) b) d)f
E03. O número de bactérias em um determinado meio de cultura cresce aproximadamente segundo a função V W
2000 ∙ 3–,–‡§ , sendo W o número de dias após o início do experimento. Calcule:
a) o número V de bactérias no início do experimento;
b) em quantos dias o número inicial de bactérias irá triplicar.
f) log 2 0,25 =
a3 3
ab
a) log x b) log x
b2 ⋅ c4 c
E08. Esboce o gráfico de cada função a seguir. Por fim, indique o conjunto domínio e o conjunto imagem.
a) —Ufe b) —Uf–,e c) ln d) —Uf3 2 e) —V 1
c) E = log10 4 1000 − 3
log 3 4
− log 4 (16) + log 7 7 2
- 129 -
E10. Um capital de R$12.000,00 é aplicado a uma taxa anual de 8%, com juros capitalizados anualmente.
Considerando que não foram feitas novas aplicações ou retiradas, encontre:
a) o capital acumulado após 2 anos;
b) O número inteiro mínimo de anos necessários para que o capital acumulado seja maior que o dobro do capital
inicial.
(Se necessário, use log 2 = 0,301 e log 3 = 0,477).
7“ 9“
E01.
9 0 1
2 2
a) b) c) d) e)
f) 1 ou 2 g) 5 h) 3
E02.
a) b)
c) d)
- 130 -
e)
E03.
a) 2000 bactérias
b) W 25
E04.
a) 2 3 c) 2 d) - 6 1
b) − e)
4 6
f) - 2 g) 1 h) 0 i) 0 j) 0
E05.
a) ª 3 b) ª 10 c) ª 1/3 d) ª 1/4 e) ª 3 ; 4
E06.
a) ª ∈ ’ | 0e 51 b) ª ∈ ’ |0 2e 51 c) ª « ∈ ’| 3“ ¬
5
E07.
a) 16 b) 7/3
E08.
a) b)
- 131 -
c) d)
e)
E09.
a) - 1 b) ® £ @√@ c) - 13“
4
E10.
a) R$ 13.996,80
b) 10 anos
Testes:
- 132 -
c) tem uma única raiz menor que 3
d) tem uma única raiz maior que 7
e) tem conjunto solução vazio
α β
a) β b) 24 c) 10 d) + e) 6
2 4
T06. (ITA-98) Assinale a alternativa que corresponde ao valor de y ∈ R que satisfaz a igualdade
Respostas dos
Testes:
01. C
02. C
03. A
04. A
05. C
06. D
- 133 -
9 TRIGONOMETRIA
Vamos definir seno, cosseno e tangente por meio de semelhança de triângulos. Se ABC é um triângulo
retângulo em A, temos:
Consideremos agora um ângulo A Ô C = θ , com 0o < θ < 90º, e tracemos, a partir dos pontos C, E, G, etc. da
semirreta OA, as perpendiculares CD, EF, GH, etc., à semirreta OB.
CD EF GH
= = = ... (constante
)
OC OE OG
Essa relação depende apenas do ângulo θ (e não do tamanho do triângulo retângulo do qual θ é um dos ângulos
agudos). Ela é chamada seno de θ e escrevemos:
OD OF OH
= = = ... (constante
)
OC OE OG
CD EF GH
= = = ... (constante
)
OD OF OH
que também dependem apenas do ângulo θ e que definimos, respectivamente, como cosseno do ângulo θ e tangente
do ângulo θ:
- 134 -
OD medidado catetoadjacenteao ânguloθ
cos(θ) = = , com 0o < θ < 90o
OC medidada hipotenusa
CD OD CD
As razões sen(θ) = , cos(θ) = e tg(θ) =
OC OC OD
são chamadas razões trigonométricas com relação ao ângulo θ.
As razões trigonométricas seno, cosseno e tangente se relacionam de várias formas, como veremos a seguir:
Relação fundamental do triângulo retângulo: sen2 α + cos2 α = 1, (0o < α < 90º).
sen α
tg α = , (0o < α < 90º).
cos α
Se dois ângulos, α e β, são complementares (α + β = 90°), então sen α = cos β (o seno
de um ângulo é igual ao cosseno do ângulo complementar, e vice-versa). Dessa propriedade
surgiu o nome cosseno: seno do complemento.
Além disso, os valores da linha da tangente equivalem à razão dos valores do seno e do cosseno, pois
sen ( x )
tg ( x ) = .
cos( x )
2
2 2 2 = 2 ⋅ 2 =1
• sen 45º = • cos 45º = • tg 45º =
2 2 2 2 2
2
Dessa forma, nos exercícios que envolvem ângulos notáveis, você deve usar os valores memorizados e, nos
demais exercícios, usar uma calculadora científica (lembre -se de que muitos modelos de celulares possuem esse tipo
de calculadora).
LIMA, Elon Lages. Meu Professor de Matemática. Rio de Janeiro: Instituto de Matemática Pura e Aplicada
(IMPA) e Vitae – Apoio à Cultura, Educação e Promoção Social, 1991, p.187.
- 136 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
Exercícios 01 a 14 extraídos da obra:
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto & aplicações. Vol. 1. 2ª Ed. São Paulo: Ática, 2013.
E01. Uma rampa lisa de 10 m de comprimento faz Sabendo que a luneta do teodolito está a 1,70 m do solo,
ângulo de 30º com o plano horizontal. Uma pessoa que qual é aproximadamente a altura da torre?
sobe essa rampa inteira eleva-se quantos metros
verticalmente?
E02. Um navio está situado exatamente 10 milhas a E05. Na figura abaixo, qual é a altura do avião em
leste de um ponto A. Um observador, situado relação ao chão?
exatamente ao sul do navio, vê o ponto A sob um ângulo
de 40º. Calcule a distância entre o observador e o navio.
- 137 -
• obtemos uma medida de tal modo que o ângulo no
70º para o ângulo ACB. ponto A seja reto;
Nessas condições, qual é a largura l do rio?
- 138 -
Respostas dos Exercícios Teóricos:
E01. 5 m
E02. 12,05 milhas
E03. 3,6 m
E04. 59,7 m
E05. 2500 m
E06. a) 8m b) 30º
E07. 22 m
E08. Vx = 5 3 e Vy = 5
E09. 235 m
E10. 5,04 m
E11. h = 540 m e d = 2.062 m
E12. 50 3
E13. α = 30º
E14. 50,4 m
- 139 -
Testes
d) se o avião decolar 220 m antes de B, mantendo a mesma inclinação, não haverá colisão do avião com a serra.
T03. Em uma aula prática de seu curso de Engenharia Civil, Edmílson teve de determinar a altura de um prédio
situado em terreno plano. Instalado o teodolito em um ponto do terreno, o estudante conseguiu ver o topo do prédio
sob ângulo de 60°. Afastando-se o aparelho mais 5 m do edifício, seu topo passou a ser visto sob ângulo de 45°.
Considerando que o teodolito tem uma altura de 1,17 m e tomando 1,732 como aproximação para 3 , a altura do
edifício é:
a) 9 m b) 6,82 m c) 11,83 m d) 13 m e) 11 m
- 140 -
T04. (Enem-2010) Um balão atmosférico, lançado em Bauru (343 quilômetros a noroeste de São Paulo), na noite do
último domingo, caiu nesta segunda-feira em Cuiabá Paulista, na região de Presidente Prudente, assustando
agricultores da região. O artefato faz parte do programa Projeto Hibiscus, desenvolvido por Brasil, França, Argentina,
Inglaterra e Itália, para a medição do comportamento da camada de ozônio, e sua descida se deu após o cumprimento
do tempo previsto de medição.
Na data do acontecido, duas pessoas avistaram o balão. Uma
estava a 1,8 km da posição vertical do balão e o avistou sob
um ângulo de 60°; a outra estava a 5,5 km da posição vertical
do balão, alinhada com a primeira, e no mesmo sentido,
conforme se vê na figura, e o avistou sob um ângulo de 30°.
Qual a altura aproximada em que se encontrava o balão?
b) 2
c) 2 3
d) 2 ( 3 + 1)
e) 2 ( 3 + 3)
T06. (Enem-2011) Para determinar a distância de um barco até a praia, um navegante utilizou o seguinte
procedimento: a partir de um ponto A, mediu o ângulo visual α fazendo mira em um ponto fixo P da praia. Mantendo
o barco no mesmo sentido, ele seguiu até um ponto B de modo que fosse possível ver o mesmo ponto P da praia, no
entanto sob um ângulo visual 2α. A figura ilustra essa situação:
Suponha que o navegante tenha medido o ângulo α = 30° e,
ao chegar ao ponto B, verificou que o barco havia percorrido
a distância AB = 2000 m. Com base nesses dados e
mantendo a mesma trajetória, a menor distância do barco até
o ponto fixo P será:
3
a) 1000 m b) 1000 3 m c) 2000 m d) 2000 m e) 2000 3 m
3
- 141 -
T07. Topografia é área do conhecimento que trabalha com levantamento de dados para a representação gráfica
detalhada de uma região da superfície terrestre (distâncias, relevo, formas, etc.). Esse nome vem do idioma grego,
em que topos significa ‘lugar’ e graphein significa ‘descrever’: “descrição de um lugar”. Desde as civilizações mais
antigas, os povos já demarcavam a posição e limitavam a extensão de suas terras aplicando técnicas rudimentares de
Topografia.
Imagine que Thaís, estudante do curso de Engenharia Civil, cursando a disciplina de Topografia, caminha em uma
pequena estrada retilínea paralela a uma praia, quando vê, da estrada, um grande barco parado no mar. Curiosa, quer
saber a distância do barco à estrada. Pega seu teodolito no carro e verifica que a reta que une o barco ao ponto onde
ela está forma 45° com a estrada. Após percorrer mais 1.350 m na estrada, Thaís verifica que a reta que une o barco
ao novo ponto onde ela está forma com a estrada um ângulo de 30°; com essas informações, calcula a distância
desejada. Se ela usou 1,7 como aproximação para 3 e acertou todos os cálculos, a distância que encontrou foi:
a) 21,6 m
b) 17 m
c) 18,6 m
d) 25,5 m
e) 30,6 m
- 142 -
T10. Uma pessoa de 1,65 m de altura observa o topo de um edifício
conforme o esquema abaixo. Para sabermos a altura do prédio, devemos
somar 1,65m a:
a) b⋅cos(α)
b) a⋅cos(α)
c) a⋅sen(α)
d) b⋅tg(α)
e) b⋅sen(α)
9.4.1 Introdução
Os ângulos aparecem nos registros da Grécia antiga associados ao estudo dos elementos de um círculo,
relacionados com arcos e cordas. As propriedades dos ângulos centrais de uma circunferência eram conhecidas desde
o tempo de Eudoxo — astrônomo, matemático e filósofo grego que viveu no século IV a.C. —, que teria usado
medidas de ângulos em diversos cálculos, como a determinação das dimensões da Terra e da distância relativa entre
o Sol e a Terra.
