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São Paulo
2013
V476s Veras, Mariana Ribeiro
Aprovada em 29/01/2014
São Paulo
2013
BANCA EXAMINADORA
Agradeço primeiramente a Deus por cada momento que vivenciei através desta
pesquisa e também por todo aprendizado adquirido.
Agradeço, em especial, aos meus pais, Clarindo e Rosália, por terem me incentivado
e proporcionado esta oportunidade de cursar uma pós-graduação de excelente
qualidade. Não posso deixar de agradecer as minhas irmãs e entes queridos que
estiveram sempre ao meu lado me dando apoio e carinho nessa trajetória.
Agradeço ao meu namorado João Batista por ter sido verdadeiro companheiro
nesses dois anos em que estivemos morando longe e por total apoio e auxilio
durante minha pesquisa.
Agradeço também aos colegas que caminharam juntamente a mim nestes dois anos
de estudo, trabalho e dedicação para plena conclusão desta fase.
I
Figura 26 - Dispositivo sensor de presença para acendimento de lâmpada. ______ 64
Figura 27 - Chuveiro com aquecimento elétrico. Fonte: acervo pessoal. 04 abril 2013
_________________________________________________________________ 64
Figura 28 - Edifícios com alvenaria estrutural em blocos de concreto. __________ 66
Figura 29 - Planta baixa com cotas de dimensões não moduladas. ____________ 67
Figura 30 - Cobertura feita em estrutura e telha metálicas. ___________________ 68
Figura 31 - Pavimentação em bloco pré-fabricado de concreto intertravado. _____ 68
Figura 32 - Alvenaria estrutural feita em bloco de concreto. __________________ 69
Figura 33 - Formas e Escoras em madeira. _______________________________ 69
Figura 34 - Escoras metálicas _________________________________________ 70
Figura 35 - Revestimento cerâmico. _____________________________________ 71
Figura 36 - Medidores individualizados de água. ___________________________ 73
Figura 37 - Bacia sanitária com caixa de descarga acoplada. _________________ 74
Figura 38 - Torneira com arejador articulado. _____________________________ 74
Figura 39 - Piso intertravado e áreas permeáveis. __________________________ 75
Figura 40 - Áreas que permitem infiltração da água: piso intertravado e áreas
permeáveis _______________________________________________________ 76
Figura 41 - Moradores recebendo manual de bom uso do condomínio. _________ 77
Figura 42 - Implantação - apartamentos acessíveis. ________________________ 80
Figura 43 - Planta baixa apartamento adaptado. ___________________________ 81
Figura 44 - Banheiro do apartamento adaptado. ___________________________ 82
Figura 45 - Bacia sanitária do banheiro adaptado. __________________________ 82
Figura 46 - Porta e basculante em atrito. _________________________________ 83
Figura 47 - Planta com duas torres condomínio 1 destacando acessibilidade no
projeto. ___________________________________________________________ 84
Figura 48 - Rampa de acesso sem piso tátil de alerta. Piso tátil de alerta nas
escadas. __________________________________________________________ 84
Figura 49 - Inexistência de rampas de acesso e de sinalização com piso tátil. ____ 85
Figura 50 - Localização do conjunto habitacional Parque Novo Santo Amaro V ___ 86
Figura 51 - Curvas de nível expondo relevo acentuado. _____________________ 87
Figura 52 - Traçado das ruas formado em vista da ocupação desordenada da região.
_________________________________________________________________ 88
Figura 53 - Croqui inicial de idealização do projeto. _________________________ 89
Figura 54 - Distribuição dos blocos de apartamento. ________________________ 90
Figura 55 - Resultado final do residencial Parque Novo Santo Amaro V, onde blocos
agrupados formam interface entre a rua e o parque linear. ___________________ 90
II
Figura 56 - Modelo 1 de tipologia. ______________________________________ 91
Figura 57 - Modelo 2 de tipologia. ______________________________________ 91
Figura 58 - Modelo 3 de tipologia. ______________________________________ 92
Figura 59 - Vista esquemática do conjunto de blocos que se adequam ao relevo. _ 92
Figura 60 - Comparação entre condições apresentadas pelas vias antes e depois da
urbanização. _______________________________________________________ 93
Figura 61 - Paisagem urbana antes das obras. ____________________________ 93
Figura 62 - Contraste na paisagem urbana. _______________________________ 94
Figura 63 - Equipamentos destinados ao lazer. ____________________________ 95
Figura 64 - Imagem do terreno em 2007. _________________________________ 95
Figura 65 - Implantação dos blocos no terreno. ____________________________ 97
Figura 66 - Iluminação do banheiro insuficiente. Deposição de lixo feita em
caçambas, não há preocupação com coleta seletiva ou higiene._______________ 97
Figura 67 - Iluminação natural de áreas comuns. __________________________ 98
Figura 68 - Distribuição da iluminância em pseudo cores no bloco T2B. _________ 99
Figura 69 - Distribuição da iluminancia em malha de pontos. ________________ 100
Figura 70 - Botijão de distribuição de gás individualizada. ___________________ 102
Figura 71 - Chuveiro com aquecimento elétrico e iluminação de áreas comuns sem
dispositivos economizadores._________________________________________ 102
Figura 72 - Edificações construídas em alvenaria estrutural com blocos de concreto.
________________________________________________________________ 104
Figura 73 - Uso de estrutura metálica. __________________________________ 104
Figura 74 - Passarela que faz a ligação entre blocos de apartamento. _________ 105
Figura 75 - Pavimentação em bloco de concreto intertravado. _______________ 106
Figura 76 - Formas e escoras em madeira. ______________________________ 106
Figura 77 - Canteiro de obras. ________________________________________ 107
Figura 78 - Medição individualizada de água. ____________________________ 109
Figura 79 - Bacia sanitária com caixa acoplada de descarga. ________________ 110
Figura 80 - Torneiras comuns, sem dispositivos economizadores. ____________ 111
Figura 81 - Torneira da cozinha com arejador articulado ____________________ 111
Figura 82 - Piso intertravado e áreas permeáveis. _________________________ 112
Figura 83 - Soluções que permitem o escoamento de águas pluviais. _________ 113
Figura 84 - Folheto informativo de infraestrutura local. _____________________ 115
Figura 85 - Implantação - apartamentos adaptados. _______________________ 117
Figura 86 - Pista de skate sem guarda corpo ou grade de proteção. ___________ 118
III
Figura 87 - Piso metálico antiderrapante. ________________________________ 119
Figura 88 - Planta baixa apartamento adaptado. __________________________ 120
IV
ÍNDICE DE TABELAS
V
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo analisar habitações de interesse social vinculadas ao
Programa de Urbanização de Favelas promovido pela prefeitura de São Paulo.
Nesse contexto, dois conjuntos habitacionais foram selecionados: o Residencial
Mata Virgem e o Residencial Parque Santo Amaro V.
VI
ABSTRACT
This work aims to analyze the social interests’ habitations linked to the Urbanizations
Slums Programs promoted by São Paulo city hall. Because of this project, two
housing complexes were chosen, such as “Mata Virgem” residential and “Parque
Santo Amaro V” residential.
