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Conceito
Princípio da legalidade
Conforme previsão do art. 150, da CF, que diz: “Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado a União, Estados, Distrito
Federal e aos Municípios: I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o
estabeleça”.
Assim, o artigo ora citado é um contraste ao art. 5º da CF, que: “ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”, pois,
ao contrário, para o Administrador Público, como o Legislador, devem obedecer
aos ditames da lei, portanto, quanto à competência para criar, instituir, cobrar
impostos, bem como a diminuir ou majorar as alíquotas, etc.
O art. 5º da CF assegura que: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza”. Também será aplicável tal previsão constitucional na seara
tributária, pois o art. 150, II, da CF, não se esqueceu de consagrar ainda mais
tal principio ao estabelecer a proibição da União, dos Estados, do DF e dos
Municípios de “instituir tratamento desigual entre os contribuintes que se
encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de
ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos”.
Para tanto, não nos podemos nos esquecer dos ensinamentos de Rui Barbosa,
de que a regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente
aos desiguais, na medida em que se desigualam, portanto, não é tratar a todos
de forma igual, mas igualar os desiguais, a ponto de que possam de fato ser
comparáveis. A exemplo fático temos os incetivos fiscais federais.
1º renda auferida;
Entende-se que o Estado, de modo geral, está proibido de instituir tributo que
ultrapasse o patrimônio pessoal do contribuinte, promovendo uma expropriação
indireta.
Principio da irretroatividade
A Lei entra em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada
- Apenas 90 dias;
- A partir da publicação.
Entretanto, nada impede que cada ente político institua alíquota diferente,
como ocorre com o ISS, onde os municípios podem estabelecer alíquotas
variando entre 2% a 5%.
Principio da transparência
Fazendo uma analise interpretativa do principio em tela, Anis Kfouri Jr. discorre
sobre o tema afirmando que:
Principio da seletividade
O tributo é criado por lei, sendo que nenhum tributo pode ser cobrado sem uma
lei previa (princípio da legalidade, que analisaremos posteriormente).
Cabe observar que fato gerador é o fato, previsto em lei, que uma vez
constatado no mundo, gera a obrigação de pagar tributo. É um acontecimento
da vida que manifesta um conteúdo de riqueza, tal como um valor, serviço,
renda e o tributo é cobrado em função dessa riqueza.
No direito tributário, a taxa está associada a alguma coisa feita pelo poder
público para o contribuinte, e em razão disso este é taxado, remunerando a
utilidade que o Estado propiciou a ele. Embora isso, a taxa nem sempre é paga
em razão de um serviço prestado pelo Estado, um exemplo disso é o pedágio
(taxa de utilização de rodovia colocada à disposição).
7.1 Imposto
Os impostos são tributos que podem ser instituídos pelos entes federativos.
A União, com base no que dispões os artigos 153 da CF, pode instituir
impostos sobre importação, exportação, imposto de renda, produtos
industrializados, operações de crédito, cambio ou seguro (exemplo disso é o
IOF – imposto sobre operações financeiras), propriedade territorial rural (ITR -
incide sobre os imóveis fora do perímetro urbano, sendo que os imóveis dentro
do perímetro urbano estão relacionados ao IPTU, no qual é de competência da
prefeitura instituí-lo, conforme veremos adiante), e, por fim, sobre grandes
fortunas (ainda inexiste no Brasil)
Os Estados e o Distrito Federal, podem instituir (Art. 155, CF), impostos sobre
transmissão "causa mortis" e doação (ITCMD), operações de circulação
(venda) de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual (ICMS), e IPVA.
Com base no artigo 147 da CF, o Distrito Federal (Brasília) tem a competência
que pertence aos Municípios para a criação dos impostos municipais, portanto,
por exemplo, Brasília é quem cria ISS etc.
Segundo a definição no artigo 16, CTN, o fato gerador do imposto não depende
de uma atividade estatal especifica feita ao indivíduo.
7.2 Taxas
Também é cobrada devido ao serviço divisível, sendo que este serviço pode
ser usado por cada indivíduo separadamente, e em razão disso pode ser
taxado, tal como o serviço de coleta de lixo, o acesso a justiça.
O serviço público pode ser taxado pelo uso efetivo do serviço pelo indivíduo ou
pelo uso potencial, em que o contribuinte pode ou não usar mas tem que pagar
o imposto, em razão do Estado ter investido para colocar o serviço à disposição
(art. 77, CTN).
