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Uma ligação, dez dias atrás, fez tremer o deputado estadual Deodalto José Ferreira: “Ou você para,
ou sua família vai pagar as consequências. E vai ser onde você joga bola ou no Parque São José”.
MARÍA MARTÍN
Desde então, o pré-candidato a prefeito pelo DEM em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, região
metropolitana do Rio, desistiu até de ir na feira. Hoje fica grudado em um segurança e passou a viajar
em carro blindado.
— Você está com medo?
— Com certeza, muito.
O motivo da ameaça, diz o deputado, é que ele começa a despontar nas pesquisas e a incomodar os
adversários, mas há mais: matar na Baixada é muito fácil e uma onda de execuções injetou o medo
nos políticos da região.
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ao nanico Partido Social Liberal (PSL), aspirava a ser vereador e andava armado.
No bairro era conhecido como “o cara que fazia o trabalho sujo” e “cuidava da
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segurança dos moradores”, segundo um dos seus vizinhos que afirma que, após O MAIS VISTO EM...
A BAIXADA EM NÚMEROS relação, segundo a polícia, com outras Assassinato de Marielle Franco põe Planalto
duas mortes, a dos parceiros Leandro contra a parede
junho. A vítima era filiada ao PSDB e Empresária celebra escravidão em aniversário “top”
para a filha
tinha duas passagens pela polícia por
A região é formada por 13
A campanha de “matar quem atrapalha” nas eleições
municípios e concentra 23% da
suspeita de homicídio. Denivaldo, que
municipais do Rio
população do Rio de Janeiro, mais saía com sua mulher e seu filho de oito
Em respeito a Marielle Franco, as fábricas de ódio do
de 3,3 milhões de pessoas anos do cinema de um shopping Facebook fecham por algumas horas
Da esquerda à direita: Edson, Rose e José Claudio, pré-candidatos a vereador e prefeito em Caxias. M.
MARTÍN
A líder comunitária Aga Lopes Pinheiro era pré-candidata em Magé. Morreu com vários tiros em um bar
próximo de sua casa, sendo a mais recente vítima de assassinatos com supostos vínculos políticos. No
caso de Aga, de 49 anos, a polícia suspeita de que o tráfico pode ser responsável por sua morte. FELIPE
DANA (AP)
"A violência política que existe na Baixada não existe em outras áreas. Há
vereadores e prefeitos diretamente comprometidos com a milícia", explica o
especialista em segurança pública Ignacio Cano. "Meu medo é que a milícia sirva
como explicação e o Estado não investigue o envolvimento dos grupos de
extermínio na política local, um fenômeno tradicional nessa região."
Manoel Primo Lisboa, policial militar de Nova Iguaçu, ainda não tinha carteirinha
de nenhum partido, mas preparava seu caminho para ser vereador. Foi morto em
junho com mais de 20 disparos no que, segundo as investigações, poderia ser
uma represália da milícia. Marco Aurélio Lopes, também era policial e vereador
pelo PP em Paracambi, mas foi assassinado em dezembro de 2015 na própria
casa. O tráfico, mas também a milícia, podem estar por trás do seu assassinato.
“Não se subjugar", lamenta o delegado Lages, "é sinônimo de morte”. “Não
podemos afirmar quais são as verdadeiras motivações de cada um dessas
execuções, nem que sejam um fenômeno exclusivo do Rio", afirma o procurador
Madruga, "mas posso te dizer que não são uma coincidência".
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Argentina uma chantagem policial faz alguma destas coisas, deve pornô contra Trump é mais arrependo de ter sido traficante. O
que viraliza repensar seu comportamento importante do que parece que você faria no meu lugar?”
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