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SUMÁRIO EXECUTIVO
2. Pelo que se expôs ao longo desta Nota Técnica, com o devido acatamento ao
posicionamento da PGFN, entende-se como correta a interpretação ao art. 36 da Lei nº
8.112, de 1990, segundo a qual, na remoção, somente ocorre o deslocamento do servidor,
não sendo a mudança de vaga para a lotação de origem uma decorrência da remoção, visto
que essa movimentação ocorre no âmbito de um mesmo órgão.
3. Todavia, uma vez que a alteração de vaga decorre do poder discricionário do órgão,
inexiste vedação a essa movimentação de vaga ou contrapartida entre unidades internas
como ato contínuo à remoção, ato que deve calcar-se no interesse público, que neste caso
exige o equilíbrio da força de trabalho às necessidades do serviço público prestado pelo
órgão.
ANÁLISE
13. Destaque-se, no que concerne à hipótese prevista na alínea “c”, inciso III,
do art. 36 da Lei nº 8.112/90, o Departamento de Normas e Procedimentos
Judiciais de Pessoal – DENOP, ao analisar consulta acerca da realização de
concurso público de remoção, assim entendeu, por intermédio da NOTA
TÉCNICA Nº 71/2014/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP, de 10 de abril de
2014:
10. A diferenciação acima tem por único intento o de explicitar que, embora da remoção
não decorra a mudança de lotação do servidor e de sua respectiva vaga, a adequação de
vagas é atividade eminentemente gerencial e discricionária, portanto, desvinculada da
remoção.
12. Assim, com o devido acatamento ao posicionamento da douta PGFN, quanto à matéria,
entende-se como correta interpretação ao art. 36 da Lei nº 8.112, de 1990, aquela segundo a
qual a remoção não enseja a necessidade de mudança de vaga, mas o deslocamento do
servidor no âmbito de um mesmo quadro de pessoal. Vale esclarecer que a alteração de vaga
decorre do poder discricionário do órgão, e inexiste vedação a essa movimentação de vaga
ou exigência de contrapartida entre unidades internas do órgão como ato contínuo à
remoção, o que deve se calcar no interesse público, que neste caso exige o equilíbrio da força
de trabalho às necessidades do serviço público prestado pelo órgão.
CONCLUSÃO
14. Com tais informações, sugere-se a restituição dos autos à Coordenação Jurídica de
Legislação de Pessoal e Normas da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, para
conhecimento e demais providências.