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Universidade de Coimbra

Faculdade de Letras

Relações básicas
num
Thesaurus

Especialização em Ciências Documentais


Indexação por Assuntos I

Carla Alexandra Silva Ferreira

2005 / 2006

1
Introdução

Um thesaurus, enquanto instrumento de controlo terminológico que


visa traduzir a linguagem natural dos documentos primários para uma
linguagem documental controlada, serve de ponte entre o homem e o
sistema documental, quer na representação dos conceitos, quer na
recuperação da informação. No entanto, ele é também um guia que aponta
em vários sentidos graças às relações que se estabelecem entre os seus
descritores.
Essas relações comportam um carácter de reciprocidade e visam
controlar o vocabulário, evidenciar a estrutura do thesaurus e induzir o
utilizador a pesquisas relacionadas com aquela que pretende. Neste trabalho,
as relações básicas existentes num thesaurus serão definidas e analisadas
relativamente à sua função e aplicabilidade.

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1. Relações de equivalência

Sabemos que um dos propósitos de qualquer thesaurus é o controlo


vocabular. Esse controlo passa, em muito, pelo controlo da sinonímia.
Aquando da construção de um thesaurus, perante vários termos que
representam o mesmo conceito – linguisticamente designados por sinónimos
– deve-se eleger um deles como termo eleito para representar esse conceito.
Esta escolha assenta no segundo princípio do processo de indexação: o
interesse do utilizador e características do fundo bibliográfico. O termo eleito
de entre o conjunto de termos equivalentes que representam o mesmo
conceito recebe a denominação de descritor. Os restantes termos preteridos
recebem a designação de não-descritores, também designados por termos
equivalentes.
Deste modo, as relações de equivalência estabelecem-se entre
descritores e não-descritores e visam, sobretudo, controlar a sinonímia. As
relações de equivalência assentam no estabelecimento de relações de
reciprocidade entre o descritor e os não-descritores. Essa de reciprocidade
nas relações de equivalência estabelece-se através dos operadores USE e UP.
O operador USE precede o termo eleito descritor. Já o operador UP (usado
por) antecede o termo preterido, ou seja, o não-descritor.
Exemplo:
ARQUITECTURA DE CENA
UP cenários
cenários
USE ARQUITECTURA DE CENA
A razão de ser do estabelecimento de relações de equivalência entre
descritores e não-descritores está no facto de estes serem termos sinónimos
e, por essa razão, qualquer um deles pode ser usado pelo utilizador no
momento da pesquisa. Além disso, estas relações permitem reduzir
substancialmente o número de termos autorizados num thesaurus uma vez
que termos sinónimos não devem ocorrem simultaneamente como
descritores num mesmo thesaurus. Ainda assim, embora tenham adquirido o

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estatuto de não-descritores, esses termos equivalentes do ponto de vista
semântico, devem ser incluídos no thesaurus, de forma a evitar silêncio no
momento da pesquisa.

1.1. Estabelecimento de relações de equivalência


Uma das funções das relações de equivalência é o controlo da
sinonímia. No entanto, as relações de equivalência podem e devem ser
estabelecidas quando estamos perante outros acidentes linguísticos como a
quase-sinonímia ou variações ortográficas.

A sinonímia motiva o estabelecimento de relações de equivalência


quando:
a. um conceito é representado por dois ou mais termos;
Exemplo:
AUTOMÓVEL
UP viatura
UP carro
viatura
USE AUTOMÓVEL
carro
USE AUTOMÓVEL
b. um mesmo conceito é representado simultaneamente por um termo
popular e um termo científico;
Exemplo:
cobrão
USE HERPES ZOSTER
Zona
USE HERPES ZOSTER
HERPES ZOSTER
UP Cobrão
UP Zona
c. um mesmo conceito é representado por vários termos devido à
variação linguística existente num país;

