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O CAMINHO PARA O TUDO

Edição do Autor

1ª Edição

Copyright © 2010 por Edgar Alexandroni


Depósito legal na Fundação Biblioteca Nacional – Decreto 1825 – dezembro de 1907
FBN - Registro no. 503.345 - L. 953 - Fl. 61
Todos os direitos reservados e amparados pela Lei nº 9.610 de 19/02/98.

Exceto citações breves em resenhas críticas, nenhum dos trechos deste livro poderá
ser reproduzido, sob qualquer forma, ou por quaisquer meios, inclusive mecânico,
eletrônico, fotocópia, gravação, ou outros, nem objeto de apropriação ou estocagem
em sistema de banco de dados, sem autorização prévia, por escrito, do Autor.

Citações bíblicas extraídas da co-edição especial da Editora Maltese Ltda. e Editora EP Ltda.
Citações breves dos livros:
Os Três Princípios da Essência Divina – Jacob Boehme – Polar Editorial & Comercial
A Aurora Nascente – Jacob Boehme – Editora Paulus
História da Filosofia – Editora Nova Cultural Ltda.

Autoria e Ilustração – Edgar Alexandroni

O CAMINHO PARA O TUDO

Metafísica - Theosophia - Cosmosophia - Cosmografia

Capítulo Página Nome

1 6 A Restauração do “Palácio do Esplendor”


2 8 Em Busca de Sophia e da Theosophia
3 18 A Geração Cósmica e a Evolução
4 22 Conhecimentos Racionais e Essenciais
5 26 O Confronto Entre a Theosophia e a Razão
6 32 O Caminho Para o Tudo
7 43 Um Telegrama Para a Nação Racional
8 49 A Odisséia do Homo Habilis
9 63 Para Humanistas e Naturalistas
10 66 Para Crianças e Para Adultos
11 68 O Início e o Fim da Geração Cósmica
12 74 Todos Me Conhecerão

Quem sou Eu? De onde Eu vim? Por que Eu estou aqui? Para onde Eu irei? Por que Ciência, Filosofia e Teologia
não se entendem com a Theosophia? É possível fazer o casamento da Ciência com a Religião? O que é a
“radiação de fundo”? A matéria encurva a geometria do Espaço? Por que há a “incerteza” relacionada à posição e
velocidade das partículas? Qual a origem e a definição da força da gravidade? O Universo está se expandindo?
Onde está o erro, na Teoria da Relatividade Geral ou na Teoria Quântica? Que nível de escolha Deus teria tido ao
construir o Universo? Se o Universo se autocontém, sem limites, sem início e sem fim, onde estaria Deus e qual
seria o seu papel? Como Jesus Cristo nasceu, morreu e ressuscitou dentre os mortos? O que é a Luz?
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Dedicatória
À Virgem Sophia que saiu da boca do Altíssimo.
Ela é a primogênita de todas as criaturas e fez com que nascesse nos céus uma LUZ
que nunca falta e como névoa ela cobriu toda a terra. Como videira, lançou flores de agradável cheiro
e suas flores são frutos de honra e de honestidade.
Ela é a Mãe do Amor Formoso, e do temor, e do conhecimento, e da santa esperança.
Nela, há toda Graça do Caminho e da Verdade, e também, toda a esperança da Vida e da Virtude.
Porque o seu Espírito é mais doce que o mel e a sua herança vence em doçura o mel e o favo.

À minha Família
meus Pais Pedro e Virgínia (in memoriam)
minha Esposa Diva
meus Filhos Sandra e Edgar Jr.
Minhas Netas Tamy e Sophia

Agradecimentos
Ao Pai pela Misericórdia, ao Filho pela Graça e ao Espírito Santo pelas lições Espirituais
que produziram a substância deste livro

Ao Américo Sommerman
que apresentou-me o Teósofo Jacob Boehme, para certificar e complementar os frutos dos
desígnios do Senhor, na elaboração deste trabalho e no cumprimento da missão.
Deus abençoe a todos.

A Missão de Ezequiel
(3;17 / 2;3 a 10 / 3;1 a 12)
Filho do homem: Eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; da minha boca ouvirás a palavra, e os avisarás da
minha parte.

Filho do homem, eu te envio aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se insurgiram contra mim; eles e seus
pais prevaricaram contra mim, até precisamente ao dia de hoje. Os filhos são de duro semblante, e obstinados de
coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o Senhor Deus. Eles, quer ouçam quer deixem de ouvir, porque
são casa rebelde, hão de saber que esteve no meio deles um profeta. Tu, ó filho do homem, não os temas, nem
temas as suas palavras, ainda que haja sarças e espinhos para contigo, e tu habites com escorpiões; não temas
as suas palavras, nem te assustes com os seus rostos, porque são casa rebelde. Mas tu lhes dirás as minhas
palavras, quer ouçam quer deixem de ouvir, pois são rebeldes.

Tu, ó filho do homem, ouve o que eu te digo, não te insurjas como a casa rebelde; abre a boca, e come o que eu
te dou. Então vi, e eis que certa mão se estendia para mim, e nela se achava o rolo de um livro. Estendeu-o diante
de mim, e estava escrito por dentro e por fora; nele estavam escritas lamentações, suspiros e ais. Ainda me disse:
Filho do homem, come o que achares: come este rolo, vai e fala à casa de Israel. Então abri a boca, e ele me deu
a comer o rolo. E me disse: Filho do homem, dá de comer ao teu ventre, e enche as tuas entranhas deste rolo que
eu te dou. Eu o comi, e na boca me era doce como o mel. Disse-me ainda: Filho do homem, vai, entra na casa de
Israel, e dize-lhe as minhas palavras. Porque tu não és enviado a um povo de estranho falar nem de língua difícil,
mas à casa de Israel. Nem a muitos povos de estranho falar, e de língua difícil, cujas palavras não possam
entender; se eu aos tais te enviasse, certamente te dariam ouvidos.

Mas a casa de Israel não te dará ouvidos, porque não me quer dar ouvidos a mim; pois toda a casa de Israel é de
fronte obstinada e dura de coração. Eis que fiz duro o teu rosto contra os seus rostos, e dura a tua fronte contra a
sua fronte. Fiz a tua fronte como o diamante, mais dura do que pederneira; não os temas pois, nem te assustes
com os seus rostos, porque são casa rebelde.

Ainda me disse mais: Filho do homem, mete no teu coração todas as minhas palavras que te hei de falar, e ouve-
as com os teus ouvidos. Eia pois, vai aos do cativeiro, aos filhos do teu povo, e, quer ouçam quer deixem de ouvir,
fala com eles, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus. Levantou-me o Espírito, e ouvi por detrás de mim uma voz de
grande estrondo, que, levantando-se do seu lugar, dizia

Bendita seja a glória do Senhor


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PREFÀCIO

O Planeta Terra é um minúsculo grão de areia, orbitando num Universo, cuja dimensão o homem não consegue
nem imaginar. Nesse belíssimo grão de areia, vive o Homo Habilis, o único animal, numa impressionante
diversidade, que detém a racionalidade, a capacidade de observar, pensar, analisar, discernir, raciocinar,
experimentar, equacionar, estabelecer conexões, estruturar conceitos e até formular normas incontestáveis. Mas,
apesar disso tudo, o Homo Habilis ainda não conhece totalmente o seu Planeta e nem a sua plena biodiversidade,
assim como não sabe administrar as suas próprias atividades, para preservar as condições vitais do seu ambiente,
apesar de uma trajetória evolutiva de 35.718 anos, sobrepostos aos 34.279 anos da jornada do Homo Primus, o
seu estágio anterior à aquisição da racionalidade, completando 69.997 anos, que corresponde a 99,995 % da
caminhada de “70 anos” de peregrinação pelo “deserto”. (Isaías 23;17 e Jeremias 25;11 a 13 / 29;8 a 10)
Nessa trajetória, o Homo Habilis adquiriu muitos conhecimentos, absorvidos pela sua racionalidade, mas quase
nenhuma sabedoria, como mostra a história da Humanidade, que agora se aproxima do seu ocaso. No terreno
objetivo [o mundo material] é inegável o grande progresso do conhecimento tecnológico, mas grande parte desse
conhecimento foi e continua sendo utilizado erroneamente, destruindo o meio ambiente e o próprio homem, por
falta de sabedoria, pois o conhecimento não se concentra na estrutura social, ou na própria Humanidade, quando
se observa que apenas 10% dos mais ricos têm em seu poder, 86% de todos os bens e riquezas do Planeta!

Como entender essa incapacidade do Homo Habilis em harmonizar os conhecimentos racionais com a sabedoria?
Para que essa harmonização pudesse ocorrer, o Homo Habilis teria que evoluir no terreno espiritual em idênticas
proporções à sua evolução racional, e isso não aconteceu porque o Homo Habilis foi seduzido pela cobiça, pelo
orgulho, pela inveja e pela ira. Ele não conseguiu compreender, apesar de tanto tempo decorrido e de tantos erros
cometidos, até o dia de hoje, que não existem fronteiras territoriais, raciais, ou quaisquer outras, a não ser a
fronteira cultural, que é passível de nivelamento pelo intercâmbio dos conhecimentos racionais, e que a hierarquia
adotada pela Humanidade, teria que ser substituída por um ordenamento baseado no privilégio do conhecimento,
e especialmente da sabedoria, como nos tempos primitivos. Uma “Sophoscracia” ou algo semelhante. A sabedoria
extrapola a própria racionalidade e voa muito acima das mesquinharias da Humanidade, pois ela é fruto de uma
privilegiada evolução espiritual, cuja visão encampa o Planeta Terra e até as profundezas do Universo, onde
somente o espírito pode perscrutar. É evidente que a administração do Planeta seria centralizada, onde um
colégio formado por todas as nações, em plena condição de igualdade, seria o gestor e o único a contar com um
poderio militar, apenas convencional, para garantir a aplicação das regras democraticamente admitidas pelo
Planeta. Mas, sempre que alguma doutrina, filosofia ou uma simples regra qualquer, que sejam admitidas como
corretas, mas que não sejam compatíveis com as conveniências do Homo Habilis, elas são descartadas como
utopias, e assim como faz o servo preguiçoso com o seu talento, elas sempre são enterradas na história da
Humanidade. Uma delas, a principal, foi a Doutrina Cristã, que na verdade, nunca foi verdadeiramente adotada, a
não ser no jogo de “faz-de-conta” dos “cristãos” da boca para fora. Vejamos o que diz Jacob Boehme:

“A história Cristã é apenas o “berço da criança”, a moldura onde a lei da regeneração é manifestada
perpetuamente, e o “homem celeste” cidadão do eterno “mundo-luz”, é trazido à tona no mundo do tempo”. Diz
Boehme: “Desejamos de coração que os Cristãos de nome e da boca para fora, possam um dia encontrar a
experiência vivida em seu interior, passando da história para a substância”.

Mas as oportunidades se perderam, e como diz a sabedoria popular, “não adianta chorar o leite derramado”, pois
não podemos mudar o nosso passado e voltar atrás para construir um novo começo, mas pessoal e
individualmente, podemos mudar o nosso futuro, começando agora a construção de um novo fim. O Homo Habilis
precisa compreender, que o único instrumento de que dispõe para escrever a sua história individual, na sua curta
passagem pelo Planeta, chama-se “livre-arbítrio”, mesmo considerando que uma pequena parte do Universo, o
Terceiro Princípio, onde estamos, é como um rolo de filme, onde todos os eventos da existência já estão
gravados, incluindo os eventos que ainda não aconteceram. Somos todos, atores desse filme, mas com o nosso
livre-arbítrio racional, que o nosso “Diretor” sabe, por antecipação, como iremos utilizá-lo. O Terceiro Princípio é o
mundo das aparências de Platão, onde a passagem do tempo é ilusória, pois o futuro já existe neste mesmo
instante e ele, o futuro, é tão imutável quanto o próprio passado. Isso equivale dizer que o destino existe e o nome
do filme é Geração Cósmica! Em caso de dúvida, é só consultar Sophia em Eclesiastes 1;9,10,11 e 3;15

O mundo objetivo (material) e o mundo subjetivo (espiritual), aquele representado, entre outros, pelos Naturalistas,
e este, no estágio infante, enganosamente, via racional, pelas denominações teológicas e pelas crenças diversas,
nunca conseguiram se entender, apesar de ambos atuarem exclusivamente no campo da racionalidade. A Ciência
natural exibe orgulhosamente o “ver para crer”, símbolo preferido dos Cientistas, que na verdade, se fundamentam
na “cosmomancia”, (cosmos+adivinhação) uma contraposição aos Teólogos que se fundamentam na
“mercoteomancia” (mercadologia+deus+adivinhação). É razão científica x razão teológica, sem Deus, é óbvio.
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A Ciência de que se trata aqui, é a que diz respeito aos Naturalistas, voltada para as questões relativas ao
Universo, tanto sob o aspecto das micro-estruturas, como sob o das macro-estruturas. Começamos no ano de 340
a.C., quando Aristóteles já sabia que a Terra era redonda, mas assim como Ptolomeu no século II, ele acreditava
que a Terra era o centro do Universo, em volta da qual giravam os outros corpos celestes. Esse modelo foi
adotado pela igreja católica, como adequado às Escrituras, pois permitia o espaço suficiente para acomodar o céu
e o inferno, permitindo-lhes continuar vendendo o seu “peixe” sem maiores problemas. Mas, a evolução, racional e
espiritual, comanda o desenvolvimento da Geração Cósmica e, surgiu Nicolau Copérnico em 1514, com o Sol no
centro; Galileu Galilei em 1609, já com o telescópio, desconfiando dessa importância da Terra, e também
Johannes Kepler com o movimento elíptico dos corpos celestes; em 1687 surgiu Isaac Newton com a Lei da
Gravitação Universal, e em 1905, Albert Einstein com a sua famosa Teoria da Relatividade. Quase todos eles,
como grandes expoentes dos Naturalistas, construíram as bases da Ciência Natural, facilitando o caminho dos
seus predecessores. Cabe indagar, onde esses homens foram buscar esses conhecimentos? Quem os ensinou?
Qual Universidade eles freqüentaram? Quem foram seus professores? Isaac Newton disse que concebeu a idéia
da gravidade quando estava sentado, contemplativamente, sendo surpreendido pela queda de uma maçã, e Albert
Einstein era um funcionário público, um tanto avesso aos estudos. Vale lembrar, que estes dois últimos, são as
principais colunas de sustentação da Ciência Natural. Com a palavra, os empolgados adeptos do “ver para crer”.
Os Naturalistas estão “patinando” há mais de um século, na incompatibilidade entre os fundamentos dos seus
supostos conhecimentos sobre as macro-estruturas e as micro-estruturas, ou, entre a Teoria da Relatividade Geral
e a Teoria Quântica. Sonham em torná-los compatíveis e em promover a elaboração de uma teoria unificada, que
reúna as suas teorias parciais. Não aceitam, entretanto, as idéias do seu colega, o Marquês de Laplace, relativas
à sua Teoria do Determinismo Científico, baseado em leis precisas e determinantes, atinentes à evolução do
Universo, porque suas idéias não esclarecem como essas leis foram escolhidas e também não especificam a
configuração inicial do Universo, como se os outros cientistas fornecessem essas informações. Em contraposição,
aceitam o Princípio da Incerteza de Werner Heisenberg e o Princípio da Exclusão de Wolfgang Pauli sem que eles
tenham esclarecido porque as partículas têm o comportamento que tornam válidos esses Princípios.

Pierre Simon Laplace (1749-1827), o Marquês de Laplace, matemático, astrônomo e físico, nascido na França,
elaborou a Teoria do Determinismo Científico, cuja Inspiração, foi rejeitada pela resistência dos Naturalistas,
classificando-a como o “Demônio de Laplace”. Vejamos a seguir o “demônio”, não de Laplace, mas sim dos
Naturalistas, cujo texto abaixo transcrito, é a introdução fundamental da Teoria de Laplace, formulada em 1814.

“Nós podemos tomar o estado presente do Universo como o efeito do seu passado e a causa do seu futuro. Um
intelecto que em dado momento, conhecesse todas as forças que dirigem a natureza e todas as posições de todos
os itens dos quais a natureza é composta, se este intelecto também fosse vasto o suficiente para analisar essas
informações, compreenderia numa única fórmula os movimentos dos maiores corpos do Universo e os do menor
átomo; para tal intelecto nada seria incerto e o futuro, assim como o passado, seria presente, perante seus olhos”.

O esclarecimento torna claro o que estava obscuro e o que torna tudo claro é a Luz. (João 8;12) – Eu sou a Luz do
mundo) Essa é a Luz de que necessitam os Naturalistas e também os Teólogos. Mas afinal, o que é realmente a
Luz? A Luz é a Semente do Pai que a revela em todas as suas manifestações! A Luz é a Síntese das Essências
Divinas, subjacente ao FIat! A Luz é a Singularidade Essencial, que materializa e expõe a Sabedoria Divina,
apresentando Sua Mãe, a Virgem Sophia, manifestada então, ao mundo dos viventes! A Luz é a concretização do
fundamento de toda a geração celeste, onde e como quer que ela se apresente! A Luz é a Pedra Angular do
Universo revelado! A Luz é a Energia revelada! A Luz é o Caminho, a Verdade e a Vida: o Caminho, porque tudo
é manifestado pelo Pai por seu intermédio e tudo retorna ao Pai também por seu intermédio – ninguém vem ao Pai
senão por mim -; a Verdade e a Vida porque a Luz as atesta e as exibe ou as expressa nas manifestações do Pai!
A Luz é um Vapor da Virtude do Pai, e uma como sincera emanação da claridade do Onipotente Deus e por isso,
nada manchado cai nela! A Luz é o clarão eterno e o espelho sem mácula da Majestade do Pai! A Luz, sendo
uma só, pode tudo, e permanecendo em si mesma, renova todas as coisas, e pelas nações se transfunde nas
Almas Santas, forma os amigos de Deus e os profetas! A Luz é o Alpha e o Ômega, o Primeiro e o Último! A Luz
é o Princípio e o Fim! A Luz é a Brilhante Estrela da Manhã! A Luz é o Filho Amado, é Jesus Cristo, e a
Theosophia é o depósito da Luz e também a ciência das ciências, onde se encontram todas as potencialidades do
conhecimento e da sabedoria, sejam eles racionais ou espirituais, e somente através dela, por concessão, sem
nenhum mérito para a sua obtenção, fluirão conhecimentos inimagináveis para a pobre e arrogante razão, que
vacila diante da sua grandiosidade, impotente para expressá-los, por conta das suas limitações orais e
intelectuais. A Theosophia é intencional e radicalmente ignorada pelas denominações teológicas, pois ela dificulta
a exploração comercial, impossibilita a elaboração de sofismas, é inacessível à razão sem a unção espiritual, gera
a autonomia e independência do cristão e identifica os sofistas. Em resumo, ela reduz a escombros as ilusões, as
falcatruas e a astúcia da “mercoteomancia”. (coquetel de mercadologia+deus+adivinhação)
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Quanto à Ciência dos Naturalistas, que ignora a Theosophia, ela trabalha na elaboração de imensos cálculos
sobre suas fantásticas teorias, contrariando o seu próprio dogma do “ver para crer”. Eles poderiam simplificar os
seus cálculos, como faziam as civilizações mais antigas, que deixaram obras monumentais, de difícil execução e
com cálculos de alta precisão, relacionados aos movimentos de corpos celestes, sem tecnologia e sem
computadores. Assim como eles, talvez pudéssemos permanecer na simplicidade e, enfatizando o espírito, vagar
pelas profundezas do Universo, não para afrontar a razão, mas para direcioná-la, não para a “Teoria do Tudo”,
mas para as Leis do Tudo. Nessa direção, o espírito e a razão, (os profetas, os físicos e geômetras), poderiam
contemplar, espiritualmente, o maravilhoso cenário, já conhecido pelos profetas. A “Máquina do Mundo”, em todo
o seu esplendor, onde a Energia Atrativa gera a Energia Expansiva e ambas fazem emergir e emanar a Energia
Rotativa, cujos desdobramentos da Energia preenchem o TUDO, que É a própria Energia Atrativa. Saberiam...

Quem é Aquele que É, e que não se revela?


A Energia Atrativa, o TUDO, que nunca se revela.
Quem é Aquele que É, e que se revela?
A Energia Expansiva, o TUDO, que sempre se revela.
Quem é Aquele que É, e sempre está sendo e fazendo?
A Energia Rotativa, o TUDO, que sempre está sendo e fazendo.
Então há três TUDO ?
Não, os três são UM.
Aquele que É e nunca se revela, é UM.
Aquele que É e sempre se revela, é UM.
Aquele que É e sempre está sendo e fazendo, é UM, e todos são UM ÚNICO TUDO,

ou ainda, a Equação Primordial ( -1 +1 + -1 = +-1 ) revelando que – Deus + Deus + - Deus = +-Deus,

as Equações Fundamentais (8 x 8 = 64) (64 x 9 = 576) indicando que o Pai, por Si mesmo, expõe a Sabedoria e,
pelo Espírito Santo, revela o Filho, e

as Equações Substanciais (576 : 9 = 64) (64 : 9 = 7,111111111) demonstrando que o Filho, pelo Espírito Santo
revela a Sabedoria, e pelos Espíritos do Pai, a concretiza em todas as suas manifestações, e ainda, pela

Equação Final (576 x 3,5 = 2016) o Filho, em três tempos e meio, (Daniel 12;7) executa a separação do joio e do
trigo, em duas direções: o joio para as Trevas, no tormento das quatro primeiras forças da Natureza Eterna, e o
trigo para a Luz, no Amor e na Graça do Filho, que, pela Sabedoria, torna-se Uno com o Pai, (I Coríntios 15;28)
(64 : 576 = 0,111111111), para então dar início a uma nova Geração Cósmica

(0,111111111 : 0,111111111 = 1), onde

o Não Fundamento, por Si mesmo, produz novamente, o Fundamento! (Eclesiastes 1;9 e 3;15)

Quanto à Religião, ela é pessoal, e independe do nome que se lhe der, pois há somente um único Deus. O
vocábulo Religião é uma singular derivação do verbo ligar, significando uma nova ligação, que diz respeito ao
Reino Angélico, do qual fomos desligados, quando o homem (Adão) foi “expulso do paraíso”. A Religião Cristã
fundamenta-se na Bíblia, nos dois Testamentos e a sua propagação se fez através dos Profetas primitivos que,
nos seus escritos, registraram as suas profecias. Após o desaparecimento desses Profetas, desapareceu também
a Religião, restando aos que assumiram o lugar deles, apenas o mérito de haver reunido os seus escritos, de
forma que pudessem ser repassados às gerações posteriores, se bem que os seus objetivos verdadeiros possam
não ter sido tão nobres. Os registros dos Profetas primitivos, baseados em suas inspirações espirituais, foram
habilmente executados, de forma a camuflar o seu verdadeiro sentido, oculto e subjacente às histórias, fábulas e
genealogias, que o Apóstolo Paulo denomina de “véu de Moisés”, que somente poderá ser ultrapassado, mediante
inspirações semelhantes àquelas dos Profetas que as registraram. A parte mais fácil de ser compreendida refere-
se aos conhecimentos espirituais básicos, ou “os princípios elementares da palavra de Deus”, que Paulo compara
ao “leite”, o alimento básico das “crianças”, e a mais difícil, é onde oculto, se encontra o “alimento sólido” para os
“adultos” no espírito. Na verdade, a Ciência e a verdadeira Religião, procuram respostas às complexas
indagações, que acompanham todos os homens. A resposta é uma só, e realiza o sonho maior dos Naturalistas: a
unificação das suas teorias parciais, não na “Teoria do Tudo”, mas nas “Leis do Tudo”, e também o sonho dos
verdadeiros Cristãos, não as dos sofistas, ou seja, ultrapassar as fábulas, genealogias e histórias cristãs, e
adentrar a sua substância. Essa resposta, para todos esses sonhos, pode ser apenas imaginada pela razão, mas
para compreendê-la, é preciso entrar com disposição no “Caminho Para o Tudo”, porém, exclusivamente, em
companhia do nosso único Mestre, o Espírito Santo! Boa viagem para todos os Leitores. E. Alexandroni
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1 - A RESTAURAÇÃO DO “PALÁCIO DO ESPLENDOR”


E lá estavam Eles reunidos. Era uma reunião de emergência dos Arquitetos e Engenheiros, empenhados nas
operações finais do planejamento da reconstrução parcial do “Palácio do Esplendor”, que Eles mesmos, o
chamavam também de “Palácio das Luminárias”, “Palácio da Luz”, “Palácio do Amor Formoso”, “Palácio das
Maravilhas”, “Palácio da Theosophia”, enfim, “Palácio do Tudo”. Na sala de reuniões, bem no centro do “Palácio”,
entre papéis, réguas, esquadros, compassos, GPS’s, telefones celulares, e defronte aos seus respectivos
notebooks, estavam sentados à mesa, Eu Sou o Senhor, o “Arquiteto-Chefe”, o “Chefão”, o “Chefe dos Chefes”,
sisudo e muito zeloso, mas também misericordioso e paciente; Sophia, a “Arquiteta Auxiliar”, “Secretária” e
“Companheira” inseparável, eficiente e dedicada, sempre radiante, gentil, suave, exalando o perfume das
essências florais; Emanuel, o “Engenheiro-Chefe”, amoroso e extremamente bondoso, é o encarregado de
gerenciar todos os tipos de materiais empregados na reconstrução parcial do “Palácio” e responsável pelo
esclarecimento de todas as atividades operacionais e dos seus operadores; Sempre Fazendo, o “Mestre de
Obras-Chefe”, super eficiente e rápido como o vento, é o responsável pela execução de todas as operações
planejadas, e de toda a comunicação com todos os operadores envolvidos na reconstrução. As idéias do Eu Sou
o Senhor chegavam ao Emanuel e ao Sempre Fazendo através de Sophia e, uma vez devidamente
materializadas por Emanuel, eram repassadas ao Sempre Fazendo, que providenciava a execução da Vontade
da Mente Eterna, manifestada pelo Verbo, proferida na Palavra e difundida pelo Espírito.

Tudo, antes, correra normalmente, e as obras para a instalação de uma Luminária, estavam se desenvolvendo
absolutamente dentro do cronograma, quando essa mesma Luminária, a única entre as vinte e oito delas,
apresentou um grave problema, iniciando o processo de uma progressiva e perigosa expansão desordenada, que
poderia desencadear uma imensa explosão e danificar a estrutura do “Palácio”. Então, o “Arquiteto-Chefe”, o
“Chefão”, extremamente zeloso que é, imediatamente conteve a indevida expansão, envolvendo a Luminária
desastrada num imenso “cobertor” escuro, comprimindo-a ao extremo e apagando-a, reduziu-a a um amontoado
de escombros fumegantes, como um imenso braseiro sem chamas, e com a colaboração do “Engenheiro
Emanuel, aqueles escombros foram confinados num grande compartimento específico, pois Eu Sou o Senhor já
havia feito planos para eles. Agora, ali estavam reunidos para desenvolver esses planos e encontrar soluções
para os problemas decorrentes dessa anomalia, executando a restauração da Luminária. Vamos acompanhar a
reunião que deu origem ao Terceiro Princípio, correspondente a atual Geração Cósmica.
Eu Sou o Senhor – Bem, aqui estamos para nossa “enésima” reunião, que habitualmente fazemos, antes de
projetarmos outra Geração Cósmica. Claro que vocês, Emanuel, Sempre Fazendo e Sophia, “já estão carecas”
de saber tudo o que vou falar, pois como estará no Livro, não há nada de novo debaixo do sol, ao que eu
acrescento, outra vez, também não há nada de novo acima do sol, mas como a “platéia” é a única que se renova,
temos que nos reunir e fazer com que Sophia, registre nossa reunião. Portanto, vamos ao trabalho. Emanuel,
como você sabe, eu sou muito zeloso por este “Palácio” e por todo o material que ele contém, especialmente por
essas maravilhosas Luminárias. Os escombros que confinamos estão irremediavelmente contaminados, mas sei
que a terça parte deles poderá ser recuperada, mediante uma purificação progressiva, por etapas, mas para isso,
eu preciso de você, para executar essa purificação. Entretanto, de antemão, asseguro-lhe que essa purificação
terá que ser feita por um processo muito doloroso para mim e muito mais doloroso para você, requerendo um
elemento que não precisamos aqui, mas que, para esse processo de purificação estabeleceremos com o nome de
tempo. Emanuel, meu Coração ficará literalmente em pedaços, desfigurado mesmo, pois terei que moê-lo meu
Filho querido, para que você se desloque, parcialmente, e assuma o lugar daquela infeliz Luminária, ali à minha
direita, no centro da nova expansão e disposição do material danificado, que faremos juntos, nós três. Então você
passará a executar, progressivamente, a limpeza, desinfecção e purificação desses escombros mal cheirosos e,
para isso, Sempre Fazendo e Sophia, estarão em “tempo integral” com você nessa jornada.
O agente que provocou esse desastre com a Luminária e o conseqüente caos sobre aqueles escombros, como
vocês sabem, era um dos nossos, e ele está lá escondido no meio desses escombros, e tentará, a todo custo,
retomar os seus perversos planos que foram frustrados. Por isso, os nossos planos de recuperação serão
absolutamente sigilosos e os executaremos por etapas distintas e compatíveis com a progressão evolutiva das
nossas essências que estão naqueles escombros, e que irão assumindo, cada uma ao seu tempo, por seu
intermédio Emanuel e configuradas por Sempre Fazendo, o caráter de espécies individuais definidas, com
características próprias, potencialidades específicas e numa grande diversidade, resultando numa produção de
utilidades recíprocas entre as espécies, de forma que se transformem progressiva e evolutivamente, até que a
purificação seja consolidada, através de você. Essas serão as minhas manifestações, que serão traduzidas pela
orientação que se irradia por intermédio de Sophia, chegando a você e ao Sempre Fazendo, que concretizarão
essas manifestações emanadas da minha Mente Eterna. Instalaremos uma linda Casa para a morada e o
desenvolvimento de muitas das espécies, cuja administração, a partir de certo momento, será assumida com
exclusividade, por uma dessas espécies, que será chamada de espécie humana, composta de homens.
Essa espécie, a dos seres humanos, formada pelos homens, como tudo, evoluirá por etapas, sendo a primeira
delas, a etapa da ignorância absoluta, onde ele ainda estará constituído quase que totalmente das essências
contaminadas e apenas ínfimas migalhas do “pão da vida” e gotas da “água viva”, que ficaram mescladas nos
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escombros, mas que, também progressiva e evolutivamente, você colocará à disposição deles, para “comerem” e
“beberem” à vontade, cujo início da “alimentação” se dará a partir do seu sacrifício, ou do primeiro momento da
primeira etapa, a etapa do Homem Primitivo. Nessa etapa, a espécie em questão, ainda não terá consciência da
sua purificação em andamento, que também não poderia mesmo compreender, por isso, nessa ocasião, lhes
enviarei um mensageiro meu, que chamarei de Moisés, que lhes ensinará sobre Leis que lhes prescreverei, para
orientar sua conduta durante a sua vida, antes que você Emanuel, venha a “nascer” em suas Mentes. Para todas
as etapas se cumprirem, estabeleci um prazo de setenta “N’lhões” de anos, que chamo de “peregrinação pelo
deserto”, e na conclusão da etapa final, na convivência entre “Jacó” e “Israel”, o número dos homens atingirá a
casa dos sete bilhões, dos quais os remanescentes serão purificados. Quanto à conscientização, ela deverá
ocorrer a partir do seu “nascimento” Emanuel, na mente individual de cada ser da espécie. Quando isso ocorrer, a
espécie estará adentrando a terceira etapa, a etapa posterior ao Homem Habilidoso, que já passara a fazer o uso
mais intenso da sua racionalidade, proporcionado pelo crescimento da sua capacidade cognitiva. Na verdade,
alguns homens, os Profetas, escolhidos por mim e esclarecidos por você Emanuel e por você Sempre Fazendo,
serão levados a conhecer Sophia, muito antes de grande número deles, para que venham a nos ajudar na tarefa
de esclarecer cada vez mais o Homem Habilidoso, preparando o caminho, ao mesmo tempo em que esses
escolhidos, servirão como testemunho perante os demais, mesmo muito tempo depois de já não estarem mais
entre os homens, no calendário deles é claro. Os escolhidos profetizarão inspirados por Sophia e ensinados por
vocês dois, e suas profecias serão confirmadas por mim. Aqui, tenho que incluir uma desagradável observação:
surgirão muitos “malandros” que, fazendo-se passar por “profetas”, ou com quaisquer outros nomes, enganarão
muitas “ovelhas”, especialmente as mais humildes, ganhando muito dinheiro, por conta das suas trapaças, mas,
como estará escrito no Livro, “Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas, mas a gorda e a forte destruirei”. Essa
segunda etapa, bem mais curta que a anterior, chamarei de últimos tempos, e durará pouco menos de quatro mil
anos, no calendário dos homens. Então, entraremos na última etapa, onde vocês três deverão atuar com todas as
suas forças, Vocês receberão, nessa etapa, orientação para retirar o “véu de Moisés”, que terá sido utilizado, até
então, para ocultar a Luz ao Demônio, o destruidor de Luminárias, que do contrário, seria fortalecido para melhor
fundamentar a sua astúcia e enganar até as “ovelhas” mais esclarecidas. Nesta etapa, ele ficará mais exposto e
mais ativo, mas não terá tempo suficiente para uma reação eficaz e abrangente, mesmo porque, vocês três
também estarão bem mais ativos. Assim, poderemos “abrir a torneira” dos conhecimentos essenciais, atraindo as
“ovelhas” mais teimosas e mais resistentes, para que eu possa completar o número que tenho aqui comigo
estabelecido. Por isso, vocês se darão, assim como farei eu também, a conhecer-se plenamente pelos homens,
como último esforço para podermos completar aquela terça parte, que retornará ao nosso “Palácio”, incorporando-
se às demais Luminárias. (Daniel 12;3) Essa etapa, mais curta ainda, chamarei de últimos dias, quando os
homens entenderão mais claramente as coisas a nosso respeito, cuja duração corresponderá a pouco mais da
metade da etapa anterior. Aliás, já um leão subiu da sua ramada; ele já partiu, já deixou o seu lugar, (Jeremias
4;7) e todos os homens sentirão, cada vez mais ardente, o calor do seu hálito. (Daniel 3;17,18) Então, eles verão a
sua Glória Emanuel, no seu retorno pessoal, para assumir, eternamente, o Seu legítimo Reino.
Os homens serão preguiçosos para meditar e arrogantes para aceitar as reflexões baseadas no que não
poderão ver, que serão manifestadas por meus mensageiros, os Profetas, nas suas constantes exortações. Eles
não conseguirão entender que o Universo Sou Eu, e que o Terceiro Princípio, o resultado desta reunião, será uma
pequena parte de Mim mesmo, que compreenderá apenas uma Geração, a qual será como um rolo de filme,
onde, todos os eventos da existência deles e de tudo, já estarão gravados, inclusive aqueles que acontecerão no
que, para eles, então, ainda seria o futuro. Na verdade, todos eles serão atores desse filme, mas sempre com o
seu livre-arbítrio, que Eu sei, por antecipação é claro, como eles irão utilizá-lo. O Terceiro Princípio é a única parte
de Mim, onde existe o tempo, que é ilusório, pois o futuro já se encontra embutido nesse tempo, e esse futuro é
tão imutável quanto o próprio passado, que antes, também era futuro, conforme o resumo que será feito por
Sophia, no Livro que vocês três providenciarão, através das suas inspirações aos Profetas, em (Eclesiastes 1;9 a
11 e 3;15). Os homens acabarão por compreender, que o destino realmente existe e saberão que o nome do filme
é Geração Cósmica. Em linhas gerais, esses são os meus planos, que ora coloco diante de vocês, como pauta
desta reunião, para traçarmos as linhas da sua execução, sem muita demora, pois os escombros já estão
cheirando mal e precisamos por mãos à obra para o saneamento desta “massa”, que era pura e una conosco e foi
tornada suja e mista, para promovermos a sua purificação e a reunificação da parte restaurada. Antes de
passarmos adiante, quero adiantar-lhes, que as duas terças partes que não poderemos recuperar, ou seja, 66,6
que é número de homens, eu mesmo cuidarei delas e as dissolverei no meu zelo. A Palavra está com vocês.
Emanuel – Está entendido Chefe. Quando começaremos a executar os seus planos? Sempre Fazendo –
(esfregando as mãos) Isso mesmo Chefe. Quando começamos? Eu Sou o Senhor – Neste mesmo instante.

Somos os últimos, mas os primeiros a ficar sabendo. Um pouco mais de tempo e saberemos o que resta e então,
saberemos tudo. Ele disse: “Antes que sucedam, eu vo-las farei ouvir”. E também: “Certamente o Senhor Deus
não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas”. E ainda: ”Nos últimos
dias entendereis isso claramente”. “Porque todos me conhecerão”. Prosseguindo, para satisfazer a sua inquietude
intelectual, o Leitor, possível e eventualmente, poderá saber o que ainda resta, e então, saberá tudo!
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2 - EM BUSCA DE SOPHIA E DA THEOSOPHIA

Sophia se expõe, convida, promete e ensina: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á”.

Ela se antecipa aos que a cobiçam, de tal sorte que se lhes patenteia primeiro. Aquele que vigia desde a manhã
para a possuir não terá trabalho, porque ele a achará assentada à sua porta.Porque ela mesma anda de roda,
buscando aos que são dignos de a acharem, e alegremente se lhes mostra nos caminhos, e por meio de toda a
providência se faz encontradiça com eles. E se alguém deseja a profundidade da ciência, ela é a que sabe o
passado e que julga do futuro; conhece as sutilezas dos discursos e as soluções dos argumentos; sabe os sinais e
os prodígios antes que eles apareçam, e o que tem de acontecer no decurso dos tempos e dos séculos. E eu te
darei documentos de equidade, e manifestar-te-ei os arcanos da Sabedoria; e está atento às minhas palavras em
teu coração, e já daqui te digo com retidão de espírito as virtudes que desde o princípio tem Deus feito reluzir nas
suas obras, e te declaro em verdade a sua ciência. Eu sou a Mãe do Amor Formoso, e do temor, e do
conhecimento, e da santa esperança. Em mim há toda a Graça do caminho e da verdade, em mim toda a
esperança da vida e da virtude. Passai-vos a mim todos os que me cobiçais, enchei-vos dos meus frutos. Eu fiz
com que nascesse nos céus uma Luz que nunca falta, e como névoa cobri toda a terra.

A racionalidade é uma peculiaridade, um atributo, uma prerrogativa exclusiva do Homem e também, o único
instrumento que o diferencia de todos os outros animais do Planeta. Na sua racionalidade se encontra a sua
avantajada inteligência e a sua extraordinária capacidade de estruturar raciocínios e reflexões, submetendo-os a
experiências, promovendo associações e conexões entre esses recursos, os quais possibilitam um
desenvolvimento em cadeia de novos conhecimentos, que se interagem e geram outros conhecimentos, e assim
sucessivamente. Baseado no conjunto da sua capacidade cognitiva, o Homem armazena e organiza as suas
experiências e os seus conhecimentos, ordenando-os num sistema de classificação, de modo a facilitar o acesso a
eles, sempre que for necessário. Em todas as tarefas a que se dedicar, ele recorrerá às ferramentas mais
indicadas e, automaticamente, procurará executá-las numa seqüência pré-estabelecida e que lhe exija o menor
esforço, mesmo sem recorrer aos arquivos dos conhecimentos. Todo esse conjunto pode ser inserido na chamada
logística, que compreende sistemas de ações conjugadas, mediante uma coordenação planejada, visando
alcançar um ou mais objetivos pré-determinados, com a melhor eficiência, que se reflete na melhor qualidade, na
maior rapidez, no menor custo, no esforço mínimo e no maior lucro. Todavia, como o orgulho, a cobiça, a inveja e
a cólera, com os seus desdobramentos, são características permanentes do Homem, elas estimulam e
direcionam-no na utilização desses conhecimentos, de forma a atender as suas exigências, permanecendo
subjacentes a todas as atividades do Homem, que as obedece totalmente, colocando a satisfação dessas
exigências acima de tudo. (Eclesiastes 4;4- Então vi que todo trabalho, e toda destreza em obras, provém da
inveja do homem contra o seu próximo. Também isto é vaidade e correr atrás do vento).

Podemos imaginar essa racionalidade tentando ultrapassar suas fronteiras, em direção a um estágio incerto,
desconhecido, que inquieta o seu intelecto e que suscita dúvidas até sobre a possível existência ou não desse
estágio. Mesmo neste espaço subjetivo, o Homem, a partir de um determinado momento, baseando-se nos
conhecimentos mais primitivos e autênticos dos primeiros Profetas, promoveu a sua deturpação e imprimiu-lhes
conotações compatíveis com expectativas e anseios inseridos nas suas quatro características permanentes. Essa
deturpação, executada sobre os conhecimentos constantes das Sagradas Escrituras, entretanto, foi limitada por
uma barreira intransponível pelos sofistas, porquanto esses conhecimentos foram habilmente registrados,
mesclando uma planejada ocultação sob o véu de Moisés, subjacente a um sentido literal às vezes com validade,
outras vezes embaralhado com histórias, fábulas e genealogias, que bloqueiam o acesso ao seu real conteúdo,
cujo véu somente se desvanece mediante o novo nascimento, concedido exclusivamente, pela unção espiritual.

Mas há algo mais, que atormenta a racionalidade, instalado na Mente do Homem e isto se manifesta quando ele
formula complexas indagações, para as quais não consegue encontrar respostas que o satisfaçam, nem como
construções dentro do seu próprio intelecto e muito menos através dos seus semelhantes.

(Eclesiastes 8;7-Porque este não sabe o que há de suceder, e como há de ser, ninguém há que lho
declare).(Eclesiastes 1;13- Apliquei o coração a esquadrinhar, e a informar-me com Sabedoria de tudo quanto
sucede debaixo do céu; este enfadonho trabalho impôs Deus aos filhos dos homens, para nele os afligir).
(Provérbios 16;1- O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor).

Essa postura mais contemplativa do Homem acelera a sua inquietude intelectual, que por sua vez, reclama por
explicações sobre o ambiente mais próximo que o envolve, sobre o Universo imensurável, e sobre si mesmo,
quanto à sua origem, o sentido da sua existência e ainda o seu destino final. Nesse cenário, o espírito do Homem
viaja por todos os meandros do labirinto onde estamos todos, tentando extrapolar os seus limites, encetando uma
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frenética busca por um conhecimento que ele não sabe onde se encontra. Nós o chamamos de Conhecimento
Essencial, e ele se encontra na Theosophia, portanto, esse Conhecimento está na própria Sabedoria Divina.

Lucas 17;20-Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus respondeu: Não vem o reino de
Deus com visível aparência, 21- Nem dirão: Ei-lo aqui! ou Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós.

Os homens de negócios perceberam essa generalizada e aguda necessidade do intelecto, e habilmente foram
estruturando através dos tempos, uma instituição que constitui atualmente o maior e mais poderoso império
econômico-financeiro e político da face da Terra, que, em função de sucessivas divergências internas, se
desdobrou em muitas outras instituições de menor expressão econômica e política, mas que, juntas, representam
uma extraordinária base de poder, não só econômico-financeiro e político, como social num sentido mais amplo,
com grande influência sobre a opinião pública no Planeta. Nessas instituições, que são as denominações
teológicas, não se consegue encontrar Sophia, porquanto elas operam sob o véu de Moisés e se enredam na
literalidade da Palavra, repetindo exaustivamente as histórias, fábulas e genealogias que, os apóstolos Pedro e
Paulo, além de não enfatizá-las, nos advertiram para que não nos ocupássemos delas.

II Pedro 1;16- Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo
fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade.

I Timóteo 1;3 – Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei permanecesses ainda em Êfeso para
admoestares a certas pessoas a fim de que não ensinem outra doutrina. 4- Nem se ocupem com fábulas e
genealogias, sem fim, que antes promovem discussões do que o serviço de Deus, na fé. 5- Ora, o intuito da
presente admoestação visa o amor que procede de coração puro e de consciência boa e de fé sem hipocrisia. 6-
Desviando-se algumas pessoas destas coisas perderam-se em loquacidade frívola. 7- Pretendendo passar por
mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas
asseverações.

Mateus 23;6- Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas. 7- As saudações nas
praças, e o serem chamados mestres pelos homens. 8- Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só
é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos. 9- A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso
Pai, aquele que está no céu. 10- Nem sereis chamados guias, porque um só é vosso Guia, o Cristo.

A pioneira e maior dessas denominações, conseguiu a incrível façanha de fazer com que muitas pessoas
reverenciem a ídolos inertes, fabricados de metais, madeira, cimento, pedra, cerâmica e outros materiais.

Isaías 44;14- Um homem corta para si cedros, toma um cipreste ou um carvalho, fazendo escolha entre as árvores
do bosque; planta um pinheiro, e a chuva o faz crescer. 15- Tais árvores servem ao homem para queimar; com
parte de sua madeira se aquenta, e coze o pão, e também faz um deus e se prostra diante dele, esculpe uma
imagem e se ajoelha diante dela. 17- Então de resto faz um deus, uma imagem de escultura; ajoelha-se diante
dela, prostra-se, e lhe dirige a sua oração, dizendo: Livra-me, porque tu és o meu deus.

Ainda na parte histórica, devemos compreender que a “cidade”, ora Jerusalém ora Babilônia, ora com outros
nomes, é o Planeta Terra e que o povo que “vagou” pelo “deserto” por “70 anos” é toda a Humanidade, que
continua a sua jornada pelo “deserto”, agora sim, às vésperas da sua conclusão. Os inimigos continuam nos
perseguindo e são eles, aqueles quatro atributos que carregamos conosco, oriundos do Mal, e a passagem pelo
Mar Vermelho está no novo nascimento, que ocorre na Misericórdia do Pai, no Amor e na Graça do Filho e na
Unção do Espírito Santo. O campo viçoso e o pasto verdejante aguardam as “ovelhas” no Reino de Cristo, e o
corpo de Luz é o galardão. (Jeremias 25;11,12 e 29;10) (Daniel 12;3) (Filipenses 3;20,21) (Mateus 13;43)

Os egípcios, portanto, podem tirar dos seus ombros a culpa pela perseguição ao “povo escravo que o servia”,
assim como os israelenses podem ignorar a sua culpa pela “crucificação” de Cristo como veremos. Resta saber,
quanto à segunda proposição, se haverá interesse em submeter-se à verdade, que talvez muitos já conhecessem,
pois ela contraria grandes interesses do mundo dos negócios, tanto no Oriente quanto principalmente no
Ocidente. Com relação ao “deserto”, ele é o Planeta Terra e o povo escravo somos todos nós, a Humanidade, que
está no “cativeiro” do Terceiro Princípio para ser purificada e, a “passagem pelo Mar Vermelho” é o novo
nascimento. Quanto a Cristo, Ele foi sim moído, porém, lá nas alturas insondáveis, quando teve que assumir o
Trono Angélico desocupado, para nos purificar, (Vide Isaías 53;5,10) e (Romanos 8;32) cujo Trono era antes
ocupado pelo Príncipe insubordinado, que se tornou o Príncipe das Trevas, o verdadeiro responsável pela nossa
contaminação e que também foi confinado no mesmo “cativeiro”. Ele está aqui conosco, nos atormentando
incessantemente todos os dias. É fácil compreender que Deus não seria injusto, discriminando e rejeitando todos
os povos, mediante a seleção e escolha de apenas um povo, assim como Jesus Cristo também não seria injusto
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de “viver” apenas três anos, convivendo com uma privilegiada e pequena parte de apenas uma geração humana e
depois “desaparecer”. Teríamos então, que consignar ao Pai e ao Filho, a injustiça de haverem abandonado todas
as gerações humanas dos dois últimos milênios. Ora, uma racionalidade equilibrada, coerente e despojada de
quaisquer vínculos com corporativismos baseados em crenças e superstições da ignorância, e também sem
vínculos comerciais com esse perverso “Sistema”, pode perceber que alguma coisa acontece e algo existe que
desfigura o ordenamento lógico desse conjunto histórico e genealógico que integra o “véu de Moisés”. Existe
mesmo, e literalmente expresso.

Mateus 13;10- Então se aproximaram os discípulos, e lhe perguntaram: Por que lhes falas por parábolas? 11- Ao
que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso
concedido. 12- Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será
tirado, 13- Por isso lhes falo por parábolas; porque, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem entendem. 14-
De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías: Ouvireis com os ouvidos, e de nenhum modo entendereis;
vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis. 34- Todas estas coisas disse Jesus às multidões por
parábolas, e sem parábolas nada lhes dizia; 35- Para que se cumprisse o que foi dito por intermédio do profeta:
Abrirei em parábolas a minha boca; publicarei coisas ocultas desde a criação do mundo.

II Coríntios 3;13- E não somos como Moisés que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não
atentassem na terminação do que se desvanecia.14- Mas os sentidos deles se embotaram, pois até ao dia de
hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que em Cristo
é removido.15- Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles.16- Quando, porém,
algum deles se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado.17- Ora o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do
Senhor aí há liberdade.

II Coríntios 4;2- Pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia,
nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de
Deus, pela manifestação da verdade.3- Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se
perdem que está encoberto.4- Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que
não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.5- Porque não nos
pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor, e a nós mesmos, vossos servos por amor de Jesus.

A própria inteligência do Homem, na sua evolução, foi desenvolvendo derivações, como a astúcia, o sofisma, a
ilusão, a injustiça, a artimanha, o engodo, o estratagema, a malícia e outros, ao mesmo tempo em que ele
percebia que, assim como ele próprio, os seus semelhantes tinham uma infinidade de necessidades, as quais se
multiplicavam com o passar dos tempos, acompanhando a evolução dos conhecimentos, o crescimento da
população e a formação de grandes ajuntamentos humanos, sendo acrescentadas às suas necessidades básicas
de se alimentar, se vestir e habitar ao abrigo das intempéries e dos perigos em geral. O Homem desenvolveu
também aspectos positivos, como a amizade, a solidariedade, a piedade, a honestidade e até o amor, entre
outros, derivações estas, entretanto, de muito menor expressão no contexto social da Humanidade, exercitadas
apenas por minorias que são marginalizadas, pois os seus procedimentos contrariam os interesses da maioria,
porquanto essas derivações não alimentam o perverso e insaciável “Sistema”.

Esse grande conjunto de necessidades, muitas das quais supérfluas e outras originadas das deformações
humanas, provocou o explosivo fomento dos componentes fundamentais dessas deformações estruturais do
Homem – o orgulho, a cobiça, a inveja e a cólera -- que se constituem nos propulsores das atividades do Homem,
para a satisfação dessas necessidades, de modo especial a cobiça, um dos seus mais poderosos atributos. Essas
deformações invadem também o terreno onde se encontra a inquietude intelectual do Homem. Essa inquietude
intelectual conduz o Homem às investigações científicas, no campo da sua racionalidade objetiva, e às
investigações espirituais, onde ele perscruta com o seu espírito, sobre a sua origem, sobre o sentido da sua vida,
sobre o seu destino final e sobre a existência ou não de outro tipo de vida, após a sua morte, no campo da sua
racionalidade subjetiva. Neste campo, incluem-se todas as crenças e superstições dos Homens, que também
geram necessidades, sobre as quais se concentrou com intensa voracidade, o interesse comercial dos sofistas.
Aqueles comerciantes que estruturaram rendosos negócios, sofismando sobre a literalidade das Sagradas
Escrituras, e sobre essas necessidades subjetivas do Homem, passam ao largo dos textos que não conseguem
compreender, dos que não conseguem subverter o sentido e daqueles que poderão expor as suas falcatruas e
comprometê-los diante das ingênuas “ovelhas”. Assim procedem, evitando discorrer sobre os textos que lhe são
inconvenientes, os quais nunca são mencionados em suas enfadonhas e sonolentas cantilenas, que chamam de
“pregações”. Quando o fazem, subvertem o sentido das palavras submetendo-as ao sofisma e à sua astúcia,
dizendo o que as pessoas gostam de ouvir, porque essas palavras lhes são agradáveis. (Vide Isaías 30;9,10)
Eclesiástico 18;32- Não te comprazas de ir às assembléias de grande tumulto, nem ainda às pequenas, porque ali
são freqüentes os pecados que se cometem.
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Isaías 1;13- Não me continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as luas novas,
os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene.
14- As vossas luas novas, e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado
de sofrê-las.15- Pelo que, quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; sim, quando
multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. (Jeremias 32;34,35)

I Timóteo 4;1- Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, por
obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios. 2- Pela hipocrisia dos que falam mentiras, e que
têm cauterizada a própria consciência. 3- Que proíbem o casamento, exigem abstinência de alimentos, que Deus
criou para serem recebidos, com ações de graça, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade.