The methodological approach used parameters established by the “Selo Casa Azul
da Caixa Econômica Federal”, which it has the purpose to stimulate the sustainable
practices in the housing construction scope, promoting the enterprise certification.
This evaluation covers questions like: urban quality, project and comfort; energy
efficiency; the conservation of material resources; water management; social
practices and accessibility.
The results of this research show suggestions that expose quality architecture and
improvements at the analyzed work, however according to the sustainable approach
those enterprises express better incomes than the exposed before.
VII
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
1
Innovation and adaptation have permitted humanity to not only survive but to reach new heights.
Innovation led to the development of new tools, industrialization, computerization and untold scientific
advancements, with both positive and negative consequences.
1
O desenvolvimento sustentável é um modelo pautado em princípios e diretrizes que
consideram aspectos ambientais, econômicos, políticos e socioculturais, e vem
ganhando espaço em diversos campos das atividades humanas.
De acordo com Edwards (2008), a indústria da construção civil pode ser considerada
uma das atividades menos sustentáveis do planeta, especialmente por ser
responsável pelo consumo de aproximadamente 50% dos recursos naturais
mundiais. Diante destes fatos, as edificações e a urbanização que se materializam
pela área da construção civil necessitam adequar-se as diretrizes do
desenvolvimento sustentável.
Toda construção deve ter como ponto de partida um “projeto”, e para que o
resultado final seja um empreendimento sustentável é necessário que desde a
concepção este seja embasado em princípios sustentáveis. Dessa forma, segundo
Edwards (2008, p. 3) o projeto sustentável “envolve a criação de espaços saudáveis,
viáveis economicamente e sensíveis às necessidades sociais. Significa respeitar os
sistemas naturais e aprender por meio dos processos ecológicos”.
Na década de 70, a crise energética foi de singular importância para que algumas
questões ambientais ganhassem discussão com maior amplitude. A partir deste
marco, algumas mudanças no âmbito da arquitetura foram aplicadas promovendo
construções que faziam uso da energia solar e se adequavam as características
climáticas de cada região. (CORBELLA E YANNAS, 2003).
2
A expressão em uso no presente trabalho abrange critérios de análise e classificação que tem como
princípio base associar conceitos sobre sustentabilidade que permeiem dimensões ambientais,
sociais, econômicas e espaciais agregadas ao emprego de técnicas construtivas e inovações
tecnológicas promovendo harmonia entre o ambiente pré-existente e a arquitetura a ser instalada.
2
isso desenvolveram-se soluções para todos os âmbitos do projeto
que priorizam a máxima utilização dos recursos naturais com o
mínimo impacto ambiental (CORRÊA, 2008, p. 17).
3
Tabela 1 - Déficit habitacional no Brasil
1993 6.247.303
1996 6.449.151
1999 6.669.226
2002 7.256.566
2004 7.890.362
2007 6.272.645
2008 5.546.310
4
transformar favelas e loteamentos irregulares em bairros, garantindo
a seus moradores o acesso à cidade formal, com ruas asfaltadas,
saneamento básico, iluminação e serviços públicos. O programa
também inclui o reassentamento de famílias – em caso de áreas de
risco – e a recuperação e preservação de áreas de proteção dos
reservatórios Guarapiranga e Billings, além de melhorias
habitacionais (SÂO PAULO, 2012, s/p).
5
Diante desse quadro exposto, esta pesquisa tem por objetivo analisar a
sustentabilidade dos projetos e obras de habitação de interesse social (HIS)
selecionados na cidade de São Paulo a partir do roteiro de critérios presente no
manual “Selo Casa Azul” da CAIXA. Vale ressaltar que os conjuntos escolhidos para
análise não foram projetados com essa premissa.
1.1 Justificativa
O termo sustentabilidade que teve sua origem e definição ligadas aos pensadores e
economistas Ignacy Sachs e Karl William aproximadamente nos anos 70, passou a
ser associado às questões ambientais ainda nesta mesma década (AMODEO,
2008). Porém, apenas no final do século XX e início do século XXI esta prática
ganhou âmbito no meio internacional, tornando-se assunto de interesse mundial em
congressos e debates de veemência política.
6
O mercado exige produtos e materiais comprometidos com o meio
ambiente, enfatizando preocupação com baixo impacto e interesse
em contribuir para a solução do problema ambiental, o que se tornaria
vantagem competitiva e forma de conquistar um consumidor cada vez
mais informado, exigente e consciente das necessidades do planeta
(SANTOS e ABASCAL, 2012, s/p).
A sustentabilidade mostra-se como uma proposta viável para enfrentar alguns dos
desafios que o próprio homem gerou, devido à má conservação do meio ambiente, e
ao mesmo tempo esta possui um caráter social, que pode permitir uma busca por
melhorias sociais e financeiras para quem reside em habitações de interesse social.
Sobre essa questão, John (2010, p. 11) afirma que
7
bioclimáticas recorrentes quando se deseja melhorar a qualidade do espaço
construído proporcionando ambientes mais salubres (CUNHA, 2010).
O guia Selo Casa Azul CAIXA foi criado com o propósito de reconhecer e valorizar
os empreendimentos que adotam soluções e práticas sustentáveis de projeto e
construção. Esta certificação é composta por um roteiro formado por 53 critérios de
avaliação que abrangem as seguintes áreas: qualidade urbana; projeto e conforto;
eficiência energética; conservação de recursos materiais; gestão da água e práticas
sociais. Tais categorias serão explicitadas nos procedimentos metodológicos e no
capítulo 2, onde será feita uma abordagem mais minuciosa sobre esse selo.
8
1.2 Objetivos
9
para desenvolvimento desta pesquisa, o Selo Casa Azul da Caixa (Boas práticas
para habitação mais sustentável, 2010);
10
locais; participação da comunidade na elaboração do projeto;
orientação aos moradores; educação ambiental dos moradores;
capacitação para gestão do empreendimento; ações para mitigação de
riscos sociais e ações para a geração de emprego e renda;
Os resultados obtidos a partir dessa análise serão expostos mediante uso de tabela
que segue o modelo abaixo:
Tabela Modelo
Existência no Projeto
Critérios Obrigatoriedade
Não Não se
Sim Parcialmente
aplica
1.1 Qualidade do
Entorno - Infraestrutura Sim X
1.2 Qualidade do
Entorno - Impactos Sim X
11
computacionais, empregando o software Relux Professional versão
2013.1.1.2;
Trena manual e eletrônica com mira a laser, para confirmação de
dados coletados “in loco”;
4 – Obtenção de dados primários a partir de pesquisa de campo nos
conjuntos habitacionais exposto abaixo:
12
Figura 2 - Conjunto habitacional Santo Amaro V
Fonte: site do arquiteto Héctor Vigliecca, 2013
13
Figura 3 - Localização das subprefeituras dos conjuntos habitacionais.
Fonte: acervo da autora, 2013.
14
2 ARQUITETURA E SUSTENTABILIDADE
Dentre tantas atividades desempenhadas pelo homem, Edwards (2008) ressalta que
a indústria da construção civil apresenta-se como um dos maiores consumidores dos
recursos naturais, expondo-se como uma das atividades antrópicas menos
sustentáveis do planeta.
