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MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO

Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho no Serviço Público


Departamento de Normas e Benefícios do Servidor
Coordenação-Geral de Aplicação das Normas

Nota Técnica nº 11261/2016-MP

Assunto: Solicitação de reavaliação da PGFN acerca da possibilidade de transferência de


vaga para a unidade de destino do servidor removido a pedido para acompanhar cônjuge de
que trata o inciso III do artigo 36 da Lei nº 8.112, de 1990.

SUMÁRIO EXECUTIVO

1. A Coordenação Jurídica de Legislação de Pessoal e Normas da Procuradoria-Geral da


Fazenda Nacional restitui os autos em epígrafe, a fim de que esta Secretaria de avalie a
possibilidade de revisão do posicionamento delineado na Nota Técnica nº
185/2014/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP, datada de 23 de dezembro de 2014, relativamente
à interpretação do art. 36 da Lei nº 8.112, de 1990.

2. Pelo que se expôs ao longo desta Nota Técnica, com o devido acatamento ao
posicionamento da PGFN, entende-se como correta a interpretação ao art. 36 da Lei nº
8.112, de 1990, segundo a qual, na remoção, somente ocorre o deslocamento do servidor,
não sendo a mudança de vaga para a lotação de origem uma decorrência da remoção, visto
que essa movimentação ocorre no âmbito de um mesmo órgão.

3. Todavia, uma vez que a alteração de vaga decorre do poder discricionário do órgão,
inexiste vedação a essa movimentação de vaga ou contrapartida entre unidades internas
como ato contínuo à remoção, ato que deve calcar-se no interesse público, que neste caso
exige o equilíbrio da força de trabalho às necessidades do serviço público prestado pelo
órgão.

4. Deste modo, com o acréscimo referente à discricionariedade na realocação de vagas,


vigente a Nota Técnica 185/2014/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP, de 23 de dezembro de
2014, uma vez que do ato de remoção não decorre a necessária realocação de vaga do
servidor removido ou mesmo de contrapartida de outra vaga ao órgão ou unidade que o
recebe, visto que a movimentação ocorreu no âmbito de um mesmo órgão de lotação.

ANÁLISE

5. O feito teve sua origem na Coordenação de Recursos Humanos da Procuradoria-Geral da


Fazenda Nacional, que submeteu consulta à Coordenação-Geral Jurídica daquele Órgão,
acerca da interpretação do inciso III do art. 36 da Lei nº 8.112, de 1990 (remoção de servidor,
a pedido, para outra localidade, independente do interesse da Administração),
especificamente se nessas hipóteses de remoção a vaga ocupada pelo servidor deveria
ser transferida à unidade para a qual foi removido.
6. Por sua vez, a Coordenação-Geral Jurídica exarou o Parecer PGFN/CJU/CPN Nº
2935/2008, propondo o encaminhamento dos autos à extinta SRH-MP, para manifestação
quanto ao questionamento suscitado pela Coordenação de Recursos Humanos da
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

7. Ao analisar a questão, este Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais de


Pessoal – DENOP/MP, manifestou-se na forma da Nota Técnica nº
185/2014/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP, datada de 23 de dezembro de 2014, nos seguintes
termos, da qual julgamos pertinente a transcrição em parte. Cite-se

12. Assim, não há falar em transferência de vagas quando o servidor for


removido para acompanhar cônjuge ou companheiro, na forma prevista na
alínea “a” ou nas demais hipóteses de que trata o art. 36 da Lei nº 8.112, de
1990, uma vez que o deslocamento se dará no âmbito do mesmo quadro,
independente de haver mudança de sede ou não.

13. Destaque-se, no que concerne à hipótese prevista na alínea “c”, inciso III,
do art. 36 da Lei nº 8.112/90, o Departamento de Normas e Procedimentos
Judiciais de Pessoal – DENOP, ao analisar consulta acerca da realização de
concurso público de remoção, assim entendeu, por intermédio da NOTA
TÉCNICA Nº 71/2014/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP, de 10 de abril de
2014:

b) a realização de processo seletivo de remoção de que trata a alínea “c”, do


inciso III, do art. 36 da Lei nº 8.112, de 1990, é decisão de caráter
essencialmente gerencial, uma vez que somente o órgão, conhecedor da força
de trabalho que compõe o seu quadro de pessoal, é que poderá decidir acerca
da possibilidade de deslocamento de servidor, ainda que para outra unidade
do mesmo quadro, tendo em vista a necessidade primeira de garantir a
continuidade na execução das atividades sub sua responsabilidade;