II Pedro 2;3- Também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo
lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme.

Jeremias 7;17- Acaso não vês tu o que andam fazendo nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém?18- Os
filhos apanham a lenha, os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para se fazerem bolos à
rainha dos céus; e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem a ira. Jeremias 32;34- Antes
puseram as suas abominações na casa que se chama pelo meu nome, para a profanarem. 35- Edificaram os altos
de Baal, que estão no vale do filho de Hinom, para queimarem no fogo a seus filhos e suas filhas, a Moloque; o
que nunca lhes ordenei, nem me passou pela mente fizessem tal abominação, para fazerem pecar a Judá.

A evangelização primitiva se fez através de Profetas verdadeiramente ungidos pelo Espírito Santo, originando
esse maravilhoso ensino constante das Sagradas Escrituras. Não se tratava de indivíduos que decidiram, por si
mesmos, ministrar a Palavra. Esses Profetas verdadeiros, não faziam a interpretação da Palavra conforme as
suas próprias opiniões e de acordo com os seus interesses e conveniências, como fazem os sofistas, que se
atrevem até a editar Bíblias específicas inteiramente “interpretadas”, com absurdas anotações no rodapé. Isto,
sem falarmos das “pregações padronizadas”, distribuídas a todos os “pontos” da rede, nos altos das colinas. Como
se não bastassem tantos absurdos, temos ainda instituições teoricamente teológicas, se digladiando entre si,
sobre o verdadeiro nome de Deus, sobre sábados e domingos, sobre a autoria dos livros integrantes da Bíblia,
sobre rituais e solenidades, sobre dogmas e doutrinas, sobre a própria composição da Bíblia com a exclusão por
alguns de dois livros de grande importância: (Sabedoria e Eclesiástico). Isto tudo, se constitui num flagelo para o
Nosso Senhor Jesus Cristo, que resumiu tudo no exercício permanente do Amor: a Deus e ao Próximo. Os
gladiadores, devem observar (Hebreus 5;11 a 14 e 6;1,2) (I Coríntios 1;10 a 13 e 3;1 a 7) (Gálatas 4;9 a 11)
(Colossenses 2;16,17,23) (Isaías 1;13,14), verificando com atenção os textos abaixo transcritos.

Mateus 13;52- Então lhes disse: Por isso todo escriba versado no reino dos céus é semelhante a um pai de família
que tira do seu depósito coisas novas e coisas velhas. João 15;16- Não fostes vós que me escolhestes a mim;
pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso fruto
permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda. Hebreus 5;4- Ninguém,
pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão. Jeremias
23;21- Não mandei esses profetas, todavia eles foram correndo; não lhes falei a eles, contudo profetizaram.
Ezequiel 13;9- Minha mão será contra os profetas que têm visões falsas e que adivinham mentiras; não estarão no
conselho do meu povo, não serão inscritos nos registros da casa de Israel, nem entrarão na terra de Israel.
Sabereis que eu sou o Senhor.

Quanto ao nome, Deus é inominável e não há como defini-Lo nos restritos padrões da racionalidade. Ao tentar
transpor os limites dessa compreensão, a Razão se enreda no cipoal da sua fértil imaginação, contrariando as
recomendações das Escrituras. (Eclesiástico 3;22) O próprio Deus se denominou “Eu Sou o Senhor”. Jacob
Boehme, o Príncipe dos Teósofos, chama Deus de “Sem Fundo”. O Filósofo Plotino, expoente do neo-platonismo,
O chama de “Uno”. Chamamos Deus de “Tudo” e O exprimimos matematicamente pela equação (-1+1+-1=+-1),
evocando a Santíssima Trindade. Poderíamos nos estender, chamando-O de “Absoluto”, ou “O Não Ser e O Ser”,
ou “O Não Fundamento e O Fundamento”. Aliás, o mesmo Boehme, com todo o respeito, diz: “... o próprio Deus
não sabe o que Ele é, pois Ele não conhece início algum de Si, nem nada que seja semelhante a Ele, nem fim
algum de Si”. E nós mesmos, com todo o respeito também, dizemos que Deus é estático, não podendo se
deslocar para outro lugar, pois Ele é o “Tudo” e o próprio lugar. Fora d’Ele não há lugar algum. Não há outro lugar
para onde Deus possa se deslocar. Todos os lugares estão dentro d’Ele!

Instituições que se confrontam constantemente, baseando-se em futilidades e que, sem o “mandato” espiritual,
especulam sobre as Escrituras, não podem ser levadas a sério por mentes mais avantajadas, mesmo no terreno
da racionalidade, e muito menos pelos renascidos no Espírito Santo, pois sabem que Deus não necessita de
intermediários, só tomando essa honra para si, quem for chamado, e apenas para colocar a Luz no velador.
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Tudo o mais, é por conta do Guia e do Mestre, o nosso único Pastor e o único intermediário. Esse comportamento
dessas instituições, bem como os maus exemplos de algumas delas, consignados na História, e ainda muito do
que se vê atualmente, afastam da busca por Deus, muitas dessas mentes mais avantajadas, que não conseguem
engolir esse amontoado de contradições. (I Coríntios 1;10 a 13) (Mateus 23;13) (Oséias 4;6)
Retomando as considerações sobre o “véu de Moisés”, devemos observar que a maioria dos personagens que se
encontram na construção das histórias, fábulas e genealogias da Bíblia, são figuras simbólicas, que carregam nos
ombros metáforas habilmente construídas, e como a própria Bíblia esclarece literalmente, representam esse “véu
de Moisés”, propositadamente modelado para ocultar o verdadeiro conteúdo dos ensinamentos. Essa ocultação é
para Jacó, o Homem racional, e o “véu de Moisés” se desvanece para Israel, o Homem espiritual renascido.

Jacó se concentra na sua racionalidade, da qual tanto se orgulha que chega a denominar-se “sábio”, e ele se volta
avidamente para o mundo material e para as coisas exteriores que o cercam, ou para as coisas que se vê. Esse é
o cenário onde ocorre a atuação da Lei mosaica, à qual está sujeita a racionalidade, que, em função das suas
quatro características permanentes (orgulho, cobiça, inveja e cólera) e dos seus desdobramentos, carrega, em
potência, o dolo e a culpa, que se refletem no seu comportamento e nas suas ações do cotidiano. O dolo é a
origem da predisposição em violar ou burlar os preceitos da Lei, para a obtenção de alguma vantagem,
satisfazendo uma ou outra daquelas características permanentes, enquanto que a culpa pode ocorrer
circunstancialmente, sem que haja a intenção prévia de infringir ou burlar a Lei e obter alguma vantagem. Por tudo
isso, Jacó é o alvo preferido de todo o “Sistema”, onde estão inseridas, também, as instituições “teológicas”, as
produtoras dos profetas profissionais manufaturados, que, como “papagaios”, expressam as preocupações com
coisas exteriores, como sábados e domingos, tipos de solenidades e rituais, dogmas e doutrinas, tipos de
alimentos e vestimentas, modelos e volumes de orações, nome e definições de Deus, tamanho e suntuosidade
dos seus templos, etc., e que vivem em permanente confronto entre si, em contendas inúteis sobre essas
futilidades, que não têm a menor importância e só servem para confundir as “ovelhas” mais humildes, que na
verdade estão sendo disputadas como possíveis clientes ou contribuintes, (II Pedro 2;3) que em maior número,
lhes conferem maior poder financeiro e político, satisfazendo os seus verdadeiros objetivos. (Jeremias 10;21,25)

Israel é o homem espiritual, o ex-Jacó, que lutou com Deus, até ser abençoado (Gênesis 32;28) e que certamente,
lutou muito consigo mesmo, optando pela “porta mais estreita”. Israel está concentrado nas coisas interiores, ou
nas coisas que não se vêem (II Coríntios 4;18) e assim, consegue atenuar os efeitos daquelas características
permanentes que também atuam sobre ele, e por isso, consegue se livrar do dolo, mas não da culpa, que, em
potência, é permanente em todos os homens. A Lei continua válida, porém, a sua incidência maior recai sobre
Jacó, pois Israel, ao ficar livre do dolo, escapa da eficácia da Lei no tocante à intenção de infringi-la, mas não de
uma culpa eventual, em que poderá incorrer, involuntariamente. (Romanos 2;12 a 16 e 3;9) Como Israel ficou livre
do dolo, ou da predisposição de violar ou burlar a Lei, ele ficou livre da própria Lei e se colocou sob a Graça, onde
há a liberdade do espírito e onde a Lei é desnecessária. Esse esclarecimento espiritual facultado pela Graça, que
é a Luz, retira ou faz desvanecer-se o “véu de Moisés” que está posto sobre os olhos de Jacó e o transforma em
Israel, que se afasta de Moisés e se aproxima de Cristo. Sob a Luz, Israel é libertado pelo conhecimento
(Provérbios 11;9) e passa a “enxergar e a ouvir” (Jacó era cego e surdo e Jesus Cristo o curou) e, entre tantas
outras coisas de grande importância, ele aprende que não é o sábado nem o domingo, mas são os sete dias da
semana que devem ser consagrados a Deus. Aprende que todas aquelas outras futilidades são absolutamente
inúteis e que, no seu comportamento diário e ininterrupto, que se reflete nas suas ações, desde as mais simples
até as mais importantes, é onde está o “X” da questão. Aprende que o amor a Deus e o amor ao Próximo são os
fundamentos da doutrina Cristã, e não adianta fingir, disfarçar, trapacear, iludir, fazer-de-conta, ou usar de astúcia
diante do “Olho que tudo vê”, que conhece até os seus pensamentos. Aprende que não adianta freqüentar os
templos de pedra aos sábados e ou domingos e fingir consagrá-los a Deus, e ainda, dedicar os outros cinco dias
da semana à cobiça, ao orgulho, à inveja ou à cólera, que são os filhos do Demônio. .Aprende que deve manter-se
atento e vigilante, para não cair nas armadilhas daqueles que “fazem comércio de vós” e não ceder às tentações
da racionalidade, que persistem até o fim, mesmo abrandadas, e que oferecem sedutoras e apetitosas
“guloseimas”, durante toda a vida. Aprende a não idolatrar, mas a manter limpo, nos dois sentidos, o Santuário do
Espírito Santo, que é o próprio corpo. (I Pedro 2;1) (I Coríntios 6;12 a 20) (II Coríntios 7;1)

A “Terra Prometida” é o Reino Angélico de Cristo, sendo oportuno perguntar: Por que Deus não permitiu que
Moisés entrasse na “Terra Prometida”? Ora, é evidente que jamais Deus puniria alguém pelos pecados de outros.
(Deuteronômio 1;37 / 3;25,26 / 32;51,52). Moisés simboliza as Leis que foram gravadas nas pedras, os Dez
Mandamentos, os quais permitem apenas a fugaz visualização da “Sombra” de Deus, jamais a visão da Sua
Glória, jamais o acesso à substância subjacente ao “véu de Moisés” e, sobretudo, jamais a entrada na “Terra
Prometida”, onde Moisés não entrou. A fase de Moisés ou da Lei, ou da velha e transitória Aliança, ficou para trás,
estamos na fase de Jesus Cristo, a fase da Graça, a fase da nova, definitiva e eterna Aliança. Pela observância da
Lei podemos chegar às fronteiras da Terra Prometida e até vislumbrá-la, mas entrar nela jamais, porquanto a Lei
não santifica, mas somente a Graça o faz. Entretanto, a Graça não é escolha, mas concessão. (Vide João 15;16)
13

(II Coríntios 3;3 a 18) e (Hebreus 7;18,19) A Lei é a velha Aliança, que foi anulada pelo mau comportamento do
povo que “estava no Egito”, e substituída pela Graça, a nova e Eterna Aliança . O fundamento daquela é Moisés
que é a Lei, e o fundamento desta é Cristo, que é a Graça e o Amor em toda a sua plenitude: a Deus e ao
Próximo. A Lei continua válida e plenamente eficaz para Jacó, o homem racional. Não mais para Israel, ao qual é
desnecessária, com relação ao dolo, pois este é o homem espiritual, que nasceu novamente, contemplado pela
Misericórdia de Deus, pela Graça do Nosso Senhor Jesus Cristo na Unção do Espírito Santo, e que, admitido na
Aliança Eterna de Deus, ficou livre da peculiaridade humana, a premeditação, a predisposição e a má-fé,
deliberadas, que antecedem a ação de burlar a Lei de Deus.

O “nascimento” de Cristo é a concretização da nova Aliança, a Aliança Eterna! Eis como isto ocorre: Jeremias
31;33- Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor. Na mente
lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
Podemos dizer que aí está a “chave-mestra” que poderá abrir a mente de Jacó, levando-o a compreender o
verdadeiro “nascimento” de Jesus Cristo, “Emanuel Deus Conosco”, quando Ele emerge de Deus para o Homem,
na metamorfose de Filho de Deus para Filho do Homem, expondo-Se no novo nascimento, substituindo Moisés,
externamente no velho homem Jacó, pela Tábua de Pedra, e apresentando-Se como Jesus Cristo, internamente
no novo homem Israel, pela Tábua de Carne, conferindo-lhe o “Certificado da Salvação” autenticado pelo Espírito
Santo! (Ezequiel 36;24ª27) e (II Cor. 4;6,7) Pode, então, ocorrer a pergunta: Como Jesus Cristo ressuscitou dentre
os mortos? A resposta é que o homem, antes de nascer de novo, está morto espiritualmente. Quando a Promessa
“Na mente lhes imprimirei as Minhas leis, também no coração lhas inscreverei (...)” é cumprida, ocorre o novo
nascimento do homem, que então passa a viver no Espírito de Deus. O cumprimento da Promessa, como já
vimos, é a concretização da Nova Aliança, quando Cristo ressuscita dentre os mortos, nos quais Ele também
estava “morto”. Eis aí Jesus Cristo, o Filho do Homem! Eis aí também, o Homo Sapiens!

Podemos agora compreender, que Cristo “nasce” todos os dias, em todo o Planeta, como sempre foi, desde que a
evolução espiritual do Homem possibilitou que isso começasse a ocorrer em sua mente e em seu coração, a partir
dos últimos tempos. Porém, essencialmente, Ele “nasceu” antes da fundação do mundo, ou melhor, Ele é eterno!
(I Pedro 1;20) O marco, apenas simbólico ou sob o “véu de Moisés”, do seu “nascimento”, é o episódio bíblico que
todos conhecem, e sobre o qual os sofistas e também os empresários em geral, intensificaram os seus negócios e
aqueles, edificaram as solenidades e a arte teatral, que sabem muito bem, agradam às “ovelhas” mais humildes.

Os “últimos tempos”, mais duradouros, já se esgotaram e estamos agora nos últimos dias. Doravante, mediante o
que foi visto até aqui e que será complementado fartamente nos capítulos seguintes, estamos deixando o alimento
básico e primário, o leite, e passando ao alimento sólido (Hebreus 5;11ª14 e 6;1ª8) (I Coríntios 3;1ª7), o que não
aconteceu antes, seja por meio dos Profetas antigos ou mesmo por meio do Senhor, porque não era o momento
oportuno: o nosso espírito e a nossa mente não estavam preparados, e não eram ainda os últimos dias.

João 16;12- Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.13- Quando vier, porém, o
Espírito da Verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver
ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir.

Jeremias 23;20- Não se desviará a ira do Senhor, até que ele execute e cumpra os desígnios do seu coração; nos
últimos dias entendereis isso claramente.

O Apóstolo Paulo entendeu que era tempo de trocar o alimento primário, o leite, adequado para as crianças, até
certa idade, pelo alimento sólido, que constitui a alimentação básica dos adultos. Vejamos alguns trechos de
Hebreus capítulos 5 e 6. “A esse respeito temos muitas coisas que dizer, e difíceis de explicar, porquanto vos
tendes tornado tardios em ouvir. Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido,
tendes novamente necessidade de alguém que vos ensine de novo quais são os princípios elementares dos
oráculos de Deus; assim vos tornastes como necessitados de leite, e não de alimento sólido. Ora, todo aquele que
se alimenta de leite, é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. Mas o alimento sólido é para os
adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir, não somente o bem,
mas também o mal. Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar
para o que é perfeito, não lançando de novo a base do arrependimento de obras mortas, e da fé em Deus. E o
ensino de batismos e da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno”.

Assim como o tempo da Lei mosaica, foi ultrapassado pelo tempo da Graça Cristã, também o tempo do alimento
primário, o leite, foi ultrapassado pelo tempo do alimento sólido, porquanto o leite está nos preceitos da própria Lei
mosaica, também infiltrado nas histórias, fábulas e genealogias, na camada exterior ou verniz que recobre as
metáforas e até na literalidade das palavras, mantendo oculto, “sob o véu de Moisés”, o que se esconde atrás
dessas histórias, dessas palavras, e também no cerne dessas metáforas: o alimento sólido ou a substância.
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Paulo vai além da questão da alimentação espiritual, fazendo alusões a desvios mais graves, daqueles que
experimentaram o dom celestial e se tornaram participantes do Espírito Santo, experimentando a boa palavra de
Deus e os poderes do mundo vindouro e, ainda assim vieram a cair. Outros não avançaram na doutrina Cristã e
permaneceram “patinando” nos seus rudimentos elementares, continuando “crianças”, quando já deveriam ser
“adultos”. Aqui, não se trata daqueles que chegaram ao limite das suas potencialidades, o que é compreensível,
mas sim daqueles que foram negligentes no emprego dos seus talentos ou que ficaram com preguiça de “pedir
mais” ao Senhor. A propósito, conhecemos um ex-agnóstico, que logo na fase inicial da sua conversão, ao saber
que a ninguém seria concedida sabedoria, como a Salomão (I Reis 3;12), não foi nada modesto, e pediu ao
Senhor que lhe desse 99% da sabedoria de Salomão. Não sabemos se ele recebeu tudo o que pediu, mas
sabemos que ele recebeu muito mais do que merecia.

Essas questões são relevantes e da maior importância, porquanto diante das trapaças dos sofistas, das limitações
de alguns, embora compreensíveis, e da negligência e ou preguiça de outros, tanto as “ovelhas” mais humildes,
como principalmente, as “ovelhas” mais bem nutridas nos conhecimentos da racionalidade, talvez não tenham sido
seduzidas pelos trapaceiros, mas talvez também, não tenham sido convertidas pelos rudimentos elementares da
doutrina Cristã, insuficientes para despertar o seu interesse e corresponder às suas expectativas. A visibilidade
mais nítida deste cenário permite-se nos Países do chamado Primeiro Mundo, especialmente na Europa, onde a
fé em Deus praticamente desapareceu.

O maior privilégio que o homem pode obter, por concessão, é o novo nascimento, produzido, unicamente, pela
Misericórdia do Pai, pelo Amor e Graça do Filho e pela Unção e Comunhão do Espírito Santo. Esse é o verdadeiro
Batismo na “Água Viva” do Filho e no “Fogo” do Espírito Santo. Esse é o “Certificado da Salvação”, sem o qual,
ninguém entra na “Terra Prometida”. Esse novo nascimento faz conexão com as potencialidades imanentes do
homem, as espirituais e as racionais, que emergem vigorosamente, passando a se refletir nos dons e vocações,
que surgem como fontes do “pão da vida” e da “água viva”. É de fundamental importância compreender que o
“novo nascimento” é o resultado do batismo na “água viva” de Cristo e no fogo do Espírito Santo. O batismo
praticado por João Batista é o batismo da Lei, que vale apenas como um símbolo. Quando Cristo foi “batizado”,
João Batista sabia que esse “batismo” era absolutamente desnecessário para Cristo, mas Este se submeteu a ele,
apenas como um gesto de respeito à Lei, sendo imediatamente, batizado pelo Espírito Santo. (Mateus 3;13ª17)
Nesse momento, expirava a validade do batismo da Lei, substituído pelo Batismo da Graça. Assim, tanto o
decálogo da Lei mosaica, como o batismo de João Batista são abolidos pela Graça de Cristo, que nos homens se
concretiza no novo nascimento. (João 3;3,5ª7) A Lei, com todos os seus acessórios exteriores, é válida somente
para Jacó, que continua se alimentando do leite, e não mais para Israel, cuja alimentação se baseia no alimento
sólido. Israel é a evolução espiritual de Jacó, sendo necessário que Jacó vá diminuindo, e que Israel cresça
progressivamente (João 3;25 a 30) e que, ouvindo a voz do noivo se diga: Pois esta alegria já se cumpriu em mim.

O Apóstolo Paulo, praticamente encerra a questão sobre a Lei e a Graça, em Hebreus 7;18 e 19: “Portanto, por
um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade, pois a Lei nunca aperfeiçoou
coisa alguma e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus”. Os sofistas
insistem em manter as suas exortações baseadas na Lei, nas histórias, fábulas, genealogias e nos símbolos,
portanto, nos aspectos exteriores, porque estes lhes possibilitam desenvolver os seus negócios comerciais,
totalmente estruturados sobre esse conjunto, e também, sobre o alimento primário, o leite; aqueles, mais
acessíveis às “ovelhas” mais humildes, e este, o alimento mais adequado para os que, conforme Paulo, ”são
inexperientes na palavra da justiça, porque são crianças”.

A única ação exterior, por parte de quem pode tomar essa honra para si, realmente necessária, mais do que isso,
um dever, é a exposição do “pão da vida” e da “água viva”, oferecendo-os, ou colocando-os à disposição de todos
os seus semelhantes. Essa é a verdadeira Ceia com Cristo. O “pão da vida” é a “carne” de Cristo e a “água viva” é
o Seu sangue, esses os alimentos que Cristo dava às multidões, e os cestos nunca se esvaziavam, pois o “pão da
vida” é o Conhecimento Divino e a “água viva” é a Sabedoria Divina, que nunca se acabam, os quais estão nos
talentos, que o Senhor distribui generosamente àqueles que escolhe e, junto com eles, vem a responsabilidade de
investi-los, para que produzam rendimentos e frutifiquem na videira do Senhor. Entretanto, essa responsabilidade
não é a de ensinar, mas somente de investir os talentos, colocando-os à disposição dos seus semelhantes, o
mesmo que “colocar a vela no velador”, para que a luz ilumine o ambiente. (Lucas 8;16) O que poderá ocorrer daí
em diante, é por conta do único Pastor e do único Mestre, pois Eles é que guiam e ensinam: Jesus Cristo e o
Espírito Santo. (Mateus 23;1 a 12) Todas, sem nenhuma exceção, aquelas outras formalidades, que geram
confrontos entre as denominações teológicas, como dogmas, doutrinas, batismos, sábados e domingos, modelos
e volumes de orações, tipos de solenidades e rituais, e o que mais vier, alguns como resquícios da Lei mosaica,
são procedimentos anteriores ao “nascimento” de Cristo, e apenas ações exteriores dos homens, que são inúteis e
sem nenhuma importância, assim como aquelas enfadonhas e sonolentas cantilenas dos sofistas, contadores de
histórias, fábulas e genealogias. Quando João Batista foi questionado sobre a duplicidade de batismos, dele e de
15

Cristo, ele respondeu: “O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada”. Ora, de onde vem o
batismo na “água viva” de Jesus Cristo e no fogo do Espírito Santo? E de onde vem o batismo de João Batista? E
de onde vêm o novo nascimento e a salvação? Vêm do Céu ou vêm da Terra? Se vêm da Terra, quem está
autorizado a concedê-los? Os sofistas? Ora, ora, acordem “ovelhas”!

A “receita” resumida e simplificada, para aqueles que têm fome pelo “pão da vida” e sede pela “água viva” é esta:
1- Mergulhar dentro de si mesmos, pela meditação, pela reflexão, analisando-se e examinando o seu verdadeiro
comportamento, diante de todas as circunstâncias. 2-Livrar-se do “entulho” que eventualmente os sofistas tenham
depositado nas suas cabeças, para que fiquem como livros em branco. 3- Não se ater às questões exteriores,
sejam elas quais forem. 4- Não ler a Bíblia, mas estudá-la, orando para que Cristo ilumine suas Mentes e o
Espírito Santo lhes esclareça a Palavra. 5- Não se dedicar, inicialmente e no terreno espiritual, a qualquer outro
tipo de leitura além da Bíblia, até que perceba nitidamente, que já lhe foi conferido o poder de identificar com
facilidade, quando se trata da Palavra que vem do Espírito Santo e quando se trata da astúcia dos sofistas. Daí
em diante, pode e deve ler tudo, pois não há mais possibilidade de ser enganado, e, como disse Paulo, pode
discernir também o mal, até para combatê-lo, nos padrões cristãos

Finalmente, sugerimos àqueles que, eventualmente, tenham “enterrado” os seus talentos, quaisquer que sejam os
motivos, que os “desenterrem” agora mesmo e passem a aplicá-los rapidamente, pois estamos nos “últimos dias”
e vem aí o Senhor dos Talentos, para cobrar os seus rendimentos. É hora do “tudo ou nada”. Há que se livrar do
sistema do “faz-de-conta”, do “entra-e-sai”, e como diz o Apóstolo Paulo, “... não mais sejamos como meninos,
agitados de um lado para outro, e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela
astúcia com que induzem ao erro”, e não negando o Filho diante dos homens, para que Ele não nos negue diante
do Pai, que está nos céus. Estamos às vésperas da eclosão de um poderoso derramamento espiritual, sem
precedentes, como nunca visto antes na face da Terra, que varrerá o Planeta, como uma poderosa onda
convergente, arrebanhando “ovelhas” de todos os confins da Terra, as quais reconhecerão a voz do seu
verdadeiro Pastor e que será como um novo dia do Pentecostes, mais abrangente, pois será a peneirada final.

Há uma relação direta entre o dia do Pentecostes e o nascimento de Jesus Cristo, mas a sua percepção requer
uma viagem retrospectiva, investigando o desenvolvimento do complexo Homem Habilidoso. Assim, podemos
imaginar que nos estágios primitivos da sua evolução, o homem se concentrava apenas nos seus instintos
básicos, relacionados à preservação da sua vida e da sua espécie. Entretanto, desde o início, a sua desvantagem
física em relação a muitos outros seres viventes, era compensada pela sua capacidade de pensar, de raciocinar e
de elaborar estratégias para vencer os seus inimigos naturais, consolidando a sua sobrevivência. A inteligência
prevaleceu sobre a força e o Homem Habilidoso tornou-se o senhor absoluto do ambiente vital do seu Planeta.

Mas o Homem Habilidoso vai além e utiliza intensamente as suas faculdades intelectuais, que possibilitam à sua
imaginação, perscrutar até mesmo as profundezas do seu próprio interior e também as profundezas do macro e do
micro ambiente, que envolvem a sua existência. Além disso, pelo espírito, eventualmente, ele poderá extrapolar os
limites da sua racionalidade e perscrutar até as profundezas da Natureza Eterna, ou de Deus, neste caso, em
busca de Sophia, atendendo Mateus 7;7. Essa evolução do homem é a concretização progressiva das suas
próprias potencialidades, que lhe foram conferidas desde a fundação do mundo, pois elas já estavam nas suas
essências, no vapor da virtude Divina, como propriedades imanentes, que surgiriam de forma progressiva, a seu
tempo, de acordo com a própria evolução, também progressiva, de todo o conjunto do nosso mundo.

Entretanto, essa impressionante evolução, é bipartida, com um canal relacionado exclusivamente à racionalidade
e outro canal, sintonizado, também exclusivamente, com o desenvolvimento espiritual do homem. Embora sejam
individuais, há um relacionamento entre esses dois canais, onde o comportamento da racionalidade pode acelerar
ou retardar e até bloquear a evolução espiritual, cujo desfecho, todavia, não está submetido à vontade do homem.
A evolução espiritual, por sua vez, modifica o comportamento racional, alterando sua escala de valores e
conduzindo-o a uma observância mais rigorosa dos princípios éticos e morais de forma espontânea. Verificando
(“João 16;12- Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora”), podemos concluir que
naquele momento, ou naquele estágio evolutivo, o homem não poderia compreender o significado mais profundo
das palavras que Cristo lhe poderia e gostaria de expressar. Mas hoje, neste estágio da evolução, podemos
compreender que o dia do Pentecostes, assinala o momento em que se generalizou a presença do Espírito Santo,
em potência, na mente de todos os homens, pois chegara então, a ocasião adequada para que o homem pudesse
absorvê-lo, como se Jesus Cristo dissesse: “Daqui em diante, muitos de vocês poderão suportar e compreender
minhas palavras e andar nos estatutos do meu Pai”. Os textos bíblicos de Atos 2;1 a 47, João 16;13 a 15, Ezequiel
36;24 a 27, João 12;46 e Jeremias 23;20, se relacionam à questão e poderão facilitar a compreensão de que o
evento Pentecostes, não é um acontecimento isolado, restrito apenas a uma localidade e a um pequeno número
de pessoas. Trata-se de um evento muito mais amplo, relativo ao Planeta Terra e a toda a Humanidade, e esse
evento ocorreu ontem, está ocorrendo neste exato momento e continuará a ocorrer até as vésperas da
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consumação, (Eclesiástico 16;22) conforme foi prometido, pois ele representa “simplesmente”, o nascimento de
Cristo, em cada homem, individualmente, quando então, o Filho de Deus se transforma no Filho do Homem, que
não mais se limita às leis externas gravadas nas pedras, mas se orienta pelas leis gravadas na sua mente e no
seu coração, ou na tábua de carne, mediante a experiência real ocorrida no seu interior, ultrapassando a história
Cristã e adentrando a sua própria substância, ou retirando o “véu de Moisés” para contemplar a Luz de Cristo,
quando emerge o Homem Celeste, absorvendo o Homem Habilidoso. Então, nasceu aquele e morreu este.

Recorremos, mais uma vez a João 16;29,30 – E os seus discípulos disseram: Agora falas abertamente, e não por
figuras. Agora reconhecemos que sabes todas as coisas e não necessitas de que alguém te interrogue. Por isso
cremos que vieste de Deus. E Jesus prosseguiu: Credes agora? Ora, o Leitor mais atento não deve ter observado
nenhuma mudança notável nas palavras de Cristo, que pudesse, imediatamente, facultar aos seus discípulos,
abruptamente, o fácil entendimento delas. E, de fato, não houve mesmo nenhuma mudança, pois o que ocorreu foi
a intervenção do Espírito Santo, que tocou os discípulos e abriu-lhes o entendimento espiritual, promovendo o
efetivo nascimento de Cristo em suas mentes e em seus corações e a compreensão das suas palavras. O mesmo
pode ocorrer, a qualquer momento e com quaisquer outras pessoas, que em segundos, com impressionante
velocidade, poderão romper a película exterior da história Cristã e mergulhar na sua substância. A esta altura,
podemos imaginar alguém se perguntando: Como ultrapassar a história e entrar na sua substância? Como romper
o “véu” de Moisés e contemplar a Luz de Cristo? Como deixar o “leite espiritual” e chegar ao “alimento sólido?
Como ser “escolhido”? Como ser abençoado? Como nascer de novo?

Inicialmente, devemos compreender que muitos textos bíblicos, implantam um aparente “caos” em nossa mente,
tornando-se, também aparentemente, desconcertantes e até contraditórios. Isso é o esoterismo planejado, que
estabelece o chamado ”véu de Moisés”. Vamos imaginar uma trajetória que possa nos ajudar a ver e “enxergar”, a
ouvir e “escutar”, a viver e “vivenciar” aquilo que está do outro lado do “véu”.

Antes do primeiro passo, é fundamental eliminar quaisquer comprometimentos com o “Sistema” e se livrar do
“entulho” que ele armazenou, ao longo dos anos, na nossa mente e em nosso coração, os quais deverão estar
limpos e desocupados, para receber as “boas novas”. Além disso, observar que, onde estiver o nosso tesouro, aí
estará o nosso coração. Assim, temos ainda que assumir o total controle sobre a cobiça, inveja, orgulho e cólera.
Esta limpeza interna, talvez seja a parte mais difícil de ser contornada pelo pretendente à Sabedoria Divina, pois a
racionalidade está lotada, de um lado, com as fantasias das ciências da natureza, que se ocupam do estudo das
macroestruturas do Universo, e de outro lado, está abarrotada com as fábulas, genealogias e histórias Cristãs,
contadas e recontadas nos últimos 1687 anos, inicialmente, apenas pela instituição mais antiga e depois, a partir
do século XIV, repetidas exaustivamente pelas inúmeras instituições que nasceram das suas divergências, ainda
acrescidas de muitas outras, mais contemporâneas, que surgiram com abundância, como ervas silvestres.

O primeiro passo então, é não se ocupar com questões tolas e inúteis, observando Tito 3;9. A seguir, observar que
Moisés não conseguiu entrar na “Terra Prometida” (Deuteronômio 1;17 – 3;25 a 27 – 12;51,52) porque a Lei não
aperfeiçoa, é fraca e inútil (Hebreus 7;18,19). Por outro lado, a própria fé não vem de vós mesmos (Efésios
2;8),pois ela é dom de Deus e além disso, a fé sem obras não vale nada, é morta (Tiago 2;14 a 26). Como
encontrar Cristo, se Ele foi achado pelos que não o buscavam e Ele se manifestou aos que por Ele não
perguntavam? (Romanos 10;20) e se até aqueles a quem Ele não foi anunciado o verão, e os que não ouviram
entenderão (Romanos 15;21). Então perguntamos: por quê? O que fazer?

Porque Deus tem misericórdia de quem quiser, compaixão de quem quiser e endurece a quem quiser. (Romanos
9;15 a 18) e porque o Filho também revela o Pai a quem quiser (Mateus 11;27). Também não são vocês que me
escolhem, ao contrário, Eu é que escolho cada um de vocês (João 15;16). Resta-nos dizer: Ele sabe o que faz.
Vejamos o exemplo do Apóstolo Paulo, um ex-perseguidor de Cristãos, que participou do evento que culminou na
morte de Estevão, e que se tornou o mais fecundo dos Apóstolos Evangelistas. Não devemos perder tempo em
questionar Deus; pois somos demasiadamente pequenos diante Dele. Assim como o beija-flor, tentando apagar o
fogo na floresta, façamos a nossa parte. Mas, então, o que devo fazer? Afinal, o que depende de mim mesmo?
Muito pouco depende de nós e mesmo assim somos negligentes. Vamos começar, com os preceitos de (Miquéias
6;8) observando o que o Senhor pede de nós, senão que pratiquemos a justiça, amemos a misericórdia e
andemos humildemente com o nosso Deus. A seguir, pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-
vos-á. (Mateus 7;7). Invoca-me e te responderei (Jeremias 33;2,3). Luta comigo e eu te abençoarei (Gênesis
32;28). Pede-me Sabedoria e Eu te manifestarei os meus mistérios (Eclesiástico 16;25) e farei com que conheças
as sutilezas dos discursos (Sabedoria 8;8), para que saibas quem é o teu Pai; quem é o teu Guia e Pastor e quem
é o teu Mestre (Mateus 23;1 a 39) pois ninguém toma essa honra para si mesmo (Hebreus 5;1,4). Então você
entenderá tudo (Jeremias 23;20 e 30;24), porque todos me conhecerão (Jeremias 31;31 a 34) (Hebreus 8;8 a 12),
porque nascestes novamente (João 3;3 a 7) e saberás até mesmo, que as Trevas e a Luz são a mesma coisa
(Salmos 139;12), porque o Pai e o Filho estão em tudo o que foi revelado, mas somente o Pai está em tudo o que
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não foi revelado, pois o Pai é maior do que Eu (João 14;28). Então se abrirão os olhos dos cegos, e se
desimpedirão os ouvidos dos surdos (Isaías 35;5). Deus se comunica e se relaciona com o homem de forma
direta, pessoal e intransferível. Ele está na nossa mente e em nosso coração, falando conosco todos os dias.
Ouça-O e obedeça-O. Não há necessidade de intermediários. Àqueles que verdadeiramente, receberam a missão
de frutificar na videira do Senhor Jesus Cristo, compete apenas expor os talentos recebidos gratuitamente,
oferecendo-os como o “pão da vida” e a “água viva”, para os que têm fome e sede pelo conhecimento de Deus.

O mundo dos negócios dos Príncipes da Terra, desenvolvido sem a observância dos valores éticos e morais, já
está desabando, e a ele se juntará, nos próximos anos, o mundo dos negócios, instalado sobre os alicerces das
fábulas, genealogias e histórias Cristãs, levando com ele o mundo das sutilezas vazias. (Colossenses 2;8) Os
quatro cavalos já estão sendo encilhados e preparados para a cavalgada final. Os sete anjos já empunham as
suas trombetas e Babilônia está prestes a cair. E Ele dirá: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e
o fim. Eu, a quem tem sede darei de graça da fonte da água da vida. Então, não percamos tempo, vamos
arregaçar as mangas e começar pelo começo, como uma criança, como um livro em branco, purificados, sem a
contaminação e a influência do perverso “Sistema”, aproveitando esta abertura: Atos 17;30 – Ora, não levou Deus
em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos em toda parte se arrependam. E
mesmo que nossa vida pregressa deponha contra nós, tornando-nos impotentes para iniciarmos uma rápida e
firme reação, devemos nos conscientizar que, de fato, não podemos mudar o nosso passado e voltar atrás para
construir um novo começo, mas podemos mudar o nosso futuro, começando agora a construção de um novo fim.

Isaías 55;1- Ah! Todos vós os que tendes sede, vinde às águas; e vós os que não tendes dinheiro, vinde, comprai,
e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. 3- Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a
mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis
misericórdias prometidas a Davi. 6- Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto
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3 - A GERAÇÃO CÒSMICA E A EVOLUÇÃO

No início não era o caos, pois este pressupõe a desordem e não haveria o que pudesse ser desorganizado, pois,
se houvesse esse início, Ele estaria absolutamente só, totalmente nas trevas e integralmente no silêncio. Com Ele
estariam somente a Sua Vontade com as suas potencialidades substanciais e a Sua Sabedoria. (Sophia)

Então, o desejo obscuro e contrativo da Vontade de manifestar as idéias contempladas potencialmente em


Sophia, instigaria intensamente o Espírito da Adstringência para a mais poderosa e inimaginável ação contrativa
voltada para Si mesmo, para o seu próprio Coração, no eterno abraço Universal.

Levada às últimas conseqüências, na sua intensidade, a poderosa contração, direcionada para o seu próprio
centro, faria irromper freneticamente o movimento expansivo, oriundo da Vontade atraída e aprisionada no desejo
adstringente e geraria o Espírito do Amargor.

As forças opostas da contração e da expansão, intensificadas ao extremo no combate monumental, produziriam o


Espírito da Angústia, no poderoso movimento rotatório, que promoveria a harmonização das duas forças opostas.

O intenso atrito entre contração e expansão, resultaria no Espírito do Calor, que provocaria a relâmpago do fogo,
que por sua vez, libertaria das trevas a Vontade e introduziria a liberdade na angústia do movimento rotatório.

A liberdade abrandaria e suavizaria as três poderosas forças, que se entregariam suave e amorosamente umas ás
outras, complementando-se e unificando-se na geração do Espírito do Amor.

Libertando-se a Vontade e iluminando as severas forças contrárias, surgiria na explosão que sucede ao
relâmpago do fogo e irromperia o poderoso Espírito do Som.

Com o mais absoluto entendimento, os Espíritos em conjunto e em constante revezamento na introdução de suas
respectivas características essenciais predominantes, as imprimiriam em todas as manifestações da Vontade, as
quais transformariam as idéias em corpos substanciais, apreensíveis e não apreensíveis, que engendrariam o
Espírito Tangível.

A Vontade teria fecundado plenamente a Virgem Sophia a sua Sabedoria, que teria então absorvido os seus Sete
Espíritos – ou Sete Essências, ou Sete Sementes, ou Sete Forças – que seriam substancialmente sintetizadas em
Seu Filho Primogênito e Unigênito. Então Ele já não mais estaria só e grande parte das trevas teria sido iluminada
com a resplandecência da mais bela, intensa e inigualável LUZ ! (Vide Oséias 12;10)

Ele chamaria Seu Filho e Lhe diria: Tu és meu Filho. Eu hoje Te gerei. Vamos fazer uso das nossas essências que
estão sintetizadas em Você e propagar, numa vasta cadeia expansiva, essa sua magnífica e singular
resplandecência. Você é o Rei e estabeleceremos os seus Príncipes com suas legiões e todos lhe serão sujeitos.

Ele mediria, esquadrejaria e circularia as suas próprias imensidões, e definiria a Sua Vontade na Sua Sabedoria,
que seria manifestada através de Seu Filho, em vinte e quatro círculos imensos, onde seriam localizados e
circunscritos os poderosos Príncipes Angélicos com suas respectivas legiões. Além disso, Ele adornaria o átrio do
Rei, e nas suas quatro extremidades, estabeleceria os quatro Querubins, como seus guardiões exclusivos.

Todos os Príncipes Angélicos seriam simetricamente dispostos em seus devidos lugares e, com alegria e júbilo,
todos eles engendrariam e expandiriam as suas enormes legiões, observando cada um a sua posição,
respeitando integralmente os seus limites e determinando as posições e limites das suas respectivas legiões, bem
como observando o seu próprio grau de resplandecência e o de todos os seus subordinados. Todos eles menos
UM ! (vide Judas 1;6) aliás, um dos mais belos, que se entusiasmou com sua beleza, com sua envergadura e com
o seu poder, sendo seduzido pela sua vaidade e pela sua cobiça. Então, ele quis extrapolar os limites da sua
circunscrição e também o grau da sua resplandecência, pois ele desejou ser o Rei e até mesmo se tornar igual a
Ele, o detentor da Vontade, da Sabedoria e dos Sete Espíritos!

Assim foi, de fato, apenas o desenvolvimento e a formação do Terceiro Princípio, a partir da insubordinação de
Lúcifer, constituindo a nossa Geração Cósmica, que teve o seu início e, portanto, terá fim. Lúcifer, então, foi
imediatamente contido pelo Pai, pois Ele abraça tudo. Tudo está n’Ele e Ele está em tudo! Ele comprimiu ao
extremo o Príncipe rebelde e pretensioso, extinguiu a sua resplandecência, conglomerou todas as suas essências
e as das suas legiões, mantendo toda essa corporalidade numa só “massa” e na sua exclusiva circunscrição. Mas,
o mal feito estava feito. Toda essa “massa” estava irreversivelmente contaminada e, apenas nessa circunscrição,
o Príncipe ou Anjo de Luz caído, provocou a instalação, de fato, do caos. Então, o Filho assumiu o núcleo dessa
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circunscrição e passou a trabalhar sem interrupção, na regeneração ou purificação de toda essa “massa”
contaminada, recompondo, ou dando início à geração de um novo Princípio, o único, realmente, com começo e
fim. A partir daí, nasceu um novo elemento, de grande significação para nós: o tempo, que se relaciona
exclusivamente a esse Princípio, que foi então, re-concebido. (Joel 3;20)

Na sua longa e dolorosa evolução, esse novo Princípio, contaminado e de corporalidade mais densa, em razão da
extraordinária compressão a que foi submetido, produzirá todas as galáxias e seus integrantes, onde se
encontrará também a nossa Via Láctea, o nosso Sistema Solar, o nosso Planeta Terra e a Besta-Fera (o homem),
que na sua longa e específica evolução, se tornará a Besta-Fera Habilis, estágio esse que caracteriza o ápice da
sua racionalidade, uma vez que, por si só, ele jamais deixará de ser uma Besta-Fera, pois apenas adquirirá
maiores habilidades ou capacidades, as quais estão todas contidas, essencial e potencialmente, nos seus
conhecimentos racionais, que na sua evolução cumulativa, exibirá um desenvolvimento extremamente avantajado,
conferindo-lhe a mais absoluta supremacia sobre os outros animais.

Para avaliar essa evolução, note-se que A Besta-Fera primitiva, então ainda sem muitas habilidades, o Caim,
eliminou seu irmão Abel, talvez com um porrete, ou uma pedra, ou mesmo uma mordida na jugular, não sabemos
ao certo, enquanto a Besta-Fera Habilis consegue eliminar, e o faz, milhares de seus irmãos, simultaneamente, à
grandes distâncias, com apenas uma pequena bomba e ainda pode assistir ou contemplar, com orgulho!?, tudo
pela televisão, enquanto saboreia um apetitoso cachorro-quente e toma o seu refrigerante preferido! A única
diferença está no volume das habilidades adquiridas, pois a Besta-Fera é a mesma, assim como os motivos dos
assassinatos, -- o individual e o coletivo – são exatamente os mesmos! Isso tudo, sem falarmos da administração
do Planeta Terra, pela aplicação nos “sistemas adotados”, das habilidades acumuladas pela poderosa, orgulhosa
e extremamente feroz Besta-Fera, que deve admitir, quer queira quer não queira, que por sua própria vontade ou
determinação, jamais evoluirá para o Homo Sapiens, o que somente poderá ocorrer mediante a Unção Espiritual,
quando ele adentra os domínios da Theosophia, a fase terminal da sua evolução. O Homo Habilis é o limite da sua
própria racionalidade, onde ele, efetivamente, adquire e acumula um admirável volume e magnífica variedade de
conhecimentos racionais e também uma impressionante falta de sabedoria! O Homo Habilis, na sua racionalidade,
conhece, mas não sabe, estabelecendo-se então, o paradoxo da razão: ”quanto mais eu conheço, menos eu sei”
e mais perigoso eu sou para mim mesmo!

A diferença fundamental entre o Homo Habilis e os outros animais está na detenção, exclusivamente por essa
espécie, dos seguintes atributos: 1- da Razão, com a sua capacidade de conjecturar, adquirir, associar, agregar,
construir, acumular, registrar e repassar os conhecimentos racionais: 2- do Livre arbítrio, com a sua prerrogativa
de escolher livremente, baseado nos seus conhecimentos racionais, o que deve ou não deve fazer, em que deve
ou não deve acreditar e optar pelo caminho que deve seguir em toda a sua vida. Ele tem ainda, a plena liberdade
de administrar a sua Casa, o Planeta Terra, como quiser, com a mais absoluta predominância sobre todos os
outros animais, ou seja, tudo e todos lhe são subordinados: 3- do Conhecimento do Bem e do Mal, cujo
discernimento provém das suas próprias essências, onde as leis que os definem estão impressas. Fica a seu
inteiro critério utilizá-lo como desejar. Quanto aos outros animais, os irracionais, eles apenas obedecem e seguem
os seus instintos e as leis naturais que também estão impressas em suas essências, sem que possam fazer
quaisquer escolhas fora desse contexto e não tem também o discernimento entre o bem e o mal. Orientam-se
pelas leis de sobrevivência e de propagação ou reprodução das suas respectivas espécies.

O Homo Habilis na sua evolução, inicialmente e no maior percurso dessa evolução, embora sempre fosse uma
espécie definida, independente de miscigenações aleatórias, era totalmente igual aos outros animais e, somente a
partir de certo momento, em seus diversos estágios, começou a despontar ou a emergir na sua mente, essa sua
capacidade cognitiva, que foi se ampliando progressivamente nos seus posteriores estágios evolutivos,
desenvolvendo uma impressionante gama de habilidades e recursos, dos quais passou a se utilizar, também
progressivamente, para estabelecer, ampliar e consolidar o seu domínio absoluto sobre todas as demais espécies.
A sua capacidade de observar e de pensar teve início no exato momento em que Adão “provou o fruto da Árvore
do Conhecimento do Bem e do Mal”. A partir desse momento, encerrou-se a longa etapa da Besta-Fera primitiva e
iniciou-se outra etapa mais curta da Besta-Fera Habilis, então com a sua racionalidade, o seu livre-arbítrio e a sua
noção ou discernimento do bem e do mal. Todavia, a história do pensamento surgiria muito tempo depois, com os
desenhos e inscrições nas pedras, quando a Besta-Fera ou o Homo Habilis, começou a registrar as suas
observações e até a esboçar os seus pensamentos e posteriormente a registrá-los plenamente. Esse longo
percurso, uma grande maratona, foi lentamente percorrido, mas com velocidade progressiva no esclarecimento do
Homo Habilis, cuja progressão atingirá o seu ápice, no percurso dos últimos seis mil anos da geração cósmica.
Vide (Isaías 42;9) (Ezequiel 39;29) (Amós 3;7) (Mateus 12;40 e 20;16) (João 16;25) e (Efésios 1;17)
Nessa evolução ele subjuga tudo e todos e assume integralmente a administração do Planeta em que vive,
adquirindo até o poder de, se o desejar, extinguir todas as formas de vida nele existentes, inclusive a sua! Ele
então, não tem mais adversários à sua altura, a não ser ele próprio! O Homo Habilis não vive isoladamente e por
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isso organiza agrupamentos e estabelece regras de convivência em sociedade. Esses agrupamentos, ao longo do
tempo, adquirem gigantescas proporções e demandam complexos sistemas para a sua administração. Ao lado
desse gigantesco desenvolvimento, o Homo Habilis desenvolve também as suas preferências e os seus interesses
peculiares e extremamente pessoais, sobre os quais concentra todas as suas habilidades adquiridas, colocando
esses interesses, inclusive, acima dos seus conceitos sobre o bem e o mal e também sobre as próprias regras de
convivência social que ele mesmo estipulou. Ou seja: “primeiro os meus interesses, depois o resto”.

Os poderosos combustíveis que alimentam e desenvolvem os seus interesses, elevando-os ao infinito, são
basicamente, o orgulho, a cobiça, a inveja e a cólera, com todos os seus desdobramentos. Ou seja:

O orgulho – ele quer ser o mais forte, o mais corajoso, o mais belo, o mais inteligente, o mais viril, o maior
detentor de prêmios e honrarias, o mais admirado, o mais cobiçado e o mais poderoso entre todos os homens!
A cobiça – ele quer ser o mais rico, possuindo o maior patrimônio possível, composto da maior variedade de
todos os tipos de bens produzidos pelas mãos dos homens ou pela natureza! Por quaisquer meios.
A inveja – ele se compara aos demais semelhantes e detesta que quaisquer deles possua algo que ele não
tenha ou mais do que ele tem, ou possua alguma qualidade pessoal que ele não possui. Ele deseja ser o maior, o
melhor, enfim, o primeiro em tudo!
A cólera – quando ele não consegue fazer prevalecer as suas idéias ou a sua vontade, ele se utiliza de todos os
seus recursos, para impor essas idéias ou vontade, inclusive da força se necessário, não se importando com as
conseqüências, sejam quais forem!

Esses são os atributos fundamentais da racionalidade e sobre essas colunas, o Homo Habilis estruturou o mais
complexo sistema de que foi capaz, um verdadeiro labirinto que flutua ao sabor das circunstâncias, onde o sim
pode ser não e vice-versa; onde nunca se é contra ou a favor, muito pelo contrário; onde se usa sempre dois
pesos e duas medidas; onde, em caso de dúvida, resguarde sempre os seus interesses; onde as normas, os
regulamentos e as leis são para os outros; onde tudo pode ser permitido, menos o que for contrário aos seus
interesses; onde é preciso criar dificuldades para vender facilidades; onde devemos todos fazer-de-conta que
somos o que deveríamos ser; onde pegue logo tudo o que puder, antes que outro pegue, mesmo porque ninguém
acreditará que você nunca pegou nada, e mesmo porque o Homo Habilis conhece bem a si próprio e sabe que na
“peneira fina” não passa ninguém! (Vide romanos 3;10 a 24)

Paralelamente a esse flexível e eclético “modo de viver ou modo de operar”, peculiares da racionalidade como
regras do seu comportamento objetivo, temos uma curiosa faceta, como uma das normas do seu comportamento
subjetivo, relativo às suas crenças e superstições, onde o Homo Habilis se debate exaustivamente, entre a
duplicidade do verdadeiro exercício dessas crenças ou superstições aos sábados e domingos, apenas nas
dependências das denominações teológicas que freqüenta, e a sua efetiva e real postura das segundas às sextas
feiras, no seu cotidiano, diante da necessidade de ganhar dinheiro para o sustento diário e, sobretudo para
satisfazer a cobiça. Evidentemente, na sua maioria absoluta, as decisões adotadas descartam as crenças ou
superstições, que se tornam apenas máscaras de conveniência social. Nesse sentido, basta que prestemos
atenção às circunstâncias que nos rodeiam e aos noticiosos nacionais e internacionais, e encontraremos uma
extraordinária riqueza de variedades e uma impressionante capacidade criativa desse singular animal.