Para que esta prática seja possível, é necessário entender todo contexto em que o
termo sustentabilidade está inserido, buscando auxílio em outras áreas que
possuam alguma relação com o termo em questão, como, por exemplo, a economia
e a ecologia. E então tentar aplicar todo conhecimento adquirido às construções
partindo de sua concepção e projeto em busca de um resultado conceituado e
embasado neste tema em questão.
16
A partir desta contextualização, talvez a expressão mais adequada para definir o que
este tópico propõe é uma “arquitetura sustentável”, passando por todas as
premissas que envolvam o desenvolvimento, a economia, a ecologia e outras áreas
que se relacionam com esta questão ambiental. Porém, tendo como foco expor a
realidade das políticas públicas habitacionais e sua relação com o termo
sustentabilidade e suas áreas de abrangência.
17
2.1 A sustentabilidade na habitação de interesse social no Brasil
18
A iniciativa pública habitacional brasileira volta-se para a agilidade e conclusão na
construção de conjuntos habitacionais, visando explorar politicamente estes feitos
convertendo-os em mídia e possivelmente votos eleitorais, deixando a desejar, em
diversos casos, na qualidade da construção e na eficiência no pós-ocupação destes
empreendimentos, podendo-se destacar a ausência de equipamentos sustentáveis
que auxiliariam na vivencia e redução de gastos.
Lisboa e Amado (2012, s/p) são bem enfáticos ao afirmar que “este foi o formato
historicamente escolhido pelas ‘autoridades’, que considerava no ‘habitar’ apenas a
atividade de moradia, e acabava criando ‘dormitórios’ e ‘não cidades’”.
20
Iniciativas do poder público, como a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e
Urbano (CDHU), Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Programa
Minha Casa Minha Vida (PMCMV), foram criadas com foco na redução do déficit
habitacional através de investimentos feitos na construção de novas moradias. A
implantação destes programas beneficia o processo de estruturação urbana,
aumenta a dinâmica no setor imobiliário, proporciona a construção de novas
moradias, porém acaba promovendo a contigua “periferização” habitacional nos
grandes centros urbanos devido à localização destinada a este tipo de construção.
Diante do cenário habitacional atual no Brasil, é possível expor duas realidades que
se contrastam pelo projeto e execução. O primeiro trata-se do conjunto habitacional
Jacinta Andrade, localizado na cidade de Teresina no estado do Piauí, merecendo
destaque por ser o maior empreendimento do PAC no setor de moradia constatado
em 2012; o segundo empreendimento é o Conjunto habitacional Rubens Lara
localizado na cidade de Cubatão no estado de São Paulo e desenvolvido pela
Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Ambos são de
iniciativa pública, porém apresentam diferenças especialmente na maneira de
pensar o projeto e na eficiência do pós-ocupação.
21
Figura 4 - Conjunto habitacional Jacinta Andrade
Fonte: ADH, 2012.
22
Figura 5 - Conjunto habitacional Rubens Lara
Fonte: SCHAHIN, (201?)
Segundo Pisani et al (2012, p. 8), “embora o conjunto Rubens Lara não tenha sido
certificado por nenhum “selo verde” e sua execução não considerou alguns
requisitos de projeto sustentável que poderia contemplar, ele é o referencial
arquitetônico e urbanístico” de maior relevância no Brasil diante dos estudos feitos
pelo grupo de pesquisadoras já mencionado.
23
Figura 6 - Condomínios "E" e "G" em Paraisópolis.
Fonte: SÃO PAULO, 2013.
24
Figura 7 - Amilton Degani, gerente de contratos da Ductor, Maria Teresa Diniz, coordenadora do
Programa Paraisópolis e Edson Elito, arquiteto mentor do projeto, recebendo certificado Selo Azul.
Fonte: Gonçalves, 2012.
Muitas são as opções sustentáveis que podem ser empregadas em uma construção,
porém poucas são realmente colocadas em prática, ou na maioria das vezes
simplesmente desconsideradas como constatado a partir do caso ocorrido na cidade
de Teresina. Através da análise e da adequação do projeto arquitetônico aos
condicionantes presentes em cada região, como o clima, a vegetação, os usos e as
ocupações, a sustentabilidade pode ser tratada como parte integrante do projeto.
Edwards (2008, p. 162) afirma que “a verdadeira sustentabilidade envolve todos os
elementos de uma edificação” e deve ser aplicada desde os primeiros croquis.
Segawa (2005, s/p) relata que talvez alguns arquitetos ainda não tenham se dado
conta da necessidade do desenvolvimento de projetos com preceitos sustentáveis;
frente a isso ele ressalta que
25
[...] existem arquitetos que fazem arquitetura com sensibilidade, com
sustentabilidade, preocupados com os problemas do século 21, em
poupar energia [...]. No Brasil em geral faz-se arquitetura do
desperdício [...]. Existem arquitetos engajados em movimentos
ambientalistas, mas em cujos projetos não os incorpora com muito
rigor.
26
2.1.1 Urbanização de favelas na cidade de São Paulo
Cardoso (2007, p. 220) destaca que “esses assentamentos tinham como principais
características a ocupação do solo sem parcelamento regular prévio, a precariedade
física das moradias, a ausência de infraestrutura e a irregularidade da propriedade
do solo”.
27
Na cidade de São Paulo, o aumento da população entre os anos de 1920 e 1960 foi
vultoso, saltando de modestos 500 mil habitantes para 4 milhões (REIS FILHO,
1994). Entretanto, apesar do rápido crescimento populacional, diferentemente de
outras capitais brasileiras que no final do século XIX já apresentavam favelas
compondo a fotografia urbana, em São Paulo a formação de favelas deu-se
posteriormente.
Bonduki (2000, p. 23) ressalta que “num quadro de escassez de oferta habitacional
para baixa renda, o crescimento das ocupações de terra e da “favelização” e
abertura generalizada de loteamentos irregulares ou clandestinos” emergiam. Surgia
“à margem da legislação [...] uma cidade real, habitada precária e em caráter
predatório por contingentes significativos da população”.
28
que pudessem pagar por ela, ou que tivessem um razoável poder de
influência dentro da máquina política.
29
A partir da década de 1980, a urbanização dos assentamentos precários passou a
ser discutida entre as pautas das políticas de habitação de São Paulo. No final desta
década, o Governo do Estado em aliança com a Prefeitura de São Paulo tomam
empréstimo do Banco Mundial, desenvolvendo assim um programa cuja ideia central
era o saneamento ambiental da bacia hidrográfica do Guarapiranga (SÂO PAULO,
2008).
30
Segundo dados coletados pela Secretaria de habitação e desenvolvimento urbano
da cidade de São Paulo, atualmente o município possui cerca de 1570 favelas em
seu território. Diante deste numero tão grande de ocupações irregulares, os
problemas sociais e habitacionais ganham proporções volumétricas, devido à
ausência de infraestrutura básica nessas ocupações e o déficit habitacional desta
cidade.
