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2009
PAULO ROBERTO DOS SANTOS JUNIOR
2009
“Conhecer é reduzir complexidades, estruturando-as.”
INTRODUÇÃO 5
1 - OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 6
CONCLUSÃO 30
BIBLIOGRAFIA 32
5
INTRODUÇÃO
1 - OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
6
1
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 17ª edição. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 15.
2
BECKER, Alfredo Augusto: Teoria Geral do Direito Tributário, São Paulo, Saraiva, 1972, p. 558.
3
Direito Processual Tributário Brasileiro: (administrativo e judicial), 4ª edição, São Paulo: Dialética, 2005, p.
218.
7
5
Curso de Direito Tributário, 5ª edição, São Paulo: Dialética, 2004, p. 204.
8
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de
modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa,
vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo
do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
(...)
8
Entre as quais não se enquadram as sociedades abordadas no presente trabalho.
12
“Em confronto com o artigo anterior, verifica-se que esse dispositivo exclui
do pólo passivo da obrigação a figura do contribuinte (que, em princípio,
seria a pessoa em cujo nome e por cuja conta estaria agindo o terceiro), ao
dispor no sentido que o executor do ato responda pessoalmente. A
responsabilidade pessoal deve ter aí o sentido (que já se adivinha no art.
131) de que ela não é compartilhada com o devedor ‘original’ ou ‘natural’.”
9
Direito Tributário, Linguagem e Método, 2ª edição, São Paulo: Noeses, 2008. P. 568.
10
Direito Tributário Brasileiro. 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 2004, p. 316.
11
Comentários ao Código Tributário Nacional, Coordenador Carlos Valder do Nascimento. Rio de Janeiro:
Forense, 1997, p. 578.
13
Concordamos que este entendimento possa dar azo à prática de atos lesivos
contra o Fisco, por exemplo, com a utilização de administradores sem patrimônio, indicados
somente para perpetrar as ilicitudes e atrair a responsabilidade para si próprios.
12
Relator Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Seção, j. 11/03/2009, DJe 23/03/2009.
15
13
Vale observar que esta decisão entende que a responsabilidade decorrente do artigo 135 é subsidiária, e não
pessoal, como sustentamos linhas atrás.
14
Curso de direito tributário brasileiro, 7ª Ed, Rio de Janeiro: Forense, 2004. p. 747.
16
15
Direito tributário brasileiro, 11ª Ed, Rio de Janeiro: Forense, 2004. p. 756.
16
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento,
assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito
passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de
responsabilidade funcional.
17
17
A Prova no Procedimento Administrativo Tributário, Revista Dialética de Direito Tributário n° 34, p. 107.
18
A Prova no Processo Administrativo Fiscal, in Curso de Especialização em Direito Tributário – Estudos
Analíticos em Homenagem a Paulo de Barros Carvalho; Coordenador: Eurico Marcos Diniz de Santi; Rio de
Janeiro, Forense, 2005.
18
Não pode o ente arrecadador buscar o acertamento de seu crédito após ter
instruído o título e dado início à execução. O título executivo para ser válido,
leia-se gerar presunção de liquidez e certeza, deve espelhar fielmente o que
se apurou no procedimento administrativo – que a seu turno deve ter sido
realizado em absoluta adstrição à lei, material, formal e, em certos casos,
processual – sob pena de ineficácia da execução e nulidade do título. Se não
for regular o procedimento administrativo não haverá presunção de certeza
impossibilitando qualquer pretensão executória por parte do Fisco.”
19
Direito Processual Tributário Brasileiro: (administrativo e judicial), 4ª edição, São Paulo: Dialética, 2005,
p.630.
19
Art. 13. O titular da firma individual e os sócios das empresas por cotas de
responsabilidade limitada respondem solidariamente, com seus bens
pessoais, pelos débitos junto à Seguridade Social.