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Exemplo:
alcagoita
USE AMENDOIM
AMENDOIM
UP alcagoita
d. um conceito é representado simultaneamente por um termo que caiu
em desuso e um (ou vários) que são actuais;
Exemplo:
telefonia
USE RÁDIO
RÁDIO
UP telefonia
e. um conceito é representado por termos cuja origem etimológica é
diferente;
Exemplo:
MULTICELULAR (do latim)
UP policelular (do grego)
Plicelular
USE MULTICELULAR
f. um conceito pode ser representado por um termo comum e outro que
corresponde à sua marca comercial;
Exemplo:
Gilete
USE LÂMINA DE BARBEAR
LÂMINA DE BARBEAR
UP Gilete
NOTA: Gillette é o nome do inventor desta lâmina.

g. um conceito é representado por um termo novo ou por um


neologismo;
Exemplo:
shopping
USE CENTRO COMERCIAL
CENTRO COMERCIAL
UP shopping

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h. um conceito é representado por uma sigla ou acrónimo;
Exemplo:
Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e
Cultura
USE UNESCO
UNESCO
UP Organização das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura

A quase-sinonímia é um acidente linguístico que, no âmbito dos


thesaurus, pode ser controlado também através do estabelecimento de
relações de equivalência. A quase-sinonímia acontece quando dois termos
podem ser sinónimos no que respeita à indexação, ainda que
semanticamente possuam um significado diferente. Segundo a NP 4036,
esses termos “representam frequentemente valores diferentes de uma
mesma variável”. Apresenta como exemplo os termos ‘secura’ e ‘humidade’ e
diz que num domínio como o de ‘equipamento de lavagem’, quer um termo,
quer outro, podem ser escolhidos como descritores, porque se entende que
quem estuda uma dessas propriedades se interessará também por
documentos que digam respeito à outra propriedade. A norma salienta que
termos deste género só devem ser tratados como quase-sinónimos em
domínios muito especializados.
Exemplo:
SECURA
UP humidade
humidade
USE SECURA

As variações ortográficas prendem-se com aspectos relacionados


com a evolução da língua e, num thesaurus, podem ser controladas através
de relações de equivalência quando:
a. um conceito é representado por um termo cuja grafia foi actualizada;
Exemplo:

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philologia
USE FILOLOGIA
FILOLOGIA
UP philologia
b. um conceito é representado por um termo cuja grafia pode variar;
Exemplo:
PELOURO
UP peloiro
peloiro
USE PELOURO

A NP 4036 refere ainda que se devem estabelecer relações de


equivalência para se fazer remissão para um termo genérico. Sobre este
aspecto refere que se trata “de uma técnica em que o nome de uma classe,
assim como os nomes dos membros dessa classe são tratados como um
conjunto de equivalências” e em que o termo genérico funciona como
descritor. Esta técnica refere a possibilidade de estabelecer uma relação de
equivalência entre um termo genérico e um termo específico, que em certos
contextos, podem funcionar como sinónimos, ainda que mantenham entre si
uma relação hierárquica. Esses contextos dependem essencialmente do
fundo bibliográfico e do interesse do utilizador. Vejamos o exemplo:
METAIS
UP alumínio
UP cobre
UP ferro
alumínio
USE METAIS
...
O estabelecimento de relações de equivalência entre um termo
genérico (METAIS) e termos específicos (alumínio, cobre, ferro) só faz
sentido num serviço cujo fundo bibliográfico tenham um carácter geral,
como, por exemplo, uma biblioteca municipal. Este tipo de relação, embora
preserve a relação hierárquica entre os termos, estabelece entre eles uma

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relação de equivalência semântica com o objectivo de não sobrecarregar o
thesaurus com termos demasiado específicos para aquele fundo.
Num serviço especializado, como uma biblioteca de um Departamento
de Química, este tipo de relação não deve ser utilizado, uma vez que cada
termo considerado equivalente a um outro mais geral numa biblioteca com
um fundo bibliográfico de carácter geral, não o pode ser num serviço
especializado. Deste modo, ALUMÍNIO, COBRE e FERRO seriam considerados
descritores e termos específicos do termo geral METAIS. No entanto, se,
porventura, nesse serviço especializado aparecesse um documento cujo
assunto fosse fonética acústica, então criar-se-ia uma relação de
equivalência entre este termo específico e outro mais geral, que o
compreende (por exemplo, Linguística).