31
De acordo com o Plano Municipal de Habitação de São Paulo (2010), “a moradia
digna é entendida [...] como vetor de inclusão sócio territorial, que garante a
construção da cidadania a todos os moradores”.
Entre os anos de 2005 a 2012, dados informam que este programa da Secretaria
Municipal de Habitação (Sehab) de São Paulo beneficiou 40 mil famílias em todo
município, e objetivava atender aproximadamente mais 134 mil família. Este foi
contemplado em 2012 com o prêmio Scroll of Honour, da UM-Habitat.
32
2.1.2 Selo Casa Azul da Caixa Econômica Federal
O Selo Casa Azul trata-se de um manual de boas práticas que visa incentivas novas
condutas no âmbito da construção habitacional no Brasil, estimulando o emprego
racional de recursos naturais, a partir de critérios que observam as dimensões da
sustentabilidade: ambiental, social e econômica.
Segundo Selo Casa Azul (2010, p. 22) “para obter o Selo, o proponente deverá
manifestar o interesse de adesão ao Selo Casa Azul CAIXA e apresentar os
projetos, a documentação e informações técnicas completas referentes aos critérios
a serem atendidos pelo projeto”.
33
Universidade de São Paulo (USP). Além disso, vale ressaltar que esta se trata da
primeira certificação totalmente brasileira voltada para as edificações de cunho
habitacional, levando em consideração a realidade climática, política, econômica e
social desse país.
Qualidade Urbana
34
Dois pontos de comércio e serviços básicos acessíveis por rota de
pedestres de, no máximo, um quilômetro de extensão;
Uma escola pública de ensino fundamental;
Um equipamento de saúde (posto de saúde ou hospital) a, no
máximo, 2,5 quilómetros de distância;
Um equipamento de lazer acessível por rota de pedestres de, no
máximo, 2,5 quilômetros de extensão.
2. Qualidade do entorno – impactos (critério obrigatório)
Inexistência no entorno, considerando-se raio de 2,5 quilômetros:
Fontes de ruídos excessivos e constantes, como rodovias,
aeroportos, alguns tipos de indústrias etc;
Odores e poluição excessivos e constantes, advindos de estações
de tratamento de esgoto (ETE), lixões e alguns tipos de indústrias,
dentre outros;
3. Melhorias no entorno
Incentivar ações para melhorias estéticas, funcionais, paisagísticas e
de acessibilidade no entorno do empreendimento.
4. Recuperação de áreas degradadas
Incentivar a recuperação de áreas social e/ou ambientalmente
degradadas.
5. Reabilitação de imóveis
Incentivar a reabilitação de edificações e a ocupação de vazios
urbanos.
Projeto e Conforto
35
conseguem priorizá-la como condicionante geradora de elementos
formais e espaciais [...] (BARNABÉ, 2007, s/p).
Esta categoria também tem como foco avaliar a questão do conforto ambiental –
prática que segundo Dejean (2012) emergiu na esfera das residências por volta de
1670, em Paris – que é de vital importância para o ideal de vivencia do espaço
habitado.
36
a radiação solar que ingressa pelas aberturas ou que é absorvida pelas
vedações externas da edificação.
8. Desempenho térmico – orientação ao sol e ventos (critério obrigatório)
Atendimento às condições arquitetônicas gerais, quanto à estratégia de
projeto, de acordo com a zona bioclimática onde se localiza o
empreendimento.
9. Iluminação natural de áreas comuns
Existência de abertura voltada para o exterior da edificação com área
mínima de 12,5% da área de piso do ambiente.
10. Ventilação e Iluminação natural de banheiros
Existência de janela voltada para o exterior da edificação com área
mínima de 12,5% da área do ambiente (área correspondente à
iluminação e ventilação).
11. Adequação às condições físicas do terreno
Verificar o grau de movimentação de terra para a implantação do
empreendimento. Será considerada a implantação que souber tirar
proveito das declividades e elementos naturais do terreno, como
rochas, corpos hídricos, vegetação com a minimização de cortes,
aterros e contenções.
Eficiência Energética
37
Existência de sensores de presença, minuterias ou lâmpadas eficientes
em áreas comuns dos condomínios.
3. Sistemas de aquecimento solar
Existência de sistema de aquecimento solar de água com coletores
selo Ence/Procel Nível A ou B.
4. Sistemas de aquecimento a gás
Existência de aquecedores de água de passagem a gás com selo
Ence/Conpet ou classificados na categoria Nível A no PBE do
Conpet/Inmetro.
5. Medição individualizada – Gás (critério obrigatório)
Existência de medidores individuais, certificados pelo Inmetro.
6. Elevadores eficientes
Existência de sistema com controle inteligente de tráfego para
elevadores com uma mesma finalidade e em um mesmo hall, ou outro
sistema de melhor eficiência.
7. Eletrodomésticos eficientes
Existência de eletrodomésticos (geladeira, aparelho de ar condicionado
etc.) com selo Procel.
8. Fontes alternativas de energia
Existência de sistema de geração e conservação de energia através de
fontes alternativas com eficiência comprovada pelo proponente/
fabricante, tais como painéis fotovoltaicos e gerador eólico, dentre
outros, com previsão de suprir 25% da energia consumida no local.
38
útil de construção seja melhorando projetos, selecionando métodos
construtivos que garantam o desempenho adequado com a utilização
de menor quantidade de materiais, seja reduzindo perdas e evitando
a necessidade de reposição de produtos de baixa qualidade (JOHN,
2010, p. 132).
1. Coordenação modular
Adoção de dimensões padronizadas como múltiplos e submúltiplos do
módulo básico internacional (1M = 10cm) e de tolerâncias dimensionais
compatíveis.
2. Qualidade de materiais e componentes (critério obrigatório)
Comprovação da não utilização de produtos feitos por empresas
classificadas como “não qualificadas” ou “não conformes” nas listas
divulgadas pelo Ministério das Cidades, Programa Brasileiro de
Qualidade e Produtividade no Hábitat (PBQP-H).
3. Componentes industrializados ou pré-fabricados
Adoção de sistema construtivo de componentes industrializados
montados em canteiro, projetados de acordo com as normas ou com
aprovação técnica no âmbito do Sinat, demonstrando conformidade
com a norma de desempenho NBR 15575 (ABNT, 2008).
4. Fôrmas e escoras reutilizáveis (critério obrigatório)
Reduzir o emprego de madeira em aplicações de baixa durabilidade,
que constituem desperdício, e incentivar o uso de materiais
reutilizáveis.
5. Gestão de resíduos de construção e demolição (critério obrigatório)
Existência de um “Projeto de Gerenciamento de Resíduos da
Construção Civil – PGRCC” para a obra.
6. Concreto com dosagem otimizada
Memorial descritivo especificando a utilização de concreto produzido
com controle de umidade e dosagem em massa, de acordo com a (ou
produzido em central), com Ic < 11 kg.m-3.MPa-1.
7. Cimento de alto-forno (CPIII) e Pozolânico (CP IV)
39
Especificação do uso de cimentos CP III ou CP IV para a produção de
concreto estrutural e não estrutural.
8. Pavimentação com RCD
Projeto de pavimento especificando o uso de agregados produzidos
pela reciclagem de resíduos de construção e demolição.