Tendo o citado artigo invadido a esfera reservada pela Carta Magna à Lei
Complementar, sua aplicação padecia de inconstitucionalidade. Apesar do Supremo Tribunal
Federal ainda não ter analisado a questão 20, o Superior Tribunal de Justiça reiteradamente
declarou que a responsabilidade pretendida pela aplicação da citada norma era limitada aos
casos já previstos no artigo 135 do Código Tributário Nacional, o que, na prática, implicava
na não aplicação desta norma. Vejamos:21
5. O CTN, art. 135, III, estabelece que os sócios só respondem por dívidas
tributárias quando exercerem gerência da sociedade ou qualquer outro ato de
gestão vinculado ao fato gerador. O art. 13 da Lei n° 8.620/93, portanto, só
pode ser aplicado quando presentes as condições do art. 135, III, do CTN,
não podendo ser interpretado, exclusivamente, em combinação com o art.
124, II, do CTN. (...)
Finalmente, este artigo foi revogado pela Lei nº 11.941, de 2009, eliminando
definitivamente do sistema a regra inválida e que já não era aplicada, conforme as reiteradas
decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça.
20
O Recurso Extraordinário n° 567.932, no qual foi reconhecida a repercussão geral da matéria, encontra-se
aguardando julgamento.
21
AgRg no REsp 946509 / RS, Relator Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, j. 20/09/2007, DJ 22/10/2007, p.
213.
21
(...)
23
REsp 884845 / SC, Relator Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, j. 05/02/2009, DJe. 18/02/2009.
24
11. In casu, verifica-se que o Banco Safra S/A não integra o pólo passivo da
execução, tão-somente pela presunção de solidariedade decorrente do fato de
pertencer ao mesmo grupo econômico da empresa Safra Leasing S/A
Arrendamento Mercantil. Há que se considerar, necessariamente, que são
pessoas jurídicas distintas e que referido banco não ostenta a condição de
contribuinte, uma vez que a prestação de serviço decorrente de operações de
leasing deu-se entre o tomador e a empresa arrendadora. (...)
24
Lei 6404/76, art. 158; Lei 10.406/02, arts. 45 a 51 e 1.150 e seguintes; Lei 8934/94, arts. 32 e 36; Decreto
3708/19, arts. 10 e 16.
25
25
Manual de Direito Tributário, 1ª Edição, São Paulo: Saraiva, 2009, p. 676.
26
A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito
privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou
pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias.
26
Isso nos leva à conclusão lógica que o ato infracional deve ser antecedente à
obrigação tributária, desencadeando-a.
27
Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Embargos Infringentes em Apelação Civil n. 2000.04.01.140559-4-
RS, apud BODNAR, Zenildo, Responsabilidade Tributária do Sócio-Administrador, 1ª Edição, Curitiba: Juruá,
2006, p. 132.
29
CONCLUSÃO
- Este procedimento não pode ser feito nos autos da execução fiscal, ação de
rito especial que visa pura e simplesmente satisfazer o crédito plasmado no título executivo.
BIBLIOGRAFIA
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 2004, p. 316.
BALEEIRO, Aliomar. Direito tributário brasileiro, 11ª Ed, Rio de Janeiro: Forense, 2004.
BECKER, Alfredo Augusto. Teoria Geral do Direito Tributário, São Paulo: Saraiva, 1972.
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 17ª edição. São Paulo: Saraiva,
2005.
COELHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de direito tributário brasileiro, 7ª Ed, Rio de
Janeiro: Forense, 2004.
JARDIM, Eduardo Marçal Ferreira, Dicionário Jurídico Tributário, 4ª Edição, São Paulo,
Dialética, 2003.
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário, 27ª Edição, São Paulo: Malheiros,
2006.
32
MELO, José Eduardo Soares de. Curso de Direito Tributário, 5ª edição, São Paulo: Dialética,
2004.
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito, 24ª edição. São Paulo: Editora Saraiva, 1998.
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário, 1ª Edição, São Paulo: Saraiva, 2009.