O Homo Habilis desenvolve na sua evolução progressiva, a sua inquietude intelectual, que se acentua mais
profundamente nas potencialidades mais avantajadas e que se propaga nas suas conjecturas, nos seus
raciocínios e nas suas meditações ou reflexões, quando ele se entrega a uma postura mais contemplativa,
resultando nas indagações mais complexas, para as quais a racionalidade não tem e jamais terá as respostas,
sem que o Homo Habilis ultrapasse os seus próprios limites, os limites da sua racionalidade, o que escapa ao seu
poder, mas que deve ser o seu objetivo permanente, até que Sophia se apresente, pois “Ela se antecipa aos que a
cobiçam, de tal sorte que se lhes patenteia primeiro”. (Vide Sabedoria 6;14)

Na parcela maior dos homens, essa inquietude é muito branda, tênue mesmo, e eles se condicionam a seguir
quase na totalidade, a orientação de outros, o que os deixa à mercê dos quatro atributos e seus desdobramentos,
característicos do Homo Habilis, que os administra com astúcia, malícia e perspicácia. Em outra parcela, menos
expressiva numericamente, onde se encontram potencialidades mais desenvolvidas, propaga-se uma apatia no
exercício das faculdades mentais, onde são negligenciados os próprios talentos e a preguiça transfere para outros
(aí entram os sofistas de plantão) a tarefa de satisfazer essa curiosidade do intelecto, com a transferência também
das responsabilidades de um posicionamento pessoal diante das múltiplas circunstâncias que rodeiam a todos. É
óbvio que essa omissão deliberada não vai eximir ninguém das suas responsabilidades. Com tais características,
mergulhamos na grande maratona compulsória em que todos ingressam ao nascer, onde se desenvolve a
trajetória da natureza humana, que no percurso da vida, percorre a primavera, com o tenro, suave, frágil e
inocente florescimento; o verão, com o calor, o vigor e a insensatez das paixões efêmeras e irresponsáveis; o
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outono, com as evidências iniciais do declínio; o inverno, com o frio e a plenitude do declínio, na decadência dos
sentidos, das reações instintivas, sobretudo da mente. Mas, as regras gerais comportam as exceções e podemos
formular a indagação: “O que me aguarda no meu inverno? A senilidade, ou o Conhecimento e a Sabedoria”?
E foi dito: “Aquele, porém, que beber da água que Eu lhe der, nunca mais terá sede, para sempre, pelo contrário,
a água que Eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna”. Mas, onde procurar essa água? Ou melhor,
onde está a sua nascente?

Na sua evolução, o homem começou a registrar as suas observações através de desenhos rústicos, até chegar às
letras do alfabeto, que lhe permitiram registrar não somente as observações dos seus sentidos, como também a
associação entre elas, o produto do seu raciocínio e até as suas conjecturas, cujo acervo cumulativo, representa a
evolução do conhecimento racional. Além disso, o homem exercita, também mediante um processo evolutivo do
seu espírito, o registro destas experiências peculiares, alheias à Razão e que extrapolam a própria racionalidade,
excedendo até a sua própria capacidade de compreender, num contexto mais amplo, pois o seu discernimento é
exclusivamente espiritual.

A Família, a base da sociedade humana, as escolas de ensino nos seus diversos níveis e o próprio meio social
como um agente do intercâmbio de experiências, ensinam e preparam o homem, fornecendo-lhe uma base inicial
e subseqüente, para o avanço nos conhecimentos racionais. Quanto aos conhecimentos espirituais, estes ficam
condicionados a uma predisposição da inquietude do intelecto humano, geralmente mais tardia, ocorrendo no
“outono/inverno” da vida, complementada e concretizada de fato, por concessões que transcendem os limites da
Razão. Todos os registros dos conhecimentos acumulados ao longo do tempo foram gravados em documentos
esparsos, depois aglutinados em livros cada vez mais seletivos e disseminados por uma infinidade de bibliotecas,
e atualmente, através dos recursos da informática, de forma globalizada, cujo acesso é muito rápido, amplo e
analítico, facilitando a sua total propagação.

Com efeito, aí estão as ‘nascentes’ do conhecimento humano, onde pela dedicação do próprio homem, são
desenvolvidos evolutivamente os conhecimentos racionais, até os limites das suas respectivas potencialidades
individuais, e os conhecimentos espirituais, também desenvolvidos num processo evolutivo e da mesma forma, até
os limites das potencialidades individuais, pelo desejo e empenho do homem em satisfazer a sua inquietude
intelectual, que será satisfeita de fato, apenas por uma concessão superior, incompreensível pela racionalidade,
cuja concessão faculta ao homem o efetivo acesso à Theosophia, onde se encontra a água viva que Ele dá a
quem quiser, da qual, quem beber, nunca mais terá sede. (Vide João 15;16)

O cerco final de “Jerusalém” se aproxima e apenas a terça parte (33,3%) do nosso imenso rebanho, composta de
homens de todos os matizes, de todas as regiões do Planeta, sem quaisquer tipos de distinção sob quaisquer
aspectos, a maioria oriunda dos mais simples e humildes, desde que todos eles estiverem devidamente vestidos
para as núpcias, (Mateus 22;8a14) e com suas lâmpadas acesas, (Mateus 25;1ª13) ultrapassará as fronteiras da
racionalidade e concluirá a grande maratona no terminal da trajetória evolutiva, transpondo os limites da
Theosophia, onde os últimos serão os primeiros... a saber!

Todos juntos, constituímos esse imenso rebanho (a Humanidade), sujeitos à orientação de inúmeras lideranças
espalhadas por toda parte do Planeta, embutidas no flexível e eclético Sistema, que é composto por uma imensa
rede de subsistemas, os quais formam uma espécie de grande ‘orquestra’, com um imenso repertório de melodias
envolventes e extremamente sedutoras, regida, num constante revezamento, pelos grandes Maestros que
nasceram, foram criados e cresceram assustadoramente no coração desse rebanho, ocupando todo seu espaço:

Orgulho - Cobiça - Inveja - Cólera

Sob a batuta do mais influente, mais envolvente e mais sedutor dos Maestros, está a poderosa turbina que aciona
e desenvolve a grande maratona da Humanidade, alimentada pelo mais potente combustível que ela concebeu: a
Cobiça! No rastro da Cobiça, a Humanidade acelerou o desenvolvimento do Conhecimento Racional, que por sua
vez, ativou ainda mais a própria Cobiça que nasceu do mesmo Conhecimento Racional, num círculo vicioso que
se iniciou no conhecimento do bem e do mal, o primeiro produto da liberdade obtida por Adão, e que será
concluído no fim desta geração cósmica, ou no Juízo Final!
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4 - CONHECIMENTOS RACIONAIS E ESSENCIAIS


Os Conhecimentos Racionais se dividem em Conhecimentos Racionais Sensíveis (primários), que são obtidos
pelo homem através dos seus sentidos, e em Conhecimentos Racionais Elaborados (secundários), os quais são
formulados, processados e construídos pelo homem, que então os obtém por meio do seu raciocínio, conjectura e
dedução, onde ele combina, associa, organiza e processa as suas observações básicas extraídas dos seus
Conhecimentos Racionais Sensíveis (primários), agregando-lhes ou acrescentando-lhes, o produto ou resultado
da sua elaboração. (Eclesiástico 17;1 a 12 e 38;1 a 39)

A racionalidade humana é dotada, de vocações, dons ou talentos, como suas potencialidades, numa grande
diversidade, que poderão se desenvolver numa evolução progressiva, gerando conhecimentos que se interagem e
geram outros conhecimentos, que poderão gerar outros conhecimentos, cujo desenvolvimento depende apenas
dos esforços e da dedicação do próprio homem.

Teoricamente, a progressão e o acúmulo dos Conhecimentos Racionais (Sensíveis e Elaborados), deveriam


conduzir o homem, por extensão a Humanidade, sempre e invariavelmente, a melhores condições de vida em
todos os sentidos, teoria esta, certamente incontroversa. Podemos até avançar um pouco mais e reconhecer que
houve, realmente, em muitos aspectos, efetivos progressos da sociedade humana, mais acentuados no curso dos
últimos duzentos anos, concernentes especialmente ao desenvolvimento das ciências da natureza e também das
novas tecnologias, como um todo, mas de acesso limitado. A partir de então, num crescendo, a sociedade
humana passou a depositar uma fé e uma esperança obsessivas e incondicionais nesse tipo de progresso,
excluída a parcela minoritária e em proporção decrescente, que alimenta verdadeiros sentimentos religiosos e que
investiga com mais profundidade, discernimento e prudência essas questões, relativizando esse “progresso”.

Contudo, voltando nossa atenção para as ciências humanas, para a ética e para o Planeta Terra, no seu conjunto,
como poderemos definir esse “progresso” e por onde começaríamos? Pelos sistemas políticos, jurídicos e
econômicos, cotejando suas teorias com a prática? Pela “eficiência” e pela “ética” das administrações públicas?
Pelas guerras e seus motivos? (1792 a 2001 = quase 90 milhões de mortos) ou pelos genocídios? (desde 1492,
cerca de 36 ocorrências, das quais 55% nos últimos 56 anos) Ou vamos falar do nosso Planeta? (poluído, semi
destruído e com suas reservas fundamentais em ritmo acelerado de exaustão) Evidentemente, o maior predador,
o animal mais feroz da face da terra não está satisfeito ainda e pretende superar esses números. Para isso, ele
desenvolve e prepara as mais rápidas aeronaves, cujo objetivo principal é transportar ogivas nucleares com
rapidez e despejá-las em quaisquer partes do Planeta. Mas isso não basta, há que se reativar grandes projetos
bélicos de destruição, mediante a ocupação dos espaços da órbita terrestre, para transformá-los em depósitos de
lixo, ou seja, de munição para eventuais ataques a alvos militares na própria Terra, cujos projetos consumirão
bilhões de dólares, como investimentos para a promoção de novas e grandiosas matanças de seus próprios
semelhantes! O Paradoxo do Conhecimento Racional: “Quanto mais eu conheço, menos eu sei e mais perigoso
eu sou para mim mesmo”! (Provérbios 16;25) Quanto às teorias, conforme o dito popular, na prática elas são
outras, pois a Razão conhece muito, mas sabe pouco, ou melhor; nada. (Jó 28;12,13,21)

Como vimos anteriormente, o homem é dotado de potencialidades que o habilitam a desenvolver os seus
Conhecimentos Racionais (Sensíveis e Elaborados). Entretanto, a esses conhecimentos não é acrescentada a
sabedoria, à qual a racionalidade não tem capacidade de acesso por si própria, -- cabendo-lhe, entretanto, a
responsabilidade de procurá-la (Mateus 7;7,8 e Lucas 11;9,10) (Provérbios 2;4 a 11 e 8;1, a 36 e 9;1 a 12) – em
virtude da sua submissão aos seus poderosos inimigos, embutidos na natureza humana, que são: o orgulho, a
cobiça, a inveja e a cólera, em função dos quais o homem orienta a sua vida e por isso, faz o uso indevido dos
Conhecimentos Racionais adquiridos, o que pode ser facilmente comprovado, bastando voltar nossos olhos para o
passado da Humanidade (ou para o parágrafo anterior) e também, observando no presente momento, como estão
sendo utilizadas as mais modernas ferramentas desse “progresso”; umas como eficientes instrumentos de
autodestruição física, outras como poderosos e velozes instrumentos que disseminam, sem nenhum pudor ou
constrangimento, a apologia da ferocidade, da ganância, da sensualidade, da vaidade, da mentira e da arrogância
do homem, que funcionam como verdadeiras escolas para a degradação das suas próprias gerações posteriores,
causando a perda da noção dos princípios da verdade, da justiça, da eqüidade, da ética e sobretudo do amor,
desvirtuando-lhes o verdadeiro sentido. (Eclesiástico 10;1 a 34 e 40;1 a 15)

Os Conhecimentos Essenciais (superiores) (Eclesiástico 39;1 a 41) são obtidos pelo homem, por intermédio de
Revelações Espirituais, (Salmos 65;4) (Provérbios 1;23) (Mateus 11;25 a 27) (João 16;13) sendo inacessíveis à
racionalidade por via direta, ou seja, o homem não pode obtê-los através de si mesmo, da sua vontade e
determinação, embora deva persegui-los com toda sua dedicação, como ensinam as Escrituras. Esses
conhecimentos também já se encontram no homem, como potencialidades imanentes, os quais, entretanto,
somente poderão ser despertados através de revelações espirituais, pela unção do Espírito Santo, sendo que a
esses conhecimentos poderá ser acrescentada a Sabedoria, também por concessão, que se aplicará no melhor
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discernimento desses conhecimentos, à sua melhor utilização, à sua mais adequada forma de exteriorização e a
maneira mais coerente de fazê-los frutificar na videira do Senhor. (João 15;1 a 6)

Assim como o homem recebe, por concessão, em fragmentos, em “golfadas” intermitentes e não ordenadas no
tempo, os ensinamentos relativos aos Conhecimentos Essenciais, específicos conforme os dons espirituais
(carismas) (I Coríntios 12;1 a 11), ele também é dotado de vocações e talentos sintonizados com atividades
específicas do seu cotidiano na sua vida terrena, numa grande diversidade, os quais podem se desenvolver
através da evolução dos Conhecimentos Racionais, (Eclesiástico 38;1 a 39) pelos seus esforços e pela sua
dedicação. Compete-lhe, também, escolher como e onde utilizar todos os seus talentos, tanto os espirituais como
os da sua racionalidade terrena. Mas, é bom verificar cautelosamente (Mateus 25;14 a 30).

Todos os dons, (vocações, talentos) concedidos pelas revelações espirituais, como os concedidos à natureza
terrena do homem, já se encontram em estado latente, nas suas diversidades específicas, em todos os homens,
indistintamente, encontrando-se, respectivamente, na essencialidade angélica e na essencialidade da natureza,
ambas integrantes da estrutura do homem, sendo eles (os dons) suas propriedades imanentes, como
potencialidades a serem desenvolvidas: as da essencialidade angélica pela unção do Espírito Santo e as da
natureza terrena, pelos esforços do próprio homem, na sua racionalidade. Assim, é como se o homem tivesse
dentro de si um cofre com dois compartimentos, cada um com a sua “chave”, uma das quais não está com o
homem. No compartimento número um estão os Conhecimentos Essenciais e a Sabedoria (do mundo angélico), e
a respectiva “chave” está com Jesus Cristo, que então, poderá abrir a porta para o Espírito Santo.

Como percebeu Hesíodo, com muita precisão, o Adão anjo, contaminado pelo fogo roubado por Prometeu,
inclinou-se para a natureza, e ao comer do fruto proibido, encontrou a “chave” do compartimento número dois, e o
abriu. Era a caixa de Pandora e dali Adão anjo retirou e se apoderou da sua Razão, com as potencialidades dos
Conhecimentos Racionais (do Bem e do Mal) e adquiriu o seu livre-arbítrio. Ele ficou livre! Mas tornou-se Adão
homem e assumiu a responsabilidade correspondente. Perdeu a tutela angelical e por conseqüência o Paraíso,
mas não foi abandonado, como Hesíodo imaginou. Aqui observa-se, que a Razão, o livre-arbítrio e o Mal,
nasceram simultaneamente; são trigêmeos, sendo portanto o Mal o princípio da racionalidade, onde o Bem foi
mantido, através da Luz Divina que poderá ser manifestada e acionar o Espírito Santo, estabelecendo então, um
projeto de recuperação ou descontaminação, cujo projeto é, a causa da existência da nossa extra-geração!

Antes da queda, Adão (o homem) estava nas essências Divinas, não tinha o corpo semelhante ao dos outros
animais e o seu alimento era a Sabedoria Divina. Ele era então, uma manifestação contida na expansão essencial
compreendida nos domínios do magnífico Anjo de Luz, que pretendeu ultrapassar os limites da sua circunscrição e
a intensidade da sua resplandecência. Essa pretensão se constituiu numa insubordinação e resultou na
contaminação de toda a imensa corporalidade essencial manifestada.

Toda essa corporalidade essencial foi então, re-aglutinada numa só “massa” pelo poder da Energia Atrativa, que
comprimiu o seu próprio Coração, sacrificando-o, ou submetendo-o ao suplício extremo, deslocando-O e
mesclando considerável parte das Suas essências puras à grande “massa” contaminada, como uma “injeção” para
desencadear um longo processo de purificação da “massa” contaminada, que foi manifestada novamente, ao
redor de um novo Núcleo Puro que assumiu ou reassumiu aquela circunscrição. Essa nova manifestação
chamamos de “extra geração” ou Terceiro Princípio, que, no decorrer de uma trajetória inimaginável, a Geração
Cósmica, com a peregrinação pelo deserto, no longo sono de Adão, ou como preferem os naturalistas, a evolução,
irá sendo paulatinamente regenerada ou purificada, assim como toda a imensa corporalidade recomposta, como
se purifica o ouro e a prata, de cujo processo, restarão as escórias, ou o joio, que será rejeitado..

Na Energia Atrativa está o princípio da vida, a origem de tudo e Nela tudo é movimento, ininterrupto, sem começo
e sem fim, que manifesta a vida em todas as suas modalidades, através do seu Coração. Todas as formas de vida
manifestadas, conforme as incontáveis espécies existentes, no decorrer da sua evolução passam a conhecer
progressivamente as suas leis, pois elas estão impressas indelevelmente nas suas respectivas essências, das
quais nenhuma delas poderá se furtar, com uma relativa e estreita margem de autonomia, conforme a rígida
estruturação estabelecida para todas as manifestações. (Jó 14;5) ( Isaías 45;12)

A queda de Adão custou-lhe a expulsão das essências originais que ele integrava, e então, ele foi reintegrado na
nova “massa”, re-concebida, que iria formar a extrageração, ou o Terceiro Princípio, com suas imensas e diversas
formações mais densas, devido à extraordinária atração contrativa exercida pela Energia Atrativa, quando aplacou
a fúria do Príncipe insubordinado, cuja “massa” expandida, iria formar também a nova casa de Adão, este,
doravante, angelical, animal e infernal, nas suas essências mistas. A Energia Atrativa não fará quaisquer
interferências nas manifestações, respeitando inapelavelmente as Suas próprias leis e a relativa autonomia
especificamente concedida, até as últimas conseqüências. Ela é rigorosamente fiel e sua efetiva determinação é
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recuperar a parte purificada de todo o Terceiro Principio, que Ela já sabe, corresponde a 33,3%. Ela apenas
aguarda que o número se complete. Depois, o fim. (Apocalipse 6;11) (Romanos 11;25)

Adão foi contemplado com uma inteligência bastante superior aos outros animais, que, aliás, lhe são totalmente
sujeitos, e a sua autonomia está na total liberdade de administrar a sua casa, o Planeta Terra. Mas, Adão deve
saber que tanto a Energia Atrativa que não se revela como a Energia Expansiva que se revela, e a Energia
Rotativa que concilia, unifica e configura, estão presentes em todas as suas manifestações e ao redor delas. Nada
lhes escapa, em qualquer sentido que se possa imaginar, sendo que Adão sabe, perfeitamente, o que é o Bem e o
que é o Mal, e como deve proceder, pois todas as informações, desde a fundação do mundo, estão e se
desenvolvem progressivamente em suas essências, no ciclo das Trevas, para a Luz ou para as próprias Trevas.

A formação essencial de Adão, tripartida, leva-o a debater-se, envolvido por três poderosas forças que disputam a
sua preferência: a força do espírito angelical, a força do espírito animal (astral) e a força do espírito infernal. A
decisão é inteiramente de Adão, protegido pelo seu livre-arbítrio, porém, a responsabilidade pelas conseqüências
da sua escolha, também é inteiramente sua, pessoal e intransferível. Adão foi expulso do “Paraíso” quando, em
desobediência, experimentou o “fruto” da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, que passou a ser o seu novo
“alimento”, e que é o Conhecimento Racional, em substituição ao seu “alimento” original, o “fruto” da Árvore da
Vida, que é o Conhecimento Essencial e a Sabedoria, os quais Adão jamais poderá recuperar, a não ser por
concessão Espiritual. A Razão não sabe por que essa concessão é facultada a uns e não a outros, mas a Energia
Atrativa que está em tudo e em todos, e ao redor de tudo e de todos, sabe.

Foi concedida também a Adão, a faculdade de perscrutar com o seu espírito, até mesmo as profundezas, da
Energia Atrativa, contemplativamente, escavando suas entranhas, para contemplar os seus prodígios e as suas
maravilhas, para conhecê-La, para glorificá-La, para louvá-La, para adorá-La, o que Adão fará de muito bom
grado, tamanho o êxtase que o acometerá no eventual êxito nesse evento. Entretanto, Ela reservou para Si, a
permissão ou não, para o avanço nesse caminho, que evolui no sentido de reaver o “alimento original”, que Adão,
por sua desobediência, perdeu na sua queda: o conhecimento essencial e a sabedoria. No longo processo
evolutivo de Adão, -- a sua peregrinação pelo deserto – os conhecimentos racionais se desenvolvem
progressivamente, e a partir de certo momento, Adão aprende a registrá-los, a acumulá-los, a associá-los, a
processá-los, a experimentá-los e a transmiti-los aos seus semelhantes, sempre atento, porém, quanto às
vantagens e glórias que possam lhe advir por ostentá-los. As escolas ou quaisquer instituições organizadas pela
racionalidade, assim como os próprios registros feitos por Adão, são instrumentos que repassam os
conhecimentos racionais e desenvolvem a sua propagação, que por eventuais associações posteriores, poderão
gerar e constituir outros conhecimentos, e assim sucessivamente.

Com relação aos Conhecimentos Essenciais, obtidos pelo discernimento de Espírito para espírito, a sua aquisição
que é pessoal e individual, (a Energia Atrativa não trata e nem se relaciona com instituições, sejam quais forem)
depende da concessão da Energia Atrativa e esses conhecimentos não podem ser transmitidos de Adão para
Adão, através das suas respectivas vontades, cabendo àquele que os adquiriu, a restrita tarefa de colocá-los à
disposição dos seus semelhantes, como sementes a germinar onde, quando e como for determinado, (Isaías
55;10,11) sem se preocupar em explorar os seus semelhantes e em buscar glória para o seu ego.

Adão, na sua evolução racional, percebeu, astutamente, que a comercialização de conhecimentos racionais era
um bom negócio, especialmente aqueles conhecimentos que não eram suficientes para equiparar os eventuais
adquirentes, de forma a capacitá-los como futuros concorrentes, aprendendo também a utilização dos sofismas,
para confundir o efetivo sentido, interpretação e utilização desses conhecimentos. No percurso dessa evolução, há
1700 anos, Adão começou a estudar mais acurada e metodicamente, sob a ótica da Razão, evidentemente,
também os conhecimentos essenciais (espirituais) expressos por outros (os Profetas), sobre os quais, entretanto,
somente consegue apreender e raciocinar sobre a sua literalidade, sem assimilar o seu conteúdo oculto, o que
não o impediu de visualizar outro promissor “nicho” de mercado a ser explorado, mediante a comercialização de
sofismas sobre supostos conhecimentos espirituais. Nesse exato momento, Adão começou a montagem do maior
império do Planeta Terra, que dominou soberanamente por mil anos e embora tenha sido abalado a partir dos
séculos XIV e XV, e se subdividido em outros menores, ainda se mantém como tal na atualidade. Esse poderoso
império é tão arrogante e desavergonhado, que chegou a santificar-se a si mesmo, a assumir a capacidade de
santificar aqueles que julgarem santos, e mais, santificou até o departamento interno que criou, para julgar e
assassinar com requintes da mais hedionda perversidade, os seus oponentes e ou rivais.

Esse poderoso império é apenas uma das múltiplas facetas, a mais atuante, do Anticristo, e o seu domínio já foi
também objetivamente político e econômico, (hoje subjetivo na política) explorando atualmente múltiplas
atividades no mundo dos negócios da racionalidade e, especialmente, a ignorância, a simplicidade, a ingenuidade
e as superstições das imensas populações das regiões subdesenvolvidas do Planeta, comercializando a
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literalidade das Escrituras, operando através de enfadonhos contadores de histórias e genealogias, cujo sentido
metafórico não conseguem apreender, destituídos que são das revelações espirituais. Tudo isso, encastelados
nos seus suntuosos palácios, desfrutando os prazeres da vida, nas agradáveis atividades a que se dedicam, as
quais não exigem grandes esforços. Os estragos que esse poderoso império já causou e continua causando são
imensos, pois mesmo os intelectuais (muitos deles) sucumbem às suas artimanhas e caem nas suas armadilhas,
orientando-se pelos seus maus exemplos e falsas interpretações das Escrituras, dedicando-se a propagação de
conceitos que acabam se somando às tolices dos “teomânticos”, (adivinhos sobre Deus) desorientando ainda mais
o imenso e já desorientado rebanho de ovelhas desgarradas. Livrando-se da influência do referido império, os
pseudo-ateus devem tentar o acesso ao acervo literário escondido pelo mesmo, assim como às obras que ele
rejeita (indícios de que devem ser boas), dentre as quais podemos destacar as obras do estupendo e magnífico
Teósofo Jacob Boehme 1575 –1624), que era apenas um simples sapateiro, nascido na fecunda Alemanha! Esse
homem, no curto período da sua vida, há quase 400 anos atrás, produziu obras literárias que representam um
verdadeiro manancial de conhecimentos e de sabedoria, cuja profundidade, abrangência (macro e micro) e
magnitude de revelações, escapam parcialmente ao nosso modesto alcance, constituindo-se numa caudalosa
fonte para humanistas e naturalistas, os quais devem observar I Coríntios 1;19,20,26,27,28,29.

Adão homem ganhou uma Casa com tudo o que era preciso para atender suas necessidades e recebeu
autoridade total para presidir e administrar essa Casa, e ainda lhe foi conferido pleno domínio sobre todos os
demais seres viventes, muitos dos quais o servirão e o deleitarão, nas suas necessidades e nos seus caprichos,
sem reclamar e sem se opor aos seus desejos. Ele adquiriu todo esse poder e toda liberdade, mas estes
trouxeram consigo a inteira responsabilidade, que por sua vez, gera o medo e a angústia. Na sua longa trajetória
evolutiva, Adão terá que se definir diante das opções que ele mesmo construirá, estimulado pelas potencialidades
que fermentam e se desenvolvem em suas essências. Ele é o dono de si mesmo, mas se vê diante do medo e
como não poderá devolver ou alienar a sua liberdade, ele procurará se esconder de si mesmo, fingindo ser aquilo
que não é, de forma tão persistente e sistemática, que em sintonia coletiva, caracterizar-se-á, como sendo,
realmente, o que fingia não ser. Esse é o regime do “faz-de-conta” que se instala e se consolida no contexto geral,
onde todos sabem que todos sabem, mas também sabem que todos fingem não saber, estabelecendo uma
atmosfera puramente falsa e artificial, que recobre todo o Planeta. No estágio final, no qual nos encontramos, os
intelectos mais avantajados percebem e alcançam a plena consciência dessa atmosfera, enquanto os demais
intuem ou pressentem a sua presença e, tanto aqueles como estes, por uma grande variedade de motivos, ou
ignoram as circunstâncias ou esboçam algum tímido e solitário esforço contra-ofensivo, mantendo-se todos na
ansiosa e angustiante expectativa do advento de algo indefinido, no qual, envoltos no contexto falso e artificial,
preferem não pensar. Alguns privilegiados pela misericórdia Divina encontrar-se-ão com Paulo de Tarso, e então
concluirão que o viver transcendente é LUZ e o morrer é lucro, e se o viver no corpo resultar em frutificação na
videira do Senhor, não saberão o que escolher, pois, de ambos os lados sentir-se-ão pressionados, tendo o
desejo de partir e estar na LUZ, ou de permanecer no corpo, porém frutificando na videira do Rei, oscilando entre
o desejo de devolver a liberdade, para ganhá-la, ou retê-la, para fazer-se prisioneiro dela. (Filipenses 1;21 a 29)

Eclesiástico 17;1 – Deus criou o homem de terra, e o formou segundo a sua imagem. 2 – E ele o fez de novo
converter depois na mesma terra, e o revestiu de força segundo a sua natureza. 3 – Ele lhe constituiu o tempo e o
número dos seus dias, e lhe deu poder sobre tudo o que há na terra. 4 – Ele o fez ser temido de toda a carne, e
lhe deu o império sobre os animais e sobre as aves. 5 – Ele criou da sua mesma substância uma ajuda
semelhante a ele; deu-lhes discernimento, e língua, e olhos, e ouvidos, e espírito para cogitar; e encheu-os da luz
da inteligência. 6 – Criou neles a ciência do espírito, encheu de senso os seus corações, e mostrou-lhes os males
e os bens. 7 – Pôs o seu olho sobre os seus corações, para lhes fazer ver as maravilhas das suas obras, 8 – E
isto a fim de que eles com os seus louvores engrandecessem a santidade do seu nome, e de que o glorificassem
por causa das suas maravilhas, de que publicassem a magnificência das suas obras. 9 – Acrescentou-lhes a
disciplina, e deu-lhes em herança a lei da vida. 10 – Fez com eles um pacto eterno, e lhes mostrou a sua justiça e
os seus juízos.11 – E com seus próprios olhos viram eles as grandezas da sua glória, e seus ouvidos ouviram a
majestade da sua voz; e ele lhes disse: Guardai-vos de toda iniqüidade.12 – E lhes ordenou que cada um deles
tivesse cuidado do seu próximo.
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5 - O CONFRONTO ENTRE A THEOSOPHIA E A RAZÃO


Vamos considerar agora, a sutileza da escolha deliberada, de um pseudo-oponente, bem conveniente para a
racionalidade e para os sofistas, iniciando tais considerações, pela possibilidade de uma confrontação da Fé com
a Razão. O termo Fé significa “crença, crédito, convicção da existência de algum fato ou da veracidade de alguma
asserção”, entre outras concepções, (Dicionário Brasileiro Melhoramentos 5.ª edição) tratando-se, como veremos,
de um instrumento do qual a Razão pode lançar mão em determinadas circunstâncias, se o desejar.

A Razão, quando não consegue converter as suas observações, os seus raciocínios e deduções, em algo que ela
entenda como um conhecimento, é levada a optar por uma das alternativas: acreditar na sua observação, mesmo
sem poder transformá-la no que admita como um conhecimento, ou simplesmente descartá-la. Essa capacidade
de “observar” da Razão, tanto está nos seus sentidos, como no seu raciocínio, o que poderá lhe permitir a
obtenção de um conhecimento racional, sensível ou elaborado, ou ter que acreditar ou não na sua observação.
Havendo algum conflito ou dificuldade, entre definir a observação como “conhecimento” ou como “crença”, ou
ainda entre a decisão de descartar ou não essa observação, isso ocorre dentro da Razão e nunca fora dela. Essa
Fé, portanto, é um atributo, um requisito ou uma prerrogativa da própria Razão, que então, não pode confrontar-se
consigo mesma. Assim sendo, podemos dizer que o grande confronto, não é entre a Fé e a Razão, mesmo porque
a Fé não se baseia em conhecimentos, mas sim, na convicção de que existem conhecimentos, de que não se
dispõe, mas nos quais se acredita, mesmo sem identificá-los com precisão. (“Não conheço, mas creio. Não vejo,
mas creio”.) Quando se conhece e ou se vê, não há necessidade de acreditar, pois o “conhecer” e o “ver”
encampam, absorvem ou incorporam a fé, tornando-a desnecessária, como um instrumento em separado, isto, é
claro, somente no tocante ao que se conhece ou ao que se vê, e desde que não haja dúvida alguma sobre o que
se conhece ou sobre o que se vê. (Hebreus 11;1,2,3) Assim, a afirmação “compreender para crer e crer para
compreender” deve ser substituída por “conhecer para crer e crer por não conhecer”. Entretanto, a fé não basta a
si mesma, pois somente afirmar que se crê não é suficiente; é preciso viver e agir na boa fé. A validade da fé se
concretiza e se consolida, nos detalhes do comportamento ético, espontâneo e constante, que se revela na
postura, na ação e na reação, diante das pequenas questões, aparentemente insignificantes, ou das questões que
possam ser consideradas as mais relevantes. Esse comportamento é um exercício diário que molda o caráter e
que vivifica a fé, tornando-se um hábito do cotidiano. Sem isto a fé não existe, é uma ficção ou uma simples figura
de retórica, no jogo frívolo do “faz-de-conta”. É Fé morta. Com efeito, essa Fé tão propalada e explorada pelos
astutos sofistas é um mero instrumento da própria racionalidade, a qual denominamos de fé racional, ou seja, a
crença nos conhecimentos racionais elaborados, integrantes dos grupos de conhecimentos específicos,
geralmente de acesso restrito a especializações mais aprofundadas, compatíveis com intelectos mais avantajados,
dos quais, na esfera subjetiva das idéias, os sofistas alojados entre os teólogos, se apoderaram e, exímios na sua
exploração, adaptaram-nos ao seu negócio e os comercializam como uma falsa fé espiritual, entre os mais
simples, humildes e de “boa-fé”, que são os mais numerosos integrantes do seu imenso rebanho. Contudo, há
outro tipo de Fé, que pode ser encontrado em (I Coríntios 12;9) e que se caracteriza no que chamamos de Fé
espiritual – de fato --, que faculta apenas a percepção da Presença do Senhor, e que é um dos nove dons
espirituais inseridos nas vocações ou talentos, que na sua diversidade, estão potencializados em todos os
homens. Tanto quanto os dons relativos aos Conhecimentos Essenciais, (espirituais) o dom da Fé é um privilégio
consagrado na unção do Espírito Santo e aqueles que obtém essa graça, simplesmente acreditam, vivem e agem
espontaneamente, de acordo com essa Fé que, assim como os demais dons espirituais, é uma loucura para a
arrogante racionalidade!

Efésios 2;8 – Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus;

Tiago 2; 14 – Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso,
semelhante fé salvá-lo? 17 – Assim também a fé, se não tiver obras, por si só está morta.18 – Mas alguém dirá:
Tu tens fé e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé.
26 – Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta.

A Razão é detentora dos conhecimentos racionais (sensíveis e elaborados) que se sintetizam no “logos”, o qual
nada tem a ver, com a Palavra, o Verbo Divino, ou Cristo. Assim, Teologia é a busca do conhecimento de Deus
pela racionalidade, através de si mesma, cuja busca sincera deve ser mantida sempre, conforme preceituam
Mateus 7; 7,8 e Lucas 11; 9,10. Como a fé racional é uma prerrogativa da própria Razão, a decisão de admiti-la
circunstancialmente, assim como a decisão de vivenciá-la e a decisão de agir sob a sua égide, são todas da
exclusiva competência da Razão, pois a fé racional é um complemento facultativo, do qual a Razão poderá se
utilizar para suprir, se o desejar, qualquer desconhecimento racional específico. O grande confronto então é entre
a Theosophia e a Razão, entre as quais, oscilam como o pêndulo de um relógio, a Filosofia e a Teologia. O
confronto, pois, é entre os Conhecimentos Essenciais e os Conhecimentos Racionais. Esse confronto gera um
intransponível impasse, uma vez que os conhecimentos essenciais e os racionais são absolutamente
incompatíveis, (I Coríntios 2;14) não sendo, por isso, casual, o “falecimento” da Escolástica, (que gerou a Teologia
ordenada) embora possa não ter sido somente a sua tentativa de conciliar tais conhecimentos, a sua “causa-
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mortis”, e cuja agonia se prolongou por muito tempo Na verdade, assim que percebeu que o embasamento
aristotélico da Escolástica era insustentável, a racionalidade subjetiva “pulou fora desse barco” e emigrou
maciçamente para o da Teologia (filha da Escolástica), deixando que a “barcaça” desta última ficasse à deriva e se
afundasse, desaparecendo, supostamente com os vestígios do seu frágil e inconsistente embasamento, supondo
também, que o tempo se encarregaria de apagá-los em definitivo. Mas, a adoção do outro e atual embasamento
sofista, da mesma racionalidade subjetiva, assentado em Marco Túlio Cícero (106-43 a.C.), como não poderia
deixar de ser, também está se tornando insustentável e, ao que parece, não há nenhum outro “barco” disponível e
adequado para um eventual novo projeto de mascaramento das idéias, mesmo porque, os “protagonistas”
mudaram bastante nos últimos trezentos anos e o atual contexto global não absorverá, certamente, um novo
engodo, ou uma saída sorrateira pela porta dos fundos.

Podemos observar que a Filosofia percorreu o seu caminho, formulando criativamente, um formidável volume de
especulações subjetivas, como que disparando essas especulações sem controle, em plena escuridão. e sem
conexão com uma predisposição direcionada para a Sabedoria Divina, pois lhe falta o desejo por “Theo”, ficaram
perdidos. A Teologia, por sua vez, estática há muito tempo, cheia de si mesma e nadando na empáfia, já nem
mais se deu ao trabalho de continuar especulando e, usando o seu estoque mofado das fábulas e genealogias e
das histórias cristãs, produz as suas ladainhas caóticas que embalam a sonolência dos seus ouvintes, pois lhe
falta a presença de “Sophia”. Por seu turno, a Razão, radical e pragmática, alocada no topo e nos patamares
superiores da pirâmide sócio-econômica e especialmente na administração de Babel, cumpre o seu tempo
perseguindo o dinheiro, os bens patrimoniais, o poder, as honrarias, a fama e os prazeres da vida, conforme o seu
entendimento, pois lhe falta o desejo por “Theo” e também a presença de “Sophia”.

A solução definitiva está nos Conhecimentos Essenciais e na Sabedoria, que somente são acessíveis, através das
revelações concedidas pela Graça Divina. A Sabedoria manifestou a Verdade que produz a Justiça. A Razão não
tem a Sabedoria, (Jó 28;12,13,20,21) portanto ela não conhece a Verdade e não a conhecendo, não consegue e
nem pode ser Justa. (Jeremias 5;1) A Sabedoria está na Theosophia, onde a Razão, como tal, também não
consegue e nem pode penetrar. A Graça Divina é a única alternativa para o acesso aos Conhecimentos
Essenciais e à Sabedoria, e ela, (a Graça Divina) é uma concessão aos eleitos e, felizmente, a Razão, como
“Razão pragmática e radical”, não participa da eleição, nem mesmo como candidata, pois terá que se abstrair de si
mesma, conforme (Mateus 16;24) (João 6;44,45,65) (Colossenses 3;5). Basta-nos o que a Razão faz, quando
pode escolher o que fazer. O Planeta, administrado por ela e submerso no caos expõe o produto da sua atuação.
(Isaías 59;1 a 21) (Ezequiel 16;1 a 63) (20;1 a 49) (21;1 a 32) (22;1 a 31) (23;1 a 48)

Mateus 22;8 – Então disse aos seus servos: Está pronta a festa, mas os convidados não eram dignos. 9 – Ide,
pois, para as encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas a quantos encontrardes.10 – E, saindo
aqueles servos pelas estradas, reuniram todos os que encontraram, maus e bons; e a sala do banquete ficou
repleta de convidados.11 – Entrando, porém, o rei para ver os que estavam à mesa, notou ali um homem que não
trazia veste nupcial,12 – E perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu.
13 – Então ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos, e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá
choro e ranger de dentes.14 – Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.

Na Teologia, estão os conhecimentos racionais empenhados na procura de Deus, cujo limite está na Razão do
homem, na sua capacidade de observar e perceber através dos seus sentidos, e na sua faculdade de raciocinar e
deduzir, pelo processamento desses conhecimentos básicos ou elementares, combinando-os, associando-os, ou
agregando-lhes conhecimentos complementares, prevalecendo aí, a racionalidade subjetiva, porém, sem
extrapolar esse limite da Razão. Como a Teologia é um terreno de fácil acesso para os sofistas, ela sofreu uma
grande invasão deles e ali se estabeleceu uma grande parte da enorme confusão que reina em Babel, aos quais
se juntou também uma parcela significativa de outros sofistas, que se alojaram em alguns setores dos naturalistas.
Babel, então, tornou-se mais forte, mais poderosa e todos os sofistas procuram sempre se adequar mutuamente,
juntando-se aos príncipes e chefes das cidades, para que haja uma conveniente paz “babélica”. (Ezequiel 34;1 a
31) Miquéias 3;1 a 12) (Sofonias 3;1 a 8) (I Timóteo 4;1 a 3) Entretanto, a Teologia não se conteve apenas na
procura de Deus, conforme preconizada em Mateus 7;7,8 e Lucas 11;9,10, pois os sofistas ali acampados
assumiram o seu comando, fizeram uma grande e longa reunião, onde adotaram a antropolatria e decidiram
restaurar as figuras dos anciãos, dos escribas e dos fariseus, (Mateus 23;1 a 36) e também, “aposentar
compulsoriamente” o Espírito Santo. Assim, substituindo-O por si mesmos, passaram a produzir “profetas”, como
numa linha de montagem industrial, distribuindo um verdadeiro exército desses “profetas” profissionais,
manufaturados, por um grande número de empreendimentos empresariais, que se organizaram em muitas
denominações, e passaram a lutar entre si com unhas e dentes, sistematicamente, para atrair uma clientela
atônita, perplexa, e cada vez mais desorientada. Então, a Teologia se transformou em “Teomancia” e os seus
expoentes passaram a ser os “Teomantes”. Esses empreendimentos, ou denominações, se organizaram em
grandes redes, como os supermercados, e se espalharam por todos os lados, estabelecendo cada um deles o seu
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“modus-operandi”, através de solenidades diversas, regulamentos e normas de funcionamento com procedimentos


específicos, conforme os vários tipos de solenidades, inclusive com representações teatrais de fábulas,
genealogias e histórias bíblicas. Essas grandes redes denominacionais, consolidaram os seus empreendimentos,
mediante a edificação de numerosos templos para os seus atos solenes (Atos 17;24,25) e também muitas escolas
de ensino, desde o nível fundamental até o superior, mesclando “ensinamentos”, bíblicos e temporais, visando a
preparação dos alunos para as atividades chamadas seculares e também as chamadas ‘religiosas’, estabelecendo
assim, a priori, já um entrosamento ou uma vinculação com os seus ensinamentos doutrinários e dogmáticos.
Nesses templos, muitos dos “profetas profissionais manufaturados”, literalistas, devidamente preparados nas
escolas dos seus mestres sofistas, posteriormente contratados pelas denominações, apresentam-se aos seus
adeptos como se estivessem movidos pelo Espírito Santo do Senhor, mas nos termos de (I Timóteo 1;3 a 7) e (I
Coríntios 2;4 a 6), uma vez que a unção do Espírito Santo, não é concedida como um “anexo” aos diplomas
obtidos nas escolas da racionalidade humana. Há fartura de material sobre esses “profetas”: (Isaías 44;25)
(Jeremias 5;31) (Jeremias 10;21) (Jeremias 23;9 a 40) (Jeremias 29;8,9) (Ezequiel 13;1 a 16) (Ezequiel 22;25 a
31) (Ezequiel 34;1 a 31) (Miquéias 3;1 a 12) (Zacarias 13;1 a 6) (Miquéias 1;7) e (Isaías 46;1 a 13), entre outros. A
retirada total da máscara dos sofistas ocorre em (Hebreus10;1,10 a 18), (Tito 3;9) (Jeremias 31;31 a 34) (João
14;26) (João 16;13) e ainda (II Pedro 2;1 a 3). Cabalmente em ( II Pedro 1;16ª21) e ( I João 2;27)

Vejamos a seguir, alguns textos bíblicos, e também o texto de C. S. Lewis, que devem ser cuidadosamente
examinados, por aqueles que estão dispostos a encontrar por si mesmos, sem quaisquer intermediações
maliciosas, o verdadeiro conhecimento de Deus.

Romanos 9;11- E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o
propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama).

Jeremias 1;5- Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e antes que saísses da madre, te
consagrei e te constituí profeta às nações.

Jeremias 10;23- Eu sei, ó Senhor, que não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha o
dirigir os seus passos.

João 15;16- Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros, e vos designei
para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça; (...)

Efésios 2;8- Porque pela graça sois salvos por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. 9- Não vem das
obras, para que ninguém se glorie.

Mateus 11;27- Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e
ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.

“Quando se trata de conhecer a Deus, toda a iniciativa depende d’Ele. Se Ele não quiser se revelar, nada do que
façamos nos permitirá encontrá-lo. (C. S. Lewis)

Baseando=se nos textos acima expostos, cabem duas lógicas perguntas, que colocamos em proposital evidência:

“Para que servem as denominações teológicas? Qual é a sua finalidade?”

ficando por conta dos Leitores, a elaboração das suas próprias conjecturas, para firmar suas convicções.

Os “mestres” desses “profetas”, certamente não lhes falaram sobre estes textos, e nem lhes disseram que o
Espírito Santo do Senhor, nunca parou de ensinar e que Ele nunca lhes cedeu o seu lugar, e que continua a
operar, mais que antes, pela aproximação do final dos tempos (Atos 2;16 a 18). Assim, recomendamos a leitura
atenta, dos trechos abaixo transcritos, extraídos do livro “Os Três Princípios da Essência Divina”, obra escrita pelo
Teósofo alemão Jacob Böehme (1575-1624), editada pela Polar Editorial & Comercial, sendo o autor, um simples
sapateiro, considerado o Príncipe dos Filósofos (Teósofos) Divinos, cujas intensas e profundas revelações
espirituais com que foi agraciado, nos remetem, comparativamente, aos grandes profetas bíblicos.

(...) “Quando o Espírito Santo falava nos santos (ou eleitos) com poderes e prodígios (ou milagres), e convertia as
pessoas miraculosamente, então elas afluíam para eles em multidões, prestavam-lhes grandes honras,
respeitavam-nos e submetiam-se a eles como se eles fossem deuses. Isso era correto para com os santos, pois a
honra era prestada a Deus, e, com isso, a humildade e o amor cresciam entre eles e tudo era uma amável
reverência, como convém e deve ser entre os filhos de Deus.
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Contudo, quando os santos reuniram sua doutrina em escritos, para que na ausência deles fosse possível
compreender o que eles tinham ensinado, então o mundo lançou-se sobre isso: cada um queria ser um professor
(ou instrutor) como eles e pensou que toda arte e conhecimento estavam na letra. Acorreram para lá velhos e
jovens, a maior parte dos quais estavam apenas no velho homem e não tinha conhecimento algum de Deus.
Assim, a partir da obscuridade da palavra escrita, eles ensinaram conforme seus próprios conceitos e explicaram
(os escritos dos santos) conforme sua própria opinião.

Como eles viram as grandes honras que eram prestadas aos instrutores, entregaram-se à ambição, ao orgulho e à
cobiça. Pois as pessoas simples lhes traziam presentes e pensavam que o Espírito Santo habitava nos instrutores,
enquanto era o demônio do orgulho que estava neles. Com isso, ocorreu que cada um tomou o nome de seu
mestre. Um queria ser de Paulo, outro de Apolo, o terceiro de Pedro, e assim por diante. Como os santos não
empregavam tais expressões em seus ensinamentos e em seus escritos, e como eles falavam a partir de um
único e mesmo Espírito, então o homem natural (que sem o Espírito de Deus nada sabe de Deus) concebeu todo
tipo de conflitos e disputas, e fundou seitas, e suscitou cismas. Puseram-se a ensinar em meio a todo tipo de
pessoas --- não por amor a Deus, mas por amor das honras temporais, das riquezas e dos prazeres, a fim de
viverem com todo conforto. Pois não era um trabalho muito difícil apoiarem-se assim apenas na letra (dos escritos
dos santos). Com isso, elevaram-se combates e divisões entre eles, de modo que se tornaram os piores inimigos
e passaram a se odiar violentamente uns aos outros. Isso não foi engendrado por Deus. No entanto, os pais
faziam com que seus filhos estudassem as Escrituras a fim de se tornarem doutores-instrutores, para que assim
pudessem ser honrados em seus filhos e pudessem viver suntuosamente.

Então, ocorreu que cada um quis atrair para si uma multidão maior, a fim de ser estimado pelo mundo. E os
“cristãos de boca” se multiplicaram tanto que o sincero desejo por Deus foi abandonado, e eles se voltaram
apenas para o “sacerdote de boca”, que só suscitava combates e disputas. Todos eles se vangloriavam de seu
talento, que tinham aprendido nas escolas e universidades. Um gritava: “Cristo está aqui! Vinde correndo para cá,
pois foi assim que Paulo ensinou e escreveu”. Outro dizia: “Vinde aqui, Cristo está aqui! Foi assim que Pedro
ensinou e escreveu. Ele era o discípulo de Cristo e tinha as chaves do reino do Céu, que não pode errar. Os
outros vos enganam; é a mim que tendes de seguir.

Assim, as pessoas pobres e ignorantes foram seduzidas pelas bocas macaqueadoras dos homens cobiçosos, que
não passavam de sacerdotes enganadores. E, assim perderam seu querido Emanuel --- Cristo em nós ---, de
quem o Espírito Santo procede, que dirige e conduz os homens a todas as verdades, e que no início os havia
engendrado com poder e maravilhas (ou milagres). Esse Emanuel (Cristo em nós) passou a ser apenas uma
história, e eles passaram a ser cristãos históricos. Enquanto os apóstolos e seus verdadeiros discípulos viveram,
impediram e reprovaram tais coisas, e ensinaram o caminho verdadeiro. Contudo, quando não estiveram mais
(nesta Terra), então os sacerdotes históricos suscitaram erros, como pode ser visto claramente entre os Efésios.

Assim, o reino de Cristo deixou de crescer apenas em poder, mas quase sempre foi reduzido ao histórico. Os
santos nascidos em Cristo muitas vezes confirmavam o reino de Cristo por meio de grandes maravilhas (ou
milagres), e em seguida os sacerdotes históricos de “Baal” sempre edificavam algo sobre aqueles (milagres dos
santos e eleitos): ora algo bom para os bons costumes e para as virtudes, ora apenas cardos e espinhos para
guerras e combates, e outras vezes buscando apenas honras, dignidades e poder que isso poderia conferir à
Igreja de Cristo e aos seus ministros. Podemos ver claramente, na história dos papas, de qual raiz essas coisas
brotaram. Isso foi levado tão longe, que misturaram as cerimônias judaicas aos seus atos --- como se a
justificação dos pobres pecadores estivesse no interior dessas cerimônias, uma vez que elas provinham de um
decreto divino. Por causa disso, os apóstolos realizaram o primeiro concílio em Jerusalém, quando o Espírito
Santo concluiu que eles só deviam se prender a Cristo num verdadeiro amor uns pelos outros, e que essa era a
única justificação diante de Deus.”

A Unção do Espírito Santo se estabelece sob três formas, das quais derivam as variedades de revelações
contidas em (I Coríntios 12; 1 a 11). A primeira forma permite apenas a percepção da Presença do Senhor e dela
deriva a Fé Espiritual (Efésios 2;8). A Segunda forma faculta o acesso aos Conhecimentos Essenciais, além de
encampar a Fé Espiritual. A terceira forma confere o Poder de exteriorizar os Conhecimentos Essenciais, que
obviamente ficam, assim como a Fé, embutidos no Poder. Essa exteriorização é a frutificação na videira do
Senhor ou a utilização dos talentos recebidos, para a glória do Senhor. Como se observa, há uma determinada
seqüência na forma da Unção, a qual está diretamente relacionada às potencialidades espirituais, que integram a
estrutura do homem. A terceira forma da Unção é a única que pode se refletir diretamente sobre outras pessoas,
pela sua exteriorização, razão pela qual ninguém deverá exercitá-la, sem que dela tenha sido revestido, conforme
(Hebreus 5;4,5) e (João 15;16).
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Eclesiástico 18;32 – Não te comprazas de ir às assembléias de grande tumulto, nem ainda às pequenas; porque
ali são freqüentes os pecados que se cometem.