9. Facilidade de manutenção da fachada
Especificação de sistema de revestimento de fachada com vida útil
esperada superior a 15 anos, como placas cerâmicas, rochas naturais,
revestimentos de argamassa, orgânica ou inorgânica, pigmentada,
pinturas inorgânicas (à base de cimento) ou texturas acrílicas de
espessura média > 1mm.
10. Madeira plantada ou certificada
Compromisso de uso de madeira plantada de espécies exóticas ou
madeira certificada.
Gestão da Água
A gestão da água é fundamental para tornar o uso deste insumo mais sustentável, e
esta gestão em edificações deve contemplar em especial o racionamento da água
potável e a gestão de águas pluviais.
40
4. Dispositivos economizadores – Registro regulador de vazão
Existência de registro regulador de vazão em pontos de utilização do
empreendimento, tais como chuveiro, torneiras de lavatório e de pia.
5. Aproveitamento de águas pluviais
Existência de sistemas de aproveitamento de águas pluviais
independente do sistema de abastecimento de água potável para
coleta, armazenamento, tratamento e distribuição de água não potável
com plano de gestão.
6. Retenção de águas pluviais
Existência de reservatório de retenção de águas pluviais, com
escoamento para o sistema de drenagem urbana nos
empreendimentos com área de terreno impermeabilizada superior a
500m².
7. Infiltração de águas pluviais
Existência de reservatório de retenção de águas pluviais com sistema
para infiltração natural da água em empreendimento com área de
terreno impermeabilizada superior a 500m².
8. Áreas permeáveis (critério obrigatório)
Existência de áreas permeáveis em, pelo menos, 10% acima do
exigido pela legislação local.
Práticas Sociais
41
1. Educação para gestão de RCD (critério obrigatório)
Existência de plano educativo sobre a gestão de resíduos de
construção e demolição (RCD). Realizar atividades educativas e de
mobilização para os trabalhadores envolvidos no empreendimento.
2. Educação ambiental dos empregados (critério obrigatório)
Existência de plano de atividades educativas com informações e
orientações, para os trabalhadores, sobre a utilização de itens de
sustentabilidade do empreendimento, sobre aspectos ambientais.
3. Desenvolvimento pessoal dos empregados
Proporcionar atividades educativas aos trabalhadores, visando à
melhoria das suas condições de vida.
4. Capacitação profissional dos empregados
Prover os trabalhadores de capacitação profissional, visando à
melhoria de seu desempenho e das suas condições socioeconômicas.
5. Inclusão de trabalhadores locais
Promover a ampliação da capacidade econômica dos moradores da
área de intervenção e seu entorno ou de futuros moradores do
empreendimento por meio da contratação dessa população.
6. Participação da comunidade na elaboração do projeto
Promover a participação e o envolvimento da população alvo na
implementação do empreendimento e na consolidação deste como
sustentável, desde a sua concepção como forma de estimular a
permanência dos moradores no imóvel e a valorização da benfeitoria.
7. Orientação aos moradores (critério obrigatório)
Prestar informações e orientar os moradores quanto ao uso e à
manutenção adequada do imóvel, havendo ao menos uma atividade
informativa sobre os aspectos de sustentabilidade previstos no
empreendimento.
8. Educação ambiental dos moradores
Prestar informações e orientar os moradores sobre as questões
ambientais e os demais eixos que compõem a sustentabilidade.
9. Capacitação para gestão do empreendimento
42
Fomentar a organização dos moradores e capacitá-los para a gestão
do empreendimento.
10. Ações de mitigação de riscos sociais
Propiciar a inclusão social de população em situação de
vulnerabilidade social, além de desenvolver ações socioeducativas
para os demais moradores da área e do entorno, com vista a reduzir o
impacto do empreendimento em duas adjacências, e favorecer a
resolução de possíveis conflitos gerados pela construção e inserção de
novos habitantes na comunidade já instalada.
11. Ações para a geração de emprego e renda
Promover o desenvolvimento socioeconômico dos moradores.
A CAIXA pode conceder o Selo em três níveis de premiação, a partir da adesão dos
critérios obrigatórios e critérios de livre escolha mencionados anteriormente.
Selo Prata: a adesão a este selo se faz a partir da adoção dos 19 critérios
obrigatórios somando mais 6 critérios de livre escolha, resultando em um total de 25
critérios atendidos.
Selo Ouro: trata-se da maior patente a ser aderida por um empreendimento, sendo
necessário adotar os 19 critérios obrigatórios além de aderir a mais 12 critérios de
livre escolha, somando um total de 31 critérios.
43
O primeiro empreendimento a receber o Selo foi o Residencial Bonelli, localizado em
Joinville/SC. Este foi premiado com o nível ouro ao atender a 32 critérios do Selo.
Além deste empreendimento, outros já receberam este selo:
44
3 ESTUDOS DE CASO NA CIDADE DE SÃO PAULO
A partir do roteiro do manual Selo Casa Azul, as análises das obras foram realizadas
abordando cada tema de abrangência separadamente. Além disso, realizou-se uma
contextualização espacial e histórica do local em que cada conjunto habitacional
está localizado.
Projetado pelo escritório do arquiteto José Luiz Tabith Junior, o conjunto habitacional
Mata Virgem fica localizado na subprefeitura de Cidade Ademar, cruzamento da
Estrada da Água Santa com a Avenida Afonso Monteiro da Cruz, que delimita a
divisa entre as cidades de São Paulo e Diadema, como mostra a Figura 8.
45
Este residencial foi desenvolvido a partir de uma parceria entre a Prefeitura de São
Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) e o Estado, por meio
da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo
(CDHU). O projeto faz parte da segunda etapa do Programa de Mananciais da
prefeitura de São Paulo que tem como finalidade “recuperar e conservar a qualidade
das águas dos reservatórios Guarapiranga e Billings, melhorar as condições de vida
dos moradores, e garantir a inclusão social da população e a sustentabilidade das
intervenções urbanísticas realizadas por este programa” (SÃO PAULO, 2012a).
Este conjunto habitacional tem capacidade para abrigar 9% das 4.500 famílias
previstas para serem assistidas por esta etapa do programa, retiradas de ocupações
irregulares na região do Cantinho do Céu e que se encontrava em risco iminente de
ocorrência de acidente devido a deslizamentos de terra ou assoreamento na
represa.
46
O projeto foi encomendado ao arquiteto em 2008, porém só teve suas obras
iniciadas em 2010, realizadas através de um consorcio entre as construtoras
Schahin Engenharia e a Carioca Christiani Nielsen Engenharia. A prefeitura chegou
a divulgar que a construção do empreendimento seria finalizada ainda em 2010,
porém isto não se concretizou vindo a ser concluída e entregue aos futuros
moradores em outubro de 2012.
Atualmente, a região que segundo São Paulo (2013) possui aproximadamente 411
mil habitantes é caracterizada por ocupações e favelas, e ainda sofre com a
carência de investimentos destinados a saúde, educação, transporte e infraestrutura.