Acredita-se que os sumérios e os acadianos, antigos povos habitantes da Mesopotâmia (3500 a.C.), já sabiam
medir ângulos — é atribuída aos sumérios a criação da escrita cuneiforme, a mais antiga de que se tem notícia. Feita
com o auxílio de uma cunha, a escrita cuneiforme era composta de traços verticais, horizontais e oblíquos.
A divisão do círculo em partes iguais, obtida por meio de ângulos centrais congruentes, aparece bem mais
tarde. Hipsicles (século III a.C.) foi um dos primeiros astrônomos gregos a dividir o círculo em 360 partes iguais,
mas não há evidência científica da escolha desse número. O que pode tê-la influenciado é o fato de já se saber que o
movimento de translação da Terra em torno do Sol se realizava em um período de aproximadamente 360 dias. Mas
a hipótese mais provável é ter havido a influência do sistema de numeração de base sexagesimal (base 60), utilizado
na Babilônia, justificando também as subdivisões das medidas dos ângulos, que seguem essa base.
A Trigonometria, como seu nome sugere, é o estudo das medidas envolvidas no triângulo. Seu propósito inicial
é, portanto, a resolução de problemas relacionados a triângulos.
Já estudamos as relações entre os ângulos e os lados de um triângulo retângulo, as razões trigonométricas.
Agora, vamos estender esses conceitos a ângulos maiores do que 180°, e para isso contaremos com o apoio de uma
circunferência, chamada circunferência trigonométrica, na qual serão considerados os ângulos centrais.
Neste tópico vamos fazer um estudo mais abrangente de seno, cosseno e tangente, uma necessidade mais
recente da Matemática. Nesse novo contexto, o triângulo retângulo é insuficiente para as definições necessárias e
precisamos estabelecer um novo “ambiente” para a Trigonometria: a circunferência trigonométrica.
Para isso, vamos relembrar alguns conceitos necessários:
Arco geométrico: é uma das partes da circunferência delimitada por dois pontos, incluindo-os. Se os dois pontos
coincidirem, teremos arco nulo ou arco de uma volta.
- 144 -
Medida e comprimento de um arco: considere um
ponto A sobre uma circunferência de raio r e centro O. O comprimento l depende
Deslocando-se o ponto A sobre a circunferência, ele do raio da circunferência,
mas a medida α não.
percorre uma distância l ao mesmo tempo em que gira um
ângulo α em torno do centro O.
Esse movimento do ponto A descreve um arco de circunferência de medida α e comprimento l.
Para a medida α usam-se geralmente unidades como o grau e o radiano.
Para o comprimento l usam-se em geral unidades como metro, centímetro, quilômetro, etc.
• Medida de uma circunferência em graus: 360°.
• Comprimento de uma circunferência de raio r: C = 2πr .
Arco e ângulo central: todo arco de circunferência tem a mesma medida do ângulo central que o subtende.
Unidades para medir arcos de circunferência (ou ângulos): As unidades mais usadas para medir arcos de
circunferência (ou ângulos) são o grau e o radiano.
• Grau: quando dividimos uma circunferência em 360 partes congruentes, cada uma dessas partes é um arco de um
grau (1°). Considere o arco AB, que vai de A para B no sentido anti-horário:
- 145 -
• Radiano: um arco de um radiano (1 rad) é um arco cujo comprimento retificado é igual ao raio da circunferência.
Isso deve ser interpretado da seguinte forma:
Se temos um ângulo central de medida 1 radiano, então ele subtende um
arco de medida 1 radiano (lembre que a medida do arco é igual à medida do
ângulo central) e comprimento de 1 raio.
Se temos um ângulo central de medida 2 radianos, então ele subtende um
arco de medida 2 radianos e comprimento de 2 raios.
Se temos um ângulo central de medida α radianos, então ele subtende um
arco de medida α radianos e comprimento de α raios. Assim, se a medida α
do arco for dada em radianos, teremos l = α⋅r.
Relação entre as unidades para medir arcos (ou ângulos): Lembre-se de que o comprimento C da
circunferência de raio r é igual a C = 2πr, em que π = 3,141592... Como cada raio r corresponde a 1 rad, podemos
afirmar que o arco correspondente à circunferência mede: 2πr = 2π⋅1 rad = 2π rad.
Sabendo que um arco de 180º mede π rad , podemos fazer a conversão de unidades usando uma regra de três
simples. Porém, recomendamos que você se acostume a fazer as principais conversões entre grau e radiano
mentalmente, sem recorrer à regra de três.
- 146 -
Esse procedimento é muito simples se observarmos que:
1 1 π
• 90º é de 180º; logo, é de π rad → 90º = rad.
2 2 2 Você pode (e deve!)
1 1 π memorizar estas relações para
• 30º é de 180º; logo, é de π rad → 30º = rad.
6 6 6 agilizar as conversões.
Veja outro exemplo:
1 1 π
• 60º é de 180º; logo, é de π rad → 60º = rad. 120º é o dobro de 60º, então:
3 3 3
π 2π
120º = 2 ⋅ = rad.
1 1 π 3 3
• 45º é de 180º; logo, é de π rad → 45º = rad.
4 4 4
- 147 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
Exercícios 01 a 14 extraídos da obra:
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto & aplicações. Vol. 2. 2ª Ed. São Paulo: Ática, 2013.
E01. Se o comprimento de uma circunferência é 2π cm, qual seria o comprimento de um arco de:
a) b) c) d)
e) f) g)
π 5π π 5π 4π 6π 2π
a) b) c) d) e) f) g)
6 6 4 4 3 5 7
E04. Determine a medida, em radianos, de um arco de 20 cm de comprimento contido em uma circunferência de raio
8 cm.
E05. Qual e o comprimento de um arco correspondente a um ângulo central de 45° contido em uma circunferência
de raio 2 cm?
E06. Calcule, em radianos, a medida do ângulo central correspondente a um arco de comprimento 15 cm contido
numa circunferência de raio 3 cm.
- 148 -
E08. Um pêndulo tem 15 cm de comprimento e, no seu movimento, suas posições extremas formam um ângulo de
60°. Qual é o comprimento do arco que a extremidade do pêndulo descreve?
Respostas dos Exercícios Teóricos:
- 149 -
9.4.3 Circunferência Trigonométrica
Os pontos A, B, A’ e B’ são pontos dos eixos e por isso não são considerados pontos dos quadrantes.
Para todo ponto (x, y) pertencente à circunferência trigonométrica, temos -1≤ x ≤ 1 e -1≤ y ≤ 1.
- 150 -
9.4.4 Arcos Côngruos ou Congruentes
Toda vez que o ponto da circunferência, final do arco iniciado em (1, 0), é o mesmo para dois arcos diferentes
(por exemplo, 0 e 2π), chamamos esses arcos de arcos côngruos ou congruentes.
É conveniente notar que todos os arcos côngruos diferem entre si de um múltiplo de 2π, que é o comprimento
de cada volta.
Imaginando o ponto como um móvel que se desloca sobre a circunferência no sentido anti-horário, teríamos o
seguinte:
π
• na primeira figura, o ponto deslocou-se ou 60° de A até B;
3
• na segunda figura, o ponto deslocou-se uma volta inteira (2π ou 360°) e mais
π 7π
ou 60°; ou seja, deslocou-se ou 420°;
3 3
• na terceira figura, o ponto deslocou-se duas voltas inteiras (2⋅2π ou 2 ⋅ 360°)
π 13π
e mais ou 60°; ou seja, ou 780°.
3 3
Supondo que o ponto se deslocasse k voltas inteiras, o número associado à extremidade B do arco AB seria
escrito assim:
π
+ k ⋅ 2π ou 60 o + k ⋅ 360 o , com k ∈ Z
3
- 151 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
E02. Dê a expressão geral, em radianos, dos arcos de extremidades nos pontos indicados, considerando a origem em
A:
a) b) c)
d) e) f)
E03. Encontre a 1ª determinação, ou seja, o menor valor não negativo côngruo ao arco de:
15π 10π 9π
a) 780º b) 1140º c) -400º d) rad e) rad f) rad
2 3 2
E04. “Em 1792, durante a Revolução Francesa, houve na França uma reforma de pesos e medidas que culminou na
adoção de uma nova unidade de medida de ângulos. Essa unidade dividia o ângulo reto em 100 partes iguais,
chamadas grados. Um grado (1 gr) é, então, a unidade que divide o ângulo reto em 100 partes iguais, e o minuto
divide o grado em 100 partes, bem como o segundo divide o minuto também em 100 partes. Tudo isso para que a
unidade de medição de ângulos ficasse em conformidade com o sistema métrico decimal. A ideia não foi muito bem-
sucedida, mas até hoje encontramos na maioria das calculadoras científicas as três unidades: grau, radiano e grado.”
(DANTE, 2013, p.34)
Com base no texto acima, responda:
a) A quantos grados equivale meia volta de circunferência? E uma volta inteira?
- 152 -
b) Em qual quadrante termina o arco trigonométrico de 250 gr?
c) A quantos grados equivale 1 rad?
d) A quantos graus equivale 1 gr?
E01. π π
f) (P1 ) 30 o = → + 2kπ, com k ∈ Z.
π 6 6
a) + 2 k π ou 60º + 360ºk; com k ∈ Z. 5π 5π
3 ( P2 ) 150 o = → + 2kπ, com k ∈ Z.
6 6
2π 7π 7π
b) + 2kπ ou 120º + 360ºk; com k ∈ Z. (P3 ) 210 o = → + 2kπ, com k ∈ Z.