Ezequiel 13;9 – Minha mão será contra os profetas que tem visões falsas e que adivinham mentiras; não estarão
no conselho do meu povo, não serão inscritos nos registros da casa de Israel, nem entrarão na terra de Israel.
Sabereis que eu sou o Senhor Deus.

Na Filosofia, está a inclinação para a sabedoria, cuja procura também é orientada pela Razão, por meio da
inteligência e do discernimento, da racionalidade, como na Teologia, os quais são características do homem.
Entretanto, a Filosofia orienta-se com mais ênfase, pela sua inclinação por Sophia e não somente pelo Logos,
conseguindo abstrair-se ligeiramente da Razão, e com isso, alguns Filósofos conseguiram alcançar significativos
fragmentos de conhecimentos essenciais, mesmo não sendo, necessariamente, a procura específica de Deus o
seu objetivo central. (Colossenses 2;8 a 11) Parece-nos oportuno, que nos lembremos de Platão e da verdade que
ele procurou, afastando-se para a sua Academia, abandonando o seu ideal de participação política e veremos que
também na atualidade, talvez mais que antes, essa verdade não se encontra nos mesmos lugares onde ele não a
encontrou. Ao contrário, talvez mais que nunca, no Planeta Terra, a verdade desapareceu e exala por todos os
cantos, um mau cheiro da mentira generalizada, infectando toda a atmosfera terrestre, causando náuseas,
espasmos e ânsias de vômito aos neo-platônicos, não havendo, porém, desta feita, espaço disponível para a
instalação de tantas Academias para o seu refúgio. Este mau cheiro, progressivamente intensificado, insuportável,
se deve à atuação, através dos tempos, das irmãs Oolá e Oolibá (Ezequiel 23;1 a 48), que agora, no seu
“amoroso” reencontro, estão acelerando o processo de decomposição do tecido social já bastante corrompido.

Os intelectuais não engajados ou envolvidos no processo de degradação geral optaram pelo conforto relativo, de
uma indiferença ou neutralidade, barganhando-o com a sua manutenção nos patamares mais convenientes da
pirâmide sócio-econômica. Assim, desde que alojados nesses andares intermediários, eles se acomodaram em
suas poltronas, embarcando nessa neutralidade ou talvez cumplicidade, uma omissão premeditada, mantendo-se
à conveniente distância dos focos de mau cheiro, limitando-se a exercitar as suas faculdades ou talentos, na
ostentação intelectual, sem objetivos mais amplos, senão os mais imediatos de perseguir títulos, honrarias e
valores pecuniários, ou apenas satisfazendo as suas vaidades pessoais. Desta forma, eles não conseguiram
perceber, que representavam a esperança derradeira da racionalidade, senão de impedir a derrocada final,
inevitável, ao menos suavizar acentuadamente os seus prelúdios, a agonia que a antecede, reduzindo a
intensidade desse mau cheiro, permitindo uma respiração mais aliviada, menos sufocante e dolorosa, como uma
providencial máscara de oxigênio, nos últimos tempos que nos aproximam do final da História desta geração.
(Apocalipse 21;1 a 8) A Razão não tem mais para onde “avançar”, (ou retroceder?) pois a idolatria está no produto
dos dedos do homem, que já se tornou o seu próprio produto de consumo, assim, ele se auto-idolatra e se auto-
devora (canibalismo) sacrificando-se voluntariamente aos seus deuses: o Orgulho; a Cobiça; a Inveja; a Cólera!

Na Theosophia está a superior Sabedoria Divina. Essa Sabedoria emana da casta Virgem Sophia que orientada e
conduzida pelo Amor (Jesus Cristo) e estabelecida através da conciliação ou reconciliação, (Espírito Santo)
concede-se à Alma através de revelações espirituais, determinando um momento de Amor Divino, extasiante,
arrebatador, que desata em deleites espirituais inefáveis e orações em línguas, através de gemidos inexprimíveis
de adoração! Desta forma, o novo nascimento, o reencontro ou a nova ligação, se concretiza então pelas
revelações espirituais e não por meio de especulações filosóficas ou filológicas e menos ainda pelos ecléticos
coquetéis teológicos, tanto aquelas como estes, unicamente racionais, oscilantes e mutáveis, conforme as
circunstâncias e os interesses da vida material ou da racionalidade. As verdades reveladas são imutáveis,
incompatíveis e irreconciliáveis com tais especulações e coquetéis, os quais são desenvolvidos, aplicados ou
utilizados no próprio interesse dessa racionalidade. Por outro lado, as revelações espirituais não são fundadas na
instrução e nem mesmo na fé racional ou nas obras do homem. A instrução é meramente racional, assim como a
fé. A fé deve ser complementada pelas boas obras. As boas obras devem ser executadas no cotidiano, sem
nenhum tipo de coerção, mas como uma satisfação pessoal e sincera de praticar o Bem, sem nenhum objetivo de
reciprocidade ou de troca. O homem não tem nada para oferecer como moeda de troca para que seja abençoado,
pois tudo é d’Ele (Jó 41;11). As revelações espirituais, ou a bênção divina, ou o novo nascimento, ou ainda, a re-
ligação com a essencialidade angélica, em síntese, a unção pelo Espírito Santo, é uma concessão que escapa à
compreensão humana, e ela pode se converter no dom da Fé Espiritual, em Conhecimentos Essenciais e em
Sabedoria, e podemos concluir, que os que foram contemplados com revelações espirituais não sabem porque
foram, mas aqueles que não foram contemplados sabem porque não foram, pois somos todos pecadores ! As
revelações espirituais são incompatíveis e não se harmonizam com as conclusões racionais das especulações
filológicas, e menos ainda com o “imbróglio” dos ecléticos coquetéis teológicos, que se adaptam sem nenhum
pudor aos costumes, superstições e tradições regionais, apenas visando à atração do maior número possível de
adeptos e de possíveis concorrentes, para o seu território de influência, domínio e exploração.
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Não nos esqueçamos, que o vocábulo Filosofia menciona “Sophia”, mas não expressa “Theo”: o termo Teologia
menciona “Theo”, mas não expressa “Sophia”; a expressão Razão não menciona “Theo” e nem “Sophia” e não
expressa nenhum dos dois. A palavra Theosophia expressa “Theo” e também expressa “Sophia” !

É oportuno lembrar o nome do matemático e físico francês Blaise Pascal (l623-1662), cujas frases transcritas
abaixo, expõem a fragilidade da Razão, quando esta tenta encontrar, através das suas faculdades racionais, o
nexo causal ou na sua linguagem, a unificação das suas teorias parciais, onde ela está encalhada há mais de um
século. Na segunda frase, encontramos a mesma Razão, que se esconde em instituições pseudo-religiosas, onde
executaram a fusão das atividades comerciais com a Teomancia, desenvolvendo uma atividade sui-generis que
podemos chamar de “mercoteomancia”, um coquetel de (mercadologia+deus+adivinhação) .

“Ardemos no desejo de encontrar uma plataforma firme e uma base última e permanente para sobre
ela edificar uma torre que se erguerá até o infinito, porém os alicerces ruem e a terra se abre até o abismo”.

“Os homens jamais fazem o mal tão completamente e com tanta alegria como quando o fazem
a partir de uma convicção teológica”. (Em lugar de “religiosa”).

As guerras religiosas, assim chamadas equivocadamente, pois deveriam ser chamadas de guerras teológicas,
ocorridas ao longo da história da Humanidade, assim como as disputas geradas pela rivalidade entre as diversas
denominações teológicas, que provocaram perseguições e assassinatos hediondos, representam um atestado que
certifica e confere plena validade a este segundo pensamento de Pascal.

Nesse amplo cenário, onde floresce em abundância o volátil e escorregadio jogo do “faz-de-conta”, podemos
inserir a questão da verdade. A verdade (verdadeira) é universal e imutável. Sendo única, invalida e exclui as
“verdades individuais”, (falsas verdades) que são apenas mentiras sutis ou simples justificativas para atenuar
comportamentos inadequados e inaceitáveis pela própria consciência, pois as leis definitivas estão impressas em
nossa mente. Por isso, sabemos perfeitamente quando estamos mentindo, ainda que sustentando teimosamente
as nossas convenientes verdades. Nós todos fazemos isso, várias vezes por dia, todos os dias, pois aí reside a
astúcia do Homo Habilis! Resta-nos então, a conscientização desta nossa tendência imanente, admitindo-a
sinceramente e adotando uma ferrenha persistência cotidiana, não para eliminá-la por completo, pois não o
conseguiremos, mas para tentar substituí-la, dando um passo atrás e outro à frente, toda vez que nos flagrarmos
mentindo. É claro que há uma enorme hierarquia de mentirosos, pois tanto o é aquele que diz “eu não matei”,
quando realmente o fez, como aquele que diz “eu não vi”, quando realmente viu, ou mesmo aquele que diz “eu
não pensei”, quando realmente pensou.Todos os três estão mentindo.

Os expoentes do mundo jurídico há muito tempo já observaram esta nossa anomalia estrutural e a registraram no
seu aforismo técnico: “Todos os litígios têm três versões: a minha, a sua e a verdadeira”. Além disso, todo o
desenvolvimento da estruturação processual pode sofrer os efeitos de possíveis interesses envolvidos, desde a
montagem dos autos em todos os seus movimentos, até o julgamento final, não sendo, portanto casual, o correto
e expresso reconhecimento da própria Justiça, da sua emblemática cegueira.

Paulo de Tarso, com toda a razão, nos lembra que somos todos pecadores, sem nenhuma exceção, sendo
justificados gratuitamente, os redimidos pela Graça de Jesus Cristo. (Romanos 3;10,23 e I Coríntios 5;9,10).
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6 - O CAMINHO PARA O TUDO

Assim como a racionalidade subjetiva, alojada nas inúmeras denominações pseudo-religiosas, se tornou uma
sonolenta e enfadonha contadora de histórias, repetindo-as exaustivamente, sem saber o que diz (I Timóteo 1;4)
(Tito;1,14) (II Pedro1;16 a 21), também a racionalidade objetiva instalada nos naturalistas, conta suas histórias
fantásticas sobre as macroestruturas do Universo, cujas histórias são as suas “verdades transitórias” ou “ilusões
temporárias”, (Eclesiástico 3;20 a 26) que lhes conferem prêmios e honrarias, poderosos e venenosos fermentos
para o ego da racionalidade. Baseadas nas suas histórias e fantasias, ambas as racionalidades, abarrotadas de
sofistas, construíram a sua “Torre de Babel”, cujos alicerces estão firmados “solidamente” sobre a areia movediça.

Observando atentamente as atuais condições da Humanidade, podemos perceber a configuração das evidências
preconizadas em (II Tessalonicenses 2;1 a 12) e também podemos considerar, já na linha do nosso horizonte, o
limiar do crepúsculo desta geração cósmica, onde iremos observar, como seus prelúdios, simultaneamente, o
desenvolvimento das profecias de (Mateus 24;1 a 51) (Marcos 13;1 a 37) (Lucas 21;5 a 36), e o progressivo
desmascaramento das racionalidades sofistas, em todo o Planeta; a objetiva aboletada nas administrações
públicas dos Países, e em muitos naturalistas, empresários, investidores (especuladores), etc., e a subjetiva
assentada em muitos humanistas, intelectuais, etc. e nas numerosas denominações teológicas (pseudo-religiosas)
espalhadas pelos confins da terra, cujos sofistas serão expostos em toda a sua nudez, (Ezequiel 23;29 a 31)
(Miquéias1;7 2;1ª3 3;1ª12 e 4;10ª15) concretizando-se a revelação do homem da iniqüidade, o filho da perdição.

Essa dupla racionalidade, cujas características os homens carregam dentro de si, são as irmãs Oolá e Oolibá,
sendo ambas, as principais colunas de sustentação da “Torre de Babel”, que juntas construíram. Elas poderão
examinar os trechos das Sagradas Escrituras, abaixo transcritos e, na seqüência, acompanhar o virtual
desmoronamento da sua “Torre de Babel”. É tempo de despertar e de avançar, mesmo sobre os seus escombros,
pois a Aurora já desponta no horizonte e talvez ainda possam contemplar a Brilhante Estrela da Manhã!

I Coríntios 1;19 – Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência dos entendidos.
20 – Onde está o sábio? Onde o escriba? Onde o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus, louca a
sabedoria do mundo? 21 – Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria
sabedoria, aprouve a Deus salvar aos que crêem, pela loucura da pregação. 26 – Irmãos, reparai pois, na vossa
vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de
nobre nascimento; 27 – Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e
escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar os fortes. 28 – E Deus escolheu as coisas humildes do
mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; 29 – A fim de que ninguém se
vanglorie na presença de Deus.

Jeremias 9;23 – Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte na sua força, nem o rico
nas suas riquezas; 24 – Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor, e
faço misericórdia, juízo e justiça na terra, porque destas coisas me agrado, diz o Senhor.

I Coríntios 4;7 – Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste,
por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?

Isaías 1;21 – Como se fez prostituta a cidade fiel! Ela que estava cheia de justiça! Nela habitava a retidão, mas
agora homicidas.23 – Os teus príncipes são rebeldes, e companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno
e corre atrás de recompensas. Não defendem o direito do órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas.
25 – Voltarei contra ti a minha mão, purificar-te-ei com potassa das tuas escórias, e tirarei de ti todo metal impuro.

Eclesiástico 18;7- O fogo acender-se-á no congresso dos pecadores, e a ira inflamar-se-á na gente incrédula. 8 –
Não obtiveram perdão dos seus pecados os antigos gigantes, que foram destruídos por confiarem na sua
fortaleza; 9 - E Deus não perdoou a cidade em que Loth morava como estrangeiro, e teve em execração os seus
habitantes por causa da sua insolência.10- Ele não teve compaixão deles, perdendo toda esta nação, que até se
elevava com vanglória nos seus pecados.12- Porque a misericórdia e a ira sempre o acompanharam. Ele é
poderoso para perdoar, e também no é para derramar a sua ira;13- Os seus castigos igualam a sua misericórdia;
ele julga o homem segundo as suas obras.14- Não escapará o pecador na sua rapina, e a paciência do que usa
de misericórdia não tardará em ser recompensada.15- Toda a ação de misericórdia fará colocar a cada um no seu
lugar, segundo o merecimento das suas obras, e segundo a prudência com que ele tiver vivido como peregrino na
terra.
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Atos 17;30- Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos
em toda parte se arrependam.

II Coríntios 10;4- Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir
fortalezas; anulando sofismas.

Os naturalistas, inquietos e exaustos, perseguem obstinadamente as suas maiores e mais complexas indagações
e olham, desnorteados, as diversas alternativas colocadas à sua frente, pela sua própria racionalidade, relativas
às leis que regem o Universo. Eis algumas das suas conjecturas sobre essas leis e sobre a origem de tudo.

“Supomos que elas são casuais e ocorrem aleatoriamente, sem nenhum objetivo e as coisas são
da forma que conhecemos porque não poderiam ser diferentes. Supomos que essas leis não existem e tudo não
passa de uma seqüência interminável de inúmeras transformações, e tudo vai se ajustando pelo maior poder de
sobrevivência ou pela seleção natural das espécies, o que, supomos, deverá ocorrer também no cosmos. Mas... e
o início de tudo? Sim, tem que haver um início, já que as coisas terminam! Mas... e antes do início? ... e assim
infinitamente. E assim, os naturalistas continuam, como sempre, dando voltas em círculos... e mergulham nos
exames e nas análises dos efeitos, que os conduzem a outros efeitos, que os conduzem a outros efeitos, “ad-
infinitum”, pois todas as coisas que estão ao seu alcance são efeitos! Haja fôlego! Ocorre, que tudo o que o
homem observa em seu pequeno mundo, tem início e tem fim e ele até já percebeu, que também esse seu mundo
teve início e, portanto, terá fim. Nada escapa a essa regra, o que torna válido o raciocínio oposto, que é
exatamente o que a racionalidade não consegue alcançar por seus próprios meios, pois ela não consegue
conceber, em função da sua arrogância, a existência do Eu Sou o Senhor, a Causa sem Causa, que não tem
início e, portanto, não tem fim!

No decorrer dos tempos, somente um valoroso expoente dos naturalistas cogitou da possível existência de uma
constante cosmológica, que se tivesse sido admitida, como Constante Cósmica, talvez o tivesse conduzido a mais
duas constantes, sendo então, integradas aos seus cálculos teóricos, alterando o seu conceito de que “Deus não
joga dados” e que essa monumental Máquina do Mundo, mesmo assim, jamais funcionaria ao mero acaso. Não se
valendo das constantes, que seguramente o levariam a outras conclusões, em sua Teoria da Relatividade Geral,
ele concluiu que a gravidade estabelece a curvatura do Espaço, causada pela massa de um corpo, ou seja, a
matéria encurva a geometria do espaço. Essa conceituação ficou inserida na Equação (E=mc2), ficando também
estabelecida a existência de massa na chamada energia do vácuo, cujo efeito gravitacional se reflete na expansão
do Universo, atuando como uma força oposta à força da matéria. Assim, os naturalistas ensinam que a matéria
retarda a expansão, podendo até retê-la ou mesmo revertê-la, enquanto, em sentido contrário, a energia do vácuo
acelera a expansão, inflacionando-a. Albert Einstein foi acossado e seduzido pela racionalidade tecnicista que,
apoiada na “infalível tecnologia”, o desviou do rumo que ele pretendia seguir, pelo qual, certamente, ele iria
inverter o seu conceito fundamental sobre o Espaço e, onde foi estabelecido que a matéria encurva a geometria
do espaço, ele teria concluído que, ao contrário, a Energia, tripartida, -- atrativa, expansiva e rotativa – que
permeia todo o Espaço, encurva a cosmometria de toda a matéria contida no Universo, estabelecendo
configurações invariavelmente arredondadas. Contudo, não há que se fazer nenhuma restrição ou quaisquer
referências negativas ou pejorativas sobre a questão, posto que, às vezes, em uns, o véu de Moisés é apenas
parcialmente retirado e os seus sentidos são embotados (II Coríntios 3;13ª18) em outros, a vaidade os ilude
entretendo os seus sentidos, (Eclesiástico 3;26), quando se atravessava ainda a longa noite, pois então, era
tênue, apenas um vislumbre, o despontar da Aurora e embora já fosse possível contemplar a Brilhante Estrela da
Manhã, ainda não brilhava intensamente o Sol. (Eclesiástico 3;22 a 26)

Considerada a inversão conceitual da relação entre Energia e Matéria, temos que reformular também os nossos
conceitos sobre a atuação das três Forças Constantes, que operam e fazem funcionar a maravilhosa Máquina do
Mundo: Força Centrípeta (Energia Atrativa), Força Centrífuga (Energia Expansiva) e Força Rotativa (Energia
Rotativa), as quais se expressam na Equação (-1 +1 +-1 = +-1) cuja equação compreende a Trindade, onde a
Energia promove a expansão, a contenção e também a configuração da Matéria, expandindo-a e retendo-a, nos
seus eternos limites. A Energia não contém massa, é só Energia que se desdobra em si mesma, tripartindo-se,
como veremos. A Matéria é que se expande gradativamente até os limites preestabelecidos, onde é contida pela
Energia, que regula a sua expansão. A Matéria é a massa que se origina do desdobramento da Energia, e se
constitui na Energia Revelada. A Força Rotativa circunscreve e configura tudo.

O Espaço é permeado inteiramente pela Energia, que é imutável em todos os sentidos, inclusive imune a
quaisquer efeitos de quaisquer outros agentes, pois ela é essencialmente ativa e nunca passiva, não havendo
como a Matéria possa encurvar a cosmometria do Espaço, (seria o mesmo que encurvar a própria Energia) e é
por isso que ocorre exatamente o contrário, como já foi dito e como veremos mais adiante, detalhadamente, onde
a Energia, tripartida, é que encurva a cosmometria da Matéria.Por outro lado, como o Espaço também é
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essencialmente curvo, (é uma esfera perfeita) nem haveria, se fosse possível, como encurvá-lo, e, além disso, a
Energia é sempre causa, e nunca efeito, como foi mencionado. Essa Energia, que sempre se mantém oculta,
apenas se contrai, atrativamente, sobre si mesma, permanente e imutavelmente e é a primeira integrante da
Aliança Indissolúvel, estabelecida na Força Centrípeta. A Equação acima mencionada caracteriza o
desdobramento da Energia nas três forças fundamentais, nas quais se apóia o funcionamento de toda a
engenhosa estruturação do Universo. A primeira é a Energia Atrativa que gera a Força Centrípeta (FCP); a
Segunda é a Energia Expansiva que gera a Força Centrífuga (FCF); e a terceira é a Energia Rotativa, que gera a
Força Rotativa Emergente (FRE). Essas Forças são as três e únicas Forças Constantes. A Energia Atrativa, que é
a maior Força, permite a expansão da Matéria que está na Energia Expansiva, a segunda integrante da Aliança
Indissolúvel, até exatamente o ponto predeterminado. Como a Energia é uma só, que se desdobra e se triparte em
três Forças distintas, ela mesma se “auto-administra” no que for suficiente ou necessário, em caráter permanente,
onde a oposição entre a Força Centrípeta atrativa e convergente, e a Força Centrífuga, expansiva, oblíqua e
divergente, gera, ou faz emergir a Energia Rotativa envolvente, a terceira integrante da Aliança Indissolúvel, que é
a terceira força; ou seja, a Força Rotativa Emergente, que surge da enorme oposição entre as outras duas forças.

A palavra Substância significa: “Aquilo que está por baixo” e constitui a base de todas as propriedades e
qualidades, não só materiais, mas também espirituais. “Aquilo que subsiste por si, sem dependência de quaisquer
outros elementos acidentais. Realidade, virtude ou propriedade real. Resumo essencial. O que há de melhor, de
excelente, de principal, de essencial; síntese”. (Novo Dicionário Brasileiro Melhoramentos – 5ª Edição) Podemos
dizer então, que o Universo se constitui numa esfera perfeita, que abriga o Espaço, e este é permeado totalmente
pela indetectável Energia Substancial, que gera de si mesma, as três Forças fundamentais, que manifestam e
fazem funcionar a maravilhosa Máquina do Mundo! O Universo é o nosso Espaço único, onde o Tudo se contém,
como a Substância indetectável ou a Energia não revelada que permeia tudo, que preenche tudo, e tudo está nela
e ela está em tudo. (Salmos 145;9) Ela está no que se revela ou na Luz e no que não se revela ou nas Trevas
insondáveis. Assim, não faz nenhum sentido, a especulação sobre o Universo, quanto ao finito ou infinito, pois ele
é o próprio Tudo, onde não há o “vazio”, o “fora”, o “nada” e onde também se desfaz o conceito racional de
dimensão, que assim como o tempo, somente se relaciona à parte da geração cósmica, que deriva ou se origina
da Energia Revelada e se estabelece exclusivamente no Terceiro Princípio ou na extra-geração. O Tudo apenas É
(Eu Sou o Senhor) e Ele é perfeito. Ora, tanto o finito como o infinito são características ou atributos da
imperfeição. O finito tem um início e um fim, e o infinito tem um início e não tem fim. Deus não é finito nem infinito,
pois Ele não tem início e não tem fim. Ele É o Tudo e nada há fora d’Ele, nem o início, pois o início pressupõe a
não existência antes dele e, neste caso, Deus teria que ter uma origem, o que é um absurdo! Não há também
como mesclar a Substância que permeia inteiramente o Espaço, nem como confundi-la ou compará-la ao que quer
que seja. Ela é a Energia. Nada a afeta; nada a altera; nada se lhe pode tirar e nada se lhe pode acrescentar; não
foi criada e nem pode ser destruída ou modificada. Nenhum outro elemento pode se mesclar ou exercer qualquer
efeito sobre ela. É uma agente inapelavelmente ativa, gerando efeitos como e quando desejar, extremamente
intensos ou suaves também ao extremo, e nunca os recebendo de nada e de ninguém. Ela é imutavelmente
atrativa e convergente em si e para si mesma. Não há, rigorosamente nada que se possa fazer com ela, pois Ela é
que faz, sendo essencialmente ativa. É indivisível, imutável em todos os sentidos e indetectável. Somente
podemos imaginá-la ou eventualmente, até percebê-la, por concessão. Nada mais.

A Força Centrípeta e a Força Centrífuga, são forças opostas, sendo a primeira atrativa e convergente e a
segunda, expansiva, oblíqua e divergente, cuja oposição, levada a mais extrema intensidade, gera, produz ou faz
emergir a rotação, que se constitui na Energia Rotativa ou na Força Rotativa Emergente, que mantém o rodopio
de toda a estruturação do conteúdo corpóreo apreensível ou não, existente no Espaço. Como se pode notar,
essas Três Forças são uma só Força, que se desdobra e se triparte, produzindo-se em si mesma, de si mesma,
para si mesma, e constituindo a Eterna e Indissolúvel Aliança Tríplice. A Energia, não contém massa, não é
matéria, mas a esta deve ser associada em todas e quaisquer das suas manifestações, que se revelam através da
matéria, sejam elas identificáveis ou não, cuja matéria se constitui das essências amalgamadas no “ovo cósmico”,
as quais são unificadas, consolidadas e configuradas na corporalidade da estruturação contida no Espaço. A
Energia Expansiva proporciona essa revelação através da matéria, e é a confirmação da Energia Atrativa, que não
se revela. A Energia Rotativa Emergente unifica e concilia as outras duas forças opostas, consolidando,
modelando e configurando todas as corporalidades, tangíveis ou intangíveis, numa variedade criativa que escapa
à nossa capacidade de imaginação. A Energia Atrativa não se mistura com nada, mas ela está em tudo e tudo
está nela. (Salmos 139;12 e 145;9) (Eclesiástico 43;29) (Hebreus 11;3)

A Matéria é a massa, que se reflete na corporalidade tangível e ou intangível, detectável ou não, e que então,
ainda como o amálgama do “ovo cósmico”, antes do início dos tempos, não configurada, oscilante na imensidão e
nas profundezas das Trevas insondáveis, submetida à Vontade, propriedade imanente da Energia Atrativa, que
não se revela, mas que deseja revelar-se, e essa Vontade contempla-se na Sabedoria e, intensamente atraída,
dirige-se para algum ponto central da Energia Atrativa, onde ela é apreendida e se estabelece no Coração.
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A Vontade se fortalece ao extremo gerando intenso Calor, cujo ápice provoca o Relâmpago do Fogo, o qual liberta
das Trevas a Vontade, que fecunda a Virgem Sophia, emitindo o poderoso Som Primordial, liberando a intensa e
rotativa emanação e expansão do Ar, quando então, os Sete Espíritos da Energia sintetizam a Essência das
Essências, o Vapor da Virtude de Deus, que assim, concretiza o Fundamento, a Pedra Angular, a base de todo o
Firmamento, que se estabelece e se revela, na Sua única e esplendorosa manifestação direta!

Glória a Deus! Louvado Seja o Altíssimo!


Nasceu a Luz !!!

(João 6;48 / 8;12 / 10;9 / 10;11 / 11;25 / 14;6 / 15;1 / Apocalipse 22;13 / 22;16)
Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário, terá a luz da vida. Eu sou o
caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim,
será salvo, entrará e sairá e achará pastagem. Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que
morra, viverá. Eu sou o pão da vida. Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Eu sou o bom pastor. O
bom pastor dá a vida pelas ovelhas. Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, o princípio e o fim.
Eu sou a raiz e a geração de Davi, a brilhante estrela da manhã.

Isaías 42;1 – Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus
sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios. 5 – Assim diz Deus, o Senhor, que criou os
céus e os estendeu, formou a terra, e a tudo quanto produz; que dá fôlego de vida ao povo que nela está, e o
espírito aos que andam nela. 6 – Eu, o Senhor, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te
farei mediador da aliança com o povo, e Luz para os gentios; 7 – Para abrires os olhos aos cegos, para tirares da
prisão o cativo e do cárcere os que jazem em trevas. 8 – Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória,
pois, não a darei a outrem, nem a minha honra às imagens de escultura. 9 – Eis que as primeiras predições já se
cumpriram e novas coisas eu vos anuncio; e, antes que sucedam eu vo-las farei ouvir.

João 1;1 – No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 3 – Todas as coisas foram
feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. 4 – A vida estava nele, e a vida era a Luz dos
homens. 5 – A Luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. 9 – A saber: a verdadeira Luz
que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem.

Este é o momento maior, o ápice da glória da inspiração Divina! O Princípio, a Raiz, o Fundamento, a Pedra
Angular, a fonte de toda a manifestação do Pai, o Primeiro Princípio, que se revela no seu Filho amado, o
Segundo Princípio, ou a Verdade que se revela! (João 1;18) Eis a Singularidade Essencial, que na estruturação de
toda a corporalidade Universal, apreensível ou não, se traduz na Energia Expansiva ou Força Centrífuga, a
segunda Força constante.
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A Força Centrípeta, o Pai, a primeira constante cósmica, mantém o seu abraço eterno de 360º sobre o Filho
Amado, a Força Centrífuga, a segunda constante cósmica, cujo frenético rodopio centrífugo provoca a intensa
emanação rotativa e horizontal, o Espírito Santo, a Força Rotativa, a terceira constante cósmica, cuja conjugação
dessas três forças provoca o relâmpago do fogo e o poderoso som primordial (Apocalipse 4;5 e posteriormente,
como que por meio de “espirros sussurrantes” , (Jó 41;18 a 22) o poderoso e resplandecente núcleo de Luz ejeta
e dispõe ao redor de Si, vinte e oito Núcleos esféricos em seus respectivos círculos, Apocalipse 5;8) projetando-os
simetricamente, como num magnífico espetáculo pirotécnico de proporções gigantescas, elevando-se dessa
forma, obliquamente e centrifugados, os vinte e oito Núcleos esféricos em seus círculos, cujos Núcleos ficam
alinhados mantendo uma eqüidistância um do outro, em torno do poderoso núcleo central, o primeiro e o mais
deslumbrante Núcleo de Luz, dos quais apenas vinte e quatro Núcleos deverão propagar suas Legiões Angélicas,
nos limites dos seus respectivos círculos, (Apocalipse 4;4) cujas Legiões girarão em torno dos seus respectivos
Núcleos, dentro dos círculos, sendo que todos os Núcleos giram em torno do Núcleo Central, executando em
cadeia, um vastíssimo processo de expansão da substancialidade essencial (João 17;18), que passa a
conglomerar-se, a consolidar-se e a configurar-se, numa inimaginável diversidade, estabelecendo toda a
corporalidade manifestada. (Apocalipse 7;9,13,14) Temos ainda mais quatro Núcleos esféricos, os mais interiores,
(Gênesis 3;24) e (Apocalipse 4;6) que não se propagam e que guarnecem o átrio do Santo dos Santos; temos
onze mais interiores com suas Legiões Angélicas e doze mais exteriores também com suas Legiões Angélicas,
perfazendo vinte e sete núcleos que constituem o Segundo Princípio; e temos finalmente, apenas Um núcleo,
também na região mais interior, com suas Legiões Mistas e mais densas, que formam o Terceiro Princípio, cujo
núcleo principal propaga ao seu redor doze núcleos (Apocalipse 21;12,13,14), os quais propagam mais doze mil
núcleos ao redor de cada um deles, totalizando cento e quarenta e quatro mil Núcleos (Apocalipse 7;1 a 8), que
por sua vez, propagam outras incontáveis corporalidades ou Legiões (Apocalipse 7;9). Todos os Núcleos guardam
a mesma proporção material em relação às respectivas corporalidades expandidas nos limites das suas
circunscrições.

As ejeções, ou os “espirros sussurrantes”, projetaram os Núcleos esféricos do interior para o exterior, cada um por
sua vez, os quais deverão reproduzir e propagar, apenas nos limites dos seus respectivos círculos, outros
incontáveis Núcleos com suas também incontáveis Legiões. Contudo, em apenas uma das doze ejeções dos
Núcleos mais interiores, na interação das essências, houve um inoportuno, malicioso e insubordinado propósito de
extrapolar o esplendor e os limites da configuração do Núcleo desse círculo, e então ele foi, digamos assim,
“abortado”, pois ele deveria ser semelhante aos outros onze Núcleos interiores e não semelhante ao singular e
absolutamente diferenciado Coração do Pai. (João 17;12) (Judas 1;6)

Esse propósito de extrapolar os limites da sua natureza, do seu esplendor e configuração, do Núcleo esférico de
um dos doze círculos interiores provocou a contaminação de toda a sua essencialidade e de toda a enorme
Legião que esse Núcleo originou, razão pela qual, o Núcleo e toda a sua Legião foi inteiramente isolada, para que
fosse submetida a um processo de recuperação, regeneração ou purificação, surgindo então, o que chamamos de
uma extra-geração, onde se inclui o nosso mundo, o Sistema Solar. Assim, toda a imensa corporalidade (ou
legiões) desse Núcleo, (Atos 1;18) nesse círculo, teve que ser engendrada novamente e nela foi reintroduzida a
essencialidade angélica, ou seja, a Luz, para que se produzisse, progressivamente, numa longa, imensa e
complexa cadeia evolutiva, todo esse processo de regeneração ou purificação dessa corporalidade mista e a sua
posterior reintegração à sua origem. Para que isso fosse possível, o próprio Filho foi “crucificado” e posteriormente
“ressuscitado” (recomposto), sendo então suas essências angelicais puras, sintetizadas na Luz, reintroduzidas
nessa corporalidade contaminada, que foi reengendrada, dando origem à extra-geração, com a qual, entretanto,
não se mescla, mas age, reassumindo imediatamente o núcleo desse círculo (Atos 1;15 a 26) e ali permanecendo
como um poderoso Agente Regenerador ou purificador, que persistirá nessa ação até o tempo da consumação,
completando a sua missão, de purificar, ou resgatar aqueles que lhe foram entregues pelo Pai. (João 17;1 a 26)

Os vinte e oito núcleos esféricos, nos seus círculos respectivos, centrifugados e projetados obliquamente pela
Força Centrípeta e pela Força Centrífuga, são dispostos numa justaposição ou contigüidade simétrica e perfeita,
como perfeito, harmonioso e deslumbrante é todo o grandioso conjunto da maravilhosa Máquina do Mundo, cujos
Núcleos são diferenciados, a dois e dois (Eclesiástico 16;26 e 42;25), reposto inclusive o Núcleo do círculo relativo
à extra geração (Atos 1;15 a 26), cujos Núcleos resplandecem intensamente, postados em sete rodas, todas elas
imbricadas, compondo assim, o maravilhoso Arco-Íris (Ezequiel 1;28), o Arco do Altíssimo, girando todos sobre o
mesmo eixo central, portanto, no mesmo sentido e na mesma velocidade, que se reflete na translação, podendo
ocorrer, entretanto, engendrações específicas, como exceções diferenciadas nos movimentos de rotação, com
velocidades também específicas, mas permanentes ou constantes, ao redor da Singularidade Essencial, o Núcleo
Central do Universo. A conjugação de uma poderosa força de atração convergente, com outra poderosa força de
expansão, centrifugada, obliqua e divergente, com os respectivos centros coincidentes, produz, constrói ou faz
emergir, uma terceira e também poderosa força rotativa envolvente, que unificará, num só bloco (monobloco)
consolidará, modelará, e corporificará as nascentes estruturas. Trata-se da Força Rotativa Emergente, que é a
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Terceira Força Constante. A conjugação perfeita e harmoniosa entre as três forças manterá todos os corpos da
estruturação, desde o início da sua formação, até todo o tempo que durarem (somente o Terceiro Princípio tem
início e fim), portanto, incluindo todas as suas transformações, quaisquer que sejam, inescapavelmente
circunscritos, num posicionamento fixo, girando em suas respectivas, pré-determinadas e diferentes órbitas ou
posições, todos num mesmo sentido, na translação, ressalvadas as exceções, na rotação, e em velocidades
absolutamente permanentes (na translação e na rotação), orbitando em torno de um eixo central comum na
translação, e estão dispostos simetricamente em ‘raios’ fixos, definidos e eqüidistantes, constituindo um único
bloco, ou um monobloco. (Ezequiel 1;1ª28) (Salmos 148;6) e (Eclesiástico 16;26 a 28)

Toda a estruturação corpórea, tangível ou não, apreensível ou não, contida no Espaço, está representada, em
síntese, no que chamamos de Matéria. A sua fonte está na Singularidade Essencial, o Coração do Universo, a
primeira e única manifestação direta e a intermediária de toda a manifestação Divina, como um vapor da
Sabedoria Divina, (Sabedoria 7;25 a 27) ou a síntese das essências Divinas. A Singularidade Essencial e o
conjunto de vinte e oito Núcleos dispostos nos seus respectivos círculos, ou seja, o Segundo Princípio e o Terceiro
Princípio representam toda a manifestação Divina, numa infinidade de configurações apreensíveis ou não, que
concretizam e consolidam o estabelecimento da vida, no seu sentido mais amplo e mais profundo (Colossenses
2.9). Doze desses Núcleos estão mais no interior, e doze mais no exterior, eqüidistantes entre si, como que se
“abraçando” em torno da gigantesca e poderosa Singularidade Essencial, o Coração do Universo, (João 1;18).
Nos quatro círculos mais próximos do Núcleo Central, estão os Núcleos que são os Quatro Anjos (Apocalipse 7;1)
ou os poderosos Querubins, que guardam o átrio mais interior do Santo dos Santos, onde está o Anjo que subia
do nascente do sol, tendo o selo do Deus Vivo. (Apocalipse 7;2) Note-se, que os vinte e quatro círculos, com
exceção do singular Núcleo de LUZ, estão, digamos assim, na “boca” de vinte e quatro Cones, cujos vértices
estão imbricados e voltados para o exterior da gigantesca esfera, que “abraça” todo o magnífico conjunto. (Jó 41;
10 a 34) As vinte e quatro esferas, ou os Núcleos dos vinte e quatro círculos alinhados entre si e girando em torno
do primoroso Núcleo de LUZ, a Singularidade Essencial, todos no seu intenso rodopio centrífugo, estabelecidos
no centro dos seus respectivos cones, esclarecem e elucidam em definitivo, a conjectura formulada pelo topólogo
francês Henry Poincaré, no início do século XX, a qual sugere que todas as formas da geometria podem ser
reduzidas a esferas e roscas. Assim é, de fato, apenas com a correção e a complementação: “Todas as formas da
cosmometria tem suas origens na Energia, são manifestadas pela Luz, através de esferas e roscas e também por
intermédio destas, mediante uma inversão translativa, todas elas retornarão à sua origem: a Energia”, cujo retorno
ocorrerá precedido de singular evento, inequivocamente definido em (Josué 10;12 a 14). A plenitude da vida, no
seu sentido mais amplo e profundo, é manifestada através da Luz e pela expiração (assopro) Divina, sendo
recolhida pela aspiração Divina. Os seres animados do Terceiro Princípio, a recebem pela aspiração e a devolvem
pela expiração. (Salmos 18;11 a 16 – 102;26 e 104;2) (Hebreus 1;12) (Sabedoria 15;11). Podemos estabelecer
que está na Força, a Vontade que fecunda a Virgem Sophia e pronuncia a Palavra (Fiat), manifestando-se ou
revelando-se na Luz que se expande na Exalação da Vida! Ou que, toda a manifestação do Pai se processa por
intermédio do Filho, através de poderosas ejeções centrifugadas e oblíquas, consolidadas pelo Espírito Santo.

A engendração Universal se processa com essências vivas e inteligentes, como estruturas inseridas numa
evolução hierárquica, bem definida, com potencialidades e dons diferenciados, porém, como membros de um só
corpo (o monobloco), nem todas elas perceptíveis e ao alcance da racionalidade, as quais se interagem contínua
e ininterruptamente, no eterno fluxo de formações e transformações e, assim como ocorre no processo de
purificação do ouro e da prata, também neste processo de purificação, restarão as escórias, as quais,
evidentemente, não serão reintegradas à essencialidade pura, mas descartadas, mediante a dissolução no
tormento da poderosa força adstringente. (Isaías 1;25,28) A estruturação corpórea, tangível ou intangível, ou toda
a manifestação Divina, contida no Universo, está circunscrita, como um só bloco, (monobloco), pela ação conjunta
das três forças fundamentais, que fazem funcionar, com a mais absoluta precisão, a maravilhosa “Máquina do
Mundo”, a saber: Força Centrípeta, que é atrativa e convergente, voltando-se para si mesma, para o seu próprio
centro, que pode ser em qualquer lugar de si própria e abraçando em 360° todo o Universo, que é também ela
mesma. Força Centrífuga, que é expansiva, oblíqua, centrifugada e divergente, exatamente oposta à Força
Centrípeta da qual se origina, ambas com os seus focos centrais coincidentes, porém, no sentido oposto, ou
inversamente proporcional. Força Rotativa Emergente que é produzida, construída ou emergente da atuação das
outras duas forças, as quais ela envolve e concilia. Esta força é rotativa e é a que modela, ou estabelece todas as
configurações e mantém a translação de todos os corpos celestes, mantendo-os coesos nos limites da sua
expansão, limitando-os e unificando o imenso monobloco. As três Forças estão uma dentro da outra e são,
realmente, uma única Força, que se desdobra e se triparte, gerando inicialmente a segunda Força, e ambas, em
conjunto, geram a terceira Força, estabelecendo uma sincronização perfeita entre a atração convergente, a
expansão oblíqua e divergente, ambas harmonizadas e unificadas pela rotação envolvente, onde todos os corpos
celestes giram em torno de um só eixo central, no mesmo sentido (translação), com exceções diferenciadas
(rotação), em velocidades permanentes e posições diferentes.
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Toda essa corporalidade funciona circunscrita e fixa, sob o poder das três forças fundamentais, como um só bloco,
ou um “monobloco”, a maravilhosa e Divina Rosa Celestial, onde todos os corpos celestes estão “presos” uns aos
outros, girando em órbitas fixas, mas diferentes, todos em permanente velocidade, girando todos também sobre os
seus próprios eixos individuais, submetidos todos eles às três poderosas Forças, das quais não tem como escapar
e nem como se deslocar, além das suas órbitas, que lhes foram determinadas. Eles estão irreversível e
inescapavelmente circunscritos, com os seus percursos prévia e imutavelmente traçados. (Salmos 146;6) A Força
Atrativa convergente, a Força Expansiva divergente e a Força Rotativa envolvente, são as três Forças
fundamentais, constantes, únicas, na estruturação de todo o conteúdo corpóreo, tangível, intangível, apreensível e
inapreensível do Espaço Substancial e, como conseqüência da disposição e da relação harmoniosa e perfeita
entre essas três poderosas Forças, surge a equação da perfeição, (-1 +1 +-1 = +-1) onde o UNO é o Menos, o
Mais e a Conciliação ou Harmonização de Ambos !

Atos 13;41 – Vede, ó desprezadores, maravilhai-vos e desvanecei, porque eu realizo, em vossos dias, obra tal que
não crereis se alguém vo-la contar.

As três Constantes Cósmicas, num impecável e harmonioso entrosamento, estabelecem, configuram e fazem
funcionar a maravilhosa Máquina do Mundo, envolvida pelo Arco Iris do Senhor, onde a energia de valor negativo
infinito (Força Centrípeta), a energia de valor positivo infinito (Força Centrífuga), e a energia de valor neutro infinito
(Força Rotativa), consolidam as imutáveis Leis Universais, determinando o giro simétrico e preciso do magnífico
e deslumbrante Carrossel Cósmico!!!

Energia Atrativa / Energia Expansiva / Energia Rotativa ou


Força Atrativa Convergente / Força Expansiva Divergente / Força Rotativa Envolvente ou
Força Centrípeta / Força Centrífuga / Força Rotativa

( -1 +1 +-1 = +-1 )
(- DEUS + DEUS + - DEUS = +- DEUS )

O Não Fundamento Gera, Circunscreve e Configura o Fundamento

Ezequiel 1;15 a 28 - Apocalipse 4;1 a 11 - Jó 41;10 a 34 - Eclesiástico 42;24 a 26 e 43;12,13


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Jeremias 31;35- Assim diz o Senhor, que dá o sol para a luz do dia, e as leis fixas, a lua e as estrelas para a luz da
noite, que agita o mar e faz bramir as suas ondas; o Senhor dos Exércitos é o seu nome. 36- Se falharem estas
leis fixas diante de mim, diz o Senhor, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim
para sempre. (Salmos 146;6) (Salmos 148;6) Jeremias 33;20- Assim diz o Senhor: Se puderdes invalidar a minha
aliança com o dia e a minha aliança com a noite, de tal modo que não haja nem dia nem noite a seu tempo, 21 -
Poder-se-á também invalidar a minha aliança com Davi, meu servo, para que não tenha filho que reine no seu
trono; como também com os levitas sacerdotes, meus ministros. Isaías 45;12- Eu fiz a terra, e criei nela o homem;
as minhas mãos estenderam os céus, e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens.

Salmos 148; 1 – Louvai ao Senhor do alto dos céus, louvai-o nas alturas. 2 – Louvai-o todos os seus anjos; louvai-
o todas as suas legiões celestes. 3 – Louvai-o, sol e lua; louvai-o todas as estrelas luzentes. 4 – Louvai-o, céus
dos céus, e as águas que estão acima do firmamento. 5 – Louvem o nome do Senhor, pois mandou ele, e foram
criados. 6 – E os estabeleceu para todo o sempre: fixou-lhes uma ordem que não passará. 7 – Louvai ao Senhor
da terra, monstros marinhos e abismos todos; 8 – Fogo e saraiva, neve e vapor, e ventos procelosos que lhe
executam a palavra; 9 – Montes e todos os outeiros, árvores frutíferas e todos os cedros; 10 – Feras e gados,
répteis e voláteis: 11 – Reis da terra e todos os povos, príncipes e todos os juízes da terra; 12 – Rapazes e
donzelas, velhos e crianças. 13 – Louvem o nome do Senhor, porque só o seu nome é excelso: a sua majestade é
acima da terra e do céu. 14 – Ele exalta o poder do seu povo, o louvor de todos os seus santos, dos filhos de
Israel, povo que lhe é chegado. Aleluia!

Provérbios 9;1-A sabedoria edificou a sua casa, lavrou as suas sete colunas.2–Carneou os seus animais, misturou
o seu vinho, e arrumou a sua mesa. 3-Já deu ordem às suas criadas, e assim convida desde as alturas da cidade:
4-Quem é simples, volte-se para aqui, aos faltos de senso diz: 5-Vinde, comei do meu pão, e bebei do vinho que
misturei. 6-Deixai os insensatos, e vivei; andai pelo caminho do entendimento. 8-Não repreendas o escarnecedor,
para que te não aborreça; repreende o sábio, e ele te amará. 9 –Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio
ainda; ensina ao justo, e ele crescerá em prudência.10- O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o
conhecimento do Santo é prudência.

Todo o maravilhoso conjunto gira sob o mesmo e único eixo, unificadamente, sob o efeito de uma força de atração
convergente, de uma força expansiva oblíqua centrifugada divergente e de uma força rotativa envolvente, que
emerge das duas outras forças, onde apenas o posicionamento dos corpos se mantém estável, em função do que
as diferenças rotacionais entre os corpos são também uniformes e constantes, girando todo o enorme conjunto,
simetricamente, em velocidades individuais permanentes, mas em órbitas diferentes, descritas em volta do eixo
central que lhes é comum, girando também individualmente, os corpos celestes, sobre si mesmos ou sobre o
próprio eixo individual, num sincronismo perfeito, tudo num só bloco, como a maravilhosa Máquina do Mundo. O
Pai arquitetou, de Si mesmo, a Máquina do Mundo; o Filho a construiu; Ambos a sustentam e a circunscrevem por
forças opostas; o Espírito Santo a unificou, modelou, consolidou e a pilota, num rodopio perfeito e permanente,
que arredondou todas as suas formações estruturais. A ampla coesão que harmoniza, que estabelece o
sincronismo e que circunscreve a rotação do enorme conjunto, está na Força Centrípeta, que equilibra e neutraliza
a Força Centrífuga, esta última, emanada do eixo central. Essas duas forças se combatem ou se confrontam e
acarretam, como uma conseqüência, a Força Rotativa. Logo, a chamada atração gravitacional é conseqüência da
atuação das três forças. O combate ou confronto da força de contração, atrativa e convergente (Centrípeta), com a
força de expansão, oblíqua, divergente e centrifugada (Centrífuga), gera a força envolvente de Rotação. O
conjunto é que gera a atração gravitacional entre todos os corpos posto que a atração convergente gera a
expansão divergente; ambas geram a rotação, que estabelece, consolida, circunscreve e fixa a atração.

Como a Razão já deve ter percebido, pelo enunciado do parágrafo anterior, mais uma coluna da sua “Torre de
Babel” se desmorona, pois não são os corpos celestes que promovem a atração entre eles, mas sim a atuação
das três Forças conjugadas é que estabelece a atração individual de cada corpo celeste, exatamente nas
proporções compatíveis com a massa também individual (peso) de cada corpo, circunscrevendo-o sob pressão
inversa e proporcional, onde foi alocado e, conseqüentemente, criando o “campo de força” ao seu redor, ou seja, a
gravidade. Como certamente também ficou bem esclarecido, temos então as três constantes cósmicas, que fazem
o monobloco ou a maravilhosa Máquina do Mundo funcionar como um relógio de altíssima precisão e caracteriza,
para o desespero da racionalidade arrogante, o seu determinismo absoluto e irrevogável. (Jeremias 31;35,36 e
Jeremias 33;20,21,25,26) (Jó 23;13) Além disso, a chave que os naturalistas procuram no auge do desespero,
está no fato de que essa Energia tripartida, tem em si mesma, a atração, a expansão e a rotação, cujas qualidades
estão no Macro e no Micro, as quais se desdobram em si mesmas, em todos e quaisquer desdobramentos das
partículas e, quando isso não for mais possível, restará a própria Energia Atrativa, indetectável, nas suas três
versões, a mesma “Energia Escura” dos naturalistas, ou o Tijolo Fundamental, permeando todo o Universo, onde
ocorre a sincronização produzida pela rotação da Energia sem matéria, refletida na troca de forças com a Matéria
energizada. Podemos entender, que aí estão o negativo, o positivo, e o neutro que concilia os outros dois, todos
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sempre presentes na Energia. A Energia tripartida na atração, expansão e rotação, está no Macro e no Micro, em
tudo, e tudo está n’Ela, pois Ela é o próprio Tudo, cuja Energia não permite a inércia em nenhuma circunstância. O
conjunto universal, harmonioso e perfeito, certifica as palavras de Hermes Trismegisto (Tábua das Esmeraldas),
cujas palavras podemos ampliar: (Vide Eclesiástico 17;7,8)
“O que está ao norte é como o que está ao sul, e o que está à leste é como o que está à oeste;
o que está à nordeste é como o que está à noroeste, e o que está à sudeste é como o que está à sudoeste;
o que está por toda parte, é como o que está pela parte toda, pois Tudo é uma absoluta Unidade,
que manifesta as suas maravilhas e os seus prodígios para a contemplação dos homens”.
Convém mencionar novamente o cientista francês, o marquês de Laplace, que no início do século XIX formulou a
Doutrina do Determinismo Científico, fundamentada na existência de leis similares que governam tudo, inclusive o
comportamento humano. Pois, eis que o “quebra-cabeças” dos Naturalistas é agora solucionado. Como devemos
nos lembrar, em contraposição à Laplace, temos a Teoria do cientista alemão Werner Heisenberg, relacionada à
impossibilidade de se equacionar a posição com a velocidade das partículas, conhecida como Princípio da
Incerteza, e também a Teoria do cientista austríaco Wolfgang Pauli, que baseando-se nessa “incerteza”, observou
que duas partículas semelhantes não podem existir no mesmo estado, formulando então o Princípio da Exclusão,
sem o qual os átomos entrariam em colapso, mesclando-se numa “pasta homogênea e densa”.Em função das
suas próprias limitações, a Ciência optou pela prevalência dos Princípios da Incerteza e da Exclusão, pois, aquele
conceito de Laplace é mais intuitivo e escapa dos limites reducionistas do seu ícone preferido, o “ver para crer”, o
que impossibilitou a compreensão científica, de perceber que a “incerteza” e a “exclusão” são características
intrínsecas, que estão introduzidas essencialmente no determinismo permanente das Leis da atração, da
expansão e da rotação, que jamais permitem o repouso absoluto do que quer que seja: de um grão de areia ou do
sol e das galáxias. Laplace está certo, pois essas Leis são eternas, assim como o Universo também é eterno, sem
configuração inicial, é estático, sem limites, sem início e sem fim. O Universo é tudo e tudo está dentro dele.