3.1.1 O Projeto
O projeto concluído apresenta-se formado por 6 blocos, como pode ser visto na
figura 8. Essas torres formam 3 condomínios independentes no mesmo terreno, e
oferecem um total de 407 apartamentos. As torres possuem no máximo 4
47
pavimentos acima do nível da rua, para que assim não houvesse a necessidade de
instalação de elevadores.
48
Figura 10 - Blocos modulados e diferenciados
Fonte: Acervo do arquiteto José Luiz Tabith Junior (2012)
3
Informações obtidas em entrevista realizada com o arquiteto José Tabith Junior no dia 12 de
novembro de 2012 em seu escritório localizado no bairro Higienópolis, na cidade de São Paulo.
49
Figura 11 - Parte da planta baixa de um pavimento térreo
Fonte: Acervo do arquiteto José Luiz Tabith Junior (2012)
O arquiteto José Luiz Tabith Junior (2012) revelou algumas influencias que teve ao
desenvolver este projeto, relatando que buscou destacar a cobertura na edificação
projetando-a como se estivesse solta da construção, e que optou por uma postura
arquitetônica influenciada pelo estilo moderno europeu.
Para compor com a arquitetura projetada e buscar uma identidade dos moradores
com o local em que viveriam, o arquiteto também desenvolveu painéis artísticos que
foram pintados em cada bloco de apartamento, optando por identificar cada
condomínio com uma cor predominante nestes painéis. (figura 13).
50
Figura 13 - Painéis artísticos que caracterizam cada edificação
Fonte: acervo da autora. 04 abril 2013
A análise desenvolvida teve como roteiro base o manual de boas práticas Selo Casa
Azul da Caixa Econômica Federal (2010), propiciando uma avaliação da obra em 6
aspectos que abrangem 53 critérios de análise. A partir roteiro abordado no manual
Selo Casa Azul, a avaliação da obra foi realizada separando cada tema de
abrangência.
51
Figura 14 - Estado de degradação das ruas do entorno imediato antes da obra concluída
Fonte: GOOGLE MAPS, 2012.
52
Dentre aos critérios que abrangem este aspecto de análise, o fator primordial é a
recuperação das áreas degradas e preservação ambiental no local de origem dos
moradores já relatado anteriormente, e do próprio terreno que havia se tornado
depósito de lixo da vizinhança.
Existência no Projeto
Critérios Obrigatoriedade
Não Não se
Sim Parcialmente
aplica
1.1 Qualidade do
Entorno - Infraestrutura Sim X
1.2 Qualidade do
Entorno - Impactos Sim X
1.4 Recuperação de
Áreas Degradadas X
1.5 Reabilitação de
Imóveis X
Como relatado no início desta análise, o projeto proposto pelo arquiteto tinha
possibilidade de flexibilidade na planta, porém foi estipulado pela Prefeitura que
53
todos os apartamentos apresentassem ambientes fixos, sem prever modificação da
planta. O arquiteto também se preocupou com o desempenho térmico das
vedações, optando assim por uma cobertura, que apesar de ter sido feita em telha
metálica, apresenta bom desempenho proporcionando conforto térmico devido à
passagem de ar entre a laje e a cobertura (figuras 16 e 17).
Figura 17 - Destaque para espaço entre a cobertura e a edificação que permite passagem de ar a fim
de amenizar a temperatura através da promoção de trocas térmicas.
Fonte: acervo da autora. 04 abril 2013
54
Ao analisar o empreendimento a partir da implantação das edificações e de
constatação após visita ao local, foi possível verificar que algumas torres
apresentam distância entre si de 7 metros (figura 18), distância esta permitida pela
legislação, mas que interfere no microclima e conforto ambiental nos apartamentos
presentes nestas torres. A altura das edificações e esta proximidade entre as
mesmas acabam por dificultar a iluminação natural, a ventilação natural e chegada
de massa térmica necessárias para promover além do conforto, a higienização do ar
no interior dos apartamentos, tornando os ambientes propícios ao aparecimento de
patologias.
Um item essencial é a utilização da iluminação natural, que nesta construção foi bem
aproveitada nas áreas comuns do conjunto (figura 19), porém espaços como alguns
banheiros de apartamentos não usufruem deste recurso natural devido à solução de
projeto optada pelo arquiteto, dispondo as áreas molhadas no centro da planta. (ver
figura 20).
55
Figura 19 - Iluminação natural em área comum – escada
Fonte: acervo pessoal. 04 abril 2013
56
Figura 20 - Banheiros no centro da planta impossibilitando a iluminação natural.
Fonte: acervo do arquiteto José Luiz Tabith Junior (2012)
Além disso, devido uma questão político-territorial não é realizada a coleta do lixo
por parte da prefeitura de São Paulo no segundo condomínio pertencente ao
conjunto habitacional; os ambientes para armazenamento do lixo deste condomínio
57
encontram-se voltados para a Avenida Afonso Monteiro da Cruz que delimita o
território de São Paulo divisa com Diadema, dessa forma, nenhuma das prefeituras
se considera responsável por esta coleta de lixo, impondo assim a necessidade dos
moradores desta parte do residencial deslocar seus resíduos sólidos para o ponto de
coleta mais próximo.
Para obter resultados precisos com relação à iluminação natural dos ambientes do
empreendimento, foi realizado um estudo através de maquete eletrônica no software
Relux Professional.
58
componente indireta elevada e malha empregada com dimensão de 30 x 30
centímetros;
Pavimento térreo (padrão)
59
Figura 23 - Distribuição da iluminância interna em pseudo cores no pavimento tipo.
60
Figura 24 - Distribuição da iluminância ponto a ponto no apartamento do pavimento tipo.
61
22 e 23), pois estes ambientes não possuem janelas voltadas para o exterior da
edificação, necessitando da iluminação artificial para desenvolver qualquer tipo de
uso.
Existência no Projeto
Critérios Obrigatoriedade
Não Não se
Sim Parcialmente
aplica
2.1 Paisagismo
Sim X
2.2 Flexibilidade de
Projeto X
2.6 Equipamentos de
Lazer, Sociais e Sim X
Desportivos
2.7 Desempenho
Térmico - Vedações Sim X
2.8 Desempenho
Térmico - Orientação ao Sim X
Sol e Ventos
62
2.9 Iluminação Natural
de Áreas Comuns X
2.10 Ventilação e
Iluminação Natural de
Banheiros X
2.11 Adequação às
Condições Físicas do
Terreno X
63
Figura 26 - Dispositivo sensor de presença para acendimento de lâmpada.
Fonte: acervo pessoal. 04 abril 2013
64
Tabela 4 - Categoria 3: EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Existência no Projeto
Critérios Obrigatoriedade
Não Não se
Sim Parcialmente
aplica
3.2 Dispositivos
Economizadores -
Áreas Comuns Sim X
3.3 Sistema de
Aquecimento Solar X
3.4 Sistemas de
Aquecimento à Gás X
3.5 Medição
Individualizada – Gás Sim X
3.6 Elevadores
Eficientes X
3.7 Eletrodomésticos
Eficientes X
65
blocos estruturais de concreto, fator que segundo Schahin Notícias (2013, s/p)
facilitou “a identificação visual das diversas resistências do material”.