3 6 6
5π 11π 11π
c) + 2kπ ou 225º + 360ºk; com k ∈ Z. (P4 ) 330 o = → + 2kπ, com k ∈ Z.
4 5 5
11π E03.
d) + 2kπ ou 330º + 360ºk; com k ∈ Z.
6 a) 60º
b) 60º
E02.
π π c) 320º
a) 30o = → + 2kπ, com k ∈ Z.
6 6 3π
π π d) rad
b) (P1 ) 45o = → + 2kπ, com k ∈ Z. 2
4 4 4π
5π 5π e) rad
(P2 ) 225 o = → + 2kπ, com k ∈ Z. 3
4 4
π
π π f) rad
c) (P1 ) 45o = → + 2kπ, com k ∈ Z. 2
4 4
7π 7π
(P2 ) 315 o = → + 2kπ, com k ∈ Z.
4 4 E04.
2π 2π
d) 120 o = → + 2kπ, com k ∈ Z. a) 200 gr e 400 gr
3 3
b) 3º quadrante
5π 5π
e) − 60o = 300o = → + 2kπ, com k ∈ Z.
3 3 c) 63,7 gr
d) 0,9º
- 153 -
Testes
T01. (PUC-MG) Ao projetar prédios muito altos, os engenheiros devem ter em mente o movimento de oscilação, que
o
1
é típico de estruturas de arranha-céus. Se o ponto mais alto de um edifício de 400 m descreve um arco de , a
2
medida do arco descrito por esse ponto, em metros, é:
3π 4π 10π 11π
a) π b) c) d) e)
4 3 9 10
T02. (Enem-2004) Nos X-Games Brasil, em maio de 2004, o skatista brasileiro Sandro Dias, apelidado
“Mineirinho”, conseguiu realizar a manobra denominada “900”, na modalidade skate vertical, tornando-se o segundo
atleta no mundo a conseguir esse feito. A denominação “900” refere-se ao número de graus que o atleta gira no ar
em torno de seu próprio corpo, que, no caso, corresponde a:
a) uma volta completa.
- 154 -
Funções Trigonométricas
Nesta seção vamos estender os conceitos de OFV ¯ , TUO ¯ e Wf ¯ para todos os valores reais do
número ¯. Dessa forma, vamos definir o seno, cosseno e tangente como funções reais ais quais chamamos de
funções trigonométricas.
Definimos a função trigonométrica seno como a função que associa a cada número real x o valor real de sen(x),
ou seja
:’ → ’
→ OFV
Gráfico
Calculando os valores do seno de x para alguns valores de x, vemos que o gráfico da função
OFV tem o seguinte aspecto:
.
A curva acima é chamada de senoide.
Periodicidade
Observando o gráfico da função seno, vemos que a função repete periodicamente seus valores nos
intervalos … , 2†, 0 , 0, 2† , 2†, 4† , … Daí dizemos que a função seno é periódica. Observemos que
OFV OFV 2† OFV 4† ⋯ , S Š WUcU ∈ ’
dessa forma, dizemos que o período da função seno é 2† e indicamos por S 2†.
- 155 -
Sinal
Para analisar o sinal da função seno recorremos ao ciclo trigonométrico, vemos que a função seno é
positiva para os valores do 1º e 2º quadrantes e negativa para valores do 3º e 4º quadrantes.
Observações
1) O domínio da função seno é o conjunto dos números reais e a imagem é o intervalo 1,1 .
2) OFV 0, para H†, com H ∈ ℤ.
OFV 0, para 2H†, com H ∈ ℤ.
¢
3
no 1º e 2º quadrantes e para
Observe que o gráfico da função cosseno é simétrico em relação ao eixo y. Além disso, a curva definida pela
TUO
¢
3
função é a curva senoide transladada unidades para a direita.
- 156 -
Sinal
Analisando o sinal da função cosseno, vemos que a função cosseno é positiva para os valores do 1º e 4º
quadrantes e negativa para valores do 2º e 3º quadrantes.
Observações
1) O domínio da função cosseno é o conjunto dos números reais e a imagem é o intervalo 1,1 .
2) A função cosseno é periódica de período S 2†
3) TUO 0, para H ,com H ∈ ℤ.
¢
3
Gráfico
Calculando os valores do seno de x, para
alguns valores de x, vemos que o gráfico da função
Wf tem o seguinte aspecto:
- 157 -
Sinal
Pela definição da função Wf , vemos que a função tangente é positiva para os valores do 1º e 3º
quadrantes e negativa para valores do 2º e 4º quadrantes.
Observações
∈ ’; 5 H†, ∈ ℤ e a imagem é o conjunto dos
¢
3
1) O domínio da função tangente é o conjunto
números.
2) A função tangente é periódica de período S †
1
1. Função cossecante
TUOOFT
OFV
• (U/ ∈ ’; 5 H†, H ∈ ℤ
• ./ ’ 1,1
2. Função secante
1
OFT
TUO
(U/ « ∈ ’; 5 H†, H ∈ ℤ¬
¢
3
•
• ./ ’ 1,1
- 158 -
1
3. Função cotangente
TUWf
Wf
• (U/ ∈ ’; 5 H†, H ∈ ℤ
• ./ ’
1. Função arcoseno
ŠTOFV OFV20
• (U/ 1,1
• ./ †/2, †/2
2. Função arcocosseno
ŠTTUO TUO 20
• (U/ 1,1
• ./ 0, †
3. Função arcotangente
ŠTWf Wf20
• (U/ ’
• ./ †/2, †/2
- 159 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
E01. Determine os valores reais de / para os quais as seguintes equações tenham solução:
a) OFV 2/ 7 c) OFV /3 1
b) OFV 3/ 2 d) 4/ OFV 1
E02. Determine os valores reais de / para que exista um número real que satisfaça as seguintes igualdades:
a) TUO 2/ 5 c) TUO 1 /3
b) TUO 3/ 4 d) TUO 5/ 6
a) ‹ Œ
¢ d) (U/ f
3
e) ./ f
b) f †
f) ∈ 0,2† tal que 1
‹m Œ
¢
c)
E05. Construa o gráfico (um período completo) e dê o domínio, a imagem e o períoso de cada função. (Sugestão:
para construí-lo, reveja os gráficos de seno e cosseno.)
a) cos 3 b) f |sen | c) 2OFV
b) f Wf ‹2 Œ
¢
e
E08. Em cada caso, determine o conjunto ao qual / deve pertecencer de modo que exista satisfazendo a
igualdade .
a) TUWf √2 / b) OFT 3/ 2 c) TUOOFT
3·20
02e·
- 160 -
Testes
Então:
a) 2 F 1 d) 1 F 2
b) 1 F 2 e) 2 F 1
c) 1 F 1
T02. Uma bomba de água aspira e expira água a cada três segundos. O volume de água da bomba varia entre um
mínimo de 2 litros e um máximo de 4 litros. Dentre as alternativas a seguir, assinale a expressão algébrica para o
volume (y) de água na bomba em função do tempo (t).
2 2OFV ¹‹ e Œ ⋅ Wº
¢
a)
2 2OFV ¹‹ e Œ ⋅ Wº
3¢
b)
3 OFV ¹‹ e Œ ⋅ Wº
¢
c)
3 OFV ¹‹ e Œ ⋅ Wº
3¢
d)
3 2OFV ¹‹ e Œ ⋅ Wº
¢
e)
T03. (Vunesp-SP) Uma máquina produz diariamente dezenas de certo tipo de peça. Sabendo-se que o custo de
- 161 -
Respostas dos Exercícios Teóricos:
E01. a) 0
a) / ∈ ’ / 3 / 4 b) 2
b) / ∈ ’ / 1/3 / 1 c) √3/2
c) 0 d) ℝ
d) »/ ∈ ’ / √2 / √2¼ e) 0,2
¢ d¢ •¢ 0e¢
• • • •
f) ou ou ou
E02.
a) / ∈ ’ / 3 / 2
/ ∈ ’ / 5/3 / 1
E06.
a) (U/ « ∈ ’; 5 , H ∈ ℤ¬
b) ¢ ½¢
m e
c) »/ ∈ ’ / √2 / √2¼
b) (U/ « ∈ ’; 5 , H ∈ ℤ¬
d¢ ½¢
d) / ∈ ’ / 1 / 7/5 03 03
E07. ¯ 1 ou ¯ 4
E03.
a) 0, 1, , e , ,
√e2√3 √e √3 √3
3 3 3
E08.
a) / 2
¢ d¢
‡ ‡
b) / ou / 1
0
b) ou
c) Não existe. d
c) 0 / /
0 0 3
e e d
ou
E04.
T01. d)
T02. d)
T03. c)
- 162 -
10 GEOMETRIA
10.1.1 Triângulo
Figura geométrica composta de 3 (três) lados e 3 (três) vértices.
Exemplos: Esquadro, placas de transito, metade de um sanduíche, etc.
0 ˜Ç
3 3
Área: x (Base) x (Altura)
- 163 -
ÁREA Ìp p a p b p c , em que p
ÎMÏMÐ
3
Fórmula de Heron:
ÁREA
ÎÏ ÑÒÓÔ
3
Fórmula dos Lados:
Classificação:
Equilátero: Triângulo cujos lados têm mesmo comprimento ou em que todos os ângulos são iguais;
Retângulo: Triângulo com 1 (um) ângulo de 90o graus. Em particular, os lados de um triângulo retângulo verificam
uma importante identidade:
Teorema de Pitágoras 3 3
T 3.
10.1.2 Paralelogramo
Lugar geométrico composto de 4 (quatro) lados e 4 (quatro) vértices, cujos lados opostos devem ser paralelos ou
possuir tamanhos iguais.
Exemplos: Quadro, mesa, televisão, etc.
- 164 -
Ângulos: ¯ Õ Ö × 360›
Área: E g
¢
Retângulo: Paralelogramo com todos os ângulos de 90º graus ou 3 radianos.
¢
3
Quadrado: Paralelogramo cujos lados têm mesmo comprimento e em que todos os ângulos são de 90º graus ou
radianos.
10.1.3 Trapézio
Figura formada por 4 (quatro) lados e 4 (quatro) vértices, onde somente dois lados opostos são paralelos.
Exemplos: Bolsa, telha, etc.
g
0 >M˜
3 3
Área: [(Base Maior) + (Base Menor)] x (Altura)
10.1.4 Polígonos
Região planar composta por V lados e V vértices.