A Ciência, finalmente pode perceber, que a “incerteza” e a “exclusão”, figuras da sua concepção e apenas partes
do seu enorme “quebra-cabeças”, podem agora ser compreendidas e transformadas em “certeza” e “inclusão”.
Mas, os cientistas não devem se inflamar em demasia, pois foi uma exacerbada inflamação, a responsável pela
ocorrência de todos os problemas e conflitos da Humanidade. É necessário saber o que fazer do conhecimento.
Podemos acrescentar também, que esta “Máquina do Mundo”, viva, e cheia de vida em todas as suas
manifestações, algumas apenas do nosso conhecimento, pulsa vibrantemente, exalando um suave sussurro,
quase imperceptível, agradável, constante e uniforme, que se espalha por todos os lugares, em todas as direções,
sem incomodar ninguém. Esse sussurro se origina do seu próprio e normal funcionamento e é conhecido dos
naturalistas. Mas haverá um único dia em que não o perceberão. Será o dia imediatamente anterior à Suprema
Aurora Nascente e ao Supremo Brilho do Sol! Observem-no sempre, orando e louvando o Senhor. Poderão
perceber ainda, observando atentamente a cosmografia do Universo, porque os fótons correspondentes à luz
ultravioleta têm mais energia do que os fótons relativos às luzes das demais cores e porque somente eles podem
deslocar elétrons de uma placa metálica!

A Força Centrípeta permeia tudo no Universo, desde uma penugem (mais leve que uma pluma) que flutua no ar,
diante do nariz empinado da Razão, até toda a corporalidade tangível e intangível, existente no Universo. Ela está
contraída numa atração convergente suave no seu sentido mais extremo e não molesta essa penugem que flutua
tranqüilamente. Simultaneamente, ela também está contraída, tão poderosamente atrativa, no seu sentido mais
extremo, de forma a reter e sustentar, num grande e poderoso abraço, toda essa corporalidade universal, podendo
fazer com ela, o que o homem pode fazer com uma casca de amendoim entre os seus dedos, o que lhe faculta
diferenciar o curso de quaisquer corpos celestes, individualizando-os e imprimindo características próprias à sua
órbita e á sua rotação, seja quanto ao seu plano (inclinação), quanto ao seu sentido (direção) ou quanto à sua
intensidade (velocidade). Essa estruturação corpórea, como já se viu, funciona como um só bloco, fixo pelo
encadeamento das três forças e girante pelo entrosamento entre elas, cujo “monobloco” pode deslocar partes
isoladas ou conjuntas em quaisquer direções, sob a ação da atração, centrifugação e rotação, sem que se
perceba por antecipação, por exemplo, até mesmo uma inversão dos pólos terrestres, senão quando explodirem
os seus efeitos, desaparecendo os montes sob as águas e surgindo terra onde antes estavam as águas. A Razão
ainda não percebeu que essa é uma Força Viva, que se auto-administra como bem entender, abraçando tudo, e a
si mesma, porque ela é o Tudo. Assim, ela em si mesma, concentra-se ou desconcentra-se na sua força atrativa,
em todas as direções, ativando ou desativando pequenos ou grandes núcleos de força isolados, ou em conjunto,
com a finalidade que desejar, intensificando-se ou reduzindo-se a extremos, em qualquer parte, isolada ou
conjuntamente com outras partes, onde, como e quando quiser, pois tudo está dentro dela mesma. Essa Força,
que a Razão não consegue perceber, É o nosso Deus Todo-Poderoso, que movimenta o monobloco da Máquina
do Mundo, como se ele fosse um lindo e engenhoso carrossel, ou apenas um enorme “Jardim de Maravilhas”, que
está em suas mãos (d’ELE, não nas suas), girando-o continuamente e conferindo ao Terceiro Princípio, os ciclos
de formação e transformação, traduzidos nas gerações cósmicas que se sucedem infinitamente, sem que a
Razão, na sua arrogância, compreenda a sua própria evolução. Ao contrário, ela estará sempre absorvida nos
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seus conhecimentos racionais, desenvolvidos com objetivos focalizados nas “qualidades” que são as
características fundamentais do homem: o orgulho, a cobiça, a inveja e a cólera. Esses conhecimentos não são
acompanhados pela sabedoria, e os eventuais benefícios que possam produzir, serão quase que invariavelmente,
suplantados pelo mau uso, que deles certamente se fará, pois eles serão aplicados nos mesmos fundamentos que
lhes deram origem, estabelecendo um círculo vicioso que se transfere de geração em geração, corrompendo
progressivamente as estruturas da sociedade humana.

Optando por seguir na contramão do caminho do bom senso, a Humanidade se recusou a observar e a adotar os
ensinamentos transmitidos por meio dos profetas bíblicos e não se dedicou a trabalhar no seu aprimoramento
ético e moral; ao contrário, intensificou progressivamente, o agravamento da sua condição inicial, a herança
transmitida pelas sucessivas gerações. Os resultados aí estão, exibindo-se na “torre de babel”, no caos em que
ela se encontra mergulhada. Ao mesmo tempo em que a Natureza se manifesta, com maior freqüência, com mais
intensidade e poder de destruição, levando o pânico a várias regiões da terra, como um prenúncio do que está por
vir, também se concretiza e se completa a profanação do santuário do Senhor, com o advento dos métodos
artificiais de concepção humana, já de uso corrente. A exposição dos arcanos da iniqüidade, por sua vez, já
acelerou o seu processo de afloramento e veremos sua rápida expansão, como “pipocas na panela”, explodindo
por todos os lados do planeta, e todos, contemplaremos as vergonhas na nudez de Oolá e Oolibá! Essa exposição
do iníquo, ostensiva, aguda, bem evidente e inequívoca, para todos, provocará a ruptura da fronteira entre a
ordem já agonizante e o caos, desatando a apostasia latente, liberando os instintos primitivos, provocando uma
intensa exacerbação das forças malignas do inimigo maior, que culminará numa disseminada e incontrolável
reação em cadeia, consolidando as condições preconizadas em (II Tessalonicenses 2;1 a 12), como o cenário
anterior a (Lucas 21;7 a 28), ao que se pode acrescentar, antes dessa dolorosa trajetória, a notável ocorrência de
um derramamento mais amplo, mais profundo e mais generoso, do Espírito Santo, (Joel 2;28,29) (Mateus 25;31 a
46) (Atos 2;17,18) como as derradeiras peneiradas para a colheita do restante do trigo, antes que se retire
definitivamente a Luz. Tivemos uma grande peneirada, e ocorreu o “descarte” das escórias. (Eclesiástico 40;10 e
(Lucas 17;27) Houve mais uma grande peneirada, e ocorreu outro “descarte” das escórias. (Lucas 17;28,29)
Finalmente, nos encontramos às vésperas da última grande peneirada, e ocorrerá o “descarte” do restante das
escórias. (Lucas 17;30) e (Isaías 13;19) Esta será a derradeira “reciclagem” do “aterro sanitário” ou se preferirem,
da “estação de tratamento de efluentes”.

Eis que desta feita, não se trata mais de uma linguagem que se refira a uma noção cósmica de tempo, mas sim,
de uma linha de horizonte visível pela geração humana, e não há mais o que se possa fazer, pois o cenário
fantástico do “faz-de-conta” criado e desenvolvido pela racionalidade insensata, alimentou, engordou e agigantou
a “besta”, como um fermento poderoso e, no seu dorso, ela (a Razão) se assentou, cavalgando-a embriagada nas
suas fantasias. Se aí permanecer, a “besta” continuará se agigantando até atingir o nível insuportável da sua
implosão; se descer ela será devorada! Está chegando a hora da “besta” e daqueles que a cavalgam!

A racionalidade pragmática, assentada especialmente nos naturalistas em consórcio com os Príncipes da Terra e
com os sofistas dissimulados, (Jeremias 5;26 a 31) embriagou-se, respectivamente, na vaidade, na voracidade
material sem limites, no fascínio por prêmios, honrarias, bajulações, e pelo poder através de quaisquer meios,
nutrindo a devastação dos valores éticos, como maléficos exemplos para os seus semelhantes. Assim, os
Príncipes da Terra e seus assistentes imediatos, tornaram-se cada vez mais tolerantes para com a progressiva
degradação geral, que eles mesmos geraram, pois, sem condições morais para refreá-la, mesmo porque, essa
degradação generalizada se transformava na sua própria justificação, faziam-de-conta que tomavam algumas
providências. Os naturalistas, por sua vez, voltaram o seu olhar e a sua atenção para a lua, para os outros
planetas, para o sol e para as estrelas longínquas. Desta forma, eles concentraram o seu interesse para fora da
sua casa, o seu Planeta Terra, e para fora de si mesmos. Com isto, eles permaneceram por longo tempo e até
hoje, formulando “modelos” para todas as suas fantasias, desperdiçando tempo e vultosos recursos, e, deixando-
se conduzir pelos seus velhos inimigos (orgulho, cobiça, inveja), “esqueceram-se” de ajudar a formular um modelo
amplo e adequado de administração para o seu próprio Planeta, que atualmente se encontra semi destruído e
mergulhado no caos. Quanto aos astutos “Teomantes” sofistas, exímios prestidigitadores e hábeis ilusionistas,
eles não se cansam de ministrar a “Teomancia” e, encastelados em suas gaiolas de ouro, nos seus luxuosos
acampamentos, terão agora que tomar grandes decisões e, como diz a sabedoria popular “chutar o pau das suas
suntuosas barracas”! Estamos em pleno século santo, no qual, e nos padrões humanos, desenvolve-se a
contagem regressiva, que ecoa na obscuridade de Jacó e no entendimento de Israel! É tempo de avançar, pois eis
que vem o Senhor da videira para colher os frutos e podar os galhos infrutíferos e secos. Vem o Ceifador para a
colheita e a separação do joio e do trigo. Enquanto não desponta a aurora em Babel, continua, freneticamente,
“rolando a festa”. (Sabedoria 15;12- Mas até julgaram que a nossa vida era um divertimento, e que a maneira de
viver tinha sido destinada para o lucro, e que importava por quaisquer meios, ainda que ilícitos, adquirir cabedais)
aqui se situando também os negociantes, cobiçosos e desonestos, que se associam ao conjunto, no conluio
perverso da racionalidade, que não consegue perceber o seu próprio canibalismo! “ Nemo versus Homo Habilis
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nisi Homo Habilis ipse “ (Ezequiel 16;1ª63) Estamos sim, chegando ao final da história, mas um final muito mais
amplo do que imagina a racionalidade; o final da geração cósmica do Terceiro Princípio; o final melancólico de
uma história plena de iniqüidades de todos os tipos; o final de uma história que nos faz sentir vergonha e nojo de
nós mesmos! (Ezequiel 36;27,28,31,32,33) Estaremos todos retornando para nossa Casa definitiva: uns para o
Segundo Princípio, outros para o Primeiro Princípio; ou uns para as regiões resplandecentes, outros para as
regiões tenebrosas; ou ainda, uns para receber o galardão (Apoc. 22;12), o corpo de luz (Filipenses 3;20,21) e
(Mateus 13;43) que os integrará ao Reino Angélico, outros para a diluição no tormento da tempestuosa imensidão
insondável das Trevas; mas seguramente, todos a Caminho Para o Tudo, pois as Trevas e a Luz são a mesma
coisa! (Salmos 139;12) (Jó 38;17,19,20,24) e (Eclesiástico 33;12) O processo evolutivo do ciclo cósmico do
Terceiro Princípio estará concluído. Então outro virá, para mais uma das eternas e consecutivas gerações
cósmicas. (Eclesiastes 1;9 e 3;15). Quanto a vós outras ovelhas magras, que recusastes participar dos festivais e
das orgias das irmãs Oolá e Oolibá e que, esfomeadas, sedentas e com frio, clamaram por justiça, eis que o dia
da vossa alegria está bem próximo, não mais tereis fome, nem sede e nem frio, pois vos será suscitado um só
Pastor e Ele mesmo vos apascentará! (Ezequiel 34;1 a 31)

Lucas 19;41 – Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou, 42 – E dizia: Ah! Se conheceras por ti mesma ainda
hoje o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos. 43 – Pois sobre ti virão dias em que os teus
inimigos te cercarão de trincheiras e, por todos os lados, te apertarão o cerco; 44 – E te arrasarão e aos teus filhos
dentro de ti; não deixarão em ti pedra sobre pedra porque não reconheceste a oportunidade da tua visitação.

II Tessalonicenses 2;1 – Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com
ele, nós vos exortamos 2 – A que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por
espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o dia do
Senhor. 3 – Ninguém de nenhum modo vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a
apostasia, e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, 4 – O qual se opõe e se levanta contra tudo
que se chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se
fosse o próprio Deus. 6 – E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria.
7 – Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém.
8 – Então será de fato revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca, e o destruirá,
pela manifestação de sua vinda. 9 – Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo
poder, e sinais e prodígios da mentira.10 – E com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não
acolheram o amor da verdade para serem salvos.11 – É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação
do erro, para darem crédito à mentira.

As revelações espirituais foram expostas, às vezes, baseadas em similitudes ou em aproximações, (Oséias 12;10)
(João 16;25) pois não há como exprimi-las mais adequadamente, senão por uma imaginária seqüência de causas
e efeitos, aos quais há que se atribuir um momento inicial para a compreensão humana, mas, cujo início, na
verdade, nunca existiu, pois não há início e nem fim no Universo, num eterno, ininterrupto e imutável fluir de
essências combinadas, emanadas da Energia e que a esta retornam, cujas combinações são exteriorizadas
também em configurações infinitas (com exceção daquelas do Terceiro Princípio, que tem início e fim, a cada
Geração Cósmica), mas singulares, que jamais se repetem no seu sentido pleno, confirmando a assertiva de
Heráclito, de que é impossível alguém banhar-se duas vezes na mesma água, ao que acrescentamos, que,
também esse alguém, jamais voltará a ser o mesmo alguém, no mundo das aparências manifestadas. Tudo
provém do ”Eu Sou o Senhor”, que É o gerador fundamental que se auto-engendra, que se produz de Si mesmo,
por Si mesmo e para si mesmo, e que. Se manifesta em tudo o que vemos e em tudo o que não vemos. Ele
permeia e preenche tudo (Jeremias 23;24) e sintetiza em si próprio, a essência das essências e todas as
essências. Tudo está no “Eu Sou o Senhor” e o “Eu Sou o Senhor” está em tudo, num infinito encadeamento de
todas as equações perfeitas, todas elas incorporadas em uma única e perfeita equação: (-1 +1 +-1 = +-1). Desta
forma, não há que se cogitar da ocorrência da “criação”, pois, caso houvesse a necessidade de Deus “criar” o que
quer que fosse Ele não seria completo e nem perfeito. Assim, não existe e nunca existiu a “criação”, na acepção
da palavra, de absolutamente nada, pois tudo já está e sempre esteve no Tudo, que é Deus, onde a vida está
dentro da vida, determinada numa imensa cadeia de evolução progressiva, que evolui eternamente, do macro
para o micro e do micro para o macro, numa seqüência sem começo e sem fim. Os “criacionistas” obstinados,
devem verificar (Eclesiastes 1;9,10,11 e 3;14,15) e (Sabedoria 19;1 a 20), que até os literalistas poderão entender,
ainda que parcialmente. Deus se produz de Si próprio, por Si próprio e para Si próprio, num infinito e contínuo fluir,
e numa infinita progressão de formações e transformações, todas individualizadas, que não se repetem, as quais
são manifestadas e retornam para Ele próprio, sem que jamais tenha havido início e sem que jamais venha a ter
fim. A Vontade fecunda a Virgem Sophia que gera o Filho que revela o Pai pelo Espírito Santo! (João 16;12 a 15)

GLÓRIA AO PAI, AO FILHO E AO ESPÍRITO SANTO


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7 - UM TELEGRAMA PARA A NAÇÃO RACIONAL

Trata-se de um telegrama urgente para a racionalidade, especialmente para aquelas alojadas na administração de
Babel, (os Príncipes da Terra) mercadores da corrupção, nos naturalistas científicos, mercadores de fantasias e
nos humanistas sofistas, mercadores da ilusão e da “Teomancia” e, muito especialmente, para os pseudo-
agnósticos e ateus, desnorteados, aflitos, angustiados e dispersos sem rumo por toda Babel.

O Homem precisa saber como ele é a imagem e semelhança de Deus e, examinando-se a si mesmo, ele poderá
saber também quem é Deus. A força ou energia que está no cérebro do Homo Habilis e se reflete na Vontade,
representa o Pai. A força ou energia do coração se irradia pelas veias e engendra uma luz que brilha nas
faculdades do corpo inteiro, constituindo a força ou energia que representa o Filho, produzindo a inteligência e as
habilidades. A força ou energia do cérebro, refletida na Vontade, é atrativa e se volta para si mesma, enquanto a
força ou energia do coração é expansiva e pelas veias se irradia pelo corpo inteiro. Ambas, engendram ou fazem
emergir uma terceira força ou energia, aérea e volátil, o princípio vital ou o pneuma, que gira e se move no corpo
inteiro, operando em todo o conjunto (das forças ou energias e da inteligência e habilidades) representando o
Espírito Santo. Essas forças ou energias fundamentais engendram contínua e incessantemente, o conjunto
energético estabelecido no Homo Habilis, como auras, que poderão, eventualmente, assumir a síntese de todas
as cores e tornar-se branca e brilhante, caracterizando o apogeu, ou o estágio de uma superior evolução do Homo
Habilis, o estágio iluminado da sua grande jornada, quando nasce o Homo Sapiens. Nesse conjunto estão
inseridos, potencialmente, a vontade, o conhecimento racional, o conhecimento essencial e a sabedoria, que se
manifestam ou se expressam alternadamente, conforme as ações, no Homo Habilis, ou no Homo Sapiens.

Assim como o Universo é um só bloco, --monobloco -- também o Homo Habilis é um indivíduo e nessa unidade,
temos as três poderosas Energias Cósmicas Universais e cultivamos as suas sete sementes, desfrutamos das
suas respectivas qualidades, conforme as nossas opções, manifestando ou expressando-as em nossas emoções
ou sentimentos e exibindo-as em nossas atitudes ou ações, durante toda a nossa vida. Esse conjunto energético,
em potência, configura as leis que estão impressas em nossa mente e em nosso coração, as nossas duas centrais
de força, ou as duas turbinas que acionam as nossas faculdades mentais e físicas, coadjuvadas e
complementadas pela ação dos pulmões, a nossa terceira turbina ou central de força. (Jeremias 31;33) Eis aí o
Homo Habilis feito à imagem e semelhança de Deus! Como tal, ele tem tudo dentro de si mesmo, nas suas
essências, incluindo, portanto, implicitamente, todas as equações, ou os pares opostos de Anaximandro; a
harmonia dos contrários dos pitagóricos; ou conforme Heráclito, a divergência e a contradição que produzem a
unidade do mundo e a sua transformação, onde tudo é Um; ou ainda a visão de Goethe, sobre a força que se
manifesta como movimentos opostos de contração e expansão e sobre a possibilidade do observador elaborar
conclusões intuitivas, relativas à forma viva como a natureza se apresenta, cujas partes convergem para o todo.
Temos como exemplos, o Amor e o Ódio, o Bem e o Mal, a Luz e as Trevas, a Verdade e a Mentira, a Coragem e
o Medo, o Sublime e o Hediondo, a Justiça e a Injustiça, e assim infinitamente, pois sem o Um não pode haver o
Outro, e sem este não pode haver o Mais Um, que opera sob os dois, harmonizando e unificando os contrários,
estabelecendo a equação das equações: (-1 +1 +-1 = +-1), ou ainda: sem a atração, não existiria a expansão e
ambas não seriam harmoniosas sem a rotação, que as concilia e unifica.

Pensadores dessa envergadura registraram suas divagações, nada mais que viagens contemplativas dos seus
espíritos, semelhantes às de Albert Einstein e Isaac Newton, apenas intuições que não lhes foram transmitidas por
nenhum outro mortal. Você não acha espantoso o fato de alguns filósofos não haverem discernido nada sobre as
idéias desses pensadores, encontrando-se atormentados nos labirintos dos niilistas, sem chegar a lugar nenhum?
Vamos colaborar com eles, pois na verdade, não há nada de espantoso, desde que eles compreendam I Coríntios
1;26 a 29 / II Coríntios 3;13 a 16 / II Coríntios 4;3,4 e vejam a nossa insignificância estampada em Isaías 40;12 a
31 e 41;1 a 29 / Ezequiel 36;25 a 33 e I Coríntios 4;7. Entretanto, temos um problema a resolver, pois como
poderão compreender o sentido oculto das Escrituras, se muitos não compreendem os seus pares? Como, por
exemplo, Platão (428-347 a.C), Clemente de Alexandria (150-215), Plotino (205-270), João Escoto Erigena (810-
877), Erasmo de Rotterdam (1465-1536), Espinosa (1632-1677), e o Teósofo Jacob Boehme (1575-1624), todos
eles, obviamente, inconvenientes para os ateus e agnósticos, e também, para os astutos sofistas de plantão, que
estão sempre atentos para proteger os seus rendosos negócios: os mercados da fé morta e das ilusões.

O efetivo comportamento ou ação do Homem, sempre o situará em um dos dois lados ou qualidades de uma
equação e esse comportamento ou ação, atrairá para si próprio os efeitos do mesmo lado ou qualidade dessa
mesma equação, cuja ação ocorreu e sempre ocorre, por sua livre e espontânea vontade. Trata-se de uma Lei
imutável do Senhor que como está escrito, visita até a terceira e quarta geração daqueles que o odeiam.
Seguindo nessa direção, os céticos devem observar os conhecimentos sobre os efeitos do consumo de drogas, do
fumo, do álcool, da alimentação inadequada e das doenças adquiridas e transmitidas pelos antepassados, sobre
as gerações subseqüentes, e nessa trajetória retrospectiva, podemos retroagir até Adão e finalmente, ao Príncipe
44

Angélico caído, este sim, a verdadeira fonte de todos os males. Isto, sem falarmos dos maus exemplos em geral,
de incrível variedade e que, todos os dias, explodem de todas as direções, o que deverá esclarecê-los melhor, sob
o aspecto da racionalidade, que se corrompe a si própria. Quanto ao enfoque espiritual, onde tanto os ateus
verdadeiros como os falsos ateus se negam a ver e ouvir, além de Êxodo 20;5, eles devem verificar também
Mateus 12;33a37- Lucas 6;42a49 - Jeremias 5;1 e 7;3a7, sendo oportuno recomendar-lhes o estudo da Bíblia
completa, pois alguns supermercados da fé glosaram dois livros inteiros dela.

A inquietude intelectual se acha instalada em todos os homens, mais ou menos intensamente, conforme a
progressão dos conhecimentos racionais e dos espirituais, condicionada às potencialidades da Razão e às
potencialidades do Espírito. Essa inquietude do intelecto, quando mais intensa, exaspera e angustia a pobre
Razão, que por si mesma, não consegue obter respostas para as complexas indagações que o seu raciocínio e
conjecturas constroem em sua mente, esta, palco do ininterrupto e intenso combate entre três poderosas forças: o
espírito do bem, o espírito astral e o espírito do mal. Levada ao próprio desespero, pois esse é o terminal da via
racional, a Razão se encoleriza e passa a blasfemar encorajada pelos espíritos astral e do mal, contra o Deus que
ela não conhece, no Qual finge não acreditar, mas deseja ardentemente encontrar por si mesma. Ocorre que a
opção pelo espírito astral já fora feita anteriormente pelos primeiros pais e, de partida, ainda no segundo estágio
de Adão, todos os homens ratificam essa opção e são envolvidos pelos seus atributos, que podemos sintetizar no
orgulho, na cobiça, na inveja e na cólera, com os seus respectivos desdobramentos. Esses atributos, individual ou
conjuntamente, dificultam a qualificação da Razão para a percepção espiritual da Presença do Senhor, na primeira
etapa, para o testemunho pela Fé Espiritual e, eventualmente, nas etapas posteriores, para o Conhecimento e
para o Serviço na vindima do Senhor. Essa dificuldade, contraposta a uma inquietude intelectual mais aguda, leva
a Razão ao desespero, na crista de angústias e aflições e, aqueles que não encontram a “porta”, em muitos casos,
geralmente, se autodenominam agnósticos ou ateus, mas nem sempre todos o são, verdadeiramente. Eles, de
fato, estão desesperados e ansiosos para crer, mas não conseguem, em função dos atributos que caracterizam a
racionalidade. Esse desespero da Razão pode ser notado, quando um pseudo-ateu faz estas afirmações:

“Só com o fim da fé se poderá erguer uma civilização global. Se há verdades espirituais ou éticas a serem
descobertas, e tenho certeza de que há, elas vão transcender os acidentes culturais e as localizações geográficas.
Falando honestamente, esse é o único fundamento sobre o qual podemos erguer uma civilização verdadeiramente
global. (Sam Harris) (o grifo é nosso)

Alguém acredita que se trata de um ateu? O que ocorre realmente, com ele? Por que ele se contradiz? Podemos
considerar que “os mornos” são mais problemáticos do que “os frios” e “os quentes”. Isto significa que estas duas
últimas categorias não são dissimuladas e assumem ostensivamente as posições que adotam, bem como as
responsabilidades a elas inerentes, o que não ocorre com “os mornos”, que sempre estão “em cima do muro” onde
oscilam conforme as circunstâncias e as suas conveniências imediatas, sempre relacionadas ao materialismo
racional. Na categoria dos “mornos”, estão, entre outros, os que “não entram e não deixam entrar os que estão
entrando” (Mateus 23;13), como os sofistas acampados nas denominações teológicas, que são instituições
mercantis, semelhantes às grandes redes de supermercados, as quais, maliciosa e indevidamente, se auto-
intitulam de religiões.

O pseudo-ateu, de aguda inquietude intelectual, mas idólatra da racionalidade, não tem o discernimento espiritual
para reconhecer a voz do Pastor (João10;4,5) e se baseia no ilusionismo, na prestidigitação e na literalidade
explorada pelos sofistas, os contadores de fábulas, genealogias e histórias bíblicas, que são o grande véu posto
sobre a Razão (Isaías 29;9a12) (II Coríntios 3;13a16), o qual só se desvanece pela Unção do Espírito Santo!
Incorrendo no mesmo equívoco, o pseudo-ateu encalha na literalidade da Bíblia (Mateus 13;10a12) e continua
perdido no deserto. Mas, deve continuar procurando, pois, no devido tempo, ele poderá ser encontrado!
Escapando do jugo da Razão, (escravidão) ele compreenderá que essa tal de “fé” tão propalada pelas
denominações teológicas, que chamamos de fé racional, é um mero instrumento da própria Razão, que nada tem
a ver com a Fé Espiritual obtida como uma concessão, na primeira forma da Unção do Espírito Santo. A Fé
Espiritual se baseia no amor fraterno, não gera rivalidades e contendas, que produzem hostilidades extremas,
como tantas registradas na história da Humanidade e que constituem uma vergonha para todos nós.

É necessário examinar as origens e a história das instituições nas quais o pseudo-ateu se baseou para estruturar
os seus conceitos. Então, ele verá que o Edito de Milão de 313, instituído pelo imperador Constantino facultou a
liberdade de culto aos cristãos, que de fato, apenas liberou a organização já existente e bastante influente, ou
seja, a Igreja (Assembléia), organizada sob a tutela de uma hierarquia baseada nos “padres”, “bispos” e no “papa’.
Posteriormente, estabelecendo a supremacia política e “religiosa”, mediante a elevação formal da Igreja de Roma
a centro da cristandade, ocorreu em 325 o concílio de Nicéia convocado por Constantino, cuja Igreja, em outras
reuniões subseqüentes e semelhantes, constituiu a ortodoxia, a opinião correta sobre a doutrina cristã,
obviamente, virtude esta de propriedade exclusiva da referida igreja, que a subtraiu do próprio Espírito Santo, que
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a partir daí foi devidamente “amordaçado”. O desenvolvimento desse processo culminou no nascimento oficial da
Igreja de Roma, cuja preponderância recrudesceu as disputas entre as contraditórias interpretações das Escrituras
e esse confronto de opiniões, gerou violências contra os que essa Igreja considerava como hereges, ou seja, ela
já “nasceu oficialmente”, praticando a violência, em nome de Cristo, que paradoxalmente, pregara o amor
incondicional ao próximo.

Sobre essas bases, por incrível que pareça, os sofistas mercenários, estabeleceram o comando pleno nessa
instituição, nada mais que uma simples denominação teológica desvirtuada, e construíram o maior, mais durável e
mais poderoso império da face da terra, que governou o planeta, livre e soberanamente, em conluio com os
Príncipes da Terra, sem nenhuma oposição, por aproximadamente mil e duzentos anos, até que começaram a
surgir as contestações, geradas no próprio ventre desse império, por alguns daqueles que conheciam muito bem
os seus perversos mecanismos, embutidos nos recônditos das suas entranhas. As contestações tiveram sua
origem, também na Filosofia clássica, nos fragmentos de revelações que fluíram através dos seus pensadores,
cujas idéias sempre foram objeto de estudos pelas denominações teológicas sobrevindas. Quanto ao início dos
conflitos gerados pelas contradições, talvez tenham se iniciado com o “padre” apologista Clemente de Alexandria
(150-215), que procurando compatibilizar o cristianismo e a tradição filosófica, introduziu o termo grego gnosis
(conhecimento) que caracterizaria a perfeição do cristianismo. Daí brotou o gnosticismo, que poderia ultrapassar
os frágeis limites do grande embuste chamado fé racional. O conhecimento divino (conhecimento essencial) é
incompatível com a mercancia, por isso a Igreja ou Assembléia, saiu logo no combate da indesejável pretensão de
um conhecimento superior, situado acima da fé racional, esta, o seu produto preferido, que juntamente com outro
produto da sua elaboração, o marianismo, são as suas ofertas permanentes, para exposição nas pontas das
gôndolas. Os tais sofistas fingem não saber que o Espírito Santo operou através dos profetas primitivos, sem a
necessidade de intermediários, sem especulações (os profetas ungidos fazem afirmações com base nas
revelações e não especulações baseadas nos seus próprios raciocínios) e isto se fez sem hierarquias, sem rituais
e sem a necessidade de quaisquer procedimentos exteriores, que não têm nenhuma importância. A única
exteriorização concebível é a ceia com Cristo e esta se realiza, todas as vezes que um profeta verdadeiramente
ungido (Hebreus 5;4) se reúne com seus irmãos, em qualquer data e em qualquer lugar, sem a necessidade de
quaisquer formalidades, rituais ou solenidades, para repartir com eles os conhecimentos essenciais e a Sabedoria
Divina, ou o pão da vida e a água viva, o conteúdo real da metáfora do pão e do vinho. Essas contestações
ganharam maior amplitude e expressão intelectual, através de Erasmo de Rotterdam por volta de 1500 e
culminaram na sua radicalização a partir de 1517, por intermédio de Martinho Lutero, provocando a grande cisão
que deu origem à formação de muitas outras denominações teológicas, as quais, ao longo do tempo, também
acabaram se desviando dos seus rumos iniciais e, praticamente, se igualaram àquela que contestaram, sem que
nenhuma delas tivesse alcançado a mesma expressão social, econômica e política da primeira, como desejavam.

O poderoso império, onde se alojaram os sofistas primitivos, reagiu vigorosamente às contestações e, na mais
longa reunião da história, o concílio de Trento (1545-1563), foram estabelecidas as bases da contra-reforma, cujos
fundamentos foram os seguintes: 1- crença na existência do purgatório; 2- proibição do casamento dos “padres”;
3- devoção aos santos (que são eles mesmos e os indicados por eles) e às relíquias; 4- autoridade infalível do
“papa”; 5- valor da tradição dos “santos padres” na interpretação da Bíblia: 6- cria a Congregação do “Santo
Ofício”, que centraliza as atividades da “Santa Inquisição”, reprimindo violentamente protestantes e livres
manifestantes do humanismo renascentista; 7- cria a “Sagrada“ Congregação do Índice, que elabora o Índex
Librorum Prohibitorum (este não é “santo”), o índice de obras condenadas pela igreja católica. Quanto aos seus
contestadores, a estratégia dos sofistas sempre consistiu em absorvê-los com as suas idéias, sempre que isto
fosse possível, evitando que sua doutrina e dogmas corressem o risco de desmoronar. Essa absorção significava
silenciar o contestador ou trazê-lo e incorporá-lo à instituição, retocando, mesclando, glosando ou anulando suas
idéias, conforme cada caso. Quando isso não fosse possível, o “Santo Ofício” e a “Santa Inquisição” cuidavam de
uma “calorosa” solução para os seus contestadores, como fizeram com o “padre” João Huss (1369-1415) e o
“padre” Giordano Bruno (1548-1600), os quais foram queimados vivos nas fogueiras da “Santa Inquisição”.

Erasmo de Rotterdam (1465-1536) é um dos exemplos mais ilustrativos da estratégia dos sofistas. Consta que ele
era filho natural de um “padre” e também foi ordenado “padre”. Foi um homem de grande cultura na sua época e
foi também a grande oportunidade perdida pelos sofistas, de retomar o rumo correto do verdadeiro cristianismo.
Em seu trabalho “Elogio da Loucura”, ele denunciou a mediocridade e a hipocrisia, concentrando sua crítica mais
aguda na própria igreja com a sua hierarquia e as suas instituições, as discussões eternas e as sutilezas sobre o
hermetismo divino, que se utiliza do nome de Cristo -- atualmente talvez mais o nome de Maria, a rainha dos céus
(Jeremias 7;16 a 19) -- para acumular riquezas e fomentar a guerra aos supostos infiéis. Ele questionou a
existência de tantos rituais e cerimônias teatrais, que se contrapõem aos mandamentos de Cristo, centrados
apenas na prática da caridade, propondo o retorno da igreja à simplicidade do início do cristianismo, o primitivo e
autêntico. A sua orientação não deve se basear em uma Teologia dogmática e especulativa, mas sim em uma
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ética fundamentada na caridade e no amor ao próximo, que caracterizam o verdadeiro cristão, independentemente
de formalidades exteriores. Erasmo vai além e ataca frontalmente os costumes dos membros da hierarquia
eclesiástica, desde o “papa” até o “padre”, como contrários aos Evangelhos e condena o clero que pretende
monopolizar o conteúdo das Escrituras e que reduz a religião a rituais e manifestações exteriores, quando deveria
se ocupar da atividade ética e espiritual. Erasmo de Rotterdam, provavelmente tinha alguma fortíssima “carta na
manga”, pois além da sua alta contundência, ele colocou o dedo exatamente nas “feridas” dos sofistas e mesmo
assim, não o queimaram vivo, como era de praxe. Mas, de alguma forma eles conseguiram silenciá-lo e ainda
trazê-lo para o seu lado nas disputas com os protestantes. Erasmo não era o “bobo da corte”. Ele era o mais
genuíno produto do sórdido e falso ambiente, no qual tinha uma origem, que ao mesmo tempo em que o revoltava,
garantia-lhe a sobrevivência, mesmo com o atrevimento de libertar parcialmente, as contundentes verdades, as
quais, certamente, custariam a vida do filho de um simples “padre”. Sua procedência era a sua garantia, mas
esses mesmos laços, ao final prevaleceram no sentido oposto e desviaram o curso das suas idéias. O pai não
teve a coragem de mandar queimar vivo o próprio filho, mas o filho também não teve a coragem de denunciar e
desmascarar o próprio pai. Como sempre, na aventura da Humanidade, as verdades são soterradas no fosso da
sua História, e que Deus proteja quem eventualmente encontrá-las, desenterrá-las e tiver a coragem de exibi-las.

Todos sabem que não há como reter indefinidamente as idéias e nem como antever aquelas que irão extrapolar
os limites do seu nascedouro, em função não só do seu conteúdo, como também em virtude dos seus
desdobramentos e possíveis conexões que possam advir. Assim, surpreendendo os astutos e precavidos sofistas,
as contestações se multiplicaram, ganharam maior amplitude e, nessa progressão, Martinho Lutero (1483-1546),
“padre” da ordem dos agostinianos, radicalizou suas posições, formuladas na Teologia da reforma, expostas
publicamente em 1517, gerando profundas divergências com a Igreja, acirradas com a contundência das suas
palavras: “Que crimes, que escândalos, que fornicações, estas bebedeiras, esta paixão pelo jogo, todos estes
vícios do clero! São escândalos muito graves. Mas ai, há outro mal, outra peste, incomparavelmente mais
malfazeja e mais cruel: o silêncio organizado quanto à Palavra da Verdade, ou a sua adulteração”. Não sabemos
se nessa época já havia também a pedofilia.

Desta forma, sobrepujando a sua Razão e submetendo-a ao Espírito, o pseudo-ateu compreenderia que tanto as
denominações teológicas como a Filosofia e as ciências da natureza, são produtos da racionalidade e que,
portanto, os conflitos entre elas são conflitos da Razão consigo mesma. (Razão x Razão) Ele saberia mais, que
Jesus, Miguel ou Josué são a mesma pessoa, saberia que esses nomes são simples analogias referentes à
Energia Revelada, ou à Força Centrífuga – uma das três Forças que sustentam a Máquina do Mundo – e saberia
que Sua Mãe (eternamente Virgem) chama-se Sophia (Eclo.24;24) e que a Bíblia, se lhe for concedida a Unção do
Espírito Santo, (a racionalidade é incapaz, pois ela não sabe nada) o ensinará sobre o Universo e sobre coisas
que a sua racionalidade não tem capacidade nem para conjecturar. Então o pseudo-ateu ficaria sabendo, também,
que a escravidão a que a Bíblia se refere, diz respeito à submissão da Razão arrogante ao Senhor deste mundo, o
Príncipe das Trevas, e este produz os atributos que a Razão devora freneticamente, dos quais deve se livrar e
entregar-se a Jesus Cristo, que fala à sua Alma pelo único Mestre, o Espírito Santo. Saberia mais, que a
conseqüência dessa “entrega” é a imersão no amor fraterno e incondicional, que livra a Razão prepotente da
verdadeira escravidão a que se submete através do orgulho, da cobiça, da inveja e da cólera. Então não se daria
ao trabalho inútil de sondar a anterioridade ao Filho, pois através d’Ele tudo o que existe foi manifestado. O “antes”
d’Ele não existe, pois Ele “nasceu” da Sabedoria Eterna, a Virgem Sophia, que pode ser chamada também, se o
desejar, de Theosophia. Finalmente, ele olharia, num retrospecto, a história da sua (nossa) humanidade racional
e como já não mais estaria cego, (Isaías 29;18) sentiria nojo dela e da própria razão! Eis que existem muitas
pessoas vivas e conscientes, para dizer ao pseudo-ateu, que Jesus Cristo é filho de Deus, que Ele nasceu da
Virgem Sophia e que esse homem, com ou sem barba, que os sofistas ensinam como Deus Filho, é apenas uma
figura metafórica que nunca existiu de fato, na forma humana. O FILHO de Sophia ESTÁ em todos nós, como
sempre esteve desde a fundação do mundo e estará até os tempos da consumação (I Pedro1;20), quando os que
permaneceram na Razão serão separados dos que estiverem no Espírito, como o joio e o trigo; as escórias e o
ouro; o Mal e o Bem . A Razão, esteja ela onde estiver, (ciências humanas ou ciências naturais) deve envidar
todos os esforços e correr em direção à Theosophia. Quem conseguir entrar, unicamente pela concessão que lhe
for conferida, desejará devolver espontaneamente a sua racionalidade, pedindo desculpas pelo mau uso. A cultura
dos pragmáticos naturalistas, baseada no empirismo lógico, limita ou reduz as suas próprias possibilidades de
ampliar e estabelecer novas concepções ou percepções mais abrangentes e flexíveis, ao descartar
presunçosamente, as faculdades intuitivas e perceptivas do pensamento puro, que não pressupõe, não especula e
que não se orienta pela exatidão cultuada pelos naturalistas, que paradoxalmente, não conseguem encontrá-la na
relação posição / velocidade das partículas e nem sequer, nos instrumentos de medida mais elementares de que
se utilizam: o metro, o peso e o relógio! mas, mesmo assim, insistem na submissão à exatidão, que atua sobre
eles próprios como um eficiente fator limitativo e reducionista. Certamente, lhes é difícil estabelecer uma conexão
entre esses fenômenos e os movimentos de contração, expansão e rotação, contínuos, ininterruptos, que se
refletem sobre tudo. A pulsação permanente, regular, do Universo vivo, vibrante e eterno.
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O pensamento pragmático, empirista e lógico investiga os efeitos, em busca de um entrosamento que o conduza
às causas e a uma unidade técnica irrefutável, compatível com a percepção racional. Para o pragmatismo, a
validade se restringe à substancialidade manifesta, posto que ela não admite concepções improváveis, limitando-
se à circunscrição meramente racional. Essas investigações, quando relativamente bem sucedidas, resultam no
conhecimento racional, que de um lado, geralmente menor, é útil, e de outro lado, geralmente maior, é desastroso,
simplesmente porque ele não conduz à sabedoria e por isso, é mal utilizado. Havendo necessidade de exemplos,
basta que sejam examinadas as condições ambientais do Planeta, lembrar-se do holocausto, de Hiroshima e
Nagasaki, e dar uma boa olhadela na história da Humanidade como um todo, para ser bem sintético. Restará
então o constrangimento diante da nossa vergonha, da qual não temos como nos isentar. Nós todos, os humanos.

O pensamento puro é desenvolvido e utilizado pelos pensadores livres, aqueles que não se atrelam a ninguém, a
nenhuma instituição e a nenhuma presunção. Eles mergulham em si mesmos, não se deixam limitar pela
arrogância da sua própria racionalidade, o que lhes permite transpor as fronteiras da sua circunscrição pessoal,
conscientes de que os seus conflitos, as suas contradições e as suas indagações mais complexas, jamais poderão
ser satisfeitos pelos seus iguais. Isto os habilita a uma possibilidade maior de intuir, perceber, assimilar e
estabelecer conexões mais amplas e mais profundas entre conceitos e eventos, que exteriorizados, sempre são
desconcertantes e inacessíveis à cultura do pensador limitado, atrelado a conceitos tradicionais, a superstições, a
conclusões de terceiros, a instituições comerciais, ou subjugado pelos atributos peculiares do Homo Habilis,
fundamentados na cobiça, no orgulho e na inveja. O livre pensador, imune aos efeitos deletérios desse perverso
conjunto que corrompe e embota os sentidos e a mente, certamente está muito mais sujeito e mais habilitado
também, a ser alcançado pelas efusões do espírito e de conhecer Sophia, que lhe abrirá o verdadeiro manancial
dos conhecimentos essenciais, inacessíveis à prepotente racionalidade pragmática e lógica. Essa volatilidade
concedida ao pensamento é como um retorno consciente à infância, libertando uma investigação que parte do
nada em busca da unidade do Tudo, mediante profundas e persistentes escavações nas próprias entranhas, na
contemplação e na meditação, através de uma flexibilidade subjetiva que escancara todas as portas e janelas da
mente, ensejando condições múltiplas para abrigar as inspirações ou efusões espirituais. Nessa viagem
introspectiva, ocorre a abstração ou renúncia à racionalidade e o pensamento se desvincula dos atributos
negativos característicos da razão. Não há do que se orgulhar; não há cobiça de coisa alguma; não há sentimento
de inveja e muito menos raiva ou rancor do que e de quem quer que seja. Há somente o anseio de conhecer,
sobretudo de saber. Contemplado com esses tesouros, nasce um imenso desejo de compartilhá-los com todos.

Ambas as correntes de pensamento têm a sua validade específica, mas são naturalmente incompatíveis, pois a
primeira tem por objetivo fundamental o sucesso material a qualquer custo, que se torna mais valioso que o
próprio conhecimento e o respectivo uso que se fizer dele. Com relação à segunda corrente, ela deseja apenas o
crescimento espiritual, que lhe permite conhecer a essencialidade original das inspirações do espírito e do nada
caminhar para o Tudo. A essência é propriedade intrínseca do Homem Habilidoso (Jeremias 31;33) (Lucas 17;21)
(I Coríntios 2;10a15) e encontrando-as, o que mais se poderá desejar, senão promover a Ceia com Cristo e
compartilhar ou repartir com os semelhantes o saboroso Pão e o delicioso Vinho Divinos!!! (Filipenses 1;21 a 25).
Quanto ao perfeccionismo e a obstinação pela exatidão, os naturalistas, devem dirigi-las para dentro de si
mesmos, e então poderão se livrar da arrogância, e buscar a exatidão do caráter, a exatidão dos valores éticos e
sobretudo a exatidão do amor, no seu sentido correto, o amor ágape. Nessa direção, passo a passo e
progressivamente, terão que sobrevoar a racionalidade e subjugar os perversos atributos peculiares do Homo
Habilis, que habitualmente orientam suas atitudes e suas ações.

Nessa longa e difícil viagem, há uma possibilidade real de que Homo Habilis encontre-se com o Homo Sapiens e,
avidamente, se deixe absorver por ele. Neste caso, morre um (o velho homem, o habilidoso) e nasce outro (o novo
homem, o sábio). Assim, para sair do atoleiro, onde racionalistas, ateus e agnósticos se encontram, só há um
caminho e eles precisam encontrá-lo para conhecer o Mestre e ser apresentado a Ela.. O Caminho é Jesus Cristo,
o Mestre é o Espírito Santo, e Ela é Sophia! Os três se encontram, em caráter permanente, na Theosophia!

“A Sabedoria louvará a sua alma, e se honrará em Deus, e se gloriará no meio do seu povo. E abrirá a sua boca
nas Assembléias do Altíssimo, e se gloriará à vista do poder do Senhor. E será exaltada no meio do seu povo, e
será admirada na plenitude dos santos. E na multidão dos escolhidos terá louvor, e entre os benditos será bendita,
dizendo: Eu saí da boca do Altíssimo a primogênita de todas as criaturas; Eu fiz com que nascesse nos céus uma
luz que nunca falta, e como névoa cobri toda a terra; Eu habitei nos lugares mais altos, e o meu trono é sobre uma
coluna de nuvem; Eu só rodeei o giro do céu, e penetrei a profundidade do abismo; andei sobre as ondas do mar;
E estive em toda a terra, e em todo o povo; E entre todas as nações tive a primazia; E pisei com o meu poder os
corações de todos os grandes e pequenos, e em todos estes busquei o descanso, e assentarei a minha morada
na herança do Senhor. Então o Criador do Universo me deu os seus preceitos e me falou, e aquele que me criou
descansou no meu tabernáculo. E me disse: Habita em Jacó, e possui a tua herança em Israel, e lança raízes nos
meus escolhidos. Eu fui criada desde o princípio e antes dos séculos, e não deixarei de ser em toda a sucessão
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das idades, e exercitei diante dele o meu ministério na morada santa. E fui assim firmada em Sião, e repousei
igualmente na cidade santificada, e em Jerusalém está o meu poder. E me vim a arraigar num povo honrado, e
nesta porção do meu Deus que é a sua herança, e na plenitude dos santos, onde se acha a minha assistência.
Crescendo me elevei como cedro no Líbano, e como cipreste no monte Sião; Eu lancei em alto os meus ramos,
como a palmeira em Cades, e como as plantas das rosas em Jericó; Eu me elevei como uma formosa oliveira nos
campos, e como o plátano nas praças à borda d’água. Difundi um cheiro como o cinamomo e o bálsamo
aromático; espalhei como mirra escolhida suavidade de cheiro. E perfumei a minha habitação como estoraque, e
gálbano, e unha odorífera, e gota, e como incenso do Líbano que não é tirado por incisão, e a minha fragrância é
como a do bálsamo sem mistura. Eu estendi os meus ramos como o terebinto, e os meus ramos são ramos de
honra e de graça. Eu como vide lancei flores de um agradável cheiro, e as minhas flores são frutos de honra e de
honestidade. Eu sou a mãe do amor formoso, e do temor, e do conhecimento, e da santa esperança. Em mim há
toda a graça do caminho e da verdade, em mim toda a esperança da vida e da virtude. Passai-vos a mim todos os
que me cobiçais, enchei-vos dos meus frutos; Porque o meu espírito é mais doce do que o mel, e a minha herança
vence em doçura o mel e o favo. A minha memória durará por todas as gerações dos séculos. Aqueles que me
comem terão ainda fome, e os que me bebem terão ainda sede. Aquele que me ouve não será confundido, e os
que obram por mim não pecarão. Aqueles que me esclarecem terão a vida eterna. Tudo isto é o livro da vida, e o
testamento do Altíssimo, e o conhecimento da verdade. Moisés entregou a lei nos preceitos da justiça, e a herança
para a casa de Jacó, e as promessas para Israel. O Senhor prometeu a David, seu servo, que faria sair dele um
rei fortíssimo, e que se assentasse no trono de glória para sempre. Ele que difunde a sabedoria como o Phison as
suas águas, e como o Tigre nos dias dos novos frutos; Que enche o entendimento como o Eufrates, que
transborda como o Jordão no tempo da ceifa; Que envia a disciplina como luz, e que aumenta as suas águas
como o Gehon na conjunção da vindima; Ele é o que tem a primazia no cabal conhecimento da mesma sabedoria,
e o mais fraco não na poderá rastejar; Porque os seus pensamentos são mais vastos do que o mar, e os seus
conselhos mais profundos do que o grande abismo. Eu sou a sabedoria, que de mim fiz correr os rios. Eu como
um regato de água ribeira, e como aqueduto, saí do paraíso. Eu disse: Regarei as plantas do meu jardim, e fartarei
de água o fruto do meu prado. E eis aqui se fez o meu regato um caudaloso rio, e o meu rio veio a competir com
um grande mar; Porque a luz da doutrina com que a todos ilustro é como a luz da madrugada, e eu a manifestarei
por toda a sucessão dos séculos. Penetrarei todas as partes inferiores da terra, e lançarei os olhos por todos os
que dormem, e esclarecerei a todos os que esperam no Senhor. Eu espalharei ainda uma doutrina como profecia,
e deixá-la-ei aos que andam em busca da sabedoria, e não cessarei de a derramar pela descendência deles até o
século santo.Vêde que eu não trabalhei só para mim, mas para todos os que buscam a verdade”. (Eclesiástico 24)

Provérbios 1;5 – Ouça o sábio e cresça em prudência; e o entendido adquira habilidade, 6 – Para entender
provérbios e parábolas, as palavras e enigmas dos sábios. 7 – O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os
loucos desprezam a sabedoria e o ensino. Sabedoria 6;14 – Ela se antecipa aos que a cobiçam, de tal sorte que
se lhes patenteia primeiro. 15 – Aquele que vigia desde a manhã para a possuir não terá trabalho porque ele a
achará assentada à sua porta.
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8 - A ODISSÉIA DO HOMO HABILIS

O Universo é eterno, mas partindo do pressuposto de que houve um início, teríamos que descrevê-lo
hipoteticamente, valendo-nos, entretanto, de ingredientes que não são hipotéticos.

Ele, a Mente Eterna, estava preenchendo toda a imensa esfera do Espaço estático, com a sua imensa sombra
inteiramente permeada pela energia atrativa, na sua poderosa adstringência. Com Ele estavam, então, somente
suas duas companheiras inseparáveis: a Vontade Eterna e a Sabedoria, e em suas essências, os seus Sete
Espíritos ou sete sementes potenciais, aguardando suas ordens. Este é o reino tenebroso, o Primeiro Princípio,
onde não há mais nada, senão apenas Ele, fechado e voltado para Si mesmo. Ele É o TUDO!