Coordenação Modular
66
Figura 29 - Planta baixa com cotas de dimensões não moduladas.
Fonte: acervo do arquiteto José Luiz Tabith Junior (2012)
67
Figura 30 - Cobertura feita em estrutura e telha metálicas.
Fonte: acervo pessoal. 04 abril 2013
68
Figura 32 - Alvenaria estrutural feita em bloco de concreto.
Fonte: GOOGLE MAPS, 2011
69
Figura 34 - Escoras metálicas
Fonte: GOOGLE MAPS, 2011
70
Figura 35 - Revestimento cerâmico.
Fonte: acervo pessoal. 04 abril 2013
Canteiro de Obras
As construtoras relatam que no canteiro de obras foi realizada a captação da água
da chuva para diversos usos, como, por exemplo, na limpeza do local e de
equipamentos.
71
Não Não se
Sim Parcialmente
aplica
4.1 Coordenação
Modular X
4.2 Qualidade de
Materiais e
Componentes Sim X
4.3 Componentes
Industrializados ou Pré-
fabricados X
4.9 Facilidade de
Manutenção da Fachada X
No tema gestão de águas, dos 8 critérios de análise, apenas 4 foram atendidos pela
obra concluída. Um dos critérios adotados foi à medição individualizada do
72
abastecimento de água (figura 36) que proporciona valores nas faturas mais justos,
equivalendo ao que se foi consumido.
73
Figura 37 - Bacia sanitária com caixa de descarga acoplada.
Fonte: acervo pessoal. 04 abril 2013
74
Com relação a drenagem de águas pluviais, não há mecanismo ou estratégia que
promova a retenção da água para aproveitamento. A solução para evitar o acúmulo
de água foi o uso de piso de blocos de concreto intertravado (figura 39 e 40) que
permite a infiltração da água no solo. Algumas áreas permeáveis com cobertura
vegetal foram distribuídas em todo empreendimento efetuado duas funções:
drenagem e paisagismo.
75
Figura 40 - Áreas que permitem infiltração da água: piso intertravado e áreas permeáveis.
Fonte: acervo pessoal. 04 abril 2013
Existência no Projeto
Critérios Obrigatoriedade
Não Não se
Sim Parcialmente
aplica
5.2 Dispositivos
Economizadores - Sistema de
Descarga obrigatório X
5.3 Dispositivos
Economizadores - Arejadores X
5.4 Dispositivos
Economizadores - Registro
Regulador de Vazão X
76
Pluviais
77
O acompanhamento social após a entrega das moradias torna-se essencial para
mitigação de conflitos sociais internos, e auxiliar para que haja uma convivência
harmônica entre os novos moradores.
Existência no Projeto
Critérios Obrigatoriedade
Não Não se
Sim Parcialmente
aplica
78
Emprego e Renda
3.1.2.7 Acessibilidade
O Conjunto Mata Virgem possui 407 apartamentos, dentre estes 22 unidades (figura
42) são classificadas como acessíveis representando 5,4% do total de
apartamentos. Este percentual representa uma pequena parcela dos 7% de
unidades desenvolvidas pelo Estado que devem ser classificadas como acessíveis e
destinadas a este público específico.
79
Figura 42 - Implantação - apartamentos acessíveis.
Fonte: acervo arquiteto José Luiz Tabith Junior modificada pela autora.
80
Figura 43 - Planta baixa apartamento adaptado.
Fonte: acervo arquiteto José Luiz Tabith Junior, 2012
Dentre os ambientes presentes na figura 43, observa-se que a área de giro de 360º
exigida em norma para rotação da cadeira de rodas não se faz possível na
lavanderia e no banheiro. Para assegurar o cumprimento desta norma, é necessário
rever a distribuição dos móveis no apartamento.
81
Figura 44 - Banheiro do apartamento adaptado.
Fonte: acervo pessoal. 04 abril 2013
82
A figura 46 retrata um problema presenta em todos os apartamentos acessível: a
porta de entrada ao ser aberta entra em atrito com o basculante presente na
pequena área de serviço, fato que já proporcionou avarias em ambas as esquadrias.
83
Figura 47 - Planta com duas torres condomínio 1 destacando acessibilidade no projeto.
Fonte: a partir de acervo arquiteto José Luiz Tabith Junior modificado pela autora, 2013.
Figura 48 - Rampa de acesso sem piso tátil de alerta. Piso tátil de alerta nas escadas.
Fonte: acervo pessoal. 04 abril 2013
84
Figura 49 - Inexistência de rampas de acesso e de sinalização com piso tátil.
Fonte: acervo pessoal. 04 abril 2013
85
Porém, esta análise sobre o olhar da sustentabilidade não apresentou resultado
satisfatório, visto que alguns critérios importantes não foram empregados, como por
exemplo o aproveitamento de águas pluviais e sistemas de aquecimento de água
por energia solar ou a gás.
O Conjunto Mata Virgem se submetido a avaliação Selo Casa Azul da CAIXA não
receberia certificação, porém a obra apresenta uma intensão de projeto que se
diferencia do entorno e também dos projetos recorrentes de conjuntos habitacionais
de interesse social.
86
O desenvolvimento deste conjunto habitacional foi parte fundamental dos programas
de urbanização realizados nesta região, que teve como foco a retirada de famílias
que estavam alojadas em áreas de risco iminente, associados à acidentes por
deslizamento de terra devido ao relevo acentuado na região (figura 51). Após
término das obras, o residencial apresentava aptidão para abrigar 216 famílias,
quantidade superior ao número de removidos inicialmente, permitindo assim a oferta
de moradias dignas para famílias advindas de outras localidades e que também
foram removidas de áreas de risco pelo Programa Mananciais.
88
dos domicílios possuem uma vulnerabilidade social média, enquanto os outros 36%,
muito alta” (SÃO PAULO, 2010).
3.2.1 O Projeto
Figura 55 - Resultado final do residencial Parque Novo Santo Amaro V, onde blocos agrupados
formam interface entre a rua e o parque linear.
Fonte: Revista AU, 2012.
90
Os apartamentos apresentam três tipologias de planta (figuras 56, 57 e 58), sendo
estas de um pavimento com 50m² ou duplex de 64m². Ambos os modelos
apresentam planta inflexível compostas por 2 dormitórios, 1 banheiro, sala, cozinha
e área de serviço. A estrutura do conjunto é em alvenaria estrutural com blocos de
concreto.
91
Figura 58 - Modelo 3 de tipologia.
O desenvolvimento da análise amparada pelo manual Selo Casa Azul permitiu uma
avaliação abrangente sobre diversos aspectos do conjunto habitacional, diante dos
53 critérios proposto pelo selo.
92
3.2.2.1 Qualidade urbana
Figura 60 - Comparação entre condições apresentadas pelas vias antes e depois da urbanização.
Fonte: GOOGLE MAPS, 2011.
94
Figura 63 - Equipamentos destinados ao lazer.
Fonte: acervo pessoal, 10 dezembro 2013.