- 165 -
As formas mais comuns são dadas quando os lados e os ângulos são todos iguais, também denominados de
polígonos regulares. Na realidade, conectando cada vértice ao centro de um polígono regular concluímos que este é
formado pela união de triângulos isósceles, cuja altura é denominada de apótema.
V
0 š>
3 3
Área: (Número de Lados) x x (Lado) x (Apótema)
Exemplos:
- 166 -
10.1.5 Círculo
Lugar geométrico dos pontos que tem a mesma distância Š a partir de um centro + . Em particular, não possui
lados nem vértices.
Exemplos: Anel, prato, relógio, etc.
Área: † x (Raio)2 †Š 3
Š Ø
0 0 3
3 3
Área: x (Raio)2 x (Ângulo do Setor)
ou
0 ÙÚ
3 3
x (Raio) x (Comprimento de Arco) .
- 167 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
Exercícios extraídos da obra:
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto & aplicações. Vol. 2. 2ª Ed. São Paulo: Ática, 2013.
E01. Feito o levantamento de um terreno, foram determinados os dados indicados na figura abaixo. Nessas condições
qual é a área do terreno?
E03. Um terreno tem forma de um trapézio de bases 20m e 14 m e altura 11m. Nesse terreno , construiu-se uma
piscina retangular de 8m por 5m. No restante do terreno foram colocadas pedras mineiras. Qual foi a área onde se
colocou pedra?
E04. De uma placa de alumínio foi recortada uma região triangular equilátera de lado 20 cm. Qual a área dessa região
que foi recortada?
E05. Qual á a área do material usado para fazer as quatro bandeirinhas abaixo?
E08. As diagonais de um paralelogramo medem 10 cm e 8 cm e formam um ângulo de 60º. Determine a área dessa
região limitada pelo paralelogramo.
E09. Um piso de cerâmica tem a forma hexagonal regular. O lado do piso mede 8 cm. Qual a área desse piso?
E10. Um bloco retangular é um sólido formado por 6 retângulos. Determine a área total da superfície do bloco
retangular da figura abaixo.
E11. Qual é a área de toda a parte colorida da figura ao lado? Qual é a área da região não colorida?
E12. Um terreno tem formato triangular e as medidas dos seus lados são 17 m, 15 m, 8 m. Qual a área desse terreno?
- 169 -
Respostas dos Exercícios Teóricos:
Nesta segunda parte, estudaremos as figuras que não conseguem “viver” dentro de um plano, são as chamadas
figuras tridimensionais. Mais uma vez, focaremos nossa atenção nos objetos geométricos que mais aparecem em
nosso cotidiano.
10.2.1 Prisma
Estrutura composta por 2 (duas) faces poligonais paralelas e V (número de lados do polígono) faces
retangulares.
- 170 -
Prisma Reto: Faces laterais perpendiculares (ângulo Prisma Oblíquo: Faces laterais possuem ângulo
de 90› ) com a base. diferente de 90› com relação à base.
Prisma Triangular: Estrutura composta por 2 (duas) faces triangulares e 3 (três) faces retangulares, ou seja, 9 (nove)
arestas e 6 (seis) vértices.
Exemplos: Lentes de telescópio, prima de refração da luz, etc.
Paralelepípedo: Prisma reto composto somente por faces retangulares. Em particular, as faces opostas sempre são
paralelas. Em particular, possui 6 (seis) faces, 12 (doze) arestas e 8 (oito) vértices.
Exemplos: Caixa de sapato, estojos, etc.
Área Total: 2 (Área da Face Retangular 01) x 2 (Área da Face Retangular 02) x
x 2 (Área da Face Retangular 03)
Cubo: Um paralelepípedo onde as faces são quadrados idênticos ou cujas arestas possuem o mesmo tamanho — .
Exemplos: Dado, Cubo de Rubrik, etc.
- 171 -
Área Total: 6 x (Lado) 3 6— 3
Volume: (Lado) e —e
10.2.2 Pirâmide
Figura geométrica formada por 1 (uma) face poligonal e n (número de lados do polígono) faces triangulares.
0
e
Volume: (Área do Polígono Base) x (Altura)
Tetraedro: Pirâmide de base triangular, cujas 6 (seis) arestas tem mesmo tamanho — .
Exemplos: Molécula de metano, etc.
- 172 -
—
√m √m 3
e e
Altura: (Lado)
—
√e √e 3
‡ ‡
Área da Base: x (Lado)2
—
0 √3 e
e 03
Volume: x (Área da Base) x (Altura)
Ao considerar secções da pirâmide, obtemos novas regiões espaciais, chamadas de tronco de pirâmide.
Troco de Pirâmide: Forma geométrica obtida ao dividir uma pirâmide por um plano paralelo a base, eliminando a
pirâmide menor formada por este divisão.
Exemplos: Cajon, embalagem de comida chinesa, etc.
- 173 -
10.2.3 Cilindro
Forma geométrica gerada pela rotação de um quadrado em torno de um eixo central.
Exemplos: Cano, Mangueira, etc.
10.2.4 Cone
Estrutura geométrica gerada pela rotação de um triângulo isóscele em torno de uma bissetriz.
Exemplos: Funil, Casquinha de sorvete, etc.
†Š ‹ÌŠ 3 g3 Œ
† x †Š 3 g
0 0
e e
Volume: (Raio da Base)2 x (Altura)
Tronco de Cone: Região espacial obtida após descartar um cone menor formado pela intersecção de um cone original
por um plano paralelo a base.
Exemplo: Abajur.
- 174 -
Área da Lateral: † x (Lado) x [(Raio Maior) + (Raio Menor)] †f 4 Š
†
0
e
Volume: x (Altura) x [(Raio Maior)2 + (Raio Maior) x (Raio Menor) +
+ (Raio Menor)2] =
1
†g 4 3 4Š Š3
3
10.2.5 Esfera
Objeto geométrico formado por todos os pontos que possuem a mesma distância Š com respeito a um ponto
fixo + , chamado de centro.
Exemplos: Bola de futebol, globo terrestre, etc.
† x †Š e
‡ ‡
e e
Volume: (Raio da Base)3
- 175 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
Exercícios 01 a 18 extraídos da obra:
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto & aplicações. Vol. 2. 2ª Ed. São Paulo: Ática, 2013.
E01. Quanto mede a diagonal de um paralelepípedo reto retangular no qual as dimensões são 10 cm, 6 cm e 8 cm?
E03. Quantos centímetros quadrados de papelão são gastos para fazer uma caixa de sapatos do tipo e tamanhos a
seguir?
E04. Quantos centímetros quadrados de papel adesivos são gastos para cobrir a superfície total de uma peça sextavada
cuja forma e medidas estão na figura abaixo?
E06. Quantos litros de água são necessários para encher uma caixa-d’água cujas dimensões são: 1,20 m por 0.90 m
por 1 m? (Lembre-se que 1000 litros = 1 /e ).
E07. Qual é o volume de um sólido cuja forma e medidas estão na figura baixo?
- 176 -
E08. Calcule o volume de uma peça de metal cuja forma e medidas estão na figura abaixo.
E09. A lateral de um prisma triangular regular é de 36 T/3 . A altura do prisma é o triplo da aresta da base. Calcule
o volume do prisma.
E10. Uma pirâmide quadrangular regular tem todas as arestas iguais e a área da base é igual a 16 T/3 . Qual é a área
total da pirâmide?
E11. Uma pedra preciosa tem a forma da figura abaixo. Sabendo que a pedra tem 6 mm em todas as arestas, calcule
o volume da pedra.
E12. Uma peça de cristal tem a forma e as medidas da figura abaixo. Qual o volume do cristal empregado para
fazer essa peça se a sua altura é de 15 cm?
E13. Sabe-se que a área lateral de um cilindro é de 20† T/3. Se o raio da base é de 5 cm, calcule a medida h da
altura e a área total do cilindro.
E14. Uma ponte de concreto tem a forma da figura a seguir. Suas dimensões estão assinaladas na figura. Qual o
volume de concreto utilizado para construir a ponte? Use † 3.
- 177 -
E15. Quantos centímetros quadrados de cartolina serão gastos para fazer o chapéu de palhaço cujas medidas estão
na figura abaixo?
E16. Um reservatório cônico tem água até metade de sua altura, conforme a figura. Qual é o volume de água?
E17. O diâmetro de uma esfera de ferro fundido mede 6 cm. Qual o volume dessa esfera?
T/e .
d30
e
E18. O volume de uma esfera é Calcule o raio e a área da superfície esférica.
- 178 -
Resumo
g
E ÌS S S S T
2
Triângulo
Paralelogramo E g
E g
2
Trapézio
—
E V
2
Polígono
Círculo E †Š 3
Prisma € E˜ g
1
€ E g
3 ˜
Pirâmide
1
g~EÞ ÌEÞ E˜ E˜ •
3
Tronco de pirâmide
Cilindro € †Š 3 g
1 3
€ †Š g
3
Cone
1
€ †g 4 3 4Š Š3
3
Tronco de cone
4 e
€ †Š
3
Esfera
- 179 -
11 VETORES
Noção Intuitiva
Existem dois tipos de grandezas: as escalares e as vetoriais. As escalares são aquelas que ficam completamente
definidas por apenas um número real (acompanhado de uma unidade adequada). Comprimento, área, volume, massa,
temperatura, densidade, são exemplos de grandezas escalares. Assim, quando dizemos que uma mesa tem 3m de
comprimento, que o volume de uma caixa é de 10 dm3 ou que a temperatura ambiente é de 30º C, estamos
determinando perfeitamente estas grandezas.
Existem, no entanto, grandezas que não ficam completamente definidas apenas pelo seu módulo, ou seja, pelo
número com sua unidade correspondente. Falamos das grandezas vetoriais, que para serem perfeitamente
caracterizadas necessitamos conhecer seu módulo (ou comprimento ou intensidade), sua direção e seu sentido. Força,
velocidade, aceleração, são exemplos de grandezas vetoriais.
Antes de apresentar um exemplo mais palpável de grandeza vetorial, precisamos ter bem presente as ideias de
direção e de sentido.