Eis que Ele acionou a Vontade e esta clamou por Sophia, a Sua Arquiteta (Provérbios 8;30), que então, juntas,
começaram a esquadrejar e a circular as imensidões do Espaço, definindo os contornos do arcabouço das Suas
manifestações (Provérbios 8;22 a 29), potencializadas pela Vontade e depositadas nas mãos de Sophia.

Então, a Vontade atraiu os Sete Espíritos, fecundou a Virgem Sophia que gerou o esplendoroso Filho amado e
Lhe entregou os tesouros da Theosophia. E o esplendor do Filho prevaleceu sobre as trevas e iluminou as
imensidões da Mente Eterna!

Esquadrejadas e circuladas as imensidões insondáveis, foram estabelecidas vinte e oito regiões celestiais e ali
foram alojados os quatro Querubins e os vinte e quatro Príncipes Angélicos, todos nos seus respectivos círculos:
aqueles, nas quatro extremidades do átrio do Santo dos Santos, como Sentinelas e estes, nas amplidões do
Espaço, para a expansão das suas legiões celestiais, nas suas respectivas circunscrições. Estabeleceu-se então,
o reino angélico, o Segundo Princípio.

Todos os Príncipes Angélicos tinham em suas essências, imanentes, todas as informações para o seu
posicionamento, quanto ao local, quanto à sua envergadura e quanto ao grau do seu esplendor, cabendo-lhes
posicionar a seu critério, as suas respectivas legiões angelicais nos seus espaços reservados, e vinte e três deles
obedeceram e seguiram à risca as suas instruções. Apenas UM deles não o fez! Envaidecido pela sua beleza e
poder, assumiu furiosamente maior envergadura e tomado pela cobiça e pela inveja do Filho, pretendeu
ultrapassar os limites da sua circunscrição e alcançar maior esplendor e mais poder, convocando suas legiões que
o acompanharam na insana empreitada. Mas na Mente Eterna está a poderosa energia atrativa e adstringente,
que abraça tudo, permeia tudo, está em tudo e tudo está nela e, mediante uma poderosa e imensurável
compressão, o Príncipe Angélico insubordinado e rebelde foi rapidamente confinado juntamente com suas legiões,
quando foi retirado o seu esplendor e ele foi circunscrito no seu reino infernal, ou seja, o Terceiro Princípio.

A poderosa compressão conglomerou, unificou toda a “massa” (o amálgama do ovo cósmico) irreversivelmente
contaminada pela ação do Príncipe insubordinado, tornando-a mais densa, num imenso bloco fumegante, mal
cheiroso e sem brilho. Todas as manifestações que integravam as essências dessa corporalidade foram afetadas
pela intensa contaminação e o próprio Filho teve que assumir o núcleo do Terceiro Princípio e iniciar um longo e
doloroso processo de regeneração ou purificação dessa “sopa cósmica”, que a partir dessa intervenção, passou a
ter uma constituição mista -- essência pura, essência natural específica e essência contaminada -- que se
traduzem respectivamente, no Espírito Angélico, Espírito Astral e Espírito Infernal. O Terceiro Princípio tem, de
fato, um início e, portanto, terá um fim, estabelecendo-se para ele uma trajetória evolutiva a ser descrita num
elemento também específico chamado tempo, um atributo que lhe é peculiar e exclusivo. No Terceiro Princípio
estão todas as galáxias com todos os seus integrantes, incluindo, portanto, a Via Láctea, com o Sistema Solar e o
Planeta Terra, onde se encontra o Homo Habilis que descreverá a sua evolução, assim como todo esse imenso
conjunto. Essa evolução é a grande maratona, ou a “quarentena” para a desinfecção de tudo o que for possível e
ela se desenvolve entre o desenrolar ou expiração e o enrolar ou aspiração do poderoso Agente Purificador, cujo
período, do desenrolar (Isaías 40;22) para o enrolar (Hebreus1;12) (Jeremias 23;19,20) (Provérbios1;27) ou da
expiração para a aspiração, pode ser chamado de Geração Cósmica. Podemos compreender, portanto, porque o
Terceiro Princípio inteiro equivale ao aterro sanitário, ou à estação de tratamento de efluentes do Universo, onde
estamos para sermos desinfetados, purificados e limpos, e podermos então retornar para nossa Casa definitiva.

Todas as manifestações da Mente Eterna têm em suas essências, todas as informações e as instruções
necessárias, (como a semente das árvores) dentro de uma hierarquia perfeita, com grande diversidade, quanto à
envergadura, autonomia, poder, cores, sabores, aromas e uma infinidade de características próprias, para que os
desígnios da Mente Eterna sejam devidamente observados e cumpridos. O Homo Habilis, no que lhe concerne,
conhece isso perfeitamente, assim como conhece grande parte de tudo o que o rodeia e do que observa.
Conhece, mas não sabe, pois a sua evolução racional se conclui no Homo Habilis, o seu terminal, sem a Sophia.
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Devido à contaminação das suas essências, o Homo Habilis tem dentro de si, três poderosas forças, que em
igualdade de condições, disputam a sua preferência: de um lado a força do Bem ou o Espírito Angélico que o
estimula a praticar as boas ações; no centro, a força da Natureza ou o Espírito Astral, que o convida a gozar a
vida, livremente, com todos os seus deleites; e do outro lado a força do Mal ou o Espírito Infernal que o convida a
praticar as más ações para obter vantagens ou extravasar sua ira. Essas forças estão nas “três vozes” que
sussurram na mente do Homo Habilis em todos os momentos da sua lucidez e às vezes, até quando ele está
dormindo. Portanto, ele é tri-polar, naturalmente, o que não o isenta das suas responsabilidades.

Sob os efeitos dessa poderosa tricotomia energética, debate-se, cambaleante, o pobre Homo Habilis, aflito,
desesperado, tropeçando e caindo aqui, levantando-se ali, cedendo ora a uma ora a outra dessas forças, até que,
progressivamente, acabará se definindo por uma delas. Aliás, ao final, ele se defrontará apenas com duas delas,
posto que o comando do Espírito Astral o conduzirá forçosamente ao comando do Espírito Infernal que sempre
assume e reúne os dois comandos, pois as duas bestas sempre acabam se unindo. Os vitoriosos, uma parte,
magros, feridos e desfigurados pelas batalhas desiguais, mas que permaneceram com resignação, paciência e
perseverança sob o comando do Filho (o seu único Pastor) e optaram pela porta mais estreita, a que conduz ao
Reino Angélico, no tempo previsto, suas Almas retornarão ao mistério do centrum naturae no amor da Segunda
Mãe. Essas Almas, regeneradas, perdem a parte da essência infernal e se completam com a essência angelical,
que lhes conferem corpos angelicais, os galardões. Então elas se incorporam à legião de Anjos, ou ao rebanho de
“ovelhas” do único Pastor, para a Vida Eterna! Quanto às outras duas partes reunidas -- 66,6% -- suas Almas
também retornarão ao mistério do centrum naturae, como na Primeira Mãe, mas como não conseguiram escapar
do jugo dos atributos da besta que surge da terra e da besta que emerge do mar, perdem a parte da essência
angelical e se completam com a essência infernal, perdem também a corporalidade e são dissolvidas, entrando
para a câmara de tortura, das quatro primeiras forças da natureza eterna, constituídas da mesma essência
infernal: a adstringência, o amargor, a angústia e o calor. A Razão, ou o velho homem, deve compreender que no
centrum naturae angelical está o Filho, o coração de Deus. No centrum naturae terrestre se encontra o homem. O
centrum naturae infernal não é Deus, mas está no Tudo, que é o não fundamento em si mesmo, mas é ele, o Tudo
inominável, (Deus) que gera, produz ou que dá origem ao fundamento. Eis o Não e o Sim! O fundamento é a
lápidi-philosophorum, ou a pedra angular rejeitada ou o Nosso Senhor Jesus Cristo! O demônio desprezou a
essencialidade celeste e inflamou a mãe natureza ou o centrum naturae no Primeiro Princípio, tornando todas as
coisas corpóreas, as quais Deus juntou tudo num só amálgama ou corporalidade então contaminada. Esse
amálgama recebeu a essência angélica do Filho no seu poderoso olhar, mas Este permaneceu oculto aos olhos
do demônio e só se manifesta ao novo homem, a partir do seu novo nascimento.

Estabelecido o “marco zero” da geração cósmica, quando o Filho, moído e martirizado, assumiu o núcleo do
Terceiro Princípio e lançou o seu poderoso olhar para toda aquela imensa corporalidade contaminada, iniciou-se a
contagem do tempo para a grande maratona da evolução de tudo o que constitui o Terceiro Princípio, cuja
corporalidade foi re-concebida, mas então mesclada pelos Espíritos do Bem, Astral e Infernal. Estava lançada uma
Geração Cósmica com uma duração predeterminada de “N’lhões” de anos, e bem próxima ao final dos quais, os
últimos serão os primeiros a "saber", em cujo período nos encontramos. Nós somos os últimos, por isso sabemos!
(vide Isaías 42;9 - Amós 3;7 - Jeremias 23;20) e isto está previsto nas Escrituras, que antecipam o derramamento
mais amplo e generoso do Espírito Santo e o recrudescimento da atuação do demônio, nos últimos tempos.
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Não há como imaginar o Homo Habilis nesse início da geração cósmica, senão apenas como essência ou
semente, num processo evolutivo, da gestação ao desenvolvimento em “N-lhões” de anos, ao lado de tudo o que
se consegue ver e de tudo o que não se consegue ver.
Sabedoria 19;
1 – Mas sobre os ímpios até o fim veio a ira de Deus sem misericórdia. Porque ele também sabia de antemão o
que lhes tinha de acontecer; 5 – E para que ao mesmo tempo tivesse o teu povo um miraculoso trânsito, e eles
achassem um novo gênero de morte, 6-Porque todas as tuas criaturas tomavam como no princípio, cada uma no
seu gênero, uma nova forma, obedecendo aos teus mandados, a fim de que os teus servos se conservassem
ilesos. 7- Porque uma nuvem fazia sombra ao seu arraial, e onde antes havia água apareceu terra seca, e no Mar
Vermelho uma passagem sem embaraço, e um campo viçoso no seu profundo abismo.16- E foram feridos de
cegueira, como aqueles à porta do justo, quando tendo sido repentinamente cobertos de trevas, buscava cada um
a entrada da sua porta.17- Porque tudo isto sucede enquanto os elementos se convertem uns em outros, do
mesmo modo que num instrumento musical se muda a qualidade do som, e tudo guarda a sua harmonia; do que
se pode fazer ao certo um conceito pelo mesmo sucesso que então se viu.18- Porque os animais terrestres
pareciam mudados em aquáticos, e os que nadavam nas águas se passavam para a terra.19- O fogo, excedendo
a sua virtude, se ateava no meio d’água, e esta se esquecia da natureza que tem de o apagar. 20- As chamas,
pelo contrário, não ofenderam as carnes dos animais corruptíveis que andavam entre elas, nem dissolviam aquele
delicioso manjar, que se desfazia facilmente como o gelo. Porque em todas as coisas engrandeceste, Senhor, ao
teu povo, e o honraste, e não o desprezaste, assistindo-lhe em todo o tempo e em todo o lugar.
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Mas, a partir de certo momento, depois de grandes retiradas de escórias, já próximo do final da grande maratona,
abrem-se os olhos do Homem Primitivo e ele adentra a fase inicial do Homo Habilis, que é o seu último estágio na
sua evolução racional. A partir daí ele se apoderou da liberdade, obteve a racionalidade, passando a ter o
discernimento progressivo sobre as três poderosas forças que orientam suas ações e pleno conhecimento das
suas responsabilidades. O tempo da sua ignorância absoluta se esgotou, (Atos17;30) e (João 15;22) pois ele
passou para a fase do conhecimento racional e poderá entrar na fase da luz, quando sua racionalidade se renderá
ao espírito, e atingirá o seu apogeu, como Homo Sapiens. Daí em diante o seu comportamento, suas atitudes,
suas ações e suas obras serão orientadas pelo espírito angelical, o novo “gerente” da sua hospedaria.

Como foi a trajetória do Homo Habilis (da Humanidade) a partir do esgotamento do seu tempo de ignorância
absoluta? Vamos embarcar numa pequena e parcial viagem retrospectiva, seguindo até onde for possível alcançar
alguns registros dessa história, apesar das dúvidas que certamente surgirão, pois esses registros foram feitos pelo
próprio Homo Habilis. E nós nos conhecemos muito bem.

A viagem, sob a ótica do Homo Habilis naturalista, retrocede até a sua concepção de que os seres humanos têm a
mesma estrutura anatômica básica e constituição genética semelhante à dos grandes símios (chimpanzés e
gorilas), considerando que tais condições teriam sido herdadas de um ancestral comum, que teria vivido há cerca
de 10 milhões de anos atrás.

As mudanças ambientais aliadas a fatores desconhecidos teriam estimulado, que seres humanos e símios
seguissem caminhos evolutivos diferentes, divergentes após 5 a 8 milhões de anos decorridos numa vida então
associada, da qual não fazem comentários, ficando embutida nos fatores desconhecidos.

O gênero humano conhecido hoje, no curso dos tempos, teria mantido algumas características e mudado outras
herdadas do suposto ancestral comum, assim como, presumivelmente, deve ter ocorrido com os símios. Uma das
mudanças teria sido o bipedalismo (andar ereto), que se considera confirmada pelo encontro do esqueleto de Lucy
na Etiópia, que teria ocorrido há cerca de 3,4 milhões de anos e logo depois, através da descoberta de pegadas
preservadas por cinzas vulcânicas, concluiu-se que os ancestrais do homem já viviam em núcleos familiares há
3,8 milhões de anos. Esses fósseis combinavam características simiescas com traços humanos e teriam vivido na
África até cerca de 1,7 milhões de anos.

Entretanto, um ancestral comum para símios e humanos ainda não foi descoberto ou reconhecido em um registro
fóssil, mas supõe-se que as características simiescas foram se afastando e cedendo espaço às características
humanas num período anterior a 2 milhões de anos. Essas são as conjecturas ou especulações do próprio Homo
Habilis sobre as suas supostas origens.

Ora, as manifestações engendradas pelas três poderosas energias fundamentais (atrativa, expansiva e rotativa)
derivam dos sete espíritos, ou essências ou sementes do Pai e essas manifestações são individuais e específicas
na sua origem. Cada uma no seu gênero, como se viu acima.

Gênesis 6;
1 – Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhes nasceram filhas, 2 – Vendo os filhos de Deus que as
filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhes agradaram.4 – Ora
naquele tempo havia gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos
homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na antiguidade.

As sementes foram direcionadas para matrizes desenvolvidas especificamente para recebê-las e propagá-las, não
havendo, portanto, uma mixagem aleatória de gêneros, como se supõe. A seqüência desse enunciado evidencia
que, cumprido o desígnio do estabelecimento da base evolutiva do Homo Habilis, executou-se a primeira grande
limpeza das escórias, através do dilúvio. Esse é o curso da purificação do gênero humano, que teve a segunda
grande limpeza (Sodoma e Gomorra) e já se aproxima a última “peneirada”. Noé e sua família, selecionados, --
porque reconheço que tens sido justo diante de Mim no meio desta geração (Gênesis 7;1) -- simbolizam a primeira
estrutura familiar do Homo Habilis que, progressivamente, povoou e dominou todo o Planeta Terra. “Deus joga
dados”, mas Ele mesmo é o cassino, a roleta e o próprio dado. Dá sempre UM. Tudo é rigorosamente pré-
determinado, cujas características estão como essências, no “ovo cósmico”.

Assim, fica descaracterizada e sem sentido a suposta árvore genealógica do gênero humano, que parte de um
ponto comum e estabelece linhagens divergentes para os grandes símios e os humanos, com o seu
desenvolvimento inicial pela África, Europa e Ásia. Contudo, a crença racional no efetivo conhecimento da origem
do Homo Habilis, nada de útil acrescenta ao seu intelecto. Mais proveitoso teria sido se ele tivesse estudado a sua
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própria trajetória evolutiva, de forma constante e ao longo do tempo, evitando a repetição de tantos erros na
história da Humanidade, que nos causam tanta vergonha de nós mesmos. Por outro lado, desconsideradas as
especulações da racionalidade, cuja história real, por si só, invalida a sua pretensiosa auto classificação como
Homo Sapiens, consideramos que o apogeu da evolução racional humana se estabelece no Homo Habilis, que
iniciou a fabricação de utensílios para uso deliberado em atividades diversas, cuja habilidade evoluiu lenta e
progressivamente em direção ao atual estágio tecnológico. A ultrapassagem da fronteira do Homo Habilis para o
Homo Sapiens implica na possibilidade de transcender a própria racionalidade e no conseqüente ingresso na
região da espiritualidade, onde se opera exclusivamente com elementos intuitivos e improváveis, que povoam as
mentes contemplativas. Isto está acima da capacidade natural do Homo Habilis, posto que, a ultrapassagem sobre
os limites da racionalidade, apenas se estabelece após o glorioso encontro com Sophia, que somente se
apresenta com autorização da energia atrativa, atuação da energia expansiva e comunicação da energia rotativa.
Assim, por este único e exclusivo caminho, o Homo Habilis poderá adentrar a Theosophia e assumir efetivamente
a condição de Homo Sapiens. Ato contínuo, num olhar retrospectivo, ele sentirá vergonha de si mesmo e do seu
gênero, cuja história, mesmo que ainda parcial e maliciosamente oculta, certamente lhe causará intensas náuseas
estomacais. Integramos o lixo do Universo, em processo de reciclagem.

Alcançado o estágio evolutivo que lhe confere o status de Homo Habilis, a Besta-Fera primitiva não conseguiu se
livrar da sua ferocidade e da sua insensatez. Assim, o desenvolvimento das suas habilidades na fabricação de
utensílios, ferramentas e armas, o conduziu a se utilizar destas últimas, para estabelecer a liderança entre os seus
iguais, para se apossar do que desejasse, para caçar suas presas para o sustento familiar ou somente para se
divertir, ainda que acarretasse a extinção de algumas espécies e finalmente, para usá-las no extermínio dos seus
próprios semelhantes, nas guerras para se apropriar de novos territórios com suas riquezas ou para lhes impor os
seus interesses e as suas convicções políticas, sociais, econômicas, ou ainda simples crenças e superstições
condizentes com a sua ignorância. Além disso, o “progresso” mediante o avanço da “tecnologia” de que tanto ele
se orgulha, ao lado da deterioração dos valores éticos que ele finge não perceber, custou a degradação do meio
ambiente e a perda da noção do Bem, ou seja, a destruição física e moral da sua própria casa: o Planeta Terra!
Vejamos uma pequena parte da história da Humanidade e apreciemos como o Homo Habilis administra a sua
Casa (o Planeta Terra) e como se utiliza das suas habilidades e dos produtos de sua fabricação, para avaliarmos
o seu grau de “sabedoria”, pois que ele mesmo se considera o Homo Sapiens!

O Mar de Aral, na Ásia Central, era um grande lago de água salgada localizado entre o Cazaquistão e o
Uzbequistão, em torno do qual girava a economia e a vida dessas duas nações e de mais algumas ex-repúblicas
soviéticas, envolvendo cerca de 55 milhões de pessoas. Na década de 1951/1960 a sua superfície era de 68.000
km2, equivalente à dos Estados do Rio de Janeiro e Alagoas somados. Atualmente a sua superfície está reduzida
a 10% do total e a sua extinção é iminente e irreversível, segundo os especialistas. Os soviéticos decidiram
desenvolver a agricultura em substituição à pesca e para isso, desviaram dois rios que desembocavam no Mar de
Aral, para irrigar as plantações. O desaparecimento das águas e os pesticidas liquidaram com a flora e a fauna
que circundavam o Mar de Aral e essa destruição da natureza incidiu como o efeito dominó sobre a população. A
indústria pesqueira desabou, pois ficou sem água e sem os peixes. Sem indústria, foram-se os empregos. Quase
sem empregos, a renda per capita também desabou, aumentando a pobreza, que provocou o crescimento de
doenças próprias da miséria. Além disso, a contaminação por agrotóxicos e pelo sal (a salinidade triplicou)
provocou epidemias, com a ocorrência de câncer, tuberculose, asma e outras doenças respiratórias, cujos efeitos,
entre outros, se refletem na morte, antes de completar um ano de vida, de uma em cada nove crianças, e na
constatação de que a maior parte das gestantes sofre de anemia. Os moradores do litoral ficaram a quilômetros de
distância da água, cuja salinidade triplicada e associada à areia, presentes nas freqüentes tempestades, os levam
ao confinamento domiciliar por vários dias seguidos. Vivem a angústia do desmoronamento total.

A Guerra representa outra atividade muito apreciada pelo Homo Habilis. Vejamos a sua ocorrência na evolução
desse singular animal, ambicioso, egoísta, surdo e cego, tomando como fonte o Relatório do DH da ONU.
Período Mortes em conflitos População Mundial % da População Mundial
Sec. XVI 1.600.000 493.300.000 0,32%
Sec. XVII 6.100.000 579.100.000 1,05%
Sec. XVIII 7.000.000 757.400.000 0,92%
Sec. XIX 19.400.000 1.172.900.000 1,65%
Sec. XX 109.700.000 2.519.500.000 4,35%
Nota: Os valores da população mundial são estimativas referentes ao meio do século.
O correto número de mortes em todas as guerras, desde que se têm notícia, jamais será conhecido. Esse é o
produto dessa infeliz inclinação do Homo Habilis, cujo histórico pode ser melhor pesquisado na Internet.

O século XIX registrou o início do desenvolvimento mais acelerado do conhecimento racional da Humanidade cuja
aceleração, explodiu no século XX, o mais fecundo de todos no desenvolvimento tecnológico, quando a
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racionalidade humana atinge o seu apogeu, com tamanha velocidade, que as gerações anteriores têm notória
dificuldade de acompanhá-la. Para observar onde essa aceleração do conhecimento racional da Humanidade se
refletiu, embora não seja o único reflexo, pois podemos encontrar até aspectos positivos, basta analisarmos o
quadro acima, para confirmarmos o que foi dito anteriormente: quanto mais eu conheço, mais perigoso eu sou
para mim mesmo! Isto porque o conhecimento racional não conduz à sabedoria!

Além de estarmos e de fazermos parte do grande aterro sanitário do Universo, ao qual devolveremos a parte do
nosso componente pessoal (a embalagem) que pertence à Terceira Mãe, ainda temos o lixo que fabricamos, seja
em função das nossas atividades necessárias (são os menos problemáticos), seja em função dos nossos atributos
negativos (são os mais problemáticos), cujo subsistema idealizado para administrá-lo, a exemplo dos demais
subsistemas, acha-se em situação de colapso. Temos o lixo orgânico, o lixo urbano, o lixo reciclável, o lixo
hospitalar, o lixo industrial, o lixo eletrônico, o lixo tóxico, o lixo espacial, o lixo nuclear e o lixo radioativo. Não
vamos nos demorar no exame de cada um dos tipos de lixo, e os problemas que acarretam, mas apenas observar
que os nossos aterros sanitários, onde existem, se transformaram em quebra-cabeças de difícil solução, poluindo
o local em que se encontram e os lençóis freáticos adjacentes. O primeiro mundo já não dispõe de lugar para
acomodá-los e já estão “exportando” lixo, como a Inglaterra fez recentemente, mandando toneladas para o Brasil.
Sabe-se que o lixo radioativo está sendo depositado no fundo do mar e que as indústrias, conforme a natureza da
sua produção, estão abarrotadas de tambores metálicos de lixo industrial, inclusive o restante do lixo processado
pelas estações de tratamento de efluentes, de cujo lixo ninguém sabe como se livrar.Como resultado do nosso
avanço tecnológico, destruímos o nosso Planeta e estamos atualmente, transformando o espaço acima da órbita
da Terra, também em depósito de lixo. Ainda bem que só fomos até a lua, onde já deixamos um pouco de lixo.

Vamos agora, para o mundo das drogas, onde existem duzentos milhões de usuários, que são os agentes
financeiros da produção e do tráfico de drogas, mas considerados apenas como “doentes”. Ora, todos aqueles
que têm desvios de conduta são doentes, e aqueles que não assumiram nenhum deles, também são
potencialmente doentes, uma vez que todas as doenças foram introduzidas em nossas essências, na origem,
quando houve a contaminação de todo o amálgama do Terceiro Princípio. Mas todos nós temos o livre-arbítrio e o
discernimento do bem e do mal, impressos em nossas mentes e em nossos corações, para administrarmos
pessoalmente todas as questões e assumirmos livremente o nosso comportamento, com as inerentes
responsabilidades, o que torna inescusáveis as nossas más ações, sejam elas quais forem A tolerância
generalizada, intensificou a impunidade, que por sua vez, contribuiu com sua parte para acelerar o caos em que
se encontra o Planeta, e ela está mascarada por aqueles que se alojaram nos cobiçados escalões superiores dos
diversos setores da administração pública, em todo o Planeta, cuja administração se alimenta desse caos e se
previne dos rigores de uma estrutura mais justa e eficiente, que se implantada, poderia recair sobre eles mesmos,
pois, motivos certamente não faltariam. A progressão dessa tolerância, que estimulou e intensificou o mau
comportamento, é uma consciente autodefesa preventiva da sociedade e especialmente daqueles que formulam e
administram os fundamentos reguladores da estrutura social, que deveriam coibir e reprimir, com justiça, eqüidade
e rigor os culpados pela deterioração dos valores éticos e morais, o que está ocorrendo aceleradamente, em todo
o Planeta. Essa deterioração já se aprofundou até a adolescência e a própria infância, como se vê nos noticiosos
nacionais e internacionais, onde nas escolas, os agentes do repasse dos conhecimentos racionais, os
professores, exercem atualmente, uma profissão de alto risco! Esse apodrecimento dos valores éticos e morais
vêm de cima para baixo, como exemplos devastadores, daqueles que deveriam ser os paradigmas da dignidade
humana. A palavra tráfico, a exemplo do lixo, também pode ser subdividida, pois temos
o tráfico de drogas, o tráfico de animais, o tráfico de pessoas, o tráfico de armas, o tráfico de escravos, o tráfico de
órgãos humanos e o tráfico de influência. Também não iremos nos alongar no exame de cada tipo de tráfico,
observando, que a nossa incrível capacidade de converter quase tudo em atividades comerciais lucrativas, justifica
tudo, pois todas as atividades geram empregos ou criam atividades paralelas altamente lucrativas, tanto para
quem as exerce, como principalmente, para os que deveriam coibi-las, ou evitá-las através da prevenção e da
repressão exemplar. Nesse contexto, podemos encaixar a bem conhecida expressão “criar dificuldades para
vender facilidades”, ressalvadas as honrosas exceções, uma minoria geralmente impossibilitada de agir.
Quanto à destruição da flora e da fauna, as civilizações mais antigas já deram a sua “contribuição” e praticamente
não resta mais nada nem de uma e nem de outra nessas regiões. O chamado Novo Mundo está fazendo a sua
parte e trabalha ativamente para liquidar o que resta. É evidente que a Razão conhece os problemas que advirão,
tal como aconteceu e acontece, nas regiões que já concluíram a destruição. Conhece, mas não sabe.
Destruindo a flora, contribuímos também para agravar o problema da água potável. O chamado Planeta Água
possui mesmo água em abundância, pois 70% da sua superfície são cobertas por esse precioso líquido, o
elemento número um para o desenvolvimento de todas as formas de vida existentes. Entretanto, apenas 3% é
água doce, dos quais 2% constituem as geleiras, restando somente 1% de água potável. Como é seu hábito, o
homem se preocupa com os efeitos e não com as causas. Assim, ao mesmo tempo em que ele ensina como
economizar água, ele continua poluindo os rios, que se transformaram em redes de esgoto, ou extinguindo-os com
o desmatamento acelerado, represando grandes volumes de águas, provocando alterações na temperatura e na
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umidade do ar, desviando cursos de rios, e especialmente, poluindo e contaminando os mananciais, cujo cuidado
efetivo com os mesmos, fica mascarado sob o véu do faz-de-conta, embutido no blá, blá, blá... ou ainda como se
diz na sabedoria popular, na “prosopopéia flácida para acalentar bovinos”.

No âmbito das crenças e superstições, que derivam da inquietude do intelecto, relativa às reminiscências
angelicais do homem, o Homo Habilis também opera com astúcia, malícia e a sua costumeira ferocidade. Nessa
direção, temos a vergonhosa página da Inquisição em nossa História, que se originou da recuperação parcial do
poder político pelas denominações teológicas, que dominara plenamente desde épocas não alcançadas pelos
registros históricos, período esse consumado no Judaísmo, que permaneceu no mundo oriental e foi parcialmente
traduzido e incorporado no chamado Cristianismo no mundo ocidental. Essa recuperação foi facilitada pelo próprio
poder político que se irmanou com o poder Teológico, de sorte que ambos confundiam a “platéia”, mesclando-se e
revezando-se no extermínio dos seus respectivos opositores ou concorrentes.

A escalada para retomar o poder ocorreu a partir de 313 quando o imperador romano Constantino concedeu a
liberdade “religiosa” no Império Romano. A partir daí, progressivamente, a “igreja” já organizada, passou a exigir a
submissão de todos às suas convicções doutrinárias, contando em 380, com o reforço do Edito de Tessalônica
que obrigava toda a população a professar o Cristianismo e, já em 386, na Espanha, houve a primeira vítima
condenada à morte, por não sujeitar-se a essas convicções.

Com essa astuciosa esquematização, o enorme poder Teológico, que então repousava exclusivamente na
chamada Igreja Católica Apostólica Romana, dominou por cerca de 1200 anos, mediante sucessivas e
convenientes alianças com os poderes políticos dominantes, impondo pela força suas idéias, devidamente
organizadas em seu sistema Teológico, enriquecendo-se fantasticamente, por conta de contribuições, doações,
apropriações compulsórias, ou favorecidos por leis que costuravam juntamente com o poder político, as quais
desapropriavam bens e valores dos “hereges” ou equivalentes, parte dos quais, evidentemente, eram
incorporados ao seu patrimônio. Essa instituição é, sem sombra de dúvida, a maior, a mais poderosa e a mais
duradoura empresa privada do Planeta e a sua prioridade atual é recuperar, novamente, uma parcela maior de
poder político, reduzido lenta e progressivamente a partir do século XVI. Oxalá esse objetivo seja frustrado, pois a
História mostra claramente o que acontece quando as “duas irmãs” se juntam, ocorrendo-nos, por oportuno, o
pensamento de Blaise Pascal, o filósofo e físico francês: “Os homens jamais fazem o mal tão completamente e
com tanta alegria como quando o fazem a partir de uma convicção religiosa”. Diríamos Teológica, pois essa
organização doutrinária é apenas um sistema Teológico racional. Nada mais, e para se ter uma pálida idéia do que
foi essa Inquisição, consta que em 1209, na cidade de Béziers, na França, muitas pessoas foram queimadas vivas
dentro de uma igreja, e que na cidade de Freising, na Alemanha, incensavam a sala de torturas e celebravam
missa pelo sucesso dos trabalhos, abençoando os instrumentos de tortura! (Vide Jeremias 32;32 a 35)

Poderíamos nos alongar no exame mais detalhado e mais amplo dos desatinos do Homo Habilis e certamente
este capítulo seria bem maior que todos os demais juntos. Mas a idéia foi apenas dar uma “sacudida no torpor”,
mostrar porque devemos sentir nojo de nós mesmos e compreender melhor as pessoas inteligentes e bem
intencionadas, que contemplam esse cenário aterrador, observam o nosso Planeta dominado por guerras
sangrentas, ações terroristas, pela competição nuclear, pela proliferação da ignorância, da fome, de doenças
epidêmicas e das drogas, pelos índices crescentes e alarmantes de crimes violentos, pela destruição do nosso
meio ambiente, pela impressionante decadência generalizada dos valores éticos e morais, e se pergunta: “Por que
acontece isso tudo, que em grande parte já ocorreu no passado, e continua ocorrendo no presente, juntamente
com inovações criminosas, e por que nós não temos capacidade de aprender com o passado e construir o
presente e o futuro, livres desse cenário assustador? Por que nós nos destruímos a nós mesmos?”

A resposta para a primeira pergunta é mais simples do que se poderia imaginar: “Porque somos orgulhosos,
cobiçosos, invejosos e coléricos. Os desdobramentos desses atributos geram uma infinidade de atitudes e ações
práticas, que constituem o nosso comportamento peculiar, diante das inúmeras circunstâncias, com as quais nos
defrontamos no curso das nossas vidas. Temos o poder de nos submetermos ou não a esses atributos, tanto a
qualquer deles isoladamente como a todo o conjunto deles. Aqueles que não se submetem, são as pessoas
inteligentes e bem intencionadas que são consideradas tolas pela maioria. Aqueles que se submetem são
potencializados para ingressar nas hostes que ajudam a construir aquele cenário aterrador montado no parágrafo
anterior. Eis alguns desses desdobramentos: a hipocrisia, o sofisma, a mentira, a prostituição, a pedofilia, a
falsificação, a infidelidade, o furto, o seqüestro de pessoas, o latrocínio, o assassinato, o suborno, o estelionato, o
peculato, as discriminações de quaisquer tipos, a corrupção ética e moral, o terrorismo, os genocídios, as guerras,
e por aí afora. A lista é enorme, envolvendo todas as artimanhas contidas na astúcia e na ferocidade do Homo
Habilis”. A resposta para a segunda pergunta é mais simples ainda: “Porque conhecemos muito, mas não
sabemos nada, ou seja, não possuímos a sabedoria na nossa racionalidade”, por isso não conseguimos perceber
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o óbvio que está a um palmo do nosso nariz: estamos serrando o galho onde estamos sentados! E, por último,
porque a evolução espiritual não acompanha a evolução racional do astuto e feroz, Homo Habilis.

“Embora eu possa gostar muito de indivíduos específicos,


a humanidade em geral me enche de desprezo e desespero”
Robert Crumb – cartunista norte americano

A esta altura, vem à tona a pergunta: Onde se encontra o Homo Sapiens, que assim se autodenomina na
arrogância da sua racionalidade? A quem ele atribuirá, como é seu costume, a culpa por essa infinidade de
absurdos que permeiam a sua (nossa) história, que ele mesmo registrou? Talvez ele transfira a culpa para a
existência, que em si mesma, o condenou a ser livre e ele assumiu essa liberdade muito a contragosto, fazendo
mau uso dela por culpa de algum alienígena que queria destruir a Terra.

A liberdade do Homo Habilis não é compulsória, não lhe foi imposta arbitrariamente, o que invalida ou esclarece
melhor, o pensamento contido na frase que diz: “o homem está condenado a ser livre”. Essa liberdade é
conseqüência da evolução que entra em vigor e se manifesta, quando Adão prova o fruto proibido, tomando
consciência do bem e do mal. Todavia, a liberdade trouxe consigo a responsabilidade por todas as suas escolhas
definidas daí em diante, e esse poder sobre si mesmo produz o medo, a angústia e a ansiedade, que se instalam
no grande “palco” de combate do Homo Habilis, a sua Mente, que está sempre desejando explicações sobre as
origens de tudo, sobre as vagas reminiscências, de um estado paradisíaco perdido ao longo dos tempos
imemoriais, e também ela é o depósito de todos os seus conflitos, pois a paz e o tormento do espírito são
transferidos para esse “centro administrativo” - a Mente - refletindo as suas conseqüências para o plano físico,
onde elas são exteriorizadas no comportamento habitual do Homo Habilis.

Temos então que alterar a conhecida frase, para lhe conferir o seu correto sentido: “o homem se condenou a fazer
mau uso da liberdade”, e essa liberdade é irreversível e inalienável, frustrando as tentativas do astuto Homo
Habilis, de transferir para outros as decisões mais complexas e controvertidas da sua vida, que podem gerar
conseqüências e responsabilidades mais profundas, ocultando a premeditada omissão ou indiferença, diante das
circunstâncias mais inconvenientes ou indesejáveis. Essa postura do Homo Habilis caracteriza, de forma
inequívoca, a sua má-fé, que a sua própria consciência não consegue e nem pode esconder de si mesma,
exacerbando os sintomas de angústia, medo, ansiedade e desespero, podendo derivar para diversas espécies de
graves insanidades, que manifestadas, produzem os vergonhosos registros da sua (nossa) história.

Como se observa, não é a existência em si mesma, que produz de forma aleatória e generalizada o desespero
com os seus acessórios, cuja origem está no mau uso da liberdade evolutiva assumida, mas sim a má-fé e o
comportamento antiético é que são os seus legítimos produtores. Esse tipo de comportamento baseado na má-fé
foi progressivamente se tornando banal, convertendo-se numa prática cotidiana, incorporada aos costumes,
admitida como normal, tornando-se uma instituição integrada à estrutura social do astuto e controvertido Homo
Habilis. Os resultados aí estão, gravados nos grandes eventos históricos, reflexos das manifestações da
Humanidade desqualificada, que agoniza nos estertores da sua (nossa) miséria moral, produzida onde quer que
se olhe, em nosso Planeta.

A nossa existência, assim como a existência do Terceiro Princípio inteiro, decorreu de uma emergência oriunda da
insubordinação do Príncipe Lúcifer. Ela não estava planejada na forma como se a conhece, com uma
essencialidade mista que lhe confere a imperfeição, comprovada pela necessidade de que tenha um início e
conseqüentemente um final. Mas temos que dar graças a Deus por essa existência, que possibilita o nosso
retorno à perfeição do Segundo Princípio, porém, sem jamais admitir o absurdo pensamento dos existencialistas,
que concebe a suposição de que a existência antecede à sua própria essencialidade. Ora, a semente surgiu da
evolução das essências. O Ser surgiu da evolução da semente e desenvolve a sua própria evolução até retornar
às suas essências originais, completando o ciclo da sua efemeridade existencial no plano do Terceiro Princípio,
esclarecendo os naturalistas sobre a questão do ovo e da galinha, e mais, que as essências estão, desde toda a
eternidade, subjacentes a tudo! Sem necessidade do acelerador de partículas, moderna versão da Torre de Babel.

Após reler (Sabedoria 15;11,12), solicitamos ao Homo Habilis (o Homo Sapiens não existe sem a unção do
Espírito Santo), que leia atentamente a transcrição dos textos bíblicos logo abaixo, e o que vem a seguir.

Ezequiel 36;18 – Derramei, pois, o meu furor sobre eles, por causa do sangue que derramaram sobre a terra, e
por causa dos seus ídolos com que a contaminaram. 21 – Mas tive compaixão do meu santo nome, que a casa de
Israel profanou entre as nações para onde foi. 22 – Dize, portanto, à casa de Israel: Assim diz o Senhor Deus: Não
é por amor de vós que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome que profanastes entre as nações
para onde fostes. 24 – Tomar-vos-ei dentre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a
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vossa terra. 25 – Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados, de todas as vossas imundícias e de
todos os vossos ídolos vos purificarei. 27 – Porei dentro em vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus
estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis. 28 – Habitareis na terra que eu dei a vossos pais; vós sereis o
meu povo, e eu serei o vosso Deus. 31 – Então vos lembrareis dos vossos maus caminhos, e dos vossos feitos,
que não foram bons, tereis nojo de vós mesmos por causa das vossas iniqüidades e das vossas abominações.
32 – Não é por amor de vós, fique bem entendido, que eu faço isto, diz o Senhor Deus. Envergonhai-vos, e
confundi-vos por causa dos vossos caminhos, ó casa de Israel. 33 – Assim diz o Senhor Deus: No dia em que eu
vos purificar de todas as vossas iniqüidades, então farei que sejam habitadas as cidades e sejam edificados os
lugares desertos.

Miquéias 3;1 – Disse eu: Ouvi, agora, vós, cabeças de Jacó, e vós, chefes da casa de Israel: Não é a vós outros
que pertence saber e juízo? 9 – Ouvi agora isto, vós, cabeças de Jacó, e vós chefes da casa de Israel, que
abominais o juízo e perverteis tudo o que é direito. 11 – Os seus cabeças dão as sentenças por suborno, os seus
sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro, e ainda se encostam ao Senhor,
dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá. 12 – Portanto, por causa de vós, Sião
será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de ruínas, e o monte do templo numa colina
coberta de mato

Isaías 40;12 –Quem na concha de sua mão mediu as águas, e tomou a medida dos céus a palmos? Quem
recolheu na terça parte de um efa o pó da terra, e pesou os montes em romana e os outeiros em balança de
precisão?13–Quem guiou o Espírito do Senhor? ou, como seu conselheiro, o ensinou? 14–Com quem tomou ele
conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo e lhe ensinou sabedoria e lhe
mostrou o caminho do entendimento?15–Eis que as nações são consideradas por ele como um pingo que cai de
um balde, e como um grão de pó na balança; as ilhas são como pó fino que se levanta.17–Todas as nações são
perante ele como coisa que não é nada; ele as considera menos do que nada, como um vácuo.18 –Com quem
comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com ele?19–O artífice funde a imagem, e o ourives a
cobre de ouro, e cadeias de prata forja para ela. 20–O sacerdote idólatra escolhe madeira que não se corrompe e
busca um artífice perito para assentar uma imagem esculpida que não oscile. 21–Acaso não sabeis? porventura
não ouvis? não vos tem sido anunciado desde o princípio? ou não atentastes para os fundamentos da terra? 22 –
Ele é o que está assentado sobre a redondeza da terra, cujos moradores são como gafanhotos; é ele quem
estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda para neles habitar; 23–É ele quem reduz a nada os
príncipes, e torna em nulidade os juízos da terra. 25 A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? diz
o Santo. 26–Levantai ao alto os vossos olhos, e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu
exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelos seus nomes; por ser ele grande em força e
forte em poder, nem uma só vem a faltar. 27–Por que, pois, dizes, ó Jacó, e falas, ó Israel: O meu caminho está
encoberto ao Senhor, e o meu direito passa despercebido ao meu Deus? 28–Não sabes, não ouviste que o eterno
Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu
entendimento.

Isaías 41:21 – Apresentai a vossa demanda, diz o Senhor; elegei as vossas razões, diz o Rei de Jacó. 22 – Trazei
e anunciai-nos as coisas que hão de acontecer; relatai-nos as profecias anteriores, para que atentemos para elas
e saibamos se se cumpriram; ou fazei-nos ouvir as coisas futuras. 23 – Anunciai-nos as coisas que ainda hão de
vir, para que saibamos que sois deuses; fazei bem ou fazei mal, para que nos assombremos, e juntamente o
veremos. 24 – Eis que sois menos do que nada e menos do que nada é o que fazeis; abominação é quem vos
escolhe. 25 – Do norte suscito a um, e ele vem, a um desde o nascimento do sol, e ele invocará o meu nome;
pisará magistrados como lodo, e como o oleiro pisa o barro. 26 – Quem anunciou isto desde o princípio para que o
possamos saber, antecipadamente, para que digamos: É isso mesmo. Mas não há quem anuncie, nem tampouco
quem manifeste, nem ainda quem ouça as vossas palavras. 27 – Eu sou o que primeiro disse a Sião: Eis! Hei-los
aí! e a Jerusalém dou um mensageiro de boas novas. 28 – Quando eu olho, não há ninguém; nem mesmo entre
eles há conselheiro a quem eu pergunte e me responda. 29 – Eis que todos são nada; as suas obras são coisa
nenhuma; as suas imagens de fundição, vento e vácuo.

A Humanidade, no exercício das suas prerrogativas racionais, estabeleceu a sua própria trajetória. Eis o que
podemos chamar de “roteiro da consumação racional”:
1 – Falência dos valores éticos e morais, institucionalizada de cima para baixo, em todas as colunas de
sustentação da estrutura da Humanidade: política, jurídica, econômica, científica, teológica e social.
2 – Deterioração do meio ambiente, pelo avanço tecnológico e pela intensificação das atividades industriais e
agrícolas, incluindo as usinas nucleares e a destruição do sistema biológico vital do solo, pelo uso indiscriminado
de pesticidas e agrotóxicos na produção de alimentos e combate às pragas. Esse cenário promove a extinção
progressiva da biodiversidade do planeta, com o desaparecimento a cada década, de 5% das espécies existentes,
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estimando-se que dentro de mais quatro décadas, em torno de um quarto das espécies de plantas e animais
estarão extintos.
3 – Diminuição progressiva das fontes de água potável, em função do desperdício e da degradação dos recursos
hídricos. A OMS estima que dois terços da população mundial, enfrentarão escassez de água dentro de 15 anos.
4 – Crise na produção de energia, onde os combustíveis fósseis (petróleo e gás natural) atendem a 86% do
consumo global. O aumento da produção de veículos automotores agrava a poluição ambiental e acelera o
processo de exaustão das reservas petrolíferas, abrindo espaço para o combustível nuclear, já com 443 usinas
existentes no planeta, verdadeiras “bombas atômicas” engatilhadas, com mais 84 usinas projetadas ainda para
esta década. Além das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, já colecionamos sete acidentes com usinas
nucleares, resultando em muitas mortes e interdições prolongadas de áreas contaminadas pela radioatividade. O
gatilho permanente dessas “bombas atômicas” são os possíveis cataclismos, que são inevitáveis e não se sabe
quando, como e onde poderão ocorrer. Nem o “encaixotamento” dos reatores dessas usinas em “túmulos de
concreto” livra a Humanidade do perigo, frente aos desastres naturais, que podem colocar tudo a céu aberto,
liberando o “monstro” que se chama radiação nuclear ou radioatividade que, como se sabe, é praticamente
imortal, e extremamente poderosa para matar. A semente essencial desse “monstro” está na cólera do seu pai,
que muito se orgulha de havê-lo concebido, e que chama-se Homo Habilis, mas gosta muito de ser chamado por
si mesmo, de Homo Sapiens, constrangendo a nossa querida Sophia.
5 – A cobiça e a cultura da violência e da prostituição promovem a degradação da qualidade de vida,
moral e material, numa escala progressiva e devastadora. A cobiça desenvolve e propaga a corrupção, muito mais
danosa nas administrações públicas e nos patamares superiores da pirâmide social, alargando drasticamente o
abismo entre ricos e pobres, mantendo a maior parte dos recursos econômicos em poder de poucas pessoas, e a
miséria e ignorância aprofundadas na imensa maioria dos povos de todas as nações. Esse cenário atua como um
poderoso acelerador que desintegra os valores éticos e morais, desqualificando toda a estrutura social,
construindo péssimos exemplos para serem seguidos pelos integrantes dos patamares inferiores da pirâmide
social nas suas atividades cotidianas e promovendo o incremento mais intenso da violência e da prostituição, que
os meios de comunicação, em todas as suas formas, como urubus de plantão, se encarregam de disseminar,
como verdadeiras escolas em tempo integral, alimentando os instintos primitivos da submetida massa, humilde e
mais ignorante, os excluídos da “festança”, ávidos para descarregar as suas represadas frustrações. Como se
tudo isso não bastasse, a cobiça aliada e mesclada à ignorância Teológica suscita continuamente as guerras, que
consomem a maior parte dos recursos orçamentários das nações e, pelo avanço tecnológico na área militar,
ampliam de forma assustadora a capacidade de matar.
6 – As tragédias naturais tornam-se mais freqüentes e mais intensas, traduzidas em terremotos, erupções
vulcânicas, vendavais, enchentes, chuvas de granizo, secas prolongadas, além de epidemias e outros fenômenos
que ocorrem no micro ecossistema biológico, como o progressivo desaparecimento das abelhas, pragas de
gafanhotos, extinção de bancos de corais, alterações em rotas migratórias e outros. Além disso, vem ocorrendo o
surgimento de novas bactérias, resistentes aos medicamentos e mutações de vírus como, por exemplo, o da gripe.
7 – A população atual de 6,6 bilhões de pessoas, com o acréscimo do aumento previsto para os próximos cinco
anos, da ordem de 393 milhões de pessoas, colocará o Planeta a 99,9% do seu limite, ou suporte, alcançando e
completando 6.993 bilhões de pessoas.
8 – “Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte
da água da vida”. (Apocalipse 21;6)

Na sua missão, Ezequiel foi avisado que a casa de Israel não lhe daria ouvidos, mas mesmo que ouvissem ou
deixassem de ouvir, deveriam ser avisados da parte de Deus. E mais, se Ezequiel não os avisasse, ele mesmo
seria responsabilizado por isso. Certamente, se Ezequiel e os demais Profetas antigos vivessem atualmente, nas
nossas circunstâncias, com todas as informações que temos, eles repetiriam os mesmos avisos, --alguns estão
espalhados nas páginas deste livro -- e acrescentariam o que já sabiam, mas ainda não era tempo de revelar com
mais nitidez, tudo então, devidamente atualizado (Mateus 13;52). Mas a evolução e Jeremias 31;34 possibilitam
que no século XXI possamos avançar sobre questões que permaneceram sob o véu de Moisés, seja pelas
circunstâncias da época ou pela Vontade Suprema (Mateus 13;13,14) e (Isaías 29;10 a 12) e assim, reportar-nos à
antiga Civilização Maia, cujo calendário é considerado extremamente avançado para a sua época, o qual nos
situa, como alguns interpretam, nos últimos momentos da nossa geração cósmica. Os Profetas diriam então, que
o cumprimento da Promessa da Nova Aliança (Isaías 7;14) e (Jeremias 23;5 e 31;31 a 34), passou a se tornar
progressivamente generalizado na Mente das pessoas, a partir do anúncio feito pelo Espírito Santo na Mente de
“Maria”, que ela conceberia o Filho de Deus. Esse anúncio foi, de fato, o marco de uma evolução ininterrupta do
espírito, consolidado depois de decorridos 3969 anos a partir dessa Promessa, e lembrariam que Jesus Cristo
estaria conosco por “três dias e três noites” (Mateus 12;40), lembrando ainda, que os tempos seriam abreviados
(Mateus 24;22). A seguir, eles equacionariam (6000-Y-3969=X). Além disso, sugeririam que todos se definissem
rapidamente (Apocalipse 3;15,16), pois, muito embora os Maias e Isaac Newton podem não ter acertado no alvo,
quanto aos seus respectivos prognósticos apocalípticos, aqueles, como se pode observar, passam bem mais perto
do que este, levando-se em conta a equação acima. O percurso do Homo Habilis na atual geração cósmica, deve
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ser estabelecido em 35.721 anos. Mas Cristo, na verdade, já estava conosco durante todo esse período e muito
antes dele, aliás, desde antes da fundação do mundo, quando éramos apenas essências contaminadas. Porém,
Ele somente foi manifestado aos antigos Profetas, que anunciavam a Sua “vinda”, mas sabiam que essa
manifestação ainda não era generalizada na Mente das pessoas. Como o tempo abreviado de permanência do
Filho na Mente do homem, corresponde a seis mil anos menos Y e menos 3.969, restariam menos de dois mil e
trinta e um anos a partir da “concepção de Maria”, depois do desconto relativo â abreviação dos tempos. O ano de
2012 dos Maias é um ano bissexto, como o é também o ano de 2060 de Isaac Newton. Como, neste caso, 2031 é
o limite máximo, ficam por conta das especulações dos naturalistas, os dezenove anos intermediários entre 2012 e
2031, dentre os quais deve se encontrar o “X” da equação. Como os naturalistas não acreditam no improvável,
certamente encontrarão uma maneira aceitável, na linha do “ver para crer”, para esclarecer onde os Maias foram
buscar os conhecimentos de astronomia que possuíam, considerados superiores aos atuais, apesar da própria
evolução e ainda de todos os recursos ora disponíveis, produzidos pela moderna tecnologia.

Além de tudo, é conveniente observar o cenário, em todo o Planeta, comparando-o às profecias constantes dos
textos bíblicos (...) e o que deverá ocorrer nos próximos anos, que serão extraordinariamente marcantes, por um
combate, como nunca antes foi observado, entre Miguel e Lúcifer, com a ocorrência de acontecimentos inusitados
e desconcertantes para a racionalidade, com o derramamento extremamente generoso e abundante do Espírito
Santo, e também, com a intensificação de ocorrências odiosas e chocantes, geradas pela “força contrária”. Jacó
ficará muito confuso diante de todas essas circunstâncias, mas Israel entendê-las-á com bastante nitidez.