c) o processo seletivo de remoção de que trata a alínea “c”, do inciso III, do


art. 36 da Lei nº 8.112, de 1990, ocorrerá, o interesse do órgão, quando a
disponibilização de vagas seja inferior ao número de interessados, e de acordo
com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que estejam lotados;
(...)
f) órgão central do SIPEC não tem ingerência acerca do momento em que
órgãos ou entidades poderão se utilizar do instituto da remoção, bem como
das normas que devem ser estabelecidas previamente e que deverão observar
os preceitos legais.
14. Ressalte-se, que nos casos de remoção de que trata o art. 36 da Lei nº
8.112, de 1990, a lotação do servidor permanece a mesma, alterando-se
apenas o local de exercício.
8. Tendo recebido o supracitado entendimento, aquela Coordenação Jurídica, por meio da
NOTA PGFN/CJU/COJPN Nº 455/2015, de 08 de abril de 2015, compreendeu necessário o
reencaminhamento da consulta à SEGEP/MP para análise da possibilidade de revisão do
entendimento supracitado, sob o argumento principal de que, em determinados casos,
na remoção, poderá a Administração entender que é imprescindível a transferência da
vaga de determinada unidade para outra que recebe o servidor removido.

9. Exposto o contexto da reanálise, necessário principiá-la anotando que o instituto da


remoção e a ação administrativa e gerencial de adequação interna de vagas são diversos. A
remoção, a rigor do art. 36, traz por consequência imediata, única e simplesmente o
deslocamento do servidor o que, na compreensão deste órgão central do SIPEC, significa
dizer que enseja uma mudança interna de exercício. Já a alocação de vagas se traduz na
avaliação, pela autoridade competente, do adequado equacionamento da força de trabalho
para melhor atender às necessidades do serviço prestado pelo órgão, o que independe da
ocorrência de remoção e dessa não decorre.

10. A diferenciação acima tem por único intento o de explicitar que, embora da remoção
não decorra a mudança de lotação do servidor e de sua respectiva vaga, a adequação de
vagas é atividade eminentemente gerencial e discricionária, portanto, desvinculada da
remoção.

11. Em reforço a esse entendimento, o Poder Judiciário tem decidido reiteradamente no


sentido de que as hipóteses de remoção previstas nas alíneas "a" e "b" do inciso III, do art.
36, da Lei nº 8.112, de 1990, não estão sujeitas à disponibilidade de vagas, como bem
colocado no PARECER PGFN/CJU/CPNNº 2935/2008.

12. Assim, com o devido acatamento ao posicionamento da douta PGFN, quanto à matéria,
entende-se como correta interpretação ao art. 36 da Lei nº 8.112, de 1990, aquela segundo a
qual a remoção não enseja a necessidade de mudança de vaga, mas o deslocamento do
servidor no âmbito de um mesmo quadro de pessoal. Vale esclarecer que a alteração de vaga
decorre do poder discricionário do órgão, e inexiste vedação a essa movimentação de vaga
ou exigência de contrapartida entre unidades internas do órgão como ato contínuo à
remoção, o que deve se calcar no interesse público, que neste caso exige o equilíbrio da força
de trabalho às necessidades do serviço público prestado pelo órgão.

CONCLUSÃO

13. Pelo exposto, com o acréscimo referente à discricionariedade na alteração de vagas,


vigente a Nota Técnica 185/2014/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP, de 23 de dezembro de
2014, uma vez que do ato de remoção não decorre a obrigatoriedade de realocação da vaga
do servidor removido ou mesmo de outra vaga ao órgão ou unidade que o recebe.

14. Com tais informações, sugere-se a restituição dos autos à Coordenação Jurídica de
Legislação de Pessoal e Normas da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, para
conhecimento e demais providências.

ANA CRISTINA SÁ TELES D’AVILA


Coordenadora-Geral de Aplicação das Normas
Aprovo. Retorne-se à Coordenação Jurídica de Legislação de Pessoal e Normas da
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, na forma proposta.

RENATA VILA NOVA DE MOURA HOLANDA


Diretora do Departamento de Normas e Benefícios do Servidor

Documento assinado eletronicamente por RENATA VILA NOVA DE MOURA HOLANDA,


Diretora do Departamento de Normas e Benefícios do Servidor, em 22/08/2016, às 17:06.

Documento assinado eletronicamente por ANA CRISTINA SA TELES DAVILA,


Coordenadora-Geral de Aplicação das Normas, em 22/08/2016, às 17:12.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site


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código CRC D00FB3B4.

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