A figura ao lado apresenta três retas. A reta r1 determina, ou define, uma
direção. A reta r2 determina outra direção, diferente da direção de r1. Já a r2
reta r3, por ser paralela a r1, possui a mesma direção de r1. Assim a noção
r1
de direção é dada por uma reta e por todas as que lhe são paralelas. Quer
dizer, retas paralelas têm a mesma direção. r3
Alguns exemplos:
Situação 01: Consideremos um avião com uma velocidade constante de 400 km/h, deslocando-se para nordeste, sob
um ângulo de 40º (na navegação aérea, as direções são dadas pelo ângulo considerado a partir do norte (N), em
sentido horário). Esta grandeza (velocidade) seria representada por um segmento orientado (uma flecha – figura
abaixo), sendo o seu módulo dado pelo comprimento do segmento (no caso, 4 cm, e cada 1 cm corresponde a 100
km/h), com a direção e o sentido definidos pelo ângulo de 40º. O sentido será indicado por uma seta na extremidade
superior do segmento.
- 180 -
Observemos que no caso de o ângulo ser 220º (40º + 180º), a direção continua sendo a mesma, porém, o sentido
é o oposto. Este exemplo de grandeza vetorial sugere a noção de vetor.
N N
O L
40º
Situação 02: Analisando o deslocamento de um carro de um ponto ao outro em uma estrada, podemos representar
esse movimento por um segmento de reta orientado, terminado em ponta de flecha, conforme mostra a figura abaixo.
O segmento de reta orientado aponta no sentido em que o carro se desloca e possui um comprimento que meça a
velocidade real dentro de uma escala conveniente, assim como no exemplo anterior.
Esse segmento de reta representa o vetor-velocidade do carro.
O vetor-velocidade é um dos vários exemplos de vetores desse tipo que podem ser encontrados dentro da
Física.
Os vetores nos permitem raciocinar sobre problemas no espaço sem a ajuda de eixos de coordenadas. Dado
que as leis fundamentais da física não dependem de uma posição particular no espaço dos eixos de coordenadas, os
vetores são instrumentos adaptados à formulação dessas leis.
Abstendo-se da ideia de grandezas vetoriais, diríamos que o vetor é representado por um segmento orientado
(um segmento está orientado quando nele se escolhe um sentido de percurso, considerado positivo).
Dois ou mais segmentos orientados de mesmo comprimento, mesma
B
direção (são paralelos ou colineares) e mesmo sentido são representantes de um
mesmo vetor. Na figura ao lado, todos os segmentos orientados paralelos, de
mesmo sentido e mesmo comprimento de EG, representam o mesmo vetor, que
àààààá ou G – E, onde E é a origem e G a extremidade do
será indicado por EG A
segmento. O vetor também costuma ser indicado por uma letra minúscula
encimada por uma flecha, tal como ãá .
- 181 -
Quando escrevemos ãá àààààá , estamos afirmando que o vetor ãá é determinado pelo segmento orientado AB.
EG
Porém, qualquer outro segmento de mesmo comprimento, mesma direção e mesmo sentido de EG representa também
o vetor ãá .
B
Assim sendo, cada ponto do espaço pode ser considerado como origem de um
segmento orientado que é representante do vetor ãá . Esta é a razão de o vetor também ser
chamado de vetor livre, no sentido de que o representante pode ter sua origem colocada em
qualquer ponto. A
O módulo, a direção e o sentido de um vetor ãá é o módulo, a direção e o sentido de qualquer um dos seus
representantes. Indica-se o módulo de ãá por ãá ou ãá .
♦ Dois vetores ß
àá e ãá são paralelos, e indica-se por ß
àá // ãá , se os seus representantes tiverem a mesma direção.
♦ Dois vetores ß
àá e ãá são ditos iguais, e indica-se por ß
àá = ãá , se tiverem iguais o módulo, a direção e o sentido.
- 182 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
E01. A figura é constituída de nove quadrados congruentes. Associe V (verdadeiro) ou F (falso) a cada uma das
seguintes afirmações:
a) ( ) AB = OF b) ( ) AM = PH c) ( ) BC = OP
A B C D
d) ( ) BL = − MC e) ( ) DE = − ED f) ( ) AO = MG
g) ( ) KN = FI h) ( ) AC // HI i) ( ) JO // LD L M N E
j) ( ) AJ // FG k) ( ) AB ⊥ EG l) ( ) AM ⊥ BL
m) ( ) PE ⊥ EC n) ( ) PN ⊥ NB o) ( ) PN ⊥ AM K P O F
p) ( ) AC = FP q) ( ) IF = MF r) ( ) AJ = AC
s) ( ) AO = 2 NP t) ( ) AM = BL J I H G
♦ Adição de Vetores
Consideremos os vetores ß
àá e ãá , cuja soma ß
àá + ãá pretendemos encontrar.
Tomemos um ponto E qualquer e, com origem nele, tracemos um segmento ß
àá ãá
C
Sendo ß
àá // ãá , a maneira de se obter o vetor ß
àá + ãá é a mesma e está ilustrada abaixo:
ß
àá ãá ß
àá
ß
àá ãá ãá
ß
àá ãá
ß
àá e ãá de mesmo sentido
ß
àá e ãá de sentidos contrários
- 183 -
D
No caso de os vetores ß
àá e ãá não serem paralelos, há uma outra ãá
maneira de se encontrar o vetor soma ß
àá ãá . Representam-se ß
àá àààààá e
EG ß
àá + ãá
ãá àààààá por segmentos orientados de mesma origem E. Completa-se o
E(
A
ß
àá
corresponde à diagonal do paralelogramo, é o vetor ß
àá ãá, isto é, ß
àá ãá
àààààá , ou EG
E+ àààààá àààààá
E( àààààá .
E+ B
Para o caso de se determinar a soma de três vetores ou mais, o procedimento é análogo e, em particular, se a
extremidade do representante do último vetor coincidir com a origem do representante do primeiro, a soma deles será
o vetor zero.
ãá ãá
ß
àá ß
àá
ß
àá + ãá
å
ààá å
ààá
ß
àá + ãá + å
ààá Wá
ß
àá + ãá + å àá
ààá + Wá = 0
ß
àá
♦ Ângulo de dois vetores
O ângulo entre os vetores não-nulos ß
àá e ãá é o ângulo Ø formado por duas
semi-retas Ew e wG de mesma origem w, onde ß
àá àààààá, ãá
wE àààààá e
wG
0 ( em radianos) ou 0° 180°.
O θ
ãá
Se ß
àá//ãá e ß
àá e ãá têm o mesmo sentido, então 0. É o que ocorre, por exemplo, com os vetores ß
àá e 2ß
àá que têm o
A
mesmo sentido. Se ß
àá//ãá e ß
àá e ãá têm sentidos contrários, então 180°. É o caso de ß
àá e 3ß
àá.
- 184 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
E01. Com base na figura ao lado, determinar os vetores abaixo, expressando-os com origem no ponto A:
A B C D
a) AC + CN b) AB + BD c) AC + DC
d) AC + AK e) AC + EO f) AM + BL
L M N E
g) AK + AN h) AO − OE i) MO − NP
j) BC − CB k) LP + PN + NF l) BL + BN + PB K P O F
J I H G
H G
E02. Com base na figura ao lado, determinar os vetores abaixo,
expressando-os com origem no ponto A:
F
a) AB + CG b) BC + DE c) BF + EH E
D C
d) EG − BC e) CG + EH f) EF − FB
g) AB + AD + AE h) EG + DA + FH
A B
afirmações:
a) ( ) EO = OG b) ( ) AF = CH
A F B
c) ( ) DO = HG d) ( ) C −O = O − B e) ( ) H −O = H − D
1
f) ( ) H−E=O−C g) ( ) AC = BD h) ( ) OA = DB
2
i) ( ) AF // CD j) ( ) GF // HG k) ( ) AO // OC
l) ( ) AB ⊥ OH m) ( ) EO ⊥ CB n) ( ) AO ⊥ HF
o) ( ) OB = − FE
E06. Com base na figura da questão 01, determinar os vetores abaixo, expressando-os com origem no ponto A:
a) OC + CH b) EH + FG c) 2 AE + 2 AF d) EH + EF e) EO + BG
f) 2OE + 2OC g) 1 h) FE + FG i) OG − HO j) AF + FO + AO
BC + EH
2
E07. O paralelogramo ABCD é determinado pelos vetores AB e AD , sendo M e N pontos médios dos lados DC e
AB, respectivamente. Determinar: D M C
•
a) AD + AB b) BA + DA c) AC − BC
1
d) AN + BC e) MD + MB f) BM − DC
2
A • B
N
ãá
ß
àá ãá ãá ß
àá
ãá
ß
àá
ß
àá
( a) (b) (c) (d)
ß
àá á ãá ß
àá á ß
àá
ß
àá á
á ãá
ãá ãá
( a) (b) (c) (d)
E10. Sabendo que o ângulo entre os vetores ß
àá e ãá é de 60º, determinar o ângulo formado pelos vetores:
a) ß
àá e ãá b) ß
àá e 2ãá c) ß
àá e ãá d) 3ß
àá e 5ãá
- 186 -
12 LEIS DE NEWTON
Introdução
Força
Chutar, amassar, puxar, empurrar, deformar, arremessar, segurar, bater: são ações muito comuns em nossas
vidas e que estão associadas à grandeza física força. Até hoje, não temos uma definição exata desta grandeza, mas,
com facilidade, podemos observar suas causas e seus efeitos. O físico francês Henry Poincaré (1854 – 1912), fez sua
tentativa: “A ideia de força é uma noção primitiva, irredutível e indefinível. Ela deriva de uma noção de esforço, que
nos é familiar desde a infância”.
Já Isaac Newton escreveu: “Uma força imprimida é uma ação exercida sobre um corpo a fim de alterar seu
estado, seja de repouso, ou de movimento”.
Atualmente, vários cientistas, afirmam que:
Em Dinâmica vamos tratar de forças cujo efeito principal é causar variações na velocidade de um corpo, isto
é, aceleração.
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Tal qual a aceleração, a força é uma grandeza vetorial, exigindo, portanto, para ser caracterizada, uma
intensidade, uma direção e um sentido.
O conceito científico para grandeza é
A unidade de força no Sistema Internacional
tudo o que pode ser medido.