Resta-nos então, dirigir-nos às ovelhas esfomeadas e sedentas, desnutridas, exploradas impiedosamente através
dos séculos, desgarradas e espalhadas pelos “quatro cantos” da Terra, desnorteadas e sem rumo, e lhes dizer:
lembrem-se do seu único Pastor, animem-se, encham de azeite as suas lamparinas e não deixem a luz se apagar;
não se descuidem da vinha do seu Senhor; não apliquem mal e nem enterrem os talentos que receberam d’Ele.
Eis que vem aí o Noivo para as bodas; vem aí o Senhor da vinha para a colheita; vem aí o verdadeiro Dono dos
talentos para cobrar os seus rendimentos. Estamos realmente nos últimos momentos da atual geração cósmica e
não há mais espaço para os descuidos, para a negligência, para a omissão, nem para a neutralidade.

Mateus 12;30 – Quem não é por mim, é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.Eclesiástico 38;35 –
Todos estes puseram a esperança na indústria das suas mãos, e cada um é sábio na sua arte.36 - Sem todos
estes não se edifica uma cidade.37 - Mas estes não habitarão, nem passearão, e não entrarão no ajuntamento.38-
Eles não se assentarão em cadeira de juiz, e não entenderão as leis de justiça, nem farão patentes as regras da
moral, nem do direito, e não se acharão ocupados na inteligência das parábolas. Sabedoria 8;8 - E se alguém
deseja a profundidade da ciência, ela é a que sabe o passado e que julga do futuro; conhece as sutilezas dos
discursos e as soluções dos argumentos; sabe os sinais e os prodígios antes que eles apareçam, e o que tem de
acontecer no decurso dos tempos e dos séculos. Lucas 11;9,10 -“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e
abrir-se-vos-á. Eclesiástico 16;25 - E eu te darei documentos de equidade, e manifestar-te-ei os arcanos da
sabedoria, e está atento às minhas palavras em teu coração, e já daqui te digo com retidão de espírito as virtudes
que desde o princípio tem Deus feito reluzir nas suas obras, e te declaro em verdade a sua ciência. Provérbios 1 5
- Ouça o sábio e cresça em prudência; e o entendido adquira habilidade. 6 - Para entender provérbios e
parábolas, as palavras e enigmas dos sábios. 7 - O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos
desprezam a sabedoria e o ensino. 23 - Atentai para a minha repreensão; eis que derramarei copiosamente para
vós outros o meu Espírito e vos farei saber as minhas palavras.

Ezequiel 3; 17 – Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu da minha boca ouvirás a
palavra, e os avisarás da minha parte. 18 – Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; não o avisando tu,
não falando para avisar o ímpio acerca do seu caminho ímpio, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua
maldade, mas o seu sangue da tua mão o requererei. 19 – Mas, se avisares o ímpio, e ele não se converter da
sua impiedade e do seu caminho ímpio, ele morrerá na sua impiedade, mas tu livraste a tua alma.

A advertência de Ezequiel vale também para os justos que se desviam da sua justiça, como se vê nos versículos
20 e 21 e isto nos levou a refletir sobre a questão do “final dos tempos”, sobre os quais já falavam os nossos avôs,
continuaram falando os nossos pais e agora estamos nós mesmos falando também sobre eles. O tempo de vida
do ser humano equivale a uma “piscada de olhos”, em relação ao tempo de uma geração cósmica e nossa
memória mal consegue avançar até a nossa terceira geração anterior. Esse “final dos tempos”, do qual se tem
notícia há mais de dois milênios é algo muito vago e distante, que não interessa ao homem moderno, que
transformou o seu tempo, essa “piscada de olhos”, em dinheiro. É uma tarefa muito difícil avisá-lo, de uma forma
que desperte seu interesse, sua credibilidade, provoque nele uma profunda reflexão e possa levá-lo a uma
criteriosa revisão do seu comportamento no curso da sua vida passada, e a adoção, se for o caso, de um novo
comportamento para o presente e mesmo para esse futuro exíguo. Mas, deparamo-nos com mais dois avisos que
complementam aquele aviso dado a Ezequiel: Mateus 10;26 – Portanto, não os temais; pois nada há encoberto,
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que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido. 10;27 – O que vos digo às escuras,
dizei-o a plena luz;e o que se vos diz ao ouvido, proclamai-o dos eirados.

Estamos diante de uma exigüidade, quanto ao tempo que nos resta, para contribuir, como o beija-flor no caso do
incêndio na floresta, para a promoção de uma acelerada recomposição espiritual, de bilhões de pessoas. Essa é a
tarefa de muitas pessoas, espalhadas pelo nosso Planeta, cada uma com os seus dons específicos, e isto já está
ocorrendo, com o derramamento mais amplo e generoso do Espírito Santo. Estamos também, na expectativa do
grande cataclismo. Isto já está no consciente coletivo, e, ao que parece, até os incrédulos naturalistas já começam
a admiti-lo, apesar do seu esforço para não comprometer o pragmatismo do mundo científico. Entretanto, aqueles
que ainda se encontram sob o “véu de Moisés” (vide Coríntios, capítulos 3 e 4) concentram suas preocupações
nos componentes estruturados pela nossa Razão, ou as riquezas, o acervo tecnológico e cultural, etc.,
imaginando como preservá-los, mesmo aqueles que alcançaram um elevado grau de consciência das proporções
gigantescas da hecatombe que se aproxima de forma irreversível. É pura perda de tempo e eventualmente de
recursos, qualquer mobilização para resgatar ou preservar quaisquer tipos desses componentes, pois desta vez,
trata-se do advento do fim da geração cósmica, relativo ao que Jacob Boehme, o Príncipe dos Teósofos, chama
de Terceiro Princípio. Não haverá sobras e nem haverá sequer memória desta geração, e isto está literalmente
expresso nas Sagradas Escrituras. (Eclesiastes 1;9,10,11) Isaías 65;17 – Pois eis que eu crio novos céus e nova
terra, e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas.Porém, há realmente o que
resgatar nestes últimos tempos, mas esse resgate é exclusivamente espiritual, uma vez que nada sobrará do
mundo material. Vamos nos deter no Profeta Zacarias e considerar, como uma estimativa, uma Humanidade
assim composta:
População
Limite 7.000.000.000
Alcance 6.993.000.000
66,6 % = 4.662.000.000 - Zacarias 13;8
33,3 % = 2.331.000.000 - Zacarias 13;9
Zacarias 13;8 – Em toda a Terra, diz o Senhor, dois terços dela serão eliminados, e perecerão; mas a terceira
parte restará nela. Zacarias 13;9 – Farei passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata,
e a provarei, como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo, e ela dirá: O
Senhor é meu Deus.

O objetivo das pessoas espalhadas pelo mundo, que estão “colocando a vela no velador”, é ajudar a completar o
contingente do número 333 e também fazer parte dele, pois sabem que o tempo está se esgotando. Isso é o
resgate. O “inconsciente coletivo” percebido por Jung já se encontra convertido em “consciente coletivo”, e as três
forças instaladas em nossa Mente, representadas pelos três Espíritos, o Angelical, o Astral e o Infernal, estão mais
atuantes do que nunca, valendo-se de todos os seus recursos para atrair os seus “eleitores”. Vejamos em qual
deles temos votado no decorrer das nossas vidas e no qual estamos votando atualmente. Dois deles estão se
unindo, formando uma coligação num só partido: o partido 666. Estes, não se importam de usar de quaisquer
recursos ilícitos para obter o nosso voto, e uma vez eleitos, assumem a orientação das nossas vidas. O Espírito
Angelical orienta para a abstração progressiva da Razão, o desinteresse pelo mundo material e a prática do bem,
em todas as suas formas. O Astral, a valer-se da Razão para obter riquezas materiais, poder e honrarias. O
Infernal, a complementar os interesses do Astral, acrescentando a prática do mal nas suas formas mais agressivas
e cruéis, inclusive pelo uso da astúcia, da perversidade e da violência. A intensificação dessa luta gigantesca está
produzindo os seus resultados, perceptíveis na exacerbação dos nossos conflitos, inquietações, ansiedades e
angústias, culminando na cobiça, na inveja e na cólera desenfreadas. Tudo isso instalado em uma Humanidade
perplexa, atordoada, mergulhada na confusão e no caos que ela mesma construiu, este sim, o verdadeiro labirinto
onde ela se meteu e agora não encontra a saída dessa confusão. Vamos ingressar a seguir, numa fascinante
incursão, onde é preciso aguçar bem os olhos e desimpedir os ouvidos, mas, sobretudo valer-se do “terceiro olho”
localizado no centro das nossas frontes, para compreender as afirmações e as advertências que foram feitas.
Pelo Pai: Jeremias 31;34 – Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo:
Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Amós 3;7 –
Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os
profetas. Isaías 42;9 – Eis que as primeiras predições já se cumpriram e novas coisas eu vos anuncio; e, antes
que sucedam, eu vo-las farei ouvir. Jeremias 23;20 – Não se desviará a ira do Senhor, até que ele execute e
cumpra os desígnios do seu coração; nos últimos dias entendereis isso claramente.
Pelo Filho: João 16;25- Estas coisas vos tenho dito por meio de figuras; vem a hora quando não vos falarei por
meio de comparações, mas vos falarei claramente a respeito do Pai. João 14;6- Eu sou o caminho, e a verdade, e
a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. Apocalipse 21;6- Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio
e o fim. Eu, a quem tem sede darei de graça da fonte da água da vida. Apocalipse 22;16 - Eu, Jesus, enviei o meu
anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a Brilhante Estrela da Manhã.
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Pelo Anjo que falou para o Apóstolo João: Apocalipse 11;2 – Mas deixa o átrio que está fora do santuário, e
não o meças; porque foi dado aos gentios e eles pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses. (42x30=1260
= anagrama para 2016) Apocalipse 11;3 – E concederei às minhas duas testemunhas que vestidas de saco,
profetizem por mil duzentos e sessenta dias. (1260 = anagrama para 2016) Apocalipse 11;9 – Homens de vários
povos, e tribos e línguas, e nações verão os seus corpos por três dias e meio, (três e meia órbitas de Vênus) e não
permitirão que sejam sepultados. Apocalipse 11;11 – E depois daqueles três dias e meio (três e meia órbitas de
Vênus) o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles, e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre
os que os viram. (o cataclismo) Apocalipse 12;6 – E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado
por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias. (1260 = anagrama para 2016)

No campo das ciências naturais, na área da Astronomia, registramos alguns conhecimentos relativos à descrição
do movimento orbital de Vênus. Em suas observações sobre este maravilhoso corpo celeste, os Astrônomos
elaboraram cálculos complexos, e concluíram que ele executará um giro retrógrado acima de Órion, provocando
uma mudança do Zodíaco e uma interferência no ciclo das manchas solares, e que tais fenômenos deverão ser
coincidentes com a ocorrência de grandes cataclismos. Eis os movimentos regulares da Brilhante Estrela da
Manhã: 263 dias é o tempo em que Vênus é visível como estrela da manhã; 263 dias é o tempo em que Vênus é
visível como estrela da noite; 50 dias é o tempo em que Vênus não é visível; 576 dias é o tempo considerado
como a órbita de Vênus; 8 dias é o tempo em que Vênus se esconde atrás do sol; 584 dias é o tempo depois do
qual Vênus está novamente no mesmo ponto, atrás do sol.Temos então, (263+263+50=576) (576+8=584).

Retornamos às nossas considerações, e lembramos que a partir do momento em que Adão foi expulso do
Paraíso, a Humanidade iniciou a entrada num enorme Labirinto e se encontra até agora vagando sem rumo dentro
dele, numa busca desesperada pela saída. Ali reina uma maciça escuridão e não se consegue encontrar uma Luz
para dissipá-la. Em raros e fugazes lampejos de lucidez, vislumbram-se algumas “placas” indicativas, dispostas
pelos meandros do Labirinto, mas rapidamente se perdem de vista, sem que se consiga entender os avisos que
elas contêm e o pouco que se consegue ver, fica bloqueado na Mente, como que por um oculto e perverso
mecanismo. Mas, subitamente, eis que se acende uma Luz, captada apenas pelo “terceiro olho”, e consegue-se
ver uma “placa” onde se lê:

Daniel 12;7 - “Ouvi o homem vestido de linho, que estava sob as águas do rio, quando levantou a mão direita e a
esquerda ao céu, e jurou por aquele que vive eternamente, que isso seria depois de um tempo, dois tempos, e
metade de um tempo. E quando se acabar a destruição do poder do povo santo estas coisas todas se cumprirão”.
Daniel (9;24) - Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade para fazer
cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniqüidade, para trazer a justiça eterna, para selar
a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos Santos. (9;25) – Sabe e entende: desde a saída da ordem para
restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas: as
praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos. (9;26) – Depois das sessenta e duas
semanas será morto o Ungido, e já não estará; e o povo de um príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o
santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas. (9;27) – Ele fará
firme aliança com muitos por uma semana; na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares;
sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele.

A tradução para os Astrônomos é a seguinte: quanto à (12;7); (1,0 tempo =1 giro orbital de Vênus = 576) (2,0
tempos =2 giros orbitais de Vênus =1.152) (0,5 tempo = meio giro orbital de Vênus =288). Quanto à (9;24 a 27),
refere-se ao “tempo da peregrinação pelo deserto” de (1 semana + 7 semanas + 62 semanas = 70 semanas) e
(3,5 = meia semana), se relaciona ao seu término. Mais adiante, em meio à densa escuridão, surge outra grande
“placa”, cheia de números mágicos, que excitam a imaginação e a curiosidade dos intelectos mais inquietos, e que
deve ser lida, sempre com nosso “terceiro olho”.

Eventos Ano a.C / d.C ./ Ano : 63 / Ano : 9 / Ano : 7 Daniel 12;7


1- Peregrinação pelo “Deserto” a.C. 70.000 111111 7,777 10000
2- Percurso evolutivo do Homo Primus a. C. 34.279 54411 3.808 4897
3- Adão desperta. Surge o Homo Habilis a.C. 35.721 567 3.969 5103
4- Percurso evolutivo do Homo Habilis a.C. 29.736 472 3.304 4248 1,0 tempo = 576
5- Anunciação do nascimento de Cristo a.C. 5.985 95 665 855 2,0 tempos = 1.152
6- Nascimento de Jesus Cristo 0 3.969 63 441 567 0,5 tempo = 288
7- Fim da peregrinação d.C. 2.016 32 224 288 3,5 tempos = 2.016

A partir do momento em que “Adão desperta” e toma consciência de si mesmo, adquirindo a capacidade de
discernir o bem e o mal, passando a elaborar conjecturas, raciocínios, estabelecendo conceitos, deixando atrás de
si o “paraíso da inconsciência”, ele assume a condição de Homo Habilis e dá início à trajetória que se estenderá
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por 35.721 anos, dos quais 29.736 anos (a.C.) sem a percepção do Espírito do Senhor, com exceção dos Profetas
primitivos, que foram antecipados para a manifestação da Palavra, anunciando preventivamente o porvir. Nesse
percurso, o Homo Habilis adentra o período relativo a “Anunciação”, que corresponde a 5.985 anos (a.C.), e que
compreende o período do nascimento de Cristo, 3.969 anos (a.C.) mais o período referente aos “últimos dias”,
que vai do ano 33.705 (a.C.), até o percurso final de 2.016 anos (d.C.), completando assim o percurso de 35.721
anos, em 567 ciclos de 63 anos, o tempo integral da grande maratona do Homo Habilis, cujo tempo, distribuído
pelas eras zodiacais, na linguagem astrológica, transita em onze signos por 33.705 anos (a.C.), e finalmente no
signo de Peixes, por 2.016 anos (d.C.), concluindo a grande maratona do extraordinário Homo Habilis. Os
números do Sol nos levam ao número 63, que por si mesmo, (63x63) nos conduz ao Ano da Graça, o ano do
nascimento de Cristo, integrando o enigma dos números mágicos, que se oferecem à nossa imaginação. Os
fenômenos que ocorrem no Sol, assim como também o alinhamento dos corpos celestes, são associados aos
cataclismos, sendo ambos os fenômenos, relacionados a grandes interferências nos campos magnéticos desses
corpos celestes que são envolvidos por esses eventos. Observando os números que se relacionam com tais
eventos, vamos elaborar alguns cálculos simples, os quais estabelecem conexões com outros eventos e que
poderão provocar reflexões mais profundas sobre questões de significativa importância, pela sua extraordinária
magnitude. Esses cálculos envolvem os períodos magnéticos do Sol e também os ciclos das manchas solares,
cujos resultados se integram num harmonioso entrosamento com outros números, relativos a outras
circunstâncias, no controvertido “mix” da Ciência e da Religião. Aliás, o falso conflito entre a verdadeira Ciência e a
verdadeira Religião está prestes a ser desmascarado, mediante a demolição das fantasias científicas e também
das sutilezas vazias da maior parte das denominações teológicas, aquelas que se encontram em poder dos
astutos sofistas, o que ocorrerá de forma progressiva nos próximos três anos. Esse conflito, de fato, não existe,
porquanto a verdadeira Ciência está contida, desde a fundação do mundo, na verdadeira Religião, embutida na
Ciência das Ciências: a Theosophia! Vamos efetuar cálculos simples, dando espaço à imaginação, observando o
seu entrosamento, as suas conexões e a beleza das suas combinações. Os intelectos mais exigentes, certamente
farão pesquisas mais aprofundadas, nos amplos espaços que os meios de comunicação oferecem.

Os períodos dos giros dos campos magnéticos do Sol ocorrem na zona equatorial e na zona polar, considerando-
se a sua duração de 26 dias para o ciclo equatorial e 37 dias para o ciclo polar, perfazendo o ciclo total de 63 dias,
que chamaremos de ciclo solar magnético menor teórico. O período de 22.680 dias compreende o ciclo solar
magnético médio teórico dos giros dos campos magnéticos do Sol, que dividido por 360, corresponde a 63 anos.
O ciclo teórico das manchas solares é de 68.040 dias que dividido por 360, representa 189 anos, o ciclo solar
maior das manchas solares. A seguir, vejamos os cálculos abaixo, observando suas correspondências recíprocas.
(68040:360=189) (189:3=63) (189x63=11907) (189x126=23814) (189x189=35721)
(26+37=63) (63x63=3969) (63x3=189) (189x3=567) (567x63=35721) (35721:9=3969)
(26x9=234) (37x9=333) (234+333=567) (567x7=3969) (567x21=11907) (11907:3=3969)
(567x567=321489) (321489:9=35721) (567-32=535) (535x63=33705) (35721-33705=2016)
(7x7=49)(49x9=441) (441x9=3969) (567:3=189) (189x21=3969) (7x7=49) (9x9=81)(49x81=3969)
(63:111=0,567567) (567x63=35.721) (9x9=81) (81x81=6561) (6561-576=5985) (5985-3969=2016)
(1x8=8) (8x8=64) (64x9=576) (576:8=72) (8:111=0,072072) (72x72=5184) (5184:9=576) (576x3,5=2016)
(1:111=0,009009) (7:111=0,063063) (7x9=63) (63:111=0,567567) (64:111=0,576576) (576:111=5,189189)
Daniel 12;12 - Bem aventurado é o que espera e chega aos mil e trezentos e trinta e cinco dias: (1.335x9=1 2015)

Áries - 73 x 63 = 4.599 Leão = 94 x 63 = 5.922 Gêmeos = 59 x 63 = 3.717


Touro - 73 x 63 = 4.599 Virgem = 82 x 63 = 5.166 Câncer = 59 x 63 = 3.717
Libra - 43 x 63 = 2.709 Sagitário = 12 x 63 = 756 Escorpião = 30 x 63 = 1.890
Capricórnio = 1 x 63 = 63 Aquário = 9 x 63 = 567
Peixes = 32 x 63 = 2.016
189 x 63 = 11.907 189 x 63 = 11.907 189 x 63 = 11.907
Os estudiosos das ciências antigas, afirmam que os grandes cataclismos sempre ocorrem num intervalo de
aproximadamente 12 mil anos, onde se ajustam os três ciclos de 11.907 anos acima, os quais se referem, na
linguagem bíblica, aos fenômenos do Dilúvio e de Sodoma e Gomorra já ocorridos e ao evento preconizado para
2016. Esses três ciclos somam 35.721 anos, que como vimos, é o percurso do Homo Habilis na Geração
Cósmica, a qual se aproxima da sua conclusão. Esses mesmos estudiosos concluíram que dois cataclismos já
ocorreram, embora suas datas possam não coincidir com os eventos acima, inclusive a data do cataclismo final.

Além deste simples exame dos números, há que se atentar para o que está ocorrendo atualmente em todo o
nosso Planeta Terra, onde a violência sem nenhum sentido lógico, já se apoderou das ruas, com a ocorrência de
fatos que evidenciam uma maldade alarmante, absurda e incompreensível pelas pessoas do Bem. A corrupção
domina as atividades públicas e privadas e aqueles que não se integram aos esquemas fraudulentos, são
marginalizados como párias da sociedade e considerados tolos por aqueles que participam do diabólico “Sistema”.
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A Natureza do Planeta, violentada e exausta, manifesta-se com maior frequência, nas erupções vulcânicas,
enchentes, vendavais, nevascas, secas, maremotos, terremotos e epidemias ameaçadoras. O advento das
guerras não pode ser descartado, pois algumas regiões do Planeta vivem em conflitos constantes, que a qualquer
momento poderão se agravar, alastrando-se para outras regiões, com reflexos continentais. A energia nuclear,
tanto a das armas militares como a das usinas nucleares, é uma ameaça permanente que, seja pelas guerras ou
em consequência de cataclismos, poderá até destruir a vida na face da Terra.

O “Santuário do Senhor”, ou o corpo do ser humano, já foi invadido e os meios de concepção artificial já se
tornaram procedimentos de rotina, sem falarmos dos desvios de conduta que contrariam as leis da Natureza e que
também já são admitidos como procedimentos incorporados aos usos e costumes. A produção e consumo das
drogas se espalharam por toda a Terra, constituindo um irreversível segmento da economia.

O cenário do Apocalipse já está concluído e, ao que parece, nada mais está faltando, pois os sinais no céu
também já estão começando a aparecer, mas aqueles que estão participando da “festa” não estão observando
esse cenário, continuam se divertindo alegremente, (Sabedoria 15;12) e, talvez não percebam o duplo anagrama
perfeito - 06-12-2016 - constituído dos três indicadores, que assinalam o terceiro momento mais importante desta
Geração Cósmica. O primeiro foi o seu início, na monumental explosão que expandiu o vapor da virtude Divina, e
manifestou a Vontade e a Sabedoria de Deus. O segundo foi o “nascimento” de Jesus Cristo na mente e no
coração dos homens, promovido pelo Espírito Santo no evento do Pentecostes. O terceiro registra o grande final
da jornada de Adão, o fim da História, o fim da Geração Cósmica, no encontro final entre Israel e Jacó, o Homo
Sapiens e o Homo Habilis, que definitivamente se despedem, no glorioso retorno do Nosso Senhor, para o
restabelecimento do Seu Reino Eterno. Seja Bem-Vindo Nosso Senhor Jesus Cristo !!!

LOUVADO SEJA O SENHOR!


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9 - PARA HUMANISTAS E NATURALISTAS

Você é uma pequenina parte, da imensidão de Energia que permeia e preenche todo o Universo, da qual Você foi
separado, em virtude de haver sido contaminado pela insubordinação do Príncipe das Trevas. Você se originou da
Energia Revelada, onde estava antes de ser contaminado. Eis o seu (nosso) percurso

No frio intenso das Trevas, a FORÇA;


na Força, a VONTADE; na Vontade; a PALAVRA; na Palavra, a SABEDORIA;
na Sabedoria, a LUZ; na Luz, o FOGO;
no Fogo, o CALOR; no Calor, a ÁGUA e o AR,
e, em T U D O, a V I D A .

Você está aqui para ser descontaminado. A Energia (Deus) o quer de volta... mas limpo! (I Coríntios 15;50 a
54)(Isaías1;25)(Sabedoria 7;25)(João15;1,2,3)(Malaquias 3;1,2,3)(Eclesiástico 2;5)(Apocalipse 7;14)

“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim,
não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto, limpa, para que produza mais fruto ainda.
Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado”. (João 15;1,2,3)

Você deve desejar e procurar a sua descontaminação, e ainda colaborar para que ela ocorra, observando as
Sagradas Escrituras e as leis que estão impressas na sua mente e no seu coração.

Você, sabendo de antemão que ninguém e nenhuma instituição humana tem poder para lhe conceder a salvação
ou para lhe ensinar o que quer que seja, no que diz respeito à Sabedoria Divina, a não ser o Espírito Santo,
(Mateus 23;8,9,10) (Provérbios 1;23) deve então, começar por aqui: (Provérbios 8;17)

“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á” (Mateus 7;7,8 e Lucas 11;9,10)

“ELE te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a
justiça e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu DEUS?” (Miquéias 6;8)

“Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor.
Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei;
Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.” (Jeremias 31;33)

“Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo:
Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor.
Pois perdoarei as suas iniqüidades, e dos seus pecados jamais me lembrarei.” (Jeremias 31;34)

“Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes
necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito
de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele,
como também ela vos ensinou.” ( I João 2;27 )

Você ou retornará e será reabsorvido pela Energia (o PAI) na Luz (o FILHO) ou irá para a “fornalha”, nas Trevas.
Você jamais deixará de ser ou de existir, pois o “fora” não existe. Ou em uma ou em outra, Você (sua Alma)
permanecerá “ad-perpetuam” ou na plenitude de Deus (a misericórdia e o amor), onde só há alegria, ou na
plenitude do demônio (o tormento e o ódio), onde haverá “choro e ranger de dentes”.
(Romanos 2;5a11) (Mateus 13;40a43) e (Eclesiastes 9;1)

Você tem, como uma imanência, dentro de Você, as potencialidades da sua razão (Eclesiástico 38;35a39) e as
potencialidades do seu espírito (I Coríntios 12;1a11), que o instigam a perscrutar: as da razão, até os limites da
Theosophia, onde a racionalidade não pode penetrar (Jó 28; 12,13,21), e as do espírito, sob concessão,
(Eclesiástico 16;25) e (Provérbios 1;23) até mesmo as profundezas de Deus. (I Coríntios 2;10)

A origem das cores é a cor preta (ausência de cor). Da cor preta nasce a cor branca e da cor branca derivam as
sete cores do Arco-Íris. Os fótons correspondem às cores e tem mais energia, uns sobre os outros, na exata
proporção da sua maior ou menor proximidade ao Núcleo do Universo, cuja proporcionalidade é uniforme, da cor
violeta, a mais próxima e a mais forte, até a cor vermelha, a mais afastada e a mais fraca.
A radiação de fundo é o sussurro resultante do funcionamento uniforme e constante da maravilhosa “Máquina do
Mundo”. O chamado “Big Bang”, entretanto, não pode ser cogitado na formação do Universo, uma vez que este é
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eterno, sem início e sem fim. Mas ele deve ser admitido na geração do Terceiro Princípio, na expansão inicial de
toda a “massa” contaminada, quando esta recebeu o “olhar” de Cristo, e a Luz brilhou por toda a parte,
impregnando toda a massa corrompida, cuja expansão foi complementada e se processou através de incontáveis
e intermitentes ejeções ou espirros sussurrantes (Jó 41;18), propagando e estabelecendo todos os Anjos-Tronos
com suas imensas legiões, ao redor do poderoso Príncipe Angélico, o brilhante núcleo do Terceiro Princípio.

A atuação das Forças Centrípeta, Centrífuga e Rotativa Emergente, ao contrário, é que resulta no encurvamento e
arredondamento de toda a corporalidade material manifestada, e estabelece: “A Energia que permeia todo o
Espaço e que se expressa em Três Forças, encurva toda a cosmometria da matéria”.

A Máquina do Mundo é um imenso e belíssimo “Carrossel” que funciona como um “monobloco” fixo e imutável,
girando permanentemente, numa velocidade constante e uniforme. No Terceiro Princípio essa regularidade se
reflete na translação dos corpos celestes, os quais tem órbitas específicas ou individuais e ainda o movimento de
rotação, o que determina que eles nunca estarão parados e nunca estarão no mesmo lugar no tempo. Jamais será
possível determinar a sua posição em “repouso” e, por conseqüência, nem das partículas que os constituem. A
atração, a expansão e a rotação, são as Energias imutáveis que incidem sobre todas as estruturas, as quais elas
próprias produziram, gerando também todos os movimentos ocorrentes no Universo, cujas estruturas, apenas as
do Terceiro Princípio, se desdobram em transformações sucessivas, até o escoamento final na própria Energia,
porém, em duas direções: uma parte se integra na corporalidade da Energia revelada [Luz], e duas partes são
dissolvidas e incorporadas à Energia não revelada [Trevas], ocorrendo em ambas as direções o reencontro do
micro com o macro, no Tudo.

A Gravidade não é uma força autônoma. Ela se origina, como uma decorrência, da atuação das três Forças que
movimentam e fazem a Máquina do Mundo funcionar em todos os seus detalhes: a Força Centrípeta, a Força
Centrífuga e a Força Rotativa Emergente, as quais, respectivamente, desenvolvem: a atração convergente, como
uma introflexão, que gera a expansão divergente e oblíqua, e, ambas, geram a rotação, que, por sua vez,
circunscreve ou envolve e fixa a atração. Essa atração é rigorosamente inversa e proporcional, tanto à massa
(peso) do planeta Júpiter, por exemplo, como à massa (peso) de uma penugem que flutua livremente no ar.

O Universo é estático e imutável, não se expande e nem se retrai. A Energia Revelada contida na corporalidade
manifestada é que se expande, porém, somente até os limites estabelecidos pela Força Centrípeta. A observação
de apenas uma minúscula fração do imenso Carrossel girante, ilude e confunde o pobre e limitado observador,
que então desenvolve inúmeras suposições, inclusive a de que o Universo está se expandindo. Deus é o próprio
Universo e Ele é imutável (Deus é fiel) e nem tem para onde se expandir pois Ele é o TUDO!

Topologia é a ciência das superfícies e a Conjectura do Topólogo francês Henri Poincaré (1854-1912), o “pai” da
Topologia, se relaciona às propriedades de superfícies, em duas, três ou mais dimensões, propondo basicamente,
que todas as formas geométricas existentes podem ser reduzidas a esferas e roscas. A sua formulação é
complexa e mais ainda a sua resolução, que poderá conduzir à compreensão do Alpha e do ômega do Terceiro
Princípio e até a entrever a cosmografia do Universo. Note-se, que estamos nos referindo à Teofania, vislumbrada
por Moisés, por Ezequiel, por Jacob Boehme, por Henri Poincaré, por Carlos Drumond de Andrade (A Máquina do
Mundo) e por este insólito servo da Theosophia. Ampliando a abrangência do enunciado e da respectiva resolução
da Conjectura de Henri Poincaré, podemos estabelecer:

“Todas as formas da cosmometria, relativas ao Terceiro Princípio, têm suas origens na Força Centrípeta e são
manifestadas pela Luz da Força Centrífuga por meio de esferas e roscas, através do assopro da Força Rotativa
integrada à centrifugação. Também por intermédio da Luz da Força Centrífuga, mediante uma inversão translativa,
as formas da cosmometria serão recolhidas por meio de esferas e roscas, através da aspiração da Força Rotativa
integrada à centrifugação e retornarão à sua origem: a Força Centrípeta”.

Contudo, antes da inversão, cessará o “sussurro” do Universo. O brilho do sol será prolongado (Josué 10;12a14).
Cessarão também os quatro ventos da terra (Apocalipse 7;1), eis que se retira o Espírito Santo do Senhor. A
Razão, finalmente, poderá ter a percepção fugaz, de que os “amorreus” estarão sendo entregues a Josué e
também de que se concretiza a conclusão do ciclo desta geração cósmica! Temos então, a resolução da
Conjectura de Henri Poincaré e como adição, os Humanistas, os Naturalistas, os Geômetras, os Topólogos e o
Leitor, tomam conhecimento da forma conclusiva de uma geração cósmica! Vide (Isaías 22;18 - 34;4 - 40;22)
(Hebreus 1;12) (Provérbios 1;27) (Jeremias 23;19,20) (Isaías 42;9) (Amós 3;7) e para encerrar (Salmos 148;1a14)
É possível tornar compatíveis a Teoria da Relatividade Geral e a Mecânica Quântica? É possível reunir essas
teorias parciais e unificá-las, incluindo também a força gravitacional, a força eletromagnética, a força nuclear fraca
e a força nuclear forte nesse contexto? É possível formular a Teoria do Tudo e descrever a evolução do Universo?
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Os próprios cientistas admitem que a Teoria da Relatividade Geral e a Mecânica Quântica são incompatíveis entre
si e que não podem ser ambas corretas. Além disso, os cientistas têm em seus arquivos o Princípio da Incerteza
de Werner Heisenberg e o Princípio de Exclusão de Wolfgang Pauli, que, para o desespero dos próprios
cientistas, tornam, segundo eles, a sua ciência submissa à casualidade ou imprevisibilidade.

O mesmo Aristóteles que acreditava que a Terra era o centro do Universo, mas que trabalhava apenas com a sua
Mente, ou com suas inspirações, propôs a possibilidade da formulação de todas as Leis que governam o Universo,
unicamente através do pensamento, não havendo necessidade de qualquer tipo de comprovação racional. Mas,
as Leis previstas por Aristóteles não podem admitir relativismos, nem incertezas ou exclusões.Trilhando o caminho
de Aristóteles, temos que substituir a Teoria da Relatividade Geral, pois as leis do Universo jamais estarão sujeitas
a relativismos. Além disso, são Leis e não Teorias, o que permite cogitar o nome de “Leis do Determinismo
Científico Divino” ou então “Leis Eternas da Theosophia”, baseadas nas três Constantes Cósmicas que são, na
verdade, as próprias Leis Eternas: Lei da Atração, Lei da Expansão e Lei da Rotação.

Prosseguindo, vamos desconsiderar as quatro forças dos Naturalistas e substituí-las por apenas três, que são as
seguintes: Força Centrípeta, atrativa e convergente; Força Centrífuga, expansiva, oblíqua e divergente e a Força
Rotativa, envolvente, conciliando as duas outras Forças. Essas Três Forças são as Constantes Cósmicas. A
atração “abraça” a expansão e a rotação lhe confere a configuração arredondada, onde se observa que a atração
e a rotação encurvam a cosmometria da expansão, invertendo o conceito relativista. Vamos esclarecer que a
Força Centrípeta é extremamente forte para conter uma galáxia e extremamente fraca para abrigar uma penugem.

A Força Rotativa, como um “aparador de arestas” da atração e expansão, fixa um campo de força que é chamada
pelos Naturalistas de força da gravidade. A expansão projeta-se contra a atração que a contém nos limites
espaciais coniformes, em cujos vértices estão os “olhos da atração”. A Força Centrípeta é a atração, a principal e
maior das Forças, que envolve tudo e que estabelece vinte e oito espaços coniformes para abrigar a matéria
expandida. A atração, a expansão e a rotação são proporcionadas pelas Três Forças Eternas, que mantêm os
seus movimentos ininterruptos, não permitindo o “repouso absoluto” de nada e em nenhuma circunstância, onde
nenhum corpo celeste e nem as partículas dos átomos poderão ficar imóveis. Tudo está sempre, em tempo
integral, sob os efeitos da atração, da expansão e da rotação, não havendo “incerteza” e nem “exclusão” de
absolutamente nada, pois, com toda certeza, a “incerteza” e a “exclusão” estão ambas incluídas nas Leis, as quais
são o que os Naturalistas e os Humanistas mais desejam conhecer: não a Teoria do tudo, mas as Leis do Tudo!
Eis a resposta, que não foi e nem pode ser encontrada, mas somente recebida por concessão. A Razão humana
não deve considerá-la como seu triunfo definitivo, e sim como uma dádiva de Deus-Pai Todo Poderoso, para
consolidar a salvação dos homens. Glória a Deus! (Vide Jeremias 31; 31 a 36)

Com efeito, entre o início do século XIX do marquês de Laplace e o início do século XXI, dois séculos se
passaram, e agora os Naturalistas ficam sabendo como “foram escolhidas” as Leis do Tudo que determinam com
precisão absoluta a evolução do Terceiro Princípio, e tomam conhecimento, não só da configuração inicial do
Universo, como também da sua configuração atual, que como é óbvio, são absolutamente iguais, pela simples
razão de que o Universo é eterno e imutável! Como se vê, o marquês de Laplace estava certo. (Vide fl. 38)

Assim como os Naturalistas não conseguiram avançar sobre a base construída pelo marquês de Laplace, também
os Humanistas não o conseguiram anteriormente, sobre os conhecimentos de Jacob Boehme (1575-1624), o
Teósofo alemão, que a partir de 1612 com a “Aurora Nascente” e as suas outras obras que se seguiram, deixou-
nos um verdadeiro tesouro que ficou “enterrado” pela arrogância e pelo preconceito, por se tratar de um simples
sapateiro, e pela cobiça, porque a Theosophia não é adequada para o exercício da “mercoteomancia”. Em ambos
os casos, as possibilidades da antecipação dos conhecimentos foram desperdiçadas. Enquanto ainda não se foi a
lucidez, resta algum tempo para a revisão de conceitos, cuja oportunidade não pode ser outra vez desperdiçada,
porquanto, vindo a compreensão, vem também a consciência do que está em jogo. Os Naturalistas já sabem que
“nada se cria, nada se perde, mas tudo se transforma”, pois tudo é energia. Assim sendo, e já tendo as respostas
que buscavam, resta-lhes cuidar de saber para onde irá a sua própria energia?

Blaise Pascal (1623-1662) matemático e físico francês, pergunta e ele mesmo responde: “O que é o homem?
Nada em relação ao infinito; tudo em relação ao nada; um ponto intermediário entre tudo e nada” (...)
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10 - PARA CRIANÇAS E PARA ADULTOS

Quem é Deus?
Deus é o Eu Sou o Senhor; esse é o nome d’Ele. Ele mesmo o disse.
O que é Deus?
Ninguém sabe.
Há alguma coisa que Deus não sabe?
Sim, Ele também não sabe o que Ele é.
Por que Ele não sabe o que Ele é?
Porque Ele não tem origem, não tem começo e não tem fim
Há alguma coisa que eu posso fazer e Deus não pode?
Sim. Você pode se deslocar para outro lugar, mas Deus não pode.
Por que Ele não pode ir para outro lugar?
Ele não pode ir para outro lugar porque Ele É o próprio lugar, onde tudo se encontra. Não há outro lugar fora
d”Ele. Por isso, Ele pode ser chamado também, de Tudo.
Para quem Ele disse que o nome d”Ele é Eu Sou o Senhor?
Para todos nós, através dos Profetas. Está na Bíblia. Além disso, a voz d”Ele está na nossa Mente, e Ele sempre
conversa conosco, mas muitas pessoas não querem ouvi-Lo.
Por que muitas pessoas não querem ouvi-Lo?
A maioria das pessoas ama demais o orgulho, a cobiça, a inveja e a cólera. A voz d”Ele na nossa Mente, só fala
de coisas que são contrárias a isso tudo que elas amam. Entendeu?
O que é “amar”?
Amar é gostar no nível mais profundo. Por isso, Deus ensinou que devemos amar a Ele sobre todas as coisas e as
outras pessoas como a nós mesmos. Mas, os homens são maliciosos e usam indevidamente a palavra amor.
Falaremos mais sobre isso quando você crescer.
Se Deus não existisse, o que existiria?
Se Deus não existisse, seria a única forma de existir o nada, que é o contrário de Tudo, o próprio Deus.

Como Jesus Cristo ressuscitou dentre os mortos?


O homem, antes de nascer de novo, está morto espiritualmente. Quando a Promessa “Na mente lhes imprimirei as
minhas leis, também no coração lhas inscreverei (...)” é cumprida, ocorre o novo nascimento do homem, que então
passa a viver no Espírito de Deus. O cumprimento da Promessa é a concretização da Nova Aliança, quando
então, Cristo ressuscita dentre os mortos, nos quais Ele também estava “morto”. Eis aí o Filho do Homem!

Por que Filosofia, Teologia e Ciência não se entendem?


Os Filósofos procuravam a Sabedoria, desistiram no meio do caminho, se mudaram para Filólogos, passando a
procurar o conhecimento racional. Os Teólogos tomaram o lugar dos Profetas primitivos, aqueles da Bíblia,
desqualificaram a Religião e a substituíram por uma miscelânea, que podemos chamar de Mercoteomancia, uma
mistura de mercadologia, muita mercancia e um pouco de Teologia infante. A Ciência, através dos expoentes do
conhecimento racional, opera com lentes multifocais: um olho no conhecimento racional; um olho no mercado; um
olho na vaidade; um olho na política e nenhum olhar para o globo terrestre, com o meio ambiente devastado e
com 443 usinas nucleares instaladas, como bombas atômicas engatilhadas, em condições potenciais de destruir a
vida no Planeta. O conflito entre todos eles repousa no grande jogo de interesses, relacionados exclusivamente às
questões humanas bem concretas, nada tendo a ver com Deus. A encrenca é puramente racional, onde ocorrendo
a prevalência bem marcante de uma, desaba a “casa” da outra. Mas, estamos às vésperas do desabamento total.

As Teorias científicas e as revelações espirituais não são ambas improváveis?


Os cientistas sonham unificar suas Teorias parciais encontrando a “Teoria do tudo”, ou a Teoria definitiva para
entender o Universo. Como as “Teorias” não podem ser comprovadas, se bem sucedidos, no seu entendimento, é
claro, eles teriam apenas novos conceitos improváveis, levando-os continuamente ao ponto de partida. O mesmo
não ocorre com as revelações espirituais, que são certificadas pelo cumprimento progressivo das profecias,
reforçando a credibilidade naquelas que ainda não se cumpriram, como também nos conceitos estabelecidos. A
Bíblia, pelos Profetas, exibe o cenário caótico previsto para os últimos tempos, coincidentes com fenômenos já
ocorridos e os ocorrentes na atualidade, inclusive o notório esfacelamento das instituições desenvolvidas pela
Humanidade, em todo o Planeta, (política, econômica, jurídica, teológica e social) com a deterioração dos
costumes e a falência ética da sociedade humana, que na linguagem bíblica, se constitui na revelação do iníquo.
Nos próximos três anos, teremos a difusão generalizada, das revelações profetizadas. Eis aí a consumação

.
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Que nível de escolha Deus teria tido ao construir o Universo?


Nenhum. Deus não teve que fazer nenhuma escolha, pois, o Universo nunca foi construído; Ele, Deus, É o próprio
Universo eterno. O homem, feito à sua imagem e semelhança, também não teve que fazer nenhuma escolha para
ser como ele é, e também não pode explicar, porque ele mesmo é assim como é. O Terceiro Princípio, uma
pequena parte do Universo, este sim, teve que ser reconstruído e sua duração equivale a uma Geração Cósmica.
Estamos no final desta Geração Cósmica, e depois dela virá outra, depois outra, assim sucessiva e eternamente,
o que significa uma reconstrução eterna, como num filme, sempre reprisado, onde somente mudam os atores. Isto
não está escondido de ninguém, é só ler Eclesiastes 1;9 a 11 e 3;15.

Por que a temperatura da “radiação de fundo” é a mesma, quando observada de direções diferentes?
O “Big Bang” deve ser admitido na formação do Terceiro Princípio dando início à expansão da matéria,
proporcionada pela Força Centrífuga. Porém, a chamada “radiação de fundo”, não é uma conseqüência do “Big
Bang”, pois, o eco de uma explosão é contínuo e ininterruptamente decrescente, até a sua total exaustão. Aqui,
temos o raciocínio elementar de que cessando a causa, o efeito entra em decadência, até cessar completamente.
Por outro lado, a “radiação de fundo”, além de permanente, é uniforme na sua intensidade, indicando que a sua
causa, ou o que a alimenta e a mantém sem oscilação, também é constante, permanente e imutável. Não poderia
ser diferente, pois a “radiação de fundo” é o “sussurro” eterno do funcionamento da maravilhosa “Máquina do
Mundo”, sob o efeito da Força Centrípeta (atrativa), da Força Centrífuga (expansiva e pulsante) e da Força
Rotativa (envolvente), que “abraça” e concilia as outras duas forças. Essas três Forças têm suas origens em si
mesmas e não têm fim. Elas são as causas imutáveis e eternas, assim como são também os seus efeitos.

Por que não se pode apurar e prever com rigor absoluto a posição e a velocidade das partículas?
As Leis que regem o Universo também não foram escolhidas, pois elas são o próprio Universo. Essas Leis são e
estão, na Força Centrípeta, atrativa e convergente; na Força Centrífuga, expansiva, oblíqua, divergente e
pulsante; na Força Rotativa, envolvente, que harmoniza tudo, envolvendo a Força Centrípeta com a Força
Centrífuga. Essas Forças, ou Leis, com as suas características, não permitem jamais, em tempo algum e em
nenhuma circunstância, que tanto uma galáxia, como as partículas do átomo, permaneçam em repouso absoluto,
não permitindo que haja precisão na aferição da posição e velocidade, tanto da galáxia como das partículas.
Como todos sabem, não há precisão no relógio, no peso e nem no metro. Nada, absolutamente nada, fica imóvel.

Por que o Universo no começo teria sido tão quente?


O Universo não tem começo e não tem fim. Na formação do Terceiro Princípio, (o único com começo e fim) onde
nos encontramos, uma imensa quantidade de Matéria foi submetida, numa intensidade inimaginável, à ação da
Força da Atração, da Força da Expansão e da Força da Rotação, simultaneamente, que comprimiram a Matéria,
gerando um calor inconcebível pela mente humana e uma conseqüente explosão compatível (o Big Bang),
projetando a Matéria, como um vapor, que foi progressivamente configurado pela rotação, numa incontável
diversidade de formações, dentre as quais está a nossa Galáxia, com o Sistema Solar e todos os seus integrantes.

Por que o Universo é tão uniforme em escala ampla e parece igual em todas as direções do espaço?
A ilustração constante da folha número sessenta e oito fala por si mesma e responde às duas perguntas.

Por que o Universo, apesar de uniforme e homogêneo apresenta irregularidades locais?


O Universo é um imenso carrossel, um monobloco, que gira com regularidade e precisão absolutas sobre si
mesmo, pois não existe o “fora” dele. O seu tamanho não pode sequer ser imaginado pela mente humana, onde o
Terceiro Princípio, com todas as suas galáxias e seus integrantes, representa apenas uma parte de um conjunto
de vinte e oito partes, mais o seu núcleo central. O Planeta Terra, nesse conjunto todo, é como um grão de areia,
de onde o arrogante Homo Habilis, equivalente a um próton, faz as suas limitadíssimas observações. O mesmo
que observar um imenso desenho na terra, estando sentado em cima dele, ou observá-lo da janela de um avião,
quando o desenho é visto por inteiro. Neste caso, as irregularidades antevistas desaparecem, mas no caso do
Universo, há que se acreditar no Profeta Ezequiel, no Sapateiro Jacob Boehme, no Marquês de Laplace, no Poeta
Carlos Drummond de Andrade ou até mesmo neste insólito servo da Theosophia. Ou ser contemplado pela Graça
Divina com a Unção Espiritual em uma das versões: Conhecer para Crer ou Crer por não Conhecer!

É possível fazer o casamento da verdadeira Religião com a Ciência?


Não, pois a Religião e a Ciência já estão casadas desde antes da fundação do mundo, ou eternamente. Ambas
estão entrelaçadas na Ciência das Ciências, que é a Theosophia, onde a Vontade do Pai fecunda a Virgem
Sophia, que gera o Filho, que manifesta a Ciência depositada em Sophia, sob o alento e a configuração do
Espírito Santo. A manifestação, em todas as suas formas, se origina da Energia, que está na Força Atrativa, na
Força Expansiva e na Força Rotativa, as três constantes Cósmicas que governam o Universo.
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11 - O INÍCIO E O FIM DA GERAÇÃO CÓSMICA

O homem, movido pela sua inquietude intelectual (Eclesiástico 40;1a32), suscita indagações complexas e mesmo
navegando pelo campo das suas ciências (I Cor.1;26a29) e até pelas Sagradas Escrituras (Mateus 13;10a13), ele
não consegue encontrar respostas definitivas que satisfaçam essa aguda inquietude racional (Eclesiastes 8;17).

Eclesiástico 43;29- Muitas coisas diremos nós, e ainda nos veremos alcançados em palavras; mas o resumo de
tudo o que se pode dizer é que Ele mesmo está em todas as coisas. 30- O que nós poderemos dizer que exalte a
sua glória? porque o mesmo Todo-Poderoso, é sobre todas as suas obras.
Eclesiastes 1;9- O que foi, é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há pois, novo debaixo
do sol.11-Já não há lembrança das coisas que precederam; das coisas posteriores também não haverá memória.
Eclesiastes 3;15- O que é já foi, e o que há de ser, também já foi; Deus fará renovar-se o que se passou.
João 15;16- Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros, e vos designei
para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça;
Efésios 2;8- Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus;
Jeremias 1;5- Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci e antes que saísses
da madre, te consagrei e te constituí profeta às nações.

Deus é imutável em todos os sentidos, não havendo nada que se possa acrescentar ou tirar das suas obras. Essa
imutabilidade está nas próprias essências de Deus e, portanto, inserida a priori, no desenvolvimento da evolução
de todas as suas manifestações, sem nenhuma exceção. Essa imutabilidade abrange também, obviamente, o
Terceiro Princípio inteiro, que compreende o nosso mundo e tudo o que existe nele e ao seu redor, onde ocorre
apenas uma ampla, planejada e programada seqüência de transformações. A Geração Cósmica, que se refere
exclusivamente ao Terceiro Princípio, assim definido por Jacob Boehme na sua obra “Os Três Princípios da
Essência Divina”, já se encontra completamente determinada nos seus três estágios – o presente, o passado e o
futuro – estabelecidos pela visão humana, os quais estão previamente gravados como um filme, com início e fim a
cada n’lhões de anos, assim como nas sementes das plantas estão gravadas todas as informações e
características das futuras árvores. As implicações resultantes destas observações são devastadoras para todos
os conceitos correlacionados, elaborados pela imaginação humana, tornando absolutamente inúteis todos os seus
tipos de crenças e superstições racionais, assim como todas as instituições teológicas ou congêneres, que
surgiram no Planeta, com toda a parafernália da sua pompa e ostentação, seus dogmas, doutrinas e rituais que
nada significam e são totalmente inúteis (Isaías 1;13 a 17) / (Eclesiástico 18;32) / Tito 3;9. Resta ao homem
apenas o seu livre-arbítrio, por onde ele define o seu comportamento diante de todas as circunstâncias da sua
vida racional, cujo livre-arbítrio, todavia, também já está definido nas essências e Deus já sabe, antecipadamente,
como iremos utilizá-lo em toda a nossa vida. Deus é integral, exclusiva e ininterruptamente ativo, nada havendo
que possa ser acrescentado ou retirado das suas manifestações, nas quais nada falta e nada sobra, não havendo
nada de novo que possa ocorrer. Não há, portanto, nenhum tipo de determinação que possa incidir sobre o
“programa” estabelecido em cada Geração Cósmica. É tudo d”Ele, n”Ele, por Ele, para Ele, como Ele quis ou não
quis, sempre e eternamente. (Eclesiastes 1;9 e 3;15) (Lucas 10;20a23) (João 15;16) (Romanos 9;6 a 33).

