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03/12/2017 Resenha – A literatura no ensino médio: quais os desafios do professor?

– vivências & experiências blog

RESENHA – A LITERATURA NO ENSINO MÉDIO: QUAIS OS


DESAFIOS DO PROFESSOR?
MARTINS, Ivanda. A literatura no ensino médio: quais os desafios do
professor? In: BUNZEN, Clecio; MENDONÇA, Márcia. (Org.) Português no ensino
médio e formação do professor. São Paulo: Parábola Editorial, 2006. p. 83-102.

Tendo em vista, pensar e refletir acerca do ensino de literatura no ensino


médio, traremos à tona a visão da autora Ivanda Martins (2006), com o propósito
de incitar o pensamento a respeito de como se dar a aquisição e compreensão do
processo do ensino de literatura, envolvendo por sua vez o ato de ensinar e o
ato de aprender: professores e alunos. A autora levanta questões, no que diz
respeito à dificuldade de se trabalhar literatura sem cair no grande erro de
usá-la com fins que se voltam meramente a análise de elementos gramaticais
dentro do texto literário, nessa mesma ótica problemática, a forma como a
leitura do texto tem sido encarada e apresentada pelo professor é um fator
preponderante, frente aos desafios das novas tecnologias, sendo estas mais
acessíveis entre os estudantes e que muitas vezes são exploradas
inadequadamente, principalmente por essa nova geração, que povoam o espaço
escolar.

Para atentar-se, a essas questões, é necessário considerar e explorar os


conhecimentos prévios que o aluno já traz consigo, não se tratando de uma tabua
rasa, sob o qual se inscrevem/transferem conhecimentos. Assim, a relação entre
aprendizagem e ensino está relacionada de modo que um não sobrevive sem o outro,
desenvolvendo uma relação de dependência mútua.

É de fundamental importância que o aluno com a ajuda do professor, consiga


traçar laços entre texto literário e vida, assim o processo de compreensão não
será mais uma sistematização, em que a própria obra é vista apenas sob um viés
histórico e decorativo de datas e estilos literários, nesse sentido, a obra
perde sua força propulsora. A finalidade de ajudar os estudantes a construírem
sentido em cima daquilo que se lê, seja um clássico ou autores contemporâneos,
deve-se dar por meio da interação entre; o texto e leitor, extraindo da obra seu
contexto histórico social, estimulando-os a serem leitores críticos.

A interdisciplinaridade, nesse caso é um veículo condutor, pois a literatura não


é uma prática separada da existência humana, mas sim, algo que estar a par
dessas noções, visto que a literatura está profundamente relacionada à
compreensão de quem somos no que tange ao viés pessoal, social e cultural.

Martins, partindo dessa noção, critica o modo como se tem efetivado o ensino
literário, se pautando unicamente, em alguns casos, como mais um método mágico,
em que o aluno, por meio da leitura venha melhorar sua escrita, sabe-se, no
entanto que só se aprende a escrever, escrevendo. Não que a leitura não seja
importante para o “melhoramento” da escrita dos estudantes, é que esse tipo de
pensamento, pode nos induzir a um grande erro de desconsiderar elementos,
políticos, históricos, sociais, culturais, questões essas que perpassam a uma
análise de cunho estrutural e formal. Diante disso, a autora propõe uma

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03/12/2017 Resenha – A literatura no ensino médio: quais os desafios do professor? – vivências & experiências blog

reavaliação dos métodos adotados pelos professores em suas práticas,


estimulando-os a reverem seus conceitos.

Assim, alguns estereótipos são formados dentro do próprio corpo escolar:


“literatura é muito difícil”, “trabalhar fragmentos de textos presentes no livro
didático é mais viável, devido à correria do dia a dia”, “a leitura como forma
de castigar os estudantes”, “leia muito, para que possa escrever bem”, dentre
outros mitos criados para subjugar a leitura de obras literárias a um número
restrito e intelectualizado, que não “servem”, por sua vez, a estudantes do
ensino médio, cria-se aí um discurso perigoso e altamente preconceituoso.

Sabe-se, no entanto, que o papel da escola, que recai, sobretudo na figura do


professor, não é uma tarefa fácil, frente aos novos desafios de uma geração
imediatista, que pouco se importa, por aquilo que vai exigir um pouco mais de
si. Temos, portanto, enquanto futuros professores o desafio de transformação,
encontrando na obra literária, os subsídios necessários para isso. É
interessante, demarcar que a autora acreditando no potencial da literatura,
levando essa prática realmente a sério, nos oferece medidas que nos ajudam a
pensar criticamente sobre essas questões colocadas em pauta. Apontando as
fragilidades que permeiam no processo de ensino/aprendizagem, por meio de um
olhar que produza mudanças indo de encontro à situação atual vigente.

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