(SI) é o Newton (N): uma força de 1 N é a força que Grandeza escalar é aquela que fica
aplicada a um corpo de 1 kg, provoca uma aceleração perfeitamente caracterizada quando
conhecemos um número e uma unidade.
de 1 m/s2. Abordaremos novamente este assunto mais
Grandeza vetorial é aquela que somente
adiante. fica caracterizada quando conhecemos,
pelo menos, uma direção, um sentido, um
número e uma unidade.
Seja uma partícula na qual estão aplicadas várias forças. Esse sistema de forças pode ser substituído por uma
única força, a força resultante, que é capaz de produzir na partícula o mesmo efeito que todas as forças aplicadas.
Equilíbrio
Um ponto material está em equilíbrio quando a resultante das forças que nele atuam é nula. Podemos distinguir
dois casos:
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Princípio da Inércia ou 1ª Lei de Newton
Considere um corpo não submetido à ação de força alguma. Nessa condição esse corpo não sofre variação de
velocidade. Isso significa que, se ele está parado, permanece parado e, se está em movimento, permanece em
movimento e sua velocidade se mantém constante.
Podemos interpretar seu enunciado da seguinte maneira: todos os corpos são “preguiçosos” e não desejam
modificar seu estado de movimento: se estão em movimento, querem continuar em movimento; se estão parados,
não desejam mover-se.
Os físicos chamam essa “preguiça” de inércia, característica de todos os corpos dotados de massa.
Para Galileu, o natural era o movimento – e não o repouso, como afirmava Aristóteles. Ao observar o
movimento de um corpo, sua questão era “por que para” e não “por que se move”.
A afirmação de que “um corpo parado permanece parado se não agir sobre ele alguma força” pode facilmente
ser compreendida em nossa vida prática (um corpo não se move por si só, é necessário aplicar-lhe uma força).
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Já a afirmação de que um corpo em movimento mantém velocidade constante se não atuarem forças sobre ele
é menos intuitiva. Com efeito, um corpo em movimento não permanece sempre em movimento: depois de certo
tempo – mais ou menos longo – o corpo para. Uma bolinha jogada sobre um plano horizontal para depois de percorrer
poucos metros, mesmo que aparentemente não aja força alguma sobre ela.
Na realidade existe uma força de freamento, indicada genericamente com o nome de atrito. Porém, no caso
de essas forças não existirem ou serem reduzidas ao mínimo, o princípio da inércia é verificado plenamente.
Por exemplo, uma nave espacial que se move no espaço interplanetário, por exemplo, não encontra atrito; por
isso não tem necessidade de motor e, pelo princípio da inércia, continua a mover-se em linha reta com a velocidade
com a qual foi lançada inicialmente.
Os referenciais em que o princípio da inércia se verifica são chamados referenciais inerciais. Tais referenciais
são fixos em relação às estrelas distantes ou se movem com velocidade constante em relação a elas, isto é, possuem
aceleração vetorial nula.
Para movimentos de pequena duração (menor que 24h), podemos desprezar os efeitos de rotação da Terra e
considerar sua velocidade como constante durante o movimento de translação. Nessas condições a Terra pode ser
considerada um referencial inercial.
Garfield – Jim Davis ®
Massa de um Corpo
Sabemos que os corpos que apresentam maior inércia são aqueles de maior massa. Por exemplo, é mais fácil
empurrar um carrinho vazio do que um carrinho cheio de compras.
O carrinho com compras oferece maior resistência para sair do repouso.
Podemos, então, associar a massa de um corpo à sua inércia, dizendo que a massa de um corpo é a medida
numérica de sua inércia.
No Sistema Internacional de unidades (SI), a massa tem como padrão o quilograma.
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O submúltiplo e o múltiplo usuais do quilograma são, respectivamente, o grama (g) e a tonelada (t), sendo que
1 g = 10-3 kg e 1 t = 103 kg.
A experiência nos mostra que uma mesma força produzirá diferentes acelerações sobre diferentes corpos. Uma
mesma força provoca uma aceleração maior numa bola de tênis do que num automóvel, isto é, quanto maior a massa
de um corpo mais força será necessária para produzir uma dada aceleração. Esse princípio estabelece uma
proporcionalidade entre causa (força) e efeito (aceleração).
Isaac Newton estabeleceu esta lei básica que analisa as causas gerais dos movimentos, relacionando as forças
aplicadas a um ponto material de massa m constante e as acelerações que a provocam. Considerando como FR a soma
vetorial (resultante) de todas as forças aplicadas e a a aceleração adquirida, a segunda Lei de Newton estabelece:
No Sistema Internacional de unidades (SI) a unidade de massa é o quilograma (kg) e a unidade de aceleração
é o metro por segundo ao quadrado (m/s2).
Aplicando o princípio fundamental da Dinâmica, temos a unidade de força newton (N).
ρ
FR = m ⋅ a
m
1N=
kg⋅
s2
Um newton (N) é a intensidade da força que, aplicada à massa de 1 kg, produz na sua direção e no seu sentido
um movimento de aceleração de 1 m/s2.
No sistema CGS a unidade de massa é grama (g), a unidade de aceleração e o centímetro por segundo ao
quadrado (cm/s2) e a unidade de força e o dina (dyn).
- 191 -
cm
dyn= g⋅
s2
Podemos medir a intensidade de uma força pela deformação que ela produz
num corpo elástico.
O dispositivo utilizado é o dinamômetro, que consiste numa mola helicoidal
de aço envolvida por um protetor. Na extremidade livre da mola há um ponteiro
que se desloca ao longo de uma escala.
A medida de uma força é feita por comparação da deformação causada por
essa força com a de forças padrão.
Quando dois corpos interagem aparece um par de forças como resultado da ação que um corpo exerce sobre o
outro. Essas forças são comumente chamadas de ação e reação.
O princípio da ação e reação estabelece as seguintes propriedades das forças decorrentes de uma interação
entre os corpos:
- 192 -
Imagine dois patinadores, de massas inerciais iguais, parados um em
frente ao outro numa superfície horizontal de gelo.
Se um empurrar o outro, os dois adquirirão movimento na mesma
direção e em sentidos opostos, e os deslocamentos serão efetuados no
mesmo intervalo de tempo, sugerindo que as forças aplicadas são opostas.
Essa situação ilustra a Terceira lei de Newton, chamada Lei da ação e reação. Sempre que dois corpos quaisquer
A e B interagem, as forças exercidas são mútuas. Tanto A exerce força em B, como B exerce força em A. A interação
entre corpos é regida pelo princípio da ação e reação.
Toda vez que um corpo A exerce uma força æáç num corpo B, este
também exerce em A uma força æáÞ tal que essas forças:
• Tem a mesma intensidade èæáç è èæáÞ è æ;
• Tem a mesma direção;
• Tem sentidos opostos;
• Tem a mesma natureza, sendo ambas de campo ou ambas de contato.
Observação: As chamadas forças de ação e reação não se equilibram, pois estão aplicadas em corpos diferentes.
Vamos analisar duas situações identificando as forças de reação aplicadas num determinado corpo:
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ààá•: Toda força trocada entre superfícies sólidas que se
Força Normal ~é
comprimem. Sua direção é perpendicular à linha que tangencia as superfícies no
ponto de apoio:
àá•: Força que um fio aplica em um corpo preso a ele. A essa força corresponde uma reação ë
Força de tração ~ê àá,
aplicada no fio.
Forças Especiais
Formalizando o conceito de força, é o resultado da interação entre corpos, podendo ela produzir uma variação
de velocidade, equilíbrio e deformação. Força é uma grandeza vetorial.
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Uma unidade de força muito utilizada na engenharia é o
quilograma-força (kgf), definido com a intensidade da força peso
de um corpo de 1 kg de massa, próximo à superfície terrestre:
1 kgf = 9,8 N
As faces de contatoEnquanto
do bloco oe bloco
da superfície são comprimidas,
permanece temos æforças
em repouso trocando ç æ.
normais. A compressão dessas faces é devida ao peso do bloco,á que representa a
Aumentando gradativamente a intensidade da força æ , o bloco continua
em repouso até que æá atinja o valor limite entre o repouso e o
atração que a Terra exerce sobre ele.
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12.9.4 Força de atrito cinético
Quando a força solicitadora do movimento ~æá • atinge o valor da força de atrito máxima, o bloco fica na
iminência de deslizamento. A partir daí, um pequeno acréscimo na intensidade da força solicitadora produz o
movimento do bloco, ocorrendo, então, a força de atrito cinético ~ æáçî •. Experimentalmente, verifica-se que, quando
o bloco está em movimento, a força de atrito é constante e não depende da velocidade de escorregamento das
superfícies, desde que essa velocidade não atinja valores muitos elevados.
O gráfico seguinte mostra de que maneira variam os atritos estático e cinético entre as superfícies.
Para a força de atrito cinético, temos: æçî íî . k, em que í é o coeficiente de atrito cinético. Comparando
os coeficientes estático e cinético, temos: í¥ íî
- 196 -
- 197 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
E01. Nas figuras abaixo, representamos as forças que agem nos blocos de massa igual a 2,0 kg. Determine, em cada
caso, o módulo da aceleração que esses blocos adquirem.
E02. Um ponto material de massa igual a 2 kg parte do repouso sob a ação de uma força constante de intensidade
6N, que atua durante 10 s, após os quais deixa de existir. Determine:
a) a aceleração nos 10 s iniciais;
b) a velocidade ao fim de 10 s.
E03. Uma partícula de massa 0,50 kg realiza um movimento retilíneo uniformemente variado. Num percurso de 4,0
m sua velocidade varia de 3,0 m/s a 5,0 m/s. Qual o módulo da força resultante que age sobre a partícula?
E04. Determine a aceleração de um bloco de massa 2 kg e que desliza, num plano horizontal sem atrito, nas situações
indicadas abaixo:
E05. Uma partícula de massa 0,20 kg é submetida à ação das forças F1,
partícula.
E06. Submete-se um corpo de massa igual a 5.000 kg à ação de uma força constante que, a partir do repouso, lhe
imprime a velocidade de 72 km/h, ao fim de 40 s. Determine:
a) a intensidade da força;
b) o espaço percorrido.
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E07. Qual o valor, em newtons, da força média necessária para fazer parar, um percurso de 20 m, um automóvel de
1,5⋅103 kg a uma velocidade de 72 km/h?