Assim, a Geração Cósmica é um filme que se repete infinitamente, sem que haja memória de nenhuma delas,
(Isaías 65;17) cujo desfecho, a cada vez, separa toda a matéria contaminada da matéria purificada (Isaías 1;25),
as quais são transformadas em energia, da qual ambas as matérias provieram, quando o Terceiro Princípio foi
estabelecido. A matéria contaminada é absorvida pelo obscuro tormento das quatro primeiras forças da Natureza
Eterna (Adstringência, Amargor, Angústia e Calor). A matéria clara é integrada ao agradável e amoroso Reino da
Luz. A cada Geração mudam apenas os “atores” que, como observou o Apóstolo Paulo (II Cor. 3;1 a 9), são
apenas “cartas escritas”, trabalhando,:uns para esclarecer e outros para obscurecer (Eclesiástico 39;33 a 41). As
“cartas” não mudam, mas transformam-se definitiva e irreversivelmente a cada desfecho da Geração Cósmica: em
energia clara em um corpo de LUZ (Daniel 12;3,4) / (Filipenses 3;20,21) / (Mateus 13;43) / Apocalipse 2;28) ou em
energia escura, sem corpo e dissolvida nas trevas, como uma gota d’água no oceano (Mateus 8;12 e 22;13) /
(Isaías 45;7), na exata proporção de 33,3% para a primeira e 66,6% para a segunda (Zacarias 13;8,9), concluindo
o ciclo imutável do eterno moto perpétuo. Não existe “energia cinza” e cada uma das “cartas escritas” tem
consciência da sua própria cor, mas mesmo assim não muda espontaneamente de uma para outra, assim como
não mudam a sua natureza, tanto o cordeiro como o escorpião. A tartaruga, que gentilmente serviu de barco para
o escorpião atravessar o rio, que o diga... se estiver viva, é claro. Como se pode observar, no limiar do desfecho
desta Geração Cósmica, confirmam-se as profecias (Isaías 42;9) / (Jeremias 23;20) / (Amós 3;7) / (Mateus
10;26,27) / (João 16;25), acrescentando-se ainda, o simples exame do que está ocorrendo atualmente no Planeta
Terra e o previsível e inexorável desfecho da trajetória da Humanidade.

Assim como o Terceiro Princípio, que compreende a Terra, o Sistema Solar, a Via Láctea e todas as demais
Galáxias, é como um rolo de filme, onde todos os eventos da existência já estão gravados, incluindo os eventos
69

que ainda não aconteceram, também os homens, como “cartas escritas” (II Coríntios 3;1 a 9), são apenas atores
coadjuvantes nesse filme. O Terceiro Princípio é o mundo das aparências de Platão, onde a passagem do tempo é
ilusória, pois o futuro já existe neste mesmo instante, e ele, o futuro, é tão imutável quanto o próprio passado. Isso
equivale dizer que o destino existe e o nome do filme é Geração Cósmica. Sophia, como se vê logo a seguir,
esclarece essa questão de forma incontestável, mas desejamos, em razão da sua profundidade, reforçar esse
esclarecimento, complementando o seu enfoque e tornando-o mais acessível à racionalidade.

Eclesiastes 1;9- O que foi, é o que há de ser;


e o que se fez, isso se tornará a fazer:
nada há pois, novo debaixo do sol.

Eclesiastes 3;15- O que é já foi, e o que há de ser, também já foi;


Deus fará renovar-se o que se passou.

O intelecto do Homo Primus estava profundamente adormecido e ele exercitaria por um longo período, 34.279
anos, apenas os seus instintos primitivos naturais, que o orientavam exclusivamente para a sua reprodução e
sobrevivência. Em dado momento, porém, o seu intelecto acordou e, nesse exato instante, morreu o Homo Primus
e nasceu o Homo Habilis com a sua capacidade de raciocinar, quando, progressivamente, passou a observar e
discernir sobre o ambiente que o rodeava e a conhecer o bem e o mal, associando e interligando todos os eventos
que o envolviam. Nesse instante, ele foi expulso do “paraíso da ignorância absoluta”, onde não existe nenhum
raciocínio e nenhum discernimento sobre o bem e sobre o mal. O Homo Primus provou o fruto da árvore do
conhecimento e transformou-se no Homo Habilis.

Nesse momento, “Adão acordou do seu sono profundo”, e na irreversível evolução, ele foi classificando as
questões que podia compreender e se aprofundando nos detalhes dos seus novos conhecimentos. Entretanto,
sempre sobravam questões sobre as quais o seu intelecto não conseguia penetrar e elas o inquietavam
profundamente, pois na medida em que ele avançava, essas questões se decompunham de forma progressiva,
em cadeia, suscitando novas e intermináveis interrogações, que ele ia esclarecendo paulatinamente.

Os conhecimentos, abrindo um leque de variedades, atraiam intensamente o Homo Habilis, detentor de vocações
potenciais sintonizadas com essas variedades, onde ele foi se especializando em cada uma delas, aprofundando
os seus conhecimentos específicos. Mas continuavam e ainda continuam sobrando as questões onde o intelecto
do Homo Habilis não conseguia e ainda não consegue penetrar, onde as suas perguntas ficavam e ainda ficam
sem respostas. Para obtê-las, também o Homo Habilis deve morrer, e nascer o Homo Sapiens. Este evento,
porém, como tudo, também está incluído na evolução natural, previa e rigorosamente selecionado, inscrito desde
a fecundação, e ocorrerá no momento absolutamente exato da sua predeterminação, porém, individualmente.

As questões mais concretas, mais palpáveis, onde o Homo Habilis penetra mais facilmente, estão inseridas no
campo objetivo, e aquelas incorpóreas ou intangíveis, perceptíveis apenas como sombras pela imaginação,
embutidas no pensamento, estão todas contidas no campo subjetivo, onde o Homo Habilis, curioso e inquieto,
apenas consegue formular conjecturas, suposições e fantasias, obviamente sempre improváveis, sobre as quais,
muitas vezes, estabelece as chamadas teorias, que passa a ensinar como se fossem leis ou fatos concretos, e
sempre encontra quem acredite e quem não acredite. Isso vale para Humanistas e Naturalistas.

“Você vê tudo através da lógica de uma independência isolada. Algumas respostas às suas perguntas Irão deixá-
lo completamente perplexo e não farão o menor sentido, porque você não tem uma estrutura de referências que
permita assimilá-las”.(Livro “A Travessia” – William P. Young)

Além disso, movido pela astúcia, sobretudo pela cobiça, o Homo Habilis, aproveitando-se dessa inquietação
natural que assola toda a Humanidade, visível nas crenças e superstições, desde as civilizações primitivas, nas
figuras dos adivinhos, pagés, sacerdotes, gurus, ídolos, amuletos, e nas fábulas, genealogias e histórias das
“religiões” existentes na Terra e que permanecem até os tempos atuais, constituiu organizações voltadas para o
suposto estudo e ensino (?!) sobre esses fenômenos e circunstâncias, que envolvem esta inquietante, atraente e
lucrativa esfera, transformando-a em fundamento para vultosos e inescrupulosos negócios no Planeta.
Inicialmente, essa jornada pelo campo subjetivo foi autêntica, idealista, inspirada de fato, por revelações espirituais
que confirmavam a percepção inata e intuitiva do Homo Habilis, de uma existência anterior e superior, que havia
projetado e planejado o desenvolvimento evolutivo da sua existência e de tudo o que o rodeia, cujas revelações
foram conferidas a um seleto grupo de indivíduos, que as ensinaram e registraram, de forma a serem transmitidas
às gerações posteriores. Eles foram os Profetas primitivos, que deram origem à Bíblia, reunindo um pequeno
conjunto de livros, na menor e mais valiosa Biblioteca da Terra. Mas, como mortais, esses Profetas se foram e os
seus ensinamentos, como tudo, também estão sujeitos ao crédito e ao descrédito.
70

Começaram então a surgir os supostos seguidores dos Profetas primitivos, na sua maioria compostos dos exímios
sofistas, especialistas em formular interpretações de palavras, de forma que elas transmitam somente aquilo que
eles mesmos desejam, e que sempre agradem os ouvidos daqueles que os escutam. Na Grécia antiga, os sofistas
travavam duros embates nos parlamentos livres e venciam os que faziam prevalecer suas idéias, sem levar em
conta os aspectos éticos e morais, os quais não tinham nenhuma importância. Estes foram os mestres dos neo-
sofistas que acrescentaram a este ardil, a visão política e comercial.

Isaías 30;9,10- Porque povo rebelde é este; filhos mentirosos,


filhos que não querem ouvir a lei do Senhor.
Eles dizem aos videntes: Não tenhais visões; e aos profetas:
Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos
coisas aprazíveis, profetizai-nos ilusões.

Os neo-sofistas idealizaram então a primeira denominação teológica, amealhando vultosos recursos, compulsórios
ou espontâneos, e poder político mediante associações com os príncipes da terra, retribuindo com sofismas,
promessas de salvação da alma e benefícios convenientes. Assim, ao longo de séculos construíram o maior e
mais poderoso império da Terra, mantido, mesmo depois de desavenças que deram origem a inúmeras outras
denominações teológicas, que funcionam praticamente da mesma forma. Elas todas, edificaram enormes e
luxuosos templos de pedra, instituíram doutrinas, dogmas e rituais que lhes garantem rendimentos pecuniários,
sem contar os grandes investimentos em rendosos negócios do mundo comercial, como bancos, escolas,
indústrias gráficas, livrarias, bens imóveis, etc.

“Não se deve amontoar pedras para erigir um templo à Divindade;


mais vale consagrar-Lhe um santuário em cada coração”.(Sêneca)

O Cristianismo tradicional é logocêntrico, apoiando-se na racionalidade, com base na Teologia. Essa é a fórmula
para torná-lo compatível com as práticas do comércio, o que seria inviável se ele fosse Teocêntrico e baseado na
Theosophia. Assim, as denominações teológicas, semelhantes às redes de supermercados, instalaram suas
“lojas” para comercializar a Palavra, travestida e subvertida nas suas doutrinas, dogmas, rituais e encenações
teatrais.
II Pedro 2;3- Também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias;
para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme.

Funcionando como intermediários entre Deus e os homens, os sofistas e suas instituições, são apenas “pedágios”
instalados nos caminhos para o céu, onde evidentemente, não entram aqueles que não atendem aos seus
interesses, não comungam as suas idéias ou não praticam os seus rituais. Os seus ensinamentos, supostamente
extraídos da Bíblia, são escolhidos, padronizados, rigorosa e exaustivamente repetidos, desprezando aqueles que
dificultam a aplicação do sofisma, os que não entendem e aqueles que possibilitam a identificação da sua ação
nefasta e enganosa. Assim, apresentam um deus imaginário e distante para as “ovelhas” humildes e subnutridas
intelectualmente, e um deus histórico, impossível de se compreender e de se crer, para os intelectos mais
avantajados, contribuindo intensamente para a expansão do ateísmo, como se nota nos países desenvolvidos.

“(...) Meus escritos pretendem conduzi-los de uma meia crença histórica para uma fé viva, e ao próprio Cristo.
Toda a pregação e ensinamento são inúteis se não passarem de conversa, se o pregador ou mestre não tiver o
poder de Cristo, se não é o Cristo propriamente dito, por meio do Verbo, que age dentro daqueles que ensinam e
daqueles que ouvem”. (Jacob Boehme)

Vamos navegar por alguns dos velhos ensinamentos, aqueles desprezados intencionalmente pelos sofistas,
mesclando-os com diversos ensinamentos mais recentes, como está escrito em

Isaías 42;9- Eis que as primeiras coisas já se realizaram, e novas coisas eu vos anuncio; antes que venham à luz,
vo-las faço ouvir. João 16;25- Estas coisas vos tenho dito por meio de figuras; vem a hora quando não vos falarei
por meio de comparações, mas vos falarei claramente a respeito do Pai. Amós 3;7- Certamente o Senhor Deus
não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas. João 16;13- Quando vier,
porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o
que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir. 14- Ele me glorificará porque há de receber do que é
meu e vo-lo há de anunciar. Jeremias 23;20- Não se desviará a ira do Senhor, até que ele execute e cumpra os
desígnios do seu coração; nos últimos dias entendereis isso claramente.
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A Velha Aliança se traduz na anterior ordenança, que está contida nos Dez Mandamentos, cujo objetivo é o
progressivo “refinamento” da Humanidade, preparando-a para a Nova Aliança que viria posteriormente, inserida no
Amor e na Graça de Jesus Cristo (Jeremias 31;31 a 34). Fique bem claro, que a Lei não contém a salvação, pois
não são as obras que dão acesso à Terra Prometida, mas sim a Graça de Jesus Cristo. Moisés não entrou na
Terra Prometida, conforme Deuteronômio 1;37 e 32;51,52.

Hebreus 7;18,19- Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança,


por causa da sua fraqueza e inutilidade.
Pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma e, por outro lado,
se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus.
Efésios 2;8- Porque pela Graça sois salvos, por meio da fé,
e isto não vem de vós, é dom de Deus.
João 15;16- Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário,
Eu vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e deis frutos,
e o vosso fruto permaneça (...)

Como é possível notar, até pelo sentido literal das palavras, sem o “véu de Moisés”, muito pouco (ou nada)
depende de nós (felizmente) para alcançar o galardão maior da salvação. Mesmo assim, de um modo geral,
somos negligentes na observância dos preceitos que realmente orientam o nosso comportamento, no cotidiano da
nossa vida. Conforme as Escrituras “não há um justo sequer”. Para que ocorra a adequação definitiva da Razão
com a Theosophia, assim como morreu o Homo Primus para que nascesse o Homo Habilis, é necessário que
morra o Homo Habilis para que ocorra o (novo) nascimento do Homo Sapiens.

“Se a liberdade é um processo gradativo, o mesmo vale para o mal.Com o tempo, pequenas deturpações da
verdade e justificativas aparentemente sem importância erguem um edifício inesperado”.
(Livro “A Travessia” – William P. Young)

Jó 28;12 – Mas onde se achará a sabedoria? e onde está o lugar do entendimento?


13 – O homem não conhece o valor dela, nem se acha ela na terra dos viventes.
20 – Donde, pois, vem a sabedoria, e onde está o lugar do entendimento?
21 – Está encoberta aos olhos de todo vivente, e oculta às aves do céu.
23 – Deus lhe entende o caminho, e ele é quem sabe o seu lugar.
27 – Então viu ele a sabedoria e a manifestou; estabeleceu-a, e também a esquadrinhou.
Eclesiástico 1;26 – Nos tesouros da sabedoria acham-se a inteligência e a ciência religiosa; mas para os
pecadores é a sabedoria uma coisa execrável.

Como Salomão obteve a Sabedoria? O homem deve buscá-la à exaustão, mas é ela que se apresentará, quando
ela for concedida pela Misericórdia do Pai, manifestada pelo Amor de Jesus Cristo e revelada pelo Espírito Santo.

Sabedoria 7;7- Por amor disto desejei eu a inteligência, e ela me foi dada;
e invoquei o Senhor, e veio a mim o espírito da sabedoria;
8- E a preferi aos reinos e aos tronos, e julguei que as riquezas nada valiam em sua comparação.
9- Nem pus em paralelo com ela as pedras preciosas; porque todo o ouro em sua comparação
é um pouco de areia, e a prata será reputada como lodo à sua vista.
10- Eu a amei mais do que a saúde e do que a formosura, e me resolvi a tê-la por luz,
porque a sua claridade é inextinguível.
13- Eu a aprendi sem fingimento, e a reparto com os outros sem inveja, e não escondo as riquezas que ela
encerra. 26- Porque ela é o clarão da luz eterna, e o espelho sem mácula da majestade de Deus,
e a imagem da sua bondade.
28- Porque Deus a ninguém ama senão ao que habita com a sabedoria.
30- Porque a ela sucede a noite; mas a malícia não vence a sabedoria.

A Humanidade, na luta insana para acumular poder e riquezas, não vacila em enterrar os valores éticos e morais,
utilizando as suas falsas convicções “religiosas” e lançando mão de todos os meios para alcançar os seus
objetivos. Traçando um paralelo, quais seriam os procedimentos dos homens, caso dependesse da sua atuação e
vontade, a obtenção da salvação da Alma, a entrada na Terra Prometida e a Vida Eterna? Convém nem pensar no
que poderiam fazer, não acha? Mas o livre-arbítrio se define na fecundação, quando os eleitos também são
definidos, simultaneamente. Então, preste toda a sua atenção, pois o roteiro está previamente estabelecido.
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Romanos 9;11- E ainda não eram os gêmeos nascidos nem tinham praticado o bem e o mal (para que o propósito
de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama).
14- Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum.
15- Porque ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia e compaixão de quem eu
quiser ter compaixão.16- Assim, isso não depende da vontade nem do esforço de alguém, mas de Deus mostrar
misericórdia.18- Portanto, ele tem misericórdia de quem quer e endurece a quem quer.
19- Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade? 20- Quem és tu ó
homem, para discutires com Deus?! Porventura pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?
21- Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro para
desonra? 27- Mas relativamente à Israel, dele clama Isaías: Ainda que o
número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo.
Jeremias 1;5- Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci e antes que saísses da madre,
te consagrei e te constituí profeta às nações.
II Coríntios 3;2- Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações,
conhecida e lida por todos os homens.3- E estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso
ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito de Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de
carne, isto é, nos corações. 5- Não que por nós mesmos sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se
partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus.

Mateus 11;27- Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai;
e ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.

Na longa peregrinação da Humanidade, uns olham para trás e para baixo e outros olham para frente e para o alto.
Olhando para trás, estamos remoendo o passado, impossível de ser modificado, e para baixo, estamos
observando o mundo material que nos envolve, examinando as possibilidades de usufruir ao máximo os seus
benefícios, sujeitos, em potência, à contaminação pelas bactérias da cobiça e da inveja. Olhando para frente,
estamos projetando o nosso futuro, possível de ser construído no mundo material, conforme nossas opções, e
para o alto, contemplando a beleza do firmamento, em busca da sintonia e harmonização com o Universo,
perscrutando as profundezas de Deus, para encontrar o Seu conhecimento e obter as respostas que só Ele pode
nos dar. As capacidades individuais precisam ser exercitadas, mediante o empenho, a persistência em conhecer e
saber, pois a evolução, já no seu ocaso, não tolera mais a ignorância baseada na negligência e no descaso.

II Coríntios 5;16- Assim, daqui em diante a ninguém reconhecemos segundo os padrões humanos.e ainda que
tenhamos conhecido a Cristo segundo os padrões humanos,agora não mais o conhecemos desse modo.
Atos 17;30 – Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que
todos em toda parte se arrependam.
Apocalipse 3;15- Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio, ou quente!
16- Assim, porque és morno, e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca.
Romanos 1;20 – Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a sua própria
divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das
coisas que foram criadas. Tais homens são por isso indesculpáveis.
21 – Porquanto, tendo conhecimento de Deus não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças,
antes se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato.

“Os lugares mais sombrios do inferno são reservados àqueles que se mantiveram neutros
em tempos de crise moral”. (Livro “Inferno” – Dan Brown)

“Ó vós, na possessão de tão robustos intelectos... observai os ensinamentos


que se escondem sob o véu destes estranhos versos”. (Dante Alighieri)

“Mas chega um momento na história, em que o pecado da ignorância não pode mais ser perdoado...
um momento, em que só o conhecimento tem o poder da absolvição”. (Livro “Inferno” – Dan Brown)

O Planeta Terra é muito bonito sem dúvida, mas é equivalente a um grão de areia na imensidão do Universo, onde
o Terceiro Princípio, que contém o Sistema Solar, a Via Láctea e todas as demais galáxias, representa apenas
uma parte entre mais vinte e três outras partes semelhantes, além do imenso Núcleo e mais o quadrilátero que
guarnece o Núcleo. Além disso, em razão da contaminação provocada por Lúcifer, o Terceiro Princípio é
constituído pela forma mais grosseira de vida de todo o Universo, no qual ele é equivalente a um “aterro sanitário”,
onde tudo o que ele contém, inclusive a Humanidade, está submetido a um processo de purificação e reciclagem,
que resultará no reaproveitamento de apenas um terço de todo o seu conjunto. Apesar disso tudo, ressalta a
visível arrogância do Homo Habilis, que até se auto-proclama como Homo Sapiens, indicando que não conhece o
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significado da palavra sabedoria, não levando em conta os seus desatinos e a sua notória incapacidade na
administração do Planeta que lhe foi confiado, ou seja, a sua Casa, o seu Lar! Certamente isso não ocorreu por
falta de tempo, pois o Homo Habilis “nasceu” há 35.718 anos e Jesus Cristo está presente na Humanidade há
5.982 anos, já nasceu em quase todos nos quais deveria nascer, e nos próximos três anos, nascerá no
remanescente, completando o número 33.3, o número dos reciclados pela misericórdia do Pai. Os livros Sabedoria
e Eclesiástico, ambos integrantes da biblioteca contida na Bíblia, são extremamente ricos na inspiração Divina,
que os constituiu através dos Profetas, que os produziram. É muito difícil compreender a razão pela qual os
chamados “evangélicos” os suprimiram das edições bíblicas que oferecem aos seus adeptos, privando-os da
possibilidade de acessar tão ricos mananciais de sabedoria. Talvez o tenham feito, por conta das suas
divergências com a denominação da qual se desligaram, apenas para firmar um conceito junto aos ingênuos, de
que eles é que eram os “sábios”, sem levar em conta a sua responsabilidade, pela inobservância das explícitas
advertências integrantes da própria Bíblia.

Apocalipse 22;18- Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhe fizer
qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro;19- E se alguém tirar qualquer coisa
das palavras do livro desta profecia, Deus tiraráa sua parte da árvore da vida, da cidade santa, e das coisas que
se acham escritas neste livro.

Como a astúcia dos sofistas sempre procura alternativas de escape, é necessário esclarecer que a expressão
“este livro” se refere à Bíblia como um todo e não apenas ao livro do Apocalipse. Além disso, em quaisquer
circunstâncias, nunca é correto determinar compulsoriamente, que o nosso entendimento deva ser imposto aos
nossos semelhantes, o que foi feito pelos sofistas, ao não permitir que os seus seguidores pudessem ler os livros
suprimidos, e também chegassem às suas próprias conclusões, sob a luz de Cristo, o nosso único Pastor e da
ação direta do Espírito Santo, o verdadeiro e único Mestre de todos nós. Os sofistas deveriam se preocupar em
deixar o “leite”, onde estão encalhados há muito tempo e passar ao alimento sólido, observando os ensinamentos
do Apóstolo Paulo. Então, veriam que na Sabedoria Divina não falta nada e não sobra nada. Uma única
determinação que pudesse lhe ser acrescentada ou retirada, representaria a sua desqualificação e a sua total
desintegração, retirando de Deus a Sua onisciência e a Sua onipotência. Faltando apenas alguns anos para a
conclusão da Geração Cósmica, o Homo Habilis pode ter uma consciência mais ampla e definitiva, e ficar sabendo
que Deus é absolutamente determinista, nada dependendo de ninguém, (felizmente) a não ser da Vontade Dele,
pois, na reta final e com a linha de chegada no visor, o Demônio não pode fazer maiores estragos, especialmente
em 33.3% do rebanho, já escolhido. Nos restantes 66.6%, o estrago, irreversível, já está feito há muito tempo.

Jeremias 14;14- Disse-me o Senhor: Os profetas profetizam mentiras em meu nome,nunca os enviei, nem lhes dei
ordem, nem lhes falei; visão falsa, adivinhação, vaidade e o engano do seu íntimo é o que eles vos profetizam.

As revelações espirituais, além de fragmentadas, são também progressivas quanto ao aprofundamento nos
mistérios da Sabedoria Divina. Estas circunstâncias, não são casuais, pois elas seriam insuportáveis pela fraqueza
humana, se não fossem dosadas adequadamente. Em conseqüência, o receptador fica diante de um dilema:
desconsiderar e suprimir as revelações anteriores que tenham evoluído para uma profundidade maior, ou mantê-
las com as mais recentes e complementares, sobrepondo-as seqüencialmente, como sucederam, mantendo a
integridade original, que facultará a outras pessoas, a percepção real do desenvolvimento das revelações. Como
Jacob Boehme, menosprezamos as regras literárias e optamos pela segunda alternativa, para que essa evolução
possa ser absorvida da mesma forma, pelos demais agraciados pela Misericórdia do Pai, pelo Amor do Senhor
Jesus Cristo, na unção do Espírito Santo.

Isaías 49;1- Ouvi-me terras do mar, e vós povos de longe, escutai! O Senhor me chamou desde o meu
nascimento, desde o ventre de minha mãe fez menção do meu nome. 2- Fez a minha boca como uma espada
aguda, na sombra da sua mão me escondeu; fez-me como uma flecha polida, e me guardou na sua aljava. 3- E
me disse: Tu és o meu servo, és Israel por quem hei de ser glorificado. 4- Eu mesmo disse: Debalde tenho
trabalhado, inútil e vãmente gastei as minhas forças; todavia o meu direito está perante o Senhor, a minha
recompensa perante o meu Deus. 5-Mas agora diz o Senhor, que me formou desde o ventre para ser seu servo,
para que torne a trazer Jacó, e para reunir Israel a ele, porque eu sou glorificado perante o Senhor, e o meu Deus
é a minha força.6- Sim, diz ele: Pouco é o seres meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer
os remanescentes de Israel; também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até a
extremidade da terra.7- Assim diz o Senhor, o Redentor e Santo de Israel, ao que é desprezado, ao aborrecido
das nações, ao servo dos tiranos: Os reis o verão, e os príncipes se levantarão, e eles te adorarão por amor do
Senhor, que é fiel, e do Santo de Israel, que te escolheu.
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12 - TODOS ME CONHECERÃO

A característica mais marcante e a mais importante do Homo Habilis é, sem dúvida, a sua inteligência, a sua
capacidade de raciocinar e procurar o discernimento sobre tudo o que a sua percepção é capaz de observar, tanto
sobre as coisas que consegue visualizar, como sobre as que são concebidas pela sua imaginação e, sobre
ambas, ele procura obter vantagens que satisfaçam suas ambições e seu próprio ego. Desde que ele acordou do
sono profundo da ignorância absoluta, exatamente quando provou o fruto da árvore do conhecimento do bem e do
mal, a sua evolução, que é progressiva, acelerou-se, tornando-se cada vez mais rápida para o Homo Habilis, que,
também rapidamente percebeu que conhecimento é poder, cujo poder supera com facilidade a força bruta.

Com o poder do conhecimento, o Homo Habilis dominou todos os outros animais que compartilham das benesses
do Planeta Terra e aprendeu a explorar todos (ou quase todos) os recursos que ele oferece e que, de alguma
maneira viessem a satisfazer suas necessidades, sobretudo a sua vontade e a sua insaciável cobiça. Nessa
escalada, o Homo Habilis adquiriu o poder de destruir a vida (inclusive a sua) no Planeta, se assim o desejar.
Aliás, ultimamente ele está se esforçando para fazê-lo, apesar do seu conhecimento progressivo, o qual foi
subjugado pela cobiça e pela colérica insanidade, também características marcantes do Homo Habilis. Assim, o
Homo Habilis não tem mais nenhum inimigo à sua altura, a não ser ele próprio, um grande e poderoso inimigo de
si mesmo! Fazendo uso da sua inteligência e da sua capacidade de raciocinar, ele tornou-se capaz de conceber e
produzir coisas maravilhosas, que beneficiam todos os seus semelhantes, mas também coisas horríveis que
prejudicam todos os seus semelhantes. Tanto em uma situação, como em outra, a cobiça, o orgulho, a inveja e a
ira, sempre estão na frente, orientando e comandando tudo.

O conhecimento, palavra do português, corresponde ao logos, palavra do grego, advindo daí a terminação em
“logia”, como se vê em tecnologia, cosmologia, neurologia, cientologia, teologia, etc., cujos vocábulos indicam qual
é a especialização do conhecimento racional. No caso da teologia, por exemplo, temos a indicação de que se trata
do conhecimento racional de Deus e no da cientologia, trata-se do conhecimento científico racional. Portanto, a
palavra religião nada tem a ver com a teologia, pois religião é um substantivo essencialmente singular, uma
Ciência cujo conteúdo intrínseco não está relacionado a uma atuação do homem, pois não se trata de uma
instituição, ou um conjunto de regras ou procedimentos sistematizados pelo homem.Trata-se de uma Ciência que
promove a reintegração espiritual do espírito do homem ao Reino Angélico, do qual ele foi destituído em razão da
sua contaminação causada pela insubordinação de Lúcifer. Eis o esclarecimento:

Eclesiástico 1;26 – A inteligência e a ciência religiosa acham-se nos tesouros da sabedoria. Jó 28:12 – Mas onde
se achará a sabedoria? E onde está o lugar do entendimento? 13 – O homem não conhece o valor dela, nem se
acha ela na terra dos viventes. 21 – Está encoberta aos olhos de todo vivente, e oculta às aves do céu.

Esses textos indicam que a ciência religiosa está na sabedoria e que a sabedoria não se acha na terra dos
viventes, o que torna evidente que a religião não se encontra nas denominações teológicas, ou em quaisquer
outras instituições congêneres, organizadas pelo homem, sob o pretexto de estabelecer vínculos com Deus.

A contraposição do conhecimento racional de Deus, localizado nas denominações teológicas, e do conhecimento


científico racional, (especialmente os relacionados à Natureza) localizado nas Ciências dos Naturalistas,
definitivamente, está na Theosophia e em nenhum outro lugar. É aí que está o grande confronto! Entre a
Sabedoria Divina e o conhecimento do Homo Habilis, ou entre o Espírito e a Razão.

A seguir, vamos aos domínios da cientologia, o reduto dos Naturalistas e sondar a sua linguagem, onde a palavra
“Universo” é bastante (e erroneamente) utilizada. Iniciando pelo seu sentido literal, ela significa um só lado e se
imaginarmos as figuras que conhecemos, teremos que nos deter na esfera, a única que sempre nos oferece a
visão de um só lado, indiferenciado de qualquer ponto de observação, mesmo se ela for totalmente escura e se o
seu brilhante conteúdo, envolvido pela beleza do arco-íris, estiver simetricamente disposto. Este é o Universo que
o Homo Habilis não conhece e nunca conseguiu sequer imaginar.

Existe um ensinamento oriental, onde o mestre, servindo chá ao seu discípulo, continua despejando o líquido na
xícara apesar de transbordante, quando ensina ao seu discípulo, que ao acharmos que já sabemos tudo, se
fecham as janelas e portas para a entrada de novos conhecimentos. É aí que mora a arrogância alojada na
racionalidade, que orgulhosamente, exibe o seu “chavão” “ver para crer”, sem considerar que a sua astrofísica
teórica, onde agem como se não fosse teórica, dando voltas em círculos viciosos há mais de um século,
estabelecendo conceitos fantásticos e números absurdos, ávidos por prêmios e honrarias, e cujos conceitos,
expandidos pelas antenas repetidoras, acabam soando como verdades incontestáveis. Assim sendo, a
racionalidade de mãos dadas com a arrogância, com sua xícara cheia de chá, se recusa a dialogar com os
Pensadores que realmente estiveram ou estão no caminho da Religião. Com efeito, eles também se desligaram de
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Platão, de Jacob Boehme e até dos seus pares, como Laplace, Poincaré, Francis Collins, e quem mais surgir que
não comungue suas idéias. Assim, o vocábulo Universo é mencionado pelos Naturalistas, para definir somente
aquilo que vêem ou que conseguem perceber, sem atentar para os ensinamentos de Jacob Boehme. Se o
fizessem, ficariam sabendo que o seu campo de observação se restringe apenas ao Terceiro Princípio, uma parte,
semelhante apenas no tamanho, entre vinte e três outras partes, mais o grande e magnífico Núcleo e o
quadrilátero que o guarnece e que, então, constituem realmente o maravilhoso Universo. Mas os Naturalistas são
incrédulos contumazes, arrogantes por natureza e até por convicção, e certamente eles gostariam de encontrar as
respostas que perseguem há mais de um século, através da Razão, para que obtenham o triunfo definitivo da
razão humana, porque então terão atingido o conhecimento da mente de Deus. Todavia, como isso é impossível e
o tempo é exíguo (últimos dias) o Espírito os ensina, pela Graça do Filho e Misericórdia do Pai.

1 – O Primeiro Princípio é o Grande Universo sem nenhuma matéria, onde só existe a Energia Atrativa, totalmente
escura, preenchendo toda a monumental Esfera. Para nós, aparentemente, seria o nada absoluto! Essa Esfera É
tudo e, absolutamente nada existe fora dela. É eterna, não teve início e não terá fim. É estática e não tem limites
pois se contém em Si mesma, ou se auto-contém. Este é o limite, até onde o espírito do homem pode perscrutar.
2 – O Segundo Princípio é o Reino Angélico da Luz, o Reino de Cristo, o Reino do Amor, compondo-se de vinte e
três Príncipes Angélicos no centro de vinte e três cones, alinhados simetricamente, em forma de cruz, cada cone,
com seus Anjos Tronos e suas imensas Legiões de Anjos, sob o reino do Príncipe Angélico, cujos Príncipes
Angélicos estão todos sob o Reino de Cristo, o maravilhoso Coração do Pai, postado no centro do Universo, e do
Arco-Íris, adornado e guarnecido pelos quatro Querubins. O Segundo Princípio é eterno e todos se movimentam
nos limites dos cones, conforme determinado pelo Pai. É o conteúdo material intangível da Grande Esfera.
3 – O Terceiro Princípio é o Reino de Lúcifer e localiza-se no vigésimo quarto cone, o único com início e fim, cujo
ciclo de n’lhões de anos é a Geração Cósmica, ou geração extra, conforme Jacob Boehme, pois teve que ser re-
concebida, por haver sido contaminada pela insubordinação de Lúcifer. Ele é composto de toda a matéria
substancial ou tangível existente no Universo, cuja matéria está distribuída em todas as galáxias, incluindo a
nossa Via Láctea, o nosso Sistema Solar e o nosso belo e querido Planeta Terra. A re-concepção do Terceiro
Princípio foi projetada e executada, para submetê-lo, por inteiro, a um processo de purificação e limpeza, devendo
a parte recuperada, ser reintegrada ao Reino Angélico, no Segundo Princípio, e a restante, as escórias, serão
dissolvidas no imenso turbilhão do Primeiro Princípio, na turbulência da Energia Atrativa. A massa, mista e
contaminada, resultante da ação da Força Atrativa, que reduziu a escombros o Príncipe Angélico rebelde (Lúcifer)
e toda a sua Legião de Anjos, constituiu o amálgama (a sopa dos Naturalistas) do ovo cósmico que, comprimido
sob uma intensidade inimaginável, em um único ponto central da poderosa atração, em cujo ovo cósmico estavam
todas as informações para que o Terceiro Princípio inteiro se desenvolvesse evolutivamente e viesse a ser como
ele é, como o conhecemos parcialmente, gerado por uma grande explosão inicial, que expandiu todo o amálgama,
projetando-o numa expansão simétrica centrifugada, e configurada pela Força de Rotação, desenvolvendo então,
a Geração Cósmica, que produz todas as galáxias, com tudo o que elas contém, inclusive nós, os Humanos.
4 – A Energia Atrativa que se traduz na Força Centrípeta é a primeira Constante Cósmica, de valor negativo
infinito e é a contraposição da Energia Expansiva traduzida na Força Centrífuga, a segunda Constante Cósmica,
de valor positivo infinito, sendo ambas harmonizadas pela Energia Rotativa, traduzida na Força Rotativa, a terceira
Constante Cósmica, de valor neutro infinito, as quais, interagindo, movimentam de forma ininterrupta e eterna, o
deslumbrante Carrossel Cósmico, o Universo, configurando e agindo, sem interrupção, por toda a eternidade, em
todas as suas manifestações.
5 – A Energia Atrativa ou Força Centrípeta é essencialmente ativa, nunca sofrendo a ação do que quer que seja e
é ela que encurva toda a cosmometria da Matéria e regula totalmente o equilíbrio com a Energia Expansiva ou
Força Centrífuga, suavizando integralmente a base da ação da Energia Rotativa ou Força Rotativa, que envolve
as outras duas Forças e dá alento ao Carrossel Cósmico.
6 – Einstein acertou, observando que a Energia gera a Matéria, mas errou ao concluir que a Matéria encurva o
Espaço. Não existe Espaço vazio, pois, a Energia Atrativa ou Força Centrípeta, flexionada para si mesma,
preenche tudo e torna-se o próprio Espaço, sendo o Espaço, ou a Energia, que encurva a Matéria que ela mesma
produziu. A Força Centrípeta é essencialmente ativa, e nunca sofre a menor influência do que quer que seja.
7 – Einstein errou ao observar que Deus não joga dados. Ele é o maior jogador de dados do Universo, e é também
o cassino, a roleta e o próprio dado. Ele joga uma infinidade de vezes, e dá sempre o mesmo número, ou seja, o
número UM, que também é Ele mesmo, e Ele mesmo é o próprio Universo ?!?! O entendimento sobre o TUDO
proporciona o entendimento de tudo. Aliás, todos nós também fazemos parte do TUDO ! Somos Cartas Escritas.

Cada um dos vinte e quatro cones que compõem o Universo é uma região fechada, que é o Reino exclusivo de
cada um dos Príncipes Angélicos, com os seus Anjos-Tronos e suas imensas Legiões de Anjos, em cujos cones,
por expressa determinação do Pai, quem está fora não entra e quem está dentro não sai.

O único Príncipe Angélico que tentou violar essa determinação do Pai foi Lúcifer, movido pelos quatro atributos
que vieram a se constituir no seu legado à Humanidade: a cobiça, o orgulho, a inveja e a cólera. Eis o texto:
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Judas 1;6 – E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação,
reservou na escuridão, e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia.

O Pai Todo-Poderoso reduziu Lúcifer, os seus Anjos-Tronos e todas as suas Legiões de Anjos a escombros, tudo
sintetizado numa enorme “massa”, mal cheirosa e irreversivelmente contaminada, que veio a se constituir no
“amálgama” do “ovo cósmico”, que viria a dar origem ao Terceiro Princípio. O Pai, ante a insubordinação de
Lúcifer, (era Deus contra Deus, conforme Jacob Boehme) tinha apenas duas opções: reduzir tudo a escombros e
dissolvê-los na turbulência do tenebroso Primeiro Princípio, quando então nada mais restaria, senão a própria
Energia Atrativa, ou produzir, com os mesmos escombros, uma extrageração (o Terceiro Princípio) e recuperar
apenas um terço daquela enorme “massa” contaminada. Para nossa felicidade, por causa do Seu Nome e por Sua
Misericórdia, não por nossa causa (Ezequiel 36;21,22,31,32), Ele optou pela segunda alternativa, como sempre
fará nas futuras e eternas Gerações Cósmicas, pois Ele é imutável, e por isso estamos aqui, uma vez que também
fazíamos parte das Legiôes de Anjos e nossas essências também estavam sintetizadas no “ovo cósmico”. A
Razão sabe que o processo de purificação do ouro e da prata, resulta no aproveitamento da parte purificada pelo
fogo, sempre a menor parte, e no descarte da parte que não foi purificada, sempre a maior parte – as escórias –
que serão lançadas fora, (nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes, no caso do Terceiro Princípio) em
razão da sua completa inutilidade. É exatamente isso o que ocorrerá com a totalidade do amálgama do “ovo
cósmico”, ou com todo o conteúdo do Terceiro Princípio: todas as galáxias, onde se inclui a Via Láctea, o Sistema
Solar, a pequenina Terra e a Humanidade, com a sua grande arrogância.

Os Naturalistas evitam os ensinamentos dos Profetas em razão da sua incredulidade assumida, enquanto os
Humanistas, “cristãos da boca para fora”, escondem os textos bíblicos que podem exibir as suas vergonhas e
abalar os alicerces das suas falsas edificações, e, concentrando-se nas fábulas, genealogias e histórias cristãs,
sem adentrar a sua substância, dizem aos ingênuos ouvintes, aquilo que eles gostam de ouvir. Ambos devem
estudar os textos transcritos a seguir, além de outros que já foram incluídos em vários capítulos anteriores, alguns
até repetidos, conforme a necessidade dos textos, mesmo considerando que os Naturalistas não acreditam e os
Humanistas ignoram propositadamente aquilo que não lhes convém.

Ezequiel 5;2 – Uma terça parte queimarás no fogo, no meio da cidade, quando se cumprirem os dias do cerco;
tomarás outra terça parte, e a ferirás com uma espada ao redor da cidade; e a outra terça parte espalharás ao
vento; desembainharei a espada atrás deles. 3 – Desta terça parte tomarás uns poucos e os atarás nas abas da
tua veste. 4 – Destes ainda tomarás alguns, e os lançarás no meio do fogo e os queimarás; dali sairá um fogo
contra toda a casa de Israel Zacarias 13;8 – Em toda a terra, diz o Senhor, dois terços dela serão eliminados, e
perecerão; mas a terceira parte restará nela. 9 – Farei passar a terceira parte pelo fogo e a purificarei, como se
purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo, e
ela dirá: O Senhor é meu Deus.Jeremias18;6 – Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de
Israel? diz o Senhor;eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.
Jeremias 10;23 – Eu sei, ó Senhor, que não cabe ao homem determinar o seu caminho,nem ao que caminha o
dirigir os seus passos.Isaías 65;2 – Estendi as minhas mãos todo dia a um povo rebelde, que anda por caminho
que não é bom,seguindo os seus próprios pensamentos; 3 – Povo que de contínuo me irrita abertamente,
sacrificando em jardins e queimando incenso sobre altares de tijolos;

Talvez até fosse possível que, por vontade do homem, pudesse ocorrer uma alteração no rumo estabelecido
desde o ventre materno, para a sua peregrinação pela terra.

Jeremias 18;8 – E se aquela nação contra a qual falei, se converter da sua maldade, também eu me arrependerei
do mal que intentava fazer-lhe.10 –Se ela fizer o mal diante dos meus olhos, não dando ouvidos à minha voz,
então me arrependerei do bem que lhe intentava fazer.

Neste caso, perguntamos: será que alguém acredita que alguma nação da face da terra poderá se converter da
sua maldade? Deus, teria necessidade de acreditar nessa possibilidade? Felizmente a sua determinação está
também sobre os escolhidos, pois, sem ela, não restaria ninguém para formar 333, e o número da besta seria 999.

Os Naturalistas fazem afirmações absurdas, criam números absurdos, formulam teorias absurdas e as “antenas
repetidoras” (os astro físicos menores) as expandem, e muitos, mesmo sem nada entender, acreditam, ajudam
essa expansão e se entregam ao culto ao racionalismo e ao ateísmo, impulsionados ainda pelas sonolentas e
cansativas ladainhas dos Humanistas sofistas, os teólogos, que as repetem exaustivamente, sem saber o que
dizem (I Timóteo 1;7), e ainda dão maus exemplos no seu próprio comportamento. (pedofilia, perversões sexuais,
fraudes financeiras, etc.) escondendo-se, acobertados por suas instituições, permanecendo impunes.
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O labirinto onde os Naturalistas foram aprisionados pelas suas fantasias, foi construído sobre fundamentos móveis
que são as suas instáveis teorias. Temos os seguintes fundamentos: Teoria da Relatividade Restrita, Teoria da
Relatividade Geral, Teoria Clássica, Teoria da Grande Unificação, Teoria da Super Gravidade, Teoria das Cordas
Super Simétricas, Teoria do Caos, Teoria do Espaço-Tempo Curvo, Teoria do Éter Fixo, Teorias de Variáveis
Ocultas, Teoria Quântica,Teoria das Cordas,Teoria de Yang-Mills,Teoria Newtoniana,Teoria Holográfica, Teoria-M,
Teorema da Singularidade, e o Teorema da Incompletude. Isto tudo, sem falar no célebre “buraco de minhoca”!

As “antenas repetidoras” instaladas nos físicos menores, nos racionalistas, nos agnósticos e ateus, por omissão,
por conveniência, ou por desconhecimento, nunca mencionam que o Teorema de Gödel e o Princípio da Incerteza
de Heisenberg, somados à impossibilidade prática de estabelecer conclusões sobre a evolução, e até mesmo
sobre um sistema determinista, ou seja, a própria Matemática, que se torna caótico, constituem um conjunto
fundamental de limitações intransponíveis ao conhecimento científico, que nem mesmo consegue compatibilizar a
Teoria da Relatividade Geral com a Teoria Quântica, que são produtos da sua própria concepção.

Os Naturalistas aprenderam com os sofistas (estes são mais antigos), e, entalados no beco sem saída, também
enveredam pelo labirinto do sofisma. Vejamos, por exemplo, o tal do Princípio Antrópico, que diz:
“O universo tem de ser mais ou menos como o vemos, porque, se fosse diferente,
não haveria ninguém para observá-lo”.

O Princípio Antrópico não é apreciado por muitos cientistas, por ser muito vago, inexpressivo, sem nenhuma
previsão e com sentido lógico redundante. Talvez, o que se pode extrair dele é a sua admissão do determinismo, o
que contraria o pensamento predominante entre os Naturalistas. Isto tudo, sem levar em conta, que o palco das
observações dos cientistas é somente o Terceiro Princípio, (não o Universo como eles pensam) apenas uma
porção, entre vinte e quatro porções de idêntico tamanho, mais o magnífico Núcleo, guarnecido pelos quatro
Querubins, que constituem, realmente, o Universo.
“Devemos nos voltar para o princípio antrópico procurando uma justificativa?
Isto parecia um conselho de desespero, uma negação de todas as nossas esperanças
de compreensão da ordem subjacente do universo”. (Stephen W. Hawking)

Definitivamente, a aproximação da Razão à Theosophia é fundamental, para que os intelectos mais desenvolvidos
possam exercitar o espírito e perscrutar as profundezas de Deus. A Sabedoria Divina não é transmitida pela
Razão, mas pelo Espírito de Deus, diretamente e através dos Profetas, como por exemplo, Isaías, Jeremias,
Ezequiel, Paulo, Pedro, João, Mateus, Jacob Boehme e outros, além dos livros da Sabedoria (Eclesiástico,
Sabedoria, Eclesiastes, Provérbios), os quais devem ser estudados com profundidade pelos Naturalistas, livres
dos teólogos e filólogos, e das suas instituições, sobretudo das idéias preconcebidas. Sem satélites, sem
telescópios, sem aceleradores de partículas e sem arrogância, poderão conhecer e compreender o Universo. O
maior expoente da astrofísica teórica da atualidade, Stephen William Hawking fez algumas declarações
interessantes em seus livros “Uma Breve História do Tempo” e “O Universo Numa Casca de Noz” Vejamo-las:
“(...) Desde os primórdios da civilização, o homem não se satisfaz em observar os eventos isolados e sem
explicação; necessita de uma compreensão da ordem subjacente do mundo”.
“(...) As únicas áreas da física às quais a mecânica quântica ainda não foi adequadamente incorporada, são a
gravidade e a macroestrutura do universo”.
“(...) Portanto, caso se acredite que o universo não é arbitrário, mas sim governado por leis definitivas, será
preciso, em última análise, combinar as teorias parciais numa outra, completa e unificada, capaz de descrever
tudo no universo”.
“(...) E, se de fato há uma teoria completa e unificada, ela provavelmente determinará também as nossas ações.
Assim, a própria teoria determinaria o resultado de nossa busca neste sentido! E porque determinaria que
chegássemos às conclusões certas a partir da evidência? Ela não poderia igualmente determinar que
esboçássemos as conclusões erradas? Ou que não atingíssemos quaisquer conclusões?
“(...) O universo seria totalmente auto-contido, ele não precisaria de nada externo para dar corda no mecanismo e
colocá-lo em funcionamento. Ao contrário, tudo no universo seria determinado pelas leis da ciência e por
lançamentos de dados dentro do universo. Isso pode parecer presunção, mas é no que eu e muitos outros
cientistas acreditamos”.
“(...) A idéia de que espaço e tempo podem formar uma superfície fechada sem limite também tem profundas
implicações para o papel de Deus nos negócios do universo. Com o sucesso das teorias científicas na descrição
de eventos, a maior parte das pessoas começou a acreditar que Deus determinou que o universo evoluísse de
acordo com um conjunto de leis e não interfere nele para impedir o cumprimento destas leis. Entretanto, elas não
informam com o que o universo se assemelhava quando começou; ainda seria da alçada de Deus dar corda no
mecanismo do relógio e escolher como inaugurá-lo. Assim como o universo teve um começo, pode-se supor que
teve um criador. Mas se realmente o universo é completamente auto-contido, sem limite ou margem, não teria
havido começo, nem haveria fim: ele seria, simplesmente. Que papel estaria então reservado ao criador?”
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Essas são algumas idéias de S. W. Hawking, entre tantas outras, com as quais podemos concordar ou discordar,
mas em tudo o que se observa sobre ele, nota-se uma impecável correção, numa postura definida, predisposto a
assumir novos conceitos consistentes que possam aniquilar os anteriores, um produto muito raro atualmente, no
nosso querido Planeta Terra. Assim, após longa jornada, Hawking aproxima-se de Laplace e admite o
determinismo pleno, necessitando apenas de um retoque no seu depoimento, substituindo “leis da ciência” por
“Leis de Deus”. Louvado seja Deus, pelo privilégio de ser o portador das respostas que Hawking e seus pares da
mesma formação procuraram durante todas as suas vidas, impossíveis de serem obtidas através da racionalidade.

É assim mesmo: nem cedo demais, nem tarde demais. É quando deve ser. É quando ELE quer.

Chegou o momento da conversão, como determinado, quando ainda no ventre da mãe, para que, assim como
Francis Collins e outros, Hawking venha também reforçar a fé dos que já foram convertidos e provocar a
conversão de muitos que ainda resistem, para que nestes últimos dias seja ampliada a Glória do Senhor,
completando o número que ELE determinou. Como se vê, em Deus, tudo é muito simples e essa simplicidade
confunde humanistas e naturalistas, enroscados nas malhas das suas fantasias e da confusão que eles mesmos
construíram, baseados na cobiça, na vaidade e na arrogância, que os afastam dos conhecimentos essenciais.

A verdade é muitas vezes simples demais para que lhe dêem crédito. (Fanny Lewald)

I Coríntios 1;26- Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo
carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; 27- Pelo contrário, Deus escolheu as coisas
loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes;
28- E Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a
nada as que são; 29- A fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.I Coríntios 4;7- Pois quem é que te
fez sobressair? e que tens tu que não tenhas recebido? e, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não
tiveras recebido? Eclesiástico 3;22 – Não procures saber coisas mais dificultosas do que as que cabem na tua
capacidade, e não especules as que são sobre as tuas forças intelectuais; mas cuida sempre naquelas em que
Deus te mandou cuidar, e, em muitas das suas obras não sejas curioso; 23 – Porque não te é necessário ver com
os teus olhos o que está escondido. 24 – Não te apliques a esquadrinhar com muita atenção coisas escusadas, e
não examines com curiosidade as diversas obras de Deus; 25 – Porque muitas coisas em grande número te tem
sido patenteadas que excedem o entendimento dos homens. 26 – Também a muitos enganou a sua suspeita, e na
vaidade entreteve ela os seus sentidos. Lucas 10;21 – Naquela hora exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou:
Graças te dou, ó Pai. Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos e as
revelastes aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado

Sabemos então, que o Universo é estático, esférico e se contém em si mesmo, não é finito nem infinito e não tem
limites, pois ele é TUDO, nada havendo fora dele. Que gira como um imenso Carrossel, por uma contínua, regular
e inextinguível força de rotação, com a mais absoluta precisão e regularidade. Que é absolutamente simétrico e
essencialmente atrativo ou centrípeto nas suas entranhas, onde, em contraposição, com absoluta equivalência de
forças, manifesta todas as suas obras pela centrifugação. Que o Terceiro Princípio é o aterro sanitário do
Universo, o único onde existe o tempo, com início e fim, o qual se repetirá eternamente em cada Geração
Cósmica. Que na formação do Terceiro Princípio, o único com início e fim, que se repete eternamente, a Força
Centrípeta se contrai sobre um único ponto, em si mesma, onde circunscreveu o ovo cósmico, e sob a
compressão de uma intensidade inimaginável, faz surgir a Força Centrífuga, quando a Matéria, amalgamada,
expande-se, com absoluta simetria, numa monumental explosão centrifugada, dando origem à Força Rotativa que
circunscreve a expansão e configura as formações da Matéria. Sabemos, afinal, que a Energia Centrípeta é o Pai;
a Energia Centrífuga é o Filho, a Energia Rotativa é o Espírito Santo, e que o UNIVERSO é o próprio DEUS !!!

Ele disse: “Antes que sucedam, eu vo-las farei ouvir” (Isaías 42;9) E também: “Nos últimos dias entendereis isso
claramente” (Jeremias 23;20) E ainda: “Porque todos me conhecerão” (Jeremias 31;34)

“Se não houver frutos, valeu a beleza das flores. Se não houver flores, valeu a sombra das folhas.
Se não houver folhas, valeu a intenção da semente”.

GLÓRIA AO PAI, AO FILHO E AO ESPÍRITO SANTO

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