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15/03/2018 Desconstruindo uma demolição | Gazeta do Povo

ARTIGOS
ARTIGO

Desconstruindo uma
demolição
Desde o século 19, o ser humano é apenas um
objeto de ciência. A ação humana deixou de ser
parte da moral para se tornar campo de todo tipo
de terapia e engenharia comportamental

Marcelo Musa Cavallari [19/12/2017] [18h00]

Foto: Felipe Lima

A rapidez com que a confusão de gênero virou de pernas para o ar o entendimento do amor
humano construído ao longo de milênios pelas mais importantes obras da poesia, filosofia,
teologia e arte ocidentais surpreende. Trinta anos atrás, seria difícil prever que, no século 21,
tribunais e parlamentos do Ocidente fossem discutir se casamento é entre um homem e uma
mulher. Que decidissem pela negativa era, até outro dia, inimaginável. Demolições são, mesmo,
mais rápidas e fáceis do que construções. E, a exemplo do que houve com a ideia de casamento,
uma outra demolição, evidenciada pelo estridente sucesso político da teoria de gênero, não é
tão recente quanto possa parecer.

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15/03/2018 Desconstruindo uma demolição | Gazeta do Povo

O primeiro passo foi um sutil, mas devastador, acréscimo ao vocabulário. Em seu livro
Psychopathia Sexualis, publicado em 1892, o psiquiatra forense alemão Richard von
Kra -Ebing cunhou as palavras “heterossexual”, “homossexual” e “bissexual”. Ao usar
o termo “sexual” como sufixo, Kra -Ebing reduziu seu significado à pulsão
experimentada pelo indivíduo quanto ao prazer ligado a seus órgãos genitais. O termo
perdia, aí, a ligação com o resto do seu campo semântico, especialmente com a
procriação. Kra -Ebing, interessado em criminosos, confinou, assim, a sexualidade
ao campo da psiquiatria. Freud, depois dele, estudava histéricas, sádicos e
masoquistas.

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