E08. Duas forças, F1 e F2 , aplicadas a um mesmo ponto, são perpendiculares entre si. Sabendo que suas intensidades
são respectivamente iguais a 12 N e 16 N, determine:
a) a intensidade resultante das forças;
b) a aceleração da partícula, que tem 4 kg de massa.
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Testes
T01. Um corpo de massa m = 0,5 kg está sob a ação das duas forças colineares, àààá
æ0 ààààá
æ3
àààá
æ0 ààààá3
20 k F æ 15 k, indicadas na figura. De acordo com a segunda lei de
Newton, a aceleração resultante, em m/s2, é de:
a) 0 b) 10 c) 30 d) 40 e) 70
T02. (UEL–PR) Sob a ação exclusiva de duas forças, àààá ààààá3 , de mesma direção, um corpo de 6,0 kg de massa adquire
æ0 F æ
aceleração de módulo igual a 4 m/s2. Se o módulo de àààá
æ0 vale 20 N, o módulo de ààààá
æ3 , em newtons, só pode valer:
a) 0 b) 4,0 c) 44 d) 40 e) 4,0 ou 44
b) 4 m/s
c) 5 m/s
d) 6 m/s
e) 2 m/s
T04. (UFAL) Um carrinho de massa m = 25 kg é puxado por uma força resultante horizontal F = 50 N. De acordo
com a Segunda lei de Newton, a aceleração resultante no carrinho será, em m/s2, igual a:
a) 1250 b) 50 c) 25 d) 2 e) 0,5
T05. (Fatec-SP) Uma motocicleta sofre aumento de velocidade de 10 m/s para 30 m/s enquanto percorre, em
movimento retilíneo uniformemente variado, a distância de 100 m. Se a massa do conjunto piloto + moto é de 500
kg, pode-se concluir que o módulo da força resultante sobre o conjunto é:
a) 200 N b) 400 N c) 800 N d) 2000 N e) 4000 N
T06. (UFPE) Um objeto de 2,0 kg descreve uma trajetória retilínea, que obedece à equação horária s = 7t2 + 3 t + 5,
na qual s é medido em metros e t em segundos. O módulo da força resultante que está atuando sobre o objeto é:
a) 10 N b) 17 N c) 19 N d) 28 N e) 35 N
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T07. Abaixo, apresentamos três situações do seu dia-a-dia que devem ser associados com as três leis de Newton.
T09. (UFMG) Todas as alternativas contêm um par de forças ação e reação, exceto:
a) A força com que a Terra atrai um tijolo e a força com que o tijolo atrai a Terra.
b) A força com que uma pessoa, andando, empurra o chão para trás e a força com que o chão empurra a pessoa
para a frente.
c) A força com que um avião empurra o ar para trás e a força com que o ar empurra o avião para a frente.
d) A força com que um cavalo puxa uma carroça e a força com que a carroça puxa o cavalo.
e) O peso de um corpo colocado sobre uma mesa horizontal e a força normal da mesa sobre ele.
- 201 -
T10. (UFAL 96) Um corpo de massa 250 g parte do repouso e adquire a velocidade de 20 m/s após percorrer 20 m em
movimento retilíneo uniformemente variado. A intensidade da força resultante que age no corpo, em Newtons, vale:
a) 2,5 b) 5,0 c) 10,0 d) 20,0 e) 25,0
T11. Um corpo de massa M = 4 kg está apoiado sobre uma superfície horizontal. O coeficiente de atrito estático entre
o corpo e o plano é de 0,30, e o coeficiente de atrito dinâmico é 0,20. Se empurrarmos o corpo com uma força F
horizontal de intensidade F = 16 N, podemos afirmar que: (g = 10 m/s2)
a) a aceleração do corpo é 0,5 m/s2.
T12. Um bloco de madeira pesa 2,00 × 103 N. Para deslocá-lo sobre uma mesa horizontal com velocidade constante,
é necessário aplicar uma força horizontal de intensidade 1,0 × 102 N. O coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco
e a mesa vale:
a) 5,0 ×10-2 b) 1,0 ×10-1 c) 2,0 ×10-1 d) 2,5 ×10-1 e) 5,0 ×10-1
T13. Um corpo desliza sobre um plano horizontal, solicitado por uma força de intensidade 100 N. Um observador
determina o módulo da aceleração do corpo: a = 1,0 m/s2. Sabendo-se que o coeficiente atrito dinâmico entre o bloco
e o plano de apoio é 0,10, podemos dizer que a massa do corpo é: (g = 10 m/s2)
a) 10 kg b) 50 kg c) 100 kg d) 150 kg e) 200 kg
b) 3 m/s2 e 30 N.
c) 8 m/s2 e 80 N.
d) 2 m/s2 e 100 N.
e) 6 m/s2 e 60 N.
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T15. (EFU-MG) O bloco da figura abaixo está em repouso e tem massa igual
a 2 kg. Suponha que a força F = 4 N, representada na figura, seja horizontal
e que o coeficiente de atrito estático das superfícies em contato vale 0,3. O
valor da força de atrito é: (g = 10 m/s2.)
a) 4 N b) 6 N c) 2 N d) 10 N e) 20 N
T16. Dois blocos idênticos, ambos com massa m, são ligados por um fio
leve, flexível. Adotar g = 10 m/s2. A polia é leve e o coeficiente de atrito
do bloco com a superfície é m = 0,2. A aceleração dos blocos é:
a) 10 m/s2
b) 6 m/s2
c) 5 m/s2
d) 4 m/s2
e) Nula
b) 48
c) 60
d) 96
e) 100
- 203 -
13 APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON
Introdução
No capítulo anterior verificamos que a segunda lei de Newton nos fornece que a força resultante que atua em
um corpo é igual a massa do corpo vezes a aceleração adquirida. Assim, neste capítulo iremos estudar algumas
aplicações das leis de Newton. Primeiramente vamos apresentar as condições segundo as quais os corpos, na natureza,
podem ser mantidos continuamente em repouso ou em movimento uniforme. Depois, estudaremos os casos onde uma
força resultante em um corpo fornece uma aceleração constante diferente de zero neste corpo.
Equilíbrio
Nesta situação notamos que a força normal para cima deve ser igual a força peso para baixo na direção vertical.
Na direção horizontal a força do homem (FH) para direita deve ser igual a força de atrito (fat) para a esquerda.
Lembrando que a força por ser uma grandeza vetorial, podemos garantir para que um corpo não tenha movimento
translacional a soma vetorial de todas as forças deve ser nula.
ρ ρ
FR = 0 . (1)
A equação (1) pode ser colocada em cada direção, neste caso, teremos FRx = 0 e FRy = 0, isto é, a somatória de
todas as forças que atuam no eixo x deve ser zero (o mesmo acontecendo em y).
Estar em equilíbrio significa dizer que a força resultante que age em um corpo é nula.
Nas próximas seções apresentaremos os dois tipos de equilíbrio que podem surgir através da condição dada
na equação (1).
- 204 -
Equilíbrio Estático
Exemplo 01: Considere um móbile preso a um teto, com duas peças metálicas
presas por uma corda de massa desprezível, conforme a figura ao lado. Calcule a
tensão na corda inferior e na corda superior. Levar em conta que g = 10m/s2.
Resolução: Para resolvermos esse problema vamos rotular m1 = 3,5 kg e m2 = 4,5
kg, assim, P1 = 3,5 ⋅ 10 = 35N e P2 = 4,5 ⋅ 10 = 45N.
Agora devemos desenhar o diagrama de forças para cada uma dessas massas. Na
figura abaixo a tensão na corda inferior será chamado de T2 e na corda inferior T1.
- 205 -
Como o sistema está em equilíbrio estático devemos usar o somatório de forças igual à zero.
• Começando com a massa m2 temos: F Ry = 0 → T 2 − P 2 = 0 → T 2 = P 2 → T 2 = 45 N .
Veja que temos que fazer a somatória das forças em x e y, contudo, devemos
calcular as componentes das forças em x e y.
Devemos reparar que a força peso já está colocada no eixo y (lembre-se que
a força peso sempre aponta para baixo).
Usando o conhecimento adquirido no capítulo anterior, sobre Trigonometria do Triângulo Retângulo, temos:
T1x = T1 cos 45 0 = T1 0,71 = 0,71T1
T1 y = T1sen 45 0 = T1 0,71 = 0,71T1
Veja que temos que fazer a somatória das forças em x e y, contudo, devemos calcular as componentes das forças
em x e y. Usando a mesma metodologia do exemplo anterior:
T1x = T1 cos 30 0 = T1 0,87 = 0,87 T1
T1y = T1sen 30 0 = T1 0,5 = 0,5T1
- 207 -
0,5T1 + 0,87T2 = 80 → 0,5(0,57T2 ) + 0,87T2 = 80 → 0,285T2 + 0,87T2 = 80
80
1,085T2 = 80 → T2 = = 73,7N.
1,085
Para calcular a tração T1 devemos usar a relação:
T1 = 0 ,57 T2 = 0 ,57 ⋅ (73 , 7 ) = 36 ,85 N
Equilíbrio Dinâmico
A condição de equilíbrio colocado na equação (1) mostra que a força resultante é igual à zero. Contudo,
voltando ao exemplo do homem empurrando a caixa, mostrado na Figura 1, vamos supor agora que o homem aplique
uma força de tal forma que a caixa se movimente em linha reta com velocidade constante. Lembrando que quando a
velocidade é constante a aceleração será nula. Deste modo, novamente chegamos no resultado da equação (1), pois
ρ ρ ρ ρ
FR = m a → FR = 0 .
- 208 -
Usando as condições de equilíbrio devemos ter:
FRx = 0 → FH − fat = 0 → FH = fat
FRy = 0 → FN − P = 0 → FN = P
Podemos verificar pelas equações acima que se calcularmos a força de atrito encontraremos a força do homem (FH).
f at = µ d ⋅ FN = 0 , 2 ⋅ 50 ⋅ 10 = 100 N .
Assim, verificamos que a tração será igual ao peso: T = m ⋅ g = 2000 ⋅ 10 = 20.000 N ou T = 20 kN.
Observação: Lembre-se da tabela que apresenta o prefixo da notação cientifica, pois k = 1000.