95
Tabela 8 - Categoria 1: QUALIDADE URBANA
Existência no Projeto
Critérios Obrigatoriedade
Não Não se
Sim Parcialmente
aplica
1.1 Qualidade do
Entorno - Infraestrutura Sim X
1.2 Qualidade do
Entorno - Impactos Sim X
1.3 Melhorias no Entorno
X
1.4 Recuperação de
Áreas Degradadas X
1.5 Reabilitação de
Imóveis X
96
Figura 65 - Implantação dos blocos no terreno.
Fonte: SÃO PAULO, 2010, s/p.
97
Figura 67 - Iluminação natural de áreas comuns.
Fonte: acervo pessoal, 10 dezembro 2013.
A partir dos resultados observados na figura 68, constata-se que alguns ambientes
não recebem iluminação adequada, necessitando da luz artificial para
complementação de iluminância.
98
Pavimento tipo modelo T2B
99
Figura 69 - Distribuição da iluminância em malha de pontos.
Existência no Projeto
Critérios Obrigatoriedade
Não Não se
Sim Parcialmente
aplica
2.1 Paisagismo
Sim X
2.2 Flexibilidade de
Projeto X
100
de Transporte
2.5 Local para Coleta
Seletiva Sim X
2.6 Equipamentos de
Lazer, Sociais e Sim X
Desportivos
2.7 Desempenho
Térmico - Vedações Sim X
2.8 Desempenho
Térmico - Orientação ao
Sol e Ventos Sim X
2.10 Ventilação e
Iluminação Natural de
Banheiros X
2.11 Adequação às
Condições Físicas do
Terreno X
101
Figura 70 - Botijão de distribuição de gás individualizada.
Fonte: acervo pessoal, 10 dezembro 2013.
Figura 71 - Chuveiro com aquecimento elétrico e iluminação de áreas comuns sem dispositivos
economizadores.
Fonte: acervo pessoal, 10 dezembro 2013.
102
Tabela 10 - Categoria 3: EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Existência no Projeto
Critérios Obrigatoriedade
Não Não se
Sim Parcialmente
aplica
3.2 Dispositivos
Economizadores -
Áreas Comuns Sim X
3.3 Sistema de
Aquecimento Solar X
3.4 Sistemas de
Aquecimento à Gás X
3.5 Medição
Individualizada – Gás Sim X
3.6 Elevadores
Eficientes X
3.7 Eletrodomésticos
Eficientes X
103
Figura 72 - Edificações construídas em alvenaria estrutural com blocos de concreto.
Fonte: GOOGLE MAPS, 2011.
104
Em vista de uma melhor avaliação desta categoria, os critérios subsequentes estão
apresentados em tópicos.
105
Figura 75 - Pavimentação em bloco de concreto intertravado.
Fonte: acervo pessoal, 10 dezembro 2013.
106
Gestão de Resíduos de Construção e Demolição
De acordo com especificação feita pelas construtoras, esta é uma prática comum em
todas as obras de suas autorias.
O canteiro de obras
107
Tabela 11 - Categoria 4: CONSERVAÇÃO DE RECURSOS
Existência no Projeto
Critérios Obrigatoriedade
Não Não se
Sim Parcialmente
aplica
4.1 Coordenação
Modular X
4.2 Qualidade de
Materiais e
Componentes Sim X
4.3 Componentes
Industrializados ou Pré-
fabricados X
4.9 Facilidade de
Manutenção da Fachada X
108
3.2.2.5 Gestão de água
109
A escolha pela especificação e instalação de bacias sanitárias com caixa de
descarga acoplada garantiu o cumprimento do segundo critério de análise referente
a gestão de água, pois este tipo de sistema promove a redução do consumo de
água despendido a cada uso (figura 79).
110
Figura 80 - Torneiras comuns, sem dispositivos economizadores.
Fonte: acervo pessoal, 10 dezembro 2013.
111
Em relação a mecanismos de drenagem de águas pluviais, o residencial não
apresenta nenhum sistema retenção de água para posterior uso. Sobre esta
questão, o uso de blocos de concreto intertravado e existência de áreas verdes
permitem a infiltração de água no solo evitando o acúmulo da mesma sob a
superfície (figura 82).
112
Figura 83 - Soluções que permitem o escoamento de águas pluviais.
Fonte: acervo pessoal, 10 dezembro 2013.
Existência no Projeto
Critérios Obrigatoriedade
Não Não se
Sim Parcialmente
aplica
5.2 Dispositivos
Economizadores - Sistema de
Descarga obrigatório X
5.3 Dispositivos
Economizadores - Arejadores X
5.4 Dispositivos
Economizadores - Registro
Regulador de Vazão X
113
5.6 Retenção de Águas
Pluviais X
114
Figura 84 - Folheto informativo de infraestrutura local.
Fonte: acervo pessoal, 10 dezembro 2013.
Existência no Projeto
Critérios Obrigatoriedade
Não Não se
Sim Parcialmente
aplica
115
6.2 Educação Ambiental dos
Empregados Sim X
3.2.2.7 Acessibilidade
116
no caso de edificação multifamiliar, execução das unidades habitacionais
acessíveis no piso térreo e acessíveis ou adaptáveis quando nos demais
pisos;
execução das partes de uso comum, quando se tratar de edificação
multifamiliar, conforme as normas técnicas de acessibilidade da ABNT;
117
Na análise da acessibilidade das áreas comuns do residencial Parque Novo Santo
Amaro V, não se obteve resultados satisfatórios. O projeto não foi adequado para
livre circulação de pessoas com deficiência em todos os ambientes. Diante desta
constatação, vale ressaltar não há sinalização tátil no piso, com destaque para
escadas e rampas, e a pista de skate não conta com guarda corpo (figura 86). No
entanto, na figura 87 é possível notar o uso de piso metálico antiderrapante nas
escadas.
118
Figura 87 - Piso metálico antiderrapante.
Fonte: acervo pessoal, 10 dezembro 2013.
Em relação ao piso empregado na área que determina o parque linear foi utilizado
blocos pré-moldados de concreto, apresentando adequação a NBR 9050 (2004) já
mencionada.
Com relação a avaliação dos apartamentos adaptados, não foi possível ter acesso
ao interior dos mesmos, tornando inviável a realização de uma abordagem
consistente, para averiguação da semelhança entre o projeto idealizado e o
construído.
A partir da planta baixa (figura 88), é possível observar que em projeto o conjunto
habitacional não se adequa as características em vigor na NBR 9050/2004 da
ABNT. Merece destaque alguns quesitos que fogem a norma, como a abertura de
portas obrigatoriamente pivotantes para o exterior do cômodo, corredores com
dimensões limitadas e banheiro inadequado.
119
Figura 88 - Planta baixa apartamento adaptado.
Fonte: SÃO PAULO, 2010.
A partir do manual Selo Casa Azul este empreendimento não receberia certificação,
apesar de ter apresentado bom desempenho diante dos critérios expostos em
algumas categorias, como a de “qualidade urbana”.
120
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
122
REFERÊNCIAS
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C4, 2008.
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123
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2003. f. 229. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de São
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FERREIRA, J. S. W. . Produzir casas ou construir cidades? Desafios para um novo
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Simpósio Internacional: Interfaces das representações urbanas em tempos de
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