2. Relações hierárquicas

As relações hierárquicas permitem, num thesaurus, reunir os diversos


descritores num conjunto hierarquizado baseado em níveis de subordinação,
onde os descritores são colocados uns em relação aos outros de acordo com
o seu grau de generalidade ou especificidade. O estabelecimento das
relações hierárquicas define a estrutura do thesaurus, fixando a ordem
hierárquica dos descritores, evidenciando as suas macro e micro-estruturas.
Segundo Gil Urdiciain, o estabelecimento de níveis de generalidade e
especificidade facilita, no momento da indexação, a eleição de termos mais
específicos que definem um conceito, eliminando a possibilidade de ruído na
pesquisa. O estabelecimento de relações hierárquicas permite dividir de
forma lógica e hierárquica o campo terminológico em que se trabalha.
As relações hierárquicas entre os descritores de um thesaurus são
recíprocas e transcrevem-se através dos operadores TG e TE. TG designa o
termo genérico, ou seja, o descritor que representa o conceito com o
sentido mais amplo e que engloba conceitos com um sentido mais específico.
TE refere-se ao termo específico, ou seja, o descritor que representa um

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conceito com um sentido mais restrito e cujo sentido pode ser incluído num
conceito mais genérico.
Exemplo:
TG ROCHAS
TE ARDÓSIA
TE BASALTO
TE GRANITO
ARDÓSIA
TG ROCHAS
...
Gil Urdiciain refere que um descritor pode ter nenhum, um ou mais
descritores de inferior hierarquia ou pode ter nenhum, um ou mais
descritores superiores a ele. Se não tiver nenhum descritor superior a ele,
esse descritor encabeça a hierarquia. Quando o descritor pertence a mais do
que uma hierarquia pode dar-se o caso de poli-hierarquia1.

2.1. Tipos de relações hierárquicas


As relações hierárquicas são de três tipos:
• relações genéricas;
• relações todo-parte;
• relações enumerativas;
Estes três tipos de relações permitem estabelecer hierarquias
susceptíveis de serem submetidas a um teste lógico porque, segundo a NP
4036, “cada termo subordinado deve referir-se ao mesmo tipo de noção que
o seu termo superior”, ou seja, “o termo genérico e o termo específico
devem representar quer um objecto, quer uma acção, quer uma propriedade,
etc.”
Exemplo:
Pensemos nos descritores ‘cereais’ (objecto) e ‘plantação’ (acção). Como
representam noções de tipo diferente, não se pode estabelecer uma relação
hierárquica entre eles. Quando muito estabelecer-se-á uma relação
associativa (PLANTAÇÃO TR CEREAIS). No entanto, se em vez de ‘plantação’
1
Ver 2.2.

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tivéssemos o descritor ‘milho’, então poderíamos estabelecer uma relação
hierárquica entre eles, uma vez que ambos representam objectos.

a. Relações genéricas
Estas relações evidenciam a relação entre uma classe ou categoria e
os seus membros ou espécies
Exemplo:
ARQUITECTURA
TE ARQUITECTURA CIVIL
ARQUITECTURA CIVIL
TG ARQUTECTURA

ARQUITECTURA CIVIL
TE ARQUITECURA URBANA
ARQUITECTURA URBANA
TG ARQUITECTURA CIVIL

b. Relações todo-parte
Estas relações são as relações hierárquicas mais comuns e
estabelecem-se em situações em que a parte ou espécie (o termo
subordinado) está implícita no todo ou genérico (termo subordinante).
Neste caso, o todo é representado pelo termo genérico e a parte pelo
termo específico.
As relações todo-parte aplicam-se nos seguintes casos;
• sistemas e órgãos do corpo:
Exemplo:
SISTEMA DIGESTIVO
TE BOCA
TE ESÓFAGO
TE ESTÔMAGO
TE GLÂNDLUAS GÁSTRICAS
BOCA
TG SISTEMA DIGESTIVO
...