Surgida no Brasil do século XX, pela primeira vez, na Carta Magna de 1934
(art. 124), a contribuição de melhoria está prevista no artigo 145, III da CF e no
artigo 81 do Código Tributário Nacional.
7.4 Pedágio
Não é taxa pois não é serviço (atividade prestada para o indivíduo), nem
exercício do poder de polícia, mas é utilização de um bem público.
Previsto no artigo 148 da CF, trata-se de um tributo "sui generis". Só pode ser
usado para o fundamento que justificou a sua criação. Tem motivação e
destinação.
7.6 Contribuições
Esse artigo 4 do CTN não é suficiente para identificar a natureza das espécies
tributárias, pois, por exemplo, no caso da prestação de serviços feita por um
advogado, se observamos somente o fato (prestação de serviço),
concluiríamos que ele se trata de ISS (imposto de serviço), porem ao
considerarmos a destinação do produto da arrecadação (destinação para a
OAB), chegaríamos à conclusão de que se trata de contribuição corporativa.
Além disso, temos a questão do empréstimo compulsório, em que, conforme já
mencionado, a Constituição Federal não faz previsão acerca do seu fato
gerador.
Por fim, Geraldo Ataliba classifica os tributos como vinculados a uma atuação
estatal (taxa e contribuição de melhoria) e como não vinculados (impostos).
a) Impostos
b) Taxas
Podemos analisar que há dois tipos de taxa, sendo elas a taxa de polícia e a de
serviço. Conforme menciona Caio Bartine (2012), aquela é cobrada pelo
exercício regular do poder de polícia, sendo este um poder de fiscalização
administrativa do Estado que através de seus órgãos e agentes públicos, tem
por finalidade limitar os direitos individuais relativamente à liberdade e à
propriedade em detrimento do interesse coletivo.
a) Federal
b) Estadual
Estados e o Distrito Federal pode instituir;
c) Municipal
d) Fiscal
É o tributo recolhido pelo Fisco (Estado), ou seja, que vai para os cofres do
governo. Segundo Ricardo Alexandre (2015) é aquele que visa precipuamente
a arrecadar recursos para os cofres públicos Exemplo: ICMS (Imposto Sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços) e IR.
e) Parafiscais
São os tributos que vão para entidades credoras de tributos, tais como, vão
para os sindicatos, a OAB.
"O tributo possui finalidade parafiscal quando a lei tributária nomeia sujeito
ativo diverso da pessoa que a expediu, atribuindo-lhe a disponibilidade dos
recursos arrecadados para o implemento de seus objetivos. Como exemplo,
podem ser citadas as contribuições previdenciárias que, antes da criação da
Secretaria da Receita Previdenciária, eram cobradas pelo INSS (autarquia
federal), que passava a ter, também, a disponibilidade dos recursos auferidos.
Tem-se aí a finalidade parafiscal da tributação" (ALEXANDRE, Ricardo, 2015,
p.97)
h) Reais
Estão ligados à "res" (coisa) e têm como fato gerador uma situação da
realidade, não levando em consideração as condições pessoais do
contribuinte.
i) Pessoais
j) Diretos
k) Indiretos
l) Fixos
São tributos em que o valor independe da dimensão econômica (se maior ou
menor) do fato gerador.
m) Variáveis ou Proporcionais
n) Progressivos
o) Regressivos
p) Monofásicos
Incide apenas em uma das etapas da cadeia produtiva. Exemplo.: IOF do Ouro
somente na 1ª circulação do ativo financeiro (CF, 153, § 5)
q) Plurifásicos
Aquele que incide quando há vária fases de circulação do bem, e em cada uma
delas acumula-se com o incidente nas fases anteriores. Vai se somando em
cada etapa ao que já se pagou antes.
s) Não cumulativo
t) Sobre renda
u) Sobre circulação
v) Sobre o patrimônio
Incide sobre a renda acumulada (que não está circulando). Exemplo.: IPVA,
IPTU
9. Competencia tributária
9.1 Classificação
O não exercício da competência tributária pelo ente que a tem não transfere a
competência para outra pessoa de direito público.
A regra geral é que a lei tributária pode criar, importar, alterar conceitos de
outros ramos do direito, exceto se esses conceitos forem usados para definir a
competência tributária.
A lei tributária não pode alterar a palavra, mudar conceitos do direito civil e nem
do dicionário, para ampliar a sua competência (porque esta competência é
delimitada).
10. Bibliografia