- 209 -
Resolução: Novamente devemos fazer o diagrama de forças para esse sistema. Escolhendo o trenó para colocar na
origem do diagrama de forças teremos:
Nesta situação a velocidade é constante, assim podemos usar as equações de equilíbrio para resolver esse problema.
a) A soma das forças em x fornece: FRx = 0 → Tx − f at = 0 → f at = 21,7 N .
b) Para calcular a força normal devemos levar em conta Ty. Assim, a soma das forças no eixo y fornece:
F Ry = 0 → F N + T y − P = 0 → F N = P − T y = 40 − 12 , 5 = 27 , 5 N
Dinâmica
Consideraremos agora o caso onde exista uma força resultante constante (não nula) atuando no ponto material.
Nesta situação, onde a força resultante é constante a aceleração vai ser constante. Assim, poderemos usar as equações
do MRUV.
1
S = S0 + Vo t + at 2
2
V = Vo + at (2)
V =
2
V02 + 2a∆S
Deste modo, usaremos o conjunto de equações acima junto com a segunda lei de Newton. Nossa ênfase aqui
será em aplicações onde o ponto material está em um plano horizontal e depois em um plano inclinado.
- 210 -
a) Calcule a aceleração adquirida pelo corpo.
b) Calcule a velocidade e o espaço percorrido pelo corpo 10s após o início do movimento.
Resolução: Nesta situação veja que a força peso será igual a força normal, deste modo, essas forças não
influenciam no movimento do ponto material na direção horizontal. Na direção horizontal a força resultante será
FRx = F1 − F2 = 10 − 4 = 6 N .
1 2 1
o espaço percorrido será dado pela função horária da posição S = S0 + V0 t + at → S = 3(10) 2 = 150m.
2 2
Exemplo 08: Um foguete experimental pode partir do repouso e alcançar a velocidade de 1600 km/h em 1,8 s, com
aceleração constante. Calcule a intensidade da força necessária, se a massa do veículo é 500 kg.
Resolução: Neste caso diferentemente do caso anterior devemos calcular a aceleração. Depois podemos usar a
segunda lei de Newton para calcular a força resultante.
∆ V 444 , 44
a= = = 246 ,9 m / s 2
∆t 1,8
Exemplo 09: Se as rodas de um carro ficam “travadas” (impedidas de girar) durante uma frenagem de emergência, o
carro desliza na pista. Pedaços de borracha arrancados dos pneus e pequenos trechos de asfalto fundido formam as
“marcas da derrapagem” que revelam a ocorrência de soldagem a frio. O recorde de marcas de derrapagem em via
pública foi estabelecido em 1960 pelo motorista de um Jaguar na rodovia M1, na Inglaterra: as marcas tinham 290 m
de comprimento. Supondo que o coeficiente de atrito cinético seja igual a 0,60 e que a aceleração do carro se manteve
constante durante a frenagem, calcule a velocidade do carro quando as rodas travaram.
- 211 -
Desta forma, com as informações obtidas do enunciado V = 0, ΔS = 290m poderemos calcular V0 usando a equação
V 2 = V 02 + 2 a ∆ S devemos calcular a aceleração do carro, neste caso pelo diagrama de forças verificamos que a
A aceleração neste caso fica negativa, pois o veículo tem velocidade final igual à zero. Além disso, veja que este
resultado independe da massa do carro.
Por fim, podemos calcular a velocidade inicial:
V 2 = V 02 + 2 a ∆ S → 0 2 = V 02 + 2 ⋅ ( − 6 ) ⋅ ( 290 ) → V 0 = 2 ⋅ 6 ⋅ 290 = 60 m / s ≈ 216 km / h .
Diariamente temos oportunidades de observar objetos em movimento ou em repouso sobre uma superfície
inclinada.
Vejamos agora alguns exemplos de aplicação da segunda lei de Newton no caso do plano inclinado.
- 212 -
Exemplo 10: Um corpo de massa 8 kg é abandonado sobre um
plano inclinado cujo ângulo de elevação é 30º. O atrito entre o
corpo e o plano é desprezível. Admitindo que g = 10m/s2, calcule:
a) a aceleração do corpo.
b) a força normal.
Resolução: Por conveniência, desenhamos o sistema de coordenadas (diagrama de corpo livre) também inclinado.
Como o objeto está escorregando ao longo do plano vamos considerar que neste sentido a força será positiva. Assim,
veja que o peso tem uma inclinação igual ao do plano inclinado em relação ao eixo y. Desta forma, devemos
decompor a força peso nas direções x e y.
Px = m ⋅ g ⋅ sen θ = 8 ⋅ 10 ⋅ sen 30 0 = 40 N
Py = m ⋅ g ⋅ cos θ = 8 ⋅ 10 ⋅ cos 30 0 = 69 ,3 N
Se você ficou com a dúvida da decomposição identifique quem são os catetos do triângulo retângulo.
Por fim, faremos as resultantes nas forças em x e y.
a) F Rx = m ⋅ a → 40 = 8 a → a = 5 m / s 2
b) F Ry = 0 → F N − 69 , 3 = 0 → F N = 69 , 3 N
Veja que a força resultante em y será igual a zero, pois o movimento do ponto é ao longo do plano.
O ponto importante que queremos mostrar, é que no plano inclinado devemos sempre fazer a decomposição da força
peso na direção x e y. A partir destas componentes devemos sempre utilizar a segunda lei de Newton para cada eixo
separadamente.
- 213 -
Atividades de Aprendizagem
E01. Na figura o corpo suspenso tem massa igual a 2 kg. Os fios têm
pesos desprezíveis e o sistema está em equilíbrio estático (repouso).
Determine as trações nos fios AB e BC. (Considere: g = 10 m/s²)
E05. Você está à deriva no espaço, afastando de sua nave espacial. Por sorte, você tem uma unidade de propulsão
que fornece uma força resultante F por 3,0 segundos. Após 3,0 s, você se moveu 2,25 m. Se sua massa é 68 kg,
encontre F. Considere a velocidade inicial como sendo nula.
- 214 -
E06. Durante as férias de inverno, você participa de uma corrida de trenós. Calçando botas de neve, com travas que
permitem uma boa tração, você começa a corrida puxando uma corda atada ao trenó com uma força de 150 N a 25º
acima da horizontal. O trenó tem uma massa de 80 kg e não existe atrito entre as lâminas do trenó e o gelo.
Calcule:
a) a aceleração do trenó e
b) o valor da força normal exercida pela superfície sobre o trenó.
E08. Um carro de 900 kg, andando a 72 km/h, freia bruscamente e para em 4s.
a) Calcule o módulo da aceleração do carro.
b) Calcule o módulo da força de atrito que atua sobre o carro.
E09. A figura ilustra uma jovem arrastando um caixote com uma corda, ao longo de uma superfície horizontal, com
velocidade constante. A tração que ela exerce no fio é de 20 N. Determine a força de atrito que atua na caixa.
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Respostas dos Exercícios Teóricos:
E01. TAB = 40 N TBC = 34,64N
E02. a) 60 N b) 51,96 N
E03. a) 36 N b) 62,3 N
E04. a) 0,5 m/s2 b) 600 N
E05. 34 N
E06. a) 1,7 m/s2 b) 736,61 N
E07. a) 4 m/s2 b) 6,14 N
E08. a) 5 m/s2 b) 4500 N
E09. 15,97 N
E10. a) 30 N b) 5,6 m/s2
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Testes
b) T1 = 185N e T2 = 283N
c) T1 = 215N e T2 = 325N
d) T1 = 283N e T2 = 200N
e) T1 = 300N e T2 = 200N
b) 800 N
c) 3.200 N
d) 11.980 N
e) 90.000 N
T03. Dois blocos na posição vertical são ligados por uma corda. Outra corda é
amarrada ao bloco superior. A força F (em kgf) necessária para manter o sistema
em repouso vale:
a) 2
b) 3
c) 4
d) 6
e) 4,5
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T04. O corpo M representado na figura pesa 80 N e é mantido em equilíbrio por
meio da corda AB e pela ação da força horizontal F de módulo 60 N.
Considerando g = 10m/s2, a intensidade da tração na corda AB, suposta ideal,
em N, é:
a) 60
b) 80
c) 100
d) 140
e) 200
d) O bloco A não pode se mover porque não há força puxando-o para a direita.
e) O bloco B não pode se mover porque não há força puxando-o para baixo.
a) 40 N b) 30 N c) 20 N d) 15 N e) 10 N
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T08. Um bloco de madeira de massa 400 g é arrastado sobre uma superfície horizontal, a partir do repouso, por uma
força constante de 2,0 N, também horizontal. Sabendo que a aceleração do corpo é 1,0 m/s2, a força de atrito entre o
corpo e a superfície horizontal, em newtons, vale:
a) 0 b) 0,4 c) 0,8 d) 1,6 e) 2,4
T09. Um bloco de massa 5,0 kg é lançado horizontalmente, com uma velocidade inicial de 72 km/h, sobre uma
superfície horizontal, parando após percorrer 80m. Considerando que a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2, o
coeficiente de atrito entre o bloco e a superfície vale:
a) 0,10 b) 0,25 c) 0,40 d) 0,50 e) 0,75
T10. Considerando o exercício anterior, marque a opção referente ao tempo que o bloco chegou a v = 0.
a) 8s b) 10s c) 14s d) 20s e) 23s
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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___________________________________. Matemática. Vol. 1. São Paulo: Moderna, 2004.
DANTE, Luiz Roberto. Matemática. Vol. 1, São Paulo: Ática, 1999.
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GOLDSTEIN, Larry J.; LAY, David C.; SCHNEIDER, David I. Matemática Aplicada: Economia, Administração
e Contabilidade. 8ª Ed. Porto Alegre: Bookman, 2000.
GRAPES 6.71 pt. GRAph Presentation & Experiment System. Desenvolvedor: KATSUHISA, Tomoda com apoio
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HOFFMANN, Laurence D.; BRADLEY, Gerald L. Cálculo: um curso moderno e suas aplicações. 7ª Ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2002.
LEITHOLD, Louis. Matemática aplicada à economia e administração. São Paulo: Harbra, 1988. Tradução Cyro
de Carvalho Patarra.
MORETTIN, Pedro A.; HAZZAN, Samuel; BUSSAB, Wilton de O. Cálculo: funções de uma e várias variáveis.
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