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GLÂNDULAS GÁSTRICAS
TG ESTÔMAGO

• localização geográfica;
Exemplo:
BRASIL
TE MARANHÃO
TE RIO DE JANEIRO
TE NITÉROI
TE NOVA IGUAÇU
MARANHÃO
TG BRASIL
...
NITÉROI
TG RIO DE JANEIRO
...

• disciplinas e domínios do conhecimento;


Exemplo:
LINGUÍSTICA
TE FONÉTICA
TE FONÉTICA ACÚSTICA
FONÉTICA
TG LINGUÍSTICA
FONÉTICA ACÚSTICA
TG FONÉTICA

• estruturas sociais hierarquizadas;


Exemplo:
EXÉRCITO
TE CORPO DO EXÉRCITO
TE REGIMENTO
CORPO DO EXÉRCITO
TG EXÉRCITO
REGIMENTO
TG REGIMENTO

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c. Relações enumerativas
Estas relações identificam a ligação existente entre uma categoria
geral de coisas ou acontecimentos (representada por um nome
comum) e um espécime individual dessa categoria (representada por
um nome próprio).
Exemplo:
FILÓSOFOS EXISTENCIALISTAS, séc. 20
TE JEAN-PAUL SATRE
TE GABRIEL MARCEL
JEAN-PAUL SATRE
TG FILÓSOFOS EXISTENCIALISTAS, séc. 20
...

2.2. relações poli-hierárquicas


Estas relações reflectem o facto de alguns termos poderem pertencer
a várias facetas e depende de mais do que um termo genérico. Vejamos o
exemplo:
INSTRUMENTOS DE MÚSICA
TE ÓRGÃOS
ÓRGÃOS
TG INSTRUMENTOS DE MÚSICA

INSTRUMENTOS DE TECLAS
TE ÓGÃOS
ÓRGÃOS
INSTRUMENTOS DE TECLAS

3. Relações associativas

Das três relações básicas de um thesaurus, esta é mais peculiar.


Contrariamente às anteriores, as relações associativas não supõem nem
sinonímia, nem hierarquia, mas sim associações semânticas mentais. Aqui os
termos não são sinónimos, nem fazem parte da mesma hierarquia, são

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termos que, por associação de ideias, reenviam para outros conceitos. Tal
como as relações anteriores, é uma relação recíproca que é representada
através do operador TR (termo relacionado), que antecede o termo ao qual
o descritor está associado.
Exemplo:
ESTILOS ARQUITECTÓNICOS
TR CORRENTES ARQUITECTÓNICAS
CORRENTES ARQUITECTÓNICAS
TR ESTILOS ARQUITECTÓNICOS
O subjectivismo do indexador é mais susceptível de se manifestar no
estabelecimento de relações deste tipo. Por essa razão, a NP 4036 adianta
que as relações associativas só se devem estabelecer se um dos termos for
fortemente implicado pelo outro, de acordo com o quadro de referências
partilhado pelos utilizadores, sempre que o outro seja utilizado como termo
de indexação. Deste modo, um dos termos deve ser um componente
necessário como explicação ou definição do outro. Isto faz com que, na
pesquisa, o utilizador seja induzido a pesquisar em campos afins ao conceito
localizado.
A função das relações associativas é localizar todos os conceitos
relacionados reciprocamente num thesaurus. As ligações estabelecem-se
entre os termos que os representam e dão-se ao nível da faceta. Este tipo de
relações estabelece-se entre termos que pertencem à mesma categoria e
termos que pertencem a categorias diferentes. Quanto aos primeiros, trata-
se de termos que contêm o mesmo termo genérico, mas cujo significado se
sobrepõe. Não se trata de termos equivalentes, mas sim de termos que por
algumas afinidades que possuem são utilizados sem grande rigor aquando da
pesquisa. Por essa razão, torna-se necessário chamar a atenção do utilizador
para a existência de outro(s) termo(s) relacionado com o pretendido (ver
exemplo anterior).
Relativamente aos termos que pertencem a categorias diferentes, as
relações associativas podem ser estabelecidas:

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a. entre uma disciplina ou campo do conhecimento e os objectos ou
fenómenos estudados;
Exemplo:
FILATELIA
TR SELOS
SELOS
TR FILATELIA
b. entre uma operação/um processo e o seu agente ou instrumento;
Exemplo:
PLANTAÇÃO AGRÍCOLA
TR ALFAIAS AGRÍCOLAS
ALFAIAS AGRÍCOLAS
TR PLANTAÇÃO
c. entre uma acção e o produto/efeito da acção;
Exemplo:
INDEXAÇÃO
TR CATÁLOGO DE ASSUNTOS
CATÁLOGO DE ASSUNTOS
TR INDEXAÇÃO
d. entre uma acção e o seu sujeito/objecto passivo;
Exemplo:
ANÁLISE DOCUMENTAL
TR DOCUMENTO
DOCUMENTOS
TR ANÁLISE DOCUMENTAL
e. entre conceitos e as sua propriedades;
Exemplo:
FOGO
TR CALOR
CALOR
TR FOGO
f. entre conceitos relacionados e as suas origens;
Exemplo:
ÁGUA

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TR NASCENTE
NASCENTE
TR ÁGUA
g. entre conceitos ligados por causa-efeito;
Exemplo:
EROSÃO
TR VENTO
VENTO
TR EROSÃO
h. entre um objecto e o seu contrário;
Exemplo:
CHUVA
TR GUARDA-CHUVA
GUARDA-CHUVA
TR CHUVA
i. entre um conceito e suas unidades de medidas;
Exemplo:
FREQUÊNCIA
TR HERTZ
HERTZ
TR FREQUÊNCIA
j. entre termos sincategoremáticos e os termos dos substantivos ligados
a eles;
Exemplo:
LITERATURA CINZENTA
TR LITERATURA
LITERATURA
TR LITERATURA CINZENTA
k. entre conceitos que tenham uma sucessão no espaço e no tempo;
Exemplo:
INFÂNCIA
TR ADOLESCÊNCIA
TR ADULTEZ
TR VELHICE

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ADOLESCÊNCIA
TR ADULTEZ
TR INFÂNCIA
TR VELHICE
...
l. entre termos antónimos;
Exemplo:
ESTABILIDADE
TR INSTABILIDADE
INSTABILIDADE
TR ESTABILIDADE

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Conclusão

As relações semânticas aqui apresentadas têm como principal


objectivo controlar o vocabulário de um thesaurus. Visam, sobretudo,
permitir uma representação precisa e unívoca do conteúdos dos documentos
sujeito ao processo de análise documental.
Vimos que as relações de equivalência se prestam de forma mais
efectiva ao controlo do vocabulário ao controlarem a sinonímia. Por outro
lado, as relações hierárquicas, ainda que se prestem igualmente ao controlo
vocabular – a combinação hierárquica de termos genéricos e específicos
permite reduzir ambiguidades motivadas sobretudo pela polissemia uma vez
que esse contexto estrutural especifica os eventuais termos polissémicos –
elas contribuem, sobretudo, para a organização estrutural do thesaurus já
que os descritores se apresentam hierarquizados de acordo com a área de
conhecimento do thesaurus. Já as relações associativas cumprem uma
função sobretudo indutiva, ou seja, a sua função num thesaurus é, em
muito, fornecer ao utilizador pistas e levá-lo a pesquisar um assunto
relacionado com aquele sobre o qual fez efectivamente a sua pesquisa, mas
que, no momento da pesquisa, não se lembrou ou tinha em mente. Estas
relações ajudam também no controlo vocabular na medida em que,
associando um termo a outro, podem especificar e fixar o seu sentido.
Para terminar, verificámos ainda nesta breve reflexão sobre as
relações básicas existentes num thesaurus que as relações hierárquicas e
associativas se estabelecem entre descritores (ou rubricas uniformes) e que
as relações semânticas se estabelecem entre descritores e não-descritores,
reduzindo, deste modo, os termos entre os quais se estabelecem as relações
hierárquicas e associativas.

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